pae programa de aceleraÇÃo da erudiÇÃo 16/06/20131
TRANSCRIPT
PAEPROGRAMA DE ACELERAÇÃODA ERUDIÇÃO16/06/2013 1
Professor Hegrisson Alves
16/06/2013 2
SALMAN KHAN
• 11.10.1976
• Metairie, Louisiana, EUA
• 3 graduações - MIT
• 1 MBA – HBS
• Empresário e ex-analista de investimentos
• Fundador e diretor executivo da Khan Academy
16/06/2013 3
Nosso respeito e admiração pelo
excelente trabalho que Salman Khan
tem feito em prol da Educação no
planeta, ainda muito hospital.
16/06/2013 4
Grande mérito do livro são as reflexões
que o autor faz sobre o processo de
ensino-aprendizagem.
16/06/2013 5
E quando ele não as faz sobre
determinado tema, o leitor que está
engajado na leitura do texto, se sente
desafiado a fazer ele mesmo.
16/06/2013 6
16/06/2013 7
LINHA DO TEMPO
2004 – começa a dar aulas para Nadia
2007 – milhares já usavam os vídeos
2009 – Khan Academy começa a adquirir vida própria / Khan pede demissão da empresa
2010 – a Khan Academy já tinha 6 milhões de estudantes por mês (p. 16) / agosto - encontro com Bill Gates / novembro – programa-piloto em duas turmas de uma escola de Los Altos.
2011 – todo o distrito de Los Altos, com 1.200 alunos
2012 – lança o livro The One World Schoolhouse: Education Reimaged.
O LIVRO
Introdução
4 capítulos
32 subcapítulos
16/06/2013 8
Khan aborda temas diversos.
16/06/2013 9
EDUCAÇÃO – ENSINO & APRENDIZAGEM
ESCOPO DE ATENÇÃO
LACUNAS NA APRENDIZAGEM
APRENDIZAGEM PARA O DOMÍNIO
MODELO PRUSSIANO
APRENDIZAGEM TIPO QUEIJO SUÍÇO
PROVAS & AVALIAÇÕES
CRIATIVIDADE
DEVER DE CASA
AGITANDO A SALA DE AULA
ECONOMIA DO ENSINO
ESTILOS DE APRENDIZAGEM
SOFTWARE DA KHAN ACADEMY
PROFESSORES
ANDRAGOGIA
ESCOLA DE TURMA ÚNICA
ESTÁGIO
HISTÓRICO ESCOLAR
DIPLOMA ....16/06/2013 10
Um mês seria insuficiente
para abordarmos todos.
16/06/2013 11
Por isso, selecionamos alguns.
16/06/2013 12
Mas, fiquem à vontade para trazer
seus temas e questionamentos.
16/06/2013 13
Missão da Khan Academy(objetivo geral do livro)
Educação gratuita de nível
internacional para qualquer um,
em qualquer lugar.
16/06/2013 14
16/06/2013 15
PARTE 1
16/06/2013 16
FORMAÇÃO DOCENTE
16/06/2013 17
“... ensinar é um talento à parte ... uma arte criativa,
intuitiva e muito pessoal.” (p. 25)
Mas não é apenas arte. Ensinar também tem, ou
deveria ter, algo do rigor da ciência.” (p. 25)
“Eu não tinha noções preconcebidas sobre como
as pessoas aprendem. (...) eu comecei do zero,
sem hábitos ou premissas.” (p. 26)
16/06/2013 18
Ele fez o caminho contrário!
prática teoria
16/06/2013 19
Cursos tradicionais de Pedagogia
teoria prática
16/06/2013 20
Muita, muita, muita teoria ...
16/06/2013 21
... pouca, pouquíssima prática sobre como
ensinar e lidar com os problemas
do dia a dia escolar.
16/06/2013 22
Falta conectar a teoria à prática e
questionar as práticas já existentes.
16/06/2013 23
RECURSOS E METODOLOGIA
DE ENSINO
16/06/2013 24
Armário (1)
Primeiro espaço físico da Khan Academy.
16/06/2013 25
“Lousa” eletrônica preta (2)
Os quadros-negros tinham algo mágico.
16/06/2013 26
“Uma grande esperança minha era reavivar
nos alunos a empolgação do aprendizado,
recuperar o prazer e até mesmo o suspense
de uma época em que a busca pela
compreensão era vista como uma espécie de
caça ao tesouro.” (p. 35)
16/06/2013 27
... em que ...“os alunos achavam respostas
onde antes havia apenas um vazio.” p. 35
16/06/2013 28
Que época é essa?
16/06/2013 29
Alunos até o 6º ano (10 anos)
ainda demonstram curiosidade ...
16/06/2013 30
... em descobrir o mundo.
Ainda há novidades!
16/06/2013 31
O que pode acontecer depois?
16/06/2013 32
Despreparo do professor?
Inadequação do material?
Desconhecimento metodológico?
Turmas cheias?
Lacunas de conhecimento?
Imaturidade docente?
16/06/2013 33
A duração da aula (3)
16/06/2013 34
Aulas no YouTube = 10 min (p. 35).
16/06/2013 35
TEMPO MÉDIO DE ATENÇÃO DOS ALUNOS
10 – 18min ou 15 – 20min(hoje deve ser menos)
16/06/2013 36
Depois ......
16/06/2013 37
l a p s o
d e a t e n ç ã o!
16/06/2013 38
A partir daí, vai diminuindo...
16/06/2013 39
Omissão dos próprios
pesquisadores?
16/06/2013 40
“Given that students have an
attention span of around 15 to 20
minutes and that university classes
are scheduled for around 50 or 75
minutes, instructors must do something to
control their students’ attention.” (MIDDENDORF AND KALISH, p. 2)
16/06/2013 41
“Johnstone and Percival report that lecturers who
‘adopted a varied approach . . . and deliberately and
consistently interspersed their lectures with illustrative
models or experiments, . . . short problem solving
sessions, or some other form of deliberate break . . .
usually commanded a better attention span from
the class, and these deliberate variations had the
effect of postponing or even eliminating the
occurrence of an attention break.’
(MIDDENDORF AND KALISH, p.2)
16/06/2013 42
PARA REFLETIRMOS
“Put children in front of a TV showing a
favorite cartoon and they will stay riveted
for the duration.”
(BROWN, p.88)
16/06/2013 43
Não dá pra dizer que a criança tem
um escopo de atenção pequeno.
16/06/2013 44
Mas isso aparece quando a criança
(ou adulto?) é ‘forçada’ a lidar com
algo que considera chato, inútil
ou muito difícil.
E.g. aprender uma língua estrangeira
16/06/2013 45
O artigo Attention during lectures:
beyond 10 minutes afirma que
o assunto ainda é inconclusivo.
(WILSON, K. & KORN, J.H. Revista Teaching of
Psychology, n. 34, p. 85-89, 2007)
16/06/2013 46
Há diversos fatores que interferem no
escopo de atenção de uma pessoa.
Idade, interesse, situação econômica, saúde, etc.
16/06/2013 47
Capacitação e qualificação docentes
instrumentalizam o professor para
melhor lidar com essa questão.
... ou, pelo menos, deveriam.
16/06/2013 48
O que Khan combate obstinadamente
é a aula puramente expositiva, de
longa duração.
16/06/2013 49
Mas para o autor nem tudo está
perdido. Há exceções.
16/06/2013 50
“Muitos cursos universitários … se
concentram na discussão em lugar
da exposição.” (p. 37)
16/06/2013 51
“Os alunos leem o material do curso
com antecedência e o discutem em
sala de aula.” (p. 37)
16/06/2013 52
16/06/2013 53
16/06/2013 54
As a result of recent research on teaching and learning,
curricula and instruction are changing in schools today.
They are attempting to become more student-centred
than teacher-centred to connect school to real-life
situations and to focus on understanding and thinking
rather than on memorization, drill and practice.
(VOSNIADOU, p. 6)
16/06/2013 55
INTERNATIONAL ACADEMY OF EDUCATION
(Bélgica)
INTERNATIONAL BUREAU OF EDUCATION
(Suiça)
16/06/2013 56
Atenção ao conteúdo. (4)
16/06/2013 57
Foco no que está sendo escrito na
lousa e não no professor.
16/06/2013 58
“Eu queria que meus alunos se sentissem
como se estivessem sentados ao meu lado
à mesa da cozinha, resolvendo problemas
comigo. Não queria aparecer como um
locutor ... discursando do outro lado.” (p. 40)
16/06/2013 59
“Seres humanos também são
programados para prestar atenção
em rostos.” (p. 40)
16/06/2013 60
A figura humana como
fator de distração!
16/06/2013 61
“O tempo de contato pessoal pode
e deveria ser uma coisa
separada da exposição inicial de
conhecimento.” (p. 41)
16/06/2013 62
Mas o conteúdo pode ser
apresentado de maneira
interativa e pessoal.
16/06/2013 63
A imagem, a presença e a
didática do professor podem
fazer a diferença na
apresentação do conteúdo.
16/06/2013 64
Isso aconteceu com ele quando, no
início, ensinava sua prima Nadia ...
16/06/2013 65
... e foi definitivo pudesse
realmente ajudá-la.
16/06/2013 66
Aprendizagem para o domínio (5)
(mastery learning)
16/06/2013 67
Absorver um conceito por vez para
ter um verdadeiro domínio do tema.
16/06/2013 68
Modelo tradicional
1ª aula = conceito 1
2ª aula = conceito 2
3ª aula = conceito 3
....
16/06/2013 69
Ou seja, o tempo para se
aprender um conceito é fixo.
16/06/2013 70
Mas, a compreensão desse
conceito é algo que varia
de aluno para aluno.
16/06/2013 71
Mastery Learning
conceito 1 = tempo variável 1
conceito 2 = tempo variável 2
conceito 2 = tempo variável 3
......
16/06/2013 72
• exercícios individualizados (ritmo)
• currículo = pequenas unidades de aprendizado
•cadernos de exercícios de autoinstrução (Kumon?)
• monitoria individual / assistência de colegas
• avaliação somativa e formativa constantes
• maior autonomia discente
Mastery Learning
16/06/2013 73
Autoeducação (6)
16/06/2013 74
Como a educação acontece? (p. 50)
16/06/2013 75
“... um processo extremamente ativo.”
(p. 50)
16/06/2013 76
“... o fato é que nós educamos a nós
mesmos.” (p. 50)
16/06/2013 77
“A educação acontece no cérebro
individual de cada um de nós.” (p. 50)
16/06/2013 78
“Quando trabalhamos com o mesmo
conceito por ângulos diferentes e
investigamos as questões que o cercam,
construímos conexões ainda mais
numerosas e profundas.” (p. 51)
16/06/2013 79
Quanto mais eclética for a didática do
professor, mais chances ele tem de ajudar
o aluno a aprender.
16/06/2013 80
Usar e abusar das
diferentes metodologias.
16/06/2013 81
Trabalhar a aprendizagem associativa.
16/06/2013 82
“ ... é mais fácil compreender e lembrar
algo se pudermos relacionar com
aquilo que já sabemos.” (p. 53)
16/06/2013 83
“ ... o meio mais eficaz de ensinar seria
enfatizar o fluxo de um assunto, a
cadeia de associações que relacionam
um conceito com o seguinte.” (p. 53)
16/06/2013 84
A aula de um professor precisa ter
coerência e coesão textual.
16/06/2013 85
Houve conexão lógica entre
os tópicos apresentados?
(CFPC - Ficha de avaliação formativa – Transposição
didática, parte 1: apresentação do conteúdo &
didática docente, 3ª pergunta)
16/06/2013 86
O preenchimento das lacunas (7)
16/06/2013 87
“Não existe aluno capaz de “pegar”
qualquer matéria de primeira.” (p.58)
16/06/2013 88
Essa frase .... faz a gente pensar.
16/06/2013 89
“Quem ... reconhece as concepções
errôneas e os percalços, e dedica seu
tempo e esforço para repará-los?”
(p. 59)
16/06/2013 90
“... lacunas na aprendizagem ... devem
ser corrigidas se desejarmos dominar
conceitos futuros mais complexos.”
(p. 59)
16/06/2013 91
Quando um conceito a ser aprendido
não consegue ligar-se a outro já
conhecido, ocorre o que Ausubel*
chama de aprendizagem mecânica.
*(David Paul Ausubel, pesquisador estadunidense, propositor da
Aprendizagem Significativa, 1918-2008)
16/06/2013 92
A aprendizagem significativa, segundo Ausubel,
ocorre quando a nova informação ancora-se em
conceitos preexistentes na estrutura cognitiva do
aluno, ou seja, quando este aluno encontra
significado no que ouve.
16/06/2013 93
Assim, são necessários pontos de ancoragem,
ou subsunçores de aprendizagem, que irão
relacionar o novo com o que o aluno já sabe. É
necessário que o aluno encontre sentido no que
está aprendendo, para que significativamente
possa aprender.
16/06/2013 94
Não somente a nova informação, mas
também o antigo conceito acabam sofrendo
modificações pela interação entre ambos.
16/06/2013 95
Por que então muitos teimam
em pular as obras básicas
da Conscienciologia?
16/06/2013 96
Por que será que o prof. Waldo repete
determinados conceitos há tempos?
16/06/2013 97
O quanto, da Conscienciologia,
realmente já entendemos e aplicamos?
16/06/2013 98
De que maneira construímos esse
conhecimento? O que ainda nos falta?
16/06/2013 99
PARTE 2
16/06/2013 100
Khan faz um breve relato sobre o
modelo educacional de ensino e fala
sobre o que podemos mudar nesse
modelo tradicional que herdamos dos
prussianos do séc. XVIII.
16/06/2013 101
Aprendizado tipo queijo suiço(formação cheia de furos)
• média 7 a 8
• os conceitos se estruturam uns sobre os outros
• a mentira e o desserviço aos alunos
• ideal 100%
• paraphrasing no FCE - Cambridge
16/06/2013 102
Como corrigir essa formação?
• revisão do % que não soube na prova
• nova prova, rigorosa
• resultado inferior a 100%, repetir tudo
• ensinar o que aprendeu aos colegas
16/06/2013 103
Agitando a sala de aula
• uso das aulas de Khan pelo YouTube
• exposição da matéria em casa, “dever” em sala
• The flipped classroom
16/06/2013 104
PARTE 3
16/06/2013 105
ESTILOS DE APRENDIZAGEM
O conceito central é que as pessoas
diferem na maneira como elas
aprendem. Isso é um fato!(Brasas X Cultura Inglesa)
16/06/2013 106
TEATICIDADE DE KHAN
O que ele está fazendo não é teoria e não é o futuro. Está acontecendo
agora. (p. 133)
16/06/2013 107
O sistema de acompanhamento (software)
que ele criou já é um fato concreto e inédito.
Através dele, Khan podia entender não só
o que seus alunos estudavam, mas
como fazem isso.
16/06/2013 108
O passo seguinte foi a elaboração do mapa do
conhecimento (hierarquia ou rede de
conceitos).
O sistema ‘diz’ o que os alunos precisam
estudar em seguida.
16/06/2013 109
Assim, o professor fica livre para fazer
o que mais importa: orientar melhor
seus alunos.
16/06/2013 110
O que determinava se um aluno estava
pronto para seguir em frente?
16/06/2013 111
Conseguir dez respostas
certas seguidas.
Expectativas mais altas do que
no sistema tradicional.
16/06/2013 112
Cravar 10 problemas seguidos dava
aos alunos um sense of achievement.
16/06/2013 113
Ampliando o trabalho
realizado até então.
16/06/2013 114
Vídeos e resolução de problemas ...
16/06/2013 115
... aprendizado mais eficiente em
menos tempo ...
16/06/2013 116
... para ter mais tempo para a realização de
outros tipos de aprendizagem.
16/06/2013 117
Khan começa a trabalhar com (p. 150):
• tarefas baseada em projetos (project-work)
• aprendizagem baseada em problemas (TBL)
• jogos (pique-cola)
• outras
16/06/2013 118
Programa-piloto no distrito
de Los Altos.
16/06/2013 119
ANDRAGOGIA
16/06/2013 120
Pedagogia = o professor decide o
processo de aprendizagem do aluno
Andragogia = os alunos escolhem
aprender
16/06/2013 121
FUTURO
ESCOLA DE TURMA ÚNICA
• alunos de idades variadas
• proporção nº de alunos por professor
(25/1)
16/06/2013 122
ESSE FUTURO ESTÁ EM
CONSTRUÇÃO NO PRESENTE.
PARA REFLETIRMOS
16/06/2013 123
• A Khan não ensina os alunos a estudar. Oferece a eles exercícios e explicações. Não ensina os alunos a aprender a aprender.
• Na realidade, Sal enquadra os alunos num único estilo de aprendizagem, ou seja, via exercícios pelo computador.
PARA REFLETIRMOS
16/06/2013 124
• Khan usa one-size-fits-all system e continua a ser do tipo top-down
• Como as pessoas de fato aprendem? (p. 13). Ele não respondeu. Aliás, não há uma resposta definitiva.
• O próprio Khan defende que cada um aprende no seu ritmo. Por isso, o uso de vídeo em casa para que cada um possa ver e rever as aulas quantas vezes precisar. Isso tem a ver com estilo de aprendizagem!
REFERÊNCIAS
BROWN, H. Douglas. Teaching by principles: an interactive approach to language pedagogy. Longman, 2001.
VOSNIADOU, Stella. How children learn. IAE, Bélgica, IBE, Suiça, 2001.
16/06/2013 125