meusul ed. 9 - fevereiro de 2010

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Ciclismo: a prática vai além do andar de bicicleta Saúde bucal: a dor que influencia no seu dia Como controlar a alimentação do seu filho na fase pré-escolar www.meusul.com.br Ano 2 | Nº 9 | fevereiro 2010 Distribuição gratuita - Venda proibida A MÃE DO BRASIL ZILDA ARNS UM EXEMPLO DE VIDA

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Zilda Arns: A mãe do Brasil

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MeuSULCiclismo: a prática vaialém do andar de bicicleta

Saúde bucal: a dor que influencia no seu dia

Como controlar a alimentação doseu filho na fase pré-escolar

www.meusul.com.br

Ano 2 | Nº 9 | fevereiro 2010

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A MÃE DO BRASILZILDA ARNS

UM EXEMPLO DE VIDA

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Ivo Machado CoanEditor-Chefe

(48) 3658.0091 | 3658.0092

Olá leitores! Na edição de fevereiro, mesmo com a passagem de diversos even-tos em nossas vidas, resolvemos abordar um tema específico, não só pela tristeza causada, mas também pela satisfação e honra de homenagear: Zilda Arns Neu-mann, uma senhora que decidiu há 27 anos trabalhar contra a mortalidade infan-til no mundo e dedicou os anos seguintes de sua vida à solidariedade. Ela faleceu aos 75 anos - fazendo o que mais sabia: lidar com as pessoas e disseminar entre os mais carentes esta mesma luta -, após o trágico terremoto que deixou cerca de outros 200 mil mortos no Haiti. Apesar da tristeza, dedicamos tempo de pesquisa em sites, revistas, artigos e, em nossas páginas, para contar mais sobre sua vida, pois esta ilus-tre pessoa que recebia a todos com um sorriso, deve servir como exemplo para as pessoas, principalmente as que cultivam a cultura do ter, ao invés de valorizar o ser. Opção de cada um.

Entrar na onda do turismo alternativo é uma proposta interessante. Assim deci-dimos abrir espaço para o turismo nas ci-dades próximas as serra – do Rio do Ras-tro e do Corvo Branco – e olha que uma rápida busca por sites é possível encontrar belezas inimagináveis e interessantes para um roteiro de férias.

Além destes, procuramos temas que chamam a atenção para o nosso cotidiano, como saúde bucal e a vida de meninas e meninos, que por opção, decidem ter pro-fissões de estrelas. Nesta questão também se destacam nossos colunistas que sempre trazem assuntos que por vezes são conhe-cidos, mas pouco praticados pelas pesso-as. Desejamos então uma boa leitura.

Edição anterior

Publicação: Ivo Coan Com. e MarketingCNPJ: 10.912.105/0001-70Endereço: Rua Osvaldo Westphal, 112Centro . Braço do Norte . SCContato: www.ivocoan.com.br

Alimentação na fase pré-escolar.

Nossa homenagem à Zilda Arns.

Relação de alguns, e bons, livros sobre o assunto.

EDITORIAL

NUTRIÇÃO

CAPA

MODA

FITNESS

SAÚDE

EDUCAÇÃO

INFORMATIVO

ARQUITETURA

CIDADE

ESPORTE

TURISMO

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EXPEDIENTE • Direção Ivo Machado Coan - [email protected] • Coordenação Ge-ral Maria Helena Guesser de Souza - [email protected] • Co-mercial Juliano de Oliveira - [email protected] (Cel. (48) 9957.2265) • Arte e diagramação Suzana Schlickmann - [email protected] • Colaboração Jornal Notisul - Wagner Afonso Floriani da Silva - Marcela Nastri - Larissa Volpato Schlickmann - Wando Ceolin - Yngrid P. Kulkamp - Alvani Machado Coan - Deus • Revista on-line www.meusul.com.br

Os textos assinados pelos colaboradores são de suas respectivas responsabilidades.

MeuSULREVISTA

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NUTRIÇÃO por Dra. Marcela Nastri

Nutricionista Marcela O. NastriCRN2 7102

Clinimed: Rua Bernardo Locks, 46Braço do Norte - Tel.: 3658-2117

Hospital Santa Teresinha.Tel.: 3658-8128

Alimentação napré-escola

Doces, balas, bebidas de alto valor calórico e baixo valor energético e outras guloseimas, se não faziam parte da dieta de seu filho, provavelmente agora irão fazer, depois de sua “independência” fora de casa. Uma descoberta importante dessa fase é o fato de que a criança começa a estabelecer suas preferências e é desse ponto que parte a responsabilidade em incentivar bons hábitos alimentares que poderão perpetuar por toda a vida do indivíduo.

Hora da Refeição

A socialização da criança é importante, por isso é preferível que toda a família realize suas refeições no mesmo horário. Essas refeições devem ser balanceadas e adequadas para incentivar a obtenção de uma boa alimentação pela criança.

Deve-se evitar a ingestão de alimentos industrializados (embutidos, congelados, ali-mentos pré-preparados ou prontos), pois estes são pobres em nutrientes necessários para a fase de crescimento à qual as crianças estão expostas.

É importante também que sejam estabelecidos horários para a realização das refeições, porém vale ressaltar que nem sempre às crianças sentem a necessidade de se alimentar como os adultos, com isso o horário da criança também deve ser respeitado.

Os refrigerantes, gorduras e açúcares devem ser evitados. A oferta de sucos naturais e frutas é uma excelente opção, pois oferecem fibras, minerais e vita-minas.

E na hora do lanche?

Nos lanches preparados para levar à escola, é importante incluir alimentos que contenham carboidratos (pães, biscoitos, cereais), suco de frutas ou frutas (escolha sempre sucos e frutas da preferência da criança) e um alimento lácteo (achocolatado, iogurtes e queijos que podem ser acrescentados nos sanduí-ches). A aquisição de uma lancheira térmica é importante para que esses ali-mentos não estraguem e causem uma possível diarréia.

Não há necessidade de incluir todos esses itens em um só lanche, pois a criança provavelmente não irá comê-los todos de uma única vez. Você pode intercalá-los durante o dia entre as refeições.

Deve-se haver um cuidado na higiene e preparação desses lanches, como também em toda refeição destinada à criança.

O perigo de exagerar no consumo de guloseimas, alimentos industrializa-dos, refrigerantes e alimentos gordurosos, consiste no aumento das doenças crônicas não transmissíveis (obesidade infantil, diabetes e hipertensão arterial).

Consciente desde pequeno!

Fazer com que a própria criança dê preferência à alimentos saudáveis deve ser um exercício contínuo de pais e educadores, para que futuramente essa criança venha se tornar um adulto com hábitos alimentares saudáveis. Sendo assim, as refeições e lanches devem ser momentos descontraídos e saudáveis, já que nessa fase as crianças necessitam de muita energia para crescer, brincar e estudar.

A pré-escola compreende a fase da vida da criança dos 2 a 6 anos de idade. É o primeiro contato que a criança vai estabelecer com refeições fora de casa, através da escola. Porém, esse contato pode expor a criança a alimentos que, até então, não faziam parte de suas refeições diárias. Veja algumas dicas para saber como controlar essa questão.

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A academia que você escolheuestá preparada para você?

Alguém já se fez essa pergunta: o que você busca na academia? O que você espera de sua academia?

FITNESS por Fernando Volpato

As academias de ginástica ou acade-mias de musculação são empresas presta-doras de serviço que surgiram, em princí-pio, para construir cor-pos fortes e ao longo do tempo ganhou dimen-sões estéticas e, graças à ciência, nos anos de hoje a evidencia está na busca por uma melhor qualidade de vida, desde a prevenção até a reabilitação.

As academias não são lugares para sim-plesmente movimentar o corpo em equipamen-tos específicos para cada musculatura. A ciência descobre a cada dia evidências que promovem a adequação de cada necessidade, fazendo com que o trabalho para cada pessoa seja exclusivo de acor-do com sua individualidade biológica. Por isso os profissionais que atuam e são responsáveis pelas academias devem manter-se atualizados, pois exercícios mal orientados e mal executados além de diminuírem os benefícios, aumentam os riscos podendo trazer prejuízos físicos e financeiros.

Sua academia procura lhe conhecer? Você recebe atenção que merece na acade-mia? Sua academia mantém profissionais que, além de lhe ensinar, lhe orientam a respeito do programa de exercícios? Os Profissionais da academia estão prepa-rados para esclarecer suas dúvidas? São perguntas simples assim que nos fazem perceber se a academia está prepara-da para nos auxiliar a alcançar nossos objetivos.

Nem todos gostam de contro-lar aquilo que faz na academia, então utilizam o espelho como medidor de

Braço do Norte - (48) 3658.6684

satisfação e a verdade é que nunca esta-mos 100% contentes com o resultado.

Dessa forma começamos a questio-nar a academia, mas o fato é que para sabermos se a academia ou o programa de exercícios está funcionando, é necessário fa-zer avaliação periodicamente.

Existe uma diferença entre coletar dados e ava-liar. Coleta de dados nos faz comparar as medidas coleta-das para sabermos se esta-mos no caminho certo. Já a avaliação, além de coletar os dados, deve existir análise, esclarecimento e planeja-mento, através das evi-dências científicas para promover o resultado desejado pelo aluno.

Pense, a academia deve analisar, orientar e planejar. Não ape-nas deixar os equipa-mentos à disposição.

E n t ã o na hora de esco-lher sua a c a d e -mia não e s c o l h a

a p e n a s pelo preço. Es-

colha aquela que possui melhor custo benefício, com profissionais qualificados e equipamentos que possam lhe trazer segurança nas suas atividades, pois lembre-se: o barato pode sair caro. Fazer exercícios é muito importante, mas não esqueça de cuidar da sua saúde antes de se envol-ver em qualquer atividade.

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SAÚDE

A razão principal e mais comum para a procura de cuidado médico-odontológico é a dor de dentes. Ela pode impedir ou dificultar atividades diárias, tais como trabalhar, divertir-se e até mesmo no relacionamento

com outras pessoas. Através de pesquisas realizadas no Rio de Janeiro, foi constatado que a causa direta e mais comum da dor de dente é a cárie. Ela inclusive impediu o cumpri-

mento de tarefas básicas e acarretou um grande número de extrações dentárias no Brasil.

Porém, a dor de dente é mais complexa que se possa imaginar. Esta envolve circunstâncias sociais e psicológicas. Há uma relação contraposta

nesta questão, o estresse e ansiedade do cotidiano acabam transmitindo inconscientemente problemas para a área da boca. Entretanto, estas dores afetam os processos psicofisiológicos da percepção da dor e po-dem causar mudanças emocionais e no organismo, como dores de cabeça, enxaquecas constantes, no pescoço ou ombros, nas costas ou coluna e também no estômago.

Nas pesquisas, várias avaliações feitas sobre a decorrência da dor de dente remetem a períodos de tensão, depressão, incapacidade de

luta, enfrentamento, insônia de fundo ansioso e falta de confiança. Uma consequência destes sintomas psicoemocionais é registrada

pelo movimento de intensa compressão entre os dentes, ou até mesmo de rangê-los - quase sempre a pessoa faz esses movimentos inconscientemen-te, e geralmente relata ao profissional que não os faz-. A ocorrência deste

movimento é uma sobrecarga de forças na articulação temporomandibular, articulação que se localiza próximo ao ouvido, e une a cabeça à mandíbula.

As dores nesta articulação também podem ser oriundas de movimentos repetitivos, como o ato de mascar chicletes, roer unhas, apertar os dentes, morder

lábios, má postura de cabeça, má postura no trabalho, qualidade do sono defi-ciente, excesso de cafeína, pouca ingestão de água, sedentarismo, dor e bruxismo

(ranger dos dentes). Como os sintomas são subjetivos e podem estar correlacionados a outros problemas médicos, principalmente de ordem emocional, como já citado, o

dentista muitas vezes é o último profissional da saúde a ser procurado e pela demora em encontrar o tratamento adequado, a doença se torna crônica.

Uma justificativa que expõe esta realidade é a falta da regular visita ao dentista, como salien-tam os cirurgiões-dentista Tarcísio Fonseca, Luciene de Oliveira e Tamara Rosso. Segundo eles,

as visitas regulares ao dentista possibilitam o diagnóstico de doenças ou outras anomalias em estágios iniciais, sendo assim o tratamento e prognóstico

mais favoráveis. Todavia, mesmo sem dores o indicado é procurar o dentista ao menos em períodos de seis meses para uma avaliação.

No entanto, na análise das pesquisas a frequência era muito infe-rior. Em alguns casos o período chegava há dois anos, em outros as pessoas nunca procuraram um profissional.

A falta de acompanhamento dentário pode gerar inúmeros problemas à saúde que, a primeira vista, não estão ligadas. Mas, estudiosos provam que a dor de dente tem sim relação direta com doenças como o estresse e a depressão, e podem ser tratadas de forma errada e por longo período.

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EDUCAÇÃO

PAIS NAESCOLA

Há quem enumere que educar os filhos é uma das tarefas mais complicadas dos dias de hoje. Conflitos, aflições, deixam os pais em dúvida sobre a forma de passar os ensinamentos e repassam às instituições de ensino, boa parte desta obrigação.

É fato que as crianças sofrem influência das pessoas de seu convívio social - colegas, professores, amigos de escola, entre outros - e isso é, inconscientemente, absorvido por elas que passam a tomar atitudes semelhantes. Geralmente este processo ocorre significativamente até os seis anos de idade. Nesta fase a presença e dedicação dos pais é fundamental. A proximidade com os filhos, procurar entender seus anseios, vontades, con-flitos, pode colaborar para a solução de vários problemas com-portamentais. É o que defende a professora e psicopedagoga institucional, Marindia Beskow Simonis.

Para ela o ambiente familiar é o primeiro, e mais significati-vo, para a interiorização de valores, criação de hábitos e apren-dizagens variadas. “Quanto mais estimulador for o ambiente, mais a criança se desenvolverá de maneira afetiva, harmônica. Em contrapartida se ele tiver mais conflitos, maiores problemas trará à formação da criança”, explica.

Neste contexto, a definição da responsabilidade da escola no processo educacional está equivocado. Apesar de ter forte parti-cipação na formação do indivíduo, as atividades das instituições de ensino não podem ser confundidas com educação. A escola é apenas um dos espaços – ou instituição – em que acontece uma parte do processo educativo. A família, local de trabalho, círculo de amizades, veículos de comunicação de massa, são outros locais que participam da educação. Ou seja, o processo educativo ultrapassa a escola, embora a escola seja um espaço privilegiado onde ela aconteça.

Por estes motivos, é importante demonstrar afeto, mostrar interesse, brincar, ser flexível, marcar limites coerentes e aces-

síveis, além de estimular os filhos à expor suas opiniões, são formas de estabelecer uma relação de respeito.

O membro da Associação Internacional pelos Direitos da Criança Brincar e sócio fundador

do projeto Todos pela educação, professor Celso Antunes, resume o que seria o pa-pel dos pais no desenvolvimento dos filhos. “Que os pais nunca se recolham na omissão da dúvida, que ajudem a ampliar os espaços de referências e estimulem com serenidade, mas ardor, suas muitas linguagens, suas inúmeras inteligências, transformando alguns momentos das crianças com quem convivem em instantes de afeto, companheirismo, entusiasmo e

paixão. Que não se atemorizem com inevitáveis erros, mas pri-vilegiem a intenção sincera do acerto. E que não aguardem a maturidade de se tornarem avós para a ousadia da entrega e a sublime missão de construir o futuro”, define.

A agitação do dia-a-dia, compromissos, reu-niões e para relaxar, um futebolzinho com

os amigos, ou no caso das mulheres, uma passada no salão de beleza para cuidar do

seu bem estar, e até a própria televisão trouxeram uma ausência na relação de educação e convívio entre pais e filhos.

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INFORMATIVO

LUCRETUREra 13 de junho de 1950. Nesta data

rodou o primeiro ônibus da empresa Santo Antônio. Hoje a ZTL (Zelindo Trento & Cia. Ltda.), sucessora da San-to Antônio.

São mais de 1000 maracanãs lotados, se contarmos o número de passageiros transportados, ou quase 4000 voltas ao redor do mundo, considerando os qui-lômetros rodados. Atualmente o Grupo Zelindo Trento, além da ZTL, também é composto pela ZTL Turismo e a TCL - Transportes Capivarí Ltda., atuando nos segmentos de transporte de passageiros em linhas convencionais no sul de Santa Satarina e transporte turístico no Brasil e países do mercosul.

Há sete anos o profissionalismo aproximou duas empresas, a TCL e a Lucretur - O objetivo era aumentar o fretamento e neste sentido a Lucretur passou a atuar como agenciadora no transporte para empresas, associações, estudantes e prefeituras.

Para estar presente no mercado cada vez mais concorrido é preciso estar atento e contar com bons parceiros.

Com o crescimento deste segmento, motivado pela oferta de cursos supe-riores na região, a empresa passou a in-vestir em horários específicos e opções diferenciadas para atender o acadêmico não somente em seu turno de aula, mas também em outros destinados à conti-nuidade da busca por conhecimento.

Hoje, graças à seriedade e o com-promisso com a segurança, a marca conquistou a solidez, é líder de mercado na região do Vale em fretamento, res-ponsável por 70% do transporte escolar.

E, lidar com a vida de pessoas não é tarefa fácil. Mas, para manter este com-promisso os investimentos são cada dia mais importantes. A qualificação dos profissionais e a modernização da frota, são os pontos primordiais para que tan-to a Lucretur quanto a TCL continuem a prestrar um ótimo serviço, atendendo também a regulamentação da Agên-cia Nacional de Transportes Terres-tres (ANTT). Em 2009, foram mais de

R$ 1,2 milhões destinados a compra de ônibus e micro-ônibus e a expectativa para este ano é que sejam investidos ou-tros R$ 800 mil.

A empresa possui veículos em rotas de fretamento com idade média de cinco anos de uso e todos passam por rigorosas inspe-ções e regulares manutenções preventivas que garantem a tranquilidade de quem uti-liza os veículos da frota.

Outra preocupação é voltada para a segurança e nisto se inclui a capacitação de seus motoristas. Além de testes de conhecimento, eles passam por avalia-ções com piscólogos e cursos de reci-clagem periodicamente.

Antes de procurar um transporte, pense e analise o que é mais seguro e melhor para sua viagem, pois na maioria das vezes os detalhes fazem a diferença. Por isso a Lucretur e a TCL se uniram, para buscar a excelência que fará com que seu transporte seja ainda melhor.

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por Mari Werner e Priscila VolpatoARQUITETURA

O que um ARQUITETO pode fazer por você?

A arquitetura é uma profissão que per-mite ao Arquiteto o direito de realizar pro-jetos arquitetônicos, elétricos e hidráulicos de residências, comércios, instituições pú-blicas e privadas, bem como, desenvolver projetos de design de interiores, urbanis-mo, restauro e paisagismo.

Quem segue essa profissão tem como objetivo ocupar os espaços disponíveis, le-vando em conta a disposição dos objetos, a incidência de luz e a ventilação. O arquiteto projeta, planeja e coordena a construção, ampliação ou reforma de casas e edifícios, de modo a tentar com sua sensibilidade captar os desejos de seus clientes para tor-nar seus sonhos realidades.

O Arquiteto, por ser graduado em Arquitetura - Urbanismo - Paisagismo, possui uma visão ampla da cidade, “Isso é um grande diferencial”. Toda a obra irá de forma direta interferir no cotidiano das pessoas e irá para sempre, com suas cores e formas, modificar o comportamento da cidade e dos cidadãos.

Uma construção a que nos refirimos pode ir de pequenas obras a um planeja-mento urbano de uma cidade, como co-nhecemos a famosa construção de Brasília. Lucio Costa foi o arquiteto e urbanista que desenhou o Distrito Federal, muitas vezes esquecido devido às maravilhosas obras ar-quitetônicas desenhadas pelo mais famoso arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer.

O Arquiteto tem a função de pro-jetar e organizar espaços internos e ex-ternos, seguindo princípios de estética, conforto e funcionalidade.

Foto do projeto urbano de Brasília - projetado pelo arq. Lúcio Costa

Foto do Congresso Nacional em Brasília projetado pelo arq. Oscar Niermeyer

Foto do calçadão de Copacabana – Rio de Janeiro.

As palavras acima simplificam a impor-tância de que cada projeto é único, pois está condicionado a uma pessoa com característi-cas próprias, a um terreno que possui suas va-riantes de sol, ventos e umidade e ainda tudo isso está inserido numa cidade que é rica em cultura e valores.

Citando famosos precisamos lembrar-nos do arquiteto e paisagista Roberto Burle Marx, que foi uma sumidade e referência em todos os estudos de paisagismo que fazemos hoje. O paisagismo lembra o jardim das casas, também abrange proporções muito maiores, como uma das obras do arquiteto citado que é o projeto do calçadão de Copacabana no Rio de Janeiro.

“Pode-se então definir ar-quitetura como construção concebida com a intenção de ordenar e organizar plastica-mente o espaço, em função de uma determinada época, de um determinado meio, de uma determinada técnica e de um determinado programa." Lucio Costa

É comum pensar que a função do arqui-teto resume-se apenas a ser um decorador. Este é um pensamento de muitos, porque o arquiteto dentro de suas atribuições usará todo seu conhecimento para fazer o projeto de in-terior de um espaço (decoração). É necessário que no momento em que se define o projeto arquitetônico, também seja definido o lay-out (desenho dos móveis), para melhor integração e utilização dos espaços internos. Esperamos que com isso, este estigma seja rompido.

Por fim podemos garantir que a respon-sabilidade de fazer acontecer o almejado é o grande trunfo da nossa profissão, por isso, es-tamos sempre atentas a detalhes e de olho em todas as novidades e tendências para sempre satisfazer nossos clientes.

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CAPA

Zilda Arns um exemplo de vida que deve ser seguido

A MORTE DE UM

A morte da fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança e fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, Zilda Arns

Neumann, no dia 12 de janeiro, em Porto Príncipe, no Haiti, onde ela palestrou na Conferência, chocou à todos e deixa órfãs mais de 3 milhões de pessoas em todo

o mundo. A pergunta que fica sem resposta é como seu trabalho ajuda a combater a desnutrição e qual será o futuro deste trabalho?

A vida de Zilda Arns Neumann, ou Dona Zilda como era carinhosamente chamada, foi dedicada à causas sociais. Nascida em 1934, na cidade de Forquilhinha/SC - onde viveu

sua infância - em uma família com 12 irmãos, ela mudou os padrões da época. Com a mudança da família para Curitiba, passou a se dedicar aos estudos e mais tarde estu-

dou medicina, coisa praticamente restrita aos homens. Formada em pediatria, na Universidade Federal do Paraná, em 1959, casou no mesmo ano com Aloysio

Neumann, com quem teve seis filhos, Marcelo (falecido três dias após o parto), Rubens, Nelson, Heloísa, Rogério e Sílvia (que faleceu em 2003

em um acidente automobilístico).Ela iniciou seu trabalho como pediatra no Hospital César Pernetta, em Curitiba. Durante várias décadas ela cum-

priu seu papel na sociedade comum com a profis-são que escolhera, também não deixou que a

função burocrática dentro da Secretaria de Saúde do Paraná fosse tirar sua vontade

de contribuir com a melhoria de vida dos carentes.

Sua experiência rendeu o con-vite para coordenar a campanha para combater uma epidemia de poliomielite, que inicialmente foi registrada em União da Vitória, no Paraná. O seu método foi adota-do posteriormente pelo Ministé-rio da Saúde. E ainda havia muita dedicação.

Criação da Pastoral da Criança

Após 23 anos de trabalho, em 1982, seu futuro e o de mais de três milhões de pesso-as seguiriam em outra direção. Preocupados com as taxas de mortalidade, registradas em da-dos apresentados pela ONU, o arcebispo emérito, dom Paulo Evaristo Arns, fez o convite à irmã, para formular um proje-to com objetivo de propagar ações para ajudar famílias abai-xo da linha da pobreza.

O objetivo da Pastoral da Criança é buscar promover

Esta matéria foi idealizada para demonstrar o respeito e gratidão que temos por esta pessoa que apesar de não mudar o mundo, continua a mudar a vida de muitas pessoas. Este material é baseado em informações pesquisados em diversos meios de comunicação, entrevistas e depoimentos.

ÍCONE

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CAPA

através de ações preventivas de saúde e cidada-nia, o desenvolvimento de famílias e de crianças carentes com idade de zero a seis anos.

Com sua receita milagrosa para enriquecer a alimentação e o trabalho de educar as famílias carentes para o uso, ela conseguiu resultados surpreendentes. Um dos projetos consistia no uso do soro caseiro que nada mais era do que uma mistura de sal, açúcar e água– na propor-ção de duas colheres de sopa de açúcar e uma de sal, dissolvidas em um litro de água limpa -, mas que tinha resultados inigualáveis. Junto a isso, o acompanhamento a saúde da gestante, amamentação, vacinação e controle de peso, ela passou a mudar drasticamente o futuro de muitas famílias.

Apoiada pela Igreja Católica, a quem a po-pulação mais carente possuía imenso respeito, ela escolheu iniciar seu trabalho em Florestó-polis, município no interior do Paraná e que possuía altas taxas de mortalidade. Exemplo de liderança e determinação, em pouco tempo, utilizando seus métodos ela conseguiu resulta-dos expressivos. A taxa baseada da mortalidade era de 127 mortes para cada mil nascidos vivos. Os resultados das ações surpreenderam e em pouco tempo este índice caiu aproximadamen-te 78%, registrando apenas 28 mortes para cada mil nascidos vivos.

Com a visão de proteger os mais carentes, ela expunha suas ideias e com apoio da pasto-ral, conseguia com as voluntárias, responsáveis pelas visitas, conhecer mais de perto a realida-de da maioria das famílias e repassar a fórmula do soro que juntamente com outras atitudes de baixo custo para evitar problemas como à contaminação, a diarréia e a desidratação, tantas vidas salvou posteriormente.

Mesmo que às vezes a viagem fosse precá-ria, ou constantes, suas ações e esforços foram sendo comprovados. Movida pela convicção, durante 25 anos, ela levou seu sorriso e sua vontade de lutar para acabar com o fato de que, pessoas morriam vítimas da fome e desnutrição

aos confins mais distantes e remotos.Como o método precisava apenas ser re-

passado, sem custos burocráticos ou outros gastos desnecessários com logística, o projeto se expandiu para mais de 70% do território nacional, atendendo mais de 1,8 milhão de crianças abaixo de seis anos, além de outras 1,4 milhão de famílias e 95 mil gestantes, em pouco mais de quatro mil municípios.

A maior vantagem era a fórmula que não custa mais do que R$ 1,70, mas que conseguiu superar barreiras assistenciais, melhorando os índices de mortalidade em sua área de atuação.

A expansão

Com sua metodologia de trabalho e a ca-pacidade de estimular as pessoas, através de seu entusiasmo, criatividade e dedicação ao próximo, agrupou seguidores e motivou a pe-regrinação de outros 260 mil voluntários que passaram a atuar ao seu lado contra a morta-lidade infantil.

Antes de aceitar novos voluntários, repre-sentantes da pastoral, realizavam reuniões pré-vias com religioso de cada país ou localidade. Eles apresentavam as ideias, os resultados e a motivação característicos do trabalho. Se acei-to, uma equipe do Brasil seguia para treinar e capacitar as pessoas de referência dentro das igrejas e comunidades para atuar como volun-tários.

Com solidariedade e conhecimento sobre saúde, nutrição, educação e cidadania, ações nas comunidades mais pobres foram sendo realizadas até ultrapassar a barreira dos países. “A minha formação pessoal me leva sempre a olhar o lado positivo das coisas” dizia.

A criação da Pastoral da Criança Interna-cional foi outro marco que ficará para a his-tória. Reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a atuação passou a estar pre-sente em 20 países da América latina, além dos continentes Asiático e Africano.

Honrarias e premiações

Também por este reconhecimento, Dona Zilda Arns recebeu vários prêmios pelo mun-do, além dos títulos de cidadã honorária. Entre eles estão a de Personalidade Brasileira de Des-taque no Trabalho em Prol da Saúde da Criança (conferido em 1998 pela Unicef), Prêmio de Direitos Humanos (2000), a comenda da Or-dem do Rio Branco (2001), Heroína da Saúde Pública das Américas (conferido pela Organi-zação Pan-Americana de Saúde em 2002), o prêmio Woodrow Wilson (2007), além de ter recebido o título de doutor honoris causa em cinco universidades.

O trabalho desenvolvido pela pastoral foi indicado quatro vezes para o prêmio Nobel da Paz, mas a postura ideológica contrária ao aborto – mesmo que em caso de estupro, risco de morte da mãe, ou métodos contraceptivos, como o uso de pílulas e camisinha -, pode ter contribuído para que, em nenhuma destas fosse a escolhida.

Em 2001, a Pastoral da Criança brasileira concorreu ao Prêmio Nobel da Paz, conferido ao então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, Zilda reconheceu a decisão. “O nosso Prêmio Nobel da Paz já veio pelo fato de salvarmos da morte mais de cinco mil crianças a cada ano e de recuperarmos outros milhares da desnutri-ção”, disse ela num contexto de guerra que exi-ge entidades e pessoas neutras para mediar os conflitos tão perversos.

Entre os comentários feitos por ela sobre o que representava cada premiação, ela lembrou um em especial. O prêmio Fé e Empreende-dorismo, e realizado pela Universidade Católica Notre Dame, de Chicago, possui um valor de US$ 1 milhão - corresponde a cerca de R$ 1,86 milhão - que é concedido pela Family Foun-dation. Nele, alunos promovem uma pesquisa para identificar pessoas que desenvolvem pro-jetos com resultados. “Recebi o prêmio e doei para a Pastoral Internacional. O valor é o mes-

Velório de Zilda Arns, no Palácio das Araucárias, em Curitiba.Guilherme Augusto/AFP

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de forma a ter continuidade em sua ausência. Ser persistente em suas metas era sua principal característica”.

Dom Giovanni Battista Re, prefeito da Congregação para os Bispos no Vaticano, ex-pressa como trágica a perda para a Pastoral da Criança vai “enchê-la de plenitude na recom-pensa divina. Continuidade a tudo”, afirmou.

Após a notícia da morte da irmã, o bispo emérito, Dom Paulo Evaristo Arns, declarou que Zilda Arns Neumann sofreu com o bom povo do Haiti o efeito trágico do terremoto. “Que nosso Deus em sua misericórdia acolha no céu aqueles que na terra lutaram pelas crian-ças e pelos desamparados. Não é hora de perder a esperança. Ela morreu de uma maneira muito bonita, morreu na causa que sempre acredi-tou”, disse.

O arcebispo Metropolitano de São Paulo, Dom Odilo Scherer, destacou em mensagem a representação de Dona Zilda para uma po-pulação. “A morte trágica da doutora Zilda colheu a todos de surpresa. De repente, no Brasil todo, e não só aqui, muitas pessoas tive-ram a sensação de terem perdido alguém im-portante da família, a irmã ou a própria mãe”, afirmou. Para ele, o exemplo de Zilda irá inspirar outros cristãos, “vivendo com con-vicção e alegria a própria fé, colocar os dons recebidos à serviço da vida e da esperança do próximo”.

O padre haitiano William Smarth clembra que Dona Zilda era apaixonada, ela não que-ria terminar a palestra, falou uma hora e meia. Via-se que tinha tantas coisas a dizer, que sua missão era salvar vidas”, conta.

A luta pela conquista da democracia e dos direitos humanos, pelas crianças e pelos ido-sos foi enfatizada em discurso pelo presidente Luiz Inácio ‘Lula’ da Silva. “ Qualquer brasi-leiro hoje que fechar os olhos vai ver o rosto de dona Zilda. Foi uma grande perda para o Brasil e para o mundo. Uma pessoa que dedi-cou sua vida à cuidar dos necessitados e pra-ticar solidariedade. Morreu cumprindo uma das coisas mais sagradas que sabia fazer, vi-sitar pessoas pobres no Brasil ou no mundo”.

CAPA

mo do Nobel da Paz que é um prêmio político. Mas não fiquei triste por não ganhar, não. O nosso trabalho é feito com muito amor e isto deve ser valorizado”, destacou.

A solidariedade

O forte realmente não eram as honrarias, mas sim o capital humano que ela mobilizava, e ver as famílias sorrindo, os abraços que rece-biam daqueles que puderam ser ajudados pela pastoral. Seu maior prêmio não poderia ser cal-culado em valores, mas sim na manutenção e expansão dos projetos sociais.

O sucesso da atividade levou a Conferên-cia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a oferecer outra missão a Dona Zilda, e em 2004 ela fundou a Pastoral das Pessoas Idosas. Em menos de cinco anos, mais de 100 mil idosos de 579 municípios brasileiros, passaram a ser acompanhados por cerca de 12 mil voluntários.

Mas por que acreditar tanto nestas pessoas? Por que expandir este trabalho? Ela respondia esta pergunta relacionando a Pastoral com as pessoas. “porque o povo é extraordinariamente solidário e alegre e porque o modelo da políti-ca social está mudando e se descentralizando” – definia seu trabalho como de “prevenção da violência e redução da fome e da miséria para evitar as mortes silenciosas de nossas crianças”.

A morte de um ícone

Conhecedora do problema vivido pelo Hai-ti, Zilda Arns agendava desde agosto de 2009 a visita ao país, adiados por várias vezes. Em ja-neiro, ela cancelou suas férias para atender um convite da pastoral. Em missão humanitária, ela fez uma palestra para cerca de 150 pessoas. O padre haitiano William Smarth, que conversava com Dona Zilda no momento do terremoto, relatou que uma viga atingiu a médica, que morreu na hora. Além de fundadora e coorde-nadora internacional da Pastoral da Criança e, fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, ela participava como represen-tante da Conferência Nacional dos Bispos do

Brasil (CNBB) no Conselho Nacional da Saúde e no Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

Outros 17 brasileiros morreram vítimas do terremoto. A estimativa do governo haitiano é que cerca de 200 mil pessoas tenham morrido.

A resposta para pergunta inicial

A resposta para a pergunta inicial foi ex-posta pelo próprio filho Nelson Arns, coorde-nador nacional adjunto da Pastoral da Criança. Ele lembra que sua mãe sempre procurou pre-parar os filhos e netos para dar continuidade ao seu trabalho. Em um depoimento gravado no último natal, apresentado na missa em sua homenagem, Dona Zilda expõe o que acha im-portante para que a sociedade seja mais justa e igualitária. “O mundo não será melhor se todos ficarem ricos, mas será melhor se todas as pes-soas crescerem em igualdade”, diz.

A prova do que a pediatra e sanitarista pre-gava também pode ser contrastado com as pala-vras de Vera Lúcia Altoé, que há dois anos atua na coordenação nacional da Pastoral da Criança e escolhida à suceder o trabalho social desen-volvido pela entidade. “O sangue derramado por esta heroína será semente para aumentar o número das nossas lideranças”, afirma.

As informações colhidas nas pastorais dis-tribuídas pelo Brasil registram a cada dia um aumento no número de voluntários. O objetivo é ampliar as ações, mas mesmo com 260 mil, a pastoral é responsável por apenas 20% das crianças pobres do Brasil.

Depoimentos

Em vários momentos, pessoas representa-tivas destacaram o sentimento de perda de uma heroína. Abaixo alguns depoimentos.

O filho Nelson Arns, que trabalha como coordenador nacional adjunto da Pastoral da Criança, lembrou que a mãe queria preparar filhos e netos para dar continuidade as ações da pastoral. “Ela vivia cada dia como se fosse o último, estruturando todas as áreas de sua vida

As últimas homenagens à fundadora da Pastoral da Criança.Luiz Costa/Reuters

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FUTURO PROMISSORJAGUARUNA:

Hoje o balneário é um dos mais co-nhecidos da região sul do estado. Mas a história de Jaguaruna começou a ser registrada em 1715. Neste período as terras litorâneas que fazem parte do município, eram utilizadas como cami-nho para que os lagunenses - de origem vicentista - expandirem o território por-tuguês.

Mas, apenas por volta de 1800, com imigrantes europeus é que nasceu seu povoamento. Não foram estes imigran-tes que deram o nome à Cidade. Ela provém do Tupi-Guarani - “Yaguara - onça” e “Una - preta”, e assim originou o nome de Jaguaruna.

Nestes mais de 200 anos, houve mui-tas mudanças. O local foi desmembrado de Tubarão e elevado a categoria de mu-nicípio de Jaguaruna apenas em 1930. De lá para cá o interesse de veranistas aumentou e o município passou a diver-sificar sua economia.

A fertilidade e a exuberância de suas terras movimenta a economia do muni-cípio durante o ano todo. Sua base está relacionada à rizicultura, o plantio da mandioca, pecuária e a pesca. Mas seu forte é o turismo, com a temporada de verão.

Jaguaruna registra 14 mil habitantes, mas sua grande extensão de praia e as lagoas propícias para um mergulho atrai os banhista, para os balneários de Cam-po Bom, Arroio Corrente e Garopaba do Sul, integrados ao município.

No verão ela chega a ser 10 vezes maior. São mais de 150 mil pessoas que procuram o local para desfrutar das fé-rias. Também é destaque na visitação de turistas o grande número de dunas e sí-tios arqueológicos com destaque para o Garopaba do Sul, onde está localizado o maior sambaqui do mundo.

O município é uma das referências brasileira para o Town-in – ‘surf rebo-

Sem significativos investimentos em estrutura urbana, o município é beneficiado pela proximidade com as praias, o que atrai os visi-tantes. Sua esperança é o término do aeroporto regional que poderá diversificar a economia.

CIDADE

cado para ondas gigantes’. Com forma-ção geológica de pedra distante 5,3 km da costa entre os balneários Arroio Cor-rente e Campo bom, quando há tempo favorável e sem vento, podem ser sur-fadas ondas com até 30 pés de altura. Poucas praias do país tem esta caracte-rística.

O território plano e a potencialidade econômica de centros como Tubarão, Laguna, Criciúma e Araranguá, atraiu os olhares e com apoio de empresários, representantes regionais e governantes o maior projeto regional saiu do papel.

O aeroporto de Jaguaruna, Huberto Ghizzo Bortoluzzi deve receber mais de R$ 6 milhões em investimentos. Ele teve concluído em 2006 a pista de 2,5 mil me-tros com capacidade atender 900 mil ha-bitantes de 48 municípios, em vôos de aeronaves de pequeno e médio porte. A expectativa é finalizar as obras do terminal e ainda este ano entrar e funcionamento.

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MODA por Larissa Volpato Schlickmann

Edmonde Charles-Roux - Editora Cosac & Naify.Chanel sempre se distinguiu por uma postura modernista e radicalmente inovadora. Em tempos de mulheres submissas,

ela era a própria personificação da modernidade, relacionando-se intimamente com a vanguarda intelectual e artística de sua época. Com um estilo incomparável, era apaixonada pelo discreto charme do guarda-roupa masculino e inovou ao usar tecidos utilitários para fazer roupas chiques, jovens e casuais. Mais que um belo relato sobre vida e obra extraordinárias, este é um livro fascinante, que registra com muitas imagens a trajetória de uma das figuras mais importantes do século XX. Sou fã e recomendo.

Se você não se interessar por nenhum destes livros, leia outros, mas não deixe de ler. A leitura faz com que você conheça outras culturas, desperta a curiosidade para outros assuntos e estimula a criatividade. Livros nunca saem de moda e são um ótimo inves-timento. Relaxe na praia, tome um sol e boa leitura!

As férias de verão dão seus últimos suspiros e ainda dá tempo de você gastar seu precioso tempo de “dolce far niente” lendo um livro. Pre-parei uma listinha, baseada totalmente no meu gosto pessoal, com alguns livros fáceis e gostosos, outros mais densos, uns cheios de figuras e letras grandes e talvez um de letrinhas miúdas e palavras difíceis. Todos, é claro, falam de moda, comportamento ou estilo de vida.

Leitura de areiafashion

A era Chanel

Nina Garcia - Editora Best Seller. A Nina Garcia é editora de moda da revista Marie Claire dos Estados Unidos e jurada do programa de televisão Project Runway, portanto uma expert no assunto. O livro traz as 100 peças que toda mulher deve ter no guarda-roupa, de casacos de pele a biquinis, e conta um pouco da história de algumas delas, ensina a usá-las ou ainda se tem alguma curiosidade. Como o livro é dividido pelas peças em ordem alfabética, você pode ler um pouco por vez, uma peça por dia, ou aquilo que quer usar e precisa de uma ideia fresca. Fica a seu cri-tério. Além de ser fácil de ler, as ilustrações são bem fofas. É ótimo para dar de presente.

As 100 + | O guia de estilo que toda mulher fashion deve ter

Helena Frith Powell - Editora Prumo. Se você já leu aquele quase clássico “Porque as mulheres francesas não en-gordam”, eu garanto que vai adorar esse livro. A autora conta de um jeito divertido como as francesas conseguem estar sempre sensuais e elegantes sem nunca perder o charme. Ela conversou com experts em moda, beleza, lingerie e figurões do jet set francês e conta no livro todas as dicas para conseguir o resultado máximo com um esforço mínimo: segredos de beleza, compras bem feitas, rotina de exercícios, vida em família, relacionamentos e até romances clandestinos (bem, isso é uma coisa muito comum na França (!!!), portanto, não leve essa parte tão a sério).

A elegância e os segredos da mulher francesaDois batons e um amante

Lilian Pacce - Editora Senac São Paulo. Eu cresci vendo GNT Fashion com a Lilian Pacce e não só por isso, mas influenciada por este motivo, sou admiradora do trabalho dela. Este livro é uma compilação de entrevistas, que ela fez ao longo da carreira de jornalista, com estilistas nacionais e internacionais, do-nos de marcas famosas e modelos de proje-

ção internacional. Ela tem uma visão equilibrada e bem inteligen-te, faz perguntas ótimas e o resultado é um livro gostoso de ler, cheio de revelações pra quem curte o “mundinho da moda”.

Pelo mundo da modaCriadores, grifes e modelos

Guillaume Erner - Editora Senac São Pau-lo Erner é um sociólogo francês, que cresceu em meio a industria da moda. Filho de dono de confecção e neto de alfaiate, ele revela como tendências e estilos são definidos, como marcas são criadas e questiona porque segui-mos todas essas mudanças tão efémeras e constantes. Um pouco mais profundo do que os demais, recomendo pra quem quer junto com o autor se questionar, entender e com-preender porque moda não é futilidade.

Vítimas da Moda?Como a criamos, porque a seguimos

Elizabeth Matthews - Editora Cosac & Naify Este é um livro para crianças mas os adultos tam-bém podem gostar, juro que é permitido! Nele as crianças podem conhecer a historia desta estilista que revolucionou o guarda-roupa feminino no século XX. Da infância pobre em um orfanato a abertura da sua primeira loja, que foi financiada por um homem rico apaixonado por ela, Eliza-beth conta a historia dela com a ajuda das ilustra-

ções lindas e divertidas, em que Coco aparece sempre com o colar de pérolas e uma tesoura no pescoço. Diversão e cultura garantidas, além de dar um “empurrãozinho fashion” na meninada.

Diferente como ChanelScott Schuman - Editora Penguin Books.

Este é mais um livro para ver e deixar na mesa da sala do que um livro para ler. Scott tem um blog, mundialmente famoso, de street style. Ele viaja pelo mundo fotografando pessoas na rua, em semanas de moda, na praia, enfim, em qualquer lugar, e tem um gosto bastante particular e apurado. O livro é uma seleção das melhores fotos do blog, algumas delas com um pequeno texto, e eu super recomendo para aqueles dias de “não sei o que vestir, eu não tenho roupa no armário”: é um bombardeio de criatividade, de ideias e de misturas inusitadas, bem elegante e cool.

The Sartorialist

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ESPORTE

CICLISMO

Na infância, aprender a andar somente em duas rodas de bicicleta era motivo de muita alegria. A partir daí a aventura se tornava mais interessante. Normalmente as ‘magrelas’ são utili-zadas como meio de locomoção ou lazer, seja para exercício físico ou um passeio com a família. Viver em cima dela também pode ser uma opção e trazer a realização de um sonho profissional, seja no bicicross, mountain bike, triathlon, down hill ou no ciclismo, por exemplo.

Mas, para chegar ao ponto mais alto do pódio a dedicação, determinação, esforço, encarar os riscos e até mesmo transpassar os limites são atributos fundamentais. Para ilustrar melhor este mundo ‘do pedal’, escolhemos uma categoria especifica e entrevistamos o velocista de Orleans, Luiz Antonio Scopel, o Cacá, de 29 anos que compete na categoria Sub-30.

Especialista em provas de contrarrelógio – na qual o corredor corre sozinho e o vencedor é aquele que faz o percurso em menor tempo-, ele passou a se interessar por provas há 10 anos. Com objetivos bem traçados, alcançá-lo passou a ser sua vitamina e para conviver com as com-petições, Cacá teve que realizar mudanças drásticas no seu dia-a-dia.

A começar pela alimentação. Com a ajuda de amigos profissionais, nutricionista e ciclistas com larga experiência, o ciclista segue a risca uma tabela que reúne carboidratos, proteínas e fibras. Para suportar o treinamento pesado, sem perder sua condição física, a dieta chega a 2,8

mil calorias. Você pode achar muito, mas para o treinamento, este mesmo número é insu-ficiente para repor as cerca de 7 mil calorias perdidas, seja em treinos mais forçados ou nas provas que exigem maior esforço.

Para ter uma ideia, para estar no mesmo nível da elite do esporte, Cacá percorre 800 quilômetros semanalmente, faça chuva ou sol o objetivo é estar bem condicionado para os desafios. A quilometragem é comparada a média de campeonato como o Tour de Santa Catarina, na qual os ciclistas percorrem pouco mais de mil quilômetros em 12 dias. Mesmo com toda esta carga de esforço, o índice de gordura de um ciclista não ultrapassa 8% do seu peso.

Para ele, o bom desempenho depende da reunião destes dois quesitos. “Manter a alimentação e estar sempre disposto a seguir a risca o treinamento, aumenta as chances do ciclista ser bem sucedido. Na minha avaliação é 50/50, ambos têm a mesma importância no resultado final”, opina.

Mas as provas não se resumem apenas ao contrarrelógio. Há ainda provas onde partici-pam equipes que inclui também a meta volan-te – quando o ciclista passa em um ponto de fiscalizado em primeiro lugar- que rende pon-tos no final da etapa.

E para estar à frente, um item extrema-mente necessário, um equipamento de ponta. Os grandes clubes usam bicicleta para veloci-dade com menos de sete quilos. O preço de uma bike de competição assusta, inicia em aproximadamente R$ 6 mil e pode chegar a custar mais de R$ 40 mil com equipamentos de última geração. Mas, há intermediárias que conseguem resultados expressivos. Mesmo assim, a vontade de andar na frente faz com que os ciclistas procurem sempre aprimorar as técnicas e investir neste tipo de equipamento. Com este rigor ele chegou ao pódio. No Cam-peonato Catarinense de Ciclismo, na prova específica de contrarrelógio ele foi vice-cam-peão em 2007, conseguiu índice para olimpía-da, mas por falta de patrocínio não conseguiu concretizar o sonho. Mas não é isto que o fará desistir. Ele treina forte para chegar ao topo e, no mais é seguir as dicas do ciclista ‘Cacá’ Scopel que os resultados aparecem.

A bicicleta pode ser utilizada para diversos fins e em um destes casos pode se tornar o projeto de vida de uma pessoa. Como uma pessoa pode mudar seu cotidiano, permanecer boa parte do dia em cima de um selim de bicicleta e optar por competir por estradas que oferecem vários riscos.

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TURISMO

Esta temporada de calor é propícia para os banhos de mar, lagoas, pisci-nas e até mesmo de rio. Mas, Santa Catarina reserva outras belezas que vão além das praias e começam a ser exploradas o ano todo por turistas, são os longos e verdes campos do planalto serrano.

PLANALTO SERRANODestino para o turismo alternativo da temporada

O forte do turismo na região com 18 mu-nicípios é o inverno. Devido aos mais de mil metros de altitude em relação ao mar, o inverno é rigoroso e chega a registrar, ainda que não ofi-cial, temperaturas abaixo dos 10 graus.

O frio deixa grandes áreas congeladas e, jun-tamente com a geada e a neve - presente apenas nesta região do país - atrai os visitantes que mes-mo nas madrugadas mais geladas, saem às ruas para viver momentos ímpares.

Centralizada por Lages, a região é composta por duas serras muito próximas, a Serra do Rio do Rastro, ou do Doze - mais famosa do país – localizada próximo a Bom Jardim da Serra e São Joaquim e a do Corvo Branco, Urupema e Uru-bicí. Além de serem os divisores de duas regiões, o litoral e planalto, são os destinos que seduzem os visitantes na estação.

Mas como já dito, as pessoas cada dia mais querem aproveitar ao máximo os momentos de lazer e não abrem mão de uma aventura, ou de conhecer lugares novos. Os fazendeiros e inves-tidores, já enxergam esta possibilidade de renda e apostam nas pousadas, albergues e nos guias da região para atrair as pessoas para o turismo rural.

As diferenças nas tarifas das hospedarias são

Pedra Furada - Morro da Igreja (Urubici).Na foto abaixo, monumento em São Joaquim.

Acima, praça em São Joaquim, e abaixo, a cascata congelada em Urupema.

Na foto acima, Serra do Rio do Rastro, e logo abaixo, cascata na cidade de Urubici.

feitas para todos os gostos e bolsos. Pode iniciar por valores em torno de R$ 80, mas também superar os R$ 300. Assim, durante todo o ano é possível encontrar pousadas e parques da região serrana com um número expressivo de turistas, mesmo nesta época adversa.

A paisagem serrana formada por cânions é contemplada por cascatas, rios de águas límpi-das, peixes, montanhas formadas por camadas de basalto – encontrado em lavas de vulcões -, intercaladas com camadas de arenito e o verde amarelado das araucárias é quase uma homena-gem à quem passa pela região.

Entre os locais considerados cartões postais da região estão as já mencionadas serras, a Pedra Furada e o Morro da Igreja que ficam a mais de 1,8 mil metros de altitude. Os mais aventureiros, aproveitam para fazer caminhadas ou passeios a cavalo, passando pelos bosques, nascentes e piscinas naturais do Rio Pelotas e ver de perto todas estas belezas.

Com estas informações, você pode progra-mar uma visita à região. Se o passeio com a fa-mília for de apenas um dia, aproveite, saia bem cedo. Mas, se o objetivo é estender o passeio para mais dias, uma boa busca em sites de hos-pedagem é indicada.

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TEEN

QUEM EU QUERO SER?

EU QUERO SER TOPO glamour das passarelas, a mídia, bada-

lações. Ser modelo é a profissão mais almeja-da por muitas meninas adolescentes. E ainda quando crianças são motivadas a seguir e lutar por este ideal.

Os pais apoiam e incentivam, e tudo no início parece ser difícil. E é. Muitas decepções ocorrem ainda na infância. Algumas desistem. Outras continuam sonhando. E para aquelas que sobrevivem, até chegarem ao topo, a cami-nhada é longa.

Este é o desenho do mercado de modelos. Nos últimos anos ele tem ampliado o campo profissional. As agências não limitam sua atu-ação às passarelas, mas oferecem modelos di-recionados para cada parte do corpo, para a necessidade de cada cliente, seja ele do ramo de

Neste momento, enquanto você lê esta matéria, milhares de crianças no mundo estão se perguntando, ou sonhando: “o que quero ser quando crescer?” A resposta para muitos é fácil e muitas vezes a inspiração está dentro de casa (médico, engenheiro, dentista, arquiteta). Mas e quando a fonte de todo este sonho está nas passarelas ou nos campos de futebol?

cosméticos, vestuário, até sapatos. A única questão que se observa é a escolha

das agências por modelos magérrimas. Atual-mente há um cuidado maior com a saúde. Ape-sar disso, ainda é necessário manter padrões característicos, como a altura mínima de 1,75, manequim no máximo 38, sem falar de peso e idade e ter uma beleza exótica.

Com estes requisitos as passarelas ficam mais próximas, mas o que é um sonho pode se tornar algo um tanto desagradável, como o caso de Bruna Ricken. Natural de Rio Fortuna, hoje com 22 anos ela era uma das descobertas da Mega Models de Criciúma e promessas de futuro entre ‘as tops’ do Brasil.

Descoberta por um caça-talentos aos 14 anos, Bruna venceu seu primeiro concurso e

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TEEN

em seguida passou a desfilar em Santa Catarina. Com um pouco mais de conhecimento foi possível passar em uma seleção, em uma agência em São Paulo. Este, praticamente, foi o ingresso para frequentar regularmente desfiles, Show room – apresentação de roupas à clientes – entre outros eventos. Para manter o sonho vivo, é necessário superar dificuldades como mudar totalmente seu cotidiano, passar a ‘viver’ em núcleos como São Paulo e Rio de Janeiro, onde o mundo dos holofotes é mais presente.

Para aquelas que tem sorte, as agências geralmente alugam imóveis e concentram as modelos em um endereço, para facilitar o dia-a-dia. Para as modelos menos ‘experientes’ a realidade é outra. “Há empresas sérias que oferecem uma estrutura, um suporte para evitar problemas. No meu caso, cansei de ser informada em cima da hora que teria de sair correndo, pegar ônibus para chegar a um trabalho, um desfile, ou fotos, por exem-plo”, explica Bruna.

Os valores nem sempre são inteiramente aproveitados pela top, pois os ganhos eram direcionados ao pagamento de books e outros materiais de divulgação da modelo. E, com mais trabalho menos tempo para os estudos. “Ganhava bem, mas me cobrava por não acompanhar as aulas. Tinha muitas faltas e isto prejudicava meu desempenho na escola”, lembra.

A solidão neste período pode prejudicar o lado profissional da jovem. A dis-tância da família pode mudar o rumo que a vida apontava. “Não estava preparada. Nos momentos difíceis não tinha a quem recorrer e passei quatro meses sem vir para casa e só pensava em largar tudo e voltar. Foi o que fiz”, lembra.

Angústia, arrependimento, são palavras também constantes depois do sacrifí-cio de deixar o sonho de lado. “Às vezes penso que não deveria ter desistido, mas naquela época era a única coisa que poderia fazer. Hoje teria persistido, mas quem ganha bem são as tops de nome forte como Gisele Budchen e Renata Kuerten” , afirma.

EU QUERO SER CRAQUE

No outro lado deste mundo de sonhos e desejos estão os meninos. A vida dos garotos que sonham em ser jogador de futebol não é diferente do planeta

feminino, ambos possuem características semelhantes. Em grande maioria dos casos, os adolescentes são motivados pelo reconhecimento, fator econômico, a relação com o

universo feminino e a projeção midiática do jogador bem sucedido. A diferença então, esta ba-sicamente no número de oportunidades. Positivo nessa ascensão é o fato da maioria dos brasileiros terem paixão pelo esporte. Eles mudam

compromissos, deixam namoradas e esposas indignadas, simplesmente para assistir um jogo. Eles também brigam e são psicologicamente abalados pela derrota do seu time do coração.

Por motivos como este é que o Brasil se destaca no cenário mundial. O país está entre os maiores exportado-res de talentos do mundo. Mas as oportunidades, não surgem da noite para o dia. É preciso acreditar no potencial e contar com um pouco de sorte. Estas característica, própria de cada jogador é definido na base e lá estão os olhei-

ros, ou observadores com acesso aos clubes. Em todas as partes do Brasil eles estão interessados na descoberta, já que ‘Ronaldos’, Garrinchas, Zicos, Romários, Renatos, não são assim tão fácil de encontrar.

Nesta direção e a favor dos futuros jogadores está o surgimento das escolhinhas. Geralmente ligadas aos clubes, ou mantidas por craques do futebol profissional, elas contribuem para o desenvolvimento do atleta em áreas específicas com o objetivo de aguçar sua criatividade, sua coordenação motora, condicionamento físico e

responsabilidades em grupo. Sua principal função é preparar desde cedo o jogador para o futebol profissional. Apesar do incentivo criado

pela Lei Pelé, são poucos os que realmente passam nas ‘peneiras’ e saem do amador para chegar em times maiores. Em base, o mercado do esporte é muito competitivo. A cada 300 novos sonhadores, apenas dois possuem chance de ingressar no futebol profissional. Neste sentido a região sul de Santa Catarina tem demonstrado seu potencial. São inúmeros adolescentes espalhados em times brasileiros e alguns fora das divisas do país.

As escolhinhas demonstram interesse na formação profissional e cobram dos atletas disciplina, respeito e for-mação social, para que o atleta saiba discernir, ao menos, o certo e o errado.

Já os olheiros participam de uma segunda etapa, a avaliação de cada jogador. Uma observação muito presente, e atrai os empresários para o sul, é a descendência destes atletas, o que torna mais fácil o acesso aos clubes. Se houver possibilidade de uma dupla cidadania, aumenta as chances de uma carreira duradoura.

Por outro lado é bom estar alerta, pois o maior problema vivido pelos garotos se confundem com o universo feminino. Com a intermediação do empresário, elo de ligação entre o atleta e o clube, sua influência tem várias in-terpretações e ele pode sair da posição de herói e passar ao papel de vilão. Em vários casos, os jovens são tratados como mercadorias e não recebem a atenção necessária. A ausência da família e a distância de amigos, atrapalha o desenvolvimento e com isso forçam a desistir de seu sonho, para manter o contato com o cotidiano.

Enfim, a vida dos jovens que queiram seguir a carreira de jogador de futebol ou modelo não é fácil. No caso dos meninos, é claro que certa habilidade e noção de jogo ajudam, mas a força de vontade parece ser a carac-terística mais marcante destes jovens. No final, realizar ou não os sonhos depende da autoestima e de esforços múltiplos. Mas, vale destacar que a humildade e dignidade devem prevalecer.

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POR AÍ por Ivo Coan . [email protected]

Em altaA Top Model Braçonortense, Renata Kuerten (20), está cada vez

mais conquistando seu espaço no mundo da moda. Renata, que há 4 anos mora fora e viaja o mundo desfilando para as maiores grifes, está cada vez mais investindo na carreira internacional. Mas, não esquecendo o país, a bela, ao lado de Carol Trentini (22), Isabeli Fontana (26) e Iza-bel Goulart (25), irão protagonizar o projeto Monange Dream Fashion Tour, realizado pela Rede Globo em parceria com a agência Mega Mo-del, com patrocínio da Monange e que percorrerá o Brasil de março a setembro, levando o que há de mais bonito e moderno a um preço mui-to bom. No roteiro, dez capitais - São Paulo, Rio, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Brasília, Salvador, Belo Horizonte, Vitória e Recife - e a cidade de Campinas (SP). Na passarela, as tops vestirão criações feitas para o projeto, com coordenação do diretor de desfiles Zee Nunes (48), styling de Daniel Ueda (35) e trilha sonora ao vivo da banda Jota Quest. Já o stylist Matheus Mazzafera (28) será o criador do visual do dia-a-dia das modelos.

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Ficando mais velhos em fevereiroA orleanense Tânia (1), cirugiã-dentista, faz aniversário no dia 13;

Rodrigo Martins (2), de Florianópolis, grande amigo, completou mais um ano de vida no último dia 8, que Deus te abençoe meu amigo; Ma-theus Botelho (3), publicitário, de Capivari de Baixo, ficou mais velho também no último dia 8. Sucesso e felicidades a todos.

Futebol 3D? Você dentro da partidaComo era de se esperar, a tecnologia vem nos surpreenden-

do a cada dia. Foi realizada na Inglaterra, no dia 31 de janeiro a primeira partida em 3D na história do futebol, Arsenal 1 x 3 Manchester United. Dez bares pub foram escolhidos para que tal inovação fosse testada. A tecnologia de TV 3D deve ser im-plantada formalmente pela SKY na Inglaterra em abril, mas a transmissão de eventos esportivos já serve como teste e divul-gação do serviço. Agora só nos resta esperar, e quem sabe, no máximo, daqui uns 10 anos, chegue por aqui.(rs)

Ficar sentado é mais pejudicial do que se pensaSegundo um estudo conduzido pela médica Elin Ekblom-Bak, da

Escola Sueca de Esportes e Saúde, e publicado no periódico especia-lizado British Journal of Sports Medicine, alerta que quanto mais você ficar sentado, mais vai destruir sua saúde e poderá inclusive morrer disso, mesmo se fizer atividade física diariamente. Apesar de não ter chegado ainda a um tempo específico para que o prejuízo aconteça, a pesquisa

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conseguiu mostrar que após quatro horas consecutivas sentado, o corpo passa a enviar sinais de perigo, já que os genes que regulam a quantidade de glicose e gordura no organismo simplesmente desligam. Ou seja, as chances de doenças cardíacas, de ganhar peso e até mesmo morrer aumentam e muito. Quebrar esse ciclo é fácil. Basta se levantar a cada hora de trabalho, se espreguiçar e dar uma volta pequena de cinco a dez minutos.

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PROFISSÃO

Profissionalda limpeza

Disposição, responsabilidade, gosto por servir, agilidade e flexibilidade, além de saber trabalhar em equipe, são atribu-tos necessários para encarar este trabalho visto de outra posição, ingrato e sujo.

Responsável por manter limpas, ruas, praças, parques e vias públicas, ele é im-portante dentro da sociedade, pois faz com que o lixo não se acumule nas ruas e nos bueiros, fatores causadores de en-chentes e proliferação de doenças.

Hoje, praticamente despercebido pe-las diferenças sociais, possuem uma his-tória longa. A profissão surgiu no Rio de

Depois do vexame, interpretado por Boris Casoy, a pro-fissão ‘Gari”, passou a estar mais visível. Você sabe qual a função deste profissional no seu dia-a-dia?

Janeiro, em 1876, ainda no tempo dos imperadores e o nome ‘Gari’ é derivado do primeiro coletor de lixo contratado pelo governo, Pedro Alexio Gari. De lá para cá ela se tornou fundamental e pas-sou a ser escolha sem distinção entre ho-mens e mulheres.

Se há duvidas sobre isso, faça um comparativo. Imagine sua família produ-zindo lixo todos os dias e você sem co-leta, tendo que acumular todo este mate-rial em sua casa. Você consegue imaginar isto? Então imagine novamente, sua casa limpa e você acompanhando este profis-sional, correndo oito horas por dia, sem grandes períodos de descanso, com um uniforme pesado e botas.

Uma ideia de como é este trabalho foi expressa em pesquisa realizada pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tísticas (IBGE) que avaliou a produção de lixo no país.

Segundo a Pesquisa Nacional de Sa-neamento Básico do ano de 2000, o Bra-sil produzia mais de 228 mil toneladas de lixo por dia, e dos 5.507 municípios bra-sileiros, 5.475 possuem serviço de lim-peza urbana, mas apenas 451 tem coleta seletiva e 352 tem sistema de reciclagem.

Uma boa forma de reconhecer o tra-balho dos ‘Garis’ e ajudar o meio am-biente é manter a cidade limpa, evitar jogar lixo pelas ruas, acondicioná-los em sacos plástico – sempre separando reciclá-veis e orgânicos do lixo comum. São atitu-des simples, mas que contribuem, e muito, para melhorar o trabalho do profissional e dar melhores condições ao planeta.

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BLOCO AGLOMERANDO 2010

Carnaval Laguna

Clube Cruzeiro

4ª Fuga das Galinhas

EM D

ESTA

QU

EO carnaval é considerado uma das festas populares mais

animadas e representativas do mundo e sabendo que um evento é sempre uma grande oportunidade para reforçar rela-cionamentos e conquistar novas amizades, com esse intuito o BLOCO AGLOMERANDO 2010 estará presente mais uma vez no baile do dia 12/02/10 do Clube Cruzeiro de Braço do Norte. As camisetas que vêm acompanhadas de 1 ingresso para o Baile e ainda o direito de participar do esquenta com o Grupo de Pagode Loka Amizade, podem ser adquiridas na Loja NT de Braço do Norte e reservadas pelos fones: 99332245 – Wando e 99872908 – Douglas.

A 4ª edição da galinhada mais tradicional da região, acon-tecerá no dia 02 de Abril no CDL de Braço do Norte. A FUGA DAS GALINHAS espera receber este ano a presença de mais de 1000 pessoas. Terá o grupo Jeito Louco animan-do todos com o seu super pagode e Andrey Lagos & Banda. O indiscutível, Teto Fernandes colocará todos para dançar com seu som contagiante. DJ’s Rod BN e Rubinho ficarão responsáveis pelo som eletrônico. Ingressos ao preço de R$ 15,00 antecipados nos postos de vendas: Lanchonete Pastelão, Gloss Cosméticos e Posto Leão do Trevo.

A alegria do carnaval Lagunense vem atravessando décadas numa trajetória iniciada com o famoso “Zé Pereira”, que contava com um bumbo, uma caixa de rufos e um par de pratos. De lá pra cá, surgiram várias sociedades carnavalescas, blocos de salão, blocos de rua e escolas de samba. Hoje o carnaval de Laguna é um somatório de todas as fases, oferecendo diversas opções para se exaltar a festa que, inicia-se com trinta dias de antecedência, quando os ensaios das escolas de samba

O tradicional Baile de Carnaval do Clube Cruzeiro de Braço do Norte, que acontece na sexta-feira, 12, pro-mete quebrar o recorde de foliões presentes. Este ano a animação fica por conta da Banda Illuminati que preparou um repertório especial para a ocasião, DJ Rod também anima a festa.Faça seu bloco, vista sua fantasia e venha para o melhor baile de carna-val da região.

Tamara Gonçalves colou grau em Nutrição, dia 05 de fevereiro. Recebe as felicitações de toda a sua família.

Cris Nandi, emoldurada por seus pais, comemorou mais um ano de vida no último dia 22/01.

GERAL por Wando Ceolin

ocupam as ruas do centro histórico. Atualmente os blocos carnavales-cos vem se destacando a cada ano, dividindo Laguna entre as escolas de samba no centro histórico e os blocos carnavalescos na praia, ressaltan-do o Bloko Rosa no sábado de carnaval, o famoso Bloco da Pracinha no domingo, o tradicional Bloco Pangará na segunda-feira e fechando o feriado festivo na terça-feira o novíssimo bloco que veio para ficar, o Bloco 100 juízo.

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