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GABRIEL MARCONDES CASTANHEIRA O USO DE MACRO APOIO EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL - RELATO DE CASO Londrina 2016

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GABRIEL MARCONDES CASTANHEIRA

O USO DE MACRO APOIO EM PRÓTESE PARCIAL

REMOVÍVEL - RELATO DE CASO

Londrina 2016

GABRIEL MARCONDES CASTANHEIRA

O USO DE MACRO APOIO EM PRÓTESE PARCIAL

REMOVÍVEL - RELATO DE CASO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Odontologia.

Orientador: Prof. Dr. Giovani de Oliveira Corrêa

Londrina 2016

GABRIEL MARCONDES CASTANHEIRA

O USO DE MACRO APOIO EM PRÓTESE PARCIAL

REMOVÍVEL - RELATO DE CASO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Odontologia.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________ Orientador: Prof. Dr. Giovani de Oliveira Corrêa

Universidade Estadual de Londrina - UEL

____________________________________ Prof. Dr. Ricardo Shibayama

Universidade Estadual de Londrina - UEL

Londrina, _____de ___________de _____.

Dedico este trabalho a minha família,

principalmente ao meus pais, pois com

sua força, paciência e carinho meus

caminhos se tornam menos penosos.

AGRADECIMENTO (S)

Agradeço aos meus pais Carlos e Carla que sempre foram um

exemplo de superação e grarra para mim e meus irmãos, dando todo o suporte para

que eu pudesse seguir meus sonhos.

Aos meus irmãos Tomás e Hugo com os quais a vida se torna mais

divertida e afável.

Ao meu orientador, professor Giovani de Oliveira Corrêa, não só

pela constante orientação neste trabalho, mas sobretudo pelos ensinamento durante

a vida acadêmica.

Ao professor Ricardo Sérgio Couto de Almeida por toda orientação,

amizade e conselhos que levarei para o resto de minha vida.

A professora Fátima Cristina de Sá, que com todo seu amor e

ternura foi parte fundamental de minha formação como pessoa e futuro profissional.

Aos meus querido amigos e colegas de turma que se fizeram

presentes nessa etapa da vida.

Em especial meus colegas Alessandro e Roberto, que estiveram ao

meu lado em momentos dificeis e alegres da faculdade e da vida, compartilhando

uma grande amizade.

A minha namorada, Angélica que alem de me dar forças e suporte

durante esta jornada, me possibilita inumeras alegrias.

Gostaria de agradecer também a toda a equipe de servidores da

UEL que contribuíram para minha formação universitária.

A todos os meus amigos que participaram da minha formação, não

só acadêmica, mas pessoal.

“Quem mata o tempo não é assassino mas sim um suicida”

Millôr Fernandes

CASTANHEIRA, Gabriel Marcondes. O Uso de Macro Apoio em Prótese Parcial Removível - Relato de Caso. 2016. 32 pág. Trabalho de Conclusão de Curso em Odontologia da Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2016.

RESUMO

O comprometimento da integridade dos arcos dentais ao longo da vida sem posterior reabilitação acarreta em compensações dentárias bem como um reposicionamento mandibular. Em decorrência desta nova posição mandibular, frequentemente o equilíbrio do sistema estomatognático é comprometido levando, principalmente, a desordens têmporo-mandibulares. Em alguns casos tais alterações podem apresentar sintomatologia dolorosa, bem como provocar disfunções crânio-mandibulares decorrentes de interferências dentais. Como alternativa de tratamento para os casos que necessitam de solução simples, econômica e rápida, podemos lançar mão da prótese parcial removível overlay. Sendo essa uma prótese com modificações que busca apoio ou sustentação na face oclusal de um ou mais dentes. Uma PPR overlay tem como principal indicação a reabilitação de pacientes parcialmente dentados com alterações do plano oclusal e redução da dimensão vertical de oclusão. O presente estudo tem com objetivo relatar um caso clinico de reabilitação oral por meio PPR com macroapoio confeccionado em metal, devolvendo o equilíbrio e a dimensão vertical de oclusão. Palavras-chave: Protese Parcial Removível. Overlay. Macroapoio. Dimensão Vertica de Oclusão.

CASTANHEIRA, Gabriel Marcondes. Application of Macro Support in Removable Partial Denture - Case Report. 2016. 32 pag. Undergraduate Thesis on Dentistry in the Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2016.

ABSTRACT

During the lifetime the integrity commitment of the dental arches without posterior rehabilitation induce dental compensations and mandibular repositioner. As a result of this new mandibular position, the balance of the stomatognathic system is often compromised leading mainly to temporomandibular disorders. Some cases such alterations can present painful symptoms and provoke cranio-mandibular dysfunctions due to dental interferences. Some cases such alterations can present painful symptoms and lead to craniomandibular dysfunction caused by dental interferences. For cases that require easy, economical and fast solutions, we can bring the partial removable denture overlay as treatment alternative. This kind of modified prosthesis seeks support and stability on the occlusal surface of one or many teeth. PPR overlay has the rehabilitation of patient with partial toothing, occlusal plane unsettled and reduction of occlusal dimension as principal indication. Presented study has a objective to report a clinical case where the oral rehabilitation whas performed by the ppt with macro support in metal, establishing equilibration and vertical dimension of oclusion. Key words: Removable Partial Prothesis. Overlay. Macro support. Vertical Occlusion Dimension.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Vista frontal inicial do paciente ............................................................... 22

Figura 2 – Paciente em oclusão sem as próteses. .................................................. 22

Figura 3 – Dispositivo inter-oclusal em posição entre as próteses antigas ............. 23

Figura 4 – Montagem dos dentes e ceroplastia caracterizada da PPR superior

provisória, com plano oclusal estabelecido .............................................................. 23

Figura 5 – PPR superior provisória em posição e restauração provisória dos dentes

anteriores, com o dispositivo inter-oclusal ................................................................ 23

Figura 6 – Delimitação da área, do elemento 16, que ultrapassa o plano oclusal

estabelecido para o paciente.................................................................................... 23

Figura 7 – Desgaste do elemento 16, devolvendo o mesmo ao plano oclusal ........ 24

Figura 8 – Vista oclusal da armação metálica da PPR inferior. ............................... 24

Figura 9 – Vista oclusal do macroapoio sobre o elemento 38, restabelecendo a

altura e anatomia oclusal ......................................................................................... 24

Figura 10 – Prova e ajuste da armação metálica inferior ....................................... 24

Figura 11 – Prova e ajuste dos dentes inferiores. ................................................... 25

Figura 12 – Prótese parcial removível inferior já acrilizada. .................................... 25

Figura 13 – Vista oclusal do macroapoio sobre o dente pilar .................................. 25

Figura 14 – Paciente com as próteses em posição, PPR superior provisória e PPR

overlay inferior, com a DVO recuperada .................................................................. 26

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

PPR Prótese Parcial Removível

DVO Dimensão Vertical de Oclusão

ATM Articulação Têmporo Mandibular

DTM Disfunção Têmporo Mandibular

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 12

2 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................... 14

3 CASO CLÍNICO ........................................................................................ 20

CONCLUSÃO ........................................................................................... 27

REFERÊNCIAS......................................................................................... 28

12

1 INTRODUÇÃO

A ausência de elementos dentais pode causar alterações no plano oclusal e

no posicionamento mandibular, o que pode levar os dentes vizinhos ao espaço

protético a invadirem o mesmo. Já os elementos antagonistas ao espaço edêntulo

encontram condições favoráveis para sofrerem supra irrupção, na intenção de

encontrarem superfícies de contato (KLIEMANN, et aI., 2000 e FERREIRA, et aI.,

200I). A presença de espaço protético gera desarmonia oclusal o que promove

deficiência mastigatória, podendo resultar em alterações na função muscular e nas

articulações têmporo-mandibulares - ATMs (ZANETTI e LAGANA, 1996). Em alguns

casos, tais alterações podem apresentar sintomatologia dolorosa, bem como

provocar disfunções crânio-mandibulares decorrentes de interferências com o arco

antagonista (FERREIRA, et aI., 200I).

O comprometimento da integridade dos arcos dentais ao longo da vida sem

posterior reabilitação acarreta em compensações dentárias, bem como um

reposicionamento mandibular. Em decorrência desta nova posição mandibular,

frequentemente o equilíbrio do sistema estomatognático é comprometido levando,

principalmente, a desordens têmporo-mandibulares (OKESON, 1992; WINDCHY e

MORRIS, 1998). Outros prejuízos são as compensações dentárias caracterizadas

por migrações, extrusões, giroversões, mesializações, distalizações e interferências

no arco antagonista (TRUSHKOWSKY e GUIV, 1991; KLIEMANN, et al., 2000).

No momento do planejamento da reabilitação oral do paciente parcialmente

desdentado, o profissional pode utilizar diferentes opções como tratamento. Cabe ao

cirurgião dentista o julgamento acerca da melhor alternativa, ponderando as

necessidades e capacidades do paciente, além de suas competências técnicas

(BONACHELA e TELES, 1998; SOUZA et al., 2009; CAVALCANTE et al., 2015).

Alguns autores citam ortodontia, prótese parcial fixa, placas de mordida

estabilizadoras por um período terapêutico, e procedimentos ortodôntico-cirúrgicos,

associados ou não a implantes osseointegrados, como sendo as melhores

alternativas. Entretanto, na maioria das vezes tais procedimentos são dispendiosos e

morosos (OKESON, 1992; KLIEMANN et al., 2000; SOUZA et al., 2009).

Como alternativa de tratamento para os casos que necessitam de solução

simples, econômica e rápida, a literatura nos traz a prótese parcial removível

13

overlay. A PPR overlay (também denominada de PPR de recobrimento oclusal, PPR

onlay, overlay, macroapoio ou apoio onlay) é uma prótese com modificações que

busca apoio ou sustentação na face oclusal de um ou mais dentes limitada a recobrir

as faces oclusais de todos os elementos posteriores e as incisais dos dentes

anteriores. Uma PPR overlay tem como principal indicação a reabilitação de

pacientes parcialmente dentados com alterações do plano oclusal e redução da

dimensão vertical de oclusão – DVO (SOUZA et al., 2009; PATEL e BENCHARIT,

2009).

Nos casos em que o paciente possui restrições de recursos financeiros, ou há

limitações na prestação de serviço, a PPR overlay caracteriza uma alternativa

acessível e eficiente para a reabilitação. De modo que, além da reabilitação

funcional e estética, promove uma melhora na qualidade de vida e saúde psicológica

do indivíduo (BONACHELA; et al., 1998; MARCO et al. 2001).

Uma PPR overlay ou PPR com macroapoio pode funcionar como uma prótese

definitiva bem como ser usada de maneira diagnóstica, em casos de reabilitações

extensas por próteses fixas que envolvam o restabelecimento da DVO. A prótese é

usada por tempo determinado a fim de se confirmar se a nova DVO estabelecida foi

executada corretamente (FREIAS, et al., 1999).

Com base nessas observações, este estudo se propõe a realizar uma revisão

da literatura com o levantamento que abrange um período entre 1973 e 2015, com

as seguintes palavras chaves: prótese parcial removível, overlay, dimensão vertical

de oclusão e macroapoio, nas línguas portuguesa e inglesa. Além da apresentação

de caso clínico de paciente com colapso oclusal, o qual possui segundo molar

inferior direito em mesio versão, que impossibilita apoio e retenção de forma

convencional dos grampos. Onde se optou por confecção de PPR com macroapoio

confeccionado em metal, devolvendo o equilíbrio e a dimensão vertical de oclusão.

14

2 REVISÃO DE LITERATURA

O sistema estomognático é tido como a unidade funcional do corpo, cujas

atribuições principais são a fala, deglutição e mastigação, além de possuir relação

com a gustação e respiração. O sistema é composto por ossos, músculos,

ligamentos, articulação e dentes. Esses elementos são regidos por um plexo

nervoso que constrói uma harmonia funcional da oclusão pelo seu controle. Uma

gama de fatores contribui para a desarmonia oclusal, desse modo, é imprescindível

um planejamento multidisciplinar criterioso, preconizando o êxito do tratamento, além

da satisfação do paciente tanto estética quanto funcional (COSTA et al., 2002;

CURA et al., 2002; SILVA et al., 2011).

Nos tratamentos protéticos reabilitadores orais o esforço maior é para o

correto relacionamento maxilo-mandibular. As ausências dentárias possuem

influência determinante na desarmonia do sistema estomatognático, a medida que

levam a alterações na mastigação, fonética, estética e simetria facial. Relações

dentárias, esqueléticas, ou musculares impróprias além de implicações funcionais e

estéticas também podem estar associadas a dor, estresses musculares e desgastes

de componentes articulares e dentários (FARIAS et al., 2009; RODRIGUES et al.,

2010; CAVALCANTE et al.,2015).

Condições que causam desarmonia no equilíbrio funcional entre a oclusão

dentária, músculos mastigatórios e ATM, são fatores que levam a modificações

funcionais do Sistema Estomatognático. A desarmonia oclusal decorrente da

ausência de elementos dentais, discrepâncias posicionais e acentuados desgastes

dentários pode gerar deficiências mastigatórias, alterações músculo-funcionais e

DTMs. O desgaste acentuado com perda de altura coronária posterior pode resultar

em transtornos fonéticos e mudanças no aspecto facial do paciente dado demasiado

fechamento mandibular (SILVA et aI., 1993, ZANETTI et aI., 1996; SOUZA et al.,

2009).

A ausência de elementos dentais pode resultar de diversos fatores, tais

como cárie, doença periodontal, trauma oclusal ou parafunções. Apesar de a

prevenção ser o alvo da prática odontológica contemporânea, inúmeras pessoas

ainda não usufruem de uma odontologia de qualidade, sendo assim, desenvolvem

sérias consequências ao desequilíbrio resultante de tais perdas. Geralmente, em

15

situações de perdas dentais ou desgastes dentais excessivos ocorre uma diminuição

da dimensão vertical de oclusão – DVO. Precedente a qualquer procedimento

restaurador definitivo, a DVO deve ser resgatada evitando insucessos e desgaste do

paciente e cirurgião dentista (GIL 1993; GALHARDO et al., 2008; MUKAI et al. 2009,

2010).

O decréscimo na DVO habitualmente está interligado a instabilidade oclusal

posterior com a presença ou não de hábitos orais deletérios. A alteração da

dimensão vertical de oclusão caracteriza-se como uma das consequências

essenciais na disfunção do sistema mastigatório. Tal alteração impossibilita a

reabilitação adequada do sistema estomatognático sem que haja o estabelecimento

de uma DVO, guias anteriores satisfatórias e estabilidade oclusal (COSTA et al.,

2002; BASSANTA, 2003; MIRANDA, 2004; RODRIGUES et al., 2010).

Dado a perda da estabilidade entre os dentes posteriores, quando em

posição de máxima intercuspidação, uma maior concentração de forças passa a ser

aplicada na região dos dentes posteriores. Nos casos onde somente os dentes

anteriores são os únicos a estabelecerem contato, freqüentemente, desgastes

dentais acentuados podem ocorrer bem como o comprometimento periodontal e/ou

vestibularização do grupo de dentes anteriores. A inexistência do controle exercido

pelos dentes posteriores normalmente associa-se ao colapso oclusal, tornando-se

indispensável que a reabilitação protética restabeleça a relação maxilo-mandibular

de forma adequada (RIVERA-MORALES e MOHL, 1992; FRAGOSO, 2005).

O insucesso na substituição de um dente posterior ausente pode ser

determinante para levar a alterações do sistema estômatognático, com consequente

alteração da dimensão vertical de oclusão. O desgaste fisiológico dos dentes, que

normalmente é compensado pela erupção ininterrupta do dente e crescimento do

osso alveolar pode estar associado á perda da DVO. Entretanto situações onde o

desgaste dentário supera o mecanismo compensatório a perda da DVO se torna

acentuada (SHUARS et al., 2000; HOTTA et al.,2003; GANDDINI t al., 2004;

BATAGLION, 2012).

A partir do momento em que o desgaste dentário se torna excessivo para a

idade do paciente ele é considerado patológico, ocorrendo à necessidade de

intervenções terapêuticas por fatores funcionais e/ou estéticos. Os desgastes

dentais severos possuem diversas etiologias, entre elas a atrição dental, ma

formação do esmalte, erosão, hábitos parafuncionais e perdas dentarias. A atrição

16

dentaria decorrente de contatos dentários excessivo e má formações congênitas do

esmalte como hiperplasia, hipocalcificação e hipomaturação estão associadas ao

desgaste dental. A erosão dentaria é causada pelo contato frequente dos dentes

com substancias acidas exógenas ou endógenas, quando originada de vomito e

regurgitações crônicas é conhecida como perimólise. Entres os hábitos

parafuncionais destacam-se o bruxismo e a interposição de objetos duros entres os

dentes. Não menos importante, casos onde a perda de dentes posteriores gera o

deslizamento anterior da mandíbula podem promover a perda excessiva de

estruturas dentaria dos elementos anteriores (SATO et al, 2000; CONTI et. al, 1993;

PEGORARO et. al 2000; Pavarina et. al 2001).

A designação da overlay se faz presente nos casos de tratamento de paciente

com desgastes dentários, também onde é real a necessidade de restabelecimento

da dimensão vertical de oclusão, buscando aliar soluções funcionais e o custo-

benefício (BONACHELA et. al 1998; HOTTA et. al 2000; MATSUMOTO et. al 2001;

TRUSHKOWSKY e GUIV, 1991; BASBY, 1994; PRADO et. al 1997; WINDCHY E

MORRIS, 1998; FREITAS ET. AL 1999; COSTA ET AL 2002; JAHANGIRI E JANG,

2002; FRAGOSO ET. AL 2005).

Quando aplicadas sobre molares e pré-molares, a PPR overlay é uma ótima

indicação prévia a cirurgia ortognática, restabelecendo a DVO, fornecendo

estabilidade oclusal e condicionamento muscular, bem como servindo de guia para a

reabilitação oral subsecutiva. Nos casos onde procedimentos ortodônticos cirúrgicos

não ofertam estabilidade dos resultados, a overlay pode ser especialmente aplicada.

Além disso quando a mordida aberta compõe o quadro clinico do paciente, pode-se

lançar mão desse tipo de prótese (FARMER e CONNELLY 1984; BONACHELA et. al

1998; HOTTA et. al 2000; KLIEMANN et. al 2000; MATSUMOTO et. al 2001;

CASTILHO et. al 2002).

A recomposição da função mastigatória de pacientes edêntulos parciais é

um importante requisito básico da reabilitação por PPR. O restabelecimento é obtido

pela sinergia oclusal da prótese e dos elementos da arcada antagonista e da ralação

maxilo-madibular adequada. Não obstantes algumas situações clínicas

caracterizadas por inclinações dentarias (migrações, giroverções, mesializações,

distalizações e extrusões), ou casos onde há desgaste dentário acentuado, se torna

complexa a relação oclusal e o restabelecimento do plano oclusal com PPR

convencionais. Para esses casos, se faz necessário o subsídio de procedimentos

17

mais complexos, morosos e dispendiosos, como prótese parcial fixa ou

procedimentos ortodônticos-cirúrgicos, associados ou não a implantes

osseointegrados. (SOUZA et al., 2009).

Diante de tais condições, a PPR overlay revela-se uma alternativa eficiente e

econômica para a reabilitação do paciente, devolvendo a função, restaurando a

estética e melhorando a qualidade de vida. A PPR overlay configura um tratamento

reabilitador multifacetado nos casos onde a restrições financeiras por parte do

paciente ou na prestação de serviço (BONACHELA et. al 1998; MARCO et. al,

2001).

A overlay tem aplicação como prótese interina ou transitória, sendo uma

alternativa importante nos casos de defeitos congênitos ou adquirido. Por

constituírem uma opção reversível, de baixo custo e permitirem uma intervenção

precoce com viabilidade de modificações durante o período de crescimento, a PPR

overlay é inicialmente indicada para pacientes com distúrbios ectodérmicos

displásicos (HICHEY e VERGO, 2001; PAVARINA et. al 2001).

Uma prótese parcial removível overlay é tida, de acordo com o Glossary of

Prosthodontics Terms, como sendo total ou parcial. É uma prótese que pode

alicerçar-se sobre um ou mais dentes naturais remanescentes, raízes residuais,

implantes dentários. Possui como objetivo reabilitar e devolver a estática em

indivíduos com problemas congênitos ou adquiridos (SILVA et. al 2006; Brewer

1973; Brasker, 1988).

Uma equipe multidisciplinar se faz fundamental para a reabilitação global

de indivíduos portadores de fissura lábio palatais. Para esses pacientes o protocolo

de reabilitação oral tem inicio imediato a cirurgia plástica primária de lábio e palato,

integrando a odontopediatria, ortodontia, cirurgias bucomaxilofacial e ortognática.

Entretanto, em alguns casos, onde o paciente busca tratamento já em idade adulta,

a reabilitação por meio de a prótese parcial removível convencional ou a overlay

fornece uma solução terapêutica imediata (SILVA et. al 2006).

As próteses overlay estão entre as indicações para pacientes acometidos

por fissura labiopalatal por esses trazerem recessão da pré-maxila, causando a

ausência do crescimento vertical, lateral e ântero-posterior. Nesses pacientes não há

a união do processo pré-maxilar com os segmentos laterais da maxila, gerando uma

pré-maxila flutuante, alem de colapso oclusal e labial e pequeno numero de dentes

remanescentes subnormais (RIZOTO et. al, 2000; Waldemarth, 2002).

18

As vantagens das próteses overlays estão associadas á estabilidade,

retenção, manutenção de rebordos residuais, recuperação de DVO, mordida aberta

anterior, som ausência de suporte labial. Alem dessas, á vantagens na preservação

da relação cêntrica, da propiocepção e no aperfeiçoamento mastigatório. Sendo

ainda, utilizada, em casos de grandes discrepâncias maxilomandibulares, grandes

perdas teciduais decorrentes de alterações congênitas ou adquiridas e recuperação

do arco maxilar. Possibilita melhora estética e psicológica, podendo fornecer alto

grau de satisfação, ao passo que não caracteriza um tratamento viável, pouco

invasivo e relativamente pouco dispendioso (Rothenberg Ll, 1977; SILVA 2006;

Rizoto et. al, 2000).

A prótese do tipo overlay é indicada para a reabilitação adequada da

relação maxilo-mandibular, em casos de DVO reduzida, ou mesmo em casos de

mordida aberta com acentuado overjet. Essa opção traz vantagens, como a

reversibilidade, preservação de remanescentes dentários, facilidade de higiene, uma

vez que a mesma é removível, facilidade de reparo, baixo custo e menor tempo

operacional, quando comparado aos demais tratamentos. Entretanto, algumas

desvantagens são observadas, pelo alto grau de complexidade da técnica, podem

ocorrer dificuldades no ajuste oclusal e da armação, além de desconforto e

dificuldade de falar oriundas do volume e peso da armação, sendo estes problemas

temporários, o qual depende da adaptabilidade do paciente (FREITAS et al., 2006).

As overlays possuem uma base de resina acrílica e podem ou não

incorporar uma estrutura metálica fundida, e recobrem dentes pilares preparados ou

não. (ROTHENBERG Ll, 1977). São próteses classificadas em mecânicas e não

mecânicas. Mecânicas, quando são fixadas por clip-bar e indicadas para indivíduos

com poucos remanescentes dentais. Já a segunda tem por indicação os casos onde

o numero de superfícies dentarias forneçam retenção e estabilidade para a prótese

(SILVA 2006).

As próteses parciais removíveis possuem como um dos principais

componentes os apoios oclusais, tendo esses como características a rigidez e a

intima relação com a superfície dentaria (TODESCAN et. al 1996). O apoio é parte

que garante suporte e estabilidade da prótese no sentido ocluso-gengival,

transferindo a força mastigatória aplicada nos espaços reabilitados, aos dentes

pilares (CARR et. al, 2005). Junto ao fato de o apoio transmitir as forças oclusais no

sentido axial dos dentes pilares, a acomodação adequada sobre nichos devidamente

19

preparados promove suporte a prótese. Tal suporte impede que a mesma intrua, na

direção cervical, e provoque dano aos tecidos adjacentes aos espaços protéticos

(CARREIRO et. al. 2006).

Os apoios oclusais trazem como aplicações clínicas a possibilidade de

retenção indireta, fechamento de pequenos diastemas, ação como elemento de

oposição ao abraço retentivo, prevenir extrusão de dentes e reconstruir a superficíe

oclusal. Didaticamente os apoios oclusais podem ser classificados por sua

localização, oclusais, incisais, interdentais e linguais e também em relação ao

contorno coronário. O apoio extra-coronário e oclusal pode ser determinado de

macroapoio e possuir sinonímias como, apoios gigantes, apoios onlay, macroapoios

oclusais ou PPR overlay. Alem de desempenhar as funções inerentes aos apoios,

este pode restaurar de forma total ou parcial a superfície oclusal, estabilizando o

plano oclusal de forma conservadora e reversível. (HENDERSON, 1979; STEWART,

1983; FERREIRA, 2001)

A finalidade de uma reabilitação protética é a devolução da função e estética

do espaço edentulo e com perda tecidual, fornecendo a manutenção da função do

sistema estomatognático. Dessa forma buscando a recomposição estética e da auto-

estima do paciente, trazendo alem de jovialidade um sorriso saudável. Entretanto,

espaços protéticos extensos e alterações decorrentes de má-formação, como

fissuras lábio-palatais, podem impossibilitar uma estética natural e a compatibilidade

com as expectativas do paciente. A possibilidade da inclusão e remodelação artificial

de toda área tecidual perdida, com recuperação de volume de rebordo, fazem da

PPR uma melhor indicação se comparada a próteses fixas. A PPR, em uma única

estrutura, possibilita a reconstituição da forma e cor de um sorriso harmônico

levando em conta dimensões extra e intra-oral (LOPES et. al 2002; SMITH et. al

2005).

20

3 CASO CLÍNICO

Paciente O. S. F, sexo masculino, octagenário, ansioso, apresentou a

seguinte história médica: se submeteu a prostatectomia, apresenta histórico de

trombose, faz acompanhamento psiquiátrico e uso de medicação continua. O

mesmo procurou o curso de Residência em Prótese Dentaria da Universidade

Estadual de Londrina, no ano de 2015, com a queixa principal de que seus dentes

estavam “quebradiços”. Quando questionado a respeito de procedimentos

odontológicos anteriores a consulta, o próprio relatou ter se submetido à

procedimentos de exodontias e o uso de PPR superior e inferior. O paciente

informou que sua capacidade de alimentação se encontrava prejudicada e

ineficiente.

Ao exame clínico o paciente apresentou-se desdentado parcial tanto para

maxila quanto para mandíbula, sendo classificado como Classe III de Kennedy,

modificação 1 maxilar e Classe II de Kennedy, modificação 2 mandibular. Foi

observada a ausências dos elementos 14, 15, 22, 23, 24, 25 e 26 na maxila e dos

elementos 36, 44, 46, 47 e 48 na mandíbula. Verificou-se também que o elemento

16 se apresentava extruído, os elementos 37 e 38 mesio-angulados e que os

elementos 13, 12, 11 e 21 possuíam fraturas coronárias. O elemento 37 apresentou

com comprometimento periodontal acentado, onde possuía mobilidade grau 3 e

lesão na região de furca, confirmada radiográficamente. O paciente apresentou uma

diminuição na Dimensão Vertical de Oclusão. Após a análise clínica de todas as

estruturas fisiológicas, os achados não revelaram alterações musculares, ósseas e

articulares que caracterizassem disfunção temporomandibular.

Após anamnese, exame clínico, radiográfico foi realizada a moldagem com

hidrocolóide irreversível para a obtenção dos modelos de estudo que foram

confeccionados em gesso pedra. Os modelos foram montados em articulador semi-

ajustável (ASA) para a realização da planificação das possibilidades terapêuticas

para a recuperação dos arcos dentais.

A reabilitação oral do paciente consistiu em restabelecimento da dimensão

vertical de oclusão por meio de dispositivo inter-oclusal, seguida da montagem de

dentes na antiga PPR de acordo com a nova DVO estabelecida. Exodontia do

elemento 37. Tratamento endodôntico do elemento 21 e posterior confecção de

21

núcleo metálico fundido e coroa metalo-cerâmica. Coroas metalo-cerâmicas

confeccionadas para os elementos 13, 12, 11 e posterior confecção de PPR superior

e inferior, sendo a inferior uma PPR tipo overlay.

Com o auxilio do compasso de Willis foi verificado perda de DVO de cerca de

4mm, os quais foram recuperados pelo dispositivo inter-oclusal. O paciente fez uso

do dispositivo por cerca de 6 meses, desse modo desprogramando e condicionando

a musculatura e o sistema estomatognático a DVO recuperada. Após o período de

adaptação, foram confeccionados sobre a armação metálica da PPR superior antiga,

dentes que respeitavam a DVO recuperada. Dado a extrusão do elemento 16, foram

realizados desgastes compensatórios pra que o elemento torna-se a se recompor no

plano oclusal. Posteriormente ao tratamento endodôntico e instalação de núcleo

metálico fundido o elemento 21 recebeu uma coroa provisória em resina acrílica. Os

elementos 13, 12 e 11 foram restaurados com resina composta.

Dado comprometimento periodontal observado radiográfico e clinicamente do

elemento 37 o mesmo teve de ser extraído e incluído na prótese overlay inferior.

Decorrente da mesioversão do elemento 38, com inclinação relativamente

acentuada, optou-se pela confecção de macroapoio em metal para a recuperação

oclusal, desse modo devolvendo a estabilidade e contenção adequadas. Após

delienamento do modelo inferior, foram confeccionados nichos nos dentes inferiores

que receberiam os apoios oclusais, sendo eles o segundo pré-molar esquerdo (35),

canino esquerdo (33), canino direito (43) e segundo pré-molar direito (45). Os nichos

se localizaram na porção oclusal do elemento 38, disto-oclusal do 35, lingual dos

elementos 33 e 43 e mesio-distal do 45. Seguido a cicatrização da ferida cirúrgica

referente à exodontia do elemento 37, realizou-se a moldagem com hidrocolóide

irreversível e a obtenção do modelo de trabalho. De posse do modelo de trabalho e

do desenho da estrutura pré-estabelecido com o apoio overlay no molar esquerdo o

protético realizou a fundição da armação metálica.

Após a prova e ajustes da armação metálica inferior, teve-se a prova e os

ajustes dos dentes em cera, onde se observou o correto relacionamento maxilo-

mandibular, dos dentes pilares e do rebordo residual. A prótese foi encaminhada

para o laboratório pra o processo de acrilização. Após instalação da prótese foram

realizados os ajustes oclusais. O paciente foi orientado quanto a higienização e

sobre a importância do controle periódico do tratamento. Foram realizadas sessões

clinicas de acompanhamento apos a instalação da prótese, para a verificação da

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adaptação em relação a dimensão vertical de oclusão, e acompanhamentos em

relação as possíveis lesões traumáticas na mucosa. Alguns pequenos ajustes foram

necessários do lado esquerdo da peça.

O caso clínico, até a presente data de escrita desse trabalho, não se encontra

concluído, decorrente de contratempos experimentados pela instituição. Ainda são

necessárias consultas adicionais para a confecção e instalação de coroas metalo-

cerâmicas nos elementos 13,12,11 e 21, seguida da confecção e instalação da

prótese parcial removível superior definitiva. Até o presente momento o paciente se

encontra satisfeito, receptivo as informações e instruções fornecidas a ele e ansioso

pela conclusão do tratamento.

Figura 1- Vista frontal inicial do paciente. Observam-se fraturas incisais e ausência de elementos dentais.

Figura 2- Paciente em oclusão sem as próteses. Observa-se colapso oclusal posterior.

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Figura 3- Dispositivo inter-oclusal em

posição entre as próteses antigas.

Figura 4- Montagem dos dentes e ceroplastia caracterizada da PPR superior provisória, com plano oclusal estabelecido.

Figura 5- PPR superior provisória em posição e restauração provisória dos dentes anteriores, com o dispositivo inter-oclusal.

Figura 6- Delimitação da área, do elemento 16, que ultrapassa o plano oclusal estabelecido para o paciente.

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Figura 7- Desgaste do elemento 16, devolvendo o mesmo ao plano oclusal.

Figura 8- Vista oclusal da armação metálica da PPR inferior.

Figura 9- Vista oclusal do macroapoio sobre o elemento 38, restabelecendo a altura e anatomia oclusal.

Figura 10- Prova e ajuste da armação metálica inferior.

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Figura 11- Prova e ajuste dos dentes inferiores.

Figura 12- Prótese parcial removível inferior já acrilizada.

Figura 13- Vista oclusal do macroapoio sobre o dente pilar.

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Figura 14- Paciente com as próteses em posição, PPR superior provisória e PPR overlay inferior, com a DVO recuperada.

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CONCLUSÃO

A solução clínica para o caso apresentado, por meio de uma PPR

atípica do tipo overlay, possibilitou o restabelecimento de forma aceitável dos

padrões funcionais, estéticos e de conforto. A prótese parcial removível exibe como

vantagem, a possibilidade de ser um método de tratamento transitório, conservador,

razoável economicamente e com maior agilidade operacional, quando posto ao lado

de técnicas e tratamentos mais complexos e mais invasivos. A overlay pode ser

aplicada adequadamente como forma reabilitadora em quadros clínicos de colapso

oclusal e redução da dimensão vertical. Essa forma terapêutica possibilita ao

paciente a opção de escolha de um novo tratamento posterior, quando a PPR

overlay não mais suprir suas necessidades, graças a sua reversibilidade. Nos casos

onde o paciente não dispõe de tempo e/ou condição econômica ou sistêmica

compatível com terapêuticas mais complexas, esse forma de tratamento se

apresenta plenamente viavel e indicada.

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