efeitos do programa de treinamento funcional nas...

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Unisalesiano Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Educação Física Bacharelado TIAGO APARECIDO OLIVEIRA DA SILVA VINICIUS BRANCAGLION GARCIA EFEITOS DO PROGRAMA DE TREINAMENTO FUNCIONAL NAS CAPACIDADES FISICAS DO FUTSAL LINS SP 2016

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Unisalesiano

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Educação Física Bacharelado

TIAGO APARECIDO OLIVEIRA DA SILVA

VINICIUS BRANCAGLION GARCIA

EFEITOS DO PROGRAMA DE TREINAMENTO

FUNCIONAL NAS CAPACIDADES FISICAS DO

FUTSAL

LINS – SP

2016

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TIAGO APARECIDO OLIVEIRA DA SILVA

VINICIUS BRANCAGLION GARCIA

EFEITOS DO PROGRAMA DE TREINAMENTO FUNCIONAL NAS

CAPACIDADES FISICAS NO FUTSAL.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium para obtenção do título bachalerado em Educação Física – Bacharelado sob a orientação da Profo Esp. Dagnou Pessoa de Moura e orientação técnica da Profa Ma. Jovira Maria Sarraceni.

LINS – SP

2016

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Silva, Tiago Aparecido Oliveira; Garcia, Vinícius Brancaglion Efeitos de um programa de treinamento funcional nas

capacidades físicas de atletas de futsal/ Tiago Aparecido Oliveira Silva; Vinícius Brancaglion Garcia. – – Lins, 2016.

76p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, paragraduação Bacharel em Educação Física.

Orientadores:Dagnou Pessoa de Moura; Jovira Maria Sarraceni 1. Treinamento Funcional. 2. Futsal. 3. Capacidades Físicas. I

Título. CDU796

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TIAGO APARECIDO OLIVEIRA DA SILVA

VINICIUS BRANCAGLION GARCIA

EFEITOS DO PROGRAMA DE TREINAMENTO FUNCIONAL NAS

CAPACIDADES FISICAS DO FUTSAL

Monografia apresentada ao Centro Universitário Salesiano Auxilium, para

obtenção do título de Bacharel em Educação Física

Aprovada em: ___/___/___

Banca Examinadora:

Profo. Orientador: Dagnou Pessoa de Moura

Titulação: Especialista em Fisiologia do Exercício pela Universidade Federal de

São Carlos; Especialista em Biomecânica, Avaliação Física e Prescrição de

Exercício pela UniFMU

Assinatura:_____________________________________

1º Prof. (a):______________________________________________________

Titulação:_______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura:_____________________________________

2º Prof.(a):_______________________________________________________

Titulação:_______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura:_____________________________________

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A Deus, por tudo diante de todos os obstáculos encontrados durante esta

batalha, Ele me capacitou e fortaleceu. Obrigado Senhor pelo seu amor

incondicional e a paz que há em sua presença, por estar sempre ao meu lado

me encorajando a caminhar e nunca desistir.

À minha mãe Sonia minha rainha, que me incentivou bastante mesmo eu

tendo parado por algum tempo, mas ela nunca desistiu de mim e sempre me

apoiou mesmo sabendo que não seria fácil. Com ajuda dela não seria possível

a conclusão desta etapa em minha vida. Você é meu exemplo de coragem e

força. Mãe eu te amo.

Ao meu pai Luiz que esta La no céu só me observando sempre foi um exemplo

pra mim e me incentivou a estudar e buscar conhecimento em outras áreas, me

dando oportunidade de fazer cursos e trabalhar mas o meu foco sempre foi a

educação física, onde tive total apoio e ajuda quando precisei. Pai eu te amo

eternamente.

A minha esposa Camila por todo o amor, carinho e pela paciência obtida nos

momentos de dificuldade, sempre estando presente nos momentos bons e

ruins, transmitindo a segurança necessária e me dando força para concluí-la.

A minha irmã Priscila e toda minha família, que de alguma forma, todos,

contribuíram para realização desta conquista, muito obrigado.

Ao meu amigo Tiago que nesses 2 anos de luta ele me ajudou bastante e me

incentivou a não desistir di novo de maneira próxima nessa jornada

construímos e compartilhamos muitos conhecimentos.

Ao professor e orientador Dagnou, pessoa de muito caráter, no pouco tempo

que eu o conheço, tem me ajudado bastante, e agora com suas ótimas

orientações, estou finalizando o ano com chave de ouro. Muito obrigado

mestre!!

E a todos os professores, que tive prazer de conhecer que ficavam falando no

meu ouvido para terminar logo essa faculdade... Muito obrigado estou muito

feliz por ter chegado até aqui, que Deus abençoe a todos.

Vinicius B

A Deus, tudo o que tenho, e que me tornei foi graças a Ele, ele me capacitou e

me deu forças para chegar até onde estou hoje. Obrigado Senhor por sempre

estar ao meu lado, e sempre me amar incondicionalmente.

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Agradeço a minha mãe Rosa Maria por sempre ter me incentivado a estudar e

nunca desistir de um sonho, sem duvidas a senhora me ajudou muito, e sou

grato a Deus pela sua vida. Obrigado mãe

Ao meu pai Amilton por sempre estar ao meu lado, e me motivar a sempre a

estudar, e ser um homem integro. Obrigado pai!

A minha namorada Eliane Travalon, que me motivou sempre a ser um

profissional melhor, e que esteve ao meu lado nos momentos bons e ruins, me

dando segurança e força para concluir esse trabalho. Obrigado meu amor! Eu

te amo!

Ao meu irmão Danilo, e cunhada Ellen que mesmo longe sempre torceram pela

minha formação em Educação Física.

Agradeço a todos familiares e amigos que sempre torceram pela minha

felicidade.

E claro ao meu companheiro de monografia Vinicius, que me ajudou a chegar a

essa reta final de faculdade.

Ao meu mestre e orientador Dagnou, que esteve sempre presente com suas

ótimas orientações, me ajudando passo a passo, sem duvidas um grande

exemplo de profissional para me espelhar.

Aos demais professores, que tive prazer de conhecer, que me ensinou e me

preparou para essa nova aventura que irei passar após o termino da faculdade.

Dedico também a todos meus amigos que conheci na faculdade, pessoas que

vou guardar sempre no meu coração.

Tiago Oliveira

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AGRADECIMENTO

A todos professores que passaram pela minha vida, desde o meu inicio na vida

escolar até hoje, sem eles eu não poderia estar aqui hoje, realizando essa

etapa tão importante na minha vida, também a minha família e minha

namorada que me motivou e me ajudou a chegar aonde estou hoje.

Tiago Oliveira

A Deus, aos meus pais e minha esposa que sempre acreditaram e me

ajudaram sempre me motivando a nunca desistir dos meus sonhos.

Vinicius

Ao professor Dagnou Pessoa de Moura pela grande orientação apresentada

em nosso trabalho.

Ao Unisalesiano de Lins, por ter excelentíssimos profissionais, que nos

prepararam e nos ajudaram a chegarmos onde estamos hoje.

Ao coordenador de Esporte de Guaiçara Higor, que nos ajudou dando todo

apoio a nossa pesquisa de campo.

E a cada um dos jovens atletas que se dedicaram ao máximo, para que

conseguíssemos fazer esse trabalho com grande qualidade.

Tiago e Vinicius

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RESUMO

O treinamento físico tem como base uma prescrição coerente e segura

de exercícios que permitam a estimulação do corpo humano de uma maneira capaz de evoluir todas as qualidades do sistema musculoesquelético, como velocidade, força, equilíbrio, coordenação, flexibilidade, lateralidade, resistência cárdio e neuromuscular, além da manutenção do centro de gravidade do corpo. O futsal é um dos esportes que mais tem crescido nos últimos anos, o esporte apresenta característica de esforços físicos de alta intensidade e de curta duração, o que faz precisarem de um bom preparo físico. Entre as capacidades físicas importantes no futsal estão agilidade, velocidade, flexibilidade, potência de membros inferiores e resistência abdominal. Foi realizada uma pesquisa experimental com abordagem quantitativa, com objetivo de verificar a influencia do treinamento funcional nas capacidades físicas utilizadas por atletas de futsal. Para isso foram utilizados os seguintes protocolos: tiro de 20 metros para velocidade; teste de impulsão horizontal para a potência de membros inferiores; banco de Wells para a flexibilidade; teste de Semo para a agilidade; teste de resistência muscular abdominal. Foi adotada a análise estatística teste T student para dados dependentes, onde foi adotado um nível de significância p ≤0,05. O presente estudo foi realizado com 10 voluntarios (com idade de 15,33 ± 0,5 anos, a mesma teve a duração de 3 meses, sendo realizado treinamento funcional duas vezes por semana. Os resultados encontrados foram melhora estatística nas capacidades físicas de resistência abdominal, flexibilidade, agilidade, velocidade e potencia de membros inferiores. Conclui-se que um programa de treinamento funcional influencia na melhora das capacidades físicas do futsal. Palavras-chave: Treinamento funcional. Futsal. Capacidades Físicas.

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Abstract

Physical training is based on a consistent and safe prescribing exercises that allow the simulation of the human body in a way able to develop all the qualities of the musculoskeletal system, such as speed, strength, body balance coordination, flexibility, laterality, cardio endurance and neuromuscular besides maintaining the center of gravity of the body. Futsal is a sport that has growth most in recent years, the sport has characteristic physical effort of high intensity and short duration, which does need a good physical preparation. Among the important physical abilities in futsal are agility, speed, flexibility, power of lower limbs and abdominal strength. An experimental research with a quantitative approach was carried out in order to verify the influence of functional training in physical abilities used for indoor soccer players. For this the following protocols were used: 20-meter shot for speed; standing long jump test for potency of the lower limbs; Wells bank for flexibility; Semo test for flexibility; abdominal muscle endurance test. Statistical analysis Student T test for dependent data, which was adopted a significance level of p ≤0,05 was adopted. This study was conducted with 10 volunteers (age 15.33 ± 0.5 years, it lasted 3 months functional training being performed twice a week. The results were statistical improvement in physical abilities of abdominal strength, flexibility, agility, speed and power of the lower limbs. We conclude that a functional training program influences the improvement of the physical capabilities of futsal. Keywords: Functional training. Futsal. Physical capabilities.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Característica dos participantes......................................................43

Tabela 2 - Resultados dos protocolos aplicados..............................................44

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Teste do Banco de Wells................................................................... 42

Figura 2: Teste de agilidade Semo................................................................... 43

Lista de abreviações

CAE: Ciclo de alongamento e encurtamento

TP: Treinamento Pliometrico

TC: Treinamento concorrente

TF: Treinamento de Força

SNC: Sistema Nervoso Central

ADM: Amplitude do movimento

TRA: Treinamento de resistência aeróbia

TCLE: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................. 15

1.CONCEITOS PRELIMINARES ...................................................................... 17

1.1. Treinamento funcional .......................................................................... 17

1.2 O treinamento funcional e seus benefícios .......................................... 17

1.3 Metodologia do treinamento funcional.................................................. 19

1.4 Capacidade motora de força ................................................................ 20

1.5 Flexibilidade ......................................................................................... 21

1.7 Agilidade .............................................................................................. 24

1.8 Resistência aeróbia .............................................................................. 25

2. O FUTSAL ............................................................................................ 26

2.2 Fundamentos do futsal ......................................................................... 27

2.2.1 Finalização ou chute a gol .................................................................... 27

2.2.3 Condução de bola ................................................................................ 28

2.2.4 Drible .................................................................................................... 29

2.2.5 Finta ..................................................................................................... 29

2.2.6 Marcação ............................................................................................. 29

2.2.7 Cabeceio .............................................................................................. 30

2.3 Exigências físicas do futsal .................................................................. 30

2.4 Regras do futsal ................................................................................... 31

2.5 O posicionamento dos jogadores de futsal .......................................... 31

2.5.1 O goleiro do futsal ................................................................................ 32

2.5.2 Fixos ..................................................................................................... 32

2.5.3 Alas ...................................................................................................... 32

2.5.4 Pivôs .................................................................................................... 33

2.6 Sistema de jogo ................................................................................... 33

2.6.1 Sistemas ofensivos básicos ................................................................. 34

2.6.2. Sistemas Táticos ..................................................................................... 34

2.6.3 Sistemas defensivos ............................................................................ 35

3 O EXPERIMENTO ......................................................................................... 35

3.1 Procedimento ...................................................................................... 36

3.3 Amostra ................................................................................................ 36

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3.4 Treinamento funcional .......................................................................... 37

3.4.1 Detalhe da sessão de treinamento ....................................................... 38

3.5 Protocolos ............................................................................................ 40

3.5.1 Impulsão horizontal .............................................................................. 40

3.5.2 Teste de resistência abdominal ............................................................ 40

3.5.3 Teste de flexibilidade............................................................................ 40

3.5.4 Tiro de 20 metros ................................................................................. 41

3.5.5 Teste do Semo ..................................................................................... 41

3.6 Discussão ............................................................................................. 44

Conclusão ......................................................................................................... 46

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 47

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INTRODUÇÃO

O treinamento funcional foi criado nos Estados Unidos por alguns

autores desconhecidos e vem sendo disseminado no Brasil, ganhando muitos

praticantes, sua função é preparar o organismo de modo integro e eficiente,

através do centro corporal, chamado de Core (MONTEIRO; CARNEIRO, 2010).

Para Campos; Coraucci Neto (2008) o treinamento tem como base uma

prescrição coerente e segura de exercícios que permitam a estimulação do

corpo humano de uma maneira capaz de evoluir todas as qualidades do

sistema musculoesquelético, como velocidade, força, equilíbrio, coordenação,

flexibilidade, lateralidade, resistência cárdio e neuromuscular e também

motivação através da manutenção do centro de gravidade do corpo.

De acordo com Gelatti (2009), o treinamento funcional ajuda o corpo a

se movimentar de forma integrada e eficiente, ganhando fortalecimento

muscular, melhorando as funções do cérebro responsáveis por tudo que nosso

corpo faz e cria.

O futsal é um dos esportes que mais tem crescido nos últimos anos, no

qual antigamente era chamado de futebol de salão, uma adaptação do futebol

de campo para as quadras que conseguiu se tornar mais dinâmico que o

futebol de campo, levando esse esporte a ser muito praticado

mundialmente.(VOSER,1999)

Segundo Voser (1999, p. 13), “o futebol de salão nasceu nos anos 30 e

foi criado na Associação Cristã de Moços de Montevidéu, no Uruguai, pelo

então diretor de seu departamento de menores, professor Juan Carlos Ceriani.”

O condicionamento físico de jogadores de futsal está sendo

investigadas, no qual o esporte apresenta características de esforços físicos de

alta intensidade e de curta duração dando maior enfoque nas capacidades

físicas de velocidade e força (BARBERO, 2006).

O presente estudo tem como objetivo verificar a influência do

treinamento funcional nas capacidades físicas de resistência abdominal,

flexibilidade, velocidade, agilidade e potencia de membros inferiores de atletas

amadores de futsal com idade entre 15 e 17 anos.

Foram utilizados na pesquisa os seguintes métodos de avaliação das

capacidades físicas citadas acima: O teste de corrida de 20 metros para a

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velocidade; o teste de banco de Wells para a flexibilidade; o teste de Semo

para a agilidade; o teste de resistência abdominal; e o teste de impulsão

horizontal para potencia de membros inferiores.

O estudo está norteado pelas seguintes perguntas: Um programa de

treinamento funcional pode influenciar na melhora das capacidades físicas do

futsal?

Hipótese: um programa de treinamento funcional pode trazer benefícios

significativos nas capacidades físicas dos atletas de futsal.

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17

1. CONCEITOS PRELIMINARES

1.1. Treinamento funcional

Monteiro; Evangelista (2010) afirmam que o treinamento funcional teve

sua origem com os profissionais da área da fisioterapia e reabilitação, pois eles

foram pioneiros na utilização de exercícios que imitavam as práticas dos

pacientes em casa ou no trabalho durante a terapia, possibilitando assim, um

breve retorno à vida normal e às suas funções laborais após uma lesão ou

cirurgia.

O treinamento funcional foi criado nos Estados Unidos por alguns

autores desconhecidos e vem sendo disseminado no Brasil, ganhando muitos

praticantes, sua função é preparar o organismo de modo integro e eficiente,

através do centro corporal, chamado de Core (MONTEIRO;CARNEIRO,2010)

No Brasil o treinamento funcional ou treino funcional tem seu primeiro

expoente o professor Luciano D´Elia, que começou o trabalho na academia

Única em São Paulo no final da década de 1990. Essa academia tinha um

público mais focado nas lutas e em um primeiro momento o treinamento

funcional era focado a especificidade dos esportes de lutas e depois de algum

tempo se expandiu para os demais alunos (FARIAS, 2015).

Para Campos; Coraucci Neto (2008), o treinamento tem como base uma

prescrição coerente e segura de exercícios que permitam a estimulação do

corpo humano de uma maneira capaz de evoluir todas as qualidades do

sistema musculoesquelético, como velocidade, força, equilíbrio, coordenação,

flexibilidade, lateralidade, resistência cardio e neuromuscular e também

motivação através da manutenção do centro de gravidade do corpo.

1.2 O treinamento funcional e seus benefícios

Para Gelatti (2009), o treinamento funcional ajuda o corpo a se

movimentar de forma integrada e eficiente, ganhando fortalecimento muscular,

melhorando as funções do cérebro responsáveis por tudo que nosso corpo faz

e cria. Neste treino os músculos não trabalham isoladamente, e sim em

sinergismo. O treinamento funcional simula os movimentos do dia a dia ou de

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alguma modalidade esportiva, através de exercícios que melhorem seu

desempenho.

Para Monteiro; Carneiro (2010), o intuito do treinamento funcional é uma

volta aos padrões essenciais do movimento humano, como empurrar, puxar,

agarrar, girar e lançar envolvendo a integração do corpo todo para criar um

gesto motor específico em diferentes planos de movimento.

Segundo D´Elia; D´Elia (2005), o treinamento funcional treina

movimentos, e não somente músculos, através de movimentos multi-articulares

e multiplanares e do envolvimento da propriocepção, criando sinergia entre

segmentos corporais e entre qualidades físicas, possibilitando ao indivíduo

produzir movimentos mais eficientes através de características inconfundíveis.

Para Campos; Corucci Neto (2004), o método de treinamento funcional

nada mais é que vários exercícios em seqüência, feitos para que o indivíduo

adquira ou recupere valências físicas, que diminuem com o passar dos anos.

Os exercícios são feitos em pranchas de equilíbrio, bolas, elásticos e

outros materiais que aumentam a dificuldade do movimento e a necessidade

da condição motora mais desenvolvida.

Todo movimento, realizado nesse treinamento, se origina do que é

chamado de core, ou núcleo corporal, com a função de recrutar os músculos

abdominais, lombares e glúteos, utilizando assim a propriocepção (GELATTI,

2009).

Os músculos do core são divididos em grupos internos: transverso do

abdômen, oblíquo interno, multifídio e os transversos espinhais lombares e os

externos que é são do abdominal, oblíquo externo, eretores da coluna,

quadrado lombar, complexo adutor, quadríceps, isquiotibiais e glúteo máximo.

O core mantém o alinhamento postural e auxilia o equilíbrio postural

dinâmico durante as atividades funcionais (MONTEIRO; EVANGELISTA,

2012).

O treinamento funcional pode se definir como um novo tipo de

treinamento especializado de força, e nele utiliza do próprio corpo como

instrumento de trabalho e até mesmo de outros recursos como, bolas suíças,

elásticos, entre outros instrumentos que causam instabilidades e desequilíbrios,

conquistando benefícios na propriocepção, força, flexibilidade, resistência

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19

muscular, coordenação motora, equilíbrio e condicionamento cardiovascular

(MONTEIRO; EVANGELISTA, 2012; GLÉRIA; SANDOVAL, 2011 apud

CAMPOS; CORAUCCI NETO, 2004).

Para Norman (2009), as vantagens do treinamento funcional são que os

exercícios podem ser realizados por pessoas de todas as idades, desde

adolescentes a idosos, aprimoramento da postura, desenvolvimento de forma

equilibrada de todas as capacidades físicas como o equilíbrio, força,

velocidade, coordenação, flexibilidade e resistência. Ele é indicado não só para

aqueles que buscam resultados estéticos, mas também para os que buscam

melhora nas capacidades físicas e motoras. O treinamento Funcional é ideal

para ser aplicado em reabilitação de pacientes vítimas de sequelas, melhora o

desempenho de praticantes de outras modalidades esportivas, previne lesões,

oferece grande variação de exercícios e, com isso, é mais difícil de se tornar

monótono, ampliação do leque de oportunidades no mercado de trabalho pois,

uma vez habilitado, o profissional se mostrará adaptado às inovações da área e

frente aos demais profissionais.

O treinamento funcional busca melhorar a capacidade funcional do

individuo, ou seja, melhorar a habilidade de realizar atividades normais do a dia

a dia, com independência, autonomia e eficiência. Nele apresenta uma

melhoria nos aspectos neurológicos que melhoram a capacidade funcional,

através de exercícios que estimulam os componentes do sistema nervoso e

com isso evolui sua adaptação (CAMPOS; CORUUCCI NETO, 2004).

Para Bittencourt (2009), o treinamento funcional mantém em sua

essência um método de treinamento físico com o objetivo de melhorar a

aptidão física relacionada à performance técnica,saúde e prevenções de lesões

musculo-esqueléticas. Possui como característica básica realizar as

convergências das habilidades biomotoras necessárias do ser humano para

que produzam movimentos mais eficazes, nele pode atender todos os

indivíduos, tanto iniciantes como avançados, como menos condicionados, e

mais condicionados possibilitando um ambiente dinâmico.

1.3 Metodologia do treinamento funcional

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20

D´Elia (2005) diz ser possível realizar um treinamento funcional com

bons resultados usando apenas o peso corporal da pessoa e a gravidade,

porém a utilização de acessórios e equipamentos melhoram ainda mais as

possibilidades do treinamento onde a característica básica é a fácil

adaptabilidade, podendo-se criar inúmeros exercícios em função das

necessidades de cada um.

Os exercícios funcionais referem-se a movimentos que utilizam mais de

um segmento corporal ao mesmo tempo e que possuem diferentes ações

musculares (excêntrica, concêntrica e isométrica). As atividades funcionais

ocorrem nos três planos anatômicos. Apesar dos movimentos parecerem

predominantes em um plano específico, os outros dois planos precisam ser

estabilizados dinamicamente para permitir uma boa eficiência neuromuscular

(MONTEIRO; EVANGELISTA (2010) apud PRANDI, 2011, p.8).

O core como uma unidade funcional integrada, por meio do qual toda

cadeia cinética trabalha sinergicamente para produzir força, reduzir e

estabilizar dinamicamente contra uma força anormal. Em um estado eficiente,

cada componente estrutural, distribui o peso, absorve forças e transfere forças

de reação do solo. Esse sistema integrado e interdependente necessita ser

treinado de forma apropriada para permitir seu funcionamento eficiente durante

atividades funcionais (MONTEIRO; EVANGELISTA 2010).

1.4 Capacidade motora de força

O treinamento funcional vê a força como a capacidade do corpo de

produzir tensão interna e oferecer resistência contra uma força externa.

(D´ELIA; D´ELIA, 2005 apud RIBEIRO, 2006, p.24).

De acordo com Platonov (2008), força é a capacidade do indivíduo de

superar uma resistência ou agir contra ela pela atividade muscular, podendo

ser um trabalho isométrico (estático) ou isotônico (dinâmico).Na execução do

trabalho isométrico não há presença de movimento articular, contrário ao

trabalho isotônico onde há este movimento.

Segundo Campos; Neto (2004), a força é uma qualidade física

imprescindível para a evolução ou o aprimoramento da capacidade funcional

do corpo humano. É a base para resistência muscular, velocidade, equilíbrio,

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21

coordenação e flexibilidade. Esta qualidade deve ser sempre motivada, no

indivíduo destreinado, através do treinamento resistido progressivo.

Godoy (1994 apud RIBEIRO, 2006) aborda o treinamento resistido como

sendo a atividade física executada de forma predominante por meio de

exercícios analíticos, utilizando resistências progressivas providas por recursos

materiais, tais como: halteres, barras, anilhas, aglomerados, módulos,

extensores, peças lastradas, o próprio corpo e/ou segmentos, entre outros.

Um estudo realizado por Goulart et al. (2003) avaliou que a força

muscular foi o fator mais significativo para o sucesso da execução de um

movimento habitual de vida diária do homem, o movimento de passar de

sentado para de pé. Considerando o treinamento funcional específico o meio

mais eficaz na melhora da performance motora e promoção da independência.

Para que uma pessoa se movimente de maneira eficiente contra a ação da

gravidade, ela deve possuir amplitude de movimento, mobilidade articular,

força, e resistência muscular bem como a habilidade de coordenar os

movimentos (CAMPOS; CORAUCCI NETO, 2004).

Para D´Elia; D´Elia (2005), o treinamento funcional possuem seis tipos

de força a serem desenvolvidos: força rápida, força máxima, resistência de

força, força de estabilização, força funcional e força relativa.

No entanto, alguns autores relatam que a força muscular parece ser a

principal capacidade física relacionada à manutenção da capacidade funcional

e, consequentemente, da independência funcional no envelhecimento

(MATSUDO et al., 2000). Consequentemente, o treinamento de força deveria

ser parte integrante e fundamental nos programas de treinamento funcional.

No entanto, alguns entusiastas do treinamento de força (TEIXEIRA;

GUEDES JR. 2009; 2010) afirmam que esse tipo de treinamento, isoladamente

ou em conjunto com outra modalidade, pode contribuir para a melhora de todas

as capacidades biomotoras e, portanto, poderia ser enfatizado nos programas

de TF.

1.5 Flexibilidade

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22

Flexibilidade é compreendida como a habilidade para mover uma

articulação por meio de uma amplitude de movimento sem estresse para a

unidade (CAMPOS; CORAUCCI NETO, 2004).

De acordo com Badaro et al (2007), a flexibilidade é importantíssima,

pois favorece uma maior mobilidade nas atividades do dia a dia e esportivas,

diminui o risco de lesões, favorecendo o aumento da qualidade e quantidade

de movimentos e uma melhora da postura do corpo.

Indicam que a melhor intervenção para uma melhora da flexibilidade são

os exercícios de alongamento por ser uma forma de trabalho que busca a

exploração de graus de amplitude de movimento habitualmente não explorados

no dia a dia (BADARO et al., 2007).

Portanto, estudos têm observado ganhos moderados de flexibilidade em

decorrência do treinamento de força utilizando exercícios com ADM completa.

(CORTES et al., 2002).

Thrash; Kelly (1987), afirmam que um programa de treinamento com

pesos (musculação) para desenvolver força muscular não prejudica a

flexibilidade, podendo, ao mesmo tempo, manter os níveis, ou até aumentar a

amplitude de determinados movimentos.

Weineck (2003) mostra através dos ginastas que possuem uma

musculatura bem desenvolvida combinada com uma extraordinária

flexibilidade, que o aumento da massa muscular não necessariamente está

associado a uma restrição da flexibilidade.

Segundo Campos; Coraucci (2008, p. 47), "flexibilidade é a habilidade

para promover uma articulação através de uma amplitude de movimento

normal sem estresse excessivo para a unidade".

O aumento da flexibilidade, a capacidade de realizar movimentos em

amplitudes normais asseguram a eficiência dos exercícios do treinamento

funcional e os movimentos da vida diária (CAMPOS; CORAUCCI, NETO 2008).

Na maioria dos esportes, ocorrem tensões musculares, rupturas e

distensões devido a movimentos repetitivos, quase sempre com amplitude de

movimento limitado. Com o aumento progressivo da flexibilidade, há o

alongamento dos músculos, diminuindo a tensão e auxiliando na prevenção de

lesões (BOMPA, 2002).

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1.6 Potência

Potência muscular é a habilidade de utilizar a força de maneira rápida e

eficaz aliada à velocidade (CAMPOS; CORAUCCI NETO, 2008). Para a

melhoria dessa capacidade física é preciso aprimorar a capacidade de

produção de força pelos músculos para depois, através do treinamento

funcional resistido, “ensinar” esses músculos a utilizarem a força obtida com

velocidade e da maneira mais específica.

O treinamento de potência muscular é o tipo de treinamento que tem

como objetivo aumentar a velocidade de contração muscular utiliza maquinas e

pesos livres, tem como característica principal a execução da fase concêntrica

do exercício da maior velocidade possível(RICE, 2009).

Várias são as atividades de desporto que exigem impulsão, velocidade e

força para sua prática resultando no que se chama potência muscular e, para

isso, utilizam uma alternância de contrações musculares concêntricas e

excêntricas cuja função é aumentar a eficiência mecânica dos movimentos. Um

dos métodos para ativar esse ciclo de alongamento-encurtamento (CAE)

provocando sua potenciação elástica, mecânica e reflexa é a pliometria ou

treinamento de força explosiva (ROSSI; BRANDALIZE, 2007).

A pliometria é um tipo de treinamento eficaz que otimiza a força

muscular (BOCALINI et al., 2007). O treinamento pliométrico (TP) baseia-se em

um conjunto de exercícios que favorecem o músculo a atingir um nível mais

elevado de força explosiva fundamentado no CAE (BOCALINI et al, 2007).

Essa ação gera um armazenamento de energia elástica no músculo

tendinoso, que é liberada durante a contração concêntrica na forma de energia

cinética, transformando assim a força pura em força rápida (BOCALINI et al,

2007).

A pliometria beneficia desportos que necessitam desenvolver força

explosiva e reações mais rápidas baseadas na melhora da reatividade do

Sistema Nervoso Central (SNC) e força para absorver impacto de uma

equilibrada aterrissagem após um salto, além de atletas de desportos que

envolvem atividades explosivo-reativas ou uma alta velocidade de seu próprio

corpo semelhante aos que envolvem atividades explosivo-reativas de alta

velocidade de um objeto ou instrumento. Entre estes estão: basquete, vôlei,

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salto em distância, futebol, corrida de curta distância, patinação artística, salto

com esqui, hóquei, golfe, eventos de lançamento, etc (BOMPA, 2004).

Com o aumento da flexibilidade, a capacidade de realizar movimentos

em amplitudes normais assegura a eficiência dos exercícios do treinamento

funcional e os movimentos da vida diária. Além disso, a flexibilidade é essencial

para ganhos de agilidade e destreza, importantes para o incremento da

capacidade funcional do corpo (CAMPOS; CORAUCCI NETO, 2004).

1.7 Agilidade

No futsal, assim como nas demais modalidades esportivas, algumas

capacidades físicas têm papel fundamental para êxito na prática, dentre elas se

destacam força e agilidade (BELLO JUNIOR, 1998).

Complementarmente, são vários os aspectos motores influenciadores do

desempenho envolvendo estas capacidades (SHMIDT; WRISBERG, 2001).

A força muscular, definida como a capacidade de vencer considerável

resistência externa com grandes esforços musculares deve ser tratada de

maneira especial, pois apresenta manifestações variadas (FORTEZA, 2006).

Como principais tipos, destacam-se: força máxima, força-velocidade (a

qual pode ser entendida como potência) e força resistente, que não se

expressam isoladamente, mas exercem função conjunta durante as ações

motoras do atleta (PLATONOV, 2004).

Especificamente no futsal, as manifestações de força que se destacam

são aquelas relacionadas à velocidade, como a força explosiva e força

explosiva elástica, conhecidas como força ativa e força reativa,

respectivamente (SANTI MARIA; ALMEIDA; ARRUDA, 2009).

Já a agilidade é definida como capacidade de movimento corporal rápido

com mudança de velocidade e direção em resposta a um estímulo no menor

tempo possível (SHEPPARD; YOUNG, 2006).

A agilidade é composta por acelerações, desacelerações e re-

acelerações, e é essencial para as situações de dribles, fintas e marcação no

futsal (BENVENUTI et al., 2010).

Segundo Cunha (2002), o futebol moderno adquiriu características

físicas completamente diferentes de trinta, quarenta anos atrás, isso inclui,

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também, a mudança no modo de jogo do futsal. O desenvolvimento da

velocidade e agilidade mudou radicalmente a dinâmica das partidas e até os

esquemas táticos.

Quando se pensa em treino de futsal para jovens, deve-se ter sempre

presente que isto pode ser considerado um dos melhores laboratórios para o

processo de ensino/aprendizagem. Sendo assim, não é necessária uma grande

quantidade de materiais; basta ter à disposição algumas bolas de futsal e

alguns cones sinalizadores para atingir objetivos elevados (TORRES, 2007).

Segundo Schmid; Alejo (2002), a velocidade é mais complexa do que

simplesmente correr o mais rápido possível; inclui, também, força muscular

para correr, tiros curtos, movimentos rápidos em todas as direções, habilidade

de reagir e tempo de reação, e capacidade de parar rapidamente.

1.8 Resistência aeróbia

Várias modalidades esportivas exigem a estruturação de programas de

treinamento que combinem a força e a resistência aeróbia para otimizar seu

rendimento em jogos e competições. Essa otimização depende do tipo, da

intensidade, da duração e da frequência de treinamento.

No entanto, além dessas variáveis de carga de treinamento, o

desenvolvimento específico da resistência aeróbia ou da força também

depende se elas estão combinadas no mesmo período de treinamento. A

literatura internacional tem adotado com frequência a terminologia treinamento

concorrente (TC) para se referir aos programas que combinam treinamento de

força (TF) e de resistência aeróbia (TRA) num mesmo período de tempo, assim

como as possíveis adaptações antagônicas produzidas pelo treinamento

dessas duas capacidades motoras (BELL et al., 2000; HAKKINEN et al., 2003;

MC CARTHYet al., 2002).

Leverittet al., (1999) fala de três possíveis mecanismos relacionados ao

efeito da concorrência, que foram a hipótese crônica, na qual se propõe a ideia

que algumas adaptações morfofuncionais ocasionadas pelo treinamento

exclusivo da resistência aeróbia são distintas quando comparadas ao

treinamento de força, over training, isto é, o organismo não assimilaria um

grande volume de treinamento para as duas capacidades motoras, hipótese

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aguda, na qual após uma sessão de treinamento de resistência aeróbia haveria

uma fadiga residual que comprometeria o treino de força na sessão

subsequente.

A resistência aeróbia é a capacidade de manter um equilíbrio funcional

perante uma carga que desencadeie perda de rendimento, assegurando,

simultaneamente, uma recuperação rápida após esforço (ZINTL, 1991).

2. O FUTSAL

2.1. A história do futsal

Segundo Tolussi (1982), no Brasil o Futebol de Salão começou na

década de 1930 com as ACMs do Rio do Janeiro e de São Paulo.

No estado de São Paulo os professores da ACM, Juan Carlos Ceriani e Habib

Maphuz são considerados os pais do Futebol de Salão. No início dos anos

cinqüenta, Habib Maphuz participou da elaboração das normas do Futebol de

Salão e fundou a primeira liga, a Liga de Futebol de Salão da Associação

Cristã de Moços, sendo o primeiro presidente da Federação Paulista de

Futebol de Salão, além de também ser colaborador de Luiz Gonzaga de

Oliveira Fernandes na elaboração do primeiro livro de regras de Futebol de

Salão editada no mundo, em 1956 (TOLUSSI, 1982)

Foi fundada a Confederação Sul Americana de Futebol de Salão -

CSAFS, em 14 de setembro de 1969 em Assunção, Paraguai.(TOLUSSI, 1982)

E em 25 de Julho de 1971 em São Paulo foi fundada a Federação

Internacional de Futebol de Salão - FIFUSA (TOLUSSI, 1982).

Na década de 1990, foram feitas modificações no Futebol de Salão e

esse passou a se chamar Futsal. Essa modalidade agora passa a ser

responsabilidade da FI F A. Essa vinculação a uma federação tão forte

internacionalmente fez com que o Futsal desse um grande salto para sua

consagração (TOLUSSI, 1982).

Segundo Tolussi (1982), o futsal sofreu várias alterações para melhorar

o andamento do jogo, assim esse tópico tem a intenção de mostrar algumas

características do jogo.

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Desde o surgimento até hoje, ocorreram muitas mudanças nas regras

do futsal, por exemplo, a substituição de jogadores durante o jogo, a chance de

substituir os atletas quantas vezes quiser dentro do jogo, o futsal foi espalhado

por todo mundo (SANTA CRUZ, 2011).

2.2 Fundamentos do futsal

Os principais fundamentos do futsal são divididos em passe, chute,

domínio, condução, drible, finta, marcação e cabeceio (SANTINI;

VOSER,2008).

O passe é a forma de transportar a bola entre dois ou mais jogadores de

uma equipe (MELO; MELO, 2006).

Para Ferreira (1994) o passe é a "ação de enviar a bola a um

companheiro ou determinado setor do espaço de jogo".

O objetivo principal do passe é envolver o adversário e deixar um atleta

de sua equipe em condições de concluir ao gol (ZAPPA, 1947).

Para Santos Filho (2000), deve-se observar não só a posição do

companheiro para o qual se pretende passar a bola, como também à do

adversário que o marca e, a partir daí, utilizar o tipo mais adequado para a

situação e objetivo desejados.

O passe pode ser classificado em básicos complexos; quanto à

trajetória, (rasteiros, meia altura ou altos);e quanto a distancia, curtos, longos,

médios, paralelos, diagonais, para frente e para trás (SANTINI; VOSER,2008).

2.2.1 Finalização ou chute a gol

Considerado por Costa (2007) como um dos principais elementos

técnicos do futsal, é o fundamento com maior poder de decisão durante uma

partida.

Tem como característica de bater na bola com pé, cabeça ou outra parte

do corpo, fazendo com que vá em direção ao gol (SANTINI ; VOSER,2008).

Segundo Mutti (2003), a finalização assemelha-se muito com o passe,

exceto pelo fato de que o jogador necessita maior controle da força e da

direção ao acertar a bola.

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Chute é a ação de golpear a bola parada ou em movimento visando

desviá-la ou dar-lhe trajetória (LUCENA, 2001).

2.2.2 Recepção ou domínio de bola

Recepção, domínio ou controle de bola é a habilidade em que o jogador

para a bola e, sobretudo a conserva próxima de si, procurando, dessa forma,

manter sua posse (SANTOS FILHO, 2002)

Costa (2007) diz que domínio é a forma de amortecer a bola ou recebê-

la, visando dar sequência as ações de jogo. Este fundamento técnico é de

grande importância no jogo, pois um domínio mal feito pode resultar em gol da

equipe adversária.

Segundo Frisselli e Mantovani (1999), recepção é o primeiro contato

com a bola, através de uma das estruturas corporais permitidas pelas regras. A

partir desse primeiro contato, onde ocorre à recepção, passa-se à segunda

fase, que é o domínio da bola, e, assim por diante, à terceira fase, que o

controle da bola. O equilíbrio, a coordenação dos movimentos, a flexibilidade e

total atenção e visão da bola são pré-requisitos básicos para uma boa

execução desta habilidade.

Uma boa recepção agiliza o jogo, juntamente com o passe são os dois

principais elementos do jogo (LUCENA, 2001).

2.2.3 Condução de bola

Conduzir a bola refere-se à ação de carregá-la de um local para outro na

quadra, principalmente em direção à goleira adversária (MUTTI, 2003).

Segundo Tenroller (2004), é o movimento de levar a bola próximo aos

pés, de maneira que ela esteja sempre ao alcance do condutor, que assim

poderá agir prontamente, quer seja caminhando ou em velocidade. Uma

condução com habilidade apurada requer ampla percepção espacial. Muitos

torcedores definem esse jogador como inteligente, de fato, requer as

inteligências motoras amplas, espacial e temporal a fim de ser bem sucedido

nos jogos.

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Ao conduzir a bola, deve-se estar sempre em condições de passar,

finalizar, manter a posse ou dar sequência às ações de jogo. Segundo o

mesmo autor, ela classifica-se em: Condução em relação à trajetória ou à

execução, podendo estas ser retilíneas ou sinuosas (LUCENA, 2001).

Segundo Lucena (2001), deve-se considerar cabeça erguida, bola

próxima do corpo, coordenação em velocidade, proteção de bola, equilíbrio,

noção de espaço e estar em condições de passar, finalizar ou manter a posse

de bola.

2.2.4 Drible

O gesto pelo qual o jogador tenta ultrapassar um ou mais adversários

estando com a posse de bola sobre seu domínio (COSTA, 2007).

Segundo Lucena (2001), o drible é um dos elementos do jogo, que para

ser bem aplicado exige do praticante bom tempo de reação, velocidade de

execução, noção de espaço, coordenação e a capacidade de improvisar na

utilização das diferentes técnicas individuais.

2.2.5 Finta

Segundo Tenroller (2004), é uma ação de inteligência motora e cognitiva

que ocorre no espaço e no tempo apropriado. Seu objetivo maior é o de levar o

adversário - geralmente é o marcador - a pensar que quem fez a finta irá para

um lugar quando este vai para outro. Esse deslocamento ocorre sem a bola

justamente para que se possa, na maioria das vezes, recebê-la em situação

privilegiada, ou seja, sem a pressão do adversário.

Ela pode ser classificada quanto ao objetivo defensivo ou ofensivo

(SANTINI; VOSER, 2008).

2.2.6 Marcação

Para Costa (2007), marcar o adversário é evitar sua progressão quando

este está com a posse de bola, ou quando este está sem a posse de bola,

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marcação significa não deixar que este receba em condições dar sequência na

jogada.

Ela pode ser classificada em três aspectos: individual, por espaço ou

zona e mista (LUCENA ; 2001).

2.2.7 Cabeceio

Cabeceio é o movimento de golpear a bola com a cabeça, dependendo

do lugar da cabeça onde ocorre o contato com a bola, está ganhará maior ou

menor velocidade ou direção. O cabeceio poderá ter propósito defensivo

quando usado para tirar a bola da defesa, há o cabeceio passe, que ocorre

quando a bola é impulsionada até um colega de equipe e o cabeceio ofensivo,

que é o que resulta na consecução do gol. É importante a quem executa o

cabeceio fazê-lo com a boca fechada, a fim de evitar morder a língua. Também

deve, se possível, cabecear com os olhos abertos para que possa ver antes e

depois da trajetória da bola e se o alvo será ou não atingido (TENROLLER,

2004).

2.3 Exigências físicas do futsal

Os condicionamentos físicos de jogadores de futsal estão sendo

investigados, porque o esporte apresenta características de esforços físicos de

alta intensidade e de curta duração dando maior enfoque nas capacidades

físicas de velocidade e força (BARBERO, 2006).

Em 1948, um grupo de professores brasileiros participou no Uruguai de

um concurso patrocinado pelo instituto técnico da federação sul–americana da

ACM entrando em contato com o futebol de salão. No ano seguinte a ACM do

Rio de Janeiro organizava o primeiro torneio aberto de futebol de salão para

meninos entre e dez e quinze anos. Dele participando mais de cinqüenta

equipes independentes ou filiadas a clube cariocas ao mesmo tempo em são

Paulo constituía-se uma comissão para redigir novas regras a fim de diminuir

os riscos para os jogadores. Esta comissão publicou em 1950 um livro com

estas regras. No mesmo ano, um torneio aberto foi realizado pela ACM paulista

(TEIXEIRA, 1979).

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2.4 Regras do futsal

No futsal é utilizada uma quadra com superfície lisa retangular, com

comprimento mínimo de 25 metros e máximo de 42 metros e a largura mínima

de 16 metros e máximo de 25 metros. As linhas que demarcam as áreas da

quadra têm que possuir 8 centimetros de largura, e seu centro possui um

círculo com dez centímetros de raio, situado no meio da linha, divisória central.

Ao redor desse pequeno círculo, a quadra deve conter um círculo central

com raio de 3 metros (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL DE

SALÃO, 2013)

Além dessas medidas, também existem as demarcações do tiro livre,

que ficam a 10 metros do centro da meta, a área penal, onde a 6 metros de

distancia de cada poste de meta é traçado um círculo perpendicular à linha de

fundo que se estende por 6 metros dentro da quadra, a linha superior que une

esses círculos deverá ter 3,16 metros; as zonas de substituição que se iniciam

a 5 metros da linha central,cada zona deve ter 5 metros e deverá existir uma

em cada metade da quadra,sendo localizadas sempre do lado da quadra onde

fica o cronometrista e apontador (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE

FUTEBOL DE SALAO, 2013).

A bola que é usada para a prática do futsal adulto deverá ser esférica,

envolvida em couro macio ou de outro material aprovado e deverá ter uma

circunferência entre 62 a 64 centímetros e um peso entre 400 e 440 gramas.

O peso e o tamanho delas são adaptados de acordo com a categoria em

questão (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL DE SALÃO, 2013).

Em uma partida, as duas equipes deverão ter no mínimo 3 e no máximo

5 atletas em quadra,um deles tem que ser o goleiro,estar devidamente com

seus uniformes, com camiseta, calção, meião iguais para todos os jogadores

de uma mesma equipe, exceto o goleiro, que deve ser diferenciado. Eles

devem ser equipados com tênis de solado liso de borracha ou similar

(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL DE SALÃO,2013).

2.5 O posicionamento dos jogadores de futsal

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As posições existentes no futsal são: goleiro, fixo, ala direito e esquerdo

e pivô. Com as várias mudanças táticas e dinâmicas que ocorreram no futsal

nos últimos 20 anos, os jogadores passaram a executar praticamente todas as

funções dentro do jogo para que fossem confundir a marcação adversária, não

existindo as posições fixas que antes existiam (FERREIRA, 2002).

2.5.1 O goleiro do futsal

Na regra do futsal o goleiro pode utilizar as mãos dentro da área

defensiva para pegar a bola, eles são muitas vezes a exceção da regra, já que,

por exemplo, são os únicos que podem ser atendidos dentro da quadra e não

precisam ser substituídos. São líderes na quadra e ajudam a orientar os

jogadores, pois joga de frente para seus adversários e é o ultimo homem de

defesa,importantíssimo nas saídas de bola,principalmente quando seu time

esta levando uma grande pressão no jogo,também tem grande papel nas

coberturas como último homem, pois no futsal não existe o famoso homem da

sobra como existe no futebol (FERREIRA 2002)

2.5.2 Fixos

São os melhores marcadores do time, eles costumam ter uma boa

antecipação de jogadas, deve ter um bom chute de longa distância, distribuir o

jogo, ou seja, precisam estar em sincronia com os alas para que melhore a

qualidades das jogadas da equipe durante o jogo. O senso de cobertura deles

devem ser muito bom, pois muitas vezes, eles dão a liberdade para que os alas

avancem arriscando um drible,e assim, já estarão prontos caso essa tentativa

de drible não dê certo e sofra um contra ataque. O diferencial de um fixo é não

apenas marcar e sair jogando de trás, e sim aparecer de surpresa tomando

iniciativa e se deslocar pelas costas da marcação adversária para que possa

resultar em algum perigo de gol (FERREIRA, 2002).

2.5.3 Alas

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São os menores e os mais velozes da equipe, sempre é bom ter um ala

destro e um canhoto, o destro na ala esquerda, e o canhoto na ala direita, pois

facilita o drible para dentro e consequentemente o ângulo é muito maior para

finalização ou passe em profundidade (FERREIRA, 2002).

Devem se movimentar com ou sem bola, sem dúvidas a posição que

mais precisa de um bom físico, eles precisam sempre preencher os espaços

vazios deixados pela equipe adversária. Saber atacar e defender ao mesmo

tempo, ter um bom controle de bola, e muita habilidade para driblar os

adversários são as características principais de um bom ala (FERREIRA,

2002).

2.5.4 Pivôs

São os mais fortes fisicamente, procuram sempre jogador com contato

corporal, tanto para eles mesmo girarem o corpo e finalizarem para o gol,

quanto para escorar a bola para o jogador que vem de trás,chutar a bola. Seu

poder de finalização é muito bom, às vezes, participa pouco do jogo,não

participam tanto de passes como fixos e alas porém, quando a bola chega com

qualidade, são muito perigosos perto da área do adversário. Não ficam sem

marcar, pelo contrário, são responsáveis pela primeira linha de marcação

(FERREIRA, 2002).

2.6 Sistema de jogo

Sistema refere-se exclusivamente ao posicionamento dos jogadores.

Portanto, sistema não é manobra ou jogada, tampouco padrão de ataque

(SANTANA, 2008).

Seria precipitado definir quais virtudes ou qualidades os jogadores

devem reunir para jogar nas diferentes posições. Logo, a sugestão é a de que

se construa na iniciação, dos sete aos doze anos, e na especialização, a partir

dos treze, catorze anos, o conhecimento de jogar nas diferentes posições

(SANTANA, 2008).

Ainda que um jogador se adapte melhor a uma determinada posição,

percebo como adequado o fato de o professor e o técnico estimularem a

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passagem deste por todas as posições. Isto ampliará no iniciante e no jogador

experiente a possibilidade de jogar e atenderá a demanda do futsal moderno

que, entre outras coisas, exige taticamente qualidades variadas dos seus

praticantes (SANTANA, 2008).

Segundo Mutti (2003), o padrão de jogo se configura em várias formas

de movimentação dos atletas, situação em que ocorre a troca de posições de

modo planejado e organizado, no intuito de enganar a marcação adversária e

provocar erros em seu sistema defensivo, visando à infiltração na defesa

contrária em busca de melhores condições para a finalização em gol.

Os padrões envolvem movimentos de circulação laterais ou diagonais,

contando ou não com a participação do goleiro (MUTTI, 2003).

Quando se conta com o goleiro linha, este se posiciona como base,

sendo o último jogador da defesa. São exemplos de padrões de jogo: (a) o

padrão roda; (b) o padrão em oito; (c) o padrão oito por trás; (d) o padrão pelo

meio; (e) padrão invertido; (f) padrão cruzado; (g) padrão em “X”; (h) padrão em

elástico; (i) padrão com goleiro linha. Os esquemas se concretizam em

manobras estratégicas definidas a partir dos sistemas e padrões de jogo

adotados por uma equipe (APOLO, 2004).

2.6.1 Sistemas ofensivos básicos

Manobras são ações individuais ou coletivas, usadas em diferentes

sistemas de jogo (LUCENA, 2001).

Os sistemas mais usuais no futsal são: 2.2; 1.2.1; 2.1.1; 3.1; 4.0 e 1.2.2

(Gol linha). Este último, com a utilização do goleiro fora da área. O sistema 2.2

e o 1.2.1 foram os primeiros a surgir. Isto na década de 50, na época do futebol

de salão. Os outros apareceram depois. Na década de 90, com o advento do

Futsal e com as sucessivas (LUCENA, 2001).

2.6.2. Sistemas Táticos

O sistema 2x2 surgiu na década de 1950 (Lucena, 1994), que é

constituído pelo posicionamento de dois jogadores no meio da quadra

defensiva e de outros dois jogadores na meia quadra ofensiva. Ele é um

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sistema simples, de pouca movimentação dos jogadores. Os dois de trás são

responsáveis pela defesa enquanto os da frente, pelo ataque (LUCENA, 1994;

MUTTI).

Segundo Souza (1999), esse sistema é mais utilizado em faixas etárias

menores, devidos ao baixo nível de complexidade e facilidade de execução.

Mas equipes de alto nível também o utilizam em determinados momentos de

um jogo.

O sistema 3x1 é o responsável pelos nomes dados às posições

adotadas no futsal. Além do goleiro, temos o fixo, os alas (direito e esquerdo) e

o pivô. Ele é um sistema que utiliza movimentações bem mais complexas que o

2x2 (GARCIA E FAILLA, 1986; LUCENA 1994; MUTTI 1994; SANTANA,2001;

SOUZA 1990).

Já o 4.0 foram criados pelas equipes europeias, principalmente as

espanholas. Sem dúvidas é o sistema mais complexo de todos, porém tem

semelhança com o 3.1, com uma diferença que é o pivô que também entra no

rodízio (LUCENA, 1994).

2.6.3 Sistemas defensivos

Os sistemas defensivos são constituídos pelos tipos de marcação, e

pelas linhas ou variações defensivas (onde se marca). A marcação pode ser

individual, por zona ou de forma combinada (SAAD, 2005).

O sistema defensivo tem como objetivo facilitar a aplicação de manobras

defensivas, ou seja, definindo a linha e o tipo de marcação faltará “apenas”

construir os conceitos da marcação inteligente – uma marcação que retorne,

que seja ativa, que faça o contra-ataque, que induza coberturas, que realize

dobras, etc. O raciocínio que se deve ter ao aplicar um sistema de marcação é

de coordenar a linha defensiva com o tipo demarcação adequada (SAAD,

2005).

3 O EXPERIMENTO

3.1 MATERIAIS E MÉTODOS

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36

A pesquisa utilizada no estudo foi experimental com abordagem

quantitativa. Segundo Gil (2008), “Pesquisa Experimental: quando se determina

um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis que seriam capazes de

influenciá-lo, definem-se as formas de controle e de observação dos efeitos

que a variável produz no objeto.”

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro

Universitário Católico Salesiano Auxilium –UniSALESIANO/SP no dia 01 de

maio de 2016. Parecer 3 foi aprovado no dia 25/08/2016. Diante disso, o

estudo obedece ao que se segue na Resolução 466 / 2012 sobre pesquisas

com seres humanos.

3.1 Procedimento

O local de realização do estudo foi a quadra do Complexo Esportivo

Natal Alves situado na cidade de Guaiçara-SP. Após assinatura do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e Termo de Assentimento, os

participantes da pesquisa passaram por uma avaliação física na quadra do

Complexo Esportivo Natal Alves de Guaiçara, na qual foram coletadas as

seguintes variáveis: altura, peso, além das avaliações das capacidades físicas

analisadas no estudo (velocidade, agilidade, flexibilidade, potencia de membros

inferiores e resistência abdominal).

Os métodos utilizados foram: para determinar a agilidade foi utilizado o

teste de Semo; para analisarmos a velocidade foi usado o teste de corrida de

20 metros; para verificarmos a flexibilidade, foi usado o teste do Banco de

Wells; para determinar a potência de membros inferiores foi usado o teste de

impulsão horizontal.

Os participantes da pesquisa fizeram parte de um grupo que realizou o

treinamento funcional. O período total de treinamento foi de 12 semanas, com

frequência semanal de duas sessões de treinamento. Após o período de

treinamento citado, os participantes foram reavaliados em todos os ítens da

primeira avaliação, sendo que a avaliação e a reavaliação ocorreram nos dias

em que os atletas não realizaram o treinamento funcional.

3.3 Amostra

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Os participantes da pesquisa foram 10 atletas de futsal, nascidos entre

os anos de 2000 e 2001, que fazem parte da equipe de futsal masculino da

Prefeitura Municipal de Guaiçara-SP.

Os critérios de inclusão adotados foram os seguintes: praticar o esporte

do futsal por pelo menos um ano, ser frequente nos treinos de futsal, ter

nascido entre os anos 2000 e 2001. Já os critérios de exclusão foram: ter

alguma lesão, possuir mais de duas faltas consecutivas nos treinos, terem uma

frequência menor que 75 % nos treinamentos.

Com a intenção de evitar os riscos de lesões nos atletas, nos dias que

foram usadas as sessões de treinamentos, não ocorreu jogo coletivo, e nem

um outro tipo de treino. Também foi explicado aos atletas a importância de um

bom descanso e uma boa alimentação para a recuperação física para os

demais dias de treinamento.

Os benefícios para os participantes da pesquisa foram o desenvolvimento

das capacidades físicas de velocidade, agilidade, potência e flexibilidade de

membros inferiores, além de ser complementado com o treinamento de futsal,

já que foram utilizados em dias diferentes, melhorando o atleta fisicamente

diminuindo os riscos de lesões.

Os participantes da pesquisa frequentavam os treinos de futsal durante a

semana nos dias de segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira. Dessa forma, os

experimentos com o treinamento funcional do presente estudo eram realizados

na terça-feira e quinta-feira.

3.4 Treinamento funcional

O treinamento funcional foi utilizado com duração de 50 minutos, sendo

cinco minutos deles utilizados para aquecimento muscular sem bola, com

exercícios de acordo com os que seriam utilizados nas atividades funcionais.

Depois que o aquecimento foi utilizado, foi explicado aos atletas a importância

dos exercícios para o futsal e qual os seus benefícios.

Foram utilizados circuitos em oito etapas, quando foram trabalhadas as

capacidades físicas desejadas no tempo de trinta a cinquenta segundos, de

acordo com a intensidade do exercício praticado, tendo como objetivo melhorar

a maior intensidade possível sem falhas para que ocorram melhoras no

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condicionamento físico dos jogadores. Estas estações tinham o tempo entre 7

a 9 minutos, com um pequeno intervalo entre os exercícios.

Foram utilizados exercícios para o fortalecimento do core como a

prancha em decúbito ventral, com cinquenta e cinco segundos de duração e ao

término era respeitado um tempo de dois minutos passivamente.

Depois da sessão de core, foi repetido novamente o circuito de oito

etapas para que eles melhorem o desempenho nos exercícios e junto a

resistência muscular, e para finalizar, eram utilizados exercícios funcionais para

potencia de membros inferiores com métodos pliométricos, de velocidade e

estabilização de core.

O período de treinamento durou doze semanas, sendo no meio deste

período, a partir da oitava semana, modificada sua estrutura para que

melhorasse ainda mais sua eficiência nas capacidades motoras exigidas.

3.4.1 Detalhe da sessão de treinamento

Salto com flexão de joelhos sobre plataforma: em posição atlética, com

pés afastados na largura dos ombros, joelhos semi flexionados, saltar trazendo

para o peito seus joelhos, aterrissando com o ante pé flexionando em 30°.

Afundo pliométrico: Começa o movimento flexionando os joelhos, um na

frente do outro, realizando uma ação excêntrica rápida até 90°, após

desacelerar e realizar uma ação concêntrica rápida, dando início a um salto

vertical, trocando as bases Antero-posteriormente, aterrissando no chão

novamente (D’ELIA, 2013).

Pular corda: com uma corda de tamanho 2 metros aproximadamente,

deve-se pegar cada extremidade com uma mão, realizando um giro sobre seu

próprio corpo e pulando verticalmente quando a mesma tocar o solo.

Agachamento livre: O agachamento realiza-se quando a pessoa segura

a barra com a mão mantendo uma distância variável de acordo com as

características de cada pessoa e flexionando os cotovelos para trás. Inspirar

forte, arquear as costas levemente, olhar reto a sua frente, manter os pés

paralelos e agachar inclinando as costas (DELAVIER, 2000).

Flexão de tronco: Apoiado ao solo, os braços estendidos, mãos

afastadas na largura dos ombros, pés juntos ou levemente separados, inspirar

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e flexionar os braços para levar a caixa torácica próximo ao solo, evitando

aumentar excessivamente a curvatura lombar. Forçar até a extensão completa

dos braços e deve soltar o ar no final do movimento (DELAVIER, 2000)

Salto Horizontal: Em pé, deve-se flexionar levemente os joelhos

deslocando o centro de gravidade para frente, dando impulso horizontalmente

com os ante pés a frente aterrissando com os retro pés flexionando o joelho

novamente para absorver o impacto (D’ELIA, 2013).

Corrida de frente e de costas: coloca-se os cones em uma distância de 3

metros cada com um afastamento de 2 metros lateralmente alternados, iniciar a

corrida até o cone a frente e voltar ao cone inicial de costas, depois correr até o

próximo cone e voltar de novo, mas no cone da frente.

Salto no banco: Para realizar o movimento, fique a frente do banco com

os pés afastados na largura dos ombros. Em seguida, salte para subir na caixa

e retorne a posição inicial, como se estivesse descendo em uma escada de

costas. Alterne a perna que volta primeiro ao chão a cada salto.

Burpee: Começa o movimento trazendo os joelhos à frente, abaixo dos

quadris, projetando o tronco para trás e usando as pernas para ficar em pé, de

uma vez só, realize um salto o mais alto possível com os braços elevados e

joelhos estendidos.

Polichinelo: O atleta, inicialmente, fica na posição ereta, ou seja, com as

pernas totalmente fechadas e com as mãos coladas nas coxas, depois com

saltos no mesmo lugar e com movimentos sincronizados de braços e pernas,

seguindo os seguintes passos: Com um pulo, abre-se as pernas e levantam os

braços acima da cabeça, ao máximo, tocando uma mão novamente, a coxa

voltando à posição inicial, e assim faz repetidas vezes.

Stiff: Posição inicial em pé, os pés paralelos e afastados na largura dos

ombros, joelhos semiflexionados, segurar à barra a frente do corpo, com as

mãos em pronação e afastadas uma da outra na largura do quadril. Realizar o

movimento levando o quadril para trás enquanto o tronco se flexiona sem

perder o alinhamento da coluna, deslizar a barra próxima ao tronco em direção

ao solo, até sentir uma tensão excêntrica nos músculos isquiotibiais, retornar o

movimento a posição inicial, levando o quadril a frente, estendendo o tronco

totalmente.

Prancha frontal: Posição inicial em decúbito frontal, com o apoio dos

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cotovelos no solo, manter a cabeça, troncos e pernas retas e alinhadas.

3.5 Protocolos

3.5.1 Impulsão horizontal

Esse teste avalia a potência dos membros inferiores e para realizá-lo é

utilizada trena e uma ficha para analisar o resultado. Ele deve ser realizado em

lugar arejado e amplo onde o jogador em pé, com as pernas semi-flexionadas e

atrás de uma linha demarcada no solo, deverá saltar o mais distante que

conseguir, tomando impulso com ambas as pernas e o preparador deverá

marcar a distância do salto desde a linha inicial até o ponto que o atleta

conseguir pular (SANTOS FILHO, 1998). Foram realizadas 3 tentativas e foi

considerado a maior distancia alcançada.

3.5.2 Teste de resistência abdominal

Tem como objetivo avaliar a resistência dos músculos abdominais em

um tempo pré-determinado de sessenta segundos, onde o atleta é deitado em

decúbito dorsal no colchonete com os braços cruzados, pernas flexionadas

com auxílio de um amigo segurando-o pelos tornozelos onde após o sinal do

profissional deverá executar flexão de tronco, tocando com os cotovelos os

joelhos e, se acaso não conseguir fazer o teste sem interrupção, poderá parar

e voltar a executar, desde que tenha tempo disponível. Será marcado com

ajuda de um cronômetro (SANTOS FILHO, 1998).

3.5.3 Teste de flexibilidade

A forma utilizada para medir a capacidade de flexibilidade dos avaliados

foi o teste conhecido como Banco de Wells.

Ele é realizado ao sentar com os joelhos estendidos com as

extremidades inferiores totalmente em contato em uma caixa de madeira com

dimensões 30x56x24cm. O analisado irá se posicionar com os membros

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inferiores estendidos e superiores igualmente com suas mãos em pronação

empurrando três vezes a régua de aferição o máximo de distância que

conseguir, considerando o que deu maior valor. (BARROS GUERRA, 2004).

Figura 1: Banco de Wells

FONTE: Soares, 2013

3.5.4 Tiro de 20 metros

O atleta é avaliado atrás de um ponto determinado, com um pé à frente

do outro, será orientado a sair o mais rápido possível atrás o comando do

avaliador até o ponto pré estabelecido que ficará a uma distância de 20

metros. O cronômetro será acionado quando o atleta realizar o primeiro passo

e quando ultrapassar a linha final será parado o tempo no cronometro (GAYA;

SILVA, 2007).

3.5.5 Teste do Semo

O atleta sairá em pé, atrás da linha de partida de costas para o primeiro

cone (A), após ser iniciado o comando de partida, desloca-se lateralmente até

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o segundo cone (B) contornando-o por fora e corre de costas na direção da

diagonal até o terceiro cone(C), após a chegada, contorná-lo mais uma vez por

fora dando início a uma corrida de frente em direção ao cone inicial (A)

passando por fora mais uma vez, correndo de costas agora na diagonal

contrária à primeira passa se chegar ao quarto cone(D), contorna-se por fora e

corre de frente em direção ao segundo cone (B), chegando no mesmo correr

lateralmente até ultrapassar a linha do cone A (SAFRIT,1995).

Figura 2: Teste de Semo

Fonte: Scribd, 2016

Não podem cruzar os pés durante a realização do teste em sua fase de

corrida lateral; na corrida de costas, o avaliado deve permanecer assim até

chegar ao cone desejado; o atleta tem um número ilimitado de tentativas até

que possa chegar a realização de acordo com os padrões que o teste impõe;

inicialmente é dando uma primeira tentativa para familiarização.

3.6 Resultados

As características dos participantes da pesquisa seguem na tabela 1.

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Tabela 1 – Características dos participantes

Idade

(anos)

Peso

(Kg)

Altura

(metros)

IMC

(Kg/m)

Média 15,33 55,98 1,67 19,5

DP 0,50 10,16 0,09 2,76

Fonte: Elaborada pelos autores, 2016.

O trabalho teve como objetivo verificar a influência do treinamento

funcional nas capacidades físicas do atleta de futsal. Foram utilizados na

presente pesquisa 10 atletas de 15 a 17 anos, e teve duração de 3 meses, com

exercícios funcionais 2 vezes por semana.

Tabela 2 – Resultados dos protocolos aplicados

Testes Pré Pós P

Resistência abdominal (repetições)

34,55 36,33 0,001*

Flexibilidade (cm)

25,33 27,11 0,005*

Velocidade (segundos)

3,09 2,87 0,00029*

Potência de membros inferiores (metros)

1,73 2,02 0.004*

Agilidade (segundos)

12,02 11,36 0,0001*

Fonte: Elaborada pelos autores, 2016.

*P≤0,05

Os resultados obtidos na pesquisa estão apresentados na tabela 2,

sendo que Pré (avaliação dos testes realizada antes do treinamento funcional),

Pós (avaliação dos testes realizada após 12 semanas de treinamento

funcional) e P (análise estatística). Como forma simplificada, os resultados

mostram a média geral dos participantes da pesquisa.

Como pode ser observado, na presente pesquisa, tivemos resultados

estaticamente significativos nas capacidades físicas de resistência abdominal,

flexibilidade, agilidade, velocidade e potência de membros inferiores.

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3.6 Discussão

O presente trabalho mostrou uma melhora significativa de todas as

Capacidades físicas avaliadas. Houve uma melhora estatística na flexibilidade,

potência de membros inferiores, agilidade e velocidade e resistência

abdominal.

Oliveira (2013) confirma que o treinamento de força pode influenciar na

melhora da potência dos indivíduos, no caso do presente trabalho as crianças

foram trabalhadas com alguns exercícios de força como o stiff e o

agachamento que ajuda no fortalecimento da musculatura dos membros

inferiores, fator que contribuiu para a melhora considerável da potência dos

atletas.

Em seu estudo, Oliveira (2013) chega à conclusão que os efeitos do

treinamento de força sobre as capacidades velocidade e potência em atletas de

futsal, que foi realizado 2 vezes por semana com séries de 2 a 4 com

repetições de 6 a 12, usado dos testes de velocidade de 10 metros e salto

horizontal durante 5 meses, pode ter sido positivo no ganho de força e

potência. Confirma que o treinamento de força pode influenciar na melhora da

potência dos indivíduos, isso pode ser usado como um complemento, assim

como foi supracitado, juntamente com um treinamento integrado para que sua

melhora seja o mais exponencial possível, influenciando no aperfeiçoamento

da agilidade como também foi citado em outros estudos. O que justifica a

melhora da potencia e agilidade da atual pesquisa, que com exercícios

funcionais em circuitos, e duração de 3 meses conseguiram resultados

excelentes em relação a potência e agilidade dos atletas.

Melo (2013) mostrou que os alunos, em sua maioria, tanto meninos

quanto meninas, concordam que a prática do futsal pode melhorar o

desenvolvimento de suas capacidades de flexibilidade, velocidade, força, entre

outros. Fator que justifica a vantagem que tivemos no apoio psicológico dos

avaliados, pois por acreditarem na evolução de suas capacidades físicas

deram seu melhor a cada dia de treinamento, conseguindo uma evolução

notável em cada capacidade física.

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Para Novaes; Gil; Rodrigues (2014), o treinamento funcional aperfeiçoa

todas as aptidões do sistema musculoesquelético um fator que contribui para

melhora de cada capacidade de um atleta de futsal, ajudando a conseguir um

melhor preparo físico para as situações de jogo. Pois através do treinamento

funcional o atleta pode melhorar sua flexibilidade, agilidade e potência de

membros inferiores, velocidade, e resistência abdominal.

Cyrino et al. (2002) mostrou em seu estudo de 24 semanas que no

grupo treinamento (com treinamento específico de futsal), composto por 8

atletas (16,87 ± 0,83 anos), os atletas foram avaliados pré e pós experimento,

houve melhora nos testes de impulsão horizontal, abdominal modificado e

sentar-se alcançar, porém não foram significativos. Diferente da presente

pesquisa, para qual foi utilizada uma quantidade inferior de semanas, sendo 14

semanas, que incrivelmente conseguiram bons resultados, um dos motivos

pode ser que os oito atletas utilizados na pesquisa de Cyrino podem já ter um

preparo físico superior ao da nossa pesquisa, que não são atletas e tiveram

dificuldades para executar os exercícios no inicio do trabalho.

Em relação à capacidade física de agilidade dos atletas, foi encontrado

uma melhora significativa, indo ao encontro aos resultados de Alves et al.,

(2010), avaliaram 10 atletas com idades de 14 a 16 anos, pré e pós duas

partidas de futsal. Já a avaliação do nosso trabalho apesar de ter sido diferente

da do autor citado, pois utilizamos o teste de Semo que também ocorreu

melhora na agilidade do atleta, assim comprova que o treinamento funcional

pode melhorar essa capacidade física.

Já a flexibilidade em estudos realizados por Cattelan; Mota (2010), um

dos grupos de atletas realizou uma série de alongamentos estáticos por 25

minutos, durante seis semanas, não encontrando resultados estaticamente

significativos em avaliação utilizando o Banco de Wells, diferente do presente

estudo em que houve uma pequena melhora na flexibilidade, um dos fatores

que pode ter contribuído para essa pequena melhora pode ter sido o circuito

pelo fato de os atletas terem que fazer diversos exercícios funcionais, que

podem ter contribuído em sua flexibilidade, pois a presente pesquisa durou

cerca de 14 semanas, mais que o dobro do estudo realizado por Cattelan e

Mota.

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A limitação do presente trabalho foi não ter grupo controle, assim não

podemos afirmar que foi o treinamento funcional que melhorou as capacidades

físicas dos atletas, pois eles estavam em fase de desenvolvimento, logo

ganhariam mais capacidades físicas apenas com treinamento de futsal que ja

era realizado. Porém acreditamos que o treinamento funcional possa ter

contribuído para a melhora das capacidades físicas além dos treinamentos de

futsal apenas.

Conclusão

O presente estudo teve como objetivo verificar se o treinamento

funcional pode contribuir para a melhora nas capacidades físicas exigidas no

futsal, o que foi confirmado estaticamente que sim, pois houve melhora em

todas as capacidades físicas treinadas.

Os fatores que podem ter contribuído para essa melhora foram: tempo

de treinamento que foi de 12 semanas, o esforço dos atletas que se dedicaram

ao máximo possível, que focaram em se superar a cada exercício passado, e o

fato de nunca terem praticado circuitos funcionais, o que pode ter ajudado

nesse resultado significativo.

Tivemos como dificuldade nessa pesquisa a falta de referencias de

trabalhos científicos com o tema de treinamento funcional no futsal, podemos

concluir que ele ainda tem muito a ser estudado e aprofundado.

Conclui-se que o treinamento funcional pode ser inserido para a

evolução dos atletas no esporte do futsal, pois com a melhora das capacidades

físicas, o jogador se torna mais preparado para participar de competições,

tendo menos lesões e suportando mais tempo sem se desgastar fisicamente

durante a partida.

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ANEXOS

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MODELO

(Deve ser adaptado às características particulares de cada pesquisa)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO

(T.C.L.E)

Eu ............................................................................................................... ,

portador do RG n°. ............................................................, atualmente com

............. anos, residindo na

...............................................................................................................................

.... , após leitura da CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DA

PESQUISA, devidamente explicada pela equipe de pesquisadores Dagnou

Pessoa de Moura, Tiago Aparecido Oliveira da Silva e Vinicius Brancaglion

Garcia, apresento meu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO em

participar da pesquisa proposta, e concordo com os procedimentos a serem

realizados para alcançar os objetivos da pesquisa.

Concordo também com o uso científico e didático dos dados,

preservando a minha identidade.

Fui informado sobre e tenho acesso a Resolução 466/2012 e, estou

ciente de que todo trabalho realizado torna-se informação confidencial

guardada por força do sigilo profissional e que a qualquer momento, posso

solicitar a minha exclusão da pesquisa.

Ciente do conteúdo, assino o presente termo.

Local, 30 de maio de 2016

.............................................................

Assinatura do Participante da Pesquisa

.............................................................

Dagnou Pessoa de Moura

Rua José Ariano Rodrigues, 1600

14 - 98111 9613

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FICHA DE PARTICIPANTE DE PESQUISA

AVALIAÇÃO PRÉ-TREINAMENTO

Nome completo:

Data de nascimento:

Altura:

Peso:

Testes

Teste do Semo:

Teste do Banco de Wells:

Teste de Impulsão Horizontal

:

Teste de Corrida de 20 metros:

Teste de Resistência Abdominal: