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E m 2008, houve o entendimento de que o governo discutiria e apre- sentaria uma proposta concreta do subsídio como forma de remuneração e a criação da carreira única da Regulação Federal, para a categoria e as entidades (Sinagências, Fenasps, CNTSS, Condsef e CUT). Após quatro anos, finalmente, a mesa de negociação no Ministério do Planejamento foi reaberta. Mas após su- cessivas reuniões improdutivas e sem conteúdo de negociação, a categoria can- sou de esperar. Além de respostas evasi- vas quanto à modernização da carreira e a parcela única remuneratória, o governo também não sinaliza a reposição da perda salarial decorrente da inflação nos últimos quatro anos, além de não indicar a cor- reção dos valores das tabelas do DNPM e a defasagem remuneratória que existe entre os quadros de pessoal das agências reguladoras, e a diferença salarial entre as áreas de gestão e finalística, níveis inter- mediário e superior, equiparação ao ciclo de gestão e Receita Federal. O Sinagências e as demais entidades representativas dos servidores cansaram de esperar e mobili- zam os trabalhadores a parar as atividades a partir de 16 de julho. Continue lendo Pág. 6 O Regulador website: www.sinagencias.org.br / Twitter: @sinagencias / Facebook: sinagenciasoficial Ano I - n o 2 - Brasília, junho de 2012 Vamos todos em um único sentido: greve geral! Sinagências é destaque na mídia O Sindicato tem priorizado o contato direto com os jor- nalistas. Confira as notícias publicadas na imprensa so- bre o movimento grevista. 8 Servidores participam de ato público em frente ao MPOG Servidores das Agências Reguladoras aprovam greve geral Pág. 5 JORNAL Sinagências.indd 1 16/07/12 08:36

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Em 2008, houve o entendimento de que o governo discutiria e apre-sentaria uma proposta concreta do

subsídio como forma de remuneração e a criação da carreira única da Regulação Federal, para a categoria e as entidades (Sinagências, Fenasps, CNTSS, Condsef e CUT). Após quatro anos, finalmente, a mesa de negociação no Ministério do Planejamento foi reaberta. Mas após su-cessivas reuniões improdutivas e sem conteúdo de negociação, a categoria can-sou de esperar. Além de respostas evasi-vas quanto à modernização da carreira e a parcela única remuneratória, o governo também não sinaliza a reposição da perda salarial decorrente da inflação nos últimos quatro anos, além de não indicar a cor-reção dos valores das tabelas do DNPM e a defasagem remuneratória que existe entre os quadros de pessoal das agências reguladoras, e a diferença salarial entre as áreas de gestão e finalística, níveis inter-

mediário e superior, equiparação ao ciclo de gestão e Receita Federal. O Sinagências e as demais entidades representativas dos servidores cansaram de esperar e mobili-zam os trabalhadores a parar as atividades a partir de 16 de julho.

Continue lendo Pág. 6

O Reguladorwebsite: www.sinagencias.org.br / Twitter: @sinagencias / Facebook: sinagenciasoficial Ano I - no 2 - Brasília, junho de 2012

Vamos todos em um único sentido: greve geral!

Sinagências é destaque na mídia

O Sindicato tem priorizado o contato direto com os jor-nalistas. Confira as notícias publicadas na imprensa so-bre o movimento grevista.

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Servidores participam de ato público em frente ao MPOG

Servidores das Agências Reguladoras aprovam greve geral Pág. 5

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Page 2: O Regulador - SINAGENCIAS · 2014. 11. 20. · O Regulador Junho de 2012 NOTAS Sinagências é destaque na mídia ESTADAO.COM.BR – 29/6/2012 Servidores ameaçam greve geral se Dilma

O Regulador Junho de 2012

eDiTOriAl

Chegou a hora de os servidores das agências reguladoras e DNPM se cons-cientizarem da importância da parali-sação geral, pois o Governo não apre-sentou conteúdo de negociação para a pauta de reivindicações da categoria, mesmo após quatro anos de espera e depois de inúmeras reuniões improdu-tivas com o governo federal.

Vamos nos unir em greve para cha-mar a atenção dos governantes a aten-der nossa pauta de reivindicações.

A greve geral é uma realidade e a paralisação iminente (16/7). Para tanto, é fundamental preparar-se bem para o movimento. Todos os servidores das agências reguladoras e DNPM, que per-tencem à base do Sinagências, Fenasps, CNTSS, Condsef e CUT podem e devem aderir à greve, até porque foi aprovada por toda a categoria no país e em Ple-nária Nacional Unifi cada das Entidades.

Não há mais como contar com a boa vontade governamental. Os servidores devem agir e lutar pelos seus direitos. Sindicalizados ou não, em estágio pro-batório ou com cargo comissionado, os

trabalhadores estão aptos a participar da mobilização e precisam se conscien-tizar de que não podem ser punidos pela simples participação na greve.

As reivindicações pleiteadas pelo conjunto das entidades sindicais vão favorecer toda a Regulação Federal e sociedade, não apenas os servidores. A defesa da isonomia remuneratória e de estrutura entre as áreas de ges-tão e fi nalística, de uma carreira única para Regulação Federal, do subsídio, da equiparação das tabelas remune-ratórias dos quadros de pessoal das agências reguladoras e DNPM, além da reposição da perda salarial ocasionada pela infl ação, fortalecem os órgãos, va-lorizam os trabalhadores e oferecem segurança jurídica a todos os agentes que atuam no serviço público federal.

Esta edição do Regulador traz um balanço das negociações realizadas até agora com o governo e mostra ao leitor os motivos pelos quais vale a pena par-ticipar da mobilização e greve.

Vamos à luta!

Prepare-se para greve

João Maria Medeiros de OliveiraPresidente do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências)

XpeDieNTeeDiretoria Executiva Nacional João Maria de Oliveira – presidenteOsvaldo Barbos (Licenciado) – 1º vice-presidenteGilmar Ferreira – 2º vice-presidenteMônica Beraldo e Marília Cunha – Secretária-GeralElisio Nunes (Licenciado) – 1º Secretário-Geral AdjuntoMarília Cunha – 2° Secretário Geral AdjuntoJosé Carlos – Diretor FinanceiroAiramir Padilha – Diretor Financeiro AdjuntoJosé Dias – Diretor de AdministraçãoDavid Leão – Diretor de OrganizaçãoWellington Batista – Diretor de Organização AdjuntoAltemir Calazans – Diretor de PolíticasNei Jobson – Diretor JurídicoMárcia Pissolatti (Licenciado) – Diretor Jurídico AdjuntoRicardo Holanda - Diretor de ComunicaçõesEugenio Pereira – Diretor de Comunicações AdjuntoWashington Luis – Diretor de Relações InstitucionaisCláudia Nunes - Diretor de Relações Institucionais AdjuntoGeraldo Marques – Diretor de Formação SindicalAdemir Monteiro - Diretora de Formação Sindical AdjuntoNailton Gama - Diretor de Saúde e Segurança do TrabalhoRaimundo Filho (Licenciado) - Diretor de Saúde e Segu-rança do Trabalho AdjuntoStéfano Rodrigues - Diretor de Desenvolvimento SocialVAGO - Diretor de Desenvolvimento Social AdjuntoLaura Massae - Diretor de Defesa dos Aposentados e PensionistasCarlos Pessoa - Diretor de Assuntos Profi ssionaisCarla Martins - Diretor de Fomento à PesquisaLeandro Cesar – 1º Diretor SuplenteJairo Domingues – 2º Diretor SuplenteJosé Alves - 3° Diretor Suplente

JORNAL MENSAL DO SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES DAS AGÊNCIAS NACIONAIS DE REGULAÇÃO - SINAGÊNCIAS

Conselho Editorial Coordenação: Ricardo Holanda e Eugênio SoaresJornalista Responsável - Flávio Resende - RP 4903-DF Produção e edição de textos - William MartinsProjeto gráfi co - Proativa Comunicação - Allyson Guiot Diagramação - Proativa Comunicação - Marja de SáFotos - Arquivo SINAGÊNCIAS e Banco de Imagens. Contato(61) [email protected]

O Regulador

www.cicero.art.br

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Junho de 2012O Regulador

OTASNSinagências é destaque na mídia

ESTADAO.COM.BR – 29/6/2012

Servidores ameaçam greve geral se Dilma mantiver resistência a re-ajuste - “‘O governo mais uma vez protelou’, destacou o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacional de Regula-ção (Sinagências). João Maria Me-deiros de Oliveira, após a plenária concluída ontem à noite”.

VEjA.COM - – 29/6/2012

Blog Reinaldo Azevedo - “Servi-dores federais ameaçam com greve geral...”.

VAlOR ECOnôMiCO – 2/7/2012

Servidores de agências regula-doras podem iniciar operação padrão - “Os servidores das dez agências reguladoras, além do De-partamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), ameaçam dimi-nuir o ritmo de trabalho e entrar em operação a partir desta quarta--feira. Assembleias da categoria serão realizadas nesta terça-feira, em todo o país, para referendar a decisão. ‘O clima de insatisfação é muito grande’, diz Ricardo de Ho-landa, diretor de Comunicação do Sinagências...”

CORREiO BRAziliEnSE – 5/7/2012

Governo vai “enrolar” servidores até agosto - “De acordo com o presidente do Sinagências, João Maria Medeiros, no lugar dos cerca de 30 processos analisados por semana, as agências se limitarão a menos da metade do quantitativo. O movimento é mais for-te no Rio Grande do Sul, onde a ope-ração realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve prejudicar a fiscalização de aeropor-tos e portos da fronteira”

CORREiOBRAziliEnSE.COM – 12/7/2012

Agências reguladoras anunciam que irão entrar em greve na pró-xima semana - “Segundo o diretor do Sinagências (Sindicato nacional dos Servidores das Agências Na-cionais de Regulação) João Maria Medeiros, a paralisação será por tempo indeterminado. Entre as principais reivindicações dos servi-dores dos órgão estão a criação de um plano de carreira único e a rees-truturação salarial para a categoria”.

REuTERS – 12/7/2012

“Sindicato anuncia greve em agên-cias reguladoras federais na segunda”

Diante de um momento delicado de negociações entre os servidores das agências reguladoras, DNPM e o governo federal, o Sinagências tem prima-do pela transparência no repasse de informações aos filiados e servidores das agências reguladoras. Como parte da estratégia de divulgação das in-formações referentes às ações realizadas na defesa dos interesses da cate-goria, o Sindicato também tem priorizado o contato direto com jornalistas, para que os detalhes da negociação sejam de conhecimento da opinião pública e, também, atinja os servidores e a base sindical em todos os esta-dos da Federação. Veja abaixo alguns destaques publicados na imprensa:

CArTilhA

Sinagências lança “Cartilha de Mobilização de Greve”Documento traz informações úteis sobre como o servidor pode participar do movimento de paralisação

Preocupado em informar os servi-dores das agências reguladoras e do Departamento Nacional de

Produção Mineral (DNPM) sobre como o trabalhador pode e deve se mobilizar em torno da greve geral, a partir de 16 de julho, o Sinagências lança a “Cartilha de Mobilização de Greve”.

O documento contém todas as orien-tações básicas que um servidor em greve, inclusive em estágio probatório, deve saber para não ser prejudicado em nenhuma hipótese. A ideia do Sindica-to é contribuir para uma adesão ampla e consciente ao movimento grevista.

Os agentes públicos terão à disposi-ção respostas às dúvidas mais frequen-tes de quem está envolvido na mobili-zação. Quem pode participar da greve? O servidor pode ser punido por ter par-ticipado? Ele pode aderir à greve mes-mo não sendo sindicalizado? Quem está em estágio probatório pode entrar em greve? Como registrar a frequência? Pode haver corte de ponto? Essas e ou-tras perguntas são respondidas.

A cartilha ainda traz as reivindicações da categoria e todo o embasamento jurídico que assegura o direito do ser-vidor a participar da greve. Os trabalha-dores não poderão ser punidos. “Os ser-vidores devem entrar em greve mesmo em estágio probatório ou com cargo comissionado, sendo sindicalizados ou não. De qualquer forma, é importante se filiar ao Sindicato, para que a entida-de tenha ainda mais força para nego-ciar os interesses da categoria junto ao governo”, afirma.

O servidor pode ter acesso ao texto completo no site do Sindicato, na ses-são “Arquivos”/ “Greve 2012” – www.sinagências.org.br. Lá também será possível adquirir a folha de ponto de greve. Mais informações pelo telefone: 61-3962-5000.

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O Regulador Junho de 2012

Assembleias nas agências reguladoras mobilizam servidores

reuNiõeS

Sindicato apresentou as estratégias utilizadas para a defesa do pleito da categoria

O Sinagências, em junho, co-meçou a intensificar o movi-mento em torno das reivin-

dicações da categoria. A articulação não ocorreu apenas no Distrito Fede-ral, fato comprovado pelas diversas assembleias estaduais, com a adesão da base sindical disposta a promover a paralisação geral.

No Rio de Janeiro, por exemplo, o Sindicato contou com a forte partici-pação dos servidores, que aprovaram o Estado de Greve, com operação pa-drão, e greve por tempo indetermina-do, a partir de 16 de julho, de acordo com o calendário de mobilização for-mado pelas entidades sindicais que representam a categoria. E assim ocor-reu nas outras unidades da Federação, como Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e Sergipe, todos já prontos para a greve geral.

O presidente da entidade, João Ma-ria Medeiros de Oliveira, e representan-

tes da Diretoria Nacional Executiva do Sindicato, apresentaram os detalhes das negociações que vem sendo feitas com o governo federal para defender os interesses da categoria.

O presidente do Sinagências conver-sou com os servidores da Aneel, Ana-tel, Antaq, Anac, ANTT, Ancine, Anvisa, ANS e ANP, além de ter se reunido, tam-bém, com os diretores das associações que representam os profissionais que atuam nas agências. “Os últimos dias têm sido para conscientizar os servido-res sobre a importância da paralisação, para enfrentar a falta de uma posição política concreta do governo quanto ao nosso pleito”, afirma.

Na Anvisa, em reunião que ocorreu no dia 11 de julho, um bom número de servidores ouviu, com atenção, às explanações do presidente do Sina-gências acerca das reivindicações. Na oportunidade, João Maria ressaltou que os trabalhadores não devem ficar

intimidados com um possível corte no ponto. “Após a greve, o Sindicato nego-ciará com o governo para que não haja nenhum tipo de desconto. Temos força para conquistar os nossos objetivos. Se conseguirmos uma boa adesão a essa paralisação, valerá à pena ter partici-pado do movimento. Temos que lutar pelos nossos direitos”, considera.

Carreira única na área de Regulação Federal, subsídio e reposição salarial estão entre as principais reivindica-

Servidores aprovam greve em assembleia no Rio de Janeiro

Servidores das agências reguladoras do Espírito Santo unidos em prol da categoria

Mobilização no Acre

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Junho de 2012O Regulador

ções que a Diretoria do Sinagências, juntamente com representantes da FENASPS, CNTSS, CUT e CONDSEF, ne-gocia com o governo.

João Maria considera que, uma car-reira padronizada, mais enxuta, valo-rizaria mais os servidores e facilitaria, inclusive, a gestão. “Propomos que haja, apenas, duas categorias, Regula-dor Federal e Técnico Regulador, o que tornaria a carreira mais sólida e menos suscetível a futuras reformas adminis-trativas”, completa.

Já a defesa do subsídio, passa por uma valorização do setor de regulação como uma carreira exclusiva de Estado, com a prestação de serviços que atingiram di-retamente a sociedade. “A ideia é deba-ter o subsídio, com a revisão das tabelas remuneratórias, e chegar a um consen-so quanto à melhor forma de se aplicar a parcela única para os servidores das agências reguladoras”, diz João Maria.

Agências reguladoras - Algumas dú-vidas em relação às negociações foram apresentadas pelos servidores. Na An-taq, por exemplo, foi levantada a ques-tão da diferença entre o ex-secretário de Relações de Trabalho do MPOG, Duva-nier Paiva, e o atual, Sérgio Mendonça.

João Maria afirmou que não haverá mudanças em relação ao trabalho de Paiva. “As negociações vão continuar. Mendonça conhece bem as agências, pois já negociamos com ele no passado. Hoje, vamos cobrar o que ficou de ser discutido anteriormente, principalmen-te no que diz respeito ao subsídio e a re-estruturação das carreiras”, argumenta.

Servidores das agências reguladoras no DF aprovam greve geralServidores do DF aprovam paralisação geral a partir de 16 de julho, caso o governo não apresente uma proposta concreta para a categoria

Em assembleia realizada em 9 de julho, na Agência Nacio-nal de Transportes Aquaviá-

rios (Antaq), servidores de diversas agências reguladoras e do Departa-mento Nacional de Produção Mine-ral (DNPM) deliberaram pela parali-sação geral.

Se até dia 16 de julho, próxima segunda-feira, as negociações com o governo não avançarem, a base de filiados no DF entrará em greve por tempo indeterminado. A decisão se-gue o movimento que se espalhou por todo o país, com servidores mo-bilizados para a paralisação.

Na oportunidade, os servidores presentes aprovaram uma moção de repúdio aos diretores do Sina-gências que não compareceram na deliberação. O Sindicato entrará em contato para pedir que eles apre-sentem os motivos pelos quais não puderam comparecer à assembleia.

A reunião contou com a presença de diretores do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacio-nais de Regulação (Sinagências), da FENASPS, CNTSS, do Fórum das As-sociações dos Servidores das Agên-

cias de Regulação, da ANSDNPM.O presidente do Sinagências, João

Maria, reforçou as reivindicações que estão sendo realizadas junto ao governo e destacou a importância de os servidores se filiarem ao Sin-dicato e permanecerem unidos, in-dependentemente das pressões re-alizadas pela administração pública federal e de possíveis tentativas de dividir a categoria.

Paridade entre as agências e as outras carreiras exclusivas de Esta-do; recomposição salarial; carreira única para a Regulação Federal com subsídio como forma de remunera-ção; isonomia remuneratória entre as áreas de gestão e finalísticas; pa-ridade salarial entre os servidores do DNPM e das agências; paridade interna, com tratamento isonômico entre os trabalhadores do quadro específico e do quadro efetivo; e a diminuição da diferença de remune-ração entre os cargos de nível médio e superior estão entre os principais pontos defendidos pelo Sinagências e outras entidades que participam da negociação, como CNTSS, CUT, FENASPS e CONDSEF.

Calendário de mobilização nacional das AgênciasReguladoras e dos Servidores Públicos Federais

Data Atividade

16 de julho de 2012 - segunda-feira GREVE DAS AGÊnCiAS REGulADORAS E DnPM

16 a 20 de julho de 2012 - segunda-feira jornada de lutas em Brasília

18 de julho de 2012 – quarta-feira Acampamento na Esplanada

18 de julho de 2012 – quinta-feira MARCHA A BRASÍliAGREVE DOS SERViDORES FEDERAiS

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O Regulador Junho de 2012

Servidores das agências reguladoras prontos para a greveApós inúmeras reuniões com a equipe da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sinagências e en-tidades sindicais que representam a categoria não conseguiram proposta nem contraproposta do governo sobre reposição sa-larial, carreira única, subsídio e equiparação das tabelas remuneratórias entre os quadros, níveis e áreas de gestão e finalística

CApA – CAmpANhA SAlAriAl

João Maria, presidente do Sinagências, participa de ato público em frente ao Ministério do Planejamento

Giulio Cesare, do Departamento de Vigilância Sanitária da FENASPSDesde 2008, o Sinagências tenta negociar com o governo a cria-ção de uma carreira única no

setor de Regulação Federal e o subsídio como forma de remuneração. Em 2012, o Ministério do Planejamento, Orça-mento e Gestão (MPOG) reabriu a mesa de negociação com a categoria. Os ser-vidores, por sua vez, além de reivindi-carem a modernização na estrutura de recursos humanos, enfrentam, no mo-mento, outro problema grave, a defa-sagem salarial ocasionada pela inflação, que já está em mais de 25%.

Nas reuniões que começaram a ser realizadas em maio, entretanto, a equi-pe da Secretaria de Relações do Traba-lho do MPOG (SRT/MPOG) insistia em dar respostas evasivas, sem nenhuma posição concreta, demonstrando não

apenas a falta de um en-tendimento claro do go-verno a respeito do pleito dos servidores, como também a inten-ção de protelar ao máximo o debate.

De acordo com João Maria Medeiros de Oliveira, presidente do Sinagências, alguns avanços foram conquistados, a começar pela abertura do diálogo com a categoria. Quanto às reivindicações, a discussão sobre carreiras tomou um caminho diferente do que os servidores imaginavam, o governo não apresen-tou proposta nem contraproposta.

Entretanto, após diversas reuniões em que se discutiu as pautas da categoria, o governo insiste em justificar a falta de uma proposta para a reposição salarial por meio de um discurso centrado na crise econômica e na baixa previsão de

crescimento do Produto Interno Bruto. “A União não gasta 10% de sua receita com o serviço público. Portanto, há margem para negociação. Os servidores das agên-cias reguladoras, desde 2008, não tem sequer a compensação da perda salarial ocasionada pela inflação”, diz João Maria.

Em relação às carreiras e subsídio, igualmente, nada avançou. O governo, em vez de apresentar uma proposta concreta, somente apresenta dificul-dades para dar subsídio e aperfeiçoar a estrutura e organização da carreira da Regulação Federal, bem como para igua-lar a remuneração com as carreiras de Estado, entre os quadros, entre as áreas de gestão e finalística; e aumentar a cor-

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Junho de 2012O Regulador

Pedro Armengol, diretor da CUT

relação entre níveis intermediário e su-perior. “A União parece não saber o que quer para as agências reguladoras e seus servidores, além de estar distante dos problemas enfrentados pelos órgãos re-guladores, sociedade e setor regulado. É um completo descaso com a Regulação Federal”, comenta Ricardo de Holanda, diretor de Comunicação do Sinagências.

Dr. Luiz Fernando, assessor jurídico da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previ-dência e Assistência Social (Fenasps), na última reunião realizada no MPOG, dia 9 de julho, rebateu o entendimento do go-verno e afirmou que os cargos são perme-ados por forte similaridade e clara inter-penetração de atribuições, especialmente quando se olha a realidade e a prática das atividades exercidas nos órgãos regulado-res, à luz do interesse público.

Diante do que foi colocado nas reu-niões, o secretário-geral da Condsef, Jo-semilton Costa, reforçou que o governo propõe como política as carreiras trans-versais, portanto, não existe explicação para a resistência de sinalizar um compro-misso oficial em relação à carreira única da Regulação Federal”, considera.

De acordo com Pedro Armengol, diretor executivo e coordenador do Setor Público da CUT Nacional, o Estado está preocu-pado em atender os seus interesses, mas esquece da área de Recursos Humanos. “É uma questão simples de gestão. Não se pode tratar de forma diferente pesso-as que fazem a mesma coisa e assinam o mesmo auto de infração. Isso comprome-te a eficiência e a qualidade do trabalho. E é isso que vem acontecendo no caso das agências reguladoras”, afirma.

Giulio Cesare, do departamento de Vigilância Sanitária da Fenasps, afirma que, apesar de todo o diálogo, é frus-trante o posicionamento do governo. “Estamos mobilizando os nossos filia-dos nos estados. Se não tiver pressão, o governo não negocia. O movimento unificado das entidades mostra a força da categoria. Vamos nos mobilizar para mudar isso”, argumenta.

Participaram das reuniões realizadas com o governo representantes do Si-nagências, da CONDSEF, da FENASPS, da CUT, do DNPM e da CNTSS. “Busca-mos fazer um movimento em conjunto com todas essas entidades, para que,

de fato, consigamos reunir todas as for-ças legítimas de representação da ca-tegoria e, assim, ter sucesso no nosso movimento”, considera João Maria.

O presidente do Sinagências tam-bém destaca que as entidades defen-dem nas negociações a equiparação das tabelas entre os quadros de pes-soal das agências. Nas reuniões, os di-rigentes sindicais ressaltaram as atuais distorções que existem e precisam ser corrigidas, como a paridade plena en-tre as ditas áreas meio e fim, hoje com valores para área de gestão em cerca de 9% menor; a paridade entre os quadros específico e efetivo, hoje com diferença média de 19% a menos para o PEC; e a equiparação das tabelas remunerató-rias do DNPM para com as tabelas das agências reguladoras, em que há uma defasagem de cerca de 30% nos salá-rios dos servidores do Departamento.

Subsídio - A carreira da regulação federal, inclusive, também viabilizará o recebimento por subsídio para todos os servidores, independente do quadro ao qual eles pertençam. Nas negociações com a categoria, o governo aponta di-ficuldades e já sinalizou que o subsídio seria possível, mas que não o daria para uma parcela do quadro de pessoal.

Para Nei Jobson, diretor jurídico do Sina-gências, o subsídio é a forma mais transpa-rente de recompensar o servidor. A avalia-ção passaria a ser focada na progressão na carreira e não na parcela variável (gratifica-ção, que pode reduzir por mais da metade os proventos do servidor). Além disso, Jo-bson argumenta que o subsídio é a forma mais condizente de se remunerar as carrei-ras exclusivas de Estado, já sendo adotada pela Polícia Federal, Banco Central, Recei-ta Federal, Advoca-cia-Geral da União, gestores públicos, entre outros setores. Ainda, impede que os servidores sofram pressões, ingerên-cias, para adotar posições contrárias às boas práticas re-gulatórias, em razão do receio de ter sua remuneração drasti-camente reduzida.

Órgãos de Estado, fortalecimento da regulação e independência – Os órgãos reguladores deveriam ser reco-nhecidos como de Estado. Relatórios da OCDE, do Tribunal de Contas da União, (TCU) e estudos do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) já apontaram essa necessidade. “Mas a Presidência da República parece distan-te das demandas e problemas enfren-tados pela sociedade, não enxerga a carência de pessoal nas áreas de gestão (administrativa, financeiro e tecnologia da informação e comunicação), de fisca-lização e regulação das Agências, bem como não oxigena as políticas públicas e a gestão governamental”, afirma Ricar-do de Holanda.

“Os servidores da regulação fede-ral não podem ficar vulneráveis a go-vernos e reformas administrativas, criação e extinção de órgãos. Somos parte técnica e estratégica para a in-fraestrutura e desenvolvimento eco-nômico do país. Somente com firmeza na implantação de políticas públicas eficientes, regulação estável e fiscali-zação a prestação de serviços essen-ciais ao cidadão terá qualidade, existi-rá segurança jurídica aos investidores, aumentará a concorrência entre os agentes econômicos,e mais empregos serão gerados”, destaca Holanda.

Chegamos no limiteJoão Maria ressalta que as sucessivas e

frustrantes reuniões com o governo, man-tendo uma conduta ineficiente e pouco prática, levaram a categoria a deliberar pela greve, para pressionar a administra-ção pública a de fato negociar e apresen-tar propostas concretas aos Reguladores.

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