o desafio de ser um professor reflexivo

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O Desafio de ser Um professor reflexivo No século XXI Tecnologias na sala de aula Como ensinar em um mundo Cada vez mais conectado? ALUNO MULTIMÍDIA A CONSTRUÇÃO DO APRENDIZADO EM UM MUNDO DIGITAL Claudio Roberto Ribeiro Junior Sorocaba - SP 2015

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Page 1: O Desafio de ser um professor reflexivo

O Desafio de ser

Um professor reflexivo No século XXI

Tecnologias na sala de aula

Como ensinar em um mundo

Cada vez mais conectado?

ALUNO MULTIMÍDIA A CONSTRUÇÃO DO APRENDIZADO

EM UM MUNDO DIGITAL

Claudio Roberto Ribeiro Junior

Sorocaba - SP 2015

Page 2: O Desafio de ser um professor reflexivo

Sumário

1 - Apresentação................................................................................................................3

2 - Os maiores desafios para um professor reflexivo.........................................................4

3 - Estimular a leitura matemática......................................................................................6

4 - Concepções de professores sobre a relação entre leitura e matemática.....................7

5 - Ensino de matemática esbarra nos problemas de leitura.............................................8

6 - Como acompanhar o aprendizado do aluno?...............................................................9

6.1 - Utilização de instrumentos de acompanhamento.........................................................9

6.2 - Análise da organização do plano de recuperação........................................................9

7 - Reflexões pedagógicas sobre o ensino e aprendizagem de matemática.....................10

8 - As situações didáticas de matemática..........................................................................11

9 - O uso de tecnologias em sala de aula..........................................................................12

10 - Tecnologias nas aulas de matemática..........................................................................13

10.1- Tecnologias em aula melhora o rendimento..................................................................14

11 - Tipos de tecnologias utilizadas nas escolas..................................................................16

12 - Pontos positivos para a tecnologia................................................................................18

13 - O que dificulta o uso da tecnologia na escola...............................................................19

14 - Nem tudo são maravilhas no uso das tecnologias na educação...................................20

14.1- Um caminho a seguir com muita cautela.......................................................................20

15 - Referências bibliográficas..............................................................................................21

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Apresentação

Este trabalho tem como objetivo nortear a reflexão do professor sobre a sua prática do-cente no dia a dia, bem como, mostrar a evolução do processo ensino aprendizagem nas es-colas públicas e as expectativas do novo rumo da educação. Elementos que dificultam a inclu-são de recursos tecnológicos na sala de aula, as dificuldades encontradas para capacitação dos professores para trabalhar com tecnologia e segurança para trabalhar com dados pesso-ais nos meios interligados a rede mundial.

Diagnosticar os aspectos e dimensões do conhecimento e da prática profissional a ser trabalhada e melhorada, requer muita reflexão da própria prática docente e qual o foco do seu trabalho. As melhorias vão acontecendo na medida em que colocamos em prática tudo que idealizamos, dando um passo de cada vez. Mas o mais importante, dê um passo!. E não pare por aí. Continue caminhando com foco no aprendizado dos alunos.

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O Professor Reflexivo [Conhecer sua prática] Uma das dificuldades encontrada hoje pela grande maioria dos profissionais da educação, é a reflexão da própria prática docente, uma vez que, a formação deste profissional o remete as práticas utilizadas por professores que fizeram parte da sua formação.” Que nem sempre é uma boa referência.

Os maiores desafios para um professor reflexivo!

Mudar a prática de ensino do professor tradicional, numa prática de ensino reflexivo, não

é nada fácil!.

Nossas escolas possuem salas de aula heterogenias e uma única linha de trabalho pode

não estar próxima da realidade dos nossos alunos. No modelo de ensino tradicional so-

mente o professor transmite o conhecimento aos alunos, considerado o detentor do saber,

onde o aluno era ouvinte e “aprendia” por memorização. Durante muito tempo, a melhor

fonte de informações era o professor, mas com as novas tecnologias, o aluno tem um

grande número de informações ao seu dispor e o professor deixou de ser o detentor do

saber e, sim, o mediador do conhecimento. No ensino construtivista o professor não é vis-

to como único detentor do conhecimento, o estudante constrói o conhecimento através de

formulação de hipóteses e da resolução de problemas. O objetivo do construtivismo é que

o aluno adquira autonomia. As disciplinas são trabalhadas em uma relação mais próxima

com os alunos e envolve fatores interdisciplinares. O construtivismo foi idealizado para a-

cabar com as provas, porém as escolas construtivistas na sua grande maioria realizam as

provas normalmente.

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Um grande desafio para maioria dos pro-

fessores, pois, não se pode ser formador ,

se não levar o outro a reflexão. Os meios

avaliativos devem ser utilizados para colher

dados sobre a aprendizagem dos alunos e

estar em consonância com as habilidades

trabalhadas em aula. O professor deve ter

ciência do que busca de informações sobre

seus alunos ao formular uma avaliação.

Um meio eficiente de trabalhar com os dados obtidos a partir de uma avaliação, uma vez

que seja definido o foco, teremos como reorganizar e replanejar as aulas de acordo com os

resultados obtidos. Ao replanejar as próximas aulas, as mesmas não podem comprometer o

desenvolvimento do currículo, nem o avanço dos alunos que não estão com as habilidades

em defasagem. Talvez, um meio alternativo seria Otimização do tempo didático, abordando

as habilidades estruturantes.

O segredo da renovação de nossas escolas, no sentido de se adaptarem às novas exigências da formação e da educação, do ensino e da aprendizagem, em mudanças profundas e aceleradas, passa por uma mudança qualitativa, radical, dos professores. Não se trata apenas de saber mais, mas de um saber qualitativamente diferente que assenta numa atitude e numa maneira de ver diferentes (ALARCÃO e TAVARES, 2003).

Como lembram Alarcão e Tavares (2003) na epígrafe acima, é preciso que os professores

construam um saber qualitativamente diferente, assentado em atitudes e maneiras de ver

diferentes para que a escola possa ser renovada. Acreditamos que pela reflexão, individual

e coletiva, sobre a prática docente é possível chegarmos a esse saber qualitativamente dife-

rente, pois reconhecemos o professor como a figura central no processo educativo, mas es-

tendemos esta responsabilidade de aprendizado também ás instituições, seus demais ato-

res e gestores, recomendando empenharem seu esforço entusiasmo e criatividade e partici-

parem ativamente do processo educativo. Desse modo, vemos a escola como um local de

permanente aprendizagem de todos os atores em contínua interação produtiva.

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Estimular a leitura matemática Atualmente, o principal desafio para os pais e profes-sores é estimular o gosto e a prática da leitura em seus filhos e em seus alunos. Muitas vezes, tanto em casa quanto na escola faltam iniciativas que favore-çam a aprendizagem, não somente o simples ato de transmitir seus conhecimentos, tolhendo na criança sua criatividade, curiosidade e desenvoltura.

Tudo isso atrapalha, atrasa e desestimula os alunos em seu aprendizado, dificultando e im-

pedindo que a educação alcance o avanço esperado, tornando-a cada vez mais uma prática

enfadonha e fadada ao fracasso.

Por isso é necessário elaborar projetos e metodologias que despertem nos alunos interesse,

que os estimule e desenvolvam habilidades de pensamento. Sem dúvida a leitura e a Mate-

mática, juntas na sala de aula, podem ser um forte apelo ao lúdico e um envolvente desafio

para a criança. Isso permite que ela desenvolva capacidades de interpretar, analisar, sinteti-

zar e descrever tudo aquilo que sente e observa no seu cotidiano escolar.

A comunicação ajudará no desenvolvimento matemático, favorecendo a compreensão dos

conteúdos na vida dos alunos e, facilitando que se tornem leitores assíduos, facilitando a

compreensão dos conteúdos propostos em sala de aula, levando o aluno a levantar hipóte-

ses, criar e resolver problemas, estimulando o raciocínio por meio do lúdico.

Para aprender a ler, as crianças devem ver formas de empregar a leitura para ampliar os seus objetivos e interesses. Se a linguagem escrita tem significado para as crianças, elas aprenderão da mesma maneira que aprenderam a usar a lingua-gem falada. As histórias são importantes e de grande ajuda especialmente porque as crianças aprendem muito sobre leitura com os autores—, mas também são importantes as placas, os rótulos e os outros casos de escrita que a cercam em seus ambientes. As crianças devem ser bem aceitas nos clubes de alfabetização para que possam receber todos os tipos de demonstração e colaboração de que precisam para tornarem-se leitores também. (SMITH: 1999, p. 125).

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Concepções de professores sobre a

relação entre leitura e matemática Na escola, não raro, predomina a crença segundo a qual a le i tura é uma pro-pr iedade exclusiva da Língua Portuguesa, tendo em vista ser esta a d iscip l ina diretamente responsável pelo ensino da le i tura e escr i ta da l íngua materna. Alguns docentes de outras discip l inas até reconhecem a necessidade da le i tu-ra na compreensão dos conceitos referentes à sua área de conhecimento; e-les, porém, l imitam-se a apresentar as dif iculdades, mas não se sentem na responsabi l idade de t rabalhá - las, visto que na sua concepção esse problema não se refere à sua discip l ina. A le i tura como uma das vias de acesso aos co-nhecimentos produzidos histor icamente ainda é vista, na escola, por muitos educadores, como separada do processo de ensino e de aprendizagem das di ferentes áreas do saber (MORAES, 2008).

Na prá t ica pedagóg ica do ens ino de

m atem át ica , a s i t uação não é d i f e rente . Ve jam os o segu in te exem plo re la tado por um a pro fessora durante o processo fo rm at ivo rea l i zado num a Of ic ina Peda-góg ica de Matem át ica . Após o pro fessor t raba lhar com um a var iedade de prob le-m as , que nada m ais são que exerc íc ios ar i tm ét icos repet i t i vos , ao propor ou t ra s i tuação sem elhante , os a lunos , an tes m esm o de le rem o enunc iado, ques t io -nam :

― Va i ser de m ais ou de m enos?

Os pro fessores cons ideraram esse ques t ionam ento inqu ie tante , porque, após tan to t raba lho com os a lunos , e les não conseguem em pregar a operação adequada para a reso lução do prob le-m a. A jus t i f i ca t iva apresentada pe los docentes é de que o a luno tem d i f icu l -dades de decod i f icação e com preensão da l íngua esc r i t a .

Assim, nas aulas de matemát ica, o professor precisa invest igar d i ferentes métodos de ensino que favoreçam a resolução de exercíc ios e problemas, por meio da anál ise e síntese. Ao resolver um problema pela pr imeira vez, o contato com os conceitos envolvidos será genérico, não diferenciado. Aos poucos, com o crescente contato do suje i to com o problema, as compara-ções e as re lações entre os conceitos serão estabelecidas e, possivelmente, a general ização acontecerá.

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Os resultados da Prova ABC, apl icada pela ONG Todos Pela Educação em escolas públ icas e part iculares do país, também mostram que o aprendizado de matemát ica anda lado a lado com o de escr i ta — até porque as boas es-colas oferecem ensino ef ic iente em ambas as áreas. A Prova ABC de 2012 aval iou 54 mi l cr ianças de 2º e 3º anos do ensino fundamental . Metade resol-veu questões de le i tura e metade, de matemát ica. Todas f izeram a prova de escr i ta. Anal isando os dados, a ONG observou que, quanto maior é a nota da redação, mais perto o a luno chega dos 175 pontos, rendimento considerado sat isfatór io, na prova de matemát ica.

Para Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos Pela

Educação, é correto dizer que, para estudar mate-

mática, a “competência leitora” é fundamental.

— A criança que está sendo avaliada pela sua com-

petência matemática e esbarra na leitora não conse-

gue sequer ser avaliada. É uma barreira inicial —

argumenta Priscila. — O ensino de matemática deve

estar ligado à leitura, à contextualização. O objetivo

é preparar o aluno para a vida. E a vida não vai dar

equações prontas para ele.

Em avaliações como o Pisa, o Brasil vai mal tanto em matemática como em leitura. O pa-

ís ficou abaixo da média em todas as disciplinas na edição 2012 do programa, que tam-

bém mede a competência dos alunos em ciências. No ranking das 65 economias globais,

o Brasil ocupa a 58ª colocação geral.

Assim como no Pisa, as questões da olimpíada do Impa têm enunciados que criam situa-

ções possíveis do cotidiano e pedem uma resolução. Quase sempre, o aluno precisa in-

terpretar o texto e identificar que conteúdo matemático deve ser empregado. Muito mais

do que um evento para revelar prodígios com números, a OBMEP tem como função prin-

cipal disseminar o bom ensino da disciplina na rede pública do país.

De aco rdo com Druck (2006) , ex -pres iden te da Soc iedade Bras i le i r a de Ma temát ica

“a qua l idade do ens ino da Ma temát ica a t ing iu , t a lvez, seu ma is ba ixo n íve l na h is tó -

r ia educac iona l do pa ís ” .

Ensino de Matemática esbarra nos problemas de leitura

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Como acompanhar o aprendizado dos alunos?

Para iniciar, é importante que os gestores reflitam sobre as ações específicas que podem ser

desenvolvidas pelos gestores da escola (PC e Diretor) e os professores para auxiliar os alunos a

avançarem em suas aprendizagens, a saber:

Utilização de instrumentos de acompanhamento:

Planejamento do professor e planejamento das ATPC;

Registros;

Portfólios (de duas naturezas - atividades de alunos e de professores);

Mapas de sondagem;

Relatórios;

Análise de rotina;

Caderno volante ou piloto, plano emergencial da própria escola, listagem nominal dos alunos

que estão sendo acompanhados, no plano de recuperação da escola, controle de faltas, en-

tre outros...

Análise da organização do plano de recuperação:

Formação de grupos de apoio;

Organização do processo de recuperação, com foco nos diferentes aspectos envolvidos

(horário e número de alunos de recuperação; os anos atendidos; formação de turmas, de a-

cordo com os problemas detectados e a disponibilidade de espaço e recursos humanos da

escola);

Organização da sala de aula (ex. formação de agrupamentos produtivos, utilização de materi-

ais diversos, otimização no uso dos espaços) e da escola no atendimento aos alunos com

dificuldades de aprendizagem.

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Reflexões pedagógicas sobre o ensino e aprendiza-

gem da Matemática.

A Matemática é estudada tanto pelas suas aplicações práticas como pelo seu interesse teó-

rico. Algumas pessoas, e não só os matemáticos profissionais, consideram que a essên-

cia dessa disciplina reside na sua beleza e no seu desafio intelectual. Para outros, incluindo

muitos cientistas e engenheiros, o valor essencial da Matemática é a sua aplicação à pró-

pria atividade. (SACRAMENTO, 2008; VASCONCELOS, 2009).

Buscando uma forma de se entender o porquê de o ensino da Matemática

ser pouco satisfatório, percebe se que, apesar de alguns esforços terem sido já desenvolvidos

por parte dos docentes, o ensino da referida disciplina não tem sido considerado pelos pro-

fessores com a profundidade, serenidade e bom senso necessários. Vasconcelos (2009, p. 12)

avalia e tenta solucionar este quadro, ponderando da seguinte forma:

Não se muda o ensino da Matemática de um dia para o ou-

tro. É necessário um planejamento a médio e longo pra-

zo, uma execução paciente ao longo de muitos anos, com

a participação ativa indispensável de todas as pessoas

com relação direta ou indireta com o ensino da Matemática.

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As situações didáticas de Matemática

O ensino de Matemática avança apoiado em pesquisas didáticas na área. O professor já tem disponíveis atividades cientificamente reconhecidas em diferentes blocos de conteúdo, como o de Números e Operações e o de Geometria e Medidas.

No centro dos estudos aparece a resolução de problemas. Cada vez mais, pesquisadores re-

forçam a ideia de que a disciplina não pode ser reduzida a um conjunto de procedimentos me-

cânicos e repetitivos. "Hoje a base das aulas está em levar a turma a construir diversos cami-

nhos para chegar aos resultados", explica Daniela Padovan, autora de livros didáticos. O in-

teressante é que durante esse processo haja registro, discussões e explicações sobre os ca-

minhos encontrados.

Tendo por base a resolução de problemas, as atividades devem levar o aluno a debater e

criar estratégias para chegar a uma resposta

Daniela diz que, quando a classe é chamada a resolver desafios e a discutir ideias, o trabalho começa a fazer sentido para todos. "É essencial entender a operação e o porquê dos procedi-mentos adotados", avalia. Outras atividades que aproximam os conteúdos da Matemática da vida real são o cálculo mental e as estimativas

O que o aluno aprende: A construir

estratégias pessoais de cálculo e a se decidir, em várias situações, pela mais eficaz. Ela adquire ainda hábitos de reflexão sobre os cálculos e dispõe de meios permanentes de aproximação e controle sobre o que obtém usando técnicas como o algoritmo. Ao estimar resultados, consegue fazer a autocorreção: se a resposta fica muito distante da estimativa, algo está errado.

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O uso de tecnologias em sala de aula

TDICs, tecnologias Digitais de informação e comunicação. Cada vez mais, parece impossível imaginar a vida sem essas letrinhas. Entre os professores, a disseminação de computadores, internet, celulares, câmeras digitais, e-mails, mensagens instantâneas, banda larga e uma infinidade de engenhocas da modernidade provoca reações variadas. Qual destes sentimen-tos mais combina com o seu: expectativa pela chegada de novos recursos? Empolgação com as possibilidades que se abrem? Temor de que eles tomem seu lugar? Desconfiança quanto ao potencial prometido? Ou, quem sabe, uma sensação de impotência por não saber utilizá-los ou por conhecê-los menos do que os próprios alunos?

Nove dicas para usar bem a tecnologia

O INÍCIO: Se você quer utilizar a tecnologia em sala, comece investigando o potencial das ferramentas

digitais. Uma boa estratégia é apoiar-se nas experiências bem-sucedidas de colegas.

O CURRÍCULO: No planejamento anual, avalie quais conteúdos são mais bem abordados com a tecnologia

e quais novas aprendizagens, necessárias ao mundo de hoje, podem ser inseridas.

O FUNDAMENTAL: Familiarize-se com o básico do computador e da internet. Conhecer processadores de

texto, correio eletrônico e mecanismo de busca faz parte do cardápio mínimo.

O ESPECÍFICO: Antes de iniciar a atividade em sala, certifique-se de que você compreende as funções

elementares dos aparelhos e aplicativos que pretende usar na aula.

A AMPLIAÇÃO: Para avançar no uso pedagógico das TDICs, cursos como os oferecidos pelo Proinfo

(programa de inclusão digital do MEC) são boas opções.

O AUTODIDATISMO: A internet também ajuda na aquisição de conhecimentos técnicos. Procure os

tutoriais, textos que explicam passo a passo o funcionamento de programas e recursos.

A RESPONSABILIDADE: Ajude a turma a refletir sobre o conteúdo de blogs e fotologs. Debata qual o

nível de exposição adequado, lembrando que cada um é responsável por aquilo que publica.

A SEGURANÇA: Discutir precauções no uso da internet é essencial, sobretudo na comunicação online.

Leve para a classe textos que orientem a turma para uma navegação segura.

A PARCERIA: Em caso de dúvidas sobre a tecnologia, vale recorrer aos próprios alunos. A parceria não é

sinal de fraqueza: dominando o saber em sua área, você seguirá respeitado pela turma.

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Tecnologias nas aulas de Matemática Nenhuma das inovações tecnológicas substitui o trabalho clássico na disciplina, centrado na resolução de problemas. Estratégias como cálculo mental, contas com algoritmos e criação de gráficos e de figuras geométricas com lápis, borracha, papel, régua, esquadro e compasso seguem sendo essências para o desenvolvimento do raciocínio matemático. Entretanto, saber usar calculadoras e conhecer os princípios básicos de planilhas eletrônicas do tipo Excel são hoje demandas sociais. Você deve introduzir esses recursos nas aulas - mas com o cuidado de pontuar que eles não fazem mágica alguma. Ao contrário, sua utilidade se aplica apenas a situações específicas. "O professor deve mostrar que eles são importantes para poupar tempo de operações demoradas, como cálculos e construções de gráficos, quando o que importa é levantar as ideias mais relevantes sobre como resolver a questão", defende Ivone Domingues, coordenadora pedagógica da Escola da Vila. Enquanto as propostas com calculadora parecem estar mais disseminadas (é comum em várias escolas, por exemplo, utilizá-las para conhecer propriedades do sistema de numeração ou validar contas), o trabalho com planilhas eletrônicas ainda ensaia os primeiros passos. Vale a pena considerar o uso desses aplicativos, já que eles permitem aliar vários conteúdos: coleta de dados, inserção de fórmulas algébricas para cálculos, elaboração de tabelas e tratamento da informação (leia a sequência didática no quadro ao lado). É importante que as atividades incluam desafios que questionem e ampliem o conhecimento da turma: o que acontece com os resultados da tabela se modificarmos um dos dados da fórmula? E com o gráfico, caso troquemos os valores da tabela? Para mostrar dados cuja soma chega a 100%, qual o tipo mais adequado de gráfico: o de colunas, o de linhas ou o de pizza? " Nessas explorações, o aluno aprende a controlar melhor as alternativas de r e s o l u ç ã o q u e a f e r r a m e n t a o f e r e c e , a r g u m e n t a I v o n e . Por fim, na área de Espaço e Forma, a mesma economia de tempo - dessa vez, na construção de figuras - é possibilitada por programas como o GeoGebra (disponível gratuitamente em www.geogebra.org) e o Cabri Gèométre (pago), que deixam a garotada analisar as propriedades de sólidos e planos, movimentando-os, marcando pontos ou traçando linhas sem a necessidade de redesenhar.

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Uso de tecnologia no ensino melhora em 32% rendimento em matemática e

física, aponta estudo

Um projeto realizado pelo núcleo de ensino da UNESP (Universidade Estadual Paulista) mos-

trou que o uso de ferramentas tecnológicas educativas melhoram em 32% o rendimento dos

alunos em matemática e física em comparação aos conteúdos trabalhados de forma expositi-

va em sala de aula.

O estudo Objetos de Aprendizagem em Sala de Aula: Recursos, Metodologias e Estratégias

para a Melhora da Qualidade de Ensino foi desenvolvido durante dois anos e avaliou o de-

sempenho de 400 estudantes de oito turmas de 2º e 3° anos do ensino médio da escola esta-

dual Bento de Abreu, em Araraquara, no interior de São Paulo.

Para tanto, as aulas foram divididas entre expositivas e atividades que contavam com o que

a pesquisa chama de objetos de aprendizagem, ou seja, recursos tecnológicos que permitem

a interação com o conteúdo, como animações, simulações e jogos. Um desses games, por

exemplo, ensinava análise combinatória. Nele, os alunos precisavam analisar quantas possi-

bilidades de roupa Susana, a bonequinha animada, poderia usar para ir à balada. Já em ou-

tro, usavam o jogo para organizar diferentes times de futebol para aprender sobre arranjo.

Diante da experiência, a pesquisa mostrou que os estudantes com menor desempenho em

sala de aula obtiveram maior rendimento com o uso das ferramentas tecnológicas. Aqueles

com média cinco, ou abaixo desse valor, melhoraram em 51% seu desempenho em física e

matemática. Já aqueles com média acima de cinco, obtiveram um ganho médio de 13%.

"Isso mostra que os alunos que têm maior dificuldade de aprendizagem são os mais benefici-

ados pelo uso dessa tecnologia. Esses índices evidenciam a importância de olhar com mais

atenção para a criação e difusão de recursos que ajudem a inovar as metodologias didáticas"

diz Silvio Fiscarelli, coordenador do projeto e responsável pelo departamento de didática da

UNESP.

Tecnologias em aula melhora rendimento

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Nova fase

Por conta dos bons resultados, neste ano terá início uma versão mais ampla do proje-

to, que agora passa a ser apoiado com recursos financeiros da Fapesp (Fundação de

Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). O número de alunos atingidos subirá pa-

ra 600 e a pesquisa contemplará os três anos do ensino médio. Também será expandi-

da a quantidade de disciplinas: além de matemática e física, os professores usarão as

ferramentas em português, química e filosofia.

Além disso, diferentemente da versão anterior, os alunos não vão mais precisar se

deslocar ao laboratório de informática. Serão fornecidos 35 notebooks para que as ati-

vidades sejam realizadas dentro da sala de aula. "Essa será também uma possibilida-

de de comparar os alunos que usavam o laboratório com os que irão usar os computa-

dores em sala de aula. Assim poderemos também verificar se há algum impacto com a

mudança", diz Fiscarelli.

Outro diferencial desta nova fase será a capacitação dos professores e a entrega de

bolsas-auxílio aos seis professores participantes do projeto – diferentemente, da pri-

meira etapa, em que não contavam com nenhuma espécie de formação ou pagamento.

Ao longo do ano, serão oferecidas seis capacitações sobre o uso de notebooks na sala

de aula, o que são os objetos de aprendizagem e como utilizá-los em cada uma das

áreas. Para dar sustentabilidade à iniciativa, Fiscarelli afirma que também serão cria-

dos roteiros (do professor e do aluno) para orientar os professores interessados em re-

plicar a metodologia.

De acordo com ele, a iniciativa surge como um know-how antecipado à expansão da

tecnologia em sala de aula, que normalmente foca na entrega de equipamentos sem

pensar antes no conteúdo. "Antes de fornecer quais equipamentos é preciso pensar

primeiro não no hardware, mas no software. Não adianta levar uma lousa digital para a

sala de aula se não tiver por trás um bom software".

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Computadores

Vídeo e Equipamentos Digitais

Apresentação das Tecnologias da Informação

Software (Programas)

Tecnologias adaptativas

Os alunos geralmente aprendem as habilidades básicas da informática, tais como digitação formatação de documento, e o uso da Internet na escola. Na escola, muitas vezes, tem um laboratório de informáti-ca com um mínimo de dois computadores para uso dos alunos. A maioria das escolas têm laboratórios muito maiores e instrutores para ensinar e auxiliar os alunos com os computadores. Alguns alunos tra-zem seus próprios laptops para a escola e os usam para tomar notas e trabalhos completos em vez de usar os tradicionais caneta e papel. Em um número crescente de escolas, os laptops são fornecidos para uso dos alunos em sala de aula.

Os professores usam vídeos e DVDs para fornecer informações suplementares para muitas de suas lições. Os estudantes também podem usar câmeras digitais e dispositivos de gravação digital para tra-balhar em projetos para várias classes. Os alunos, por vezes, gravam apresentações, documentários, paródias de comerciais ou relatórios orais. Muitas vezes, eles podem editar vídeos usando software de edição de computador, podem fazer o upload desses projetos e publicá-los no site da sua escola ou sites como o YouTube.

Os meios que os professores estão apresentando seu material está evoluindo para incluir as tecnologi-as interativas. Os estudantes podem fazer testes e professores podem classificá-los em computadores específicos. Os professores podem usar projetores sofisticados que são ligados a diferentes meios de comunicação, como os laptops dos alunos para apresentações. Os professores também estão fazendo uso de lousas interativas. Esses quadros, que tomam o lugar das tradicionais quadros de giz ou qua-dros brancos, ligadas ao computador do professor e permitem apresentações de material, a apresenta-ção de materiais didáticos e acesso direto à Internet e recursos online.

O software educacional é liberado em uma base frequente e inclui programas que ensinam de tudo, desde artes à matemática. Os alunos podem aprender álgebra com exemplos exibidos e em seguida acessam a etapa de resolução de problemas até dominar todos os componentes. O software avalia os pontos fortes e fracos do aluno e pode adaptar e praticar aulas para essas áreas. Um software similar existe para artes da linguagem, ciências e estudos sociais. Ele também desempenha um grande papel na aprendizagem de segundas línguas.

Os estudantes com necessidades especiais podem se beneficiar de tecnologias adaptáveis que são projetados para ajudá-los e facilitar ainda mais a aprendizagem. Por exemplo, o software de reconheci-mento de voz permite que os alunos que são cegos ou incapazes de usar um computador tradicional e sistema de software para utilizar computadores e outros dispositivos. Legendas podem ser usadas em dispositivos de vídeo e dispositivos de assistência para ajudar as pessoas com dificuldades auditivas e acompanhar nas salas de aula.

Tipos de tecnologia utilizada nas Escolas

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Um caminho a seguir com muita cautela...

Alguns problemas resultantes do uso de tecnologias conectadas a rede mundial podem gerar

muita dor de cabeça para seus usuários. As informações compartilhadas na rede podem ser alvo

fácil para hackers que utilizam de dados pessoais roubados, para uso indevido. Todo cuidado é

pouco quando há a super exposição na internet.

Seja prudente e nunca dê informações pessoais em sites ou redes sociais. Dados e imagens

compartilhados na rede mundial deixam de ser seguros e podem ser utilizados por qualquer pes-

soa que tenha acesso ao que você publica.

Segurança não é brincadeira quando se

trata de adicionar informações pessoais em

local onde qualquer pessoa conectada

pode acessar estas informações.

Mantenha o foco no aprendizado dos alunos

e nunca deixe de acreditar que todos os

nossos alunos aprendem de maneiras e

tempos diferentes. Por isso necessitamos

explorar outros caminhos que levem nossos

alunos a reflexão e compreensão dos temas

abordados em aula. Independente dos recursos e metodologias utilizadas, temos que trabalhar

com as dificuldades apresentadas de maneira que a aprendizagem seja eficiente.

Page 21: O Desafio de ser um professor reflexivo

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Referências bibliográficas:

D’AUGUSTINE, Charles H. Métodos modernos para o ensino da matemática. Tradução por

Maria Lúcia F.E.Peres. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1984.

VASCONCELOS, Cláudia Cristina. Ensino aprendizagem da matemática: velhos proble-

mas, novos desafios. Revista Millenium n o 20. São Paulo, 2009.

SACRAMENTO, Ivonete. Palestra 17 – Dificuldades de aprendizagem em Matemática –

19 de Setembro ­ I Simpósio Internacional do Ensino da Matemática – Salvador­

Ba ­ 18 a 20 de setembro de 2008.

BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais 5ª a 8ª

séries: Matemática / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/ SEF, 1998.

Sites:

Revista Nova Escola: http://revistaescola.abril.com.br/matematica/pratica-pedagogica/

multipla-escolha-parte-reportagem-capa-427107.shtml

Uol Educação: http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/02/04/uso-de-tecnologia-no-ensino-

melhora-em-32-rendimento-em-matematica-e-fisica-aponta-estudo.htm