o basico da visa na odontologia

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Instruções operacionais para Instalação de Consultórios Odontológicos

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  • PREFEITURA MUNICIPAL DE MACEISECRETARIA MUNICIPAL DE SADE DE MACEI

    DIRETORIA DE VIGILNCIA SADECOORDENAO GERAL DE VIGILNCIA SANITRIA

    INSPETORIA DO EXERCCIO PROFISSIONAL

    VIGILNCIA SANITRIA: O BSICO E O OBRIGATRIO

    REGRAS PARA O CONSULTRIO ODONTOLGICO

    O que voc precisa saber para realizar uma boa prtica profissional em seu consultrio.

    Os consultrios odontolgicos so considerados locais de risco (rea crtica) e, por isso, todas as normas e princpios de biossegurana devem ser seguidos criteriosamente para a obteno do Alvar de Licena Sanitria.

    Investimento n 1 em seu consultrio: sistema de esterilizao padro e princpios de biossegurana.

    Cada consultrio recebe uma visita anual de um funcionrio da vigilncia. A licena de funcionamento tem validade por um ano e, no momento da renovao, feita nova vistoria, que pode ou no ser programada. O dentista que no cumprir as exigncias pode receber um auto de infrao e ser penalizado, de acordo com a Lei Federal n 6.437, de 20/08/1977 e Lei Municipal 4287/93.

    Todo projeto arquitetnico de um servio de odontologia pblico ou privado deve ser avaliado e aprovado pela Vigilncia Sanitria local previamente execuo da obra.

    Legislao pertinente:RDC 50, de21/02/2002, RDC 307/02. Manual de Processamento de Artigos e Superfcies em Estabelecimentos de Sade 2 Edio Ministrio da Sade 1994 (Portaria 1598). Portaria GM/MS n 2616 de 12/05/98 Controle de Infeco Hospitalar. RDC 306/2004 ANVISA e Resoluo 358/2005 CONAMA - Gerenciamento de Resduos. Portaria 453 - RX. ABNT NBR 7256 - Portaria GM/MS n 3.523/88 - RE/ANVISA n 9/03 - Tratamento de ar em Estabelecimentos Assistenciais de Sade. NR-32 (Norma Regulamentadora - Ministrio do Trabalho).

    As clnicas odontolgicas devero ser registradas junto vigilncia sanitria como clnica, mesmo que os consultrios tenham registros individuais.

    SO OBRIGATRIOS PARA TODO CONSULTRIO:

  • Registro profissional (CRO) do CD, com pagamento da taxa anual;

    Cadastro na VISA Vigilncia Sanitria Municipal Taxa anual. O Alvar Sanitrio de ser afixado em local visvel.

    Prefeitura Municipal Cadastro - Taxa de Localizao e Funcionamento - ISSQN - Licena Ambiental

    1-INSTALAES IDEAIS DE CONSULTRIO ODONTOLGICO

    Iluminao sem ofuscamento ou sombras.

    Ventilao: circulao e renovao de ar. Deve haver mecanismos para reduzir o nvel de unidades formadoras de colnias (ufc) no ar ambiente (aparelho esterilizador de ar e/ou filtros especiais).

    Os estabelecimentos de assistncia odontolgica que possurem aparelhos de ar condicionado devero mant-los limpos e providenciar a troca de filtros periodicamente (6 meses). Manter registro escrito. Sala clnica: uso de filtros classe G3 e sistema de ventilao e/ou exausto complementar, garantindo desta forma a renovao de ar exterior necessria nestes ambientes. Proibido o uso de ventiladores.

    Devem ser adotadas medidas para evitar a entrada de animais sinantrpicos nos ambientes do EAS. Telar todas as aberturas externas.

    Pisos com material liso,lavvel e impermevel. Resistente a produtos de limpeza.

    Paredes de alvenaria ou divisrias de cor clara, de material liso,lavvel e impermevel. Permitido o uso de tintas elaboradas a base de epoxi, PVC, poliuretano ou outras destinadas a reas molhadas desde que resistentes lavagem, ao uso de desinfetantes e no sejam aplicadas com pincel.

    Forros de cor clara sem presena de mofo, infiltraes ou descontinuidades. Na sala clnica devem ser contnuos, sendo proibido o uso de forros falsos removveis, do tipo que interfira na assepsia dos ambientes.

    Superfcies da sala clnica devem ser impermeveis, permitindo a desinfeco. Proibido o uso de mesas e bancadas de madeira.

    As instalaes eltricas ou hidrulicas embutidas ou protegidas por calhas ou canaletas externas, para no haver depsito de sujidade em sua extenso.

    Cortinas de material que permita a higienizao. Proibido uso de cortina de pano.

    Escritrio separado da rea de atendimento. Evitar reservatrios de microorganismos.

  • O espao clnico no deve conter plantas, aqurios, quadros, sofs, brinquedos e outros materiais que possam se constituir em focos de insalubridade.

    Compressor de ar comprimido instalado em ambiente com tomada de ar externa e/ou com proteo acstica eficiente. Se instalado no banheiro deve ser acoplado atravs de ducto a ponto de captaode ar externo.

    O lavatrio deve ter gua corrente (gua potvel da rede pblica), de uso exclusivo para lavagem de mos, com dispositivo que dispense o contato de mos com a torneira durante o seu fechamento(inclusive no lavatrio da auxiliar, se houver). Toalhas de papel descartvel no reciclado e sabonete lquido. As clnicas que realizam cirurgias devem possuir lavabo cirrgico (100 x 50 x 50 cm) e utilizar degermante lquido para as mos.

    As clnicas devem contar com equipamentos para esterilizao fora da rea de atendimento - CME (Central de Material Esterilizado), que devem apresentar duas reas distintas (rea suja e rea limpa) e ventilaes independentes, diretas ao exterior e separadas at o teto, com guich de passagem, sem cruzamento de fluxo, sendo uma rea dotada de ponto de gua, cuba e bancada para recepo de material contaminado, expurgo e lavagem e outra para o preparo, esterilizao, guarda e distribuio do material.

    extremamente aconselhvel que os consultrios isolados tenham CME separado da sala clnica. Na sala clnica adotar bancadas separadas para lavagem de mos e lavagem de instrumentais para que o fluxo de materiais seja adequado. Quando estiverem na mesma bancada devem ter distncia compatvel entre elas, ou barreira para que respingos da pia para lavagem de instrumental no contamine a de lavagem de mos (lavatrio).

    A sala de espera dever proporcionar condies para que os pacientes aguardem o atendimento sentado e possuir boa ventilao natural ou artificial. Sanitrio masculino e feminino, gua potvel e copo descartvel; Um dos banheiros adaptado para uso de pacientes portadoes de necessidades especiais.

    Cadeira, equipo, refletor, mocho, sugador de saliva, amalgamador eltrico e demais equipamentos limpos e dentro das normas tcnicas e as legislaes especficas.

    Possuir DML Depsito de Material de Limpeza Sala destinada a guarda de aparelhos, utenslios e material de limpeza, dotado de tanque de lavagem.

    Todas as reas molhadas do EAS devem ter fechos hdricos (sifes) e tampa com fechamento escamotevel. proibida a instalao de ralos em todos os ambientes onde os pacientes so examinados ou tratados.

    Rodaps: No arredondar. Evitar ressalto junto parede.

    Instalao de som: somente caixa de som, preferencialmente metlica, dentro da sala clnica.

    Possuir vestirio para o profissional e auxiliares.

  • Ambientes incompatveis: Escritrio x Sala Clnica, CME x DML, Copa x Sala Clnica.

    2-PROCEDIMENTOS BSICOS

    Os artigos encaminhados para processamento no CME ou na bancada da sala clnica devem obedecer a uma seqncia lgica, representada pela seguinte fluxograma:

    2.1 REA CONTAMINADA - Expurgo (Procedimentos prvios)

    Recebimento do material contaminado

    Descontaminao prvia. Pr-lavagem em cubas ultra-snicas com desincrustantes ou produtos enzimticos.

    Limpeza do material(lavagem e secagem).

    Obs.: A auxiliar dever usar avental impermevel e luvas de borracha resistente (comercial), gorro, mscara, culos e sapato fechado.

    2.2 REA LIMPA (Procedimentos Finais)

    Preparo (empacotamento - colocao de fitas indicadoras e/ou integradores qumicos)

    Desinfeco (fsica ou qumica) ou Esterilizao (fsica, qumica ou fsico-qumica)

    Armazenamento do material em armrio fechado, limpo e seco.

    2.3 USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL(EPI) - Obrigatrio para toda a equipe.

    Luvas para atendimento clnico e cirrgico, que devem ser descartadas a cada paciente.

    Avental de proteo.

    Mscaras descartveis.

    culos de proteo. Profissional e nos paciente em procedimento que promovam disperso mecnica de partculas durante o ato operatrio.

    Gorro.

    Opcionais: Gorro e sapatilha descartvel para o paciente.

    Obs.: Os EPI devem ser utilizados somente no local de atendimento.

    2.4 INSTRUMENTAIS

    O instrumental necessrio para o funcionamento deve ser compatvel com:

  • O processo de esterilizao adotado, o n de pacientes atendidos e o tipo de procedimento realizado.

    O instrumental esterilizado deve ser guardado em armrio fechado, com prateleiras e exclusivos para esta finalidade. Devero ser de fcil limpeza (frmica/semanal), em local seco, arejado, livre de odores e umidade (jamais embaixo da pia com conexo de gua e/ou esgoto). Local de acesso exclusivo da equipe de sade bucal.

    Devem ser anotadas nos pacotes ou caixas metlicas a data de esterilizao e a data limite de validade, de sete dias. Utilizar pacotes ou caixas metlicas pequenas, individuais.

    Fazer validao do processo de esterilizao. Uso de indicadores qumicos e/ou biolgicos.

    As brocas devem ser esterilizadas. (Brocas ao carbono: estufa. Outras: autoclave e/ou estufa).

    Usar uma bandeja, um jogo de instrumental e um jogo de brocas para cada paciente.

    3-RX

    Obedecer s normas da Portaria 453 - RX, Ministrio da Sade: menor tempo de exposio possvel, com uso de avental de borracha plumbfera em bom estado e com protetor de tireide e gnadas, distancia mnima de 2 metros do cabeote, entre outros procedimentos voltados para proteo do operador, da equipe e do paciente.

    4-PACIENTES

    Todos os pacientes atendidos devem ser registrados com seu respectivo nome, endereo e tratamentos realizados atravs de meios informativos.

    O pronturio do paciente deve ter os seguintes documentos: termo de autorizao do tratamento odontolgico preconizado, assinado pelo paciente ou responsvel legal; orientaes, por escrito, quanto aos cuidados pr e ps-procedimentos necessrios e complicaes possveis.

    5-RESDUOS

    Todo gerador deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resduos de Servios de Sade - PGRSS, com cpia disponvel para consulta sob solicitao da autoridade sanitria ou qualquer outro interessado.

    A destinao final de todo material perfurocortante deve ser feita em recipiente rgido, estanque, vedado e identificado pela simbologia de substncia infectante e contendo soluo desinfetante. Descartado junto com o lixo hospitalar.

    Os estabelecimentos de assistncia odontolgica devero se cadastrar junto ao servio de coleta diferenciada pelo Servio de Sade.

  • No recinto dos estabelecimentos, os resduos devero ser mantido em recipiente com tampa, acionado por pedal, separados em lixo comum e lixo contaminado. Usar saco branco leitoso para o lixo contaminado.

    O local para guard-los deve ser escolhido de modo a no propiciar possveis contaminaes.

    O material contaminado dever sofrer tratamento adequado.

    Possuir abrigo externo prprio para coleta hospitalar.

    Os restos mercuriais devero ser mantidos em recipiente rgido, vedado por tampa rosquevel, contendo gua e fixador de RX em seu interior. Devem ser enviados para usinas de reciclagem.

    O revelador de RX deve ser neutralizado antes de ser despejado no esgoto (1 litro de revelador/10 litros de gua/100ml de vinagre comum). O fixador deve ser encaminhado em sua embalagem original para firmas de recuperao de prata. Existem produtos apropriados no mercado para fazer esta neutralizao.

    6-CONSIDERAES

    Os profissionais de sade devem estar alertas de que sua atividade, assim como de seus auxiliares, uma atividade de risco, portanto um protocolo rigoroso de procedimentos deve ser seguido.

    Quando este protocolo quebrado o risco de uma infeco ou leso pode atingir no somente a equipe mas tambm a integridade fsica e a sade dos pacientes.

    Os equipamentos, utenslios e mveis no podem estar aglomerados ou impedindo de alguma forma o desenvolvimento dos trabalhos.

    Todo instrumental e material que penetra na boca do paciente deve estar esterilizado.

    As pontas devem ser protegidas com barreiras de proteo de material impermevel e de uso nico.

    necessrio a utilizao de barreiras nos locais manipulados durante os procedimentos odontolgicos, utilizando para este fim, lminas plsticas de PVC, sobre-luvas, papel laminado ou sacos plsticos. Equipo, ala do refletor, etc.

    Estabelecer um intervalo entre as consultas para os procedimentos adequados ao controle de infeco no ambiente clnico. Trocar material descartvel aps o atendimento de cada paciente e fazer tratamento das superfcies.

    Adotar rotinas de biossegurana.

    No permitido a esterilizao de brocas em solues.

    vedado o uso de secadores de ar por turbilhonamento.

  • obrigatrio a desinfecao de moldagens, devido a presena de sangue e saliva, e a esterilizao de moldeiras plsticas e metlicas.

    O Cirurgio-dentista e auxiliares devem saber esclarecer sempre os mtodos de esterilizao utilizados. Se possvel, esses procedimentos devem ser registrados por escrito. As rotinas de esterilizao devem ser bem claramente executadas. No deve haver quebra destas rotinas.

    Os materiais que no podem ser esterilizados devem ser desinfectados.

    vedada a utilizao de pastilhas de formol.

    O responsvel tcnico pelo estabelecimento de assistncia odontolgica dever ser CD, com inscrio no CRO de seu estado e dever estar presente durante todo o perodo de atendimento no estabelecimento.

    Toda investigao de diagnstico e a indicao do procedimento odontolgico so de responsabilidade do CD.

    proibido o uso de equipamento a base de radiao ultravioleta e ebulidores como mtodos de esterilizao.

    O meio apropriado (1 escolha), dentro do consultrio, para esterilizao de compressas de gaze a autoclave. No se esteriliza compressas de gaze em estufa.

    Toda estufa deve possuir termmetro de bulbo para a sua correta calibrao e/ou controle de temperatura.

    Antes da realizao de procedimentos cirrgicos obrigatria a utilizao de sabo lquido com anti-sptico.

    obrigatria a vacinao contra Hepatite B e Ttano para todos os profissionais da equipe de sade bucal.

    7-OS DOCUMENTOS DA VIGILNCIA SANITRIA

    Termo de Inspeo (TINSP) Registra a visita dos fiscais e procedimentos adotados.

    Termo de Intimao (TI) Registra a visita dos fiscais e intima o profissional a realizar as adequaes necessrias no consultrio.

    Auto de Infrao (AI) Aplicado quando no realizadas as adequaes necessrias. O profissional tem 15 dias para recorrer (apresentar defesa). Gera multa.

    Auto de Imposio de Penalidade (AIP) - Advertncia, Multa, Interdio e Apreenso.

    8-IMPORTANTE

  • A VISA tem como filosofia atuar como parceira dos profissionais de sade e busca antes de tudo, a orientao do profissional e o respectivo ajuste de conduta quando necessrio.

    A VISA disponibiliza para o profissional interessado todo o material relativo a Biosegurana, normas, portarias e, inclusive, o Roteiro Bsico de Inspeo.

    A VISA quando solicitada realiza visita de orientao em seu consultrio.

    Mesmo antes de adequar a estrutura fsica do seu consultrio fundamental que ele apresente um fluxo adequado dentro dos princpios de biossegurana.

    A preveno o melhor mtodo de atuao.