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Anais II Encontro Nacional de Estudos da Imagem 12, 13 e 14 de maio de 2009 • Londrina-PR 546 VISUALIDADES AMAZÔNICAS: O MANEJO DE PESCA DA COLÔNIA Z-32 (MARAÃ – AM) Rafael Castanheira P. de Moraes 1 [email protected] Resumo: Este artigo propõe-se a apresentar a pesquisa sobre o manejo de pesca realizado pela Colônia Z-32 no município de Maraã, Amazonas, que venho desenvolvendo desde 2006. Inicialmente, o objetivo era analisar os processos de produção e comercialização do pescado oriundo do manejo para a produção de um ensaio fotográfico documental. Após entrar em contato com a bibliografia sobre a antropologia visual, com destaque para o livro Argonautas do Mangue de André Alves, percebi que, mesmo utilizando em meu trabalho métodos de pesquisa similares ao de Alves, este apresenta textos e imagens que descrevem de forma detalhada os fenômenos pesquisados. Dessa forma, busco, atualmente, entender e descrever, por meio de textos e fotos, não apenas a cadeia produtiva da pesca, mas também a relações sociais entre os pescadores e as relações destes com o meio ambiente. Palavras-chave: Antropologia Visual, Fotografia Documental e Manejo de Pesca Abstract: This article aims to present a research about a fisheries management developed by Fisher Colony Z-32 in the district of Maraã, Amazonas, which I have been working on since 2006. At the Beginning, the aim was to analize the fisheries production and the trade of this management for a documentary photography work. After studing some visual anthropological bibliography, highlighting the book Argonautas do Mangue written by André Alves, I realized that, by using in my work similar research methods to what Alves does, who presents texts and images that describe in details the phenomenon researched in his subject. Currently by this manner I seek out by the usage of texts and photographs to work with insightful understandings and descriptions, not only of the fishing chain process itself, but also the social relations among fishermen and between them and the environment. Keywords: Visual Anthropology, Documentary Photography, Fisheries Management Argonautas do Mangue e antropologia visual O crescimento desordenado da cidade de Vitória (ES) estimulou uma relação predatória do homem com a natureza provocando impactos ambientais e socioeconômicos nas comunidades que vivem por meio da pesca artesanal. Os recursos pesqueiros estão esgotando-se em todo o planeta e a diminuição dos caranguejos nos manguezais que circundam a capital do Espírito Santo é também uma realidade na região. A partir desta constatação, o biólogo e fotógrafo André Alves 2 começou, em 1 Rafael Castanheira é mestrando em Cultura Visual pela Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (UFG). Formado em Comunicação Social, tem especialização em Fotografia Como Instrumento de Pesquisa nas Ciências Sociais pela Universidade Candido Mendes, no Rio de Janeiro. Atualmente, leciona fotografia na Universidade Católica de Goiás e na Faculdade Cambury (GO). 2 André Alves é biólogo formado pela Universidade Federal do Espírito Santo. Começou a fotografar o ecossistema manguezal em 1993 quando se interessou pela relação entre o ser humano e o manguezal. Em 620

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  • Anais II Encontro Nacional de Estudos da Imagem 12, 13 e 14 de maio de 2009 Londrina-PR

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    VISUALIDADES AMAZNICAS:

    O MANEJO DE PESCA DA COLNIA Z-32 (MARA AM)

    Rafael Castanheira P. de Moraes1

    [email protected]

    Resumo: Este artigo prope-se a apresentar a pesquisa sobre o manejo de pesca realizado pela Colnia Z-32 no municpio de Mara, Amazonas, que venho desenvolvendo desde 2006. Inicialmente, o objetivo era analisar os processos de produo e comercializao do pescado oriundo do manejo para a produo de um ensaio fotogrfico documental. Aps entrar em contato com a bibliografia sobre a antropologia visual, com destaque para o livro Argonautas do Mangue de Andr Alves, percebi que, mesmo utilizando em meu trabalho mtodos de pesquisa similares ao de Alves, este apresenta textos e imagens que descrevem de forma detalhada os fenmenos pesquisados. Dessa forma, busco, atualmente, entender e descrever, por meio de textos e fotos, no apenas a cadeia produtiva da pesca, mas tambm a relaes sociais entre os pescadores e as relaes destes com o meio ambiente. Palavras-chave: Antropologia Visual, Fotografia Documental e Manejo de Pesca

    Abstract: This article aims to present a research about a fisheries management developed by Fisher Colony Z-32 in the district of Mara, Amazonas, which I have been working on since 2006. At the Beginning, the aim was to analize the fisheries production and the trade of this management for a documentary photography work. After studing some visual anthropological bibliography, highlighting the book Argonautas do Mangue written by Andr Alves, I realized that, by using in my work similar research methods to what Alves does, who presents texts and images that describe in details the phenomenon researched in his subject. Currently by this manner I seek out by the usage of texts and photographs to work with insightful understandings and descriptions, not only of the fishing chain process itself, but also the social relations among fishermen and between them and the environment.

    Keywords: Visual Anthropology, Documentary Photography, Fisheries Management

    Argonautas do Mangue e antropologia visual

    O crescimento desordenado da cidade de Vitria (ES) estimulou uma relao

    predatria do homem com a natureza provocando impactos ambientais e

    socioeconmicos nas comunidades que vivem por meio da pesca artesanal. Os recursos

    pesqueiros esto esgotando-se em todo o planeta e a diminuio dos caranguejos nos

    manguezais que circundam a capital do Esprito Santo tambm uma realidade na

    regio. A partir desta constatao, o bilogo e fotgrafo Andr Alves2 comeou, em

    1 Rafael Castanheira mestrando em Cultura Visual pela Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Gois (UFG). Formado em Comunicao Social, tem especializao em Fotografia Como Instrumento de Pesquisa nas Cincias Sociais pela Universidade Candido Mendes, no Rio de Janeiro. Atualmente, leciona fotografia na Universidade Catlica de Gois e na Faculdade Cambury (GO). 2 Andr Alves bilogo formado pela Universidade Federal do Esprito Santo. Comeou a fotografar o ecossistema manguezal em 1993 quando se interessou pela relao entre o ser humano e o manguezal. Em

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    1993, a pesquisar os arquivos pblicos e particulares da cidade com o intuito de

    compreender melhor o processo de degradao destes manguezais que j no esto

    mais oferecendo condies de sobrevivncia s pessoas que trabalham com a pesca

    artesanal.

    Inicialmente, o objetivo era registrar as tcnicas de captura do caranguejo, seu

    transporte e sua comercializao na cidade de Vitria. Devido complexidade da

    atividade, Alves afirma que foi percebendo, no entanto, que, por trs de cada

    tcnica, de cada atitude, existia um significado. Para o autor de Argonautas do

    Mangue, livro que resultou da pesquisa de mestrado em Multimeios pelo Instituto de

    Artes da Unicamp, seu objeto de estudo (o universo da cata de caranguejo no municpio

    de Vitria) exigia um entendimento sobre o que representa, para os caranguejeiros, ser

    caranguejeiro e viver desta atividade.

    Argonautas do Mangue, portanto, aborda a questo da cata do caranguejo nos

    mangues de Vitria e as relaes sociais, ambientais e econmicas inerentes

    atividade. Ao basear-se no mtodo adotado em 1942 pelos antroplogos americanos,

    Gregory Bateson e Margaret Mead, que em seu Balinese character. A photographic

    analysis. (BATESON e MEAD. New York.1942) usam recursos audiovisuais (Fig. 1) para

    pesquisar a cultura de certas tribos em Bali, Alves se interessa em fundamentalmente

    entender e descrever as relaes entre o homem e o manguezal, com enfoque especial

    nas pessoas que vivem da cata do caranguejo na cidade de Vitria (ES). (ALVES. So

    Paulo, 2004. p.78)

    1996, ingressou no mestrado em Multimeios, no Instituto de Artes da Unicamp, para desenvolver pesquisa sobre os argonautas do mangue, na qual utilizou como ferramenta metodolgica a antropologia visual, em especial a fotografia.

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    Figura1: BATESON, Gregory. Prancha 16 (Balinese Character, p.86)

    O livro Argonautas do Mangue precedido por Balinese Character (Re) Visitado,

    uma anlise do trabalho pioneiro de Bateson e Mead em Bali (1936-1939) na qual

    Etienne Samain3 relata como o estudo do casal de antroplogos americanos serve de

    apoio terico pesquisa de Andr Alves ao procurar no duplo registro do verbal e do

    visual, entender e retratar a maneira como uma criana, nascida na pequena ilha

    vulcnica, ao incorporar condutas e comportamentos socialmente transmitidos,

    tornava-se para sempre um inconfundvel ser balins. (ALVES. So Paulo, 2004. p.XII)

    Utilizam-se fotografias e vdeos em pesquisas antropolgicas desde a inveno

    destes equipamentos, no entanto, foi principalmente com a pesquisa de Bateson e

    Mead em Bali que a sistematizao do uso deste recurso e das novas formas de

    apresentao dos dados possibilitou um mergulho mais profundo na cultura de um

    povo. Em 1968, a j experiente antroploga Margaret Mead comentou sobre a pesquisa

    com o uso tais recursos:

    ...comecei a considerar que apresentaes visuais seriam capazes de ultrapassar barreiras intransponveis para a comunicao verbal. Tambm estava impressionada pela

    3 Etienne Samain telogo e antroplogo. Nasceu na Blgica, em 1973, e est no Brasil desde maro de 1973. Conviveu com os ndios Kamayur (Alto Xingu) e com os Urubu-Kaapor (Maranho). Desde 1984, pertence ao corpo docente do Programa de Ps-graduao em Multimeios, onde desenvolve pesquisa sobre o uso das imagens no campo das cincias humanas.

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    possibilidade de o registro visual fornecer dados de pesquisa bem mais precisos. Durante o trabalho de campo em Bali, o meu interesse em utilizar o registro fotogrfico como instrumento de controle dos diferentes graus de sofisticao do pesquisador em campo [...] convergiu com o plano de Gregory Bateson de utilizar extensivamente a fotografia e filme para muitos outros fins... (MEAD, 1968, apud Alves, 2004, p 47)

    Valendo-se da proposta metodolgica de Bateson e Mead utilizada em Bali, que

    emerge de forma significativa no campo da antropologia nos anos 40, Andr Alves

    apresenta uma reflexo sobre a realidade de trabalho de caranguejeiros de Vitria

    abordando questes de identidade e das relaes sociais entre eles.

    Alves dividiu seu livro em trs captulos nos quais analisa as questes que vo desde

    a ocupao dos manguezais no municpio de Vitria, passando pelas reflexes sobre

    etnografia visual que discorrem sobre a escolha da metodologia ao trabalho de campo e

    a apresentao descritiva geral dos processos da cata de caranguejo incluindo a anlise

    da pranchas fotogrficas (Fig. 2) e conclui com consideraes finais que abordam a

    utilizao da fotografia para construo da narrativa visual.

    Figura 2: ALVES, Andr. Prancha 10- Captura No Brao (Argonautas do Mangue,

    pg.169)

    Visualidades Amaznicas: O Manejo de Pesca da Colnia Z-32 (Mara AM)

    No incio de 2006 estive em Mara, no Amazonas, para escrever uma reportagem

    sobre o curso de Formao de Agente Ambiental Voluntrio que o Instituto Brasileiro do 623

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    Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (IBAMA) oferecera aos moradores da

    cidade. Sou jornalista e, na ocasio, trabalhava como assessor de imprensa para o

    Instituto de Desenvolvimento Sustentvel Mamirau (IDSM)4. Naquele momento, pude

    conhecer os membros da Colnia Z-325 e, para a minha surpresa, assistir a um vdeo

    amador sobre os trabalhos de manejo de pesca que fora gravado em 2004. Aquelas

    imagens nunca me saram da cabea: filas extensas de canoas no igarap de acesso aos

    lagos; uma enorme quantidade de pirarucus vindo superfcie a todo o momento para

    respirar; o frenesi de pescadores conversando animados entre si e comemorando a cada

    pirarucu capturado; e, claro, a natureza exuberante da selva amaznica compondo

    um cenrio buclico de homens em meio mata verde.

    Poucos meses depois me encontrei com Luiz Gonzaga, Presidente da Colnia Z-

    32 na poca, e, ao saber da inexistncia de uma documentao sistemtica sobre o

    manejo de pirarucu e sobre a histria da instituio, propus-lhe uma parceria de

    trabalho que foi aceita, posteriormente, por toda a sua diretoria.

    A inteno, no incio, era a de registrar as etapas do manejo: as tcnicas de

    captura do pirarucu (Arapaima gigas) e tambaqui (Colossoma macropomum), seu

    transporte e comercializao, ou seja, documentar a cadeia produtiva do pescado

    proveniente do manejo de Mara, tendo em vista publicao de uma grande

    reportagem e, obviamente, devoluo das fotografias e textos direo da Colnia,

    parceira do projeto.

    Durante minha primeira estadia em Mara, entre os meses de julho e dezembro

    de 2006, dividia meu tempo entre as entrevistas na cidade e as viagens a campo para

    acompanhar os trabalhos de manejo nos lagos. Pude acompanhar a rotina de vida dos

    pescadores, quer no dia-a-dia com suas famlias e amigos, quer em seus trabalhos de

    pesca e proteo dos lagos da regio.

    Nos anos de 2007 e 2008, no podendo viver em Mara, concentrei minhas

    pesquisas distncia, retornando aos lagos somente durante o ms de outubro, poca

    da despesca. Ao longo destes anos, vivenciei todo o processo de organizao, produo

    e comercializao do pescado do municpio de Mara, desde as reunies de pescadores

    para a definio do calendrio das atividades e das regras de manejo at a contagem

    4 O Instituto de Desenvolvimento Sustentvel Mamirau uma Organizao Social com Contrato de Gesto assinado com o Ministrio da Cincia e Tecnologia (MCT). Juntamente com o Centro Estadual de Unidades de Conservao (CEUC/SDS), o IDSM responsvel pela co-gesto das Reservas de Desenvolvimento Sustentvel Mamirau e Aman e atua no desenvolvimento de pesquisa, monitoramento e extenso visando a conservao da biodiversidade da Amaznia pelo uso sustentado dos recursos naturais e participativo das comunidades. 5 A Colnia de Pescadores Z-32 de Mara (COLPEMA), no Amazonas, rene cerca de 500 pescadores associados e desenvolve, com o apoio do IDSM, o manejo de pesca desde 2002 no Complexo do Lago Preto, rea de 18,5 quilmetros quadrados, inserida na Reserva de Desenvolvimento Sustentvel Mamirau (RDSM).

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    dos pirarucus nos lagos, a pesca e o escoamento do pescado para os mercados de

    Manaus.

    O resultado deste trabalho um acervo com mais de 4000 fotografias em preto-e-

    branco, textos, cpias de documentos oficiais e cerca de 50 entrevistas gravadas com

    pescadores, membros da diretoria da Colnia Z-32, tcnicos em pesca e pesquisadores

    de diversas instituies privadas e governamentais ligadas gesto da Reserva

    Mamirau em Mara, Tef, Manaus e Braslia, alm de donos de barcos, despachantes,

    comerciantes, empresrios e consumidores.

    Com uma grande quantidade de dados produzidos, decidi abandonar a idia

    inicial de escrever apenas uma reportagem. Surgiu, ento, uma nova questo: como

    organizar tais dados no sentido de elaborar uma narrativa visual a partir das imagens

    produzidas tendo em vista publicao de um livro. Mas no um livro-reportagem ou

    um livro comercial de fotografias sobre o manejo de duas das mais importantes

    espcies de peixes do Brasil.

    Ao entrar em contato com bibliografia especializada e outros trabalhos em

    antropologia visual, decidi dar embasamento cientfico s experincias que tive ao

    longo desta pesquisa. E, assim como Andr Alves buscou o curso de ps-graduao em

    Multimeios pelo Instituto de Artes da Unicamp e utilizou o modelo metodolgico

    proposto por Margareth Mead e Gregory Bateson para viabilizar a sua pesquisa

    cientfica sobre a cata do caranguejo em Vitria, eu, por estar vivendo e lecionando

    fotografia em Goinia (GO), busquei, na Universidade Federal de Gois (UFG) um curso

    que tivesse uma linha de pesquisa que melhor abrigasse o meu projeto.

    No primeiro semestre de 2008, ingressei-me como aluno-ouvinte em uma das

    disciplinas do Programa de Ps-graduao em Cultural Visual da Faculdade de Artes

    Visuais da UFG e, posteriormente, fui aprovado no processo de seleo deste programa

    para o ano de 2009.

    Considerando a fotografia como um instrumento capaz de transmitir o que no

    imediatamente transmissvel no plano lingstico e o objeto de minha pesquisa como uma

    proposta de analisar atravs de textos e, sobretudo, imagens uma atividade

    socioeconmica com fortes razes tradicionais como a pesca no norte do Pas, optei pela

    rea de Processos e Sistemas Visuais, dentro da linha de pesquisa em Histria, Teoria e

    Crtica da Imagem. Ao utilizar a fotografia como meio principal para a produo de

    sentidos e apresentao de uma realidade presumvel, pesquisarei temas que englobam

    conceitos de cultura e visualidade, realismo, representao e identidade.

    A partir deste contexto, comecei a refletir sobre a importncia da fotografia

    dentro do cenrio da cultura visual na Amaznia para os estudos de identidade, 625

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    representao e histria cultural. De que forma a interao das minhas fotografias com

    as entrevistas e anotaes de campo feitas durante a observao participativa em

    minha pesquisa pode reconstituir a histria cultural deste grupo social de pescadores

    quando produzida e apresentada com base num conjunto de categorias, de conceitos e

    de referncias tericas e metodolgicas?

    Figura 3: Reunio no acampamento montado na entrada do complexo de lagos.

    Pescadores e funcionrios da Colnia Z-32 definem os lagos e os apetrechos para o

    primeiro dia de pesca do manejo. Complexo do Lago Preto, Mara Amazonas (2006).

    Foto: Castanheira, Rafael.

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    Figura 4: Pescadores fazem a limpeza do igarap de acesso aos lagos, retirando troncos

    de rvores cadas durante as chuvas para desobstruir o caminho para o trfego de

    canoas durante as atividades de pesca do manejo. Complexo do Lago Preto, Mara

    Amazonas (2006). Foto: Castanheira, Rafael.

    Figura 5: Marcelino Urquizes, pescador. Complexo do Lago Preto, Mara Amazonas

    (2006). Foto: Castanheira, Rafael. 627

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    Foto 6: Hastes com arpo so lanadas no lago pelos pescadores aps pirarucu boiar

    prximo s canoas. Complexo do Lago Preto, Mara Amazonas (2006). Foto:

    Castanheira, Rafael.

    Foto 7: Aps arpoar pirarucu em lago, caboclo sacrifica-o com uma paulada em sua

    cabea antes de coloc-lo dentro da canoa. Complexo do Lago Preto, Mara Amazonas

    (2006). Foto: Castanheira, Rafael.

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    Foto 8: Pirarucu arpoado na cabea e puxado por pescador para dentro da

    canoa.Complexo do Lago Preto, Mara Amazonas (2006). Foto: Castanheira, Rafael.

    Foto 9: Assim que chegam ao flutuante, os pirarucus so eviscerados por tratadores

    profissionais contratados pela Colnia. Depois de tratados, os peixes so medidos,

    pesados e lacrados para, ento, seguirem para os pores frigorficos dos barcos.

    Complexo do Lago Preto, Mara Amazonas (2006). Foto: Castanheira, Rafael. 629

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    Foto 9: Pirarucu vendido na Feita da Manaus Moderna Manaus (AM - 2006). Foto:

    Castanheira, Rafael.

    REFERNCIAS

    ALVES, Andr. Os Argonautas do Mangue. Precedido de Balinese character (re) visitado / Etienne Smain. Ed. Unicamp; So Paulo, SP 2004. BATESON, Gregory e MEAD, Margaret. Balinese character: a photograph analysis. New York Academy of Sciences,1942.

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