modulo vi formalizando seu negocio

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Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC Curso de: ________________________________________ Disciplina de Empreendedorismo Professor: João B. da Silva, Msc Módulo VI: Formalizando seu Negócio Objetivo: o objetivo desse último módulo é ajudá-lo na formalização de seu futuro empreendimento, busca de financiamento, assessoria e questões legais de constituição da empresa. Próximos passos Tendo conhecimento de seu negócio, o próximo passo será a formalização ou não de seu negócio. Para formalizar seu futuro empreendimento, você deverá procurar um escritório de contabilidade, preferencialmente de sua confiança ou consultar o SEBRAE que poderá orientá-lo na escolha ou ainda, consultar o Conselho Regional de Contabilidade. Convoque os contadores indicados para uma reunião e, após conversar com os mesmos, provavelmente você saberá qual escolher. Com a definição do contador, apresente a ele seu Plano de Negócio. Como previsto na elaboração do Plano de Negócio, o contador cobrará honorários pelos serviços prestados. O contador dará inicio aos procedimentos legais para abertura de empreendimento, a formalização de seu futuro empreendimento. Tema 01: Fontes de financiamentos A próxima preocupação em sua caminhada para abertura de seu empreendimento, provavelmente será conseguir financiamento. Para Dornelas (2005), no Brasil não existe uma política de apoio e incentivo ao empreendedorismo, o que não justifica jogar toda a culpa do insucesso do empreendimento no governo. O empreendedor deve usar de sua capacidade de planejamento e habilidade de negociação, bem como sua rede de relacionamento para identificar as melhores alternativas existentes no mercado para conseguir capital para abertura de seu negócio. “Informação é alma do negócio” Dornelas (2005, p. 175). Segundo Dornelas (2005), muitos empreendedores não conhecem as alternativas para capitalizar sua empresa, nascente ou em desenvolvimento. Geralmente os empreendedores recorrem apenas aos bancos de varejo, quando poderiam procurar outras formas de financiamento.

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Page 1: Modulo VI Formalizando Seu Negocio

Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC Curso de: ________________________________________ Disciplina de Empreendedorismo Professor: João B. da Silva, Msc Módulo VI: Formalizando seu Negócio Objetivo: o objetivo desse último módulo é ajudá-lo na formalização de seu futuro empreendimento, busca de financiamento, assessoria e questões legais de constituição da empresa. Próximos passos

Tendo conhecimento de seu negócio, o próximo passo será a formalização ou

não de seu negócio.

Para formalizar seu futuro empreendimento, você deverá procurar um escritório de contabilidade, preferencialmente de sua confiança ou consultar o SEBRAE que poderá orientá-lo na escolha ou ainda, consultar o Conselho Regional de Contabilidade.

Convoque os contadores indicados para uma reunião e, após conversar com os mesmos, provavelmente você saberá qual escolher. Com a definição do contador, apresente a ele seu Plano de Negócio. Como previsto na elaboração do Plano de Negócio, o contador cobrará honorários pelos serviços prestados.

O contador dará inicio aos procedimentos legais para abertura de empreendimento, a formalização de seu futuro empreendimento. Tema 01: Fontes de financiamentos A próxima preocupação em sua caminhada para abertura de seu empreendimento, provavelmente será conseguir financiamento. Para Dornelas (2005), no Brasil não existe uma política de apoio e incentivo ao empreendedorismo, o que não justifica jogar toda a culpa do insucesso do empreendimento no governo. O empreendedor deve usar de sua capacidade de planejamento e habilidade de negociação, bem como sua rede de relacionamento para identificar as melhores alternativas existentes no mercado para conseguir capital para abertura de seu negócio. “Informação é alma do negócio” Dornelas (2005, p. 175).

Segundo Dornelas (2005), muitos empreendedores não conhecem as alternativas para capitalizar sua empresa, nascente ou em desenvolvimento. Geralmente os empreendedores recorrem apenas aos bancos de varejo, quando poderiam procurar outras formas de financiamento.

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Os tipos de financiamentos são basicamente divididos dois tipos, segundo Dornelas (2005), dívida ou eqüidade. Dívida, “o dinheiro emprestado é assegurado de alguma forma com algum tipo de propriedade (garantias)”. (DORNELAS, 2005, P. 175).

Equidade, “equivale a uma quantia de capital injetado no negócio, usualmente em dinheiro ou em forma de ativo”. (DORNELAS, 2005, p. 175).

Em fase inicial de seu negócio, Dornelas (2005) sugere empréstimos e economias pessoais da família, de amigos e de angels (investidores pessoas físicas), entrar em incubadoras de empresas, os programas especiais do governo. Angel Investor (Investidor “Anjo”)

De acordo com Dornelas (2005, p. 177), “o Angel, ou investidor pessoa física,

é um capitalista de risco que possui dinheiro e busca alternativas para obter melhor rentabilidade para esse dinheiro”. Segundo Dornelas (2005), o Angel coloca seu dinheiro na fase inicial, necessário para criação do negócio. Mas, para isso, Análise muito bem o plano de negócios do futuro empreendimento e o seu potencial de crescimento. Quase sempre, esse dinheiro é concedido em troca de uma participação acionária na empresa, ou de uma quota do capital social da empresa que esta sendo criada.

“Não se envolvem na gestão do negócio, mas gostam de opinar e de ser conselheiros. Gostam de negócios cuja base é a inovação, e procuram o retorno do capital investido em no máximo três a cinco anos”. (DORNELAS, 2005, p. 177). Para encontrar o angel, Dornelas (2005), lembra que o empreendedor deve usar de sua rede de contatos. Desafio: para seu futuro empreendimento, qual das alternativas será mais adequada. Por quê?

Capital de risco (venture capital)

Para Dornelas (2005), empresas de capital de risco geralmente são bancos de investimento, com experiência no mercado financeiro, que administram grandes quantias de dinheiro.

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A função principal dessas empresas, segundo Dornelas (2005, p. 178) é, “encontrar empresas e negócios com alto potencial de desenvolvimento em três a cinco anos, que experimentem retornos sobre o capital investido (rentabilidade do capital) muito acima da média do mercado”.

Geralmente essas empresas investem em empresas que estão saindo da

fase de start-up (fase inicial), e que precisam crescer rapidamente. DORNELAS (2005).

Para que você consiga capital de risco é necessário, segundo Dornelas

(2005, p. 179:

- Uma excelente equipe de gestão; - Um bom plano de negócios; - Um mercado alvo expressivo e em crescimento; e - Uma idéia realmente inovadora. No site da Associação Brasileira de Capital de Risco (www.abcr-venture.com.brr) você poderá obter mais informações sobre esse assunto. Dornelas (2005, p. 181), relaciona na tabela abaixo alguns fundos e bancos de investimento: Tabela: Relação de fundos de investimentos

Fundo Endereço na Internet

Advent International www.adventinternational.com.br

BankBoston www.bankboston.com.br

CRP www.crp.com.br

Dynamo www.dynamo.com.br

Eccelera www.eccelera.com.br

Intel Capital www.intel.com

Investidor Profissional www.investidorprofissional.com.br

Merril Lynch www.ml.com

Opportunity www.oportunity.com.br

Pactual www.pactual.com.br

Rio Bravo www.riobravo.com.br

SPtec www.sptec.com.br

Stratus www.stratusbr.com

Votorantim Ventures www.votorantimventures.com.br

Fonte: Dornelas (2005, p. 181) Programas do governo brasileiro

Segundo Dornelas (2005), existem diversas fontes de financiamento

provenientes dos governos municipais, estaduais e federal. São muitas vezes recursos a fundo perdido (dinheiro que não precisa ser devolvido), ou empréstimo a um custo subsidiado, ou seja, juros muito abaixo do praticado no mercado.

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Dornelas (2005, p. 181) apresenta alguns programas do governo para apoio ao empreendedorismo: - Programa RHAE

Programa de Capacitação de Recursos Humanos para Atividades Estratégicas , iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia, com o objetivo de dotar o país de melhores condições de competitividade no mercado mundial, por meio da capacitação de recursos humanos. Você poderá obter mais informações acessando o site www.mct.gov.br. - Programa PIPE da FAPESP

Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (PIPE) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), foi iniciado em 1997, financiando a pesquisa para inovação tecnológica diretamente na empresa. O objetivo é incentivar a pesquisa de novos produtos de alto conteúdo tecnológico ou em processo produtivos inovadores. O financiamento é feito ao pesquisador vinculado ou associado à pequena empresa situada no estado de São Paulo, que deve ter até cem empregados. Você poderá obter mais informações acessando o site www.fapesp.br. - Programa PAPPE

Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas (PAPPE) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), de apoio direto ao pesquisador associado a uma empresa já existente, ou em criação, pelo financiamento de seu projeto de pesquisa de criação de um novo produto ou processo. Você poderá obter mais informações acessando o site www.finep.gov.br. - Programa Softex

O Programa Nacional de Software (SOFTEX 2000) foi criado em 1993 pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com o objetivo de contribuir para a mudança de foco da indústria de informática brasileira: de hardware para software; do mercado doméstico para o mercado internacional; da produção e distribuição em pequena escala para grande escala. Você poderá obter mais informações acessando o site www.softex.br. - Programa PROSOFT

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Em 1998 houve a primeira concessão de crédito para empresas de software via PROSOFT, convênio assinado entre a Sociedade SOFTEX, a Associação das Empresas Brasileiras de Software e Serviços de Informática (ASSESPRO) e o BNDES (Softex 2000). O programa financia investimentos e os planos de negócios de empresas sediadas no Brasil, a comercialização no mercado interno e as exportações de software e serviços correlatos, Você poderá obter mais informações acessando o site www.bndes.gov.br. - Microcrédito O Microcrédito é um programa recente no Brasil de apoio aos pequenos empreendimentos, pois envolve empréstimos de menores quantias e juros mais acessíveis, sendo ainda instrumento para inclusão social do governo. O programa também financia negócios informais. Você poderá obter mais informações acessando o site www.mdic.gov.br. - Progex O Programa de Apoio Tecnológico à Exportação (Progex) tem por objetivo dar assistência tecnológica às micros e pequenas empresas que queiram se tornar exportadoras ou que já exportam e desejam expandir seu negócio no exterior. Você poderá obter mais informações acessando o site www.mct.gov.br. - Programas da FINEP

A Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e tem como objetivo promover o desenvolvimento tecnológico e a inovação no país. Apóia empresas nascentes e emergentes de base tecnológica; empresas incubadas e empresas situadas em parques tecnológicos; empresas, instituições de pesquisa e demais agentes sociais que realizam esforços de investimentos em P&D; incubadoras de empresas e demais instituições promotoras da difusão de tecnologia para empresas; empresas brasileiras de engenharia consultiva; empresas e demais agentes sociais que demandam serviços à engenharia consultiva nacional. São disponibilizados financiamentos que podem ser reembolsáveis e não-reembolsáveis. Você poderá obter mais informações acessando o site www.finep.gov.br. - Projeto Inovar – Capital de Risco Brasil

O programa Inovar, idealizado pela FINEP, tem por objetivo apoiar a construção de um ambiente institucional que favoreça o florescimento da atividade de capital de risco no Brasil, de forma a estimular o fortalecimento das empresas nascentes e emergentes de base tecnológica brasileiras. A Incubadora de Fundos

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Inovar é um consórcio entre a FINEP, Sebrae, Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin) do BID e do Fundo de Pensão da Petrobras (Petros), para apoio à criação de fundos de capital de risco no Brasil. Você poderá obter mais informações acessando o site www.capitalderisco.gov.br. - Programa Sebraetec

O Programa de Consultoria Tecnológica (Sebraetec) é um programa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Brasileira (Sebrae), foi criado para disponibilizar as micro e pequenas empresas e empreendedores acesso aos conhecimentos existentes no país, por meio de consultorias, visando a elevação do patamar tecnológico da empresa. São oferecidos os seguintes serviços de consultoria: estudo de viabilidade técnica e econômica; elaboração de plano de negócio para empresas incubadas; melhoria de produtos, de equipamentos de produção, de gestão dos processo produtivos; design gráfico de produto, de embalagem, de postos e ambientes de trabalho - ergonomia; tratamento de efluentes; racionalização de energia; boas práticas de fabricação/analise de perigos e ponto críticos de controle; tecnologias de gestão ambiental; metrologia, normalização , avaliação de conformidade e certificação; adequação de produtos a padrões e exigências do mercado de destino (normas, patentes, mercado, fornecedores, custo, necessidades laboratoriais) para exportação; desenvolvimento de máquinas e equipamentos; inovação tecnológica. O Sebraetec poderá apoiar até 70% dos custos do projeto, ficando o restante sob a responsabilidade da empresa. Você poderá obter mais informações acessando o site www.sebrae.com.br. Desafio: qual das opções de financiamento poderá ser a mais adequada para o seu empreendimento? – Por quê?

Como você pode observar, apesar das dificuldades em conseguir capital para seu negócio, existem muitas opções que devem ser pesquisadas e analisadas antes de tomar uma decisão. Outra fonte de informações sobre financiamento de projetos são as universidades. Dica: você poderá complementar seus conhecimentos, consultando o capitulo sete,

página 175 do livro Empreendedorismo: transformando idéias em negócios de José C. de A. Dornelas.

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Tema 02: Buscando assessoria para seu negócio

“O empreendedor não é uma ilha isolada no oceano. Por meio de sua rede de contatos, ele deve identificar os melhores profissionais e entidades para assessorá-lo”. (DORNELAS, 2005, p. 195). Iniciaremos o estudo sugerindo a você a leitura do livro O Segredo de Luíza de Fernando Dolabela. O livro mostra a importância das assessorias que ajudarão o empreendedor em seu inicio, fase mais crítica do negócio. Dornelas (2005, p. 195), nos mostra algumas assessorias que devem ser consideradas no momento da criação do negócio: - Incubadoras de Empresas

As Incubadoras de Empresas são entidades sem fins lucrativos destinadas a amparar o estágio inicial de empresas nascentes. São mantidas por entidades governamentais e universidades. Oferece assessoria na gestão técnica e empresarial da organização, serviços compartilhados com laboratórios, telefone, internet, fax, copiadoras, segurança, aluguel de área física, salas de reuniões, auditórios e outros. Além dos serviços oferecidos, o incubado esta dentro um laboratório, onde a inovação, o conhecimento fazem parte do seu dia-a-dia. Se você pretende se instalar em uma Incubadora, deverá elaborar o Plano de Negócios e apresentar para análise, passando por um processo de seleção. Para obter mais informações sobre Incubadoras e saber se em região existe uma Incubadora, acesse o site www.anprotec.org.br. - Incubadoras de Empresas PONTOCOM São Incubadoras de empresas pontocom (baseadas na Internet). A diferença é que essas Incubadoras voltadas exclusivamente para empresas pontocom são provadas. Visam o lucro e atuam como capitalistas de risco. Oferecem infra-estrutura, suporte, auxilio na gestão, também entram com capital necessário para começar o negócio. Em contrapartida a empresa incubada deve ceder parte de suas ações a incubadora. - Sebrae O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas ( SEBRAE) é a principal e mais importante entidade de apoio aos empreendedores brasileiros. O Sebrae oferece desde conselhos sobre a forma de abertura da empresa, passando por consultorias básicas e pontuais, até cursos sobre gestão da qualidade, fluxo de caixa, marketing, finanças etc. Organiza caravanas para participação das empresas

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em feiras e eventos nacionais e internacionais, promove roda de negócios, auxilia o empresário em questões relacionadas ao comércio exterior. Você poderá obter mais informações sobre o Sebrae, acessando o site www.sebrae.com.br . - Assessoria Jurídica e Contábil É importante você buscar assessoria jurídica e contábil para seu negócio. Procure um escritório de advocacia e um escritório de contabilidade de confiança para assessorá-lo. Que o ajudem na gestão de seu negócio, e não apenas que o informe sobre as datas de pagamentos de taxas. Você pode buscar informações na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de sua cidade para contratar um advogado e o Conselho Regional de Contabilidade para contratar um escritório de contabilidade. O importante é você pesquisar muito bem para contratar os serviços contábeis e um escritório de advocacia. - Universidades e Institutos de Pesquisa

Você poderá procurar por universidades e institutos de pesquisa para orientá-lo em seu projeto, solucionando problemas de tecnologia e suas empresas. No Brasil existem algumas iniciativas que merecem destaque, uma delas é o Programa Disque Tecnologia da Universidade de São Paulo, atendendo principalmente empresas de pequeno porte. Procure informações na universidade de sua cidade, onde estas através de empresas Junior poderão assessorá-lo em seu negócio. No site www.fejespe.org.br da Federação das Empresas Juniores de São Paulo (FEJESP), você poderá obter informações sobre todas as empresas juniores do país. - Instituto Empreender Endeavor O Instituo Empreender Endeavor é uma entidade internacional sem fins lucrativos que atua no suporte ao empreendedorismo em países em desenvolvimento. As principais atividades do Endeavor segundo Dornelas (2005, p. 202) são: a) Identificar e desenvolver empreendedores, assistindo-os na estruturação, no planejamento e no aprimoramento de seus negócios e na busca por capital e parceiros estratégicos;

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b) Criar exemplos educativos de empreendedorismo ajudando a criar outras histórias de sucesso; c) Promover o interesse de investidores locais por empresas empreendedoras, criando fóruns que promovam a aproximação entre eles; d) Formar alianças com universidades e instituições de apoio a empreendedores, a fim de estabelecer programas duradouros que disseminem a prática do empreendedorismo no país. Você poderá obter mais informações sobre a entidade Endeavor no site www.endeavor.org.br. - Franchising

O franchising é uma modalidade de negócio que estabelece uma estratégia de distribuição e comercialização de produtos e serviços. São dois os atores principais no processo: o franqueador e o franqueado. Franqueador: é a empresa detentora da marca, que idealiza, formata e concede a franquia do negócio ao franqueador. (Dornelas, 2005, p. 203). Franqueado: é uma pessoa física ou jurídica, que adere à rede de franquia, investindo recursos no próprio negócio, o qual será operado com a marca do franqueado e de acordo com todos os padrões estabelecidos e supervisionados por este. Você poderá obter mais informações sobre franquias acessando o site da Associação Brasileira de Franchising (ABF): www.abf.com.br. Dica: para complementar seus estudos sobre assessoria, consulte o capítulo 8 Buscando Assessoria para o Negócio no livro Empreendedorismo: Transformando Idéias em Negócios de José C. de A. Dornelas.

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Tema 03: Questões legais de constituição da empresa Para este estudo, definição dos tipos de empresas, foram usados como referências o Sebrae e Dornelas (2005, p. 211), onde: Nota: este estudo não objetiva aprofundar o assunto, mas sim apresentar a você de forma simples e resumida os tipos de empresas. - Sociedade simples Sociedade simples é a sociedade é constituída por pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados, não tendo por objetivo o exercício de atividade própria de empresário. Exemplo: dois advogados constituem um escritório de advocacia. - Sociedade empresária “Sociedade Empresária é aquela que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços [...].” (DORNELAS, 2005, p. 212). Sociedade empresária tem por objetivo o exercício de atividade própria de empresário sujeito ao registro, inclusive a sociedade por ações, independentemente de sue objetivo, devendo inscrever-se na Junta Comercial do respectivo Estado, A Sociedade Empresária é considerada pessoa jurídica. Exemplo: duas ou mais pessoas constituem uma empresa para produção de caixas de papelão. A Sociedade Empresária pode ser: . Sociedade Limitada; . Sociedade em Comandita Simples; . Sociedade em Nome Coletivo; . Sociedade Anônima; . Sociedade por Ações. - Sociedade Limitada

È uma das mais usuais formas de sociedade, onde duas ou mais pessoas podem associar-se. A principal vantagem decorre do fato de os sócios possuírem responsabilidade limitada ao montante do capital social. A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.

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Características: É regida pelo Código Civil e, nas omissões, pelas normas da Sociedade Simples, ou pela Sociedade Anônima se assim o contrato social estabelecer; O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio; Os sócios não poderão distribuir lucros ou realizar retiradas, se distribuídos com prejuízo do capital; Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade. - Sociedade em Comandita Simples

A Sociedade em Comandita Simples possui dois tipos de sócios comanditados: pessoas físicas, responsáveis solidaria e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota. - Sociedade em Nome Coletivo A Sociedade em Nome Coletivo deve ser constituída somente por pessoas físicas, sendo que todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. Características:

É uma pessoa jurídica com o fim único e exclusivo de prestação de serviços, não podendo conter nenhum objetivo mercantil ou industrial; É formada, na maioria das vezes, por profissionais liberais;

Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo,

respondendo todos os sócios, solidários e ilimitadamente, pelas obrigações sociais. Exemplos: clínicas médicas, odontológicas, entre outras, sociedade entre vários advogados, contadores, publicitários e outros profissionais liberais. - Sociedade Anônima

A Sociedade Anônima tem o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas. É regida por lei especial. As ações podem ser negociadas nas Bolsas de Valores.

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- Sociedade por ações

A Sociedade por Ações é definida com um número mínimo de sócios a compor a administração da sociedade, sem limitação de número máximo. Existe ainda a limitação do valor da soma de quotas do capital que cada sócio poderá tomar. Características: As quotas do capital são intransferíveis a terceiro estranhos à sociedade, ainda que por herança; Cada sócio tem direito a um só voto nas liberações qualquer que seja o valor de sua participação no capital societário, que pode não existir; A distribuição dos resultados ocorre proporcionalmente ao valor das operações efetuadas pelo sócio com a sociedade podendo ser atribuído juro fixo ao capital realizado; A responsabilidade dos sócios pode ser limitada ou ilimitada; A cooperativa será sempre considerada Sociedade Simples. - Associações

Associação é uma entidade de direito privado, dotada de personalidade jurídica e caracteriza-se pelo agrupamento de pessoas para a realização e consecução de objetivos e ideais comuns, sem finalidade econômica. As associações somente poderão ser constituídas com fins não lucrativos. - Cooperativas

A cooperativa se caracteriza principalmente pelas seguintes situações:

Ser dispensada a apresentação de capital social;

Possuir um número mínimo de sócios que administrarão a sociedade;

Necessidade de assembléia geral periódica com presença de um mínimo de sócios nas reuniões;

Indivisibilidade de fundo de reserva entre os sócios;

As quotas são intransferíveis a terceiros, mesmo os sócios;

A responsabilidade dos sócios pode ser limitada ou ilimitada, dependendo do que for informado no contrato social.

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- Fundações

Na criação de uma fundação o seu instituidor deverá fazer uma dotação (doação) especial de bens livres por escritura pública ou testamento, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrar. Deve servir a fins de utilidade pública, tais como: morais, religiosos, cultrais, de assistência et. Há ainda a necessidade de patrimônio para a constituição da fundação. ----------------------- Dica: você poderá obter mais informações sobre os tipos de empresas, consultando o site do Sebrae e/ou o Código Civil brasileiro. Para definição do tipo de empresa, converse com seu contador. O mesmo estará definindo qual a melhor alternativa para definição do tipo empresa para seu negócio.

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Tema 04: Tributação (Enquadramento)

Segundo Dornelas (2005), a classificação das micro e pequenas empresas varia entre regiões, estados e municípios, e depende de seu porte econômico-financeiro, do ramo de negócios e da forma jurídica. O Simples é uma forma mais simplificada (daí o nome) de recolhimentos de tributo e contribuições federais, para microempresas e empresas de pequeno porte, por meio de um único documento, com base em percentuais calculados sobre o faturamento bruto do mês anterior. O que é uma Microempresa (ME)?

Pelos critérios da lei, ME é aquela com receita igual ou inferior a R$ 240 mil/ano.

O que é uma Empresa de Pequeno Porte (EPP)?

Pelos critérios da lei, EPP é aquela com receita superior a 240 mil/ano e

inferior a R$ 2,4 milhões/ano. O Sebrae utiliza o critério por número de empregados como critério para classificação do porte das empresas: Indústria:

Micro: com até 19 empregados Pequena: de 20 a 99 empregados Média: de 100 a 499 empregados Grande: mais de 500 empregados Comércio e Serviços: Micro: até 9 empregados Pequena: de 10 a 49 empregados Média: de 50 a 99 empregados Grande: mais de 100 empregados O que é uma Empresa Normal?

As empresas consideradas normais são aquelas que possuem uma receita bruta anual superior a R$ 2,8 milhões/ano ou que sejam enquadradas nas atividades vedadas por lei federal ou estadual.

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Desafio: após conversar com seu contador, qual o tipo de empresa se enquadrará

seu futuro empreendimento: Microempresa, Empresa de Pequeno Porte ou Empresa Normal.

Dica: você poderá obter mais informações sobre tributação (enquadramento) de empresas no site do Sebrae: www.sebrae.com.br.

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Tema 05: Marcas e Patentes

Segundo Dornelas (2005), no Brasil não é comum o empreendedor pensar na proteção de sua idéia, registrando a marca de seu produto ou sua empresa. No Brasil, a entidade responsável por patentes e marcas é o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), uma Autarquia Federal, criada em 1970, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (www.mdc.gov.br). Marca, segundo a lei brasileira: “É todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que identifica e distingue produtos e serviços de outros análogos, de procedência diversa, vem como certifica a conformidade dos mesmos com determinadas normas ou especificações técnicas”. (INPI). Patente, segunda a lei brasileira: “É um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, outorgado pelo Estado aos inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de direitos sobre a criação”. (INPI). Dica: você poderá acessar o site do INPI para mais informações sobre marcas e patentes: www.inpi.gov.br.

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Tema 06: Gerenciando os recursos empresariais

Gerenciando a Equipe

Para você empreendedor é muito importante saber trabalhar com pessoas, ter as melhores tecnologias, por si não basta, é necessário pessoas, colaboradores qualificados e treinados para que possam fazer a diferença.

Para Chiavenato (2005), embora a empresa seja formada por máquinas, equipamentos, prédios, instalações, tecnologias e outros recursos físicos, são as pessoas que fazem o negócio. Todos esses recursos necessários ao funcionamento da empresa precisam ser ativados e manuseados por pessoas. São as pessoas que garantem a dinâmica do negócio.

Forme sua equipe, trabalhe em equipe. Segundo Chiavenato (2005, p. 157), “o esforço em equipe proporciona responsabilidade solidária e transforma o trabalho em uma atividade social, não meramente técnica ou operacional” Segundo Chiavenato (2005), você empreendedor e seus colaboradores precisam aprender a trabalhar em equipe, a aceitar os diferentes pontos de vista, a confiar nas pessoas, a delegar responsabilidades, a permitir que as pessoas falhem e aprendam com os erros para evitá-los no futuro. Formação da equipe, segundo Chiavenato (2005):

Escolha da equipe: saber recrutar e selecionar são muito importantes. Escolha

com a atenção e carinho as pessoas que irão trabalhar com você. Escolha talentos. Desenho das atividades: elaborar o fluxograma do processo/produção, definindo o que cada pessoa deverá fazer, o cargo que deverá ocupar, como avaliar desempenho. Treinamento: treinar e capacitar as pessoas para que elas possam exercer suas atividades. Liderança: você precisa conduzir sua equipe. Oriente, defina rumos e metas,

motivar. Dê liberdade e autonomia às pessoas. Motivação: procure motivar sua equipe. Utilize meios financeiros: prêmios, recompensas, participação nos resultados. Remuneração: defina um sistema de recompensas com base no desempenho

individual e do grupo. Avaliação do desempenho: procure monitor e avaliar o desempenho de sua equipe diariamente. Toque idéias com as pessoas a respeito do seu trabalho. De sugestões e orientações.

Page 18: Modulo VI Formalizando Seu Negocio

Desafio: relacione abaixo o nome, função e qualificação das pessoas, que farão

parte do quadro de colaboradores de sua empresa. Nome: __________________________________________ Função: _________________________________________ Qualificação: ________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Nome: __________________________________________ Função: _________________________________________ Qualificação: ________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Nome: __________________________________________ Função: _________________________________________ Qualificação: ________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Nome: __________________________________________ Função: _________________________________________ Qualificação: ________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Nome: __________________________________________ Função: _________________________________________ Qualificação: ________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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A empresa como um sistema sociotécnico

De acordo com Chiavenato (2005), toda empresa consiste na combinação de

tecnologia e pessoas, formando o sistema sociotécnico. O sistema sociotécnico é formando por dois subsistemas:

Subsistema técnico: fluxo do trabalho, as tarefas a serem executadas e a tecnologia existente, inclui máquinas, equipamentos, instalações. É o subsistema técnico que determina quais são os conhecimentos, as habilidades, as experiências que as pessoas deverão possuir para atuarem na empresa. Subsistema social: também chamado subsistema humano ou cultural. É

constituído pelos colaboradores da empresa com suas características, suas experiências, suas personalidades.

Esses dois subsistemas, técnico e social, devem ser devidamente integrados e coordenados para que funcionem em constante interação. Esse é o papel do gerencial: proporcionar um elo estreito entre o subsistema social e técnico.

Dica:

1. para complementar seus conhecimento sobre Gerenciando equipe você poderá ler o livro Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor de Idalberto Chiavenato, capítulo 9 página 157. 2. No mesmo livro, acima indicado, você poderá ler sobre: gerenciando produção, gerenciando marketing e gerenciando finanças.

Page 20: Modulo VI Formalizando Seu Negocio

REFERENCIAS

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