monografia fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA FERNANDO DE ALMEIDA CAMPOS RELAÇÃO ENTRE DERMATOGLIFIA E AS CAPACIDADES FÍSICAS NA CATEGORIA DE BASE DO FUTEBOL DE CAMPO GOIÂNIA 2011

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O trabalho aborda a dermatoglifia e as capacidades físicas em atletas de futebol de campo do sub-15 do Goiás Esporte Clube (n =29), por meio de testes motores de campo e análise de entrevistas da comissão técnica . O objetivo do trabalho é de verificar qual a relação da dermatoglifia com as características físicas dos jogadores. Para análise dermatoglífica, avaliou-se o número de deltas (D10) e o somatório total da quantidade de linhas (SQTL). Para avaliar as capacidades físicas, utilizou-se os testes de resistência 9 minutos e de velocidade 30m. E análise subjetiva do treinador da equipe. A pesquisa se caracteriza como um estudo de revisão bibliográfica abordando capacidades físicas relevantes para um jogador de futebol, um breve histórico da dermatoglifia, testes e avaliações especificidades do treinamento de crianças e adolescentes e a evolução da preparação física no futebol e experimental através dos testes físicos de campo realizados. Após isso, uma análise de dados é feita a partir dos resultados obtidos em testes dermatoglíficos, teste de velocidade (30m) e teste de resistência aeróbica (9 minutos), e entrevista com o treinador da equipe. Observa-se que há uma relação da dermatoglifia com as capacidades físicas encontradas nos testes porém pouco significativo de acordo com índices estatísticos.

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Page 1: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA

FERNANDO DE ALMEIDA CAMPOS

RELAÇÃO ENTRE DERMATOGLIFIA E AS CAPACIDADES FÍSICAS NA CATEGORIA DE BASE DO FUTEBOL DE CAMPO

GOIÂNIA

2011

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA

FERNANDO DE ALMEIDA CAMPOS

RELAÇÃO ENTRE DERMATOGLIFIA E AS CAPACIDADES FÍSICAS NA CATEGORIA DE BASE DO FUTEBOL DE CAMPO

Trabalho apresentado para a obtenção do título de licenciado em Educação Física pela Universidade Federal de Goiás, sob orientação do Professor Dr. Mário Hebling Campos.

GOIÂNIA

2011

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho as pessoas que acreditaram e buscaram junto comigo a este objetivo. São eles:

À minha família, sendo as pessoas mais importantes da minha vida, ao meu pai Moacir Batista Campos Jr por todo carinho e apoio dado ao longo de toda minha vida, à Mariana Campos, minha “maninha” obrigado por você ser tão “chata” assim e ao mesmo tempo tão legal. À minha mãe Nelci Marta de Almeida por todo amor, a pessoa que mais me ajuda, que me acolheu, em quem sempre confiarei, obrigado por essa pessoa tão batalhadora e me mostrar sempre os melhores caminhos a seguir.

Aos meus familiares, tios, tias, primas e primos. Em especial a Tia Nely exemplo de vida, obrigado por ser tão especial, muito orgulho de ser o seu “sobrinho preferido”. Aos meus primos-irmãos Sérgio Coelho, André Coelho e Marco Aurélio (Léo) por toda amizade, companheirismo por me tratarem sempre como o irmão caçula. Os demais, Tio Chico, Tia Neila, Tio José Coelho Tio Cezar, Jullyanne Valeriano, Monise, Hellainy, Fernanda, Vô Antônio e Vó Aparecida pelo apoio que sempre tive e me por ser tão bem tratado .

Aos meus verdadeiros amigos Matheus Moura e Vinicius Alves companheiros inseparáveis do futebol, são sete anos de amizade sincera e muita gratidão que tenho por vocês. Ao meu irmão Moacir meu exemplo de estudante, caráter, sabedoria, alem de meu irmão de sangue meu eterno amigo.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por tudo que tem oferecido em minha vida, e sem os caminhos de Deus nada é possível.

Gostaria de agradecer as importantes contribuições das seguintes pessoas para a realização deste trabalho.

Sinceramente grato ao professor orientador Dr. Mário Hebling que sempre se mostrou, paciente disposto, acreditou e incentivou na realização deste trabalho, a todos integrantes do LAMOVH ( Laboratório do Movimento Humano da UFG) em especial ao amigo Glaycon Coutinho pelo companheirismo e amizade além de constantes contribuições nos momentos difíceis quando precisei na construção de experimentos e a pesquisa em si.

Meu muito obrigado ao pessoal do Goiás E.C., ao coordenador Rubens Fantato, pela grande ajuda cedendo um laboratório prático tão qualificado . Um agradecimento especial ao meu amigo, ex- professor e hoje companheiro de trabalho Hely Maia, grande incentivador e exemplo de profissional a ser seguido pela ética, respeito, dedicação e profissionalismo.

Meus agradecimentos também à Escola de Futebol do Vasco da Gama de Goiânia onde realizei meu primeiro trabalho frente ao futebol, em especial ao professor Fadel Marcelo Najar pela pessoa que é, pelo caráter, honestidade, por sempre estar disposto a ajudar e por ter confiado no meu trabalho mesmo sendo tão jovem na época.

Aos amigos, funcionários e professores da FEF-UFG, os parceiros de estágio Leonardo Sobral e Pedro Henrique Benevides fundamentais nesses quatro anos não só pelo apoio nas aulas, como também na amizade que levo para o resto da vida.

Aos meus melhores amigos companheiros inseparáveis que sempre pude contar nos momentos de trabalhos, estudos, festas, futebol do fim de semana, o papo da cantina, enfim momentos de tantas alegrias que passamos juntos. Jamais me esquecerei de vocês: Paulo Henrique Meireles (Paulim), Paulo Fernando Vilela (cabeça de mesa), Weberson Barbosa (Doca), Isabella Carrijo, Rafael Albuquerque (Maranhão), Rômulo Machado e Lucas Carlos. Obrigado, meus amigos!

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LISTAS

Somatório Total da Quantidade de Linhas: SQTL

Deltas totais dos dez dedos analisados através das digitais: D10

Impressões digitais: I.D

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RESUMO

O trabalho aborda a dermatoglifia e as capacidades físicas em atletas de futebol de campo do sub-15 do Goiás Esporte Clube (n =29), por meio de testes motores de campo e análise de entrevistas da comissão técnica . O objetivo do trabalho é de verificar qual a relação da dermatoglifia com as características físicas dos jogadores. Para análise dermatoglífica, avaliou-se o número de deltas (D10) e o somatório total da quantidade de linhas (SQTL). Para avaliar as capacidades físicas, utilizou-se os testes de resistência 9 minutos e de velocidade 30m. E análise subjetiva do treinador da equipe. A pesquisa se caracteriza como um estudo de revisão bibliográfica abordando capacidades físicas relevantes para um jogador de futebol, um breve histórico da dermatoglifia, testes e avaliações especificidades do treinamento de crianças e adolescentes e a evolução da preparação física no futebol e experimental através dos testes físicos de campo realizados. Após isso, uma análise de dados é feita a partir dos resultados obtidos em testes dermatoglíficos, teste de velocidade (30m) e teste de resistência aeróbica (9 minutos), e entrevista com o treinador da equipe. Observa-se que há uma relação da dermatoglifia com as capacidades físicas encontradas nos testes porém pouco significativo de acordo com índices estatísticos.

Palavras chaves :Dermatoglifia - capacidades físicas - futebol de campo - teste de campo

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 8

OBJETIVO GERAL .................................................................................................... 10

OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................... 10

1. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................... 11

1.2 Capacidades físicas determinantes para o desempenho no futebol campo ....... 11

1.2.1 Resistência aeróbia .................................................................................... 12

1.2.2 Velocidade .................................................................................................. 14

1.2.3 Força muscular ........................................................................................... 16

1.2 Dermatoglifia e a relação com esportes ........................................................... 17

1.3.1 A evolução da preparação física no futebol, do empirismo a ciência do treinamento .......................................................................................................... 20

1.3.2 Especificidades do treinamento para jovens e adolescentes ......................... 23

1.3.3 Testes e Avaliações ....................................................................................... 26

2. MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................................... 29

2.1. Teste Dermatoglífico ........................................................................................ 30

2.2 Teste de Resistência (9 minutos) ...................................................................... 31

2.3 Teste de velocidade em sprint 30 metros. ......................................................... 33

2.4. Entrevista com treinador da equipe .................................................................. 35

2.5. Ferramentas para análise de dados (recursos estatísticos e computacionais) . 36

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................. 37

CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 53

REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 54

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INTRODUÇÃO

Segundo Pereira (2006) O futebol é um esporte que há muito tempo

perdeu seu caráter de jogo harmonioso no qual a melhor técnica prevalecia.

Atualmente, a preparação física dos jogadores se constitui em parte

fundamental, devido a alta dinamicidade que o jogo tem apresentado.

O treinamento de futebol se desenvolveu bastante ao longo dos anos.

Segundo Rose (2006), o jogo se tornou mais rápido deixando de exigir uma

preparação empírica para demandar um embasamento científico. Com essa

evolução, surgiram várias metodologias de treinamento, testes e técnicas

desenvolvidas para o aprimoramento dos aspectos técnico, tático e físico dos

futebolistas. De acordo com Filho (1997) a dermatoglifia seria uma dessas

técnicas que permite relacionar as impressões digitais com capacidades

especificas do individuo.

Segundo CASTANHEDE, DANTAS, FILHO (2006) as impressões

digitais, desde o século XIX, utilizam-se na identificação do indivíduo, por ter

caráter perene e único em cada ser humano, haja vista seu emprego como

índice de certeza, na área de investigação criminal, em todo mundo.

Referindo-se ao valor do índice das impressões digitais, (ID), na identificação do ser humano acentua quase forma terceiro mês de vida fetal, juntamente com o sistema nervoso do estrato blastogênico no ectoderma, e não se altera durante toda a vida (CASTANHEDE, FILHO e DANTAS , 2003)

A palavra dermatoglifia, do latim, dermo: pele e glypha: gravar, consiste

em um método no qual se verifica a tipologia das fibras musculares através das

impressões digitais e, consequentemente, os dotes motores, predisposições

coordenativas e qualidades físicas existentes. Assim sugere os autores

Dantas(2003), Filho (1997),Assef (2009), Castanhede(2003), que a

dermatoglifia tem uma parcela de avaliação quanto ao genótipo do indivíduo.

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Considerando uma técnica nova, na qual todos autores Filho(1997),

Dantas(2003), Assef(2009), João(2002) Castanhede(2003), defendem que há

uma relação direta entre as I.D e as potencialidades genéticas.

Realizou- se a coleta das impressões digitais, testes físicos

experimentais de campo, velocidade 30 m e resistência 9 minutos e a

entrevista com treinador da equipe, com separação, atletas que são utilizados

em jogos e atletas pouco ou nunca utilizados, logo testes estatísticos para

verificar os níveis de relação existente entre a previsão dermatoglífica e

resultados apresentados nos testes e entrevista.

Este trabalho não tem o papel de detectar talentos através de análise de

digitais, nem de propor programas de treinamento ou mesmo indicar esporte

adequado, mas sim estabelecer uma possibilidade de relação que a

dermatoglifia tem com as capacidades físicas.

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OBJETIVO GERAL

• Estabelecer a relação entre o teste dermatoglífico com capacidades

físicas encontradas nos testes feitos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Identificar o perfil dermatoglífico de jogadores das categorias de base do

sub-15 do Goiás Esporte Clube;

• Analisar a relação do teste dermatoglífico com resistência aeróbica

• Analisar a relação do teste dermatoglífico com velocidade de sprint(30m)

• Observar as características encontradas nas digitais relacionando a

dermatoglifia e análise subjetiva da comissão técnica .

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1. REVISÃO DE LITERATURA

No presente trabalho a revisão de literatura, tem o papel de esclarecer

aspectos sobre as principais e determinantes capacidades físicas para o atleta

de futebol, um breve histórico sobre a dermatoglifia e a relação com o esporte,

descrever a importância de testes e avaliações no esporte de rendimento,

evolução da preparação física no futebol e as especificidades do treinamento

para crianças e adolescentes.

1.2 Capacidades físicas determinantes para o desempenho no futebol campo

Apresenta-se a seguir uma breve definição de capacidade física, e diálogo com autores quais são as determinantes para bons resultados do futebolista.

Capacidades físicas são definidas como todo atributo físico treinável num organismo em outras palavras todas as qualidades físicas motoras passíveis de treinamento, classificados em diversos tipos: resistência, força, velocidade, agilidade, equilíbrio, flexibilidade e coordenação motora (ROSA, 2008).

As capacidades físicas então são determinadas pelo genótipo do indivíduo, podendo ocorrer mudanças com o passar do tempo através de treinamentos, atividade e aspectos do comportamento humano.

De acordo com Dantas (2003), as capacidades imprescindíveis, importantes e secundárias para um jogador de futebol são:

• Imprescindíveis: Força explosiva em membros inferiores e resistência

aeróbica;

• Importantes: Resistência muscular localizada, resistência anaeróbica,

velocidade de movimentos,agilidade, coordenação;

• Secundárias: Flexibilidade, velocidade de reação, equilíbrio dinâmico..

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Quanto às capacidades físicas, Souza (2006) aponta que algumas são

importantes para o desempenho do futebolista, pois estão diretamente ligadas

às ações específicas realizadas durante a partida. Entre estas capacidades

estão a força, a velocidade, a resistência e as subdivisões das mesmas.

Força, velocidade e resistência são as capacidades importantes para o desempenho bem sucedido. A capacidade dominante é aquela mais exigida no esporte. A maioria dos esportes exige um desempenho máximo em pelo menos duas capacidades.(BOMPA, 2001, p, 5)

Ao analisar a idéia dos autores acima, todos os esportes dependem de

força, velocidade e resistência, considerando as outras capacidades como

combinações das mesmas, por exemplo, agilidade, resistência de velocidade,

potência, mobilidade, entre outras. Logo, no futebol, as capacidades físicas

mais importantes seriam as três comuns nos esportes acíclicos (força,

velocidade e resistência), e coordenação, específica daquele esporte.

1.2.1 Resistência aeróbia

Segundo Bompa (2002), a resistência se refere à extensão de tempo em

que um indivíduo consegue desempenhar um trabalho com determinada

intensidade.O fator primordial que limita e afeta a resistência é a fadiga.

Portanto, quanto mais tardia a fadiga, maior a resistência do indivíduo.

Segundo Weineck (2000), como resistência, pode-se entender “a

capacidade geral psicofísica de tolerância à fadiga em sobrecargas de longa

duração, bem como a capacidade de uma rápida recuperação após essas

sobrecargas”. Sendo que na resistência aeróbica há oxigênio suficiente para a

queima oxidativa de substâncias energéticas.

Weineck (2000) descreve que o organismo do jogador de futebol que

passou por um treinamento de resistência aeróbia pode eliminar mais

rapidamente o ácido lático e compensar carências energéticas, o que

possibilita uma participação ativa no jogo. Além disso, o jogador se recupera

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mais rapidamente após o treinamento e a competição. O mesmo autor ainda

relata que “o jogador com um bom nível de resistência aeróbica possui uma

tolerância superior ao estresse e uma alta estabilidade psíquica. Ele está em

posição de aceitar melhor as derrotas, sem apresentar problemas frequentes

de motivação e variações negativas de humor (no sentido de adotar

comportamento prejudicial ao seu desempenho)”. Ainda sugere que “o jogador

com um bom nível de resistência aeróbica mostra-se totalmente concentrado

até o final, atento e rápido em suas decisões e ações, o que mantém baixa a

sua cota de erros em consequência de falhas técnicas”.

Em um treinamento que priorize o desenvolvimento da resistência aeróbia, é preciso contar que as fibras musculares adaptam demasiamente a sobrecarga impedindo o desenvolvimento das qualidades de velocidade e força rápida. Isso daria ao jogador pré-requisitos para ser um corredor de longa distância, mas não para ser um jogador de futebol acima da média( WEINECK, 2000, p, 26)

O futebol se caracteriza como um esporte acíclico e de alta intensidade.

No entanto, preparadores e professores e demais profissionais da área devem

se atentar com as especificidades do jogo, ou seja, utilizar de trabalhos

voltados para o que o atleta utiliza nas partidas.

Considera a resistência aeróbia uma capacidade neutra, no que diz respeito a fases sensíveis, ou seja, seu desenvolvimento deveria se iniciar por volta dos 4 anos de idade e prolongar-se até a idade adulta. Mas por volta dos treze anos, ocorre uma aceleração do crescimento no período pós-pubertário, o que resulta em uma maior produção hormonal, melhorando não só as dimensões corporais, como também os órgãos dos quais dependem a resistência, como o volume cardíaco, a capacidade vital e outros, aumentando dessa forma, a eficiência do sistema cardiorrespiratório, o qual é base para o desenvolvimento da resistência, propiciando condições ideais para uma melhor adaptação aos esportes aeróbicos (CARVALHO (1998) apud MANTOVANI, FRISSELLI P.186)

Os objetivos do treinamento aeróbio no futebol são:

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• Aumentar a velocidade de recuperação após uma atividade de alta

intensidade

• Melhorar a capacidade do sistema cardiovascular em transportar

oxigênio aos músculos solicitados durante a partida de futebol; e

• Aperfeiçoar a capacidade dos músculos solicitados em utilizar oxigênio

fornecido e oxidar ácidos graxos (CUNHA et al., 2011)

De acordo com Weineck (2004), para possibilitar a sistematização dos

vários métodos e programas de treinamento para as diferentes capacidades de

resistência, deve-se efetuar a classificação dos métodos de treinamento e

analisar o espectro dos seus efeitos. Assim, os principais métodos utilizados no

futebol são : contínuo, intervalado e de jogo.

Os profissionais de futebol devem se atentar para conceder o treinamento

mais específico possível, para que os resultados, além de eficazes, permitam

que os atletas permaneçam mais dispostos, haja vista a aproximação do uso

desse tipo de treino no jogo.

1.2.2 Velocidade

A velocidade é uma capacidade neuromotora indispensável para o

desempenho desportivo, tanto nos desportos coletivos como nas modalidades

individuais. Nos desportos coletivos manifesta-se sempre de forma complexa,

ou seja, integradas com outras capacidades como: resistência-velocidade,

velocidade-força, velocidade-reação. Para tanto,o autor sugere o treinamento

de velocidade variando e utilizando distâncias diferentes, mudança de direção

e outros métodos capazes de atender a exigências tão complexas para o

treinamento.

Gomes (2002) define velocidade como “capacidade de executar ações

motoras em um menor tempo possível.”

No futebol, é nítida a diferença no quesito velocidade quando se

compara as Copas do Mundo de 1970, no México, e a de 2010, na África do

Sul. A própria dinâmica de jogo e os resultados das partidas evidenciam que a

velocidade se tornou uma grande aliada dos atletas de sucesso.

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As ações com e sem a posse da bola são determinantes para o desempenho diferenciado dos jogadores de futebol. A marcação próxima e diminuição dos espaços exigem movimentos rápidos e deslocamentos constantes para manter a posse de bola e avançar a meta adversária.(ROSE, 2006. p, 133)

Segundo Rose (2006) , os diferentes tipos de velocidade durante uma

partida podem ser classificados pela distancia percorrida:

• 0 a 10 m ---- Velocidade de reação

• 10 a 20 m ---- Velocidade de aceleração

• 20 a 30 m ---- Velocidade máxima

• 30 a 40 m ---- Resistência de Velocidade

Weineck (1999), fala de requisitos da velocidade em um jogo de futebol

são elas:

• Velocidade de percepção

• Velocidade de antecipação

• Velocidade de decisão

• Velocidade de reação

• Velocidade de movimento (com a posse de bola)

• Velocidade de ação (sem a bola)

Comparada com a força e resistência, nas quais os atletas podem atingir melhorias espetaculares depois de um treinamento adequado sem possuir talentos extraordinários, a velocidade é determinada pela hereditariedade e requer talento natural (BOMPA, 2002 p, 384)

Analisando a idéia do autor e o objetivo da pesquisa, os testes que

apontariam números mais fidedignos para a pesquisa seriam os testes

envolvendo velocidade, considerando uma capacidade física natural do ser

humano independente do tipo de treino que lhe é submetido.

Para Friselli, Mantovani (1999), um atleta de futebol dificilmente

conseguirá desenvolver picos de velocidade máxima durante uma partida,

devido às curtas distâncias que percorre e às trocas constantes de direção.

Page 16: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

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Assim, o treinamento da velocidade em períodos competitivos deve ser

baseados nas capacidades de aceleração.

1.2.3 Força muscular

Segundo Bompa (2002), é possível determinar a força pela direção,

magnitude ou ponto de aplicação, de acordo com a 2° Lei de Newton, força é

igual a massa vezes a aceleração:

F= m . a Assim seguindo a idéia do trecho acima, um atleta de qualquer esporte

pode melhorar os resultados de força alterando a massa ou aceleração.

Zatsiorsky (2002) define força muscular como habilidade de gerar a

maior forma máxima externa, assim pode ser definida como habilidade de

superar ou se opor a uma resistência através de esforço muscular . A força é

um vetor caracterizado pela magnitude, direção, sentido e ponto de aplicação.

De acordo com Carmo (2010) o treinamento dessa capacidade pode fazer

resistir melhor às demandas de força impostas à musculatura durante uma

atividade física diária, de lazer ou competitiva na qual ele está envolvido, ou até

mesmo prevenindo lesões.

A força é dividida, segundo Weineck (2003), em três subcategorias, as

quais são: força máxima, que representa a maior força disponível, a força

rápida que compreende a capacidade do sistema neuromuscular de

movimentar o corpo ou parte do corpo com uma velocidade máxima, e a

resistência de força que é a capacidade de resistência a fadiga em condições

de desempenho prolongado de força.

Segundo Rose (2006), os objetivos do treinamento de força devem ir ao

encontro das necessidades dos jogadores de futebol, para melhorar o

desempenho nos chutes a gol, passes longos, saltos, nos deslocamentos e nos

duelos um contra um.

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Quando um atleta desenvolve sua força, pode experimentar uma transferência positiva para a velocidade e resistência. Por outro lado, um programa de treinamento de força que vise apenas desenvolvimento da força máxima pode ter uma transferência negativa para a força e velocidade. (BOMPA, 2001 p, 8)

Assim o treinamento de força é essencial para cada esporte, mas o

preparador físico, professor ou demais profissionais devem se atentar de forma

que o treinamento de força, sempre esteja acompanhado com a outras

capacidades envolvidas em determinado esporte, de forma que não haja

transferências negativas para tais.

Segundo Rose (2006), os objetivos do treinamento de força devem ir ao

encontro das necessidades dos jogadores de futebol, para melhorar o

desempenho nos chutes a gol, passes longos, saltos, nos deslocamentos e nos

duelos um contra um.

Friselli e Mantovani (1999) afirmam que o tipo de força mais utilizada pelo

futebolista é a força rápida, já que o futebol é constituído de ações rápidas e

explosivas, sendo que a resistência também tem alto grau de significância para

que o atleta realize diversas ações musculares sem que crie um alto processo

de fadiga.

A força é uma das capacidades mais importantes e seu papel no treinamento de um atleta é, com freqüência, fundamental. Compreender a metodologia de seu desenvolvimento é primordial porque afeta tanto a velocidade quanto a resistência.(BOMPA ,2002, p, 339)

Segundo Barbanti (2002) , em indivíduos normais a força muscular pode

ser aumentada por quase todos os métodos, desde que as cargas de treino

excedam aquelas usadas nas atividades diárias normais.”

1.2 Dermatoglifia e a relação com esportes

De acordo com Dantas (2003) a palavra dermatoglifia do latim, dermo;

pele e glypha; gravar,e consiste em um método onde se verifica a tipologia das

Page 18: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

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fibras musculares através das impressões digitais e conseqüentemente os

dotes motores, predisposições coordenativas e qualidades físicas existentes.

As impressões digitais (ID) são definidas entre o terceiro e o sexto mês de vida fetal, junto ao sistema nervoso do estrato blastogênico do ectoderma. As ID não se alteram durante toda a vida e incluem o tipo de desenho; a quantidade de linhas nos dedos e a complexidade sumária dos desenhos.(DANTAS. 2003 p, 392)

Segundo Dantas, (2003) A dermatoglifia se apóia na qualidade das

figuras papilares: o seu valor de identificação é fornecido pelos seguintes

fatores : variabilidade, imutabilidade, inalterabilidade e individualidade

Fernandes Filho, (1997), alude aos últimos 20 anos em que pesquisas

científicas do VNIIFK - Moscou demonstram que as ID são usadas diretamente

na seleção esportiva, em correlação com qualidades física. O modelo de

impressões digitais conduz a escolher-se mais adequadamente a seleção no

esporte, com a perspectiva de otimização quanto ao talento individual.

Segundo Filho, 1997: “Tal pressuposto é um excelente modo, do qual equipes

se dispõem, a fim de especificar; a posição dos desportistas durante o jogo,

conhecendo- se de antemão o seu desempenho.”.

Dantas (2003) se refere a dermatoglifia quando cita:

A utilização das marcas genéticas na seleção esportiva permite, com alto grau de probabilidade na etapa precoce da orientação e da seleção esportiva inicial, selecionar aqueles mesmos 2-3% de crianças da população dotadas de capacidades para o desenvolvimento máximo de tal ou qual manifestação funcional (DANTAS, 2003 p, 391)

Existem basicamente três tipos de desenho das digitais são eles arcos,

presilhas e verticilos: nos pontos marcados abaixo são os deltas (D10), que

marcam o tipo de desenho existentes : Arco , Presilha e Verticilo .

Outro fator, que classifica parar determinar o genótipo da pessoa, é o

somatório da quantidade totais de linhas (SQTL). Onde é contado as linhas a

partir do delta até o núcleo ou centro da digital, os desenhos de arco não há

Page 19: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

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contagem da SQTL, e nos desenho de verticilos somam os dois e depois a

divisão por dois.

Abaixo estão encontrados os tipos mais comuns de desenhos

encontrados são eles . arco, presilhas e por último verticilo e sua variação s-

desenho.

As modalidades de esporte de velocidade e de força inserem- se: no campo de valores baixos de D10 e do SQTL; em modalidades, com a propriocepção complexa, no campo de valores altos; em grupos de esportes de resistência, em que ocupam a posição intermediária. Os valores máximos de D10 e de SQTL referem-se à elevada predisposição a coordenação dos indivíduos. (ASSEF, 2009).

CLASSES D10 SQTL MÍNIMO MÁXIMO

I 6,0 22,0 COORDENAÇÃO

RESISTÊNCIA E VELOCIDADE AGILIDADE E RESISTÊNCIA

FORÇA

II 9,1 86,2 COORDENAÇÃO

RESISTÊNCIA DE VELOCIDADE E RESISTÊNCIA

VELOCIDADE E FORÇA

III 11,1 119,1 COORDENAÇÃO, RESISTÊNCIA VELOCIDADE

FORÇA EXPLOSIVA

IV 14,1 139,6 VELOCIDADE E FORÇA

COORDENAÇÃO RESISTÊNCIA DE VELOCIDADE AGILIDADE

V 16,1 150,1 FORÇA

COORDENAÇÃO RESISTÊNCIA DE VELOCIDADE AGILIDADE E RESISTÊNCIA

Tabela1 . Classificação do conjunto dos índices dermatoglíficos e dos índices Somato-funcionais nos esportes acíclicos em níveis de qualificação.

Fonte; Dantas, Roquetti Fernandes e Fernandes Filho (2004)

Page 20: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

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Segundo Dantas, Alonso e Fernandes Filho (2005), o 4º clã para

superior, é um indicativo de alta qualificação esportiva, assim atletas da classe

4 e 5 são privilegiados em capacidades físicas , para esportes acíclicos como :

handebol , futsal , futebol de areia , futebol de campo etc.

1.3.1 A evolução da preparação física no futebol, do empirismo a ciência do treinamento

Segundo Barbanti (2005, p,178) a preparação física é “o processo pelo

qual se desenvolvem as capacidades motoras, pela aplicação sistemática de

exercícios físicos”.

De acordo com Hernandes (2002) a preparação física é um dos

requisitos básicos para a realização da performance em qualquer atividade

desportiva. Sendo apenas uma parte dos fatores que influenciam na

performance desse modo não pode ser negligenciada e nem superestimada

em detrimentos dos outros conteúdos.

No âmbito do treinamento desportivo, a preparação física é um dos aspectos primordiais no desenvolvimento das capacidades motoras: força, velocidade,resistência, flexibilidade e coordenação. A preparação física se divide em geral e especial, ou específica. (PLATONOV,BULATOVA, 2003 p, 9)

Os mesmos autores acima definem o objetivo da preparação física geral,

sendo desenvolver equilibradamente as qualidades motoras (força, velocidade,

resistência, flexibilidade e coordenação). E objetivo de preparação física

especifica com a finalidade de desenvolver qualidades de determinada

modalidade em questão, particularmente os grupos musculares que suportam a

carga fundamental durante a atividade.

Quanto aos deslocamentos de um jogador de futebol Hernandes(2002)

fala que em 98% destes deslocamentos são sem a posse da bola, esses

deslocamentos podem ser feitos em trotes para frente e para trás, caminhadas

e sprints. Por isso a importância que a preparação tem no futebol considerando

o tempo que o jogador fica sem a posse da bola e em constante movimento.

Page 21: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

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Com o passar do tempo, o futebol se desenvolveu drasticamente,

ocorrendo mudanças táticas, técnicas, nas regras, influência da mídia,

tecnologias, introdução de métodos científicos no treinamento e a evolução da

preparação física,os quais serão discutidos a seguir.

A figura do preparador físico surgiu na década de 50, até então era o técnico o responsável pelo condicionamento físico do time. Na Copa do Mundo de 1954, algumas seleções contavam com a presença de preparadores físicos, que atuavam juntamente com o técnico, com a finalidade de dirigir as atividades físicas da equipe. Na seleção brasileira, em 1958, a CBD (Confederação Brasileira de Desportos), convidou um professor, ex-jogador de futebol, que atuava como treinador em um clube do Rio de Janeiro, para auxiliar o técnico da seleção (LANNI,2009)

Assim, com os resultados obtidos na competição, a evidência desse

profissional foi muito grande. A partir daí, seleções e clubes de alto nível

contavam com a figura desse membro integrado à comissão técnica. Segundo

Lanni (2006), nas décadas de 50 e 60, figuras de militares e ex-atletas eram

comuns ocupando o cargo, com hábitos rudes, e que deveria exigir o máximo

dos jogadores em atividades extenuantes, nas quais não se verificavam os

aspectos científicos do treinamento físico.

Segundo Rose, (2006), a Copa do mundo de 1970, no México, pode ser

considerada como linha divisória entre o empirismo e a ciência no treinamento

físico de futebol, entretanto os métodos aplicados na época já não se aplicam

na realidade do futebol atual.

Segundo Mantovani e Friselli (1999) a preparação física, foi o aspecto

que mais evoluiu nas ultimas décadas pela evolução da Ciência do

Treinamento Desportivo. Weineck (2003) na década de 60 jogadores de ponta

percorriam de 3 a 5 quilômetro. Segundo Lanni (2009) “ jogadores de alto nível

nos dias de hoje percorrem em média 10 a 12 quilômetros em uma única

partida”. De acordo com Maia (2006) “o futebol mudou, o espaço dentro de

campo é cada vez mais reduzido com aumento incessante da preparação

física”.

Page 22: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

22

A Copa de 1966, na Inglaterra, o futebol-força “arrebentou”, no sentido literal da palavra e como era de se esperar ganhou a Copa e a correria venceu. Em 1974 a Holanda revolucionou o mundo com seu brilhante carrossel, onde o aspecto físico era primordial. Foi a fase da velocidade, da rotação, da ocupação de espaços, mas sobretudo com cabeças pensantes.{...}( FRISELLI, MANTOVANI,1999, p, 67)

As imagens abaixo apresentam as disparidades na preparação física do

futebolista no ano de 1970 (Imagem 1) e 2010 (Imagem 2).A evolução é

notória: a preparação se tornou científica, mais otimizada e com melhores

resultados.

Imagem1. Preparação Física (1970) Seleção Brasileira.Disponivel: revista escola.abril.com.br : acesso em 15/10/2011

Page 23: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

23

Imagem2. – Teste Físico de velocidade, com fotocélula em uma equipe do Campeonato Brasileiro da Série A (2010) disponível : fluminenseetc.com.br acesso: 15/10/2011.

Segundo Maia (2006), a busca pelo craque não é mais o principal

objetivo, o jogador técnico esta perdendo seu espaço para o forte e bem

condicionado, que consiga brigar por cada “palmo de grama”, Somente chegam

a se tornar jogadores profissionais aqueles que se apresentam mais adaptados

a este novo futebol.

1.3.2 Especificidades do treinamento para jovens e adolescentes

De acordo Barbanti (2005) a iniciação é cada vez mais vista devido às

valorizações econômicas, sociais, que a política do esporte sofreu. Em razão

disso, vários esportes em especial o futebol no Brasil, viraram símbolos de

ascensão social.

Crianças e adolescentes gastam em média, por semana, 25 horas vendo televisão, brincando de vídeogame ou no computador. Se somarmos mais 20-25 horas de escola (estas pelo menos não são horas perdidas), temos então por volta de 40-45 horas por semana em atividades exclusivamente mentais. Esse quadro não é compatível com esporte algum, muito menos com “ser um país olímpico“. Aliás, esse quadro atual é preocupante do ponto de vista da saúde pública, pois estamos produzindo crianças moles, flácidas, curvadas,

Page 24: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

24

sedentárias, telespectadoras míopes, sem proporcionar a elas contrapartidas de movimentos, vigorosas, que na verdade são raízes da inteligência criadora do ser humano(Barbanti, 2005, p, 2)

Barbanti (2005) fala dois benefícios de crianças no esporte, pode

contribuir com o desenvolvimento físico, psicológico e social delas. O mesmo

autor ainda expõe “O verdadeiro valor do esporte é encontrado nos processos

de participação, treinamento e competição e não nos seus produtos.” Assim de

acordo com o autor o esporte não deve ser negligenciado por interesses

comerciais (dos adultos) ou profissionais despreparados.

Segundo Bompa, (2002), do inicio da infância a maturação, o ser

humano passa por vários estágios de desenvolvimento, que incluem pré-

puberdade, puberdade, pós-puberdade e maturação. De acordo com o autor

para cada fase há um tipo de treinamento veremos a seguir:

• Pré-puberdade- Iniciação

• Puberdade- formaçãoesportiva

• Pós- puberdade- Especializaçãoesportiva

• Maturação- Alto desempenho

O futebol, dentre os esportes coletivos, talvez seja um dos que mais precocemente inicia seus treinamentos de forma sistemática e organizada; entretanto, curiosamente, apresentas poucas pesquisas cientificas sobre os efeitos das atividades aplicadas a milhares de crianças e jovens em suas escolinhas, sejam de clubes ou particulares. Normalmente se observa a reprodução do modelo de trabalho estabelecido na categoria profissional sem que sejam estabelecidos critérios de controle e avaliação, ou qualquer preocupação com a seqüência do desenvolvimento do treinamento (FRISELLI, MANTOVANI, 1999, p, 184)

Para Weineck (1999), ao contrário da idade adulta, na infância e

adolescência existem fases sensíveis em que as principais formas de exigência

motora podem ser desenvolvidas de forma ideal, em diferentes graus e

diferentes épocas.

Page 25: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

25

Barbanti, (2005) Define, idade cronológica: período de tempo do

nascimento até o momento atual de sua vida. Idade biológica: idade de um

individuo definida pelos processos de maturação biológica e por influências

exógenas. Para a sua determinação são considerados, o estado do sistema

esquelético, desenvolvimento das características sexuais, estatura, massa

corporal e a superfície corporal.

Segundo Dantas (2003), quanto a idade cronológica, é importante

considerar a idade biológica (fisiológica), que é caracterizada pelo nível de

desenvolvimento físico, uma que a idade cronológica nem sempre coincide

com a biológica.

Treinadores que querem vencer, em geral, jogam com seus melhores atletas. Quase sempre, os melhores jogadores são aqueles que amadureceram precocemente porque são maiores, mais fortes, mais rápidos e mais resistentes. Nesses casos, crianças de maturação precoce ocupam posições de liderança em equipes esportivas, enquanto as outras ficam no banco de reservas. ( BOMPA, 2002, p, 200)

De acordo com a idéia dos autores são necessários cuidados

exacerbados quanto ao tratamento dado às crianças, onde não pode a ver de

forma alguma tratamento diferenciado para um determinado grupo . Aquelas

que ainda não se desenvolveram no ponto de vista maturacional podem se

desenvolver e trazer melhores resultados dos que se desenvolveram

precocemente, ou seja analisar o individuo quanto a sua idade biológica e não

pela idade cronológica.

A prática comprova que em todas as modalidades esportivas realizam-se seleção intensiva de indivíduos que possuem os índices específicos como os morfológicos-funcionais e psico-fisiológicos, que poderiam assegurar um resultado em nível de recordes. Mas na infância e na juventude essa seleção tem um caráter espontâneo, tornando-se prerrogativa da intuição do treinador.(DANTAS, 2003, p, 390)

Page 26: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

26

O autor acima faz uma crítica, quanto ao modelo de seleção de jovens

atletas no esporte fazendo alusão a falta de aplicação de aspectos científicos

na seleção de talentos, colocando grande responsabilidade em apenas uma

pessoa que seria o treinador.

1.3.3 Testes e Avaliações

Segundo Weineck (2003) “um treinamento de alto desempenho somente

pode ser estabelecido através de uma avaliação minuciosa do estado atual, de

condicionamento e das condições de saúde do atleta.”

Weineck (2003) afirma que, nas execuções dos testes, deve-se estar

atento à qualidade, e às seguintes informações:

• A validade de um teste indica se a extensão por ele atingida

corresponde aquela esperada.

• A fidedignidade de um teste indica o grau de precisão com que

determinada característica é avaliada.

• A objetividade de um teste indica o grau de independência que sua

execução apresenta com relação ao examinador.

Os testes de desempenho são importantes para o direcionamento de um treinamento, e ainda permitem a compensação de déficits, entretanto os testes possuem suas desvantagens como pouca motivação do atleta, podendo prejudicar o resultado. Ainda vale ressaltar os testes devem ser aplicados pelo menos uma vez durante um período de competição para que possa avaliar a eficácia do treinamento ( WEINECK , 2003 p,187)

Segundo Barbieri (2011) as principais razões para realização de

avaliações são: avaliar o nível de condição física do atleta e verificar se os

métodos, volumes, e intensidades de treinamento foram eficazes.

A avaliação de atributos relacionados a prática de atividade física é preocupação natural dos profissionais da área. Esse receio se justifica, pois avaliar diferentes indicadores que apresentam relação com a realização de esforços físicos constitui tarefa cuja importância é comparável a complexidade,

Page 27: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

27

a diversidade e á dificuldade que lhe são inerentes. Os profissionais precisam tomar inúmeras decisões sobre prescrição e orientação de prática de exercícios físicos; contudo decidir o que e como avaliar exige conhecimentos e habilidades específicos cada vez mais complexos.(GUEDES, GUEDES 2006, p, 19)

Nota-se a partir do trecho que o avaliador deve estar ciente do teste que

esta realizando, de forma que tenha conhecimento sobre os recursos

utilizados, atentar-se para a integridade física do avaliado e ser imparcial frente

ao resultado, para que a avaliação se torne eficiente para o fim que for

empregada.

Os testes motores caracterizam-se pela realização de uma tarefa motora conduzida em situação que procure solicitar predominantemente uma capacidade motora específica. Desse modo, um aspecto importante a considerar na utilização de testes motores refere-se a necessidade de tentar estabelecer a variável fisiológica que melhor relaciona-se com os resultados a serem alcançados. No entanto, essa relação não deve ser considerada como causa e efeito, pois os resultados dos testes motores envolvem uma multiplicidade de fatores que não podem ser explicados apenas pelos aspectos fisiológicos. O teste motor então serviria como um indicador do fator fisiológico presumivelmente solicitado em circunstancias previamente elaboradas. (GUEDES, GUEDES 2006, p, 97)

Quanto ao processo da avaliação das capacidades físicas Rose (2006)

sugere que:

• Definir a real necessidade do teste;

• Definir o protocolo a ser utilizado

• Preparar a logística

• Familiarizar os praticantes e prepará-los para o teste:

• Realizar o teste

• Apresentar e discutir os dados com a comissão técnica

• Reformulação no programa de treinamento

• Repetir o processo de aplicação após um período de treinamento

Assim de acordo com autor, definimos os testes a serem realizados,

Page 28: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

28

Preparamos os materiais a serem usados após as explicações quanto a

aplicabilidade dos testes para: jogadores, comissão, diretores e

coordenadores, para depois a execução das avaliações .

De todos os fatores que devem ser observados e respeitados na elaboração e aplicação de testes para avaliação do rendimento esportivo, especificidade do teste parece ser o mais complexo e difícil de respeitar. O teste deve ser o mais especifico possível a capacidade motora e a modalidade esportiva a ser avaliada. (ROSE, 2006 p, 70)

Após os estudos feitos acerca da validade dos testes e capacidades

físicas importantes para o futebol, procurando ser o mais especifico possível

dentro das limitações existentes, de materiais e locais para as avaliações,

foram escolhidos dois testes motores para averiguar a condição física dos

atletas: Resistência 9 minutos (Kiss, 2003), velocidade de deslocamento 30 m

que serão abordados e detalhados a seguir:

Page 29: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

29

2. MATERIAIS E MÉTODOS

A pesquisa iniciada no mês de abril de 2011 procurou obter

informações acerca de conhecimentos já disponíveis sobre o tema

dermatoglifia. Uma revisão de literatura foi feita primeiramente para a posterior

realização da coleta de dados e de objetivos da pesquisa.

Com os objetivos já definidos, deu-se início à fase de estudos para

avaliar de que forma seria feita a coleta de dados, ou seja, que instrumentos e

de que forma usá-los para conseguir êxito em coletar dados que demonstrem

esses parâmetros essenciais para o futebol de campo. A partir dos

instrumentos já elaborados, a pesquisa entrou em fase de coleta de dados que

ocorreria entre os meses de setembro de 2011 e início de outubro do mesmo

ano. Após a coleta de dados, deu-se início à fase de análise dos dados

coletados e desenvolvimento do trabalho em questão.

Os sujeitos selecionados foram jogadores da equipe sub-15 do Goiás

E.C, nascidos entre 1996 e 1997, com certa experiência no futebol de campo,

tomando-se como parâmetro atletas de categoria de base selecionados frente

a vários outros garotos. O local da pesquisa foi o C.T. do clube, onde os treinos

do sub 15 são realizados diariamente. O Centro de Treinamentos conta com

uma estrutura de seis campos oficiais, uma quadra de areia, um campo society,

sala de fisioterapia e vestiários,totalizando a área destinada apenas a

categorias básicas.

Os equipamentos usados para a coleta de dados são de propriedade

dos pesquisadores. Foram eles: fichas para a coleta de digitais, almofada com

tinta e uma lupa para a coleta das ID. Nos testes físicos de campo foram

utilizados: cones e câmera de vídeo digital para o tratamento fidedigno dos

dados, analisando a cinemática da corrida e o tempo de forma mais real.

A síntese do conhecimento científico gera hipóteses e estas geram novas abordagens metodológicas. Atualmente, vivemos na Biomecânica um grande período analítico até então não observado, graças a transferência dos avanços tecnológicos aplicados a análise do movimento. (BARBANTI,2002, p, 46)

Page 30: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

30

Os métodos utilizados para medição e análises foram feitos da seguinte

forma,nesta ordem: coleta das digitais e análise das mesmas, entrevista com o

treinador da equipe e realização de testes de resistência e velocidade para a

comparação dos resultados entre o teste das digitais e os teste de campo.

De junho até setembro, foram coletadas as digitais dos atletas. Com

isso, na medida em que chegava um atleta, as suas ID eram coletadas, para

que, no mês de outubro, todos os dados do perfil dermatoglífico estivessem

traçados para a realização dos testes físicos.

Os testes então foram escolhidos de modo que os dados estivessem

fidedignos e que fosse possível a realização dos mesmos frente às dificuldades

encontradas e aos materiais disponíveis. Os dois testes foram testes de

campo.

Os testes de campo, apesar de menos precisos, podem ser realizado em diversos locais, com baixo custo e analisando-se vários indivíduos simultaneamente. A decisão de se aplicar um teste indireto ou direto deve ser baseada na necessidade de precisão das informações obtidas, nos objetivos, no custo, na disponibilidade e na acessibilidade, esta decisão ficara a critério do profissional responsável pelo individuo ou grupo.(KISS. 2003, p,129)

.

Como já foi especificada na revisão de literatura, a força tem um grande

papel no desenvolvimento do futebolista. Entretanto, por questões logísticas e

metodológicas do clube, o teste de força não pôde ser realizado: o teste de RM

(repetição máxima) não é viável para esta idade devido aos diferentes níveis

maturacionais; e o teste de salto vertical como força explosiva de membros

inferiores não foi programado a tempo. Permaneceram, então, apenas os

testes de velocidade e força.

O teste dermatoglífico foi realizado de abril até outubro de acordo com a

chegada dos atletas ao clube. Os testes motores foram realizados de junho a

outubro de 2011. Os testes escolhidos foram resistência (Cooper) 9 minutos e

velocidade (30m).

2.1. Teste Dermatoglífico

Testes dermatoglífico segundo protocolo de Cummins, Midlo (1961):

Page 31: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

31

Materiais necessários: Fichas para coleta das digitais, almofada com tinta e

lupa.

Procedimentos: Um atleta de cada vez, com auxílio do professor, coletava as

impressões das dez falanges distais com o cuidado de não borrar ou ficar clara

a marca no papel.

Imagem. 3 Teste dermatoglifico, com atleta do sub-15 do Goiás Esporte Clube acesso:22/4/11

Disponível em www.goiasesporteclube.com.br/rquivos/img1303305731585

Resultado: Contagem de deltas analisando tipo de desenho e o somatório total

da quantidade de linhas do delta até o núcleo ou centro da impressão digital;

Local de teste: Sala de testes e avaliações do Goiás Esporte Clube.

2.2 Teste de Resistência (9 minutos)

Segundo Kiss, (2003) o teste de 12 minutos utiliza uma equação para o

calculo da potência aeróbia em função da distancia percorrida, porem outras

medidas de tempo são utilizadas, e uma delas é a adaptação para 9 minutos

Page 32: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

32

em escolares. Com isso a utilização da redução do tempo de 12 minutos para 9

minutos.

Materiais necessários: Um cronômetro, 15 conese um apito;

Procedimento: Foi realizado um aquecimento com movimentos

coordenativos de 5 minutos antes da realização do teste sem exercícios de

alongamento. Ao sinal do testador, deveriam correr a maior distância possível

em nove minutos. O professor deveria apitar duas vezes. Sendo um sinal

faltando um minuto para terminar; o segundo, no término. Os alunos deveriam

parar no local em que estivessem no segundo apito, e aguardar o professor na

determinação da distância percorrida. O teste foi realizado em dois dias, com

intervalos de quinze dias entre eles, no qual se descartou o pior resultado no

teste;

Contagem: A medida consta da marca da distância percorrida em

metros após os 9 minutos de corrida;

Resultado final: Distância percorrida ao final dos 9 minutos;

Local do teste: O teste foi realizado no campo do centro de treinamentos

do clube. A metragem é de 100m de comprimento por 50m de largura e foi

marcado de 20m a 20m por cones para otimização dos resultados. Segue

abaixo desenho esquemático:

Page 33: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

33

Imagem 4. Desenho para o teste de resistência de 9 minutos.

2.3 Teste de velocidade em sprint 30 metros.

Materiais necessários: Marcadores a cada metro, estacas de 10 em 10

metros e câmera de vídeo 60 Hz;

Mohr, Krustrup e Bangsbo (2003) relatam que atletas de futebol realizam

em média 110 ações de alta intensidade em espaços de 5m a 30m, sendo 39

delas em sprint. Consequentemente, a escolha do teste foi feita de acordo com

sprints comuns para o futebol, considerando que o jogador não atinge a

velocidade máxima em trinta metros, embora dela se aproxime.

Para Gomes (2002) p. 184,“para a revelação do nível de

desenvolvimento da velocidade, utiliza-se a corrida de 30 metros”.

Procedimento: O teste de velocidade foi realizado no dia 04 de outubro

de 2011, com breve aquecimento e movimentos coordenativos e sem

alongamentos. O teste consistia em trinta metros em linha reta,sobre os quais

cada atleta realizava, por três vezes,com intervalos de 5 a 7 minutos de

Page 34: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

34

recuperação,o sprint, excluindo-se os dois piores tempos,utilizando apenas o

que o atleta foi o mais veloz.

Resultado: Analisar tempo de acordo com a amostra das filmagens

Local do teste: Campo do centro de treinamentos do Goias E.C

A síntese do conhecimento científico gera hipóteses e estas geram novas abordagens metodológicas. Atualmente, vivemos na Biomecânica um grande período analítico até então não observado, graças a transferência dos avanços tecnológicos aplicados a análise do movimento. (BARBANTI,2002, p, 46)

De acordo com a idéia do autor no trecho acima, tendo-se em vista os

avanços tecnológicos e o conhecimento sobre a biomecânica, foi desenvolvido

o teste com uma câmera de vídeo de 60 Hz e equipamentos produzidos no

próprio laboratório da universidade.

Considerando que o programa DynamicPosture Sport, traz quadros nas

filmagens nos quais a cada 60 quadros equivalem a 1s, o teste possui grande

valia por avaliar o tempo de forma mais precisa. Um exemplo: ao atleta que

termina o percurso em 270 quadros aplica-se uma regra de três simples, da

seguinte forma:

60------1s

270-----x (tempo em (s) nos 30 metros)x= 4,50 segundos

Além do tempo de forma precisa, o programa mede quantidade de

passadas, freqüência e comprimento das mesmas.Após os resultados, o

preparador físico da equipe pode conduzir e planejar seus treinos de forma

adequada, considerando a especificidade de cada atleta.

Page 35: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

35

Imagem 5. Teste físico velocidade 30 m com atletas sub-15 Disponível em:

http://www.goiasesporteclube.com.br/site.do?categoria=CategoriaDeBaseNoticias&ts=1&idArtigo=25842 acesso 19/10/2011.

Imagem 6. Teste físico velocidade 30 m com atletas sub-15 Disponível em

:http://www.goiasesporteclube.com.br/site.do?categoria=CategoriaDeBaseNoticias&ts=1&idArtigo=25842 Acesso em: 19/10/2011.

2.4. Entrevista com treinador da equipe

Materiais: Lista com todos os atletas do sub-15 .

Page 36: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

36

Procedimento: Foi feita apenas uma pergunta, com a lista de todos os atletas

que realizaram o teste dermatoglífico.

Pergunta: “Considerando que todos os jogadores estejam na plenitude da

forma física, psicológica, técnica e tática, quais seriam os titulares da equipe e

os suplentes da equipe?”

Resultados: foram classificados de acordo com as respostas no qual o grupo

0= jogadores que não eram utilizados, 1= jogadores muito ultilizados e 2=

jogadores utilizados , logo se dividiu para a analise de dados jogadores

utilizados pelo treinador (1,2) e jogadores não utilizados (0).

2.5. Ferramentas para análise de dados (recursos estatísticos e computacionais)

Após colhidas as amostras do teste de velocidade foram aplicadas ao

programa Dynamic Posture Sport, para tratamento dos dados. Analisando o

tempo de forma mais real através do número de quadros.

Nesse estudo com dados qualitativos e quantitativos, o tratamento dos

dados foi exposto na forma de gráficos, criados no programa Matlab.

Para verificar se houve relação entre os testes de campo e a entrevista

com a análise das impressões digitais utilizou-se o teste não-paramétrico

Kruskal Wallis , (JACQUES,181, 2003) “não se pode confiar no resultado de

uma análise de variância tradicional, pois há probabilidade de se cometer um

erro”. O autor então mostra que um teste estatístico se torna mais significante

para os dados que um teste tradicional. Considerou-se o índice de significância

como p<0,05, isto é, se o índice for maior que esse número, os dados acabam

se tornando insignificantes estatisticamente.

Page 37: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

37

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

No gráfico abaixo, observa-se o tipo de desenho presente nas

digitais dos atletas, onde n=29 total de digitais analisadas 290, sendo 170 (l)

presilhas, (W) 115 verticilos ou S-desenho e 5 (A) arco.

Figura 1. Gráfico de setores especificando os tipos de desenhos existentes nas digitais dos atletas sub-15

A baixa incidência ou ausência no número de arcos (A) é uma característica marcante do alto rendimento em qualquer modalidade e, principalmente, naquelas em que são necessários altos níveis de resistência e coordenação motora.( ASSEF, 2009)

Números importantes foram encontrados no teste, tendo em vista, a

baixa quantidade de arcos encontrados nas digitais, totalizando apenas 1,7%

confirmando a idéia do autores , que a diminuição de arcos é característica do

esporte de rendimento..

Page 38: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

38

Classe 3

Voluntário 14 3 11 128

Voluntário 15 3 11 87

Voluntário 16 3 12 98

Voluntário 17 3 12 122

Voluntário 18 3 13 132

Classe 4

Voluntários Classe D10 SQTL

Voluntário 1 2 10 81

Voluntário 2 2 10 59

Voluntário 3 2 11 65

Voluntário 4 2 10 89

Voluntário 5 2 10 91

Voluntário 6 2 10 77

Voluntário 7 2 10 98

Voluntário 8 2 10 94

Voluntário 9 2 10 89

Voluntário 10 2 10 78

Voluntário 11 2 10 88

Voluntário 12 2 9 70

Voluntário 13 2 10 95

Page 39: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

39

Classe 5

Voluntário 25 5 18 138

Voluntário 26 5 20 155

Voluntário 27 5 17 98

Voluntário 28 5 15 152

Voluntário 29 5 17 122

Tabela 2. o número de voluntários, classe encontrada, Número de deltas e somatório total da quantidade de linhas.

O baixo nível de D10, o aumento da parcela de desenhos simples, (A,L), e a diminuição da parcela de desenhos complexos (W,S) o aumento da SQTL, todos são próprios das modalidades esportivas, com alta potência, e tempo curto de duração. O alto nível de D10, a falta de arco, o aumento da parcela de W e S o aumento da SQTL caracterizam modalidades esportivas com resistência de velocidade. Nas modalidades de jogos, a mesma tendência. As modalidades de esporte de velocidade e de força inserem-se,no campo de valores baixos de D10 e SQTL. Em modalidades com propriocepção complexa, em grupos de esportes de resistência, em que ocupam a posição intermediária. (DANTAS, 2003 p, 293)

De acordo com idéia de Dantas (2003) no trecho acima, as classes na

tabela que seriam mais adequadas para o futebol de campo seriam as de

números 4 e 5, e a classe de número 3, para algumas posições que exigem

Voluntário 19 4 14 142

Voluntário 20 4 14 122

Voluntário 21 4 13 144

Voluntário 22 4 17 108

Voluntário 23 4 15 130

Voluntário 24 4 14 140

Page 40: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

40

velocidade e força mas não necessita de altos níveis de resistência, como por

exemplo um atacante de área ou centroavante.

Figura 2. Gráfico de bastões ,indicando os tipos de classes(abscissas) encontradas segundo a tabela de Dantas, Roquetti Fernandes e Fernandes Filho (2004) e número de atletas (ordenadas)

De acordo com a coleta das digitais, observou-se 18 atletas com pouca

predisposição para o futebol (classes II e III) e 11 atletas com boas

predisposições para o futebol de campo (classes IV e V). Nenhum atleta foi

enquadrado na classe I, que seria a com menores predispoções para o futebol.

VOLUNTÁRIO TEMPO(s) VELOCIDADE

(m/s)

CLASSE

Voluntário 9 4.16 7.21 2

Voluntário 2 4.16 7.21 2

Voluntário 10 4.18 7.17 2

Voluntário 11 4.23 7.09 2

0

2

4

6

8

10

12

14

Classe 2 Classe 3 classe 4 Classe 5

Classes encontradas dos atletas sub-15

Classes encontradas dos atletas

sub-15

Page 41: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

41

Voluntário 15 4.23 7.09 2

Voluntário 21 4.25 7.05 4

Voluntário 10 4.26 7.04 2

Voluntário 5 4.26 7.04 2

Voluntário 7 4.26 7.04 2

Voluntário 25 4.26 7.04 5

Voluntário 26 4.33 6.92 5

Voluntário 14 4.35 6.89 3

Voluntário 8 4.36 6.88 4

Voluntário 4 4.38 6.84 2

Voluntário 19 4.38 6.84 4

Voluntário 22 4.40 6.81 4

Voluntário 16 4.41 6.80 3

Voluntário 30 4.45 6.74 2

Voluntário 24 4.46 6.72 4

Voluntário 17 4.48 6.69 3

Voluntário 27 4.50 6.66 5

Voluntário 11 4.51 6.65 2

Voluntário 8 4.53 6.62 2

Voluntário 13 4.58 6.55 2

Voluntário 20 4.60 6.52 4

Tabela 3. A tabela acima demonstra os valores do teste de 30m, com tempo(s) velocidade (m/s) e classe do perfil dermatoglífico.

De acordo os resultados apresentados no teste , o gráfico abaixo mostra

a relação entre o perfil dermatoglífico e o tempo dividindo em: atletas com

Page 42: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

42

elevada predisposição pertencentes às classes: 2 e 3 , com moderada

predisposição pertencentes à classe 5 e baixa predisposição a velocidade

pertencentes à classe de número 4.

Figura3. Gráfico de bastões, relacionando a previsão da dermatoglifia(abscissas)e média de tempo em (s) (ordenadas).no teste de velocidade de 30 metros.

Analisando os resultados obtidos, nota-se que a previsão da

dermatoglifia está correta considerando atletas das classes 2 e 3 com melhores

resultados nos teste, (elevada predisposição 4.31s, moderada predisposição

4.36s e baixa predisposição 4.45s) porém, com diferenças pequenas

necessitando de testes estatísticos para verificar os índices de significância

para a pesquisa.

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

Elevada

predisposição (2,

3)

Moderada

Predisposição (5)

Baixa

predisposição (4)

tempos (S)

Page 43: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

43

VOLUNTÁRIO METROS TITULARIDADE

0=POUCO UTILIZADO

1=TITULARES

2-SUPLENTES

CLASSE

(TESTE DERMATOGLIFICO)

Voluntário 9 2325 0 2

Voluntário 2 2150 2 2

Voluntário 1 2175 0 2

Voluntário 12 2150 0 2

Voluntário 15 2000 0 3

Voluntário 21 2225 1 4

Voluntário 10 2150 2 2

Voluntário5 - 0 2

Voluntário 7 2200 0 2

Voluntário 25 2140 1 5

Voluntário 26 2100 1 5

Voluntário 14 - 1 3

Voluntário 23 2400 1 4

Voluntário 4 2190 2 2

Voluntário19 2300 1 4

Voluntário 22 2275 2 4

Voluntário 16 2260 1 3

Voluntário 2 - 0 2

Voluntário 24 2260 0 4

Page 44: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

44

Voluntário 17 2135 0 2

Voluntário 27 - 1 5

Voluntário 6 - 0 2

Voluntário 8 2150 0 2

Voluntário 13 - 1 4

Voluntário 20 2400 0 4

Tabela 4. A tabela acima demonstra os valores do teste de 9 minutos , com distância (m), titularidade (entrevista com treinador) e classe do perfil dermatoglífico.

De acordo os resultados apresentados no teste acima, o gráfico abaixo

mostra a relação entre o perfil dermatoglífico e o tempo dividindo em: atletas

com elevada predisposição pertencentes a classe: 4 e 5 e baixa predisposição

a resistência presentes nas classes 2 e 3.

Figura4. Gráfico de bastões, relacionando a previsão da dermatoglifia e média de distância(m) percorrida no teste de resistência (9 minutos).

Analisando os resultados obtidos (FIGURA 4), nota-se que a previsão da

dermatoglifia está correta, (elevada predisposição 2250m e baixa predisposição

1905ral

1905ral

1905ral

1905ral

1906ral

1906ral

1906ral

1906ral

Baixa

predisposição

Elevada

predisposição

Resistência 9 minutos distância (m)

Resistência 9 minutos

Page 45: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

45

2170m) porém, com diferenças pequenas necessitando de testes estatísticos

para verificar os índices de significância para a pesquisa .

Figura5. Diagrama de caixas entre a velocidade de sprint e previsão dermatoglifica.

Analisando os resultados obtidos (FIGURA 5), nota-se que a previsão da

dermatoglifia está correta tendo em vista que atletas das classes 2 e 3 com a

mediana maior (6,965 m/s) do que os atletas das classes 4 e 5 (6,840 m/s),

porém com pequena significância estatística com p= 0,3346.

23 45

6.5

6.6

6.7

6.8

6.9

7

7.1

7.2

grupos de análise

velocidade (m/s)

Relação entre a velocidade de Sprint e a previsão da dermatoglifia

Page 46: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

46

Figura 6. Diagrama de caixas com relação entre distância percorrida e previsão da

dermatoglifia.

Os resultados obtidos (FIGURA 6) foram de acordo com o esperado

pelos autores defensores da dermatoglifia, no qual atletas das classes 2 e 3

percorreram menores distâncias que os de classe 4 e 5, porém com p=0.105,

o índice acaba se tornando insignificante para resultados maiores.(mediana

classes 2 e 3, 2150m classes 4 e 5 , 2267m).

23 45

2000

2050

2100

2150

2200

2250

2300

2350

2400

grupos de análise

distancia percorrida (m

)

Relação entre a distancia percorrida no teste de 9 min e a previsão da dermatoglifia

Page 47: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

47

Figura 7.Diagrama de caixas. Relação entre distância percorrida e previsão da dermatoglifia

Analisando apenas as classes 4 e 2.(antagônicas na classe de Dantas)

Analisando a figura 7 os números foram de acordo com o esperado

pelos autores defensores da dermatoglifia, no qual atletas da classe 2

obtiveram melhores índices de velocidade do que os atletas da classe de

número 4. Mediana da classe 2, (7,040 m/s) e da classe 4, (6,825m/s), mas o

índice estatístico permaneceu com valores não significativos (p= 0,20).

Page 48: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

48

Figura 8. Gráfico com relação entre distância percorrida e previsão da dermatoglifia analisando apenas as classes de números 2 e 4.

Com os resultados, obtidos na Figura 8, verifica-se que atletas da

classe de número 2 possuem menor resistência que atletas da classe de

número 4. Indivíduos da classe 2 com mediana = 2150m e investigados da

classe 4 com mediana = 2287m. O índice de significância estatístico nesse

teste apresentou uma tendência com p= 0.062.

Page 49: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

49

Figura 9.Gráfico com relação o teste de velocidade e condição da titularidade.

A Figura 9 mostra que não há relação nenhuma com a condição de

titularidade e resultados obtidos no teste de velocidade, com medianas

praticamente idênticas ( jogam = 6,88 m/s, os que não jogam = 6,89 m/s),

consequentemente o índice estatístico baixo. (p= 0,93)

Page 50: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

50

Figura 10. Gráfico com relação entre distância percorrida e titularidade na equipe.

A Figura 10 mostra que não há relação nenhuma com a condição de

titularidade e resultados obtidos no teste de resistência com medianas

praticamente próximas (jogam = 2207m, os que não jogam = 2175m) entre os

que jogam e os que não jogam, consequentemente o índice estatístico baixo.

(p= 0,74)

Page 51: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

51

Figura 11. Diagrama de dispersão. Relação entre teste de velocidade e o teste de resistência.

Na FIGURA 11, observa-se que não há nenhum tipo de relação entre os

resultados no teste de velocidade com o teste de resistência , ou seja

resultados nos testes de velocidade com de resistência não se aproximam e

vice e versa.

Page 52: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

52

Figura.12 Gráfico de bastões , relacionando a porcentagem de erro e acerto da dermatoglifia.

De acordo com a entrevista do treinador, dividindo jogadores que são

utilizados e jogadores pouco / nunca utilizados nos jogos relacionando com o

teste dermatoglifico, com jogadores de classes 2 e 3 possuindo poucas

predisposições para o futebol e atletas das classes 4 e 5 com boas

predisposições , a Figura 12 mostra , que a maioria dos jogadores das classes

4 e 5 são titulares e utilizados, e jogadores da classe 2 e 3 são pouco

utilizados pelo treinador. De acordo com idéia de Dantas (2003), as classes na

tabela que seriam mais adequadas para o futebol de campo seriam as de

números 4 e 5. Portanto a dermatoglifia acertou a previsão em 72,4% e erra em

27,6% dos analisados.

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

Acerto da

dermatoglifia

Erro da

dermatoglifia

Previsão da dermatoglifia/utilização na equipe

previsão da

dermatoglifia/utilização na

equipe

Page 53: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

53

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O papel real da dermatoglifia seria avaliar o potencial genético do

indivíduo, considerando as capacidades físicas como meio dessa avaliação.

Assim, no presente estudo, com realização de testes motores e avaliação

subjetiva de professores da área, observa–se que há uma pequena relação da

dermatoglifia com resultados das avaliações, tendo-se em vista que, em todos

os testes, as médias estiveram de acordo com as classes dos atletas (teste de

resistência com maiores medianas e médias para atletas de classes 4 e 5; e no

teste de velocidade 30m, atletas da classe 2 e 3 com as medianas e médias

mais elevadas), porém com índice de significância estatística abaixo do

esperado, podendo ser ocasionado por: diferenças maturacionais, um número

pequeno de investigados, ou até mesmo pelo fato de a técnica não ser

relevante.

Analisando os resultados, em específico as classes de números 2 e 4,

consideradas antagônicas na tabela proposta por Dantas, Roquetti Fernandes

e Fernandes Filho (2004), os números se aproximaram bastante de uma

relação significativa.

No tratamento dos dados, utilizou-se Kruskal Wallis, um teste relevante

do ponto de vista estatístico, ou seja, com uma grande possibilidade de

rejeição, o que pode também colaborar a não significância estatísticas dos

dados.

A pesquisa teve um caráter significativo, pois, mesmo com um número

pequeno de investigados (apenas cinco atletas nas classes de número 3 e 5) e

com diferenças maturacionais entre os jogadores, dados interessantes como a

baixa incidência de arcos e ausência de atletas classificados ao clã de número

1 - classe a qual apresenta menos aptidão para o futebol – foram

comprovados. Tais resultados podem tornar a dermatoglifia em um parâmetro

para identificação das características genéticas do indivíduo (genótipo), não se

esquecendo de outros fatores fundamentais, que formam o resultado final de

todo o processo de formação de um atleta.

Portanto, os dados desse estudo sugerem que a dermatoglifia pode ser

mais uma ferramenta para a detecção de aptidões para o futebol de campo,

Page 54: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

54

relacionada principalmente à análise subjetiva da comissão que trouxe dados

interessantes, considerando o fato de atletas que apresentaram maior número

de verticilos, D10 e SQTL serem os mais utilizados na equipe.

A dermatoglifia deve ser usada com cautela, tendo-se em vista as

exceções existentes no esporte, isto é, atletas podem ter uma característica

determinante que o faz prevalecer no esporte, como exemplo, o atleta veloz

que se sobressai aos demais justamente devido a essa sua característica

marcante.

O presente trabalho então indica implicações para o uso correto da

técnica da dermatoglifia. Enfatiza a necessidade de um cuidado com o uso da

técnica, não podendo julgar, selecionar ou excluir um indivíduo apenas por

características de impressões digitais, tendo-se em vista outros fatores a serem

observados mais preponderantes e de maior valia para identificação de

talentos no esportista.

]

Page 55: Monografia Fernando dermatoglifia capacidades físicas futebol

55

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