palestra antinflamatórios em veterinária
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utilização dos antiinflamatórios hormonais e não hormonais em Clinica de Animais de CompanhiaTRANSCRIPT
ANTIINFLAMATÓRIOS
Faculdade de Medicina Veterinária UNIFESOMaria Leonora Veras de Mello
2014
Corticóides
São hormônios produzidos pelas glândulas adrenais, sendo definidos comonaturais ou semi-sintéticos.
Corticoesteróides Naturais – são produzidos pela córtex da adrenal
Corticoesteróides Semi-sintéticos – são análogos estruturais dos naturais
Tem aplicação clínica em:- terapias de reposição- necessidades de imunossupressão- efeito antiinflamatório
Antinflamatórios Hormonais
Antinflamatórios HormonaisBiossíntese dos Corticoesteróides Naturais
A partir do colesterol (LDL) sintetizado utilizando o acetato
ou
A partir do colesterol obtido da circulação sistêmica
Antinflamatórios HormonaisMecanismos que regulam a biossíntese e a liberação dos
Corticoesteróides Naturais
Glicocorticóides (cortisol)
1. CRF – fator liberador de corticotrofinasecretado pelo hipotálamo; age na hipófise
2. ACTH – Hormônio Adreno-corticotrófico ou corticotrofinasecretado pela hipófise anterior; age na córtex da adrenal
Mineralocorticóides (aldosterona)
1. Sistema renina-angiotensina
Lembrando que.....Os corticosteroides são classificados em:
glicocorticoides, produzidos pela zona fasciculada da supra renal, os mineralocorticoides representados pela aldosterona, produzidos pela zona glomerulosa da supra renal, e os androgênios produzidos pela zona reticulosa. Todos participam ativamente no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas, e os mineralocorticoides (aldosterona), regulam o equilíbrio hídrico e eletrolítico.
GlicocorticóidesGlicocorticóides Semi-sintéticosObtidos a partir de mudanças estruturais dos glicocorticóides
naturaisPela adição de radicais OH- e CH3
Representam este grupo:prednisonaprednisolonametilprednisolonadexametasonabudesonida
fluticasona etc
GlicocorticóidesDentro das aplicações clínicas na Medicina
Veterinária, descreve-se: insuficiência da adrenal, doenças auto imunes, doenças alérgicas, doenças articulares, traumas e edemas cerebroespinhais, na oftalmologia, doenças gastrintestinais, doenças respiratórias, distúrbios musculoesqueléticos, transplantes de órgãos e em protocolos antineoplásicos.
Utilizar mais nos quadros de choque, trauma encefálico, emergências respiratórias e metabólicas, anafilaxia, crises alérgicas, dor extrema em hérnia de disco, uso por pouco tempo como antiinflamatório, dando preferência pelas aplicações externas.
Os gatos apresentam cerca de 50% menos receptores para glicocorticoides, quando comparados aos cães, o que implica em particularidades na terapia com tais fármacos nessa espécie.
Porém é importante acrescentar que o número de iatrogenias em cães e gatos pelo uso indiscriminado de glicocorticóides vem aumentando.
Efeitos colaterais do glicocorticóides
Ação anti-inflamatória e imunossupressora, o que torna o animal mais propenso e vulnerável a infecções;
Ação hiperglicemiante, ou seja, predispõe o animal a diabetes mellitus; Alteração na massa muscular, por interferir no metabolismo proteico e lipídico; Diminui a síntese de colágeno, comprometendo a cicatrização, e tornando a pele mais
delgada, aumentando a susceptibilidade a lesões por traumatismos; Diminui a absorção de cálcio intestinal, incorrendo em osteopenia; Promove aumento da sede, apetite e da quantidade de urina excretada; Leva a letargia, fadiga e apatia; Induz a cios irregulares e alterações na libido de machos e fêmeas; Alopecia, pele fina com aumento da pigmentação, calcinose (depósito de cálcio em
várias partes orgânicas); Dependendo da classe, aumento da pressão arterial, pela atividade mineralocorticoide; Promove alterações hematológicas e na bioquímica sérica; Predispõe a catarata, glaucoma e atrofia de retina; Pode levar a síndrome de Cushing.
Efeitos colaterais do glicocorticóidesRessalta-se que, mesmo os glicocorticoides de uso
tópico (pomadas, cremes, sprays) são amplamente absorvidos, incorrendo nos mesmos riscos adversos, ainda que em menor escala.
Algumas observações sobre os glicocorticóidesPode ser utilizado em cremes e pomadas nas
piodermites não complicadas, colírios e soluções otológicas.
Nunca utilizar em inflamações oculares onde há úlceras corneais.
Nunca utilizar junto aos AINES
Minimizando os efeitos colateraisOs princípios gerais que devem ser utilizados para que se minimizem os efeitos indesejáveis da
corticoterapia incluem: a) indicação rígida para os casos em que o uso do glicocorticóide seja essencial;
b) evitar o uso de glicocorticóides de ação prolongada, preferindo glicocorticóide de ação curta ou intermediária, como a hidrocortisona e a prednisona ou prednisolona;
c) reduzir ao mínimo necessário a duração do tratamento, visto que tratamentos com duração entre 5 e 7 dias apresentam poucos efeitos colaterais e rápida recuperação do eixo hipotalâmico-hipofisário;
d) preferir glicocorticóides de ação local, como glicocorticóides inalatórios (bronquite, asma)
e) associação com outros fármacos, em especial outros imunossupressores mais específicos, buscando efeitos sinérgicos que permitam evitar o uso de glicocorticóides ou reduzir a dose e o tempo da corticoterapia;
f) oferecer a menor dose necessária para o efeito desejado, respeitando a sensibilidade de cada indivíduo aos glicocorticóides
Em tratamentos de mais de 10 dias nunca retirar o medicamento subitamente e sim decrescendo a dose gradativamente.
A retirada da corticoterapia é uma situação que deve ser planejada, pois a retirada inadequada de um glicocorticóide pode determinar a reativação da doença de base ou quadro de insuficiência adrenal conseqüente à supressão prolongada do eixo HHA (anorexia, letargia, náusea, redução abrupta de peso, artralgia, fraqueza muscular e mialgia, hipotensão arterial e hipoglicemia).
Estranhamente, em cães é frequente o aparecimento do hiepradrenocorticismo ( Cushing) e não a síndrome de Addison
CorticóidesEfeitos Farmacológicos dos Glicocorticóides
Efeitos Metabólicos
CorticóidesEfeitos Farmacológicos dos Glicocorticóides
Efeitos Metabólicos
Calcinose cutañea
CorticóidesEfeitos Farmacológicos dos Glicocorticóides
Efeitos Metabólicos
CorticóidesEfeitos Farmacológicos dos Glicocorticóides
Efeitos Metabólicos
Hiperadreno e diabetes mellitus
Efeito Luteolítico
CorticóidesComparação entres os principais
Corticosteróide Potência antiinflamatória Potência de retenção de Na
Ação curta (≤12 hs)
Hidrocortisona 1 1
Cortisona 0.8 0.8
Fludrocortisona 10 125
Ação interm(12-36hs)
Prednisona 4 0.8
Prednisolona 5 0.8
metilprednisolona 5 0.5
Triancinolona 5 0
Ação longa (36-72 hs)
Parametasona 10 0
Betametasona 25 0
Dexametasona 25 0
flumetasona 30 0
Corticóides
Condições Clínicas relacionadas com a terapia corticoesteroidal
Problemas Respiratórios
casos de rinites, asma, bronquite crônica agudizada, DPOC’s
- budesonida, fluticasona, beclometasona (1ml / 4ml soro)- inalação ou inspiração passiva
Doença Inflamatória Intestinal
em casos de diarréias não-responsivas; poodle e persas
- budesonida por enema ou cápsulas- predinisolona por via oral, IM ou SC
Corticóides
Condições Clínicas relacionadas com a terapia corticoesteroidal
Lesões Encapsuladas
casos de eczemas graves e tumorações
- acetato de triancinolona- aplicação tópica ou mesmo intra-lesional
Uveítes
- predinisolona por via ocular, oral, IM ou SC- descartar presença de úlcera de córnea
Corticóides
Condições Clínicas relacionadas com a terapia corticoesteroidal
Traumas Medulares
- metilpredinisolona (até 4mg/Kg)- via IV em infunsão lenta e progressiva / regressiva
Encefalites
- predinisolona, dexametasona- evitar doses imunossupressoras máximas (“dose-resposta”)
Corticóides
Condições Clínicas relacionadas com a terapia corticoesteroidal
Quimioterapias
- dexametasona, metilpredinisolona- avaliar situação de aplicação da droga
Artrites
- predinisolona, dexametasona- adequar dose dependendo da etiologia e resposta do paciente
Corticóides
Choque endotóxico
- dexametasona- terapia questionável
Testes Diagnósticos
- Supressão por baixa dose de dexametasona (hiperadrenocorticismo)
- Estimulação pelo ACTH (hipoadrenocorticismo)
Corticóides
Testes Diagnósticos
Hipoadrenocorticismo(Síndrome de Addison)
- coleta de sangue para dosar o cortisol basal (baixo...)- aplicação de ACTH- nova coleta (baixo... talvez normal...)
Corticóides
Testes Diagnósticos
Hiperadrenocorticismo(Síndrome de Cushing)
Teste de Supressão- coleta de sangue para dosar o cortisol basal (alto...)- aplicação de dexametasona a baixa dose (0,01mg/Kg)- novas coletas (4 e 8h após a aplicação)
Interpretação:- coleta de 4h com níveis de cortisol em ligeiro decréscimo- coleta de 8h com níveis de cortisol altos
Ou seja... após 8h não há mais supressão pela dexametasona do eixo H.H.A.Lembrando que o hiperadrenocorticismo no cão e gato geralmente é devidoa um microadenoma de adenohipófise .Nos casos de tumor adrenal, não há qualquer supressão
Antiinflamatórios Não Hormonais
Antiinflamatórios Não Hormonais Introdução
. Controle mediadores químicos inflamatórios:- Secundários:
. Aminas vasoativas:- histamina;- serotoninas.
. Fator de agragação plaquetária;
. Radicais livres superóxidos;
. Dentre outros.
Antiinflamatórios Não Hormonais Mecanismo de ação . Inibidor Cicloxigenase (COX): - liberador mediadores químicos inflamatórios; . Cicloxigenase: - COX 1: efeitos fisiológicos; - COX 2: efeitos inflamatórios. . AINES ação indiscriminada. . Efeitos colaterais: - Inibição COX 1; - Desenvolvimento drogas seletivas COX 2: . Meloxicam, Celocoxib, Carprofeno
Antiinflamatórios Não HormonaisCLASSIFICAÇÃO DOS FAINEs, DAINEs OU NSAIDDerivados do p-aminofenol acetanilida, fenacetina, paracetamol(acetaminofeno)
Salicilatosácido salicílico, ácido acetilsalicílico,
salicilamida, diflunisal
Ácidos aril- ou heteroaril-aromáticosindometacina, sulindaco,
tolmetina,diclofenaco, etodolaco
Ácidos aril- ou heteroaril-propiônicosibuprofeno, fenoprofeno, cetoprofeno,
naproxeno, flurbiprofeno, cetorolaco
Ácidos antranílicosácido mefenâmico
Oxicanspiroxicam, meloxicam, tenoxicam
Pirazolidinadionasfenilbutazona, dipirona (metamizol)
Sulidasnimesulida
Coxibescelecoxibe, rofecoxibe, parecoxibe,
valdecoxibe
obs;. flunixina meglumina é um antiinflamatório não esteroide, derivada do ácido nicotínico, utilizada na veterinária pelas suas propriedades analgésica, antiinflamatória e antipirética
Antiinflamatórios Não HormonaisPRECURSORES DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO
Salix sp. (salgueiro, chorão
cascas do tronco
Salicilina(um glicosídeo do álcool salicílico)
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (ASPIRINA)
Antiinflamatórios Não Hormonais Salicilatos . Derivado ativo casca do salgueiro; . Ácido Acetilsalicílico: - AAS, Aspirina; - efeitos: . Analgésico dores leves/moderadas; . Antitérmico; . Antinflamatório; . Trombolítico.
Antiinflamatórios Não Hormonais Ácidos propiônicos
. Naproxeno:- Flanax;- efeitos:
. Antiinflamatório;
. Antipirético;
. Analgésico.- não indicado para cães.
. Ulcerogênicos.
Antiinflamatórios Não HormonaisÁcidos acéticos
. Diclofenaco Potássico:
- Cataflan.
. Diclofenaco Sódico:
- Voltaren.
. Provocam gastroenterite hemorrágica em cães
- evitar uso.
Antiinflamatórios Não HormonaisÁcidos antramílico
. Ácido mefenâmico:
- Ponstan.
. Cães:
- displasia coxofemural;
. Equinos:
- osteoartrites
Antiinflamatórios Não HormonaisÁcidos aminonicotínico
. Flunexim meglumine:
- Banamine.
. Potente antiinflamatório, analgésico e antipirético;
. Distúrbios músculo-esqueléticos;
. Síndrome cólica equina;
. Tratamento máximo 3 dias.
Antiinflamatórios Não HormonaisPirazolônicos. Fenilbutazona:
. Potente antiinflamatório:. Distúrbios músculo-esqueléticos;. Osteoartrites;. Laminite;. Tecidos moles (equinos e bovinos).
. Graves efeitos cães.
Antiinflamatórios Não HormonaisPirazolônicos
. Dipirona:
- Novalgina
. Analgésico, antipirético e antiespasmódico;
. Fraco antiinflamatório;
- cólica equina – associado hioscina (Buscopan)
. Não deve ser usado em animais para consumo humano.
Antiinflamatórios Não Hormonais Oxicans
. Piroxicam:
- Feldene
. Potente antiinflamatório, analgésico e antipirético;
. Cães e equinos:
- distúrbios músculo-esqueléticos;
- osteoartrites;
- dores traumáticas.
Antiinflamatórios Não HormonaisOxicans
. Meloxicam:
- Meloxivet
. AINES mais seguro;
. Tratamento até 14 dias;
. Poucos efeitos mucosa gástrica.
Antiinflamatórios Não HormonaisCOX-1 é uma enzima constitutiva expressa na maioria
dos tecidos, envolvida na homeostasia tecidual. Seu bloqueio esta relacionado com reações indesejáveis por parte dos AINES.
COX-2 é uma enzima induzida nas reações inflamatórias por IL-1 e α-TNF. Mediador na formação de Prostaglandinas e Tromboxanos. São alvo dos AINES mais modernos.
Previ-cox - fibrocoxibAltamente seletivo para Cox 2Porém:Não administrar a cadelas gestantes ou lactantes.Não administrar a animais com menos de 10 semanas de
idade ou menos de 3 Kg de peso corporal. Não administrar a animais que sofram de hemorragias
gastro-intestinais, discrasia sanguínea ou perturbações hemorrágicas.
Não administrar em simultâneo com corticosteróides ou outros medicamentos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs).
TROCOXIL - mavacoxib Inicialmente dar o 2º comprimido após 15 dias, e daí em diante
mensalmente. Não exceder 7 doses consecutivas(6,5meses)Não usar em cães com menos de 12 meses de vida e/ou menos de 5 kg
de peso corporal.Não usar em cães que sofrem de distúrbios gastrointestinais,
incluindo ulceração e sangramento.Não usar quando há evidência de um distúrbio hemorrágico.Não usar em casos de função renal ou hepática comprometida.Não usar em casos de insuficiência cardíaca.Não usar em animais prenhes, de criação e em lactação.Não usar em animais em fase de reprodução.Não usar em caso de hipersensibilidade à substância ativa ou a
qualquer excipiente.Não usar no caso de hipersensibilidade conhecida às sulfonamidas.Não usar concomitantemente com glicocorticóides ou outros AINEs.
É necessário muito cuidado administrar AINES em animais que tiveram/tem doenças causadas por hemoparasitos, pois em geral persistem as coagulopatias induzidas pelos mesmos.
Mesmo os mais seguros AINES não devem ser utilizados indefinidamente na dor crônica.
Aqueles animais que necessitem devem ser rigorosamente monitorados, e sempre tentar alternativas substitutivas tais como Acupuntura, Fitoterápicos e Homeopatia.
Antiinflamatórios Não Hormonais Efeitos colaterais
. Sistema Digestivo:- secreção ácidos estomacais;
. Gastrite;
. Úlcera gástrica;
. Hemorragias;
. Gastroenterites.. Sistema Renal:
- pacientes com fluxo sg renal;. IRA;. Nefropatias;. Necrose papilar renal.
Antiinflamatórios Não Hormonais Efeitos colaterais
. Alterações hematológicas:- bloqueio agregação plaquetária;- anemia aplásica;- trombocitopenia;- leucopenia.
. Lesão cartilagem articular:- alguns AINES;- degeneração cartilagem
. síntese glicoaminoglicanos.. Reações de hipersensibilidade.
Antiinflamatórios Não Hormonais Outros
. Dimetilsulfóxido:
- Dimesol;
- antiinflamatório uso tópico;
. Cães e equinos (IV);
- Deve ser manipulado com luvas.
. Glicosaminoglicanos: condroitina, glucosamina, UC II, colágeno (+ vit.C)
- Condroton e outros;
- Antiinflamatório;
. Ressíntese cartilaginosa;
- cães e equinos. Alendronato de sódio Óleo de abacate – Piascledine 300