o essencial ed. 12

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Planejamento: planeje Você. Página 2 Utilidade pública: Dicas de planejamento. Página 3 Renovação. Página 4 Um bom choro vale mais que várias doses de tranqüili- zante. Página 5 Entrevista: Sandro David. Página 6 Caça - palavras: Adélia Prado. Página 7 Consumismo e Paz. Página 8 Cromoterapia. Página 10 Doutrina Espírita. Página 13 Um novo renascimento. Página 15

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12 ed. do Essencial

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Page 1: O Essencial ed. 12

Planejamento: planeje Você. Página 2

Utilidade pública: Dicas de planejamento. Página 3

Renovação. Página 4

Um bom choro vale mais que várias doses de tranqüili-zante. Página 5

Entrevista: Sandro David. Página 6

Caça - palavras: Adélia Prado. Página 7

Consumismo e Paz. Página 8

Cromoterapia. Página 10

Doutrina Espírita. Página 13

Um novo renascimento. Página 15

Page 2: O Essencial ed. 12

Página 2 Janeiro de 2010

De acordo com o Dicionário Auré-lio, planejar significa “fazer o plano ou a planta de; projetar; traçar; tencionar”.

O processo de planejamento para a vida é de fundamental importância diante do cenário de incerteza econô-mica em que vivemos. Planejar para vi-ver bem é o ponto de partida para quem pretende se organizar ao longo da vida. Se há organização no planejamento, há grande possibilidade de se sair bem diante de todas as circunstâncias que, por ventura, possam aparecer.

Há vários tipos e modalidades de planejamento. Planejar para viajar, pla-nejar para comprar algo, planejar o fu-turo profissional... Planejamento estra-tégico empresarial, planejamento tático, planejamento operacional, planejamen-to financeiro... Ou seja, existem várias situações que envolvem o planejamen-to. Por exemplo: você sabe exatamen-te para onde está indo o seu dinheiro? Antes de pagar as suas despesas fixas, você sai comprando coisas supérfluas? Ou, primeiro, você reserva o dinheiro da alimentação, paga as contas de água, de energia elétrica e de telefonia, a es-cola das crianças e o plano de saúde e depois gasta com coisas extras? Se exis-te alguma dúvida a esse respeito, então é hora de definir como pretende organi-zar a quantia que você recebe todos os meses e assumir o controle da situação.

É muito comum ouvir alguém re-clamando da falta de dinheiro. Do mais humilde ao mais rico, a queixa é geral: o dinheiro parece nunca ser suficiente para ninguém. O planejamento financeiro é um dos instrumentos mais essenciais na vida de qualquer cidadão. Se você é organizado em suas ações no dia-a-dia, em sua casa, guardando seus objetos no lugar, em seu trabalho, realizando as ta-refas ordenadamente, você tem grandes chances de se tornar um grande plane-jador de finanças. Saúde financeira or-ganizada é sinal de mais tranquilidade para tomar decisões. Portanto, mais se-renidade para viver melhor.

Com tantas oportunidades de com-pras, tantas possibilidades de gastar dinheiro, é preciso ter muita firmeza e equilíbrio para manter as finanças pes-soais em ordem. Se essas qualidades são fundamentais para administrar o orçamento doméstico, imagine como também são estratégicas e vitais para a gestão das finanças de uma empresa.

Cuidado para não cair no “conto do vigário” ao querer adquirir um bem a prazo, pagando por ele parcelas a sumir de vista, porque isso facilita o pagamen-

to e a parcela cabe no seu bolso. Verifi-que o preço do bem para pagamento à vista, comparando-o com o preço final do mesmo bem se ele for pago a pra-zo. Pergunte ao vendedor sobre o per-centual de juros que está sendo pratica-do na aquisição desse bem. Se o valor a prazo for muito maior que o valor à vista, pense bem antes de comprar e reflita: se fizer uma poupança mensal para adquirir o bem que você necessita, quanto tempo levaria para guardar essa quantia? Você poderá ter três surpresas. Primeira, o bem pode baixar de preço; segunda, você pode levar menos tempo para guardar o dinheiro; terceira, você adquiri o bem e não fica devendo nada por ele. Isso é planejamento, é saber ad-ministrar o seu dinheiro. E o que é me-lhor, pode se tornar um hábito saudável para a sua vida. Nunca deixe de refletir sobre o padrão de vida que a sua renda pode lhe assegurar e corte os gastos que não reflitam esse padrão.

Saber aonde se quer chegar é fun-damental, ainda mais quando estamos falando de dinheiro. Entender quais são os seus objetivos e saber do que você realmente precisa lhe ajudará a reunir esforços para a realização dos sonhos, por meio do PLANEJAMENTO.

O processo de definir metas envolve a transformação das necessidades em metas. Uma meta é um resultado muito específico que você pretende alcançar. Pode-se ter metas de longo prazo e de curto prazo e pode-se ter metas para o dia, a semana, o ano e para a vida toda.

Planeje o seu planejamento e viva bem.

Paulo César Pereira Economista (UIT), especialista em Gestão Estratégica em Finanças e

professor na FUNEDI/UEMG [email protected]

“Sabe o que eu desejo a você? Desejo, em primeiro lugar, que

você ame e que, amando, também seja amado. E que, se não for, seja breve em esquecer. E esquecendo,

não guarde mágoa.

Desejo que você seja tolerante, não com os que erram pouco, por-

que isso é fácil, mas com os que erram muito. E que, fazendo bom

uso dessa tolerância, você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem, não amadureça depressa demais e que, sendo maduro, não insista

em rejuvenescer. E que, sendo velho, não se dedique ao desespe-ro. Cada idade tem o seu prazer e a sua dor e é preciso deixar esses

sentimentos escoarem.

Desejo, finalmente, que você não seja triste. Não o ano todo,

mas apenas um dia. Mas que nesse dia descubra que o riso diário é

bom, o riso habitual, insosso, e o riso exagerado, insano... Dese-jo que você afague um gatinho,

que ouça o joão-de-barro erguer triunfalmente o cântico matinal...

Desejo que você, sendo homem, tenha uma boa companheira e

que, sendo mulher, tenha um bom homem. E quando sorridentes e

exautos, já no final da caminhada, ainda haja amor para recomeçar

tudo de novo, se necessário. Se isso tudo acontecer, nada mais

tenho a desejar.”

Com o belíssimo texto de Vic-tor Hugo, O Essencial (um jornal de idéias) deseja a todos um feliz ano novo!

Expediente:O informativo O Essencial é instrumento de divulgação do GEEG - Grupo Educação, Ética e Cidadania, cuja sede

está localizada na Rua coronel João Notini, número 800, sendo voltado para uma sociedade solidária e fraterna. O conteúdo dos artigos é de responsabilidade dos respectivos autores.

Projeto gráfico: Alexandre Carlos e Marol Lopes. Tiragem: 2000 exemplares - Distribuição gratuita - Contato: [email protected]

EditorialOpinião

Planejamento: planeje Você

Page 3: O Essencial ed. 12

Página 3Janeiro de 2010

Utilidade Pública

É hora de fazer as contas para tentar transformar os

sonhos em realidadeInício de ano é também época de

reflexão financeira. Boa hora para fazer um balanço sobre as realiza-ções de 2009 e traçar as metas para 2010. Para que as metas se tornem realidade é preciso planejar.

1.º) Faça uma projeção das re-ceitas que você terá em 2010:

Elabore uma planilha sobre os seus rendimentos futuros, tais como salário, férias, 13.º, faturamento do seu negócio, aluguéis e outras re-ceitas extras. Seja detalhista no seu planejamento.

2.º) Faça uma projeção das des-pesas que você terá em 2010:

Elabore uma planilha sobre as despesas com alimentação, moradia, saúde, transporte etc.. Considere uma reserva para as emergências, como os gastos com remédios ou a manutenção de carro ou de um imó-vel, por exemplo.

3.º) Subtraia do total das recei-tas o valor total das despesas:

Se a conta ficar no “azul”, ou seja, se a receita for maior do que a despesa, você poderá investir esse montante em 2010. Se a conta ficar no “vermelho”, é hora de apertar o cinto e buscar um aumento de recei-ta. Olhando as suas finanças pesso-ais como um todo, você perceberá se existirão problemas financeiros no próximo ano ou se você terá possi-bilidades de investir ou de realizar velhos projetos.

O importante é planejar as finan-ças. Muitos problemas financeiros podem ser evitados e muitos sonhos podem ser realizados. O planeja-mento é fundamental para atingir as metas e para passar todo o ano com serenidade e paz.

Gilmar Alves BarbosaAdvogado e assessor júrídico do GEEC

[email protected]

O ano de 2009 já terminou. Foi um ano de muitas lutas, garras e vitórias para o Pró- adolescente. Tivemos mui-to desenvolvimento devido aos projetos arquitetados, como a Pró- adolescer, gincana ocorrida no primeiro semestre. Enfim, foi um ano de muitas conquistas.

Para comemorarmos o desfecho des-se ano abençoado, nós estivemos reu-nidos no dia 16 de dezembro no clube SEST/SENAI. Aproveitamos bastante a confraternização e várias sessões foto-gráficas foram realizadas para registrar os momentos de emoções.

Agora, o progresso deste programa deve continuar.

Muitos adolescentes saíram da tur-ma no final de ano. Mas não saíram na totalidade. Levaram muitas experiên-cias vivenciadas no Pró-adolescente.

Como muitos se dissiparam, muitos

também entraram para revolucionar e deixar marcas neste programa.

Muitas estratégias estão sendo es-quematizados para o ano de 2010. E uma das estratégias é revolucionar a comunicação, para que o pessoal divi-nopolitano passe a nos olhar com outra face e não de uma forma preconceitu-osa.

Os objetivos são quase os mesmos. Porém, neste ano que se inicia quere-mos vencer cada vez mais e, quem sabe, revolucionar a história de Divinópolis com a nossa camisa e com os nossos talentos.

Feliz 2010!!!

Helon Guimarães CordeiroTem 17 anos e

integra o projeto Pró[email protected]

Page 4: O Essencial ed. 12

Página 4

No novo tempo, apesar dos casti-gos

Estamos crescidos, estamos aten-tos, estamos mais vivos

Pra nos socorrerNo novo tempo, apesar dos perigos

Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta

Pra sobreviverPra que nossa esperança seja mais

que a vingançaSeja sempre um caminho que se

deixa de herançaNo novo tempo, apesar dos casti-

gosDe toda fadiga, de toda injustiça,

estamos na brigaPra nos socorrer

No novo tempo, apesar dos perigosDe todos os pecados, de todos os

enganos, estamos marcadosPra sobreviver

No novo tempo, apesar dos casti-gos

Estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas

Pra nos socorrerNo novo tempo, apesar dos perigos

A gente se encontra cantando na praça, fazendo pirraça

Pra sobreviver(música de Ivan Lins e Victor Mar-

tins)

Queridos amigos, estivemos juntos em quase o ano de 2009 inteiro, falan-do de música. Foi bom? Para mim foi, porque começou um desafio e desafios estão aí para serem superados e sairmos

RENOVAÇÃO

maior depois deles. Mas, hoje, quero aproveitar este espaço para expressar a minha alegria em dizer o quanto eu de-sejo de bom para todos vocês. Agrade-cemos pelo ano que chegou ao final e pedimos as bênçãos dos nossos amigos e mentores espirituais para que esteja-mos sempre bem guardados e protegi-dos, para que possamos renovar as nos-sas energias, para cumprirmos com bom êxito o ano que se inicia.

Falando de música, existem muitas que trazem boas mensagens e inspira-ções para recomeçarmos o ano, como a que precede o nosso texto. Ouçam essa música e deixem que ela também ouça vocês. O começo ou o recomeço de al-guma coisa é sempre um momento em que precisamos estar bem, equilibrados e com energia necessária para o impul-so. Essa energia eu busco lendo bons livros e, principalmente, ouvindo boas músicas.

Então, aqui vai uma boa dica: ouçam as cantadas de Natal de George Philipp Telemann, compositor contemporâneo de Johann Sebastian Bach.

Quero comunicar que o Uirapuru Canto Livre retoma as próprias ativida-des no início do período letivo de 2010 e está aberto a todos que queiram can-tar. Temos turmas para todas as idades a partir de quatro anos até adultos.

Contatos com Roberta pelo telefone 9199-0813.

UM FELIZ ANO NOVO PARA TO-DOS E QUE 2010 SEJA DE MUITAS ALEGRIAS E SUPERAÇÕES!

Gê Lara Cantor, compositor e coordenador do

Uirapuru Canto [email protected]

Falando de música

Pois é...

Janeiro de 2010

Page 5: O Essencial ed. 12

Grande Sertão: Veredas

Começo de ano é sempre uma épo-ca interessante. Iniciar um novo ciclo, mudar conceitos, mudar comportamen-tos. Renovar. Eis a tônica do recomeço: renovar. Por isso fica a indicação aqui neste nosso espaço, da leitura do mais importante livro brasileiro, o ‘Grande Sertão: Veredas’, do Guimarães Rosa, sob esta perspectiva: a da renovação. A travessia do jagunço Riobaldo pelo sertão mineiro e pelo seu sertão interior nos convidam a pensar a vida como uma eterna descoberta e assim como uma se-qüência de ciclos. E os ciclos trazem em si a maravilhosa oportunidade da reno-vação. “O senhor... Mire e veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra, montão.”, diz Riobaldo a certa altura do livro.

A vida nos reserva surpresas em cada curva da estrada. Em cada novo evento uma nova oportunidade de mudar. Eis a beleza da vida: nós nunca estamos prontos! Vamos nos construindo, dia após dia, pacientemente (“Deus é paci-ência. O contrário, é o diabo”, ensina o jagunço) até nossa última forma. A cada dia, vida renovada. A cada passo, novo horizonte do sertão, novas descobertas do sertão dentro de cada um de nós.

Daniel BicalhoLivreiro e proprietário da

Boutique do [email protected]

Página 5

Para ler em voz altaLiteratura Um pensar sobre

Janeiro de 2010

“Um bom choro vale mais que várias doses de tranqüilizante.”

As lágrimas são praticamente as mesmas que você derrama quando está cortando uma cebola, quanto as que servem para umedecer, nutrir e limpar a córnea. Toda via há alguma diferença entre as lágrimas com função lubrifican-te, as que surgem como reflexo a um cis-co, e as lágrimas emocionais. São lágri-mas que são vertidas quando choramos para expressar algum sentimento. Ao contrário das outras que tem um propó-sito bem definido, não trazem nenhum benefício para a córnea ou pra a superfí-cie ocular, mas devem ser identificadas como um pedido de ajuda (dor física, medo, raiva, humilhação, solidão, tris-teza) ou então, como oferecimento de ajuda (solidariedade, amor passional, lembranças sentimentais, alegrias).

Num dos livros de Adélia Prado ela nos dizem: “as coisas bonitas, também nos faz chorar”. As lágrimas são um poderoso instrumento de comunicação afirmou Marubi. Mesmo quando você chora sozinho, você quer dizer alguma coisa: sua necessidade de atenção ou sua disponibilidade para partilhar. Do choro do recém nascido ao pranto no leito da morte, as lágrimas funcionam como palavras.

Muitas pessoas que reprimem o próprio choro perdem um importante canal de diálogo. As emoções estão in-timamente relacionadas a um contexto cultural. O ser humano é culturalmente preparado para não deixar que os seus sentimentos se aflorem diante de outras pessoas.

Chorar em velórios, por exemplo,

não somente é aceitável como também desejado. Na Grécia Antiga somente as mulheres podiam chorar!

Hoje em dia, os garotos aprendem desde cedo que “homem não chora” e que “chorar é sinônimo de fraqueza”.

Lágrimas em público, nem pensar! Estudar as diferentes culturas e suas manifestações é a melhor maneira de compreender o que significa chorar. Houve momentos em que as lágrimas foram tidas ou associadas a santidade ou então, com a conotação de penitência em que o choro funcionava como meio de redenção.

Os Evangelhos contam a história da mulher pecadora que lavou os pés de Jesus com as suas lágrimas. Em outro momento, falam do arrependimento de Pedro, que negou três vezes conhecer Jesus e, depois disso, chorou amarga-mente.

Existem: choro da frustração, da tris-teza diante da impossibilidade da vitó-ria. Existem as lágrimas da alegria e do alívio, quando os resultados esperados são atingidos. Mas, afinal, chorar faz bem? Certamente que faz. Chorar fun-ciona como uma descarga física e emo-cional. Sénica escreveu: “as lágrimas aliviam a alma”.

Um bom choro vale mais que doses de tranqüilizantes, portanto da próxima vez que sentir emoções fortes abra as portas sem culpa e chore copiosamente.

Geraldusarticulista colaborador

[email protected]

Page 6: O Essencial ed. 12

Página 6

O Essencial: Qual é a importância da Filosofia nos dias de hoje?SD: A filosofia é tão necessária como a água que bebemos. Em todos os momentos históricos ela é condição indispensável. Na vida pessoal de cada um e ou na formação social, essa metodologia do pensamento, elevará o nível crítico dos homens relacionando em sociedades.

O Essencial: Como você enxerga hoje a função do filósofo e da Filosofia em nossa sociedade? SD: A função dos dois é de caráter emergencial, mas, em nossa sociedade eles estão no ostracismo e na esfera do inútil. O útil está na esfera da futilidade.

O Essencial: Como iniciou seu envol-vimento com a Filosofia?SD: A principio com uma angustia de questões não resolvidas no âmbito par-ticular e social, depois por meio de estu-dos direcionados a temáticas humanas, é claro que isso resulta sempre numa busca interior de significados.

O Essencial: Como a Filosofia pode contribuir para a melhoria da socie-dade?

SD: Veja bem, toda obra de arte precisa de matéria prima, estruturas sólidas; as-sim sendo a filosofia como fundamento é a ferramenta que tem a vitalidade para que a sociedade se compreenda e me-lhore a sua convivência.

O Essencial: Você tem formação mu-sical e filosófica. Como você concilia essas duas áreas? SD: Compondo, elaborando músicas e filosofando.

O Essencial: Como a Filosofia pode ser aplicada nos dias modernos? SD: Com o advento tecnológico é possí-vel operacionaliza-la com mais sagaci-dade e obviamente com maior alcance. Nos meios de comunicações essa atitu-de já teria que ter sido aplicada furio-samente, pois a questão nesse momento histórico já é de sobrevivência. Uma nova pedagogia filosófica direcionada exclusivamente pra princípios da mo-ralidade e civismo já seria uma grande passo.

O Essencial: Qual é o pré-requisito de um filósofo? SD: Ter Espírito Humano, sensibilidade e muito estudo. Uma coisa depende da outra de forma visceral. A concordância desses três momentos faz um sujeito ser no mínimo questionador de si, e é por ai que a coisa começa.

O Essencial: Como desmistificar a Filosofia para atrair o interesse de

crianças e jovens? SD: A criança já é um filósofo em po-tencial, na sua fase questionadora ela já está inserida num universo de questões e indagações. Usando novas linguagens midiáticas e atreladas a fundamentos filosóficos trará motivações e de certo tirará esse rótulo malvado de que a filo-sofia não serve para nada, criado pelos donos do poder.

O Essencial: Como você relaciona consumismo, mídia e Filosofia? SD: Mais filosofia por intermédio da mídia menos consumo. Mais consumo pelo intermédio da mídia menos filoso-fia. Ou seja, as duas coisas são e estão em mundos de estruturas totalmente di-ferente.

O Essencial: Deixe uma mensagem aos nossos leitores:SD: Literaturas interessantes e inteli-gentes serão sempre uma boa estratégia para se libertar da ignorância, dos maus males e do que é velado no nosso meio social pelas mídias e instituições que são intencionalmente marginais a vida comum humana. A partir de um espan-to ou uma dúvida, é necessário pensar sobre as coisas na dependência de uma investigação apropriada e eficaz. Se al-guém ainda não tem esse hábito, come-ce já. Abraços.

Contato:[email protected]

Entrevista do mês

Sandro DavidJaneiro de 2010

Ele é violonista e doutorando em Filosofia. Atualmente integra o gru-po musical “Os Alkymixtas”.

Com 48 anos, ele se dedica a mú-sica, ao estudo e a prática da Filo-sofia.

Page 7: O Essencial ed. 12

Página 7

Caça-palavras

Janeiro de 2010

Page 8: O Essencial ed. 12

Página 8

Numa velocidade assustadora, o consumismo no mundo cresce cada vez mais. As justificativas para esse fenômeno estão sempre fundamenta-das num ou noutro tal clichê, do tipo “consuma isso, para que a sua vida seja boa”. Os “outdoors” não se can-sam de relacionar artefatos tecnológi-cos para a conquista de sucesso, ale-gria e saúde. Por essa razão, o indiví-duo, comprando a idéia e entenden-do-a como verdadeira, faz com que a perspectiva e a permanência dele no meio social apenas será atual e terá validade se ele estiver condicionado profundamente a essas estruturas de caráter materialista.

Se pensarmos melhor, a análise deve transcorrer por outro caminho, sendo que, se observarmos o homem no tempo histórico – da primitividade até a contemporaneidade –, se torna compreensível a atitude de produção de artefatos igual a menos trabalho. Logo, mais ócio, o que tem legitimi-dade enquanto bem-estar, conforto, poder etc., porque, em decorrência disso, as coisas tinham exatamente o sentido que o homem dava para elas.

Porém, a partir de uma certa épo-ca e com a descoberta mercadológica dos produtos, essa idéia é inovada no seio dos meios de produção, onde o que se passa a primar é a produtivi-dade em série na esfera da quantidade das coisas, tornando-as processual, e que, para tal fim, a materialidade, no respectivo estado mais elevado, não relevava a qualidade e os fins últimos estabelecidos no princípio. Dessa for-ma, o sentido original, que até então postulava razões universais humanas, toma o sentido contrário.

Na sociedade do consumo os va-lores são admitidos enquanto o ser deve estar em conformidade com o ter – posse –, mesmo que esse antago-nismo paradoxal remeta o indivíduo a contrações sociais e/ou psicológicas.

Na vida atual a massa humana ren-de-se diante da sedução das tecnolo-gias e da imensa invasão coerciva em que nela é consumada, sem nenhum caráter de pensamento lógico e ético.

Pois bem, se as sociedades do pas-sado, que primavam por uma vida

em práticas com variantes comerciais para fins existenciais – por exemplo, o escambo -, de certa forma possuí-am um significado de permanência, de sobrevivência e de proteção con-tra um possível desequilibro sócio-cultural-estrutural, que poderia ser até então mediado, não pelo espírito humano da temperança, mas pela ma-terialidade industrialmente produzida nas organizações, nas quais poder-se-ia excluir o lugar e o tempo reais da vida.

Essa forma estruturalmente esta-belecida pelos meios de produção re-side no âmago das sociedades moder-nas, as quais promovem uma distor-ção do tempo do que é produzido em relação aos resultados. Assim, a des-caracterização do contexto universal rotaciona o propósito e os objetivos enquanto um projeto humano, isto é, o objeto simplesmente a serviço do homem e nada mais do que isso.

Mas, se atentarmos para os mode-los de certas civilizações e fizermos um paralelo deles com a sociedade atual, a industrialização tornou-se inversamente ao sentido original, mesmo porque a incapacidade de se estabilizar nos fins pretendidos esbar-rou-se nas necessidades subjetivas e particulares dos consumidores dos produtos de desejo.

Então, a temática não perpassa so-mente pelo produto e pela construção

produtiva dele, e sim por uma organi-zação interior do sujeito que consome e que, ao mesmo tempo em que o so-licita, conquista e deseja, se vê preso em situações intermitentes, as quais, por conseguinte, produzem uma es-pécie de bipolaridade sentimental no sujeito, a tal ponto de que aquela felicidade no início imperada pelo o objeto o coloca entre as incertezas e as inseguranças do próprio ser.

Parece paradoxal, mas não só pa-rece. É paradoxal, porque a instabili-dade da materialidade do objeto não se conforma com a espiritualidade do sujeito. Mesmo sabendo-se que a idéia tinha o próprio valor original prescrito e estabilizado, a relação com o sujeito não preenche todas as estruturas necessárias para o aquietar da alma, em virtude de ordens extre-mamente diferentes e sem nenhuma conexão.

O problema já não está somente no produto enquanto objeto de dese-jo, e sim no sujeito que, além de se sentir autônomo pela posse, almeja algo muito maior do que a própria necessidade. A angústia pós-posse está diretamente relacionada à indis-ponibilidade que o objeto propõe, isto porque ele se satura por si só e tem um conteúdo limitado que não corres-ponde às apreensões das categorias emocionais, psicológicas e existen-ciais do sujeito. Pode-se dizer que es-

Consumismo e pazJaneiro de 2010

Page 9: O Essencial ed. 12

dade humana, lançam-se dispondo de um caráter requintado de crueldade, que induz e introduz no meio social as ações para os próprios fins prescri-tos

O consumismo, então, não é sau-dável, tem uma ordem ditatorial de poucos senhores no mando de muitos humanos, com idealizações pautadas na angústia de terem perdido o sen-tido da vida e de estarem à mercê de artefatos espetaculares, luminosos e imateriais. A tristeza remete ao medo e o medo, à falta de paz.

Como percebível, a correlação das duas estruturas são díspares e sem coesão. Todo esse processo – que é ratificado na individualidade até a co-letividade dos sujeitos, enquanto es-tes se relacionam nas sociedades – é infectado pelo vírus da inserção ma-terial que os produtos tecnológicos produzem.

Um outro aspecto interessante pro-movido pela sociedade de consumo é a divisão de classes que os objetos promovem entre os indivíduos huma-nos, sendo que estes nem se dão conta

Página 9Janeiro de 2010

sas três últimas categorias se consoli-dam como a espiritualidade humana, e que`, pela qual, dão realmente senti-do a vida humana historicamente.

A questão é pertinente e tem uma logicidade póstuma, ou seja, a espi-ritualidade não se basta na materia-lidade, pois faltam as dimensões da satisfação, da alegria e da calmaria. Calmaria essa que pode ser traduzida corretamente por paz em continuida-de, que é o néctar indispensável para formulações de outras estruturas que transportam o sujeito para a vida, para a conquista e para a glória.

O consumismo retrata a angústia humana e produz substituições para amenizá-la, fazendo, nada mais e nada menos, que camuflar um dese-jo verdadeiro coerente com o espírito verdadeiro. Por essa falta existencial do homem, a busca é irracionalizada e com uma instantaneidade absurda, que colocar algo rapidamente no vago lugar é uma condição “sine qua non”. Assim sendo, os meios de produção, aliados aos meios de comunicação, quando na descoberta dessa fragili-

da gravidade dessa situação, porque o poder de uns sobre os outros promo-ve conflitos e desigualdades sociais, os quais são avessos à paz interna de cada um e de todos.

Portanto, não se trata aqui apenas de se promover aqui uma derrocada dos artefatos tecnológicos, porque também é sabido que eles são im-portantes quando aplicados de forma lícita no meio social, como na medi-cina e nas descobertas cientificas e como apoio humano. A discordância está nas aplicações propositais via a um jorramento de matéria imprópria e de consumo absoluto, impedindo o homem de que ele pense em si como um sujeito de si – que se angustia por questões naturais da vida –, substi-tuindo o pensamento por um objeto, o qual nada mais fará do que fazê-lo mascarar a própria condição de vida e a sua própria existência.

Sandro DavidMúsico e doutorando

em [email protected]

Page 10: O Essencial ed. 12

Página 10

As cores sempre estiveram presen-tes na vida das pessoas. Prova disso são as manifestações da natureza, expondo vida e beleza aos olhos dos seres huma-nos mediante as cores da flora e da fau-na. Basta olhar à volta para percebê-las.

A cromoterapia é a ciência que es-tuda e emprega as diferentes cores para alterar ou manter as vibrações do corpo na frequência que resulta em saúde in-tegral, harmonia, bem-estar e alegria de viver.

Embora pareça novidade para mui-tos, a cromoterapia – ou terapia das cores – é uma técnica conhecida e utili-zada desde a antiguidade. Manuscritos chineses, egípcios, tibetanos e hindus (indianos) mostram que aqueles povos observaram que as cores afetam o com-portamento humano e as utilizavam para o restabelecimento da saúde dos enfermos (gregos e egípcios já usavam as cores associadas à música para “dar nova vida” às pessoas doentes).

O uso da cromoterapia no tratamen-to das pessoas tem como base os conhe-cimentos e saberes milenares deixados por povos de várias culturas e locali-dades diferentes. Muito se tem redes-coberto, aperfeiçoado e comprovado atualmente a respeito desses legados milenares sobre os benefícios terapêu-ticos da cromoterapia na saúde integral das pessoas.

A cromoterapia está presente nas roupas, na publicidade etc.. Em todos os lugares a cor está presente e influen-cia direta ou indiretamente a vida diária das pessoas.

SENSAÇÃO E EMOÇÃO

Os sentimentos que dominam a pes-soa em determinado momento, como os que a acompanham ao longo do dia-a-dia, imprimem no campo energético humano uma coloração própria, depen-

cada cor emite, sendo esse o princípio terapêutico da cromoterapia.

É de se analisar que, quando o in-divíduo passa a ter determinadas emo-ções frequentemente, essas emoções se tornam dominantes no temperamento dele e, assim, o campo energético dele expressa as correspondentes cores de maneira constante.

Júnior ValadaresNutricionista e terapeuta

especializadoem tratamentos naturais

[email protected]

dendo da respectiva natureza vibratória. Essa coloração se forma de acordo com a frequência das vibrações, pois cada emoção, cada sentimento, cada sensa-ção tem a própria frequência ou associa-ção de frequências vibratórias, segundo a complexidade dos sentimentos. As sensações, os sentimentos, as emoções e as paixões que incessantemente agitam o campo energético humano podem ser expressas por cores e analisadas na po-pularmente chamada “foto kirlian”.

A recíproca a esse fenômeno tam-bém é verdadeira, isto é, o campo ener-gético humano é influenciado pela fre-quência das cores provenientes do meio ambiente, de acordo com a vibração que

Janeiro de 2010

CROMOTERAPIATratamento natural de origem milenar

Page 11: O Essencial ed. 12

Divã

Página 11

Nada do que foi seráDe novo do jeito que já foi um dia

Tudo passaTudo sempre passará

A vida vem em ondasComo um mar

Num indo e vindo infinito

Tudo que se vê não éIgual ao que a gente

Viu há um segundoTudo muda o tempo todo

No mundo

Não adianta fugirNem mentir

Pra si mesmo agoraHá tanta vida lá fora

Aqui dentro sempreComo uma onda no mar

(Como uma onda)

Algumas datas comemorativas des-pertam nos indivíduos o significado de renovação da esperança e da motivação para o alcance de objetivos, os versos da conhecida música reforçam a impor-tância da renovação humana perante os acontecimentos do mundo, tocam fundo naquele aspecto fundamental da vida, o da impermanência, que impulsiona mesmo que de maneira indesejável a mudança.

O otimismo e a crença em esperar bons acontecimentos tornam as pessoas mais confiantes, principalmente durante esta época do ano, e proporcionam aber-tura para a mudança, porque ela sempre ocorre, mas é preciso estar preparado para aceitá-la.

O clima de renovação que essas da-

tas sugerem, mostra como é bom deixar o que passou para trás e acrescentar no-vas perspectivas para a vida, o ano se inicia com esperanças renovadas, o pro-gresso deve continuar e expandir, este é o clima salutar com qual a grande maio-ria das pessoas começa o novo ano.

Contudo torna-se importante consi-derar que o próprio cotidiano tem esse caráter de renovação, num ritmo mais rápido, cada novo dia pode ser conside-rado como um renascimento, portanto o clima de cordialidade, generosidade e esperança que é muito vívido nas festi-vidades de fim de ano, deve permanecer durante todo o ano, caso contrário, alia-do as promessas não cumpridas de mo-dificação, perdem o sentido e a eficácia.

A vida é assim, no sentido profundo do termo é avançar, progredir, é expe-rimentar as mudanças necessárias para o avanço acontecer, apesar de muitas vezes a mudança provocar um senti-mento de desconforto nos indivíduos, pois na maioria das vezes as mudanças são alheias ao controle. O mais difícil para as pessoas é acreditar que só se está seguro estando em movimento, a trans-formação é característico da condição humana.

Na vida sempre virão novos aconte-cimentos, é aconselhável que as pessoas se acostumem e se concentrem em lidar com a renovação cotidiana, posicio-nando-se de maneira pró-ativa para a resolução dos problemas com os quais se defrontam no dia a dia, pois a vida acontece hoje e a renovação é constante e necessária.

Maria Aparecida Reis Carvalho Psicóloga ISTS

[email protected]

Renovação cotidianaClube da

FraternidadeO GEEC é uma ONG sem fins lucrativos que visa contribuir em benefício de um mundo

melhor.

Vários projetos sociais são oferecidos à comunidade como forma de melhorar a sociedade em que vivemos. No entanto, a

dificuldade financeira é um fator que inibe nossa ação.

Para não encerrar as atividades por falta de recursos foi criado o

Clube da Fraternidade.

As pessoas que contribuem com qualquer quantia são cadastra-das e recebem uma carteirinha de sócio, com a qual podem

usufruir de descontos em vários estabelecimentos comerciais.

Economia e Solidariedade jun-tas para o bem de todos.

Seja sócio doClube da Fraternidade!

(37) 3222-7644

Janeiro de 2010

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A chuva que chega vem não somente para suavizar a temperatura, mas, tam-bém, para lavar e limpar. A chuva não lava apenas as ruas e as casas, mas pro-move, simbolicamente, a renovação e a melhoria. Se o planeta Terra passa por uma renovação ou transformação, que a água seja o símbolo dessa renovação, dessa cura e dessa limpeza.

A água é também o símbolo de ven-cer obstáculos; nada a detém. Ela sai da montanha e, um dia, deságua no mar. Encontra-se com uma pedra, a contorna e vai seguindo o próprio caminho. Não rejeita companheiros; junta-se a outras águas e vai formando pequenos ribei-rões. Vai se unindo a outros ribeirões, forma um rio e vai avolumando-se.

Assim também deve ser o nosso espírito, que vai se somando no per-curso da vida, que vai criando dentro de si mesmo todos os atributos neces-sários à evolução. No caminhar dentro do espaço e do tempo, vai conquistan-do as amizades e, mediante o trabalho ativo no bem, as condições necessárias - a veste nupcial de que nos fala Jesus - para adentrar numa realidade superior, para compartilhar com outros espíritos beneméritos as benesses da consciência tranquila e do bem realizado.

Unamo-nos todos, pois, nessa mis-são – que é íntima, de autoconhecimento e de autotransformação –, para realizar-mos dentro de nós mesmos a renovação necessária, para cultivarmos dentro das terras do coração as plantações do bem, ou seja, as plantações da paz, da con-córdia, da harmonia, da sobriedade, do discernimento e da paciência.

Quando essas plantações frutifica-rem, poderemos colher os frutos da fe-licidade.

Psicofonia intuitiva obtida na sede do GEEC

no dia 6 de dezembro de 2009

Sobre a RENOVAÇÃO

Janeiro de 2010

O espírito, ator e portador da cultura, é a experiência, vivência, conhecimen-to, conceito, idéia, sonho, sentimento, afeto acumulados ao longo de sua exis-tência.

A inteligência, os valores, as ex-pressões de afeto e a consciência de sua individualidade resultam desses conhe-cimentos. À medida que eles são adqui-ridos a consciência do ser se amplia. A consciência possível é sempre propor-cional à história de vida de cada um.

O perfil do conhecimento que foi e está sendo vivenciado determina as ha-bilidades, as potencialidades, as capaci-dades do espírito e, ao mesmo tempo, estabelece o que ele não sabe, ou seja, as suas limitações, as suas dificuldades, a sua ignorância.

O conhecimento é adquirido pelo espírito na medida em que enfrenta si-tuações do cotidiano apresentadas pela sua trajetória. Se o seu perfil de conhe-cimento permite resolver, superar, uma determinada situação a sua habilidade é evidenciada e colocada à disposição daqueles que não a possuem. Se não é capaz de resolver o problema com o que conhece deverá então buscar a resposta, a solução, através de um conhecimento novo que lhe permita realizar a supera-ção da situação.

O novo ( o conceito novo, o senti-mento novo, a atitude nova, o compor-tamento diferenciado) será construído ao reelaborar seu próprio conhecimento e/ou utilizar-se do conhecimento acu-mulado pelos outros, encarnados ou de-sencarnados, como um referencial.

As situações enfrentadas no coti-diano, portanto, ao permitirem que as habilidades sejam vivenciadas e ao provocarem a construção de novos co-nhecimentos que rompem os limites do espírito, resultam na ampliação de sua consciência (de si mesmo, dos seres

Auto-Atualização Permanente

com os quais convive, da natureza, do universo, de Deus), ou seja, permitem a evolução do espírito que é o objetivo da própria vida.

O processo de aprendizado nunca es-tará completo, pois a cada novo conhe-cimento adquirido novas situações dife-rentes poderão ser enfrentadas. Logo, a compreensão clara de como o processo de evolução ocorre é fundamental, uma vez que determina a sua eficiência.

A postura contínua e consciente em relação às limitações de tempo em que se constrói a existência permite que o potencial possível de aprendizado de cada situação seja aproveitado ao má-ximo. Em vez de deixar que a dor e a angústia sejam os principais estimula-dores do aprendizado, o espírito deve lutar para que ganhe espaço o esforço consciente, a vontade firme, a motiva-ção adequada.

Diante da preocupação em transfor-mar a evolução como um momento de dor para a evolução como um momen-to de esforço consciente sobre as suas limitações o espírito deve adotar uma postura diante da vida que lhe permita otimizar o conhecimento a ser retirado de cada situação enfrentada. Essa ati-tude é a auto-atualização permanente: exercício contínuo de leitura plena que o homem faz de si mesmo, dos outros, da cultura (conceitos, idéias, compor-tamentos, costumes, valores, técnicas, folclore, teatro, música, literatura etc), do mundo, da vida, que promove cres-cimento pessoal, levado por motivação própria e pela incessante curiosidade acerca do Cosmo.

Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas

www.sbee.org.br

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Doutrina – A palavra doutrina vul-garmente tem uma conotação limitante, pois se fecha num conjunto de normas e regras pré-estabelecidas por um sistema qualquer, seja filosófico, religioso ou científico.

Percebe-se que, embora o Espiritis-mo receba esta designação, as orienta-ções dele divergem radicalmente desse conceito vulgar, porque ele busca, num processo constante de conhecimento, acompanhar a evolução do ser humano, independentemente do tempo e do espa-ço em que está inserido.

A Doutrina Espírita está embasada nos princípios universais, que são fun-damentados nas Leis Naturais, possibili-tando ao ser humano uma leitura correta de si mesmo, sempre atual, priorizando o caráter de liberdade de questionamen-tos e, consequentemente, renovador.

Quando o Espiritismo adota a uni-dade do conhecimento humano, que é Ciência, Filosofia e Religião, constrói pontes onde tradicionalmente existem muros, divisões e fragmentações. Vai além dessa convergência da unidade do conhecimento, integrando a ela a visão da realidade espiritual, que se confirma mediante o processo da mediunidade, a qual sempre esteve presente na história humana, embora conhecida por poucos.

Somente após o advento do Espiritis-mo, esse conhecimento se tornou aces-sível a todos, sendo desmistificado e colocado como objeto de pesquisa para a comprovação dele, por inetremédio de métodos rigorosamente científicos.

Como Filosofia, a Doutrina Espíri-ta responde de forma clara e objetiva a questões existenciais milenares para o ser humano, tais como: de onde veio, porquê está aqui e para onde vai. É con-soladora a afirmação da vida humana como uma oportunidade de aprendiza-gem, explicando as causas das contin-gências como o processo de evolução, assim como também é consolador o co-nhecimento da imortalidade do espírito.

O Espiritismo é uma doutrina de vida e não da morte. Muitas vezes ouvimos alguém dizer que o espírita comunica-se com os mortos. Total equívoco. Desco-nhecimento dos princípios fundamen-tais da doutrina por parte dessa pessoa,

porque um dos princípios do Espiritis-mo afirma a imortalidade do espírito; portanto, preconiza que a vida é contí-nua, não se inicia com o nascimento do ser humano e não se finda com a morte do corpo físico. É uma doutrina de vida também, no sentido de que enfatiza uma postura coerente com os próprios ensi-namentos: é pela ação que são consoli-dadas a fé, a esperança e a caridade.

Assim, é uma doutrina dinâmica, embasada nas Leis Naturais, que estão ao alcance de todos. Porém, para com-preendê-las deve-se passar pelo proces-so evolutivo. Em consequência disso, a Doutrina Espírita incentiva sempre o estudo, para que se desenvolva a massa crítica e o autoconhecimento, para que o Espiritismo seja vivenciado de uma forma sincera e consciente.

A Doutrina Espírita não ensina o que pensar, mas estimula a pensar. Porém, é na fé em Deus, Criador de todas as coi-sas, e nos ensinamentos de Jesus que ela busca promover a integração de todo o conhecimento humano, possibilitando aos seres humanos o equilíbrio, a har-monia e a paz, como um desenlace feliz para a existência.

Maria JoséÉ diretora institucional do GEEC e

membro do Grupo de Contextualização Espírita

[email protected]

Doutrina EspíritaContextualizando

o Espiristismo

O Grupo de Contextualização Espírita

se reúne todas as segundas-feiras, das

19 às 21 horas,no GEEC, e está aberto a todos os interessados.

Informações: (37) 3222-7644.

Notas e Notícias

Janeiro de 2010

Início do estudo do livro“Os Mensageiros”, de

André Luiz:dia 4 de fevereiro de 2010, às

19h30min, no GEEC.Informações pelo

telefone (37) 3222-7644

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Quero saber se eu posso fazer uma previsão da minha vida futura.

Obrigada.H.T

Agradecemos pela sua participação.Se pudéssemos saber com certeza o

nosso futuro, a vida perderia a própria graça. Seria o mesmo que assistir a um filme sabendo o final dele. Ninguém tem o direito de ser tão estraga prazeres!

Pela minha experiência, só vi acerta-rem previsões de futuro as cartomantes de novelas ou de filmes.

Na vida real a história é muito mais séria e complicada, pois quem pode mesmo saber sobre o nosso futuro – os espíritos muito evoluídos – não come-teria uma deselegância de nos tirar os

Clube do LivroEspírita

fevereiroDOUTRINÁRIO

Bem-aventurados os Aflitos Autor: Richard SimonettiEditora: CEAC

Se o Espiritismo é o Consolador prome-tido por Jesus, a consolação doutrinária está toda fundamentada no capítulo V de “O Evangelho Segundo o Espiritis-mo”, com sábias ponderações de Kar-dec e dos mentores espirituais que o assistiam. Esse livro contextualiza, traz para nosso tempo, as lições ali contidas. Os que sofrem, os que enfrentam pro-blemas, os que duvidam da misericór-dia divina, os que estão interessados em definir os porquês da vida, encontrarão respostas às próprias indagações, mar-cadas pelo estilo objetivo, otimista e bem-humorado do autor.

ROMANCE

Herdeiros do Novo Mundo Autor: Lucius, André Luiz RuizEditora: IDE

Depois dos romances “Despedindo-se da Terra” e “Esculpindo o Próprio Des-tino”, Lúcius completa essa trilogia te-mática apresentando um novo livro, no qual os espíritos Bezerra de Menezes, Jerônimo e Adelino oferecem um pa-norama sobre os importantes momentos vividos pela humanidade atual, revelan-do o processo de separação do “joio e do trigo” já em andamento, além de te-cerem comentários sobre as circunstân-cias de vida que sejam mais ou menos favoráveis à construção de um futuro melhor, nos instantes cruciais da sele-ção espiritual predita por Jesus.

INFANTIL

Até o fechamento dessa edi-ção, a escolha do livro ainda

não havia sido feita.

Atendimento Fraternoméritos das escolhas, ou seja, o mérito do exercício do livre-arbítrio. Quem iria viver tranquilamente se pudesse sa-ber com exatidão que no mês seguinte estaria tetraplégica? Percebe como são temerárias tais revelações?

Todos nós podemos, mais ou menos, fazer uma previsão de nossa vida futu-ra a partir do que estamos fazendo no agora. O bom mesmo é nos ocuparmos, então, do agora que vivemos e construi-mos mediante as nossas decisões. Se estamos construindo o bem, o nosso fu-turo provavelmente será melhor. Se nos comprazemos com erros, nosso futuro será comprometido com as correções dos erros cometidos.

Seja feliz, fazendo os outros felizes.

José AmaralBacharel em Filosofia,

palestrista e escritor

Participe dessa sessão você também.

Envie sua pergunta para [email protected]

Janeiro de 2010

PROMOÇÃO DE LIVROSA Mansão

Renoir

Autor: Dolores Bacelar, AlfredoEditora: Correio Fraterno Gênero: Romance

de: R$28,90por: R$13,00

LIVRARIA GEEC (37) 3222 7644Entregamos em casa seu pedido!

Minutos com Chico Xavier

Autor: José Carlos de LuccaEditora: Bezerra de MenezesGênero: MeditaçõesPáginas: 256

de: R$28,90por: R$13,00

Marcas da Vida

Autor: Elias, Cláudia Marum Editora: AliançaGênero: RomancePáginas: 288

de: R$26,00por: R$12,00

Se Abrindo pra Vida

Autor: Lucius, Zí-bia GasparettoEditora: VIDA & CONSCIENCIAGênero: Romance Páginas: 368

de: R$36,00Por: R$27,00

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Programa Projeto FuturoJaneiro - 2010

Dia 2 : Tema “Nova era, novos tem-pos”, com Fabiano. Catástrofes asso-lam o planeta: terremotos, tissunames, enchentes, mudanças radicais nas eco-nomias dos países e nas famílias. Tudo indica que estamos entrando em uma nova era. Será que essas mudanças são necessárias? Segundo informações dos espíritos, estamos deixando de ser um mundo de expiação e de provas para entrarmos em um mundo de regene-ração. Mas o que significa isso? Não percam esse programa, que pode ser de grande utilidade para você!

Dia 9 : Tema “Livre-arbítrio e deter-minismo divino”, com Eliana Miranda. O que é o livre-arbítrio e até quando Deus interfere em nossas vidas? Será que, desde o momento em que somos criados, já temos o livre-arbítrio ou estamos sujeitos ao determinismo divi-no? O determinismo divino também se aplica aos animais? Este programa vai esclarecer muitas dúvidas.

Dia 16 : Tema “Organização do Mo-vimento Espírita”, com Marcos Pes-soa. Será que o Movimento Espírita está compatível com a Doutrina Con-soladora? Como devemos nos organi-zar para divulgarmos mais a Doutrina dos Espíritos, o Consolador prometido pelo Cristo há 2000 anos? Fique ligado e conheça mais sobre a Doutrina Con-soladora.

Dia 23 : Tema “Final da Vida”, com Sérgio Bebiano. Todos nós temos de passar pelo “fenômeno” da morte, queiramos ou não. Sem sombra de qualquer dúvida, a melhor maneira de enfrentarmos o momento da morte é termos o conhecimento e o domínio desse “fenômeno”. Não percam esse programa! Ele vai lhe ajudar a encarar melhor o final da vida.

Dia 30 : Tema “Capítulo XXV do Evangelho Segundo o Espiritismo: Buscai e Achareis”, com a equipe do GEEC. Será que essas palavras do Cristo realmente fazem sentido? Quan-do buscamos com vontade e fé, encon-tramos aquilo que buscamos? Do pon-to de vista terreno, a máxima “buscai e achareis” é análoga à máxima “ajuda-te a ti mesmo, que o Céu te ajudará”. Fique ligado e aprenda a desenvolver mais a sua fé.

Todos os sábados,das 10 às 11 horas.

Rádio Minas AM, 1.140 Khtz.Radio Minas 99.3 FM

Pela Internet:www.projetofuturo.radio.br

Opinião Espírita

Janeiro de 2010

Europa, 1347/1350, navios vindos de Constantinopla trouxeram, além de mercadorias, também ratos infectados com a peste bubônica, ou Peste Negra. Calcula-se que um terço da população européia da época, em torno de 75 mi-lhões de pessoas, pereceu. Muitos paí-ses asiáticos também foram infectados, em muitos casos pela Rota da Seda, um caminho por terra que ligava, comer-cialmente a Europa a Ásia. Esse episó-dio teve importantes repercussões para o fim da Idade Média e para o começo do Renascimento.

Hoje a preocupação é com a Influen-za A (a mesma gripe “espanhola” de 1918/19). Mas que o leitor ou leitora não se apavore! Atualmente as condi-ções médico-sanitárias são melhores e as coisas já não são tão aterrorizan-tes. Por outro lado, pandemias sempre ocorreram na história humana. Existem relatos na Bíblia e em textos de vários povos antigos e medievais.

O conhecimento humano avançou. Principalmente no conhecimento e con-trole de muitas doenças que antes eram uma sentença de morte, como a varíola. Falta-nos desenvolver outros aspectos da vida humana, principalmente no que diz respeito aos conhecimentos relacio-nados ao mundo dos afetos, à nosssa re-alidade espiritual, nossa relação com a natureza e com os mecanismos da vida.

Se o intelecto avançou por conta da necessidade de sobreviver, nossas con-dições sócio-morais permanecem atra-sadas, engendrando novos problemas e sofrimentos individuais e coletivos. A ignorância generalizada acerca da natureza do espírito humano ainda fo-menta divisões, discriminações, funda-mentalismos, sectarismos, superstições e crendices.

Dizia Chico Xavier acerca da AIDS, quando ainda entre nós, que o ‘terror coletivo’ provoca mudanças comporta-mentais necessárias e desejáveis para a renovação humana. Divaldo Franco

em interessante palestra lembrou-nos que em situações de guerras ou doenças pandêmicas, corpos morrem, mas os es-píritos não.

Além de uma urgente e necessária nova ordem social e espiritual, nossa hu-manidade precisa restabelecer uma rela-ção de paz e respeito para com o meio ambiente. Se isso não ocorrer, o risco da autodestruição é real. A Terra não pode mais ser vista como um imenso bloco a girar no espaço. A sabedoria dos ante-passados foi relegada ao esquecimento por não atender aos interesses econômi-cos dos poderosos e ambiciosos.

Em todas as antigas culturas e civili-zações a terra tinha um caráter sagrado, e a vida também. Para o gregos da an-tiguidade era Gaia, a mãe Terra. Hoje, nos vemos na encruzilhada evolutiva, onde poderemos escolher – tanto indi-vual quanto coletivamente -, novos e in-dispensáveis caminhos. Se isso não for feito em tempo, as doenças se sucede-rão, os sofrimentos coletivos não serão amenizados, a humanidade vai se con-denar ao fracasso civilizatório.

Sabe-se que não há muito tempo. Mudanças climáticas, aumento dos fun-damentalismos e sectarismos diante do fracasso do Estado liberal-burguês, in-dividualismo doentio, alienação, doen-ças emocionas e psíquicas, obsessão co-letiva, guerras, violências e crise social.

Se individualmente se pode escolher o bom caminho, não se pode cruzar os braços diante das necessidades coleti-vas. Não se pode assistir à derrocada de uma civilização, sabendo que algo pode ser feito para amenizar mais uma transi-ção, mais profunda, em direção – quem sabe – a um novo Renascimento.

Publicado originalmente no Harmonia/Florianópolis-SC

Paulo SantosSociólogo e professor univeresitário

[email protected]

UM NOVO RENASCIMENTO

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GEEC EM FOTOS

Leonardo Santos, coordenador do projeto Rede da Paz, em palestra sobre o tema dia 4 de dezembro de 2009.

Randal Wender, Sérgio Bebiano, Jomar Teodoro, Francielly, Cida e integrantes do projeto Pró-adolescente em momento de confrater-

nização dia 16 de dezembro de 2009.

Janeiro de 2010

Equipe responsável pelo setor de comunicação do Pró-adolescente em atividades. Dia 4 de janeiro de 2010.

Formatura dos alunos dos cursos profissionalizantes da secre-taria municipal de Desenvolvimento Social em parceria com o

GEEC. Dia 18 de dezembro de 2009.

Foto

: Hug

o M

acha

do