monografia 2

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8 Sumário INTRODUÇÃO....................................................9 1 PROJETO...................................................10 2 TURISMO...................................................11 3 TURISMO CULTURAL..........................................14 4 MUSEUS....................................................17 4.1 Arquitetura de museus.................................18 5 A IMPORTANCIA DO MUSEU PARA O TURISMO BRASILEIRO..........19 6 ESTAGIO...................................................21 6.1 Histórico da Empresa..................................21 6.2 Apresentação da empresa...............................22 6.3 O Museu do Futebol....................................22 6.3.1 Os três eixos do Museu: Emoção, História e Diversão. 23 6.4 Estágio no Museu......................................24 6.5 Organograma...........................................26 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................27 8 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................28 9 ANEXOS....................................................30

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Page 1: Monografia 2

8

Sumário

INTRODUÇÃO........................................................................................................................9

1 PROJETO.......................................................................................................................10

2 TURISMO........................................................................................................................11

3 TURISMO CULTURAL..................................................................................................14

4 MUSEUS.........................................................................................................................17

4.1 Arquitetura de museus..........................................................................................18

5 A IMPORTANCIA DO MUSEU PARA O TURISMO BRASILEIRO.........................19

6 ESTAGIO........................................................................................................................21

6.1 Histórico da Empresa............................................................................................21

6.2 Apresentação da empresa....................................................................................22

6.3 O Museu do Futebol..............................................................................................22

6.3.1 Os três eixos do Museu: Emoção, História e Diversão...............................23

6.4 Estágio no Museu..................................................................................................24

6.5 Organograma..........................................................................................................26

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................27

8 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................28

9 ANEXOS.........................................................................................................................30

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9

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem o objetivo de estimular o leitor, para uma reflexão e

conhecimento de um preconceito existente em nossa sociedade em relação aos

museus, sendo a área de turismo responsável para minimizar este preconceito. O

interesse pelo tema surge mediante minha profissional na área, e sua metodologia

utilizada para a elaboração fora através da pesquisa bibliográfica.

No decorrer do estudo é contemplada a importância dos museus brasileiros

para a sociedade, porque sendo assim acredita-se que com a colaboração da área

turística investindo nesta área não explorada seria rentável para as agências e ao

mesmo tempo levaria as pessoas um pouco mais da nossa cultura.

Para uma melhor compreensão o estudo teve sua estruturação da seguinte

forma: no capitulo I define-se o que é o turismo, no II se explica sobre um segmento

do turismo, o turismo cultural, no III se define os museus incluídos no turismo

cultural, e o preconceito existente sobre eles, no IV se explica o problema e hipótese

do estudo. Encerra-se o estudo nas considerações finais.

Page 3: Monografia 2

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1 PROJETO

Tema: Museus

Delimitação: A importância do museu no turismo brasileiro

Problema: O povo brasileiro valoriza os museus na área de turismo?

Hipótese: Atualmente, os museus são poucos valorizados pela população e

são subestimados na área de turismo

Objetivo Geral: Apresentar a importância dos museus para o mercado

turístico

Objetivos específicos:

Pesquisar os diversos tipos de museus

Pesquisar o papel do turismo na atualidade

Apresentar o potencial dos museus para o turismo

Metodologia: Pesquisa Bibliográfica

Justificativa: O tema, museus, fora escolhido devido a desvalorização que,

atualmente, as pessoas possuem, mesmo sem ter freqüentado algum ou

conversado com alguém que entenda de museus.

Os museus brasileiros possuem acervos preciosos, mas em muitos casos

subaproveitados, e esta falta de incentivo e de divulgação afasta o turista dos

museus e ao mesmo tempo impede que o museu se reestruture para atingir um

publico mais amplo. A meu ver, um espaço que reside um potencial para ser

explorado, comparando o resultado de outros países como Londres, Paris, México,

entre outros.

Page 4: Monografia 2

11

2 TURISMO

O assunto abordado neste capitulo é o turismo, sua definição, história,

importância e oferta de mercado.

De acordo com a autora Barreto (2001, p.2), o turismo é o movimento de

pessoas, é um fenômeno que envolve antes de mais nada, gente. É um ramo das

ciências sociais e não das ciências econômicas, e transcende a esfera das meras

relações da balança comercial.

A World Tourist Organization (WTO), ou em português, Organização Mundial

do Turismo (OMT), fundada em 1974 em Madri (Espanha), é a entidade máxima do

turismo, e o define como sendo um deslocamento de pessoas de seu domicílio

cotidiano, por no mínimo 24 horas com a finalidade de retorno, com o tempo de

permanência igual ou inferior de um ano.

(http://www.unwto.org/WebTerm6/UI/index.xsl)

Podemos perceber que tanto o autor como a entidade destacam o turismo

como sendo uma atividade econômica que se lida com pessoas e que para ocorrê-lo

deve existir um deslocamento, pois eles são decisivos para a atividade turística,

visto que sem o fluxo de visitantes temporários não seria necessário estruturas com

prestações de serviços.

O autor Andrade (2000, pag. 38) define turismo como um complexo de

atividades socioeconômicas relacionadas aos deslocamentos, transportes,

alojamentos, alimentação, circulação de produtos típicos, atividades relacionadas

aos movimentos culturais, visitas, lazer e entretenimento, geralmente organizadas

por operadores turísticos e comercializadas por agentes de viagens.

O turismo possui tipologia própria e costuma ser classificado de acordo com a

principal motivação ou razão da viagem. Assim temos a incidência de vários

segmentos do turismo, como, por exemplo, o turismo de negócios, de lazer, social,

sexual, cultural, étnico ou nostálgico, de compras, da melhor idade, entre outros.

Em algumas situações também observamos viagens turísticas formada por

dois ou mais tipos de turismo, o que passou a ser conhecido internacionalmente por

turismo híbrido, ou seja, que mistura motivações e incentivos.

Ainda na visão de Andrade (2000, pag. 99) o turismo situa-se no setor

terciário, que, engloba a atividade genérica que não produz bens tangíveis ou

palpáveis, caracterizando-se pela apresentação e pela prestação de serviços de

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qualquer natureza. Funciona em cadeia e exige a articulação de todos os atores ou

segmentos envolvidos.

O produto turístico se difere por ser um produto de elementos e percepções

intangíveis, seus consumidores o sentem através da experiência.

Andrade (2000, pag. 101) observa que a oferta turística se forma pelo

conjunto dos diversos recursos que o receptivo possui para serem utilizados em

atividades designadas como turísticas. Ela pode ser dividida em 4 tipos: oferta

turística natural (compõe-se de recursos em cuja criação não houve interferência

humana, como, fauna e flora); oferta turística artificial (conjunto de adaptações de

recursos naturais, de obras criadas pelo homem, como, bens culturais, religiosos e

históricos); bens e serviços de infra-estrutura turística (a infra-estrutura utilizada

pelo turismo, como instalações de hospedagem, recepção, recreação);

superestruturas indispensáveis (elas são os suportes, os locais de apoio e de

diversificação).

De acordo com FUNARI et all.(2001, pag.15),

o hábito de viajar é antigo. No século XVII, as boas famílias mandavam seus filhos completarem a educação com viagens nas quais aprendiam línguas e costumes de outros povos, compravam obras de arte e visitavam os monumentos da antiguidade, como o Fórum em Roma. Em meados do século XIX, as viagens passaram a ser organizadas por pessoal especializado, tornando-se, aos poucos, uma forma de negócio denominado turismo, gerador de lucros, empregos e divisas para numerosos países.

Complementando a frase dos autores, Ansarah, (2000, pág. 17) afirma que o

grande precursor do turismo moderno e profissionalizante, que conhecemos

atualmente, fora o empresário Inglês Thomas Cook (Melbourne, Derbyshire,

Inglaterra, 22 de novembro de 1808 — Bergen, Noruega, 18 de Julho de 1892) que

teve como uns dos seus maiores feitos heróicos a primeira viagem agenciada da

história em 1841; o organizador da primeira viagem de grupo de larga escala em um

trem fretado e a primeira viagem de volta completa no mundo com turistas no ano de

1872.

Com isso, Tomas Cook se tornou o sinônimo de confiança e qualidade nas

viagens turísticas até os dias atuais. As idéias de Thomas Cook proporcionaram o

nascimento de uma das mais ricas indústrias de todos os tempos, o turismo.

Porem, enquanto na Europa e em outros paises o turismo se tornou uma

atividade economica rentável, no Brasil seu potencial não é adequadamente

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aproveitado. De acordo com Trigo (1998, pag. 21) o Brasil apresenta todas as

caracteristicas para ser um pais receptivo aos turistas, entretanto, o turismo

brasileiro teve um desenvolvimento pequeno, distante do ideal, até 1988, quando o

país recebeu quase 2 milhões de turistas internacionais. A partir desse ano, a

entrada de turistas estrangeiros no páis decresceu, caindo para cerca de 1 milhão

em 1990, devido a má imagem do Brasil no exterior referente a violência,

principalmente no Rio de Janeiro.

Contudo, estes problemas foram avaliados e em razão a varias reformas na

area turistica no Brasil, como campanhas para mudar a visão do país no exterior,

muitos destes problemas foram minimizados. Trigo, (1998, pag. 34) informa que, de

acordo com a OMT, o Brasil recebeu 3.135.000 turistas estrangeiros em 1998, e

dados recentes da EMBRATUR (Institudo Brasileiro de Turismo), orgão máximo do

turismo brasileiro, demonstram que o Brasil recebeu mais de 5 milhões de turistas

estrangeiros em 2010, e preve um aumento deste número para 8 milhões em 2014,

graças ao momento positivo que a economia brasileira esta vivendo atualmente.

(http://www.turismo.gov.br/turismo/noticias/todas_noticias/20101109.html)

Page 7: Monografia 2

14

3 TURISMO CULTURAL

Como visto no capitulo anterior, o turismo pode ser divido em vários

segmentos, entre eles o turismo cultural, no qual será abordado neste capitulo.

De acordo com marcos conceituais do Ministério do Turismo,

(http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/dadosefatos/espaco_academico/glossario/

index.html), “o Turismo Cultural compreende as atividades turísticas relacionadas à

vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e

dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da

cultura”, desta forma, compreende-se que o turismo cultural esta ligado com a

herança cultural do local com a finalidade de incentivar a valorização da cultura.

Segundo Moletta, (1998, pag.9), “patrimônio cultural é o conjunto de bens

móveis e imóveis existentes no país, cuja conservação é de interesse público, por

valor histórico, arqueológico, etnográfico, bibliográfico ou artístico”. Com base nesta

definição e a do Ministério do Turismo, o turismo cultural pode ser entendido como o

acesso do patrimônio cultural, ou seja, a história, a cultura e ao modo de viver de

uma comunidade. Sendo assim, podemos considerar que o turismo cultural busca

como motivação do turista o interesse de conhecer a história da localidade, suas

tradições e manifestações culturais, históricas e religiosas.

Esta mesma autora ressalta que o turismo cultural pode ser realizado de duas

formas;

Tradicional: Quando o turista recebe um roteiro de agencias de

viagens, com guias e horários rígidos.

Interativo: quando o turista realiza sua atividade turística calmamente e

interage com o objeto observado.

Infelizmente, à pratica mais utilizada pelas pessoas é a primeira, tradicional, e

em muitos roteiros comerciais, o turismo cultural acaba acontecendo de uma forma

distorcida e um tanto apressada.

Ainda com Moletta, (1998, pag. 24) o patrimônio cultural se constitui dos

seguintes componentes: Monumentos; Ruínas; Esculturas; Pinturas; Sítios;

Manifestações e usos tradicionais e populares; Festas e Comemorações;

Gastronomia; Artesanato; Museus.

Page 8: Monografia 2

15

A autora Barreto (2001, pag. 12) lembra que a UNESCO, United Nations

Educational, Scientific and Cultural Organization, ou em português, Organização das

Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, em 1972, separou o

Patrimônio cultural em 3 tipos:

Monumentos

Conjunto de edificações

Sítios

Sendo as manifestações culturais, crenças e idéias separadas em Patrimônio

Intangível ou Imaterial.

Periodicamente a UNESCO lista os patrimônios culturais dos países, para a

conservação e a proteção dos mesmos, no Brasil foram apontados como

patrimônios:

A Cidade Histórica de Ouro Preto/MG (1980);  

O Centro Histórico de Olinda/PE (1982);  

As Missões Jesuíticas Guarani, Ruínas de São Miguel das Missões/RS

(1983);

O Centro Histórico de Salvador/BA (1985);  

O Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do

Campo/MG (1985);  

O Parque Nacional de Iguaçu, em Foz do Iguaçu/PR (1986);  

O Plano Piloto de Brasília/DF (1987);  

O Parque Nacional Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato/PI (1991); 

O Centro Histórico de São Luiz do Maranhão/MA (1997); 

Centro Histórico da Cidade de Diamantina / MG (1999);  

Mata Atlântica - Reservas do Sudeste SP/PR (1999); 

Costa do Descobrimento - Reservas da Mata Atlântica BA/ES (1999);  

Complexo de Áreas Protegidas da Amazônia Central (2000);

Complexo de Áreas Protegidas do Pantanal - MS/MT (2000); 

Centro Histórico da Cidade de Goiás -GO (2001); 

Áreas protegidas do Cerrado: Chapada dos Veadeiros e Parque Nacional das

Emas - GO (2001); 

Ihas Atlânticas Brasileiras: Reservas de Fernando de Noronha e Atol das

Rocas - RN (2001);

Praça de São Francisco, na cidade de São Cristóvão, SE (2010).

Page 9: Monografia 2

16

(http://www.unesco.org/pt/brasilia/culture-in-brazil/world-heritage-in-brazil/world-

heritage-list-brazil/)

Vasconcellos (2006, pag. 47), cita que no Brasil, infelizmente, a cultura e o

turismo foram equivocadamente considerados dois mundos distintos, e isso por que,

do ponto de vista histórico, os homens de cultura manifestaram sempre certa

reticência perante os temas do comércio e do dinheiro, como se fossem realidades

estanhas entre si, ou seja, o povo brasileiro separou a cultura do turismo, o que

causou uma desvalorização e falta de interesse na herança cultural do país.

No Brasil, ainda, existe o preconceito que atividades culturais, ou a própria

história do país, são assuntos chatos e desnecessários para o aprendizado. Este

tipo de comportamento é visto diariamente nos jovens.

O autor Pires (2002, pag. 38), aponta que a culpa para este preconceito foi a

passagem, da indiferença no passado, ao modismo presente, entrou em baixa tudo

que é considerado cultura erudita.

Questões erroneamente denominadas ecológicas, mas consagradas pela mídia e de domínio e aceitação populares, culto ao corpo e aos esportes, comuns e radicais, vida sedentária e desejo ansioso por sol e água ao mesmo tempo que justificam em parte o desinteresse pelos atrativos culturais[...].

Com isso, podemos concluir pela visão do autor que a mídia fora uma das

maiores causadoras desse desinteresse pelo conhecimento cultural, pois trouxe ao

jovem apenas o culto ao corpo, não que seja errado esta valorização, porém, ao em

vez de fazer um elo corpo-mente, a mídia descartou a mente e apenas se focou no

corpo.

Em um mundo cheio de atrativos como Internet, TVs por assinatura, DVDs,

shopping Center em cada bairro, locadoras em cada esquina, centenas de revistas

sobre os mais diversos assuntos, como fazer para atrair o publico a um museu

convencional? Esta resposta você obterá nos próximos tópicos.

Page 10: Monografia 2

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4 MUSEUS

No capitulo anterior fora apontado que o turismo cultural é o conjunto de bens

tangíveis e intangíveis existentes no país, que possui como valor histórico,

arqueológico, artístico, entre outros, estes bens são conhecidos com patrimônio

cultural. Entre eles estão incluídos os museus.

A autora Moletta (1998, pag. 28), definiu os museus como locais

permanentes, com caráter particular ou publico, possui como função a de conservar

e manter seu acervo. Podendo ser aberto ao publico em geral, e sua equipe técnica

realizar pesquisas junto ao seu acervo.

Vasconcellos (2006, pag.13) lembra que a origem do termo museu, veio da

palavra mouseion, ou casa das musas, que na antiguidade era o local dedicado ao

saber e a filosofia. As obras de arte expostas no mouseion tinham mais a intenção

de agradar às divindades que propriamente serem abertas à contemplação de

visitantes. O primeiro grande mouseion, com a finalidade de um museu atual, existiu

em Alexandria (Egito), no século II antes de Cristo. Este espaço buscava reunir todo

o conhecimento humano de diversas áreas do saber, com obras de arte e estátuas,

pedras preciosas, possuía também uma biblioteca, anfiteatro, salas de trabalho,

refeitório e jardins.

Como se pode perceber, os museus estão relacionados ao ato de colecionar

objetos tanto de origem religiosa como profana, obras-primas, simples e até exóticos

com a intenção de contemplação dos visitantes.

Atualmente, os museus deixaram de ser espaços apenas para guardar

antiguidades e começaram a se utilizar de atividades lúdicas e ferramentas

especiais para atrair o publico. De acordo com o autor Funari et all. (2001, pag. 27),

uma forma que os museus mais importantes contam com exposições temporárias,

pessoal treinado para atender diferentes tipos de publico, ingressos promocionais,

publicações impressas em vários idiomas, e divulgação das atividades por meios de

campanhas publicitárias.

No Brasil, o primeiro museu data de 1862, o Museu do Instituto Arqueológico

Histórico e Geográfico Pernambucano (Pernambuco), inspirada pelo próprio D.

Pedro II (proclamador da Republica no Brasil). Os outros museus brasileiros foram

todos fundados durante o século XX, sendo o mais importante, pela qualidade do

Page 11: Monografia 2

18

acervo, o MASP - Museu de Arte de São Paulo, fundado em 1947,

(http://www.museus.art.br/historia.htm). Hoje, os museus brasileiros estão voltando,

ainda que timidamente, sua atenção também para esse publico, ou seja, os turistas,

e estão passando a pensar em mudanças e estratégicas no interior de suas próprias

instalações, para atingir um fenômeno de massa, como visto em outros países:

Inglaterra, França e o Estados Unidos.

4.1 Arquitetura de museus

Atualmente, existem vários tipos de museus, a autora Barretto (2001, pag.56)

explica que de acordo com sua arquitetura os museus podem ser divididos em:

Museus interiores: museus construídos em prédios de valor histórico,

barracões, casas simples ou especificas;

Museus ao ar livre: este tipo de museu pode ser subdividido em;

construídos (lugares construídos para representar uma antiga vila ou

cidade); site museums, ou museus de sítio (lugares preservados para

que não mudem suas arquiteturas) e os ecomuseus (que possui a

mesma definição que um museu de sitio, sua diferença é o tipo de

administração);

Museus-jardim: construções preservadas incluindo seus jardins.

Page 12: Monografia 2

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5 A IMPORTANCIA DO MUSEU PARA O TURISMO BRASILEIRO

Como visto na capitulo anterior, Turismo Cultural, no Brasil houve uma

separação da cultura com o turismo. Observado pelo autor Vasconcellos (2006,

pag.47), no Brasil, o mundo preservação patrimonial – onde estão inseridos os

museus – foi sempre percebido como função do Estado, e o turismo como objetivo

exclusivo da iniciativa privada.

Até pouco tempo atrás, os museus brasileiros atendiam, principalmente, o

publico escolar, e apenas toleravam a presença dos turistas. Atualmente, os museus

estão voltando, mesmo que discretamente, sua atenção também para esse publico.

A seguir Vasconcellos (2006, p. 32) diz que do ponto de vista antropológico, o

turismo é considerado uma atividade transcultural vinculada aos mecanismos sociais

de consumo próprio de um mundo globalizado, e que vem experimentando um

desenvolvimento extraordinário. Baseando-se no autor se pode concluir que cultura

é algo dinâmico e encontra-se sempre em restauração, e o museu pode converter-

se em um instrumento para fortalecer e problematizar as identidades e integrações

das comunidades, promovendo a tolerância, o respeito e a aceitação da diversidade

cultural.

O museu se apresenta como um lugar de convivência que abre suas portas para que toda e qualquer categoria de público possa usufruir de um espaço não só de lazer, mas fundamentalmente de reflexão a respeito da memória histórica e de um simbolismo transcendente. (Vasconcellos, 2006, p. 37).

Pelas palavras do autor, se pode observar a relação do turismo com o lazer,

do lazer com os museus e dos museus com o turismo. Alguns autores afirmam que,

ao atrair a atenção para o patrimônio natural ou cultural, o turismo promove sua

conservação e valorização.

Funari et all. (2001, pag. 29) acentua que o Brasil possui museus históricos,

de arte, de arqueologia, de entretenimento e de ciência que se inserem numa

perspectiva museológica mais próximos do tradicional, ou seja, uma visita a estes

locais se justificaria não só pelo conteúdo do acervo, mas também pelo valor de sua

arquitetura.

Mas, se o Brasil possui essa riqueza em seus museus, por que eles

continuam sendo alvos de preconceito? É neste momento que retornamos para a

Page 13: Monografia 2

20

primeira parte desta monografia e relembramos o problema: O povo brasileiro

valoriza os museus na área de turismo?

Pires (2002, pag.37) lembra que durante muito tempo, prevaleceu no Brasil a

ideia de que uma visita a um museu, uma pinacoteca ou a um solar mobiliado do

século XX deveria ser revestida de certa gravidade, que qualquer barulho ou

sussurro poderia quebrar todas as obras. Porem, os museus modificaram-se

bastante, principalmente, nas atividades oferecidas e no atendimento, mas seu

preconceito nunca morreu.

O autor Funari et all. (2001, pag. 28) enfatiza que a ausência de incentivo e

de divulgação mais agressiva são os principais fatores que afasta o turista dos

museus e ao mesmo tempo impede que o museu se reestruture para atingir um

público mais amplo.

São Paulo recebe por volta de sete milhões de turistas por ano. Ocorrem

nessa cidade por volta de quinze mil eventos por ano. Destes, poucos ficam mais de

três dias, pois a cidade está mal preparada em termos de infra-estrutura turística

para os que desejam aproveitar melhor as opções culturais da cidade, segundo o

autor Vasconcellos (2006, pag. 52).

Através dos três comentários dos autores, podemos perceber que a hipótese

apresentada no inicio da monografia está correta, que “atualmente, os museus são

poucos valorizados pela população e são subestimados na área de turismo”, porem,

pode-se acrescentar que estas instituições culturais, estão se modificando cada vez

mais para atender melhor seu publico e estão começando a chamar a atenção das

agências turísticas para seu potencial.

Page 14: Monografia 2

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6 ESTAGIO

6.1 Histórico da Empresa

O Museu do Futebol é um museu da história do Brasil. Uma história que

tornou o futebol uma das mais reconhecidas manifestações culturais do país. O povo

brasileiro se apropriou do futebol, apaixonadamente. No museu é possível entender

como o futebol, um esporte inglês, de elite e branco aos poucos ganhou novos

traços: tornou-se brasileiro, popular e mestiço e transformou-se num espelho da

nossa cultura.

O museu do futebol fora inaugurado no dia 29 de setembro, as 19h, no

Estádio do Pacaembu, localizado em frente á Praça Charles Miller, em São Paulo.

Na ocasião estavam presentes o ex-governador José Serra; o ministro dos Esportes

Orlando Silva; o presidente da São Paulo Turismo Caio Luiz de Carvalho; o

secretário municipal dos Esportes, Lazer e Recreação, Walter Feldman; o

presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho; alem de

personalidades ligadas ao futebol, como Pelé.

Espaço dedicado à celebração desse esporte, o Museu vai mostrar, a partir

dos três eixos que norteiam a visita, Emoção, História e Diversão, o que Leônidas da

Silva tem a ver com Villa-Lobos, Jorge Amado e Candido Portinari. E até mesmo

como a trágica derrota da Copa de 50 ajudou o Brasil a reinventar o seu futebol e

ser o maior vencedor de copas mundiais.

O Museu ocupa uma área de 6.900m² no avesso das arquibancadas, na

entrada principal de um dos mais bonitos estádios brasileiros, o Estádio Municipal

Paulo Machado de Carvalho – mais conhecido como estádio do Pacaembu. Orçado

em R$32,5 milhões, o Museu é uma iniciativa do Governo do Estado e da Prefeitura

de São Paulo – por meio da Secretaria Municipal de Esportes e da São Paulo

Turismo -, com concepção e realização da fundação Roberto Marinho, em parceria

com Santander, Telefônica, Ambev, Visa e Rede Globo. O projeto também contou

com o apoio da Samsung, da Epson, do SporTV, da Sabesp, da Carrier, da Otis, e

Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, e com a colaboração da

Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

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22

6.2 Apresentação da empresa

Nome da Empresa: Instituto da Arte do Futebol Brasileiro

Setor: Operacional

Função: Orientadora de Publico

Período: 16/09/10 até o presente momento 25/11/10

Ramo empresarial: A instituição onde trabalho atualmente é um museu, no

qual seu tema é o futebol, e é frequentemente visitado por turistas.

6.3 O Museu do Futebol

Visitar o Museu do Futebol é percorrer a história brasileira no séc. XX e

perceber como nossos usos, costumes e comportamentos ilustram esta narrativa. O

futebol ajudou a formar a identidade brasileira, assim como a cultura brasileira

ajudou a transformar o futebol. Os craques que o Brasil foi capaz de criar

representam tanto a nossa cultura quanto os ícones das artes plásticas, da literatura,

do teatro, da musica. E o Museu do Futebol chega para consagrar, definitivamente,

o futebol como cultura viva, inventiva e emocionante.

O detalhamento do projeto de concepção do museu do Futebol foi

fundamentado em três pilares: arquitetura, conteúdo e museografia. Cada uma

dessas três áreas completa a outra, mesmo processo de trabalho que deu origem ao

Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, também concebido e realizado pela

Fundação Roberto Marinho.

O Museu tem projeto arquitetônico de Mauro Munhoz e curadoria do jornalista

Leonel Kaz. A diretora de cinema e cenógrafa Daniela Thomas e o arquiteto Felipe

Tassara são os responsáveis pela museografia. A direção de arte do Museu esta

sob a responsabilidade do designer Jair de Souza. O time conta, ainda, com uma

Page 16: Monografia 2

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equipe de consultores liderada pelo jornalista João Máximo, que inclui os jornalistas

Celso Unzelte e Marcelo Duarte.

Seu horário de funcionamento normal é das 10:00 ás 18:00 de terça-feira a

domingo. O horário de funcionamento é sujeito a alterações em dias de jogos

vespertinos no Estádio do Pacaembu, os visitantes terão possibilidade de consultá-

los no site o museu (www.museudofutebol.org.br). O ingresso possui o valor de R$

6,00, sendo a meia, R$3,00, crianças de até 7 anos, professores da rede

pública com a apresentação de holerite e RG e estudantes de escolas públicas

municipais e estaduais mediante ofício em papel timbrado são considerados

públicos não-pagantes, ou seja, não precisam pagar o valor do ingresso se

trouxerem os documentos citados a cima. Toda quinta-feira a visitação é gratuita

para todos os tipos de público.

6.3.1 Os três eixos do Museu: Emoção, História e Diversão

Emoção: esse eixo trata do futebol a partir da emoção que ele desperta nas

pessoas. A emoção está estrategicamente separada nas salas: Grande Área; Pé na

Bola; Sala dos Anjos Barrocos; Sala dos Gols; Sala dos Rádios e Exaltação.

História: depois de vivenciar toda a emoção que envolve o futebol, a

narrativa do eixo História conta a origem e a evolução do esporte e acompanha a

história do próprio país. Ele esta distribuídos nas salas: Origens; Sala dos heróis;

Rito de Passagem, a Copa de 50; Sala das Copas do Mundo e Experiência Pelé e

Garrincha.

Diversão: apos passear pela Emoção e pela História do futebol, o visitante

agora entra no terceiro eixo do Museu: a Diversão. Em destaque, o futebol como

jogo, como brincadeira, como rivalidade entre torcidas, como atividade lúdica. Este

eixo se divide nas salas dos Números e Curiosidades; Sala da Dança do Futebol,

Jogo de Corpo, Sala Pacaembu.

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24

6.4 Estágio no Museu

O museu é dividido em 15 salas dedicadas a temas variados, como torcida,

as copas, a origem do futebol no país e grandes nomes da cultura brasileira,

curiosidades, narrações, entre outros. Para poder realizar este projeto cultural o

museu conta com 80 pessoas em seu quadro de funcionários, divididos em

Diretorias, sendo elas o Conselho de Administração; Diretoria Executiva; Assessoria

de Relações Institucionais; Diretoria Administrativa – financeira; Diretoria de

Conteúdo, Salvaguarda e Comunicação (que se subdivide em Núcleo de

Documentação Pesquisa e Exposição; Núcleo de Gestão de Eventos e Núcleo de

Ação Educativa) e Diretoria de Operações e Infraestrutura, sendo este ultimo o setor

em que estagiei como orientadora de publico.

A Diretoria de Operações e Infraestrutura tem como incumbência manter a

ordem dentro e em torno do acervo do museu, isto inclui, manutenção dos

equipamentos,tecnologia utilizada e orientação de publico, cargo exercido pela

estagiária.

O orientador de publico tem como função:

Assegurar à obediência as regras;

Fornecer informações sobre localização de banheiros, bebedouros,

fraldário, elevadores, escadas, telefones públicos e cadeira de rodas;

Fornecer informações sobre atividades e programações especiais;

Zelar pela manutenção e pela correta utilização dos equipamentos;

Verificação do correto funcionamento dos equipamentos e comunicar

eventuais defeitos ao supervisor;

Fornecer informações sobre o Museu: dias e horário de funcionamento,

valores, formas de pagamento aceitas, utilização e venda de zona azul,

guarda-volumes, monitorias, áudio-guia, regras, orientações sobre

percurso, acompanhamento de cadeirantes e pessoas com mobilidade

reduzida;

Proibir a entrada de crianças desacompanhadas;

Controlar e organizar o fluxo de visitantes;

Boas vindas;

Organização de filas

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Proibir a entrada de mochila, guarda-chuvas e grandes volumes, de

visitantes comendo, bebendo, mascando chicletes, fotografando,

filmando ou falando ao celular, de crianças desacompanhadas;

Fornecer informações sobre a exposição temporária;

Reposição de folder no totem;

Impedir a utilização inadequada da saída de emergência;

Impedir aglomeração na região das escadas rolantes;

Orientação sobre os percursos do museu e suas salas;

Impedir que visitantes dependurem no guarda corpo de vidro,

coloquem mãos e pés entre seus vãos, cuspam, joguem objetos para

baixo, corram, façam brincadeiras inadequadas, fiquem em pé sobre o

banco, apóiem sobre as partes de metal dos mesmos na Passarela;

Entregar, recolher e guardar os óculos no cinema 3D;

Organizar o fichário dos clubes de futebol localizado na parte externa;

Orientar os visitantes no momento do chute e da foto no Chute ao Gol;

Registrar corretamente o número do ingresso no sistema, tirar a foto do

visitante e orientá-lo sobre o acesso a mesma no site do Museu;

Como orientadora de publico o bom relacionamento com o publico é

essencial, e ao exercer esta tarefa pude ter a melhor percepção de cada faixa-etária

e seus hábitos.

Tendo em vista que o museu do futebol é o 2º museu mais visitado de São

Paulo e classificado como museu cinco estrelas (SPTuris), devido sua acessibilidade

para qualquer deficiência e publico estrangeiro, o museu auxilia seus funcionários

como auxiliar este tipo de publico e fazer com que sua visita seja inesquecível.

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26

6.5 Organograma

Conselho de administração

Diretoria Executiva

Assessoria de Relações

Institucionais

Diretoria de Conteúdo,

Salvaguarda e Comunicação

Diretoria de Operações e

Infraestrutura

Diretoria Administrativa

financeira

Núcleo de Ação

Educativa

Núcleo de Gestão de

Eventos

Núcleo de Documentação

Pesquisa e Exposições

Tecnologia

Manutenção

Orientadores de

Público

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sabe-se que este estudo, se propôs analisar a relação existente entre museu,

e turismo, seus objetivos foram alcançados e sua hipótese fora confirmada.

É interessante citar que durante este estudo foi possível observar a inter-

relação entre turismo e museus, onde pode vir a se tornar um atrativo de grande

potencial se for bem planejado, pois se acredita que a atividade turística

desenvolvida de forma integrada com patrimônios materiais e imateriais pode,

inclusive, ajudar na valorização da cultura.

Os museus devem promover meios para salvaguardar e garantir a

conservação, realce e apreciação dos monumentos e sítios que constituem uma

parte privilegiada do patrimônio da humanidade. É importante citar, que os museus,

a muito tempo, deixaram de ser apenas locais para se guardar antiguidades e se

modificaram para mostrar seus objetos e fazer chegar sua mensagem ao público de

uma forma interativa, assim como recursos de multimídia e outros recursos

tecnológicos.

No entanto, é necessário deixar claro que os museus devem ser valorizados

por sua importância na história ou na identidade local e não pelo valor que ele possa

vir a ser “vendido” como atrativo turístico. Para que os museus e o turismo possam

ter uma convivência saudável, é necessário que haja planejamento, o que inclui

controle permanente a fim de amenizar o máximo possível os impactos gerados pela

atividade turística.

Page 21: Monografia 2

28

8 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, José Vicente de. Turismo: Fundamentos e dimensões. 8ª Ed. Belo

Horizonte, Ática, 2000.

ANSARAH, Marília Gomes dos Reis. Turismo Como Aprender Como Ensinar. São

Paulo, 2000. SENAC.

BARRETTO, Margarita. Turismo e Legado Cultural. 2ª Ed. Campinas, Papirus, 2000.

FUNARI, Pedro Paulo et all: Turismo e Patrimônio Cultural. São Paulo, Contexto,

2001.

MOLETTA, Vania Florentino. Turismo Cultural. Porto Alegre, SEBRAE, 1998.

PIRES, Mário Jorge. Lazer e Turismo Cultural. 2ª Ed. Barueri, Manole Ltda, 2002.

TRIGO, Luiz Gonzaga Godoi. Turismo Básico. 4ª Ed. São Paulo, SENAC, 1998.

VASCONCELLOS, Camilo de Mello. Turismo e Museus. São Paulo, Aleph, 2006.

Referencias Eletrônicas

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terminologias. Disponível em: >http://www.unwto.org/WebTerm6/UI/index.xsl<,

Acesso 2 Out. 2010.

Ministério do Turismo, banco de dados. Disponível em:

>http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/dadosefatos/espaco_academico/glossario/

index.html<, Acesso 9 Out. 2010.

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29

EMBRATUR ou Institudo Brasileiro de Turismo, noticias: “Visitar o Brasil é tendência

mundial”. Disponível em:

> http://www.turismo.gov.br/turismo/noticias/todas_noticias/20101109.html<, Acesso

em 14 Nov. 2010.

United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization, ou Organização das

Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), “Cultura: Lista

do Patrimônio Mundial no Brasil”. Disponível em:

>http://www.unesco.org/pt/brasilia/culture-in-brazil/world-heritage-in-brazil/world-

heritage-list-brazil/<, Acesso 15 Nov. 2010.

Museus.art.br, guia de museus, “Notas sobre a história dos museus”. Disponível em:

>http://www.museus.art.br/historia.htm<, Acesso 22 Nov. 2010

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9 ANEXOS