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Secretaria Municipal de Saúde
P r o t o c o l o s d e E n f e r m a g e m
A t e n ç ã o à S a ú d e d a M u l h e r
I T A N H A É M 2015
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
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Protocolos de Enfermagem
Prefeito: Marco Aurélio Gomes
Secretário de Saúde: Alder Ferreira Valadão
Secretário de Saúde Adjunto: Marcelo Gonçalves de Jesus
Secretário de Saúde Adjunto: José Renato Costa de Oliva
Diretora de Planejamento: Guacira Nóbrega Barbi
Diretora de Atenção Básica: Heidi Dominiscki Luz
Diretora de Atenção Especializada: Iloma Odete Girrulat Boehm
Elaboração Técnica:
Enfermeiros:
Ana Cláudia Fonseca Moura – Enfa/Supervisora Técnica da USF Grandesp
Eudes Alberto da Silva Vitoriano – Enfo/Supervisor Técnico da USF Belas Artes
Gilson Saymour - Enfo/Supervisor Técnico da USF Centro
Tatiana D’Lumena Mello – Enfa/Supervisora Técnica CESCRIM
Médicos:
Thais Octavio de Oliveira – Supervisora Técnica de Atenção a Saúde da
Mulher - Itanhaém
Iloma OdeteGirrulat Boehm - Médica/ Diretora de Atenção Especializada
Outros Profissionais:
Goher Gonzalez – Bióloga/ Coord. de Programa Municipal de DST/AIDS
Heidi Dominiscki Luz – Nutricionista/ Diretora de Atenção Básica
I T A N H A É M
2015
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
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CONSULTA DE ENFERMAGEM
A estratégia de saúde da família tem, entre suas propostas, a execução
das atividades programáticas voltadas da saúde das mulheres nas diferentes
fases do ciclo de vida.
O enfermeiro, na atenção primária, atua em todas as fases do ciclo de
vida dos indivíduos de sua área de responsabilidade, visando à proteção,
promoção e recuperação da saúde.
As ações programáticas realizadas pelos enfermeiros, com enfoque na
mulher, consistem em um conjunto de atividade assistenciais e educativas que
se iniciam pelo acompanhamento da gestante e família.
A detecção precoce da gravidez e o início das ações voltadas ao pré-
natal garantem a melhoria na qualidade de assistência à mulher.
A consulta clínico-ginecológica de enfermagem consiste na avaliação e no
acompanhamento sistemático da saúde da mulher com enfoque na promoção
do planejamento familiar, na prevenção, detecção precoce e controle do câncer
de colo uterino e de mama e de DSTs e na assistência ao climatério.
A consulta de enfermagem é uma atividade específica do enfermeiro,
conforme decreto Lei n.º 94406 de junho de 1987, compreende uma atividade
intelectual, deliberada, por meio da qual a prática da enfermagem é abordada
de uma maneira ordenada e sistemática sendo utilizada prioritariamente para
promoção da saúde e qualidade de vida do cliente/paciente assistido.
Com base no processo de enfermagem a Consulta compreende as
seguintes ações: Levantamento de dados/Histórico de Enfermagem, Exame-
físico, Diagnóstico de Enfermagem, Planejamento/Prescrição de Enfermagem e
Evolução/Avaliação de Enfermagem.
LEVANTAMENTO DE DADOS/ HISTÓRICO: Coleta sistematizada de
dados para determinar o estado de saúde do paciente e identificar
qualquer problema de saúde real ou potencial. Permite a identificação de
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dados objetivos (o que a pessoa declara verbalmente ou por escrito) e
subjetivos (o que se observa). Os dados do histórico são obtidos através
da história de saúde e do exame físico que possibilita uma visão do
paciente no contexto biopsicoespiritual, identificando as necessidades
afetadas e adotando condutas relativas às manifestações do paciente,
de maneira direcionada e sistematizada.
EXAME-FÍSICO: Compreendemos por exame físico o levantamento das
condições globais do paciente, tanto físicas como psicológicas, no
sentido de buscar informações significativas para a enfermagem que
possam subsidiar a assistência a ser prestada ao paciente.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: O diagnóstico de enfermagem é
um julgamento clínico sobre as respostas do indivíduo, da família ou da
comunidade aos problemas de saúde/processos vitais reais e potenciais.
O diagnóstico de enfermagem proporciona a base para a seleção das
intervenções de enfermagem, visando a alcançar resultados pelo qual o
enfermeiro é responsável.
PLANEJAMENTO/PRESCRIÇÃO: Desenvolvimento de metas e
resultados, bem como de um plano de cuidado destinado a assistir o
paciente na resolução dos problemas diagnosticados e atingir as metas
identificadas e os resultados esperados a prescrição de enfermagem
orienta a ação da equipe de enfermagem e o paciente na execução dos
cuidados adequados ao atendimento das necessidades básicas e
específicas do ser humano.
EVOLUÇÃO/AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM: A evolução de
enfermagem permite que o enfermeiro determine a resposta do paciente
às prescrições de enfermagem e a extensão em que os objetivos foram
alcançados. O plano de cuidados é à base da evolução. Os diagnósticos
de enfermagem, os problemas interdependentes, as prioridades, as
prescrições de enfermagem, os resultados esperados propiciam as
orientações específicas que orientam o foco da evolução.
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
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PROTOCOLOS DE ENFERMAGEMNA ATENÇÃO A SAÚDE DA MULHER
PRÉ NATAL DE BAIXO RISCO
1.1. Fluxograma do Pré- natal .......................................................................06
1.2. Rotina das Consultas de Pré- natal........................................................07
1.3. Procedimentos técnicos ........................................................................14
1.3.1 Cálculo da idade gestacional....................................................................14
1.3.2 Cálculo da data provável do parto............................................................15
1.3.3 Avaliação do estado nutricional e do ganho de peso gestacional.........16
1.3.4 Controle da pressão arterial.....................................................................19
1.3.5 Palpação obstétrica e medida da altura uterina (AU)...............................20
1.3.6 Ausculta dos batimentos cardíacos fetais (BCF)......................................23
1.3.7 Verificação da presença de edema..........................................................24
1.3.8 Coleta de material para pesquisa de estreptococo do grupo B.............26
1.4. Exames Laboratoriais – Interpretação e condutas..............................26
1.5. Queixas e intercorrências frequentes...................................................29
1.5.1 Náuseas, vômitos e tonturas....................................................................29
1.5.2 Pirose (azia).............................................................................................30
1.5.3 Sialorréia(salivação excessiva)................................................................30
1.5.4 Fraquezas e desmaios.............................................................................30
1.5.5 Dor abdominal e cólicas...........................................................................31
1.5.6 Flatulência(gases) e obstipação intestinal...............................................31
1.5.7 Hemorróidas ............................................................................................31
1.5.8 Corrimento vaginal...................................................................................31
1.5.9 Falta de ar e dificuldades para respirar....................................................32
1.5.10 Mastalgia................................................................................................32
1.5.11 Lombalgia...............................................................................................32
1.5.12 Cefaléia..................................................................................................33
1.5.13 Sangramento nas gengivas....................................................................33
1.5.14 Câimbras................................................................................................34
1.5.15 Cloasma gravídico..................................................................................34
1.5.16 Estrias.....................................................................................................34
1.5.17 Queixas urinárias e Infecção urinária na gravidez..................................34
1.5.18 Hemorragias...........................................................................................35
1.6. Consulta Puerperal..................................................................................36
REFERÊNCIAS.................................................................................................37
ANEXO I –LISTA DE MEDICAMENTOS
ANEXO II–LISTA DE EXAMES COMPLEMENTARES
ANEXO III – MODELO PARA DE SAE PRÉ-NATAL 1° CONSULTA
ANEXO IV – MODELO PARA SAE CONSULTAS SUBSEQUENTES
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1. PRÉ NATAL DE BAIXO RISCO
1.1. Fluxograma do Pré- natal
Confirmação diagnóstica
de gravidez
Primeira Consulta Enfermeiro ou Médico
Avaliação do
Risco
Gestacional
Agendar retorno
Consultas Intercaladas
Médico/Enfermeiro
Encaminhar para Pré-natal de Alto-
risco – CESCRIM
e agendar retorno de Consultas
Intercaladas Médico/Enfermeiro
na USF.
Solicitar Exames-1ºrotina
Solicitar exames para parceiro
Preenchimento do SisPrenatal
Solicitar/Realizar Testes Rápidos
Solicitar Avaliação Odontológica
Iniciar ácido fólico e/ou Sulf. Ferroso
(se 20º semana ou Anemia)
Encaminhar para vacinação S/N
Realizar Exame-físico
Captação/conscientização da gestante
Baixo Risco Médio e Alto-risco
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1.2. Rotina das Consultas de Pré- natal
A primeira consulta do pré-natal tem como objetivo:
• acolher a mulher respeitando sua condição emocional em
relação à atual gestação, buscando esclarecer suas dúvidas,
medos, angústias ou simplesmente curiosidades em relação a
este novo momento em sua vida;
• identificação e classificação de riscos, confirmação de
diagnóstico, adesão ao pré-natal e educação para saúde
estimulando o auto-cuidado.
Em anexo a este protocolo esta a ficha específica para a primeira
consulta de pré-natal e o acompanhamento subsequente, as informações
também podem ser registradas no prontuário padrão a critério da equipe.
Roteiro da 1ª consulta:
1. Anotar na ficha de Sistematização da Assistência de Enfermagem e
ficha do Sispré-natal o resultado do exame de confirmação da gestação:
2. Ler a Ficha e o histórico em prontuário (avaliar realidade
socioeconômica, condições de moradia, composição familiar e
atendimentos anteriores), preferencialmente antes da gestante entrar na
sala de atendimento.
3. Esclarecer que o pai da criança ou qualquer acompanhante pode
participar do atendimento, desde que seja vontade da mulher.
4. Levantar as expectativas da gestante com relação ao atendimento do
pré-natal e sua gestação.
BHCG sérico BHCG urinário Ultrassom
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5. Explicar a proposta de acompanhamento do pré - natal e identificar
experiências anteriores, levantando o histórico obstétrico.
6. Abordagem da dinâmica familiar com a gestação (relação com o
companheiro, filhos, outros membros da família);
7. Abordagem da situação de trabalho; sobrecarga com a gestação,
direitos trabalhistas, adaptações necessárias para intercorrências com a
gestação;
8. Orientações de enfermagem específicas: alimentação, mudanças do
corpo, cuidados com a pele, etc;
9. Realização do exame físico geral e Obstétrico.
10. Realizar avaliação do risco gestacional, conforme critérios abaixo:
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Critérios de Risco Gestacional
Encaminhar ao Pré-natal de Alto risco se houver intercorrências clínicas e/ou antecedentes obstétricos relevantes:
dependência química de substâncias lícitas ou ilícitas morte perinatal em gestação anterior abortamento de repetição(3ou mais abortos anteriores) Antecedente pessoal de Trombose venosa profunda Endocrinopatias Cardiopatias (com avaliação cardíaca) Pneumopatias Crônicas Hemopatias Psicopatias (com avaliação psicológica/psiquiátrica conhecida) Neuropatias Doenças infecto contagiosas na atual gestação (CINI) ITU de repetição (mais de 3 episódios na atual gestação) Crescimento fetal Intra-uterino alterado com comprovação
ultrassonográfica Idade materna maior de 40 anos ou menor de 14 anos Fetos múltiplos Malformação fetal comprovada no USG ( Solicitar avaliação médica e
encaminhar Alterações de volume de líquido amniótico (confirmado com USG)
ILA Normal: entre 80 e 180 mm ILA Menor que 80 mm: considerar oligâmnio ILA ENTRE 180 E 230 mm: considerar ILA aumentado ILA MAIOR QUE 230 mm: considerar polidrâminio
Trabalho de parto prematuro na atual gestação Cérvico dilatação precoce Sangramento na atual gestação Gestação acima de 40 semanas (encaminhar para realização de
cardiotocografia em dias alternados no HRI) Amniorrexe prematura na atual gestação (encaminhar ao HRI) Placenta prévia SUPERIOR A 26 semanas Isoimunização (Rh negativo COM coombs indireto positivo), solicitar
tipaem sanguínea do parceiro Sindromes hipertensivas (encaminhar com controlediário de PA por 1
semana) Diabetes gestacional (Após confirmação com TTGO ou 2 glicemias de jejum
acima de 92mg/dl) encaminhar ao PROMEDI.
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11. Preencher Cartão da Gestante, registrar os achados, levantamento de
dados, diagnósticos de enfermagem, plano de cuidados e prescrição de
enfermagem respeitando a Sistematização da Assistência de
Enfermagem;
12. Prescrever ácido fólico 5mg, 1 comprimido dose única diária,até 16
semanas;
13. Prescrever Sulfato ferroso 40mg, 1 comprimido dose única diária a partir
de 20 semanas ou dosagem maior conforme avaliação de exame
laboratoriais (hemoglobina/hematócrito);
14. Prescrever outro medicamento caso necessário;
15. Solicitar exames conforme tabela abaixo:
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Primeira consulta
ABO Rh
Coombs indireto (bimestral se Rh neg)
hemograma
Glicemia jejum
TTGO com 24 semanas (se antecedentes positivo para DM ou glicêmia de
jejum entre 85 e 91 mg/dl)
Urina I e Urocultura
PPF
Citologia oncótica (colposcopia se NIC2 ou NIC3)
Sorologias
o HIV
o VDRL
o HBsAG
o Toxoplasmose Igg e Igm (repetir no segundo e terceiro trimestre se
susceptível)
Ultrassom Gestacional
28 semanas
Hemograma
Glicemia jejum
Urina I e urocultura
Sorologias
o HIV
o VDRL
o HBsAG
o Toxoplasmose Igg e Igm (se susceptível)
Toxoplasmose (se susceptível)
Pesquisa estreptococo B em secreção vaginal – entre 34 e 36 semanas
Solicitar VDRL e HIV para o Parceiro
Ultrassom Gestacional
32 semanas
Urina I
IMPORTANTE: Cobrar exames com tempo de coleta maior de 45 dias.
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16. Solicitar atualização vacinal, o mais precocemente possível, conforme
tabela abaixo:
Gripe
Hepatite B (para não vacinadas anteriormente)
Antitetânica
Se vacinação completa até 5 anos: não necessário
Se completaentre 5 e 10 anos: reforço
Se incompleta, desconhecida ou mais de 10 anos: 3doses ( intervalos de 4 a 8 semanas a partir do 5°mês)
dTpa
Vacinar com dTpa todas as gestantes a partir da 27ªsemana, preferencialmente até a 36ª semana de gestação, independente do número de doses prévias de dT ou se a mulher recebeu dTpa em outras gestações.
Exames para o parceiro: Sorologias
HIV VDRL Hbsag Anti- HCV ABO-rh
FITA URINÁRIA:
Realizar pesquisa de proteinúria em toda gestante com fator de risco ou achados sugestivos para pré-eclâmpsia à partir de 26 semanas de gestação em todas as consultas até o termo.
Realizar pesquisa de nitrito e leucocitúria em todas as gestantes com queixa de dor pélvica sugestiva de ITU ou com ITU de repetição
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17. Agendamento do primeiro grupo;
18. Encaminhar para avaliação odontológica;
19. Solicitar retorno para primeira consulta médicade acordo com o
fluxograma de acompanhamento e/ou necessidades:
20. Encaminhamento para Cescrim se médio ou Alto risco.
Roteiro das consultas subsequentes:
1. Preencher Cartão da Gestante, registrando os problemas identificados,
levantamento de dados,
2. Determinação do peso: anotar no gráfico e observar o sentido da curva
para avaliação do estado nutricional da gestante;
3. Avaliar a pressão arterial;
4. Revisar a ficha obstétrica e anamnese atual;
5. Atualizar a idade gestacional;
6. Realizar o Exame-físico geral e obstétrico;
7. Identificar possíveis diagnósticos de enfermagem, replanejar os
cuidados de enfermagem e realizar prescrição respeitando a
Sistematização da Assistência de Enfermagem;
Frequência (realizar pelo menos 6 consultas)
Até 28 semanas: mensal
*28 a 32 semanas – medir PA semanal
28 a 37semanas: a cada 2 ou 3 semanas
37 a 40 semanas: semanal
Após 40 sem(pós datismo): a cada 2 dias no HRI com limite de 41
semanas
Alternar consultas entre médico e enfermeiro
Alternar consultas com Pré-natal de Alto Risco-CESCRIM e/ou CINI
A gestante deve ser acolhida sempre que houver uma intercorrência,
independente do calendário estabelecido;
IMPORTANTE: REALIZAR BUSCA ATIVA DE GESTANTES FALTOSAS
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8. Interpretação de exames laboratoriais solicitados, tratamentos e
encaminhamentos se necessários;
9. Solicitação de exames se necessários, conforme tabela já apresentada;
10. Prescrever Sulfato ferroso 40mg, 1 comprimido dose única diária a partir
de 20 semanas ou dosagem maior conforme avaliação de exame
laboratoriais (hemoglobina/hematócrito);
11. Reavaliação do risco gestacional, conforme critérios;
12. Agendamento de retorno.
1.3. Procedimentos técnicos
1.3.1 Cálculo da idade gestacional
Os métodos para essa estimativa dependem da data da última
menstruação (DUM), que corresponde ao primeiro dia de sangramento do
último período menstrual referido pela mulher.
A) Quando a data da última menstruação é conhecida e de certeza, o
método para se calcular a idade gestacional em mulheres com ciclos
menstruais regulares, que não estão amamentando nem fazendo uso de
métodos anticoncepcionais hormonais são:
• Uso do calendário: somar o número de dias do intervalo entre a DUM
e a data da consulta, dividindo o total por sete (resultado em
semanas).
• Uso de disco (gestograma): colocar a seta sobre o dia e o mês
correspondentes ao primeiro dia da última menstruação e observar o
número de semanas indicado no dia e mês da consulta atual.
B) Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas se
conhece o período do mês em que ela ocorreu:
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
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• Se o período foi no início, meio ou fim do mês, considerar como DUM
os dias 5, 15 e 25, respectivamente. Proceder, então, à utilização de
um dos métodos descritos anteriormente.
C) Quando a data e o período do mês não forem conhecidos, a idade
gestacional e a data provável do parto serão, inicialmente, determinadas por
aproximação, basicamente pela medida da altura do fundo do útero e pelo
toque vaginal, além da informação sobre a data de início dos movimentos
fetais, que ocorrem habitualmente entre 15 e 20 semanas. Pode-se utilizar a
altura uterina mais o toque vaginal,considerando os seguintes parâmetros:
• até a 5ª semana não ocorre alteração do tamanho uterino;
• na 8ª semana o útero corresponde ao dobro do tamanho normal;
• na 10ª semana o útero corresponde a três vezes o tamanho habitual;
• na 12ª semana ele ocupa a pelve de modo que é palpável na sínfise
púbica;
• na 15ª semana o fundo uterino encontra-se entre a sínfise púbica e a
cicatriz umbilical;
• na 20ª semana o fundo do útero encontra-se na altura da cicatriz
umbilical;
• a partir da 20ª semana existe relação direta entre as semanas da
gestação e a medida da altura uterina. Porém, esse parâmetro torna-
se menos fiel a partir da 32ª semana de idade gestacional.
D) Lembrar que o exame de ultrassonografia obstétrica pode ser um
excelente meio de confirmação da idade gestacional, sobretudo quando
realizado precocemente durante a gravidez.
1.3.2 Cálculo da data provável do parto
Calcula-se a data provável do parto levando-se em consideração a
duração média da gestação normal (280 dias, ou 0 semanas a partir da DUM),
mediante a utilização de calendário.
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
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• Com o disco (gestograma), colocar a seta sobre o dia e o mês
correspondentes ao primeiro dia da última menstruação e
observar a seta na data (dia e mês) indicada como data provável
do parto.
• Outra forma de cálculo é somar 7 dias ao primeiro dia da última
menstruação e subtrair 3 meses ao mês em que ocorreu a última
menstruação (ou adicionar 9 meses, se corresponder aos meses
de janeiro a março) – Regra de Naegele. Nos casos em que o
número de dias encontrado for maior do que o número de dias do
mês, passar os dias excedentes para o mês seguinte,
adicionando 1 ao final do cálculo do mês.
• Quando a DUM não for conhecida, proceder de forma análoga
utilizando a idade gestacional estimada no exame
ultrassonográfico mais precoce disponível.
1.3.3 Avaliação do estado nutricional e do ganho de peso gestacional
O primeiro passo para a avaliação nutricional da gestante é a aferição do
peso e da altura maternos e o cálculo da idade gestacional, conforme técnicas
descritas anteriormente.
Na primeira consulta de pré-natal: nessa oportunidade, a avaliação
nutricional da gestante, com base em seu peso e sua estatura, permite
conhecer seu estado nutricional atual e subsidia a previsão de ganho de peso
até o fim da gestação. Essa avaliação deve ser registrada no gráfico de
acompanhamento nutricional da gestante.
Técnica para medidas do peso
• O peso deve ser aferido em todas as consultas de pré-natal. A
estatura da gestante adulta (idade > 19 anos) deve ser aferida
apenas na primeira consulta e a da gestante adolescente pelo
menos trimestralmente. Recomenda-se a utilização da balança
eletrônica ou mecânica, certificando-se se está em bom
funcionamento e calibrada. O cuidado com as técnicas de
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
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medição e a aferição regular dos equipamentos garante a
qualidade das medidas coletadas.
Técnica para medidas da altura
• A gestante deve estar em pé e descalça, no centro da plataforma
da balança, com os braços estendidos ao longo do corpo. Quando
disponível, poderá ser utilizado o antropômetro vertical.
• Calcanhares, nádegas e espáduas devem se aproximar da haste
vertical da balança. Caso se utilize antropômetro vertical, a
gestante deverá ficar com calcanhares, nádegas e espáduas
encostados no equipamento.
• A cabeça deve estar erguida de maneira que a borda inferior da
órbita fique no mesmo plano horizontal que o meato do ouvido
externo.
• O encarregado de realizar a medida deverá baixar lentamente a
haste vertical, pressionando suavemente os cabelos da gestante
até que a haste encoste-se no couro cabeludo.
• Fazer a leitura na escala da haste. No caso de valores
intermediários (entre os traços da escala), considerar o menor
valor. Anotar o resultado no prontuário.
IMC- Índice de Massa Corpórea
O ideal é que o IMC considerado no diagnóstico inicial da gestante seja
o IMC pré-gestacional referido ou o IMC calculado a partir de medição
realizada até a 13ª semana gestacional. Caso isso não seja possível, inicie a
avaliação da gestante com os dados da primeiraconsulta de pré-natal, mesmo
que esta ocorra após a 13ª semana gestacional.
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
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Manual Técnico do Pré-natal e Puerpério (SES-SP 2010)
Condutas segundo a avaliação do estado nutricional encontrado:
• Baixo peso (BP) – investigar história alimentar, hiperêmese gravídica,
infecções, parasitoses, anemias e doenças debilitantes; dar orientação
nutricional, visando à promoção do peso adequado e de hábitos
alimentares saudáveis; remarcar consulta em intervalo menor que o
fixado no calendário habitual.
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
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• Adequado (A) – seguir calendário habitual, explicar à gestante que seu
peso está adequado para a idade gestacional, dar orientação nutricional,
visando à manutenção do peso adequado e à promoção de hábitos
alimentares saudáveis.
• Sobrepeso e obesidade (S e O) –dar orientação nutricional, visando à
promoção do peso adequado e de hábitos alimentares saudáveis,
ressaltando que, no período gestacional, não se deve perder peso;
remarcar consulta em intervalo menor que o fixado no calendário
habitual;
Investigar obesidade pré-gestacional, edema, polidrâmnio,
macrossomia, gravidez múltipla e doenças associadas (diabetes, pré-
eclâmpsia, etc.) e encaminhar para Alto-risco.
Ganho de peso recomendado (em kg) na gestação, segundo estado
nutricional inicial
Manual Técnico do Pré- natal e Puerpério (SES-SP 2010)
1.3.4 Controle da pressão arterial
Solicitar de rotina o controle da pressão arterial da gestante
semanalmente entre 28 e 32 semanas, além das medidas realizadas nas
consultas.
O achado de estado hipertensivo durante a gravidez deve ser
classificado como um fator de risco gestacional devendo ser encaminhada,
mais precoce possível, para avaliação médica na unidade e referida ao Alto-
risco.
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
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Considera-se estado hipertensivo na gestação:
• A observação de níveis tensionais iguais ou maiores que 140 mmHg
de pressão sistólica, e iguais ou maiores que 90 mmHg de pressão
diastólica, mantidos em duas ocasiões e podendo ser aferidos com
intervalo de quatro horas entre as medidas, conceitua como estado
hipertensivo na gestação.
• O aumento de 30 mmHg ou mais na pressão sistólica (máxima) e/ou
de 15 mmHg oumais na pressão diastólica (mínima), em relação aos
níveis tensionais pré-gestacionais e/ou conhecidos até a 16ª semana
de gestação. Deve ser utilizado como sinal de alerta e para
agendamento de controles mais próximos.
• A presença de pressão arterial diastólica ≥ 110 mmHg em uma única
oportunidade ou aferição.
1.3.5 Palpação obstétrica e medida da altura uterina (AU)
Palpação obstétrica:
A palpação obstétrica deve ser realizada antes da medida da altura
uterina, iniciando-se pela delimitação do fundo uterino, bem como de todo o
contorno da superfície uterina (esse procedimento reduz o risco de erro da
medida da altura uterina). A identificação da situação e da apresentação fetal é
feita por meio da palpação obstétrica, procurando reconhecer os pólos
cefálicos e pélvicos e o dorso fetal, o que ocorre facilmente a partir do 3º
trimestre. Pode-se, ainda, estimar a quantidade de líquido amniótico.
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
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Manobras de palpação Obstétricas
Manual Técnico do Pré- natal e Puerpério (SES-SP 2010)
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
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Tipos de apresentações
Manual Técnico do Pré- natal e Puerpério (SES-SP 2010)
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
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Altura uterina:
Estimar o crescimento fetal, correlacionando-se a medida da altura
uterina
com o número de semanas de gestação através da curva de crescimento
disponível na ficha de acompanhamento pré-natal e na carteira da gestante.
Enquanto ainda não estejam disponíveis curvas de referência feitas para toda a
população brasileira, recomenda-se a utilização das curvas de altura uterina
para idade gestacional desenhadas a partir dos dados do Centro Latino-
Americano de Perinatologia (CLAP), embora já existam indícios de que essa
curva não seja representativa da população brasileira. Serão considerados
parâmetros de normalidade para o crescimento uterino o percentil 10, para o
limite inferior, e o percentil 90, para o limite superior.
Manual Técnico do Pré- natal e Puerpério (SES-SP 2010)
Na técnica de medida, a extremidade da fita métrica é fixada na margem
superior do púbis com uma das mãos, deslizando a fita entre os dedos
indicador e médio da outra mão, até alcançar o fundo do útero com a margem
cubital dessa mão.
1.3.6 Ausculta dos batimentos cardíacos fetais (BCF)
Verificar a vitalidade fetal, atentando para a presença, ritmo, frequência e
normalidade dos BCF, conforme descrito a seguir:
• Lavar as mãos antes e após o procedimento.
• A gestante deverá estar em decúbito lateral ou decúbito a °
(semissentada).
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
24
• Após palpação do abdômen materno, determinar a apresentação e a
posição do dorso fetal, localizando a região de melhor ausculta dos BCF
que corresponderá ao nível do coração do concepto (nos casos em que
a equipe já conhece essa localização, o procedimento pode ser efetuado
sem nova palpação abdominal).
• Colocar gel transdutor do Sonar Doppler e apoiá-lo na região como
acima identificada.
• Contar os batimentos obtidos durante um minuto, considerando
normocardico o intervalo entre 110-10 bpm; registrar em instrumentos
próprios: ficha de acompanhamento pré-natal, cartão da gestante, etc.
• Nos casos de gemelaridade, identificar os locais de ausculta de cada
coração fetal.
• Caso haja dúvida de que o batimento auscultado seja cardíaco fetal,
palpar o pulso da gestante para verificar se a frequência é diferente, ou
se trata-se de ausculta de atividade do coração materno.
• Embora o Sonar Doppler já tenha se tornado o padrão ouro de
procedimento para a ausculta dos BCF durante a gestação, as unidades
de saúde ainda devem estar equipadas com estetoscópio de Pinard e os
profissionais também treinados para seu uso, o que pode ser necessário
em algumas situações.
• Avaliar resultados da ausculta dos BCF
1.3.7 Verificação da presença de edema
Detectar precocemente a ocorrência de edema patológico nas seguintes
regiões:
Nos membros inferiores:
• Posicionar a gestante em decúbito dorsal ou sentada, sem meias.
• Pressionar a pele na altura do tornozelo (região perimaleolar) e na
perna, no nível do seu terço médio, face anterior (região pré-tibial).
Na região sacra:
• Posicionar a gestante em decúbito lateral ou sentada.
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
25
• Pressionar a pele, por alguns segundos, na região sacra, com o dedo
polegar. O edema fica evidenciado mediante presença de depressão
duradoura no local pressionado.
Na face e em membros superiores:
• Identificar a presença de edema pela inspeção.
Condutas
Edema ausente
• Acompanhar a gestante seguindo o
calendário de rotina.
Apenas edema de tornozelo sem
hipertensão ou aumento súbito
de peso
+
• Verificar se o edema está relacionado:
– à postura;
– ao aumento da temperatura;
– ao tipo de calçado.
Edema generalizado (face,
tronco, membros), ou que já se
manifesta ao acordar
acompanhado ou não de
hipertensão ou aumento
súbito de peso
++
• Gestante
de risco em virtude de suspeita de pré-
eclâmpsia ou outras intercorrências.
• Deve ser
avaliada pelo(a) médico(a) da unidade
e encaminhada para o serviço de alto
risco e/ou referida para avaliação
hospitalar.
Edema limitado aos membros
inferiores, porém na presença de
hipertensão ou ganho de peso
aumentado e/ou de proteinúria
++
• Orientar repouso em decúbito lateral
esquerdo.
• Verificar a presença de sinais/sintomas
de pré- eclâmpsia e interrogar sobre os
movimentos fetais.
• Marcar retorno em 7 dias, na ausência
de sintomas.
• Deve ser avaliada e acompanhada
pelo(a) médico(a) da unidade.
• Encaminhar para o Alto risco e/ou
referir para avaliação hospitalar.
Edema unilateral de MMII, com
dor e/ou sinais flogísticos.
++++
• Suspeita
de processos tromboembólicos
(tromboflebites, TVP).
• Deve ser
avaliada pelo(a) médico(a) da unidade
e encaminhada para serviço hospitalar.
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
26
1.3.8 Coleta de material para pesquisa de estreptococo do grupo B
A coleta do material biológico para pesquisa de estreptococos do grupo
B, não tem o intuito de orientar antibiótico profilaxia de infecção neonatal,
devendo ser realizada entre a 30º e 34º semana de gestação.
Procedimento:
• Paciente em posição ginecológica.
• Realizar coleta de amostras com o mesmo swab, primeiramente do
terço externo da vagina e depois retal, introduzindo o swab até ultrapassar o
esfíncter, colocado em meio de transporte.
• Não é recomendado banho ou higiene íntima prévia à coleta.
• Colher o material preferencialmente antes de toques vaginais.
• Não colher material cervical e não usar espéculo.
• Encaminhar o swab o mais rápido possível para o laboratório de
análises clínicas, onde será semeado em meio específico.
1.4. Exames Laboratoriais – Interpretação e condutas
Exame Resultado Conduta
TipagemSanguines ABO-rh
Rh negativo Solicitar Coombs indireto:
Se negativo, repetir Coombs a cada
4 semanas, a partir da 24º semanas
Se positivo, encaminhar para Pré
natal de Alto-risco.
Rh positivo Acompanhamento de Baixo risco.
VDRL
Positivo Solicitar teste treponêmico
(Teste rápido para Sífilis ou
TPHA) e referir para Infectologia
no CINI.
Solicitar também exame do
parceiro, caso não realizado na
1ª rotina.
Negativo Repetir exame conforme rotina
Urina I e Urocultura Proteinúria “Traços”: repita em 15 dias; caso se
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
27
mantenha, encaminhe a gestante
ao pré-natal de alto risco.
“Traços” e hipertensão e/ou edema:
é necessário referir a gestante ao
pré-natal de alto risco.
“Maciça”: é necessário referir a
gestante ao pré--natal de alto risco.
Piúria/Bacteriúria/
leucocitúria/ cultura
positiva (>105col/ml)
Trate a gestante para infecção do
trato urinário (ITU) empiricamente,
até o resultado do antibiograma.
Solicite o exame de urina tipo I
(sumário de urina) após o término
do tratamento.
Em caso de persistência do quadro
após o tratamento, encaminhar
para avaliação médica.
Acima de 3 episódios na atual
gestação a gestante deve ser
referida ao pré-natal de alto risco.
Hematúria Se for piúria associada, considere
ITU e proceda
da mesma forma como foi
apresentada no item
anterior.
Se for isolada, uma vez que tenha
sido excluído
sangramento genital, é necessário
encaminhar para avaliação médica
Cilindrúria É necessário referir a gestante para
avaliação médica ou pré-natal de
alto risco.
Hemograma -
Dosagem Hemoglobina
Hb>11g/dl
Ausência de Anemia
Acompanhamento de rotina.
Hb>8g/dl e <11g/dl
Anemia leve a
moderada
Anemia leve a moderada.
Prescrever sulfato ferroso
em dose de tratamento de anemia
ferropriva, de 3 a 4 drágeas de
sulfato ferroso/dia
(900 a 1200 mg/dia), via oral, uma
hora antes das principais refeições.
É preciso ainda:
– repetir o exame em 60 dias – se
os níveis estiverem subindo, manter
o tratamento até a hemoglobina
atingir 11 g/dl, quando deverá ser
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
28
mantida a dose de suplementação
(300 mg ao dia);
– repetir o exame
aproximadamente na 30ª semana –
se os níveis de hemoglobina
permanecerem estacionários ou em
queda, referir a gestante ao pré-
natal de alto risco.
Hb<8g/dl
Anêmia grave
A gestante deve ser referida
imediatamente ao pré-natal de alto
risco.
Glicemia de jejum
Atè 84mg/dl Repetir exame conforme rotina
85- 91mg/dl Orientações alimentares e realizar
TTGO com 24 semanas.
>92mg/dl Repetir exame imediatamente, se
alterado a gestante deve ser referida
imediatamente ao pré-natal de alto
risco, caso discordante, proceder
conforme orientações anteriores.
TTGO 75g
Jejum < 91mg/dl
2h < 140mg/dl
Teste negativo.
Jejum > 92mg/dl
2h > 140mg/dl
A gestante deve ser referida
imediatamente ao pré-natal de alto
risco.
Sorologia HIV
Negativo Realizar aconselhamento e repetir
conforme rotina.
Positivo Encaminhar para Pré- natal de Alto
risco no CINI.
Sorologia Hepatite B
Negativo Realizar aconselhamento e repetir
conforme rotina.
Positivo Encaminhar para CINI.
Estreptococo B
Acompanhamento de rotina.
Encaminhar para avaliação médica.
Toxoplasmose
Igg positivo e Igm
negativo
Gestante Imune. Seguimento de rotina,
não necessita repetir exame.
Igg negativo e Igm
negativo
Gestante Susceptível. Orientações e
repetir exame conforme rotina.
Igg negativo e Igm
positivo/ Igg positivo e
Igm positivo
Solicitar avaliação médica imediata e
encaminhar para Pré- natal de Alto-
risco no CINI.
PPF Ancilostomíase Mebendazol 100 mg- duas vezes ao dia,
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29
(Helmintíases e
Protozooses)
Ascaridíase por VO, durante 3 dias seguidos.
Repetir exame após tratamento. Enterobíase
Tricuríase
Esquistossomose Encaminhar para avaliação médica.
Repetir exame após tratamento. Himenolepíase
Estrongiloidíase Encaminhar para avaliação médica.
Repetir exame após tratamento.
Teníase Mebendazol200 mg- duas vezes ao dia
(manhã/noite), VO, durante 4 dias
seguidos.
Repetir exame após tratamento.
Amebíase Metronidazol250 mg- três vezes ao dia,
VO, durante 10 dias.
Repetir exame após tratamento.
Giardíase Metronidazol250 mg, duas vezes ao
dia, por VO, durante 7 dias seguidos.
Repetir exame após tratamento.
Citologia Oncótica
Seguir fluxos, condutas e realizar prescrições conforme “Manual
FOSP de Condutas frente aos resultados de Papanicolau” dos
protocolos de enfermagem na atenção a saúde da mulher.
1.5. Queixas e intercorrências frequentes
1.5.1 Náuseas, vômitos e tonturas
• Explique que tais sintomas são comuns no início da gestação;
• Oriente a gestante a:
- consumir uma dieta fracionada (6 refeições leves ao dia);
- evitar frituras, gorduras e alimentos com cheiros fortes ou
desagradáveis;
- evitar líquidos durante as refeições, dando preferência à sua
ingestão nos intervalos;
-ingerir alimentos sólidos antes de se levantar pela manhã, como
bolacha de água e sal;
-ingerir alimentos gelados;
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
30
• Agende consulta médica ou refira a gestante ao pré-natal de alto
risco em caso de vômitos frequentes refratários mesmo adotando-se as
medidas citadas, pois podem provocar distúrbios
metabólicos,desidratação, perda de peso, tontura, sonolência e desmaio.
Prescrição eventual, se necessária:
Metoclorpramida 10mg – 1comp, via oral, 3x ao dia
1.5.2 Pirose (azia)
• consumir dieta fracionada, evitando frituras;
• evitar café, chá preto, mates, doces, álcool e fumo.
Prescrição eventual, se necessária:
Hidróxido de alumínio 60mg/mL – 5ml, via oral, 15 minutos antes das
principais refeições
1.5.3 Sialorreia (salivação excessiva)
• Explique que é um sintoma comum no início da gestação;
• Oriente dieta semelhante à indicada para náusea e vômitos;
• Oriente a gestante a deglutir a saliva e tomar líquidos em
abundância (especialmente em épocas de calor).
1.5.4 Fraquezas e desmaios
• Oriente a gestante para que não faça mudanças bruscas de posição
e evite a inatividade;
• Indique dieta fracionada, de forma que a gestante evite jejum
prolongado e grandes intervalos entre as refeições;
• Explique à gestante que sentar com a cabeça abaixada ou deitar
em decúbito lateral, respirando profunda e pausadamente, melhora a
sensação de fraqueza e desmaio.
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
31
1.5.5 Dor abdominal e cólicas
• Certifique-se de que não sejam contrações uterinas;
• Se a gestante apresentar flacidez da parede abdominal sugira o uso
de cinta (com exceção da elástica) e exercícios apropriados;
1.5.6 Flatulência (gases) e obstipação intestinal
• Oriente dieta rica em resíduos: frutas cítricas, verduras, mamão,
ameixas e cereais integrais;
• Recomende que a gestante aumente a ingestão de líquidos e evite
alimentos de alta fermentação, tais como repolho, couve, ovo, feijão,
leite e açúcar;
• Recomende caminhadas, movimentação e regularização do hábito
intestinal;
Prescrição eventual, se necessário:
• Simeticona 75mg/ml solução oral – 40-80mg, vo, 4x ao dia
1.5.7 Hemorróidas
• Alimentação rica em fibras, a fim de evitar a obstipação intestinal. Se
necessário, prescreva supositórios de glicerina;
• Que não use papel higiênico colorido ou áspero (nestes casos, deve-
se molhá-lo) e faça higiene perianal com água e sabão neutro, após a
evacuação;
• Que faça banhos de vapor ou compressas mornas;
• Encaminhar para avaliação médica, caso haja dor ou sangramento
anal persistente.
1.5.8 Corrimento vaginal
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
32
• Explique que um aumento de fluxo vaginal é comum na gestação;
• Não prescreva cremes vaginais, desde que não haja diagnóstico de
infecção vaginal;
• Realizar exame-físico ginecológico se ocorrer fluxo de cor
amarelada, esverdeada ou com odor fétido ou caso haja prurido. Nestes
casos, seguiras condutas mencionadas no Manual de Tratamento e
Controle de Doenças Sexualmente Transmissíveis/DST-Aids/MS.
1.5.9 Falta de ar e dificuldades para respirar
• Tais sintomas são frequentes na gestação, em decorrência do
aumento do volume do útero por compressão pulmonar, assim como por
consequência da ansiedade da gestante;
• Recomende repouso em decúbito lateral esquerdo;
• Ouça a gestante e converse sobre suas angústias, se for o caso;
• Esteja atento para outros sintomas associados (tosse, chiado e
sibilância) e para achados no exame cardiopulmonar, pois – embora seja
pouco frequente – pode se tratar de um caso de doença cardíaca ou
respiratória;
• Encaminhar para avaliação médica caso haja dúvida ou suspeita
de problema clínico.
1.5.10 Mastalgia
• Oriente a gestante quanto à normalidade de incômodo mamário,
pela fisiologia da gestação, devido ao aumento mamário e ao
desenvolvimento de suas glândulas;
• Recomende à gestante o uso constante de sutiã, com boa
sustentação, após descartar qualquer intercorrência mamária;
• Oriente a gestante sobre o colostro (principalmente nas fases
tardias da gravidez), que pode ser eliminado em maior quantidade,
obrigando o diagnóstico diferencial com anormalidades.
1.5.11 Lombalgia
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
33
• Faça a correção de sua postura ao se sentar e ao andar;
• Use sapatos com saltos baixos e confortáveis;
• Faça a aplicação de calor local;
Prescrição eventual, se necessária:
Paracetamol 500mg comp. ou Paracetamol 200mg/mlSol. Oral –
máx. de 500mg/dose,vo, 8/8hs
1.5.12 Cefaleia
• Afaste as hipóteses de hipertensão arterial e pré- eclâmpsia (se
houver mais de 24 semanas de gestação);
• Converse com a gestante sobre suas tensões, seus conflitos e seus
temores;
• Oriente a gestante quanto aos sinais e sintomas que podem indicar
doença grave.
• Encaminhar para consulta médica, se o sintoma persistir mesmo
com oanalgésico proposto neste protocolo;
Prescrição eventual, se necessário:
Paracetamol 500mg comp. ou Paracetamol 200mg/mlSol. Oral –
máx. de 500mg/dose, vo, 8/8hs.
1.5.13 Sangramento nas gengivas
• Recomende a escovação após as refeições, assim como o uso de
escova de dentes macia;
• Oriente a realização de massagem na gengiva;
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
34
• Recomende o uso de fio dental;
• Agende atendimento odontológico sempre que possível.
1.5.14 Câimbras
• Massageie o músculo contraído e dolorido e aplique calor local;
• Evite o excesso de exercícios;
• Realize alongamentos antes e após o início de exercícios ou
caminhadas longas, assim como na ocasião da crise álgica e quando for
repousar.
1.5.15 Cloasma gravídico
• Explique que é uma ocorrência comum na gravidez e que costuma
diminuir ou desaparecer, em tempo variável, após o parto;
• Recomende que a gestante não exponha o próprio rosto
diretamente ao sol e que use protetor solar.
1.5.16 Estrias
• Explique que são resultantes da distensão dos tecidos e que não
existe método eficaz de prevenção. As estrias, que no início apresentam
cor arroxeada, tendem com o tempo a ficar comuma cor semelhante à
da pele.
Ainda que controversas, podem ser utilizadas massagens locais, com
substâncias oleosas ou cremes, na tentativa de preveni-las.
1.5.17 Queixas urinárias e Infecção urinária na gravidez
• Explique que, geralmente, o aumento do número de micções é
comum no início e no final da gestação (devido ao aumento do útero e à
compressão da bexiga). Mesmo sendo incômodo o aumento do número
de micções, é de extrema importância incentivar a ingestão hídrica
adequada;
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
35
• Urina I deve ser pedida sempre que houver queixa de dor em baixo
ventre persistente após o uso de sintomáticos, sempre que houver
queixas urinárias, ameaça de trabalho de parto prematuro ou ITU de
repetição.
• Se a gestante estiver assintomática aguardar resultado para
conduta.
• Se gestante sintomática: iniciar tratamento após coleta de exames.
• Repetir exame de controle após 2 dias da finalização do tratamento
medicamentoso, conforme proposto na tabela abaixo:
Medicamentos Preconizados Manual Técnico do Pré- natal e Puerpério (SES-SP 2010)
Antibiótico Dose/dia Via Apresentação por drág/comp.
Posologia/tempo de tratamento
Cefalosporina de 1ª geração
(Cefalexina)
2g/dia Via oral 500mg Uma drágea de 6/6 h, por 7 a 10 dias.
Na verificação do exame de controle, caso haja persistência da infecção, solicitar avaliação médica.
• Orientar as gestantes sobre a necessidade do tratamento correto.
• Alertar para possíveis consequências do tratamento irregular.
• Atenção especial para casos de gravidez indesejada.
• Caso ITU de repetição com mais de 3 episódios na atual
gestação encaminhar para alto-risco.
1.5.18 Hemorragias
• Avaliar a gestante identificando possíveis causas de hemorragia,
reavaliar o risco gestacional e referir a paciente ao serviço obstétrico
de urgência.
• Evitar o toque vaginal, que pode ser prejudicial no caso de placenta
prévia.
• As situações hemorrágicas mais importantes durante a gravidez são:
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
36
• Primeira metade – abortamento, descolamento cório-amniótico,
gravidez ectópica e neoplasia trofoblástica gestacional benigna
(mola hidatiforme);
• Segunda metade – placenta prévia (PP), descolamento prematuro
da placenta (DPP).
1.6. Consulta Puerperal
A consulta de puerpério deverá ocorrer em até 45 dias pós parto.
Considerar os seguintes dados:
Tipo de parto e data (se operatório, verificar indicação);
Amamentação exclusiva ou não;
Orientação e escolha de um método contraceptivo para o casal.
Ao exame físico realizar avaliação das mamas e ginecológico.
Como conduta incentivar e orientar o método contraceptivo de escolha,
barreira comportamental ou progestágeno diário oral, também chamado de
minipílula, ou de depósito mensal/trimestral.
Quanto aos exames a serem pedidos, considerar intercorrências na
gestação.
Métodos contraceptivos para mulheres que amamentam:
Norestin 0,35 – uso contínuo, sem interrupção até a criança
completar 6 meses de idade ou iniciar outro alimento que não seja
o aleitamento materno exclusivo;
Depoprovera 150 – injetável intramuscular, trimestral, orientar
quanto a possíveis sangramentos (suspender o uso), ou ausência
de menstruação durante o período de uso da injeção.
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
37
REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco / Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília:Editora do Ministério da Saúde, 2012. 318 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n° 32) Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Manual de Controle das DoençasSexualmente Transmissíveis/Ministério da Saúde, Secretaria deVigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. Brasília:Ministério da Saúde. 2005. Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (COREN-GO). Protocolo de Enfermagem em Atenção à Saúde de Goiás. Goiania / GO, 2010, 223p. Florianópolis. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Saúde. Programa Saúde da Mulher. Protocolo de Atenção Integral a Saúde da Mulher. /Secretaria Municipal de Saúde. - - Tubarão : Ed. Copiart, 2010. Governo do Estado de São Paulo. (FOSP). Condutas clínicas frente aos resultados dos exames de papanicolaou, 2005. São Paulo(Estado). Secretaria da Saúde. Coordenadoria de Planejamentoem Saúde. Assessoria Técnica em Saúde da Mulher. Atenção à gestante e à puérpera no SUS – SP: manual técnico do pré-natal e puerpério / organizado por Karina Calife, Tania Lago, Carmen Lavras– São Paulo: SES/SP, 2010.
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
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ANEXO I – LISTA DE MEDICAMENTOS COM PESCRIÇÃO AUTORIZADA
MEDICAMENTO USO APRESENTAÇÃO POSOLOGIA
Acetato de medroxiprogesterona
(Depoprovera)
Anticoncepção Consulta de Puerpério
Ampola 50mg/ml (INJETÁVEL)
1 ampola, IM, 3/3 meses
Ácido fólico Prevenção de defeitos tubo
neural e anemia Comp. 5mg
5mg, VO, dose única diária
Benzoato de benzila
Escabiose solução tópica Aplicar sob a pele
1 vez ao dia por 03 dias
Cefalexina ITU Comp. 500mg 500mg, VO,6/6hs ( por 7
dias)
Hidróxido de alumínio
Pirose (Azia) Suspensão 60mg/mL 5ml, via oral, 15 minutos
antes das principais refeições
Mebendazol Helmintíase Comp. 150mg/
Sol. Oral 20mg/ml
1comp.,VO, 12/12hs (3 dias)
5ml,VO, 12/12hs (3 dias)
Metildopa Hipertensão Comp. 250mg CONFORME
TRANSCRIÇÃO
Metoclopramida Hiperêmese Comp. 10mg 1comp, VO, 8/8hs
Metronidazol Parasitose Intestinal
Comp. 250mg
Amebíase- 1 comp,
VO,8/8hs (10 dias)
Giardíase- 1 comp.,VO,
duas vezes ao dia, (7
dia)
Noretisterona
(Norestin ou Micronor)
Anticoncepção Consulta de Puerpério
Comp. 0,35mg 1 comp., VO, ao dia ininterruptamente
Paracetamol Analgésico, Antitérmico
Comp. 500mg/ Sol. Oral 5mg/ml
500mg,VO, 1-4x ao dia
Simeticona Gases Sol. Oral 75mg/ml 40-80mg,VO, 6/6hs
Sulf. ferroso Anemia Comp. Revest.
1comp, VO, dose única diária( a partir da 20ª
semana até 6ª semana pós parto)
A PRESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS DESTE PROTOCOLO DEVE ESTAR EMBASADA NA CONSULTA DE
ENFERMAGEM, MEDIANTE APLICAÇÃO SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (RESOLUÇÃO
COFEN Nº358/2009) OFERECENDO SEGURANÇA AO PROFISSIONAL E À GESTANTE ACOMPANHADA
CONFORME DETERMINA O CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM.
PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER – ITANHAÉM/SP - 2015
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ANEXO II – LISTA DE EXAMES AUTORIZADOS
ABO Rh
Coombs indireto
Hemograma
Glicemia jejum
TTGO 75g
Urina I
Urocultura
PPF
Citologia oncótica(colposcopia se NIC2 ou NIC3)
Pesquisa de Streptococcus B
Testes Rápidos HIV/VDRL/HBsAG
Sorologias
o HIV
o VDRL e TPHA
o HBsAG
o Toxoplasmose Igg e Igm
Pesquisa estreptococo B em secreção vaginal – entre 34 e 36
semanas
Ultrassom Gestacional
FOLHA DE EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
NOME:
DATA DE NASCIMENTO: ____/____/____ TELEFONE:
ENDEREÇO:
CNS: Data: ____/_____/_____ Hora:_____:_____
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL
1° CONSULTA
1. História Clínica
I. Identificação N° SISPRENATAL: /Idade: /Cor:
Nacionalidade: /Naturalidade:
Tipo de moradia: /N° de cômodos:
Água encanada: ( )sim ( )não / Energia elétrica: ( )sim ( )não
Saneamento básico: ( )sim ( )não / Coleta de lixo: ( )sim ( )não
Risco para enchente: ( )sim ( )não / Iluminação natural: ( )sim ( )não
Ocupação: /Religião:
Quantas pessoas moram na casa: /Quantas pessoas possuem renda:
Distancia da residência até a unidade de saúde:
Animais domésticos:
Renda familiar: /Situação conjugal:
Grau de instrução:
II. Antecedentes Familiares
III. Antecedentes Pessoais
lV. Antecedentes Ginecológicos
Ciclo menstrual: ( )regular ( )irregular
Método contraceptivo:
Tratamento para engravidar: ( )sim ( )não
DST: ( )sim / qual: ( )não / DIP: ( )sim ( )não
Cirurgia ginecológica: ( )sim (tipo: )( )não / Menarca:
Histórico patológico das mamas:
Ultimo exame de colpocitologia oncótica:
V. Sexualidade
Coitarca: / N° de parceiros sexuais:
Dispareunia: ( )sim ( )não / Atividade sexual na gestação: ( )sim ( )não
Uso de preservativos: ( )sempre ( )nunca ( )as vezes
Vl. Antecedentes obstétricos
Gestações: / Partos: /Abortos: /Vivos: / Primigesta ( )
Idade na 1° gestação: / Intervalo entre as gestações:
Tipo de parto: / Amamentação:
Intercorrencia em gestações anteriores:
Vll. Gestação atual
DUM (referida): DUM (USG):
Peso: /Altura: /IMC:
DPP (DUM): /DPP (USG): IG (DUM): / IG (USG):
Diagnóstico nutricional: ( )BP ( )A ( )S ( )O
Medicamentos usados nesta gestação:
Internação durante esta gestação: ( )sim ( )não
Tabagismo: ( )sim ( cigarros p/ dia) ( )não / Etilismo: ( )sim ( )não
Drogas ilícitas: ( )sim ( )não / Estresse: ( )sim ( )não
Esforço físico intenso nesta gestação: ( )sim ( )não
Exposição a agentes químicos: ( )sim ( )não
Gravidez planejada: ( )sim ( )não /Aceitação da gravidez: ( )sim ( )não
Alimentação: ( )adequada ( )inadequada / Micção: ( )normal ( )alterada
Evacuação: ( )normal ( )constipação ( )diarréia
Queixas sintomáticas:
Violência doméstica: ( )sim ( )não
Imunizações:
2. Exames
I. Laboratoriais
ll. USG Gestacional
3. Exame Físico obstétrico
Altura uterina: / BCF: / MF:
Apresentação:
Edemas:
Abdome:
Pressão arterial:
4. Risco gestacional
( )baixo risco ( )alto risco
5. Diagnósticos de Enfermagem
6. Planejamento de Enfermagem
7. Prescrição de Enfermagem
PRÓXIMA CONSULTA EM:_______/________/________
FOLHA DE EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
NOME:
DATA DE NASCIMENTO:_____/_____/_______ TELEFONE:
ENDEREÇO:
CNS: Data: ____/_____/_____ Hora:_____:_____
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PRÉ-NATAL
CONSULTAS SUBSEQUENTES
P.A: / Peso: / Altura: / IMC:
Ganho de peso:
IG (DUM): / IG (USG):
Intercorrências desde ultima consulta:
Queixas:
Atividade sexual: ( )+ ( )- / Alimentação: ( )adequada ( )inadequada
Micção: ( )normal ( )alterada / Evacuação: ( )normal ( )constipação ( )diarréia
Sono e repouso: ( ) normal ( )insônia ( )hipersonia
Excesso de esforço físico: ( )sim ( )não / Estresse: ( )não ( )leve ( )intenso
Estado emocional:
Imunização:
Exames laboratoriais/imagem:
Exame obstétrico:
Altura uterina: / BCF: / MF: Perceptível ( ) Não perceptível ( )
Apresentação: Cefálica ( ) Pélvica ( ) Indiferente ( )
Edemas: / Abdome:
Risco gestacional: ( )BR ( )AR
Exames:1°trim. ( )completo ( )incompleto ( )não realizados ( )aguardando resultado
Exames:3°trim. ( )completo ( )incompleto ( )não realizados ( )aguardando resultado
5. Diagnósticos de Enfermagem (CIPESC ou NANDA )
6. Planejamento de Enfermagem
7. Prescrição de Enfermagem
PRÓXIMA CONSULTA EM:_______/________/________