governo federal vai lanÇar pacote de estimulos para …

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E-MAIL- [email protected] - HOME PAGE - www.aresb.com.br JANEIRO - 2014 - EDIÇÃO 167 Redução de impostos, seguro rural, cédula de crédito, além de medidas para atrair os fundos de pensão devem acontecer em 2014 ão há data prevista, mas o setor florestal receberá um pacote de estímulos no decorrer GOVERNO FEDERAL VAI LANÇAR PACOTE DE ESTIMULOS PARA O SETOR FLORESTAL deste ano. Pelo menos é o que garante o Gerente de Projetos da Secretaria de Assuntos Estratégi- cos (SAE) da Presidência da Re- pública, Fernando Castanheira, que vem discutindo com empre- sários e produtores rurais ligados à silvicultura a implantação de uma Política Nacional de Flores- tas Plantadas. De acordo com Castanheira, será por meio deste pacote de estí- mulos que o governo federal vai atra- ir investimentos dos fundos de pen- são, até mesmo como forma de superar o parecer da Advocacia Ge- ral da União (AGU), que restringe a compra de terras por estrangeiros. “Os fundos de pensão brasileiros e internacionais serão parceiros nes- tes investimentos de longo prazo”, acrescentou Castanheira. O pacote de medidas estimu- lantes para o setor florestal deve chegar à Casa Civil ainda este mês e, em seguida, será encaminhado ao Congresso Nacional para ser votado e aprovado. Nele constam ainda velhas reivindicações dos produtores rurais, como redução da carga tributária, a implantação do seguro rural e da cédula de cré- dito florestal. “Construímos um conjunto de propostas que consis- te em um anteprojeto de lei. Sem dúvida, 2014 fará a diferença”, dis- se Castanheira, que destacou o fato de o governo federal também está trabalhando na chamada “ter- ritorialização” de políticas, de acor- do com a realidade de cada região. * Fonte: Painel Florestal O engenheiro ambiental Luc- cas Correa, que passou um bre- ve período trabalhando na ativida- de de licenciamentos ambientais, percebeu que havia muita recla- mação dos engenheiros flores- tais na execução de atividades como a elaboração de inventári- os florestais. Para acabar com este sofrimento, Correa inventou um aplicativo que pode ser insta- lado em celulares smarthphones e em tablets que tenham o siste- ma Android a partir da versão 3.0. Com o aplicativo Forest Files, os engenheiros florestais agora não perderão tempo ao elaborar os inventários. De acordo com Luccas Correa, o aplicativo faz to- dos os cálculos que antes preci- savam ser entabulados. Até mes- mo no cálculo de erro mostral, se o nível de informações for sufici- APLICATIVO QUE FACITA A ELABORAÇÃO DE INVENTARIOS FLORESTAIS ente, o engenheiro florestal não precisa mais voltar ao local para buscar outros dados. De acordo com Luccas Cor- rea, quando o engenheiro flores- tal estiver fazendo a coleta de in- formações para o inventário – seja de mata nativa ou plantada – é só inserir os dados no aplicati- vo. “O Forest Files já vem com muitas informações, como, por exemplo, as espécies cadastra- das. Basta digitar a altura e o diâ- metro e, se quiser, dá para inserir imagens e as coordenadas de cada parcela. Assim, o erro mos- tral é coletado de forma automáti- ca”, explica Correa. Após o trabalho de campo, o engenheiro florestal só precisa exportar os dados do aplicativo para o computador, conseguindo abrir o excel com as informações organizadas. Em 2014, Correa vai lançar o aplicativo voltado para o sistema IOS, da Apple. Os interes- sados nesta novidade tecnológi- ca que vai diminuir em pelo me- nos 60% do tempo para elabora- ção de um inventário florestal de- vem entrar em contato com Luc- cas Correa pelo número (41) 9649-4943. * Fonte: Painel Florestal N

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Page 1: GOVERNO FEDERAL VAI LANÇAR PACOTE DE ESTIMULOS PARA …

E-MAIL- [email protected] - HOME PAGE - www.aresb.com.br

JANEIRO - 2014 - EDIÇÃO 167

Redução de impostos,seguro rural, cédula de

crédito, além demedidas para atrair os

fundos de pensãodevem acontecer

em 2014

ão há data prevista, mas osetor florestal receberá um

pacote de estímulos no decorrer

GOVERNO FEDERAL VAI LANÇAR PACOTE DEESTIMULOS PARA O SETOR FLORESTAL

deste ano. Pelo menos é o quegarante o Gerente de Projetos daSecretaria de Assuntos Estratégi-cos (SAE) da Presidência da Re-pública, Fernando Castanheira,que vem discutindo com empre-sários e produtores rurais ligadosà silvicultura a implantação deuma Política Nacional de Flores-tas Plantadas.

De acordo com Castanheira,será por meio deste pacote de estí-mulos que o governo federal vai atra-ir investimentos dos fundos de pen-

são, até mesmo como forma desuperar o parecer da Advocacia Ge-ral da União (AGU), que restringe acompra de terras por estrangeiros.“Os fundos de pensão brasileiros einternacionais serão parceiros nes-tes investimentos de longo prazo”,acrescentou Castanheira.

O pacote de medidas estimu-lantes para o setor florestal devechegar à Casa Civil ainda este mêse, em seguida, será encaminhadoao Congresso Nacional para servotado e aprovado. Nele constam

ainda velhas reivindicações dosprodutores rurais, como reduçãoda carga tributária, a implantaçãodo seguro rural e da cédula de cré-dito f lorestal. “Construímos umconjunto de propostas que consis-te em um anteprojeto de lei. Semdúvida, 2014 fará a diferença”, dis-se Castanheira, que destacou ofato de o governo federal tambémestá trabalhando na chamada “ter-ritorialização” de políticas, de acor-do com a realidade de cada região.

* Fonte: Painel Florestal

 O  engenheiro  ambiental  Luc-cas Correa, que passou um bre-ve período trabalhando na ativida-de de licenciamentos ambientais,percebeu que havia muita recla-mação dos engenheiros f lores-tais na execução de atividadescomo a elaboração de inventári-os f lorestais. Para acabar comeste sofrimento, Correa inventouum aplicativo que pode ser insta-lado em celulares smarthphonese em tablets que tenham o siste-ma Android a partir da versão 3.0.

Com o aplicativo Forest Files,os engenheiros florestais agoranão perderão tempo ao elaboraros inventários. De acordo comLuccas Correa, o aplicativo faz to-dos os cálculos que antes preci-savam ser entabulados. Até mes-mo no cálculo de erro mostral, seo nível de informações for sufici-

APLICATIVO QUE FACITA A ELABORAÇÃO DEINVENTARIOS FLORESTAIS

ente, o engenheiro florestal nãoprecisa mais voltar ao local parabuscar outros dados.

De acordo com Luccas Cor-rea, quando o engenheiro flores-tal estiver fazendo a coleta de in-formações para o inventário –seja de mata nativa ou plantada –é só inserir os dados no aplicati-vo. “O Forest Files já vem commuitas informações, como, porexemplo, as espécies cadastra-das. Basta digitar a altura e o diâ-metro e, se quiser, dá para inseririmagens e as coordenadas decada parcela. Assim, o erro mos-tral é coletado de forma automáti-ca”, explica Correa.

Após o trabalho de campo, oengenheiro f lorestal só precisaexportar os dados do aplicativopara o computador, conseguindoabrir o excel com as informações

organizadas. Em 2014, Correa vailançar o aplicativo voltado para osistema IOS, da Apple. Os interes-sados nesta novidade tecnológi-ca que vai diminuir em pelo me-nos 60% do tempo para elabora-

ção de um inventário florestal de-vem entrar em contato com Luc-cas Correa pelo número (41)9649-4943.

* Fonte: Painel Florestal

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INFORMATIVOPÁGINA 2

ECONOMIA

PresidenteEduardo Monteiro Fagundes

1º SecretárioPaulo da Cunha Ribeiro

Secretária AdministrativaBárbara Santana

[email protected]º Secretário

Silvano da Cunha Ribeiro

E X P E D I E N T EPublicação da ARESB - Associação dos Resinadores do Brasil

CONTATO - Rua Rio de Janeiro, 1985 - CEP 18701-200 - Avaré/SP - BrasilFone/ Fax: 0xx14 3732-3353 - E-mail: [email protected] - www.aresb.com.br

1º TesoureiroDante Villardi

2º TesoureiroNercilio Justino Rodrigues

Diagramação - GP Publicidade e PropagandaFone (14) 9790-6757

Tiragem - 450 exemplaresDistribuição gratuita

U

VALORES MÉDIO DE MERCADONº PRODUTOS UNIDADE VALOR R$1 ÁCIDO SULFÚRICO 98% KG. 2,10R$ 2 ALMOTOLIA 500 ml C/ BICO DE PLÁSTICO UNID 1,65R$ 3 ALMOTOLIA 500 ml C/ BICO DE METAL UNID 3,10R$ 4 TAMPA C/BICO DE METAL P/ ALMOTOLIA UNID. 2,23R$ 5 ARAME 14 GALV KG. 8,16R$ 6 ARAME 20 GALV KG. 16,95R$ 7 ARAME 22 GALV. KG. 12,95R$ 8 AVENTAL DE FRENTE SEGURANÇA UNID. 13,40R$ 9 BOTA DE BORRACHA PAR 10,05R$ 10 BOTIJÃO TÉRMICO UNID. 16,50R$ 11 BOTINA DE SEGURANÇA C/BICO DE FERRO PAR 39,50R$ 12 CAPA DE CHUVA COM CAPUZ UNID. 18,00R$ 13 COLETA TON. 11,29R$ 14 CONFECÇÃO DE SAQUINHOS MIL. 21,10R$ 15 ESTRIA RETA MIL. 22,07R$ 16 ESTRIA V MIL. 31,23R$ 17 ESTRIADOR UNID. 3,57R$ 18 ESTRIADOR DE BICO UNID. 4,08R$ 19 FARELO DE ARROZ TON. 506,94R$ 20 GRAMPOS CX. 6,63R$ 21 INSTALAÇÃO DE ÁRVORE COMPLETA MIL. 40,76R$ 22 HASTE P/ FIXAÇÃO DE EMBALAGEM MIL. 10,20R$ 23 LIMA UNID 10,00R$ 24 LUVAS DE RASPA PAR 7,23R$ 25 MARMITA TÉRMICA REDONDA UNID. 9,08R$ 26 ÓCULOS DE SEGURANÇA UNID. 8,65R$ 27 PASTA ESTIMULANTE 24% C/ETHREL KG. 2,80R$ 28 PASTA ESTIMULANTE 24% S/ETHREL KG. 1,50R$ 29 PERNEIRA EM COURO SINTETICO PAR 10,70R$ 30 RASPA DE TRONCO MIL. 41,62R$ 31 RASPADORES UNID. 5,60R$ 32 RESINA ELLIOTTII FOT-FAZENDA JANEIRO/2014 TON. 2.997,50R$ 33 RESINA TROPICAL FOT-FAZENDA JANEIRO/2014 TON. 2.893,33R$ 34 SACÃO PLASTICO 100x1,50x0,18 MIL. 1.300,00R$ 35 SAQUINHOS 35x25x0,20 MIL. 130,00R$ 36 TAMBOR REFORMADOS E PINTADO DE 200 LTS UNID 50,00R$ 37 TRANSPORTE ( até 50 km) TON. 30,30R$ 38 TRANSPORTE (de 51 à 150 km) TON. 39,74R$ 39 TRANSPORTE (de 151 à 250 km) TON. 56,11R$ 40 TRANSPORTE (de 251 a 1000 Km) R$/KM 2,41R$ 41 TRANSPORTE (de 1001 a 1500 Km) R$/KM 2,26R$

m plantio florestal saudá-vel resulta em uma flores-

ta com alta produtividade. A clas-sificação “alta produtividade” va-ria de local para local, podendoser alta com 30 m3ha-1ano-1 emcondições não favoráveis, ou 60m3ha-1ano-1 em condições maisfavoráveis, de acordo com a ca-pacidade de produção do localque é relacionada às condiçõesde solo, de clima, de disponibili-dade hídrica, etc.

Existem diversos fatores bióti-cos e abióticos que influenciamnegativamente na saúde da flo-resta, sendo que alguns dessesfatores podem ser minimizadoscom o correto manejo da floresta.

Para obter a floresta saudá-vel, são necessários diversoscuidados, que começam no zo-neamento da propriedade, naescolha do genótipo, na qualida-de das mudas, no preparo desolo, no plantio, na aplicação cor-reta dos insumos, no monitora-mento das pragas e doenças, namanutenção da floresta já forma-da, sendo que a escolha do ma-terial genético (genótipo) é deextrema importância.

Atualmente, no Brasil, existeboa disponibilidade de genótipos,principalmente de espécies dos

ADEQUAÇÃO DO MATERIAL GENÉTICOgêneros Eucalyptus, Corymbia ePinus, que podem ser obtidos viasementes melhoradas de diver-sas procedências e origens. Paraalgumas espécies, existe a dis-ponibilidade de clones que apre-sentam plasticidade e podem serutilizados em diferentes regiões.Provavelmente, em curto/médioprazo, também estarão disponí-veis clones geneticamente trans-formados.

A maior batalha dos transgê-nicos será provar que a relaçãocusto/benefício justifica sua utili-zação, pois ainda é possível obterganhos significativos de produti-vidade trabalhando no melhora-mento clássico, como avanço dasgerações, hibridação interespecí-fica entre diversas espécies, en-tre outras possibilidades.

A transformação genética de-verá entrar como uma ferramen-ta adicional no programa de me-lhoramento florestal, de forma si-nérgica com os trabalhos tradici-onais, de modo que a conserva-ção do germoplasma, os avan-ços das gerações de melhora-mento e a transformação genéti-ca deverão ser realizados simul-taneamente, para a obtenção dosgenótipos mais aptos e a manu-tenção de um nível de segurança

a longo prazo diante dos desafi-os da silvicultura.

Também é necessário ampli-ar o conhecimento sobre os ge-nótipos e as interações com oambiente, sendo que os conhe-c imentos devem ser amplos,considerando aspectos ecológi-cos, f isiológicos, moleculares,entre outros, para permitir a se-leção de maneira mais rápida enão empírica.

A seleção do genótipo deve serdinâmica, e ampliar o leque deopções é uma das maneiras dese estar preparado para manter asaúde da floresta, já que o setortem diversos desafios.

1- Diferenças edafoclimáticasentre as regiões;

2- Mudanças climáticas quepodem gerar mais freqüentemen-te os eventos extremos de secaou mesmos de excesso deáguas;

3- Aumento signif icativo naocorrência de pragas e doençasao longo dos últimos anos;

4- Expansão do setor flores-tal em regiões não tradicionais; e

5- Necessidade de aumen-tar a produtividade para justificaro investimento cada vez maior naimplantação e condução das flo-restas.

Esses desafios fazem comque essa procura do genótipoadequado seja contínua, e, quan-to maior o número de opções dis-poníveis, maiores as possibilida-des de se obter o material ade-quado e de se estar preparadopara uma mudança brusca frenteaos desaf ios. Imaginar que omaterial com maior nível tecnoló-gico seja sempre melhor é umengano, pois, possivelmente,quanto mais trabalhado o genóti-po, mais específico para condi-ções de seleção e uso.

O material mais rústico podeapresentar boa produtividade eboa resiliência também, sendoque, para algumas condições, eleé o mais adequado. Basta lem-brar que alguns clones comerci-ais e difundidos no Brasil são “hí-bridos” espontâneos e/ou obtidosem seleção massal.

O que é possível afirmar é queavançamos muito na silviculturabrasileira em relação à escolha domaterial, mas ainda temos muitotrabalho, mesmo com mais de umséculo de seleção de genótipos nosetor florestal brasileiro.

* Fonte: Revista OpiniõesPaulo Henrique Müller da SilvaPesquisador da Ipef