monografia paulo vitor matemática 2012

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS VII CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA PAULO VITOR DE ALENCAR SALDANHA Uma análise acerca do uso das novas tecnologias no ensino de Matemática no Colégio Estadual Senhor do Bonfim SENHOR DO BONFIM - BA 2012

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Matemática 2012

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Page 1: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS VII

CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

PAULO VITOR DE ALENCAR SALDANHA

Uma análise acerca do uso das novas tecnologias no ensino de Matemática no Colégio Estadual Senhor do Bonfim

SENHOR DO BONFIM - BA

2012

Page 2: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS VII

CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

PAULO VITOR DE ALENCAR SALDANHA

Uma análise acerca do uso das novas tecnologias no ensino de matemática no Colégio Estadual Senhor do Bonfim

SENHOR DO BONFIM - BA

2012

Page 3: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

PAULO VITOR DE ALENCAR SALDANHA

Uma análise acerca do uso das novas tecnologias no ensino de matemática no Colégio Estadual Senhor do Bonfim

Monografia apresentada ao Departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia–UNEB/CAMPUS VII, como parte dos requisitos para conclusão do Curso de Licenciatura em Matemática.

Prof. Alayde Ferreira dos Santos

Orientadora

Senhor do Bonfim-BA

2012

Page 4: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

FOLHA DE APROVAÇÃO

UMA ANÁLISE ACERCA DO USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE MATEMÁTICA NO COLÉGIO ESTADUAL SENHOR DO

BONFIM

PAULO VITOR DE ALENCAR SALDANHA

BANCA EXAMINADORA

Prof. ______________________________________

Alayde Ferreira dos Santos (Orientadora)Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Prof._______________________________________

Wagner Ferreira SantanaUniversidade do Estado da Bahia - UNEB

Prof. ______________________________________

Antonio Messias Dias ConceiçãoFaculdade Cenecista Senhor do Bonfim - FACESB

Senhor do Bonfim, março 2012

Page 5: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

Dedico este trabalho a meus pais, meu irmão e a minha namorada, quatro pessoas a quem declaro meu amor eterno.

Page 6: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

"Do meu telescópio, eu via Deus caminhar! A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta."

(Isaac Newton)

Page 7: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a Deus pelo dom da vida.

Em segundo aos meus pais, Antonio Carlos e Renilde Alencar, e a meu

irmão, Felipe Mateus, por sempre acreditarem no meu potencial e me dar

força nos momentos mais difíceis.

A minha namorada Jasiane pelo apoio e compreensão nos momentos em

que o desespero e a falta de confiança surgiam.

Aos alunos, professores e demais funcionários do Colégio Estadual

Senhor do Bonfim.

Aos colegas da turma de matemática do período 2005.2, Hildemá Tadeu,

João Grassi, Adriano, Jucineide e Jucicleide e aos professores, Elizete,

Wagner, Mirian, Ivan Costa e Antonio Messias que não mediram esforços

para transmitir os conhecimentos tão necessários à formação do futuro

educador.

Em especial a professora Alayde Ferreira dos Santos, pelo grande apoio

ao longo do curso e na batalha frente à árdua tarefa de elaboração do

trabalho de conclusão de curso.

Page 8: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

RESUMO

O objetivo deste estudo foi realizar “Uma análise acerca do uso das novas

tecnologias no ensino da Matemática no Colégio Estadual Senhor do Bonfim”

tendo como referencial teórico Pretto(2008), Moran(2009), Gil(2004),

Santaella(2002), entre outros. Através da pesquisa qualitativa para a realização

de questionários e entrevistas procuramos saber os efeitos das tecnologias no

campo educacional na perspectiva dos sujeitos principais do nosso estudo, os

alunos. Assim, buscamos obter uma compreensão de como a tecnologia

estava sendo usada por professores e alunos para o aprendizado de

Matemática. Os resultados deste trabalho demonstram a necessidade da

utilização e imersão dos recursos para que assim possamos educar e obtermos

resultados satisfatórios que possam ser refletidos em sala através de alunos

motivados a aprender.

Palavras-chave: Ensino de matemática; tecnologias; aprendizagem matemática.

Page 9: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 09

CAPÍTULO I - PROBLEMATIZAÇÃO ............................................................... 11

CAPÍTULO II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................. 14

2.1 Tecnologia.............................................................................................. 14

2.1.1 Tecnologia nas escolas....................................................................... 16

2.2 Relação ensino-aprendizagem e tecnologia .......................................... 18

2.3 Professor e tecnologia .......................................................................... 19

2.4 Inclusão digital ....................................................................................... 21

2.5 Metodologia Educacional ....................................................................... 24

2.6 Ferramentas tecnológicas ...................................................................... 26

CAPÍTULO III – METODOLOGIA .................................................................... 28

3.1 Tipo de pesquisa .................................................................................... 28

3.2 Espaço da pesquisa ............................................................................... 29

3.3 Sujeitos da pesquisa .............................................................................. 30

3.4 Instrumentos da pesquisa ...................................................................... 30

3.4.1 Observação......................................................................................... 31

3.4.2 Questionário........................................................................................ 31

CAPÍTULO IV – ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................. 33

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 43

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APÊNDICES

Page 10: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

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INTRODUÇÃO

No sistema educacional brasileiro, pesa sobre professores a

responsabilidade de conter a evasão escolar que afeta nossas escolas. Cabe aos

professores resgatarem a motivação dos alunos para a aprendizagem, valorizando

mais do que nunca uma forma prazerosa e produtiva de ensino.

Dentro desse trabalho, buscamos analisar a importância do uso das

tecnologias como uma ferramenta motivadora e essencial para a construção do

saber, mediante o auxilio de professores em especial da disciplina matemática.

Não acreditamos que essa seja a solução imediata a todos os problemas

enfrentados por educandos em salas de aulas, mas sim, uma transformação crucial

para que a matemática passe a ser vista não mais como um bicho de sete cabeças

e sim como uma disciplina essencial para vivermos socialmente e usá-la no nosso

cotidiano.

No primeiro capítulo do trabalho tratamos sobre o tema proposto justificando

sobre a escolha do mesmo. Traçamos metas para que possam ser alcançadas no

capítulo IV comprovando tudo que relatamos no corpo da monografia.

No capítulo II constam estudos e pesquisas bibliográficas embasadas em

opiniões de autores relevantes como Pretto(2008), Moran (2009), Gil(2004),

Santaella(2002) para o ensino no cenário brasileiro. Iniciamos definindo a palavra

tecnologia com um breve histórico no Brasil e no mundo.

Em uma segunda etapa deste capitulo abordamos sobre as tecnologias e

seu papel no âmbito educacional destacando a importância na relação ensino e

aprendizagem. A necessidade do domínio de professores com a tecnologia, inclusão

digital, metodologias de uso, ferramentas tecnológicas e motivação são itens

abordados neste capítulo que visam demonstrar e situar o leitor o momento atual

brasileiro no que remete ao campo tecnológico educacional.

No capítulo seguinte apresentamos a metodologia utilizada, guiados através

de citações de Andrade (1995), Rudio (1996), Galiano(1979), Prestes (2005) dentre

outros, onde buscamos descrever todos os métodos utilizados nos itens: Tipos de

Page 11: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

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pesquisa, o lócus, os sujeitos, instrumentos, observação e questionário buscando

alcançar todos os objetivos traçados inicialmente.

Em seguida apresentamos as análises dos dados realizados durante a

observação e os questionários obtidos mediante após visitarmos o Colégio Estadual

Senhor do Bonfim. Nesta etapa tomamos como embasamento citações de grandes

escritores e educadores como D’Ambrosio (2005), Tahan (1961), Moran (2009),

Freire (1993) e Stelmak e Teruya (2009). O questionário foi aplicado para alunos

onde registramos importantes relatos acerca do uso social e educacional de

recursos tecnológicos. Ilustramos através de gráficos todos os resultados

alcançados.

Por fim temos as Considerações Finais no qual relatamos a conclusão do

trabalho e expomos todos os questionários aplicados para a obtenção das respostas

sobre as perguntas que nortearam este trabalho.

Sendo de profunda importância para a formação do futuro professor, tendo

em vista que o mesmo a todo instante deve estar fazendo o processo de auto

avaliação acerca do seu trabalho frente ao processo de ensino aprendizagem,

processo esse que exige do educador paciência e entrega, pois vivemos em um

mundo de constantes transformações e aqueles que não dominam as novas TICs,

tendem a ficar refém dessa sociedade capitalista que muitas vezes priorizam o ter

em oposição ao ser.

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CAPÍTULO I

1. PROBLEMATIZAÇÃO

Em tempos modernos a nova geração caminha em busca do comodismo,

das melhoras e das facilidades para a realização das atividades, com isso o

aumento dos recursos tecnológicos vê m invadindo nossas vidas em um tempo

assustadoramente curto. Tudo muda rapidamente e temos que buscar nos

adaptarmos ligeiramente a essas mudanças. Com isso a nova geração cresce

incrivelmente “antenada” a esses recursos.

Vários setores “sofrem” com essa mudança repentina, principalmente as

indústrias que são as que mais imergem nesse mundo tecnológico. Antes da

Revolução Industrial acontecida na Inglaterra o processo industrial era todo

realizado artesanalmente. Com a imersão de máquinas houve uma mudança

significativa na Inglaterra, principalmente na produção e na evolução de um

capitalismo comercial para industrial.

Hoje o mundo ainda acompanha essa mudança industrial que vários setores

vivenciam. Vemos cotidianamente exemplos e uma busca para diminuir as

distâncias geográficas. Quem nunca ouviu falar, nas áreas de saúde, em cirurgias

realizadas a distância com a ajuda de robôs? Ou até mesmo nas fotos tiradas de

outros planetas através de robôs programados? Essa tecnologia que invade nossas

vidas deverá também invadir nossas salas de aulas daqui a alguns anos, Tecnologia

de Informação e Comunicação (TIC), Educação à Distância (EAD), lousa digital,

tablets1, computadores, notebook e muitos outros já estão presentes no nosso dia a

dia facilitando nossa vida.

Logo, por que não aproveitá-los em salas de aula tirando proveito dos

recursos que nos oferecem? Será que esses aparelhos só são úteis fora de sala de

aula na hora da preparação de trabalhos, de atividades e do planejamento escolar?

1 É um dispositivo pessoal em formato de prancheta que pode ser usado para acesso à Internet, organização pessoal, visualização de fotos, vídeos, leitura de livros, jornais e revistas e para entretenimento com jogos.

Page 13: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

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A busca de melhorar a relação professor e aluno apresenta uma série de

pesquisas no âmbito educacional e projetos como o Programa Nacional de

Tecnologia Educacional (Proinfo) e a Rede de Informação Tecnológica Latino-

Americana (RITLA), todos eles aplicados principalmente na área de Matemática.

Uma das pesquisas aplicadas pela rede de lojas criadoras de hardwares para

computadores, Dell, refere-se que a mudança não deve ser somente estrutural, mas

uma mudança na postura do professor em sala de aula.

Vale salientar que quando tratamos de tecnologia a maioria das pessoas só

conseguem enxergar como ferramentas tecnológicas, nas áreas educacionais, as

que podem ser tangíveis, tocadas, como computador, televisão, etc. Buscamos

demonstrar o outro lado da tecnologia e a necessidade de qualificação de quem com

ela trabalha:

A presença de tecnologias mais simples, como os livros impressos, ou de outras mais avançadas, como os computadores em rede, produzindo novas realidades, exige o estabelecimento de novas conexões que as situem diante dos complexos problemas enfrentados pela educação, sob o risco de que os investimentos não se traduzam em alterações significativas das questões estruturais da educação (PRETTO; 2008, p. 81).

Vale salientar que a educação dar-se através de comunicação, transmissão

do educador para o aluno, sendo que atualmente com a ajuda da tecnologia, podem

ser feitas de várias formas e com várias ferramentas, das quais encontram-se

espalhados pela internet que são dentre elas sites de chat, vídeos, redes sociais,

fóruns e muitos outros que podem servir de auxílio e de apoio para professores. É

assim que funciona essa cibercultura:

as universidades e, cada vez mais, as escolas primárias e secundárias estão oferecendo aos estudantes a possibilidade de navegar no oceano de informação e de conhecimento acessível pela Internet. Há programas educativos que podem ser seguidos à distância no world wid web. Os correios e conferências eletrônicas servem para o tutoring inteligente1 e são colocados a serviço de dispositivos de aprendizagem cooperativa. (LÉVY; 1999, p. 170).

Dessa maneira já que a imersão tecnológica em nossas vidas é tão intensa,

essas ferramentas deveriam ser utilizadas por professores em salas de aula para o

melhor aproveitamento da relação ensino e aprendizagem, um melhor

desenvolvimento educacional. Então, existe uma necessidade natural de utilizá-los,

já que nossa sociedade passa por transformações e inclusões principalmente de

recursos tecnológicos. Nossos estudantes convivem com contato direto à

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computadores e celulares conectados a internet. Nascemos totalmente dependentes

dessas ferramentas. Porém, a tecnologia deve ser inserida como auxílio para que

com a mediação de professores sejam aplicados a diversificados métodos de

ensino.

Um desses métodos é a modelagem matemática que é definida como “a

aplicação de matemática em outras áreas do conhecimento” (BARBOSA; 2004,

p.73). Portanto devemos trazer o universo do aluno para sala de aula, que ele sinta-

se em “casa” enquanto estiver a estudar, sinta-se atraído, envolvido com a

matemática.

Ao utilizar estes métodos tornamos a abstração quase que inexistente diante

das possibilidades que os computadores oferecem. Geometria, funções gráficas,

conjuntos, trigonometria e muitos outros conteúdos, não só matemáticos, podem ser

relacionados e trabalhados através de recursos visuais o que torna o computador

uma ferramenta única na mão do professor, levando ao aluno o futebol, o basquete,

a agricultura e todo o mundo que lhe atrai para sala de aula.

Dessa forma a presente monografia parte do interesse em entender e

conscientizar como professores da disciplina matemática, mesmo com o advento da

tecnologia em todos os setores profissionais, não buscam inserir ferramentas

tecnológicas no meio escolar?

Diante do que foi exposto, temos como objetivos:

Mostrar a professores a necessidade do uso de novas tecnologias que

são muito atrativas e usadas no mundo moderno.

Compreender como o uso das tecnologias aplicadas à prática

pedagógica podem agir como um fator motivacional para uma

participação mais ativa de alunos no processo de aprendizagem.

Motivação, metodologia e relação professor/aluno dentro e fora de sala de

aula são fatores essenciais em qualquer processo ensino/aprendizagem. Diante

disso analisaremos todas as situações encontradas no Colégio Estadual de Senhor

do Bonfim desde metodologias aplicadas pelos professores a toda a estrutura física

e de recursos tecnológicos que é disponibilizado para o mesmo.

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CAPÍTULO II

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo tentaremos descrever um pouco da história da tecnologia no

Brasil e o andamento da inclusão digital na sociedade. Como está sendo realizada

essa mudança tecnológica, por quem está sendo realizada e como os governos

federais, estaduais e municipais se envolvem e ajudam nessa aproximação do

estudante com a tecnologia, trazendo uma série de novas consequências à

educação.

2.1 Tecnologia

O Dicionário da Língua Portuguesa, define a palavra tecnologia como “um

conjunto de conhecimentos, especialmente princípios científicos, que se aplicam a

um determinado ramo de atividade” (HOLANDA; 1986). Assim, podemos definir a

tecnologia como sendo uma facilitação de mecanismos em benefícios próprios,

sejam mecanismos de comunicação, locomoção ou até mesmo para tornar a vida

mais agradável. Para Kenski (2008, p.15), “as tecnologias são tão antigas quanto à

espécie humana. Na verdade, foi à engenhosidade humana, em todos os tempos,

que deu origem às mais diferenciadas tecnologias”.

De uma lança utilizada pelos primatas, no período pré-histórico, como

ferramenta de caça, até o mais moderno dos computadores servindo para infinitas

funções cotidianas como calcular, comunicar-se, digitar, estudar, educar, etc.

observou-se o quão útil é a tecnologia e como invadiu a vida social modificando o

homem no decorrer da história, na sua forma de pensar, agir e cada vez mais na

forma de educar.

Atualmente a tecnologia encontra-se em diversos ramos de atividades, seja

em um escritório, em uma indústria e cada vez mais nos setores educacionais.

Impossível não nos atermos a meios tecnológicos, principalmente quando falamos

Page 16: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

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em comunicação. Telefone, internet, celulares, televisores, etc, todos eles

revolucionaram suas épocas diante da evolução de um mundo globalizado.

Foi durante a década de 1970 que o mundo encontrou-se em uma das

maiores revoluções da humanidade: a produção do primeiro computador nos

modelos que conhecemos hoje. Tornou-se indiscutível as utilidades das máquinas

computacionais em nossas vidas, quase para todas as atividades diárias.

Rapidamente mudou-se todas as relações humanas, deixamos de lado as distâncias

geográficas e imergimos em um mundo totalmente novo. Transformou a forma de

agirmos, de atuarmos, de comunicarmos com o mundo como cita no seguinte

trecho:

Propiciada, entre outros fatores, pelas mídias digitais, a revolução tecnológica que estamos atravessando é psíquica, cultural e socialmente muito mais importante do que foi a invenção do alfabeto, do que foi também a revolução provocada pela invenção de Gutemberg. É ainda mais profunda do que foi a explosão da cultura de massas, com os seus meios técnicos mecânico-eletrônicos de produção e transmissão de mensagens. Muitos especialistas em cibercultura não têm cessado de alertar para o fato de que a revolução teleinformática, também chamada de revolução digital é tão vasta a ponto de atingir proporções antropológicas importantes, chegando a compará-la com a revolução neolítica. (SANTAELLA 2002, p. 389).

Vemos assim como a tecnologia invadiu e tornou-se centro de muitas ações

que transformam o mundo. Nessa amplitude em que encontra-se e todo o seu

contexto globalizado surge assim a cultura digital definida por durante seu período

diante do Ministério da Educação em visita a Universidade do Estado de São Paulo,

registrado no site Cultura Digital como sendo:

(...) um conceito novo. Parte da idéia de que a revolução das tecnologias digitais é, em essência, cultural. O que está implicado aqui é que o uso de tecnologia digital muda os comportamentos. O uso pleno da Internet e do software livre cria fantásticas possibilidades de democratizar os acessos à informação e ao conhecimento, maximizar os potenciais dos bens e serviços culturais, amplificar os valores que formam o nosso repertório comum e, portanto, a nossa cultura, e potencializar também a produção cultural, criando inclusive novas formas de arte. GIL (2004)

É desta forma que conseguimos interações, quebramos e vivemos

quebrando paradigmas impostos pela sociedade. Vemos então na interligação de

computadores, quando conectado a redes, toda essa mistura de culturas e

conhecimentos que podem nos oferecer. Assim o cenário escolar torna-se mais

heterogêneo, cheio de culturas que invadem nossas escolas, mesmo que de certa

forma sem essas tecnologias estarem presente nela.

Page 17: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

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2.1.1 Tecnologia nas escolas

Quando falamos em tecnologia pensamos nos mais modernos

computadores, redes sociais na internet, celulares com conexão 3G dentre outros

aparelhos presentes no cotidiano. Porém não podemos restringir somente a área da

informática, temos como tecnologia a televisão, aparelhos de som, rádio e até

mesmo o cinema pode ser utilizado como um meio de propagação da educação.

Para esses instrumentos damos o nome de Tecnologia da Informação e

Comunicação (TICs), ferramentas tecnológicas utilizadas como facilitador de

interação e comunicação entre pessoas.

A tecnologia educacional utiliza-se de aparelhos, informatizados ou não,

para facilitar o ensino e aprendizagem, como exemplo temos o quadro-negro, o giz

que até hoje estão presentes em sala de aula e o livro didático que mesmo com a

era da internet perpetua com absolutismo. Dessa forma a tecnologia será adaptada

para um apoio educacional acadêmico, será útil no ensino de várias áreas de estudo

como matemática, português, geografia, história, química, física, etc., mas para isso

precisamos de planejamento educacional, um conhecimento adequado para

professores e alunos adequarem-se às novas técnicas de ensino.

Essa adaptação das escolas ao ramo tecnológico dar-se-á por meio de

projetos governamentais, federais ou estaduais, que implantam aparelhos como TV

pen drive, leitores de DVD, aparelhos de som, computadores, notebook, data show,

etc. Um desses programas do governo federal é o ProInfo que leva as escolas esses

recursos e com auxílio dos estados, distritos e municípios oferece estrutura e

capacitação profissional.

Para BRASIL (2007) o Proinfo foi inicialmente um projeto do governo criado

em 1997 denominado Programa Nacional de Informática na Educação com a

finalidade da promoção do uso da Telemática como ferramenta educacional no

ensino público fundamental e médio. O Proinfo também conta com Núcleos de

Tecnologia Educacional (NTE), que são laboratórios dotados de infra-estrutura

repleta de computadores. Em 2007 o Proinfo passou a se chamar Programa

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17

Nacional de Tecnologia Educacional visando distribuir em todas as escolas do setor

público equipamentos tecnológicos e recursos multimídias para professores de todo

o país segundo dados do site da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura do

Rio Grande do Norte2.

Porém essa imersão das escolas no âmbito tecnológico é projetada por

técnicos nas áreas de informática.

Os projetos para o uso da tecnologia na educação envolvem técnicos e especialista de áreas relacionados com a tecnologia, mas não envolvem os profissionais diretamente envolvidos com a educação – os professores de sala de aula. (PRETTO 2000, p.5)

Percebemos que esse possa ser o grande problema que acarretou o não

uso desses meios tecnológicos. A falta da experiência sentida na sala de aula pelo

professor em atividade tenha gerado esse transtorno educacional. Pulamos uma

etapa essencial, saber do que realmente o professor precisa, partindo de

experiências vividas, experiências essas que poderiam servir de auxílio na escolha

das ferramentas.

Segundo Moran, Masetto e Behrens (2009, p. 8) “Como em outras épocas,

há uma expectativa de que as novas tecnologias nos trarão soluções rápidas para

mudar a educação.”. Sem dúvida a tecnologia veio para uma mudança educacional,

ligada diretamente entre uma relação mais intensa entre professor e aluno. O

cenário escolar transformou-se diante dessa mudança, ela não é somente mais um

centro de conhecimentos científicos, passou a ser um transmissor de valores sociais,

comportamentais. A escola tem hoje uma função de formar cidadãos pensantes e

críticos preparando seus estudantes para situações que encontrarão diante da

sociedade vigente.

Segundo dados do site Educar para Crescer3, da editora Abril, o projeto foi

desenvolvido por especialistas da USP que deram treinamento adequado para que

os professores se familiarizassem com as novas ferramentas tecnológicas. Portanto

essa busca por aprimorar professores, no que se torna relevante ao manuseio das

tecnologias acessíveis hoje para os alunos, é a busca mais sensata para darmos

início a essa revolução tecnológica em sala de aula e o melhoramento do nosso

2 http://www.educacao.rn.gov.br/contentproducao/aplicacao/seec/programas/gerados/historico_proinfo3 http://educarparacrescer.abril.com.br/blog/boletim-educacao/2011/07/08/tecnologia-usar-ou-nao-usar-2/

Page 19: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

18

ensino. O rendimento dos alunos em matemática que participaram do projeto

melhorou em 20% de acordo com a UNESCO, uma melhora significativa diante da

situação em que nossas escolas encontram-se.

2.2 Relação ensino-aprendizagem e tecnologia

No sistema de ensino brasileiro, em especial até a década de 70, a relação

entre professor e aluno dava-se com bases em conhecimentos entendidos como

técnicos: havia uma série de conteúdos, os quais o professor, com o seu

conhecimento e formação técnica, esforçava-se a fazer com que seus alunos, de

forma, passiva, assimilassem tais conteúdos. Não se prestigiava nem tão pouco se

estimulava a reflexão crítica.

Com a expansão das ideias de Piaget, Inhelder (1968) e Vigotski (1987),

precursores do construtivismo – corrente de pensamento que acredita na interação

entre o homem e o meio, de forma contínua, na qual a cognição encontra-se em

processo inacabado, sempre a se construir – a ideia de passividade dá lugar ao

pensamento crítico. Para tanto, nasce à necessidade de entender a relação

professor/aluno por outro ângulo: o professor passa a desempenhar um papel de

facilitador, mediador, incentivador da aprendizagem, fazendo com que os alunos ao

se defrontarem com seus desafios e objetivos, adquira e desenvolva a consciência

de que é um agente transformador do seu tempo.

Não se trata mais de um conhecimento pré-fabricado e pronto para uso.

Trata-se agora de um processo de construção do conhecimento, que permite o

surgimento e aprimoramento de competências para que os alunos enfrentem os

problemas do seu dia-a-dia.

Ausubel (1980) traz relevante contribuição no tocante à aprendizagem, ao

distinguir dois tipos de fenômenos cognitivos: a aprendizagem mecânica e a

aprendizagem significativa. Aquela se dá “a partir da absorção literal e não

substantiva do novo material” (TAVARES, 2004, p.56). Esta se dá a partir da

aprendizagem de significados, em que o aprendiz recepciona o novo conhecimento

aos seus já existentes, para, a partir disso, agir, conscientemente, com a

combinação do conhecimento prévio com o novo conteúdo significativo.

Page 20: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

19

Dessa maneira com o advento da tecnologia, as práticas pedagógicas

precisam adequar-se a esta nova realidade. Se antes, a relação aluno/professor

dava-se apenas e unicamente de forma presencial, com a cultura digital, cria-se

outra forma de mediação: a partir do uso da tecnologia informatizada o professor

trabalha na perspectiva de ofertar grande número de material que faça com que o

aluno, à sua maneira, apreenda e reflita sobre o conhecimento oferecido,

relacionando-o com sua realidade social. Assim, a tecnologia pode estar a serviço

da mediação pedagógica.

As imagens, os textos, os sons, bem como os softwares, são ferramentas

excelentes para estimular a aprendizagem. Mas não são por si só capazes disso. O

essencial é ter o professor para transformar o tecnológico em conhecimento

educativo. Por isso, é indispensável investir na formação do professor, para que as

novas tecnologias da informação e comunicação sejam mais desenvolvidas, a partir

de uma mediação pedagógica consciente, responsável, e comprometida com a

sociedade.

2.3 Professor e tecnologia

O avanço tecnológico foi intenso e cresceu como uma bola de neve no início

do século XX com invenções de aparelhos dos quais até hoje fazem parte do nosso

cotidiano como televisão, telefone, aparelhos de som, etc. O professor por sua vez

parou diante desse avanço e não acompanhou o crescimento tecnológico. Segundo

Moran:

Tanto professores como alunos temos a clara sensação de que em muitas aulas convencionais perdemos muito tempo. Podemos modificar a forma de ensinar e de aprender. Um ensinar mais compartilhado. Orientado, coordenado pelo professor, mas com profunda participação dos alunos, individual e grupalmente, onde as tecnologias nos ajudarão muito, principalmente as telemáticas. (MORAN; 2009, p.11).

Essa falta de interação entre professor e aluno demonstra o quanto nossa

formação docente torna-se ultrapassada, onde o professor comunica-se em uma

língua que o aluno não assemelha.

Page 21: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

20

A inadequação do professor com as novas tecnologias tornou o ambiente

escolar exaustivo e pouco atrativo para os estudantes. Trazer novamente essa

atração pela escola não é uma tarefa fácil, imergir no mundo tecnológico precisa de

um conhecimento prévio que facilite a criatividade e manuseio dessas tecnologias. A

tecnologia deve ser uma ferramenta de auxílio, um “tradutor” da língua falada pelo

professor e a escutada pelo aluno.

Não abdiquemos totalmente dos velhos métodos de ensino como escrever,

ler livros, realizar exercícios, etc. A educação deve estar voltada diretamente na

aprendizagem do aluno e essa aprendizagem esta ligada à metodologia que mais se

adapta a realidade do mesmo:

Só pessoas livres - ou em processo de libertação - podem educar para a liberdade, podem educar livremente. Só pessoas livres merecem o diploma de educadoras. Necessitamos de muitas pessoas livres na educação que modifiquem as estruturas arcaicas, autoritárias do ensino. (MORAN; 2009, p.63)

Uma adaptação é essencial para que continuemos a educar, o professor

deve se socializar com os alunos, comunicar e entender para que as aulas tornem-

se mais produtivas, estarem sempre abertos as mudanças buscando através de

pesquisa e estudos adquirir novos conhecimentos para assim inovar suas práticas.

A utilização das TIC por professores é extremamente necessária para

proporcionar o desenvolvimento de habilidades que possibilitará uma melhoria da

qualidade do ensino. É bom salientar que as questões tecnológicas devem estar a

serviço do pedagogo, e não o contrário, pois o professor é agente necessário à

aprendizagem. É o que nos alerta Demo, ao dizer que:

software educativo não existe - o “educativo” do software não está no aparato tecnológico, mas na habilidade humana ambiental. Enquanto o aparato tecnológico pode favorecer, empurrar, instigar, provocar, não consegue “educar” propriamente, porque esta habilidade exige a conexão semântica, muito além da sintática, ou dos códigos binários. (...) A peça mais essencial da aprendizagem ainda é o professor - sem ele temos tecnologia, mas não educação (DEMO; 2005 p.1).

Há uma grande necessidade de intervenção no que se refere à formação de

professores quanto à utilização das TIC’s como materiais didático-pedagógicos para

que não ocorra uma reprodução dos modelos tradicionais de ensino ao proporem

atividades com o uso desses materiais em sala de aula. Diante dessa observação, a

prática pedagógica deve contemplar um conjunto de experiências a partir de um

Page 22: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

21

processo dinâmico de interações e trocas entre meios e sujeitos para proporcionar

uma aprendizagem colaborativa.

Para Valente (2005), a formação do professor deve possibilitar a construção

de conhecimento sobre aspectos computacionais, a compreensão de perspectivas

educacionais subjacentes às diferentes aplicações do computador e o entendimento

para integrá-lo na sua prática pedagógica.

O professor desempenha papel importante na observação de necessidades

e particularidades dos alunos, o que inclui sua cultura e realidade para poder intervir.

Diante disso é que a tecnologia digital é acolhida na prática pedagógica para apoiar

e enriquecer o processo educativo, desde que usem de forma adequada, ou seja,

contextualizar o uso das tecnologias digitais para incorrer sobre a aprendizagem dos

alunos, atuando diretamente no processo de inclusão digital.

2.4 Inclusão digital

Muito se fala sobre a inclusão digital para que todos tenham acesso a

desenvolvimento tecnológico, porem muitos professores das escolas públicas não

querem se inserir nesse contexto social, justificando muitas vezes na falta de tempo,

nas péssimas condições de trabalho em que encontram-se na falta de recursos e até

mesmo na baixa renda em que os alunos encontram-se, não possuindo assim,

acesso a esses recursos tecnológicos. Sendo assim praticam a exclusão digital sem

perceber, alegando que muitos desses alunos não têm acesso a tecnologia

computacional.

Entramos assim em um âmbito de grandes conflitos entre educação e

tecnologia: Exclusão de uns e resistência de outros. Não seria esse um dos entraves

para que educação e tecnologia tragam resultados vantajosos para os tempos

atuais? A educação na visão tecnológica carece de um novo professor que saiba

manusear, usar as novas ferramentas, isso por que a nova geração de estudantes

cresceu lidando com a tecnologia, uma nova geração que veio para transformar a

educação.

A inclusão de novas tecnologias em salas de aulas tem que ser de uma

forma que os alunos entendam que não é somente copiar e colar e sim fazer uma

Page 23: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

22

leitura do texto do qual irá ser trabalhado. O professor como formador de opiniões

deve romper essa barreira de ignorância digital para que assim o interesse pelas

aulas traga mais alunos e que esses permaneçam nas salas de aulas diminuindo a

grande evasão escolar que tem acontecido em nosso país.

Assim como as grandes revoluções (a exemplo, a Revolução Industrial), esta

revolução tecnológica, como não poderia deixar de ser, por ser historicamente

delimitada, está condicionada a processos socioeconômicos já constituídos ou vias

de constituição. Fato que se torna bem nítido se observarmos o grau de

acessibilidade à cultura digital: os mais afortunados terão maior acesso, ao passo

que os menos favorecidos, ou terão em nível bem menor, ou, pior ainda, não terão

acesso algum.

Ter acesso à cultura digital é estar incluído digitalmente, fenômeno também

chamado de “infolinclusão, infouso, acesso universal, inclusão, alfabetização digital”

(WAISELFISZ, 2007, p.7). Ainda, de acordo com o programa RITLA, as diferenças

que norteiam o acesso à cultura digital evidenciam fenômenos sociais de inclusão e

exclusão de indivíduos ou grupos de indivíduos, uma vez que as diferenças

individuais podem transformar-se em desigualdades sociais, bastando para tal que

sejam:

“associadas a mecanismos e privilégios no acesso aos recursos, serviços, benefícios ou honrarias que a sociedade oferece a seus membros. Noutras palavras, quando alguns papéis ou posições sociais possibilitaram a quem as exerce se apropriar de uma parcela maior de recursos ou benefícios sociais em relação aos demais indivíduos” (WAISELFISZ; 2007, p.9).

No Brasil, segundo dados do site do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística4 (IBGE), dos 58,6 milhões de domicílios investigados em 2009, mais de

30% tinha microcomputador sendo 16,0 milhões destes com acesso a internet. A

região Nordeste por sua vez apresentou uma porcentagem de 14,4%, uma das mais

baixas das regiões investigadas. Este é um número favorável e que cada vez mais

tende a crescer. Os jovens estão a cada dia mais conectados com a internet e

buscando cada vez mais esse tipo de entretenimento. Ainda segundo o IBGE, o

número de pessoas acima de 10 anos de idades que declararam ter utilizado a

internet no ano de 2009 cresceu 21,5% em relação ao ano de 2008. Observamos

4 www.ibge.gov.br/

Page 24: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

23

como a nova geração cresce utilizando novos meios de comunicação, totalmente

“antenado” nessa nova tecnologia que se torna cada vez mais acessível a todas as

classes sociais e culturais.

As regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, em regra, apresentam

melhores índices, e, em sentido contrário, ficam as regiões Norte e Nordeste. Isso

torna claro o fato de que fatores sócio-econômicos, se não decidem, ao menos

interferem diretamente na questão do acesso ao mundo digital.

O Governo Federal, bem como os governos locais, estão implantando

formas e mecanismos que permitam a inclusão digital e, como os estudantes são,

em geral, o público-alvo por excelência, pois estão em contínuo processo de

formação, vale à pena repensar ações que também preocupem-se com os

professores. Pois, não é construtivo intensificar ações de inclusão digital para os

estudantes, se os facilitadores, que são os professores e pedagogos, encontram-se

também em processo de exclusão.

Portanto os cursos de formação de professores não devem se resumir

apenas à instrumentalização, mas sim, e, fundamentalmente, na formação de um

pensamento humanista comprometido com o espírito investigativo, rompendo com

modelos educacionais já ultrapassados, e construindo um modelo pautado na

aprendizagem significativa, trabalhando com interdisciplinaridade e

transdisciplinaridade, em que os assuntos ganham significados para permitir que o

aluno transforme sua realidade, ou seja, adquira a consciência de que é um agente

histórico.

É necessário investir na formação do professor, possibilitando desenvolver

sua capacidade crítica, reflexiva e criativa. Para que isso ocorra, é fundamental

vivenciar e compreender as implicações educacionais incluídas nas diversas formas

de utilizar o computador, onde propicie um ambiente de aprendizagem criativo e

reflexivo para o aluno.

Para Delizoicov (2002), um dos grandes desafios para o ensino de ciências,

o que inclui a matemática, acena para a necessidade de mudanças, às vezes

bruscas, na atuação do professor dessa área, nos diversos níveis de ensino. Diante

Page 25: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

24

disso, percebe-se que é extremamente necessária a importância da tecnologia, pois

é fundamental ter como pressuposto a meta de uma matemática para todos.

Para contribuir com esta ideia, e potencializar as competências, as TIC

trazem um novo direcionamento: os alunos e os professores tornam-se capazes de

recorrer a inúmeras fontes de pesquisa, além de compartilhar deste material e de

outros que por ventura façam-se necessários, com a utilização de uma rede de

computador.

Os aparatos tecnológicos vieram para modificar os métodos do professor em

sala de aula, uma melhora na metodologia e na interação delas com o aluno. Atrair a

atenção deles tornou-se essencial, nossa educação necessita dessa modificação

metodológica. Aprendemos na formação docente muito sobre metodologias e

modelagens matemáticas, hoje com os avanços tecnológicos temos as ferramentas

em mãos que podem unir essas duas formas de ensino aliando-as com a tecnologia.

Com a utilização de software podemos criar ambientes virtualizados e

imergir os alunos nesses ambientes com interação máxima e a utilização da

matemática diária, a matemática vivenciada por eles toda na tela de um computador.

Não adiantaria somente enchermos as escolas de aparatos tecnológicos como

computadores, tablets, internet sem fios e continuarmos com a metodologia de

quando não tínhamos essas ferramentas.

2.5 Metodologia Educacional

O uso da tecnologia sem que haja uma inovação na metodologia das

práticas pedagógica dificilmente oferecerá avanços na educação. Porém o que falta

para sabermos usar de forma adequada a tecnologia na prática pedagógica?

Mediante a todos os dramas vivenciados pelos professores, como baixo

salário, péssima condição de trabalho, relação com aluno e baixa capacitação, entre

outros, surge mais um: o de ensinar mediante a um mundo globalizado e com o

avanço tecnológico assombroso. Dentro deste assombroso avanço, entra o papel do

professor, como intermediador entre o conhecimento e a sociedade.

Page 26: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

25

Ou professor se adéqua a novos momentos ou estará defasado para o novo

mercado de trabalho. Tecnologia na educação não é mais uma novidade. Está se

tornou a realidade das escolas brasileiras e principalmente do dia-a-dia dos jovens

estudantes. Mas de nada adiantará se o educador não é preparado para utilizá-las

de forma conveniente, é preciso que se invista na formação e capacitação desses

profissionais. Sem isso, introduzir novas tecnologias é inútil.

Os desafios da sociedade no mundo contemporâneo em que a cultura do

“ciberespaço” está cada vez mais sendo difundida, onde a internet está presente no

dia-a-dia de um número cada vez maior de pessoas, nesse contexto a mediação

pedagógica prejudica-se se os professores não pertencerem à cultura digital. Diante

dessa situação acontecem eventos e congressos para que sejam suscitadas

questões pertinentes às competências dos profissionais, em especial, as

dificuldades de se levar à sala de aula ferramentas tecnológica.

O uso das TICs e seus impactos na educação vêm crescendo

demasiadamente e a busca de novos modelos pedagógicos acompanham essa

evolução tecnológica. Os ambientes e objetos de aprendizagem surgem como

instrumentos para essa nova modalidade de ensino-aprendizagem, pois facilita a

disponibilidade e acessibilidade da informação no “ciberespaço”, possibilitando ao

aprendiz não somente dominá-los, mas, sobretudo, desenvolver uma postura crítica

em relação a eles.

Os objetos virtuais de aprendizagem surgem também para desenvolver essa

modalidade educacional, tendo como uma das principais características a

reusabilidade. Esses objetos e ambientes de aprendizagem surgem com o papel de

facilitar e promover uma troca eficaz de conhecimentos, como também de serem

instrumentos para uma nova forma de ensinar, trazendo consigo uma promessa de

melhoria para situações de aprendizagem.

Por esta razão, é fundamental uma reflexão sobre o papel do professor no

processo de aprendizagem ante a cultura digital. Para tanto, necessita-se que este

profissional esteja inserido no mundo da cultura digital, para ser um mediador entre

os alunos e o conhecimento digital como um todo.

Page 27: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

26

2.6 Ferramentas tecnológicas

Um dos grandes impasses que impedem o professor de dar o ponta pé

inicial para inserir as tecnologias em seus métodos de trabalhos é a “reformulação”

do planejamento escolar. Essa adaptação requer um estudo mais aprofundado e

que força ao professor sair de um comodismo de anos, muitos professores

acomodaram-se e ficaram com sua formação docente, metodológica, defasada.

Muitos se sentem acanhados diante da situação, como começar? Quais ferramentas

tecnológicas usar? Não bastamos usar as ferramentas para produzir trabalhos,

exercícios e materiais, mas sim para uma mediação educacional, uma ligação entre

aluno e professor.

Para o ensino da matemática os computadores nos proporcionaram mundos

totalmente novos, levantando novas idéias. Tornou os conteúdos mais acessíveis

dando a possibilidade de escolhas pedagógicas que nunca tivemos antes. A

tecnologia pode nos oferecer uma interação virtual inacréditável, porém esse valor

só depende de como ele é usado. Objetos manipuláveis ou não, computadores,

softwares, televisores, tablet, dentre outros, aumentam a variedade de problemas

para alunos pensarem e resolverem.

Mas quais ferramentas tecnologicas podemos usar para melhorar a relação

pedagógica entre aluno e professor? Observamos em muitos lugares e que em

grandes partes delas o grande empecilio não é o uso da tecnologia, mas sim como

usa-la. Devemos abdicar mais de hardwares, gadgets e buscar mais as tecnologias

que nos oferece uma comunicação mais efetiva e uma interação maior.

As tecnologias estão cada vez mais acessíveis, dificilmente andamos pelas

ruas e não nos deparamos com uma lan house ou um jovem conectado em seu

celular via internet, cabe a nós, educadores, demonstramos e reeducarmos essa

atual geração para um uso de forma responsável e inteligente dessa tecnologia que

se desenvolve em nossas mãos.

Fóruns de debates via internet, tornam-se cada vez mais frequentes,

possibilitando uma troca de informações e compartilhamento de forma interativa,

prazeroza e revolucionária. Estes fóruns nos proporcionam uma comunicação com o

Page 28: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

27

aluno sem que o mesmo esteja em sala de aula. É uma forma de comunicação que

não é somente para relações professor/aluno mas tambem entre os alunos. Grupos

de estudos via internet crescem e invadem diariamente as redes. Podemos

encontrar hoje, cursos de línguas, manutenções de computadores e até resoluções

matemáticas para concurso.

Uma das grandes ferramentas presentes na internet, mas com pouco uso

por professores é o YouTube, site de vídeos onde há uma enorme gama de

conteúdos por ser um site público no qual qualquer um pode postar vídeos. Oferece

aos professores uma biblioteca de vídeos que podem ser usados para um reforço da

aula, uma revisão ou até mesmo para ensino de resoluções de questões. O site

possui ainda diversos canais específicos na área de matemática com diversas

palestras, dicas que são úteis para todos os níveis de educação o que nos mostra

que os vídeos são uma forte ferramenta de apoio para o professor.

Calculadoras, software de computador e outras tecnologias podem ajudar a

recolher registos, organizar e analisar dados, fornecer desenhos, precisos e com

dinâmica, criar gráficos entre outros recursos computacionais. Com tais dispositivos,

os alunos podem ampliar o alcance e a qualidade de suas investigações

matemáticas encontrando idéias matemáticas em ambientes mais realistas.

No contexto educacional, um programa de uso pedagógico para o ensino da

matemática, bem articulada, aumenta tanto no âmbito do conteúdo, parte teórica,

quanto matematicamente a gama de situações-problema que os estudantes podem

alcançar, parte exercitada. Ferramentas poderosas para a construção de

representações visuais oferecem acesso aos alunos conteúdos e contextos

matemáticos que poderiam ser muito complexo para eles explorarem.

Usando as ferramentas da tecnologia para trabalhar em sala de aula

expomos problemas interessantes que podem facilitar a relação dos alunos sobre

uma variedade de habilidades de aprendizagem, tais como reflexão, raciocínio,

problematização, resolução de problemas e tomada de decisão. Diante dessa

situação os professores devem estar preparados para servirem como mediadores de

informações determinando como e quando os alunos devem utilizar a tecnologia de

forma eficaz, prazerosa e produtiva.

Page 29: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

28

CAPÍTULO III

3. METODOLOGIA

A Pesquisa é um elemento indispensável no processo de ensino

aprendizagem no meio acadêmico, dessa maneira Andrade (1995; p103) define

metodologia como sendo “o conjunto de métodos ou caminhos que são percorridos

na busca do conhecimento”, assim tentamos transcrever tudo que foi realizado na

busca incessante para comprovar todos os objetivos que foram redigidos e

fundamentados no trabalho de conclusão. Entretanto buscamos também frisar quais

os tipos de pesquisas utilizados durante a realização do trabalho.

Nos mais diferenciados conceitos de metodologia a definição de Prestes

(2005, p.29) descreve da seguinte forma “é um conjunto de etapas, ordenadamente

dispostos, a serem vencidas na investigação para alcançar determinado fim”, vemos

a sistematização transcrita em suas palavras.

A ordenação das etapas é essencial para a obtenção do sucesso, porém

Rudio (1986, p.14) busca a criatividade. Ele afirma que a metodologia requer

adaptações e questionamentos durante o desenvolvimento que nem sempre

estavam planejados “O trabalho de pesquisa não é de natureza mecânica, mas

requer imaginação criadora e iniciativa individual”, dessa forma é necessário

ressaltar que os resultados não se tornam importantes mediante esta etapa, aqui o

importante será como foi realizado o trabalho e todo o seu desenvolvimento.

3.1 Tipo de pesquisa

Torna-se irrelevante tratar sobre a pesquisa bibliográfica já que todo trabalho

de conclusão nos remete a esse tipo de pesquisa. Historicamente quando tratamos

de pesquisa sempre, em todos os conceitos, buscamos a racionalidade e deixamos

o ceticismo de lado. Gil (1987 p.19) define a pesquisa como sendo um

“procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas

aos problemas que são propostos.” a predominação do racional é realizado através

de elementos científicos e sistematizado.

Page 30: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

29

Ao longo do trabalho de conclusão optamos pela pesquisa qualitativa que

nos deu a opção de uma menor quantidade de amostras, produzindo informações

apenas sobre o caso particular estudado e a possibilidade de coletar dados através

de entrevistas e discussões em grupo. Beuren (2009, p.92) diz que pesquisa

qualitativa “... é adequada para conhecer um fenômeno social.”

É realmente esse é nosso intuito, conhecer como está o andamento da

escola com o desenvolvimento tecnológico e qual o contato de nossos alunos com

essas ferramentas. A pesquisa qualitativa faz análise de informações através de

questionários e entrevistas, procuramos descobrir os significados da tecnologia para

os sujeitos da pesquisa (alunos), como eles interpretam as situações e quais as

suas perspectivas sobre as questões.

3.2 Espaço da pesquisa

A pesquisa de campo foi realizada no Colégio Estadual Senhor do Bonfim

(CESB) situado na Praça Nova do Congresso. Fundado em 30 de abril de 1970, o

CESB é uma das escolas com maior destaque em educação na região, tendo

formação no ensino fundamental, médio e nível técnico. Possui 25 salas de aulas e

1 sala de informática.

Em cada sala de aula possui 40 alunos matriculados, sendo que ao chegar a

meados do mês de agosto esse número cai em 50% a 60%. Todas as salas têm TV

Pendrive e a lousa, que é um instrumento básico para o professor. Porém esses

recursos podem ser ampliados, pois a escola disponibiliza ainda outros recursos que

não são deixados em salas de aula como o Data show, retroprojetor, micro system e

aparelho de DVD.

Na sala de informática os recursos disponíveis são maior quantidade. A sala

é equipada com 20 computadores, 10 deles adquiridos recentemente, TV, TV

Pendrive, aparelho de DVD, aparelho de som e pode-se também utilizar o Data

show, caso o professor necessite.

Page 31: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

30

3.3 Sujeitos da pesquisa

A escolha dos sujeitos da pesquisa é um trabalho que exige calma e

atenção, sendo que o capitulo das analises e discussão dos dados necessitam de

informações e respostas convincentes afim de que o trabalho alcance um resultado

satisfatório.

Para a escolha do número de alunos nos baseamos na definição da

pesquisa qualitativa colhendo somente alguns alunos para a realização das

amostras e que segundo Gil (1994, p. 53) ‘... como o pesquisador apresenta maior

nível de participação, torna-se maior a probabilidade de os sujeitos oferecerem

respostas mais confiáveis.”

Decidimos então escolher alunos os quais pudessem ajudar no trabalho com

respostas mais claras e precisas e com maior participação na entrevista contribuindo

assim diretamente com a pesquisa. Essa escolha foi feita com a ajuda da professora

que ajudou a selecionar os alunos mais participativos e com maior dedicação em

sala de aula.

Os sujeitos da pesquisa foram alunos do 2º ano do Ensino Médio do turno

matutino, do Colégio Estadual Senhor do Bonfim localizado na Praça Nova do

Congresso da cidade de Senhor do Bonfim. A turma continha 22 alunos com uma

faixa etária entre 16 e 20 anos. Grande parte deles são moradores da sede e da

zona rural de Senhor do Bonfim.

3.4 Instrumentos da pesquisa

Definido por Rudio (1986) como sendo “o que é utilizado para coleta de

dados” faremos a descrição de quais instrumentos de pesquisa utilizamos em nossa

metodologia. Pela definição percebemos que esses instrumentos são os recursos

utilizados para a obtenção das informações, para a realização do trabalho científico.

Assim sendo, toda a análise foi coletada através de observação e questionários por

serem segundo Gil (2008, p.42) “técnicas padronizadas de coleta de dados”, ou seja,

técnicas comumente aplicadas sendo facilitadora para obtenção de uma

amostragem superficial da pesquisa.

Page 32: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

31

3.4.1 Observação

A princípio realizamos uma pesquisa exploratória no campus do Colégio

Estadual do Senhor do Bonfim, onde buscamos identificar como se encontra a

escola mediante a evolução tecnológica escolar do nosso país. A pesquisa

exploratória é assim definida por Gil(2008, p.41) “Estas pesquisas têm como objetivo

proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais

explícito ou a constituir hipóteses”, assim, buscamos investigar todo o campus de

trabalho onde o aluno encontra-se, suas ferramentas disponíveis e de que forma

serão oferecidos esses recursos.

Entende-se que o ambiente no qual se realizará o estudo permite uma

observação direta dos fenômenos, em que se dará a investigação e entrevistas

sobre como é visto todo o processo de inclusão digital na escola do ensino médio na

cidade de Senhor do Bonfim. Consultamos toda a sala de informática e salas de aula

investigando todas as ferramentas que são disponibilizadas para uso educacional.

Vale salientar que a observação foi de suma importância para a realização

do trabalho de pesquisa, pois ela contribui para que sejam eliminados alguns

“achismos”, elemento comum no meio empírico, onde a maioria de estudantes

utiliza, sem se preocupar com o lado teórico que toda pesquisa deve abordar,

sustentado quase sempre por teóricos que embasam a temática.

3.4.2 Questionário

A pesquisa descritiva segundo Gil:

“...têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática.”(Gil; 2008, p.42)

Então após a investigação, realizamos as aplicações dos questionários para

a coleta de dados percentuais que nos ajudarão a registrar e resolver todos os

Page 33: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

32

problemas aqui apresentados. Serão questões sobre o grau de acessibilidade dos

alunos da rede pública às tecnologias educacionais. Acreditamos que seja uma

etapa de grande importância na pesquisa, pois comprovaremos fatos os quais fazem

parte do corpo do trabalho, como inclusão digital, relação professor e tecnologia e

metodologia de ensino.

Com a aplicação de uma pesquisa de campo, na qual são auferidos certos

conhecimentos e desafios provocados pelas novas tecnologias, teremos elucidado

as dificuldades por que passaram os professores e alunos. Trata-se a referente

pesquisa de uma abordagem qualitativa do problema, ora apresentada, onde

buscamos realizar questionários o qual consideramos de suma importância

descobrindo o que realmente é importante para alunos e professores.

Page 34: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

33

CAPÍTULO IV

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

A análise e interpretação de todas as ideias e problemas apresentados

durante o trabalho se dão na forma de buscarmos expor, através de questionários,

tudo que de relevante foi evidenciado para a construção do mesmo. Este

questionário traz consigo questões consideradas essenciais para toda a formação

do trabalho, no qual todas as perguntas estão ligadas diretamente a todo o

desenvolvimento e fundamentação apresentados.

A pesquisa traz consigo grande relevância para o estudo da tecnologia no

âmbito educacional e contributiva na melhora da Educação Matemática, trazendo

resultados satisfatórios para a análise precisa do mesmo.

Com a questão abaixo citada buscamos identificar qual a visão dos

estudantes acerca da definição da palavra tecnologia.

A 1° pergunta do questionário destinado aos alunos e também para o

professor, foi destacado no início do trabalho como uma pergunta muito importante

para o desenvolvimento da pesquisa. Tratamos da definição da palavra tecnologia e

perguntamos da seguinte forma:

Page 35: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

34

De todos os alunos investigados 60% disseram não saber o significado de

tecnologia, e 40% dão respostas confusas em relação a sua definição. Vale salientar

que a palavra tecnologia confunde-se muito com ferramentas informatizadas ou

tecnologia eletrônica. Os alunos questionados acreditam que apenas computadores,

internet ou que aparelhos ligados à energia elétrica fazem parte de aparatos

tecnológicos desconsiderando que o giz, o lápis, o livro e muitos objetos didáticos

foram e até hoje são ferramentas contributivas para facilitar nossas atividades,

sendo por definição tecnologia.

Nos ultimos anos o campo da matemática tem se beneficiado da tecnologia

ao longo de sua história. Vale salientarmos que as ferramentas matemáticas têm

avançado desde o ábaco para as calculadoras e os computadores de hoje. Estas

ferramentas podem ser usadas em sala de aula para promover o pensamento e

destacar as ligações entre conceitos ensinados e suas aplicações no mundo real.

Todavia, ela deve ser usada de forma correta, não tornando o aluno um ser refem.

A gama de tecnologia de instrução aplicáveis à matemática é vasto e, às

vezes, avançam em um período de tempo avassalador. Uma multidão de hardware,

software, e sites podem ser implementados de maneira convencional para

complementar os conteúdos.

Luckesi (1986, p.56) define Tecnologia Educacional como sendo “... a forma

sistemática de planejar, implementar e avaliar o processo total da aprendizagem ...

de maneira a tornar a instrução mais efetiva”. Mesmo assim ainda existe certo receio

por parte de professores e alunos quando tratamos e mencionamos o uso

tecnológico em salas de aula. Muitos acreditam que para se integrar nesse

ambiente, carece de tempo, estudo, análise e experimentos para que possam ser

aplicados em sala de aula.

Todo esse receio faz com que o professor torne-se inevitavelmente como

um inibidor da inclusão digital. Nosso país ainda passa por um processo de inclusão

Page 36: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

35

tecnológica o que torna o colégio um ambiente totalmente heterogêneo, com

diversas culturas e muitas delas sem acesso as novas tecnologias.

O professor deve ser um mediador dessas ferramentas, instigar o aluno para

o domínio e o acesso a elas, alcançando possibilidades inimagináveis de métodos

de ensino e até mesmo para uma melhor integração social como cidadão.

Após o questionamento sobre a definição do que é tecnologia, procuramos

saber sobre as utilidades e necessidade que a tecnologia impõe sobre nossa vida

social.

Dos alunos entrevistados 100% vêem a tecnologia como uma ferramenta

importante para a “comunicação” e porque “somos dependente de tudo que envolve

a tecnologia”. Vemos então que a tecnologia é uma ferramenta indispensável para a

utilização da etnomatemática já que segundo D'Ambrósio (2005, p.112) "tem seu

comportamento alimentado pela aquisição de conhecimento, de fazer(es) e de

saber(es) que lhes permitam sobreviver e transcender”.

O questionamento facilita a compreensão das ideias argumentadas nesse

trabalho de imersão tecnológica nas escolas e principalmente na área de

matemática já que a abstração torna-se um dos motivos nos quais a tecnologia

serve de facilitadora, ajudando a associação ao dia a dia do aluno para uma melhor

relação entre os conteúdos abstratos do livro matemático que são trabalhados no

cotidiano dos estudantes.

D'Ambrósio (2005), afirma que a melhor definição para etnomatemática seria

“A arte ou técnica de explicar, de conhecer, de entender-nos diversos contextos

Page 37: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

36

culturais” assim sendo, atualmente nosso contexto cultural nos revela que somos

inteiramente dependentes das tecnologias, seja para comunicação, locomoção, vida

social, etc. Tornamo-nos ligeiramente ligados e conectados a rede tecnológica.

Essa transformação incita que tomemos posições pedagógicas novas,

embasadas na simples imersão do mundo matemático ao mundo social dos

estudantes. Já que essas ferramentas são tão úteis em nossa vida, no nosso

cotidiano, por que abdicarmos de seu uso quando falamos em educação?

Essa ligação entre meio social e escolar é mais um fator facilitador que nos

convida a usar criativamente todas as ferramentas disponibilizadas. Os Blogs na

internet proporcionam nos conectarmos com outras pessoas. Reunir pessoas para

partilhar experiências e perspectivas é uma poderosa forma de desenvolvimento

profissional.

Ao contrário de conferências ou cursos caros, o blog pode ser feito

gratuitamente. Essas são as possibilidades que as novas tecnolgoias nos trazem.

São possibilidades de interações, compartilhamentos de conhecimentos, tudo mais

facilitado, tudo ao nosso alcançe.

Ainda em busca de questionamentos sobre a tecnologia educacional foi

perguntando aos alunos se nas aulas de matemática, a professora costuma utilizar

os recursos tecnológicos e quais são esses recursos? Surpreendentemente segundo

70% dos alunos, o professor utiliza somente a calculadora como aparato tecnológico

para a resolução direta e mais eficaz dos conteúdos trabalhados em sala de aula.

Page 38: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

37

Calculadora é uma ferramenta muito utilizada no nosso cotidiano social,

profissional e educacional. Além de ser uma ferramenta tecnológica a calculadora no

âmbito educacional proporciona aos alunos uma facilitação no desenvolvimento do

raciocínio buscando diversas formas de resolução de questões tornando-o mais

autônomo e mais confiante para o desenvolvimento na resolução de exercícios.

Porém esse comodismo e a facilitação imediata podem ser desfavoráveis para a

educação e o melhor aprendizado da matemática que segundo o carioca Tahan5:

"A generalização das calculadoras tornou inteiramente obsoletas as provas das operações. Não se pode falar em prova dos noves numa época em que as máquinas é que operam. Retirado esse entulho algebrístico, poderíamos ocupar o tempo do educando fazendo-o aprender outros pontos da Matemática que são de indiscutível interesse".

A calculadora pode sim ser uma ótima ferramenta se bem usada para

desenvolvimento pedagógico e raciocínio do aluno, mas para que isso aconteça

deve-se ter um acompanhamento adequado do professor para o seu uso eficaz e

proveitoso.

Ressaltamos que a tecnologia, frequentemente, fornece maiores

oportunidades de aprendizagem para os alunos. Computadores destinados a

aplicações multimídia mostrando imagens, sons e vídeos são favoráveis para os

diferetnes tipos de aprendizagem diante da heterogeneidade dos alunos que

encontramos em salas de aula.

Além disso, os programas de software nos oferece uma vasta biblioteca de

exercícios que visam diferenciar esses alunos em vários níveis académicos através

da atribuição de uma pré-avaliação e depois para o desenvolvimento de atividades

sob medida para melhorar as áreas de fraqueza de cada aluno.

Apesar dos muitos benefícios da tecnologia no ensino de matemática,

problemas e entraves podem existir e devem ser abordadas e trabalhadas a fim de

soluciona-las. Os maiores obstáculos para a tecnologia em qualquer campo da

educação são de financiamento e de acesso.

5 A calculadora libera a turma para pensar. Disponível em:<http://novaescola.abril.com.br/ed/168_dez03/html/calculadora.html> Acessado em 07/11/2011.

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38

Professores e alunos precisam ter acesso ao hardware e software antes de

qualquer aplicação útil da tecnologia e os professores necessitam de

desenvolvimento profissional e tempo de construção para utilizar a tecnologia de

forma eficaz.

Muitos educadores temem que as calculadoras e outras tecnologias irão

eliminar as habilidades de seus estudantes de pensamento e raciocínio lógico.

Professores e alunos devem usar calculadoras como uma ferramenta e não para

resoluções diretas, como um meio de propagar na matemática novas formas de

aprendizado, exercitando as habilidades de pensar e trabalhar com mais eficiência e

precisão, sem sacrificar uma compreensão básica dos conceitos.

Foi questionado a opinião dos alunos se eles acham importante a utilização

de instrumentos tecnológicos nas aulas de matemática:

A respeito da importância da utilização dos recursos tecnológicos em sala de

aula 80% dos alunos aprovaram esse uso alegando que “facilita o raciocínio” e

“melhora a aprendizagem”. Nesse meio, o professor deve tomar consciência que ele

atua com um papel exemplificador para o aluno, sendo assim seus atos serão

refletidos pelo aluno.

Quando os alunos estão usando a tecnologia como uma ferramenta ou um

suporte para a comunicação com os outros, eles estão em um papel ativo em vez do

papel passivo de receptor das informações transmitidas por um professor, livro, etc.

Page 40: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

39

O aluno está ativamente fazendo escolhas sobre como gerar, obter, manipular ou

resolver questões.

Usar a tecnologia permite que muitos alunos pensem ativamente sobre os

conteúdos, fazendo escolhas e executandos suas habilidades o que não é típico dos

professores exercitarem em nossa cultura. Além disso, quando a tecnologia é usada

como uma ferramenta para apoiar os alunos na realização de tarefas autênticas, os

estudantes estão na posição de definir seus objetivos, tomar decisões, e avaliar seu

progresso.

Portanto, Moran (1995, p.51) evidencia que “É importante educar para a

autonomia, para que cada um encontre o seu próprio ritmo de aprendizagem” assim

o aluno torna-se autodidata, utilizando mais seu raciocínio lógico uma vez que

estimulam mais o trabalho mental, mas sempre necessistando crucialmente do seu

mentor, o professor. É um processo muito criativo, especialmente com ferramentas

multimídias. Usando a tecnologia podemos reduzir problemas de disciplina tornando

os alunos mais interessados nas aulas.

Quando os alunos têm a possibilidade de encontrar suas próprias respostas,

o processo de aprendizagem se torna muito mais interessante, a tecnologia permite

uma maior interatividade o que é impossível aos métodos tradicionais de ensino. É a

construção do saber.

O papel do professor muda também. O professor não é mais o centro das

atenções, não mais leva o conheçimento ao aluno, mas desempenha o papel de

facilitador, estabelecendo metas e fornecendo orientações e recursos, passando de

aluno para aluno, oferecendo sugestões e apoio para as suas atividades. Essas

ferramentas tambem podem ajudar a reduzir a carga sobre o professor para tarefas

mundanas.

Por fim e não menos importante que todas as outras perguntas aqui

exibidas, colocamos em prática a pergunta que rege esse trabalho:

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40

90% dos alunos justificam que sim, as ferramentas ajudariam no

desenvolvimento de suas atividades, os deixam mais “interessados” por ser uma

ferramenta “muito atrativa” e por tornar a aula “mais divertida”. O fator principal

dessa melhora em sala de aula é a motivação, como foi relatado por muitos desses

alunos nos trechos a seguir:

Segundo Paulo Freire (1993) em entrevista concedida à repórter Amália

Rocha da TV Cultura "O Educador precisa estar à altura de seu tempo.", é como

estarmos em uma época totalmente diferente da que o aluno se encontra. A falta de

motivação é que faz com que o aumento da evasão escolar seja tão surpreendente

para professores durante o ano letivo.

Tecnologia é um desafio para esses alunos. É algo que eles querem

dominar. Aprender a usá-lo aumenta sua autoestima e os torna mais animados para

frequentarem a escola. O computador tem sido uma ferramenta de capacitação para

os alunos e a motivação para usar as novas tecnologias é muito grande.

Page 42: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

41

Muitos dos alunos veem a tecnologia como uma ferramenta motivadora na

educação, melhora as aulas oferecendo a possibilidade de aprender com mais

diversão, de forma mais lúdica. As aulas ministradas são mais rápidas e dinâmicas

assim obtemos um maior conteúdo de informações em um curto período de tempo.

Aprender novos métodos de ensino, novas formas de resoluções, novas

culturas, tudo isso é motivador para o aluno, saber que a matemática tem quase

sempre mais de um método de resolução o deixa sempre mais confiável quanto a

seus estudos. Mas qual realmente será o melhor método de aprendizado? Essa

questão com certeza é muito subjetiva, nos trazendo inúmeras respostas e ilimitadas

perspectivas de respondê-las. Mas, todavia, algumas delas seriam de unanimes

aceitação para muitos professores.

Há uns 5 anos, muitas pessoas já tinham ouvido falar sobre internet, mas

não tinham a menor idéia do que era. Hoje, a maioria dos alunos não só foram

expostos a internet, mas também têm acesso em casa ou na escola. Na verdade,

em um grande número de escolas estão sendo adaptados para colocar a internet em

cada sala de aula.

Poder pesquisar sobre diversificados contextos sociais, culturais e diversos

assuntos é a razão número um para se usar a internet na educação. Os alunos têm

uma riqueza de informações ilimitadas para eles. Muitas vezes, quando eles estão

pesquisando temas onde nas bibliotecas escolares ou munícipais não têm os livros e

revistas necessários, a internet ajuda a resolver esse problema. Assim, Stelmaki e

Teruya (2009, pg. 08) cita que “atualmente, quem não está familiarizado com as

tecnologias de informação e comunicação é considerado um ‘analfabeto

tecnológico’”.

Diante disso, observamos que boa parte dos alunos já estão inseridos e

adequados as tecnologias, o que vem a comprovar tudo que foi considerado no

trabalho. Adequar-se as novas tecnologias deve ser uma questão de tempo, já que

não podemos fugir de uma realidade que esta tão presente e efetiva em nossas

vidas.

Tudo nos remete a essa direção, para que o ensino e a aprendizagem

possam finalmente voltar a entender-se em uma nova linguagem de comunicação,

Page 43: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

42

para que nos professores possamos cada vez mais nos apaixonarmos pela nossa

profissão cativando e atraindo mais alunos para as salas de aulas, pois como diria

Albert Einstein "A tarefa essencial do professor é despertar a alegria de trabalhar e

de conhecer.".

Page 44: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

43

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa desenvolvida nesse trabalho foi propiciada através da

oportunidade de conhecer sobre a influência tecnológica na vida das pessoas,

ressaltando sempre no ambiente escolar, fazendo enxergar que essas ferramentas,

ao contrário do que era imaginado, não serviam apenas como forma de lazer, muitas

vezes vista como perda de tempo, mas sim como ferramentas úteis e contributivas

para facilitar nossas vidas.

Apontamos uma nova postura profissional, uma mudança em métodos de

ensino que assim, nos servirão para melhorarmos nossa educação em matemática,

atuando num sob um aspecto motivador todas as tecnologias possa modificar o

ambiente escolar e a relação ensino/aprendizagem tão defasada nos últimos anos.

Baseando-se em grandes autores, como Freire e Pretto, vemos o quanto as

nossas ideias já foram questionadas e nunca aplicadas em sala de aula. Com base

nos dados da pesquisa e nas observações realizadas com os sujeitos, tudo nos

remete a necessidade de uma modificação, de uma quebra de paradoxo onde

vivemos no século XXI, onde o desenvolvimento tecnológico a cada dia se torna

ultrapassado, alguns professores lecionam sob o comando do giz e da lousa.

Claro que há a necessidade de ressaltar que a combinação de giz e lousa

ainda é, e sempre será por um longo tempo, o instrumento tecnológico mais usado e

de maior necessidade em sala de aula. Porém, nossa pesquisa deixa claro que, em

tempos modernos há a necessidade do advento de outros recursos para que nossas

aulas tornem-se mais motivadoras.

Durante toda a pesquisa do tema apresentado, observamos muito que

diversos trabalhos sobre o assunto abordam como sujeito principal os mentores

responsáveis pelo ensino: professor e direção pedagógica. Diante disso tratamos de

abrir caminho para que outra opinião, não menos importante e talvez até mais

necessária que as outras duas citadas, fossem também modificadora do ambiente

escolar e que são responsáveis pela aprendizagem: o aluno. Ele é o agente principal

e modificador do meio em que vivemos, é a construção do futuro do nosso país.

Page 45: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

44

Acreditamos que com essa pesquisa possamos alertar professores,

causando reflexões para que nos remeta a novas discussões e tenhamos certeza

que o trabalho será num todo, ampliado em novas pesquisas de graduação e

especializações que estarão por vir, sempre revisada, pois esse assunto sempre

será renovador mediante as avassaladoras transformações que a tecnologia nos

proporciona.

O educador inglês Lawrence Stenhouse nos proporcionou em uma de suas

mais conhecidas frases o quão importante torna-se a pesquisa por parte de

professores onde dizia o seguinte: “O pesquisador da educação e o docente devem

compartilhar a mesma linguagem.", acreditamos que essa seja a principal função de

todos os nossos trabalhos, a busca incessante do compartilhamento de opiniões e

da aprendizagem. Tudo nos guia a evolução.

Após a observação pode se perceber que as relações entre professores e

alunos dentro do campo de pesquisa nas aulas de matemática são de extrema

produtividade, tendo em vista que os professores ao longo das aulas utilizam uma

série de instrumentos a fim de dinamizar o processo de ensino aprendizagem.

Contudo vale ressaltar que a maioria dos alunos apesar de utilizar as novas

TICs em quase todo momento de suas vidas não consegue responder a pergunta

simples, sobre ”o que é tecnologia?”.

Além disso, no questionário encontrou-se a resposta de que 100% dos

estudantes afirmam que a tecnologia é de extrema importância para a comunicação

e também para melhorar a transmissão dos conteúdos. No entanto o que

observamos é que a maioria dos professores ainda não sabe lidar com as novas

tecnologias, sendo desse modo importante que os governantes antes de enviar uma

gama de equipamentos tecnológicos para as unidades escolares capacitem toda aa

comunidade escolar.

É preciso que todos que participem de forma direta ou indireta do processo

de ensino aprendizagem tenham conhecimento sobre a utilização dos meios

tecnológicos, pois vivemos na era da globalização e o conhecimento sobre a

tecnologia é tido como uma das formas de ascensão social.

Page 46: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

45

Dessa maneira o professor precisa está em constante busca pelo

conhecimento, sendo que os alunos de hoje são eternos investigadores e o

professor pode ficar com o conhecimento defasado se não acompanhar as

constantes transformações do mundo contemporâneo.

Page 47: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Page 50: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

Questionário ao aluno

1. Em sua opinião, o que é tecnologia?_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2. A tecnologia é importante na sua vida? Por quê?_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3. Nas aulas de matemática, a professora costuma utilizar os recursos tecnológicos? Quais?_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4. Você acha importante a utilização de instrumentos tecnológicos nas aulas de matemática?_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5. Em sua opinião as ferramentas tecnológicas ajudam na melhoria do processo de ensino/aprendizagem?_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Page 51: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEBDEPTO. EDUCAÇÃO: CAMPUS VII - SENHOR DO BONFIM/BA

CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICATRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO III

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado (a) a participar desta pesquisa. Ao aceitar, estará

permitindo a utilização dos dados aqui fornecidos para fins de análise. Você tem

liberdade de se recusar a participar e ainda de se recusar a continuar participando em

qualquer fase da pesquisa, sem qualquer prejuízo pessoal. Todas as informações

coletadas neste estudo são estritamente confidenciais, você não precisará se

identificar. Somente o (a) pesquisador (a) e seu respectivo (a) orientador (a) terão

acesso as suas informações e após o registro destas o documento será arquivado.

Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de modo livre e esclarecido (a),

manifesto meu consentimento em participar da pesquisa, deixando aqui minha

assinatura.

Senhor do Bonfim, Bahia, ______de ____________ de 2011

____________________________________ Assinatura do Professor (a)

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA:

Título Provisório do Projeto:Pesquisador (a) Responsável: Pesquisador (a) Orientador (a): Telefones para Contato:

Page 52: Monografia Paulo Vitor Matemática 2012

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO-CAMPUS VII - SENHOR DO BONFIM/BA

CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Este aluno (a) está convidado (a) a participar desta pesquisa. Ao aceitar, estará permitindo a utilização dos dados aqui fornecidos para fins de análise. Você tem liberdade de impedir o (a) aluno (a) sob sua responsabilidade de participar, e ainda, de se recusar a continuar participando em qualquer fase da pesquisa, sem qualquer prejuízo pessoal.Todas as informações coletadas neste estudo são estritamente confidenciais, você ou o (a) aluno (a) não precisará se identificar e somente os (as) pesquisadores (as) e sua equipe terão acesso as suas informações.

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA

Título Provisório do Projeto: Pesquisador (a) Responsável:Orientador (a):

Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida, autorizo a participação do (a) aluno (a) sob minha responsabilidade a participar desta pesquisa.

Assinatura do Responsável pelo (a) Aluno (a)