o professor reflexivo e as mudanÇas...

O PROFESSOR REFLEXIVO O PROFESSOR REFLEXIVO E AS MUDANE AS MUDANÇÇASASEDUCACIONAISEDUCACIONAIS

UEPG -2008Profa MarjorieProfa Marjorie BitencourtBitencourt Emilio MendesEmilio Mendes

UEPG – 2008

O que O que éé ser professor ser professor para você?para você?

Profa. Marjorie Profa. Marjorie BitencourtBitencourt Emilio MendesEmilio Mendes

O que o levou a escolherO que o levou a escolherser professor?ser professor?

UEPG – 2008 Profa. Marjorie Profa. Marjorie BitencourtBitencourt Emilio MendesEmilio Mendes

O que O que éé ensinar ensinar para você?para você?


Como você percebe que Como você percebe que ensinou algo a alguensinou algo a alguéém?m?


O que O que éé aprendizagem aprendizagem para você?para você?


Quando ensina ou pensa ter ensinado Quando ensina ou pensa ter ensinado algo a algualgo a alguéém e este demonstra que m e este demonstra que

não aprendeu o que você faz?não aprendeu o que você faz?


ESCOLA: espaESCOLA: espaçço privilegiado o privilegiado de produde produçção de conhecimentoão de conhecimento

Eu adoro minha escola!


ESCOLA:ESCOLA: espaespaçço que se constitui o que se constitui na trama das relana trama das relaçções ões interpessoaisinterpessoais


O planejamento O planejamento prpréévio do trabalho vio do trabalho

pedagpedagóógicogico

PLANEJAMENTOPLANEJAMENTO


Defender a importância do Defender a importância do trabalho pedagtrabalho pedagóógico com a gico com a

diversidade textual na diversidade textual na alfabetizaalfabetizaçção não significa ão não significa considerar que os alunos considerar que os alunos

possam realizar todo tipo de possam realizar todo tipo de atividade com qualquer tipo de atividade com qualquer tipo de

texto.texto.

ESCOLHA DOS TEXTOS E DAS ESCOLHA DOS TEXTOS E DAS ATIVIDADES DE LEITURA E ESCRITAATIVIDADES DE LEITURA E ESCRITA


ÉÉ preciso ter critpreciso ter critéérios de selerios de seleçção, ão, considerando, por exemplo: a complexidadeconsiderando, por exemplo: a complexidade do texto, o ndo texto, o níível de dificuldade da atividade vel de dificuldade da atividade

em relaem relaçção ao texto escolhido, a ão ao texto escolhido, a familiaridade dos alunos com o tipo de texto,familiaridade dos alunos com o tipo de texto,a adequaa adequaçção do conteão do conteúúdo do àà faixa etfaixa etáária e a ria e a adequaadequaçção dos textos selecionados e da ão dos textos selecionados e da

proposta de atividade proposta de atividade ààs necessidades de s necessidades de aprendizagem dos alunos.aprendizagem dos alunos.

CRITCRITÉÉRIOS DE SELERIOS DE SELEÇÇÃO dos ÃO dos textos e das atividades de leitura textos e das atividades de leitura

e escritae escrita


Os textos mais adequados para o Os textos mais adequados para o trabalho pedagtrabalho pedagóógico de gico de

alfabetizaalfabetizaçção ão –– os que favorecem os que favorecem a reflexão dos alunos nãoa reflexão dos alunos não--

alfabetizados sobre as alfabetizados sobre as caractercaracteríísticas e o funcionamento sticas e o funcionamento da escrita da escrita –– são os que oferecem são os que oferecem situasituaçções possões possííveis de leitura e veis de leitura e

escrita.escrita.

TEXTOS ADEQUADOS para TEXTOS ADEQUADOS para atividades de leitura e escritaatividades de leitura e escrita


SituaSituaçções de leitura e escrita podem ser ões de leitura e escrita podem ser difdifííceis para os alunos, que ainda não ceis para os alunos, que ainda não

estão alfabetizados, mas precisam estão alfabetizados, mas precisam representar um desafio possrepresentar um desafio possíível: vel:

evidentemente, um indivevidentemente, um indivííduo que não sabe duo que não sabe ainda ler e escrever sainda ler e escrever sóó pode ser solicitado pode ser solicitado a fazer isso se a tarefa proposta estiver a fazer isso se a tarefa proposta estiver ––ainda que parcialmente ainda que parcialmente –– dentro de suas dentro de suas

possibilidades, se ele achar que pode possibilidades, se ele achar que pode tentar e conseguir.tentar e conseguir.



As atividades de As atividades de leitura e escrita serão leitura e escrita serão desafiadoras se forem desafiadoras se forem

ao mesmo tempo ao mesmo tempo difdifííceis e possceis e possííveis.veis.



São adequados os textos em que São adequados os textos em que os alunos podem utilizar os alunos podem utilizar

estratestratéégias de leitura que não se gias de leitura que não se restrinjam restrinjam àà decodificadecodificaçção ão –– o o

fato de não estarem ainda fato de não estarem ainda alfabetizados significa que ainda alfabetizados significa que ainda

não sabem decodificar não sabem decodificar inteiramente a escrita.inteiramente a escrita.

ATIVIDADES DE ATIVIDADES DE LEITURA LEITURA


EstratEstratéégias (de selegias (de seleçção, ão, antecipaantecipaçção, inferência e ão, inferência e

verificaverificaçção) são utilizadas em ão) são utilizadas em situasituaçções em que eles têm ões em que eles têm

informainformaçções parciais sobre o ões parciais sobre o conteconteúúdo do texto e podem do do texto e podem utilizar tudo que sabem para utilizar tudo que sabem para descobrir o que estdescobrir o que estáá escrito.escrito.



Por exemplo, sabem que se trata Por exemplo, sabem que se trata de uma lista de tde uma lista de tíítulos de tulos de

histhistóórias lidas pelo professor rias lidas pelo professor para a classe, e devem encontrar para a classe, e devem encontrar

onde estonde estáá escrito cada tescrito cada tíítulo. tulo. Ou sabem que o texto Ou sabem que o texto éé uma uma

receita, e devem descobrir quais receita, e devem descobrir quais são os ingredientes. são os ingredientes.



Ou que Ou que éé uma histuma históória em ria em quadrinhos com personagens quadrinhos com personagens conhecidos, e devem achar os conhecidos, e devem achar os

nomes de alguns deles. nomes de alguns deles. Ou que são as instruOu que são as instruçções de ões de um jogo que conhecem bem, um jogo que conhecem bem, e devem encontrar uma ou e devem encontrar uma ou

outra... outra...



Para esse tipo de atividade, são Para esse tipo de atividade, são adequados os seguintes textos: adequados os seguintes textos:

listas listas (de animais, frutas, cores, (de animais, frutas, cores, brinquedos, tbrinquedos, tíítulos, nomes tulos, nomes etcetc),),

receitas, histreceitas, históórias em quadrinhos rias em quadrinhos curtas, regras de jogos curtas, regras de jogos

conhecidos, bilhetes curtos em conhecidos, bilhetes curtos em que se tenha uma informaque se tenha uma informaçção ão

geral sobre o contegeral sobre o conteúúdo...do...

ATIVIDADES DE ATIVIDADES DE LEITURALEITURA

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HHáá tambtambéém situam situaçções em que ões em que ééposspossíível realizar atividades de leitura vel realizar atividades de leitura

sem estar alfabetizado, atsem estar alfabetizado, atéé mesmo mesmo quando não se conhece o valor quando não se conhece o valor sonoro convencional das letras, sonoro convencional das letras,

quando não se pode contar com a quando não se pode contar com a ajuda que esse conhecimento oferece ajuda que esse conhecimento oferece

nas atividades em que a proposta nas atividades em que a proposta éé““ler sem ainda saber lerler sem ainda saber ler””..



ÉÉ o caso de textos que os alunos o caso de textos que os alunos sabem de cor (não a escrita deles, sabem de cor (não a escrita deles, mas o contemas o conteúúdo), em que a tarefa do), em que a tarefa éé

descobrir o que estdescobrir o que estáá escrito em cada escrito em cada parte, tendo apenas a informaparte, tendo apenas a informaçção do ão do que trata o texto (por exemplo: que trata o texto (por exemplo: ““Esta Esta éé a ma múúsica sica Pirulito que batePirulito que bate--batebate””), ),

onde comeonde começça e onde termina. a e onde termina.



São os poemas, quadrinhas, São os poemas, quadrinhas, parlendasparlendas, , adivinhas, cantigas de roda, canadivinhas, cantigas de roda, cançções ões

populares, dipopulares, diáálogos canônicos de contos logos canônicos de contos clcláássicos, desde que sejam conhecidos ssicos, desde que sejam conhecidos (como, por exemplo, (como, por exemplo, ““Espelho, espelho Espelho, espelho

meu, existe algumeu, existe alguéém mais bela do que eu?m mais bela do que eu?””ou ou ““–– Que olhos tão grandes você tem, Que olhos tão grandes você tem, vovvovóó! / ! / –– São para te ver melhor! Que São para te ver melhor! Que

orelhas tão grandes você tem, vovorelhas tão grandes você tem, vovóó! / ! / ––São para te ouvir melhor!São para te ouvir melhor!””, entre outros). , entre outros).



A tarefa de ler esses textos obriga os A tarefa de ler esses textos obriga os alunos a ajustar o que sabem que alunos a ajustar o que sabem que

estestáá escrito com a escrita, pondo em escrito com a escrita, pondo em uso tudo que sabem a respeito. A seu uso tudo que sabem a respeito. A seu favor eles têm a disposifavor eles têm a disposiçção grão grááfica do fica do texto em versos, o que permite que se texto em versos, o que permite que se

orientem para descobrir orientem para descobrir ““onde estonde estááescrito o quêescrito o quê””



Em qualquer tipo de situaEm qualquer tipo de situaçção, o ão, o aluno deve pôr em uso todo o aluno deve pôr em uso todo o

conhecimento que possui sobre a conhecimento que possui sobre a escrita e receber informaescrita e receber informaçções ões parciais sobre o conteparciais sobre o conteúúdo que do que

tornem a atividade proposta um tornem a atividade proposta um desafio compatdesafio compatíível com suas vel com suas

possibilidades.possibilidades.

ATIVIDADES DE LEITURA ATIVIDADES DE LEITURA


No caso da alfabetizaNo caso da alfabetizaçção de adultos, ão de adultos, evidentemente os textos oferecidos evidentemente os textos oferecidos para leitura devem ser pertinentes para leitura devem ser pertinentes àà

faixa etfaixa etáária e aos interesses do grupo: ria e aos interesses do grupo: mmúúsicas de seu repertsicas de seu repertóório no lugar de rio no lugar de cantigas de roda, provcantigas de roda, provéérbios e rbios e ““frases frases de caminhãode caminhão”” no lugar de no lugar de parlendasparlendas

infantis, e assim por diante.infantis, e assim por diante.



Se considerarmos que os alunos nãoSe considerarmos que os alunos não--alfabetizados podem escrever de acordo alfabetizados podem escrever de acordo

com suas prcom suas próóprias hipprias hipóóteses, isso significa teses, isso significa que supostamente poderiam escrever que supostamente poderiam escrever

qualquer tipo de texto, desde que não seja qualquer tipo de texto, desde que não seja esperado que o faesperado que o faççam convencionalmente. am convencionalmente. De qualquer forma, não De qualquer forma, não éé apropriado, por apropriado, por exemplo, solicitar a escrita de um texto exemplo, solicitar a escrita de um texto

longo que vlongo que váá oferecer grandes oferecer grandes dificuldades, sendo que não se obterdificuldades, sendo que não se obteráá

como resultado uma escrita convencional. como resultado uma escrita convencional.

TEXTOS ADEQUADOS PARA TEXTOS ADEQUADOS PARA ATIVIDADES DE ESCRITA ATIVIDADES DE ESCRITA

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São mais adequados São mais adequados trechos de histtrechos de históórias rias

conhecidas, bilhetes, cartas conhecidas, bilhetes, cartas curtas, regras de jogo, alcurtas, regras de jogo, aléém m

dos demais textos dos demais textos indicados acima, para as indicados acima, para as

atividades de leitura. atividades de leitura.

ATIVIDADES DE ATIVIDADES DE ESCRITA ESCRITA

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A prA práática pedagtica pedagóógica tem gica tem demonstrado que, quando se demonstrado que, quando se

pretende trabalhar com a diversidade pretende trabalhar com a diversidade textual nas classes de alfabetizatextual nas classes de alfabetizaçção, ão, nas situanas situaçções em que se lê para os ões em que se lê para os alunos praticamente todo gênero alunos praticamente todo gênero ééadequado, desde que o conteadequado, desde que o conteúúdo do possa interessar, pois o professor possa interessar, pois o professor atua como mediador entre eles e o atua como mediador entre eles e o

texto. texto.



Mas se o texto se destinar Mas se o texto se destinar àà leitura pelos leitura pelos prpróóprios alunos prios alunos éé preciso considerar suas preciso considerar suas

reais possibilidades de realizar a tarefa, reais possibilidades de realizar a tarefa, para que o desafio não seja muito difpara que o desafio não seja muito difíícil. cil.

Se a situaSe a situaçção for de produão for de produçção oral do ão oral do texto, htexto, háá que se considerar que, em que se considerar que, em

princprincíípio, os alunos nãopio, os alunos não--alfabetizados alfabetizados podem produzir quaisquer gêneros, desde podem produzir quaisquer gêneros, desde

que tenham bastante familiaridade com que tenham bastante familiaridade com eles, seja por meio da leitura feita pelo eles, seja por meio da leitura feita pelo

professor ou por outros leitores. professor ou por outros leitores.


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E quando se trata de produzir textos E quando se trata de produzir textos por escrito, isto por escrito, isto éé, de escrever textos , de escrever textos de prde próóprio punho, as possibilidades prio punho, as possibilidades se restringem, pois a tarefa requer a se restringem, pois a tarefa requer a

coordenacoordenaçção de vão de váários rios procedimentos complexos procedimentos complexos relacionados tanto com o relacionados tanto com o

planejamento do que se pretende planejamento do que se pretende expressar quanto com a prexpressar quanto com a próópria pria

escrita.escrita.



ÉÉ preciso, portanto, saber o que preciso, portanto, saber o que se pode propor aos alunos em se pode propor aos alunos em

cada caso: quando o professor lê cada caso: quando o professor lê para eles, quando eles prpara eles, quando eles próóprios prios ééque têm de ler, quando produzem que têm de ler, quando produzem os textos sem precisar escrever e os textos sem precisar escrever e

quando precisam escrever eles quando precisam escrever eles prpróóprios.prios.



AlAléém disso, m disso, éé importante importante considerar que hconsiderar que háá uma suma séérie de rie de variavariaçções que se pode fazer nas ões que se pode fazer nas atividades de uso da latividades de uso da lííngua que ngua que permitem contar com diferentes permitem contar com diferentes propostas a partir de situapropostas a partir de situaçções ões muito parecidas, que se alteram muito parecidas, que se alteram apenas em um ou outro aspecto. apenas em um ou outro aspecto.



Essas variaEssas variaçções podem ser de:ões podem ser de:

•• material (lmaterial (láápis, caneta...), instrumento (pis, caneta...), instrumento (ààmão, mão, àà mmááquina, no computador...) e quina, no computador...) e suporte (em papel comum ou especial, na suporte (em papel comum ou especial, na lousa, com letras mlousa, com letras móóveis...);veis...);•• tipo de atividade: escutar, ler, escrever, tipo de atividade: escutar, ler, escrever, recitar, ditar, copiar etc.;recitar, ditar, copiar etc.;•• unidade lingunidade lingüíüística (palavra, frase, texto);stica (palavra, frase, texto);•• tipo (gênero) de texto;tipo (gênero) de texto;

VARIAVARIAÇÇÕES ÕES Texto adaptado de Texto adaptado de ““Quinze possQuinze possííveis variaveis variaçções: instruões: instruçções de usoões de uso””, , in in Aprendendo a escrever Aprendendo a escrever , de Ana , de Ana TeberoskyTeberosky. São Paulo, . São Paulo, ÁÁtica.tica.


• modalidade (oralmente ou por escrito);modalidade (oralmente ou por escrito);•• tipo de registro ou de instrumento tipo de registro ou de instrumento utilizado (com ou sem gravador, com ou utilizado (com ou sem gravador, com ou sem vsem víídeo, ou por escrito);deo, ou por escrito);•• conteconteúúdo temdo temáático (sobre o quê);tico (sobre o quê);•• estratestratéégia didgia didáática (com ou sem tica (com ou sem preparapreparaçção prão préévia, com ou sem ajuda do via, com ou sem ajuda do professor, com ou sem consulta...);professor, com ou sem consulta...);•• duraduraçção (mais curta, mais longa...) e ão (mais curta, mais longa...) e freqfreqüüência (pela primeira vez, ência (pela primeira vez, freqfreqüüentemente...);entemente...);

VARIAVARIAÇÇÕES ÕES


•• tamanho e tipo de letra;tamanho e tipo de letra;•• circunstância, destino e objetivo (quem, circunstância, destino e objetivo (quem, onde, quando, de que modo, a quem, para onde, quando, de que modo, a quem, para que... etc.);que... etc.);•• tipo de agrupamento (individual, em tipo de agrupamento (individual, em dupla, em grupos maiores);dupla, em grupos maiores);•• com ou sem algum tipo de restricom ou sem algum tipo de restriçção ão explexplíícita (sem erros, com pontuacita (sem erros, com pontuaçção, com ão, com letra bonita, com separaletra bonita, com separaçção entre palavras ão entre palavras etc.).etc.).

VARIAVARIAÇÇÕES ÕES


““Uma atividade se transforma em outra se, Uma atividade se transforma em outra se, por exemplo, de individual passa a ser em por exemplo, de individual passa a ser em dupla ou realizada com toda a classe dupla ou realizada com toda a classe –– e e vicevice--versa. O mesmo ocorre se for feita versa. O mesmo ocorre se for feita com ajuda ou sem ajuda, com ou sem com ajuda ou sem ajuda, com ou sem

consulta, com ou sem rascunho, de uma sconsulta, com ou sem rascunho, de uma sóóvez ou em duas ou mais vezes, no caderno vez ou em duas ou mais vezes, no caderno

ou em papel especial, para ser exposto ou em papel especial, para ser exposto num mural, com letras mnum mural, com letras móóveis, com veis, com cartões, na lousa, no computador ou cartões, na lousa, no computador ou

escrito a lescrito a láápis...pis...

Parâmetros em AParâmetros em Açção ão –– AlfabetizaAlfabetizaçção ão . . BrasBrasíília, MEC/SEF, 1999.lia, MEC/SEF, 1999.


Quando se acredita que a alfabetizaQuando se acredita que a alfabetizaçção ão éé um um processo que se desenvolve a partir da anprocesso que se desenvolve a partir da anáálise e lise e da reflexão que o aluno faz sobre a lda reflexão que o aluno faz sobre a lííngua, não hngua, não háámuito o que muito o que ‘‘inventarinventar’’ em relaem relaçção ão ààs situas situaçções de ões de ensino e aprendizagem. As atividades especensino e aprendizagem. As atividades especííficas ficas de reflexão sobre o sistema de escrita, como jde reflexão sobre o sistema de escrita, como jáá se se discutiu em vdiscutiu em váários momentos, devem basicamente rios momentos, devem basicamente

se constituir em contextos de uso dos se constituir em contextos de uso dos conhecimentos que os alunos possuem, de conhecimentos que os alunos possuem, de

ananáálise das regularidades da escrita, de lise das regularidades da escrita, de comparacomparaçção de suas hipão de suas hipóóteses com a dos colegas teses com a dos colegas

e com a escrita convencional, de resposta a e com a escrita convencional, de resposta a desafios, de resoludesafios, de resoluçção de problemas...ão de problemas...””.

Parâmetros em AParâmetros em Açção ão –– AlfabetizaAlfabetizaçção ão . . BrasBrasíília, MEC/SEF, 1999. lia, MEC/SEF, 1999.

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AlAléém da selem da seleçção dos conteão dos conteúúdos a serem dos a serem trabalhados e do tipo de atividade que sertrabalhados e do tipo de atividade que seráá

proposto, hproposto, háá ainda outra importante ainda outra importante decisão pedagdecisão pedagóógica, relacionada ao gica, relacionada ao

tratamento dos contetratamento dos conteúúdos: dependendo dos: dependendo dos objetivos que se tem, eles podem ser dos objetivos que se tem, eles podem ser

trabalhados na forma de trabalhados na forma de ““atividades atividades permanentes, atividades seqpermanentes, atividades seqüüenciadas, enciadas, atividades de sistematizaatividades de sistematizaçção, atividades ão, atividades

independentes ou projetosindependentes ou projetos””..(Delia (Delia LernerLerner, in , in “É“É posspossíível ler na escola?vel ler na escola?””, revista , revista LecturaLectura

y Viday Vida , ano 17, n. 1, mar. 1996), ano 17, n. 1, mar. 1996)

ESCOLHA DA FORMA DE ESCOLHA DA FORMA DE ORGANIZAORGANIZAÇÇÃO DOS CONTEÃO DOS CONTEÚÚDOSDOS

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São as que acontecem ao longo de São as que acontecem ao longo de um determinado perum determinado perííodo de tempo, odo de tempo,

porque são importantes para o porque são importantes para o desenvolvimento de procedimentos, desenvolvimento de procedimentos,

de hde háábitos ou de atitudes. bitos ou de atitudes. ÉÉ o caso de o caso de atividades como: leitura diatividades como: leitura diáária feita ria feita

pelo professor; roda semanal de pelo professor; roda semanal de leitura; oficina de produleitura; oficina de produçção de textos; ão de textos; hora das nothora das notíícias; discussão semanal cias; discussão semanal dos conhecimentos adquiridos, etc.dos conhecimentos adquiridos, etc.

Escolha da forma de organizaEscolha da forma de organizaçção dos ão dos conteconteúúdosdos

ATIVIDADES PERMANENTESATIVIDADES PERMANENTES

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São as planejadas em uma seqSão as planejadas em uma seqüüência ência encadeada: o que vem a seguir encadeada: o que vem a seguir

depende do que jdepende do que jáá foi realizado (e foi realizado (e aprendido) anteriormente. aprendido) anteriormente.

Por exemplo: atividades para Por exemplo: atividades para alfabetizar, para ensinar a produzir alfabetizar, para ensinar a produzir textos de um determinado gênero, textos de um determinado gênero, para ensinar ortografia ou o uso de para ensinar ortografia ou o uso de

certos recursos gramaticais etc.certos recursos gramaticais etc.


ATIVIDADES SEQATIVIDADES SEQÜÜENCIADASENCIADAS


As atividades de sistematizaAs atividades de sistematizaçção, ão, embora não decorram de embora não decorram de proppropóósitos imediatos, têm sitos imediatos, têm

relarelaçção direta com os objetivos ão direta com os objetivos diddidááticos e com os conteticos e com os conteúúdos: dos:

são atividades que se destinam são atividades que se destinam ààsistematizasistematizaçção dos conteão dos conteúúdos jdos jáá

trabalhados.trabalhados.


ATIVIDADES DE SISTEMATIZAATIVIDADES DE SISTEMATIZAÇÇÃOÃO


São aquelas que não foram São aquelas que não foram planejadas planejadas a prioria priori, mas que fazem , mas que fazem

sentido num dado momento. sentido num dado momento. Por exemplo: Por exemplo: ““em algumas em algumas

oportunidades, o professor encontra oportunidades, o professor encontra um texto que considera valioso e um texto que considera valioso e

compartilha com os alunos, ainda que compartilha com os alunos, ainda que pertenpertençça a um gênero ou trate de um a a um gênero ou trate de um

assunto que não se relaciona assunto que não se relaciona ààs s atividades previstas para o peratividades previstas para o perííodo. odo.


ATIVIDADES INDEPENDENTESATIVIDADES INDEPENDENTES

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E, em outras ocasiões, os prE, em outras ocasiões, os próóprios alunos prios alunos propõem a leitura de um artigo de jornal, propõem a leitura de um artigo de jornal,

um poema, um conto que os tenha um poema, um conto que os tenha impressionado e que o professor tambimpressionado e que o professor tambéém m

considera interessante ler para todos. considera interessante ler para todos. Nesses casos, não teria sentido nem Nesses casos, não teria sentido nem

renunciar renunciar àà leitura dos textos em questão, leitura dos textos em questão, pelo fato de não ter relapelo fato de não ter relaçção com o que se ão com o que se estestáá fazendo no momento, nem inventar fazendo no momento, nem inventar

uma relauma relaçção inexistente.ão inexistente.


ATIVIDADES INDEPENDENTESATIVIDADES INDEPENDENTES


Os projetos são situaOs projetos são situaçções didões didááticas em ticas em que o professor e os alunos se que o professor e os alunos se

comprometem com um propcomprometem com um propóósito e com sito e com um produto final: em um projeto, as aum produto final: em um projeto, as açções ões propostas ao longo do tempo têm relapropostas ao longo do tempo têm relaçção ão

entre si e fazem sentido em funentre si e fazem sentido em funçção do ão do produto que se deseja alcanproduto que se deseja alcanççar. ar. ÉÉ o caso o caso de atividades como jogral, dramatizade atividades como jogral, dramatizaçção, ão,

apresentaapresentaçção pão púública de leitura, produblica de leitura, produçção ão de livro, de jornal, de texto informativo e de livro, de jornal, de texto informativo e

outras similares.outras similares.


PROJETOSPROJETOS


Uma proposta pedagUma proposta pedagóógica que privilegia o gica que privilegia o trabalho com projetos, se justifica por princtrabalho com projetos, se justifica por princíípios pios que se expressam em necessidades de natureza que se expressam em necessidades de natureza diddidáática: tica: •• a compreensão do aluno enquanto sujeito da a compreensão do aluno enquanto sujeito da prpróópria aprendizagem; pria aprendizagem; •• a elaboraa elaboraçção junto com os alunos de propostas ão junto com os alunos de propostas a serem implementadas na classe; a serem implementadas na classe; •• a construa construçção de algumas certezas ão de algumas certezas compartilhadas e a discussão de muitas compartilhadas e a discussão de muitas incertezas (o que permite maior compreensão da incertezas (o que permite maior compreensão da natureza de um empreendimento coletivo e melhor natureza de um empreendimento coletivo e melhor relacionamento entre o grupo); relacionamento entre o grupo);


PROJETOSPROJETOS


•• a contextualizaa contextualizaçção das propostas de ensino, ão das propostas de ensino, considerando que a aquisiconsiderando que a aquisiçção de conhecimento ão de conhecimento éésempre mediada pelo modo de aprender dos sempre mediada pelo modo de aprender dos alunos e pelo modo de ensinar dos professores; alunos e pelo modo de ensinar dos professores; •• a ma mááxima aproximaxima aproximaçção entre ão entre ““versão escolarversão escolar”” e e ““versão socialversão social”” do conhecimento, o que requer o do conhecimento, o que requer o planejamento de situaplanejamento de situaçções escolares ões escolares ààsemelhansemelhançça das pra das prááticas sociais (com o cuidado ticas sociais (com o cuidado de não produzir simplificade não produzir simplificaçções ou distorões ou distorçções nos ões nos conhecimentos a serem trabalhado); conhecimentos a serem trabalhado); •• o fato de a ao fato de a açção educativa ter que responder ao ão educativa ter que responder ao mesmo tempo a objetivos de ensino e objetivos de mesmo tempo a objetivos de ensino e objetivos de realizarealizaçção do aluno ão do aluno –– nem sempre coincidentes.nem sempre coincidentes.


PROJETOSPROJETOS

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Os objetivos de ensino Os objetivos de ensino representam capacidades que representam capacidades que

se pretende que os alunos se pretende que os alunos desenvolvam e os objetivos desenvolvam e os objetivos

do aluno relacionamdo aluno relacionam--se a se a necessidades pessoais, quase necessidades pessoais, quase

sempre de realizasempre de realizaçção ão imediata. imediata.


PROJETOSPROJETOS


Por exemplo, quando o professor lê Por exemplo, quando o professor lê diferentesdiferentes

(e bons) textos para os alunos todos os (e bons) textos para os alunos todos os dias, certamente pretende:dias, certamente pretende:

•• que eles tenham contato com a que eles tenham contato com a diversidade textual, diversidade textual,

•• que se familiarizem com a linguagem, que se familiarizem com a linguagem, •• que se interessem pela leitura em funque se interessem pela leitura em funçção ão

do que se pode do que se pode ““ganharganhar”” atravatravéés dela, s dela, •• que compreendam algumas que compreendam algumas

caractercaracteríísticas dos diferentes gêneros... sticas dos diferentes gêneros...


PROJETOSPROJETOS

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Para o aluno, os objetivos jPara o aluno, os objetivos jáásão de outra natureza: são de outra natureza: ele com certeza busca ele com certeza busca

emoemoçções provocadas pelo ões provocadas pelo conteconteúúdo dos textos (se forem do dos textos (se forem

literliteráários) ou novos rios) ou novos conhecimentos (se forem conhecimentos (se forem

informativos).informativos).


PROJETOSPROJETOS


A defesa dos projetos A defesa dos projetos como modalidade como modalidade

privilegiada de organizaprivilegiada de organizaçção ão dos contedos conteúúdos escolares dos escolares

não significa que tudo não significa que tudo possa ser abordado por possa ser abordado por

meio de projetos. meio de projetos.


PROJETOSPROJETOS

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ÉÉ tarefa do professor identificar qual a tarefa do professor identificar qual a melhor forma de abordar o que deve ensinarmelhor forma de abordar o que deve ensinar

aos alunos: aos alunos: •• hháá conteconteúúdos que não demandam um dos que não demandam um

tratamento por meio de projetos, htratamento por meio de projetos, hááconteconteúúdos que não têm uma dos que não têm uma contextualizacontextualizaçção possão possíível, vel,

•• hháá conteconteúúdos que precisam ser dos que precisam ser sistematizados, e outros não, sistematizados, e outros não,

•• hháá conteconteúúdos que são recorrentes em todados que são recorrentes em todaa escolaridade, e outros circunstanciais... a escolaridade, e outros circunstanciais...


PROJETOSPROJETOS

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O fundamental O fundamental éé saber que os contesaber que os conteúúdos dos escolares são ensinados para que os alunos escolares são ensinados para que os alunos

desenvolvam diferentes capacidades (ou seja, desenvolvam diferentes capacidades (ou seja, estão a serviestão a serviçço dos objetivos do ensino): a forma o dos objetivos do ensino): a forma de abordde abordáá--los deve ser aquela que melhor atende los deve ser aquela que melhor atende ao propao propóósito de desenvolver essas capacidades.sito de desenvolver essas capacidades.

A difusão e a defesa de propostas de ensino A difusão e a defesa de propostas de ensino apoiadas em projetos de trabalho acabaram por apoiadas em projetos de trabalho acabaram por

criar no Brasil, nos criar no Brasil, nos úúltimos anos, uma concepltimos anos, uma concepçção ão equivocada de que todas as situaequivocada de que todas as situaçções de ensino e ões de ensino e

aprendizagem que têm lugar na sala de aula aprendizagem que têm lugar na sala de aula deveriam ser relacionadas com projetos em curso deveriam ser relacionadas com projetos em curso

na sna séérie.rie.


PROJETOSPROJETOS


FreqFreqüüentemente, observamos entemente, observamos formadores e professores formadores e professores

demonstrando grande preocupademonstrando grande preocupaçção ão com questões do seguinte tipo: com questões do seguinte tipo:

““Em que projetos essas atividades Em que projetos essas atividades estariam contextualizadas?estariam contextualizadas?””, , ““Essas atividades não seriam Essas atividades não seriam ‘‘soltassoltas’’ demais?demais?””, e assim por , e assim por

diante.diante.


PROJETOSPROJETOS


Ou seja, a preocupaOu seja, a preocupaçção metodolão metodolóógica de gica de contextualizar as propostas de ensino e contextualizar as propostas de ensino e aprendizagem em projetos assumiu uma aprendizagem em projetos assumiu uma

importância maior do que o atendimento dos importância maior do que o atendimento dos objetivos que expressam as capacidades que se objetivos que expressam as capacidades que se

pretende que os alunos desenvolvam. pretende que os alunos desenvolvam. Por exemplo: se o objetivo Por exemplo: se o objetivo éé que os alunos que os alunos escrevam de forma adequada sob todos os escrevam de forma adequada sob todos os

aspectos, depois que estiverem alfabetizados seraspectos, depois que estiverem alfabetizados seráánecessnecessáário ensinar conterio ensinar conteúúdos ortogrdos ortográáficosficos

(como a tematiza(como a tematizaçção de regras que permitam ão de regras que permitam compreender as razões do uso de compreender as razões do uso de mpmp, , mbmb, , rrrr, r, , r, ssss, ,

s etc.). s etc.).


PROJETOSPROJETOS


Se as atividades propostas nos Se as atividades propostas nos projetos de escrita, que demandam projetos de escrita, que demandam revisão dos textos produzidos pelos revisão dos textos produzidos pelos alunos, não forem suficientes para alunos, não forem suficientes para

garantir progressivamente a garantir progressivamente a compreensão das normas ortogrcompreensão das normas ortográáficas,ficas,serseráá necessnecessáário realizar atividades de rio realizar atividades de

sistematizasistematizaçção que por certo não ão que por certo não estarão vinculadas a um projeto estarão vinculadas a um projeto

especespecíífico.fico.


PROJETOSPROJETOS


Da mesma forma, algumas atividades de Da mesma forma, algumas atividades de reflexão sobre a escrita para aprender a reflexão sobre a escrita para aprender a ler e escrever não têm lugar em projeto ler e escrever não têm lugar em projeto

algum: são necessalgum: são necessáárias porque atendem rias porque atendem a determinados objetivos em relaa determinados objetivos em relaçção ão àà

alfabetizaalfabetizaçção dos alunos. Não hão dos alunos. Não hááproblema pedagproblema pedagóógico algum no fato de gico algum no fato de

serem eventualmente serem eventualmente ““descontextualizadasdescontextualizadas”” dos projetos da dos projetos da

sséérie.rie.

Escolha da forma de organização dos conteúdos

PROJETOSPROJETOS


ÉÉ o caso das atividades permanentes de leitura e o caso das atividades permanentes de leitura e escrita que devem estar garantidas na rotina diescrita que devem estar garantidas na rotina diáária ria do professor: quando os alunos ainda não estão do professor: quando os alunos ainda não estão alfabetizados alfabetizados –– e acreditamos que e acreditamos que éé por meio de por meio de

atividades de reflexão sobre a escrita que eles vão atividades de reflexão sobre a escrita que eles vão avanavanççar em seus conhecimentos, e sabemos que a ar em seus conhecimentos, e sabemos que a

reflexão reflexão éé um procedimento que para ser um procedimento que para ser aprendido precisa ser exercitado com freqaprendido precisa ser exercitado com freqüüência ência ––garantiremos atividades de alfabetizagarantiremos atividades de alfabetizaçção pautadas ão pautadas

na reflexão sobre a escrita todos os dias, na reflexão sobre a escrita todos os dias, independente de estarem ou não contextualizadas independente de estarem ou não contextualizadas

em um ou outro projeto da sem um ou outro projeto da séérie.rie.


PROJETOSPROJETOS


A lA lóógica curricular que nos parece mais gica curricular que nos parece mais adequada adequada éé a seguinte: objetivos definem a seguinte: objetivos definem conteconteúúdos e estes definem o tratamento dos e estes definem o tratamento

metodolmetodolóógico que sergico que seráá dado aos dado aos conteconteúúdos, para garantir da melhor forma dos, para garantir da melhor forma

posspossíível a conquista dos objetivos. vel a conquista dos objetivos. Não faz sentido que a opNão faz sentido que a opçção metodolão metodolóógica gica seja anterior seja anterior àà definidefiniçção dos objetivos (as ão dos objetivos (as capacidades que se pretende desenvolver) capacidades que se pretende desenvolver) e dos contee dos conteúúdos (o que ensinar para tanto).dos (o que ensinar para tanto).


PROJETOSPROJETOS


A rotina do trabalho pedagA rotina do trabalho pedagóógico gico concretiza, na sala de aula, as intenconcretiza, na sala de aula, as intençções ões

educativas que se revelam na forma como educativas que se revelam na forma como são organizados o tempo, o espasão organizados o tempo, o espaçço, os o, os

materiais, as propostas e intervenmateriais, as propostas e intervençções do ões do professor. Por essa razão, a rotina que professor. Por essa razão, a rotina que estabelecemos para a classe estabelecemos para a classe éé tambtambéém m

uma situauma situaçção de ensino e aprendizagem, a ão de ensino e aprendizagem, a despeito de não ser necessariamente despeito de não ser necessariamente

planejada como tal.planejada como tal.

Planejamento de uma rotina de trabalho Planejamento de uma rotina de trabalho pedagpedagóógicogico

Este texto Este texto éé uma adaptauma adaptaçção do original, ão do original, ““RotinaRotina””, de autoria de , de autoria de Rosa Maria Antunes de Barros e Rosana Rosa Maria Antunes de Barros e Rosana DutoitDutoit..


Se, por exemplo, a leitura Se, por exemplo, a leitura éé realizada apenas realizada apenas uma vez ou outra, na semana de trabalho, e a uma vez ou outra, na semana de trabalho, e a

escrita escrita éé uma atividade frequma atividade freqüüente, o que ente, o que estamos ensinando para os alunos estamos ensinando para os alunos ––

involuntariamente involuntariamente –– éé que a escrita que a escrita éé mais mais importante do que a leitura. importante do que a leitura.

Se o trabalho com as Se o trabalho com as ááreas de Histreas de Históória, ria, Geografia e Ciências ocorre apenas nas Geografia e Ciências ocorre apenas nas

semanas que antecedem a avaliasemanas que antecedem a avaliaçção ão bimestral, estamos ensinando bimestral, estamos ensinando éé que os que os

conteconteúúdos dessas dos dessas ááreas servem apenas para reas servem apenas para estudar estudar ààs vs véésperas da prova. speras da prova.



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Se todos os dias hSe todos os dias háá atividades de ditado atividades de ditado e ce cóópia, estamos ensinando que pia, estamos ensinando que éé por por

meio do ditado e da cmeio do ditado e da cóópia que se pia que se aprende a escrever. E assim por diante... aprende a escrever. E assim por diante... Nossas concepNossas concepçções inevitavelmente se ões inevitavelmente se

expressam na priorizaexpressam na priorizaçção das atividades ão das atividades propostas na sala de aula, na forma propostas na sala de aula, na forma

como agimos durante as atividades e no como agimos durante as atividades e no uso que fazemos do tempo.uso que fazemos do tempo.




Para organizar uma rotina semanal do trabalho Para organizar uma rotina semanal do trabalho pedagpedagóógico, gico, éé fundamental definir previamente: fundamental definir previamente:

todas as todas as ááreas a serem trabalhadas, a freqreas a serem trabalhadas, a freqüüência ência com que serão trabalhadas (por exemplo: Lcom que serão trabalhadas (por exemplo: Lííngua ngua

Portuguesa todos os dias, com duraPortuguesa todos os dias, com duraçção de 90 ão de 90 minutos etc.); a melhor forma de tratar minutos etc.); a melhor forma de tratar

didaticamente os contedidaticamente os conteúúdos (projetos, atividades dos (projetos, atividades permanentes, atividades seqpermanentes, atividades seqüüenciadas...); os enciadas...); os

textos e os tipos de atividade a serem propostos textos e os tipos de atividade a serem propostos durante a semana (tanto na sala de aula como em durante a semana (tanto na sala de aula como em

casa), e a respectiva freqcasa), e a respectiva freqüüência.ência.




SSóó então serentão seráá posspossíível distribuir tudo isso vel distribuir tudo isso no tempo disponno tempo disponíível durante uma semana vel durante uma semana

de trabalho, estabelecendo as devidas de trabalho, estabelecendo as devidas prioridades. prioridades.

A forma de organizar a rotina semanal que A forma de organizar a rotina semanal que tem se mostrado mais prtem se mostrado mais práática tica éé por meio por meio

de uma tabela de dupla entrada com de uma tabela de dupla entrada com espaespaçço para indicar todas as propostas o para indicar todas as propostas

planejadas para cada dia da semana.planejadas para cada dia da semana.Ver o texto Ver o texto ““Planejar Planejar éé precisopreciso””, in , in Cadernos da TV Escola Cadernos da TV Escola –– LLííngua ngua PortuguesaPortuguesa, vol. 1. e , vol. 1. e Parâmetros em AParâmetros em Açção ão –– AlfabetizaAlfabetizaççãoão



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““Como bem sabemos, a diversidade Como bem sabemos, a diversidade ééinevitinevitáável na sala de aula: teremos sempre vel na sala de aula: teremos sempre

alunos com nalunos com nííveis de compreensão e veis de compreensão e conhecimento diferentes e, por isso, conhecimento diferentes e, por isso, éé

preciso conhecer, analisar e acompanhar o preciso conhecer, analisar e acompanhar o que eles produzem, para adequar as que eles produzem, para adequar as

propostas, considerando os ritmos e as propostas, considerando os ritmos e as possibilidades de aprendizagem, cuidando possibilidades de aprendizagem, cuidando para que para que ‘‘a ma múúsica não vibre alto demaissica não vibre alto demais’’, ,

ou que sequer seja ouvida por elesou que sequer seja ouvida por eles””. .

OrganizaOrganizaçção da classe em funão da classe em funçção dos ão dos objetivos da atividade e das possibilidades objetivos da atividade e das possibilidades

de aprendizagem dos alunosde aprendizagem dos alunos


Nesse sentido, o desafio Nesse sentido, o desafio ééconhecer o que eles pensam e conhecer o que eles pensam e sabem sobre o que se pretende sabem sobre o que se pretende ensinar (o que indica suas reais ensinar (o que indica suas reais

possibilidades de realizar as possibilidades de realizar as tarefas), para poder lantarefas), para poder lanççar ar

problemas adequados problemas adequados ààs suas s suas necessidades de aprendizagem.necessidades de aprendizagem.



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Considerando que, inevitavelmente, as classes Considerando que, inevitavelmente, as classes são sempre heterogêneas, hsão sempre heterogêneas, háá três tipos de três tipos de organizaorganizaçção do trabalho pedagão do trabalho pedagóógico, para gico, para

situasituaçções de atividade tanto individual como em ões de atividade tanto individual como em parceria: parceria:

•• momentos em que todos os alunos realizam a momentos em que todos os alunos realizam a mesma proposta; mesma proposta;

•• momentos em que, diante de uma mesma momentos em que, diante de uma mesma proposta ou material, realizam tarefas diferentes eproposta ou material, realizam tarefas diferentes e•• momentos de propostas diversificadas, em que momentos de propostas diversificadas, em que

os grupos têm tarefas diferentes em funos grupos têm tarefas diferentes em funçção do ão do que estão precisando no momento.que estão precisando no momento.




Quando a proposta for de que os alunos Quando a proposta for de que os alunos realizem a tarefa por si mesmos, em grupo realizem a tarefa por si mesmos, em grupo

ou individualmente, serou individualmente, seráá preciso que o preciso que o professor funcione como parceiro professor funcione como parceiro

experiente, dando grande assistência a experiente, dando grande assistência a todos (porque estão aprendendo a todos (porque estão aprendendo a trabalhar com uma proposta nova). trabalhar com uma proposta nova).

Depois que se apropriaram do tipo de Depois que se apropriaram do tipo de proposta e dos respectivos procedimentos, proposta e dos respectivos procedimentos, os alunos certamente precisarão de menos os alunos certamente precisarão de menos

auxauxíílio do professor.lio do professor.



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Vejamos um exemplo: se Vejamos um exemplo: se éé a primeira vez que a primeira vez que propomos uma atividade de leitura aos alunos propomos uma atividade de leitura aos alunos

nãonão--alfabetizados, provavelmente eles vão alfabetizados, provavelmente eles vão dizer que não sabem, ou não podem fazer, dizer que não sabem, ou não podem fazer,

porque não sabem ler. Serporque não sabem ler. Seráá necessnecessáário, então, rio, então, que faque faççamos com eles, problematizando amos com eles, problematizando

alguns aspectos que lhes permitam usar seus alguns aspectos que lhes permitam usar seus conhecimentos e se conscientizar de que conhecimentos e se conscientizar de que

conseguiram conseguiram ““ler sem saber lerler sem saber ler””, mostrando , mostrando que se trata de um desafio possque se trata de um desafio possíível, sugerindo vel, sugerindo possibilidades, oferecendo algumas pistas e possibilidades, oferecendo algumas pistas e

coisa que o valha.coisa que o valha.



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Se, por um lado, esse tipo de situaSe, por um lado, esse tipo de situaçção ão requer o grupo todo atento requer o grupo todo atento ààintervenintervençção do professor, as ão do professor, as

situasituaçções de avaliaões de avaliaçção da ão da competência pessoal dos alunos competência pessoal dos alunos

exigem atividades individuais. Em exigem atividades individuais. Em caso contrcaso contráário, como o professor rio, como o professor

poderpoderáá identificar o que cada um de identificar o que cada um de seus alunos sabe, se estavam seus alunos sabe, se estavam

trabalhando com outros colegas?trabalhando com outros colegas?



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No caso das atividades cotidianas, entretanto, a No caso das atividades cotidianas, entretanto, a prpráática tem mostrado que o trabalho em tica tem mostrado que o trabalho em

colaboracolaboraçção ão éé muito mais produtivo para a muito mais produtivo para a aprendizagem dos alunos: especialmente as aprendizagem dos alunos: especialmente as

duplas (mas tambduplas (mas tambéém os trios e grupos de quatro) m os trios e grupos de quatro) têm se revelado uma boa optêm se revelado uma boa opçção, se os critão, se os critéérios de rios de

agrupamento forem adequados.agrupamento forem adequados.Esse tipo de agrupamento favorece que os alunos Esse tipo de agrupamento favorece que os alunos socializem seus conhecimentos, permitindosocializem seus conhecimentos, permitindo--lhes lhes confrontar e compartilhar suas hipconfrontar e compartilhar suas hipóóteses, trocar teses, trocar informainformaçções, aprender diferentes procedimentos, ões, aprender diferentes procedimentos, defrontardefrontar--se com problemas sobre os quais não se com problemas sobre os quais não

haviam pensado... haviam pensado...



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Entretanto, como sabemos, o fato de estarem Entretanto, como sabemos, o fato de estarem sentados juntos não garantirsentados juntos não garantiráá que trabalhem que trabalhem

coletivamente. coletivamente. ÉÉ preciso criar mecanismos que os preciso criar mecanismos que os ajudem a aprender esse importante procedimento, ajudem a aprender esse importante procedimento,

que que éé o trabalho em colaborao trabalho em colaboraçção de fato: por ão de fato: por exemplo, em algumas situaexemplo, em algumas situaçções, podeões, pode--se oferecer se oferecer

uma uma úúnica folha para a realizanica folha para a realizaçção da tarefa; em ão da tarefa; em outras, definir claramente qual o papel de cada outras, definir claramente qual o papel de cada aluno na dupla ou no grupo, e assim por diante. aluno na dupla ou no grupo, e assim por diante. Em qualquer caso, atEm qualquer caso, atéé aprenderem a trabalhar aprenderem a trabalhar

juntos, terão de contar com muita ajuda do juntos, terão de contar com muita ajuda do professor.professor.




Quando a opQuando a opçção for por trabalho em ão for por trabalho em parceria, para organizar os agrupamentos parceria, para organizar os agrupamentos éé

preciso considerar os objetivos da preciso considerar os objetivos da atividade proposta, o conhecimento que os atividade proposta, o conhecimento que os alunos possuem e a natureza da atividade. alunos possuem e a natureza da atividade. As interaAs interaçções, os agrupamentos, devem ões, os agrupamentos, devem ser pensados tanto do ponto de vista do ser pensados tanto do ponto de vista do

que se pode aprender durante a atividade que se pode aprender durante a atividade como do ponto de vista das questões que como do ponto de vista das questões que

cada aluno pode cada aluno pode ‘‘levarlevar’’ para pensar. para pensar.




Um outro fator importante a considerar, alUm outro fator importante a considerar, aléém m do conhecimento que os alunos possuem, são do conhecimento que os alunos possuem, são suas caractersuas caracteríísticas pessoais: seus trasticas pessoais: seus traçços de os de personalidade, por um lado, e a disposipersonalidade, por um lado, e a disposiçção de ão de

realizar atividades em parceria com um realizar atividades em parceria com um determinado colega, por outro. determinado colega, por outro.

ÀÀs vezes, a tomar pelo ns vezes, a tomar pelo níível de conhecimento, vel de conhecimento, a dupla poderia ser perfeita, mas o estilo a dupla poderia ser perfeita, mas o estilo

pessoal de cada um dos alunos indica que pessoal de cada um dos alunos indica que éémelhor não juntmelhor não juntáá--los, pois o trabalho tenderia los, pois o trabalho tenderia

a ser improdutivo.a ser improdutivo.””




o professor reflexivo e as mudanÇas...

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