mistérios da china antiga

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Mistérios Da China Antiga

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Page 1: Mistérios Da China Antiga
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Revista

A compreensão do Homem, Antropus, é acessível a qualquer indivíduo. Contudo, a História nos demonstra que poucos foram aqueles que lograram fazê-lo, sendo

que milhares de milhões, a imensa maioria destes, movidos pelo fascínio da vida eventual, voltaram ao pó sem que tivessem encontrado a essência da experiência humana.

Explorar a Natureza Humana não é questão de instru-mental de laboratórios ou de definições formuladas a par-

tir de meras observações submetidas à razão e à lógica.O Homem é dotado de faculdades e capacida-

des que lhe permitem conhecer os mundos, tanto o universo dos fenômenos externos a si, quanto seu mundo íntimo. Em relação a este segundo Mundo,

o íntimo, psíquico ou interno, apenas alguns poucos conseguem reconhecer que nada sabem a seu respeito

e sentem a necessidade de se autodescobrir. Caminho caracte-rizado pelas intensas experiências íntimas, invisíveis, inodoras, inaudíveis porém de tremenda realidade.

Apenas existe uma via que conduz à intensa vivência da experiência humana. Esta é a Revolução da Consciên-

cia. A consciência submetida a todos os sabores e dissabores, silenciosos aos ouvidos das massas

e tempestuosos ao íntimo, grita Sabedoria e Luz. Caberá ao Homem escutá-la e ingressar nas regiões das insondáveis percepções.

Direção da AGEACAC

A OCULAR DA ANTROPOLOGIA

GNÓSTICA

Realização:

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Gnosis

Sumário Geral

4 A Monalisa de Leonardo da Vinci

6 Quirologia, uma alternativa milenar de

diagnóstico

8 Fracos ou Fortes: O Dualismo Universal

10 Os Mistérios da Antiga China

14 Hercólubus

16 O Governo da Virtude

18 Curso de Gnosis

Fale Conosco:Envie seu email comsugestões e críticas para:[email protected]

DIREÇÃO GERAL:Vinícius Pires Dias Teixeira

DIREÇÃO ADMINISTRATIVA:Daniel de Queiroz Barbosa

DIRETOR EDITOR:Demian Reinhart

DIREÇÃO DE ARTE:Pablo João da CostaRafael Rizzato Ribeiro

ARTE FINAL:Rafael Rizzato Ribeiro

REVISÃO DE TEXTO:Simone Rocha de Queiroz

COLABORADORES:Cleide BrandtEduardo Garcia Ávila LimaFábio Pimenta da RochaIvan Jesse MartinsKaroly Vieira Jardim RamosRaul Marcelo OliveiraVinícius Audino

Revista Gnosis nº82º Semestre de 2012Tiragem: 34.000 exemplares

EXPEDIENTE

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Revista

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ARTE

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Nascido em 15 de abril de 1452, o renas-centista italiano Leonardo da Vinci, foi considerado por muitos como o maior

gênio da história. Da Vinci possuía, sem dúvi-da, uma inteligência formidável que o colocava muito à frente do seu tempo. Sigmund Freud se referindo a ele disse: “Ele foi um homem que acordou cedo demais na escuridão, enquanto os outros continuavam a dormir”.

Este ilustre gênio da humanidade possuía uma multiplicidade de talentos e capacidades, incompreensíveis para a mente humana. Ele se desenvolveu como cientista, matemático, enge-nheiro, inventor, anatomista, escultor, músico, pintor, arquiteto, poeta, botânico, filósofo, etc. Suas criações, em todas estas áreas, estão do-tadas de uma sabedoria quase insondável, de uma inspiração infinita e de um véu de mistérios inquie-tantes.

Algumas obras artísticas deste grande mestre, que so-breviveram ao tempo, estão hoje dentre as mais impor-tantes do mundo. Dentre estas sobre-humanas criações, destaca-se A MONALISA ou A GIOCON-DA como também é conhecida, o quadro mais famoso não somente no âmbito artístico, mas também o mais valioso do mundo. A MONALI-SA esconde por detrás do seu discreto sorriso e olhar penetrante um conhecimento, um tipo de mistério que muitos estudiosos quiseram adentrar e compreender em sua totalidade, mas que realmente apenas estando em um estado contemplativo e pleno de inspiração podemos chegar a apreender em nossa natureza íntima

algo do real significado desta obra, que mais pa-rece não estar ao alcance do pincel de um ser humano, e sim dos dotes que Deus concede a seus anjos.

Nesta magistral e quase sobrenatural obra ve-rificamos a expressão de um dos, senão o maior dos mistérios da criação: o ETERNO FEMININO.

A Mãe UniversalEstá claro a todas as luzes que Gioconda

possui traços imensamente semelhantes aos do seu autor, isso porque ela vem a ser a expressão feminina contida na intimidade do mencionado gênio. Porém mais além de uma expressão in-dividual, esta obra nos relata a existência de um aspecto feminino gerador em cada expressão de vida. Jamais poderíamos conceber a existên-cia que qualquer forma criada, sem que tenha sido antes gerada. A mera lógica racional nos mostra que a gestação somente pode ocorrer

no ambiente do útero feminino, portanto, a Mãe é uma expressão universal, que está pre-sente desde o aparente-mente insignificante até o imensamente grande.

Os antigos povos das culturas milenares da humanidade rendiam cultos e veneração à fi-gura da Deusa Mãe do Mundo com diferentes nomes e formas: Pacha Mama, Ísis, Réa, Diana, Maia e tantos outros nomes mais. Compreen-diam os antigos povos que esta Mãe Divina é o grande ventre universal onde se gestam todas as formas de vida e todas as possibilidades da cria-ção estão contidas nela.

A cada dia, novos mundos surgem para ador-nar o espaço sideral. Estes corpos colossais ne-

A Monalisa de Leonardo da Vinci

Sigmund Freud se referindo à Da Vinci disse: “Ele foi um homem que acordou cedo demais na escuridão, enquanto os outros continuavam a

dormir”.

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cessitam, como todas as demais expressões de vida material, de um ventre que os possa gestar: o infinito e incompreensível espaço sideral vem a ser precisamente um útero gerador ou em ou-tras palavras a Mãe Espaço.

A Pacha MamaA perfumada terra, que consegue através de

seus mágicos prodígios transformar uma quase insignificante semente em uma planta totalmen-te constituída, é a Pacha Mama dos Maias, ou seja, a Mãe Terra, uma expressão feminina que gesta a vida do reino vegetal.

Assim mesmo, temos que todas as fêmeas da natureza são as responsáveis por gestar a vida. Todas, sem exceção, representam um aspecto da Mãe Divina que, sendo uma luz imortal, sa-crifica a si mesma condicionando-se na forma perecível para que o milagre da vida aconteça. O Eterno Feminino, como princípio divino, é o próprio Amor incondicional. Dante Alighieri se referindo a Divina Mãe diz: “Em teu ventre se inflamou o amor, cujo calor fez germinar esta flor na paz eterna”.

É dito nas mitologias e escrituras sagradas que antes da Mãe vem o Pai Universal, sendo esta um desdobramento Dele, em outras pala-vras, o aspecto feminino de Deus. Em sua obra “A Divina Comédia”, Dante inicia uma oração a ela dizendo:“Virgem Mãe, filha de teu filho”, e traduz os sentimentos do criador ao dizer: “Tu és aquela que enobreceu a natureza humana de tal forma, que seu criador não desdenhou fazer-se sua criatura”. De modo que tantas são as virtudes e dons do Feminino, que realmente só resta aos humanos retratá-la, adorá-la e ter a ela como a mais elevada aspiração, já que além de gerar a vida física, ela tem escondido em si o poder de gerar a vida espiritual, cuja expansão não tem limites.

Leonardo Da Vinci, ao plasmar este formo-

so quadro da MONALISA, colocou diante dos olhos humanos um conjunto de mistérios relacionados ao Eterno Feminino. Que ao mesmo tempo em que estão expostos ante a nossa vista, estão velados para a nossa mente que de maneira alguma pode compreendê-los, uma vez que a verdadeira arte é de coração para coração e possui uma linguagem apropriada apenas para a consciência e não para o intelecto. A linguagem da arte é inteligível através da imaginação criadora, da intuição e da inspiração que faz inflamar nossos corações, abrindo nossa inteligência e capacidades ocultas.

Esta obra fala mais que milhares de palavras e, ainda que esteja limitada aos quatro lados, é infini-ta em sua profundidade. Fala de amor, fala de mis-térios, fala do caminho que temos que empreender em nossas vidas em busca da perfeição, fala da luz, de Deus, da beleza majestosa e da Mulher. Tudo está contido nela e ela está contida em tudo. A mais humilde e a mais alta das criaturas. Ser que colore e embe-leza a criação. Ela é a flor do mais ex-tasiante perfume, e por fim a ener-gia que redime e realiza o coração humano, dando a ele sua nota vi-bratória e o tom original. A Mona-lisa ou Mãe Divi-na é adorada pelo próprio criador, que após havê-la gerado viu nela a mais sublime fonte de inspiração, amor e vida.

Karoly V. Ramos

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METAFÍSICA E MEDICINA

Em razão da crescente busca por meios al-ternativos e naturais de se obter a cura, harmo-nizar, equilibrar o corpo e diagnosticar doenças, a cultura ocidental volta os olhos à sabedoria milenar quando ressurgem metodologias e sis-temas cujos fundamentos e princípios não se sustentam no dogma científico que caracteri-zou os últimos séculos da cultura ocidental.

Entre estas metodologias encontramos a Quirologia, do grego 'Quiro' = mão e 'Logia' = estudo, que sinteticamente pode ser definida como o diagnóstico realizado por meio de si-nais que se apresentam nas mãos.

Origem da QuirologiaA origem da Quiro-

logia é desconhecida, sabe-se que era utiliza-da na China à cerca de cinco mil anos. As esca-vações de Nínive, ruínas às margens do rio Tigre, trazem provas irrefutá-veis, preservadas no Mu-seu Britânico, datadas de aproximadamente 2 600 anos A.C.

Na Antiga Grécia e Roma, a Quirologia floresceu e foi tida em gran-de estima. Homens célebres como Hipócrates, Platão, Aristóteles, Augusto e Júlio César prati-caram e defenderam esta ciência e passaram por hábeis quiromantes.

Na Idade Média, Paracelso foi um dos mais

conhecidos médicos a propagar a Quirologia como forma de diagnóstico.

Porém foi com o médico alemão Dr. Krumm-Heler, após a comprovação clínica dos diagnósticos durante anos, que surgiu a obra contemporânea mais completa publicada: o “Tratado de Quirologia Médica”.

Fundamentos da QuirologiaA Quirologia baseia-se na interpretação de

toda uma série de sinais contidos em ambas as mãos, com o objetivo de adquirir conheci-mento sobre a pessoa. É baseada numa série de características relacionadas como as linhas e formatos das mãos. A leitura das mãos tem de

ser feita como um todo, por esta razão é neces-sária uma interpretação tendo em conta as rela-ções entre as linhas e sinais.

Um erro comum é o de confundir Quirolo-gia com Quiromancia. O esclarecimento tem sido dado desde o início do século, mas até hoje

poucos entenderam. Do grego 'Quiro' = mão e 'Logia' = estudo, ou seja, o estudo ou conheci-mento adquirido através das mãos, pouco ten-do a ver com a popular Quiromancia - do grego 'Quiro' = mão e 'Mancia' = adivinhação, por-tanto, adivinhação através das mãos. Na quiro-

Quirologia, uma alternativa milenar de diagnóstico

“A medicina se fundamenta na natureza, a natureza é a medicina, e somente naquela devem os homens buscá-la. A natureza é o mestre do médi-co, já que ela é mais antiga do que ele e ela existe dentro e fora do homem.” (Paracelso)

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logia a linha de pensamento é o estudo, e não a adivinhação.

As linhas e forma da mão podem alterar--se ao longo da nossa vida, a relação entre as linhas da nossa mão e o nosso destino não é unilateral. Pelas nossas ações e vontade pode-mos modificar as nossas linhas, mas as nos-sas linhas influenciariam a nossa vida, ações e vontade.

Cada dedo corresponde a um astro, que representa um estado de consciência através de minuciosa análise das características des-ses elementos como: o formato dos dedos, comprimento, textura, flexibilidade, assim como as linhas e os montes das mãos, entre outros; pode-se delinear aspectos referentes à personalidade, aptidões, caráter e natureza do indivíduo.

Quirologia e a SaúdeUm bom exemplo disso é a nossa saúde.

Potencialmente podemos possuir bastante vi-talidade e saúde, mas pelas nossas más ações e maus hábitos podemos danificá-la. Alguém que em potencial possua problemas de saúde, pode modificar a sua sina através de hábitos mais corretos, hábitos conscientes para me-lhorar essa mesma saúde. Em última análise, podemos dizer que o nosso destino está em nossas mãos.

Fazendo um diagnóstico dos sinais da mão exemplificado ao lado, demonstra um orga-nismo com probabilidades de contrair um câncer na região do útero (para casos na mu-lher), devido às ilhas, que são sinais negativos, no final da chamada “linha da vida”.

A Quirologia vai além dos métodos de diag-nóstico tradicionais, pois aprofunda a análise relacionando tudo o que ocorreu na vida da

pessoa, sua personalidade, etc., e permite ao paciente entender, aceitar e até mesmo encontrar forças para buscar a cura ou me-lhoramento de sua situação.

Este é o motivo da crescente procura por diagnósticos através da Quirologia, uma tendência que vem aumentando muito nos últimos tempos. As pessoas querem com-preender a si mesmas por completo, não apenas receber tratamentos que entendam o organismo como uma máquina à qual as peças quebradas são simplesmente substi-tuídas.

“Tuas forças naturais, as que estão dentro de ti, serão as que curarão suas do-enças.” Hipócrates

Ivan Jessé Martins

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PSICOLOGIA

É possível observar que tudo no universo pode ser submetido a uma análise dual. Há luz e trevas, o bem e o mal, as pessoas sem-pre se classificam em um grupo ou em ou-tro, como certas ou erradas, como ricas ou pobres. A mente humana se caracteriza por trabalhar entre a tese e a antítese, está sempre ocupada em classificar as coisas e as pesso-as, o perigo está na interpretação distorcida que cada indivíduo dá a estes dois lados. Ra-ramente conseguem vislumbrar que são dois lados de uma mesma moeda, ou seja, a reali-dade é uma só, porém é possível sempre vê-la sob dois aspectos, que não são opostos, mas sim complementares.

Partindo desse princípio temos que um in-divíduo opta por ser forte ou fraco. O que vem a ser forte? Temos diversos estereótipos para designar uma pessoa forte: o super-herói, a pessoa rica que pode tudo (ou quase tudo), o guerreiro, entre outros. Estes são alguns dos clichês mais conhecidos de força.

O Poder da EscolhaA psicologia gnóstica define que cada um

tem a opção de ser forte ou fraco, é uma es-colha feita frente a cada circunstância que a vida apresenta. Não se trata de atributos genó-tipos ou fenótipos, a verdadeira força vem de uma definição psicológica. É equivocada, em sua origem, a máxima de que o homem que domina aos demais é forte, de que aquele que impõe sua vontade a outrem é forte.

A verdadeira força vem do domínio de si mesmo, do desenvolvimento de uma vontade férrea. Assim, forte é aquele que é capaz de

calar-se frente a um insulto ou uma agressão, que é capaz de não reacionar diante das contrarieda-des do diário viver, que desenvolve uma disciplina através de um trabalho psicológico sobre si mes-mo de forma consciente.

A fraqueza que muitos supõem ser de cará-ter meramente físico e perceptível a olho nu, se submetida a uma análise mais profunda, encon-tramos suas raízes no medo, na dependência psi-cológica, no sentimentalismo, etc. O fraco não é aquele que se submete à vontade do outro, mas sim aquele que não tem consciência do que se é, de onde se está, do que está fazendo: esta é a ver-dadeira fraqueza. Ela reside na mecanicidade, na falta de autoconhecimento e, consequentemente, autocontrole. O verdadeiro sábio é forte porque compreende todas as coisas do universo, sem a necessidade de mudar absolutamente nada, a não ser a si próprio.

Todo aquele que se torna forte, consequente-mente se torna livre, não pode mais ser manipu-lado pela mídia, pela políti-ca, pela economia, pela família, por amigos ou qualquer outro tipo de sistema. Talvez por isso insistam tanto em difun-dir um falso conceito do que é força, para que as massas permane-çam fracas e manipulá-veis.

Fracos ou Fortes: O Dualismo Universal

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PSICOLOGIA

Tornar-se forte é algo que se dá pela emancipação da vontade,

que só é possível mediante o processo denominado de morte

psicológica: a eliminação dos defeitos que o ser humano leva

em seu interior.

Tornar-se forte é algo que se dá pela emancipação da vontade,

que só é possível mediante o processo denominado de morte

psicológica: a eliminação dos defeitos que o ser humano leva

Tornar-se forte é algo que se dá pela emancipa-ção da vontade, que só é possível mediante o pro-cesso denominado de morte psicológica, que nada mais é do que a eliminação dos defeitos que o ser humano leva em seu interior, que são a causa de tanto sofrimento e de toda sua fraqueza.

As civilizações antigas nos deixaram um legado muito rico que exemplifica bem isso do que é ser forte e fazer-se um triunfador. Na saga do Bhaga-vad Gita, o guerreiro Arjuna tem de travar uma grande batalha de vida ou morte contra seus pró-prios parentes (simbolismo daquilo que ele mais ama) para que possa fazer-se verdadeiramente forte. Esse grande exército contra o qual Arjuna luta, orientado por Krishna (simbolismo da cons-ciência do guerreiro), simboliza a multidão de defeitos psicológicos que prendem Arjuna à dura rocha das paixões humanas, causa primordial da sua fra-queza. Segundo o Bhagavad Gita, a verdadeira força resi-de em tornar-se senhor de si mesmo.

As três fases para o Triunfo

Aquele que se torna forte triunfa sobre sua natureza animal, triunfa sobre si próprio. O triunfo se reveste de três fases:

- Escolha,- Mudança e- Decisão.

A escolha cabe a cada um, de instante em instante, no dia a dia. É possível escolher entre ser forte, disciplinado, ter uma con-duta reta, agindo contra os seus próprios defeitos psicológicos ou ser fraco, dando vazão às baixas paixões, medos, trau-mas, preconceitos, orgulho, ira, ódio, etc.

Tornar-se forte é algo que se dá pela emancipação da vontade,

que só é possível mediante o processo denominado de morte

psicológica: a eliminação dos defeitos que o ser humano leva

em seu interior.

O homem fraco é negligente, ele negligencia a si próprio com um comportamento displicente e mecanicista; a partir da observação desse compor-tamento pode partir a uma reparação voluntária na sua conduta, à mudança. Para que não se reto-me o estado anterior de negligência é imprescindí-vel uma decisão firme de permanecer forte.

Por exemplo, se a pessoa está acostumada a mentir. Fazendo uma análise ela descobre que essa mentira é uma fraqueza, ela mente para ser aceita pelos demais, ou seja, mente por medo da rejeição; ou mente para ganhar dinheiro – medo de passar necessidades; ou mente para não ser humilhada – medo da humilhação, etc. Ao de-tectar esse comportamento ela resolve que quer fazer-se forte e vencer a mentira, portanto já deu o primeiro passo, fez a escolha. O segundo passo

é efetuar a mudança e parar de mentir custe o que custar. Já o terceiro passo, consiste em manter esse comportamento e não voltar mais a mentir, acon-teça o que acontecer.

Vale relembrar as célebres palavras de Sócrates, quando já era um grande filósofo e mes-

tre, para surpresa de seus discípulos exclamou: “Só sei que nada sei”. Tal afirmação advém de uma compreensão profunda, de uma grande for-taleza para se assumir como um indivíduo igno-rante diante da imensidão do universo. Já não se incomoda em parecer fraco, pois para ele o dualis-mo deixa de existir e tudo passa a ser um. Aprende a utilizar o intelecto como uma ferramenta e não como um fim em si mesmo. Fortalecer conceitos de nada vale na psicologia experimental gnóstica, tudo se reduz à busca de conhecer-se e transfor-mar-se, fazendo-se forte a alma, a dualidade con-verte-se em unidade.

Fábio Pimenta da Rocha

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ANTROPOLOGIA

Entre os troncos culturais do mundo antigo, o Chinês chega aos dias atuais sustentado por raízes milenares de uma esplendorosa civiliza-ção. Dentre seus inumeráveis segredos - que residem num conhecimento fundamentado na sabedoria dos Mestres da Humanidade -, encontram-se a Caligrafia, suas realizações fantásticas no campo da estratégia bélica e or-ganização política materializada na Muralha da China, a maior construção feita pela mão do homem; suas descobertas como a pólvora e a seda encantando aos olhos e ao tato por sua particularidade tão superior a qualquer tecido conhecido. Tratados de estratégia inigualados

como os de Sun Tzu que até os dias atuais são estudados. Eles criaram

a imprensa muito antes do oci-dental Gutenberg “reinventá--la”. Criaram a bússola e tam-bém o papel. Isso sem falar nos

seus valores sociais inque-brantáveis, sua rigorosa

disciplina.Esses são os pon-

tos óbvios e que qualquer pesquisa poderia nos forne-cer, porém, quais são realmente os mistérios do povo chinês? Onde se fundamenta sua famosa longevida-de, cultura e pros-peridade?

A Escrita ChinesaA linguagem chinesa, como forma de ex-

pressão, indica valores e uma particular ma-neira de se expressar: é ideográfica, ou seja, as palavras representam idéias. Os valores intuiti-vos dos chineses estão expressos em toda a sua complexa cultura, a escrita ideográfica é por-tanto um exemplo onde a pessoa não lê uma idéia pronta, mas um conceito, e esse conceito tem relação com o nível de compreensão de quem lê, porém as interpretações e análises de sua escrita leva-os à profundas reflexões sobre a própria vida. O ideograma “An” significa Paz, mas que interessante é analisar sua estrutura: ele é dividido em dois radicais, a parte superior lembra-nos um telhado, representa “casa”, o radical inferior significa “mulher”; portanto, mulher em casa significa Paz. Pode parecer estranha a interpretação, mas além de uma vi-são machista (mulher em casa), como poderia interpretar a sociedade atual, percebemos um povo que reconhece o valor do feminino como base de todas as coisas, a sociedade chinesa é matriarcal por sua influência Taoísta. E o que é o Taoísmo?

O Taoísmo é uma ciência esotérica, funda-mentada nos ensinamentos dos Guias da Hu-manidade. Ensinou o homem a buscar o equi-

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líbrio com a natureza e o equilíbrio interior através do auto-conhecimento. Lao Tse, o velho mestre, entregou à humanidade o Tao Te Ching, uma obra extraordinária que descreve a Auto--realização humana através do uso frequente e equilibrado das duas forças que atuam em nos-so mundo interior: Ying (feminino, suavidade, noite, lua) e Yang (masculino, dia, sol). O Tao-ísmo é profundamente alquímico e dele deriva uma ciência que conduziu vários orientais à longevidade: o Qi-Gong (um complexo sistema de exercícios respiratórios denominados pra-nayamas). Tendo impregnado a forma como os orientais se relacionam com a alimentação, com o próprio corpo e com a sua mente, os Taoístas foram mais além e estruturaram todas

necessidade de contemplação, de harmonia e de saúde que os chineses necessitavam, suavi-zando os ensinamentos extremamente práticos do Confucionismo, ensinamento magistral que floresceu de forma quase que subsequente ao Taoísmo.

O ConfucionismoO Confucionismo é o resultado dos escritos

e ensinamentos de Confúcio (Kung Fu Si). O significado do nome desse sábio já é digno de uma reflexão, Kung Fu = maestria, Si = mes-tre, portanto, Kung Fu Si = mestre dos mestres. Os ensinamentos abrangentes desse grande instrutor foram os mais amplos já dissemina-dos entre os orientais, envolvendo aspectos de moral, ética, espiritualidade, gestão pública e muitos outros aspectos. Os livros escritos por seus discípulos foram amplamente estudados na China e até hoje influenciam grandemente o comportamento social dos chineses. Portanto esse homem superior, preconizado por Confú-cio, necessitava ter atingido a Maestria da Vida. Confúcio pregava que cada um cumprisse com seu dever de forma correta. Também o condi-cionamento dos hábitos serviria para temperar a alma e evitar os excessos. Logo, a sua doutrina apregoava a criação de uma sociedade capaz, culturalmente instruída e disposta ao bem estar comum.

"Conhecer os outros é inteligência, conhecer-se a si

próprio é verdadeira sabedoria. Controlar os outros é força, controlar-se a si próprio é

verdadeiro poder." Lao Tzé

Ideograma AN

as suas práticas e conceitos dentro de um sistema religioso. Sim, o Taoísmo desenvolveu seus rituais, suas práticas, sua doutrina e seus ensinamentos. Como está fundamentado no símbolo Taiji (Ying/Yiang) tendo seu significado literal como 'Tai' “o maior”, “o mais alto”, “supremo”, “absoluto”; e 'Chi' (ou Ji) significa, original e literalmente, a par-te mais alta do telhado - “cumeeira”. Portanto o cume supremo de todo o conhecimento, o topo da Árvore Sephirótica segundo os kabalistas é Kether ou a possibilidade última de união com o Absoluto (com a Divindade) e isso só é possível indo muito além da dualidade, expressa claramente nas cores branca e negra do símbolo. O Taoísmo supriu a

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ANTROPOLOGIA

O homem para atingir esse ideal deveria ter os 5 atributos:

- Ren= humanidade (altruísmo).- Li= cortesia ritual.- Zhi= conhecimento ou sabedoria (Gnosis).- Xin= integridade.- Zhing= fidelidade.- Yi= justiça, retidão, honradez.Para que o homem pudesse realizar em si es-

ses atributos deveria portanto subjugar a sua na-tureza inferior, permitindo que florescesse a superior através de Zhi (Sabedoria do Ser), tornando-se dessa for-ma, um Mestre.

Vemos nessa época atual os chineses distantes de seus valores fundamentais. Agora muito hábeis em questões práticas como aspectos fi-nanceiros e suas relações comerciais, seus símbolos e mitos ainda encon-tram-se em profunda relação com a simbologia Arquetípica Iniciática. O Dragão (Long) tão cultu-

ado na China é a verdadeira representação do homem Auto-realizado; eles afirmam que ho-mens tornam-se Dragões, e isso ocorre quando esses homens conseguem “emplumar a ser-pente” (como nos ensina a sabedoria Maia). A realização concreta do símbolo de Hermes Tris-megisto, o três vezes grande Deus Íbis de Thot, indica que o praticante dedicado dessa Ciência Oculta deve conduzir as suas energias criado-ras, polarizadas no símbolo mágico das serpen-tes branca e negra, por determinadas “câmaras secretas” ao longo de um tortuoso Caminho cheio de espantosos perigos. Ao chegar no ápice desse trajeto, tendo conhecido as 33 câmaras ocultas, abrir-se-ão as asas ígneas, então esse homem transforma-se num Dragão de Sabedo-ria e deverá se sentar entre os imortais.

Os Dragões ChinesesOs Dragões Chineses dividem-se em vários

tipos: Hua-Long ou o Dragão Amarelo é consi-derado entre os Chineses o mais sábio e velho dos Dragões. Tendo sua Ordem e seus Discípu-los, estudando e aplicando seus profundos en-sinamentos. Esse é um ensinamento cósmico presente em todas as grandes culturas serpen-tinas. Vemos Quetzalcoatl como o Dragão dos

astecas, a águia que devora a serpente con-vertendo estes dois se-res em um só; a Estrela de Davi que une os dois triângulos; o dragão que morde a própria cauda e opera, num movimento circular e contínuo, todo o pro-cesso dinâmico e trans-

formador da vida. “Meu fim é meu começo”, diz o Dragão nesse ato mágico de devorar-se e cuspir-se, a representar a unidade indiferencia-

"O coração do sábio, tal como o espelho, deve a tudo refletir,

sem todavia

macular-se".

Confúcio

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da da vida, e seu caráter divino implícito na per-feição do círculo, o Oroboros dos Alquimistas. Este é o principal atributo do Homem, unir em um só corpo duas forças antagônicas, e harmo-nizá-las com o poder de sua Vontade.

Assim vemos que uma parte substancial dos ensinamentos ocultos chineses tem rela-ção com a antiga ciência alquímica, como nos confirma o capítulo 63 do Hua Hu Ching, anti-go tratado atribuído a ensinamentos ocultos de Lao Si: “Simplifica teu comportamento, fixa a energia sexual elevando-a, integra o Ying e o Yang no corpo, na mente e no espírito, pratica a reflexão antes da ação, faz com que a tua Consciência seja uma com a lei pura e desco-brirás a verdade.” Seus ensinamentos, portan-to, não se restringiram aos aspectos alquímicos ou ligados à energia criadora, uma das grandes contribuições que os chineses concederam à humanidade foi o controle e o silêncio mental através do Cha’n.

O Budismo Cha’nO Budismo Cha’n, originário da China, deu

todas as bases para que se desenvolvesse o Zen Budismo Japonês que estendeu suas influên-cias a quase todos os ramos de desenvolvimento cultural no oriente: poesia, literatura, arranjos florais, arquitetura, resultando na futura pers-pectiva “minimalista”. Dentre todas as práticas para silenciar a mente, a principal desenvolvida por eles é a meditação com seus vigorosos Ko-ans (pergunta sem resposta), na qual o obje-tivo não é apenas controlar a mente, mas sim subjugá-la completamente.

Através do "calar a mente" poderiam atingir níveis superiores de consciência que eles de-finiam como a iluminação, (Samadhi para os hindus e Satori para os adeptos do Zen/Cha’n). Os discípulos diretos da linhagem espiritual de Sakyamuni sabiam que só poderiam expres-

sar uma sabedoria superior através de uma mente passiva e quieta, por isso trabalharam duramente. Essas técnicas foram se tornando abrangentes, e passaram à contemplação da na-tureza, onde o praticante retira o olhar racional e sente a paisagem.

Lamentavelmente, os próprios chineses, nos dias atuais, esqueceram os fundamentos tão profundos de toda a sua grandiosa cultura e caíram rendidos de joelhos diante do mate-rialismo.

A Gnosis vem portanto revalorizar toda essa sabedoria e convida as consciências de todos aqueles que buscam a auto-superação a verifi-carem dentro desse ensinamento a Intuição de uma Linguagem de Ouro, a Harmonia do Tao, a Maestria da Vida através da Auto-Gnosis, conhe-cer a Verdadeira Aniquilação Budhista! Porque se no mundo físico não se encontra mais um interesse genuíno pela espiritualidade e sim apenas pelos valores financeiros, internamen-te uma trilha ainda está aberta e aguardando aqueles que sentem vibrar sua alma quando ouvem falar da sabedoria do Velho e Antigo Dra-gão Amarelo.

Raul Marcelo Oliveira

Foto: Templo dedicado ao Dragão Amarelo na China

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ASTROLOGIA

As HercólubusMudanças climáticas, catástrofes naturais,

terremotos, maremotos, modificações nos campos magnéticos da Terra e do Sol, aproxi-mação de uma nova era do gelo, inversão dos eixos do planeta... fome, pestes, guerras, vio-lência...

Sem dúvida um cenário apocalíptico, que infelizmente se vê cada dia mais comum nos noticiários.

A humanidade, temendo o pior, prefere ig-norar, acostumando-se com esse doloroso ce-nário, crendo ser normal o que lhe é comum.

A ciência começa a reconhecer sinais que indicam uma mudança catastrófica iminente, que antes era prevista apenas pelos religiosos.

Seria possível que todos esses fenômenos tenham uma causa comum?

Busquemos a resposta como faziam os sá-bios da antiguidade, olhando para as estrelas.

Os Maias, por exemplo, acreditavam que o Sol é um ser vivo que está em constante movi-mento e gira ao redor de Alcione, estrela maior da constelação das Plêiades, com uma órbita de aproximadamente 26.000 anos. Visto da Terra, devido ao fenômeno da precessão dos equinó-cios, o Sol parece percorrer as 12 Constelações Zodiacais, originando o fenômeno do Ano Side-ral e da sucessão das Eras Astrológicas, quando ruíam-se impérios e surgiam e erguiam-se no-vas culturas impulsionados pelas forças mecâ-nicas da Natureza.

No Antigo Egito, durante a Era de Touro, adornaram seus templos com a figura do mes-mo. Nas longas procissões cultuava-se ao Touro Sagrado Ápis, à Deusa Hator, com cabeça de

vaca. Sucessivamente surge a Era dos gran-des Impérios impulsionados pela força combativa de Áries. Ergue-se a civiliza-ção Persa com a lendária escultura do Deus Mitra matando o Touro, sucedido pelo Império Macedô-nico e finalmente pelo Impé-rio Romano. Na decadência de Roma, muito mais tarde, chega a Era de Peixes e com ela o Cristianismo simbo-lizado pelo Peixe. Mais de 2000 anos se passaram, e eis que irrompe no horizonte a nova Aurora de Aquarius.

Tal riqueza alegórica e simbólica fazia-se presente pois tais povos, vivendo em harmonia com a Natureza, compreendiam que a mesma, e o homem, são tremendamente in-fluenciados pelas forças siderais.

A Influência dos AstrosPodemos evidenciar, claramente, como os

astros influenciam uns aos outros física, mag-nética, gravitacionalmente, e também metafí-sica ou psicológicamente. A Lua, por exemplo, influencia nas marés, no plantio, nas colheitas, na caça e pesca, no período fértil das fêmeas de todas as espécies, no crescimento, e também na psiquê humana. A Lua Minguante nos traz melancolia, a Cheia, euforia, etc...

Assim como a Lua, todos os outros planetas e estrelas provocam sua influência uns nos ou-

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tros, e é precisamente à uma delas, poderosís-sima por sinal, que estariam associados grande parte dos fenômenos apocalípticos que citamos anteriormente.

Madruk, Absinto, Nibiru, Barnard I, Hercó-lubus ... Distintos nomes e profecias tão simi-lares.

Um Gigante Vermelho, um Imponente As-tro, cerca de 6x maior que Júpiter, o Pai de todos os Deuses Planetários de nosso Sistema Solar!

Esse é o corpo celeste que está se aproxi-mando rapidamente da órbita terrestre, supos-tamente tido como principal responsável por inúmeros distúrbios climáticos que vêm ocor-rendo em nosso planeta, tais como terremotos, tsunamis, furacões, degelo dos pólos, El Niño , etc...

Suposição ou não, o fato é que antropologi-camente, inúmeros povos de distintas culturas citam este fenômeno em seus mitos e lendas.

Ainda que não se possa afirmar que trata--se de um mesmo astro, as descrições nos con-

duzem à conclusão de que o Planeta Absinto (amargura), citado na Bíblia; o Nibíru e Mar-duk dos sumérios e babilônios; a Estrela Baal, entre os maias; “O Grande Rei do Terror” de Nostradamus; O Nêmesis de Isaac Asimov; a Anã Vermelha ou Rá de JJ Benitez são o mesmo Hercólubus dos gnósticos e espiritualistas.

Todos concordam que este astro, em sua órbita, visita nosso sistema solar de tempos em tempos e sua chegada sempre anuncia terríveis acontecimentos, estando associada ao cumpri-mento das profecias apocalípticas de todos os povos.

O Hercólubus não é nenhum cometa ou asteróide, nem uma estrela anã como alguns supõe, é um planeta que gira ao redor de seu Sol num sistema vizinho ao nosso, o qual era antigamente chamado Tylo, faz parte do grupo de Estrelas conhecido como Plêiades.

Há alguns anos, o astrônomo chileno Carlos Muñoz Ferrada observou que um gigantesco “asteróide” estaria vindo em direção à Terra, e

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Revista

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PSICOLOGIA

enviou um alerta ao Smithsonian Center (institui-ção americana de pesquisa astrofísica situada em Cambridge, Massachusetts).

Desde então pesquisadores do mundo inteiro se mobilizaram para investigar detalhadamente a ameaçante descoberta.

Porém quais seriam as consequências da apro-ximação de um planeta de tão colossais dimen-sões?

A Mitologia de vários povos concorda, recor-dando 4 aproximações anteriores, em intervalos de aproximadamente 26.000 anos, todas elas liga-das a grandes cataclismos, mudanças climáticas e extinções. O antropólogo e filósofo contemporâneo Samael Aun Weor afirma que em sua última passa-gem, a tremenda força magnética do Gigante Ver-melho desviou o eixo da Terra de seu estado atual, convertendo os pólos em equador e vice-versa, o que poderia inclusive ter invertido o sentido de sua rotação, o que se espera que se repita novamente.

A Trajetória do Gigante VermelhoA trajetória orbital de dito planeta, o aproxima-

ria demasiadamente da órbita terrestre (em ter-mos astronômicos, cerca de 500 UA), provocando um choque magnético por meio da ação de seu gi-gantesco campo gravitacional sobre nosso mundo, desencadeando efeitos em grande parte da crosta terrestre e consequentemente da humanidade.

A princípio, sua aproximação alteraria o cli-ma terrestre, intensificando fenômenos como “El Niño”, que consiste na elevação periódica das águas do Oceano Pacífico, mudando o clima ter-restre, produzindo secas, inundações, fome, pra-gas, incêndios, epidemias, furacões em escalas mundiais.

Com a progressiva aproximação deste gigantes-co planeta, sua poderosa força magnética atrairia bruscamente o magma para a superfície, aumen-tando, por exemplo, o contato entre o fogo do inte-

rior da terra com a água dos oceanos, provocando o aumento em número e intensidade de terre-motos, maremotos, erupções vulcânicas, etc., os quais alcançariam magnitudes nunca antes vistas pela humanidade atual.

Em sua máxima aproximação, produziria um verdadeiro cataclismo, a revolução dos eixos da Terra: o equador se converteria em pólo e os pólos em equador. Os oceanos seriam expulsos violen-tamente de seus leitos, submergindo grande parte da terra firme do planeta.

Além de todos esses cataclismos naturais, o que dizer do homem, o qual é uma máquina, movida por diversos impulsos interiores e exteriores, que em sua maioria desconhece. Como se comportaria sob a influência de tremendas forças siderais?

Tais forças desencadeiam diversas reações psí-quicas, que influenciam nossa forma de pensar, sentir e atuar.

Os antigos industãos relacionam este período à Kali Yuga, época conhecida como Idade de Ferro, de perda dos valores morais, éticos e humanos, sempre associada às profecias apocalípticas do oriente e do ocidente.

Todavia a Sabedoria Universal nos faz compre-ender a regência das Leis de Evolução e Involução. Raças e povos têm sua ascensão e queda.

Os Mitos de várias culturas indicam que estarí-amos vivendo um período de transição para uma Nova Era, momento em que nosso Sistema Solar sairá da noite para o amanhecer galáctico. O Apo-calipse Bíblico o chama de Nova Jerusalém, perí-odo quando surge uma nova progênie humana, em novas terras e novas paisagens, iniciando um período áureo de uma nova humanidade.

Estes são os “os Filhos do Sexto Sol”. (Mitolo-gia Maia).

Eduardo Garcia Ávila Lima

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Gnosis

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Vemos que a vida nos oferece vários eventos e oportunidades para que possamos ir apren-dendo e desbravando nosso próprio interior e, no entanto, vivemos apenas em uma parte de nós mesmos, limitados de acordo com nossa psicologia.

Em sua obra “A República”, Platão apresen-ta uma cidade ou país ideal, onde os governan-tes trabalham com a virtude, superam o egoís-mo, paixões, desejos e ambições e são capazes de fazer da sabedoria a principal característica no exercício do poder.

Sobressai interessante nesta obra, que in-fluenciou e influencia a política das Nações e formação dos Estados ao longo do tempo, ob-servar que Platão sugere a necessidade do go-vernante aprender a governar previamente a si mesmo.

O Governo de si MesmoAmpliando esta concepção para além da

pessoa dos governantes, o governo de si mes-mo garantiria a harmonia de todas as relações sociais, na medida em que consideraria este governo na capacidade de dirigir sabiamente a própria psicologia, pensamentos, sentimentos e emoções.

A ideia de cidade da Obra de Platão nos faz lembrar, também, uma cidade ou país de tipo “psicológico”, como nos apresenta Samael Aun Weor, que paralelamente, percebemos que co-nhecemos apenas um pouco do local, da rua, do bairro, da cidade e do país em que vivemos, e certamente ocorre o mesmo com nosso mun-do interior, com diversas áreas desconhecidas e obscuras dentro de nós mesmos.

Refletindo, podem-se encontrar pessoas com grandes especialidades em determinados

assuntos e carentes de sabedoria prática, de modo que esta é uma grande necessidade para todas as áreas da vida, como a convivência, os relacionamentos, entre outras.

Denota-se, dessa forma, que apenas uma formação intelectual não chega a ser suficiente para atingir uma sabedoria, já que isso vai além de um bom intelecto, ou seja, é uma expres-são da consciência que se manifesta no viver do aqui e agora.

Para isso, é imprescindível uma constante observação de si, para encontrar e corrigir as imperfeições psicológicas tais como a agressivi-dade, impaciência, desordens, ciúmes e medos, desenvolvendo, como consequência de tal cor-reção, as virtudes como compreensão, humil-dade, caridade, paz, alegria e amor.

Um bom governo interior nos leva a obter uma sabedoria prática, a ter atitudes por meio de um bom senso, a ter habilidades de ação. Certamente isso resulta também de uma maior percepção dos eventos para que se possam ter decisões apropriadas.

Portanto, num caminho de conquista de sa-bedoria, é indispensável buscar a verdade, não iludir-se, mas despertar, ser dono de sua von-tade, ter a capacidade de discernimento para poder enxergar o que é mais adequado, sensato e equilibrado.

Ao alcançar tamanho conhecimento e sabe-doria, já não se possui uma cidade ou país psi-cológico, pois quando se elimina toda babilônia interior, surge a livre expressão do Ser, de seus potenciais psicológicos e divinos.

Cleide Brandt

O Governo da Virtude

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INSTITUCIONAL

Curso de GnosisCiência e Cultura do Homem em Busca do Ser

O termo grego GNOSIS refere-se à ciência, sabedoria, conhecimento oculto da Natureza, do Cosmos e do Homem.

O mundo que percebemos é apenas uma fração muito pequena na Realidade da Nature-za.

Além dos fenômenos que podemos registrar com o uso dos sentidos, existe o oculto, o que está encoberto pelo Véu dos Mistérios, a Grande Realidade.

Através da linha do tempo muitos homens e mulheres acessaram em seu interior este co-nhecimento, esta sabedoria e nos deixaram de herança muitos conhecimentos plasmados na linguagem filosófica dos Mitos, das Religiões, na Arte Régia da Natureza e na Ciên-cia.

As Civilizações antigas brindam-nos, em suas obras sagradas, um grande legado acerca dos Mistérios da Morte, da Vida e do Cosmos; do conhecimento da Natureza Psíquica do Ho-mem; das chaves do Despertar da Consciência; da ciência das Estrelas; da ciência de manejar as plantas, ervas e aromas para curar enfermos e realizar prodígios; apenas citando alguns as-pectos da GNOSIS.

O Conhecimento GnósticoNos tempos atuais, como é muito natural,

reúne-se entre os estudantes do Gnosticismo Universal a mais completa e elevada cultura, ou seja, a Arte, a Ciência, a Filosofia e a Reli-gião mais exaltadas que já houveram na face da

Terra, que conduz o indivíduo não apenas a apreensão dos Enigmas e Mistérios

da Natureza, porém, acima de tudo, a uma didática perfeita e insuperá-vel no sentido de que este regresse conscientemente ao Círculo da Hu-

manidade Solar e alcance a Revolução de sua Consciência e, por conseguinte,

sua Auto- realização.O Conhecimento Gnóstico nos ensina

que a redenção e regeneração humana (Auto-realização) só são alcançadas atra-vés do autoconhecimento, ou seja, antes de tudo é preciso conhecer nossa verdadeira realidade.

É importante que nos perguntemos: Eu realmente me conheço? O Ser Humano é consciente de quem é, de onde está e do real motivo de sua existência?

Vamos fazer algumas reflexões acerca destas perguntas.

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Gnosis

Conferências PúblicasVeja Algumas das Cidades onde a AGEACAC ministra conferências:

O Mundo InteriorSe por um momento olharmos para nós

mesmos, perceberemos que existe um Mundo interior povoado pelos nossos pensamentos, sentimentos, emoções, dúvidas, medos, ranco-res, etc. Conhecemos este mundo? Sabemos a origem de nossos pensamentos, medos, dese-jos? Alguma vez na vida já observamos algum pensamento ou emoção? Já inquirimos sua ori-gem e o porquê de sua existência?

Se tivéssemos plena consciência de nós mesmos será que a humanidade sofreria com a depressão? Será que haveria esta quantidade de enfermidades psicossomáticas e psíquicas? Será que haveria tantos conflitos internos?

Desta forma é possível concluir que cada um de nós vive em uma ínfima porção de si mesmo e percebe o mundo através desta ótica limitada.

É urgente acender à Luz do Autoconheci-mento para que possamos enxergar a nós mes-mos e o que nos cerca de forma real e integral.

Esta Organização oferece Cursos de Gnosis que nos auxiliam nesta jornada de autoconhe-cimento. Neste são entregues técnicas mile-nares e universais que nos possibilitarão uma melhor relação com nosso corpo, com o pla-neta, nossos semelhantes e, principalmente, conosco mesmo.

Vinícius Audino

Porto Seguro - BA Jundiaí - SPPorto Seguro - BA Jundiaí - SPCursos Gratuitos • Veja alguns temas:Cursos Gratuitos • Veja alguns temas:

► A Máquina Humana e o Bem-estar integral► Alquimia Desvelada► O Despertar da Consciência► Desdobramento Astral

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Franco da Rocha - SP

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