o anglo resolve as provas da...

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É trabalho pioneiro. Prestação de serviços com tradição de confiabilidade. Construtivo, procura colaborar com as Bancas Examinadoras em sua tarefa de não cometer injustiças. Didático, mais do que um simples gabarito, auxilia o estudante no processo de aprendizagem, graças a seu formato: reprodução de cada questão, seguida da resolução elaborada pelos profes- sores do Anglo. No final, um comentário sobre as disciplinas. Realizado em três dias, numa única fase, o processo seletivo da Universidade Federal de São Carlos — UFSCar — está a cargo da Fundação Vunesp. As provas, com duração de 4 horas, são as mesmas para todas as carreiras e estão assim distribuídas: Cada questão objetiva vale 1 ponto, e cada questão discur- siva vale 2 pontos. o anglo resolve As provas da UFSCar 2007 Questões Questões Pontuação objetivas discursivas máxima Língua Portuguesa 10 8 26 pontos Língua Inglesa 6 4 14 pontos Redação 30 pontos Questões Questões Pontuação objetivas discursivas máxima Química 10 5 20 Matemática 10 5 20 História 10 5 20 Questões Questões Pontuação objetivas discursivas máxima Biologia 10 5 20 Física 10 5 20 Geografia 10 5 20 - DIA - DIA - DIA Código: 83560107

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É trabalho pioneiro.Prestação de serviços com tradição de confiabilidade.Construtivo, procura colaborar com as Bancas Examinadorasem sua tarefa de não cometer injustiças.Didático, mais do que um simples gabarito, auxilia o estudanteno processo de aprendizagem, graças a seu formato: reproduçãode cada questão, seguida da resolução elaborada pelos profes-sores do Anglo.No final, um comentário sobre as disciplinas.

Realizado em três dias, numa única fase, o processo seletivoda Universidade Federal de São Carlos — UFSCar — está a cargoda Fundação Vunesp.As provas, com duração de 4 horas, são as mesmas para todasas carreiras e estão assim distribuídas:

Cada questão objetiva vale 1 ponto, e cada questão discur-siva vale 2 pontos.

oanglo

resolve

As provasda UFSCar

2007

Questões Questões Pontuaçãoobjetivas discursivas máxima

Língua Portuguesa 10 8 26 pontos

Língua Inglesa 6 4 14 pontos

Redação — — 30 pontos

Questões Questões Pontuaçãoobjetivas discursivas máxima

Química 10 5 20

Matemática 10 5 20

História 10 5 20

Questões Questões Pontuaçãoobjetivas discursivas máxima

Biologia 10 5 20

Física 10 5 20

Geografia 10 5 20

1º- DIA

2º- DIA

3º- DIA

Código: 83560107

A pontuação final do candidato é a soma dos pontos obtidos nas provas, já conside-radas as ponderações por disciplina conforme tabela a seguir.

*De Computação, Civil, Física, Química, de Materiais, e de Produção.

Para o Curso de Licenciatura em Música há prova de Aptidão Musical com peso 2.

Será eliminado o candidato que não obtiver pontuação (ou seja, que tiver nota zero)em qualquer das disciplinas ou na redação.

PESOS DAS MATÉRIAS

Cursos Redação Português Inglês Matemática Física Química Biologia História Geografia

Biblioteconomia,Ciências da 2 2 2 1 1 1 1 2 1Informação

Imagem e Som,Ciências Sociais, 1 2 2 1 1 1 1 2 2Letras e Pedagogia

Filosofia 2 2 2 2 1 1 1 2 1

Licenciatura em 2 2 2 1 1 1 1 2 1Música

CiênciasBiológicas 1 2 1 1 1 1 2 1 1Enfermagem eMedicina

TerapiaOcupacional e 1 2 1 1 1 1 2 1 1Educação Física

Fisioterapia 1 2 1 1 1 2 2 1 1

Psicologia 1 2 2 1 1 1 2 2 1

EngenhariaAgronômica, Engenharia Florestal 1 2 1 2 1 2 2 1 1

e Biotecnologia

Engenharias* e Ciência da 1 2 1 2 2 2 1 1 1Computação

Física 1 2 1 2 2 1 1 1 1

Estatística e 1 2 1 2 1 1 1 1 1Matemática

Química 1 2 1 2 1 2 1 1 1

Turismo 1 2 2 1 1 1 2 2 2

Treineiros 1 2 1 2 1 1 1 1 1

1ª- PARTE: QUESTÕES OBJETIVASINSTRUÇÃO: Texto para as questões de números 01 a 05.

O valor do futuro depende do que se pode esperar dele. Portanto: se você acredita de fato em alguma formade existência post mortem determinada pelo que fizermos em vida, então todo cuidado é pouco: os jurosprospectivos são infinitos. O desafio é fazer o melhor de que se é capaz na vida mortal sem pôr em risco asincomensuráveis graças do porvir. Se você acredita, ao contrário, que a morte é o fim definitivo de tudo, então ovalor do intervalo finito de duração indefinida da vida tal como a conhecemos aumenta. Ela é tudo o que nosresta, e o único desafio é fazer dela o melhor de que somos capazes. E, finalmente, se você duvida de qualquerconclusão humana sobre o após-a-morte e sua relação com a vida terrena, então você contesta o dogmatismo dascrenças estabelecidas, não abdica da busca de um sentido transcendente para o mistério de existir e mantém umajanelinha aberta e bem arejada para o além. O desafio é fazer o melhor de que se é capaz da vida que conhe-cemos, mas sem descartar nenhuma hipótese, nem sequer a de que ela possa ser, de fato, tudo o que nos é dadopara sempre.

(Eduardo Giannetti, O valor do amanhã, p. 123.)

Nesse texto, o autorA) oferece duas alternativas de raciocínio para o após-a-morte.B) defende, de qualquer maneira, o investimento na vida física.C) defende as religiões orientais que propõem a sobrevida do espírito.D) fala sobre investimentos financeiros a longo prazo.E) defende a idéia de correr riscos agora, sem a esperança no porvir.

No texto, o autor expõe três opiniões a respeito da vida post mortem: pode-se crer nela, descrer dela ousimplesmente admitir que não há condição de assumir qualquer posicionamento quanto a isso, suspendendo ojuízo. Qualquer que seja a concepção adotada, “o desafio” é sempre o mesmo: “fazer o melhor de que se é capazda vida que conhecemos”. Portanto, de qualquer maneira, o autor defende a necessidade de empenhar-se comtodas as forças na vida física.

Resposta: B

O trecho — e mantém uma janelinha aberta e bem arejada para o além — pode ser substituído, sem prejuízopara o sentido do texto, por:A) e mantém, cada vez, uma janelinha aberta e bem arejada para o além.B) e mantém, tal como, uma janelinha aberta e bem arejada para o além.C) e mantém, também, uma janelinha aberta e bem arejada para o além.D) e mantém, salvo se, uma janelinha aberta e bem arejada para o além.E) e mantém, às vezes, uma janelinha aberta e bem arejada para o além.

A frase em questão é o terceiro (e último) elemento de uma série, que apresenta as atitudes tomadas porquem duvide “de qualquer conclusão humana sobre o após-a-morte e sua relação com a vida terrena”.

Resolução

Questão 2▼▼

Resolução

Questão 1▼▼

3UFSCar/2007 ANGLO VESTIBULARES

UUUNNN UUUPPPOOORRRTTT UUUGGG EEESSSAAAÍÍÍLLL GGG AAA

A primeira atitude apontada é “você contesta o dogmatismo das crenças estabelecidas”; a segunda é “nãoabdica da busca de um sentido transcendente para o mistério”; e a terceira, finalmente, é “e mantém umajanelinha aberta e bem arejada para o além”. Assim sendo, pode-se perfeitamente inserir um “também” entre“e mantém” e “uma janelinha”, sem prejuízo para o sentido do texto.

Nesse contexto, além de incluir a idéia de satisfação de uma expectativa, o “também” tem o sentido de“além disso”, “ainda”.

Resposta: C

Assinale a alternativa em que o autor faz uso de sentido não-literal.A) “(…) todo cuidado é pouco (…)”B) “os juros prospectivos são infinitos.”C) “O desafio é fazer o melhor (…)”D) “(…) a morte é o fim definitivo de tudo (…)”E) “Se você duvida de qualquer conclusão (…)”

A expressão “os juros prospectivos são infinitos” está empregada fora do âmbito econômico — sua esferade circulação mais usual — assumindo um sentido metafórico. No contexto, o termo “juros prospectivos” deveser traduzido como “benesses futuras”, “graças vindouras”.

Resposta: B

A alternativa em que todas as palavras destacadas são responsáveis pela coesão do texto é:A) esperar dele, graças do porvir, ela é tudo o que nos resta.B) esperar dele, que se é capaz, se você acredita.C) o desafio é, graças do porvir, que a morte é o fim.D) o valor do futuro, forma de existência, todo cuidado é pouco.E) as incomensuráveis graças, ao contrário, valor do intervalo.

Na alternativa A, os três elementos destacados funcionam como marcadores de coesão. Dois deles sãoanafóricos. Em “esperar dele”, o pronome retoma o substantivo futuro; em “ela é tudo que nos resta”, opronome refere-se à expressão a vida tal como a conhecemos. Já em “graças do porvir” ocorre coesão porexpansão lexical: o termo porvir funciona como sinônimo de futuro, evitando a repetição.

Resposta: A

A regência do verbo abdicar, que aparece no trecho — não abdica da busca de um sentido transcendente parao mistério de existir —, pode ser substituída, de modo compatível com a norma padrão e com o sentido dotexto, pelo que está em:A) não abdica na busca de um sentido transcendente para o mistério de existir.B) não se abdica a busca de um sentido transcendente para o mistério de existir.C) não se abdica pela busca de um sentido transcendente para o mistério de existir.D) não abdica para a busca de um sentido transcendente para o mistério de existir.E) não abdica a busca de um sentido transcendente para o mistério de existir.

Questão 5▼▼

Resolução

Questão 4▼▼

Resolução

Questão 3▼▼

4UFSCar/2007 ANGLO VESTIBULARES

O verbo abdicar, de acordo com a norma padrão, pode ser construído tanto com objeto indireto, com apreposição de (não abdica da busca de um sentido), quanto com objeto direto, ou seja, com complemento nãopreposicionado (não abdica a busca de um sentido).

Resposta: E

INSTRUÇÃO: Texto para as questões de números 06 a 10.

Monsenhor Caldas interrompeu a narração do desconhecido:

— Dá licença? é só um instante.Levantou-se, foi ao interior da casa, chamou o preto velho que o servia, e disse-lhe em voz baixa:— João, vai ali à estação de urbanos, fala da minha parte ao comandante, e pede-lhe que venha cá com

um ou dois homens, para livrar-me de um sujeito doido. Anda, vai depressa.E, voltando à sala:— Pronto, disse ele; podemos continuar.— Como ia dizendo a Vossa Reverendíssima, morri no dia vinte de março de 1860, às cinco horas e quarenta e

três minutos da manhã. Tinha então sessenta e oito anos de idade. Minha alma voou pelo espaço, até perder a terrade vista, deixando muito abaixo a lua, as estrelas e o Sol; penetrou finalmente num espaço em que não havia maisnada, e era clareado tão-somente por uma luz difusa. Continuei a subir, e comecei a ver um pontinho mais luminosoao longe, muito longe. O ponto cresceu, fez-se sol. Fui por ali dentro, sem arder, porque as almas são incombus-tíveis. A sua pegou fogo alguma vez?

— Não, senhor.— São incombustíveis. Fui subindo, subindo; na distância de quarenta mil léguas, ouvi uma deliciosa

música, e logo que cheguei a cinco mil léguas, desceu um enxame de almas, que me levaram num palanquimfeito de éter e plumas.

(Machado de Assis, A segunda vida. Obras Completas, vol. II, p. 440-441.)

Pode-se afirmar, a respeito desse conto de Machado de Assis, queA) reflete o cotidiano carioca na primeira metade do século XIX.B) utiliza uma temática bastante rara em toda a sua obra.C) utiliza uma temática comum a autores como Hoffmann e Edgar Allan Poe.D) tem relação com os temas medievais do romance histórico português.E) trata de um assunto semelhante ao do romance O ateneu.

A temática da morte e dos mistérios que a rondam é comum nos contos do romântico alemão ErnstTheodor Amadeus Wilhelm Hoffmann e do inglês Edgar Allan Poe. Machado de Assis, embora pertencente aoRealismo brasileiro, também aborda questões consideradas mórbidas e fantásticas, porém o faz com a graça ea ironia que lhe são peculiares.

Resposta: C

A temática desse conto também é encontradaA) nos capítulos iniciais de Memórias póstumas de Brás Cubas.B) em alguns dos capítulos do romance Ressurreição.C) no capítulo Olhos de ressaca do romance Dom Casmurro.D) no romance Dom Casmurro, na caracterização de José Dias.E) na caracterização de Escobar, no romance Dom Casmurro.

Questão 7▼▼

Resolução

Questão 6▼▼Resolução

5UFSCar/2007 ANGLO VESTIBULARES

O tema do conto “A segunda vida”, de Machado de Assis, encontra-se no romance Memórias póstumasde Brás Cubas, do mesmo autor (capítulo I: Óbito do autor), em que o protagonista — Brás Cubas — relataos detalhes da própria morte.

Resposta: A

O imperativo utilizado por Monsenhor Caldas, ao dar as ordens ao preto velho, empregaA) uma forma indireta.B) a terceira pessoa do singular.C) a primeira pessoa do plural.D) a segunda pessoa do singular.E) a segunda pessoa do plural.

Incomodado por um “desconhecido” que narra uma história sobre o próprio falecimento, ocorrido numamanhã do dia vinte de março de mil oitocentos e sessenta, Monsenhor Caldas ordena a João, o preto velho, quevá ao comandante pedir um ou dois homens para se livrar daquele “sujeito doido”. Ele se dirige ao escravo em-pregando a segunda pessoa do singular (TU): Anda, vai depressa.

As segundas pessoas do imperativo afirmativo são formadas das correspondentes do presente do indicativo,excluindo-se o -s. Assim, têm-se as formas anda tu (tu andas sem o -s) e vai tu (tu vais sem o -s).

Resposta: D

A frase desceu um enxame de almas, no último parágrafo, tem o sujeito posposto. Assinale a alternativa emque o sujeito também aparece posposto.A) De um atentado, um soldado consegue salvar seu companheiro.B) Segunda-feira faltou, de novo, um pouco de tinta de impressão.C) No salão de Paris, há um Audi com motor de 4,2 litros.D) Ler biografia de homens célebres é bastante útil.E) O mercado financeiro recebeu bem a inclusão das ações do Bradesco.

O sujeito da oração é “um pouco de tinta de impressão”. Ele está, como se vê, posposto ao seu verbo,“faltou”. As expressões “segunda-feira” e “de novo” são adjuntos adverbiais. Colocada, então, na ordem di-reta, a oração ficaria assim: Um pouco de tinta de impressão faltou de novo, segunda-feira.

Resposta: B

Assinale a alternativa em que o uso do acento grave da crase acontece, respectivamente, pelos mesmos motivosespecíficos presentes nas frases: E, voltando à sala; Morri no dia vinte de março de 1860, às cinco horas (...)A) Não saio à noite.; Em 1968, fui à Brasília de JK.B) Estava à toa ontem.; Foi à casa do desembargador.C) Saiu à francesa.; Você deu a notícia à Maria?D) Vamos à luta!; Vi o avião à distância de 150m.E) Trouxe dinamismo à história.; Vive à custa do pai.

Questão 10▼▼

Resolução

Questão 9▼▼

Resolução

Questão 8▼▼Resolução

6UFSCar/2007 ANGLO VESTIBULARES

Em “E, voltando à sala”, a crase é resultante da fusão da preposição a (regida pelo verbo) + artigo a. Em“Vamos à luta” e “Trouxe dinamismo à história”, a crase é resultado do mesmo processo (preposição a regidapelo verbo + artigo a).

Em “Morri no dia vinte de março, às cinco horas (...)”, ocorre a preposição a + o artigo as, configurandouma locução adverbial feminina.

Em à custa e à distância de 150m também ocorre preposição a + artigo, em locução adverbial feminina. Abanca sugere E como correta, mas, pelas razões alegadas, a D também deve ser considerada como tal.

Resposta: E (gabarito oficial)

Resolução

7UFSCar/2007 ANGLO VESTIBULARES

1ª- PARTE: QUESTÕES OBJETIVASINSTRUÇÃO: Leia o texto seguinte e assinale a alternativa correta das questões de números 11 a 16.

One of the common questions asked by anyone who has a concern about the effect films may have onyoung people is: “What kind of meaning can young people possibly be deriving about humanity, the world,and the universe as they are portrayed in this form of entertainment?” But a more revealing question is:“What kind of meaning do young people search for about humanity, the world and the universe when theygo to the cinema?” Rather than the full acceleration, care-free hedonist carnival that some paint ofadolescence, this is a time when the search for meaning may reach its most serious heights.

Most young people go to the cinema these days for the same reason: to be immersed in a particular worldfor a short while. While this may be their aim, there are three quests that occur within. In the mind of eachyoung person there in that darkened hall, one or a mixture of any three of these quests may be occurring:

1) The Confirmative Quest — firstly young people may go to the cinema to see a film that confirmssomething of their current perception of reality. This is an important quest within a film for young people whoby the very nature of adolescence are concerned about who they are, and who they appear to be to others.They may seek confirmation of values or beliefs, or ways of thinking about the world, or even their ownoutward appearance.

2) The Escapist Quest — this may be connected with a negative confirmation of present reality, or exist onits own. “I like a movie if it enables me to forget who I am for a while and be in another place,” may someyoung people say. For some, the guns and high fashion/black leather exterior of an adventure film like TheMatrix may fulfill this quest. Movies we typically label “Feel Good” may also exist here, for instance, romanticcomedies like Notting Hill. Or young people may wish to escape to a world that is more exciting, morestimulating than their own.

3) The Aspirative Quest — the third quest that films may fulfill for a youthful audience is a close relativeof the escapist function. That is, that young people may enjoy films because they allow the viewer to aspireto a new reality. While escapism is a short term goal, those who “aspire” would wish to escape in a more longterm sense, or to “stay escaped”, as some young people say. In one sense there may be a danger in thisfunction. If the reality that one aspires to is a “Guns and Explosions” or “More Romantic time” model, thenexcessive submersion in the genre may not be healthy.

(Jonathan Sargent. www.digitalorthodoxy.com. Adaptado.)

De acordo com o primeiro parágrafo, podemos concluir queA) quem se preocupa com a humanidade, o mundo e o universo questiona de duas maneiras o cinema como

forma de entretenimento para os jovens.B) a preocupação do autor está mais voltada para os tipos de significado buscados pelos jovens quando vão

ao cinema.C) os jovens podem transferir diferentes significados do mundo, da humanidade e do universo ao filme a que

assistem.D) os jovens, quando vão ao cinema, questiona de duas maneiras diferentes os significados que lhe são apre-

sentados.E) ao assistir a um filme, os jovem vêem-se confrontados com dois tipos de significado para a humanidade, o

mundo e o universo.

Lê-se no seguinte questionamento do primeiro parágrafo do texto: “What kind of meaning can young peoplepossibly be deriving about humanity, the world, and the universe as they are portrayed in this form ofentertainment?”Resposta: B

Resolução

Questão 11▼▼

9UFSCar/2007 ANGLO VESTIBULARES

UUUNNN EEEIIINNNGGGLLL SSSAAAÍÍÍLLL GGG AAA

De acordo com o texto,A) no escuro do cinema, três atitudes existenciais possíveis são apresentadas à mente do jovem.B) a sala escura do cinema cria no jovem a sensação de estar em mundo diferente daquele em que vive.C) no escuro do cinema, um ou mais tipos de busca podem ocorrer na mente do jovem que assiste ao filme.D) a maioria dos jovens, no escuro do cinema, procura identificar um dos três caminhos que leva à auto-definição.E) no escuro do cinema, o jovem busca algo que confirme a adolescência como um período de carnaval despreo-

cupado.

Lê-se no seguinte trecho do segundo parágrafo: “In the mind of each young person there in that darkenedhall, one or a mixture of any three of these quests may be occurring.”

Resposta: C

No primeiro tipo de busca mencionado pelo texto,A) o jovem espera que o filme a que assiste possa lhe ensinar a ter uma percepção coerente da realidade.B) o cinema se apresenta como alternativa da percepção de uma realidade que o jovem se preocupa em

reconhecer como sua.C) a própria natureza da adolescência confirma como coerente aquilo a que o jovem assiste num filme.D) o jovem espera encontrar no filme algo que confirme o que ele entende como a realidade que está vivendo.E) o jovem que se preocupa com seus valores deixa de reconhecer no filme parte de sua realidade.

Lê-se no primeiro período do terceiro parágrafo: “...firstly young people may go to the cinema to see a filmthat confirms something on their current perception of reality.”

Resposta: D

O segundo tipo de busca mencionado pelo textoA) permite que o jovem constate que sua realidade tem existência própria e se reflete em mais de um tipo de

filme.B) ajuda o jovem a ter certeza de que sua presente realidade é negativa e precisa ser esquecida permanente-

mente.C) possibilita ao jovem esquecer que sua presente realidade é tão negativa quanto os mundos imaginários dos

filmes.D) ou se relaciona com uma confirmação da realidade vivida pelo jovem ou tem uma existência independente.E) encontra-se, de maneira típica, em filmes românticos como Matrix e Um lugar chamado Notting Hill.

Lê-se no início do quarto parágrafo: “... this may be connected with a negative confirmation of present reality,or exist on its own.”

Resposta: D

Resolução

Questão 14▼▼

Resolução

Questão 13▼▼

Resolução

Questão 12▼▼

10UFSCar/2007 ANGLO VESTIBULARES

A busca mencionada pelo último parágrafo do textoA) permite aos jovens que encontrem em certos filmes uma realidade mais próxima da sua.B) está muito próxima à mencionada no parágrafo anterior, embora seja mais longa em termos de tempo.C) é encontrada em filmes que mostram a aspiração por uma realidade diferente.D) define aspiração e escapismo como coisas iguais em termos de tempo.E) refere-se a um período de tempo mais breve que o da busca citada anteriormente.

Lê-se no seguinte trecho do texto: “While escapism is a short term goal, those who ‘aspire’ would wish toescape in a more long term sense,…”

Resposta: B

No último parágrafo do texto, a palavra one aparece com dois sentidosA) coincidentes.B) antitéticos.C) paradoxais.D) complementares.E) inequívocos.

A palavra one aparece em duas colocações : “In one sense...” (Em um sentido...) e “If the reality that one aspires...”(Se a realidade a que alguém aspira…). Em cada uma das colocações o termo tem acepções inequívocas, ou seja,distintas, claras.

Resposta: E

Resolução

Questão 16▼▼

Resolução

Questão 15▼▼

11UFSCar/2007 ANGLO VESTIBULARES

2ª- PARTE: QUESTÕES DISCURSIVASINSTRUÇÃO: Leia os três textos a seguir, para responder às questões de números 17 e 18.

Texto 1

Navegar é PrecisoNavegadores antigos tinham uma frase gloriosa:“Navegar é preciso; viver não é preciso”.

Quero para mim o espírito [d]esta frase,transformada a forma para a casar como eu sou:

Viver não é necessário; o que é necessário é criar.Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.Só quero torná-la grande,ainda que para isso tenha de ser o meu corpoe a (minha alma) a lenha desse fogo.

Só quero torná-la de toda a humanidade;ainda que para isso tenha de a perder como minha.Cada vez mais assim penso.

Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangueo propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuirpara a evolução da humanidade.

É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.(Fernando Pessoa, Navegar é preciso. www.secrel.com.br/jpoesia/fpesso05.html)

Texto 2Eu penso por meio de metáforas. Minhas idéias nascem da poesia. Descobri que o que penso sobre a

educação está resumido num verso célebre de Fernando Pessoa: “Navegar é preciso. Viver não é preciso”.Navegação é ciência, conhecimento rigoroso. Para navegar, barcos são necessários. Barcos se fazem com

ciência, física, números, técnica. A navegação, ela mesma, faz-se com ciência: mapas, bússolas, coordenadas,meteorologia. Para a ciência da navegação é necessária a inteligência instrumental, que decifra o segredo dosmeios. Barcos, remos, velas e bússolas são meios.

Já o viver não é coisa precisa. Nunca se sabe ao certo. A vida não se faz com ciência. Faz-se com sapiência.É possível ter a ciência da construção de barcos e, ao mesmo tempo, o terror de navegar. A ciência danavegação não nos dá o fascínio dos mares e os sonhos de portos onde chegar. Conheço um erudito que tudosabe sobre filosofia, sem que a filosofia tenha jamais tocado a sua pele. A arte de viver não se faz com ainteligência instrumental. Ela se faz com a inteligência amorosa.

(Rubem Alves, Por uma educação romântica, p. 112-113.)

Texto 3“Sapo não pula por boniteza, mas porém por percisão.”

(Guimarães Rosa, Epígrafe do conto A hora e vez de Augusto Matraga. Sagarana, p. 279.)

Relacione os dois primeiros textos entre si. Ambos utilizam a frase “Navegar é preciso, viver não é preciso”,que é tradução da frase latina “Navigare necesse; vivere non est necesse”.a) Explique a diferença do uso dessa frase nesses dois textos.b) Em que sentido Guimarães Rosa emprega o substantivo percisão (= precisão) no texto 3? Construa uma frase com

o substantivo precisão, dando a ele um sentido diferente do que aparece na frase de Guimarães Rosa.

Questão 17▼▼

13UFSCar/2007 ANGLO VESTIBULARES

UUUNNN UUUPPPOOORRRTTT UUUGGG EEESSSAAAÍÍÍLLL GGG AAA

a) No texto I, a palavra “preciso” assume o sentido de “necessário”, conforme a passagem “viver não é ne-cessário; o que é necessário é criar”. O enunciador, assim, parafraseia o trecho “viver não é preciso” da má-xima latina. Em outros termos, é como se dissesse que, sem criação, não vale a pena viver.

No texto II, a palavra “preciso” significa “exato”: o enunciador, ao afirmar que “navegação é ciência, conhe-cimento rigoroso”, remete à idéia de exatidão. Nesse contexto, o trecho “viver não é preciso” indica que a vidaé caracterizada pela imprecisão, pela imprevisibilidade.

b) No texto de Guimarães Rosa, “percisão” tem o sentido de “necessidade”. Um exemplo de frase em que amesma palavra é utilizada com outra acepção: É necessário definir nossos objetivos com precisão (= exatidão).

Saint-Exupéry, um famoso escritor francês, é autor do seguinte aforismo:Se você quer construir um navio, não peça às pessoas que consigam madeira, não lhes dê tarefas e trabalho.Fale antes a elas, longamente, sobre a grandeza e a imensidão do mar.a) A que frase do texto de Rubem Alves você ligaria esse aforismo? Explique por quê.b) Diz Rubem Alves em seu texto: A vida não se faz com ciência. Faz-se com sapiência. Explique a diferença en-

tre ciência e sapiência nesse contexto.

a) O aforismo de Saint-Exupéry pode ser ligado ao seguinte trecho do texto de Rubem Alves: “A ciênciada navegação não nos dá o fascínio dos mares e os sonhos de portos onde chegar”. Falar sobre “a grandezae a imensidão do mar”, assim, é o caminho para despertar o “fascínio” e os “sonhos”.

b) No contexto “ciência” significa “inteligência instrumental”; “sapiência”, em contrapartida, significa“inteligência amorosa”. Nesta, o sujeito estabelece uma relação afetiva com o objeto; naquela, uma relaçãoracional.

Uma outra frase famosa de Fernando Pessoa (Tudo vale a pena se a alma não é pequena) encontra-se no trecho aseguir, retirado do poema Mar Português, pertencente ao livro Mensagem:

Valeu a pena? Tudo vale a penaSe a alma não é pequena.Quem quer passar além do BojadorTem que passar além da dor.Deus ao mar o perigo e o abismo deu,Mas nele é que espelhou o céu.

(Fernando Pessoa, Obra poética, p. 82.)

a) De que trata essa obra de Fernando Pessoa?b) Explique o sentido de pequena, no segundo verso.

a) A obra Mensagem é constituída por um conjunto de 44 poemas que, distribuídos em três partes —Brasão, Mar Portuguez e O Encoberto —, apresentam como modelo de conduta vultos históricos e mí-ticos da nação portuguesa, exaltando sua bravura, inteligência e dedicação à pátria. A obra tem ainda a pe-culiaridade de ser uma epopéia modernista, marcada pela fragmentação, pela mistura de gêneros (épico--lírico-dramático) e pelo misticismo.

b) No contexto, o adjetivo “pequena” caracteriza aquilo que não tem grandiosidade ou ambição. Assim,a alma “pequena” é aquela carente de grandes sonhos, conformada com a situação cotidiana e prosaica.Essa “pequenez” é o avesso do espírito conquistador que o português revelou na época dos grandes desco-brimentos e que Fernando Pessoa resgata na primeira metade do século XX.

Resolução

Questão 19▼▼

Resolução

Questão 18▼▼Resolução

14UFSCar/2007 ANGLO VESTIBULARES

INSTRUÇÃO: Texto para as questões de números 20 e 21.

O sertanejo falandoA fala a nível do sertanejo engana:as palavras dele vêm, como rebuçadas(palavras confeito, pílula), na glacede uma entonação lisa, de adocicada.

Enquanto que sob ela, dura e endureceo caroço de pedra, a amêndoa pétrea,dessa árvore pedrenta (o sertanejo)incapaz de não se expressar em pedra.

Daí porque o sertanejo fala pouco:as palavras de pedra ulceram a bocae no idioma pedra se fala doloroso;o natural desse idioma fala à força.Daí também porque ele fala devagar:tem de pegar as palavras com cuidado,confeitá-las na língua, rebuçá-las;pois toma tempo todo esse trabalho.

(João Cabral de Melo Neto, A educação pela pedra.Nova Fronteira, 1996, p. 16.)

Esse poema consta na primeira parte de A educação pela pedra, considerada pelo autor sua obra máxima.Depois de uma leitura atenta, responda.a) Qual o contraste entre a busca da palavra e o resultado de sua execução na boca do sertanejo?b) A que se refere, no texto, a palavra ela, no primeiro verso da segunda estrofe? Justifique sua resposta.

a) A busca da palavra pelo sertanejo é, segundo o poema, um processo árduo: “as palavras de pedra ulce-ram a boca / o natural desse idioma fala à força”. No que se refere a sua execução na boca do sertanejo,“as palavras vêm, como rebuçadas (...), na glace / de uma entonação lisa, de adocicada”, as palavras enga-nam e parecem mais soltas e espontâneas do que realmente são. Dessa forma, o contraste entre a buscaáspera e o resultado na execução aparentemente suave da língua pelo sertanejo fica evidente.

b) No primeiro verso da segunda estrofe, a palavra ela refere-se à fala do sertanejo, que, segundo o eulírico, engana por parecer lisa e adocicada, quando na verdade é, ao natural, “falada à força”. Trata-se de umpronome pessoal utilizado como elemento anafórico.

Em 27 de outubro de 1973, em entrevista ao jornal carioca O Globo, João Cabral disse:Eu tentei criar uma outra linguagem, não completamente nova, como os concretistas fizeram, mas uma lingua-gem que se afastasse um pouco da linguagem usual. Ora, desde o momento em que você se afasta da normavocê se faz esta palavra antipática que é “hermético”. Quer dizer, você se faz hermético numa leitura super-ficial. Agora, se o leitor ler e reler, estudar esse texto, ele verá que a coisa não é tão hermética assim. Apenasestá escrito com um pequeno desvio da linguagem usual.a) Destaque, na terceira estrofe, desvios da linguagem usual vinculados ao emprego das classes de palavra.b) No último verso da terceira estrofe, também é possível observar um artifício do poeta, que provoca uma re-

leitura. Explique esse artifício.

a) No verso “e no idioma pedra se fala doloroso” ocorrem duas derivações impróprias: o substantivo“pedra” foi empregado com valor adjetivo; o adjetivo “doloroso” foi utilizado como advérbio.

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Questão 21▼▼

Resolução

Questão 20▼▼

15UFSCar/2007 ANGLO VESTIBULARES

b) No verso “pois toma tempo todo esse trabalho” a palavra “todo” pode se relacionar tanto a “tempo”quanto a “trabalho”. O enunciador, por meio da colocação das palavras, possibilita assim duas leituras parao verso: num caso, “esse trabalho” toma o “tempo todo”; noutro, “todo esse trabalho” toma tempo.

INSTRUÇÃO: Leia os textos a seguir para responder às questões de números 22 e 23.

Suave Mari Magno

Lembra-me que, em certo dia,Na rua, ao sol de verão,Envenenado morriaUm pobre cão.

Arfava, espumava e ria,De um riso espúrio e bufão,Ventre e pernas sacudiaNa convulsão.

Nenhum, nenhum curiosoPassava, sem se deter,Silencioso,

Junto ao cão que ia morrer,Como se lhe desse gozoVer padecer.

(Machado de Assis, Obra Completa, vol. III, p. 161.)

Seqüência

Eu era pequena. A cozinheira Lizardatinha nos levado ao mercado, minha irmã, eu.Passava um homem com um abacate na mão

e eu inconsciente:“Ome, me dá esse abacate...”O homem me entregou a fruta madura.Minha irmã, de pronto: “vou contar pra mãe que ocê

pediu abacate na rua.”Eu voltava trocando as pernas bambas.Meus medos, crescidos, enormes...A denúncia confirmada, o auto, a comprovação do delito.O impulso materno...conseqüência obscura da

escravidão passada,o ranço dos castigos corporais.Eu, aos gritos, esperneando.O abacate esmagado, pisado, me sujando toda.Durante muitos anos minha repugnância por esta frutatrazendo a recordação permanente do castigo cruel.Sentia, sem definir, a recreação dos que ficaram de fora,assistentes, acusadores.Nada mais aprazível no tempo, do que presenciar a

criança indefesaespernear numa coça de chineladas.“é pra seu bem,” diziam, “doutra vez não pedi fruita na rua.”

(Cora Coralina, Vintém de cobre, p. 131-132.)

Depois de comparar os dois textos:a) explicite o que há de comum entre eles.b) no segundo texto, cite pelo menos três formas de linguagem que refletem a oralidade do Português do Brasil.

Questão 22▼▼

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a) São muitas as semelhanças entre os textos: ambos foram escritos por nomes conhecidos da literaturabrasileira, ambos são poemas, ambos são narrativos. Talvez a semelhança cuja menção a Banca deseje seja a deque os dois textos tratam da sensação de prazer diante do sofrimento alheio: em ”Suave Mari Magno”, são ospedestres que têm prazer de ver o “cão que ia morrer”; em “Seqüência”, são as pessoas que gostam de“presenciar a / criança indefesa / espernear numa coça de chineladas”.

b) São vários os exemplos de oralidade presentes em “Seqüência”. Podem-se citar as palavras “Ome”, “pra”,“ocê”, “fruita”, bem como a próclise em “me sujando” e a enumeração no final do segundo verso, com opronome reto na posição de objeto direto (“minha mãe, eu”).

No poema de Cora Coralina, há uma frase sem verbo: Durante muitos anos minha repugnância por esta fruta.a) Qual o sentido dessa frase?b) “Reconstrua” essa frase, colocando um verbo.

a) Esta frase comprova que a narradora, depois da surra que levou por ter pedido um abacate a um ho-mem na rua, ficou muitos anos sentindo nojo, asco, repugnância por essa fruta.

b) Eis uma possibilidade:Durante muito tempo senti repugnância por essa fruta.

Contemple a charge:

(Correio Popular, 10.10.2006.)

Trata-se de uma charge publicada por um jornal brasileiro por ocasião da eleição do sul-coreano Ban Ki-Moon,como presidente da ONU, e da realização de um teste nuclear a mando do ditador norte-coreano Kim Jong-il.a) Como a diferença de emprego sintático do verbo vencer modifica o sentido das duas frases?b) “Reconstrua” as duas frases, de maneira que os sentidos sugeridos pelas imagens fiquem, também, explí-

citos no texto escrito.

a) No primeiro caso, o verbo vencer está empregado como intransitivo e o termo a ele associado — “naONU” — é adjunto adverbial de lugar. No segundo, o verbo é transitivo direto e o termo a ele associado —“ONU” — é objeto direto. Portanto, no primeiro exemplo, Ban Ki-Moon venceu uma eleição que ocorreu naONU; no segundo, Kim Jong-il derrotou a ONU, pois realizou testes nucleares mesmo sem o aval da instituição.

b) Eis uma possibilidade:• Sul-coreano vence eleição na ONU.• Norte-coreano vence ONU na polêmica dos testes nucleares.

Resolução

SUL-COREANO VENCE NA ONU NORTE-COREANO VENCE ONU

Questão 24▼▼

Resolução

Questão 23▼▼Resolução

17UFSCar/2007 ANGLO VESTIBULARES

2ª- PARTE: QUESTÕES DISCURSIVAS

INSTRUÇÃO: Leia o texto seguinte e responda às questões de números 25 a 28, em português.

In 1894, W. K. Laurie Dickson, a researcher at Thomas A. Edison Laboratories, is credited with the invention ofa practicable form of celluloid strip containing a sequence of images, the basis of a method of photographing andprojecting moving images. Americans often mention him as the inventor of the cinema. Thomas Edisonintroduced to the public two pioneering inventions based on this innovation: the Kinetograph, the first practicalmoving picture camera, and the Kinetoscope (the word “kinos” is Greek for “image”, and was later turned into“cine”). The latter was a cabinet in which a continuous loop of Dickson’s celluloid film (powdered by an electricmotor) was projected by a lamp and lens onto a glass. The spectator viewed the image individually through an eyepiece. Kinetoscope parlors were supplied with fifty-foot film snippets shot by Dickson, in Edison’s “Black Maria”studio. These sequences recorded everyday life events (such as Fred Ott’s Sneeze, 1894) as well as entertainment acts.

Kinetescope parlors soon spread successfully to Europe. Edison, however, never cared to patent theseinstruments on the other side of the Atlantic, since they relied so heavily on previous experiments and innovationsfrom Britain and Europe. This left the field open for imitations, such as the camera devised by British electricianand scientific instrument maker Robert W. Paul and his partner Brit Acres in 1896. The British often regard themas the parents of moving pictures.

But the Frenchman Louis Lumiere is sometimes credited as inventor of the motion picture one year afterDiskison created his device in America. Although he was preceded by others, Lumiere’s portable, suitcase-sizedcinematographe served as a camera, film processing unit, and projector all in one. His invention, at first, was seenas a “devilish thing”, since people believed the images it projected could acquire life and harm the audience.

(www.en.wikipedia.org, Adaptado.)

Segundo o texto,a) quem inventou o cinema?b) em que ano?

a) W. K. Laurie Dickson.b) Em 1894.

O texto menciona duas invenções de Thomas A. Edison.a) Como os espectadores viam seus “filmes”?b) O que mostravam eles?

a) Eles viam a imagem individualmente através de um dispositivo ocular.Lê-se no seguinte trecho do primeiro parágrafo: “The spectator viewed the image individually through aneye piece.”

b) Mostravam acontecimentos do cotidiano e também cenas de entretenimento.Lê-se no último período do segundo parágrafo: “These sequences recorded... entertainment acts.”

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Questão 26▼▼

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Questão 25▼▼

19UFSCar/2007 ANGLO VESTIBULARES

UUUNNN EEEIIINNNGGGLLL SSSAAAÍÍÍLLL GGG AAA

Com relação a Thomas A. Edison,a) em que parte do mundo ele não patenteou suas invenções?b) por quê?

a) Na Europa.Lê-se no seguinte trecho do segundo parágrafo: “Edison, however, never cared to patent these instrumentson the other side of the Atlantic, ...”

b) Porque eles acreditavam piamente em seus experimentos e inovações anteriores, originários da Grã-Breta-nha e da Europa.Lê-se no seguinte trecho do segundo parágrafo: “...since they relied so heavily on previous experiments andinnovations from Britain and Europe.”

Quanto ao cinematógrafo de Lumiere,a) como ele foi visto a princípio?b) por quê?

a) Foi visto como uma “coisa diabólica”.Lê-se no final do terceiro parágrafo: “His invention, at first, was seen as a ‘devilish thing’...”

b) Porque as pessoas acreditavam que as imagens que ele (o cinematógrafo) projetava poderiam adquirir vidae agredir a platéia.Lê-se no final do texto “...since people believed the images it projected could acquire life and harm theaudience.”

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Questão 28▼▼

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Questão 27▼▼

20UFSCar/2007 ANGLO VESTIBULARES

INSTRUÇÃO: Leia os textos a seguir

Texto 1

Quem nunca foi zoado ou zoou alguém na escola? Risadinhas, empurrões, fofocas, apelidos como “bola”,“rolha de poço”, “quatro-olhos”. Todo mundo já testemunhou uma dessas “brincadeirinhas” ou foi vítima de-las. Mas esse comportamento, considerado normal por muitos pais, alunos e até professores, está longe de serinocente. Ele é tão comum entre crianças e adolescentes que recebe até um nome especial: bullying. Trata-sede um termo em inglês utilizado para designar a prática de atos agressivos entre estudantes. Traduzido ao péda letra, seria algo como intimidação. Trocando em miúdos: quem sofre com o bullying é aquele aluno per-seguido, humilhado, intimidado.

E isso não deve ser encarado como brincadeira de criança. Especialistas revelam que esse fenômeno, queacontece no mundo todo, pode provocar nas vítimas desde diminuição na auto-estima até o suicídio. “Bullyingdiz respeito a atitudes agressivas, intencionais e repetidas praticadas por um ou mais alunos contra outro.Portanto, não se trata de brincadeiras ou desentendimentos eventuais. Os estudantes que são alvos de bullyingsofrem esse tipo de agressão sistematicamente”, explica o médico Aramis Lopes Neto, coordenador do primei-ro estudo feito no Brasil a respeito desse assunto. Segundo Aramis, “para os alvos de bullying, as conseqüên-cias podem ser depressão, angústia, baixa auto-estima, estresse, absentismo ou evasão escolar, atitudes deautoflagelação e suicídio, enquanto os autores dessa prática podem adotar comportamentos de risco, atitudesdelinqüentes ou criminosas e acabar tornando-se adultos violentos”.

(www.educacional.com.br. Adaptado.)

Texto 2

Crianças e adolescentes vítimas de bullying podem carregar o trauma pela vida toda. De acordo com es-pecialistas, se o problema não for bem resolvido antes de se chegar à idade adulta, seqüelas como dificuldades detomar a iniciativa ou de se expressar podem atrapalhar os relacionamentos pessoais e até profissionais. [...]

Em casos extremos, o bullying pode levar à morte. Há vítimas que se suicidam e outras que matam oscolegas. Foi o que aconteceu na escola Columbine, nos Estados Unidos, quando em 1999 dois colegas mataram13 pessoas no colégio e se suicidaram. Os adolescentes eram constantemente alvo de piadas de suas turmas.

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OOORRR ÃÃÃEEE DDDAAAÇÇÇ

No Brasil, dois casos chamaram a atenção. Em fevereiro de 2004, em Remanso (BA), o jovem D., 17, matouduas pessoas e feriu três. Ele sofria humilhações na escola. O garoto revelou que matou F., 13, porque, alémde sempre ridicularizá-lo, no dia do crime, ele teria jogado um balde de lama nele. Em janeiro de 2003, EdmarFreitas, 18, entrou no colégio onde tinha estudado, em Taiúva (interior de SP), e feriu oito pessoas com tiros.Em seguida, se matou. Obeso, era vítima de apelidos humilhantes.

(Folha de S.Paulo, 04.06.2006.)

Texto 3

A especialista Cleo Fante, autora do livro Fenômeno Bullying, formulou um manual que reúne os sinaisobservados com maior freqüência nas vítimas desse tipo de prática. Eis alguns:

• O estudante prefere ficar trancado no quarto a sair com os amigos• Ele raramente é convidado para uma festa da escola• Seu desempenho escolar apresenta piora• Pede ao pais que o troquem de escola sem uma razão convincente• Antes de ir ao colégio, sua muito e tem dores de barriga ou de cabeça• Ele manifesta o desejo de mudar algo em sua aparência

Cyberbullying. Esse é o nome dado ao tipo de agressão praticado por meio de artefatos tecnológicos, co-mo blogs na internet e mensagens no celular. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos chegou a umnúmero impressionante sobre o assunto: 20% dos estudantes americanos de ensino fundamental são vítimasdo cyberbullying. Outra pesquisa, essa realizada na Inglaterra, quantificou o número de meninas que são alvode agressões via celular. Isso ocorre com 25% das inglesas.

(Veja, 08.02.2006.)

Texto 4

Há poucos anos, as malvadezas típicas do universo infantil vieram à tona e revelaram o assédio recorrentecometido por um grupo de crianças à outra. A ação recebeu nome e sentença: “bullying”, ato de perseguir eagredir moralmente a vítima. Com o aumento da competitividade entre trabalhadores e da pressão doempregador por mais resultados em menos tempo, o termo foi trasladado para o ambiente de trabalho,dando nova roupagem a um tipo crescente de assédio moral: o “mobbing”, palavra derivada de “mob” (doinglês, “máfia”).

“Mobbing é o assédio coletivo contra uma pessoa”, define José Carlos Ferreira, diretor-adjunto do escri-tório da OIT (Organização Internacional do Trabalho) no Brasil. (...)

O mais conhecido tipo de assédio moral é o terror psicológico feito pelo chefe sobre o subordinado. SegundoMargarida Barreto, uma das maiores especialistas do país no tema, esse tipo representa 90% dos casos. Mas oprovocado pelo grupo ou por um colega sobre o profissional também preocupa: soma 8,5% dos casos.

(Folha de S.Paulo, 02.07.2006. Adaptado.)

INSTRUÇÕES: Com base nos textos apresentados e, eventualmente, em experiências pessoais, escreva um textodissertativo em prosa, obedecendo à norma padrão do português do Brasil, que deverá ter como tema:

DO BULLYING AO MOBBING: COMO TRATARCOMPORTAMENTOS AGRESSIVOS ENTRE COLEGAS?

22UFSCar/2007 ANGLO VESTIBULARES

Análise da PropostaA Banca solicitou a elaboração de um texto dissertativo, em prosa, sobre um tema explícito, a ser desen-

volvido com base nas experiências pessoais do candidato e em idéias veiculadas por quatro excertos extraídosde publicações recentes.

Os textos 1 e 2 trazem dados sobre a prática do bullying nas escolas, comentando suas conseqüências tantopara as vítimas como para os agressores. O texto 3 amplia a questão para o universo dos “artefatos tecno-lógicos”, utilizados como veículo para agressões à distância. Já o texto 4 apresenta o correspondente dessetipo de prática no ambiente de trabalho.

Para desenvolver sua redação, o candidato poderia se valer, por exemplo, das seguintes idéias:• Mesmo quando praticados por crianças, comportamentos agressivos não devem ser encarados como

normais, pois geram conseqüências graves, entre elas depressão e suicídio. Daí a necessidade de conscien-tização da sociedade em geral sobre esse problema.

• Comportamentos agressivos entre colegas de trabalho configuram assédio moral, portanto trata-se deuma infração que pode ser denunciada. Em outras palavras, as medidas em relação ao mobbing devemser institucionais: respeito às regras internas da empresa e à legislação trabalhista.

• Algumas medidas podem ser adotadas por empresas e escolas para coibir essa prática, entre elas: elabo-ração de programas específicos que contem com a participação de todos os envolvidos no problema;prevenção por meio da orientação de pais e profissionais das escolas e de chefes e funcionários nasempresas; inclusão do “assunto” nos currículos escolares e em reuniões gerenciais; estabelecimento co-letivo de regras de convivência e de sanções a quem não obedecer a essas regras.

• No que diz respeito ao cyberbullying, deve-se realizar uma discussão coletiva sobre uma ética envol-vendo a internet, com possíveis sanções contra agressores “virtuais”.

23UFSCar/2007 ANGLO VESTIBULARES

Nas questões de Língua Portuguesa, esta prova reflete uma tendência que vem se implantando nos gran-des vestibulares de São Paulo e do país todo: privilegiar questões de leitura, avaliando a competência deapreender temas e subtemas abordados no texto, além de interpretar efeitos de sentido criados pela explo-ração de recursos da língua referentes tanto à seleção quanto à combinação lexical. Também as questões rela-tivas ao uso da norma culta escrita são reflexo de uma tendência geral.

Os testes e questões de Literatura fundamentam-se num repertório muito bem escolhido. Textos de auto-res de grande consciência estética (Machado de Assis, Fernando Pessoa e João Cabral de Melo Neto), ao ladode Cora Coralina, representante de uma veia poética mais espontânea, servem de suporte para uma argüiçãocompetente, capaz de selecionar candidatos bem preparados na arte da leitura crítica, uma vez que as pergun-tas valorizam a habilidade em apreender significados e efeitos de sentido inscritos em discursos artísticos, querem prosa de ficção, quer em versos.

Um único reparo a fazer diz respeito à questão 6, que pressupõe o conhecimento de autores (Hoffmanne E. A. Poe) não estudados no Ensino Médio.

A prova constou de dois textos interessantes extraídos da internet.O primeiro discutiu o que os jovens buscam em relação à humanidade, ao mundo e ao universo quando

vão ao cinema. Foram formuladas cinco questões de entendimento de texto e uma de vocabulário.O segundo abordou os primórdios do cinema. Foram apresentadas quatro questões, também de enten-

dimento de texto, com dois itens cada.Todas as questões, em português, não apresentaram grandes dificuldades.

Língua Inglesa

Língua Portuguesa

25UFSCar/2007 ANGLO VESTIBULARES

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