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Instituto Politécnico de Santarém Escola Superior de Educação de Santarém Psicologia da Comunicação 2º Ano – Educação e Comunicação Multimédia – PL Ano Lectivo 2010/2011 Docente: Sónia Galinha Discentes: André Silva,nº 090236018 Fábio Estêvão,nº 090236042 Ricardo Caseiro,nº 090236006

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Instituto Politécnico de Santarém

Escola Superior de Educação de Santarém

Psicologia da Comunicação

2º Ano – Educação e Comunicação

Multimédia – PL

Ano Lectivo 2010/2011

Docente:

Sónia Galinha

Discentes:

André Silva,nº 090236018

Fábio Estêvão,nº 090236042

Ricardo Caseiro,nº 090236006

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Mobbing – Assédio Moral no Trabalho___________________________________________

ÍNDICE

1. Introdução…………………………………………………………..……….

…….p.3

2. Desenvolvimento

2.1 – Conceito de Assédio Moral no

Trabalho…………………………...p.4

2.2 – Assediado e Assediador ……………………………………………

p.8

2.3 – Tipos de Assédio

Moral…………………………………………….p.10

2.4 – Consequências do Assédio Moral…………………………………

p.11

2.5 – Prevenção e Intervenção do Assédio Moral….

………………….p.14

2.6 – Enquadramento

legal………………………………………………..p.15

3.

Conclusão………………………………………………………………………..p.17

______________________________ Psicologia da Comunicação_____________________________

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Mobbing – Assédio Moral no Trabalho___________________________________________

4.

Bibliografia………………………………………………………………………p.18

1. INTRODUÇÃO

Realizámos este trabalho no âmbito da disciplina de Psicologia

da Comunicação, sendo esta leccionada pela docente Sónia Galinha.

Foi-nos solicitada a elaboração de um trabalho de pesquisa,

para o qual escolhemos a temática “Mobbing – Assédio Moral no

Trabalho”.

Escolhemos este tema, visto ser uma temática pouco abordada.

As mudanças no trabalho estão a criar novos contextos profissionais

que são favoráveis aos procedimentos de assédio moral.

No presente trabalho, iremos abordar os seguintes tópicos:

Conceito de Assédio Moral no Trabalho; Assediado e Assediador; Tipos

de Assédio Moral; Consequências do Assédio Moral; Prevenção e

Intervenção do Assédio Moral e Enquadramento legal.

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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 – Conceito de Assédio Moral no Trabalho

Meloy, em Garrido, 2002:16, refere que “o assédio compreende

diferentes comportamentos de perseguição ao longo do tempo; esta

perseguição é vivida pela vítima como uma ameaça, e é

potencialmente perigosa”.

Trata-se de assédio moral, quando um trabalhador está sujeito

a humilhações, ameaças e actos que diminuem a sua auto-estima.

Estes actos podem causar diversos constrangimentos para com o

assediado, atingindo assim a sua saúde física e mental, bem como,

por vezes, a perda do seu posto de trabalho.

O assédio, pode manifestar-se de várias formas. Vicente Garrido

(2002) afirma que os comportamentos de perseguição obsessiva mais

habituais podem ser listados da seguinte forma, desde o mais

frequente até ao menos comum:

Chamadas telefónicas

Vigilância no lar

Vigilância no trabalho

Perseguição na rua

Envio de cartas

Envio de correio electrónico

Danos à propriedade

Ameaçar prejudicar outros (familiares ou amigos)

Ameaçar fazer mal ou levar os filhos

Entrar em casa

Enviar prendas não solicitadas

Empurrar, espancar

Ameaçar

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Insultar

Agressão/abuso sexual

Reter durante algum tempo

Maltratar/matar animais domésticos

Enviar encomendas contendo coisas estranhas

Incendiar algo da ou na propriedade da vitima

Apresentar denúncias sem fundamentos à polícia/ao tribunal

Roubar algo à vítima

Molestar amigos/familiares (chamadas, pedidos absurdos,

etc.)

Violar ou roubar o carro

Ameaçar suicidar-se

Usar outras pessoas como meio para assediar

Durante a pesquisa, percebemos que o assédio moral é um

verdadeiro fenómeno social, visto que embora com designações

diferentes, existe em todas as sociedades. Em Portugal e Brasil,

denomina-se Assédio Moral; nos países nórdicos, na Suiça, Alemanha

e na Itália, Mobbing; nos Estados Unidos da América, Harassment ou

Mobbing; no Japão, Ijime; na Espanha, Acoso Moral; na Inglaterra

Bullyng e na França, Harcélement moral. Hirigoyen (2002) refere que

as várias designações apontam para diferenças culturais e

organizacionais.

São vários os autores que investigam esta temática, e cada um

define o conceito de assédio moral de acordo com os estudos que

têm realizado. Deste modo, verificamos que:

Segundo Heinz Leyman (2000), o assédio moral é “uma

interacção social, através da qual o indivíduo (raramente mais do que

um) é atacado por um ou mais (raramente mais que quatro)

indivíduos de forma diária e continuada durante meses, levando a

pessoa assediada a sentir-se numa posição desprotegido e correndo

um elevado risco de exclusão”.

Já para Marie-France Hirigoyen (2002) afirma que “o assédio

moral no trabalho define-se como sendo qualquer comportamento

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abusivo (gesto, palavra, comportamento, atitude, …) que

atente, pela sua repetição, ou pela sua sistematização, contra a

dignidade ou a integridade psíquica ou física de uma pessoa pondo

em perigo o seu emprego ou degradando o clima de trabalho”.

Barreto (2004), define assédio moral como “exposição dos

trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas

e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas

funções, sendo mais comum em relações hierárquicas autoritárias e

assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações

desumanas e a éticas de longa duração, de um ou mais chefes

dirigidas a um ou mais subordinados, destabilizando a relação da

vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a

desistir do emprego”.

As estratégias da vítima para superar o assédio, alteram de

pessoa para pessoa, visto que estas estratégias terão muito a ver

com as próprias características do indivíduo, bem como, a própria

situação de abuso.

Hirigoyen (2002), refere ainda que por vezes confunde-se o

assédio moral com as seguintes situações:

O Stress

As virtudes do conflito normal (conflitos interpessoais e

organizacionais)

As injúrias dos gestores e do pessoal dirigente

As agressões (físicas e verbais) ocasionais não premeditadas

Outras formas de agressão, como o racismo

As condições de trabalho insalubres, perigosas, etc.

Os constrangimentos profissionais, ou seja, o legitimo

exercício do poder hierárquico e disciplinar na empresa

(exemplo: a avaliação de desempenho, instaurar um

processo disciplinar, etc.)

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2.2 – Assediado e Assediador

Em alguns casos, o assediado é um alvo fácil de assédio moral,

devido à pouca confiança em si próprio, ao facto de desempenhar as

suas funções de forma menos correcta e com pouco profissionalismo.

Por outro lado, os indivíduos com qualidades profissionais e pessoais,

podem ser também alvos de assédio, devido ao ciúme ou à inveja.

Segundo Hirigoyen (1999), “o assédio acontece quando uma

vítima reage ao autoritarismo de um chefe e recusa deixar-se

subjugar”.

O género (feminino) e a idade (indivíduos de faixa etária entre

os 40 e 45 anos), são factores que contribuem em grande medida

para que o assédio aconteça.

O assediador pode ser um indivíduo ou mais do que um. As

principais características do assediador assentam na personalidade,

nas ameaças de perda de poder e controle e ainda na liderança

negativa.

“O agressor pode engrandecer-se rebaixando o outro, sem

culpa e sem sofrimento; trata-se da perversão moral (…) a

perversidade não provém de um problema psiquiátrico, mas de uma

racionalidade fria combinada a uma incapacidade de considerar os

outros como seres humanos” (Freitas, 2001).

Segundo vários autores, a experiencia de vida do indivíduo, a

sanidade mental e os problemas com o consumo de álcool ou drogas

são aspectos que se podem verificar no perfil do assediador.

Hirigoyen (2002) explica que os actos menos correctos do

assediador para com o assediado são agrupados em quatro

categorias, iniciando da mais difícil de detectar para a mais evidente:

1. Atentados às condições de trabalho – colocar a vítima em

falta para a fazer parecer incompetente. O agressor passa a

recriminá-la ao ponto de a conseguir afastar

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2. Isolamento e recusa da comunicação – são

procedimentos dolorosos para a vítima mas banalizadas ou

negados pelo agressor

3. Atentados à dignidade – são gestos de desprezo, atitudes

que desqualificam notados por todos, mas a vítima é tida

como responsável por eles

4. Violência verbal, física ou sexual – este tipo de violência

surge quando o assédio já está instalado apesar de notado

por todos a vítima está extremamente fragilizada e não tem

o apoio de quem testemunha os factos.

Barreto (2004) em Assédio Moral no Trabalho, com base nos

relatos feitos pelos trabalhadores, traça o perfil dos assediadores:

Profeta: exalta as suas qualidades e a sua missão é enxaguar

a máquina, demitindo indiscriminadamente mas humilha

com cautela e reservadamente;

Pit-bull: agressivo, violento e perverso nas palavras

demitindo friamente e que humilha por prazer;

Tigrão: esconde a sua incapacidade com atitudes grosseiras

e necessita do público;

Troglodita: brusco que não admite discussão e não aceita

reclamações;

Garganta: não conhece bem o seu trabalho mas vive

contando vantagens e não admite que saibam mais que ele;

Grande-irmão: primeiro protege para depois atacar, ou seja,

aproxima-se e mostra-se sensível aos problemas de cada um

e de seguida usa o que sabe para rebaixar ou demitir.

2.3 – Tipos de Assédio Moral

Segundo Hirigoyen (2002), existem diversos tipos de assédio,

tais como:

Assédio vertical descendente (proveniente da hierarquia), ou

seja, procedimentos abusivos de um superior para com um

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subordinado. A subordinação hierárquica pode

introduzir o superior a tirar partido do seu poder, abusando

dele e tendo prazer em submeter o subordinado à sua

vontade

Assédio horizontal (proveniente de colegas). Este tipo de

assédio é frequente quando dois colegas disputam um lugar

ou uma promoção;

Assédio misto (um assédio horizontal que passa a assédio

vertical descendente). O assédio horizontal prolongado e

sem interferência da hierarquia, que desta forma se torna

cúmplice, passa a ser um assédio vertical descendente;

Assédio ascendente (proveniente de um ou mais

subordinados que assediam um superior).

Hirigoyes (2002) afirma ainda que o assédio vertical é o tipo de

assédio que ocorre com maior frequência e que é através do mesmo

que ocorrem as consequências mais graves.

2.4 – Consequências do Assédio Moral

O assédio moral origina diversos efeitos a vários níveis.

Hirigoyen (2002) afirma que “o assédio moral tem

consequências físicas e psicológicas com sintomas semelhantes aos

do stress, da ansiedade, da depressão e ainda perturbações

psicossomáticas”. A autora refere ainda algumas consequências

específicas, como a vergonha e a humilhação.

Já Rocha Pacheco (2007) declara que “o assédio moral pode ter

repercussões negativas difíceis de contabilizar. Pode originar na

vítima danos irreversíveis e, em casos extremos, poderá,

inclusivamente, levar ao cometimento de suicídio. As consequências

podem ser extremamente nefastas, com possíveis reflexos ao nível

da saúde, física ou psíquica do assediado, influindo negativamente na

sua própria família tal como nas relações sociais. Os seus efeitos

nocivos poderão estender-se mesmo à própria empresa que permite

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este fenómeno, mas, por fim, repercutir-se-ão sempre sobre a

sociedade”.

O custo para as empresas é outra consequência do assédio

moral. Cape Gateway (2005) relembra que as empresas podem

perder empregados valiosos, pois muitas das vitimas preferem

abandonar os postos de trabalho do que estarem sujeitas a

desagradáveis conflitos.

Outra das consequências são os custos legais, em que as

empresas podem estar sujeitas a coimas se não for dada a devida

relevância à situação.

Como referimos anteriormente, os custos pessoais são também

uma das consequências, em que as vitimas poderão até vir a sofrer

momentos de terror devido ao assédio sexual.

“O assédio é, portanto, uma questão que afecta as mulheres,

enquanto grupo, e não enquanto indivíduos (…) tem consequências

graves para as suas vítimas, em particular, de acordo com os nossos

resultados, ao nível emocional, mas também de âmbito mais largo,

como a acentuação da insegurança no emprego, das dificuldades na

progressão da carreira e no desempenho no próprio posto de

trabalho. Neste sentido, o assédio constitui uma forma de

descriminação sexual no trabalho, na medida em que as suas

consequências não fazem senão reforçar e reproduzir uma imagem

de «instabilidade emocional nas mulheres, impeditiva de um bom

desempenho no trabalho» (Amâncio e Lima, 1994).

Como curiosidade, indicamos abaixo os dados recolhidos

através da pesquisa por nós realizada no site

http://www.assediomoral.org/spip.php?article7:

Sintomas Mulheres

Homens

Crises de choro 100 -Dores generalizadas 80 80Palpitações, tremores 80 40Sentimento de inutilidade 72 40

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Insônia ou sonolência excessiva 69,6 63,6Depressão 60 70Diminuição da libido 60 15Sede de vingança 50 100Aumento da pressão arterial 40 51,6Dor de cabeça 40 33,2Distúrbios digestivos 40 15Tonturas 22,3 3,2Idéia de suicídio 16,2 100Falta de apetite 13,6 2,1Falta de ar 10 30Passa a beber 5 63Tentativa de suicídio - 18,3

2.5 – Prevenção e Intervenção do Assédio Moral

Sabemos que o abandono do posto de trabalho seria a medida

mais fácil, mas nem sempre isso é possível. Assim, importa referir

que existem diversos mecanismos que inibem a prática do assédio

moral.

Segundo Leymann (2000), “numa fase inicial, o empregador

deverá estabelecer uma politica de prevenção de conflitos, de

informação e formação dos quadros dirigentes para evitar futuras

situações de assédio, isto é, praticar uma boa prevenção, porém,

quando o processo já se encontra numa fase avançada, o empregador

deveria possibilitar à vítima entrar em processo de reabilitação

profissional”.

Tal como refere Hirigoyen (2002), “ é importante atribuir

responsabilidades à organização laboral na prevenção do assédio ______________________________ Psicologia da Comunicação_____________________________

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moral. Como tal, esta deverá definir estratégias de prevenção

e funcionar com regras de ética porque estas políticas permitem

dissuadir os assediadores através dos seus métodos de gestão, dê o

exemplo de modos de funcionamento claros, que permitam um bom

ambiente de trabalho”.

Para além dos empregadores, cabe também ao assediado

manter uma postura segura de si, devendo assim estar atento e

resistir, manter a sua auto-estima, criar laços de inter-ajuda e

solidariedade para com os colegas e ainda procurar um interlocutor

que possa actuar em caso de assédio, procurando apoio jurídico e

médico.

2.6 – Enquadramento legal

“O assédio moral, para ser juridicamente relevante, terá de ter

por objectivo ou efeito tratos que sejam objectivamente degradantes,

humilhantes ou vexatórios que afectem a integridade moral dos

trabalhadores” (Rocha Pacheco, 2007).

Assim, em Portugal, tal como em muitos outros países, as

vítimas de assédio moral, têm diversas fontes de direito a onde

recorrer, tal como “na Declaração Universal dos Direitos

Humanos, a partir do artigo 2 refere que qualquer tipo de

discriminações é punível, sendo que o artigo 3 defende o direito que

qualquer ser humano tem à vida, à liberdade, e à segurança. Além

disso, ninguém deve ser sujeito a um tratamento cruel ou

degradante, tal como formulado no artigo 5. Por conseguinte, o artigo

12 refere que ninguém deve ser sujeito a interferências arbitrárias na

sua privacidade, nem ataques à sua honra e onde todos têm direito à

protecção de leis” (Vilas Boas, 2003).

Quanto à Constituição da República Portuguesa, Vilas Boas

(2003) cita os seguintes artigos:

Artigo 25.º:

“1-A integridade moral e física das pessoas é inviolável.______________________________ Psicologia da Comunicação_____________________________

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2-Ninguém pode ser submetido a tortura, nem a tratos ou

penas cruéis, degradantes ou desumanos”.

Artigo 26º:

“1. A todos são reconhecidos os direitos à identidade pessoal, ao

desenvolvimento da personalidade, à capacidade civil, à cidadania,

ao bom nome e reputação, à imagem, à palavra, à reserva da

intimidade da vida privada e familiar e à protecção legal contra

quaisquer formas de discriminação.”

Artigo 59º:

“Todos os trabalhadores […] têm direito: […] b) A organização do

trabalho em condições socialmente dignificantes, de forma a facultar

a realização pessoal e a permitir a conciliação da actividade

profissional com a vida familiar; c) A prestação do trabalho em

condições de higiene, segurança e saúde”.

Uma outra fonte é a Directiva Quadro de Segurança,

Higiene e Saúde no Trabalho 89/391/CEE de 12 de Junho de

1991.

No novo código de trabalho (Lei nº99/2003 de 27 de

Agosto), já é possível verificar a sanção perante situações de

assédio.

Importa salientar que a maioria dos assediados apelam a

acções como o despedimento sem justa causa, atentado à dignidade

e ainda solicitam indemnizações.

3. CONCLUSÃO

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Através da realização deste trabalho, percebemos que

existem certos contextos profissionais em que, as próprias condições

de trabalho, originam situações de assédio. Achamos ainda que a

nossa sociedade deve estar desperta para este fenómeno do assédio

moral, já que este origina diversas consequências, tanto a nível social

como económico.

Percebemos que é uma temática que se encontra em análise

por diversos autores, como por exemplo, Heinz Leyman, Marie-France

Hirigoyen, Barreto e Rocha Pacheco.

Pretendemos com este trabalho sensibilizar as vítimas de

assédio moral de modo a que estas tomem conhecimento de todos os

recursos disponíveis a que podem recorrer.

4. BIBLIOGRAFIA/WEBGRAFIA

Amâncio, Lígia e Lima, Maria (1994), Assédio sexual no

mercado de trabalho, Comissão para a igualdade no trabalho

e no emprego da Segurança Social. Lisboa: Centro de

Investigação e Estudos de Sociologia do ISCTE

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Freitas, Maria Ester de (2001), “Assédio moral e

assédio sexual: faces do poder perverso nas organizações”.

RAE Revista de Administração de Empresas, 41 (2), 8-19.

Garrido, Vicente (2002), Amores que matam. Assédio e

violência contra as mulheres. Lisboa: Pricipia

Hirigoyen, Marie-France (1999), Assédio, coacção e violência

do quotidiano. Lisboa: Pergaminho.

Hirigoyen, Marie-France (2002), O assédio no trabalho. Como

distinguir a verdade. Cascais: Pergaminho.

Leymann, Heinz (2000a), “Mobbing”, disponível em

http://www.leymann.se/English/12100E.HTM

Rocha Pacheco, Mago Graciano de (2007), O assédio moral

no trabalho “O elo mais fraco”. Coimbra: Almedina.

Site Assédio Moral no Trabalho (2004a), “Assédio moral no

trabalho: chega de humilhações!”, disponível em

http://www.assediomoral.org/site/assedio/AMconceito.php

Http://escrevercompalavras.blogspot.com/2008/10/o-que-o-

mobbing.html

Http://elasnasnoticias.wordpress.com/2008/10/06/assedio-

sexual-casos-no-trabalho-estao-a-aumentar-estima-se-que-

40-das-mulheres-sao-vitimas/

http://www.assediomoral.org/spip.php?article7

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