monografia vademário matemática 2011

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS VII SENHOR DO BONFIM BA MATEMÁTICA À IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO ENSINO DA MATEMÁTICA VALDEMARIO MENDES DE CARVALHO JUNIOR SENHOR DO BONFIM BA SETEMBRO - 2011

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Matemática 2011

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Page 1: Monografia Vademário Matemática 2011

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS VII

SENHOR DO BONFIM – BA

MATEMÁTICA

À IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO ENSINO DA MATEMÁTICA

VALDEMARIO MENDES DE CARVALHO JUNIOR

SENHOR DO BONFIM – BA

SETEMBRO - 2011

Page 2: Monografia Vademário Matemática 2011

VALDEMARIO MENDES DE CARVALHO JUNIOR

À IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura em Matemática, da Universidade do Estado da Bahia-UNEB CAMPUS VII, como requisito parcial para obtenção do título de Graduado em matemática, sob orientação do Profº. MSc. Ivan Souza Costa.

SENHOR DO BONFIM – BA

SETEMBRO-2011

Page 3: Monografia Vademário Matemática 2011

FOLHA DE APROVAÇÃO

À IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO ENSINO DA MATEMÁTICA

VALDEMARIO MENDES DE CARVALHO JUNIOR

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________

Orientador – Profº. MSc. Ivan Souza Costa

Universidade do Estado da Bahia - UNEB

________________________________________

Examinador – Profº. Tânia Maria

Universidade do Estado da Bahia – UNEB

___________________________________________

Examinador – Profº. Antonio Messias Dias Conceição

Faculdade Cenecista de Senhor do Bonfim

Aprovada em 29 de setembro de 2011

SENHOR DO BONFIM, SETEMBRO 2011

Page 4: Monografia Vademário Matemática 2011

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a Deus pelo dom da vida, pela manutenção da fé nos momentos

mais difíceis.

A minha mãe Maria Aparecida Mendes Carvalho e minha família pelo apoio que me

deram.

Aos professores: Ivan Souza Costa (Orientador), Antônio Messias (Co-orientador)

pela compreensão, paciência e apoio na elaboração do trabalho. A Ana Regina

Oliveira de Souza pelo apoio nas horas difíceis, aos meus colegas e professores de

curso.

E por fim, mas também importante, as pessoas que contribuíram direta ou

indiretamente para a conclusão deste trabalho.

Page 5: Monografia Vademário Matemática 2011

“A arte de ensinar é a arte de acordar a curiosidade natural nas mentes jovens, com o propósito de serem satisfeitas mais tarde”.

Anatole France, escritor francês

Page 6: Monografia Vademário Matemática 2011

RESUMO

O referido trabalho de conclusão do curso aborda a importância do lúdico no ensino

de matemática e sua necessidade para o processo de ensino-aprendizagem. Tendo

como base uma pesquisa qualitativa, é descrito fatos e resultados obtidos a partir de

uma observação sistemática e de um questionário aberto realizado com docentes e

discentes de uma escola Pública de Ensino Médio da cidade de Jaguarari.

Utilizamos como fundamentação teórica autores como: Almeida (2000), Brasil (1997)

Barbosa (2002), entre outros que apresentam estudos importantes sobre a

importância do lúdico no ensino de matemática, visto que as atividades lúdicas

contribuem para o desenvolvimento social, cultural, físico e cognitivo do estudante.

Percebeu-se que é de suma importância a prática lúdica no contexto escolar, sendo

que ela possibilita a interação e aprendizagem dos alunos fazendo com que eles

despertem maior interesse e participação nas atividades propostas que tem como

objetivo o desenvolvimento integral dos sujeitos. No entanto, apesar de professores

e alunos conceberem essa idéia como de suma importância ainda observa-se aulas

de matemática pautada no uso de instrumentos arcaicos como a lousa, o giz e o

livro didático.

PALAVRAS-CHAVE: MATEMÁTICA, LÚDICO, PROFESSORES E ALUNOS.

Page 7: Monografia Vademário Matemática 2011

ABSTRACT

The respect work of conclusion of course aboard the lúdic importance in the

teaching math your need to the process of teach learning .Has how base a

qualitative pesquise , is describe facts and results adquire a partier of an

observation systematic and a questionary open realized with teacher and students of

a Public school teach half ensino in the Jaguarari city. We used how fundamention

theory authors like: Almeida (2000), Brazil (1997) Barbosa (2002), Santos (2001),

Bicudo (1999) among others that shows important studies about the importance of

ludic in the teach math, vist that the activities ludics collaborated to the social

development, cultural, physic e cognitive of students. Perceived that is summa

importance practice ludic in the context school, being that it possibility the interaction

and learning of pupils doing with that they awake greater interest and participation in

the propose activities that has how objective the integral develop guy. However,

same teachers and students conceiving this idea how of summa importance yet

observe math class methodical in the use of archaic instrument like the blackboard,

the chalk and the didactic book.

KEY-WORDS:MATH,LUDIC,TEACHERS AND PUPILS.

Page 8: Monografia Vademário Matemática 2011

SUMÁRIO

CAPÍTULO I - PROBLEMÁTICA...................................................................................................11

CAPÍTULO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................14

2.1 - O ENSINO DE MATEMÁTICA AO LONGO DOS TEMPOS .............................................14

2.2 - A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA NO SÉCULO XXI ............................16

2.3 - O LÚDICO NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA .......................................................................17

CAPÍTULO III - METODOLOGIA ..................................................................................................20

3.1 - PESQUISANDO A EDUCAÇÃO NO CENTRO TERRITORIAL DE EDUCAÇÃO

PROFISSIONAL DO PIEMONTE NORTE DO ITAPICURU ......................................................20

3.1.1 - PESQUISA QUALITATIVA ................................................................................................20

3.1.2 - LOCUS DA PESQUISA .....................................................................................................22

3.1.3 - SUJEITOS DA PESQUISA................................................................................................22

3.1.4 - ETAPAS DA PESQUISA ...................................................................................................23

3.1.5 - INSTRUMENTOS DA PESQUISA ....................................................................................23

3.1.6 QUESTIONÁRIO ABERTO .................................................................................................24

3.1.7 OBSERVAÇÃO SISTEMÁTICA ..........................................................................................24

CAPITULO IV – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ................................................25

4.1. QUESTIONAMENTO AO DISCENTE ..................................................................................25

4.2 QUESTIONAMENTO AOS DOCENTES ...............................................................................32

APÊNDICE B ..................................................................................................................................52

Page 9: Monografia Vademário Matemática 2011

9

INTRODUÇÃO

O modelo de ensino oferecido em nossas escolas, nos últimos anos, vem

atingindo um nível insustentável. O alto índice de reprovação, de evasão e o baixo

nível de aprendizagem alertam para a necessidade de se repensar o currículo que

respalda as ações pedagógicas. Desta forma, faz-se necessário buscar uma

educação centrada no sujeito, comprometida com a formação de pessoas críticas,

politizadas e livres.

Neste contexto, este trabalho foi elaborado na tentativa de encontrar

instrumentos adequados que possam contribuir para a melhoria da qualidade do

processo do ensino-aprendizagem. Assim, optou-se pelo tema – O Lúdico no Ensino

da Matemática no Centro Territorial de Educação Profissional do Piemonte Norte do

Itapicuru, situado em Jaguarari-Ba. Outro aspecto que influencia a escolha desta

temática foi à experiência enquanto professor do Ensino médio Integrado, na

disciplina matemática, cuja prática docente possibilitou a observação do

desinteresse e sofrimento dos alunos perante a disciplina Matemática. Por outro

lado, observou-se também, a mudança de postura dos educandos diante das aulas

lúdicas.

O presente trabalho estrutura-se em quatro capítulos.

No primeiro capítulo - abordam-se os aspectos que motivaram a investigação

deste tema assim como apresenta a problemática, as questões norteadoras, os

objetivos e sua relevância no campo sócio educacional.

No segundo capítulo - buscou-se ressaltar as concepções referentes à

matemática, abordando as mazelas do ensino tradicional e sugerindo novas

propostas pedagógicas que possibilitam uma aprendizagem prazerosa e

significativa. Para subsidiar o estudo, contou-se com as contribuições das teorias de

Piaget, o qual localiza a construção do verdadeiro conhecimento; a partir de

Vygotsky fez-se uma reflexão sobre a zona de desenvolvimento proximal e como

Gardner destacou a necessidade do estímulo das inteligências múltiplas. Em

Page 10: Monografia Vademário Matemática 2011

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seguida, revelou-se a importância da ludicidade para o desenvolvimento social,

emocional e cognitivo do indivíduo.

O terceiro capítulo refere-se à metodologia utilizada na investigação do tema.

Para a coleta dos dados optou-se pela pesquisa qualitativa e os instrumentos

utilizados foram: observação, pesquisa, questionários e entrevistas. Os sujeitos das

pesquisas foram os 3 professores que lecionam essa disciplina e vinte e cinco (25)

alunos da 3ª série do Ensino Médio Integrado, do Centro Territorial de Educação

Profissional do Piemonte Norte do Itapicuru.

O quarto e último capítulo, é sobre a análise e interpretação de dados da

pesquisa, foram utilizados autores como Antunes, Freire, Rabelo, Almeida entre

outros para fazer um comparativo entre as questões e apresentar os resultados das

opiniões dos alunos e dos professores sobre o lúdico nas aulas de matemática.

Buscou-se com estes compreender suas concepções sobre o lúdico no

ensino da Matemática.

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CAPÍTULO I - PROBLEMÁTICA

Desde a Antiguidade a Matemática vem obtendo utilidade e se expandindo

num sentido teórico-prático. Os primeiros habitantes utilizaram materiais para contar

rebanho e elaborar calendários. Com o passar do tempo, novos conhecimentos

foram chegando e fazendo aparecer inúmeras novidades no convívio social e

econômico dos indivíduos, tanto na escola como fora dela. Essa matéria que é

adaptada no setor educacional hoje, às vezes pode até facilitar o trabalho do corpo

docente e discente, mas também pode dificultar o ensino e a aprendizagem do

professor e aluno mostrando ser complexa e um pouco incompreensível.

Atualmente, a educação brasileira vem passando por grandes problemas,

sendo que o mais preocupante é o fracasso escolar nas séries iniciais do ensino

fundamental, principalmente referente a alguns alunos inseridos no processo ensino-

aprendizagem da Matemática. No passar dos tempos, essa disciplina tem sido mais

temida gerando a exclusão no setor educacional.

Segundo D’Ambrosio (1996, p. 29/30) “A história da matemática é um

elemento fundamental para se perceber como teorias e práticas matemáticas foram

criadas, desenvolvidas e utilizadas num contexto específico de sua época”. Há partir

dela pode-se compreender o motivo que levou a maior parte dos educadores ainda

hoje a trabalhar numa linha tradicionalista apontando conceitos e insistindo no papel

de transmissor de conhecimentos prontos e acabados.

Nota-se que é preciso urgentemente repensar sobre isto e reverter essa

situação, mesmo sabendo que é pouco difícil fazer acontecer resultados altamente

positivos. Mas, espera-se conseguir possíveis mudanças. Para isso, a escola

precisa formar parceria e trabalhar de forma contextualizada. IMBERNON citado por

Barbosa (2002):

Acredita que a escola do futuro necessita muito mais de apoio da comunidade e que seu desafio está em aprender a viver na igualdade e a conviver na diversidade. Só que o grande problema, é que o professor não foi formado para trabalhar com essa diversidade, ou seja, para se politizar, como também, politizar o alunado. Mas para trabalhar com uma educação

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preparatória, preparar o aluno para a próxima série e para o vestibular (ARROYO, 2003).

Muitos alunos ficam desmotivados e desinteressados e até desistem das

atividades com medo de errar e também, por não ter aprendido o conteúdo aplicado.

“Há uma dicotomia enorme entre o comportamento na sala de aula e o resultado

como desempenho do aluno do futuro” (D’ AMBROSIO, 1996, p. 83). É necessário o

educador buscar uma forma mais dinâmica, contextualizada e significativa ao aplicar

um determinado conteúdo matemático onde haja participação de todos da sala,

utilizando objetos concretos para que o aluno possa manipular e assim, fazendo com

que haja raciocínio lógico e formação de hipóteses. Essa ação precisa partir do

conhecimento que o indivíduo traz de casa, conhecer a identidade e fazer uso dela.

Assim como o ensino de algumas disciplinas é muito importante para a

formação da cidadania, a matemática também precisa seguir esse caminho do

processo educativo, formando cidadãos críticos e comprometidos com mudanças

políticas e socioeconômicas desse mundo atual, pois esse indivíduo está inserido

nesse contexto social.

De acordo com esses princípios, é necessário desenvolver caminhos que

possam despertar o interesse e o prazer do aluno pelo ensino da matemática

incentivando-o e estimulando-o a participação e resolução de problemas.

Além disso, o professor deverá ter mais interesse, prazer, incentivo e ter um

bom relacionamento com o receptor, cooperando-o com a transmissão do

conhecimento, pois o elemento mais importante desse processo também é o próprio

professor. É ele o responsável pela mediação da superação das dificuldades de

aprendizagem que a criança, jovem ou adulto se encontra, ou seja, as condições

individuais de cada um que possa vir se apresentar e assim, tentar solucioná-las, é

tarefa primordial do orientador.

Nesse contexto, surgiu o interesse de aprofundar mais os estudos, visando

encontrar respostas para os problemas apresentados. E acreditando que o lúdico

possa ser um bom aliado para a conquista da melhoria de qualidade do processo

ensino-aprendizagem, assim como Maluf (2003, p. 77) afirma:

Page 13: Monografia Vademário Matemática 2011

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Nunca devemos esquecer que brincar é altamente na vida da criança, primeira por ser uma atividade na qual ela já se interessa naturalmente e, segundo, porque desenvolvem suas percepções, suas inteligências, suas tendências á experimentação.

Portanto, precisa-se saber então:

Que concepções os alunos e educadores têm a respeito do

lúdico?

Como a ludicidade pode contribuir para uma aprendizagem

significativa no ensino da Matemática?

Para responder a estas questões apresento os objetivos de pesquisa.

1. Compreender a importância da ludicidade para o processo de ensino

aprendizagem de matemática.

2. Entender a disponibilidade dos estudantes na participação das aulas de

matemática no instante em que o professor utiliza jogos, dinâmicas e

outros instrumentos lúdicos.

3. Observar se os professores dentro de sua dinâmica em sala de aula

utilizam instrumentos lúdicos.

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CAPÍTULO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 - O ENSINO DE MATEMÁTICA AO LONGO DOS TEMPOS

Observa-se que a ludicidade faz parte do ser humano desde seus primeiros

momentos de vida, é brincando que a criança vai conhecendo o mundo ao seu

redor, vai se identificando, vai fazendo parte. O lúdico deve ser utilizado no ensino

de todas as disciplinas, até mesmo de forma interdisciplinar, porém neste trabalho

de conclusão de curso tem-se como foco o uso do lúdico no ensino da matemática

mais especificamente conforme o próprio tema diz, a importância de ter o lúdico

como disciplina nos cursos de Licenciatura em Matemática para a formação dos

futuros educadores.

Dessa forma, é de fundamental importância um estudo mais aprofundado da

natureza e importância desta disciplina nos dias atuais, bem como seu histórico e a

aplicação do lúdico na mesma.

Para Oliveira, (2007 p.5) "Quando crianças ou jovens brincam, demonstram

prazer e alegria em aprender. Eles têm oportunidade de lidar com suas energias em

busca da satisfação de seus desejos”. Portanto, professores e demais profissionais

precisam fazer com que as aulas de matemática tenha uma nova direção sendo feito

um planejamento interdisciplinar, onde cada conteúdo tenha relação com o dia-a-dia

do educando.

A História da Matemática nos oferece uma oportunidade única de entender a

existência de diferentes culturas matemáticas e, portanto, nos permite apreciar

melhor os aspectos sociológicos da educação matemática, tão importantes no dia-a-

dia da sala de aula.

Por muito tempo o ensino da disciplina matemática foi pautado no uso

constante de atividades cansativas de tabuada, pois os estudantes no processo

tradicional estudavam de forma cansativa esse instrumento que tanto permeou a

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educação tradicional, contudo, com o surgimento do construtivismo o aluno aprende

de forma contextualizada por intermédio de um estudo de um problema. Onde o

raciocínio lógico necessita ser estimulado pelos professores, para que assim o

estudante desenvolva o interesse em estudar e aprender matemática.

Oliveira, (2007) refere-se à importância de transformar um jogo em motivação

em aprender matemática, salientando que:

O aspecto afetivo se encontra implícito no próprio ato de jogar, uma vez que o elemento mais importante é o envolvimento do indivíduo que brinca. Ensinar Matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Nós como educadores matemáticos, devemos procurar alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, a concentração, estimulando a socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas.

A utilização de jogos e curiosidades no ensino da Matemática tem o objetivo

de fazer com que os alunos gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina

da classe e despertando o interesse do aluno envolvido. O ato de aprender através

de jogos, como dominó, quebra-cabeça, palavras cruzadas, memória, entre outros

permitem que o aluno faça da aprendizagem um processo interessante e divertido.

É de conhecimento de todos as dificuldades encontradas no processo de

ensino da matemática pela maioria dos educadores, sendo que muitos alunos

consideram esta disciplina como “BICHO”. Isto é provocado por dois fatores

importantes: as dificuldades de aprendizagem dos alunos e as metodologias

tradicionais que, por sua vez, não atraem nem motivam os alunos.

Diante do exposto, é fundamental que o professor participe de cursos de

capacitação e de reciclagem tendo como caminho uma analise sobre o ensino de

matemática, fazendo um estudo a cerca das dificuldades e problemas que

professores enfretam para poder dessa maneira elaborar estratégias de como atuar

no processo de ensino aprendizagem.

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Vale ressaltar que a partir do instante em que o estudante perceber e entender

que pode se aprender matemática usando elementos e exemplos do seu dia-a-dia, a

tendência é que a visão preconceituosa que se tem dessa disciplina tenda a

desaparecer, pois este se tornando o sujeito ativo, não sendo aquele que apenas

ouve as explicações do professor, a tendência é que melhore a qualidade de sua

aprendizagem.

2.2 - A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA NO SÉCULO XXI

O ensino da Matemática é de suma importância para o ser humano, pois à

medida que nos transformamos de uma sociedade industrial do século XX, para uma

sociedade da informação e comunicação do século XXI, o conhecimento matemático

torna-se de extrema necessidade para que o estudante possa ter acesso ao trabalho

desenvolvendo suas capacidades intelectuais e de raciocínio lógico.

A educação matemática permite a compreensão do que se faz ao educar,

das propostas pedagógicas, do sentido que fazem as teorias que estudam assuntos

da educação. E, pertinente um fazer midiático que leva ao autoconhecimento, à

autocrítica e, portanto, ao conhecimento e crítica do mundo (Bicudo, 1999, p.25).

Sobre esse aspecto vale salientar que nos dias atuais tudo está relacionado a

matemática, contudo, muitos professores salientam a dificuldade de relacionar o

estudo dessa disciplina com as demais, porém se ele começar a refletir sobre aquilo

que ele e o aluno vivem e colocar o estudante frente a frente com os números e

demais símbolos matemáticos dentro do espaço onde estão inseridos é quase certo

o melhor desenvolvimento das aulas e da aprendizagem de matemática.

A prática pedagógica se constitui e se define a partir de concepções de

homem, de mundo e da natureza das relações sociais que se estabelecem entre

seus fatores e seus elementos básicos (Freire, 1996, p.100).

Page 17: Monografia Vademário Matemática 2011

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Portanto, nesse mundo capitalista vigente, em pleno século XXI, não tem como

aceitar a idéia de professores sem a devida formação, atuando no ensino da

disciplina matemática. Pois é a realidade presente na maioria das escolas públicas,

fato este que prejudica de forma intensa o processo de ensino aprendizagem de

matemática.

É importante a formação inicial e continuada do educador, pois a partir do

momento em que este participa de cursos e atividades extraescolares para se

preparar para uma boa formação no que tange os aspectos formativos e sociais, só

assim ele estará preparado para fazer da educação uma possibilidade de

transformação social, tornando o estudante o agente de transformação de

realidades, a começar da sua.

2.3 - O LÚDICO NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

A disciplina matemática foi por muito tempo considerada um bicho-papão,

dessa forma estudantes do mundo inteiro observam de maneira atenciosa as aulas,

mas mesmo assim essa é considerada a mais difícil de os estudantes adquirirem um

bom desempenho.

Freire (1991) acentua tal aspecto quando afirma:

Crianças são para ser educadas e não adestradas... de nada vale saber fazer sem compreender. Na verdade, o que a escola deve buscar não é que a criança aprenda esta ou aquela habilidade para saltar ou para (aprender) escrever, mas que através dela possa se desenvolver permanentemente.

Um dos grandes problemas observados é o fato das aulas de matemática se

pautarem apenas no uso de tabuadas e no costumeiro teste de contas. Com isso o

aluno tem uma visão limitada dos conhecimentos matemáticos, sendo que quando

este estudante se depara com problemas mais complicados e que exige um

raciocínio lógico, este acaba tendo muito dificuldade para resolvê-los.

A educação verdadeira e autêntica é aquela que parte da própria vida onde

as crianças se integram aos adultos (...) é uma escola concreta e severa, um reino

Page 18: Monografia Vademário Matemática 2011

18

da necessidade e não da liberdade... é um domínio sobre a natureza e sobre o

próprio homem ( MANACORDA, 1996,p. 107).

Dessa forma alguns professores e estudiosos já vêm uma luz no fim do túnel,

pois a ludicidade é vista como possibilidade de dinamizar o processo de ensino

aprendizagem de matemática sendo utilizados instrumentos e procedimentos

metodológicos ligados aos jogos, dinâmicas e brincadeiras que fazem parte do

cotidiano do estudante, levando em conta seus anseios e gostos.

Além disso, é pertinente compreender que o lúdico contribui para a difusão e

desenvolvimento sensório motor da criança, levando em consideração que essas

ações por ela desempenhadas. Portanto é importante que os educadores utilizem

em alguns momentos elementos que conduzam os estudantes a fazer reflexões,

para assim não conceber o jogo como algo cercado de regras e imposições, onde o

aluno não possa inserir sua criatividade.

Para Gomes, (apud, AGUIAR, 2004, p.20): ”O termo atividade recreativa

corresponde a toda ação, motora ou não que causa prazer, espontaneidade a

ludicidade em quem a pratica”.

É perceptível que a criança ao participar de uma aula de matemática cercada

de tarefas lúdicas tem se o interesse mais aguçado, trilhando estratégias a fim de

vencer o jogo ou dinâmica, melhorando o seu raciocínio lógico, que pode melhorar

sua participação durante o estudo de conteúdos matemáticos.

A educação mais eficiente é aquela que proporciona atividade, auto-

expressão e participação social às crianças (FROEBEL apud ALMEIDA, 1995). Com

isso é notório que quando o aluno se torna um sujeito ativo, ele desenvolve e se

interessa pela aquela determinada atividade. Cabendo ao professor a tarefa de

instigar a libido dos seus estudantes.

O jogo faz o ambiente natural da criança, ao passo que as referências

abstratas e remotas não correspondem ao interesse da criança (DEWEY apud

ALMEIDA, 1995). Contudo, é importante que os jogos e outras atividades lúdicas

tenham ligação com o cotidiano do estudante, bem como o educador precisa levar

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19

em conta a gama de conhecimento que o aluno traz consigo antes de chegar aos

bancos escolares na relação que estabelece com os seus contatos primários.

Diante do exposto, entende-se que o lúdico contribui também, para que o

educador, durante o processo de ensino aprendizagem, em sua ação-reflexão-ação

possa descobrir suas possibilidades, bem como suas resistências.

Page 20: Monografia Vademário Matemática 2011

20

CAPÍTULO III - METODOLOGIA

Entende-se por metodologia o processo pelo qual se alcança um determinado

fim. A metodologia significa etimologicamente o estudo dos caminhos, dos

instrumentos usados para se fazer pesquisa cientifica, os quais respondem o como

fazê-lo de forma eficiente.

Segundo Houaiss (2004, p.494), “a metodologia é um conjunto de métodos,

princípios e regras empregados por uma atividade ou disciplina”. Entendemos que

um estudo acerca de um determinado tema, é o caminho que conduzirá na

investigação e no aprofundamento de uma determinada realidade.

Fazer a escolha de qual metodologia utilizar é uma dúvida que surge na

cabeça do pesquisador no momento em que ele participa de um projeto de

pesquisa, monografia ou qualquer outro trabalho que envolva a utilização de

observação de campo.

Neste capítulo, apresentamos os recursos metodológicos adotados para a

realização desse estudo, além da descrição dos caminhos percorridos no decorrer

do processo investigativo, ou seja, os pressupostos metodológicos que orientaram

este trabalho. Em primeiro lugar apresentamos as fontes, os autores do estudo. Em

seguida os motivos da opção por uma pesquisa qualitativa, por fim explicamos a

metodologia de coleta e análise de dados.

3.1 - PESQUISANDO A EDUCAÇÃO NO CENTRO TERRITORIAL DE

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DO PIEMONTE NORTE DO ITAPICURU

3.1.1 - PESQUISA QUALITATIVA

Em se tratando da pesquisa em educação, acredita-se que a metodologia mais

adequada é a abordagem qualitativa. E neste sentido Macedo (2004) afirma que:

Page 21: Monografia Vademário Matemática 2011

21

Para o olhar qualitativo é necessário conviver com o desejo, a curiosidade e

criatividade humanas; com as utopias e esperanças; com a desordem e o conflito;

com a precariedade e a pretensão; com as incertezas e o imprevisto (p.69).

A pesquisa qualitativa fornece ao pesquisador subsídios para examinar

atentamente os indivíduos envolvidos no processo educacional. Além do mais este

método é muito usado nas pesquisas educacionais nas últimas décadas, tendo

como uma das características investigarem os significados que os envolvidos dão ao

assunto pesquisado.

Segundo Ludke e André (1986), ”a pesquisa qualitativa supõe o contato direto

e prolongado do pesquisador com o ambiente e a situação que está sendo

investigada, via de regra através do trabalho intensivo de campo” (p.11). Isso

significa que o pesquisador deverá vivenciar o cotidiano dos sujeitos pesquisados

para que possa visualizar em quais condições ele se manifesta.

A escolha pela pesquisa qualitativa se deu levando em consideração a questão

em estudo que busca compreender como o lúdico tem melhorado e transformado o

ensino de matemática no Centro Territorial de Educação Profissional-Piemonte

Norte do Itapicuru – CETEP - Jaguarari, a pesquisa tentou determinar pontos de

vista, opiniões e preferências que pessoas ou determinados grupos possuem em

relação aos assuntos propostos, com o objetivo de tomada de decisões.

Desse modo, sabemos o quanto a pesquisa qualitativa se torna importante

diante das situações que aparecem na pesquisa, justificando assim, a preferência

dos pesquisadores pela pesquisa qualitativa, pois esta engloba todo contexto social

e humano que existe no objeto em estudo.

Andrade (2002) define de forma interessante e destaca que “a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar os fatos, registrá-los, analisá-los, classificá-los e

interpretá-los”, sem que o pesquisador interfira neles. A importância desse conceito

de Andrade para essa pesquisa demonstra que os fenômenos do mundo físico e

humano são estudados, mas não são manipulados pelo pesquisador.

Page 22: Monografia Vademário Matemática 2011

22

3.1.2 - LOCUS DA PESQUISA

A pesquisa foi desenvolvida no Centro Territorial de Educação Profissional do

Piemonte Norte do Itapicuru, no município de Jaguarari numa turma do 3º ano do

Ensino Médio Integrado do turno matutino composta de 25 alunos. O referido lócus

da pesquisa já existe a cerca de 03 anos, proporcionando e oferecendo aos

adolescentes e jovens à possibilidade de na sua comunidade poder estudar e

concluir de forma consistente o Ensino Médio Integrado. A Escola conta em sua

estrutura física com 11 salas de aula, 1 sala para os professores, 1 sala para

biblioteca, 1 sala para a direção, 1 sala de apoio, 1 cantina e 1 banheiro masculino e

1 feminino. Além disso, conta-se também com 1 grande pátio, muito importante para

a realização de eventos e outras práticas. Todavia, a Unidade Escolar ainda não

conta com uma quadra poliesportiva para a prática de esportes. No que tange ao

aspecto dos materiais eletroeletrônicos a escola conta de 10 TVs Pen Drives, três

DVDs, 1 laboratório de Informática, computadores para os professores e alguns

materiais da área de matemática(jogos), e outros.

3.1.3 - SUJEITOS DA PESQUISA

O Centro Territorial de Educação Profissional do Piemonte Norte do Itapicuru,

funciona nos turnos matutino, vespertino e no noturno, com o total de 600 alunos,

sendo no turno matutino estudantes oriundos em sua maioria da Zona Rural,

estando os mesmos inseridos do 2º ao 3º ano do Ensino Médio Integrado, no

turno vespertino estudam alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Médio Integrado e

a noite com estudantes do PROEJA e Subseqüente.

A faixa de idade dos estudantes pesquisados da 3ª série do Ensino

Médio Integrado está entre 15 a 22 anos, todos esses são filhos em sua

maioria de pais agricultores, aposentados e de professores.

Page 23: Monografia Vademário Matemática 2011

23

3.1.4 - ETAPAS DA PESQUISA

A escolha pela pesquisa qualitativa se deu levando em consideração a questão

em estudo que busca compreender como o lúdico e as formas de brincar das

crianças na escola tem modificado e melhorado o ensino de matemática, tendo

como lócus o CETEP-Jaguarari. Para Rúdio (1999) a pesquisa tenta determinar

pontos de vista, opiniões e preferências que pessoas ou determinados grupos

possuem em relação aos assuntos propostos, com o objetivo de tomada de

decisões.

Ao terminar de escrever o conteúdo na lousa, a professora deu um tempo para

que os alunos terminassem de copiar. Diante disso, ela iniciou á explicação

mostrando uma laranja dividida em quatro partes, falava muito baixo que os próprios

alunos não davam nenhuma atenção, a maior parte estava aleatória fazendo muito

barulho e circulando pela sala, ou seja, o que estava sendo transmitido nada

agradava e nem ao menos despertava a curiosidade. Passando alguns minutos a

professora chegou a mostrar um bolo bem pequeno dividido em cinco (5) partes e

nem isso chamou a atenção à explicação. Em seguida também exemplificou uma

pizza desenhada no quadro dividindo-a em oito (8) partes e, mesmo fazendo dessa

maneira não surtiu efeito. Ela começou a se sentir insegura que de vez em quando

abria e olhava seu guia para não mostrar-se fora do conhecimento que constava

registrado no livro didático. Durante todo o desenvolvimento da aula os alunos

ficaram muito exaltados sem se preocuparem com nada que a professora dizia e

fazia. Aplicou uma atividade escrita no quadro para que o alunado respondesse

mesmo sabendo ou não. Uma pequena parte do público respondeu muito bem,

porém a maior parte não soube responder e, só conseguiu encontrar as soluções a

partir do momento que a própria orientadora desenvolveu essa prática no quadro

que poderia ser resolvida pelos alunos, se é claro, estivessem interessados.

3.1.5 - INSTRUMENTOS DA PESQUISA

Para a realização da pesquisa adotou-se os seguintes instrumentos:

Page 24: Monografia Vademário Matemática 2011

24

3.1.6 QUESTIONÁRIO ABERTO

3.1.7 OBSERVAÇÃO SISTEMÁTICA

Diante de toda essa praticidade que foi observada, percebeu-se que ainda uma

parte de educadores adquire e transmite os conteúdos fundamentando-os nos

princípios do ensino da matemática. Quando Rabelo (2002) salienta que os

empiristas admitem que o conhecimento tenha origem e evolui a partir de

experiências é preciso rever e reverter um pouco essa teoria em sala de aula.

Rabelo ainda diz:

O ensino da matemática deve ser entendido como parte de um processo global de formação do aluno, enquanto ser social. Precisa-se pensar, então, num sistema educativo como um de seus objetivos desenvolver as capacidades do educando em função do ser social nas dimensões cultural, econômica e política (p. 70).

Portanto, deve-se dizer que o orientador que busca inovar sua prática

pedagógica está sempre lendo, estudando, se envolvendo e contextualizando os

conhecimentos. É aquele que estimula, dinamiza e dá vida à suas aulas

despertando sempre curiosidade e desenvolvendo as habilidades e a aprendizagem

significativa do corpo discente. Dessa forma faz-se necessário a todo instante fazer

a atividade de reflexão acerca do seu trabalho desenvolvido cotidianamente.

Page 25: Monografia Vademário Matemática 2011

25

CAPITULO IV – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

4.1. QUESTIONAMENTO AO DISCENTE

Após o questionário aplicado com os discentes (Apêndice A) construiu-se uma

serie de subsídios no que tange a buscar entender como vem sendo desenvolvido o

processo de ensino aprendizagem do ensino de matemática.

Foi perguntado de inicio sobre o gosto das aulas de matemática por parte dos

educandos.

01. Você gosta das aulas de matemática?

Sim ( ) Não ( ) Às vezes ( )

Com esta questão, tinha como objetivo, ver se os alunos gostam da disciplina

matemática. Diante das respostas, a maioria dos estudantes 65% afirmou que

gostam das aulas de matemática, 25% disseram que às vezes e 10% que não

gostam. Como mostra o gráfico.

Figura 01 – Relacionamento dos alunos com a disciplina matemática

De acordo com estes dados, percebe-se que a matemática vem ganhando

espaço na preferência dos estudantes, isto é um avanço considerável. Entretanto, a

aprovação das aulas de matemática não vem garantindo que o seu ensino tenha

65%

25%

10%

Gostam

Ás vezes

Não gostam

Page 26: Monografia Vademário Matemática 2011

26

melhorado, nem que os alunos tenham acesso às aulas contextualizadas,

dinamizadas e significativas. A maior parte dos 65% dos estudantes que gostam das

aulas, apenas na possibilidade de tirar boas notas e passar nas provas. Tal

compreensão é, sem dúvida, conseqüência do tipo de ensino que os pesquisados

estão habituados, cuja nota vem sendo transformada, muitas vezes no único

motivador da aprendizagem.

Estas informações são confirmadas por Moysés (1997) quando diz que,

muitas vezes, o aluno não consegue perceber a relação existente entre o que se

aprende na escola e o conhecimento encontrado fora dela. E que os saberes

produzidos no convívio social são muito pouco aproveitados para subsidiar a

contextualização da aprendizagem escolar.

02. O que você acha de uma aula de matemática desenvolvida com jogos?

Péssima ( ) Boa ( ) Ótima ( )

Nesta questão, teve por objetivo buscar a opinião dos alunos a respeito de

uma aula de matemática desenvolvida com jogos educativos. Com relação a este

aspecto, 93% dos alunos consideram que uma aula de matemática desenvolvida a

partir da ludicidade é ótima, 7% afirmam que é boa e 0% afirmaram que é péssima.

Veja o gráfico:

Figura – 02 Aula de matemática com jogos

Percebe-se, pelo exposto, no gráfico acima o alto grau de aceitação dos

alunos às aulas lúdicas. Contudo, estes dados não são de estranhar, todavia apesar

de todos entenderem a importância desse instrumento quase nunca são usados na

prática diária do educador. Maluf (2003) diz que é através do jogo que a criança

93%

7% 0%

Ótima

Boa

Péssima

Page 27: Monografia Vademário Matemática 2011

27

aprende de forma natural e agradável. O brincar desperta o interesse e eleva a

autoestima. Acrescenta ainda, que o lúdico é um excelente motivador, pois prepara

o indivíduo para aprender novos conceitos e ajuda a construir novos conhecimentos.

Além disso, a ludicidade possibilita situações, na qual, a criança possa experimentar

experiências que contribuem para o seu amadurecimento cognitivo.

03. O que você acha de uma aula de matemática desenvolvida sem jogos?

Péssima ( ) Boa ( ) Ótima ( )

Já nesta questão, queria fazer uma relação com a questão nº 2. Saber o que

os alunos acham das aulas de matemática quando são desenvolvidas sem jogos. A

maioria dos estudantes, 55% consideram que as aulas de matemática sem jogos

são péssimas, 40% acham que são boas, e 5% que são ótimas.

Figura – 03 Aulas de matemática sem jogos

Os dados apresentados, mais uma vez, reforçam que a educação oferecida

aos nossos estudantes, não é a que se deseja encontrar na escola. O ensino

tradicional, que ainda é a forma de ensinar mais utilizada, tem gerado uma antipatia

considerável pela matéria de matemática e seus professores. Neste modelo de

ensino, as aulas têm se tornadas cansativas, repetitivas e desagradáveis. Neste

sentido, o fracasso é questão de tempo, já que os alunos começam a odiá-la e se

afastam deste “incomodo”, pois é de natureza humana “fugir” do que lhe provoca

tédio e sofrimento.

Nesta direção Antunes (1998) alerta para a necessidade de um ensino que

priorize o interesse dos alunos. Assim, a função do professor passa de mero

transmissor de informações para gerador de situações estimulantes e desafiadoras.

55% 40%

5%

Péssima

Boas

Ótimas

Page 28: Monografia Vademário Matemática 2011

28

É neste contexto que o jogo ganha um espaço com a ferramenta ideal da aprendizagem, na medida em que propõe estimulo ao interesse do aluno, que como todo pequeno animal adora jogar e joga sempre principalmente sozinho e desenvolve experiência pessoal e social (ANTUNES, 1998, p. 36).

Percebe-se também, pelos dados coletados que um percentual considerável

de alunos (40%) acha que as aulas sem jogos são boas. Isto até é compreendido,

considerado, aos estudantes, ou seja, se não aprende, a deficiência está nele. E

esta ideologia está muito presente no discurso de alguns educadores, até mesmo na

fala de muitos pais. Tal afirmação leva muitos alunos a acreditar nisso, por isso, esta

questão gerou dilema e certo receio em externar o descontentamento com o ensino,

pois afirmá-lo seria, neste contexto, como se estivesse confirmando o próprio

fracasso.

Contudo, é válido salientar que a transferência de culpa pelo fracasso é mais

um absurdo que a educação brasileira comete ao longo da nossa história, contra a

população mais carente, na tentativa de esconder os verdadeiros culpados. Hoje a

intensidade do equívoco diminui, entretanto, ainda é fácil encontrar educadores que

utilizam o antigo discurso para justificar as falhas do ensino.

A participação dos estudantes no momento das aulas é de suma importância

sendo que a partir do instante em que eles participarem dá espaço para aumentar o

seu grau de interesse e responsabilidade. Daí realizou a seguinte pergunta.

04. Como é a sua participação em uma aula de matemática que tem jogos

educativos?

Péssima ( ) Boa ( ) Ótima ( )

Elaboramos esta questão com a intenção de saber como esses alunos

pesquisados se envolvem na participação das aulas quando os conteúdos são

desenvolvidos a partir de jogos. Quanto à participação dos alunos nas aulas de

matemática que são desenvolvidas com jogos, a maioria 70% acham que é ótima,

20% consideram que é boa, e apenas 10% acham que é péssima.

Page 29: Monografia Vademário Matemática 2011

29

Figura – 04 Aulas de matemática desenvolvidas com jogos

Nos dados referentes à questão acima, notou-se que as aulas de matemática

aplicada através de jogos educativos, podem sim acontecer efeitos positivos, onde a

maior parte do alunado tanto se compromete na participação, como se sente

estimado e envolve-se sempre mais.

Essa aula que foi transmitida com ludicidade despertou grandiosamente a

curiosidade, a organização, as habilidades e também garantiu uma participação

significativa de 70% da turma. Essa oportunidade veio para desmistificar alguns

conceitos negativos que ainda uma grande maioria de profissionais em educação

tem a respeito do fazer diferente, mudando o trabalho pedagógico, aonde venha

garantir uma aprendizagem positiva e qualificada.

A partir disso Freire (1987) afirma que:

O educador, que aliena a ignorância, se mantém em posições fixas, invariáveis. Será sempre o que sabe, enquanto os educandos serão sempre os que não sabem. A rigidez destas posições nega a educação e o conhecimento como processo de busca (p. 58). Essa afirmação nos fez entender que trabalhar matemática com jogos, além de fazer diferente, o jogo em sala de aula, sabendo qual se aplica e como se aplica diante de um conteúdo estimula e desenvolve o aspecto cognitivo da criança, jovem e adulto. “Educar ludicamente tem um significado muito profundo e está presente em todos os segmentos da vida” (ALMEIDA, 2000, p. 14).

Portanto, não é a toa que esses alunos pesquisados mostram-se agentes

onde usavam constantemente a mente e a criatividade no decorrer do trabalho.

70%

20%

10%

Ótima

Boa

Péssima

Page 30: Monografia Vademário Matemática 2011

30

05. Qual o nível de participação em uma aula de matemática desenvolvida sem

jogos?

Péssimo ( ) Bom ( ) Ótimo ( )

Com esta questão citada pretendemos verificar o oposto da referida questão

de nº. 4. Saber qual o nível de participação dos alunos numa aula aplicada com

jogos na disciplina Matemática. Com relação à participação dos alunos nas aulas de

matemática desenvolvidas sem jogos, 40% acham que é boa, 30% consideram que

é péssima, e 30% que é ótima. Analise o quadro abaixo:

Figura – 05 Nível de participação em aula sem jogos

As respostas da questão acima afirmam que há também uma parte de alunos

onde percebe e considera que o ensino da Matemática ensinada sem jogos é melhor

que aquela aula desenvolvida com jogos. Todo esse processo é conseqüência da

forma de como o educador ainda vem desenvolvendo suas práticas pedagógicas a

respeito do ensino da matemática, limitando-se somente a conceitos teóricos e

abstratos, ou seja, trabalhando conteúdos de forma passiva, usando a memorização

dos conceitos. “O motivo pode estar na natureza intrínseca da matemática: abstrata,

ou na forma como se dá o seu ensino: verbalização inadequada”. RABELO, 2002, p.

62).

Normalmente essa praticidade ainda acontece no setor educacional ocasionando problemas que trazem conseqüências como evasão e reprovação onde, alunos do Ensino Fundamental I desenvolvem pouco raciocínio lógico e ao chegar ao Ensino Fundamental II e Ensino Médio acaba sendo atropelado e descriminado.

Depois dessa temática perguntou-se se os mesmos tinham interesse que os

seus professores tanto em matemática como em outras disciplinas utilizassem jogos,

obteve-se a seguinte resposta.

40%

30%

30% Ótima

Boa

Péssima

Page 31: Monografia Vademário Matemática 2011

31

60%

30%

10%

Uma vez por semana

Uma vez por quinzena

Uma vez por mês

06. Com que frequência você gostaria que fosse aplicada aulas com jogos?

( ) Uma vez por semana ( ) Uma vez por quinzena ( ) Uma vez por mês

Esta questão foi feita com a preocupação de saber a opinião do alunado a

respeito da utilização de aulas lúdicas no processo de ensino na disciplina

matemática. Em relação à freqüência da aplicação dos jogos, a maioria dos alunos

60% respondeu que gostariam que tivesse aulas lúdicas toda semana, 30%

gostariam que tivesse pelo menos uma aula por quinzena e apenas 10% ficaria

satisfeito com uma aula mensalmente. Observe o gráfico:

Figura – 06 Frequência na aplicação dos jogos

Hoje, um grande desafio dos educadores tem sido encontrar uma proposta

pedagógica eficaz, capaz de envolver os estudantes que possibilitem um processo

de ensino e aprendizagem promovendo assim uma aquisição de conhecimento sem

estresse e sofrimento para todos os envolvidos. Neste sentido, os dados

apresentados mostram que a ludicidade tem um campo imensamente promissor,

considerando ser esta uma modalidade de ensino que agrada à maioria.

Estas informações são reforçadas por Almeida (2000) quando diz que o lúdico

pode contribuir decisivamente para a melhoria da qualidade de ensino, possibilitando

ao educando uma formação crítica e rica, além de ajudar a diminuir os índices de

repetência e evasão. Salienta ainda, que toda criança sonha encontrar na escola um

ambiente de alegria e prazer, onde possa viver a melhor fase de sua vida, contudo,

muitos acabam tendo seus sonhos transformados em pesadelos.

É preciso sem dúvida, reencontrar caminhos novos para a prática pedagógica escolar, uma espécie de libertação, de desafio, uma luz na escuridão (...) e educação lúdica pode ser uma boa alternativa (ALMEIDA, 2000, p. 62).

Page 32: Monografia Vademário Matemática 2011

32

Nesta direção, faz-se necessário à existência de um professor que tenha e

busque o conhecimento que promove a compreensão do real valor dos jogos, e

assim possa traçar as diretrizes condutoras do aprendiz á fonte do saber e como o

toque delicado que só a ludicidade possui convencê-lo a experimentar um mergulho

no profundo mundo da aprendizagem.

4.2 QUESTIONAMENTO AOS DOCENTES

Visando conhecer o que os professores acham do ensino da matemática,

bem como, suas concepções sobre a Educação Lúdica, foram distribuídos 3

questionários (APÊNDICE B) com 7 questões cada um, questionário com questões

fechadas e algumas abertas para os educadores do CETEP, os dois professores

devolveram o formulário.

01. Como está a aprendizagem de seus alunos no ensino da matemática?

Boa ( ) ( ) Regular ( )Péssima

Esta primeira questão elaborada com o intuito de diagnosticar como os

professores analisam o aprendizado dos alunos na disciplina matemática e assim

levantar indícios que levem a compreensão das possíveis falhas deste processo. No

que diz respeito à aprendizagem dos alunos na disciplina matemática, 34% dos

professores acham que é regular, 33% consideram que é boa e 33% consideram

que é péssima. Observe o gráfico seguinte:

Figura – 07 Aprendizagem no ensino da matemática

34%

33%

33%

Boa

Regular

Péssima

Page 33: Monografia Vademário Matemática 2011

33

Observou-se que a maioria absoluta dos professores 66% está descontente

com a aprendizagem de seus alunos na disciplina matemática. Esta insatisfação é

similar a dos alunos quando se refere ao modelo de ensino que prevalece em

nossas escolas. Logo, os dados evidenciam a necessidade de uma nova escola e de

um professor que esteja atento á nova realidade. Certamente que esta

transformação é difícil, porém necessária.

Além disso, inovar não é apenas abandonar práticas educacionais

ultrapassadas e, sobretudo, oferecer ao sujeito, atividades que desenvolva a

construção de um conhecimento verdadeiro e significativo. Esta, sem dúvida, é que

pode contribuir para a formação crítica do cidadão.

A propósito disso, Micotti (in BICUDO, 1999) acredita que:

A renovação do ensino não consiste apenas em mudança de atitude do professor diante do conhecimento do aluno: é preciso compreender como ele compreende, constrói e organiza o conhecimento. (p. 164).

Nesta perspectiva, a matemática das receitas prontas e acabadas, não tem

serventia para o crescimento intelectual do indivíduo. Sua única utilidade como

mostrou a pesquisa, tem sido subsidiar a decoração de fórmulas para possibilitar o

acesso a uma nota nas provas. E em seguida, é descartada pelo cérebro, por ser

considerado inútil. Isto ocorre porque esta é uma aprendizagem falsa. Para Vygotsky

a verdadeira aprendizagem é o resultado da interação sujeito com o objeto do

conhecimento.

Buscou-se entender o grau de melhoria do ensino de matemática após o uso

continuo de jogos.

02. Você acredita que os jogos lúdicos pode ajudar a melhorar o aprendizado

dos alunos no ensino da matemática?

Sim ( ) Não ( ) Às vezes ( )

Com esta questão, procuramos entender as concepções que educadores têm

a respeito do lúdico e sua viabilidade para melhoria da qualidade do ensino. De

Page 34: Monografia Vademário Matemática 2011

34

acordo com a maioria dos professores 67% acreditam que a ludicidade pode

melhorar a aprendizagem, 33% afirmam que só em alguns casos e 0% acreditam

que não. Observe o gráfico seguinte:

Figura – 08 Aprendizagem com jogos

Partindo dos resultados obtidos na questão acima, percebemos que a

educação lúdica tem surtido efeito positivo no decorrer das praticidades no ensino

da matemática. Neste sentido, estes dados possibilitaram-nos conhecer que quase

70% dos pesquisados que tentam e buscam melhorar as práticas vigentes por

considerarem esse método viável para novas mudanças. “Diante dos avanços

científicos e das mudanças tão rápidas em todos os setores da sociedade, é preciso

buscar novas abordagens”. (SANTOS, 2001, p. 13). O jogo na escola para esses

profissionais pesquisados são experiências inovadoras que estimulam o alunado

tanto na participação, como no desenvolvimento de uma aprendizagem de

qualidade. “Para que o jogo possa desempenhar a função educativa é necessário

que seja pensado e planejado dentro de uma proposta pedagógica”. (SANTOS,

2001, p. 15). Portanto, vale ressaltar que inovar as práticas educativas é como será

sempre um novo desafio dos educadores no decorrer e do processo educacional.

Aproveitou-se ainda para indagar com que regularidade o professor utiliza os

jogos nas aulas de matemática.

67%

33%

APRENDIZAGEM COM JOGOS

Não

Melhora

Às vezes

Page 35: Monografia Vademário Matemática 2011

35

03. Com que frequência você utiliza jogos educativos como instrumento

motivador de suas aulas?

( ) Uma vez por semana ( ) Uma vez por quinzena

( ) Uma vez por mês

Pretendia com esta pergunta, averiguar se os discursos dos professores

referentes ao jogo estão condizentes com suas práticas pedagógicas. Com relação à

frequência da prática dos jogos nas aulas de matemática 67% dos docentes

declararam que mensalmente, 33% desenvolvem uma aula quinzenalmente e 0%

desenvolve uma vez por semana, Veja a figura:

Figura – 09 Frequência da prática lúdica

Analisando os resultados acima com relação à frequência que os professores

utilizam jogos em suas aulas de matemática, notou-se que o índice não é razoável,

pois apenas 33% utilizam quinzenalmente. Estas informações vêm confirmar que o

trabalho com atividades lúdicas precisa – ser mais bem desenvolvida em classe,

tentando dar mais abertura para a ludicidade, mudando assim, a prática pedagógica.

Contudo, é visível que o ensino tradicional ainda prevaleça, apesar, de não

ser tão forte como tempos atrás. Mas para que o ensino com o lúdico tenha mais

significados, é preciso o profissional em educação reformular um pouco mais suas

praticidades inovando, buscando melhores resultados com este trabalho

diferenciando-o lúdico.

0%

33%

67%

Semana

Quinzenalmente

Mensalmente

Page 36: Monografia Vademário Matemática 2011

36

Essas informações condizem com a citação de Micotti, (in BICUDO, 1999)

quando diz que:

As atuais propostas pedagógicas, ao invés de transferência de conteúdos prontos, acentuam a interação do aluno com o objeto de estudo, a pesquisa, a construção dos conhecimentos para o acesso ao saber. As aulas são consideradas como situações de aprendizagem de mediação; nestas são valorizados o trabalho dos alunos (pessoal e coletivo) na apropriação do conhecimento e a orientação do professor para o acesso ao saber (p. 158).

Outro aspecto merecedor de uma reflexão é o fato que nenhum professor

tenha mencionado praticar aulas lúdicas semanalmente. Mesmo os mais sensíveis a

este tipo de aula (33%) afirmam utilizá-las somente uma vez por quinzena. Por outro

lado, a maioria absoluta dos alunos (60%) gostaria que a aula com jogos

acontecesse toda semana.

Percebeu-se pelo exposto, que neste ponto pode está o caminho para o

sucesso ou fracasso escolar. Enquanto o professor fica apenas transferindo a culpa

dos baixos índices de aproveitamento e aprendizagem aos alunos e esses somente

reclamam da metodologia ultrapassada usada por seus mediadores, não vai resolver

o dilema. Contudo, a adoção de uma metodologia que agrada ao educando, tem

muita chance de dar certo. Desse modo, o lúdico pode contribuir muito para o

apaziguamento desta realidade, considerando que ele contém todos os elementos

favoráveis ao envolvimento do indivíduo, além de estimular a plenitude do

desenvolvimento humano.

Perante os dados apresentados, percebe-se que a maioria absoluta dos

professores considera que as aulas lúdicas são boas. De acordo com as

declarações destes educadores, os jogos são importantes para o aprendizado dos

alunos, pois desperta o interesse, possibilita uma aprendizagem significativa,

contextualizada e prazerosa. Além disso, estimula a curiosidade, o raciocínio, à

cooperação e participação dos educandos nas atividades desenvolvidas no

ambiente escolar.

Constatou-se, pelo exposto, que as vantagens da ludicidade para a maioria

da qualidade do processo de ensino-aprendizagem, não é algo completamente

desconhecido dos educadores. Entretanto, este conhecimento ainda não se reverteu

na mudança necessária da prática pedagógica predominante. Porém, já é possível

Page 37: Monografia Vademário Matemática 2011

37

34%

33%

33%

Regulares

Boas

Péssima

observar que alguns professores apesar de serem casos raros e isolados, com muita

frequência usam o lúdico em suas aulas.

Destacou-se ainda a busca por informações contundentes sobre a análise

feita acerca do não uso de jogos em sala de aula.

04. O que você acha das aulas desenvolvidas sem jogos?

Péssima ( ) Regular ( ) Boa ( )

Similar a esta questão anterior, esta foi elaborada com o objetivo de identificar

o conceito que os docentes tinham das aulas aplicadas sem jogos. Quanto às

respostas dos professores com relação às aulas trabalhadas sem jogos, 34% acha

que são regulares, 33% considera que são boas e 33% que são péssimas.

Figura – 10 Aulas desenvolvidas sem jogos

A análise que se faz desta questão é que esses educadores não se preocupam

tanto em mudar sua metodologia do trabalho pedagógico. A maior parte destes 34%

afirma que o melhor em suas práticas é “deixar” do jeito que já está sendo

trabalhado, pois trabalhando a matemática com ludicidade mudará a rotina

desenvolvida nas aulas.

Estes dados estão condizentes com a afirmação de Antunes (2001) quando

declara que:

Page 38: Monografia Vademário Matemática 2011

38

Cada vez mais a sala de aula precisa ir assumindo novas funções, deixando de ser um espaço de recepção de conhecimento, para transformar-se em verdadeira “academia de ginástica” onde se exercita o cérebro a receber estímulos e desenvolver inteligências. (p. 12).

Vale ressaltar que as atuais tendências educacionais não podem mais fingir

desconhecer as suas verdadeiras funções de propiciar situações que estimule o

desenvolvimento das diversas inteligências humanas. Para Neto (2001), a escola

renovada deve proporcionar problemas que o desenvolvimento psicogenético do

aluno, ou seja, que provoquem o processo de assimilação esteja dentro da zona de

desenvolvimento proximal a respeito à evolução normal de cada um. Se o mundo

está sempre mudando, trabalhando com as novas teorias, novos métodos, novas

habilidades e competências, compete também essa mudança na educação escolar,

no qual o professor assim como, o aluno precisa está preparado para atender às

novas exigências sociais.

A busca e a compreensão dos saberes matemático estão sempre aliadas aos

processos de mudanças pedagógicas permitindo que novas teorias e práticas sejam

expostas com mais organização e sistematização dos conteúdos programados onde

permitirá aos indivíduos das Unidades Escolares mais atenção, interesse,

participação, compreensão, comparação para que assim, torne-os 100% positivos.

Esta situação parece corroborar com a afirmação de Alves (In GOULART,

1995) quando diz que:

O atual contexto histórico e social e o momento vivido pela educação e pelos educadores, quando a orientação educacional procura construir novas práxis, nos oferece os critérios referenciais: uma prática pedagógica que vise a formação integral de indivíduos conscientes, críticos, livres, ativos e agentes da história inserido em seu grupo social e comprometido com o seu tempo e seus semelhantes, ciente de seu papel na construção de si mesmo, do mundo e da sociedade (p. 75).

Frente a estas afirmações, podemos observar a necessidade de uma reflexão

séria sobre os rumos que a educação vem tomando conforme as relações dos

profissionais investigados, os quais destacam o domínio do ensino tradicional e a

sua tendência de reinar por muito tempo. Além disso, aponta a urgência de se

adotar um currículo que conduza o indivíduo a uma educação libertadora e

humanista.

Page 39: Monografia Vademário Matemática 2011

39

34%

33%

33% Boa

Ótima

Péssima

A pergunta a seguir procurou fazer uma abordagem acerca do rendimento

dos alunos quando do uso de jogos e das práticas lúdicas.

05. Como é o rendimento de seus alunos quando suas aulas são

desenvolvidas com atividades lúdicas?

Péssimo ( ) Bom ( ) Ótimo ( )

Esperamos com esta questão, investigar o nível de rendimento dos alunos

nas aulas lúdicas, para a partir destas informações obter dados que possam

legitimar a viabilidade como proposta inovadora. Quando questionado sobre o

rendimento dos alunos durantes as aulas lúdicas a maioria dos educadores 34%

considera que é boa, 33% que é ótima e 33% que é péssima.

Figura – 11 rendimento com atividades lúdicas

Analisando o que foi ressaltado acima sobre o rendimento dos alunos nas

aulas lúdicas, percebeu-se que a maioria dos professores 67% afirma ser uma aula

boa ou ótima, pois o alunado assimila melhor os conteúdos trabalhados tornando a

aula mais agradável e participativa.

A aula lúdica estimula o aluno em várias habilidades desenvolve o raciocínio

lógico, estimula a mente e o mais importante, proporciona uma aprendizagem mais

estimulante e garantida. É um tipo de aula que oportuniza a criança, jovem e adulto

a ultrapassar a fronteira do mundo real e penetrar num mundo imaginário, não

importando sua faixa etária.

Page 40: Monografia Vademário Matemática 2011

40

67%

33%

0%

Regulares

Boas

Péssimas

Neste aspecto, Santos (1997) pontua que:

A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação expressão e construção de conhecimento (p. 12).

No entanto o professor precisa está preparado para atuar com as práticas

lúdicas, sendo que o dinamismo não pode se perder e virar apenas diversão, é

necessário juntar ludicidade com o conhecimento do conteúdo.

06. Como é o rendimento de seus alunos quando suas aulas são

desenvolvidas sem atividades lúdicas?

Péssimo ( ) Regular ( ) Bom ( )

Semelhante a questão anterior, buscamos aqui constatar o grau de

rendimento dos alunos sem jogos. Contudo, tais informações coletadas, serviram

para a inviabilidade do ensino tradicional para as atuais necessidades educacionais.

De acordo com os dados coletados sobre o rendimento dos alunos numa aula sem

jogos, constata-se que 67% dos professores acham que são regulares e outros 33%

consideram que são boas e 0% acreditam que são péssimas.

Figura – 12 rendimento sem atividade lúdica

Analisa-se na questão referente ao rendimento dos alunos nas atividades

desenvolvidas sem jogos que a maioria dos professores considera que as aulas não

são boas. Apesar da consciência desta realidade lamentável que as aulas praticadas

Page 41: Monografia Vademário Matemática 2011

41

não têm fracasso, a maioria dos educadores, permanece a usá-los constantemente

como única forma de ensinar, preferindo lançar mão de uma metodologia onde os

exercícios são muitas vezes repetitivos, cansativos e nada contribui para o

desenvolvimento das competências básicas do aluno.

Ao contrário, o professor que optar por uma proposta lúdica, além de

desenvolver várias habilidades cognitivas no educando, torna a sala de aula em um

ambiente divertido, rico e estimulante, ou seja, transforma em uma verdadeira oficina

de conhecimento e descobertas.

Outra estratégia para superar as dificuldades de aprendizagem, pode ser a

valorização do conhecimento prévio do aluno. Tais saberes são bases importantes

para construção de novos conhecimentos. Para Neto (2001, p. 20), “Uma

matemática que se apoia em conhecimentos anteriores e trabalhados em

correspondências o desenvolvimento psicogenético da criança, gostosa e fácil de

construir”.

O professor reclama a quase todo momento da falta de participação dos

estudantes durante as aulas, daí buscou entender se a participação dos estudantes

melhora com utilização de jogos nas aulas de matemática.

07. Em sua opinião, a participação de seus alunos no desenvolvimento das

atividades, melhora com a aplicação de jogos?

Sim ( ) Não ( ) Às vezes ( )

Esta questão foi pensada com o interesse de verificar as opiniões dos

professores sobre o nível do envolvimento dos alunos as aulas que são dinamizadas

com jogos e brincadeiras. De acordo com 67% dos professores pesquisados, a

participação dos alunos melhora quando as aulas de Matemática são lúdicas, 33%

considera que ás vezes e 0% considera que não.

Page 42: Monografia Vademário Matemática 2011

42

33%

67%

0%

ÀS vezes

Melhora

Não

Figura – 13 Participação dos alunos nas aulas com jogos

Os dados mostraram que a maioria dos profissionais considera que a

atividade lúdica funciona em alguns casos, em outros não. Este resultado é

compreensivo quando leva em conta que, a maioria dos professores pesquisados,

ainda trabalha dentro de uma concepção de ensino, tradicional, na qual, a

ludicidade, não assumiu o seu espaço merecido. Desta forma, o sucesso de uma

proposta lúdica fica comprometido, considerando que o funcionamento dela,

depende, principalmente, da boa atuação do professor, que na maioria das vezes,

se encontra despreparado. E por não estar habituado a lidar com situações que

mobilize a participação ativa, acabam atribuindo ao aluno a culpa pelo fracasso.

Neste aspecto, o aluno acaba sendo considerado um indivíduo sem aptidão para

participar de algumas atividades lúdicas, pois não sabem respeitar as regras e/ou

estão despreparados para lidar com sentimentos de vitória e derrota.

Entretanto, esta dificuldade, supostamente do aluno, reflete em si, a

deficiência na formação dos educadores que apresentam uma enorme lacuna no

que se refere às competências básicas de todo professor. É fundamental que o

profissional de educação conheça como se opera o processo de construção de

conhecimento, como as inteligências podem ser estimuladas, para que desta forma

possa intervir adequadamente durante o processo de aprendizagem. Naturalmente,

de posse destes conhecimentos, a desmistificação de muitos conceitos que respalda

essa ação docente que é equivocada, se torna possível.

Com isso cabe ao professor dentro do seu planejamento diário, semanal e

anual elaborar uma gama de atividades lúdicas e recreativas que tenham por

finalidade ao longo dos anos despertarem no estudante a busca pela pesquisa e por

fim pelo interesse em compreender o papel do ensino de matemática dentro dos

espaços escolares e também no seu cotidiano.

Page 43: Monografia Vademário Matemática 2011

43

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A sociedade atual vive um período de constantes transformações as quais

exigem um novo perfil de indivíduos, preparado para enfrentar os vários desafios

implantados pelas políticas neoliberais dominantes pela globalização. Para tais

desafios, este ensino escolar é arcaico, onde metodologias ultrapassadas e práticas

docentes ineficientes tem se mostrado obsoletas. A presente conjuntura social

implora por uma escola renovada que, tenha diretrizes capazes de transformá-la em

um espaço propício para a construção do verdadeiro saber, formadora de sujeito

competente no exercício da cidadania.

Nesta perspectiva buscou-se a partir desta pesquisa investigar as concepções

de educadores e educandos a respeito da educação lúdica, além de analisar como a

ludicidade pode contribuir para a aquisição de uma aprendizagem agradável e

significativa. Para nortear as discussões foram utilizadas as referências de Piaget,

cujo, estudo embasou a análise sobre a aquisição da verdadeira aprendizagem,

através de Vygotsky procurou-se compreender “o campo” que precisa ser

estimulado (ZDP) em todo aprendiz, para atingir o seu amadurecimento cognitivo. E

Gardner proporcionou a compreensão das várias inteligências.

Este processo é acelerado, conforme salienta o referido professor, através do

auxilio de um colega experiente e/ou da investigação de quem acompanha o

aprendizado do indivíduo. Para Vygotsky, a ZDP é a área que precisa ser

constantemente estimulada para viabilizar o crescimento cognitivo do aprendiz.

Porém, o educador somente promoverá tal desenvolvimento, se tiver consciência do

que a criança é capaz de fazer sozinho e o que ela precisa de ajuda para superar.

Nessa perspectiva, o diagnostico correto de qual é de fato o estágio que se

encontra cada criança só é possível se o professor estiver acompanhado

progressivamente o seu processo de desenvolvimento. Desta forma, é

importantíssima a observação de cadeira em cadeira, analisando qual é a

capacidade intelectual de cada um e o que está próximo desta fase, necessitando

simplesmente de uma situação adequada. Entretanto, dar atenção individualizada

necessária dentro da realidade encontrada em sala numerosa é muito difícil. Por

Page 44: Monografia Vademário Matemática 2011

44

isso, que o trabalho em grupo, também é viável, pois o número de acompanhamento

reduz-se já que acontecerá por equipe e quando o orientador não tiver condições de

estar presente, possivelmente, terá sempre um aluno num nível mais avançado que

poderá ajudar os colegas. Obviamente, o sucesso de um trabalho deste tipo,

necessita do bom senso do mediador, quando estiver formando as equipes,

cuidando para que todos tenham competentes de níveis diferentes, com condições

de ajudar o grupo ao conduzir as atividades na ausência do professor.

Diante da questão referente a outras potencialidades humanas que podem

ser desenvolvidas a partir da ludicidade, obteve-se uma diversidade de respostas.

(I. M.), bem como, sua importância para o desenvolvimento integral de cada

ser humano.

Para atingir os objetivos traçados, conforme previsto no capitulo foram

utilizados dois instrumentos de pesquisa. E todos contribuíram consideravelmente

para a compreensão da problemática delimitada neste trabalho, além, de subsidiar

uma coleta de dados rica e rigorosa.

Através da observação foi possível constatar o quanto uma aula respaldada

nos princípios tradicionais pode ser cansativa e chata, a qual reduz o papel de

aprendiz a mero memorizador de informações e fórmulas, além de levá-la a uma

postura de passividade, comodismo e alienação. Também, observou-se que a velha

arma de controle e punição, a prova, não funciona mais como antigamente, ou seja,

o argumento que tal assunto vai ser cobrado na avaliação, não garante mais

atenção, nem muito menos, o interesse e o envolvimento dos alunos nas atividades.

Cabendo assim ao professor utilizar uma serie de elementos lúdicos no intuito de

despertar o interesse do educando.

Outro aspecto considerado importante no desenvolvimento da investigação foi

a realização da pesquisa-ação aplicada numa turma do 3ª ano do Ensino Médio

Integrado, do CETEP-Jaguarari, onde se pode confirmar a teoria e a prática de como

trabalho em grupo influencia o amadurecimento da zona de desenvolvimento

proximal. Ainda, comprovou a indiscutível capacidade das atividades lúdicas em

envolver o indivíduo. Diante de uma turma extremamente agitada, desinteressada e

Page 45: Monografia Vademário Matemática 2011

45

até indisciplinada, durante o desenvolvimento das aulas lúdicas houve uma

transformação admirável, todos participaram, buscaram resolver os desafios

propostos de forma organizada, entusiasmada e interessada.

Para Vygotsky (1998), o lúdico é fundamental para a ampliação da zona de

desenvolvimento real (ZDR), pois ele aguça a curiosidade, estimula o envolvimento,

além, de tornar a sala de aula num ambiente motivador, que encoraja o aprendiz a

buscar parceiro para enfrentar os desafios com segurança e eficiência, ou seja, o

jogo e a brincadeira facilitam a transformação do conhecimento que está na zona do

desenvolvimento proximal em conhecimento real.

Nesta proposta, foram trabalhadas ainda as inteligências múltiplas, onde se

constatou o quanto a aprendizagem torna-se fácil, quando o educando é estimulado

a fazer uso de suas várias habilidades cognitivas para solucionar as situações

problemas que lhes forem requisitadas. No momento em que a professora dava

suas aulas apenas com o famoso “piloto” e livro, a aula ficava quase sem sentido e

os alunos apenas observavam muitas vezes sem fazer uma contextualização entre o

assunto trabalhado com a vida rotineira do educando.

Segundo Gardner (1995), o desenvolvimento pleno do sujeito só é possível

quando todas as inteligências são estimuladas. Assim, uma escola comprometida

com a formação deste indivíduo precisa trabalhar seriamente dentro da proposta das

inteligências múltiplas. “Em minha opinião, qualquer crença que todas as respostas

para um problema, então numa determinada abordagem, tal como o pensamento

lógico-matemático pode ser muito perigosa”. (GARDNER, 1995, p. 18).

Vale ressaltar ainda, a pesquisa-ação auxiliou na aplicação do questionário do

aluno, cujo emprego acorre simultaneamente com os que foram entregues aos

professores. A utilização deste instrumento possibilitou o confronto das concepções

dos alunos e professores a respeito da prática lúdica no ensino da matemática.

Pode-se conhecer a afinidade dos educandos por esta proposta pedagógica e

mostrou as dificuldades que os educadores apresentam ao adotar uma metodologia

usada nos princípios construtivistas.

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46

Outro ponto, considerado relevante diz respeito às construções obtidas

através das entrevistas. Com este instrumento foi possível confirmar – o que já havia

sido salientado no quadro teórico, nas observações e nos questionários – a

predominância do ensino tradicional em nossas escolas. Esta realidade aponta para

a necessidade de intervenção do município, Estado e União, investirem mais na

formação acadêmica de seus professores, tendo em vista que, as mudanças visíveis

nas ações docentes foram observadas principalmente na prática pedagógica dos

educadores que tiverem acesso ao conhecimento produzido nas universidades.

De acordo com os resultados obtidos acredita-se que este trabalho apresenta

contribuições significativas nas dimensões sócio-educativa na medida em que

promove uma análise crítica sobre a educação vigente e investiga a viabilidade da

educação lúdica para a melhoria da qualidade do ensino. Nesta direção percebe-se

ainda que as perguntas levantadas referente à problemática foram satisfatoriamente

esclarecidas, considerando a riqueza dos conhecimentos investigadas e analisada

nesta pesquisa.

É perceptível que o lúdico é valorizado no discurso dos professores,

entretanto, tal concepção precisa urgentemente converte-se em ações concretas, no

sentido de implantar a ludicidade na rotina de sala de aula. Assim, o educador,

inovador compreende que a criança é um indivíduo que se encontra numa fase

delicada do seu desenvolvimento, o qual necessita ser respeitado e compreendido.

Em suma, a escola que precisamos, deve buscar métodos adequados para alcançar

esta proeza. Neste sentido, a ludicidade apresenta-se com instrumento apropriado

por possuir todos os elementos mobilizadores do crescimento mental, social e

afetivo.

É óbvio que o cotidiano escolar, não é composto apenas de momentos

felizes, circunstâncias que exige, esforço, paciência e determinação, também fazem

parte do ambiente lúdico. Contudo, a maioria dos afazeres escolares poderia ser

realizada num espaço estimulante e desafiador, onde o aprendizado tivesse

condições de transformar-se em atuações de profunda descoberta. Neste contexto,

surge uma indagação, se somos capazes de proporcionar um processo de ensino-

aprendizagem agradável e motivador, porque continuamos a optar por uma prática

pedagógica que promove o medo, a angústia e o sofrimento?

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47

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desencanto. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

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LAKATOS, Eva Maria. Metodologia no trabalho cientifico: procedimentos

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MOREIRA, Marcos Antônio. Teorias de aprendizagem. São Paulo: EPV, 1999.

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Petrópolis Superiores. 6ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

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50

APÊNDICE A

Universidade do Estado da Bahia – UNEB

Departamento de Educação – Campus VII

Licenciatura Plena em Matemática

Aluno responsável: Valdemário Mendes de Carvalho Junior

Orientador: Profª. MSc. Ivan Souza Costa

Caríssimo (a) aluno (a)

Este questionário é fundamental para o aprofundamento da pesquisa

monografia que está sendo desenvolvida sobre o tema: “O lúdico no ensino da

matemática no Centro Territorial de Educação Profissional do Piemonte Norte do

Itapicuru”. Para que nosso estudo torne-se completo será necessário que você

responda todas as perguntas com o máximo de sinceridade. Desta forma, você

estará contribuindo para a construção de um conhecimento cientifico rico e confiável.

Não se preocupe com o sigilo, pois não preciso assinar. Desde já, agradecemos a

sua colaboração. As questões são:

QUESTIONÁRIO PARA O (A) ALUNO (A)

1. Você gosta das aulas de matemática?

Sim ( ) Não ( ) Às vezes ( )

2. O que você acha de uma aula de matemática desenvolvida com jogos?

Péssima ( ) Boa ( ) Ótima ( )

3. O que você acha de uma aula de matemática desenvolvida sem jogos?

Péssima ( ) Boa ( ) Ótima ( )

4. Como é a sua participação em uma aula de matemática que tem jogos

educativos?

Péssima ( ) Boa ( ) Ótima ( )

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5. Qual o seu nível de participação em uma aula de matemática desenvolvida sem

jogos?

Péssimo ( ) Bom ( ) Ótimo ( )

6. Com que freqüência você gostaria que fosse aplicada aulas com jogos?

( ) Uma vez por semana ( ) Uma vez por quinzena

( ) Uma vez por mês

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APÊNDICE B

Universidade do Estado da Bahia – UNEB

Departamento de Educação – Campus VII

Licenciatura Plena em Matemática

Aluno responsável: Valdemário Mendes de Carvalho Junior Orientador: Profª. MSc. Ivan Souza Costa

Caríssimo (a) professor (a)

Este questionário é fundamental para o aprofundamento da pesquisa

monografia que está sendo desenvolvida sobre o tema: “O lúdico no ensino da

matemática no Centro Territorial de Educação Profissional do Piemonte Norte do

Itapicuru”. Para que nosso estudo torne-se completo será necessário que você

responda todas as perguntas com o máximo de sinceridade. Desta forma, você

estará contribuindo para a construção de um conhecimento cientifico rico e confiável.

Não se preocupe com o sigilo, pois não preciso assinar. Desde já, agradecemos a

sua colaboração. As questões são:

1. Como está a aprendizagem de seus alunos no ensino da matemática?

( ) Boa ( ) Regular ( ) Péssima

2. Você acredita que os jogos lúdicos pode ajudar a melhorar o aprendizado dos

alunos no ensino da matemática?

Sim ( ) Não ( ) Às vezes ( )

3. Com que frequência você utiliza jogos educativos como instrumento motivador de

suas aulas?

( ) Uma vez por semana ( ) Uma vez por quinzena

( ) Uma vez por mês

4. O que você acha das aulas desenvolvidas sem jogos?

Péssima ( ) Regular ( ) Boa ( )

5. Como é o rendimento de seus alunos quando suas aulas são desenvolvidas com

atividades lúdicas?

Péssimo ( ) Bom ( ) Ótimo ( )

6. Como é o rendimento de seus alunos quando suas aulas são desenvolvidas sem

atividades lúdicas?

Péssimo ( ) Regular ( ) Bom ( )

7. Em sua opinião a participação de seus alunos no desenvolvimento das atividades,

melhora com a aplicação de jogos?

Sim ( ) Não ( ) Às vezes ( )