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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS Karina Luiza Virgílio Margini O EFEITO DO CRIOALONGAMENTO E MASSOTERAPIA NO TRISMO PÓS NEOPLASIA BUCAL The impacts of cryotherapy and massage in post buccal-neoplasm trismus CAMPINAS 2018

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS

Karina Luiza Virgílio Margini

O EFEITO DO CRIOALONGAMENTO E MASSOTERAPIA

NO TRISMO PÓS NEOPLASIA BUCAL

The impacts of cryotherapy and massage in post buccal-neoplasm trismus

CAMPINAS

2018

Karina Luiza Virgílio Margini

O EFEITO DO CRIOALONGAMENTO E MASSOTERAPIA

NO TRISMO PÓS NEOPLASIA BUCAL

The impacts of cryotherapy and massage in post buccal-neoplasm trismus

Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Médicas da

Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos

exigidos para a obtenção do título de Mestra em saúde,

interdisciplinaridade e reabilitação, na área de concentração

interdisciplinaridade e reabilitação.

Dissertation presented to the Universidade Estadual de Campinas

Medical Sciences Faculty as part of the Health Master’s title,

interdisciplinary and rehabilitation, in the concentration area

interdisciplinary and rehabilition.

ORIENTADOR: Mirian Hideko Nagae Espinosa

ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO

FINAL DA DISSERTAÇÃO DEFENDIDA PELA

ALUNA KARINA LUIZA VIRGÍLIO MARGINI, E ORIENTADO PELA

PROFA. DRA. MIRIAN HIDEKO NAGAE ESPINOSA

CAMPINAS

2018

BANCA EXAMINADORA DA DEFESA DE MESTRADO

KARINA LUIZA VIRGÍLIO MARGINI

ORIENTADOR: MIRIAN HIDEKO NAGAE ESPINOSA

MEMBROS:

1. PROFA. DRA. MIRIAN HIDEKO NAGAE ESPINOSA

2. PROFA. DRA. MARIA FERNANDA BAGAROLLO

3. PROFA. DRA. IRENE QUEIROZ MARCHESAN

Programa de Pós-Graduação em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação da

Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas.

A ata de defesa com as respectivas assinaturas dos membros da banca examinadora

encontra-se no processo de vida acadêmica do aluno.

Data: DATA DA DEFESA 14/03/2018

Aos meus avós maternos Nair e Benedito Virgílio que dedicaram a

mim o amor mais puro e me fizeram aprender com sua simplicidade

que podemos ser o que sonhamos.

AGRADECIMENTO

À Deus, por colocar em meu coração sonhos que Ele sempre

abençoou.

À minha Mãe da Medalha Milagrosa, Maria Santíssima, pelo seu

colo em todos os momentos.

À professora Mirian, mais que uma profissional de excelência uma

mãe que mais que eu mesma acredita no meu potencial.

À minha mãe Raquel, que dedica a mim e as minhas irmãs todos

seus esforços, sendo o alicerce no qual seguramente podemos nos

apoiar.

Ao meu pai Beto, por toda alegria e mania boa de ver o lado bom

das coisas em tudo.

Às minhas irmãs, Laís e Maria Clara muitas vezes o motivo pelo

qual persisto para que conseguindo, seja exemplo que elas também

podem conseguir.

Ao Anderson, pela ajuda e por permanecer, independente da

distância.

Aos Monges da Trindade Irmãos: Zé Renato, Denise, Uliana e pe.

Vinícius pela intercessão e por serem, do jeito que são, sinais do

amor de Deus por mim.

Aos meus pacientes por colaborarem não só com o estudo, mas

também com meu crescimento pessoal e profissional.

RESUMO

O trismo, é uma restrição na abertura bucal de até 3,5 cm, é um dos efeitos

colaterais mais comuns da radioterapia na região da cabeça e pescoço. Tal condição

afeta funções cotidianas simples como: mastigar, deglutir, falar e até exercer higiene

bucal acarretando danos não só físicos como emocionais ao sujeitos. Evidenciando

assim a necessecidade da busca de tratamentos que revertam ou amenizem tal

quadro. O objetivo do estudo é investigar o comportamento dos músculos masseter

e supra-hióideos durante a deglutição antes e após o crioalongamento associado à

massoterapia em pacientes pós neoplasia bucal com trismo devido a radioterapia. A

amostra final foi constituída por 8 sujeitos, com faixa etária entre 40 e 64 anos,

gênero masculino e feminino com abertura bucal menor ou igual a 3,5cm. Para a

realização da pesquisa foram realizadas duas avaliações eletromiográficas, uma no

início e outra no final do tratamento. Com 15 atendimentos, uma vez por semana,

com manobras de crioalongamento associado à massoterapia nos músculos

masseter e grupo muscular dos supra hióideos. Foi possível concluir após a

intervenção com crioalongamento e massoterapia diferença significativa apenas no

comportamento do grupo muscular do supra-hióideos, fato não constatado no

músculo masseter.

Palavras-chave: trismo; neoplasia bucal; crioalongamento; massoterapia.

ABSTRACT

Trismus is a restriction in the buccal opening up to 3.5cm and is one of the

most frequent side effect of head and neck regions radiotherapy. This condition

affects simple daily activities such as chewing, swallowing speaking and even buccal

hygiene, leading to not only physical but emotional damages to the subjects. This

puts in evidence the need to find treatments to revert or soften this condition. This

study investigates the behavior of masseter and suprahyoid muscles during

swallowing before and after the cryotherapy associated to the massage in patients

post buccal neoplasm with trismus due to radiotherapy. The final sample was

composed of 8 subjects, aged between 40 an 64 years, both female and male with

buccal opening equal to or smaller than 3.5cm. Two electromyographic evaluations

were conducted to perform this research, one in the beginning and one in the end of

the treatment. The study was composed of 15 treatment sessions, once a week,

consisting of cryotherapy maneuvers and massage in masseters and upper-hyoids

muscle groups. The study concluded that after the intervention with cryotherapy and

massage sessions, there was a significant difference in the behavior of the upper-

hyoid muscles group. This fact was not observed in the masseter muscles group.

Key words: trismus; mouth neoplasms; cryotherapy; massage.

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Frequência (porcentagem) das classes e teste de Qui-quadrado para

igualdade de proporções de variáveis do gênero e hábitos orais

Tabela 2. Médias, desvios padrão e limites do intervalo de confiança das médias

(95%) da Abertura da Boca (mm) nos momentos em relação à aplicação da técnica

de massoterapia associada à crioterapia.

Tabela 3. Médias, desvios padrão, mínimos e máximos das medidas numéricas

avaliadas no estudo.

Tabela 4. Análise de variância calculada por meio de um modelo linear

generalizado misto para comparação das médias de RMS dos músculos estudados

(antes e após a administração da técnica).

Tabela 5. Média, desvio padrão, limites de confiança da média (95%) observados

antes e depois do tratamento.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Ag/AgCl - Prata/Cloridrato de Prata

CEP - Comitê de Ética em Pesquisa

CEPRE - Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação

EMGs - Eletromiografia de superfície

FCM - Faculdade de Ciências Médicas

M- Metástase

MO - Motricidade Orofacial

N- Linfonodo

RMS - Root Means Square

T- Tumor

TNM – Estadiamento

UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas

SUMÁRIO

Introdução....................................................................................... 12

Metodologia..................................................................................... 13

Resultados....................................................................................... 17

Discussão ........................................................................................ 23

Conclusão......................................................................................... 25

Referências.......................................................................................26

Anexos.............................................................................................. 32

12

I. INTRODUÇÃO

O trismo, restrição na abertura bucal, é um dos efeitos colaterais mais

comuns da radioterapia na região da cabeça e pescoço. É uma condição

angustiante, principalmente quando ocorre após doenças devastadoras como o

câncer, uma vez que o paciente não consegue exercer funções cotidianas

simples como: mastigar, deglutir, falar e até exercer higiene bucal26. Tais

dificuldades com isso, em função do estado frágil do paciente, podem acentuar

ainda mais seu estado físico e emocional11.

A etiologia do trismo a princípio é considerada uma ação reflexa

protetora para que o organismo não sofra prejuízos. No caso de injúrias

musculares é comum a presença de espasmos miofaciais que podem gerar dor

ou até travamento bucal durante funções orais como a alimentação44,17.

Quando ocorre após a neoplasia bucal, em geral é decorrente de intervenções

como a radioterapia utilizada para cura da doença. A radiação ao conter o

crescimento anormal celular ocasiona danos agressivos como necrose e

processos inflamatórios dolorosos. Os quais podem resultar em fibrose na área

irradiada, mucosa jugal, glândulas salivares, musculatura acessória da cabeça

e pescoço 3, 44.

Após a radioterapia, o trismo pode ocorrer a qualquer momento durante

os 24 meses subsequentes3. É insidioso, lentamente progressivo e quando não

tratado pode ocasionar sequelas irreversíveis como a atrofia muscular,

modificação da excitação nervosa dos receptores sensoriais localizados no

periodonto, mucosa jugal e na musculatura orofaríngea26. E com isso ocasionar

um novo padrão de informações em nível de tronco encefálico como a restrição

de abertura bucal para o resto da vida do paciente30. Intervenções terapêuticas

13

nesses casos são preconizadas dentre elas o crioalongamento e massoterapia

na região da cabeça e pescoço2,5. Os quais atenuam quadros álgicos e

liberação da musculatura respectivamente.

Devido ao trismo uma das funções comprometidas de forma expressiva

é a deglutição. Uma vez que o abaixamento mandibular é imprescindível para a

realização dessa função28. Nos casos pós-neoplasia, a deglutição tem uma

importante participação no restabelecimento desses pacientes, por melhorar

uma série de aspectos como o restabelecimento do estado nutricional e

produção de saliva.

Na literatura em geral os estudos estão voltados para os músculos

responsáveis pela elevação mandibular, como masseter e temporal1,11. Pouca

atenção, entretanto, tem sido dada a musculatura da região do pescoço. Dentre

elas o grupo muscular dos supra-hioideos que também podem ocasionar por

uma ação reflexa o travamento mandibular uma vez que são responsáveis pelo

abaixamento mandibular27,31 e com isso dificultar a deglutição.

Diante do exposto o objetivo do estudo é investigar o comportamento

dos músculos masseter e supra-hióideos durante a deglutição antes e após o

crioalongamento associado à massoterapia em pacientes pós neoplasia bucal

com trismo devido a radioterapia.

II. METODOLOGIA

O estudo foi realizado no ambulatório de Motricidade Orofacial do

Departamento de Desenvolvimento Humano e Reabilitação da Faculdade de

Ciências Médicas da Universidade Estadual de

14

Campinas/DDHR/FCM/UNICAMP. Com aprovação do Comitê de

Ética em Pesquisa/UNICAMP sob no16916913.4.0000.5404.

Todos os sujeitos foram encaminhados pelo serviço de odontologia

devido a queixa de trismo e somente após seu consentimento formalizado por

meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) foi iniciada a sua

participação nas atividades da pesquisa.

AMOSTRA

Constituída inicialmente por 18 sujeitos, sendo que 1 desistiu, 1 faleceu,

2 apresentaram recidiva da neoplasia e 6 foram excluídos por não

contemplarem os critérios de inclusão e exclusão. Restando 8 sujeitos, com

faixa etária entre 40 e 64 anos, gênero masculino e feminino com abertura

bucal menor ou igual a 3,5cm13.

CRITÉRIOS DE INCLUSÃO: pacientes com queixa de trismo (abertura

bucal máxima de 3.5cm), pós tratamento combinado de quimioterapia (3

aplicações) e radioterapia (15 sessões) devido a neoplasia bucal, em

seguimento no ambulatório de oncologia e/ou no Serviço de Odontologia do

Hospital das Clínicas/FCM/UNICAMP, ausência da neoplasia comprovada por

exame histológico e laudo tomográfico.

CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO: ausência da neoplasia referida no

prontuário; hipersensibilidade ao frio; mucosite; submetidos a tratamentos

anteriores para liberação do trismo; fazendo uso de miorrelaxante, analgésico

e/ou anti-inflamatório; com recidiva do tumor; comorbidade não controlada;

lesão na pele na região de cabeça, pescoço, face ou intra-oral; dor aguda; com

trismo superior a 2 anos; ulcerações; necrose.

15

PROCEDIMENTO

Para a realização da pesquisa foram realizadas duas avaliações

eletromiográficas, uma no início e outra no final do tratamento. Com 15

atendimentos, uma vez por semana, com manobras de crioalongamento

associado à massoterapia.

ELETROMIOGRAFIA

Foi utilizado o eletromiógrafo Biopak da Bioresearch, com Placa

Analógico/Digital (A/D) com 12 bites de resolução, Índice de Modo de Rejeição

Comum (IRMC) de 60dB, software Biopak, versão 7.2. Eletrodos de superfície

bipolares passivo de Ag/AgCl, formato circular, descartável da Meditrace

Kendall-LTP, modelo Chicopee MA01.

Antes de iniciar o exame o paciente realizou adstringência da pele com

sabonete vegetal sem gordura e álcool etílico 70ºGL4 e quando necessária

tricotomia. Os voluntários foram posicionados sentados em uma cadeira

confortável, com a cabeça posicionada segundo o plano de Frankfurt, com

olhos abertos e fixo no horizonte36.

Os eletrodos foram fixados com distância intereletrodo de 1cm. No

músculo masseter, 2 cm acima do ângulo da mandíbula, no ventre do músculo

masseter, bilateralmente e para captar a atividade do músculo supra-hióideo

(feixe superficial, no ventre do músculo supra hióideo, bilateralmente)9. Os

registros foram realizados durante a deglutição, em que o sujeito foi instruído a

manter 2ml de água na cavidade bucal por cerca de 10 segundos e após

ordem verbal do examinador deglutir. O tempo de duração dos registros foi de

5 segundos. Após a captação os dados foram convertidos para a linguagem txt

16

para posterior cálculo da atividade elétrica média do sinal por meio do Root

Means Square (RMS).

INSPEÇÃO ORAL

Inicialmente toda região facial, de pescoço e intra-oral foi examinada

para descartar qualquer possibilidade de sinais de recidiva ou lesão na área

que impossibilitariam a aplicação das técnicas.

Dentre os pacientes avaliados, 6 eram edêntulos, pois devido ao estado

precário de seus dentes foi necessário extração antes de iniciar a radioterapia.

Com isso, a abertura bucal foi mensurada com um paquímetro digital nos

edêntulos a partir da borda gengival do dente incisivo superior e nos dentados

na borda do dente. As medidas foram realizadas no início e fim de todas as

sessões.

CRIOALONGAMENTO

Combinou 3 técnicas: aplicação do frio, massagem e alongamento

estático. Cubos de gelo com 3cm de largura por 3cm de comprimento envoltos

em gaze foram posicionados pela terapeuta na região do ventre dos músculos

masseter e grupo dos supra-hióideos do paciente. Com aplicações repetidas,

iniciadas sempre do lado direito, com intervalo de 1 a 5 segundo, de forma

gradativa, sem causar desconforto ao paciente. Após a retirada do gelo a área

era seca, levemente massageada com gaze e alongada por meio da abertura

bucal por 20 segundos. As manobras foram repetidas até o paciente relatar

sensação de dormência ou analgesia. Em média foram realizadas 3 baterias de

exercícios em cada músculo2,22.

17

MASSOTERAPIA

Após o crioalongamento a pele do paciente foi totalmente seca com

gaze e para iniciar a massoterapia foi passado óleo facial na pele do paciente a

fim de favorecer a massagem. Movimentos manuais circulares foram realizados

no ventre dos músculos masseter e supra-hióideos até o terapeuta sentir na

superfície dos dedos a liberação muscular14,43 . Em média foram realizadas 3

baterias de exercícios em cada músculo com duração de 5 segundos e

intervalos de 2 minutos.

ANÁLISE ESTATÍSTICA

Para comparação entre as médias de Root Means Square (RMS) foi

aplicada a técnica de análise de variância baseada na estimação de modelos

lineares generalizados mistos com um fator (One-way ANOVA).Todos os

cálculos foram efetuados por meio doprograma SAS (Statistical Analyse

System), release 9.3 do Institute Inc.,Cary:NC, 2010. O nível de significância

adotado para o estudo foi de 5%.

III. RESULTADOS

Para caracterização precisa da amostra foi realizada uma análise do

gênero e perfil epidemiológico dos hábitos deletérios orais dos pacientes

(tabela 1).

18

Tabela 2. Frequência (porcentagem) das classes e teste de Qui-quadrado para igualdade de

proporções de variáveis do gênero e hábitos orais.

Característica Classe Frequência Porcentagem Teste de qui-quadrado

Gênero Feminino 2 25,00 2: 2,00 – GL:1

Valor-p:0,1573 Masculino 6 75,00

Tabagismo

Antes de começar o

tratamento

2 25,00

2: 1,00 – GL:2

Valor-p:0,6065

Antes de começar o

tratamento e que

continuam tabagistas

4 50,00

Não 2 25,00

Etilismo

Antes de começar o

tratamento

4 50,00

2: 1,78 – GL:2

Valor-p:0,4169

Antes de começar o

tratamento e que

continuam etilistas

1 12,50

Não 3 37,50

Drogatício Antes do tratamento 1 12,50 2: 4,50 – GL:1

Valor-p:0,0339 Não 7 87,50

A caracterização da neoplasia de cada sujeito da pesquisa, em relação a

localização do tumor, tipo histológico, grau de estadiamento e tratamento está

especificada no quadro 1 abaixo.

Quadro 1: Caracterização da amostra em relação a doença em cada paciente

Paciente Genero Idade Tipo Histológico

Localização do tumor

Grau de

estadiamento

Tratamento

1 M 40 Carcinoma epidermóide moderadamente diferenciado

Amígdala esquerda com extensão ao trígono do retromolarqueratinizante infiltrando tecidos moles de língua e assoalho oral à esquerda

T3N2bM0 Quimioterápico, radioterápico e cirúrgico.

2 F 54 Linfoma Não Hodgkin B de grandes células

Seio maxilar e cavidade nasal

T2N0M0 Quimioterápico, radioterápico.

19

T: tumor primário – T1: tumor com 2 cm ou menos em sua maior dimensão; T2: tumor com mais

de 2 cm e até 4 cm em sua maior dimensão; T3: tumor com mais de 4 cm em sua maior

dimensão; N: linfonodos regionais – Nx: os linfonodos regionais não podem ser avaliados, N0:

ausência de metástase em linfonodos regionais, N2b: metástase em linfonodos homolaterais

múltiplos, nenhum deles com mais de 6 cm em sua maior dimensão; M: Metástase à distância

– Mx: a presença de metástase à distância não pode ser avaliada, M0: ausência de metástase à

distância.

As médias de abertura de boca dos sujeitos antes e após a intervenção

fonoaudioógica estão demonstradas na tabela 2.

3 M 51 Carcinoma Adenóide Cístico moderadamente diferenciado (grau II) de cavidade oral

Lesão em região de mucosa jugal direita

T2N0M0 Quimioterápico, radioterápico e cirúrgico.

4 F 57 Carcinoma espinocelular

Lábio T2N2bMx Quimioterápico, radioterápico e cirúrgico.

5 M 74 Carcinoma Epidermóide moderadamente diferenciado

Lesão em região de trígonoretromolar à direita

T2NxMx Quimioterápico, radioterápico e cirúrgico.

6 M 59 Carcinoma de células escamosas bem diferenciadas

Lesão em assoalho bucal direito

T1N0M0 Quimioterápico, radioterápico.

7 M 58 Adenocarcinoma Palato duro T3NxMx Quimioterápico, radioterápico e cirúrgico.

8. M 64 Carcinoma Epidermóide de cavidade oral

Lesão em borda esquerda da língua

T3N1M0 Quimioterápico, radioterápico.

20

Tabela 2. Médias, desvios padrão e limites do intervalo de confiança das médias (95%) da

Abertura da Boca (mm) nos momentos em relação à aplicação da técnica de massoterapia associada à crioterapia.

Momento

Média Desvio

padrão Intervalo de confiança (95%)

Superior Inferior

Antes 33,59 65,29 34,67 32,31

Depois 34,81 65,66 36,00 33,63

Houve melhora na abertura bucal dos sujeitos em cada sessão e esse

ganho manteve-se constante ao longo das intervenções, conforme ilustra a

figura 1.

Em relação às variáveis: idade, realização de radioterapia para o

tratamento da neoplasia, média de abertura bucal dos pacientes e RMS dos

músculos supra-hioideos direito e esquerdo, masseter direito e esquerdo

avaliados na eletromiogafia, são apresentadas na tabela 3 os resultados

encontrados.

50

40

30

20

21

Tabela 3. Médias, desvios padrão, mínimos e máximos das medidas numéricas avaliadas no

estudo.

Variáveis Média Desvio padrão

Mínimo Máximo

Idade (anos) 57,50 10,30 39,00 74,00

Radioterapia 26,50 11,87 0,00 37,00

Abertura (mm) 34,15 65,67 18,0 51,0

RMS (Masseter direito) 45,27 37,53 6,59 135,17

RMS (Supra-hioideo direito) 22,75 17,60 2,99 76,45

RMS (Masseter esquerdo) 26,42 24,24 2,73 102,50

RMS (Supra-hioideo

esquerdo) 24,24 16,68 3,58 65,19

A análise dos valores de RMS de cada um dos músculos avaliados na

eletromiografia durante a deglutição antes e após o tratamento fonoaudiológico

pode ser observada na tabela 4.

Tabela 4. Análise de variância calculada por meio de um modelo linear generalizado misto para comparação das médias de RMS dos músculos estudados (antes e após a administração da técnica).

Músculo

Graus de liberdade Teste F

Numerador Denominador Estatística Valor-p

Masseter direito 1 7 0,47 0,5130

Masseter esquerdo 1 7 4,49 0,0717

Supra-hiodeo direito 1 7 26,91 0,0013

Supra-hiodeo

esquerdo 1 7 11,70 0,0111

Considerando-se com rigor o nível de significância estabelecido para

o estudo (p:0,05), não são observados indícios de diferenças entre as médias

de RMS dos músculos masseter, antes e após o tratamento (p>0,05).

Por outro lado, há fortes indícios (p<0,01) da existência de diferença

entre as médias verdadeiras de RMS do supra-hioideo direito e indícios

(p<0,05) da existência de diferença entre as médias de RMS do músculo supra-

hioideo esquerdo.

22

As médias de RMS antes e depois do tratamento fonoaudiológico para a

liberação do trismo estão descritas na tabela 5.

Tabela 5. Média, desvio padrão, limites de confiança da média (95%) observados antes

e depois do tratamento.

Músculo Momento Média

Desvio

padrão

Limite de confiança (95%)

Superior Inferior

MD Início 48,96 41,15 83,36 14,56

Final 41,58 35,98 71,66 11,50

ME Início 17,01 9,28 24,77 9,26

Final 35,82 31,16 61,87 9,77

SHD Início 13,86 9,21 21,56 6,16

Final 31,63 19,97 48,32 14,94

SHE Início 17,06 14,24 28,96 5,16

Final 31,42 16,60 45,30 17,55

Md: Masseter direito; ME: Masseter Esquerdo; SHD:Supra-hioideo direito; SHE:Supra-hioideo

esquerdo.

Os valores das médias de RMS do músculo masseter direito são

bastante parecidas entre si e com uma leve superioridade apontada na

atividade mioelétrica na fase inicial, mas sem evidências de que essa diferença

seja significativa.

Quanto ao masseter esquerdo, já se observa um aumento da média

de RMS, ainda que não significativa este seria um resultado mais coerente com

o esperado em termos de haver um quadro de melhora clínica, mas ainda

assim não significativo com base na análise de variância.

Por fim, os dois supra-hioideos (direito e esquerdo) apresentam valores

de média de RMS significativamente maiores na fase final, ou seja, após a

aplicação do tratamento.

23

IV. DISCUSSÃO

Na comparação dos músculos elevadores e abaixadores da mandíbula

durante a deglutição foi possível comprovar que o grupo muscular dos supra-

hióideos apresentou diferença significativa após as intervenções de

crioalongamento associado à massoterapia. Fato que não foi constatado em

relação ao músculo masseter.

A média de idade (±57,5 anos), hábitos sociais (tabagismo e etilismo) e

baixo número de pacientes encontrados nesse estudo concordam com dados a

literatura7,18,19. (tabela 1).O reduzido número de voluntários provavelmente está

relacionado com o estabelecimento do período de 3 meses utilizado para

realização das manobras. Segundo a literatura20 esse tempo é o mínimo

estabelecido para que mudanças morfológicas na fibra muscular possam ser

consolidadas. Para os casos de neoplasia, entretanto, esse período é muito

longo, uma vez que variáveis importantes podem surgir e inviabilizar a

continuidade do tratamento. Em particular situações como óbito, fragilidade

emocional do paciente que podem levar a desistência do tratamento e

principalmente fatores relacionados à ausência e recidiva da doença descritos

no item de inclusão e exclusão da metodologia. A ausência da doença é o

principal fator para se evitar a possível proliferação das células neoplásicas nas

redes linfática e sanguínea devido às manobras e com alto índice de recidiva

da neoplasia de cavidade bucal o número de sujeitos aptos para a realização

da intervenção terapêutica apresenta-se ainda mais reduzido.

Mesmo com o reduzido número de sujeitos, entretanto, a amostra foi

representativa. Uma vez que o aumento da abertura bucal, mesmo pequena,

foi observado em todos os sujeitos ao longo do tratamento sem recidiva (figura

24

1). Outro fator a ser considerado é que mesmo com grau de estadiamento

heterogêneo todos os sujeitos abriram a boca de forma progressiva (tabela 2).

A presença do tumor na região de assoalho da boca, mucosa jugal em vários

pacientes (quadro 1) também indicam que a radiação na área do pescoço foi

maior nesses casos. Ocasionando com isso maior comprometimento nos

músculos supra-hióideos e desconforto na região do pescoço.

Em muitos casos a intervenção foi logo após o término da doença cuja área

no mínimo apresentava desconforto devido os tratamentos utilizados para a

neoplasia, gerando muitas vezes impacto negativo nas funções que tais áreas

desempenham devido as injúrias sofridas ocasionando alterações como medo

para engolir restringindo a movimentação para evitar desconforto. Com isso, o

crioalongamento atua para diminuição do desconforto na área injuriada,

provocando analgesia deixando o sujeito mais seguro para realizar a

movimentação22

A massoterapia por sua vez além de reduzir a percepção da dor, melhora a

circulação sanguínea local, produz efeitos tônicos e relaxantes e evita a

formação de aderência no tecido conjuntivo5, com manobras de baixo impacto

que respeitam o limiar de desconforto do paciente.

A melhora da condição do grupo muscular dos supra-hióideos com o

crioalongamento e a massoterapia foi observada durante a deglutição (tabelas

3 e 4). A progressão e ausência de recidiva em relação à abertura bucal

provavelmente estão relacionadas ao baixo impacto, mas eficaz das manobras.

Que não ocasionou ação reflexa de travamento devido a excessiva força na

tentativa de abrir a boca. Os resultados obtidos (tabela 5) permitem concluir

que realmente o grupo muscular dos supra-hióideos tem uma ação significativa

25

na liberação da abertura bucal. Contradizendo dados da literatura que

enfatizam a ação do músculo masseter1,11,12.

Tais alterações podem acarretar modificações na fisiologia da

deglutição, apresentando aumento no tempo de trânsito faríngeo do bolo

alimentar, elevação laríngea reduzida e penetrações ou aspirações laríngeas,

impactando negativamente também a qualidade de vida do

sujeito,evidenciando a necessidade de tratamento6,7,42.

V. CONCLUSÃO

Em pacientes pós neoplasia bucal com trismo devido a radioterapia após

o crioalongamento associado à massoterapia foi possível concluir diferença

significativa apenas no comportamento do grupo muscular do supra-hióideos,

fato não constatado no músculo masseter.

26

VI. BIBLIOGRAFIA

1. ALBERTIN A, KERPPERS II, AMORIM CF, COSTA RV, FERRARI

CORRÊA JC, OLIVEIRA CS. The effect of manual therapy on masseter

muscle pain and spasm. Electromyogr Clin Neurophysiol

2010;50(2):107-12.

2. BARREIRA VG, CAMARGO EC. Efeitos fisiológicos e a aplicabilidade da

crioterapia: Uma atualização bibliográfica. Fisio Ter 2003;7(36):22-8.

3. BENSADOUN RJ, RIESENBECK D, LOCKHART PB, ELTING LS,

SPIJKERVET FK, BRENNAN MT. A systematic review of trismus

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ANEXOS