textos clássicos da antiga china – antigos escritos e clássicos chineses. - andré bueno

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  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    Antigos escritosOssos Oraculares e Inscries ZhouAnais de Bambu

    Os clssicos chinesesOs Cinco Clssicosi!ing" #ratado das $utaes %&'(i!ing" #ratado das $utaes %&)(i!ing" #ratado das $utaes %&*(i!ing" #ratado das $utaes %&+(

    ,hu!ing" E-tratos do i/ro das 0ist1rias 2&'3,hu!ing" E-tratos do i/ro das 0ist1rias %&)(,hu!ing" E-tratos do i/ro das 0ist1rias %&*(,hu!ing" O i/ro das 0ist1rias %4or A. Doeblin(,hi!ing" e-tratos do i/ro das Canes %4or in u...,hi!ing" O i/ro das Canes %4or A. Doeblin(i!i" E-tratos do i/ro dos 5ituais %&'(i!i" E-tratos do i/ro dos 5ituais %&)(

    Ossos Oraculares e Inscries Zhou

    Os 4rimeiros escritos da ci/ili6a7o chinesa a4arecem nas

    inscries oraculares 8eitas em ossos da dinastia ,hang e

    nos /asos rituais de bron6e ,hang e Zhou. Os ossos

    oraculares s7o com4ostos de esc4ulas de cabras" bois"

    o/elhas ou de cara4aas de tartaruga" e nelas eram escritos

    4e9uenos te-tos de cunho 4redit1rio: a4licaes com calor

    eram 8eitas e a dire7o das rachaduras 4ro/ocadas

    indica/am ent7o a decis7o dos es4;ritos. As inscries

    4resentes nos /asos de bron6e ! se trata/am" 4or

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    E-em4lar de um osso oracular.

    Anais de Bambu

    O Zushun =iniam" ou Anais de Bambu < um dos 4rimeiros

    te-tos hist1ricos chineses" 9ue narra a hist1ria da ci/ili6a7o

    dos tem4os mitol1gicos at< a nico e

    essencialmente cronol1gico busca/a" de alguma 8orma"

    ordenar o conhecimento chin?s sobre o 4assado.

    .................................

    Extrato

    ,obre @hao ang %5ei @hao(

    http://3.bp.blogspot.com/_KlfjjUIPn_Y/RpUnr50o-oI/AAAAAAAAABU/KKukv6OHzLk/s1600-h/ob01.gif
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    O 'e ano ++& %')e de @ing" bar7o de #sin(" en" $ar9ues

    de e

    %do no/o reino sobre o limite 0o nan e o Chan se( 8oi

    reconhecido %*)(.

    No '&.o ano" o #hsou redu6iu o 4a;s de @iu %**(.

    No ''.o ano" @ing" oung de #sin" morreu.

    No ')e ano" #ao" oung de ou" morreu.

    No '+e ano" isun" do 4a;s de ou" reFnese G eou oung

    de #sin" G #hsou hieou %*+(.

    No 'He ano" o rei morreu.

    Os Cinco Clssicos

    Dentre os te-tos mais antigos 4rodu6idos durante a dinastia

    Zhou %II III a.C.(" destacamse os chamados Cinco

    Clssicos" 9ue constitu;am a base da cultura chinesa antiga

    e ser/iram 4ara a estrutura7o da Escola dos etrados de

    Con8Fcio. ,7o deste mesmo autor as /erses 4rodu6idas no

    s

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    um de seus 4oucos 8ragmentos 8oi inclu;do no i!i. Ele

    constituiria" 4ois" o ,e-to Clssico.

    Yijing, Tratado das Mutaes )*+

    '. C0IEN O Criador

    #anto o trigrama su4erior 9uanto o in8erior s7o Chien:

    todas as linhas s7o cheias e re4resentam o ang 8orte"

    ati/o" dador" orientado es4iritual e mentalmente"

    consistente.

    Chien tem os atributos do C

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    As inhas

    No/e embai-oK o drag7o hiberna. N7o a!a.

    O drag7o" na China" simboli6a a 8ora dinLmica" 9ue

    des4erta. ,ua hora chegar mas n7o ainda. Mre4arese" e

    es4ere. A ati/idade ser lenta" 4or hora.

    No/e no segundo lugarK o drag7o a4arece no cam4o. Q

    /anta!oso /er o grande homem.

    Con9uistar uma melhoria em sua 4osi7o" e seus es8oros

    ser7o a4reciados. Mrocure conselho ou a!uda dos mais/elhos ou melhores 9ue /oc?" se 4uder.

    No/e no terceiro lugarK o homem nobre < ati/amente

    criador 4or todo o dia. Mondera 4or toda a noite. Merigo.

    ,em desonra.

    0 muito a ser 8eito" e sem grande recom4ensa. Cuidado

    com armadilhas" e 4erse/ere na corre7o" mesmo emcircunstLncias di8;ceis.

    No/e no 9uarto lugarK o drag7o 4lana sobre o abismo. ,em

    desonra.

    Q tem4o de escolherK lanarse 4ara cima" ou retirarseR

    N7o h caminho PcertoP ou PerradoPK as diretri6es s7o

    totalmente sub!eti/as.

    No/e no 9uinto lugarK o drag7o no C

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    No/e no se-to lugarK drag7o arrogante" #er de se

    arre4ender.

    O isolamento mental ou material le/ar ao 8racasso" se

    continuar 4or este caminho.

    ). @SN O 5ece4ti/o

    Cada linha re4resenta o escuro" a terra" a m7e" o in" ade/o7o. N7o < uma 8ra9ue6a" mas 8ora 4rimordial" como

    Chien. Estes dois 4rimeiros n7o s7o o4ostos. ,7o o rei e a

    rainha" o 4ai e a m7e. ,1 9uando o Massi/o < liderado 4elo

    Criador" 4ode resultar uma constru7o 4er8eita.

    O =ulgamento

    O 5ece4ti/o o4era um sublime sucesso e bene8icia 4ela

    4erse/erana de um !umento.

    O homem nobre de/e em4reender algo" mas se 4erde. $as

    acaba recebendo orienta7o.

    Encontre amigos no sul e no oeste: e/iteos no norte e no

    leste. Sma 4erse/erana 4aci8ica tra6 a 8ortuna.

    A 9ualidade de !umento do 5ece4ti/o %4erse/erana( < bem

    di8erente da 4ersist?ncia ati/a de Chien" e indica

    circunstLncias mais materiais. Aceite orienta7o e a4oio. O

    sul e o oeste simboli6am es8oro e trabalho. Assim" o norte

    e o leste ou comando" e 4lane!amento em gru4o" de/em ser

    re!eitados em 8a/or da solid7o.

    A Imagem

    A condi7o da #erra < a de/o7o. Assim o homem nobre" de

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    grande carter" sustenta o mundo.

    A #erra sustenta tudoK de bom e de mau. O homem nobre r tudo a 4erder.

    No/e no altoK a desarmonia chega ao 8im. De in;cio"

    estagna7o" de4ois" 8ortuna.

    O 8im do tFnel est G /ista. Mode ha/er di8iculdades" dor e

    4erdas. Q 4reciso 8a6er es8oros a4ro4riados 4ara atra/essar

    tudo isto. As coisas melhorar7o.

    '*. #ONT =EN Com4anheirismo

    O trigrama Chien acima de i signi8ica o C

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    homem nobre.

    O =ulgamento sublinha a consci?ncia da 4essoa sobre os

    4rinc;4ios construti/os sub!acentes 7 sociedade" e a unidade

    do com4anheirismo em sociedade. Isto n7o < uma crena

    ing?nua" mas uma com4reens7o de 9ue toda coo4era7o

    social e toda ami6ade %a des4eito de uma di/ersidade

    in8inita( re9uer ob!eti/os com4artilhados e ati/idades

    comuns. Esta com4reens7o" 9uando com4artilhada" 4ode

    4romo/er grandes obras sob a liderana de 4essoa cheia de

    4rinc;4ios e organi6a7o.

    A Imagem

    O Vogo atinge o C

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    ,e os contatos sociais 8orem e-clusi/os" arrogantes"

    resultar7o 8aces insalubres e 9uerelentas. E/ite

    mes9uinharias e discrimina7o es8arra4ada. ,e!a aberto

    com os outros. A 4erda < im4ro//el" mas 4oder ha/er

    restries e ressentimentos.

    No/e no terceiro lugarK ele esconde as armas nos arbustos e

    escala a montanha. Mor tr?s anos" 8ica escondido.

    Sm homem 9ue descon8ia dos outros e es4iona os amigos

    8ica cada /e6 mais a8astado deles. Analogamente" n7o 4ode

    ter um /erdadeiro com4anheirismo" 4or sua nature6asu4erindi/idualista. A descon8iana mFtua aumenta" e s1 os

    humildes se saem bem" a9ui.

    No/e no 9uarto lugarK o de8ensor sobe G muralha" mas o

    ata9ue < im4oss;/el. Vortuna.

    As 4osies de8ensi/as s7o tornadas" mas os 4rotagonistas

    4ercebem o absurdo 9ue < lutar. As di8iculdades 4odeme/idenciar a 4r14ria insensate6" ou 4oder ser bemsucedido

    no comeo de um em4reendimento" e de4ois encontrar

    di8iculdades.

    No/e no 9uinto lugarK 8orados em com4anhia" eles choram

    e se lamentam. $as de4ois" riem. Conseguem reunirse"

    a41s grandes lutas.

    Em geral" as condies s7o di8;ceis" mas /7o melhorando.

    Sma no/a associa7o 4ode mostrarse di8;cil" mas /ai se

    tomando 8cil" com a!ustamentos. #amb

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    A imagem descre/e uma aliana sem 4ro41sito interior ou

    calor. A id

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    No/e no altoK ele < abenoado 4elo C

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    ,eis no 9uarto lugarK nada 9ue n7o se!a /anta!oso 4ara a

    humildade no mo/imento.

    As 4essoas modestas" ou 9ue est7o em 4osies modestas"

    4odem 8acilmente usar seu carter ou 4osi7o como

    descul4a 4ara a 8ra9ue6a ou /acila7o. Esta 8ra9ue6a n7o nea ao in/

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    grandes guas.

    A 4essoa" consciente de de8ici?ncias 4essoais ou das

    condies ambientes" mudase de dire7o agindo"

    4or/entura" anticon/encionalmente. ,e n7o se tem 8ora

    su8iciente 4ara a!udar aos outros" < 4reciso mudar de rumo

    e 4rocurar a!uda in8luente" ou sbia. N7o se de/e assumir

    9ual9uer grande em4reendimento.

    No/e no altoK a 8onte da alimenta7o. A consci?ncia do

    4erigo tra6 a 8ortuna. E /anta!oso atra/essar as grandes

    guas.

    Indicase algu

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    A imagem sugere um tem4o de gra/es acontecimentos.

    Jrias situaes s7o sugeridas os neg1cios ou os

    sentimentos 4odem estar com4licados demais. $uito

    embora os 4roblemas se!am 9uase ine/it/eis" as linhas

    8ortes no centro de #a @uo mostram a ca4acidade do su!eito

    su4ortar as di8iculdades 9ue se a4ro-imam. A solide6 deste

    he-agrama insiste em 9ue a maneira de resol/er os

    4roblemas %en9uanto 8orem solF/eis( < 4or meio de uma

    sua/e a4lica7o do entendimento.

    A Imagem

    O ago ele/andose acima das Ar/oresK s;mbolo daMre4onderLncia do Trande. Mortanto" o homem su4erior 8ica

    s1" inabal/el. ,e 4recisar renunciar ao mundo" n7o ter

    ressentimento.

    A atitude do sbio. $uito embora s1" < 4reciso ser 8irme

    como a Ar/ore %,un" embai-o( sem 4erder uma atitude

    aberta e 8eli6 4ara com a /ida %#ui" o Veli6" em cima(. A

    imagem da inunda7o re8ora um as4ecto da situa7o asguas da inunda7o" mais cedo ou mais tarde" retiramseK

    os 4roblemas ser7o tem4orrios. embrese de 9ue" 4or

    mais agrad/eis ou lucrati/as 9ue as coisas 4ossam estar

    agora" n7o /7o durar assim 4ara sem4re.

    As inhas

    ,eis no 8undoK estender ta4etes de canios 4or bai-o. ,em

    desonra.

    Com dilig?ncia e 4lane!amento intenso e sensato" /oc?

    4oder ter uma chance de 4rogredir como escolher. $as"

    assim como se abre um ta4ete debai-o de 4otes 8rgeis" nio real. O rei Yi era diligente 4ara a Casa 5eal. E

    meu 8alecido 4ai" o rei en" com4letou seu mr 8im G sua conduta desordenada. Nossa terra 8lorescente

    < grande e as tribos do sul e do norte igualmente me

    seguem e est7o de acordo comigo. Obedecendo

    re/erentemente ao conselho do C

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    C

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    4ers4iccia" na sabedoria.

    W. ]#erceiroK dos oito ob!etos do go/erno" o 4rimeiro < o

    alimento" o segundo a ri9ue6a e os artigos do uso" o terceiro

    os sacri8;cios" o 9uarto as tare8as do $inistro de Obras

    MFblicas" o 9uinto as do $inistro da Instru7o" o se-to as do

    $inistro da =ustia" o snias 9ue de/em ser

    tributadas aos h1s4edes" o oita/o o e-

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    8aculdades administrati/as" dei-ai 9ue as aumentem 4ara

    culti/ar sua conduta: e com isso se 4romo/er a

    4ros4eridade do 4a;s. #odos esses homens !ustos" em

    /irtude de sua com4et?ncia" 4rogredir7o em bondade. ,e

    n7o 4odes indu6ilos a 9ue tenham a9uilo 9ue amam em

    suas 8am;lias" 4roceder7o imediatamente de modo a tornar

    se cul4ados de crimes. No 9ue res4eita aos 9ue n7o amam a

    /irtude" ainda 9ue lhes con8iras 8a/ores e emolumentos"

    nada mais 8ar7o do 9ue im4licarte na cul4a de em4regar o

    mal.

    ,em des/io nem irregularidade

    E-erce a /irtude real.

    ,em 4re8er?ncias ego;stas"

    ,egue o caminho real.

    ,em anti4atias ego;stas"

    ,egue a senda real.

    E/ita o des/io" e/ita a 4arcialidadeK

    O caminho real < sim4les e 8cil.

    E/ita a 4arcialidade" e/ita o des/io:

    O caminho real < 4lano e 8cil.

    E/ita a 4er/ersidade" e/ita a unilateralidadeK

    O caminho real < !usto e reto.

    Busca sem4re esta 4er8eita e-cel?ncia"

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    Jolta sem4re a esta e-cel?ncia 4er8eita.

    '&. ]Continuou di6endoK ]Esta am4li8ica7o da 4er8ei7o real

    cont

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    bebidas es4irituosas e em todos os Estados e-igiu 9ue esses

    8uncionrios n7o bebessem a n7o ser 4or ocasi7o dos

    sacri8;cios" e 9ue ent7o 4redominasse a /irtude de modo a

    9ue n7o 4udesse ha/er embriague6.

    *. DisseK ]Ensine" meu 4o/o" aos !o/ens" 9ue unicamente

    de/em amar os 4rodutos da terra" 4ois assim ser7o bons

    seus coraes. Ouam os !o/ens atentamente as constantes

    recomendaes de seus 4ais e contem4lem todas as aes

    /irtuosas" se!am estas grandes ou 4e9uenas" a mesma lu6"

    com aten7o /igilante.

    ]#u" 4o/o da terra de $ei" se 4odes em4regar teus

    membros" culti/ando am4lamente tuas la/ouras e

    mostrandote ati/o no ser/io de teus 4ais e irm7os mais

    /elhos: e se com teus carros e bois transitas diligentemente

    at< uma distLncia 9ue te 4ermita atender 8ilialmente a teus

    4ais" ent7o teus 4ais ser7o 8eli6es e 4oders 4re4arar clara

    e 8ortemente tuas bebidas es4irituosas e utili6las.

    +. ]Ou/i constantemente minhas instrues" todos /1s"

    meus altos 8uncionrios e che8es de se7o" todos /1s" meus

    nobres 4rinci4ais: 9uando hou/erdes cum4rido am4lamente

    o /osso de/er na aten7o de /ossos maiores e no ser/io de

    /osso go/ernante" 4odereis comer e beber li/remente atbre /oc?.

    Mela madrugada as Irm7s #ecel7s adormecem.

    Ao escurecer erguemse no/amente:

    $as embora a Brilhante anadeira /oe"

    Elas n7o tecem nenhuma rou4a 4ara os homens.

    'H. Outra 4oesia sobre a nature6a.203

    Nos 4Lntanos crescem as er/as rasteiras"

    #ostadas" ansiosas 4elo or/alho"

    E s>bre elas as andorinhas mergulham e 4assam

    Durante o /er7o" 9ue < t>da sua /ida.

    Cheguei ao 4>r do sol" coberto de suor.

    Mrocurando n7o sei 9ue com 4bre o 4Lntano cresce a rel/a rasteira"

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    Nem 9uero 4ensar em tal coisa.

    Vi9ue do lado de 8ora" senhor" 4or 8a/or^

    N7o 9uebre os ramos do ,Lndalo^

    N7o 9ue isso me entristea muito:

    $as" ai de mim^ o 9ue dir o mundoR

    E embora eu o ame como 4osso amar"

    Nem 9uero 4ensar em tal coisa.

    '. Mara um 0omem.20T3

    Joc? me 4arece um !o/em bem ing?nuo"

    O8erecendo em troca de s?da seus tecidos:

    $as n7o < a s?da o 9ue /oc? dese!aK

    Eu sou a s?da 9ue /oc? tem em mente.

    Com /oc? atra/essei o /au e en9uanto

    Caminhamos 4or mais de uma milha

    Eu disse N7o 9uero delongas

    $as" < 4reciso 9ue os amigos 8i-em a data de nosso

    casamento...

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    Oh" n7o se a8li!a com minhas 4ala/ras"

    $as /olte com o outono.

    E ent7o 4assei a es4erar e a 8icar olhando

    Mara /er /oc? 4assar 4elo 4ort7o:

    E algumas /?6es 9uando obser/a/a em /7o.

    $inhas lgrimas corriam como grossas gotas de chu/a:

    $as 9uando /i meu 9uerido"

    5i e chorei alto de alegria.

    Os /identes" disse /oc?"

    #odos declararam 9ue sa 4ara sem4re.P

    As 8>lhas da amoreira" ainda n7o arrebatadas

    Melo /ento 8rio do outono" brilham ao sol.

    doce 4omba" eu de/ia aconselhar"

    Acautelate contra o 8ruto 9ue tenta teus olhos^

    linda don6ela" ainda n7o es4osada"

    N7o oua" alegremente" as 4romessas do amado^

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    Sm homem 4ode 8a6?las de m 8< e o tem4o

    ,e encarregar de obscurecer seu crime:

    Sma mulher 9ue 4erdeu o nome

    Est condenada a uma /ergonha eterna.

    A amoreira s>bre o solo 9ue a cerca

    Agora es4alha as 8olhas amarelas.

    #r?s anos = se 4assaram"

    Desde 9ue eu 4artilhei sua 4obre6a:

    E agora no/amente" dia amargo^

    Atra/essei o /au de /olta.

    $eu cora7o ainda n7o mudou" mas /oc?

    Mronunciou 4ala/ras 9ue agora 4ro/aram ter sido 8alsas:

    E abandonoume 4ara lamentar

    Sm amor 9ue n7o mais 4ode ser meu.

    Durante tr?s longos anos 8ui sua es4>sa"

    E le/ei" na /erdade" uma /ida de triste6a:

    Cedo me erguia da cama e ia tarde descansar"

    #odos os dias se 4assaram assim 4ara mim.

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    0onestamente cum4ri a minha 4arte.

    E /oc?.../oc? des4edaou meu cora7o.

    A /erdade meus irm7os n7o a saber7o"

    Do contrrio me cri/ariam de sarcasmos.

    ,o8ro em sil?ncio e s1 lamento

    #er sido meu um tal destino in8eli6.

    Ah" 9uem dera 9ue de m7os dadas en8rentssemos a

    /elhice^

    Em /e6 disso /olto uma 4gina amarga.

    Oh" 4elas margens do rio" h muito tem4o:

    Oh" 4elas muito 9ueridas 4raias 4antanosas:

    As horas da meninice" com meus cabelos

    ,oltos" como eu as es4era/a^

    As =uras 9ue trocamos 4areciam t7o sinceras"

    Nunca 4ensei 9ue teria 9ue arre4enderme delas:

    Nunca 4ensei 9ue as 4romessas 9ue trocamos

    Mor 9ue 8alar mais sobre isso

    2 0 uma outra tradu7o 9ue coloca esta Fltima 8rase

    comoK ]Algum dia n7o mais nos uniriam. N7o 4arece ser"

    4or

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    '[. A #orre No/a %,atiri6ando o casamento do Du9ue 0sUan

    e sua rainha" 9ue tinha 8icado noi/a de seu 8ilho(.2=3

    ,urge a #orre No/a" linda e brilhante"

    Onde o /olumoso 0o corre:

    Q 4alcio raro constru;do 4ara uma noi/a.

    Ela 8oi a ei 4ara encontrar marido:

    Mrocura/a um marido !o/em e bom"

    $as encontrou ?sse urso desa!eitado.

    est a #orre No/a alta e grandiosa"

    Onde calmamente o 0o corre:

    Q um 4alcio raro constru;do 4ara uma noi/a.

    Ela /eio a ei 4ara encontrar um com4anheiro:

    Mrocura/a um marido !o/em e bom"

    $as encontrou ?sse urso desa!eitado.

    Como 9uando lanam a rede 4ara a4anhar 4ei-es"

    E" ora^ recolhem um ganso nas malhas"

    Batem os 4

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    Assim PelaP 4odia bater os 4

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    Os C

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    correntes"

    E outras antiguidades encantadoras.

    Algumas m7os 8Fteis" mas ador/eis" h7o de descobrir

    O amor 9ue elas re4resentam.

    9uerido^ a9u?le ra4a6 astucioso

    N7o 9uer darme uma 4ala/ra^

    $as" senhor" a4reciarei

    $inha re8ei7o" embora /oc? se mostre absurdo^

    9uerido^ a9u?le ra4a6 astucioso

    N7o se sentar em minha mesa^

    $as" senhor" a4reciarei

    $eu descanso" embora /oc? a9ui n7o este!a^

    )'. No Mort7o Oriental.2=3

    No 4ort7o oriental" o solo < 8

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    Ele me conser/a G distLncia e 6omba de minha es4erana.

    Onde crescem as castanheiras" 4erto do 4ort7o oriental"

    Elas erguemse em 8ilas" < l 9ue 8ica tua casa.

    $eu cora7o 4rocura o teu" como o seu com4anheiro"

    $as" ah^ tu nunca /ens a meu encontro^

    )). O Estudante de Colarinho A6ul.2=3

    Joc?" estudante" de colarinho a6ul"

    0 muito dilacera meu cora7o com uma ansiedade

    dolorosa.

    Embora eu n7o corra 4ara /oc?"

    Mor 9ue /oc? 8oge de todo o mundoR

    /oc?" com rou4as debruadas de a6ul"

    Os meus 4ensamentos 4ara sem4re correram 4ara /oc?^

    Embora eu n7o o 4ersiga"

    Mor 9ue /oc? n7o /em a meu encontroR

    Como /oc? < des4reocu4ado" como se mostra alegre e

    /olF/el

    4erto da torre 9ue encima a muralha^

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    Sm dia" longe de sua 4resena

    Durante tr?s meses" considerei8ile e-ilada.

    )*. No MLntano.2=3

    No 4Lntano onde mais e-uberante cresce

    A rel/a rasteira" cur/ada com o 4?so do or/alho"

    Ali um belo ra4a6 a4ro-imouse"

    ,ob cu!a testa" alta e larga"

    Brilha/am os olhos l;m4idos e /i/os.

    Voi 4or acaso 9ue nos encontramos:

    Vi9uei satis8eita 4or alcanar o 9ue dese!ara.

    Onde a rel/a cresce raste!ante no 4Lntano" #>da coberta

    4elo or/alho"

    Ali encontrei o mais belo ra4a6"

    ,>bre cu!os olhos l;m4idos e /i/os"

    Erguiase a testa" larga e alta.

    O acaso 8e6nos 9ue nos encontrssemos" coisa rara"

    E ambos nos sentimos 8eli6es.

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    )+. A Carruagem dela se a4ro-ima %,atiri6ando a

    im4ud?ncia de uma rainha(.2=3

    A4ro-imase sua carruagem" barulhenta e a4ressada"

    Com coberta de bambus 8inalmente entrelaados"

    E o couro brilhante" a/ermelhado...

    A 8ilha de #se corre 4ara os braos de um amor ilegal. Maraisso" desde u" a estrada < sua/e e 4lana:

    Voi na noite 4assada 9ue ela 4artiu com sua comiti/a.

    Os 9uatro corc

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    Yue muitas 4essoas a este!am /endo n7o lhe causa o menor

    embarao:

    Nem 4ensa nos seus ca4richos licenciosos.

    E correm as guas do en:

    ,7o mais numerosos os transeuntes agora.

    A estrada 9ue /em de u < sua/e e 4lana.

    A 8ilha de #se mostra o rosto descaradamente.

    Com orgulho e im4rud?ncia 4rossegue em seu caminho"

    ,em im4ortarse com o 9ue 4ensem s>bre sua ostenta7o.

    )H. Sm ,oldado 4ensando no ar.2=3

    Jou at< o alto da9uela colina coberta de r/ores"

    E olharei em dire7o G casa 4aterna"

    At< 9ue com os olhos do es4;rito 4ossa di/isla"

    E com os ou/idos do es4;rito 4ossa ou/ir meu 4ai di6erK

    Mobre de meu 8ilho 9ue est em ser/io 8ora de nossa

    terra^

    Ele n7o descansa de manh7 at< o anoitecer.

    Mossa ?le ser cuidadoso e /oltar 4ara meus braos^

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    En9uanto est longe" como eu so8ro^

    ,ubo at< o alto da9uela colina est

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    De4ois nas margens do rio ?le dei-a

    O 9ue s1 ser/e 4ara raios de roda:

    En9uanto o rio corre 4ara diante"

    Com suas guas l;m4idas e doces.

    Joc? n7o semeou nada: de nenhuma tare8a de colheita

    ,eus dedos delicados t?m as manchas:

    E no entanto se gaba de tr?s milhes de molhos:

    De onde recolhe ?le todo ?sse gr7oR

    Joc? nunca se !unta ao grito da caa"

    Nem se arrisca a seus 4erigos:

    Contudo" olhe^ seu enorme 4tio mostra

    A9u?les 4orcos de tr?s anos de idade.

    A9u?le gentilhomem^

    Ele n7o come o 47o da indol?ncia" na /erdade^

    P@ananP ressoam os gol4es do lenhador

    Na madeira do sLndalo:

    De4ois bem na beira do rio ?le de4osita

    O 9ue ser/e 4ara as rodas:

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    En9uanto o rio corre 4ara diante"

    Docemente ondeado 4elo /ento.

    Joc? n7o 4lanta nada: nenhuma tare8a de colheita

    Ocu4a suas m7os sua/es:

    No entanto" gabase de ter tre6entas medidas de gr7o:

    Como lhe 8oi ter Gs m7os tanto gr7oR

    Joc? nunca se !unta ao grito da caa:

    ,ua coragem 8alha o im4ede:

    Contudo" olhe^ seu enorme 4tio mostra

    E-tensas en8iadas de 4erdi6es mortas.

    A9u?le gentilhomem^

    Ele n7o come o 47o da indol?ncia" na /erdade^

    ). Os 5atos Enormes. %O 4oeta 4ro4e abandonar seu 4a;s

    ei(.2=3

    5atos grandes" ratos grandes" dei-emnos 4edir

    Yue n7o roam nosso milho.

    $as os ratos grandes a 9ue nos re8erimos s7o /oc?s"

    Com 9uem tratamos durante tr?s anos"

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    E todo ?sse tem4o nunca conhecemos

    Sm olhar de bondade 4ara conosco.

    Des4edimonos de ei e de /oc?s:

    0 muito ansiamos 4or uma terra mais 8eli6.

    Ali" em ambiente mais ade9uado" tran9Uilos nos sentiremos.

    5atos grandes" ratos grandes" dei-emnos 4edir

    Yue n7o de/orem nossas colheitas de trigo.

    $as os ratos grandes a 9ue nos re8erimos s7o /oc?s

    Com 9uem h tr?s anos /imos con/i/endo:

    E durante todo ?sse tem4o /oc?s nunca 8i6eram

    Sm s1 ato bondoso 9ue alegrasse nosso destino.

    A /oc?s e a ei damos adeus"

    Em bre/e iremos 4ara a9u?le Estado mais 8eli6.

    8eli6 Estado^ 8eli6 Estado^

    a4renderemos a bendi6er nossa /ida.

    5atos grandes" ratos grandes" dei-emnos 4edir

    Yue n7o comam os rebentos de nossos cereais.

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    Com todo amor e carinho.

    #enha 4ena de mim" tenha 4ena de mim^

    Oua minha 4rece.

    Antes 9ue as nu/ens obscuream os c

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    En9uanto a chu/a bate sem 4iedade"

    Oh^ minha casa est em 4erigo

    E escre/o esta nota num grito de alarme.

    )\. #sai Chu

    %O Mre8cio di6 9ue esta ode era usada na 4rima/era"

    9uando o rei em 4essoa re/ol/ia alguns sulcos no cam4ose4arado 4ara ?sse 8im e re6a/a ante os altares dos

    es4;ritos da terra e do gr7o" 4edindo um ano de

    abundLncia(.2=3

    Eles lim4am o solo tirando a rel/a e os arbustos: e eilo 9ue

    8ica todo sulcado 4elos arados. Em milhares" aos 4ares"

    tiram as ra6es" alguns nas terras bai-as e Fmidas" outras

    ao longo do rio. ,7o o dono e o 8ilho mais /elho: os 8ilhosmais no/os e todos os seus rebentos: os au-iliares mais

    8ortes e os criados contratados. Como comem e saboreiam

    as /iandas 9ue trou-eram^ %Os maridos( 4ensam

    amorosamente nas mulheres: %as mulheres( 8icam bem

    4erto dos maridos. %Ent7o( com as a8iadas relhas dos arados

    se 4em a trabalhar nos acres 9ue 8icam ao sul. ,emeiam

    /rias es4

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    o assado. As es4>sas 9ue os 4residem ainda 8a6em

    re/er?ncias" 4re4arando os numerosos %menores( 4ratos.

    Os con/i/as e os /isitantes 4assam a taa de m7o em m7o.

    Cada 8>rma segue a regra: cada sorriso e cada 4ala/ra s7o

    como de/em ser. Os es4;ritos chegam calmamente e

    cobrem todos com grandes b?n7os milhares de anos

    como a recom4ensa %mais a4ro4riada(. Estamos muito

    cansados e terminamos cada cerim>nia sem um ?rro. O

    a4to encarregado das 4reces anuncia %a /ontade dos

    es4;ritos( e 4rocura o descendente 4ara transmitiIa Ptem

    sido 8ragrante seu sacri8;cio 8ilial e os es4;ritos a4reciaram

    seu es4;rito e as iguarias. Eles lhe con8erem centenas deb?n7os: t>das como mais dese!a" t>das t7o seguras como

    a lei. Joc? 8oi e-ato e 4ronto: 8oi correto e cuidadoso: ?les

    lhe con8erir7o at< o mais raro dos 8a/ores" em milhares e

    de6enas de milhares.P As cerim>nias tendo assim se

    com4letado e os sinos e tambores tendo dado o sinal" o

    descendente /ai ocu4ar seu lugar e o encarregado das

    4reces anuncia Os es4;ritos beberam at< 8artar. Os

    grandes re4resentantes dos mortos le/antamse ent7o e ossinos e tambores escoltam sua retirada %com a 9ual( os

    es4;ritos tran9Uilamente /oltam %4ara o lugar de onde

    /ieram(. #odos os ser/os" e as es4>sas 9ue 4residem"

    remo/em %as bande!as e 4ratos( sem demora. Os tios e

    4rimos %do sacri8icante( todos se dirigem 4ara um ban9uete

    4ri/ado. Os mFsicos todos /7o tocar e 4restam seu au-;lio

    serenante G segunda b?n7o. As suas /iandas s7o e-4ostas:

    n7o h ningu

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    #e-tos de:

    0elen addell X 203

    0erbert Tiles X 20T3

    =ames egge X 2=3

    !"ijing, O $i%ro das Canes )por A4 5oeblin

    Extratos

    '.ODE. O N

    %Ssada 4ara sacri8;cios a #ang" 8undador da dinastia ,hang(

    Admir/el^ Mer8eito^ A9ui est7o nossos tambores.

    0armoniosos ressoam os tambores. Mara deleitar nosso

    /ener/el ante4assado.

    O descendente de #ang com esta mFsica o in/oca. Mois ele

    4ode ali/iarnos 4ela reali6a7o de nossos dese!os. Mro8undo

    < o som de nossos tambores. Agudas soam as 8lautas.

    #odas entre si se harmoni6am e se combinam. Em acordo

    com as notas da gama sonora. Oh^ O descendente de #ang

    < ma!estoso. Jerdadeiramente admir/el < a sua mFsica.

    Os grandes sinos e os tambores enchem os ou/idos. As

    danas desen/ol/emse grandiosamente. #emos admir/eis

    /isitantes 9ue se mostram deleitados. Desde a AntigUidade"

    antes de nossa

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    Outono. O8erecidos assim 4elo descendente de #ang^

    ). ODE. O EI #0IEN @I0 $INT.

    %Celebrando a /irtude do rei en(

    Mro8undas e ininterru4tas s7o as leis do C

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    bidas sua/es 4ara o8erecer a nossos ante4assados" homens

    e mulheres" e reali6ar todas as nossas cerim>nias. Os

    bene8;cios 9ue nos 8oram concedidos s7o inumer/eis.

    H. ODE. O YINT YI0

    %Ying Yang enumera seus bons 4ro41sitos e 4ede a a!uda

    de seus ministros 4ara 4oder reali6los(

    ,e!a eu re/erente^ ,e!a eu re/erente^ O caminho do C

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    homem 9ue n7o me 9uer dar sua ami6ade. Como 4ode ter

    tran9Uila a consci?nciaR ,er 9ue n7o me 9uer

    corres4onderR

    ,ol" 1 ua" 9ue /indes do Oriente^ 4ai" 1 m7e^ Mara

    nada ser/iu o me ha/erdes criado. Como 4ode ter tran9Uila

    a consci?nciaR ,er 9ue n7o me 9uer corres4onder" contra

    toda ra67oR

    . ODE. O MEI $AN

    %Sm 8uncionrio de ei e-4em sua 4esada tare8a(

    ,aio 4ela 4orta do norte com o cora7o cheio de 4esar. Ji/o

    mal e sou 4obre. Ningu

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    com4reendermeR

    \. ODE. O # @S

    %Escusase uma dama(

    ,ua grande carruagem roda e seu tra!o de cerim>nia brilha

    como o !unco no/o. N7o 4enso em tiR $as temo este

    8uncionrio e n7o me atre/o a correr at< onde tu ests.

    Na /ida 4odemos ocu4ar di8erentes di/ises" mas uma /e6

    mortos" com4artilharemos da mesma tumba. ,e di6es 9ue

    n7o sou sincera" !urote 4elo ,ol brilhante" 9ue sou.

    '&. ODE. O VAN ,0IS

    %Elogio de certo mar9u?s de (

    Agrad/el < o lago semicircular" recolhemos o mastruo ao

    seu redor. O mar9u?s de u chega e /emos sua ins;gnia em

    8orma de drag7o. ,ua ins;gnia ondeia ao /ento. E as sinetas

    de seus ca/alos harmoniosamente tilintam. Me9uenos e

    grandes" todos seguem o 4r;nci4e 9ue se a4ro-ima.

    Agrad/el < o lago semicircular e recolhemos nele as algas.

    O mar9u?s de u chegou e" com seus ca/alos soberbos.

    ,eus ca/alos s7o grandes. ,ua 8ama < brilhante. Olha

    sua/emente e sorri. ,em nenhuma im4aci?ncia" d suas

    ordens.

    Agrad/el < a lagoa semicircular e a seu redor recolhemos

    as mal/as. O mar9u?s de u chegou a ele e est bebendo

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    no col

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    Zelosamente ati/o era o rei en" e sua 8ama n7o tem 8im.

    Os dons de Deus a Zhou se estendem aos descendentes do

    rei en na linha direta e nos ramos colaterais durante cem

    geraes. #odos os 8uncionrios de Zhou ser7o tamb

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

    299/355

    Os 8eitos do alto C

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    t7o indi8erentes. ,e /ossas 4ala/ras 8ossem harmoniosas o

    4o/o se uniria. ,e /ossas 4ala/ras 8ossem sua/es e

    bondosas o 4o/o se tran9Uili6aria.

    Embora meus de/eres se!am distintos dos /ossos" sou

    /osso com4anheiro de trabalho. Jenho 4ara aconselhar/os

    e /1s me ou/is com de4reciati/a indi8erena. $inhas

    4ala/ras re8eremse aos urgentes assuntos atuais. N7o

    acrediteis 9ue constituam mat

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    contra8ortes. O cuidado da /irtude assegura a tran9Uilidade.

    O c;rculo dos 4arentes do rei < uma muralha 8orti8icada. N7o

    de/emos dei-ar 9ue se!a destru;da a muralha 8orti8icada.

    N7o de/emos dei-ar 9ue o rei este!a solitrio e consumido

    4elo terror.

    Jenerai a c1lera do C

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    nela. Os homens bons se 8oram embora e meu cora7o est

    triste.

    Diretamente da 8onte chega a gua borbulhante" re/elando

    sua 4ro8undidade. A dor do meu cora7o" ser a4enas de

    ho!eR Mor 9ue n7o aconteceram antes de mim essas coisasR

    Ou 4or 9ue n7o de4ois de mimR $as misteriosamente

    grande o C

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

    303/355

    %Sm 8uncionrio 9ue 4restou ser/io durante muito tem4o

    no e-terior" a4ela 4ara o C

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    e-uberante e numa am4la clareira reFno e estimulo os

    homens 9ue mais 4rometem.

    Com meus /asos cheios de brilhante milho e meus 4uros

    carneiros /itimrios" sacri8icamos no altar dos es4;ritos da

    terra e nos altares dos es4;ritos das 9uatro regies. O

    estado dos meus cam4os em t7o boas condies" < o 9ue

    enche de alegria os la/radores. #ocando os alaFdes e

    8a6endo ressoar os tambores in/ocaremos o Mai da

    Agricultura e lhe im4loraremos uma chu/a sua/e" 4ara

    aumentar o 4roduto de nossas colheitas e tornar 8eli6es

    meus homens e suas mulheres.

    O long;n9uo descendente chega 9uando suas es4osas e

    8ilhos le/am o alimento aos 9ue trabalham nas terras do sul.

    O ins4etor dos cam4os tamb

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    Os dois sistemas de sociedade humana

    Sm dia 8oi Con8Fcio /er a cerim>nia de tsa %uma 8esta

    4o4ular de in/erno" 8im de ano" durante a 9ual o 4o/o

    sacri8ica/a em o8erenda a t>das as criaturas animadas e

    inanimadas" e 9ue termina/a em dana(. Vinda a

    celebra7o" Con8Fcio 4>sse a andar. Dete/ese num abrigo

    4ara /ia!antes" !unto ao 4ort7o da cidade %/oltado 4ara o

    subFrbio( e sus4irou. ,us4irou em /ista das condies

    sociais de seu 4a;s" u. en en %#seu( esta/a com ?le e

    4erguntouK PMor 9ue sus4iraisRP E Con8Fcio res4ondeuK

    PAh" eu sus4ira/a 4ela Idade de Ouro" lamentando n7o ter

    4odido nascer ent7o 4ara !untarme aos sbios go/ernantes

    e ministros. das #r?s Dinastias. Como eu teria gostado de

    /i/er na9uela

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    necessidade de cada 9ual 8echar a sua 4orta %ao cair da

    noite(. Assim era o 4er;odo do tatung" ou a Trande

    Comunidade.

    PAgora" 4or

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    P#em a li" 4ois" t>da essa im4ortLnciaRP tornou a

    4erguntar #seu. E Con8Fcio res4ondeuK

    ]i < o 4rinc;4io segundo o 9ual os antigos reis deram

    8orma Gs leis do C

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    descendentes dos go/ernantes ,hang(" mas /eri8i9uei 9ue

    a; tam4ouco resta/am bastantes /est;gios: consegui" n7o

    obstante" uma c14ia do @unchien %/ers7o do i/ro das

    $utaes(. Com au-;lio d?sses dois li/ros" o 0siashih e o

    @unchien 4rocurei estudar os costumes antigos.

    No com?o" li %ci/ili6a7o( surgiu com a comida e bebida. O

    4o/o assa/a milho e carne de 4orco" cortados G m7o" em

    lascas de 4edra a9uecidas. Ca/a/am buracos no ch7o" G

    maneira de /asilhames" e bebiam diretamente nas conchas

    das m7os. $odela/am em barro seus tambores e as

    ba9uetas" materiais ?sses 9ue 4arece teremse 4ro/ado Galtura de seus cultos aos es4;ritos. Yuando morria algu

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    em es4etos" e 8abricaram o /inho e o /inagre. Comearam

    tamb

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    mortos 4roclama/a a gratid7o e lealdade dos /i/entes" e a

    res4osta dos mortos sugeria a sua cont;nua a8ei7o aos

    /i/os. #al era o grandioso e abenoado sentido da li.P

    Con8FcioK POra" eu estudei as 4rticas da Dinastia Chou

    %sob a 9ual /i/ia Con8Fcio( " mas %os maus im4eradores( u

    e i destru;ramnas com4letamente. Mara onde me hei de

    /oltar" sen7o 4ara o 4a;s de uRP 2trecho omitido3

    i constitui" 4ois" 4ara um soberano" a grande arma ou

    instrumento de 4oder" com 9ue con!urar os maus hbitos e

    os comeos de desordem" reali6ar sacri8;cios e o8erendas

    aos es4;ritos" estabelecer os 9uadros da /ida social"distinguir os 4rocedimentos do amor e do de/er. Q o meto

    4elo 9ual um 4a;s se go/erna e se mant

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    bem clara do 9ue se!a bom ou mau 4ara a humanidade. Eis

    o 9ue o ca4acita. Em 9ue consiste a nature6a humana2iii3R

    ,7o sete 8at>resK alegria" c1lera" triste6a" m?do" amor" 1dio"

    e dese!o" sendo 9ue nenhuma destas coisas 4recisa ser

    a4rendida %s7o sentimentos naturais(. Yuais s7o os de/eres

    dos homensR Bondade no 4ai" 4iedade no 8ilho" gentile6a no

    irm7o mais /elho" humildade e res4eito no irm7o mais

    m>o" boa conduta no marido" 8idelidade na es4>sa"

    bene/ol?ncia nos mais /elhos e obedi?ncia nos mais !o/ens"

    benignidade no soberano e lealdade nos ministros tais s7o

    os de/eres humanos. O 9ue < bom 4ara a humanidade

    re4resenta a 4a6 e a con8iana geral" e o 9ue < mau 4ara ahumanidade re4resenta a caa ao lucro" o roubo e o crime.

    Mortanto" como 4oderia o ,bio o go/ernante ideal abrir

    m7o da li em seus es8oros no sentido de culti/ar os sete

    sentimentos e os de6 de/eres humanos" e 4romo/er a

    con8iana mFtua e a 4a6 e a ci/ilidade e a4lacar a sanha do

    lucro e o rouboR

    Comida" bebida e se-o s7o os grandes dese!os da es4

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    O culto ao Crte" tr?s ,u4eriores no

    coldas as

    coisas.

    Yuando se obser/a a li no culto ao Cle do Crdo com as estaes do ano e os /rios

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    o8;cios. No ser humano" a li surge como 4rinc;4io /ital e

    mani8estase no trabalho" no com

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    direito" obser/ando o caminho ade9uado e culti/ando a

    /erdadeira humanidade" tornarse7o hbeis

    administradores. A /erdadeira humanidade constitui a base

    da conduta a4ro4riada e encarna a ade9ua7o aos 4adres

    do direito. A9u?les 9ue atingiram G /erdadeira humanidade

    tornamse l;deres da es4

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    I@I" Ca4. '[

    0suehchi X ,obre a Educa7o

    A necessidade da educa7o

    A /ontade de agir corretamente e a 4rocura do 9ue < bom

    dariam a uma 4essoa certa re4uta7o" mas n7o as

    tornariam ca4a6 de in8luir sobre as massas. A ades7o a

    homens hbeis e sbios e a acolhida aos 9ue chegam de

    4a;ses long;n9uos" 8ariam uma 4essoa ca4a6 de in8luir s>bre

    as massas mas n7o a habilitariam a ci/ili6ar o 4o/o. Mara ohomem su4erior" a Fnica maneira de ci/ili6ar o 4o/o e

    instituir bons costumes sociais < 4ela educa7o. Mor isso os

    antigos soberanos considera/am a educa7o como o

    elemento mais im4ortante" em seus es8oros 4or im4lantar

    a ordem no 4a;s. #al < o sentido da9uela 4assagem do

    Conselho a Mu ueh %do 5ei @aotsung" da Dinastia 0sia:

    ho!e constitui um ca4;tulo do ,huing( 9ue di6K PMensai

    sem4re na educa7o.P Assim como uma 4essoa n7o 4odesaber o g>sto de um alimento sem o ter 4ro/ado" 4or

    melhor 9ue se!a" tam4ouco se 4oder" sem a educa7o"

    chegar a conhecer as e-cel?ncias de um /asto acer/o de

    conhecimentos" mesmo 9ue ?les a; este!am.

    ,1 4or meio da educa7o" 4ois" tornarse algumoda insu8ici?ncia

    dos 4r14rios conhecimentos. Insatis8eita com o 9ue sabe" a

    4essoa ent7o 4ercebe 9ue < seu o mal" e dandose conta da

    inc>moda insu8ici?ncia de seus conhecimentos sentirse

    im4elida a a4rimorarse. Mor isto se di6 9ue Pos 4rocessos

    de ensinar e a4render estimulamse um ao outroP. #al < o

    sentido da9uela 4assagem do Conselho a Mu ueh 9ue di6K

    PEnsinar < metade do a4render.P

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    O antigo sistema educacional

    O antigo sistema educacional era o seguinteK ha/ia uma

    escola 4rimria em cada 4o/oado de )H 8am;lias" uma escola

    secundria em cada cidade de H&& 8am;lias" uma academia

    em cada territ1rio de ).H&& 8am;lias. e uma uni/ersidade na

    ca4ital de cada Estado %4ara a educa7o dos 4r;nci4es e os

    8ilhos da nobre6a e os melhores alunos das escolas menos

    graduadas(. #odo alto admitiamse no/os estudantes" 9ue

    no ano seguinte 4resta/am e-ames2/iii3. No 8inal do

    4rimeiro ano" 4rocediase a uma tentati/a de /eri8icar atres asseguram o ?-ito da educa7o.

    Mor outro lado" coibir os maus hbitos uma /e6 arraigados

    4areceria algo ad/erso Gs inclinaes de cada um e tentar

    corrigilos ! n7o daria resultado. Instruir os alunos de4ois

    de ultra4assada a idade escolar tornaria o a4rendi6ado di8;cil

    e 8Ftil. Dei-ar de ministrar os ensinamentos na de/ida

    ordem 4oria os alunos em con8us7o 9uanto G matres" seis ao todo" s7o os 9ue 4odem arruinar a educa7o

    colegial.

    Conhecendo os 8at>res de ?-ito e os do 8racasso da

    educa7o" o homem su4erior est 4ois 9uali8icado 4ara ser

    4ro8essor.

    Ao ensinar" o homem su4erior orienta seus disc;4ulos sem

    arrastlos: con/idaos a a/anar mas n7o os coage: abre

    lhes os caminhos mas n7o os 8ora a caminhar. Orientando

    sem arrastar" torna o a4rendi6ado agrad/el: con/idando

    sem coagir" torna o a4rendi6ado 8cil: abrindo o caminho

    sem 8orar G caminhada" 8a6 com 9ue os alunos 4ensem 4or

    si mesmos. Ora" um homem 9ue torna agrad/el e 8cil o

    a4rendi6ado e 8a6 com 9ue os estudantes 4ensem 4or si

    mesmos ser o 9ue se 4ode chamar um bom 4ro8essor.

    0 na educa7o 9uatro incon/enientes muito comuns"

    contra os 9uais de/e 4reca/erse o 4ro8essor. Certos

    estudantes 4rocuram a4render demais ou demasiados

    assuntos" outros a4rendem 4ouco ou 4oucos assuntos"

    alguns a4rendem com demasiada 8acilidade" outros

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    8acilmente 4erdem o Lnimo. Essas coisas demonstram 9ue

    os indi/;duos di8erem 9uanto aos dotes mentais" e s1

    mediante o conhecimento d?sses dotes o 4ro8essor 4oder

    corrigir as res4ecti/as 8alhasK o 4ro8essor n7o < sen7o um

    homem 9ue 8a6 4or incrementar o 9ue h de bom e

    remediar o 9ue h de mau em seus 4u4ilos.

    Sm bom cantor le/a os circunstantes a seguirem lhe o

    canto" um bom educador le/a os circunstantes a seguirem

    lhe o idealK sua 4ala/ra < concisa mas e-4ressi/a" ocasional

    mas rica de sentido" e ?le tem ainda a habilidade de esboar

    engenhosos e-em4los 9ue o 8aam melhor com4reendido4elos demais. Assim" 4odese di6er um bom homem a9u?le

    9ue 8a6 com 9ue outros lhe sigam o ideal.

    O homem su4erior sabe o 9ue < di8;cil e o 9ue < 8cil" o 9ue

    < e-celente e o 9ue < de4lor/el" entre as coisas 9ue se

    de/em a4render e 4or isso < hbil em 8ornecer e-em4los.

    ,endo hbil no e-em4li8icar" sabe 4ortanto ensinar.

    ,abendo ensinar" saber ser 4ai. ,abendo ser 4ai" sabergo/ernar os homens. D?sse modo" o magistres.

    #al < o sentido da9uele trecho dos Documentos Antigos 9ue

    di6K POs #r?s 5eis e as Yuatro Dinastias %0sia" ,hang e

    Chou( da/am a maior im4ortLncia G escolha dos

    4ro8ess>res.P

    Ainda no setor da educa7o" o mais di8;cil < criar o res4eito

    ao 4ro8essor. Yuando se res4eita o 4ro8essor res4eitamse

    os seus ensinamentos" e 9uando se lhe res4eitam os

    ensinamentos res4eitamse a instru7o e cultura. Mor isso

    h duas es4

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    /oltada 4ara o norte mesmo ao receber um

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    carruagemK a 4artir dessas tr?s noes o gentilhomem r

    se em ritmo sem o tambor. A gua n7o 4ossui nenhuma das

    cinco cores" e toda/ia %na 4intura( as cinco c>res n7o

    4oderiam brilhar sem a gua. O conhecimento em si n7o se

    subordina a nenhum dos cinco sentidos" e no entanto os

    cinco sentidos nunca ser7o bem desen/ol/idos se 8altar oconhecimento. a 4ro8essor n7o se 8ilia Gs cinco categorias da

    hierar9uia do cl7" e entretanto n7o se uniriam 4elo amor as

    cinco categorias hierr9uicas do cl7 sem o 4ro8essor.

    O gentilhomem di6K ]Sma 4ersonalidade 8orte n7o se

    ada4ta %necessariamente( a determinada 4ro8iss7o. Sm

    grande carter n7o 9uali8ica %necessariamente( algu

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    ,hangti %e-4ress7o usada ho!e em dia 4elos crist7os

    chineses(" e outro ao PCmenos d?ste mundo

    redu6emse G a7o ou intera7o dos dois 4rinc;4ios in e

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    ang 9ue 4or sua /e6 deri/am da Snidade Mrimeira.

    2/i3 i neste 4onto a4arece como 4rinc;4io religioso"

    marcadamente" e. isso e-4lica a ?n8ase demasiada 9ue se

    d Gs cerim>nias 8unerais no es9uema con8uciano. ,7o

    e-austi/as as descries de cerim>nias 8Fnebres contidas no

    ii.

    2/ii3 A 4ala/ra chinesa < i. 9ue no caso 4arece re8erirse

    aos de6 de/eres estabelecidos 4ara as relaes humanas:

    tratase" 4ortanto" de uma conceitua7o ob!eti/a do

    4rinci4io geral da li. i e i muitas /?6es 8ormam uma 8rase"di8;cil de tradu6ir" mas a4resentada acima como Pos de/eres

    da li. A inter4reta7o o8icial chinesa de i < a de 9ue

    signi8ica Po 9ue < direitoP ou correto" con/eniente. =en

    inter4retase como P/erdadeira humanidadeP" con8igurando

    o ideal con8uciano do homem de /erdade" ou se!a o homem

    com4leto" 4er8eito.

    2/iii3 ]Cada outro anoP seria a tradu7o literal. A e-4ress7ochung nien" toda/ia" 4ode signi8icar Pno meio do anoP" ou

    ainda Pno ano intermedirioP % ou em anos alternados( .

    ,egundo o Chouli" 4or

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    2-3 A terceira 4arte do atual i/ro dos Cantares" en8ei-ando

    as canes clssicas de Chou. As tr?s 4rimeiras 4eas" a9ui

    re8eridas" seriam tal/e6 as usadas nos !antares o8erecidos

    4elo im4erador aos seus ministros.

    2-i3 N7o coincidem os dados relati/os a ?sse Trande

    ,acri8;cio: alguns o tomam 4elo sacri8;cio anual de /er7o"

    outros" com certa cerim>nia reali6ada de cinco em cinco

    anos.

    2-ii3 0 numerosas re8er?ncias aos Documentos Antigos" ao

    longo dos li/ros con8ucianos e outros escritos da DinastiaChou. Q d?sses documentos antigos 9ue se e-trai o atual

    ii. Mor outro lado" a cole7o Me9uena #ai" Gs /?6es

    mencionada ho!e como ii e 9ue consiste em +\ ca4;tulos

    ou li/ros. di8ere da cole7o Trande #ai" 9ue abrange [H

    ca4;tulos" sendo a4enas dois comuns a ambas. Certo autor

    re8ere 9ue a Trande #ai seria uma reco4ila7o da cole7o

    4rimiti/a" constante de )&+ ca4;tulos ou li/ros" redu6indoos

    a [H. Os documentos antigos eram" 4ois" uma heterog?neacole7o de escritos" 8ossem os anteriores a Con8Fcio" 8ossem

    os 9ue seus disc;4ulos escre/eram" 4assando das m7os dos

    4rece4tores Gs dos 9ue se inicia/am na escola con8uciana.

    0 inFmeras re8er?ncias a trechos" d?sses PdocumentosP"

    9ue n7o se encontram na atual /ers7o do ii

    2-iii3 O i/ro dos Cantares est cheio de nomes de insetos"

    4ei-es" 4ssaros" animais" 8lores e r/ores. Certos

    comentrios do i/ro dos Cantares s7o /erdadeiros estudos

    de 6oologia e botLnica.

    $iji, Extratos do $i%ro dos &ituais )*-

    I@I" Ca4. '\

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    ochi X Da $Fsica

    '. Origem e 8un7o da $Fsica

    A $Fsica brota do cora7o humano 9uando ele < tocado 4elo

    mundo e-terior. ,ob o im4acto do mundo e-terior" o

    cora7o emocionase e ent7o se e-4ressa 4or sons. #ais

    sons ecoam ou combinamse a outros" a8inal 4rodu6indo

    uma ri9u;ssima /ariedade e 9uando os /rios sons se

    tornam regulares" temse o ritmo. A distribui7o dos sons

    4ara di/ers7o nossa" em combina7o com a dana militar

    %com achas e escudos( e a dana ci/il %com longas 4lumas ecaudas de ra4osas(" denominase mFsica.

    $Fsica < a 8orma segundo a 9ual se 4rodu6em os sons" 9ue

    brotam do cora7o humano 9uando tocado 4elo mundo

    e-terior. Assim" 9uando n?le < tocada a 8ibra da triste6a"

    s7o amargos e tristes os sons 4rodu6idos: 9uando < tocada

    a 8ibra da satis8a7o" s7o langorosos e lentos os sons

    4rodu6idos: 9uando < tocada a 8ibra da alegria" s7obrilhantes e e-4ansi/os os sons 4rodu6idos: 9uando nias da 8esta

    real" com /inho escuro e 4ei-e cru e caldo insulso" sentimos

    certa conten7o no uso do tem4?ro. Os antigos reis"

    4ortanto" n7o institu;ram os rituais e a mFsica a4enas 4ara

    o 8im de satis8a6er aos nossos sentidos %Pb>ca. est>mago"

    ou/ido e >lhoP( e sim 4ara incutir no 4o/o o bom g>sto e o

    a4?go G normalidade.

    A nature6a do homem < geralmente tran9Uila" mas 4rinci4ia

    a ter dese!os 9uando a8etada 4elo mundo e-terior. Com o

    dom de 4ensar a mente tornase consciente do im4acto do

    mundo material" gerando em n1s sim4atias e anti4atias.

    Yuando as sim4atias e anti4atias n7o s7o de/idamente

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    controladas e a consci?ncia se dei-a sedu6ir 4elo mundo

    material" 4erdemos o nosso eu aut?ntico e anulase em n1s

    a ra67o da Nature6a. Yuando o homem se e-4e

    constantemente Gs coisas do mundo material 9ue o a8etam"

    e n7o controla suas sim4atias e anti4atias" em4olgao a

    realidade material e ?le se torna materialista ou desumano:

    9uando um homem se torna materialista ou desumano"

    anulase o 4rinc;4io de ra67o da Nature6a e a criatura cede

    aos a4etites da; a rebeldia" a desobedi?ncia" a es4erte6a e

    a ta4ea7o" a imoralidade geral. Dse ent7o o es4etculo

    dos 4oderosos a a/iltar os 8racos" a maioria a 4erseguir a

    minoria" os es4ertos a enganar os de boa8nia do

    casamento" a Pin/estiduraP dos ra4a6es com o Pbon

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    tornamse amigas. 4ela distin7o a4rendem a res4eitarse.

    ,e 4redomina a mFsica" a estrutura social tende a tornarse

    amor8a: se o ritual 4redomina" a /ida social tende a tornar

    se demasiado 8ria.

    A mFsica e aos rituais cabe manter em e9uil;brio os

    sentimentos e a conduta do 4o/o. A institui7o dos rituais

    4ro4icia uma no7o bem clara de ordem e disci4lina"

    en9uanto a di/ulga7o da mFsica e dos cantares suscita

    uma atmos8era 4o4ular de 4a6. Yuando o bom gosto a8asta

    se do mau gosto" t?mse meios de distinguir a gente boa da

    gente m: e 9uando a /iol?ncia < 4re/ista nas leis 4enais eos bons cidad7os s7o colhidos 4ara o ser/io 4Fblico. ent7o

    o go/?rno tornase ordeiro e est/el. Com a doutrina do

    amor 4ara ministrar a8eto" e a doutrina do de/er 4ara

    ministrar retid7o" o 4o/o a4render a /i/er moralmente.

    A mFsica /em do ;ntimo" ao 4asso 9ue os rituais /?m de

    8ora. Mor /ir do ;ntimo" a mFsica < es4ontLnea e calma. Mor

    /irem de 8ora" os rituais caracteri6amse 4elo seu8ormalismo. A mFsica /erdadeiramente sublime < sem4re

    sim4les nos seus mo/imentos" e os rituais /erdadeiramente

    sublimes s7o sem4re singelos na sua 8orma. Yuando

    4re/alece a boa mFsica n7o h sentimento de in9uieta7o" e

    9uando 4re/alece o ritual ade9uado n7o h ri-as nem lutas.

    Ao di6erse 9ue 4ela sim4les maneira de cur/arse em

    sauda7o 4ode o rei go/ernar o mundo" /ai nisso uma

    re8er?ncia ao 4oder da mFsica e dos rituais. Yuando os

    elementos de /iol?ncia de um 4a;s s7o mantidos 9uietos" os

    /rios go/ernantes /?m renderlhe homenagens"

    ensarilhamse as armas de guerra" as cinco leis 4enais n7o

    s7o 4ostas em uso" o 4o/o n7o tem receios e o im4erador

    n7o tem ira ent7o < 9ue 4re/aleceu a mFsica: 9uando 4ais

    e 8ilhos t?m a8ei7o rec;4roca" os mais !o/ens res4eitam os

    mais /elhos e tal res4eito estendese a todos os cidad7os" e

    o 4r14rio im4erador /i/e uma /ida e-em4lar" 4odese ent7o

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    di6er 9ue a li 4re/aleceu.

    A grande mFsica com4artilha dos 4rinc;4ios harmoni6adores

    do uni/erso" e o grande ritual com4artilha dos 4rinc;4ios

    di8erenciadores do uni/erso. Atra/das as coisas e a ordem 4e cada coisa em

    seu lugar. A mFsica 4ro/

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    Yuando a lei rege a7o e rea7o" temos em resultado as

    relaes entre grandes e 4e9uenos. E 9uando os mir;ades

    de coisas classi8icamse e gru4amse con8orme sua

    nature6a. reconhecemos o 4rinc;4io da di/ersi8ica7o no

    mundo. Assim se 8ormam de estrda a /ida entre

    o C

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    reaes diante do mundo material. Mortanto" 9uando

    4redomina um ti4o de mFsica sombria e de4ressi/a" sabese

    9ue o 4o/o < triste e desgraado: 9uando 4redomina um

    ti4o de mFsica langorosa" 8cil" com rias 4rolongadas"

    sabese 9ue o 4o/o < 8eli6 e 4ac;8ico: 9uando 4redomina um

    ti4o de mFsica 8orte e /igorosa" comeando e acabando com

    e-uberLncia de sons" sabese 9ue o 4o/o < /oluntarioso e

    8orte: 9uando 4redomina um ti4o de mFsica 4ura" 4iedosa e

    magni8icente" sabese 9ue o 4o/o < a8etuoso e cordial:

    9uando 4redomina um ti4o de mFsica lasci/a" e-citante e

    lFbrica" sabese 9ue o 4o/o < imoral.

    Yuando a gleba < 4obre os s?res n7o crescem" e 9uando a

    4esca n7o < controlada con8orme as estaes do ano os

    4ei-es n7o chegam a desen/ol/erse: 9uando o clima se

    estraga" degeneram as 4lantas e os animais" e 9uando o

    mundo < ca1tico a mFsica e os rituais tornamse licenciosos"

    e ent7o encontrase um ti4o de mFsica lamentosa sem

    conten7o e alegre sem tran9Uilidade.

    Mor isso o homem su4erior 4rocura instaurar a harmonia no

    cora7o humano atra/

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    gostos e hbitos dos antigosK eis a 4rinci4al caracter;stica da

    mFsica no/a. A8inal" /indes argUirme a res4eito de mFsica"

    mas o 9ue realmente /os interessa n7o 4assa de ru;dos.

    5u;do e mFsica t?m algo em comum" sem dF/ida" mas s7o

    coisas inteiramente di/ersas.P

    PYue 9uereis di6erRP insistiu o Bar7o en.

    #sehsia 4rosseguiuK

    PNos /elhos tem4os as 8>ras da nature6a esta/am em

    harmonia e o clima /aria/a de ac>rdo com as 9uatroestaes: os cidad7os demonstra/am bom carter e as

    colheitas eram .abundantes: n7o se /eri8ica/am e4idemias"

    n7o se /iam monstros nem maus augFrios. Era o tem4o em

    9ue tudo ia bem. ,urgiram ent7o os ,bios %ou sacerdotes(

    estabeleceram a disci4lina social 4ara as relaes entre os

    4ais e os 8ilhos" entre os reis e seus ministros. Com a

    instaura7o da disci4lina social a /ida entrou em ordem" e

    com a /ida em ordem os ,bios estabeleceram os dia4asescorretos 4ara os seis tubos da gaita2-/i3 e as cinco cla/es

    musicais. O 4o/o comeou ent7o a cantar solos e coros com

    acom4anhamento de hsuan %instrumento de cordas( e essa

    8icou sendo a mFsica sagrada %literalmenteK Psons

    /irtuososP(" e sagrada era t>da a mFsica. $as o 9ue

    realmente /os interessa n7o < mais do 9ue uma mi-1rdia de

    sons lFbricos.P

    PMosso 4erguntar de onde 4ro/?m os sons lFbricosRP

    tornou o bar7o.

    PA mFsica de Cheng < lFbrica e corrom4e" a mFsica de

    ,ung < mole e torna o homem a8eminado" a mFsica de ei

    < mon1tona e aborrece" e a mFsica de Chi < s4era e torna

    o homem insolente. Estes 9uatro ti4os de mFsica s7o

    sensuais e minam o carter do 4o/o" 4or isso n7o se de/em

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    usar 4or ocasi7o dos sacri8;cios religiosos. Di6 o i/ro dos

    Cantares POs sons harmoniosos s7o shu e ung. e meus

    ante4assados os escuta/am.P ,hu 9uer di6er P4ioP e ung

    9uer di6er P4aci8icoP. ,e tendes 4iedade e 4a6 como traos

    de carter" 4odereis 8a6er de uma na7o o 9ue 9uiserdes.P

    #sehsia continuou a 8alarK

    P#udo o 9ue um rei tem a 8a6er < /er bem as coisas de

    9ue gosta ou n7o gosta. O 9ue agradar ao rei" o 4o/o o

    8ar: no 9ue 8i6er o rei" o 4o/o o imitar. #al < o sentido

    da9uela 4assagem do i/ro dos Cantares" 9ue di6 PQ muito8cil guiar o 4o/o.P

    Assim 4ensando" os ,bios %ou sacerdotes( 8i6eram os

    instrumentos de mFsicaK o ao %tamborim com duas bolotas

    sus4ensas a um e outro lado da ba9ueta" bolotas essas 9ue

    o 4ercutiam 9uando se 8a6ia rolar a ba9u?ta entre as

    4almas das m7os(" o surdo" o ung e o chia %tambores

    9uadrados" de madeira" com os tam4os abertos no centro("o hsuan e o chih %/ariedades de instrumentos de so4ro"

    sendo o hsuan uma es4

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    O som do sino < claro e ressonante: sua claridade e

    ressonLncia 8a6emno es4ecialmente indicado 4ara marcar

    os sinais" sinais ?sses 9ue d7o uma im4ress7o de

    ma!estade. e essa im4ress7o de ma!estade ins4ira um

    sentimento de 4oderio militar. Mor isto" 9uando o soberano

    escuta o sino. 4ensa em suas 4atentes militares. O som da

    4edra musical < agudo e n;tido: sua agude6a e nitide6

    tendem a incrementar o senso de decis7o" e o senso de

    decis7o torna mais 8cil 4ara os generais a morte em

    combate. Mor isto" 9uando o soberano escuta a 4edra

    musical" 4ensa em seus sFditos militares mortos nas 8rentesde batalha. O som das cordas < 9uei-oso e o seu 9uei-ume

    clareia a alma" e a clare6a de es4;rito indu6 ao senso de

    retid7o. Mor isto" 9uando o soberano escuta o som de

    instrumentos de corda" o chin e o seh %ambos hori6ontais"

    de cordas esticadas s>bre uma cai-a hori6ontal(" 4ensa ?le

    em seus ministros corretos. O som do bambu %semelhante

    ao dos instrumentos de s>4ro de madeira" no Ocidente( s("

    at< estar seguro da solidariedade dos demais go/ernosP

    res4ondeu Minmou Chia"

    ]E 9ual o sentido disso 9ue os danarinos cantam e

    sus4iram" en9uanto seus mo/imentos /7o gradualmente

    ganhando intensidadeRP

    PQ 9ue o Im4erador u te/e de sus4irar 4ela solidariedade

    dos outros che8es.P

    ]E 9ue sentido tem o bailado e o sa4ateado 9ue iniciam a

    danaRP

    PAssinalam o com?o da cam4anha"P

    ]E 4or 9ue < 9ue os danarinos 4rinci4iam ent7o a

    agacharse" a 4>rse de c1coras" com o !oelho es9uerdo

    erguidoRP

    PEles n7o de/iam mesmo agacharse durante a Dana de

    u.P

    ]E 4or 9ue < 9ue se 8a6 ou/ir a melodia caracter;stica dos

    ,hangs %o inimigo(RP

    PEssa melodia tamb

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    POs mestres de mFsica es9ueceram sua signi8ica7o

    4rimiti/a...,e n7o se tratasse de uma inter4ola7o %se 8>sse

    realmente mFsica de u(" o Im4erador u teria sido um rei

    cruel.2-/iii3

    POu/i de Chang 0ung %o8icial da cidade de Chou( uma

    e-4lica7o em tudo semelhante G 9ue me acabais de darP

    8alou Con8Fcio.

    Minmou Chia ergueuse do seu assento e disseK P#odos n1s

    com4reendemos o sentido dessa longa es4era 4reliminar:

    mas 4ergunto eu: 4or 9ue a demora e lentid7o dosdanarinos ao comearem" e 4or 9ue dura tanto issoR

    Con8FcioK P,entai/os" e eu /os direi. Esta mFsica < uma

    inter4reta7o simb1lica dos acontecimentos hist1ricos. Isso

    de os danarinos 8icarem em longas 8ileiras" com seus

    escudos" como s1lida muralha %literalmenteK Pcomo uma

    montanha( simboli6a a ati/idade do Im4erador u. Os

    danarinos ao comearem a bater com os 4bre

    as regies meridionais %tomando G segunda 4osi7o(. No

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    9uinto mo/imento se4aramse os danarinos re4resentando

    os da es9uerda a atua7o do Du9ue Chou" os da direita a

    atua7o do Du9ue ,hao %/oltando G terceira 4osi7o(. No

    se-to mo/imento os danarinos retomam as 4osies

    iniciais" simboli6ando assim a homenagem de t>da a na7o

    ao seu no/o Im4erador.2-i-3 O a/ano dos danarinos em

    linha" com os tocadores de cai-a de madeira ao lado d?les"

    e sua eclos7o na dana das lanas em 9uatro direes %ou

    Pre4etindo 9uatro /?6es a dana das lanasP" segundo outra

    inter4reta7o(" re4resentam a e-4ans7o do 4oderio militar

    do Im4erador u s>bre a China. O a/ano em duas colunas

    4aralelas" com os tocadores de cai-as de madeira ao lado"e-4rime a /it1ria 8acilmente obtida. ,ua longa es4era" em

    8orma7o" simboli6a a es4era 4ela chegada dos e-

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    armaduras manchadas de sangue e n7o as re4>s em uso: os

    escudos e as lanas le/aramse com as 4ontas 4ara trs"

    sendo tudo enrolado em couros de tigre" e os generais

    8oram 8eitos administradores de cidades. A isto se deu o

    nome de desarmamento %literalmenteK P8echar ali!a/as(" e

    a todo o mundo se 8?6 saber 9ue o Im4erador u n7o

    /oltaria a em4regar as armas de guerra. O e-

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    mFsica e os rituais 4re/aleceram no 4a;s inteiro. N7o se

    com4reende melhor" agora" 4or 9ue < 9ue no 4rinc;4io da

    Dana de u os danarinos 8icam 4or tanto tem4o em linha"

    es4erando %o tem4o simb1lico at< os demais go/ernantes

    seguirem( o Im4erador uRP

    I@I" Ca4. )W

    Ching Chieh X Educa7o atra/

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    mas n7o e-tra/agante em seus hbitos 4essoais" decerto

    ser 4ro8undo no estudo da mFsica: se um homem < 9uieto

    e 4ensati/o" com agudo 4oder de obser/a7o" mas n7o

    desnaturado" decerto ser 4ro8undo no estudo da 8iloso8ia:

    se um homem < humilde e res4eitoso e s1brio em seus

    hbitos" mas n7o a8etado nos rituais" decerto ser 4ro8undo

    no estudo da li: e se um homem < culto na maneira de 8alar"

    gil nas 8iguras e na linguagem" mas n7o contaminado 4ela

    con8us7o moral dominante" decerto ser 4ro8undo no estudo

    do i/ro das 4rima/eras e Outonos.2--iii3

    O im4erador ombreia" em sua 4osi7o" com o Cda a na7o.P

    Yuando conta com a /ontade de obedecerem Gs suas

    ordens" ?le consegue o 9ue se chama ]harmoniaP no 4a;s.

    Yuando o go/ernante e os go/ernados s7o cordiais e bons

    uns 4ara os outros" ?le consegue o 9ue se chama Pclima de

    cordialidadeP. Yuando os cidad7os t?m meios de alcanar o

    9ue dese!am" sem necessidade de 4edir" ?le consegue o 9ue

    se chama Pcon8ianaP do 4o/o. E 9uando remo/e as causas

    de in8elicidade de sua gente" ?le consegue o 9ue se chama

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    P/ida decenteP 4ara a na7o" A PharmoniaP geral e o Pclima

    de cordialidadeP s7o os meios 4elos 9uais os 9ue go/ernam

    4ela 8>ra %4a( e os 9ue go/ernam 4ela /irtude %ang(

    go/ernam seus 4a;ses: com a inten7o determinada" mas

    sem ?sses meios de go/ernar" !amais 4oder7o reali6ar seus

    4ro41sitos.

    i" o 4rinc;4io da ordem social" < 4ara uma na7o o 9ue as

    escalas s7o 4ara a medi7o" o 9ue a r

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    4or 8im 4atentear a gratid7o das crianas e dos ser/os. O

    cerimonial da 8esta do /inho tem 4or 8im delinear a

    disci4lina e a ordem entre os mais /elhos e os mais moos.

    As cerim>nias de casamento t?m 4or 8im realar a distin7o

    entre os se-os.

    i. ou o 4rinc;4io da ordem social" 4re/ine o ad/ento do caos

    moral e social" como um di9ue 4re/ine a inunda7o. Assim

    como 9uem 4ensa 9ue 4ode destruir uma re4r?sa" 4or

    !ulgala inFtil" certamente h de e-4orse aos danos de uma

    enchente assim o 4o/o 9ue des4re6ar o antigo 4rinc;4io da.

    ordem social" 4or consideralo inFtil" certamente 8icare-4osto a uma catstro8e. Da; 9ue" se as cerim>nias do

    casamento n7o s7o obser/adas ou tomadas a s

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    acarreta um des/io de mil milhas.P

    I@I" Ca4. )

    Aiungen X Entre/ista com o Du9ue Ai

    O Du9ue Ai 4erguntouK PYue grande coisa < essa liR Mor

    9ue 8alais dela como se 8>sse algo muito im4ortanteRP

    Con8Fcio res4ondeuK PJosso humilde ser/o realmenteainda n7o te/e o mdas

    as coisas das 9uais /i/e um 4o/o" li < a maior. ,em li" n7o

    sabemos como 4raticar de/idamente o culto aos es4;ritos do

    Sni/erso: ou como estabelecer de/idamente as relaesentre o rei e seus ministros" o go/ernante e os go/ernados"

    os adultos e os !o/ens: ou como orientar as relaes morais

    entre os dois se-os" entre 4ais e 8ilhos" entre irm7os: ou

    como ordenar os /rios ti4os de relaes de 8am;lia. Eis 4or

    9ue um gentil homem tem a li em tamanho a4r?o" e

    4rocura ministrar os seus 4rinc;4ios ao 4o/o e 4or ela

    regular as 8ormas da /ida social. Yuando tais 8ormas est7o

    estabelecidas" ent7o ?le institui ins;gnias e tra!es

    cerimoniais distintos" como s;mbolos de autoridade" a 8im de

    4er4etuar as instituies. Yuando t>das as coisas est7o em

    ordem" ?le trata de 8i-ar os 4er;odos de enterramento e

    luto" cuida dos /asos 4ara os sacri8;cios e das o8erendas

    de/idas" e em bele6a os tem4los ancestrais. #odo ano

    reali6amse sacri8;cios" nas

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    satis8eita sim4licidade" sim4les no tra!ar e na habita7o"

    sem carruagens la/radas e sem /asilhame trabalhado"

    com4artilhando dos mesmos alimentos e das mesmas

    alegrias do 4o/o. Eis como os antigos 4r;nci4es /i/eram" de

    ac>rdo com a li.P

    O Du9ue AiK PMor 9ue n7o 8a6em o mesmo" os 4r;nci4es de

    ho!eRP

    Con8FcioK POs 4r;nci4es ho!e em dia t?m cobia de bens

    materiais. Entregamse aos 4ra6eres" negligenciam o de/er

    e d7ose ares orgulhosos: e-tor9uem ao 4o/o o mais 9ue4odem" in/adem o territ1rio dos bons go/ernantes contra a

    /ontade 4o4ular" e assim /7o em busca do 9ue ambicionam

    sem cogitar se < ou n7o direito. Esse < o 4rocedimento dos

    modernos 4r;nci4es" e a9u?le outro era o 4rocedimento dos

    antigos" dos 9uais acabei de 8alar. Os go/ernantes de ho!e

    n7o seguem a li.P

    Con8Fcio esta/a sentado em com4anhia do Du9ueK Ai. e odu9ue 4erguntouK PYual r as coisas em seus de/idos

    lugares2--i/3. Yuando o 4r14rio go/ernante 4rocede ]bemP"

    o 4o/o imitao naturalmente no bom 4rocedimento. O 4o/o

    a4enas segue o 9ue o go/ernante 8a6 4ois se o go/ernante

    n7o 8a6" como h de o 4o/o saber o 9ue e como 8a6erRP

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    O du9ueK PValai com maior minFcia" dessa arte do

    go/?rno.P

    Con8FcioK PO marido e a mulher de/em ter obrigaes

    di/ersas. Os 4ais e os 8ilhos de/em ter a8ei7o uns 4elos

    outros. O rei e seus /assalos de/em obser/ar uma disci4lina

    r;gida. Yuando estas tr?s coisas /7o bem" tudo ir bem.P

    O du9ueK PModeis esclarecerme um 4ouco mais 9uanto G

    maneira de reali6ar essas tr?s coisas" ine4to como souRP

    Con8FcioK POs go/ernantes antigos considera/am o amor

    ao 4o/o como 4rinci4al norma de go/?rno" e a li como

    4rinci4al norma segundo a 9ual reger o 4o/o 9ue ama/am.

    No culto G li a no7o de res4eito < a mais im4ortante" e

    como s;mbolo m-imo d?sse res4eito a cerim>nia do

    casamento do soberano < a mais im4ortante. A cerim>nia

    das nF4cias reais < o s;mbolo m-imo do res4eito" e" 4or

    ser o s;mbolo m-imo do res4eito" o 4r14rio rei /ai"ostentando a sua coroa" saudar a 4rincesa e acom4anhla

    em 4essoa desde a casa dela" t7o alto < o grau de

    4arentesco 9ue ?le atribui G noi/a. O rei /ai 4essoalmente

    4or9ue as relaes de 8am;lia s7o consideradas inteiramente

    4essoais. Negligenciar essas mani8estaes de res4eito sa" aos 8ilhos" e a

    si mesmo simboli6am as relaes humanas no seio do 4o/o.

    Dando mostras de res4eito a si mesmo" ensinase o 4o/o a

    res4eitarse: dando mostras de res4eito aos 8ilhos" ensina

    se o 4o/o a res4eitar seus 8ilhos: dando mostras de res4eito

    G es4>sa" ensinase o 4o/o a res4eitar suas es4>sas.

    Yuando um soberano reali6a essas tr?s coisas" seu e-em4lo

    h de ser imitado 4ela na7o inteira. #al < o 4rinc;4io do 5ei

    #ai %a/> do 5ei en(. Assim as relaes harmoniosas

    4re/alecer7o no 4a;s.

    O Du9ue AiK PMosso 4erguntar o 9ue signi8ica dar mostras de

    res4eito a si mesmoRP

    Con8FcioK PO soberano < citado 4elo 4o/o 9uando 8ala

    errado" e < imitado 4elo 4o/o 9uando 4rocede errado.

    Yuando o soberano 8ala e 4rocede sem errar" ent7o o 4o/o

    a4rende a res4eitlo sem 4recisar de leis nem

    regulamentos. Assim o soberano d mostras de res4eito a simesmo" e demonstrando res4eitar a si mesmo ?le glori8ica

    seus ante4assados.P

    O Du9ue AiK PMosso indagar o 9ue 9uereis di6er com

    glori8icar algu

  • 8/13/2019 Textos Clssicos da Antiga China Antigos Escritos e Clssicos Chineses. - Andr Bueno

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    seu ser aut?ntico: e sem reali6ar ou ca4tar seu ser

    aut?ntico" n7o 4ode im4lantar a 4a6 em sua terra: sem 4a6

    em sua. terra" n7o 4ode 8ruir a /ida em con8ormidade com a

    lei de Deus: sem ser em con8ormidade com a lei de Deus"

    n7o ter uma /ida 4lena.P

    O Du9ue AiK PMosso 4erguntar o 9ue 4ara /1s signi8ica Pter

    uma /ida 4lenaRP

    Con8FcioK P,eguir a ordem natural das coisas.P

    O Du9ue AiK PMosso indagar 4or 9ue < 9ue o genitlhomemd tanta im4ortLncia Gs leis di/inasRP2--/i3

    Con8FcioK PO gentilhomem d tanta im4ortLncia G lei de

    Deus 4or9ue ela < eterna. Estai habituado a /er o sol e a lua

    eternamente seguindo um ao outro" em suas 1rbitas" 4or

    e-em4lo < lei de Deus: a /ida n7o cessa nunca no

    Sni/erso e continua sem4re < lei de Deus: as coisas criam

    se ou acontecem sem nenhum es8>ro ou atrito < lei deDeus. Yuando as coisas se criam ou se re4rodu6em" o

    Sni/erso iluminase < lei de Deus.P

    O Du9ue AiK P,intome estF4ido e con8uso: 9uerer;eis

    tornar isto mais sim4les" mais claro" a 8im de 9ue eu o

    4ossa lembrarRP

    $udou a 8isionomia de Con8Fcio" 9ue se ergueu de onde

    esta/a sentado e 8alouK PSm grande homem a4enas

    obser/a a ordem natural das coisas. Sm bom 8ilho a4enas

    acata a lei natural das coisas. Mortanto" um grande homem

    sente 9ue est ser/indo a Deus en9uanto ser/e a seus 4ais"

    e sente 9ue est ser/indo a seus 4ais en9uanto ser/e a

    Deus. Assim" o bom 8ilho tem uma /ida 4lena.P

    O Du9ue AiK PDoume 4or e-tremamente 8eli6 de ter

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    ou/ido estas /ossas 4ala/ras" e rogo 9ue me 4erdoeis se eu

    n7o conseguir 4autar 4or elas a minha /ida. da9ui 4or

    diante.P

    Con8FcioK PO 4ra6er 8oi todo meu.P

    2-i/3 Em todo o sistema do 4ensamento con8uciano o

    simbolismo re4resenta im4ortant;ssimo 4a4el. Con8Fcio4arece 9ue tinha sem4re em mente a necessidade de

    e-em4los e s;mbolos 4ara o 4o/o" algo 9ue a mentalidade

    do homem comum conseguisse 8i-ar. Assim como a coroa nimo. Sm homem de 9uem se di6 9ue < chen < Po 9ue

    4rocura 8a6er o 9ue < bom" direito e corretoP" e um homem

    de 9uem se di6 9ue < sheh < a9u?le 9ue anda sem4re a

    ma9uinar meios escusos 4ara alcanar ob!eti/os du/idosos.

    2--/3 A e-4ress7o chuntse < di8;cil de tradu6ir" e ! di/ersos

    autores /erteramna como Po homem su4erior" Po homem4rinci4escoP" Po gentilhomemP" Po soberanoP e Po

    go/ernanteP. #em certamente dois sentidosK um < o do

    Pgentilhomem ideal ou Phomem su4eriorP" ou se!a o

    homem de cultura e de carter" 9ue se distingue do

    Phomem comumP ou Phomem in8eriorP: no segundo sentido

    < Po go/ernanteP ou Po soberanoP. Nos discursos

    con8ucianos os dois sentidos surgem muitas /?6es !untos e

    8undemse im4erce4ti/elmente" um no outro" de maneira

    9ue a mesma e-4ress7o designa com e8eito o go/ernante

    culto e bom e sbio" ideal de Con8Fcio" muito semelhante ao

    P8il1so8oreiP de Mlat7o. De modo geral" ha/ia uma classe

    dominante culta" em o4osi7o G massa /ulgar e anal8abeta"

    e Con8Fcio atribui a um signi8icado moral a essa distin7o

    entre o homem su4erior e o homem in8erior. O o4osto de

    chuntse < hsiao!en" ou se!a" tradu6indo literalmente" Po

    homem 4e9ueninoP e-4ress7o 9ue 4or sua /e6 ad9uire dois