olhando a educacao desde o capitalismo e a justica social
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Resumo dos instrumentos analisados no livro: RIADIGOS MOSQUERA, C. (2015). Justicia Social y Educación Democrática: un camino compartido. Madrid: La MurallaTRANSCRIPT
Olhando a educação desdeOlhando a educação desdeo Capitalismo e a Justiça Socialo Capitalismo e a Justiça Social
Carlos Riádigos MosqueraCarlos Riádigos Mosquera
Do livro: RIADIGOS MOSQUERA, C. (2015). Do livro: RIADIGOS MOSQUERA, C. (2015). Justicia Social y Educación Democrática: un Justicia Social y Educación Democrática: un camino compartidocamino compartido. Madrid: La Muralla. Madrid: La Muralla
CapitalismoCapitalismo
- Lucro- Mais-valia- Classismo
- Individualismo- Liberdade é a do mercado
- Igualdade gerada pelo mercado- Deveres forçados e direitos a ser ganhos
- Direitos civis (individualizados), políticos (representativos) e não sociais
CapitalismoCapitalismo
1. Educação e Sociedade1. Educação e Sociedade
1.1 Educação continuista com o socialmente estabelecido
Antipolitica, individualismo, educação como algo restringido, modelo estado-nação,
educação subordinada ao mercado, inclusão dependente do esforço
1.2 Educação subordinada aos sistemas de produção
Alfabetização mercantil, organização escolar virada para a produção (competitividade,
divisão social dos trabalhos, aprender para produzir, personalidades trabalhistas)
1.3 Educação concertada e privada entendidas como direitos fundamentais e a
pública como imposição
Educação privada e concertada (liberdade face a imposição do publico), educação apartada
da politica e sociedade
Modelo educacional capitalistaModelo educacional capitalista
2. Políticas educacionais2. Políticas educacionais
2.1 As políticas educativas dão continuidade e fortalecem o modelo hegemônico
Não participação, centralização, influença religiosa
2.2 Desregulamentação tendente à descentralização provocadora de exclusão
Recursos públicos não equitativos, competição intra e inter escolas (rankings)
2.3 Regulação tendente à centralização provocadora de homogeneização
Homogeneização, não contextualização
2.4 Mudanças escoar em favor das necessidades do mercado
Perda de autonomia educacional, valores virados para o mercado, negócio com a educação,
enfraquecimento da educação pública
2.5 Mercantilização dos sistemas educativos
Para o interior das escolas desde fora (roupas), dentro das escolas (patrocínios), privatização
de atividades (extraescolares, futebol Cocacola)
2.6 Burocratização dos sistemas educativos
Aumento trabalho administrativo, pouco tempo para “pensar”, verticalização de
poder nas escolas, credencialismo
2.7 Distribuição de centros e alunado em função de interesses não públicos
Rendimento e procedência, uso de rankings e seleção de alunado, guetos
2.8 Aproveitamento limitado dos recursos educativos públicos
Uso e desfrute muito centralizados, equipamentos austeros básicos e tristes
2.9 Avanço da exclusão educativa
A norma e a homogeneidade, inclusão deve ser ganha (esforço), multiculturalidade
(não interculturalidade)
3. Currículo3. Currículo
3.1 Elaboração curricular condicionada pelas necessidades da sociedade capitalista
Utilitarismo, racionalidade técnica sobre valores, disciplinarização (não inter nem
trans), estandardização (não minorias e conteúdos hegemônicos), linguagem empresarial
3.2 A politização educativa é vista como contraproducente e perigosa
Inatismo, educa-se para os deveres, uso da “neutralidade”, sem materiais “sociais”, falso
consenso curricular
3.3 Domina a informação hegemônica e silencia-se a contra-hegemônica
Nos-Eles, norma-diferença, vozes dominantes e ausências das dominadas
3.4 Construção compartimentalizada do currículo e só desde o positivismo
Positivismo, domínio das ciências “naturais” face as “sociais”, quantitativismo,
conhecimento cientifico sobre o cotidiano ou “popular”, disciplinarização
3.5 Objetivos e conteúdos educativos com orientação empresarial
Estandardização, conteúdos baseados na lógica empresarial, educar para o consumo,
lógica do crescimento, presença de corporações e instituições (OCDE-PISA)
3.6 Material curricular e livros de texto condicionados pelo pensamento único
Homogeneização no material, não politização, ausência dos “por que”
4. Atores educativos4. Atores educativos
4.1 Papéis marcados e prefixados no sistema educativo
Alunado passivo, professorado gerente, direção e poder central, precariedade e
utilitarismo na formação, famílias passivas, “técnicxs” especialistas externos
4.2 Relações interpessoais precárias tendentes ao individualismo
Falta de interação, baixo poder dos órgãos coletivos (assembleias), falta de
diálogo, amor e empatia, alunado e professorado como inimigos
4.3 Despolitização educativa: atores isolados da realidade social
Falsa neutralidade ideológica, falta de agrupamentos (sindicatos, etc.),
desconexão com a sociedade, POLÍTICA vista como algo negativo
5. Processos de Ensino-Aprendizagem5. Processos de Ensino-Aprendizagem
5.1 Metodologia individualista geradora de conflito e desunião
Metodologia individualizada, repetitiva, passiva, não útil
5.2 As tarefas desenham-se para desenvolver destrezas sócio-trabalhistas
Continuadoras, necessidades trabalhistas, especializadas, competição
5.3 Aprendizagem principalmente bancária
Alunado como receptáculo, professorado impõe regras, aprendizagem
memorialística, emoções a desativar
5.4A tecnologia como substituta do ensino-aprendizagem presencial e pública
Recursos nas tecnologias e não nas pessoas, ferramentas tecnológicas com
metodologias tradicionais, software privado e Copyright
5.5 Avaliação classificadora
Adaptação a avaliação externa, avaliação tipo PISA, concreta asséptica apolítica,
padronizada homogênea, objetivo medir, sumativa, objetividade científica, vertical-tecnica,
ferramentas sobre realidade (quantitativa), não dialogado, classificação-sanção.
Justiça SocialJustiça Social
- Diferente da justiça (é parcial)- A vida é muito mais que o lucro e deve ser limitado
- Não à mais-valia, sim a cooperativas, por ex.- Anticlassismo
- Coletivo e individual dependentes e necessários- Liberdade é a do ser humano
- Igualdade para a equidade e viver em paz (justiça)- Equilíbrio entre direitos e deveres
- Direitos civis (individuais e coletivos), políticos (representativos e participativos) e sociais
Justiça SocialJustiça Social
Modelo educacional da justiça socialModelo educacional da justiça social
1. Educação e Sociedade1. Educação e Sociedade
1.1 Educação promotora da mudança social democrática
Politica, colectiva e cuidadora da individualidade, educação como meio para a vida,
modelo internacionalista, educação independente do mercado, inclusão como direito
1.2 Sistema educativo como motor da formação de cidadania cívica e
comprometida com a justiça democrática
Alfabetização humana, organização escolar virada para a democracia (colaboração,
divisão horizontal dos trabalhos, aprender para viver, personalidades variadas e complexas)
1.3 Educação pública entendida como um direito fundamental e a privada
como uma alternativa particular
Educação publica de qualidade como prioridade (liberdade face a imposição do mercado),
educação comprometida com a politica e a sociedade
2. Políticas educacionais2. Políticas educacionais
2.1 Fortalecimento das políticas educativas como serviço público para a equidade
Participação, descentralização, não influença religiosa, politicas redistributivas
2.2 Recentralização e regulação para garantir os direitos e recursos básicos
Garantir por lei recursos públicos educacionais equitativos
2.3 Descentralização para garantir a autonomia e diversidade sociopedagógica
Promocionar a heterogeneização, contextualização e autonomia escolar
2.4 Consolidação da escola como pilar social democrático
Aumento da autonomia educacional, valores virados para a democracia baseada na justiça
social, fortalecimento da educação pública
2.5 Distribuição de centros e alunado equitativa perseguindo o bem coletivo e das
pessoas implicadas
Para favorecer a equidade no tecido social, apostando pela diversidade e o bem
conjunto das famílias
2.6 Gerenciamento social, aberto e democrático dos recursos educativos públicos
Participação aberta à sociedade, comprometimento público, não interferência religiosa
2.7 Avanço para a inclusão educativa de todo tipo de pessoas e coletivos
Inclusão equitativa de grupos sociais desfavorecidos: classe social baixa, mulher, raças
não brancas, etnias minoritárias, infância e ancianidade, homossexualidade e transsexualidade,
pessoas fracas ou doentes, ambientes não urbanos, religiões minoritárias e/ou agnosticismo e
ateísmo, ideologias não capitalistas, nacionalidades marginadas
3. Currículo3. Currículo
3.1 Construção social da realidade democrática como guia
Valores sobre racionalidade técnica, diversidade curricular atendendo à social (minorias
e conteúdos não hegemônicos), linguagem democrática
3.2 Naturalização da politização educativa comprometida com a justiça social
Aposta pelo ambientalismo, educa-se para os direitos e deveres, trabalho sobre a
“neutralidade”, aborda-se o debate ideológico curricular desde a democracia e a justiça social
3.3 Educação para a ilustração, emancipação e florescimento democrático
Ecologia de saberes, ciência como favorecedora do conhecimento e não como norma,
conhecer para nos emancipar democraticamente
3.4 Currículo contra-hegemônico, equitativo e plural
Diversificação, conteúdos baseados na lógica cívico-democrática, educar para a
independência, lógica do decrescimento
3.5 Interdisciplinariedade e interculturalidade como modelos de aprendizagem
Diálogo e colaboração dos saberes, entre ciências “naturais” e “sociais”, qualitativo,
conhecimento cientifico e cotidiano ou “popular” colaborando, interdisciplinariedade
3.6 Objetivos e conteúdos educativos focados para a justiça social
Diversidade, conteúdos baseados na justiça social, educar para as vidas em democracia
3.7 Materiais curriculares e livros de texto ao serviço da justiça social
Heterogeneidade no material, politizado, presencia dos “por que”
3.8 Currículo aberto, flexível e negociado para poder editá-lo consensualmente
Contextualizado, que responde a necessidades humanas e não do mercado, debatido,
aberto à participação
4. Atores educativos4. Atores educativos
4.1 Comunidade educativa entendida desde as relações pessoais horizontais
Alunado ativo, professorado negociador, direção para organizar, riqueza e humanismo
na formação, famílias ativas, agentes externos para ajudar respeitando a autonomia
4.2 Fortalecimento das relações e o diálogo entre todos os atores escolares
Alta interação, alto poder dos órgãos coletivos (assembleias), muito diálogo, amor e
empatia, alunado e professorado como amigos
4.3 Politização das comunidades educativas comprometidas com a democracia
Questionamento da neutralidade ideológica, muito agrupamento (sindicatos, etc.),
conexão com a sociedade, POLÍTICA vista como algo positivo
5. Processos de Ensino-Aprendizagem5. Processos de Ensino-Aprendizagem
5.1 Metodologia comunitária que acredita nas capacidades do alunado
Metodologia variada com o grupo como foco, variada, ativa, útil para viver
5.2 As tarefas escolares educam para uma vida plena, diversa e comprometida
Questionadoras, necessidades humano-democráticas, integrais, cooperação
5.3 Aprendizagem liberadora e problematizadora
Alunado como foco ativo, professorado como facilitador, aprendizagem natural,
emoções a potenciar
5.4 Internet e novas tecnologias como ajudas para aprender e viver em rede
Recursos nas pessoas e ajuda das tecnologias, ferramentas tecnológicas para
metodologias que empolguem, software aberto e Copyleft-Creative Commons
5.5 Avaliação democrática
Avaliação interna e autoavaliação, avaliação comunitária e contextualizada,
diversa comprometida e política, heterogênea, objetivo aprender, processual, credibilidade,
horizontal-negociada, realidade sobre ferramentas (qualitativa)
Currículo Contra-hegemônico
Elaboração curricular baseada na construção social da realidade:o comum e público, educação para a mudança democrática e a justiça social, racionalidade holística, ambientalismo, transversalidade, diversidade, linguagem inclusiva e democrática
Naturalização da politização educativa:esforço pelo avanço estrutural, compromisso com a justiça social, conteúdos humanísticos e sociais, educa-se para a emancipação, consenso e dissenso curriculares fruito da diversidade
Interdisciplinariedade:ecologia epistemológica e diálogo entre os saberes, a interpretação e os aspectos qualitativos som
fundamentais, interdisciplinariedade e transversalidade, equilíbrio entre o conhecimento “acadêmico” e o “popular”, coordenação entre áreas real e com recursos, conhecer holisticamente,
negociação aberta sobre a elaboração curricular
Orientação para a justiça social:elaboração horizontal, diversidade e contextualización, inclusão e desenvolvimento democrático
como foco, orientação humanística, procedimentos como ferramentas ao serviço dos valores,multiepistemologia, metas condicionadas pela democracia e a justiça social, defesa da diversidade como princípio inegociável, alfabetização crítica, explicações estruturais e dos “por ques”, cuidado
do planeta e seus seres.Pluralidade de vozes: socialistas, anticlassistas, interculturais, feministas, plurissexuais,
multirraciais, pluricontextuais, ecologistas, plurireligiosos e ateus, todas as idades e condições físico-psíquicas
Material curricular para a justiça social:livros de texto como um recurso mais, liberdade de eleição do material para as comunidades
educativas, ecologia epistemológica, independência de interesses econômicos, presença e participação das vozes ausentes, abordam-se as problemáticas sociais, justificativas e “por ques”, facilita-se o conhecimento compreensivo, promoção de ferramentas públicas como as bibliotecas
Ajudam para aprender e viver em rede:cultura aberta e horizontal das pessoas com a tecnologia como ajuda, energia e recursos para as pessoas se valer da tecnologia, melhora para a aprendizagem cooperativa e em rede, seguem-se necessidades democráticas, socialização do conhecimento: aberto, livre e gratuito com filosofias
como a do software livre, Creative Commons ou Copyleft.
Sociedade
Politização
Construção
Objetivos e conteúdos
Materiais
educativos
Novas tecnologias