noções de fiscalidade

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Noções de Fiscalidade Dezembro 2012

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Page 1: Noções de fiscalidade

Noções de Fiscalidade

Dezembro 2012

Page 2: Noções de fiscalidade

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Atividade Financeira do Estado

Page 3: Noções de fiscalidade

Atividade Financeira do Estado

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Assemelha-se, em certa medida, a qualquer outra

atividade financeira empresarial ou até doméstica.

Estado tem como competência a gestão dos seus

recursos financeiros, para garantir as necessidades

sociais da sua população.

Necessidade: conjunto de bens e serviços para a

satisfação do ser humano.

Page 4: Noções de fiscalidade

Desenvolve-se, basicamente, em três áreas: a receita,

a gestão, e a despesa.

Receita: Estado tenta obter recursos das mais variadas

formas possíveis, dentro das suas possibilidades.

Gestão: implica administração desses mesmos

recursos, bem como do património do Estado.

Despesa: Estado utiliza recursos no pagamento das

várias verbas autorizadas e perspetivadas.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Atividade Financeira do Estado

Page 5: Noções de fiscalidade

Estado tenta satisfazer as necessidades públicas,

tentando assegurar ao Homem os meios necessários

para que ele possa viver com dignidade.

Necessidades públicas distinguem-se das individuais e

coletivas.

Necessidades individuais aquelas satisfeitas pelo

esforço do indivíduo, ex.: habitação, alimentação ou

vestuário.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Atividade Financeira do Estado

Page 6: Noções de fiscalidade

Necessidades coletivas aquelas satisfeitas por um

esforço coordenado da sociedade, ex.: necessidades

de infantários ou escolas particulares.

Necessidades públicas aquelas tuteladas pelo Estado,

que se responsabiliza por as satisfazer.

Ex.: manutenção da ordem pública, defesa nacional,

proteção do trabalho, previdência social, proteção da

saúde pública, proteção da ordem interna, etc.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Atividade Financeira do Estado

Page 7: Noções de fiscalidade

Regra geral, necessidades públicas agrupam-se na

prestação de serviços públicos:

pelo exercício do poder de polícia (intervenções na

propriedade e liberdade dos indivíduos, impondo-lhes

abstenções), e

pela intervenção no domínio económico (fixando

preços, impedindo o abuso económico, assegurando

livre concorrência, etc).

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Atividade Financeira do Estado

Page 8: Noções de fiscalidade

Todos os recursos obtidos durante um dado período

financeiro para a satisfação das despesas públicas a

cargo de um ente público.

Podem ter dimensão macro (Estado em sentido geral),

ou dimensão micro (organizações locais).

Receitas voluntárias e receitas coativas;

Receitas patrimoniais e receitas creditícias.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Receitas Públicas

Page 9: Noções de fiscalidade

Voluntárias são aquelas em que o preço é estabelecido

por via negocial ou contratual.

Ex. Venda de madeira das explorações florestais do

Estado, rendas de imóveis, receitas de parques

públicos, etc

Coativas são fixadas pelo Estado por via legislativa de

forma autoritária.

Ex. IRS, IVA, propinas dos alunos, imposto sobre o tabaco,

etc.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Receitas Voluntárias / Receitas Coativas

Page 10: Noções de fiscalidade

Patrimoniais: correspondem ao valor gerado pela

exploração do património do Estado, ou da venda pelo

Estado, a particulares, de parte do seu património,

sendo os preços fixados contratualmente.

Ex. alienações de património, privatizações, receitas de

empresas públicas, etc.

Creditícias: resultantes da contração de empréstimos,

do recurso ao crédito tanto interna como externamente.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Receitas Patrimoniais/Receitas Creditícias

Page 11: Noções de fiscalidade

Receitas patrimoniais são sempre voluntárias.

Receitas tributárias: correspondem às receitas

decorrentes dos impostos. São sempre fixadas por Lei,

tendo os particulares de se submeter às condições

impostas.

São sempre coativas.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Receitas Públicas

Page 12: Noções de fiscalidade

Direito financeiro:

Ramo do direito público que estuda as formas de

arrecadar receita, o planeamento e realização do

orçamento, e a realização de despesas.

Está intimamente ligado à atividade financeira do

Estado.

Ramo do direito que organiza as finanças públicas.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Direito Financeiro, Tributário e Fiscal

Page 13: Noções de fiscalidade

Direito tributário:

Ramo do direito público que estuda formas de

arrecadar tributos, abrangendo o conjunto de normas

reguladoras da criação, fiscalização e arrecadação das

prestações de natureza tributária.

Abrange somente a forma de arrecadar tributos para

constituir receita.

É uma espécie de sub-ramo do direito financeiro,

sempre a este ligado e dele dependente.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Direito Financeiro, Tributário e Fiscal

Page 14: Noções de fiscalidade

Direito fiscal: ramo do direito público que regula todo o

processo tributário, desde o nascimento, desenvolvimento e

extinção da obrigação tributária, tendo como conceito

nuclear o imposto.

Conjunto de normas que regulam relações entre Estado e

outros entes públicos, por um lado, e cidadãos, por outro,

por via do imposto.

Regulam as várias fases do imposto: incidência,

lançamento, liquidação e cobrança.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Direito Financeiro, Tributário e Fiscal

Page 15: Noções de fiscalidade

Direito Público, pois sujeito ativo (Estado) aparece na

veste de ente público revestido das garantias e poderes

(ius imperium) de que não beneficia o sujeito passivo.

Direito Fiscal e criação de impostos surgem-nos com o

Liberalismo no século XIX.

Antes, lançamento de impostos tinha natureza

excecional, sendo criados arbitrariamente pelos

senhores feudais.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Natureza do Direito Fiscal

Page 16: Noções de fiscalidade

No sistema fiscal moderno, impostos assumem papel

essencial, quer como forma de redistribuição da

riqueza, quer como instrumento de financiamento das

atividade do Estado para satisfação das necessidades

públicas.

Órgãos públicos são confrontados com conjunto de carências e

necessidades públicas diversas havendo necessidade do erário

público despender largas somas de dinheiro com vista à sua

satisfação.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Natureza do Direito Fiscal

Page 17: Noções de fiscalidade

A recolha de dinheiro dos cidadãos constitui

manifestação do poder soberano do Estado.

Traduz-se numa invasão da esfera privada dos

cidadãos.

Cidadãos são obrigados a entregar parte das suas

economias aos órgãos públicos, sem quaisquer

benefícios ou contrapartidas imediatas.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Natureza do Direito Fiscal

Page 18: Noções de fiscalidade

Direito Fiscal - ramo do direito público que contém

conjunto de regras jurídicas (gerais e obrigatórias) e

prevê os termos em que são cobrados e determinados

os montantes dos impostos a arrecadar aos cidadãos.

Princípios básicos:

Legalidade - criação de impostos é da competência de

um órgão de soberania - Assembleia da República;

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Natureza do Direito Fiscal

Page 19: Noções de fiscalidade

Igualdade - pagamento de impostos deve ser realizado em

função da capacidade contributiva de cada um; e

Anualidade - cobrança de impostos é decidida todos os anos

e não tem duração indeterminada.

Os impostos podem incidir:

sobre rendimento;

sobre o seu património;

sobre o consumo de bens.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Natureza do Direito Fiscal

Page 20: Noções de fiscalidade

Há ainda em Portugal um conjunto de impostos

específicos.

Por exemplo, imposto de selo, impostos sobre veículos

(imposto de circulação), sobre o património imobiliário

(IMI), sobre as transmissões de bens (IMT), etc.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Natureza do Direito Fiscal

Page 21: Noções de fiscalidade

Constituição da República Portuguesa:

Consagra os princípios essenciais – Legalidade,

Igualdade, Tipicidade.

Lei e Decreto-Lei:

Só através de Lei se pode criar impostos e definir ou

alterar a sua incidência.

Também só através de lei se pode condenar certa

conduta fiscal como crime.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Fontes do Direito Fiscal

Page 22: Noções de fiscalidade

O Decreto-Lei só poderá desenvolver e completar os

princípios e as bases definidas por lei ou disciplinar os

restantes elementos do imposto.

Exceção - leis de autorização que permitem ao

Governo legislar sobre matéria reservada à AR.

Regulamentos:

Não podem contrariar o exposto na lei, nem regular

elementos fundamentais do imposto.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Fontes do Direito Fiscal

Page 23: Noções de fiscalidade

Apenas regulam matérias como as de lançamento,

liquidação e cobrança.

Tratados e Convenções Internacionais:

«As normas e os princípios de direito internacional geral

ou comum fazem parte integrante do direito português»

- Art. 8º CRP.

As normas internacionais são autênticas fontes de

direito fiscal.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Fontes do Direito Fiscal

Page 24: Noções de fiscalidade

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Impostos – Conceitos Gerais

Page 25: Noções de fiscalidade

O que é o imposto?

Prestação coativa, pecuniária, unilateral, estabelecida

pela lei a favor do Estado ou de outro ente público, sem

carácter de sanção, com vista à cobertura das

despesas públicas e ainda tendo em conta objetivos de

ordem económica e social.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Noção e Fases do Imposto

Page 26: Noções de fiscalidade

Elementos essenciais:

Objetivo, subjetivo e teleológico.

Elemento Objetivo:

Imposto tem caráter definitivo – não dá ao sujeito

passivo qualquer direito a um reembolso, retribuição ou

indemnização.

Prestações pecuniárias – entrega-se dinheiro.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Noção e Fases do Imposto

Page 27: Noções de fiscalidade

A prestação do imposto é unilateral - não existe

qualquer contraprestação direta por parte do credor da

receita (Estado).

Imposto é prestação imposta por lei.

Imposto não é sanção de ato ilícito (como a multa ou a

coima).

Elemento Subjetivo:

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Noção e Fases do Imposto

Page 28: Noções de fiscalidade

Imposto é prestação a favor de uma pessoa coletiva de

direito público (sujeito ativo da relação é o Estado e as

autarquias locais).

Sujeito passivo pode ser qualquer pessoa singular ou

coletiva.

Pode até ser pessoa coletiva pública, como o Estado. Por

vezes, Estado paga impostos a si mesmo (ex. quando

Estado arrenda um prédio como se fosse um particular).

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Noção e Fases do Imposto

Page 29: Noções de fiscalidade

Elemento Teleológico:

Tem a ver com o fim do imposto.

Estado cobra impostos com fim de cobrir despesas públicas,

e dotar entes públicos de meios para realização de tarefas.

há impostos instituídos com finalidades de ordem económica

e social - redistribuição de riqueza, proteção da indústria, ou

intervenção nos rendimentos gerados pela economia.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Noção e Fases do Imposto

Page 30: Noções de fiscalidade

Imposto passa por várias fases, são elas:

Incidência – definição geral e abstrata, feita pela lei,

dos atos ou situações sujeitos a imposto e das pessoas

com o dever de o prestar.

Incidência Real – o que está sujeito a imposto;

Incidência Pessoal – quem está sujeito a imposto;

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Noção e Fases do Imposto

Page 31: Noções de fiscalidade

Lançamento – conjunto de operações administrativas

que visam a identificação do sujeito passivo do imposto

e a determinação da matéria coletável.

Liquidação - aplicação da taxa à matéria coletável para

determinar o montante da coleta.

Cobrança – operação administrativa que corresponde

à entrada do imposto nos cofres do Estado.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Noção e Fases do Imposto

Page 32: Noções de fiscalidade

Vários são os critérios distintivos que se podem adotar

para fazer a distinção entre impostos diretos e indiretos.

Das várias teses avançadas ao longo do tempo, apenas

uma é considerada, atualmente, como a mais correta.

Para a nossa lei, o critério acolhido para proceder à

distinção, foi o critério económico.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Tributação Direta e Tributação Indireta

Page 33: Noções de fiscalidade

Impostos diretos:

Aqueles que recaem sobre rendimentos e património.

(exs. IRS, IRC, IMI, imposto sobre sucessões e doações, etc.)

Impostos indiretos:

Aqueles que recaem sobre o consumo e a despesa.

(exs. IVA, imposto de selo, impostos aduaneiros, impostos

especiais sobre o consumo – cerveja, automóveis, tabaco,

produtos petrolíferos, etc.)

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Tributação Direta e Tributação Indireta

Page 34: Noções de fiscalidade

Impostos Pessoais e Impostos Reais;

Impostos Estaduais e Não Estaduais;

Impostos Periódicos e de Obrigação Única;

Impostos Principais e Acessórios;

Impostos Gerais e Locais;

Impostos Proporcionais, Progressivos e Regressivos.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Classificação dos Impostos

Page 35: Noções de fiscalidade

Pessoais: Os que têm em conta as condições pessoais,

familiares e económicas do contribuinte.

Reais: Não têm em conta as referidas condições. São

objetivamente considerados.

Ambos são impostos diretos.

Ex. IRS (pessoal); IMI (real)

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Impostos Pessoais / Impostos Reais

Page 36: Noções de fiscalidade

Nem sempre o Estado é credor do imposto.

A origem dos impostos estaduais e não estaduais é

legal (e portanto estadual), mas só num é que Estado

se apresenta como credor.

Os impostos não estaduais são estruturados de forma

a serem atribuídos a entidade diversa do Estado –

impostos regionais, municipais, provinciais, paroquiais.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Impostos Estaduais e Não Estaduais

Page 37: Noções de fiscalidade

A receita de um imposto estadual por vezes é cedida

pelo Estado a outra entidade pública.

Essa cedência não altera a natureza estadual do

imposto.

Ex. impostos cobrados pelo Estado nas Regiões

Autónomas – Estado cede as receitas, que, por essa

cedência, passam a constituir receitas próprias das

Regiões Autónomas.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Impostos Estaduais e Não Estaduais

Page 38: Noções de fiscalidade

Distinção feita com base na natureza do sujeito ativo.

Se sujeito ativo é o Estado temos impostos estaduais.

Se, pelo contrário, sujeito ativo é outro ente público que

não o Estado, temos impostos não estaduais.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Impostos Estaduais e Não Estaduais

Page 39: Noções de fiscalidade

Distinção que atende à natureza permanente ou

acidental dos factos sobre os quais incidem os

impostos.

Impostos periódicos:

Tributam situações ou atividades que duram no tempo,

dando origem a sucessivas obrigações tributárias.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Impostos Periódicos e de Obrigação Única

Page 40: Noções de fiscalidade

Impostos de obrigação única:

Recaem sobre factos isolados, sem carácter de

continuidade, apenas havendo lugar ao pagamento do

imposto quando o facto que o origina acontece.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Impostos Periódicos e de Obrigação Única

Page 41: Noções de fiscalidade

Impostos principais gozam de autonomia, existem por

si.

Impostos acessórios não são autónomos e acrescem

aos impostos principais, de que dependem.

São adicionais que incidem sobre impostos principais,

sendo o montante determinado pela aplicação de uma

nova taxa sobre a coleta desses outros impostos.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Impostos Principais e Acessórios

Page 42: Noções de fiscalidade

Exemplo:

IRC – 34% (imposto principal)

Derrama – 10% (imposto acessório).

IRC + Derrama = 37,4%

(34% : 10% = 3,4%; 34% + 3,4% = 37,4%).

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Impostos Principais e Acessórios

Page 43: Noções de fiscalidade

A distinção é simples e tem em conta o âmbito territorial

de aplicação dos tributos.

Impostos gerais:

Abrangem todo o território nacional.

Impostos locais:

Destinam-se a uma determinada zona ou autarquia.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Impostos Gerais e Locais

Page 44: Noções de fiscalidade

Impostos Proporcionais:

A taxa é fixa – imposto aumenta proporcionalmente à

matéria coletável.

Ex. IRC

Impostos Progressivos:

A taxa eleva-se à medida que aumenta a matéria

coletável.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Impostos Proporcionais, Progressivos e Regressivos

Page 45: Noções de fiscalidade

Imposto aumenta mais do que proporcionalmente face

ao aumento da matéria coletável.

Ex. IRS

Impostos Regressivos:

Diminuição da taxa do imposto à medida que aumenta

a matéria coletável – não existem em Portugal.

Há Estados Europeus, onde, a partir de certo montante

de lucros, é aplicada taxa inferior.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Impostos Proporcionais, Progressivos e Regressivos

Page 46: Noções de fiscalidade

Impostos têm finalidades fiscais e extra fiscais.

Fiscais:

Obtenção de receitas.

Impostos são maior e melhor fonte de receitas de qualquer

Estado, quer pela facilidade de cobrança, quer pelo

elevado volume de receitas que se consegue arrecadar.

Receitas utilizadas para suprir as várias necessidades

públicas.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Finalidades Fiscais e Extra Fiscais

Page 47: Noções de fiscalidade

Extra Fiscais:

Ligadas ao intuito regulador do Estado – regulador da

economia, da saúde pública, do ambiente, etc.

Por exemplo:

Imposto sobre o tabaco é alto com justificação de

aumentar o preço dos cigarros e ser diminuído o

consumo.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Finalidades Fiscais e Extra Fiscais

Page 48: Noções de fiscalidade

Imposto sobre produtos petrolíferos tem uma vertente

ecológica - forçar as pessoas a utilizarem menos os

veículos.

Impostos alfandegários têm um intuito de proteger a

economia nacional e a produção interna.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Finalidades Fiscais e Extra Fiscais

Page 49: Noções de fiscalidade

Favorecer o emprego;

Formação do aforro;

Investimento socialmente relevante.

Deverá ter em consideração a competitividade e a

internacionalização da economia portuguesa, no quadro

de uma concorrência sã.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Objetivos da Tributação

Page 50: Noções de fiscalidade

Tributação não deve discriminar qualquer profissão ou

atividade.

Nem prejudicar a prática de atos legítimos de caráter

pessoal.

Sem prejuízo dos agravamentos ou benefícios

excecionais determinados por finalidades económicas,

sociais, ambientais, ou outras.

Estes são os limites da tributação.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Objetivos da Tributação

Page 51: Noções de fiscalidade

Regime especial de tributação.

Envolve uma vantagem ou desagravamento fiscal

perante o regime normal.

Assume-se como forma de isenção, redução de taxas,

dedução à matéria coletável, ou outras medidas de

natureza idêntica.

Podem ser deduzidos dos rendimentos declarados, ou

subtraídos diretamente do montante da coleta.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Benefícios Fiscais

Page 52: Noções de fiscalidade

Ex. BF abatidos do montante da coleta:

Educação;

Habitação – juros, amortizações, rendas.

Saúde.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Benefícios Fiscais

Page 53: Noções de fiscalidade

Ex. BF abatidos ao rendimento:

Aplicações a prazo (PPR);

Ações;

Quotas Sindicais;

Donativos a instituições.

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade

Benefícios Fiscais

Page 54: Noções de fiscalidade

FIM

Formador: Raúl Côrte-Real

Dezembro 2012 Noções de Fiscalidade