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    UNIFMU CENTRO UNIVERSITRIOFACULDADE DE EDUCAO FSICA

    CENTRO DE PS-GRADUAO E PESQUISA

    A EFICINCIA DA ESPECIFICIDADE DO TREINAMENTO FUNCIONALRESISTIDO

    AUTORA: ANA PAULA DE FREITAS RIBEIROORIENTADORA: PROFESSORA MS. VALRIA CRISTINA SANTOS

    ALMEIDA

    SO PAULO2006

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    ANA PAULA DE FREITAS RIBEIRO

    A EFICINCIA DA ESPECIFICIDADE DO TREINAMENTO FUNCIONALRESISTIDO

    Monografia apresentada ao Centrode Ps-graduao e Pesquisa daUNIFMU - CENTROUNIVERSITRIO, como requisitoparcial para a obteno do Ttulo deEspecialista em Metodologia daPreparao Fsica Personalizada -Personal Training, sob a orientao

    da Prof. Ms. Valria Cristina SantosAlmeida.

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    RESUMO

    Esta pesquisa bibliogrfica teve origem na necessidade de

    verificar o treinamento funcional resistido, como mtodo de preparao

    neuromuscular do corpo humano. Tendo como objetivo demonstrar a eficincia

    do mtodo na manuteno e desenvolvimento da capacidade funcional do ser

    humano, independemente da fase de vida em que este se encontre. Com isso,

    buscou-se abordar os princpios do treinamento fsico, destacando-se a

    individualidade biolgica e a especificidade; os benefcios e a estrutura para a

    montagem de programas de treinamento resistido com eficincia e segurana;

    o entendimento da metodologia e objetivos do treinamento funcional; e por fim,

    o mtodo treinamento funcional resistido e sua eficincia na manuteno e

    desenvolvimento da capacidade funcional e condicionamento fsico global do

    corpo humano. Concluiu-se que os exerccios do treinamento funcional

    resistido, desde que bem planejados e orientados, de acordo com as

    necessidades especficas de cada indivduo, desenvolvem as capacidades

    fsicas necessrias e indispensveis para uma eficiente atividade diria e

    esportiva.

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    SUMRIO

    CAPTULO 1: INTRODUO .....................................................................................5

    1. INTRODUO.....................................................................................................5

    2. OBJETIVO...........................................................................................................5

    CAPTULO 2: REVISO DE LITERATURA ................................................................6

    1. TREINAMENTO FSICO......................................................................................6

    2. TREINAMENTO FSICO RESISTIDO..................................................................8

    2.1 Benefcios da prtica do treinamento fsico resistido .....................................9

    3. TREINAMENTO FSICO FUNCIONAL ......................................................................10

    3.1 Sistema nervoso e seus sistemas interdependentes ...................................13

    3.2 Objetivo da aplicao do treinamento fsico funcional..................................16

    3.3 Metodologia da prtica do treinamento fsico funcional................................16

    4. TREINAMENTO FUNCIONAL RESISTIDO............................................................. 19

    4.1 Componentes envolvidos no treinamento funcional resistido.......................20

    4.1.1 Propriocepo........................................................................................20

    4.1.2 Fora .....................................................................................................22

    4.1.3 Resistncia cardiovascular e muscular..................................................24

    4.1.4 Velocidade.............................................................................................24

    4.1.5 Flexibilidade...........................................................................................25

    4.1.6 Coordenao motora.............................................................................26

    4.1.7 Lateralidade...........................................................................................27

    4.1.8 Equilbrio................................................................................................27

    4.2 Acessrios e equipamentos utilizados no desenvolvimento do

    treinamento funcional resistido...........................................................................29

    CAPTULO 3: CONCLUSO.....................................................................................32

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..........................................................................33

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    CAPTULO 1: INTRODUO

    1. Introduo

    A prtica de exerccios que possam desenvolver, manter ou

    recuperar a capacidade funcional fundamental para toda e qualquer pessoa,

    independente da fase da vida em que esta se encontra (CAMPOS E NETO,

    2004).

    Na tentativa de se buscar alternativas na rea do treinamento

    resistido, onde muitas pessoas consideram a musculao, mtodo

    convencional de treinamento contra resistncia, um trabalho montono, surge

    uma proposta de preparao neuromuscular, onde o corpo visto como

    unidade. O treinamento funcional resistido tem uma abordagem dinmica,

    motivante, desafiadora e complexa, treinando o corpo para um melhor

    desempenho nos movimentos necessrios nas atividades cotidianas e

    esportivas.

    2. Objetivo

    Este estudo de reviso bibliogrfica teve como objetivo verificar a

    eficincia do treinamento funcional resistido na manuteno e desenvolvimento

    da capacidade funcional de acordo com a necessidade especfica de cada

    indivduo.

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    CAPTULO 2: REVISO DE LITERATURA

    1. TREINAMENTO FSICO

    Constitui-se pelos mtodos e processos de treino, utilizados de

    forma seqencial em obedincia aos princpios da periodizao e que visam a

    levar o atleta ao pice de sua forma fsica especfica, a partir de uma base

    geral tima (DANTAS, 2003).

    Verchoshanskij (1998) conta que o aumento constante do potencial

    motor e a melhoria da capacidade do indivduo de utiliz-lo eficazmente, deve

    ser considerada a varivel principal no processo de treinamento.

    De acordo com D Elia e D Elia (2005) a base de qualquer

    treinamento fsico o estmulo. O corpo pode ser estimulado de inmeros

    modos e reage de outras tantas maneiras, gerando adaptao. Com isso,

    ficamos mais fortes, mais geis ou mais rpidos.

    Princpios do treinamento fsico:

    Princpio da individualidade biolgica: Segundo Monteiro (2002,

    apud DANTAS, 19971) as diferenas existentes entre as pessoas quanto

    carga gentica (gentipo) e s experincias adquiridas aps o nascimento

    (fentipo) caracterizam a individualidade biolgica.

    O respeito individualidade biolgica o primeiro passo para a

    prescrio de um programa de exerccios seguro e coerente de acordo com a

    condio fsica de cada indivduo (CAMPOS; NETO, 2004).

    1 DANTAS, E. H. M. A prtica da preparao fsica. Rio de Janeiro: Shape, 1997.

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    Princpio da supercompensao: DElia e DElia (2005) afirmam

    que o corpo adapta-se aos estmulos recebidos. Quando o estresse aplicado

    ao corpo maior do que ele est acostumado, ocorre uma supercompensao

    a nvel fisiolgico.

    Princpio da sobrecarga: o aumento progressivo na carga de

    trabalho, a partir do momento em que o indivduo adapta-se a essa carga para

    a melhoria da aptido fsica. A sobrecarga pode ser aplicada em duas

    situaes distintas, no volume ou na intensidade (MONTEIRO, 2002).

    Segundo Dantas (2003) imediatamente aps a aplicao de uma

    carga de trabalho, h uma recuperao do organismo, visando a restabelecer a

    homeostase. O tempo necessrio para a recuperao proporcional

    intensidade do trabalho realizado. Se a carga no for demasiadamente forte, o

    organismo ser capaz de compens-la, quase totalmente, com quatro horas de

    repouso, quando j se prepara para sofrer um novo desgaste, mais forte que o

    anterior.

    Princpio da adaptao: para que este princpio seja entendido

    preciso que se compreenda o conceito de homeostase estado de equilbrio

    instvel mantido entre os sistemas constitutivos do organismo vivo, e o

    existente entre este e o meio ambiente. Sempre que esta perturbada, o

    organismo dispara um mecanismo compensatrio que procura restabelecer o

    equilbrio, acarretando numa resposta adequada (DANTAS, 2003).

    Princpio da continuidade e reversibilidade:O organismo adapta-

    se a um nvel habitual de solicitao, onde os efeitos do treinamento revertem-

    se, caso o indivduo torne-se mais inativo (MONTEIRO, 2002).

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    Dantas (2003) relata que dois aspectos ressaltam, imediatamente,

    desse princpio: a interrupo do treinamento e a durao do perodo de

    treinamento; onde acontecendo uma interrupo, igual ou superior a quatro

    semanas deve-se partir da estaca zero, embora a progresso subseqente

    seja mais rpida que a observada originalmente.

    O segundo aspecto a considerar neste princpio, referente

    durao mnima do treinamento, onde para se obter os primeiros resultados no

    desenvolvimento das qualidades fsicas visadas, se faz necessrio um mnimo

    de persistncia nos exerccios, com o intuito de propiciar uma durao que

    permita ocorrer as alteraes bioqumicas e morfolgicas necessrias

    (DANTAS, 2003).

    Princpio da especificidade: este princpio tem muita inter-relao

    com o princpio da individualidade biolgica. Ele diz que as adaptaes que

    ocorrem no corpo humano, decorrentes da atividade fsica, so especficas

    daquele determinado programa de exerccios. O tipo de contrao muscular, a

    velocidade, o ngulo de execuo e a amplitude do movimento, a sinergia entre

    os msculos, a seqncia de movimentos, a postura, os sistemas energticos,

    todos devem apuradamente refletir a ao que o atleta realiza durante a

    competio, ou que o indivduo realiza numa atividade da vida diria

    (CAMPOS; NETO, 2004).

    2. TREINAMENTO FSICO RESISTIDO

    GODOY (1994) define treinamento resistido como atividade fsica

    desenvolvida predominantemente atravs de exerccios analticos, utilizando

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    resistncias progressivas fornecidas por recursos materiais tais como: haltres,

    barras, anilhas, aglomerados, mdulos, extensores, peas lastradas, o prprio

    corpo e/ou segmentos, etc.

    O treinamento de fora nos dias de hoje tem deixado de ser visto

    apenas como sinnimo de musculao (RAMOS, 2005).

    Com o decorrer do tempo as redues na fora e massa muscular,

    refletem na capacidade funcional dos indivduos (ANTONIAZZI et al., 1999).

    O treinamento de exerccios contra resistncia faz com que ocorra

    aumento de fora e hipertrofia muscular. A literatura cientfica mostra

    evidncias de que os exerccios resistidos podem ser utilizados tanto para

    ganhos, como para a manuteno da massa corporal magra em todas as faixas

    etrias (LEIGHTON, 1987).

    Maior e Alves (2003, apud MORITANI; DeVRIES, 19792) afirmam

    que durante o treinamento de fora, a resposta dos msculos aos estmulos,

    acontece atravs da ao neural. A melhora da ativao das unidades motoras,

    atravs do treinamento resistido, justamente o que possibilita uma das

    primeiras alteraes adaptativas no sistema neuromuscular, Maior e Alves

    (2003, apud BACURAU; NAVARRO, 20013).

    A incluso do treinamento resistido em guias e manuais de diversas

    instituies de sade, como a American Heart Association e o Surgeon

    General, relativamente recente, relatam Novaes e Vianna (2003).

    2 MORITANI, T.; DE VRIES, H. A. Neural factors versus hypertrophy in the time course of

    muscle strength gain. American Journal Physiologic Medicine, Illinois, n.58, p.115-130, 1979.3 BACURAU, R. F.; NAVARRO, F. Hipertrofia, Hiperplasia: fisiologia, nutrio etreinamento. So Paulo: Phorte, 2001.

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    2.1 Benefcios da Prtica do Treinamento Fsico Resistido

    Segundo Dias et al. (2005) o treinamento resistido uma das

    modalidades mais praticadas de exerccio fsico, atualmente, por indivduos de

    diferentes faixas etrias, de ambos os sexos e com nveis de aptido fsica

    variados. Este fato pode ser facilmente explicado pelos inmeros benefcios

    decorrentes dessa prtica, que incluem desde importantes modificaes

    morfolgicas, neuromusculares e fisiolgicas, at alteraes sociais e

    comportamentais.

    Ramos (2005, apud GERALDES, 20034) salienta que vrias

    evidncias surgem de que o treinamento de fora, ou treinamento resistido, tem

    obtido benefcios satisfatrios aos componentes da aptido fsica em relao

    sade, sendo visvel o desenvolvimento da aptido muscular (fora e

    resistncia), aumento da massa muscular (hipertrofia) e melhoria da funo

    fsica (desempenho das atividades do dia-a-dia).

    A fora contribui, de maneira significativa, em relao aos aspectos

    motores da vida humana, no s na preparao da condio fsica dos

    desportistas, mas principalmente no estado fsico geral do ser humano,

    fortalecendo as estruturas musculares e o sistema locomotor (NOVAES;

    VIANNA, 2003).

    3. TREINAMENTO FSICO FUNCIONAL

    A funcionalidade esteve presente em todos os momentos da

    evoluo humana. O homem sempre precisou desempenhar com eficincia as

    4 GERALDES, A. A. R. Princpios e variveis metodolgicas do treinamento de fora. In:Revista Sprint Magazine: jul/ago, n.132, Rio de Janeiro, 2003.

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    tarefas do dia-a-dia, garantindo assim a sobrevivncia em situaes muitas

    vezes adversas. Com a evoluo tecnolgica, a facilidade e o conforto para a

    realizao de aes que antes eram essencialmente fsicas tornaram o homem

    menos funcional (CAMPOS; NETO, 2004).

    Arago, Dantas e Dantas (2002) afirmam que viver de maneira

    autnoma e independente significa ser capaz de realizar qualquer atividade

    quando tenha vontade mantendo-se forte em sua movimentao.

    A independncia funcional requer fora muscular, equilbrio,

    resistncia cardiovascular e tambm motivao. Costuma-se afirmar que a

    deteriorao dessas capacidades inevitvel com o envelhecimento. Mas, est

    claro que muito dessa deteriorao pode ser atribuda ao sedentarismo (FARIA

    et al., 2003).

    Neto e Parca (2006, apud WILMORE; COSTILL, 20015) afirmam

    que a atividade fsica voluntria comea a declinar depois da maturidade, pois

    existe a necessidade de eliminar, de todas as formas, os estresses da vida,

    incluindo o esforo muscular.

    Somado a isso, a capacidade funcional declina com a idade a partir

    dos 30 anos e de acordo com o estilo de vida, fazendo com que diversas

    valncias fsicas sofram uma reduo em seu potencial. Apesar de todas as

    capacidades fisiolgicas declinarem em geral, nem todas ocorrem no mesmo

    ritmo (MCARDLE; KATCH; KATCH, 1998).

    Um estudo realizado por Raso (2002) com mulheres adultas acima

    de 47 anos, correlacionou a perda da funcionalidade nos gestos e movimentos

    corporais do dia-a-dia, com o aumento da adiposidade corporal total e as suas

    5 WILMORE, J. H.; COSTILL, D. L. Fisiologia do esporte e do exerccio. So Paulo: Manole,2001.

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    atribuies (central e perifrica), explicando 30% da limitao na performance

    em testes de capacidade funcional.

    Segundo Campos e Neto (2004) a prtica de exerccios que possam

    manter ou recuperar a capacidade funcional fundamental para todo ser

    humano, independente da fase da vida em que este se encontra.

    Para que um indivduo possua total autonomia de movimentos, ele

    deve possuir amplitude de movimento, mobilidade articular, fora e resistncia

    muscular, bem como a habilidade de coordenar o movimento, alinhar o corpo e

    reagir quando o peso ou parte do corpo se desloca em uma variedade de

    planos (DELIA; DELIA, 2005).

    DElia e DElia (2005) afirmam que o aparecimento do treinamento

    funcional se deu em funo de trs pontos fundamentais:

    Maior volume de informao que o praticante de atividade fsica

    recebe hoje em dia, tornando-o mais exigente em relao ao treinamento que

    recebe e fazendo com que busque no s uma boa forma fsica e um ganho de

    sade, mas tambm uma melhor performance nas atividades que desenvolve,

    sejam elas de lazer ou profissionais.

    A mudana do padro esttico vigente, com o ideal de boa forma

    fsica representado pelos fisiculturistas sendo substitudo pelo fsico dos atletas

    de elite, que aliam boa forma fsica e performance.

    A estagnao do modelo de atividade fsica que academias,

    clubes e escolas apresentam, incluindo-se a a necessidade do profissional que

    atua nessa rea de possuir mais ferramentas para garantir a reteno de seus

    alunos e assegurar melhores resultados para seus atletas.

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    Atualmente o treinamento funcional representa uma nova forma de

    condicionamento, guiada pelas leis bsicas do treinamento, sustentada

    cientificamente atravs de pesquisa e referncias bibliogrficas em todos os

    seus pontos principais e principalmente, testadas extensivamente nas salas de

    treinamento, onde foi possvel determinar suas linhas bsicas (DELIA; DELIA,

    2005).

    De acordo com Campos e Neto (2004) a essncia do treinamento

    funcional est baseada na melhoria dos aspectos neurolgicos que afetam a

    capacidade funcional do corpo humano, atravs de exerccios que desafiam os

    diversos componentes do sistema nervoso e, por isso, estimulam sua

    adaptao.

    partir da, faz-se necessrio o estudo das bases neurolgicas

    desse treinamento, para que possamos entender as diversas variveis

    utilizadas nos exerccios e os motivos ou intenes da prescrio de cada uma

    delas (CAMPOS; NETO, 2004).

    3.1 Sistema Nervoso e seus Sistemas Interdependentes

    Segundo Maior e Alves (2003, apud WILMORE; COSTILL, 19996) o

    movimento humano controlado e regulado pelo sistema nervoso central.

    Embora o crebro seja o controlador principal das atividades dos msculos, em

    que muitas das suas atividades ocorrem no nvel espinhal, e o arco reflexo o

    mecanismo bsico para atividades automticas. Os impulsos so integrados e

    transmitidos aos rgos perifricos.

    6 WILMORE, J. H.; COSTILL, D. L. Physiology of sport and exercise. 2nd.: Human Kinetics,1999.

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    Seu funcionamento altamente complexo, baseado no binmio

    estmulo-reao, podendo intercalar-se um terceiro elemento, estmulo-

    interpretao-reao (CAMPOS; NETO, 2004).

    Dividido topograficamente e funcionalmente em duas partes

    interdependentes: sistema nervoso central e o sistema nervoso perifrico

    (CAMPOS; NETO, 2004).

    O sistema nervoso central compreende o encfalo, dividido em

    crebro, diencfalo, cerebelo e ramo cerebral e; medula espinal, que carrega

    as fibras tanto sensoriais quanto motoras entre o encfalo e a periferia

    (CAMPOS; NETO, 2004).

    J o sistema nervoso perifrico dividido funcionalmente em

    diviso sensorial e diviso motora (CAMPOS; NETO, 2004).

    Campos e Neto (2004) contam que a diviso sensorial,

    responsvel por carregar as informaes da periferia em direo ao sistema

    nervoso central, conhecida como: aferente. Os neurnios sensoriais no sistema

    nervoso perifrico carregam continuamente as informaes para o sistema

    nervoso central em relao ao constante estado de mudana do corpo.

    A diviso motora, conhecida como via eferente do sistema nervoso

    perifrico, transmite informaes do sistema nervoso central para vrias partes

    do corpo, decidindo como este responder a um determinado estmulo, onde o

    sistema sensrio-motor atravs da descrio dos mecanismos envolvidos na

    aquisio dos estmulos sensoriais converter estes estmulos em sinais

    neurais e a transmisso destes atravs dos caminhos aferentes para o sistema

    nervoso central, acarretar nas respostas motoras resultantes da ativao

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    muscular para locomoo e para o desempenho de tarefas funcionais e de

    estabilizao articular (CAMPOS; NETO, 2004).

    Segundo Campos e Neto (2004) os sistemas interdependentes do

    sistema nervoso so:

    Sistema Proprioceptivo: Responsvel pela variao especializada

    da modalidade sensorial do tato, compreende a sensao do movimento

    (sinestesia) e da posio articular. Entre as principais funes desse sistema

    esto a regulao do equilbrio, a orientao do corpo e a preveno de leses

    (CAMPOS; NETO, 2004).

    Sabemos que durante a execuo do movimento de um membro,

    por mais simples que seja, uma grande quantidade de variveis so geradas.

    Elas correspondem velocidade linear da extremidade que move, trajetria

    linear, velocidade angular de cada articulao envolvida na tarefa, torque

    muscular gerado em cada articulao, torques de interao, entre outras

    (MISAILIDIS, 2002).

    Sistema Vestibular: Faria et al. (2003) definem o sistema

    vestibular como o responsvel por fornecer ao sistema nervoso central

    informaes estticas e dinmicas sobre a posio e o movimento da cabea

    em relao gravidade, gerando movimentos compensatrios dos olhos e

    respostas posturais durante os movimentos da cabea.

    O vestbulo situado no ouvido interno participa na manuteno do

    equilbrio; o principal informante da posio antigravitacional da cabea. O

    brao e o tronco se posicionam no campo da fora da gravidade, em relao

    posio da cabea (MANIDI; MICHEL, 2001).

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    Sistema Visual: Segundo Campos e Neto (2004) a principal

    informao sensorial que guia a seleo e o controle dos movimentos do corpo

    humano provm da viso e da propriocepo.

    Em seres humanos qualquer conflito intersensorial sempre

    resolvido em favor da viso, que referida como modalidade sensorial

    dominante. O conhecimento desta hierarquia implica duas concluses em

    relao ao uso da viso durante os exerccios:

    1) Ao fechar os olhos durante um exerccio, toda a interao do

    corpo humano com o meio externo para o controle motor passa a ser feita

    atravs dos mecanorreceptores (receptores primrios) e do sistema vestibular.

    2) Exerccios que exigem equilbrio e acompanhamento visual da

    movimentao de um membro favorecem a ao dos mecanorreceptores e do

    sistema vestibular. Isso acontece porque, mesmo com os olhos abertos, as

    mudanas rpidas do campo visual favorecem a ao dos outros

    proprioceptores para um perfeito controle neuromuscular e conseqente

    manuteno de equilbrio durante o exerccio.

    3.2 Objetivo da Aplicao do Treinamento Fsico Funcional

    Resgatar atravs de um programa de treinamento individualizado e

    especfico, a capacidade funcional do indivduo, independente de seu nvel de

    condio fsica e das atividades que ele desenvolva, utilizando exerccios que

    se relacionam com a atividade especfica do indivduo e que transferem seus

    ganhos de forma efetiva para o seu cotidiano (DELIA ; DELIA, 2005).

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    O treinamento funcional torna a performance, fator at ento restrito

    somente aos atletas, acessvel a qualquer pessoa, condicionando de forma

    plena todas as suas capacidades fsicas (fora, velocidade, equilbrio,

    coordenao, flexibilidade e resistncia).

    3.3 Metodologia da Prtica do Treinamento Fsico Funcional

    Segundo DElia e DElia (2005) o treinamento funcional treina

    movimentos, e no somente msculos, atravs de movimentos multi-articulares

    e multiplanares e do envolvimento da propriocepo, criando sinergia entre

    segmentos corporais e entre qualidades fsicas, possibilitando ao indivduo

    produzir movimentos mais eficientes atravs de caractersticas inconfundveis:

    Transferncia de treinamento: quanto maior a especificidade e a

    semelhana do treino com a atividade, maior ser a transferncia dos ganhos

    do treino para essa mesma atividade. Para que os exerccios de fora tenham

    uma transferncia efetiva para a atividade, a coordenao, amplitude,

    velocidade e tipo de contrao do movimento devem ser similares atividade.

    Estabilizao: o treinamento funcional usa quantidades

    controladas de instabilidade para que o indivduo aprenda a reagir para

    recuperar a estabilidade. Com isso, o funcional consegue estimular o sistema

    proprioceptivo e a capacidade de reao. A instabilidade tambm recruta os

    msculos estabilizadores da coluna vertebral e os estabilizadores e

    neutralizadores do joelho, tornozelo e quadril, principalmente, os

    estabilizadores da coluna, tambm conhecidos como core.

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    Desenvolvimento dos padres de movimentos primrios: o

    crebro no tem a capacidade de armazenar bilhes de movimentos diferentes.

    O que ele faz guardar alguns movimentos-chave que possam ser facilmente

    acessados e modificados quando executamos movimentos com a mesma

    velocidade e amplitude. O treinamento funcional se baseia em sete

    movimentos considerados primrios para a sobrevivncia humana e para a

    performance esportiva, so eles: agachar, avanar, abaixar, puxar, empurrar,

    girar e levantar. O treinamento funcional tem nesses movimentos sua matria-

    prima, buscando adapt-los especificidade da atividade-alvo.

    Desenvolvimento dos fundamentos de movimentos bsicos:

    existem quatro tipos principais de movimentos bsicos: habilidades

    locomotoras (que movem o corpo de um lugar para o outro: andar, correr,

    pular), habilidades no-locomotoras ou de estabilidade (que envolvem pouco

    ou nenhum movimento da base de apoio: virar-se, torcer, balanar, equilibrar-

    se), habilidades de manipulao (que focam o controle de objetos usando

    basicamente as mos e os ps; podem ser propulsores, como arremessar e

    chutar, ou receptivos, como agarrar) e conscincia de movimento (que percebe

    e responde s informaes sensoriais necessrias para executar uma tarefa).

    Qualquer movimento complexo executado nos esportes ou nas atividades

    dirias uma combinao desses movimentos bsicos.

    Desenvolvimento da conscincia corporal: o conhecimento que

    o indivduo possui das partes do prprio corpo e da capacidade de movimento

    dessas partes. O treinamento funcional desenvolve vrios aspectos da

    conscincia corporal.

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    Desenvolvimento das habilidades biomotoras fundamentais: o

    desenvolvimento da fora, do equilbrio, da resistncia, da coordenao, da

    flexibilidade e da velocidade imprescindvel. Uma habilidade raramente

    domina um exerccio; na maioria das vezes, o movimento produto da

    combinao de duas ou mais habilidades. O treinamento funcional desenvolve

    as habilidades de acordo com o grau de participao de cada uma delas no

    esporte ou atividade especfica e de acordo com a fase de treinamento.

    Aprimoramento da postura: fator determinante no equilbrio e na

    qualidade de movimento, o treinamento funcional exercita tanto a postura

    esttica (posio em que o movimento comea e termina) quanto a postura

    dinmica (capacidade do corpo de manter o eixo de rotao durante todo o

    movimento).

    Uso de atividades com os ps no cho: uma das caractersticas

    mais importantes do treinamento funcional o uso de exerccios que comeam

    com os ps ou as mos aplicando fora contra o cho (movimentos de cadeia

    cintica fechada). Esses exerccios so mais parecidos com os movimentos

    que executamos nos esportes e nas atividades dirias, possibilitando a

    aplicao de uma fora maior do que nos exerccios de cadeia aberta,

    trabalhando todo o sistema neuromuscular e a habilidade do corpo de

    estabilizar as articulaes ao longo do movimento.

    Exerccios multi-articulares: o treinamento funcional trabalha com

    exerccios multi-articulares, desenvolvendo tanto a capacidade de estabilizao

    quanto a coordenao intramuscular necessria para que haja eficincia nos

    movimentos e transferncia dos ganhos para as atividades especficas.

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    Exerccios multiplanares: os esportes e atividades dirias

    envolvem movimentos das articulaes nos trs planos: sagital, coronal/frontal,

    transversal. Ao utilizar exerccios com os ps no cho e movimentos multi-

    articulares, o treinamento funcional trabalha o corpo nos trs planos.

    Desenvolvimento da sinergia muscular: a sinergia ocorre quando

    vrios msculos trabalham juntos para conseguir uma ao coordenada das

    articulaes. Somente os exerccios que envolvem todo o corpo na sua

    execuo trabalham a sinergia muscular; uma vez que eles requerem alguns

    msculos para controlar o movimento ao mesmo tempo em que outros

    exercem a fora.

    4. TREINAMENTO FUNCIONAL RESISTIDO

    O treinamento funcional resistido a mais recente maneira de se

    melhorar o condicionamento fsico e a sade geral com nfase no

    aprimoramento da capacidade funcional do corpo humano. baseado numa

    prescrio coerente e segura de exerccios que, respeitando a individualidade

    biolgica, permite que o corpo humano seja estimulado de um modo que

    melhore todas as qualidades do sistema musculoesqueltico e seus sistemas

    interdependentes (CAMPOS; NETO, 2004).

    Campos e Neto (2004) contam que este tipo de treinamento

    aumenta o condicionamento fsico e a performance; os riscos de leses

    musculoesquelticas diminuem; os indivduos lesados retornam s suas

    atividades de maneira mais rpida e segura e; alm de tudo, oferece um

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    nmero infinito de variaes, o que o torna bastante dinmico, fator importante

    na motivao do praticante.

    A capacidade funcional do corpo humano a habilidade em realizar

    as atividades normais da vida diria com eficincia e independncia, e o

    treinamento funcional resistido visa melhorar esta capacidade atravs de

    exerccios resistidos especficos. Devido ao princpio da especificidade, o

    treinamento funcional estimula o corpo humano de maneira a adapt-lo para as

    atividades normais da vida cotidiana. Neste contexto, um aspecto de vital

    importncia neste tipo de treinamento deve ser muito bem explorado: a

    utilizao de exerccios que estimulem a propriocepo, a fora, resistncia

    muscular e cardiovascular, a flexibilidade, coordenao motora e lateralidade e

    o equilbrio (CAMPOS; NETO, 2004).

    4.1 Componentes Envolvidos no Treinamento Funcional

    Resistido

    4.1.1 Propriocepo

    Compe-se da sensibilidade superficial (tato) e da sensibilidade

    profunda (no sentido cinestsico). O tato fornece as informaes sobre a

    velocidade do deslocamento corporal, enquanto a sensibilidade cinestsica

    situa os membros no espao tridimensional (MANIDI; MICHEL, 2001).

    Campos e Neto (2004) definem os proprioceptores como tipos de

    rgos sensoriais localizados nos msculos, articulaes, tendes, ligamentos

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    e pele. A funo destes rgos conduzir informaes sensoriais a partir

    destas reas para o sistema nervoso central.

    Relacionada s sensibilidades de posio e movimentos dos

    membros, a propriocepo o termo mais adequado para descrever muito dos

    processos fisiolgicos dentro do sistema sensrio-motor, no qual esto inclusos

    as sensibilidades de posio articular, a cinestesia, o equilbrio e a ativao

    muscular reflexa, sendo ligada tambm locomoo (CAMPOS; NETO, 2004).

    A propriocepo subdividida em duas categorias: sensibilidade de

    posio esttica, conhecida como sensibilidade de posio e; sensibilidade de

    movimento, conhecida como cinestesia ou propriocepo dinmica. Alm

    disso, um componente chave da estabilidade articular, pelo fato de seus

    impulsos aferentes (diviso sensorial) indiretamente produzirem e modularem

    as respostas eferentes (diviso motora) que permitem ao sistema

    neuromuscular manter um equilbrio de estabilidade (CAMPOS; NETO, 2004).

    Os autores acima relatam sobre o processo pelo quais os sinais

    proprioceptivos aferentes so utilizados para o controle motor, so eles:

    feedback (processo compensatrio) e feedforward (processo antecipatrio).

    Godoi e Barela (2002, apud DUFOSS; HUGON; MASSION, 19857)

    afirmam que o mecanismo feedback desencadeado quando da ocorrncia de

    perturbaes do equilbrio decorrentes de foras externas inesperadas.

    Nesse caso, os sistemas sensoriais fornecem informaes acerca

    da natureza do distrbio que so utilizadas para que uma resposta apropriada

    7

    DUFOSS, M.; HUGGON, M.; MASSION, J. Postural forearm changes induced bypredictable in time or voluntary triggered unloading in man. Experimental Brain Research, NewYork, v.60, p.330-334, 1985.

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    seja desencadeada (GODOI; BARELA, 2002, apud HORAK; MACPHERSON,

    19968).

    J o mecanismo feedforward, por sua vez, desencadeado quando

    a perturbao causada pelos movimentos do prprio indivduo, iniciado antes

    da perturbao da postura e do equilbrio (GODOI; BARELA, 2002, apud

    MASSION, 19929), resultando em ajustes que precedem e acompanham o

    movimento focal com o intuito de contrapor-se aos esperados efeitos

    mecnicos da perturbao, mantendo a estabilidade (GODOI; BARELA, 2002,

    apud GHEZ, 199110; ARUIN ET AL., 199811).

    4.1.2 Fora

    O treinamento funcional v a fora como a capacidade do corpo de

    produzir tenso interna e oferecer resistncia contra uma fora externa

    (DELIA; DELIA, 2005).

    Segundo Campos e Neto (2004) a fora uma qualidade fsica

    imprescindvel para a manuteno ou o aprimoramento da capacidade

    funcional do corpo humano. a base para resistncia muscular, velocidade,

    equilbrio, coordenao e flexibilidade. Esta qualidade deve ser estimulada, no

    indivduo destreinado, atravs do treinamento resistido progressivo

    8 HORAK, F. B.; MACPHERSON, J. M. Postural orientation and equilibrium, In: ROWELL, L.B.; SHERPHERD, J. T. (Ed.) Handbook of physiology: a critical, comprehensive presentationof physiological knowledge and concepts. New York: Oxford American Physiological Society,p.255-92, 1996.9 MASSION, J. Movement, posture and equilibrium: interaction and coordination. Progress inNeurobiology, Oxford, v.38, p.35-36, 1992.10 GHEZ, C. Posture. In: KANDELL, E. R.; SCHWARTZ, J. H.; JESSEL, T. M. (Ed.)Principles of neural science. 3. ed. Norwalk: Appleton, Lange, p. 596-607, 1991.11

    ARUIN, A. S.; FOREST, W. R.; LATASH, M. L. Anticipatory postural adjustments inconditions of postural instability. Eletroencephalography and Clinical Neurophysiology,Amsterdam, v.109, p.350-359, 1998.

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    convencional. A progresso da intensidade de esforos deve ser a mais linear

    possvel, principalmente nos indivduos iniciantes sedentrios.

    Nesta fase recomendado o uso de aparelhos convencionais de

    musculao, com um plano e um eixo de movimento, para facilitar a execuo

    dos movimentos a diminuir a exigncia do equilbrio, o que mantm o corpo

    numa postura mais segura e confortvel para realizar os exerccios. Conforme

    o indivduo vai melhorando a capacidade de produo de fora, os exerccios

    devem passar a ser realizados em aparelhos que exijam outras qualidades,

    como, por exemplo, equilbrio, propriocepo e lateralidade, at que o indivduo

    passe a realizar exerccios de fora em posies que mais se assemelhem s

    condies do esporte que ele pratica ou das atividades normais que ele realiza

    durante o restante do seu dia (CAMPOS; NETO, 2004).

    Resultados de um estudo realizado por Goulart et al. (2003)

    mostrou que a fora muscular foi o fator mais significativo para o sucesso da

    realizao de um movimento habitual de vida diria do homem, o movimento

    de passar de sentado para de p. Considerando o treinamento funcional

    especfico o meio mais efetivo na melhora da performance motora e promoo

    da independncia.

    Segundo DElia e DElia (2005) o treinamento funcional considera

    seis tipos de fora a serem desenvolvidos: fora mxima, fora rpida,

    resistncia de fora, fora de estabilizao, fora funcional e fora relativa.

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    4.1.3 Resistncia Cardiovascular e Muscular

    A resistncia, cardiovascular e muscular, importante no

    treinamento funcional porque diminui ou retarda o aparecimento da fadiga, que

    debilita a propriocepo, e aumenta o rendimento dos sistemas aerbio e

    anaerbio, vitais para a manuteno ou a melhora da capacidade funcional. O

    treinamento de resistncia deve seguir uma seqncia que termine no

    treinamento de resistncia, cardiovascular e muscular, funcional, aproximando-

    se ao mximo das exigncias dessa qualidade fsica na vida esportiva ou

    cotidiana do indivduo (CAMPOS; NETO, 2004).

    Um estudo realizado por Arago, Dantas e Dantas (2005) revelou

    que indivduos com autonomia no desempenho das atividades de vida dirias,

    possuem melhor qualidade de vida. E que, quanto maior o estado de

    resistncia muscular localizada de um indivduo, melhor sua autonomia no

    desempenho das AVDs e na autonomia expressada pela auto-percepo. O

    aumento da resistncia muscular est intimamente envolvido com a melhora

    das funes neuromusculares.

    4.1.4 Velocidade

    Dantas (2003) considera a velocidade de movimento dependente de

    trs fatores: 1. Amplitude de movimento; 2. Fora do grupo muscular solicitado

    e; 3. Eficincia do sistema neuromotor (fator bsico), onde cada um desses

    fatores ao preponderar sobre os demais, far com que esta qualidade fsica se

    expresse de uma maneira na prtica esportiva.

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    O treinamento funcional trata a velocidade como uma habilidade

    motora que pode ser treinada atravs de uma abordagem sistemtica de

    correo da mecnica do movimento e de uso de exerccios que transfiram, de

    forma ideal, a velocidade obtida para a atividade especfica do indivduo

    (DELIA; DELIA, 2005).

    Durante o treinamento so recriadas situaes e posies que

    fazem parte da atividade especfica, tornando possveis o desenvolvimento e a

    aplicao da velocidade, em funo do aprimoramento do componente

    neuromuscular que determinante para isso (DELIA; DELIA, 2005).

    4.1.5 Flexibilidade

    definitivamente uma caracterstica morfofuncional das

    articulaes e dos discos vertebrais. Quando dois ossos esto em contato,

    diversas so as estruturas que permitem a movimentao entre eles com certa

    facilidade. Estruturas como camadas de cartilagem hialina, cpsulas articulares

    contendo lquidos lubrificantes (sinoviais) e, diferentes formas de ligamentos,

    que so constitudos por tecidos fribosos, impedindo que as articulaes se

    separem (CARVALHO; BORGES, 2001 apud WATSON, 198612).

    Segundo Dantas e Soares (2002) quanto mais alta for a exigncia

    de performance, mais ateno deve ser dada flexibilidade. Ressalte-se que

    isto no significa alcanar o mximo possvel de mobilidade. A flexibilidade, ao

    contrrio de todas as outras qualidades fsicas, no melhor quanto maior for.

    Existe um nvel timo de flexibilidade para cada pessoa, em funo das

    12 WATSON, A. W. S. Aptido fsica e desempenho atltico. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan, 1986.

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    exigncias que a prtica exercer sobre o aparelho locomotor e a estrutura dos

    seus componentes (ligamentos, articulaes, msculos e outras estruturas

    envolvidas).

    Como a flexibilidade normalmente usada como aquecimento para

    exerccios que envolvem movimento, a flexibilidade dinmica pode ser a mais

    indicada. Ao alongar e retornar o msculo posio inicial vrias vezes, a

    flexibilidade dinmica faz com que o crebro monitore constantemente as

    mudanas no comprimento do msculo, preparando o corpo para o exerccio

    de maneira mais funcional do que a flexibilidade esttica (DELIA; DELIA,

    2005).

    Com o aumento da flexibilidade, a capacidade de realizar

    movimentos em amplitudes normais assegura a eficincia dos exerccios do

    treinamento funcional e os movimentos da vida diria. Alm disso, a

    flexibilidade essencial para ganhos de agilidade e destreza, importantes para

    o incremento da capacidade funcional do corpo (CAMPOS; NETO, 2004).

    4.1.6 Coordenao motora

    O treinamento funcional contempla de forma plena a necessidade

    de desenvolvimento de todos os aspectos da coordenao, agregando esse

    componente em todos os seus exerccios, nos mais variados nveis de

    dificuldade (DELIA; DELIA, 2005).

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    4.1.7 Lateralidade

    Pacher e Fischer (2003, apud FONSECA, 198813) afirmam que a

    lateralidade constitui um processo essencial s relaes entre a motricidade e

    a organizao psquica inter-sensorial, representando a conscientizao

    integrada e simbolicamente interiorizada dos dois lados do corpo, lado

    esquerdo e lado direito, o que pressupe a noo da linha mdia do corpo.

    Segundo Campos e Neto (2004) os exerccios unilaterais exigem

    maior controle motor e a concentrao de uma quantidade maior de msculos

    estabilizadores para manter as articulaes, que geralmente no ficam

    instveis, fixas, para que o movimento ocorra com boa tcnica, enquanto os

    exerccios bilaterais podem ser uma opo se os movimentos forem diferentes

    entre os membros ou se a sobrecarga utilizada em cada membro for diferente,

    exigindo diferentes recrutamentos de unidades motoras entre os membros,

    fazendo com que o crebro aprimore o controle motor entre os lados do corpo.

    Assim, indivduos iniciantes devem sempre comear os exerccios

    com movimentos bilaterais e preferencialmente simtricos, para depois

    progredirem para exerccios unilaterais e assimtricos (CAMPOS; NETO,

    2004).

    4.1.8 Equilbrio

    Campos e Neto (2004) comentam que a manuteno do equilbrio

    postural requer a deteco de movimentos corporais, a integrao da

    13 FONSECA, V. Psicomotricidade. So Paulo: Martins Fontes, 1998.

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    informao sensrio-motora dentro do SNC e a execuo de respostas

    musculoesquelticas apropriadas. Ambos os componentes sensoriais e

    motores esto envolvidos no sistema de controle postural, que se utiliza de

    processos complexos para realizar inmeras tarefas. O sistema de controle

    postural opera como um circuito de controle entre as fontes sensrias, SNC e o

    sistema musculoesqueltico.

    O equilbrio consiste em manter o centro de gravidade (CG) dentro

    de uma base de suporte que proporcione maior estabilidade nos segmentos

    corporais, durante situaes estticas e dinmicas. O corpo deve ser hbil para

    responder s translaes do seu CG impostas voluntria e involuntariamente

    (FARIA et al., 2003).

    A viso realiza um papel importante na manuteno do equilbrio,

    orientando os olhos e a cabea em relao aos objetos ao redor. O sistema

    vestibular supre informaes que medem as aceleraes gravitacionais,

    lineares e angulares da cabea no espao, mas na manuteno do equilbrio

    quando os sistemas visual e somatossensorial fornecem informaes precisas

    (CAMPOS; NETO, 2004).

    Exerccios que exigem equilbrio estimulam o sistema de controle

    motor e favorecem ganhos de fora muscular, a melhoria dos mecanismos de

    propriocepo, a diminuio dos desequilbrios musculares causadores de

    desvios posturais e uma maior sinergia entre os msculos durante um

    movimento (CAMPOS; NETO, 2004).

    So exerccios que incluem movimentos em cadeia cinemtica

    fechada e estimulam o indivduo a melhorar a habilidade em manter seu centro

    de gravidade dentro da base de suporte enquanto fica com um ou os dois

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    membros sobre uma superfcie estacionria ou mvel e com ou sem o uso da

    viso (CAMPOS; NETO, 2004).

    Os exerccios prescritos para melhorar o equilbrio podem melhorar

    a percepo do indivduo sobre a posio, e alteraes de seu centro de

    gravidade podem aumentar a fora de uma maneira ecocntrica funcional e

    aumentar a sensibilidade e a capacidade de resposta dos mecanorreceptores,

    o que melhora o feedback proprioceptivo para o sistema nervoso central

    (CAMPOS; NETO, 2004).

    4.2 Acessrios e Equipamentos Utilizados no Desenvolvimento

    do Treinamento Funcional Resistido

    DElia e DElia (2005) afirmam ser possvel realizar um treinamento

    funcional eficiente usando somente o peso do prprio corpo e a gravidade,

    porm, a utilizao de acessrios e equipamentos ampliam ainda mais as

    possibilidades do treinamento, onde a caracterstica bsica a fcil

    adaptabilidade, podendo-se criar inmeros exerccios em funo das

    necessidades de cada indivduo.

    Equipamentos e acessrios:

    Barras, anilhas e dumbells (pesos livres) : Os pesos livres

    permitem alto grau de especificidade e variao. Esse tipo de acessrio

    possibilita trabalhar o mesmo padro de ativao intra e intermuscular das

    atividades para as quais o indivduo est treinando. Os exerccios com pesos

    livres podem ser feitos nos trs planos de movimentos e no oferecem

    restries de acelerao e velocidade. Com isso, o aprimoramento

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    proprioceptivo e sinestsico acontece de maneira semelhante a que ocorre na

    maioria dos esportes e atividades dirias. Os exerccios com pesos livres

    tambm exigem equilbrio e estabilizao do corpo, podendo ser executados

    unilateral ou bilateralmente (DELIA; DELIA, 2005).

    Barra articulada: permite a execuo de exerccios nos trs

    planos de movimento, exigindo estabilizao tridimensional e oferecendo

    sobrecarga em padres de movimento que se assemelhem queles

    desempenhados na atividade especfica do indivduo (DELIA; DELIA, 2005).

    Cabos e elsticos: a maior vantagem desses acessrios a

    possibilidade que eles tm de possibilitarem o trabalho em diferentes ngulos e

    vetores de fora. A maioria dos movimentos atlticos ou dirios uma

    combinao de aceleraes. Com os cabos e elsticos, possvel reproduzir o

    vetor resultante dessas aceleraes em qualquer movimento, tornando o treino

    mais especfico e efetivo (DELIA; DELIA, 2005).

    Eles tambm permitem trabalhar a exploso e a potncia de

    maneira mais segura do que com as mquinas convencionais (DELIA; DELIA,

    2005).

    Medicine balls: so bolas fabricadas em diferentes formatos,

    tamanhos, pesos e texturas. Versteis, elas permitem que se trabalhe qualquer

    amplitude de movimento, promovendo fora e potncia especficas (DELIA;

    DELIA, 2005).

    Por permitir que se exercite a mesma amplitude multiplanar do

    esporte ou atividade, as medicine balls fortalecem e aprimoram msculos

    estabilizadores, neutralizadores e primrios nos mesmos padres neurolgicos

    da atividade alvo (DELIA; DELIA, 2005).

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    Superfcies instveis: o treinamento funcional usa superfcies

    instveis, como: pranchas, discos, bolas, trampolins, diminuio da base de

    apoio durante a realizao de um exerccio (de dois ps para um p, por

    exemplo); como forma de exigncia de um maior e melhor controle motor,

    ativando os proprioceptores e recrutando os estabilizadores do CORE,

    desenvolvendo o equilbrio e aproximando o treinamento das exigncias

    encontradas pelo indivduo (DELIA; DELIA, 2005). O uso de superfcies

    instveis na execuo de exerccios com sobrecarga faz com que haja um

    dficit em termos de sobrecarga, se comparado com os exerccios executados

    sobre superfcies estveis. A instabilidade gerada por esses acessrios permite

    que essa diferena de sobrecarga seja gradualmente ajustada para que, no

    momento em que esses valores se equilibrarem, o indivduo ganhe em

    capacidade de produo de fora funcional do CORE, equilbrio e sinergia

    muscular (DELIA; DELIA, 2005).

    Correntes: a vantagem do exerccio aplicado com a utilizao de

    correntes vem da grande diferena de peso nas diversas amplitudes do

    movimento. Exemplo: ao executarmos um agachamento com barra equipada

    com as correntes, o movimento comear com o peso total da sobrecarga

    (barra + corrente) e diminuir durante a descida, conforme a corrente se apia

    no cho. Na subida, a sobrecarga aumenta conforme a corrente sai do cho e

    volta a exercer peso sobre a barra (DELIA; DELIA, 2005).

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    CAPTULO 3: CONCLUSO

    partir desta reviso bibliogrfica pode-se concluir que o

    treinamento funcional resistido um mtodo eficiente de preparao

    neuromuscular, contribuindo para o desenvolvimento da fora, da resistncia

    muscular e cardiovascular, da flexibilidade, da coordenao motora, da

    lateralidade, do equilbrio, bem como no aperfeioamento do controle motor, de

    acordo com a funcionalidade de cada indivduo, enfatizando exerccios que

    trabalhem o corpo como um todo.

    Por oferecer uma enorme variao de aplicao de seus exerccios,

    torna-se uma atividade extremamente desafiadora e motivante, exigindo de seu

    praticante um melhor controle motor, ocasionando o desenvolvimento das

    principais capacidades fsicas, e de uma maneira geral, indicado a todo tipo de

    populao, respeitando-se apenas os limites de cada um.

    Para que se alcance resultados positivos, indicado que se

    prescreva tal atividade baseando-se nos princpios e mtodos do treinamento

    desportivo.

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