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O O A NBA tomou a medida mais drástica até agora no mundo do esporte após ter sido decretada a pandemia do coronavírus. A liga anunciou na noite de quarta-feira a suspensão da atual temporada indefinidamente. A de- cisão foi tomada após um jogador do Utah Jazz ter testado positivo para o vírus. A partida entre o Jazz e Oklahoma City Thunder, que seria realizada nesta quarta, foi suspensa, assim como toda a temporada a partir desta quinta-feira. A medida é uma forma de a NBA evitar maior contágio de atletas e empregados. Em comunicado, a liga diz que usará o "hiato provocado pela suspensão de jogos para determinar os próximos passos em relação à pandemia do coronavírus". A decisão da NBA deve gerar um efeito cascata nas principais competições es- O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR REDAÇÃO 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1453 - QUINTA-FEIRA, 12 / MARÇO / 2020 dólares é o valor cobrado pelo boxeador Esquiva Falcão na venda da medalha de prata que ele conquistou nas Olimpíadas de 2012 50 mil Com pandemia, esporte entra em suspensão

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Page 1: O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO · honrados em poder mostrar a Fórmula 1 ao vivo. Numa hora em que somos forçados a passar mais tempo em casa, lançar uma campanha dessas é uma

O O

A NBA tomou a medida mais drástica até agora no mundo do esporte após ter sido decretada a pandemia do coronavírus. A liga anunciou na noite de quarta-feira a suspensão da atual temporada indefinidamente. A de-

cisão foi tomada após um jogador do Utah Jazz ter testado positivo para o vírus. A partida entre o Jazz e Oklahoma City Thunder, que seria realizada nesta quarta, foi suspensa, assim como toda a temporada a partir desta quinta-feira.

A medida é uma forma de a NBA evitar maior contágio de atletas e empregados. Em comunicado, a liga diz que usará o "hiato provocado pela suspensão de jogos para determinar os próximos passos em relação à pandemia do coronavírus".

A decisão da NBA deve gerar um efeito cascata nas principais competições es-

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR REDAÇÃO

1

N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1453 - QUINTA-FEIRA, 12 / MARÇO / 2020

dólares é o valor cobrado pelo boxeador Esquiva Falcão na venda da medalha de prata que ele conquistou nas Olimpíadas de 201250mil

Com pandemia, esporte entra em suspensão

Page 2: O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO · honrados em poder mostrar a Fórmula 1 ao vivo. Numa hora em que somos forçados a passar mais tempo em casa, lançar uma campanha dessas é uma

portivas nas próximas horas. A Fifa deve confirmar, nesta quinta-feira, o adiamento do início das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022 na América do Sul. Os dez clubes filiados à Conmebol enviaram uma carta à entidade pedindo que os jogos previstos para a semana de 22 de março sejam remarcados.

Da mesma maneira, é possível que as ligas da Inglaterra e Espanha sejam sus-pensas temporariamente, o mesmo acontecendo com a Champions League. Nesta quinta, dois jogos da Europa League já não vão acontecer. As partidas Internazio-nale x Getafe e Sevilla x Roma foram suspensas porque o Getafe se recusou a viajar até Milão, enquanto a Roma não conseguiu embarcar para Sevilha. Já a Fórmula E suspendeu por dois meses suas atividades, adiando os E-Prix de Seul e Paris.

O adiamento e cancelamento de eventos esportivos, que antes eram motivados apenas para evitar aglomeração de torcedores, agora se dá por contaminação dos próprios atletas. Além do jogador do Utah Jazz, a Juventus, da Itália, confirmou que o jogador Daniel Rugani está contaminado com o Covid-19, mas que não apresentou nenhum sintoma da doença provocada pelo vírus. Ele ficou no banco de reservas na partida contra a Internazionale, no último domingo.

A Fórmula 1 pode seguir o mesmo caminho. Com temporada marcada para co-meçar nesta sexta-feira, com os treinos livres em Melbourne (Austrália), a categoria tem alguns membros de equipes afastados com suspeita de estarem com corona-vírus. Até agora, porém, a realização da corrida ainda não foi suspensa.

Com a alteração do status para pandemia do coronavírus, a tendência é de que, ao menos por um mês, o esporte tenha um inédito caso de paralisação mundial.

D I V U L G A Ç Ã O D E M E L H O R E S D O A N O F I C A P O S T E R G A D A

A mudança do cenário esportivo mundial por conta do coronavírus mudou a programação de nosso Boletim nesta quinta-feira. Por conta disso, adiamos o anúncio dos vencedores do prêmio Melhores do Ano de 2019 da Máquina do Esporte para a próxima segunda-feira (16).

Os resultados serão divulgados inicialmente no Bole-tim Máquina do Esporte e depois no site. Os eleitos em cada categoria receberão o troféu de "Melhor do Ano" e participarão de entrevistas para recontar suas histórias.

C H I N A A N U N C I A V O LTA D E L I G A A PA R T I R D E A B R I L

Enquanto o esporte começa a en-trar em quarentena em todo o mundo, na China, país em que começou a pan-demia do coronavírus, a situação mais calma começa a permitir a retomada das atividades, pelo menos aos poucos.

A Chinese Basketball Association anunciou que, em 2 de abril, será reaberta a temporada do Nacional da modalidade. O campeonato havia sido suspenso em janeiro por causa do iní-cio do surto de coronavírus no país.

"A situação de prevenção e controle de epidemias nas cidades da CBA é ba-sicamente estável", afirmou a entidade no comunicado em que confirmou o reinício das atividades para 2 de abril.

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O P I N I Ã O

Esporte tem desafio maior que terrorismo

Foi a partir 1972, quando um atentado de palestinos contra a delegação de Israel durante os Jogos Olímpicos de Munique colocou o esporte em aler-ta, que o terrorismo sempre foi visto como a maior ameaça a um evento. A

explosão de uma bomba durante os Jogos de Atlanta, em 1996, e o posterior ataque aos Estados Unidos em 2001 colocaram o terrorismo como uma sombra no esporte.

Mas é a pandemia do coronavírus que tem mostrado para o esporte, agora, qual é o maior risco que existe para sua realização. O terrorismo é um evento minimamente administrável pelos órgãos de segurança. O controle de uma pandemia, está claro, exige que o esporte seja colocado em quarentena, provocando uma situação que só havíamos visto no período das Guerras Mundiais, de cancelamento de eventos.

A decisão da NBA de parar a temporada sem dar qualquer prazo para a retoma-da dos jogos era o motivo que faltava para que as demais modalidades tomem a mes-ma corajosa e correta atitude. Não dá para fazer a bola rolar correndo o risco de espa-lhar uma doença para todo o mundo. O melhor a fazer é sentar em casa e esperar.

Só que essa atitude gera um caos nunca antes previsto. Fecham-se as portas de estádios e ginásios, interrompem-se os treinamentos, proibem-se as entradas de torcedores em quaisquer evento esportivo.

Por mais mal que o terrorismo possa causar a um evento, seu impacto é de curta duração. Ele causa o dano e se encerra. Agora, a situação é inédita no esporte profissionalizado que vivemos hoje. Não existe prazo para a retomada das atividades. Assim, o evento esportivo não consegue gerar receita. O efeito cascata, no médio prazo, pode vir a ser bem pior que o do terrorismo.

A boa notícia, no caso, é de que a China começa a voltar à normalidade cerca de dois meses depois de o coronavírus começar a se espalhar pelo país. A decisão da liga de basquete local de retomar as atividades a partir de 2 de abril mostra que a quaren-tena afeta nossa rotina durante um momento, mas depois tudo se reorganiza.

O principal ponto de interrogação para o mercado esportivo, porém, ainda são os Jogos Olímpicos. Previstas para agosto/setembro, as Olimpíadas de Tóquio estabe-leceram o prazo-limite para a tomada de decisão para o mês de maio. É bem provável que já tenhamos superado a primeira onda provocada pela pandemia e, dessa forma, poderemos manter o que estava previamente acordado. Mas essa indefinição mostra que existe um perigo muito mais incontrolável do que o terrorismo para o esporte.

Pandemia força esporte a parar por

prazo indeterminado, causando um

prejuízo maior que o de um atentado

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

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Honda oferece DAZN de graça no Japão por 2 meses

A Adidas anunciou que deve ter um prejuízo de até € 1 bilhão por conta do coronavírus na China.

Segundo a marca alemã, com o período de quarentena imposto pelo governo chinês, a produção de artigos esportivos no país foi sus-pena, bem como as vendas caíram.

A expectativa é de que os dois meses de baixa nas atividades gerem um impacto de cerca de um oitavo de tudo o que a Adidas fatura na região da Ásia. A China é respon-sável por 66% dos € 8 bilhões que a marca faturou na região em 2019.

Com a pandemia global, é bem provável que as perdas da marca sejam ainda maiores, já que haverá queda em vendas em vários países.

A D I D A S C A L C U L A P E R D A D E € 1 B I S Ó N O M E R C A D O D A C H I N A

A superintendência do Cade aceitou um pedido da Netshoes e fará

da empresa interveniente do acordo que fará com que a Nike no Brasil seja

comandada pela Centauro. Segundo a análise do órgão, há o

risco de a Centauro ser favorecida na distribuição de produtos. Para evitar isso, a Netshoes poderá acompanhar

o processo de análise antitruste do acordo dentro do Cade. A ideia é fazer

com que não haja privilégio à Cen-tauro na venda de produtos da marca.

N E T S H O E S VA I I N T E R V I R

E M A C O R D O E N T R E N I K E E

C E N TAU R O

POR REDAÇÃO

A pandemia do coronavírus levou a Honda a fechar um acordo com o DAZN que dará, por quatro dias, um acesso gratuito de dois meses a novos assinantes da plataforma no mercado do Japão. Até o próximo dia 15, domingo, quando começa oficialmente a temporada da Fórmula 1, haverá a promoção para "atenuar" os efeitos do isolamento provoca-do pelo coronavírus no Japão nas últimas semanas.

"Com vários esportes pelo mundo sendo afetados, estamos honrados em poder mostrar a Fórmula 1 ao vivo. Numa hora em que somos forçados a passar mais tempo em casa, lançar uma campanha dessas é uma forma de fazer as pessoas se sentirem um pouco mais confortáveis. Agradecemos à Hon-da por prover isso", declarou Martin Jones, vice-presidente do DAZN para o mercado japonês ao anunciar o acordo.

O negócio é válido apenas para novos assinantes do servi-ço. Quem já assinou a plataforma no passado não poderá ter acesso ao benefício. O Japão é um dos mercados em que o DAZN tem mais direitos de transmissão. Além da F1, a plata-forma exibe a temporada da J-League e jogos da liga japo-nesa de beisebol, entre outras competições. Os dois torneios mais populares do país estão temporariamente suspensos.

"Queremos que as pessoas possam ter acesso não apenas à Fórmula 1, mas a vários esportes, para que consigamos agradar não apenas as crianças, mas a maior gama de pesso-as possíveis", disse Katsuhide Moriyama, diretor de comuni-cação da Honda no Japão em comunicado à imprensa.

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O São Paulo estreou na vitória por 3 a 0 sobre a LDU, pela Copa Liberta-dores, o patrocínio da marca de cimento Cauê, da InterCement. Locali-zada na manga do uniforme, dividindo espaço com uma outra marca, a

nova patrocinadora permanecerá durante um ano na camisa do time paulista."A InterCement é mais uma grande empresa que enxergou no clube um parceiro

com potencial de agregar valor à sua estratégia de negócio. Damos as boas-vindas à marca e será uma grande satisfação ter o Cimento Cauê no nosso uniforme", declarou em nota João Fernando Rossi, executivo de marketing do São Paulo.

O patrocínio leva a oitava marca diferente para o uniforme são-paulino, sem con-tar a Adidas. O clube ostenta ainda os patrocínios de Banco Inter (frente e costas), Urbano Alimentos (manga), MRV (clavícula), AOC (peito superior), Colchões Gazin (barra traseira), Cartão de Todos (frente do calção) e Betsul (atrás do calção).

O acordo com o São Paulo foi anunciado como uma forma de extensão do novo posicionamento que o Cimento Cauê terá no mercado brasileiro. Além de patroci-nar o clube, a empresa lançará campanha no rádio, internet e TV que tem o futebol como mote. Com o slogan "Se não for Cimento Cauê, vai dar zebra", a peça pu-blicitária passará a ser veiculada a partir do próximo mês na mídia.

"É a primeira vez que a marca Cimento Cauê patrocina um time de futebol e es-tamos muito orgulhosos. Essa parceria nos aproxima ainda mais de nossos clientes e consumidores finais e reforça a celebração de uma paixão nacional", afirmou em comunicado Alessandro Thompson, diretor Comercial da InterCement. A marca pertence ao grupo Camargo Corrêa e faturou R$ 1,5 bilhão no Brasil em 2018.

São Paulo fecha com 8ª marca no uniforme

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POR REDAÇÃO