ocorrÊ ncia de doenÇa hipertensiva especÍfica da...

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1 Helenice m. C. Souza 001200400074 Patricia a. C. Ferreira 001200400012 Roberta c. Leme 001200400306 OCORRÊ NCIA DE DOENÇ A HIPERTENSIVA ESPECÍ FICA DA GESTAÇ AO - (DHEG) Braganç a Paulista 2007 PDF created with FinePrint pdfFactory Pro trial version http://www.fineprint.com

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Helenice m. C. Souza 001200400074 Patricia a. C. Ferreira 001200400012

Roberta c. Leme 001200400306

OCORRÊ NCIA DE DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇAO - (DHEG)

Braganç a Paulista 2007

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Helenice M. C. Souza 001200400074 Patricia A. C. Ferreira 001200400012

Roberta C. Leme 001200400306

OCORRÊ NCIA DE DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇAO - (DHEG)

Braganç a Paulista 2007

Monografia apresentada à disciplina trabalho de conclusão de curso, do Curso de Enfermagem, do Centro de Ciências Bioló gicas e da Saúde da Universidade São Francisco, sob orientaç ão da Profa. Ms Alecssandra Viduedo.

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_____________________________________________Dedicató ria

Helenice Maria da Costa Souza

“Dedico este trabalho a minha família principalmente aos meus filhos Ariana e

Gabriel, que durante todo o meu trajeto souberam compreender a minha ausência no meu

lar, e em vá rios momentos da vida dos dois, em que precisei me dedicar aos meus estudos

com tranqü ilidade”.

Patricia Aparecida Carvalho Ferreira

“Dedico este sonho realizado à Deus primeiramente ,aos colegas,amigos, familiares,

a minha querida mã e Ana onde muitas vezes me incentivou a continuar trilhar no caminho e

nunca desistir ,aos meus amigos do grupo de está gio Helenice, Roberta, Cristina, Kleber,

Kléia, Angela pela cumplicidade adquirida nestes anos, e a minha orientadora querida

Professora Alecssandra”.

Roberta Leme

“Dedico este trabalho a minha família,que me deu todo apoio necessá rio ,ao meu namorado

Samir,pela sua paciência e infinita compreensã o,aos meus amigos de

classe:Kleber,Kléia,Ângela e Cristina em especial a Patricia e Helenice,que sempre

acreditaram em minha capacidade e meu potencial.”

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________________________________________Agradecimentos

Helenice Maria da Costa Souza

Agradeço a Deus primeiramente por ter trilhado meu caminho me ajudando a

enfrentar os obstá culos que pudessem me desviar dos meus objetivos, iluminando as

pessoas com quem pude conviver durante estes quatro anos ,obrigado por sempre me dar

forças para nã o desistir .Obrigado pelos amigos que conquistei. Obrigado a minha mã e

Helena e meu esposo Dario que nã o me deixarã o desistir e que me apoiaram até o final do

meu percurso. A minha orientadora Professora Alecssandra que sempre me incentivou, a

todos que mencionei o meu muito obrigado.

Patricia Aparecida Carvalho Ferreira

Primeiramente à Deus por mais esta vitória em minha vida, e pela compreensã o das

minhas filhas Amanda e Ana Beatriz e do meu esposo Marcos pela paciência,da minha

ausência nestes quatro anos, a ajuda constante da minha sogra Alzira pois ela foi minha

companheira neste sonho para ser realizado.Aos meus colegas de turma,minha mã e,pai e

meus irmã os, e nã o posso me esquecer de minha amiga Suely que nã o mediu esforços para

me ajudar.

Roberta de Cássia Leme

Agradeço primeiramente a Deus,por me manter serena nos momentos em que os

obstá culos surgiram.Aos meus pais e irmã os pelo apoio e dedicaçã o prestados no decorrer

dessa jornada á rdua,porém gratificante.A minha ilustrícima orientadora Alecssandra, e a

todos que direta ou indiretamente contribuiram para que eu pudesse atingir meus objetivos.

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Há sempre um amanhã ...

Persistir sempre... Desistir nunca...

Também serve a Deus quem persiste e espera...

Os problemas e obstá culos materiais,

reforçam nossa fé e burilam nosso cará ter...

Todos nós temos uma missã o a cumprir...

No grande Teatro da vida, ora somos atores,

ora somos espectadores...

Somos hoje melhores que ontem,

Seremos amanhã melhores que hoje...

Somos e imaginamos e sentimos...

Saber pensar é saber melhorar.

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Sumá rio

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................

2. OBJETIVOS............................................................................................................................ 2.1 Objetivo Geral...................................................................................................................

2.2 Objetivos Específicos.......................................................................................................

3. JUSTIFICATIVA......................................................................................................................

4. METODOLOGIA......................................................................................................................

4.1 Tipo de estudo..................................................................................................................

4.2 Local do estudo................................................................................................................

4.3 Populaç ão alvo.................................................................................................................

4.4 Amostra............................................................................................................................

4.5 Critérios de inclusão.........................................................................................................

4.6 Critérios de exclusão........................................................................................................

4.7 Período de coleta de dados..............................................................................................

4.8 Coleta de dados...............................................................................................................

5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................................... 5.1 Hipertensão arterial na gravidez.....................................................................................

5.2 Definiç ões e diagnó sticos ..............................................................................................

5.3 Fisiopatologia...................................................................................................................

5.4 Aspectos clínicos.............................................................................................................

6.0 Tratamento......................................................................................................................

6.1 Objetivos .........................................................................................................................

7.0 Doenç a Hipertensiva Específica da Gestaç ão...............................................................

7.1 Pré-eclâmpsia – Eclâmpsia ............................................................................................

7.2 Evoluç ão, Formas Clínicas. ............................................................................................

7.3 Iminência de Eclâmpsia...................................................................................................

7.4 Eclâmpsia........................................................................................................................

7.5 Síndromes Hipertensivas na Gravidez............................................................................

8.0 Epidemiologia da D.H.E.G. .............................................................................................

8.1 Alguns fatores associados a D.H.E.G. ...........................................................................

8.2 Tendência familiar ou hereditária....................................................................................

8.3 Fatores só cio-econômicos e comportamentais...............................................................

8.4.Síndrome hipertensiva da gravidez (SHG)......................................................................

9.0 Classificaç ão clínica das Síndromes Hipertensivas da Gravidez....................................

9.1 Hipertensão Gestacional.................................................................................................

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9.2 Proteinúria Gestacional...................................................................................................

9.3 Pré-eclâmpsia, nas formas leves e/ou grave...................................................................

9.4 Eclâmpsia........................................................................................................................

9.5 Síndrome de HELLP........................................................................................................

9.6 Pré-eclâmpsia grave........................................................................................................

10. Etiopatogenia...................................................................................................................

10.1 Diagnó stico ...................................................................................................................

10.2 Diagnó stico clínico ........................................................................................................

10.3 Diagnó stico laboratorial.................................................................................................

10.4 Diagnó stico Precoce......................................................................................................

10.5 Tratamento....................................................................................................................

10.6 Pré-eclâmpsia leve .......................................................................................................

10.7 Tratamento com melhora..............................................................................................

10.8 Tratamento sem melhora...............................................................................................

10.9 Eclâmpsia ....................................................................................................................

11.0 Tratamento clinico.........................................................................................................

11.1 Tratamento obstétrico....................................................................................................

11.2 Gestaç ão de Alto Risco ..............................................................................................

12. DISCUSSÕ ES ...................................................................................................................... 13. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.......................................................................................

14. CONCLUSÕ ES..................................................................................................................... REFERÊ NCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................

ANEXOS...................................................................................................................................... Anexo 1: Questionário ...........................................................................................................

Anexo 2: Termo de consentimento .......................................................................................

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Lista grá ficos

Grá ficos Títulos Pá g.

Grá fico 1: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com a faixa etária.Braganç a Paulista,2007,n=30 ..............................................

38

Grá fico 2: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com a Raç a.Braganç a Paulista, 2007, n=30..............................................

39

Grá fico 3: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com o estado civil.Braganç a Paulista, 2007, n=30............................

40

Grá fico 4: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com a quantidade de filhos.Braganç a Paulista, 2007, n=30.............

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Grá fico 5 : Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com antecedentes pessoais de drogas licitas e ilícitas. Braganç a Paulista, 2007, n=30........................................................................

43 Grá fico 6: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com horas de

sono noturno. Braganç a Paulista, 2007, n=30................................

45 Grá fico 7: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com o número

de refeiç ões realizadas ao dia. Braganç a Paulista, 2007, n=30......

46 Grá fico 8: Grá fico 9:

Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com o número de gestaç ões anteriores. Braganç a Paulista, 2007, n=30........................................................................................ Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com o reconhecimento de sintomas da hipertensão. Braganç a Paulista, 2007, n=30..............................................................

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Grá fico 10: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com o sentimento de seguranç a quanto à s informaç ões recebidas no pré-natal. Braganç a Paulista, 2007, n=30.........................

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Lista de tabelas

Tabelas Títulos Pá g.

Tabela 1: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com o tipo de moradia e a quantidade de pessoas que convivem na casa. Braganç a Paulista, 2007, n=30. .....................................................

42 Tabela 2 Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com ocupaç ão

e renda familiar. Braganç a Paulista, 2007, n=30. ...........................

42 Tabela 3: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com

antecedentes pessoais de doenç as crônicas e tratamentos de saúde. Braganç a Paulista, 2007, n=30. ..........................................

44 Tabela 4: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com

antecedentes familiares de doenç as crônicas. Braganç a Paulista, 2007, n=30.....................................................................................

45 Tabela 5: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com o desejo

da gravidez e cuidados de saúde na gestaç ão atual . Braganç a Paulista, 2007, n=30. .....................................................................

48 Tabela 6: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com o desejo

da gravidez e cuidados de saúde na gestaç ão anterior. Braganç a Paulista, 2007, n=20. .....................................................................

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Tabela 7: Distribuiç ão das gestantes referêntes a amostra n = 30 , quanto a idade gestacional , Braganç a Paulista , 2007.................................

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Resumo

Tivemos como objetivo identificar a ocorrência de casos de gestantes acometidas pela DHEG (doenç a hipertensiva específica da gestaç ão) no ambulató rio de alto risco, assim como algumas características só cio econômicas, a relaç ão entre a idade e o surgimento da doenç a e o conhecimento das gestantes em relaç ão ao aparecimento dos sintomas da DHEG. O trabalho foi realizado apó s ter sido aceito pelo comitê de ética da USF (Universidade São Francisco), através de questões abertas e fechadas que priorizavam chegarmos as respostas aos nossos objetivos, foi realizado coleta de dados pelas pró prias autoras anotando as respostas das mulheres imparcialmente, apó s os dados foram agrupados e analisados através de médias e freqüências.Tivemos gestantes entre 16 e 40 anos com maior incidência da faixa etária entre 30 e 40 anos, a maioria casada, ganhando de 1 a 8 salários mínimos, 60% eram brancas, apenas 10% da amostra nunca tinham experimentado nenhum tipo de droga (lícitas ou ilícitas),mas acompanhavam as consultas de pré-natal regularmente, apenas 10% fizeram menos de 6 consultas pré-natal, pois procuraram o serviç o tardiamente, 90% delas referiram ter confiança nas orientaç ões adquiridas no pré-natal, e 67% sabiam identificar os sintomas de hipertensão.Concluímos que na nossa amostra a idade foi associada a hipertensão gestacional nas que tinham mais que 30 anos e que apesar de a literatura sugerir que a maior ocorrência de DHEG é em raç a negra não foi isso que observamos no ambulató rio pesquisado, as drogas podem ter alguma relaç ão com a doenç a pois 90% delas tinham contato com algum tipo de droga lícitas ou ilícitas e que apesar de a minoria das gestantes terem chego ao pré-natal tardiamente, a maioria 67% sabiam identificar os sinais de hipertensão.

Palavras chave: Hipertensão gestacional, gestaç ão de alto risco.

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1. INTRODUÇAO

Doenç a Hipertensiva Específica da Gestaç ão (DHEG), também chamada de pré-

eclâmpsia/ eclâmpsia, hipertensão induzida pela gravidez, toxemia gravídica ou doenç a da

vasoconstriç ão gravídica, é uma entidade mó rbida de instalaç ão lenta e insidiosa trazendo

repercussões ao binômio materno-fetal semanas antes de surgir à sintomatologia clínica

(Santos, Conett, 2005).

A incidência da DHEG varia conforme a situaç ão socioeconômica da populaç ão, e se

há ou não assistência pré-natal, e é mais freqüente no extremo da idade reprodutiva, isto é,

abaixo de 20 anos e acima de 35 anos de idade (Barbirieri, 2005).

O grande interesse acerca das síndromes hipertensivas da gravidez esta associada

com a sua prevalência, a morbimortalidade materna e perinatal e possível profilaxia com a

assistência pré-natal adequada (Accioly, Sounders, Lacerda, 2004).

A hipertensão arterial sistêmica acomete cerca de 10% das gestantes, sendo incluída

entre as principais causas de internaç ão, morbimortalidade materna, inclusive no Brasil

(Accioly, Sounders, Lacerda, 2004).

A evoluç ão da DHEG é imprescindível, algumas vezes é lenta e gradual, outras, no

entanto é precoce e com evoluç ão rápida (Knobel, 2004).

A gestaç ão é um fenômeno fisioló gico e, por isso mesmo, sua evoluç ão se dá na

maior parte dos casos sem intercorrências. Apesar desse fato, há uma parcela de gestantes

que por terem características específicas, ou por sofrerem algum agravo, apresentam

maiores possibilidades de evoluç ão desfavorável, tanto para o feto como para a mãe. Essa

parcela constitui o grupo chamado “gestantes de alto-risco” (Brasil, 2000).

Dessa forma, pode-se conceituar gravidez de alto-risco aquela na qual a vida da mãe

e concepto, têm maiores chances de serem atingidas (Brasil, 2000).

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Segundo o Ministério da Saúde:

“A DHEG é considerada entre outras patologias referentes à

gestaç ão, uma doenç a de alto risco e deve ser tratada com equipe

multidisciplinar especializada (Brasil, 2000).”

Dentre todas as patologias que manifestam ou se agravam no decorrer da gravidez,

a hipertensão é a mais freqüente e aquela que se acompanha de maior morbimortalidade

materna e perinatal. Em países em desenvolvimento, como o Brasil, a DHEG, é uma das

principais causas de mortalidade com cerca de 30% do total das mortes maternas ao lado

dos quadros hemorrágicos e infecciosos (Brasil, 1993).

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2. OBJETIVOS:

2.1. OBJETIVO GERAL

v Identificar a prevalência de doenç as hipertensivas específicas da gestaç ão no

ambulató rio de alto-risco do HUSF.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS v Identificar algumas características socioeconômicas da populaç ão estudada;

v Conhecer como ocorreu o pré-natal da gestante;

v Verificar a influencia da variável idade, na ocorrência de DHEG;

v Identificar o conhecimento das gestantes frente aos sintomas;

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3. JUSTIFICATIVA

Através de observaç ões clínicas, foi percebido que algumas mulheres

desenvolveram a DHEG e outras não. A partir daí realizamos pesquisas bibliográficas a fim

de elucidar o porquê da ocorrência esporadicamente dessa patologia na gestaç ão.

Observamos então alguns indícios de DHEG, que pode estar ligado entre as idades

que são de 16 anos e maiores de 35 anos, e outros fatores como nível socioeconômico, a

existência de acompanhamento pré-natal, a falta de conhecimento dos sintomas e sua

evoluç ão.

Vimos que tratamentos já existentes, ainda não demonstram seguranç a no que se

trata em evoluç ão dos sintomas, pois a incidência de morte materna ainda ocorre.

Através de pesquisas sobre a assistência pré-natal, constatamos que as gestantes

acompanhadas evoluíram para a DHEG, essas mulheres não tinham conhecimento sobre a

evoluç ão da doenç a e sua conseqüência.

O tema escolhido visa levar conhecimento para essas mulheres sobre a DHEG, sua

evoluç ão e os sintomas. Para que se possa evitar a evoluç ão e diminuir o risco de morte

materna e fetal.

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4. METODOLOGIA

4.1.Tipo de estudo

Tratou-se de um estudo descritivo e quantitativo.

4.2. Local do estudo

O estudo foi realizado no Ambulató rio do Hospital Universitário São Francisco que é

um hospital de nível terciário e possui uma Unidade de Ginecologia e Obstetrícia onde são

atendidas gestantes de alto risco da cidade de Braganç a Paulista.

4.3. Populaç ão alvo

Foram estudadas gestantes de alto risco, com idade entre 17 a 35 anos.

4.4. Amostra

A amostra foi composta a partir de um levantamento do total de consultas com

gestantes de alto risco no ano de 2007 no Ambulató rio do Hospital Universitário São

Francisco totalizando 268 consultas realizadas à s gestantes hipertensas, a partir deste dado

foi realizada a média por mês de 22 consultas, para validaç ão da amostra, foram

entrevistadas 30 gestantes, o que denota 11,2% da média anual e mais de 100% da média

mensal .

4.5. Critérios de inclusão

As gestantes de alto risco que estavam à vontade de responder o questionário e

todas as gestantes menores de idade que estavam com responsáveis para que pudesse

assinar o termo de consentimento.

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4.6.Critérios de exclusão

Gestantes de alto risco que não concordaram participar da entrevista, e os menores

sem responsáveis.

4.7.Período

A aplicaç ão do instrumento de coleta de dados foi realizado nos meses de març o à

junho 2007 as quartas e sextas-feiras no período da manhã.

4.8.Coletas de dados

Foi utilizado um questionário estruturado com perguntas abertas e fechadas, que

Tiveram como objetivo a coleta dos seguintes dados: idade, sexo, escolaridade, estado civil,

religião, endereç o, renda familiar mensal, conhecimento. As perguntas foram aplicadas nas

gestantes com autorizaç ão prévia dos seus responsáveis legais, que puderam ler o

questionário, mas não puderam ter acesso à s respostas para não interferir na pesquisa. A

pesquisa foi realizada através de entrevista individual estruturada. As respostas das

gestantes foram anotadas pelas pró prias autoras do estudo que confirmaram os dados

anotando através da leitura da anotaç ão para a gestante, a fim de evitar interpretaç ões

incorretas.

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5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

5.1. Hipertensão arterial na gravidez

A hipertensão arterial (HA) complica 7% a 9 % das gestaç ões. Aproximadamente 1%

é complicada por hipertensão preexistente e 5% a 6%, por hipertensão gestacional sem

proteinúria. A hipertensão preexistente é aquela que ocorre antes da 20ª semana de

gestaç ão e pode ser secundaria a diabetes mellitus ou outra doenç a materna, enquanto a

hipertensão gestacional sem proteinúria surge apó s a 20ª semana da gestaç ão (knobel,

2006).

A hipertensão grave (pressão diastó lica maior ou igual a 110mmHg) é responsável

pelo aumento do risco materno associado á hipertensão na gravidez. É consenso que o

risco materno é atenuado pelo tratamento anti-hipertensivo e que a mortalidade materna é

causada freqüentemente por hemorragia intracerebral. Por outro lado, a maioria das

grávidas com hipertensão preexistente ou gestacional tem elevaç ão discreta ou moderada

da pressão arterial (pressão diastó lica de 90 a 109 mmHg) e esses níveis de pressão arterial

estão associados a menor risco materno quando comparados aos daquelas pacientes com

hipertensão arterial grave (pressão diastó lica maior que ou igual a 110mmHg); neste grupo

(hipertensão arterial leve a moderada), ó bito materno, convulsão, acidente vascular cerebral

e eclâmpsia não são complicaç ões freqüentes (knobel, 2006).

A hipertensão arterial pode acometer gestantes anteriormente normotensas ou ser

agravada em gestantes previamente hipertensas. A importância do estudo dos estados

hipertensivos durante a gravidez deve-se principalmente á grande morbimortalidade

materno-fetal associada. A incidência da Pré-eclâmpsia varia entre 5% a 10% das

gestaç ões, enquanto a da eclâmpsia é de 1%.Os estados hipertensivos na gravidez são a

principal causa de morte materna de morbidade e mortalidade perinatais (knobel, 2006).

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5.2. Definiç ões e Diagnó sticos

O termo toxemia gravídica tem sido utilizado para varias situaç ões nas quais estão

presentes hipertensão, proteinúria e/ou edema durante a gravidez e o puerpério. De acordo

com as recomendaç ões da Sociedade Internacional para Estudos da Hipertensão na

Gravidez, o diagnostico de hipertensão na gravidez é realizado quando, em qualquer época

da gestaç ão, a pressão arterial sistó lica é maior que ou igual a 140 mmHg e/ou a pressão

arterial diastó lica, maior que ou igual a 90 mmHg (Knobel, 2006) .

Essas pacientes devem ser avaliadas com maior freqüência, especialmente se

ocorrem elevaç ão da pressão arterial e surgimento de proteinúria e hiperuricemia. A aferiç ão

da pressão arterial deve ser feita com a gestante sentada, aplicando o manguito de 13 cm

no membro superior direito, mantendo-se este elevado na altura do coraç ão. A posiç ão em

decúbito lateral esquerdo será utilizada para repouso da paciente, mas no momento da

aferiç ão deverá estar posicionada em decúbito dorsal horizontal. A pressão arterial diastó lica

detectada pelo 5º ruído de Korotkoff corresponde ao desaparecimento da bulha (Knobel,

2006).

Para a realizaç ão ideal do diagnostico de doenç a hipertensiva específica da

gravidez, é necessária observaç ão prospectiva do comportamento da pressão arterial desde

o primeiro trimestre gestacional, aspecto que nem sempre é possível na prática diária

(Knobel, 2006).

5.3. Fisiopatologia

O vaso espasmo é o mecanismo básico na fisiopatologia da doenç a hipertensiva

específica da gravidez. É universal e segmentar, o que contribui para lesão endotelial. A

grávida normal desenvolve refratariedade aos efeitos pressó ricos da angiotensina II é

provavelmente mediada pela produç ão endotelial de prostaglandinas vasodilatadoras

(prostaciclinas ou prostaglandina E2). Nas pacientes com DHEG ocorrem diminuiç ão na

produç ão placentária de prostaciclinas e aumento na síntese de tromboxano A2, que é

vasoconstritor e indutor de agregaç ão placentária (Knobel, 2006).

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Nas gestantes normais, as artérias espiraladas são invadidas pelo trofoblasto, o que

transforma o leito vascular uteroplacentário de alta resistência em um sistema de baixa

resistência e alto fluxo. Nas pacientes que desenvolvem a DHEG, essa invasão é

incompleta ou mesmo ausente, ao mesmo tempo em que não ocorre a dilataç ão das artérias

espiraladas, não se desenvolve também o predomínio da produç ão de prostaciclinas. Outras

adaptaç ões anormais também ocorrem em vários outros sistemas, como, por exemplo, no

sistema renina – angiotensina (Knobel, 2006).

A isquemia placentária parece ser importante fator na patogênese da pré-eclâmpsia;

é consistente a observaç ão que a situaç ão de risco materno para DHGE incluem condiç ões

que predispõem à insuficiência vascular, como é a hipertensão arterial crônica, diabetes,

lúpus eritematososo disseminado, e as trombofilias, sejam estas adquiridas, sejam de

origem genética. Condiç ões obstétricas que aumentam a massa placentária com relativa

diminuiç ão no fluxo placentário (como, por exemplo, a mola hidatiforme) também elevam o

risco da DHGE e, finalmente, alguns modelos animais de Pré-eclâmpsia envolvem a ciaç ão

de insuficiência placentária por alteraç ão do fluxo uterino (Knobel, 2006).

A Pré-eclâmpsia é um estado de disfunç ão endotelial secundário a aumento

excessivo fatores circulantes, que são liberados pela placenta (Knobel, 2006).

Investigaç ões na fisiologia da Pré-eclâmpsia e especificamente da síndrome HELLP

revelaram achado caracterizado pela lesão endotelial hepática seguida de ativaç ão

placentária, agregaç ão e consumo, levando a isquemia distal e morte de hepató citos. Essa

vasculopatia pode estar limitada a um segmento hepático ou ocorrer em todo o fígado. O

mais comum é que pequenas arteríolas terminais sejam envolvidas, causando achados

histoló gicos característicos. A lesão clássica da síndrome HELLP é a necrose periportal ou

necrose parenquimatosa focal, com depó sitos hialinos de material semelhante à fibrina que

são visualizados nos sinusó ides hepáticos (Knobel, 2006).

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5.4. Aspectos clínicos

As manifestaç ões clínicas da Pré-eclâmpsia podem surgir em qualquer momento

entre o início do segundo trimestre e os primeiros dias de puerpério , embora as

manifestaç ões patogênicas durante a gestaç ão (Knobel, 2006) :

• Ganho de peso: aumento súbito e excessivo de peso pode proceder ao

desenvolvimento da pré-eclâmpsia. Em algumas mulheres é o primeiro sinal. O ganho

de peso é considerado excessivo quando for maior que 907,2g por semana ou 2.721,6g

por mês. O aumento súbito do peso geralmente é atribuído à retenç ão hídrica;

• Proteinúria: o grau da proteinúria varia de caso a caso e também na mesma paciente

durante o decorrer do dia; essa variaç ão indica uma causa funcional que é o

vasospasmo. No início do quadro pode estar ausente;

• Cefaléia: é mais comum nas formas mais graves da doenç a, geralmente resistente a

analgésicos comuns e de localizaç ão occipital. Nas pacientes que envolvem para

eclâmpsia, as convulsões são procedidas de cefaléia;

• Dor epigá strica: é um sintoma das formas graves da doenç a e pode também

preceder as convulsões. É provavelmente explicada por edema ou hemorragias

hepática;

• Convulsõ es: são geralmente tônico-clônicas e ocorrem em gestantes com

hipertensão induzida ou agravada pela gravidez;

• Na Pré-eclâmpsia grave: as pacientes apresentam PA superior a 160/1100mmHg ou

hipertensão de qualquer nível associada a um ou mais dos seguintes sinais e sintomas:

proteinúria superior a 300mg/24h ou 1g/l , oligúria e creatinina superiores a 0.8,

hemoconcentraç ão, anemia hemolítica, plaquetopenia e elevaç ão de enzimas hepáticas;

• Síndrome HELLP: é definida quando a paciente apresenta anemia hemolítica

microangiopática, e tem mau prognó stico.

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21

6.0.Tratamento

6.1.Objetivos

• Término da gestaç ão com o mínimo de trauma materno-fetal.

• Nascimento de crianç a que sobreviva com desenvolvimento normal.

• Restauraç ão completa da saúde materna.

A conduta depende da gravidade da doenç a materna, da idade gestacional e das

condiç ões obstétricas que indicam a via de parto.

O tratamento da DHEG pode ser dividido em tratamento clínico e obstétrico.

Deve ser lembrado que quanto mais precoce é o surgimento da patologia, piores são o

quadro clínico e o prognó stico materno e fetal. O controle definitivo da patologia só é

alcanç ado com o término da gestaç ão, sendo em algumas circunstâncias fundamental a

interrupç ão da gravidez (knobel, 2006).

Portanto, a interrupç ão da gestaç ão está indicada em pacientes que

desenvolvem pré-eclâmpsia severa antes da 24ª semana de gravidez. Àquelas que

desenvolvem hipertensão entre a 24ª e a 28ª semanas, o tratamento conservador

(postergar a interrupç ão) é recomendado. Entretanto, quando ocorre agravamento

clínico materno importante ou grave retardo de crescimento intra-uterino, a antecipaç ão

do parto é a forma de tratamento. Nas pacientes nas quais a hipertensão é detectada no

período entre a 29ª e a 36ª semanas, na maioria dos casos é possível postergar a

interrupç ão da gestaç ão para a 37ª semana (Knobel, 2006).

O tratamento ambulatorial só é reservado para pacientes com pressão sistó lica

inferior a 135 mmHg e diastó lica menor que 85 mmHg, sem proteinúria e com

crescimento fetal intra-uterino normal. A internaç ão é indicada quando a pressão

sistó lica é superior a 140 mmHg e a diastó lica superior a 90 mmHg. O repouso no leito é

fundamental, e num grande número de pacientes é suficiente para controlar a

hipertensão (Knobel, 2006).

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Teoricamente, a medicaç ão anti-hipertensiva tem valor nos casos que a DHEG

pode ser agravada, de modo a colocar em risco a gestaç ão, e ainda não existe

maturidade fetal que garanta boas condiç ões e sobrevida do recém-nascido (Knobel,

2006).

7.0.Doenç a Hipertensiva Específica da Gestaç ão:

7.1.Pré-eclâmpsia – Eclâmpsia

Incidindo em cerca de 6-8% das primigestas, a doenç a hipertensiva da gestaç ão

(D.H.E.G.), responde ainda, por elevada morbiletalidade perinatal (5-20%) e, ao lado da

infecç ão puerperal e das síndromes hemorrágicas, se situa como um das três principais

patologias responsáveis pela morte materna, no decurso do ciclo puerperal (Resende,

2002).

O grande interesse do seu estudo decorre da elevada incidência e da possibilidade

da assistência pré-natal contribuir para sua possível profilaxia e, seguramente, para reduzir

a gravidade, de suas manifestaç ões e conseqüências materno-perinatais (Resende, 2002).

A (DHEG) surge, em geral no terceiro trimestre da prenhez e caracterizam-se pelo

aparecimento de hipertensão, edema e proteinúria (Resende, 2002).

A hipertensão pode ser percebida pelo edema visível ou oculta (aumento brusco de

peso) e, excepcionalmente, por discreta proteinúria (traç os ou menos de 0,5%). Entretanto é

a elevaç ão da pressão arterial além 140x90 mmHg ou o aumento dos níveis tensionais em

30 mmHg para a pressão sistó lica e de 15 mmHg para a pressão diastó lica, o principal

elemento para a identificaç ão da entidade. Tais aumentos devem ser comprovados pelo

menos duas vezes dentro de 6 horas (Resende, 2002).

7.2.Evoluç ão, Formas Clínicas.

Do ponto de vista da evoluç ão, distingui-se a D.H.E.G. que se desenvolve em

gestante normotensa daquela que se instala em paciente com hipertensão anterior.

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No primeiro caso (D.H.E.G. pura) predomina o edema e, no segundo (D.H.E.G.

sobreposta) além de o processo ser mais precoce, a hipertensão e a proteinúria como

sintomas superam o edema (Resende, 2002).

O ó bito fetal é seguido, habitualmente, de atenuaç ão do quadro clínico, entretanto os

sintomas raramente desaparecem antes do parto (Resende, 2002).

7.3.Iminência de Eclâmpsia

No decurso da D.H.E.G., a intercorrência de manifestaç ões cerebrais (cefaléia,

torpor, obnubilaç ão mental e vômitos), visuais (escotomas, turvaç ão da vista),

gastrointestinais (dor epigástrica) e renais (oligúria) constitui elemento preciso para se

prever a crise convulsiva, É o quadro de eclâmpsia iminente e sua comprovaç ão exige

imediata hospitalizaç ão e terapêutica intensiva (Resende, 2002).

7.4.Eclâmpsia

Dentro da sintomatologia da pré-eclâmpsia o aparecimento do quadro de coma ou de

crise convulsiva seguido de coma, constitui a forma clínica rotulada respectivamente,

eclâmpsia sem convulsão e eclâmpsia convulsiva. Está estabelecido que pré-eclâmpsia e

eclâmpsia constituem modalidades sintomáticas da mesma entidade nosoló gica (Resende,

2002).

A eclâmpsia sem convulsão é forma clínica rara e grave. É o coma de intensidade

variável: quando evolui para o ó bito, a necró psia identifica extensas lesões hepáticas que o

relacionam aos comas das graves intoxicaç ões (Resende, 2002).

De todas as formas clínicas da (DHEG)., a mais violenta é a eclâmpsia convulsiva,

caracteriza-se pelo aparecimento de crise convulsiva durante a evoluç ão da (DHEG).

Precedem-na a dor epigástrica, intensa cefaléia, obnubilaç ão, reaç ões retinianas, e a

elevaç ão insó lita da pressão arterial (Resende, 2002).

A eclâmpsia pode se desencadear na gestaç ão, durante o parto e no puerpério. No

último caso, para a maioria dos autores, prevalece o critério de que só é eclâmpsia do

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puerpério a que ocorre até 72 horas apó s o parto. Entretanto, Stander citado por Eartman

(1950), comunicou três casos no quarto, sexto e oitavo dias, devidamente documentados

pelo exame clínico e de laborató rio. Havia hipertensão, proteinúria, edema, convulsões,

hiperuricemia, baixa reserva alcalina, menor depuraç ão de ácido-úrico e pequena excreç ão

urinária. O restabelecimento foi completo exceto quanto à hipertensão, que persistiu em um

deles (Resende, 2002).

Aos casos de crise convulsiva, apó s 72 horas, dá-se o nome de eclâmpsia tardia, e

sua correta identificaç ão exige provas clínicas e laboratoriais que excluam a ocorrência de

trombose cerebral (Resende, 2002).

7.5.Síndromes Hipertensivas na Gravidez

Dentre todas as patologias que se manifestam ou se agravam no decorrer da

gravidez, a hipertensão é a mais freqüente e aquela que se acompanha, de maior

morbimortalidade materna e perinatal. Em países em desenvolvimento, como o Brasil, a

hipertensão na gravidez, é uma das principais causas de mortalidade, com cerca de 30% do

total de mortes maternas, ao lado dos quadros hemorrágicos e infecciosos (Brasil, 1993).

A hipertensão arterial é um sinal clínico, não uma doenç a. Sua presenç a pode ser

secundária a diferentes entidades clínicas ou subclínicas, podendo coincidir ou ser

desencadeada pela gravidez (Neme, 2000).

Vários conceitos foram propostos para definir hipertensão na gravidez, incluindo os

aumentos relativos sobre os níveis pressó ricos pré-gestacionais ou do primeiro trimestre, os

diferentes níveis pressó ricos, os níveis diferenciados conforme o estágio da gestaç ão, ou

até medidas distintas segundo populaç ões, grupos étnicos, diferentes altitudes (Neme,

2000).

8.0.Epidemiologia da D.H.E.G.

Para o entendimento do processo da doenç a e a relevância dos sinais clínicos, é

importante o conhecimento da etiologia e da fisiopatogênia. Apesar de muito já se ter escrito

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sobre a possível causa da pré-eclâmpsia e muitas teorias ainda estarem sendo propostas, a

sua etiologia permanece, ainda, desconhecida. Dessa forma buscam-se os fatores

predispostos ou a identificaç ão de mulheres de risco para o desenvolvimento da doenç a

(Neme, 2000).

8.1.Alguns fatores associados a D.H.E.G.

Paridade

A primigesta tem seis a oito vezes mais suscetibilidade de apresentar pré-eclâmpsia

do que a multigesta. A primeira gravidez, quando causada como normotensão, funciona

como fator protetor para a mulher em relaç ão à pré-eclâmpsia em futura gestaç ão. A

incidência de pré-eclâmpsia aumenta em mulher multípara que engravida de outro parceiro.

Todas as situaç ões acima descritas convergem para um possível fator imunoló gico que

seria responsável pelo desenvolvimento da doenç a (Neme, 2000).

Gestaç ão múltipla apresenta risco para pré-eclâmpsia cinco vezes maior, que a

gestaç ão simples (Neme, 2000).

Segundo pesquisas comparando 3.407 gestaç ões gemelares com 8.287 simples,

comprovaram que a incidência de (DHEG) em primigesta é de 14 vezes maior na gestaç ão

gemelar (Neme, 2000).

8.2.Tendência familiar ou hereditá ria

A observaç ão de incidência de pré-eclâmpsia, cerca de quatro vezes maior em filhos

de mães, que tiveram a doenç a (Neme, 2000).

8.3.Fatores só cio-econômicos e comportamentais

Os aspectos só cio-econômicos são referenciados como de risco, a partir da

diferenç a de incidência observada principalmente que outras variáveis possam estar

interferindo nessa incidência, como por exemplo, a assistência pré-natal de boa qualidade

com diagnó stico e tratamento preciso (Neme, 2000).

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Dos fatores comportamentais, o tabagismo durante a gravidez tem sido descrito

como fator protetor, ou seja, com reduç ão da pré-eclâmpsia. A nicotina pode reduzir a

atividade específica do fator de ativaç ão plaginetário. O tabagismo, contudo, subidamente

aumenta a morbimortalidade fetal tanto em gestantes normotensas, como as hipertensas.

As condiç ões de trabalho, também, vêm contribuindo para o surgimento da pré-eclâmpsia

(Neme, 2000).

Fatores nutricionais, diversas hipó teses já foram formuladas sobre a influência de

componentes da dieta, na incidência de pré-eclâmpsia, entretanto nenhuma delas até os

dias atuais, consegue apoio para ser mantida (Neme, 2000).

A incidência da D.H.E.G. foi relacionada com dieta hiperssó dica e hipopró teica,

alguns estudos referenciados por Neme (2000) referiram evidente reduç ão da entidade entre

gestantes que obedeceram à dieta hipossó dica .

Ao comprovarem maior teor de só dio intracelular e intraleucocitário nas gestantes

que desenvolveram D.H.E.G.,um estudo relacionado por Neme (2000) refere que a ingestão

ao só dio está relacionado a incidência da entidade.

8.4.Síndrome hipertensiva da gravidez (SHG)

O grande interesse acerca das síndromes hipertensivas da gravidez está associado

com a sua prevalência a morbimortalidade materna e perinatal e possível profilaxia com a

assistência pré-natal adequada. O manejo dietético tem ganhado grande destaque na

prevenç ão das formas mais graves e no tratamento das SHG (Accioly et al, 2004).

A hipertensão arterial sistêmica acomete cerca de 10% das gestantes, sendo

incluída entre as principais causas de internaç ão, morbimortalidade materna e perinatal,

inclusive no Brasil (Accioly et. al, 2004).

Em geral, 5 a 10% da populaç ão obstétrica evoluem para a pré-eclâmpsia e

eclâmpsia, sendo nas primíparas a prevalência em torno de 20% (Accioly et al, 2004).

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A doenç a hipertensiva é uma complicaç ão materna que propicia o baixo peso ao

nascer, asfixia e morte fetal. Em geral, 80 a 90% dos fetos de mais com pré-eclâmpsia ou

eclâmpsia sofrem retardo do crescimento intra-uterino (RCIU), aumentando a necessidade

de pontos cirúrgicos e prematuros, devido ao sofrimento fetal e a Pré-eclâmpsia grave está

associada com a taxa de mortalidade perinatal de 51% (Accioly et al, 2004).

O acompanhamento adequado durante a gestaç ão e no parto pode evitar as mortes

maternas e dos conceptos (Accioly et al, 2004).

9.0.CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DAS SÍNDROMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ

9.1.Hipertensão Gestacional

Pressão arterial diastó lica ≥ 90mmHg ou aumento de 15 mmHg na pressão diastó lica

do valor conhecido prévia à gestaç ão ,detectado apó s a 20ª semana gestacional, sem

proteinúria associada. Acomete mulheres previamente normotensas e sem proteinúria

(ACCIOLY et al, 2004).

Geralmente há normalizaç ão dos níveis de pressão arterial no pó s-parto, apó s a 6ª

semana. Pode evoluir para eclâmpsia quando a hipertensão associa-se à proteinúria a

hipertensão arterial latente ou transitó ria (principalmente em multíparas) (Accioly et al,

2004).

9.2.Proteinúria Gestacional

Proteinúria sem hipertensão acomete mulheres previamente normotensas e sem

proteinúria, com diagnó stico apó s a 20ª semana gestacional (Accioly et al, 2004).

Geralmente há normalizaç ão da proteinúria no puerpério. Pode evoluir para

proteinúria postural, infecç ão urinária, doenç a renal crônica não diagnosticada previamente,

doenç a renal aguda (Accioly et al, 2004).

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9.3.Pré-eclâmpsia, nas formas leves e/ou grave.

É o aparecimento de hipertensão arterial acompanhada de proteinúria apó s a 20ª

semana gestacional, podendo haver ou não edema. Acomete mulheres previamente

normotensas e sem proteinúria. Geralmente há remissão dos sinais da pré-eclâmpsia no

puerpério (Accioly et al, 2004).

Hipertensão: pressão arterial ≥140x90 mmHg, apó s período de repouso, ou

aumento de 15 mmHg na pressão diastó lica previamente conhecida (Accioly et al, 2004).

Proteinúria significativa: valores ≥300 mg na urina de 24 horas.

Edema pode estar presente, localizado ou generalizado: Avaliar o edema oculto

(ganho de peso excessivo importante quando associado com grande hipertensão) Ganho

semanal ≥ 500g merece avaliaç ão cuidadosa (Accioly et al, 2004).

Pré-eclâmpsia grave: Quando um ou mais critérios estão presentes: oligúria,

alteraç ão de pressão arterial, níveis de creatinina, sinais de encefalopatias hipertensivas,

insuficiência cardíaca, dor epigástrica, plaquetopenia, presenç a de retardo intra-uterino. O

ministério da saúde ressalta os fatores de risco para desenvolvimento da Pré-eclâmpsia;

Primigestas, histó ria familiar de Pré-eclâmpsia, gestaç ão gemelar, hipertensão crônica,

nefropatia, diabetes, mudanç a de parceiro (Accioly et al, 2004).

9.4.Eclâmpsia

É caracterizada pela presenç a de convulsões generalizadas em gestantes com

quaisquer dos quadros hipertensivos, não causadas por epilepsia ou qualquer outra

patologia convulsiva, podendo ocorrer na gravidez ou parto ou ate 10 dias de puerpério. São

observados outros sinais e sintomas tais como cefaléia, agitaç ão psicomotora, distúrbios

visuais e epigastralgia (Accioly et al, 2004).

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9.5.Síndrome de HELLP

É o quadro clínico que surge como agravamento da pré-eclâmpsia, caracterizado por

hemó lise, elevaç ão das enzimas hepáticas e plaquetopenia. Os sinais de extrema gravidade

são sinais de insuficiência cardíaca congestiva, hepatomegalia dolorosa, icterícia, cianose,

diurese inferior a 500 ml / 24hs. A tríade conceitual quando completa é dita HELLP

completa, no entanto, quando isolados os indicadores, requerem os mesmo cuidados e

chama-se HELLP parcial (Accioly et al, 2004).

Dentre as SHG (Síndromes Hipertensivas da Gestaç ão) , a Síndrome de HELLP

destaca-se por apresentar em todo mundo os piores resultados maternos e perinatais .A

mortalidade materna tem atingido 24% , enquanto a mortalidade perinatal oscila em torno de

60%.As principais complicaç ões associadas são descolamento prematuro de placenta,

insuficiência renal, coagulopatia grave e alteraç ões neuroló gicas (Accioly et al, 2004).

9.6. Pré-eclâmpsia – Eclâmpsia

Embora atualmente muito se conheç a sobre pré-eclâmpsia / eclâmpsia, há ainda,

muitos pontos obscuros e controversos sobre os diferentes aspectos da patologia (Tedesco

et al, 1984).

Um fator que muito contribuiu para estas dificuldades foi, sem dúvida, a pró pria

conceituaç ão da doenç a (Tedesco et al, 1984).

Conceitua-se pré-eclâmpsia como o aparecimento de hipertensão com edema e/ou

proteinúria, devido à gravidez ou à influência de uma gravidez recente, ocorrendo

usualmente apó s a 22ª semana (Tedesco et al, 1984).

Eclâmpsia é a ocorrência de uma ou mais convulsões, não atribuíveis a outras

alteraç ões neuroló gicas, em pacientes com pré-eclâmpsia (Tedesco et al, 1984).

Assim, não se justifica o diagnó stico de pré-eclâmpsia se não houver hipertensão

arterial. O edema (mesmo que generalizado), o ganho ponderal excessivo (mesmo que

súbito), antes alardeado como sinais importantes para o diagnó stico, não devem ser

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considerados como pré-eclâmpsia, na ausência de quadro hipertensivo (Tedesco et al,

1984).

Da mesma forma, somente admite-se haver eclâmpsia em pacientes que apresente

pré-eclâmpsia (Tedesco et al, 1984).

A incidência de pré-eclâmpsia é muito variável entre países e mesmo entre regiões

do mesmo país, a julgar pelos relatos que registram valores entre 0,1 a 35 % entre as

gestaç ões. Estes números ficam na dependência de muitos fatores, alguns característicos

da mãe, como classe só cio-econômica, dieta, variaç ão sazonal e outros, como a qualidade

de serviç os de saúde, interesse e conhecimento do pessoal atende, critérios diagnó sticos

etc (Tedesco et al, 1984).

10.0 Etiopatogenia

Apesar de existirem ainda inúmeros detalhes não esclarecidos, hoje é fato

estabelecido a constriç ão arteriolar, como evento básico da doenç a (Tedesco et al, 1984).

O vaso espasmo arteriolar generalizado, distribuído irregularmente pro todo o

organismo, constitui o principal mecanismo fisiopatoló gico, dele advindo, como

conseqüência, as alteraç ões funcionais e morfoló gicas em ó rgãos ou sistemas (Tedesco et

al, 1984).

No entanto, ainda não se conseguiu estabelecer uma causa determinante a

vasoconstricç ão e, muito menos as, uma substância que, por si só , possa ser

responsabilizada por tal fato (Tedesco et al, 1984).

Nesse contexto, o sistema renina-angiotensina-aldosterona, naturalmente

relacionado ao aumento de níveis pressó ricos, demonstra comportamento conflitante, a

julgar-se pelos dados da literatura, estando, desta forma, ainda por se estabelecer a sua

participaç ão na gênese do arteriolo-espasmo (Tedesco et al, 1984).

Acompanhando o vaso espasmo existe diminuiç ão do volume circulante, quando

tomado em relaç ão à grávida normal. Causa ou conseqüência do processo hipertensivo, a

hipovolemia ainda é motivo de debate entre os autores. Assim, enquanto alguns autores

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admitem-se como um ajuste ao leito vascular estreitado e, portanto, como conseqüência

,outros autores consideram-na como evento principal. Destes fatos advêm condutas

terapêuticas opostas, no que diz respeito à adoç ão de medidas que visem à expansão do

volume circulante, os primeiros não as admitindo e os segundos tomando-as como fato

estabelecido. De qualquer forma, a hipovolemia é diretamente proporcional à intensidade da

hipertensão e a gravidade do caso (Tedesco et al, 1984).

10.1. Diagnó stico

As dificuldades envolvendo o diagnó stico de pré-eclâmpsia são inúmeras, iniciando-

se mesmo, pela conceituaç ão critérios de classificaç ão. Assim, e para ilustraç ão, o British

Prinatal Mortality Survey diagnosticou pré-eclâmpsia em 35,3% utilizando determinados

critérios.No entanto, quando os critérios do American College of Obstetricians and

Gynecologits foram aplicados, o índice caiu a 6,1% (Tedesco et al, 1984).

Além disso, o significado de hipertensão, proteinúria e edema são utilizados de modo

diferente por diferentes escolas, omitindo-se aspectos muito importantes (Tedesco et al,

1984).

Por isso, consideramos de utilidade o estabelecimento de condiç ões definidas para

avaliar os três elementos predominantes do quadro clínico: hipertensão, edema e proteinúria

(Tedesco et al, 1984).

10.2. Diagnó stico clínico

Clinicamente, o aparecimento de hipertensão apó s a 22ª semana, acompanhada de

edema e/ou proteinúria, orienta o diagnó stico de pré-eclâmpsia (Tedesco et al, 1984).

Além disso, algumas outras variáveis contribuem para o estabelecimento do

diagnó stico. Assim, a pré-eclâmpsia é, preferencialmente, doenç a de primigestas, e dentre

estas, aquelas que ocupam os extremos das faixas etárias, isto é, as mais jovens ou as

mais idosas.Aqui deve ser entendido realmente, a primeira gravidez e não necessariamente

a primeira a termo.O baixo nível só cio-econômico-cultural parece influir decisivamente.Da

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mesma forma , em relaç ão aos antecedentes familiares , observa-se maior incidência nas

irmãs e filhas de mulheres que tiveram pré-eclâmpsia.Parece não existirem diferenç as

quanto à raç a, dietas e clima, porém a presenç a de certas patologias como gemelaridade,

diabetes melitus, polidrâmnio e mola hidatiforme predispõem à doenç a (Tedesco et al,

1984).

O súbito e exagerado ganho de peso tem valor discutível para diagnó stico. Assim,

enquanto alguns autores consideram sugestivo de pré-eclâmpsia o aumento superior a 900

g por semana outros não o toma como de qualquer valor.Acreditamos que na ausência de

hipertensão,o edema carece de valor (Tedesco et al, 1984).

10.3. Diagnó stico laboratorial

A pré-eclâmpsia não apresenta alteraç ões específicas nos exames laboratoriais. A

dosagem de uréia e creatinina e o clearence de creatinina estão dentro de valores normais.

Os níveis de ácido úrico podem estar elevados nos casos mais graves, porém sem merecer

de algumas autoridades neste campo, o aval de utilidade para o diagnó stico (Prithard,

1980).

10.4. Diagnó stico Precoce

Foi descrito descreveu um teste clínico , de fácil execuç ão, que pode ser tomado

como de valor preditivo em relaç ão ao aparecimento futuro de pré-

eclampsia. O teste (roll-over test ou teste de mudanç a de decúbito) deve ser aplicado entre

as 28ª e 32ª semanas e consiste na variaç ão de pressão arterial pela mudanç a de decúbito

lateral para decúbito dorsal. Assim, um aumento de no mínimo 20 mmHg para a pressão

diastó lica,ao passar-se para decúbito dorsal, corresponde a chances de até 90% de

aparecimento futuro de pré-eclâmpsia.Estudos posteriores, no entanto, dão ao teste um

valor preditivo negativo , isto é, as pacientes cujos valores de pressão arterial não se

modificam pela mudança de decúbito , têm maiores chances de não apresentarem pré-

eclâmpsia (Gusdon e cols,1977).

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10.5.Tratamento

Por desconhecimento dos mecanismos fisiopatoló gicos envolvendo a pré-eclâmpsia

e a eclâmpsia, inúmeras drogas ou associaç ões delas foram propostas ao longo do tempo e

utilizadas de forma empírica. Zuspan (1978) afirma que a toxemia “é a doenç a de múltiplos e

inconsistentes regimes terapêuticos“ e que “algumas destas drogas dadas à mãe, são

realmente para a psicoterapia da equipe médica” (Tedesco et al, 1984).

Na realidade, os objetivos do tratamento da pré-eclâmpsia e eclâmpsia devem visar,

fundamentalmente: 1) provocar o menor dano possível à mãe e ao feto; 2) nascimento de

crianç a que sobreviva e 3) restabelecimento completo a saúde materna (Pritchard, 1980).

As medidas instituídas devem variar também de acordo com a intensidade do

processo, com a idade gestacional e com a presenç a de sinais de comprometimento das

condiç ões de vitalidade do feto (Tedesco et al, 1984).

Se determinadas normas são aceitas sem restriç ões, como por exemplo, o repouso

em decúbito lateral e a sedaç ão (como repouso auxiliar ao mesmo), outras ainda

permanecem temas de debates, como por exemplo, o uso de diuréticos e expansores de

volume (Tedesco et al, 1984).

Segundo alguns autores a aç ão terapêutica deve estar voltada para a diminuiç ão da

resistência vascular periférica. Lembrando que (Tedesco et al, 1984);

Pressão arterial= Débito cardíaco X resistência periférica, sendo o débito cardíaco

nas toxêmicas semelhante ao de grávidas normais e a hipovolemia simples reflexo do leito

vascular estreitado, os autores colocam como opç ão viável a promoç ão da vasodilataç ão

(Tedesco et al, 1984).

Acreditamos ser iló gica a adoç ão de normas rígidas de tratamento e de aplicaç ão

indiscriminada a todas as pacientes pré-eclâmpsia e eclâmpsia, sendo antes de tudo é

obrigató ria a análise de cada caso em suas peculiaridades.

No entanto, linhas gerais de conduta podem ser traç adas e tomadas como

orientaç ão para conduç ão clínica e obstétrica (Tedesco et al, 1984).

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34

Desta forma, as seguintes eventualidades devem ser consideradas (Tedesco

et al, 1984).

10.6.PRÉ-ECLÂNCIA LEVE

Pré-Termo

Uma vez diagnosticado o quadro hipertensivo, o tratamento em ambiente hospitalar

mostra-se como ideal, porém de execuç ão difícil para as nossas condiç ões. Desta forma

intenta-se inicialmente o tratamento ambulatorial, reservando-se a internaç ão quando

agravamento do processo pré-eclâmptico (Tedesco et al, 1984).

O repouso, principalmente em decúbito lateral esquerdo, é preconizado como

medida terapêutica inicial e eficaz e, sem ser absoluto, visa a restringir parcialmente a

atividade física.Alguns estudos advertem, no entanto, que mesmo pequenos afazeres

domésticos podem agravar a doenç a (Tedesco et al, 1984).

O processo pelo qual o repouso pode beneficiar a evoluç ão da doenç a é discutido.

No entanto, alguns aspectos podem ser lembrados, como o aumento do fluxo renal

plasmático e da taxa de filtraç ão glomerular, o que aumenta a natriurese e a menor

produç ão de aminas vasopressoras, o que contribui para a diminuiç ão da reatividade

vascular, abaixando-se os níveis pressó ricos. Há ainda, aumento do fluxo útero-placentário,

melhorando as condiç ões de hipó xia fetal e, consequentemente, auxiliando na melhoria dos

índices de mortalidade perinatal (Zuspan e O´Shaughnessy,1979).

10.7.Tratamento com melhora

Assim, à reavaliaç ão da paciente, se houver queda nos níveis tencionais, com

melhora do quadro clínico e sob rigorosa vigilância, pode-se esperar pela maturidade fetal

para, então, optar-se pela antecipaç ão do parto (Tedesco et al, 1984).

Nestes casos, a manutenç ão da internaç ão é obrigató ria, como o é o repouso

no leito. A sedaç ão é auxiliar valioso. De suma importância é o controle da pressão arterial,

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35

no mínimo quatro vezes ao dia, ao lado da verificaç ão diária do peso e da reavaliaç ão

laboratorial (Tedesco et al, 1984).

A avaliaç ão das condiç ões de maturidade fetal, pela análise do líquido

amnió tico, adquire importância nestes casos, pois uma vez maduro deve-se optar pela

antecipaç ão do parto (Tedesco et al, 1984).

10.8.Tratamento sem melhora

Se, por outro lado, não houver a esperada melhora ou frente a evidencia de piora do

quadro clínico materno, ou de retardo de crescimento intra-uterino, a antecipaç ão do parto

deve ser decidida (Tedesco et al, 1984).

Nestes casos, estaria indicado o uso de sulfato de magnésio, preventivamente como

anticonvulsivante, e de hipotensores. Uma vez conseguida a estabilizaç ão das condiç ões

maternas, decide-se pelo parto (Tedesco et al, 1984).

Como profilático de crises convulsivas o sulfato de magnésio é utilizado de forma

variável por diferentes autores, quer no tocante à dosagem, quer quanto à via de aplicaç ão

(Tedesco et al, 1984).

10.9.Eclâmpsia

“As eclâmpticas puseram à prova o engenho dos médicos de todas as épocas, pois

se lhes aplicaram ventosas, sangrias, purgaram, tamponaram, lavaram, sedaram, irrigaram,

puncionaram, submeteram-nas a jejum, sedaram, anestesiaram, paralisaram,

tranqüilizaram, submeteram a hipotensão provocada, submergiram em água, desidrataram,

fizeram-nas parir a forç a e, por último, abandonaram-nas” (Zuspan e Ward, 1964).

Ao igual, empregou-se nos últimos 50 anos grande número de agente terapêuticos

para eclâmpsia, desde o método de Stroganoff até os diazepínicos e barbitúricos,

justificando-se a ignorância a respeito da etiologia e fisiopatologia do processo. De todas as

drogas utilizadas neste meio século, somente o sulfato de magnésio (MgSO4 – 7H2O),

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36

desde a sua introduç ão no arsenal terapêutico em 1934 por McNeile, manteve-se até

nossos dias, sendo a droga de escolha em alguns centros (Tedesco et al, 1984).

11.0.Tratamento clínico

O tratamento clínico da eclâmpsia visa essencialmente a: a)cuidados gerais;

b)controle das convulsões; c)controle de hipertensão e d)manutenç ão das condiç ões

maternas(Tedesco et al, 1984).

11.1.Tratamento obstétrico

O tratamento definitivo da eclâmpsia é o parto imediato. A indicaç ão do término da

gravidez não deve comportar delongas e independe da idade gestacional.

Em vista dos elevados índices de morbidade e mortalidade materna e perinatal, não

se justifica a postergaç ão da conduta radical, em funç ão de pretensa espera de maturidade

fetal (Tedesco et al, 1984).

Com efeito, demonstrou-se amplamente que as taxas de mortalidade materna

aumentam em relaç ão direta com o tempo decorrido entre a primeira convulsão e o parto

(Menon, 1961).

11.2. Gestaç ão de Alto Risco

Apesar de a gestaç ão ser um fenômeno fisioló gico, e não patoló gico, muitas

mulheres podem apresentar riscos, devido a fatores maternos e/ou fetais. Os riscos podem

advir, ainda, de fatores pessoal, só cio-econômico e nutricional, bem como por razões

médicas. Por isso, é importante enfatizar o rastreamento e detecç ão precoce desses casos.

A vigilância durante toda a gestaç ão para assegurar o reconhecimento e o tratamento

precoce das condiç ões anormais não pode deixar de ser insistentemente recomendada

(Ziegel & Cranley, 1985).

Para se estabelecer o diagnóstico de gestaçã o de alto risco é necessá rio levar em

consideraçã o alguns fatores que serã o abaixo relacionados.

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37

Ø Fatores individual e sócio econô mico: idade materna menor do que 17 anos ou maior que 35

anos, altura materna inferior a 1,45 m, má aceitaçã o da gestaçã o, situaçã o conjugal insegura,

baixa escolaridade, baixa renda, peso materno inadequado e dependência de drogas lícitas ou

ilícitas (Rezende, 2002).

Ø Doenç as da gestaç ão atual: crescimento uterino maior ou menor que o esperado, gestaç ão

gemelar ou múltipla, não realizaç ão de pré-natal ou pré-natal insuficiente, hipertensão associada

à gestaç ão, diabetes associada à gestaç ão, ruptura prematura de membranas (ruptura da bolsa

antes de 37 semanas de gestaç ão), isoimunizaç ão (doenç a do Rh) e ganho de peso excessivo

(Rezende, 2002).

Nas gestaç ões de alto risco é imprescindível o estabelecimento preciso da idade

gestacional. Isso é realizado pela data da última menstruaç ão (quando a paciente recordar)

ou por ecografia precoce. O conhecimento das patologias coexistentes e o

acompanhamento por outros profissionais poderão ocorrer em alguns casos. É de grande

importância o acompanhamento rigoroso de paciente de alto risco (Ziezel & Cranley, 1985).

Sendo assim, consideramos também a gravidez na adolescência como sendo uma

gestaç ão de alto risco e que merece grande atenç ão durante sua evoluç ão.

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38

12. RESULTADOS

A seguir mostraremos os resultados da pesquisa realizada com 30 gestantes

acometida por doenç a hipertensiva específica da gravidez, atendidas no ambulató rio de alto

risco do HUSF. No início da coleta de dados as questões referem-se a caracterizaç ão da

amostra que na discussão serão feitas conexões pertinentes entre os dados encontrados e

a doenç a hipertensiva gestacional , a seguir foram realizadas questões específicas da

doenç a a fim de sabermos como ela desenvolve-se nessa populaç ão e qual conhecimento a

gestante acometida tem em relaç ão ao assunto.

Grá fico 1: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com a faixa etária.Braganç a

Paulista, 2007, n=30.

A faixa etária acometida pela (DHEG) estava entre 16 e 40 anos sendo que a maioria

das gestantes estava na faixa etária de 30 anos (36%) e 27% com 40 anos de idade,

totalizando 63% de gestantes consideradas idosas para gestaç ão que tiveram a doenç a.

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39

Grá fico 2: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com a Raç a.Braganç a

Paulista, 2007, n=30.

Tivemos três grupos étnicos a minoria foi da raç a negra 13% da amostra, esse é um

fato importante que discutiremos, pois de acordo com as literaturas consultadas a DHEG

acomete em sua maioria as gestantes de raç a negra, o que não observamos em nossa

amostra.

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40

Grá fico 3: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com o estado civil.

Braganç a Paulista, 2007, n=30.

Quanto ao estado civil apenas uma gestante era divorciada, mas tinha um

companheiro, nenhuma delas mesmo as solteiras eram desprovida de companheiro.

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41

Grá fico 4: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com a quantidade de

filhos. Braganç a Paulista, 2007, n=30.

Observamos que 64% da amostra já tinham filho antes dessa gestaç ão, mas uma

boa parte da amostra era primigesta 33% e uma delas referiu ter morrido um filho por

prematuridade.

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42

Tabela 1: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com o tipo de moradia e a

quantidade de pessoas que convivem na casa. Braganç a Paulista, 2007, n=30.

Tipo de Moradia n % Casa 29 90

Apartamento 1 10 Total 30 100

Pessoas que moram na casa

1 a 4 15 50 4 a 6 14 40

10 1 10 Total 30 100

Em sua maioria 29 gestantes moravam em casas e variou entre uma e 10 pessoas

que coabitavam.

Tabela 2: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com ocupaç ão e renda familiar.

Braganç a Paulista, 2007, n=30.

Ocupaç ão n=30 %

Do lar 16 50 Doméstica 3 10

Diarista 1 10 Outras ocupaç ões 10 30

TOTAL 30 100

Renda Fixa da gestante

Sim 21 70 Não 9 30

TOTAL 30 100

Renda familiar 1 a 4 Salários 20 70 5 a 8 Salários 10 30

TOTAL 30 100

Destacamos as ocupaç ões com maior e menor freqüência como vermos na tabela 2,

dentre as outras ocupaç ões tivemos: costureira, professora, secretária, 21 tinham renda fixa

pró pria e 60% da populaç ão tinha como renda familiar de um a 4 salários mínimos.

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43

Grá fico 5 : Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com antecedentes pessoais de

drogas licitas e ilícitas .Braganç a Paulista, 2007, n=30.

Apenas 10% da populaç ão referiu não ter usado algum tipo de droga seja ela licita ou

ilícita

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Tabela 3: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com antecedentes pessoais de

doenç as crônicas e tratamentos de saúde. Braganç a Paulista, 2007, n=30.

Doenç a crônica pessoal n %

Sim 22 70 Não 8 30 Total 30 100

Tratamento anterior

Sim 15 50 Não 15 50 Total 30 100

Alergias

Sim 9 30 Não 20 60

Não Sabem 1 10 Total 30 100

Cirurgias anteriores

Sim 17 60 Não 13 40 Total 30 100

Transfusão sanguínea

Sim 3 10 Não 27 90 Total 30 100

Vinte e duas gestantes do total da amostra apresentou doenç a crônica anterior

(hipertensão) à gestaç ão e relataram que obtiveram tratamento referente aos sintomas.

Entre as entrevistadas 17 refereriu ter realizado cirurgias anteriores e 3 delas transfusão

sanguínea decorrente da cirurgias realizadas, não ligada a gestaç ão.

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Tabela 4: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com antecedentes familiares de

doenç as crônicas. Braganç a Paulista, 2007, n=30

. Antecedentes familiares n %

Sim 23 80 Não 7 20 Total 30 100

A maioria apresentou doenç a crônica familiar (23), e apenas 7 delas referiam não ter

caso de doenç a familiar.

Grá fico 6: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com horas de sono noturno .

Braganç a Paulista, 2007, n=30.

Observamos que 43% da amostra dorme de 8 a 9 horas, uma característica comum

as gestantes que dormem além da média populacional.

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46

Grá fico 7: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com o número de refeiç ões

realizadas ao dia . Braganç a Paulista, 2007, n=30.

De acordo com o número de refeiç ões realizadas ao dia 73% referiu fazer de uma a

seis refeiç ões ao dia, dentre essas apenas uma gestante referiu fazer apenas a refeiç ão no

horário do almoç o, quando indagada sobre as outras refeiç ões a mesma relatou que pela

manhã tomava apenas um café e a tarde também, o que não foi considerado como refeiç ão

pelas pesquisadoras.

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Grá fico 8: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com o número de gestaç ões

anteriores. Braganç a Paulista, 2007, n=30.

De acordo com gestaç ões anteriores 67% já ficaram grávidas pelo menos uma vez.

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Tabela 5 : Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com o desejo da gravidez e

cuidados de saúde na gestaç ão atual . Braganç a Paulista, 2007, n=30.

Gestaç ão Planejada n %

Sim 12 40 Não 18 60 Total 30 100

Intercorrências

Sim 20 70 Não 10 30 Total 30 100

Uso de Medicaç ões

Sim 21 70 Não 9 30 Total 30 100

Pré-Natal Regular

Sim 27 90 Não 3 10 Total 30 100

Número de Consultas

1 a 4 4 10 5 a 8 20 70

10 6 20 Total 100

Realizou U.S.G. Sim 30 100 Não 0 Total 30 100

De acordo com a gestaç ão atual observamos que o planejamento de gravidez

ocorreu em 60% o restante da amostra não planejou a gravidez, apesar de desejar, 90% da

amostra apresentou intercorrência durante a gestaç ão decorrente do acometimento pela

hipertensão, tendo que fazer uso de medicaç ão com regularidade apenas 3 gestantes não

fazem o pré-natal regularmente, pois vieram com idade gestacional avanç ada para a

primeira consulta isso aconteceu com 4 gestantes quando observamos o número de

consultas realizadas que foi menor do que preconiza o ministério da saúde, mas pelo menos

uma ultra-sonografia todas realizaram .

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Tabela 6: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com o desejo da gravidez e

cuidados de saúde na gestaç ão anterior. Braganç a Paulista, 2007, n=20.

Gestaç ão Anterior Planejada n %

Sim 14 70 Não 6 30

Total 20 100

Assistência Pré-Natal Regular Sim 18 90 Não 2 10

Total 20 100

Número de Consultas 1 a 4 3 15 5 a 8 15 75

10 2 10 Total 20 100

Intercorrências

Sim 17 85 Não 3 15

Total 20 100

Uso de Medicaç ões Sim 13 65 Não 7 35

Total 20 100

Realizou U.S.G. Sim 20 100 Não 0

Total 20 100

O total da amostra em relaç ão aos dados referidos na tabela 6 é de 20 gestantes,

pois 10 delas eram primigestas, o restante tinham pelo menos uma gestaç ão anterior, nesse

caso a minoria não planejou a gestaç ão 30%, um número parecido ao da tabela 5 não

realizou pré-natal regularmente, no caso, duas gestantes, as mesmas que não realizaram

com regularidade o pré-natal na gestaç ão atual, na mesma proporç ão da gestaç ão atual

(tabela 5) o número de consultas de pré-natal na gestaç ão anterior foi baixo 3 gestantes,

realizaram de uma a quatro consultas, mas houve tempo hábil para pelo menos um ultra-

som, a maioria 85% teve intercorrência durante a gestaç ão devido ao acometimento

hipertensivo as obrigando a fazer uso de medicaç ões com regularidade.

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Grá fico 9: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com o reconhecimento de

sintomas da hipertensão . Braganç a Paulista, 2007, n=30.

Foi verificado que 67% das gestantes entrevistadas sabiam identificar ter sido mais

freqüente o início dos sintomas apresentados pela doenç a, e entre demais 33% não sabem

dizer como é o início dos sintomas.

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51

Grá fico 10: Distribuiç ão das gestantes com DHEG de acordo com o sentimento de

seguranç a quanto as informaç ões recebidas no pré-natal. Braganç a Paulista, 2007, n=30.

Entre todas as entrevistadas 90% relatam sentir confianç a no tratamento oferecido e

tranqüilidade na gestaç ão, e que as dúvidas sobre a doenç a são bem esclarecidas pelos

profissionais da unidade pesquisada, e 10% informaram que não tem confianç a no

tratamento oferecido.

Tabela 7 : Distribuiç ão das gestantes segundo a idade gestacional. Braganç a Paulista,

2007, n=30.

Idade gestacional n % 24-29 6/7 semanas 11 40 30-35 6/7semanas 9 30 36-38 6/7 semanas 10 30

Total 30 100

Tivemos gestantes de idade gestacional entre 24 semanas a 38 semanas e seis dias,

a maioria foi encaminhada ao pré-natal de alto risco no do segundo para o terceiro trimestre.

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52

13.DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A hipertensão arterial está entre as causas mais freqüentes de morte materna. Entre

tipos presentes na gravidez destacam-se as manifestaç ões específicas, isto é, pré-

eclâmpsia e hipertensão gestacional, definidas clinicamente por aumento dos níveis da

pressão arterial apó s a 20 semana de gestaç ão (Peraç oli, Parpinelli,2006).

Segundo Fernandes Costa, (2003) a hipertensão gestacional ainda é um enigma

para a obstetrícia, não se conhece a sua etiologia apesar de tantos estudos existentes na

busca de desenvolvê-la. Alguns fatores de risco parecem definidos, como é caso da

primiparidade, enquanto outros permanecem aguardando definiç ão. A idade materna é um

deles, havendo controvérsia se a gravidez nos extremos do período procriativo eleva os

riscos e síndromes hipertensivas.

Em nossas observaç ões percebemos que as gestantes que tinham mais que trinta

anos estiveram com freqüência maior em nossa amostra 76% estavam na faixa etária entre

30 e 40 anos de idade, mas 33% eram primíparas. A incidência da DHEG varia conforme a

situç ão socioeconômica da populaç ão se há ou não assintência pré- natal , e é mais

freqüente no extremo da idade reprodutiva, isto é , abaixo de 20 anos e acima de 35 anos

de idade.(Barbieri,2002).

Segundo Melo e Saá a pré-eclâmpsia acomete apenas as gestaç ões humanas. É

mais comum o aparecimento em mulheres primíparas, mulheres com gestaç ões múltiplas,

com mola hidatiforme, com histó ria familiar (mãe, irmã) ou mesmo com essa complicaç ão

em gravidez anterior, sendo que, nesta última situaç ão, o aparecimento será sempre mais

antecipado. Segundo o mesmo estudo existe maior freqüência na raç a negra, em obesas e

tabagistas, mas, ainda concludentes explicaç ões para as suas bases genéticas e

bioquímicas não existe.

Entre a raç a negra e a raç a branca a primeira ocorre na populaç ão em estudo com

menor freqüência 13% enquanto 60% na raç a branca. Talvez isso aconteç a devido à maior

populaç ão de pessoas brancas na cidade.

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53

A qualidade da assistência ao pré-natal e ao parto depende tanto da instituiç ão de

saúde como do profissional que presta o atendimento, a instituiç ão deve estar preparada

para atender as necessidades da gestante com doenç a hipertensiva. (Rede Saúde,

2001).As gestantes citadas na amostra fazem parte do ambulató rio de alto risco do HUSF,

que é relacionado como ponto de referência da região de Braganç a Paulista, as equipes de

atendimento são preparadas para atender as gestantes e sua sintomatologia deste o início

do atendimento até a interrupç ão da gravidez.As gestantes de alto risco são encaminhadas

de suas unidades básicas de saúde , para garantir atendimento adequado as síndromes

hipertensivas ou outras patologia relacionada a gestaç ão. Segundo alguns autores a melhor

qualidade no atendimento pré-natal está relacionada com a queda de morte materna no

Brasil. A primiparidade e hipertensão arterial são fatores de risco para gestantes (Costa,

2003). Segundo os dados analisados na amostra o maior índice foi de multíparas 67%. O

aumento dos níveis de pressão arterial é a partir da 20 semanas de gestaç ão, na fase inicial

é assintomática, porém se não tratada pode evoluir com quadros que podem evoluir ainda

mais complexos como eclâmpsia, síndrome de Hellp.(Dusse,2007). Dentre toda a amostra

85% relataram ter apresentado alguns sintomas e internaç ões, entre as complicaç ões a

eclâmpsia. A etiologia da hipertensão que se manifesta na gestaç ão existem causas

desconhecidas, acredita-se haver combinaç ão de fatores genéticos, imunoló gicos e

ambientais que determinam o defeito na invasão trofoblastica das arteríola. (Peraç oli,

2006).Segundo os dados da amostra referentes à s informaç ões familiares revelaram que

80% das gestantes tinham antecedentes familiares de hipertensão.

A monitorizarão ambulatorial da pressão arterial (MAPA) vem sendo nos últimos

anos um método não invasivo e de extrema utilidade em gestantes hipertensas ou

normotensas como fator de risco para o desenvolvimento da DHEG.As alteraç ões do MAPA

no período de sono noturno são bastante controversas,ou seja os níveis tensionais são mais

elevados no sono do que na vigília,mas quanto maior for a PAD máxima no sono maior será

o risco hipertensão gestacional e esta alteraç ão é desde o primeiro trimestre, tem maior

variabilidade no último trimestre de gestaç ão.Em estudos publicados foram analisadas

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gestantes que apresentavam o hábito de fumar, entre as pesquisas foi constatado que elas

continuaram a fumar na gestaç ão, desenvolveram a DHEG.(Carvalho, 2006).

Em estudos publicados foram analisadas gestantes que apresentavam o hábito de

fumar, entre as pesquisas foi constatado que elas continuaram a fumar na gestaç ão, e

desenvolveram a DHEG (Leão, 2006). Referente à pesquisa uma grande parcela

entrevistada manteve o hábito de fumar 52% mesmo apresentando hipertensão na

gestaç ão, mesmo aquelas que tiveram Intercorrências anteriores, mantiveram o hábito

apesar de terem recebido informaç ões referentes ao fumo.

Os sinais e sintomas de hipertensão arterial e pré eclâmpsia clássicos são

classificados em edema de face, dedos e abdômen especialmente pela manhã, hipertensão

(140/90 MMHG, ou um aumento sistó lico de 30 MMHG ou diastó lico de 15mmHg acima do

normal, em pelo menos duas ocasiões com 6 ou mais horas de intervalo), e casos mais

graves podem ocorrer cefaléia , visão turva, náuseas , vômitos. (knobel, 2004).

Mencionamos a respeito de sintomas as entrevistadas e podemos perceber que 67%

referem conhecer os sintomas quando a hipertensão apresenta alteraç ões, e que 33%

restante mesmo apresentando alteraç ões não sabem reconhecer os sintomas e associam a

outros como má digestão, mesmo recebendo informaç ões da patologia.

A incidência da DHEG foi relacionada com dieta hiperssó dica e hipoproteíca, alguns

autores rela

tam evidente reduç ão da entidade entre gestantes que obedecem à dieta hipossó dica

(Neme, 2000).

Em relaç ão à alimentaç ão nossa amostra revelou que as gestantes fazem de uma a

seis refeiç ões ao dia, porém nenhuma delas relatou realizar dieta hipossó dica, para manter

a estabilidade dos sintomas apenas utilizam a medicaç ão prescrita pelo obstetra.

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55

14. CONCLUSÕ ES Concluímos que:

v No ambulató rio de alto risco do HUSF houve 268 consultas de gestantes com DHEG

em doze meses, com média anula de 22 consultas mensais, portanto tivemos mais

de 100% da média mensal entrevistada no período de coleta de dados.

v A amostra foi composta de gestantes com faixa etária variando de 16 a 40 anos, com

maior incidência de gestantes com mais de 30 anos 63% entre 30 e 40 anos, a idade

esperada para ocorrência de complicaç ões gestacionais, outro agravante é que

apenas 10% delas nunca experimentaram nenhuma droga lícita ou ilícita, dos outros

90%, tivemos gestantes que fumavam 52%, outras bebiam 27% e ainda 10%

usavam outro tipo de droga

v Ao contrário do que sugere a literatura a amostra foi composta em 60% de gestantes

de raç a branca e 13% da raç a negra onde o acometimento deveria ter sido mais

freqüente.

v Das trinta gestantes entrevistadas vinte e uma referiram estado civil casada, mas

todas tinham companheiro, 90% moravam em casas co-habitanto entre uma a dez

pessoas, com um rendimento entre um a oito salários mínimos.

v Quanto ao atendimento do Pré-natal, todas as gestantes foram encaminhadas de

unidades de saúde da cidade pró ximas de sua residência, onde foram

diagnosticadas como gestantes de alto risco.

v Referente aos sintomas as entrevistadas demonstram saber o início dos mesmos

sendo 67% da amostra e apenas 33% do restante da amostra relatou não

reconhecer os sintomas da doenç a.

v Quanto ao atendimento e fornecimento de informaç ões referentes a doenç a as

entrevistadas demonstram estar seguras em relaç ão ao atendimento 90%, e apenas

10% restante relata inseguranç a do atendimento fornecido pela equipe do

ambulató rio do HUSF.

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REFERÊ NCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ACCIOLY, E.; SOUNDERS,C.; LACERDA, Elisa M. A., Nutriç ão em obstetrícia e

pediatria. Editora Cultura médica. Rio de Janeiro, 2004.

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ANEXO 1: Unidade Acadêmica da Á rea das Ciências Bioló gicas e da Saúde Curso de Enfermagem

Pesquisa com gestantes do Ambulató rio da Hospital Universitário São Francisco em Braganç a

Gostaríamos de apresentar-lhes este questionário e solicitar a gentileza de preenchê-lo da maneira mais completa e sincera, pois as informações contidas nele serã o utilizadas num trabalho acadêmico sobre gestaç ã o de alto-risco. Contamos com sua colaboraç ã o, obrigada.

Iniciais do Nome:_______________________________________________________ A) Informaç ões Pessoais 1. Idade: ____________2. Sexo: • 1.F • 2. M 3. Cor/Raç a: • 1.Branco • 2. Negro • 3.Pardo • 4. Amarelo • 5. Outros _________________ 4. Estado Civil: • 1. Solteiro • 2. Casado/amasiado • 3. Divorciado/separado • 4. Outro___________ 5. Tem filhos: • 1. Não • 2.Sim.

6.Quantos filhos? ___________________________________ Tipo de moradia: ( ) casa ( ) apartamento ( ) pró pria ( ) alugada ( ) outros____________________________________________________ Endereç o: ( ) bairro ( ) centro( ) sítios ( ) Outros___________________________________________________________ Quantas pessoas moram na mesma casa? ( ) de 1 a 3 ( ) de 4 a 6 ( ) 7 a 10 ( ) mais de 10

Qual sua ocupaç ão?_________________________________________

9. Tem renda? ? • 1. Não • 2. Sim

Renda familiar ( ) 0 - 2 S.M ( )2 - 4 S.M ( ) 4 - 6 S.M. () acima de 6 (S.M. Salário Mínimo) Antecedentes pessoais: Tabagismo ( ) Sim () Não Etilismo ( ) Sim () Não Uso de drogas ilícitas: ( ) Sim () Não Doenç as Crônica HAS ( ) Diabetes( ) Cardiopatias( ) Tireoidopatias ( ) Pneumopatias( ) Hepatite( ) Tuberculose ( ) HIV ( ) Tratamentos Anteriores: ()Sim ()Não Quais:_____________________________ Alergias: ()Sim ()Não Quais____________________________________________ Cirurgias Anteriores:__________________________________________________ Transfusão Sanguiínea ( ) Sim () Não,

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Antecedentes Familiares HAS ( ) Diabetes( ) Cardiopatias( ) Tireoidopatias ( ) Pneumopatias( ) Hepatite( ) Tuberculose ( )

C) Hábitos e Postura ( com relaç ão ao processo saúde-doenç a ) • Com relaç ão aos seus hábitos alimentares: 14. Quantas refeiç ões você faz por dia? __________ 15.Alimentaç ão variada com frutas e legumes( ) Alimentos enlatados e embutidos ( ) Alimentos em grãos ( ) Temperos naturais ( ) Temperos industrializados ( ) Carnes vermelhas ( ) Carnes Brancas ( ) Outros________________________________ • Com relaç ão ao sono e repouso: 18. Quantas horas você costuma dormir por Noite? _____________________. D) Histó ria obstétrica

Nomenclatura obstétrica G ( ) P ( ) A ( ) Gestaçã o Anterior Sim ( ) Nã o ( ) Número de filhos vivos ______ Número de filhos mortos_________

Intercorrências nas gestaç ões anteriores Sim ( ) Nã o ( ) Quais__________________ Uso de medicaçõ es: Sim ( ) Nã o ( )Quais?____________________ Acompanhamento pré-natal: Sim ( ) Nã o ( ) Número de consultas:___________ Gestaçã o Atual Planejada: Sim ( ) Nã o ( )

Assistência pré-natal regular: Sim ( ) Nã o ( ) Número de consultas________

Intercorrências até o momento___________________________________________

Uso de medicaçõ es: Sim ( ) Nã o ( ) Quais?________________________________

Qual a DUM: ___________________ Qual a IG:______________________

Foi realizado USG: Sim ( ) Nã o ( ) Qual a IG pelo USG:_______________ Já ouviu falar sobre a hipertensã o na gestaçã o? Sim ( ) Nã o ( ) Relate______________________________________________________________ Reconhece os sintomas quanto sua PA está elevada? Sim ( ) Nã o ( ) Quais seriam estes sintomas?__________________________________________ Que tipo de informaçõ es você teve durante o pré-natal em relaçã o à hipertensã o?_____________________________________________________ Sente-se segura em relaçã o à assistência pré-natal?______________________

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ANEXO 2: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ADOLESCENTES GRÁVIDAS: RAZÕ ES, CAUSAS E CONSEQUÊ NCIAS.

RESPONSÁVEIS:

Orientadora: Profa. Alecssandra Viduedo

Alunas: Helenice Maria da Costa Souza RA: 001200400074

Patrícia Ap Ferreira RA: 001200400012 Roberta Cássia Leme RA:001200400306 O abaixo assinado: _______________________________________________________

Nome do responsável: ________________________________ R.G.________________

Nome da gestante: ___________________________________ idade:____________

Endereç o: ______________________________________________________________

Declara que é de livre e espontânea vontade que está consentindo com a participaç ão de sua filha como voluntária do projeto de pesquisa supra-citado, de responsabilidade das pesquisadoras. O abaixo assinado está ciente que:

I) O objetivo da pesquisa é identificar a ocorrência de DHEG em gestantes do ambulató rio de alto risco atendidas no HUSF em Braganç a Paulista.

II) Durante o estudo, será aplicado um questionário estruturado com perguntas abertas e fechadas em forma de entrevista individual com duraç ão de aproximadamente 15 minutos.

III) A participaç ão nesse estudo não acarretará nenhuma influência sobre o tratamento da gestante.

IV) Obteve todas as informaç ões necessárias para poder decidir conscientemente sobre a participaç ão do referido estudo.

V) Está livre para interromper a participaç ão no estudo a qualquer momento.

VI) A interrupç ão não causará prejuízo ao seu atendimento, cuidado e tratamento pela equipe do HUSF de Braganç a Paulista.

VII) Os resultados obtidos durante esse estudo serão mantidos em sigilo, e as pesquisadoras não identificaram o voluntário por ocasião da exposiç ão e/ou publicaç ão dos mesmos.

VIII) Poderá contactar o comitê de ética e pesquisa para apresentar recursos ou reclamaç ões em relaç ão ao estudo. Fone: (11) 4034-8028.

IX) Poderá contactar as responsáveis pelo estudo, sempre que necessário pelo telefone: alunas: Helenice Maria da Costa Souza, Patrícia Ap Ferreira e Roberta Cássia Leme

, orientadora: Alecssandra Viduedo, (11) 4034-8404.

X) Este termo de consentimento livre e esclarecido será preenchido em duas vias de igual teor, sendo que um ficará com o indivíduo da pesquisa e o outro com as pesquisadoras.

Braganç a Paulista, ____ de _________________ de 2007.

_________________________________ ________________________________

Assinatura das responsáveis pelo estudo Assinatura do responsável pela gestante

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Registre aqui suas observaç ões sobre a pesquisa: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Obrigada pela sua colaboraç ão, esteja ciente que você contribuiu muito!

Acadêmicos de Enfermagem.

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