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Anticorrosivos Menos suscetibilidade à contaminação 2º Lubgrax Meeting Sucesso e consolidação

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Anticorrosivos - menos suscetibilidade á contaminação / 2º Lubgrax Meeting - Sucesso e consolidação.

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CAPA

Anticorrosivos Menos suscetibilidade à contaminação

2º Lubgrax MeetingSucesso e consolidação

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2ª CAPA

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A incompatibilidade entre os óleos sintéticos e os óleos minerais é coisa do passado!

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Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011 • 3

EXPEDIENTE

REVISTA LUBGRAX Ano II Nº 12 – Setembro/Outubro 2011

Capa: Foto: Iara Morselli

Produção: Alex S. Andrade

DiretorSérgio Ávila

Editoras responsáveis Maristela Rizzo – MTB 25.781

[email protected]

Miriam Mazzi – MTB [email protected]

Editor de arteAlex S. Andrade

[email protected]

Editora de fotografi aIara Morselli

[email protected]

Núcleo comercialDaives Marangoni de Góes

[email protected]

Circulação e assinaturasSalete Rodrigues

[email protected]

Pré-impressão e Impressão Referência Gráfi ca

Lubgrax é uma publicação da Sergio Avila Editora e Eventos, dirigida

a profi ssionais e executivos de toda a cadeia produtiva, distribuição e principais segmentos

industriais consumidores de lubrifi cantes, óleos, fl uidos e graxas, associações, entidades,

universidades entre outros.

Circulação: Nacional Tiragem: 5 mil exemplares

Rua da Consolação, 359 – conjunto 1401301-000 – São Paulo, SP, Brasil

Tel (11) 3151-5140 [email protected]

[email protected] ou ligue (11) 3151-5140

Assinatura anual R$ 95,00Preço por exemplar: R$ 19,00

Subscription other countries US$ 150.00 Air mail: US$ 200.00

Preço de exemplares atrasados: R$ 25,00

JOVEM, PORÉM MADURO

Como se mede a satisfação de um público? Com pesquisa. E foram exatamente os da-dos levantados ao fi nal da segunda edição do Lubgrax

Meeting – evento realizado no Espaço Apas, em São Paulo, nos dias 16 e 17 de agosto – que nos levaram a constatar o sucesso deste que, apesar de jovem, já está sendo considerado pelo mercado de lubrifi cantes, óleos, graxas e fl uidos um importante fórum de discussão de novas tecnologias do setor.

Com um público formado, em sua maioria, por diretores, supervisores, coorde-nadores, engenheiros e técnicos da cadeia produtiva do mercado de lubrifi cantes, o Lubgrax Meeting deste ano alcançou crescimento de 50% sobre a edição anterior, reunindo 307 visitantes de vários estados brasileiros.

Vale destacar, também, a qualidade das palestras, que prestigiaram desde temas relacionados a matérias-primas, passando por lubrifi cantes automotivos e industriais, até a manutenção preventiva e o uso de novas tecnologias sustentáveis.

A consolidação do Lubgrax Meeting marca uma nova etapa na evolução da Ser-gio Ávila Editora, responsável pela realização do evento, que programou uma série de novidades a serem apresentadas ao público no próximo ano. Entre elas, além da continuidade e reforço do Lubgrax Meeting – que já foi lançado e está com cotas de patrocínio abertas à participação das empresas –, o lançamento da Pesquisa Lubgrax de Fornecedores, que dará subsídios à premiação homônima, e o Anuário Lubgrax, cuja circulação também deverá ocorrer em 2012.

As novidades, somadas à consolidação da revista Lubgrax como o veículo de in-formação do setor, bem como a expansão do site lubgrax.com.br, que está obtendo sucesso crescente, inclusive no exterior, dão mostras do que está por vir no próximo ano, quando, conforme Sergio Ávila, diretor da Sergio Ávila Editora e Eventos, “ampliaremos a oferta de ferramentas de comunicação para o mercado de lubrifi cantes, óleos, graxas e fl uidos, com o objetivo de estimular o seu desenvolvimento e expansão”.

Ânimo semelhante pode ser constatado nos segmentos de anticorrosivos, lubrifi -cantes agrícolas e fl uidos de freios, temas de reportagens especiais desta edição. To-dos estão otimistas num bom desempenho para 2012, ainda que preocupe a nuvem vinda da Europa e que ameaça turvar o céu da economia global.

Até aqui, no Brasil, o mercado parece se comportar apenas como espectador. E a aposta dos profi ssionais do setor é que o segmento de lubrifi cantes testemunhe o for-talecimento do País no cenário mundial, com ou sem crise global. Nós, da Lubgrax, engrossamos esta expectativa.

Editorial

Boa leitura!Miriam Mazzi

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4 • Revista Lubrificantes • setembro/outubro 2011

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1ª PesquisaLubgraxContinua a todo vapor a 1ª Pesquisa Lubgrax de Fornecedores no mercado de lubrifi cantes, óleos, fl uidos e graxas. Não deixe de registrar seu voto.

Raízen e Codexis se unem para ampliar produtividade do etanol Empresas anunciam acordo para o desenvolvimento de novas tecnologias que aumen-tem a produtividade da cana-de-açúcar na produção de etanol de primeira geração. A Raízen é uma joint venture entre a Cosan e a Shell.

Anticorrosivos

2º Lubgrax Meeting Lubrifi cantes automotivos agrícolas

Perfi l do Fabricante – Orbi Química

8LUBGRAX ONL INE

1ª PesquisaLubgraxContinua a todo vapor a 1ª Pesquisa Lubgrax de Fornecedores no mercado de lubrifi cantes, óleos, fl uidos e graxas. Não deixe de registrar seu voto.

se unem para ampliar produtividade do etanol Empresas anunciam acordo para o desenvolvimento de novas tecnologias que aumen-tem a produtividade da cana-de-açúcar na produção de etanol de primeira geração. A Raízen é uma joint venture entre a Cosan e a Shell.

Editorial 3

Números do setor 6

Produtos & Serviços 8

Entrevista 14

Caderno Consumo 35

Fluidos para freios 36

Artigo técnico - Cosan 52

Guia Lubgrax 57

Editorialista Convidada 58

Sumário

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Revista Lubrificantes • setembro/outubro 2011 • 5

Relação dos Anúnciantes

EMPRESA PÁGINA

DOW ..................................................................................................................................................2ª CAPA

CABOT .................................................................................................................................................7 E 57

AGECOM ......................................................................................................................................................9

LUMOBRAS ......................................................................................................................................... 11 E 57

ASSOCIQUIM/SINCOQUIM.............................................................................................................................. 17

BANDEIRANTE BRAZMO ......................................................................................................................... 27 E 57

INTERTANK ................................................................................................................................................. 31

METACHEM................................................................................................................................................. 33

ANALYSER .......................................................................................................................................... 39 E 57

ARINOS ........................................................................................................................................... 41 E 57

HARO ....................................................................................................................................................... 47

BOZZA ............................................................................................................................................. 49 E 57

LWART ...................................................................................................................................................... 51

PLASTIFLUOR ............................................................................................................................................... 53

LUPUS ....................................................................................................................................................... 55

AFS ........................................................................................................................................................ 57

ECOFUEL .................................................................................................................................................... 57

FORTINBRÁS ............................................................................................................................................... 57

HILLMAN ................................................................................................................................................... 57

IORGA ...................................................................................................................................................... 57

QUANTIQ .................................................................................................................................................. 57

TROY ........................................................................................................................................................ 57

MIRACEMA-NUODEX ..................................................................................................................... 57 E 3ª CAPA

MÜNZING .................................................................................................................................. 57 E 4ª CAPA

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6 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 20116 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011

Números do setor

• As usinas São Francisco (em operação) e Cacho-eira Dourada (em construção), ambas em Quirinó-polis, interior de Goiás, agora de propriedade da americana Cargill, gigante na área de alimentos, e do Grupo Usina São João, passam a ter ca-pacidade de processamento de até 7,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em 2013. O motivo para o interesse da Cargill no Brasil são os crescentes mercados de etanol e de biomassa. No ano fi scal encerrado em abril de 2011, as vendas da empresa cresceram 15%, atingindo US$ 119,5 bilhões. Aquisições têm representado 40% do crescimento global da companhia, que pretende crescer entre 15% e 17% nos merca-dos emergentes, caso do Brasil.

• No primeiro trimestre da safra 2011/12, a Cosan registrou lucro líquido de 2,3 bilhões, com lucro de R$ 400 mil. Conforme a empresa, o desempenho se deve à formação da Raízen (joint-venture com a Shell), voltada aos negócios de açúcar, etanol, cogeração de energia e distribuição de combustíveis. A receita líquida da Cosan aumentou 29,7%, alcançando R$ 3,7 bilhões. Já a Raízen registrou receita líquida de R$ 1,6 bilhão, valor 28,6% acima da safra anterior.

• O governador paranaense Beto Richa, futu-ro presidente da fábrica de pneus Sumitomo Rubber, Ippei Oda, e o prefeito de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba (PR), Francisco dos Santos, assinaram, no fi nal de setembro, protocolo para instalação no muni-cípio de uma unidade da empresa. A intenção da multinacional japonesa é investir R$ 500 milhões na primeira base de produção do grupo na América do Sul, que fabrica as marcas Dun-lope e Falken, e deve atingir 15 mil unidades/dia a partir de 2013.

• Confi rmados o investimento de R$ 500 milhões para a ampliação da fábrica da Renault em São José dos Pinhais (PR), que deve passar dos atu-ais 280 mil para 380 mil veículos/ano, e os R$ 2 bilhões para a construção de uma segun-da fábrica da Nissan – outra marca do grupo – no País. A Renault pretende lançar 13 carros no

Brasil até 2016, com o objetivo de ampliar sua participação no mercado, dos atuais 5% para pelo menos 8%.

• A fabricante de motores Cummins registrou faturamento de US$ 13,2 bilhões, o que elevou suas ações em 143% no mercado fi nancei-ro pelo sexto ano consecutivo. Desde 2010, América Latina e México passaram a ter mais representatividade nos negócios da empresa, representando 12% do faturamento, sendo que o Brasil respondeu por 80% desse total. Já a Cummins Power Generation, do setor de ener-gia, faturou US$ 227,2 milhões no mercado latino-americano, com participação de 35% do Brasil (US$ 130,2 milhões).

• O laboratório de desenvolvimento da Cummins Filtration – que no Brasil funciona em Guarulhos e é fruto de investimentos de R$ 4,5 milhões – atua nos mercados de engenharia e fi ltração e absor-veu R$ 3 milhões neste ano, gastos em pesquisas e soluções locais. A empresa programou inves-timentos de US$ 40 milhões para melhorias em todos os negócios do grupo.

• 1 mil toneladas/ano é o volume do mercado brasi-leiro de anticorrosivos usados em fl uidos de corte.

• Já o mercado de óleos protetivos gira entre 400 a 600 toneladas/ano.

• O mercado brasileiro para liquido de freios e em-breagens hidráulicas é de 10 milhões de litros/ano, sendo 75% do total representados por fabricação local e os restantes 25% pelas impor-tações.

• A SKF do Brasil registrou crescimento de 11% no primeiro trimestre do ano, resultado impulsionado pelo desempenho positivo da divisão automotiva da companhia e 10% acima de igual período do ano passado. O mercado de caminhões foi o que representou a maior expansão nas vendas de rolamentos, atingindo 23%. A divisão de serviços assinalou aumento de 15% no período.

• As Empresas Randon, fabricante de motores de Caxias do Sul (RS), devem fechar o ano com recei-ta bruta de R$5,9 bilhões; exportações de R$ 250 milhões e importações de R$ 100 mi-

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Numeros Cartas_12.indd 6 23/10/2011 18:09:23

lhões. Os investimentos em novos projetos totaliza-rão R$ 270 milhões.

• A Caterpillar vai investir R$ 170 milhões até 2013 em uma nova fábrica em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba (PR), onde começa a produzir retroescavadeiras e carrega-deiras de rodas. A unidade paulista de Piracicaba também vai receber o mesmo investimento para reforço e ampliação da fabricação de motoni-veladoras, tratores de esteiras, escavadeiras de esteiras e carregadoras de rodas de grande porte.

• O grupo americano Caterpillar também anunciou projeto de R$31,5 milhões para a construção de uma fábrica de locomotivas em Sete Lagoas (MG). A fábrica terá capacidade para produzir 70 loco-motivas acima de 4 mil HP por ano.

• A Honda estabeleceu novas metas de emissões de CO2 para todas as suas unidades no mundo:

redução de 30% das emissões de CO2 de suas motocicletas, automóveis e produtos de força até o fi nal de 2020.

• Os chineses estão ajustando ainda mais o foco no mercado brasileiro. A Jac Motors do Brasil prevê investir US$ 900 milhões para inaugurar sua pri-meira fábrica no País em 2014. A nova unidade terá capacidade para produzir 100 mil veículos/ano e deverá gerar 3,5 mil empregos diretos.

• A Chery vai desembolsar US$ 400 mil para cons-truir sua fábrica, cujas obras já forma iniciadas em Jacareí (SP). A capacidade produtiva estimada é de 150 mil automóveis/ano.

• A Changan/Haima ainda não escolheu a cida-de onde construirá sua fábrica, mas já anunciou investimentos de US$ 200 milhões. A previsão é que, em cinco anos, a unidade produza 60 mil unidades/ano.

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8 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011

Produtos & Serviços

Klüber expande atuação no setor de energia eólica

Ao investir em novos produtos e mercados, a Klüber Lubri-cation, empresa de origem

alemã do Grupo Freudenberg, de-senvolveu uma linha completa de soluções de alto desempenho em lu-brificação para o setor eólico, cujos sistemas geram energia sustentável. A equipe técnica da companhia fri-sa se tratar de uma linha composta por lubrificantes de reconhecimento internacional, que contribuem para maior eficiência dos elementos e maior confiabilidade operacional.

Entre os diferenciais dos pro-dutos, que atendem as necessida-des industriais do setor de energia eólica, está o fato de suportarem longos períodos de utilização, o que possibilita o aumento do tem-po entre os intervalos de lubrifica-ção. Outro ponto é que as indús-trias clientes podem contar com um portfólio internacional, com suporte técnico local.

As turbinas eólicas funcionam como moinhos acionados pelo ven-to e, desta forma, produzem ener-gia elétrica por meio de um gera-dor, sendo este um processo que necessita de lubrificação constante. Para isso, a Klüber desenvolveu lu-brificantes especiais de alto desem-penho e vida útil longa. “As turbinas não podem parar e o lubrificante da Klüber proporciona a confiabili-

dade necessária e longos períodos de relubrificação”, explica Frances-co Lanzillotta, gerente de mercado Indústria Pesada.

A Klüber, inclusive, que já atua há alguns anos neste setor nos Es-tados Unidos (EUA) e em países da Europa, estruturou o GATE (Global Action Team), um grupo de espe-cialistas que se dedicam exclusiva-mente a este mercado. No Brasil, para atender de forma eficiente, a empresa desde o ano passado vem investindo na capacitação dos profissionais ligados ao desenvolvi-mento de soluções para este mer-cado. “Em todos os mercados que participamos, grande parte dos investimentos se dá justamente na capacitação dos profissionais, pois já temos excelente capacidade pro-dutiva. Então, podemos continuar investindo e teremos um retorno de médio a longo prazos”, enfatiza En-rique Pablo Garcia, diretor geral da Klüber Lubrication South America.

No Brasil, Francesco Lanzillot-ta lembra que o parque eólico, embora ainda seja pequeno, tem grande potencial de crescimento. “Já estamos trabalhando junto aos principais fabricantes de turbinas eólicas. Com isso, a previsão é de crescimento muito superior à mé-dia de outros mercados”, esclarece Francesco.

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Produtos & Serviços

Fitch eleva ratings da CosanA Fitch Ratings elevou os ratings de

probabilidade de inadimplência do emissor (IDRs) da Cosan e

suas subsidiárias, refletindo “o fortaleci-mento do perfil de negócios da com-panhia, suportado pela maior diversi-ficação de sua base de negócios em bases consolidadas, que deverá reduzir a volatilidade associada à indústria de açúcar e etanol”.

Além disso, a Fitch acredita que a Cosan passará a operar com uma es-trutura de capital mais conservadora, seguindo a conclusão da joint venture com a Shell e a consequente consolida-ção na Raízen.

Os IDRs em moeda local e estrangei-ra elevados da Cosan foram elevados

de “BB” para “BB+”, e o rating nacio-nal de longo prazo, de “A+(bra)” para “AA-(bra)”; os IDRs em moeda local e estrangeira elevados e notas perpétuas da Cosan Overseas, elevados de “BB” para “BB+”; a Cosan Lubrificantes e Especialidades (CLE) teve o rating na-cional de longo prazo elevado para “AA-(bra)” ante “A+(bra)”, e os IDRs em moeda local e estrangeira elevados para “BB+”.

A Fitch também atribuiu os IDRs em moeda local e estrangeira “BB+” à CCL Finance (CCL Finance) e à (Cosan Finan-ce), ambas com observação positiva. A perspectiva dos ratings corporativos da Cosan, da Cosan Overseas e da CLE é Estável.

A agência de classificação de risco afirma que “continuará acompanhando o desenvolvimento da estratégia de ne-gócios e financeira da Raízen, sobretu-do o ambicioso plano de crescimento desta companhia e sua estratégia de fi-nanciamento, bem como sua estratégia em relação à integração das atividades de distribuição de combustíveis, que re-presentam fatores importantes para os ratings e cujos detalhes ainda não fo-ram totalmente disponibilizados”.

Negócio estávelNa opinião da Fitch, com a Raízen,

a Cosan representará “um negócio mais estável, com a maior participação de um fluxo de caixa das operações menos volátil, que deverá corresponder a cerca de 45% a 50% do Ebitda, em bases con-solidadas, a partir do ano que vem”.

Os principais fatores que contribuem para isto são o maior porte das ativi-dades de distribuição de combustíveis,

conclusão dos investimentos realizados no segmento de logística através da Rumo, que devem começar a gerar maior fluxo de caixa, e, em menor esca-la, a contribuição crescente dos demais negócios remanescentes no âmbito da Cosan, incluindo lubrificantes e espe-cialidades, conduzidos através de um acordo com a Exxon Mobil.

A joint venture com a Shell, observa a Fitch, fortalece o perfil de negócios do segmento de distribuição de com-bustíveis, associado ao aumento do porte combinado e de sua participação de mercado, como terceira maior distri-buidora de combustíveis no Brasil.

A Cosan também se beneficiará da injeção de capital de US$ 1,6 bilhão da Shell na Raízen (sendo que R$ 815 milhões já foram recebidos e o restante deverá ser recebido em junho de 2012 e junho de 2013) e do perfil pouco ala-vancado das atividades de distribuição de combustíveis.

A Raízen pretende atingir uma capa-cidade instalada de moagem de cana-de-açúcar de 100 milhões de toneladas até 2016, em comparação com apro-ximadamente 65 milhões de toneladas ainda este ano.

Considerando os atualmente ele-vados custos dos investimentos, o acesso a capital a condições competi-tivas será fundamental para viabilizar economicamente os novos projetos da Raízen. Em bases recorrentes, a Fitch acredita que a Shell e a Cosan serão capazes de capturar sinergias nos ne-gócios de açúcar e etanol a médio prazo, o que deverá fortalecer ainda mais seu fluxo de caixa. (Fonte: Moni-tor Mercantil Digital)

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O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, declarou que o Brasil será um dos principais contribuintes para o acréscimo na oferta de petróleo no mercado mundial e ressaltou que a demanda segue crescente nos países em desen-volvimento. Gabrielli participou, em outubro, de reunião ministerial promovida pela Agência Interna-cional Energia (IEA), em Paris. “Há uma mudança ocorrendo do setor de energia”, disse em discurso durante almoço com ministros e presidentes de em-presas do setor.

Gabrielli explicou que a demanda por petróleo está migrando dos países da Europa, Estados Unidos e Japão para os países emergentes, como Brasil, China, Rússia, África do Sul. “É uma grande trans-formação na geopolítica e no mercado de logística do petróleo”, enfatizou. Segundo o executivo, a IEA mostrou que, ao contrário do que se poderia imaginar, a demanda global por petróleo aumentou durante a crise.

No Brasil, a demanda por petróleo cresceu 10,5% em 2010, e 19% por gasolina no mesmo ano, exemplificou. A expectativa é que o consumo no País passe dos atuais 2,2 milhões de barris de petróleo por dia (bpd), para 3 a 3,3 milhões de bpd em 2020. “A Petrobras aumentará em 2,3 milhões de barris sua capacidade de produção diária de petróleo e terá acréscimo de produção líquida de aproximadamente 1 milhão de barris em 2015. Em 2020, produzi-rá quase 5 milhões de barris de petróleo por dia no Brasil”, destacou.

iNvestimeNtos em refiNo

Ao estabelecer a relação entre o atual cenário e o papel que a Petrobras deve desempenhar, Gabrielli declarou que o que o Brasil precisa “aumentar os investi-mentos na capacidade de refino. As oportunidades para investimentos são vastas em países como China, Oriente Médio, África e Brasil. Estes mercados estão cres-cendo, haverá mais e mais demanda nos países emergentes”. Gabrielli adicionou outras áreas em que a Companhia vai investir nos próximos anos: “vamos investir não somente na capacidade de refino, mas também desenvolver meios de comu-nicação, robótica, procedimentos de segurança, logística e tecnologia da informa-ção, entre outros. É uma obrigação que a Petrobras precisa adotar, e adotará.”

O presidente da Petrobras também participou de coletiva de imprensa junta-mente com Fatih Birol, economista-chefe da IEA, e Fulvio Conti, presidente da em-presa italiana Enel. Birol explicou que nos próximos 25 anos, US$10 trilhões serão necessários em investimentos para atender a demanda de petróleo projetada até 2035. A Petrobras investirá US$ 224,7 bilhões até 2015, observou Gabrielli.

O presidente da Petrobras também ressaltou a necessidade de aumentar a capacidade da cadeia de fornecedores e o desafio de combinar demanda cres-cente com redução de emissões. “Isso pode ser alcançado com novas alternati-vas de combustíveis e uso mais eficientes das fontes atuais de energia”, disse.

TransFormações geopolíTiCas no seTor energéTiCo

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12 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011

Produtos & Serviços

Bozza mosTra TeCnologia em Fórum de inFraesTruTuraA Bozza, empresa que atua no

mercado brasileiro há mais de 60 anos produzindo equipamentos e unidades móveis para lubrificação e abastecimento, incluindo comboios hi-dráulicos, modulados, pressurizados,

imporTações de luBriFiCanTes aumenTam no mês de ouTuBroAs exportações brasileiras registram

este mês aumento nas três categorias de produtos. Segundo os dados divulga-dos hoje pelo Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Comércio Exterior, em relação a outubro de 2010, houve crescimento de 21,1% nas vendas de semimanufaturados, por conta de óleo de soja em bruto, ouro em forma semi-manufaturada, semimanufaturados de ferro e aço, couros e peles, ferro-ligas, açúcar em bruto e celulose.

As exportações de básicos subi-ram 22%, com destaque para soja em grão, café em grão, carne de frango, bovina e suína, milho em grão e farelo de soja. A alta das exportações de manufaturados é de 10,6%, com aumentos mais expres-sivos nos embarques de óleos com-bustíveis, suco de laranja congela-do, polímeros plásticos, veículos de

oficinas móveis, bombeiros agrícolas, tanques abastecedores, tanques para transporte de água e irrigação, par-ticipou do Sobratema Fórum – Brasil Infraestrutura – Cidades. O painel, voltado ao profissional do “construbu-

siness” (macro cadeia da construção) que necessita de informações para compreender o cenário macro econô-mico e tomar decisões estratégicas, aconteceu no Centro Fecomércio de Eventos, em São Paulo. A Bozza, com sede em São Bernardo do Campo, no Grande ABC paulista, foi um dos patrocinadores do evento e, em seu estande, apresentou detalhes técnicos do comboio pressurizado. Fabricado com módulos individuais, o comboio pressurizado proporciona facilidade na manutenção e substituição de par-tes estruturais além oferecer reserva-tórios pressurizados com sistema de auto-abastecimento, o que possibilita operações simultâneas aumentando a produtividade.

carga, laminados planos, motores e geradores e autopeças.

Nas importações, aumentaram as aquisições de combustíveis e lubrifican-tes (56,8%), borracha e obras (43%), equipamentos elétricos e eletrônicos (25,4%), veículos automóveis e partes (22,6%) e plásticos e obras (21,2%).

Nos nove dias úteis de outubro,

as exportações somaram US$ 9,81 bilhões, com média diária de US$ 1,09 bilhão, alta de 18,6% em rela-ção a outubro de 2010 (US$ 919,1 milhões). As importações do período chegaram a US$ 8,934 bilhões e re-gistraram média diária de US$ 992,7 milhões, com elevação de 19,9% ante outubro de 2010.

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Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011 • 13

Confi ra a edição online da Lubgrax setembro/outubro

LUBGRAX ONL INE

1ª PESQUISA LUBGRAX SORTEARÁ IPAD AOS RESPONDENTESA Sergio Ávila Editora, responsável pela publicação da revista Lubgrax sorteará

entre os respondentes da 1ª Pesquisa Lubgrax de Fornecedores no mercado de lu-

brifi cantes, óleos, fl uidos e graxas um Ipad. Para responder a pesquisa basta entrar

no site www.lubgrax.com.br e acessar o banner que se encontra no lado direito da

página (veja imagem ao lado). O levantamento conta com dois formatos: o primeiro

tem por objetivo investigar e reconhecer, junto aos fabricantes de lubrifi cantes, óleos, fl uidos e graxas os

melhores fornecedores (matérias-primas, embalagens, equipamentos, instrumentos de análise e laboratório,

sistemas de fi ltragem, transporte e logística) no ano de 2011. Já o segundo visa reconhecer os trabalhos

realizados pelos fornecedores no quesito Sustentabilidade Ambiental e Social.

FAMÍLIA MAGNATEC TEM DOIS LUBRIFICANTES EXCLUSIVOS PARA FORD E VOLKSWAGENOs novos óleos são resultado das parcerias mundiais que a Castrol mantém com as duas montadoras. Com a chancela da marca Magnatec, ambos os lubrifi -cantes tem em sua formulação as moléculas inteligentes que proporcionam proteção contínua ao motor, desde o momento da partida. As moléculas inteligentes de Castrol Magnatec se aderem às partes metálicas do motor, formando uma película protetora que permanece lá mesmo quando desligado. O resultado é signifi cativa redução do desgaste e maior proteção, além do aprovei-tamento total da potência do motor.Estas propriedades exclusivas estão pre-sentes também nos dois novos óleos da família Magnatec: Castrol Magnatec A5 5W-30, desen-volvido para motores Ford e Castrol Mag-natec Exclusive, para motores VW.

RAÍZEN E CODEXIS SE UNEM PARA AMPLIAR PRODUTIVIDADE DO ETANOL A Raízen assinou acordo com a empresa norte-americana de biotecnologia Codexis para o desenvolvimento de novas tecnologias que aumentem a produtividade da cana-de-açúcar na produção de etanol de primeira geração. A Raízen, joint ventures entre a Cosan e a Shell, produziu 2,3 bilhões de litros de etanol em 2010.Segundo o presidente da Raízen, Vasco Dias, o Brasil precisa de investimentos em aumento de produtividade para atingir as metas de produção que se espera para os próximos anos.O acordo prevê a melhoria de leveduras atualmente utilizadas na produção de etanol de cana. Atualmente a Codexis está analisando amostras de cana-de-açúcar colhidas na Usina Bonfi m e os primeiros resultados são esperados dentro de cerca de seis meses, de acordo com a Raízen.A parceria também prevê que a Codexis irá deter os direitos de comercialização das leveduras desenvolvidas e a Raízen terá formas preferenciais de compra. A colaboração entre as duas empresas também podem incluir o desenvolvimento de outros produtos químicos a partir da cana. A Raízen já tem uma joint venture com a Amyris, a Novvi, que está produzindo um lubrifi cante renovável a partir de cana-de-açúcar, que deve chegar ao mercado em 2012.

Confi ra a edição

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Entrevista – quantiQ

Novas oportunidades no radar

Ele é o novo presidente da quantiQ. Vindo da Braskem, Edison Terra Filho, reforça, nesta entrevista, que os projetos de crescimen-to da companhia – divulgados em coletiva à imprensa no início do ano – serão mantidos em sua gestão, à revelia da troca de cadeiras na linha de frente promovida pela controladora. Fato,

aliás, que faz questão de sublinhar como “processo natural de evolução” dentro do Grupo Odebrecht e cuja filosofia é gerar mudanças e oxigenar a equipe.

Engenheiro de produção formado pela USP e mestre em administração pela FGV, Terra Filho, que chegou ao cargo em abril, colocando um ponto final no processo de reestruturação iniciado a partir da aquisição da com-panhia pela Braskem, no início deste ano, se aproximou do mercado de especialidades químicas ao trabalhar no grupo francês Rhodia. Lá, teve a oportunidade de se familiarizar com itens que integram o atual portfólio da quantiQ, caso dos solventes.

Na Braskem atua desde 2002, com passagens pela área de polímeros e petroquímicos básicos. Nos últimos dois anos e meio foi o responsável pelo setor de exportação de polímeros, cujos volumes são bastante expres-sivos, o que o levou a lidar com uma equipe formada por profissionais da Argentina, Chile, Colômbia, Estados Unidos e Europa.

Para vencer no novo desafio na liderança da quantiQ conta com a experiência de ter estado do lado dos produtores, o que lhe permite identi-ficar suas expectativas e necessidades na relação com os distribuidores.

Para o próximo ano, prevê crescimento, mas sem a euforia de 2011, ano, aliás, cujos resultados serão frustrantes, não em relação ao cresci-mento – que deve se equiparar ao de 2010 –, mas em função da alta expectativa gerada no período anterior.

Entre as novidades está a intensificação do trabalho no segmento de lubrificantes, para o qual vários produtos estão sendo analisados, visando incrementar o portfólio para o setor. No aspecto macro, o posicionamento da quantiQ como agente de consolidação da indústria de distribuição de produtos químicos no Brasil é certo já que, conforme argumenta o presiden-te, a companhia se sente à vontade e preparada para assumir este papel.

Por Maristela Rizzo e Miriam Mazzi

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Entrevista – quantiQ

(...) essa evolução é natural na

cultura da Braskem e da Odebrecht

pelo fato de, com isso, trazer uma

visão nova para a companhia e pro-piciar mudanças

vas, visando agregar portfólio em mercados onde a quantiQ já atua, como o de lubrifi -cantes, por exemplo. Além disso, há alguns novos projetos em segmentos para os quais atualmente não temos um portfólio grande, mas que temos interesse, em função do mo-mento da indústria. Um deles é o de petró-leo, que é promissor, principalmente em fun-ção do pré-sal; e o segmento de construção civil, em direção do qual também estamos trabalhando forte. E há um terceiro eixo, que não depende só da quantiQ, embora a companhia esteja posicionada para fazer esse papel, que é a consolidação da distribuição de produtos quí-micos no Brasil. Notamos interesse de players internacionais de entrarem no mercado brasi-leiro. Um exemplo recente é a aquisição da Arinos pela Univar. A quantiQ tem interesse, a partir do momento que as oportunidades se mostrarem atrativas, para criar valor por meio do processo de consolidação. A empresa também interesse em ser esse player. Se excluirmos a BR Distribuidora, a quan-tiQ é a maior distribuidora de produtos quí-micos do Brasil. A companhia tem escala e ativos signifi cativos nos seus centros de distribuição que poderiam absorver novas operações. Além disso, tem o respeito da indústria em função de seu posicionamento de liderança numa série de segmentos nos últimos anos. Isso tudo credencia quantiQ a também ser um dos agentes de consoli-dação da indústria. As oportunidades têm de ser analisadas caso a caso e não de-pendem só da quantiQ. Para alguém con-solidar é preciso que alguém queira ser consolidado.

Revista Lubgrax: Nesse processo de incor-poração da quantiQ, a Braskem chegou a co-gitar se desfazer do negócio de distribuição, porque fugia um pouco do escopo de atuação do grupo. Essa hipótese está defi nitivamente afastada? A marca está consolidada ou deve ser substituída?

Revista Lubgrax: Como você avalia o processo de transição na presidência da quantiQ?Edison Terra Filho: Foi um processo de con-

tinuidade e até longo. O Fernando (Rafa-el Abrantes, antecessor na presidência da companhia) fi cou comigo cerca de 40 dias, entre a segunda quinzena de abril e maio, e foi a oportunidade de conhecer clientes, for-necedores e a equipe da quantiQ também. Ele estava na companhia há 15 anos, mas como líder desde 2007. Importante destacar que se tratou de um pro-cesso de continuidade e parte da estratégia da Braskem, que assumiu a quantiQ em 2007, e que é natural na cultura da Braskem e da Odebrecht a mudança de liderança, o que traz uma nova visão do negócio.

Revista Lubgrax: Dentro desse conceito de evolução, quais são as estratégias e metas es-tabelecidas para a sua gestão?Terra Filho: A estratégia de crescimento

da quantiQ continua a mesma. Hoje são três eixos de crescimento. O primeiro é o crescimento orgânico, que deveria ser aci-ma do PIB, porque atuamos em segmentos com crescimentos importantes. Além disso, a distribuição tem uma expansão acima da média, porque notamos que os principais produtores tendem cada vez mais a se con-centrarem nos seus clientes-chave e passar para a distribuição o atendimento de qua-lidade dos clientes menores. Isso porque o papel do distribuidor não é só comprar da representada e vender para o seu cliente, mas o importante é ter alguma agregação de valor nesse meio, seja por intermédio da capilaridade ou da venda de embalagens que atendam a necessidade desses clientes, ou ainda da prestação de algum serviço que o produtor não tem condições de dis-ponibilizar para esses clientes. O segundo eixo de crescimento é o de-senvolvimento de novos negócios, seja por meio das representadas atuais, seja com no-

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Entrevista – quantiQ

Terra Filho: A quantiQ esteve formalmente num processo de venda, mas isso mudou em função de alguns fatores: durante esse processo houve um fato novo – a aqui-sição pela Braskem da Quattor – e isso trouxe a Unipar para o negócio, criando a necessidade de uma nova avaliação da situação. Outro ponto foi que a Braskem tem hoje uma visão diferente, de não ser apenas uma empresa petroquímica, mas uma empresa química. A quantiQ, então, passou a ser um ativo de interesse. Portan-to, asseguro que hoje não há nenhum po-sicionamento da Braskem de se desfazer desse ativo.A marca quantiQ, por sua vez, está conso-lidada; não existe nenhum projeto de subs-tituí-la por uma marca Braskem ou qualquer outra. A estratégia atual é fazer crescer o negócio de distribuição, que distribui produ-tos de quase 170 fornecedores diferentes, incluindo os da Braskem.

Revista Lubgrax: A quantiQ continuará a atuar de forma independente?Terra Filho: Sim, a quantiQ tem sua pró-

pria identidade e a Braskem é um for-necedor importante, mas ambas têm

estratégias distintas. O que aconteceu durante esse tempo foi a identificação de que a quantiQ não estava posiciona-da como uma das líderes na distribuição de resinas termoplásticas, especialmente polietileno e polipropileno, e aí houve a ratificação da estratégia que havia sido definida lá atrás, de que a quantiQ faria a cisão desse negócio. Essa iniciativa va-leu tanto para os negócios que a quan-tiQ já tinha quanto para os que vieram da Unipar Comercial. Hoje a quantiQ não atua nesses mercados, até porque a Braskem tem parceiros históricos com empresas consolidadas. A quantiQ é um negócio independente, que tenta aproveitar algumas sinergias por fazer parte do grupo, tem suas estratégias e inde-pendência e coexiste com outros distribuido-res da Braskem, até em mercado similares. Vale destacar que a quantiQ não é distri-buidor exclusivo da Braskem nos mercados químico e petroquímico.

Revista Lubgrax: Na última entrevista re-alizada com o então presidente da empresa, Fernando Abrantes, em que foram tratadas as metas da empresa para médio o longo prazos, a internacionalização da quantiQ ha-via sido eleita um dos caminhos para posicio-nar a empresa no topo do ranking mundial de distribuidoras de produtos químicos. Este projeto foi engavetado?Terra Filho: A quantiQ tem analisado alter-

nativas de fazer movimentos internacionais. Hoje temos exportação para atender alguns clientes no Brasil e que usam produtos ou de representadas da quantiQ ou formulados por ela em outros países, principalmente na América do Sul. Eu diria que estamos aber-tos a oportunidades, principalmente para conversar com representadas que estão inte-ressadas em nos acompanhar. Internaciona-lizar por internacionalizar não faz sentido; precisamos agregar algum valor. A quantiQ precisa aportar nesse processo algum valor

o papel do distribuidor não é só comprar da representada e vender para o seu cliente, mas o importante é ter alguma agregação de valor

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Entrevista – quantiQ

A quantiQ é um negócio indepen-dente, que tenta aproveitar algumas siner-gias por fazer parte do grupo, tem suas estraté-gias e indepen-dência e coe-xiste com outros distribuidores da Braskem, até em mercado similares

para as representadas e para os clientes que viesse a atender. Acreditamos que te-mos oportunidade de crescimento no Brasil, antes de fazer esse movimento externo. A internacionalização está no radar, mas não é prioridade de curtíssimo prazo; vamos se-guir acompanhando e evoluindo à medida que as oportunidades forem surgindo.

Revista Lubgrax: Você ressaltou como ga-nho para exercer a função de presidente da quantiQ o fato de já ter estado do outro lado do balcão, ou seja, do produtor. O que você, agora do lado da distribuição, vai procurar satisfazer junto ao produtor?Terra Filho: Há um conjunto de propostas

que o distribuidor agrega para o produ-tor; obviamente a importância varia de segmento para segmento. De uma forma geral, o conceito de capilaridade e de portfólio de produtos acaba facilitando a vida dos clientes menores e agrega um valor para os produtores que ele não tem, pois não consegue, com a sua es-trutura, ter o mesmo nível de atendimento do distribuidor. Na prestação de servi-ços, exemplos são o desenvolvimento de aplicações em nossos laboratórios; o fra-cionamento de produtos; entrega em vo-lumes menores que atendam à necessida-de do produtor; entregas mais frequentes para os clientes que não têm condições de armazenar o produto ou capital de giro para comprar grandes volumes; au-xílio na questão de análise de crédito; enfim, um conjunto de valores. Além dis-so, acredito que a transparência é muito importante nessa relação com o produtor. Da mesma maneira que o produtor com-partilha conosco a sua estratégia e esta-belecemos, em função disso, metas em conjunto – de crescimento, de volume, de rentabilidade – também temos o dever de levar para ele informações de mercado, com transparência. Há um pouco de sim-biose dessa inteligência.

Revista Lubgrax: Para o mercado de lu-brifi cantes, quais as novidades, levando em conta que a quantiQ já havia dado decla-rações de que havia interesse em trabalhar mais forte neste setor?Terra Filho: Temos avançado nesse sentido.

Posso afi rmar que o segmento de lubrifi -cantes cresce bastante, do ponto de vista relativo, dentro do nosso portfólio. Ele já teve uma participação incipiente e hoje é bem mais relevante. O principal motivo para isso foi o crescimento do portfólio com a conquista de novas representadas. E o objetivo é continuar enriquecendo o portfólio com produtos de performance e especialidades.

Revista Lubgrax: Como está hoje este portfólio?Terra Filho: Na linha de aditivos, temos os

produtos da Lubrizol; temos Wacker, com si-licones e antiespumantes; Dow, com a linha de biocidas; Ergon, que é um dos contratos mais recentes, na linha de óleos naftênicos; e uma das maiores fabricantes mundiais de óleos do Grupo III, a SK Lubricants. Além disso, temos desenvolvido a prestação de serviços, tanto de armazenagem quanto de formulação de produtos, principalmente no CD de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, que é uma região relevante para esta indús-tria. Também podemos fazer essa prestação de serviços no CD de Guarulhos, em São Paulo, que é o mais importante em termos de volume. O objetivo foi montar a estrutu-ra, tanto do ponto de vista de portfólio de produtos como de prestação de serviços, para desenvolver formulação. Esta iniciativa também fez com que tivéssemos crescimen-to no segmento.

Revista Lubgrax: Alguma nova parceria à vista?Terra Filho: Sim, algumas em estudos na li-

nha de aditivos de performance, mas não dá ainda para abrir. Posso adiantar que

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Entrevista – quantiQ

também estão no nosso radar a linha de ésteres e a de óleos do Grupo II.

Revista Lubgrax: Existe uma meta de par-ticipação do setor de lubrifi cantes nos negó-cios da quantiQ?Terra Filho:Não, porque se trata de uma

meta de crescimento em diversos segmen-tos. O objetivo da quantiQ é ser o principal distribuidor de produtos para a indústria de lubrifi cantes e quando falo maior distribui-dor, não é somente na escala de volume, mas também na prestação de serviços, tan-to para os produtores quanto para os princi-pais clientes de óleos lubrifi cantes. A função do distribuidor não é só comprar e vender; precisamos olhar quais são as necessidades do produtor e do cliente e de que maneira podemos suprir essas necessidades, resol-vendo problemas, trazendo soluções mais completas. Essa é a mentalidade que tem orientado nossa equipe.

Revista Lubgrax: O crescimento no merca-do de lubrifi cantes acompanha o do mercado de distribuição, ou seja, fi ca acima do PIB?Terra Filho: O crescimento da quantiQ será aci-

ma do segmento, como conseguimos trazer no-vas representadas e oferecermos um portfólio grande, no caso da Ergon, por exemplo, acre-dito que se fi zermos uma pizza com a partici-pação do segmento de lubrifi cantes em 2010 e 2011, a fatia será maior, num negócio total que deve crescer acima do crescimento da in-dústria, O negócio de lubrifi cantes ganhou rele-vância na quantiQ ao longo de 2011.

Revista Lubgrax: Este ano começou com perspectivas bem otimistas, que foram mu-dando de rumo frente aos solavancos da eco-nomia mundial. Como foi o ano para a quan-tiQ e quais as expectativas para 2012?Terra Filho: Embora ainda faltem três meses

para o ano terminar – e precisamos faturar muito – acredito que 2011 será o oposto de 2010. No ano passado tínhamos uma

expectativa baixa, que foi superada pelas realizações. Este ano, em função do ex-cesso de otimismo de 2010, a realidade está frustrando, não tanto pelos resultados em si, mas pelas expectativas geradas. Em termos de crescimento, os dois anos devem ser similares. Para 2012, estamos vendo o ano de uma forma mais equilibrada, com um senso de rea-lidade mais aguçado. Existe uma perspectiva de crescimento, sim. A expectativa da quan-tiQ é crescer acima do crescimento médio da indústria, pois atuamos em segmentos em que os produtores tendem a aumentar a fatia de negócio com a distribuição. Obviamente, há um cenário internacional que demanda cuidados. E a quantiQ está fazen-do há uns dois meses um estudo de análise e de racionalização do portfólio. Continuamos abertos para novos desenvolvimentos, mas, ao mesmo tempo, estamos olhando os desenvolvi-mentos recentes que não foram tão bem sucedi-dos e questionando se faz sentido sua continui-dade ou se é preciso revisar o curso de alguns projetos. Mas não é nada radical, como disse, é uma evolução natural. A quantiQ passou por uma diversifi cação muito grande nestes últimos dois anos e está no momento de acertar de novo e racionalizar, justamente para concen-trar os recursos e esforços nos segmentos onde encontramos melhores resultados.

Revista Lubgrax: Existe a possibilidade de o crescimento da quantiQ para 2012 estar alicerçado na política de aquisição?Terra Filho:Quando falamos em consolida-

ção, sim, estamos atentos a oportunidades inteligentes, que façam sentido. Crescer por crescer não é nosso objetivo. Esse cres-cimento tem que trazer alguma vantagem do ponto de vista de competitividade, de escala, de complementação de portfólio ou de acesso a algum mercado que ain-da não atuamos e que identifi camos como alvo. E, obviamente, tem de acrescentar valor para o acionista.

A quantiQ pas-sou por uma

diversifi cação muito grande nestes últimos

dois anos e está no momento de acertar de novo

e racionalizar, justamente para

concentrar os re-cursos e esforços

nos segmentos onde encontra-mos melhores

resultados

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Por Miriam Mazzi

Mais proteção para as superfícies metálicasAditivos que protegem peças e equipamentos conta a ação da umidade, os anticorrosivos têm tarefa fundamental na batalha para tornar os fl uidos menos suscetíveis à contaminação microbiológica, que acabam causando a corrosão. Atualmente, os departamentos de pesquisa de novos produtos dos fornecedores trabalham para oferecer produtos de proteção múltipla e isentos de boro e dietanolamina.

P roteger peças e equipamentos contra os efeitos maléfi cos da umidade. Esta é, de uma forma bastante simplifi cada,

a função dos anticorrosivos nos lubrifi cantes. No caso dos óleos ou fl uidos de corte, estes aditivos agem basicamente na preservação tanto das peças quanto da máquina e das ferramentas contra a ação da corrosão, seja durante o processo de usinagem, ou já no armazenamento e transporte das peças pro-duzidas. “Principalmente no caso dos fl uídos solúveis, onde a ameaça da corrosão se tor-na mais presente, devido à alta quantidade de água, o que deixa os fl uídos mais sus-cetíveis à contaminação microbiológica e, por consequência, à degradação do fl uido, expondo o produto a pHs ácidos”, detalha o gerente de contas da Afton Chemical, Rafael Esteves.

De acordo com o profissional, dentro da linha de produtos para a área metalmecâni-ca, ainda há os produtos para a proteção das peças ao final do processo, ou fluidos protetivos temporários contra a corrosão. “Estes produtos são utilizados para proteger

as peças fabricadas contra a corrosão, por um período de armazenagem e/ou trans-porte mais longos”, inclui, explicando que, neste caso, o que se espera do produto é que seja compatível com o fluido de cor-te utilizado no processo de fabricação da peça, visando evitar reações posteriores e o aparecimento de manchas ou, ainda, de corrosão, que possam deslocar a água facil-mente da superfície metálica. “Além disso, espera-se que estes aditivos sejam de baixa toxicidade e não inflamáveis”, completa.

Felipe abambres Lopes, assistência técnica da Miracema-Nuodex, outra fornece-dora de matérias-primas para o mercado de lubrifi cantes, óleos, graxas e fl uidos, acres-centa que os anticorrosivos, presentes na maioria das formulações de lubrifi cantes, são aditivos que protegem superfícies metálicas contra intempéries, atmosferas úmidas além dos ataques ácidos e do oxigênio. “Os agen-tes corrosivos podem ser produtos resultantes da própria oxidação do óleo, como também agentes externos contidos no ar atmosférico ou, ainda, no caso de motores de combus-

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Anticorrosivos

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tão interna, ácidos formados na combustão”, elucida, argumentando que os inibidores de corrosão proporcionam uma barreira entre a superfície metálica e os agentes corrosivos ou ainda neutralizam ácidos, formando filmes protetores.

Edgar Veloso, especialista técnico da Uni-dade de Negócios Rhein Chemie, da Lan-xess, outra fornecedora de aditivos par ao mercado e lubrificantes, pondera que, em sistemas tribológicos, a presença de umida-de não pode ser evitada, porém os efeitos provocados pela corrosão podem ser minimi-zados. “A corrosão é provocada pela rea-ção eletroquímica entre o metal e o oxigênio do ar na presença de umidade. Para tanto, aplica-se diversos tipos de óleos protetivos às superfícies metálicas”, diz, citando os aditivos anticorrosivos à base de sulfonatos, naftenatos, carboxilatos e amidas para óleos de motor, hidráulicos, engrenagens, turbinas e graxas, onde as superfícies metálicas são dinâmicas; e as proteções temporárias como tintas, esmaltes e ceras à base de sulfonatos, onde as superfícies metálicas são estáticas.

O mercadO Apesar de os anticorrosivos serem, em

sua grande maioria, importados, também são encontrados localmente, o que faz des-te um segmento bastante competitivo.”Há fabricantes locais e empresas multinacionais fornecendo materiais de qualidade a preços equivalentes”, testemunha Veloso, da Rhein Chemie.

A Miracema-Nuodex é uma das que li-dera o fornecimento doméstico. “Cada vez mais existe uma maior preocupação, exigên-cia e demanda do mercado por lubrificantes e protetivos que consigam proteger por mais tempo o equipamento e as peças produzi-das a fim de se evitar gastos e paradas com manutenção e perda de qualidade, de for-ma que há sempre a necessidade de novos desenvolvimentos e aprimoramentos para que se atendam estas necessidades”, argu-

menta Lopes, que ratifica a oferta de produ-tos importados e nacionais, destacando que a Miracema-Nuodex produz anticorrosivos para diversas aplicações industriais há mais de meio século.

No caso da Afton Chemical, por exem-plo, 100 % dos produtos comercializados no Brasil vêm da Europa ou Estados Unidos. E, de acordo com cálculos do gerente de conta da empresa, o mercado local de anticorrosi-vos usados em fluidos de corte alcança 1000 ton/ano, com preços que variam de US$ 5 até 25 US$/kg, dependendo da tecnologia. Já para os óleos protetivos, o mercado estima-do é de 400 a 600 ton/ano, “considerando as principais tecnologias disponíveis”, escla-rece Esteves, acrescentando que os preços variam também de acordo com a tecnologia, e vão desde US$ 5 a US$ 15/kg.

NOvidades Entre as novidades no segmento de

anticorrosivos está a oferta de produtos de proteção múltipla e isentos de boro e DEA (Dietanolamina), os chamados anti-

Felipe Abambres Lopes, assistência técnica da Miracema-Nuodex

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Anticorrosivos

corrosivos “multimetais”, conforme Esteves. Ele cita como exemplo anticorrosivos para proteção múltipla de Al/Cu/ Zn/ Mg. “A vantagem principal é eliminar o uso de vá-rios aditivos individualmente, utilizando um só produto, o que gera racionalização de matérias-primas e simplificação de formula-ção”, justifica. Aliados a esta tecnologia, o gerente de conta cita os tradicionais pro-dutos para inibição de corrosão em metais ferrosos, mas com alternativas sustentáveis livres de boro, DEA e nitritos.

Lopes, da Miracema-Nuodex, destaca no-vidades no mercado de metalworking, para o qual a empresa oferece diversos produtos, inclusive anticorrosivos. “Existe uma tendência para se evitar o uso de anticorrosivos que con-tenham aminas secundárias na formulação”, diz, reforçando a afi rmação de Esteves. Ain-da conforme ele, há algumas vertentes que caminham para o desuso de compostos que

contenham boro, como no caso das amidas boradas. Devido a esta necessidade, a Mi-racema desenvolveu o Liovac IB 100, que é um anticorrosivo solúvel em água, isento de amina secundária e boro, recomendado para formulações de fl uidos de usinagem sin-téticos e semissintéticos.

veloso, da Rhein Chemie, argumenta que em termos de novidades tecnológicas e sustentáveis não se verifi ca novos desenvol-vimentos no mercado. Porém, o profi ssional afi rma que cada vez mais percebe-se que os fabricantes lançam produtos de alto desem-penho, “com maior tempo de proteção quan-to ao desgaste das peças, alta demulsibilida-de e facilidade de remoção em sistemas de proteção temporária”.Rafael Esteves, gerente de conta da Afton Chemical

Edgar Veloso, especialista técnico da Unidade de Negócios Rhein Chemie, da Lanxess

mercadO BrasiLeirO de aNTicOrrOsivOs

Tipo volume (Ton/ano) Preços (us$/Kg)Anticorrosivos Usados em Fluidos de Corte 1000 De 5 A 25 (*)Óleos Protetivos 400 A 600 De 5 A 15 (*)

(*) Dependendo da Tecnologia Fonte: Afton Chemical

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O que há NO mercadO

afton chemicalPara fluidos de corte solúveis em óleo e água:Multimetal (baseados na tecnología do fósforo);Multitect JP – Al/Cu/Zn (solúvel em água, livre de alcanolaminas);Multitect MG – Al/Cu/Mg/Zn (solúvel em óleo e água).

metais individuais: Multitect Cu – Cobre e suas ligas (metais amarelos), solúvel em água, livre de DEA, baseado na mistura de benzotriazol e toliltriazol;TecGARD 100 - Cobre e suas ligas (metais amarelos), solúvel em óleo, baseado em tiodiazol;Multitec AL – Alumínio e suas ligas (solúvel em óleo, baseado em ácido salicílico).Linha Actracor e Polartech DA - Metais ferrosos – (ácidos carboxílicos neutralizados com aminas)

Protetivos temporários:Linha TecGARD (sulfonatos de cálcio e bário – neutros e overbase) e Polartech RP (petrolato oxidado).

miracema-NuodexLiovac iB 100: carboxilato orgânico isento de boro, aminas secundárias e terciárias. Utilizado como aditivo anticorrosivo em formula-

ções de fluidos de corte sintéticos e semissintéticos. Liovac 3147: alcanolamida de ácido bórico utilizada como aditivo anticorrosivo para formulações de fluidos de corte sintéticos e

semissintéticos. Liovac 3144: alcanolamida de ácido bórico isenta de amina secundária utilizada como aditivo anticorrosivo para formulações de

fluidos de corte sintéticos e semissintéticos. Liovac 484: amida de tall oil utilizada como aditivo anticorrosivo em formulações de óleos de corte emulsionáveis e fluidos sintéticos e

semissintéticos, além de auxiliar na dispersão dos mesmos.Liovac 489: amida de soja, de leve odor e coloração clara, utilizada como aditivo anticorrosivo em formulações de óleos de corte

emulsionáveis e fluidos sintéticos e semissintéticos, além de auxiliar na dispersão dos mesmos.Liovac Zn 11: aditivo anticorrosivo a base de naftenato de zinco indicado para formulações de óleos minerais e graxas lubrificantes

(não altera as características da graxa acabada).Liovac 3355: anticorrosivo a base de Dialquilditiofosfato de Zinco solúvel em todos os tipos de óleos minerais. Muito utilizado na for-

mulação de óleos hidráulicos. Também possui propriedades antidesgaste e antioxidante. Liovac 6330: sulfonato de Cálcio overbased que tem como principal função neutralizar os produtos ácidos da reação de combustão

formando compostos insolúveis que se mantém em suspensão e não aglomeram nas superfícies metálicas.Liovax 616/50: protetivo temporário a base de vaselina oxidada neutralizada com hidróxido de cálcio e diluída em aguarrás.Liovax 2820: protetivo temporário a base de parafina oxidada, esterificada e combinada com sabões de bário. Indicado na formula-

ção de protetivos industriais a base solvente.Liovax Ba a 67: solução de sulfonato de bário overbased em óleo mineral. É um excelente inibidor de corrosão em atmosferas úmidas

e ácidas, além de apresentar efeito de demulsibilidade.

rhein-chemieLinha additin rc 4100: sulfonatos à base de bário.Linha additin rc 4200: sulfonatos à base de cálcio.Linha additin rc 4300: sulfonatos à base de sódio.Linha additin rc 4400: sulfonatos à base de magnésio.Linha additin rc 4500: naftenatos e carboxilatos à base de zinco.Linha additin rc 4800: amidas à base de ácido succínico, sulfônico e ésteres.

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Evento

Segunda edição do Lubgrax Meeting atinge consolidaçãoJá no segundo ano, o Lubgrax Meeting mostra que veio para ficar, apresentando recorde de público e de patrocinadores.

Realizado nos dias 16 e 17 de agosto de 2011, o 2º Lubgrax Meeting reuniu 116 empresas e 307 congressistas, contra 205

no ano anterior, registrando crescimento de 50% no público visitante. Em relação aos patrocina-dores, o incremento foi de 80%, de 10 investi-dores em 2010 para 18 neste ano. A média de público presente no Congresso ficou na média de 78% do público total no primeiro dia de pa-lestras e em 69,3% no segundo dia. De acor-do com o diretor Sergio Ávila, da Sergio Ávila Editora e Eventos, responsável pela organização do Lubgrax Meeting, esta expansão no número

de patrocinadores e participantes mostra que o evento alcançou a tão almejada consolidação no mercado de lubrificantes, óleos, fluidos e gra-xas. “Isto nos motiva a desejar com mais inten-sidade o aperfeiçoamento da próxima edição do Lubgrax Meeting”, avaliou. A previsão do 3º Lubgrax Meeting é que ocorra em setembro de 2012, com data e local ainda não definidos.

Palestras consagradasO congresso contou com a participação de

convidados ilustres, como o renomado Ozires Sil-

Sergio Avila, diretor da Sergio Avila Editora e Eventos

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Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011 • 25

va, atual reitor da Unimonte, ex-presidente da Pe-trobras, atuou como ministro da infraestrutura em 1991, presidiu a Varig e promoveu a criação da Embraer, dando inicio à produção industrial de aviões no Brasil. Foi exatamente sobre este fato que Ozires baseou sua palestra que teve como tema “O mundo no qual viveremos. Empreenda desafios!”, tema que abriu o evento no dia 16. A aceitação do público foi retumbante, tanto que das 142 avaliações obtidas no final do evento, 76% dos congressistas indicaram a palestra como uma das que mais lhe interessaram.

No dia 16, o 2º Lubgrax Meeting também contou com as palestras de Claudio Lopes, ge-rente de vendas Brasil/Paraguai da Afton Che-mical que apresentou o tema (Indústria de aditi-vos antecipa o futuro”; Felipe Abambres Lopes e Karina Zanetti, assistentes técnicos da Mirace-ma-Nuodex que falaram sobre “Biocidas para óleos industriais”; Mary Taylor, diretora para fluidos especiais da Münzing em Nova Jersey, Estados Unidos e João Ricardo Ryan, diretor da Trayan Comercial e Importadora, que apresenta-ram a palestra “Controle eficaz de espuma em

fluidos e corte com uso de antiespumantes de moléculas de 3D organosiloxanes modificadas e suas vantagens”; Celso João, engenheiro da Alisson Transmission que discorreu sobre “Apli-cações de transmissões automáticas em veículos comerciais”; Marcelo Beltran, gerente técnico, automotivo e industrial da Total Lubrificantes, que apresentou as “Tendências na lubrificação automotiva”, Antonio Saito, engenheiro da Lu-brin que abordou o tema “Os dez mitos da lu-brificação”; o engenheiro Vladimir Kurdrjawzew que apresentou “Os desafios para a destinação adequada de embalagens lubrificantes” e, para encerrar o dia, Eliane Lucchesi, gerente de assis-tência técnica e de microbiologia da Ipel, que abordou o tema “Soluções para controle micro-biológico em óleos de corte e lubrificantes”.

Já, no dia 17, o congresso teve a presença de: Cristiano Albanez, engenheiro químico da

Evento reuniu 307 congressistas e o total de 116 empresas

Ozires Silva: 76% de aprovação do público presente

Claudio Lopes, gerente de vendas Brasil/Paraguai da Afton Chemical

Felipe Abambres Lopes e Karina Zanetti, assistentes técnicos da Miracema-Nuodex

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26 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011

Evento Nossa química, seu caminho.

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área de produtos tailor made da quantiQ, que discorreu sobre o “Mercado brasileiro de óleos básicos”; Claudio Pereira da Silva, diretor comer-cial da Chimex Brasil (representada pela Bandei-rante Brazmo) que abordou sobre o “impacto dos custos de energia e feedstocks no mercado de óleos básicos e derivados”; Charles Correa Con-coni, engenheiro de materiais da Mercedes-Benz do Brasil que apresentou o tema “Funcionamen-to do Sistema SRC com Arla 32 para motores Euro5”; Yuri Alencar, especialista técnico de lu-brifi cantes para a Dow América Latina, com o tema “Nova geração de lubrifi cantes sintéticos de polialquileno glicol compatíveis com hidrocarbo-netos”; Marcello Gracia, engenheiro mecânico da Confi alub/Noria do Brasil que apresentou os “Benefícios da lubrifi cação de classe mundial”; Sergio Águas Manzoli, diretor de aplicações da Sil-Lubrifi cação que falou sobre “Contaminação: o inimigo invisível”; Karine Framesqui, coordenado-

ra de aplicação da Clariant, que abordou o tema “Alternativas sustentáveis às parafi nas cloradas em aditivos de extrema pressão” e, fi nalizando o congresso, o engenheiro químico Flávio Nasci-mento, sócio-diretor da Puritec, que apresentou o tema “ Aplicação de bioativos de origem vegetal em sistemas de desengraxe em circuito”.

No link “Lubgrax Meeting 2011”, disposto no portal www.lubgrax.com.br, estão dispostas as palestras que foram autorizadas pelos palestran-tes para divulgação. No local, os interessados podem visualizar, imprimir e até fazer o downlo-ad dos temas que desejam mais detalhes.

novidades em 2012

Em seu discurso de abertura, Sergio Ávila afi r-mou que o principal ganho destes dois anos da Sergio Ávila Editora e Eventos é, sem dúvida, a rede de relacionamentos que a empresa conse-guiu tecer. “Graças à expertise gerada pelos pro-fi ssionais gabaritados que circulam nas páginas da revista Lubgrax, virtuais ou impressas, conse-

Mary Taylor, diretora para fl uidos especiais da Münzing em Nova Jersey, Estados Unidos e João Ricardo Ryan, diretor da Trayan Comercial e Importadora

Celso João, engenheiro da Alisson Transmission

Marcelo Beltran, gerente técnico, automotivo e industrial da Total Lubrifi cantes

Antonio Saito, engenheiro da Lubrin

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28 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011

Evento

guimos ratificar que estamos no caminho certo e que correspondemos às expectativas de todos os nossos públicos”.

Após seu discurso, o diretor apresentou as novidades e modificações que a editora prepa-rou para o ano de 2012. A primeira delas é a mudança da periodicidade da Revista Lubgrax, que passará de bimestral para mensal a partir de janeiro de 2012, o que fará com que o acesso as informações seja mais dinâmico.

Sobre o Lubgrax Meeting, Sergio Ávila já anunciou a realização do 3º encontro, que tem previsão de ocorrer em setembro de 2012 e afirmou que as inscrições já estarão abertas a partir de janeiro do próximo ano.

Também ressaltou a reformulação do portal www.lubgrax.com.br que, além de um novo de-sign, está mais interativo e repleto de informações e notícias. Segundo ele, dados fornecidos pelo

Google Analytics revelam que o site hoje man-tém uma média de visitação de 3.000 visitas únicas por mês. Sendo que 10% desses acessos são provenientes de outros países, como Estados Unidos, Inglaterra, Argentina, Portugal, Espanha, China, Rússia, Itália, Canadá, entre muitos outros. “Essa presença internacional fez com que o portal passasse a utilizar a ferramenta de idiomas do Google, permitindo a tradução de quase todo o conteúdo para 58 idiomas”.

Ainda em 2012, a editora apresentará mais dois produtos, previstos já para o primeiro se-mestre. O primeiro é o lançamento do Anuário Lubgrax, que tem como proposta levar ao merca-do informações sobre as principais empresas do setor de lubrificantes, óleos, fluidos e graxas. O objetivo é que ele atue como uma importante fer-ramenta de consulta e de exposição da marca. O novo veículo possibilitará a pesquisa de itens

Vladimir Kurdrjawzew, presidente da Eco2

Eliane Lucchesi, gerente de assistência técnica e de micro-biologia da Ipel

Cristiano Albanez, engenheiro químico da área de produtos tailor made da quantiQ

Claudio Pereira da Silva, diretor comercial da Chimex Brasil, representada da Bandeirante/Brazmo

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30 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011

Evento

que compõem os lubrificantes, como matérias-primas, equipamentos, serviços, entre outros.

O segundo produto é a 1ª Primeira Pesqui-sa Lubgrax de Fornecedores, levantamento que conta com dois formatos: o primeiro tem por objetivo investigar e reconhecer, junto aos fabri-cantes de lubrificantes, óleos, fluidos e graxas os melhores fornecedores (matérias-primas, em-balagens, equipamentos, instrumentos de análi-

se e laboratório, sistemas de filtragem, transpor-te e logística) no ano de 2011. Já, o segundo, visa reconhecer os trabalhos realizados pelos fornecedores no quesito sustentabilidade am-biental e social.

Para o primeiro levantamento, a editora co-locou no site Lubgrax.com.br uma ficha de ava-liação que deverá ser preenchida pelos fabri-cantes e consumidores no link www.lubgrax.

Charles Correa Conconi, engenheiro de materiais da Mercedes-Benz do Brasil

Yuri Alencar, especialista técnico de lubrificantes para a Dow América Latina

Marcello Gracia, engenheiro mecânico da Confialub/Noria do Brasil

Sergio Águas Manzoli, diretor de aplicações da Sil-Lubrificação

Karine Framesqui, coordenadora de aplicação da Clariant Flávio Nascimento, sócio-diretor da Puritec

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com.br/index.php. A pesquisa servirá como base para o 1º Prêmio Lubgrax que tem previsão de ocorrer em junho de 2012. “Acreditamos que, com isso, estejamos concluindo mais um elo na cadeia de informação do setor de lubrifi-cantes”, finalizou o diretor.

sorteioTodos os inscritos do 2º Lubgrax Meeting que preencheram os formulários

de avaliação inserido na pasta entregue na recepção do evento concorreram a dois grandes prêmios sorteados ao final do congresso, no dia 17 de agosto: um Tablet da Apple e ao curso “Tudo sobre Lubrificação de Máquinas”, ofere-cido pela Noria/Confialub.

O ganhador do Tablet foi Sidney Morgado, gerente geral da Nynas do Brasil Comércio, serviços e participações LTDA. Já, o contemplado com o curso da Noria foi Leonardo Lagden, químico de suporte técnico da Castrol Brasil LTDA.

emPresas ParticiPantesConfira abaixo as empresas que estiveram presentes no 2º Lubgrax Meeting:ABOISSA, AFTON, AGECOM,AGENA, ALISSON TRANSMISSION, ALL SIS-

TEMAS E SOLUÇÕES, ANTICORROSIVA DO BRASIL (DIVISÃO GOL), ARCH CHE-MICAL, ARINOS, AZM COMUNICAÇÕES, BAKER HUGHES DO BRASIL, BAN-DEIRANTE BRAZMO, BETTIOL & BETTIOL (JRBETTIOL), BIOLUB, BLASER SWISSLUBE DO BRASIL, BRASCHEMICAL, BRASKEM, BSLUB, CABOT, CADIUM, CARBONO, CARGILL, CASTROL, CHEMEN, CHEVRON, CHIMEX BRASIL, CLARIANT, CO-MERCIAL MARIANO, COSAN, CR DEALER PETROL, DAIMLER (MERCEDES-BENZ), D’ALTOMARE, DATIQUIM, DOW, ECOTWO, ELVIN, EPTA, ERN, FABRICA QUIMICA (GIRUX), FUCHS, GERDAU, GOALTECH, GRAX, HOUGHTON, HTS, HUNTSMAN, IMPLASTEC, QUIMICA ANASTACIO, INGRAX, INVISTA, IORGA, IPEL, IPIRANGA, ITW, JX NIPPON, KELPEN OIL, KLÜBER, LABORATÓRIO UNIVERSAL, LUBRIN, LUBRI-QUIM, LUCHETI, LUPUS, LWART, M.CASSAB, MAKENI, MARIANO LUBRIFICANTES, METACHEM, MIRACEMA-NUODEX, MOTORLUB, MPL ASSESSORIA, MUNZING, MÜRTA, NESCHER, NICROM QUIMICA, NORIA, NOVA PETRENE, NYNAS, OIL-BRAS, OXITENO, PAX, PETROBRAS DISTRIBUIDORA, PETRODIDÁTICA, PETROKAR-DOS, PETROL, PETRONAS, PETROWORLD, PODIUM, PROLUMINAS, PROMAX/BARDAHL, PURITEC, QUAKER, QUANTIQ, QUIMATIC/TAPMATIC, QUIMIFORT, RAIDEN, RESITEC, RHODIA, RUDNIK, SAFRA QUÍMICA, SCHÜTZ VASITEX, SENAI CUBATÃO, SIL-LUBRIFICAÇÃO, SOUTHQUIM, TERNEC, TEST OIL DO BRASIL, TE-TRALON, THOR BRASIL, TIMBRO TRADING, TIRRENO, TITAN PNEUS, TOTAL LUBRIFI-CANTES, TRAYAN, TUFOIL, UNIMONTE, UNOTECH e YPF.

Para 2012 a Sergio Ávila preparou uma mala de novidades ao mercado Sergio Ávila (à direita), diretor da Sergio Ávila Editora, entrega

Tablet ao sorteado Sidney Morgado, gerente geral da Nynas

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32 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011

Evento

Durante o 2° Lubgrax Meeting a organi-zação do evento distribuiu formulários de avaliação para todos os participantes

do evento que puderam avaliar diversos itens, como organização, importância para o desen-volvimento profissional, expectativas atendidas, tempo e qualidade dos contatos realizados, en-tre outros.

Dos 307 participantes,184 entregaram as fichas, o que gerou respostas na ordem signi-ficativa de 60%. “Entre os itens que mais nos chamaram a atenção é a avaliação do congres-so em geral, que nos possibilitou averiguar que 89% dos respondentes consideraram o Lubgrax

Congressistas aprovam o 2º Lubgrax Meeting

Meeting entre Ótimo e Bom. Este resultado nos mostra que estamos conseguindo atingir o nosso objetivo de levar ao mercado um evento pleno de conhecimento, que tenha como cunho o de-senvolvimento do mercado”, comenta Sergio Ávila, diretor da Sergio Ávila Editora e Eventos, organizadora do Lubgrax Meeting e responsável pela publicação da Revista Lubgrax. Segundo ele, as sugestões coletadas nos mesmos formu-lários permitirão que o 3º Lubgrax Meeting au-mente sua qualidade e se consolide ainda mais no mercado.

Confira agora os resultados obtidos nos for-mulários de avaliação:

Outros

Vendas

Técnico

Supervisor

P&D

Gestor

Gerente

Engenheiro

Diretor

Coordenador

Consultor

3,2% 7,9%13,8%

10%

21%6%1,3%8,5%

10,5%

11,8%6%

Texas (EUA)

SP

RS

RJ

PR

MT

MS

MG

GO

0,4% 0,4%1,2%0,4%0,4%

1,2%9,1%1,6%

85,3%

cargos dos resPondentes

distribuição geográfica dos resPondentes

Lubgrax Meeting_12.indd 32 23/10/2011 18:13:55

Ótimo33%

Bom56%

Regular2%

Não se manifestou 9%

congresso em geral:

até que Ponto o lubgrax meeting atendeu às suas exPectativas?

Não se manisfestou9%Moderadamente

14,5%

Satisfatoriamente53%

Totalmente23,5%

fez novos contatos imPortantes?

Indiferente4,6%

Não5,3%

Sim90,1%

Houve temPo suficiente Para networking?

Indiferente1,3%

Não10,5%

Sim88,2%

Lubgrax Meeting_12.indd 33 23/10/2011 18:13:58

34 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011

Evento

Planeja ParticiPar no Próximo lubgrax meeting?

contatou clientes e fornecedores?

Indiferente3,3%Não

5,3%

Sim91,4%

restabeleceu relacionamentos comerciais?

Indiferente4%Não

16,4%

Sim79,6%

foi imPortante Para o seu desenvolvimento Profissional?

Indiferente6,6%

Não2,6%

Sim90,8%

trouxe novas ideias e PersPectivas?

Indiferente9,2%

Não2,6%

Sim88,2%

recomendará o lubgrax meeting Para seus contatos? Indiferente

1,3%Não1,3%

Sim97,4%

organização geral (localização, estrutu-ra, organização do evento):

Não respondeu1,3%

Regular1,3%Bom

44%

Ótimo53,4%

Não respondeu1,3%

Sim98,7%

Lubgrax Meeting_12.indd 34 23/10/2011 18:13:59

CADERNO CONSUMOFluidos de freiosQualidade certifi cada

Lubrifi cantes automotivos agrícolasAgronegócio gera boas expectativas

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36 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011

Fluidos de freiosFluidos de freios

36 • Revista LUBGRAX •

Mais segurança para pisar no freio

Fluidos de freios

setembro/outubro 2011

Atuar de forma responsável é muito mais que uma bandeira hasteada pelas em-presas.

A Portaria do Inmetro que entrará em vigor em fevereiro de 2012 e que implantará a cer-tifi cação para líquidos de freios e embreagens hidráulicas está provocando agitação no mer-cado brasileiro, principalmente porque deverá coibir o chamado mercado “paralelo”. “Trata-se de um passo muito importante no sentido de dar garantias de qualidade e segurança para o usuário e consumidor fi nal do fl uido”, ates-ta rogério pereira da silva, gerente da Divisão de Fluídos e Aditivos da Tirreno, que detém 70% de market share no segmento de enchimento inicial.

De acordo com ele, o programa não prevê apenas a qualifi cação dos fabricantes e enva-

Por Miriam Mazzi

sadores , sendo mais abrangente por defi nir, entre outros requisitos, a validade do produto e as orientações de armazenagem e estoca-gem , o que consequentemente vai obrigar o fabricante e envazador a reavaliarem suas embalagens para garantir as orientações cor-retas aos aplicadores, “além da preservação do fl uido pelo tempo de vida em prateleira”, ressalta.

No Brasil, conforme o gerente da Divisão de Fluídos e Aditivos da Tirreno, todos os líquidos de freios e embreagens hidráulicas comerciali-zados seguem normas internacionais, tais como SAEJ1703 (4) e FMVSS ( DOT3, DOT4 etc) , além da norma brasileira ABNT NBR 9292 (Tipo 3, Tipo 4 e Tipo 5) . “A maioria das monta-doras estabelecidas no Brasil adota os requisitos das normas internacionais com características

36 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011

Quem dirige sabe o quanto é fundamental estar seguro em relação aos freios do automóvel. A segurança, em primeira e última instância, foi o principal alvo da Portaria do Inmetro que entra em vigor a partir de fevereiro do próximo ano e que introduz a obrigatoriedade da certifi cação de qualidade para que os líquidos de freios e embreagens hidráulicas possam ser comercializados no País. Com consultoria técnica de Simone Kanzaki Hashizume, diretora de Lubrifi cantes da Associação de Engenharia Automotiva – AEA, Lubgrax ouviu indústrias e entidades e concluiu que, apesar de o caminho de conscientização dos consumidores em relação à importancia da troca do fl uido ainda ser longo, o avanço conquistado é inegável e deve estimular outros segmentos a embarcarem na onda da atuação responsável.

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Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011 • 37

do melhor desempenho e vida útil do líquido DOT4 em relação ao DOT3”, informa.

Do ponto de vista de fl uidos piratas vindos da China, Silva diz não notar o crescimento deste negócio, mas o surgimento ocasional de fl uidos piratas de fabricantes ou marcas nacio-nais que se aproveitam da falta de controle e de fi scalização no mercado interno, o que gera a comercialização de líquidos de baixa qua-lidade, sem controle na sua linha de envase; líquidos com alto teor de umidade (sem vida útil); ou que causam encolhimento das gaxe-tas com consequente vazamento do sistema hidráulico e perda de freio. “Nesse sentido, o programa de certifi cação do Inmetro vai atuar sobre essas marcas e seus fabricantes , uma vez que o líquido só poderá ser comercializa-do com certifi cação Inmetro”, diz.

Ainda conforme o gerente da Tirreno, tal me-dida vai implicar a produção de um fl uido que atenda as normas nacionais, com fabricação e envase com garantias de qualidade como as requeridas pelo Inmetro. “Isso trará mais segu-rança aos usuários dos veículos quando substi-tuírem seus líquidos na reposição”, assegura.

A Tirreno há 20 anos fabrica e envasa líqui-dos para freios e embreagens hidráulicas no Brasil, abastecendo o enchimento inicial das principais montadoras de veículos leves e pe-sados estabelecidas no País. No mercado de reposição, a empresa não tem marca própria

Plus, tanto para os denominados fl uidos DOT4 quanto para fl uidos DOT3 “, informa.

As características Plus estão relacionadas ao melhor desempenho dos fl uidos em proprieda-des especifi cas, como: menor viscosidade a baixa temperatura = melhor tempo de resposta no acionamento hidráulico = menor tempo de frenagem; maior ponto de ebulição (tal qual e úmido) = maior segurança e extensão de troca.

Ainda conforme Silva, de um modo geral, os veículos produzidos no Brasil adotam líqui-dos Tipo DOT4 (Plus) para dar maior garantia e segurança ao usuário, principalmente no fi -nal da vida útil do fl uido, quando ele deverá ser trocado. “E o usuário nem sempre segue a recomendação da troca. Nesse sentido, os líquidos para freios Tipo DOT4 (ABNT Tipo 4) sempre darão mais segurança ao motorista”, diz, esclarecendo que os fabricantes de auto-móveis que usam fl uidos tipo DOT4 indicam a troca em média a cada dois anos .

Já os fl uidos para freios Tipo DOT3 (ABNT Tipo 3) atendem perfeitamente aos requisitos do sistema de freio, porém devem ser trocados num intervalo menor de uso, em média uma vez ao ano, ou no máximo aos 18 meses. “Os líqui-dos de freios tipo DOT3 custam menos que os DOT 4 e, por essa razão, são comercializados em maior escala no mercado de reposição”, esclarece, argumentando que se um líquido de freio tipo DOT3 não for substituído no período recomendado pelo fabricante, pode deixar o sistema vulnerável a falhas, enquanto um líqui-do classe DOT4 sempre garante uma extensão de segurança no fi nal da vida útil.

preços e pIratasQuanto ao preço, Silva argumenta que, por

ser considerado um item de reposição, o líquido de freio, de um modo geral, segue o princípio menor custo equivale a maior venda. “Mesmo que lentamente, nos últimos anos a participa-ção do fl uido Tipo DOT4 vem aumentando em relação ao consumo de líquido Tipo DOT3 , quer seja pela renovação da frota e recomen-dação dos fabricantes , quer pela divulgação

Rogério Pereira da Silva, gerente da Divisão de Fluí-

dos e Aditivos da Tirreno

mercado BrasILeIro para LIquIdo de FreIos e emBreaGens hIdráuLIcas

(em VoLume/ano)

Importação25%

Fabricação local75%

Fonte: Tirreno

úmido) = maior segurança e extensão de troca.

os veículos produzidos no Brasil adotam líqui-dos Tipo DOT4 (Plus) para dar maior garantia e segurança ao usuário, principalmente no fi -nal da vida útil do fl uido, quando ele deverá ser trocado. “E o usuário nem sempre segue a recomendação da troca. Nesse sentido, os líquidos para freios Tipo DOT4 (ABNT Tipo 4) sempre darão mais segurança ao motorista”, diz, esclarecendo que os fabricantes de auto-móveis que usam fl uidos tipo DOT4 indicam a troca em média a cada dois anos .

Já os fl uidos para freios Tipo DOT3 (ABNT Tipo 3) atendem perfeitamente aos requisitos do sistema de freio, porém devem ser trocados num intervalo menor de uso, em média uma vez ao ano, ou no máximo aos 18 meses. “Os líqui-

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38 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011

Fluidos de freios

100% NacionalFaixa: 10 ppm a 100% de águaAtende normas ASTM D1533, E203-08

e atua produzindo e embalando multimarcas, incluindo as peças originais das montadoras .

Além da fabricação de líquidos para freios, a Divisão de Fluidos e Aditivos da Tirre-no produz e abastece o mercado das monta-doras e multimarcas com os Engine Coolants (aditivos de radiadores ), inclusive mantendo um programa independente de certificação e qualidade de aditivos de radiadores junto ao IQA – Instituto da Qualidade Automotiva – nos mesmos moldes da certificação proposta pelo Inmetro para o líquido de freio, em antecipa-ção a uma eventual certificação compulsória (em estudo) por parte do Inmetro para os adi-tivos de radiador.

A empresa tem ainda uma Divisão de Óle-os Industriais, Protetivos Temporários e Ceras, com participação significativa nos segmentos de OEM (montadores e seus fornecedores) e si-derúrgico. Recentemente, inaugurou no Brasil a primeira planta diluidora e produtora de ARLA 32 - Agente Redutor de Líquidos Automotivos para abastecer os clientes de veículos pesados e de reposição, em atendimento à nova fase do Proconve P-7.

ImportâncIa da conscIentIzação

A certificação também é vista como uma barreira ao mercado de baixa qualidade pela

Oxiteno, empresa que desenvolve líquidos de freio no seu centro de Pesquisa e Desenvolvi-mento localizado em Mauá (SP) e atualmente produz todos os produtos especificados por nor-mas nacional e internacionais: DOT3, DOT4, DOT5.1 e o Classe 6, que é o fluido DOT4 de baixa viscosidade. “Isso deve acontecer porque o Inmetro tem programa de coleta de amostra de mercado e inspeções periódicas”, avalia Lucilene de morais, coordenadora de desenvolvimento da companhia, concordan-do que a certificação trará ao consumidor final a garantia de que está comprando um produto confiável, “o que é muito importante quando se diz respeito a um item de segurança.”

De acordo com Lucilene, atualmente os flui-dos usados na reposição representam o maior volume do mercado, sendo o DOT3 o mais comum, enquanto o DOT4 é o mais utilizado no primeiro enchimento. “Este mercado ainda é muito balizado pelo preço e por isso o DOT3 é líder na reposição”, explica.

Ainda de acordo com a coordenadora de desenvolvimento da Oxiteno, os produtos são desenvolvidos e fabricados com tecnologias diferentes e têm como principais diferenciado-res: a viscosidade a -40ºc, o ponto de ebu-lição (que é maior para o DOT4) e o ponto de ebulição úmido, que mede a capacidade do fluido em manter a temperatura de ebulição que garanta a eficiência na frenagem, mesmo após absorver água.

Apesar de os fluidos de freio usados na reposição serem mais suscetíveis aos preços, a sua qualidade não é colocada em segundo plano, destaca a coordenadora. “O DOT3 tem requisitos mínimos de especificação que garan-tem a frenagem do veiculo, além de outras pro-priedades também importantes para o sistema de freios de forma geral. Quem define qual o melhor fluido a ser usado é a montadora, de acordo com os requisitos exigidos pelo veícu-lo”, esclarece.

“O fluido de freio é um item fundamental para a segurança de um veículo e a correta manutenção preventiva pode evitar muitos pre-

Lucilene de Morais, coorde-nadora de desenvolvimento da Oxiteno

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100% NacionalFaixa: 10 ppm a 100% de águaAtende normas ASTM D1533, E203-08

juízos e perdas irreparáveis”, alerta, admitindo que ainda há um caminho a trilhar para que o condutor se conscientize da importância da troca do fluido em períodos regulares.

Para Lucilene, as associações e entidades de classe têm se movimentado para conseguir avanços neste caminho. A própria Oxiteno está atuando junto à AEA –Associação Brasileira de Engenharia Automotiva – na elaboração de uma campanha para sensibilizar a cadeia envolvida neste processo, como oficinas, mecâ-nicos, concessionárias e usuário final.

Ferramenta de proteção do consumIdor

Do lado das entidades, o trabalho é inten-so em prol da qualidade dos fluidos. sérgio Kina, gerente técnico do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva, que é acreditado pelo

Inmetro para emitir a certificação (ver boxe Cer-tificação compulsória), reforça que a portaria

Sérgio Kina, gerente técnico do Instituto da Qualidade

Automotiva – IQA

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40 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011

Fluidos de freios

certIFIcação compuLsórIa

Quem precisa se adequar?Envasadores de líquido para freios hidráulicos para veículos automotores

objetivos*exigência governamental (Inmetro)* Vantagem competitiva /estratégia de marketing (credibilidade perante o consumidor; melhores condições de comercialização - mercado

interno/exportação; defesa contra a concorrência desleal – proteção do produto local.

requisitos mínimos de auditoriaABNT NBR ISO 9001 -ISO/TS 16949•Controle de documentos•Controle de registros•Planejamento da realização do produto•Processo de aquisição•Informações de aquisição•Verificação do produto adquirido•Controle de produção e prestação de serviço•Validação dos processos de produção e prestação de serviço•Identificação e rastreabilidade•Preservação de produto•Controle de equipamento de monitoramento e medição•Satisfação do cliente•Medição e monitoramento de produto•Controle de produto não conforme•Ação corretiva•Ação preventiva

ensaiosDeverão ser realizados os seguintes ensaios previstos na norma ABNT NBR 9292: teor de água; ponto de ebulição em equilíbrio de refluxo

–como recebido; ponto de ebulição em equilíbrio de refluxo –úmido; e perda por evaporação. Selo de identificação de conformidadeA identificação do Selo de Identificação da Conformidade deve ser gravada no rótulo principal e no lacre, quando aplicável.

registro do produtoO registro do produto ocorrerá sempre pelo fornecedor por meio de solicitação específica formal ao Inmetro por meio do sistema disponível

no site: http://www.inmetro.gov.br/qualidade/regobjetos.asp.Documentos necessários: a)O Atestado de Conformidade; b)Atos constitutivos da empresa envasilhadora e documento hábil comprovando

que o solicitante está legalmente investido de poderes para representá-la; c)Termo de compromisso da avaliação da conformidade assinado pelo representante legal responsável pela comercialização do produto no País.

rotulagemAs informações de rotulagem para embalagens contendo volumes superiores a 20l devem ser indeléveis, visíveis, legíveis a olho núe em cor

contrastante com a cor da embalagem e devem conter: nome e CNPJ do envasilhador/importador; selo de identificação da conformidade no rótulo principal e no lacre, quando aplicável; tipo do líquido para freios hidráulicos; data de fabricação (mês e ano); número de lote de fabrica-ção e/ou número de lote da matéria-prima; indústria brasileira ou país de origem; prazo de validade (máximo três anos); frases de advertência geral; Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do envasilhador; conteúdo da embalagem conforme indicação metrológica quanto ao seu volume e tamanho de letra de acordo com Portaria Inmetro nº 157/2002.

Prazos RevendedoresFabricantes e importadores 03/02/201403/02/2012 Fonte: IQA

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o que é o LíquIdo para FreIos hIdráuLIcos

Líquido destinado a transmitir pressões em circuitos hidráulicos de freio e embreagem automotiva,podendo ser dos tipos: TIPO 3, TIPO 4 e TIPO 5 de acordo com a ABNT NBR 9292. Sinônimo: fluido para freios.Líquidos para Freios hidráulicos tipo 3

O Líquido para Freio TIPO 3 possui ponto de ebulição úmido mínimo de 140ºC e viscosidade cinemática a -40ºC máxima de 1500 mm2/s. Sinônimo: DOT3.Líquidos para Freios hidráulicos tipo 4

O Líquido para Freio TIPO 4 possui um ponto de ebulição úmido mínimo de 155ºC e viscosi-dade cinemática a -40ºC máxima de 1800 mm2/s. Sinônimo: DOT4.Líquidos para Freios hidráulicos tipo 5

O Líquido para Freio TIPO 5 possui um ponto de ebulição úmido mínimo 180ºC e viscosidade cinemática a -40ºC máxima de 900 mm2/s. Sinônimo: DOT5.1.

foi concebida com a finalidade de proteger o consumidor de produtos de baixa qualidade. De acordo com ele, toda certificação de produto inibe a expansão da pirataria, principalmente em produtos do setor automotivo, pois o consumidor sabe que a prática reflete a segurança dele e de sua família. “Assim, acreditamos que os consumidores passarão a exigir o selo de conformidade do Inmetro, e também para a sua comercialização é obrigatório que o produto seja certificado conforme os requisitos do instituto”, explica.

O IQA é uma entidade que nasceu a partir da iniciativa do governo Federal em associação com Anfavea (que representa as montadoras), Sindipeças (sindicato da indústria de autopeças) e outras entidades do setor automotivo. Com foco no setor automotivo, o instituto também cede seu espaço físico para as reuniões do CB-05 da ABNT, que faz as normas técnicas.

Sobre a pirataria no mercado de fluidos, Kina frisa que é preciso tomar cuidado quando se fala em produto pirata, pois “pirata é aquele que rouba a marca de outra empresa, ou seja, envasa com um produto qualquer e coloca o rótulo de uma empresa conhecida”, diz, argumentando que as pessoas que compram produtos piratas, normalmente sabem sua procedência, e um dos indícios é o preço, “pois não existe milagre.”

Assim, reforça o gerente técnico do IQA, toda pirataria é prejudicial, não somen-te à competitividade dos produtos nacionais, mas para o mercado como um todo. “É leviano falar que tudo o que vem da China, por exemplo, é pirata, pois pode ou não ter a mesma qualidade de um produto feito aqui, mas se ele oferece o produto dele com marca própria e cobra mais barato por isso, quem vai decidir o sucesso ou não é o mercado”, justifica, completando que a certificação IQA garantirá que um produto seja fabricado no Brasil ou na China esteja de acordo com os requisitos estabelecidos na certificação do Inmetro

“O que precisa ficar claro é que a certificação de produtos deve ser vista e encarada como uma ferramenta de proteção para o consumidor, pois ela assegura um padrão de qualidade com os requisitos básicos. Isso, consequentemente, acaba beneficiando as empresas que trabalham corretamente, que investem em tecnologia e inovação para oferecer ao consumidor o melhor, e pune aqueles que visam somen-te o lucro fácil, sem escrúpulos”, finaliza.

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42 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011

Perfil do fabricante – Orbi Química

Por Maristela Rizzo

White Lub conquista mercado de lubrificante multiusoTrabalhando a marca há apenas um ano, a Orbi Química detém em seu portfólio um produto líder de vendas e ainda uma ferramenta de fortalecimento da imagem da empresa.

Quando a Orbi Química adquiriu, em setembro de 2010, a marca White Lub Super, com o objetivo de fortalecer

o nome da empresa, talvez não tenha imagina-do que o retorno viria tão rápido. Com apenas um ano de atuação, a White Lub Super virou o carro-chefe da empresa e ganhou o reco-nhecimento notório da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção) como a marca mais conhecida no mercado de lubrificante multiuso.

Com uma venda média mensal superior a 550 mil unidades a White Lub Super é um produto líder, isolado no mercado nacional de óleo lubrificante em aerossol. Sendo, 300 mil unidades mensais destinadas ao segmento au-tomotivo, 150 mil para a área de construção e 100 mil para a indústria. “Já, no segundo semestre de 2012 devemos criar uma divisão para atendimento da indústria, com lançamen-to de produtos específicos para este setor, o que deverá aumentar consideravelmente a ven-da do White Lub neste segmento”, antecipa

Osvaldo Collado Júnior, gerente industrial e de suprimentos da Orbi Química.

Fôlego para isso a empresa tem. Atualmen-te a capacidade de produção da fabricante é de 5 milhões de unidades mensais, entre produtos em aerossol, líquidos e pastosos, com fabricação em apenas um turno. Para dobrar este volume, basta criar um segundo turno, se for necessário.

Além disso, a empresa está investindo na aquisição de novos equipamentos, reforma e expansão em sua planta, localizada na cidade de Leme, município do Estado de São Paulo. “Esta é parte de nossa estratégia para fortalecer nossa posição de melhor opção de fornecimen-to de produtos químicos de alta performance”, garante Collado.

O segredOMas, afinal, o White Lub Super vende

mais porque é único, ou é único porque ven-de mais? De acordo com Collado, o segredo de tanto sucesso está exatamente na relação

Perfil do fabricante – Orbi Química

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Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011 • 43

Perfil do fabricante – Orbi Química

custo e benefício do produto. Segundo ele, os distribuidores e revendedores reconhe-cem que sem a utilização desse item em sua linha de produtos o resultado é redução ou perda de venda de outras linhas e percebem que, no longo dos anos, acumulam ótimos resultados na venda do White Lub. “Por isso, eles preferem não fazer a substituição por produto da concorrência, fator que também contribui para o crescimento e manutenção de nossa liderança. Além disso, hoje a mar-ca é tão forte que os clientes não pedem óleo lubrificante em spray e sim White Lub”, afirma.

Outro fator que contribui para a disse-minação do produto no mercado nacional é a estratégia da Orbi Química de comer-cializar a linha através dos grandes ataca-distas e distribuidores nacionais e regionais especializados no atendimento a pequenos e médios clientes. Isto possibilita que a em-presa direcione seus esforços na fabricação e atendimento aos grandes clientes, além de solidificar a parceria entre fabricante e distri-buidores.

Mesmo satisfeito com esta estratégia, Colla-do namora com a ideia de também passar a atuar junto às grandes redes varejistas. Traba-lho que tem previsão de inicio no segundo se-mestre de 2012.

Logicamente que além da estratégia de distribuição, a grande força da marca está na formulação e performance do produto. O White Lub Super tem como diferencial sua composição base sintética, biodegradável, o que o torna um produto ecologicamente correto.

Além de lubrificante, o White Lub Super é desengripante e antiferrugem, sendo indicado para uso nos segmentos automotivos, domés-tico, construção civil, manutenção industrial e hobby. Tem como principais características a eliminação de umidade, combate a corrosão, excelente rendimento, formulação exclusiva e validade de 36 meses.

A linha esta disponível na versão aerossol e

multiuso (produto desenvolvido para lubrificação de máquina de costura e lubrificação leve). Na versão aerossol o produto vem com diferentes opções de embalagens que visam atender os diversos segmentos de mercado e característi-cas de clientes finais, ou seja, 100ml – produto dose única; 300ml comercializado na embala-gem padrão de mercado e 500ml – produto direcionado para uso profissional com melhor custo benefício (volume x custo).

O fabricanteBrasileira, a Orbi Química iniciou suas ati-

vidades em abril de 2001 com o objetivo de produzir e comercializar produtos desenvolvi-dos para suprir as necessidades do mercado de manutenção, conservação de veículos, in-dustrial e construção civil.

Em seu portfólio conta com uma extensa fa-mília de produtos químicos de alta performan-ce, com elevado padrão de qualidade. Dispo-nibilizando assim, soluções para um mercado cada vez mais exigente e comprometido com a qualidade.

Nos últimos anos, a fabricante iniciou um trabalho de fortalecimento da marca Orbi Química, incluindo em todos os produtos o nome “Orbi”. “Desenvolvemos algumas fa-mílias de produtos para fortalecer a marca e facilitar a identificação por nossos clien-tes, como é o caso do Orbived, uma linha de silicones para vedação e selantes para motor; o Orbifix, que são travas químicas; o Orbispray, uma linha de produtos aerossóis, o Orbi Pox, adesivo epóxi bi-componente, o Orbipvc, cola tubo e conexões de PVC, entre outros”, lista Collado.

Com a aquisição da linha White Lub Super, a Orbi Quimica procurou também fortalecer o nome da empresa, associando a força da nova marca a qualidade dos demais produtos fabri-cados pela Orbi. “Em breve lançaremos outros produtos na linha White Lub Super, utilizando sempre a força da marca e a qualidade de nossos materiais. Associação que, certamente, sempre nos trará ótimos resultados”.

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44 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011

Lubrificantes automotivos agrícolas

44 • Revista LUBGRAX • maio/junho 2011

Pé no chão e fé no agro

Por Maristela Rizzo

Mesmo com as dificuldades apresentadas pelo setor de máquinas agrícolas e a perspectiva de uma nova crise mundial, o mercado de lubrificantes se mantém otimista diante da boa performance do setor agro, que vem apresentando índices recordes de vendas e exportação.

Se melhorar estraga. Este dito popular cabe como uma luva para o setor agrí-cola brasileiro neste ano de 2011. Refle-

tindo a alta do dólar, em setembro a agricultu-ra e a pecuária registraram o recorde de US$ 9,3 bilhões, atingindo aumento de 27,4%, quando comparado com o mesmo período do ano passado. As importações aumenta-ram 28,4% e chegaram ao US$ 1,5 bilhão. A balança comercial do agronegócio teve saldo positivo de US$ 7,8 bilhões no mês.

Do total de exportações, os setores soja, café, sucroalcooleiro, cereais, farinhas e pre-parações corresponderam a 81,7% do au-

mento das vendas externas no mês, em rela-ção a 2010.

No ano, o mercado agro obteve aumento de US$ 90,3 bilhões em exportações, re-presentando um incremento de 24,8% sobre os US$ 72,3 bilhões anunciados no mesmo período do ano passado.

Outra boa notícia foi ofertada pela Con-federação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que anunciou a alta de 0,61% em ju-nho do Produto Interno Bruto (PIB) da agrope-cuária. Fator que eleva o PIB do setor primário para 4,85% no primeiro semestre de 2011, se comparado com igual período de 2010.

Lubrificantes automotivos agrícolas

Fenasucro: 29 mil visitantes e estimativa de negócios da faixa de R$ 2,2 bilhões

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Em contrapartida, o setor de máquinas agrícolas (tratores e colheitadeiras) não acompanhou este crescimento.

Até que o ano começou bem para os fabricantes. Em fevereiro o setor estava oti-mista em relação às vendas em 2011 devi-do à disparada dos preços das commodi-ties agrícolas. Um cenário que levou todos a criarem a expectativa de que os grandes produtores passassem a renovar suas frotas e voltassem a investir em novas aquisições. Isso não quer dizer que era esperado cres-cimento, mas, pelo menos, a manutenção do nível de vendas apresentado em 2010, quando foram comercializadas 68,5 mil unidades.

Infelizmente, para o mercado, tal expecta-tiva não foi alcançada. De acordo com a An-favea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), em setembro deste ano, as vendas internas de máquinas agríco-las no atacado, apesar de terem se mantido estáveis quando comparadas com agosto de 2011, tiveram uma queda de 2,5% frente a setembro de 2010. Até este momento, as vendas internas apresentaram queda de 7,4%, ou seja, os agricultores adquiriram pouco mais de 50 mil unidades entre tratores e colheitadeiras.

Até setembro, as montadoras comercializa-ram pouco mais de 40,9 mil tratores, redução de 9,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Já para o segmento de co-lheitadeiras, o ano foi positivo devido às boas safras de soja, milho e algodão. Cenário que propiciou aumento nas vendas na ordem de 9,1%, totalizando 3,2 mil unidades.

Apesar de a Anfavea ver esses resultados com certa apreensão, temendo que o pessi-mismo dos mercados financeiros e a possível iminência de uma nova crise mundial façam com que os produtores revejam seus planos antes de adquirirem uma máquina nova, o otimismo ainda se mantém. A associação não descarta a perspectiva de médio e longo prazo de crescimento da demanda mundial

por alimentos e energia e, por consequência, da produção agrícola brasileira.

Além disso, a entidade não está medindo esforços no sentido de cobrar do governo a regulamentação, em breve, das medidas de desoneração fiscal anunciadas no início do mês, dentro do Plano Brasil Maior, e na am-pliação de programas sociais que subsidiam a compra de máquinas agrícolas.

O otimismo da Anfavea tem boas chan-ces de não ser exacerbado se levarmos em conta as perspectivas de negócios anuncia-das pela Fenasucro&Agrocana de 2011, maior evento mundial do setor sucroener-gético, que ocorreu no início de setembro deste ano e contou com a presença de 29 mil profissionais de 23 estados brasileiros e 33 países, além de 450 expositores. A organizadora Reed Multiplus estima que as feiras influenciem o mercado, em um perío-do de seis meses (a partir de setembro), na margem de R$ 2,2 bilhões em volume de negócios. “As plantas industriais possuem pontos defasados e, por isso, muitas empre-sas buscam a renovação de equipamentos e máquinas para aumentar os resultados ou, até mesmo, a procura pelo que há de mais novo em produtos para o setor sucroenergé-tico”, afirma Fernando Barbosa, diretor da Reed Multiplus.

Na lista de expositores da feira, além de fabricantes de equipamentos estiveram pre-sentes também os principais fornecedores de lubrificantes e graxas, como a Cosan/Mobil, Klüber, Ipiranga e Quimatic/Tapmatic, que apresentaram seus principais desenvolvimen-tos para este mercado. “Os lubrificantes têm um papel importante no sistema produtivo do setor sucroenergético, pois reduz o atrito en-tre as peças nas máquinas, o que impossibi-lita que o fluxo produtivo se interrompa antes da entressafra. Além disso, gera o aumen-to na vida útil dos equipamentos e reduz os custos de produção, pois diminui o gasto de energia dissipado em forma de calor”, pon-tua Barbosa.

Linha Plasteel: destaque da Tapmatic para o setor agro

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46 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011

Lubrificantes automotivos agrícolas

PositivismoDevido a estes fatores, o mercado de lu-

brificantes se tornou peça fundamental da ca-deia de produção do mercado agro brasilei-ro e, dessa forma, consegue enxergar boas perspectivas para de 2012.

“Pretendemos continuar explorando novos clientes neste segmento em todo o Brasil, ofe-recendo as melhores soluções para o ganho de produtividade e aumento de vida útil dos equipamentos. Nosso compromisso é o de sempre aperfeiçoar nossos conhecimentos e oferecer o melhor às indústrias do setor”, anuncia Jan Strebinger – diretor da empresa.

A Tapmatic do Brasil, uma das empresas presentes na Fenasucro como expositora, apre-sentou aos visitantes todo os seus desenvolvi-mentos que direciona para o mercado agro. A fabricante desenvolve, produz e fornece soluções químicas para produção industrial e manutenção em geral. Em todos os setores in-dustriais apresenta uma solução química para atender a necessidade dos clientes, sendo que no segmento automotivo agrícola já angariou algumas experiências e vendas de sucesso.

Dentro de seu portfólio, o grande desta-que é a linha Plasteel, formada por resinas epóxi para recuperação de peças e estrutu-ras que sofrem desgaste mecânico, abrasivo e ataque químico. O sucesso desses produtos está baseado em sua alta qualidade e nas amplas possibilidades de aplicações.

O Plasteel Cerâmico Azul é bastante utili-zado em roscas transportadoras das colhei-tadeiras de algodão e adubo para proteção contra desgaste e ataque químico. Já, o Plas-teel Cerâmico Espatulável é aplicado para a recuperação de eixos e buchas. “A linha Plas-teel hoje é bastante utilizada para proteção preventiva e corretiva”, informa Strebinger.

Peças fundamentaisPara Andrea Alves, coordenadora de

marketing da Cosan Lubrificantes e Espe-cialidades, que também fez parte da lista de expositores da Fenasucro, as perspecti-

vas para o próximo ano são as melhores possíveis. Segundo a coordenadora, com a crescente mecanização do campo e o in-vestimento em novas tecnologias dos fabri-cantes de máquinas e implementos, a Co-san enxerga excelentes perspectivas para o futuro. “Nós, também, como fabricantes de óleos lubrificantes, fazemos parte da ca-deia de produção agrícola, com produtos de alta tecnologia que são fundamentais para a movimentação das máquinas. Além disso, acreditamos no ‘Brasil que planta’ e nos sentimos muito orgulhosos de participar e contribuir para este importante segmento da economia”, garante.

A Cosan comercializa uma linha completa de lubrificantes para equipamentos agrícolas, sejam eles tratores, colheitadeiras, colhedo-ras de cana e caminhões. A companhia tem lubrificantes para motores (Mobil Delvac MX 15W40), lubrificantes para sistemas hidráu-licos, transmissões e freio úmido de tratores (Mobilfluid 424 , e Mobilfluid 499), óleos para sistemas hidráulicos (Mobil DTE série 20 e DTE 10 Excel), lubrificantes para trans-missões, comandos finais e diferenciais (Mo-bilube e Mobil Delvac Synthetic Gear Oil), além de diversas graxas de uso geral, que são trabalhadas com as marcas Mobilgrease XHP e Ronex MP.

Dessas, segundo Andrea, a linha que tem apresentado maior volume de vendas é a Mobil Delvac MX, destinada a motores a diesel. “Isto ocorre devido à inovação e à praticidade do Programa ‘Troca Inteligen-te’”, relata.

Trata-se de um produto de desempenho elevado e que oferece uma excelente lu-brificação, prolongando a vida do motor, atendendo e até excedendo as especifica-ções dos principais fabricantes de motores a diesel. Aliado a esta vantagem a Cosan desenvolveu o Programa “Troca Inteligente”, que traz praticidade e sustentabilidade ao negócio dos clientes. A empresa instala mini-tanques com mangueira, filtro e medidor de

Maxi Tractor e Maxi Turbo da Agecom aliam alta tec-nologia a custos atrativos

Klüber: lubrificantes especiais para diversos componentes

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vazão nas fazendas ou cooperativas. Nestes, é realizado o reabastecimento do lubrificante de motor. Isto permite aos clientes um melhor controle do estoque de lubrificantes, otimiza o espaço de armazenagem e, o mais impor-tante de tudo, elimina o descarte de emba-lagens e resíduos para o meio ambiente. “É a tecnologia e a sustentabilidade aliadas ao campo”, apregoa Andrea.

aPelo ambiental“Os novos desafios de atendimento às le-

gislações ambientais e com a entrada de nova tecnologia de motores, este segmen-to necessitará de pesados investimentos da indústria de lubrificantes e nós já estamos preparados para este novo desafio”, garan-te sergio luiz viscardi, gerente técnico de lubrificantes e combustíveis da Ipiranga,

acrescentando ainda que a companhia é for-te supridora de combustíveis e lubrificantes para o setor agrícola, um dos segmentos que mais cresce no País. “A Ipiranga investe, cada vez mais, neste segmento para atender à crescente demanda por tecnologia”.

Na Fenasucro a fabricante pode apresen-tar sua linha completa de lubrificantes para o segmento automotivo agrícola, que abrange desde óleos para a lubrificação dos moto-res, como também transmissões, comandos, sistemas hidráulicos e fluidos de refrigeração e de freio.

Por meio de tecnologia de última gera-ção, oferta uma ampla gama de produtos, desde produtos de base mineral a premium, como o óleo Brutus EGR Semissintético para a lubrificação dos modernos motores dos equipamentos agrícolas.

Sergio Luiz Viscardi, gerente técnico de lubrificantes e combustíveis da Ipiranga

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48 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011

Lubrificantes automotivos agrícolas

Os lubrificantes são desenvolvidos para atender às exigências especificas de cada aplicação, desde as mais simples, como pro-porcionar a lubrificação dos componentes, impedindo o contato das partes metálicas, refrigeração, limpeza e outros que, depen-dendo do tipo de aplicação, necessitam de aditivação especial para proporcionar maior durabilidade aos componentes.

“A utilização de produtos premium ofere-ce vantagens significativas. O desempenho superior será percebido com respostas mais rápidas e melhor performance, assim como pela redução nos gastos com manutenção e maior confiabilidade do equipamento”, relata Viscardi, frisando ainda que os ganhos com a utilização destes lubrificantes possibilitam que o agricultor foque mais no que é realmen-te importante ao seu negócio: o aumento da produtividade.

CresCimento moderadoTambém presente na Fenasucro, a Klüber

destacou sua linha completa tanto no que se refere à lubrificação dos equipamentos utili-zados na montagem das máquinas agríco-las, como nas correntes da linha de pintura. “Também oferecemos lubrificantes especiais para os diversos componentes das máqui-nas como rolamentos, pedaleiras e outros elementos móveis”, lista roberto Pecchia moreira, gerente de mercado, engenharia automotiva e tecnologia de rolamentos.

Das linhas apresentadas pela fabricante, Moreira explica que o consumo maior se dá nas aplicações diretas nas máquinas, uma vez que para cada máquina produzida exis-te demanda dos produtos da companhia.

Produtos estes que, segundo o gerente, prolongam a vida útil dos componentes das máquinas, reduzindo os gastos dos fabrican-tes com despesas de reposição dentro do período da garantia. “Isso ocorre pelo fato de nossos produtos terem a capacidade de suportar as mais adversas condições que estas máquinas são submetidas diariamente

como altas temperaturas, vibrações e meios ambientes agressivos”.

Sobre as perspectivas para 2012, o pro-fissional enxerga o próximo ano com cautela. Ele visualiza que, diante da ameaça de uma nova crise mundial, há uma grande indefini-ção para todos os mercados. “De qualquer maneira, o Brasil é um dos maiores expor-tadores de produtos agrícolas do mundo e, assim, esperamos para o próximo ano ao menos um crescimento moderado de nossas vendas para este mercado”.

Qualidade aCima do CustoApesar de não estarem presentes na Fena-

sucro, empresas como Agecom, Petrobras e Promax possuem uma grande atuação dentro do setor agro brasileiro, onde enxergam pers-pectivas positivas de crescimento.

Um exemplo é a Agecom, que visualiza o segmento automotivo agrícola com grande destaque, tanto que já está se preparando para investimentos em 2012, com profissio-nais focados diretamente no atendimento de fazendas e usinas, providos de maior tempo e equipamentos para testes, análises e acom-panhamento dos níveis de desempenho, vi-sando maior economia para os clientes na aquisição de seus lubrificantes e menores cus-tos com manutenção, trocas e equipamentos parados.

Para Celso miari, supervisor comercial da Divisão de Lubrificantes do Grupo Age-com, estes novos incrementos são necessários graças ao fato do trabalho nesse segmento se apresentar, muitas vezes, como uma ativida-de um pouco mais demorada, devido ao tem-po necessário para testes e conclusões, mas que tem um crescimento cada vez maior, seja pela questão econômica da agricultura, seja pela alta da cultura da cana-de-açúcar. “O grande diferencial do segmento talvez esteja no fato de que esses clientes não estão inte-ressados somente em produtos de custos atra-tivos, mas acima de tudo se importam com a qualidade que os lubrificantes oferecem aos

Roberto Pecchia Moreira, gerente de mercado, engenharia automotiva e tecnologia de rolamentos, da Klüber

Celso Miari, supervisor comercial da Divisão de Lubrificantes e Luciane Marçon, supervisora técnica do Grupo Agecom

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seus equipamentos, de altíssimo valor agre-gado, pois a economia se apresenta como fator de maior rentabilidade a esses clientes no final de suas operações”, argumenta.

Segundo o supervisor, o segmento automo-tivo agrícola apresenta oportunidades para vários itens da Agecom, desde lubrificantes convencionais para motores a diesel, até produtos industriais para aplicações em ma-quinários e implementos agrícolas. Na linha de motores, a empresa possui produtos que atendem às varias exigências de lubrificação automotiva, como linha de motor oils com API CF-4, CG-4 e CI-4. São lubrificantes multivis-cosos (SAE 15W40), de alto desempenho, indicados para motores de alta potência e que trabalham em regimes severos. Essa linha de lubrificantes da Agecom atende a diver-sas normas do mercado, como por exemplo, ACEA E5 e E3, MB 228.3, MAN M3275,

Volvo VDS-3, Cummins 2078, entre outras.Para freios em banho de óleo, transmis-

sões de equipamentos, diferenciais e aciona-mento final de tratores, a fabricante dispõe do Maxi Tractor HTF II, 10W30 que atende a normas de diversos fabricantes. Trata-se de um lubrificante de base mineral, com caracte-rísticas antidesgaste para equipamentos sub-metidos a altas cargas e trabalhos severos.

Já na linha industrial, a empresa apresen-ta lubrificantes para sistemas hidráulicos que atendem, por exemplo, colheitadeiras de cana John Deere, além das principais normas do segmento. Trata-se de um produto que possui aditivos antidesgaste, antioxidante, antiespumante e antiferrugem, sendo indica-do para equipamentos de alta performance e que, devido as elevadas cargas de pressão e temperatura, exigem muito do lubrificante.

Desses, dois produtos vêm apresentando

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50 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011

Lubrificantes automotivos agrícolas

alta em sua comercialização: O Maxi Turbo Top CI-4 15W40, para motores e o Maxi Tractor HTF II. O primeiro devido à sua tec-nologia de ponta, matérias-primas nobres, atendimento às principais normas do merca-do e custo x beneficio do produto. “Equi-pamentos modernos exigem lubrificantes da mais alta qualidade, mas sempre conside-rando que qualidade não necessariamente deva se apresentar como um produto de alto custo. Por isso, a Agecom busca sem-pre oferecer a seus clientes essa qualidade necessária, mas com um diferencial em seus preços”, observa Miari.

O segundo produto, por se tratar de um lubrificante também da mais alta tecnologia, mas que se apresenta fator custo bastante atrativo, aliado ao trabalho dos represen-tantes e parceiros comerciais que atuam no segmento agrícola, vem aumentando sua par-ticipação nas vendas da fabricante.

Luciane Marçon, supervisora técnica da Agecom, atenta para as vantagens técnicas dos produtos. “Para o Maxi Turbo Top CI-4 15W40 a principal vantagem técnica está na alta tecnologia de sua formulação. Formula-do com pacotes de aditivos internacionais da mais alta tecnologia para motores a diesel de alto desempenho atende as principais apro-vações mundiais. Para o Maxi Tractor HTF II 10W30 a tecnologia avançada da aditi-vação e viscosidade excedem as exigências dos principais fabricantes de equipamentos agrícolas para a lubrificação de transmissão, sistema de freio em banho de óleo, diferen-cial, sistemas hidráulicos e acionamento final de tratores. Atende as também as principais aprovações internacionais”.

inovaçãoPara o consultor técnico da gerência re-

gional de consumidor do centro-oeste da Pe-trobras Distribuidora, Marcos Thadeu Lobo o setor sucroenergético continuará a crescer em 2012, pois, aliada à perspectiva de entrada em operação de novas plantas há, também,

a previsão de ampliação da área plantada em muitas destilarias de álcool e usinas de açúcar. “O foco da Petrobras Distribuidora tem sido o setor sucroenergético, tendo em vista o seu rápido crescimento por meio da implantação de várias novas destilarias de ál-cool e usinas de açúcar nas Regiões Sudeste e, principalmente, Centro-Oeste”, relaciona.

Para atender os clientes deste segmento, a BR coloca à disposição, entre outros, os produtos: Lubrax Unitractor, óleo lubrificante para uso em sistemas conjugados de tratores agrícolas (freios úmidos, caixa de mudanças, diferenciais e sistemas hidráulicos); Lubrax Hydra HV 68 e HV 100, óleo hidráulico de elevado desempenho para sistemas hidráu-licos de equipamentos móveis agrícolas; Lu-brax Utile CM 680, óleo lubrificante para uso na lubrificação de correntes de aciona-mento de equipamentos agrícolas e Lubrax Lithplus SM 2, graxa lubrificante de elevada performance para uso em equipamentos su-jeitos a elevados esforços, altas temperaturas e ambientes poeirentos.

Ainda em 2011, a companhia iniciará a comercialização de um novo produto de ele-vado desempenho para sistemas hidráulicos de equipamentos móveis agrícolas, o Lubrax Grans HV 100, desenvolvido e testado por solicitação de um grande cliente.

“Este produto tem excelente aceitação pelas destilarias de álcool e usinas de açú-car, uma vez que a colheita da cana tem se tornado cada vez mais mecanizada. O nú-mero de colhedoras de cana-de-açúcar tem crescido rapidamente e, sendo equipamentos sujeitos a severos esforços, longos períodos de trabalho e altas temperaturas, demandam óleos lubrificantes diferenciados para os seus sistemas hidráulicos”, manifesta Lobo.

Ele ainda pontua que o elevado índice de viscosidade do Lubrax Grans permite que o produto suporte as elevadas temperaturas dos sistemas hidráulicos das colhedoras de cana-de-açúcar, sem redução substancial de visco-sidade. Esta propriedade é de fundamental

Mobil Fluid e Mobil Delvac, apostas da Cosan para prolongar a vida do motor

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importância, pois permite que os comandos hidráulicos destes equipamentos respondam prontamente aos comandos do operador, o que proporciona melhoria na produtividade e economia de combustível.

O Lubrax Grans HV 100 leva em sua com-posição aditivação que lhe confere elevada resistência à oxidação, permitindo o seu uso por longos períodos sem a necessidade de troca da carga do óleo lubrificante, que é um procedimento extremamente indesejável no pe-ríodo de colheita da cana-de-açúcar por exigir a paralisação temporária do equipamento.

Produtos esPeCiaisNa opinião de marcelo escarabajal,

coordenador de novos negócios da Promax, o Brasil tem grande potencial de crescimento e ano após ano vem expandindo as áreas agrícolas. “O crescimento tem superado nos-sas expectativas e esta tendência deverá ser refletida para o próximo ano”, estima.

A Promax possui toda a linha de lubrifi-cantes e aditivos para aplicação nos equipa-mentos agrícolas, como óleos lubrificantes e aditivos para motores, sistemas hidráulicos, freio úmido, câmbio e transmissão, além de graxas para rolamentos. Para aplicação em

sistemas de arrefecimento também dispõe de uma linha completa. Há ainda a linha de produtos diferenciados dedicada ao seg-mento agrícola, que foi desenvolvida para atender demandas especiais neste segmen-to. Esta linha conta com protetivos, aditivos para combustível, lubrificantes para corren-tes e eixo cardã.

“A linha de produtos especiais tem apre-sentado ótimos resultados, são produtos apli-cados para solucionar problemas que sempre acompanharam os agricultores. A Bardahl apresentou alternativas que comprovadamen-te melhoraram a manutenção e conservação dos equipamentos. Importantes fabricantes de implementos têm recomendado nossos produ-tos devido aos excelentes resultados obtidos no campo”, garante Escarabajal.

Ele informa que esses protetivos têm a fun-ção de combater o ataque químico dos de-fensivos agrícolas nos equipamentos durante o trabalho e no período da entressafra. “Os lubrificantes especiais apresentam ótima per-formance em pontos críticos, como corrente e eixo cardã. O ambiente altamente conta-minado encurta a vida dos componentes e o lubrificante tem um papel importante na con-servação destes pontos”, finaliza.

Marcelo Escarabajal, coor-denador de novos negócios da Promax

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52 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011

Artigo Técnico - Cosan

(*) Carlos Américo Carneiro Leão Filho é engenheiro de lubrificação da Cosan Lubrificantes e Especialidade

Lubrificantes industriais para geração de energia eólica: levando as turbinas eólicas a novas alturas

Por Carlos Américo Carneiro Leão Filho*

O custo da energia eólica no Brasil, uma das principais fontes renováveis do mundo, já é menor do que o da

energia elétrica obtida em termelétricas a gás natural. Trata-se de uma situação classificada pelo governo como “o novo paradigma do se-tor elétricobrasileiro”.

Hoje, dos 110 mil MW de potência insta-lada no Brasil, 1.000 MW são provenientes de energia eólica. O país tem contratados atu-almente, em leilões públicos, 5.700 MW, que serão instalados ao longo desta década.

Esse contexto chama a atenção para a de-manda das chamadas turbinas eólicas, equi-pamentos altamente sofisticados, que operam em ambientes variados e exigentes. Como tal, é muito importante selecionar o lubrificante correto para a tarefa, pois esse pode interfe-rir na produtividade dos mecanismos de duas

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formas: reduzindo o tempo de inatividade não programado, a relubrificação e os custos rela-cionados com manutenção; e a vida útil dos lubrificantes e dos componentes. Discutiremos então os benefícios dos lubrificantes sintéticos em relação aos minerais e concluiremos o tema recapitulando os pontos principais.

Todos os lubrificantes de turbinas eólicas têm de ser capazes de operar em ambientes com temperaturas que variam em razão da localização, sazonalidade e período do dia ou da noite. Boa capacidade de filtração é uma característica importante para óleos de engrenagens e óleos hidráulicos, mas não para graxa. A graxa usada para lubrificar os rolamentos do gerador tem que ser apropriada para aplicações de velocidade média a alta, 1.500-1.800 rpm, com velocidade máxima potencialmente superior a 2.000 rpm.

Hoje, vamos focar nossa atenção na lubrifi-cação da caixa de engrenagens.

Desafios da Lubrificação da Caixa de En-grenagens de Turbinas Eólicas

As restrições de peso na caixa de engre-nagens resultam em design compacto, alta ca-pacidade de carga e cementação (Tratamento térmico em metais ferrosos que modificam suas característica, em especial, conferem maior dureza e resistência ao desgaste) das engre-nagens

– Excelente proteção contra desgaste e mi-cropitting

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Necessidade de intervalos maiores de drenagem do óleo

– Retenção de desempenho do óleo e prote-ção contra o envelhecimento

Uso da filtragem absoluta– Retenção do desempenho de espuma

após filtração– Capacidade de filtração periódica do óleo

Turbinas eólicas em alto mar– Forte proteção contra ferrugem– Capacidade de filtração periódica do óleo

Mudança de temperatura ambiente e ope-rações não permanentes

– Capacidade para grande variação de temperatura ambiente

– Proteção contra corrosão

Acima revisamos os aspectos fundamentais do projeto da caixa de engrenagens principal das turbinas eólicas e o impacto de cada um deles na lubrificação.

Os esforços para minimizar o peso das na-celes resultaram em projetos de caixas de en-grenagem com superfícies dos dentes endureci-dos. Estas engrenagens tratadas termicamente são suscetíveis ao micropitting, e precisam de um lubrificante que proteja contra esta nova for-ma de dano.

A necessidade de intervalos maiores de dre-nagem de óleo para reduzir custos de manuten-ção exige um lubrificante que seja resistente ao envelhecimento provocado pela oxidação ou esgotamento de aditivos. A utilização de filtros finos para proteger os componentes da caixa de engrenagens contra desgastes significa que o óleo deve reter um nível aceitável de forma-

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Artigo Técnico - Cosan

ção de espuma mesmo após o ciclo se repetir pelos filtros.

Turbinas eólicas em alto mar necessitam de óleos que ofereçam alto nível de proteção con-tra ferrugem, excelente capacidade de filtra-ção, que sejam biodegradáveis e que tenham o mínimo impacto sobre o meio ambiente. Tur-binas eólicas, em geral, estão expostas a va-riações bruscas de temperatura e operam de forma intermitente. Assim sendo, necessitam de lubrificantes que ofereçam uma ampla faixa de temperatura de operação e alto nível de prote-ção contra a corrosão.

Vamos agora examinar as características de desempenho que a marca Mobil considera ao desenvolver um lubrificante de formulação bem equilibrada para engrenagens de turbinas eó-licas. São elas: proteção contra micropitting, proteção contra desgaste das engrenagens e rolamentos, proteção contra corrosão, tolerân-cia à água e estabilidade de cisalhamento, para citar alguns.

O desempenho de um lubrificante nessas dimensões é validado usando uma matriz da indústria e testes de propriedade da marca Mo-bil. Não é uma tarefa simples. Desenvolver e prodruzir um óleo de engrenagens para turbi-nas eólicas que seja aprovado pelos construto-res é um projeto multi-milionário, que leva vários anos. Exige muitos testes de laboratório e de campo, e envolve a satisfação de uma série de comunidades fabricantes, incluindo as de turbinas, engrenagens, rolamentos e vedantes. Muitas vezes, suas exigências são conflitantes, exigindo cuidadoso equilíbrio da formulação dos lubrificantes.

Requisitos dos fabricantes para óleos de engrenagens de turbinas eólicas continuam a evoluir, tal como indicado pelas especificações suplementares em desenvolvimento por grupos especializados.

O micropitting é um fenômeno de fadiga de superfície observado em superfícies rolantes e de contatos lubrificadas que operam sob con-dições de lubrificação EHL e limítrofe. A falha normalmente começa nas primeiras 100.000

a 1.000.000 de rotações em equipamentos novos, com a geração de várias trincas na su-perfície. As trincas se propagam em um ângulo de inclinação superficial (geralmente menor que 30°), formando furos extremamente pequenos, com uma magnitude típica <10 mícrons. Estes micro furos se agregam para produzir uma su-perfície contínua rachada.

O micropitting individual não é visível a olho nu, porém, muitos micropitting normalmen-te aparecem juntos, resultando em uma área emaranhada. No campo, a superfície dentada deve ser iluminada de vários ângulos para se observar o micropitting.

O desempenho de um lubrificante contra o micropitting é medido utilizando o teste FVA 54 e o teste Flender Gray Staining. O teste FVA 54 leva várias semanas, e é geralmente rea-lizado no Instituto FZG ou na Universidade de Bochum, na Alemanha, para a certificação do fabricante.

O teste FAG de quatro etapas mede o de-sempenho da proteção do rolamento de um lubrificante sob uma carga variada e condi-ções de velocidade oscilando de carga alta / velocidade baixa para velocidade alta, as condições elastohidrodinâmicas. A última eta-pa do teste avalia a tendência de formação de sedimentos do lubrificante. Proteger os ro-lamentos em uma caixa de engrenagens é tão importante quanto proteger as engrenagens a fim de garantir operações confiáveis.

Os lubrificantes sintéticos normalmente têm melhor estabilidade térmica e oxidante que lubrificantes convencionais. Isso pode levar a duas vantagens significativas. Primeiro, o óleo sintético vai durar muito mais tempo em servi-ço, sem parar. Isto é especialmente importante para turbinas eólicas em que o custo da tro-ca de óleo é muito alto, devido à altura das turbinas e à distância. Além de ter uma vida útil mais longa, termicamente e oxidativamente estável, irá gerar menos degradação do que um óleo mineral. Isso significa maior vida útil do filtro e menos sedimentos em equipamentos essenciais. Esse benefício é especialmente im-

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portante para a manutenção do funcionamento de válvulas e atuadores em sistemas hidráulicos de turbinas eólicas.

Os óleos foram avaliados em um teste de oxidação de massa a 163° C (325F) por 24 horas, e o aumento da viscosidade e do TAN foram medidos no final do teste.

A contaminação com água é perfeitamente possível em turbinas eólicas que operam perto da costa ou até mesmo em alto mar. Isso pode levar a sérios problemas de corrosão.

O teste Emcor desenvolvido pela SKF, fabri-cante de rolamentos, fornece uma boa indica-ção da capacidade de um lubrificante proteger contra a corrosão. Este teste tem sido ampla-mente utilizado para a avaliação de lubrifican-tes que operam em condições muito úmidas.

O teste classifica a capacidade dos lubrifi-cantes de protegerem um rolamento na presen-ça de níveis elevados de contaminação com água (destilada, salgada ou água do mar sin-tética). O teste utiliza um ciclo com vários perí-odos de paralisação. Os rolamentos são ava-

liados visualmente e, em seguida, contra uma escala padrão que varia de 0 (sem ferrugem) a 5 (ferrugem pesada).

O excesso de espuma pode afetar a ca-pacidade do óleo de lubrificar efetivamente os componentes e, potencialmente, resultar em transbordamento. No teste de espuma Flender a célula de teste é preenchida com óleo e as engrenagens são acionadas por um período determinado, com temperatura mantida em 25° C. Após o término do prazo determinado, o aumento do volume de espuma e de ar é me-dido em intervalos de tempo definidos e regis-trados, como mostrado acima. O teste Flender exige um nível de espuma e de ar não superior a 15% após a agitação do óleo.

Esse teste de tolerância à água de proprie-dade da marca Mobil é desenvolvido para ava-liar a capacidade de um lubrificante de resistir à contaminação da água em uso no campo. O óleo é misturado a 1% de água e analisado após 24 horas, a 71° C. A presença de resí-duos e descoloração significativa é claramente

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Artigo Técnico - Cosan

tros recomendados para monitorar o óleo usa-do e relacionado ao desgaste dos metais está indicada no quadro abaixo.

O intervalo de drenagem do óleo de engre-nagens pode ser estendido pela utilização de óleo sintético (versus óleo mineral) ou pelo mo-nitoramento da condição em que opera. Con-verter o óleo de engrenagem mineral para óleo de engrenagem sintético e aumentar o intervalo de drenagem do óleo de 1,5 anos para 3 anos gera redução no custo total, compensando os custos mais elevados do óleo de sintético.

Assim, recapitulando: as turbinas eólicas são máquinas complexas que apresentam uma variedade de requisitos para lubrificantes.

Lubrificantes de alto desempenho e equilibra-dos são necessários para a correta lubrificação de turbinas eólicas e para reduzir o tempo de inatividade não programado do equipamento e diminuir também os custos relacionados à ma-nutenção. O desenvolvimento de um lubrificante bem equilibrado para turbinas eólicas é um em-preendimento complexo que requer a considera-ção de vários objetivos, muitas vezes conflitan-tes, bem como testes exaustivos em laboratório e de campo antes da utilização em larga escala.

Com base em suas propriedades intrínsecas, lubrificantes sintéticos oferecem várias vantagens em aplicações de turbinas eólicas em relação aos lubrificantes minerais, incluindo maior proteção contra desgaste, vida útil do óleo mais longa e maior eficiência energética.

visível no óleo concorrente. Isso pode causar problemas como entupimento do filtro ou algo pior em operações de campo. Por outro lado, o óleo Mobilgear SHC XMP demonstra uma ex-celente estabilidade na presença de água.

Este teste de filtrabilidade é projetado para confirmar a capacidade de filtração do óleo na presença de contaminação da água. Em outras palavras, um óleo na presença de água não deve obstruir o filtro. Se o filtro estiver entupi-do, não funcionará corretamente, expondo o equipamento a óleo não filtrado e, portanto, ao risco de desgaste excessivo ou de desligamen-to do equipamento até que o filtro possa ser substituído - ambas situações são indesejáveis.

Lembre que este teste não é destinado a medir o efeito do filtro no óleo, assim como a remoção de aditivos ou outros.

Nos dias de hoje, as práticas de manuten-ção baseadas nas condições em que os equi-pamentos operam ganharam ampla aceitação. O monitoramento da condição do óleo usado ou a própria análise do óleo é essencial, visto que um programa seguro de análise do óleo pode garantir a confiabilidade dos equipamen-tos e reduzir custos de manutenção.

Dentre os requisitos fundamentais de qual-quer programa de monitoramento estão a re-tirada segura e as práticas de manuseio da amostra. Para turbinas eólicas, uma análise de amostra de óleo usado da engrenagem a cada seis meses é recomendada. A lista de parâme-

Parâmetro de Óleo Usado SignificadoCondição do Óleo:Aparência Água e/ou contaminaçãoCor Envelhecimento, contaminaçãoNúmero Total de Acidez (TAN) Envelhecimento – produtos de oxidação ácidaÁgua Contaminação com água (corrosão, emulsão,...)Viscosidade a 40°C Envelhecimento - Contaminação, cisalhamentoOxidação IR Envelhecimento – Produtos de oxidaçãoDesgaste e contaminantes:Al, Fe, Cr Início de desgaste nas engrenagens/rolamentosCu, Pb, Sn Início de desgaste nas engrenagens/rolamentosSi Contaminação – poeiraÍndice PQ Desgaste por partículas ferrosasNível de limpeza Contaminação, desgaste, problemas de filtragem

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Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011 • 57

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58 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2011

Editorialista Convidada

(*) Fernanda Burim é assessora comercial da IORGA, empresa que se orgulha em contar com várias mulheres

na equipe.

Mulher em pauta(*) Fernanda Burim

Há muito tempo elas deixa-ram o papel isolado de mães, filhas, avós para

assumir um perfil desafiador e por que não dizer?...Brilhante!

Assumiram características marcantes, adotando estratégias vencedoras como grandes nego-ciadoras, líderes e formadoras de opinião no mundo corporativo.

O que chama a atenção na escalada feminina no mundo das empresas é a maneira como conduzem seus negócios e lidam com o poder. Pela necessidade de conjugarem a rotina familiar com a agenda profissional, as mulheres são menos centraliza-doras, cuidam de vários assuntos ao mesmo tempo e estabelecem prioridades na hora de negociar.

Estudos apontam que o cres-cimento de mulheres ocupando cargos de liderança no Brasil aumentou na última década : elas dobraram sua participação em cargos de liderança nas empresas e já ocupam quase metade dos postos de coordenação.

Os números dessa “revolução” feminina são bem vistosos quan-do se ousa falar das ocupações antes cativas dos homens e que hoje contam com mulheres desem-

A inserção das mulheres na vida empresarial ajudou a mudar a forma de ser da sociedade. Hoje a sociedade é mais sensí-vel, apresenta maior preocupa-ção social, mais preocupações com o meio ambiente. Há dez anos não se falava destes assun-tos com tanta frequência quanto hoje.

A presença feminina no ambiente profissional, enfim, contribui para humanizar o re-lacionamento entre as pessoas, formar líderes conscientes e criar uma comunidade com energia positiva.

Por esses e (tantos) outros moti-vos, a mulher, atualmente – e tudo aponta para a consolidação da presença feminina – é muito mais que a promessa de eficiência na gestão empresarial, é realidade.

penhando tão bem seu trabalho quanto seus colegas. Segundo Thomas Case, fundador do grupo Catho, em 1995, o número de mulheres que ocupavam cargos de diretoria era de 8,1%. Em 2003, este número subiu para 15,24%.

Há, ainda, uma grande evolu-ção nos cargos de gestão: direto-rias comerciais, administrativas e financeiras, além de gerências e coordenações dos mais diferentes departamentos de empresas de inúmeros ramos.

As mulheres são muito analíti-cas, detalhistas, organizadas e têm uma visão mais abrangente, talvez pelas suas próprias funções tão diferenciadas de tantos pa-péis sociais e profissionais, elas têm sensibilidade e percepção mais aguçada.

Equipe feminina da Iorga (esquerda para direita): Paula Jesus, gerente de qualidade/P&D; Vanessa Coelho, gerente comercial; Fernanda Burim, assessora comercial; Elaine Taraia, supervisora de vendas, Suzana Pasternak Kuzolitz, diretora, Maria Flora Navarro, auxiliar de vendas; Patricia Rodrigues, supervisora de administração vendas; Sharon Delanieze Bottini, gerente industrial; Rosangela Bigardi, assistente de vendas e Cinthya Salles, analista fiscal

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3ª CAPA

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