metodologia para a concepção de sistemas de recuperação de

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i UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de Informação João Carlos Amaro Ferreira (Mestre) DISSERTAÇÃO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE DOUTOR EM ENGENHARIA INFORMÁTICA E DE COMPUTADORES Orientador: Doutor José Carlos Martins Delgado Co - Orientador: Doutor Alberto Manuel Rodrigues da Silva JÚRI: Presidente: Reitor da Universidade Técnica de Lisboa Vogais: Doutor José Manuel Nunes Salvador Tribolet Doutor Arlindo Manuel Limede de Oliveira Doutor Mário Jorge Costa Gaspar Silva Doutor Paulo Miguel Torres Duarte Quaresma Doutor José Carlos Martins Delgado Doutor Alberto Manuel Rodrigues da Silva Novembro de 2005 IRML UML IR- InformationNeeds IR-Modelos IR-Metodologia Infra-estrutura IR-Modelo Sistema Conceptual IR-Sistema IR-Sistema Específico IR-Plataforma Teste IR-Colecção Teste IR-Processos «IR-Result» Resultados «IR-KnowladgeSpace» ListaDocRelevanteParaCadaTópico «IR-Result» Avaliação baseado usa > modelos linguagem u sa constroí bibliotecas baseado si st e m a conceptual

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Page 1: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

i

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO

Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de Informação

João Carlos Amaro Ferreira (Mestre)

DISSERTAÇÃO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE DOUTOR EM ENGENHARIA INFORMÁTICA E DE COMPUTADORES

Orientador: Doutor José Carlos Martins Delgado Co - Orientador: Doutor Alberto Manuel Rodrigues da Silva

JÚRI:

Presidente: Reitor da Universidade Técnica de Lisboa Vogais: Doutor José Manuel Nunes Salvador Tribolet

Doutor Arlindo Manuel Limede de Oliveira Doutor Mário Jorge Costa Gaspar Silva Doutor Paulo Miguel Torres Duarte Quaresma Doutor José Carlos Martins Delgado Doutor Alberto Manuel Rodrigues da Silva

Novembro de 2005

IR M LU M L

IR -In form a tionN e e ds

IR -M ode losIR -M e todo log iaIn fra -e s tru tura

IR -M ode lo S is te m a C onc e ptua l

IR -S is te m a

IR -S is te m a E s pe c ífic oIR -P la ta form a Te s te

IR -C o le c ç ã o Te s te

IR -P roc e s s os« IR -R e su l t»R e s ulta dos

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m o d e l o s

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co n stro í

b i b l i o te ca s

b a se a d o

si ste m aco n ce p tu a l

Page 2: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

ii Tese realizada sob a orientação do Professor José Carlos Martins Delgado Professor Associado do Departamento de Engenharia Informática do Instituto Superior Técnico e Co-orientação do Professor Alberto Manuel Rodrigues da Silva Professor Auxiliar do Departamento de Engenharia Informática do Instituto Superior Técnico

Page 3: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Resumo iii

Título

Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de Informação

Resumo Propõe-se nesta dissertação uma metodologia para a concepção e construção de sistemas de IR, em particular no contexto do espaço distribuído e descentralizado que é a Web. Esta metodologia inclui uma linguagem de modelação (IRML-Information Retrieval Modelling Language), e baseada no mecanismo de extensão do UML e adequada às necessidades da Recuperação de Informação (IR). Para facilitar o processo de construção e promover a colaboração entre os investigadores de IR, é proposto um conjunto de bibliotecas padrão baseadas na linguagem IRML, no qual está embebido os principais conceitos da IR. Destas actividades resulta um conjunto de sistemas conceptuais que são implementados usando uma infra-estrutura adequada. Este conjunto de etapas permite simplificar o processo de construção de sistemas de IR. São construídos dez sistemas de IR ao qual se junta uma plataforma de teste onde são testados mais de mil sistemas num ambiente controlado. Esta plataforma permite testar processos existentes e outros construídos de raiz, nomeadamente novos processos de comparação híbridos, novas fórmulas de seguimento de ligação, pseudo-retroacção e de combinação de resultados.

Palavras-chave

Modelos, Metodologia, Linguagem, Infra-estrutura, Sistema, Pesquisa, Filtragem, Combinações, Classificação, Processo, Recuperação.

Page 4: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Resumo iv

Title

A Methodology to Design Information Retrieval Systems

Abstract This dissertation proposes a new methodology to design information retrieval systems, in particular in the context of the decentralized and distributed Web space. The methodology uses a modeling language (IRML), based on the extension mechanisms of the UML and adequate to the Information Retrieval needs and issues. To ease the design process and to promote the cooperation between IR researchers, standard libraries have been created using the IRML and based on the main IR concepts. A group of conceptual systems has been implemented as result of the previous described activities, using and adequate infrastructure. The experience collected makes available a simplified process to develop IR systems. Ten IR systems have been developed and, in addition, a testing platform used in more then one thousand systems in a controlled environment was made available. The testing platform can test existing and new processes, namely new hybrid comparison processes, new fusion formulas, pseudo feedback and hubs and authorities formulas.

Keywords

Models, Methodology, Language, Infrastructure, System, Retrieval, Filtering, Fusion, Classification, Process.

Page 5: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Agradecimentos v

Agradecimentos

Ao Prof. José Delgado, pela sua orientação, organização geral desta tese.

Ao Prof. Alberto Manuel Rodrigues da Silva, pelo seu apoio, motivação, orientação e pela leitura crítica e cuidada da tese.

Ao Prof. José Borbinha, pelo apoio inicial, dinamismo.

Ao Eng. Carlos Leandro pelo seu trabalho no OpenFTS e integração de diferentes programas.

Ao Prof. Mário Silva pelo seu apoio, disponibilidade.

A todos os colegas da Secção de Matemática do ISEL e do departamento (DEETC) em especial a Prof. Arnaldo Abrantes e Eng. Rui Jesus.

À Sandra pelo tempo dispendido na correcção e apoio dado.

***

À Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), pela atribuição da bolsa de estudo (BD 5968/95), programa PRAXIS XXI.

Page 6: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

vi

Page 7: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Índice vii

Índice 1 INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS ................................................................................................ - 1 -

1.1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................- 1 - 1.2 RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO ..............................................................................................- 2 - 1.3 PROBLEMAS .............................................................................................................................- 5 - 1.4 CONTEXTO ...............................................................................................................................- 5 - 1.5 OBJECTIVOS E CONTRIBUIÇÕES ORIGINAIS.........................................................................- 6 - 1.6 PUBLICAÇÕES .........................................................................................................................- 8 - 1.7 ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO ..........................................................................................- 10 - 1.8 NOTAÇÕES E REFERÊNCIAS ..................................................................................................- 12 -

2 RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO.......................................................................................... - 15 -

2.1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................................- 16 - 2.2 PRINCIPAIS PROBLEMAS DA RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO .............................................- 18 - 2.3 PESQUISA DE INFORMAÇÃO ..................................................................................................- 20 - 2.4 INDEXAÇÃO DOS DOCUMENTOS ..............................................................................................- 25 - 2.5 PERGUNTA .............................................................................................................................- 31 - 2.6 PROCESSOS DE COMPARAÇÃO ................................................................................................- 36 - 2.7 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO ..................................................................................................- 46 - 2.8 SISTEMAS E APLICAÇÕES NA INTERNET ............................................................................- 54 - 2.9 FILTRAGEM DE INFORMAÇÃO ................................................................................................- 58 - 2.10 CLASSIFICAÇÃO DE INFORMAÇÃO ........................................................................................- 60 - 2.11 AGRUPAMENTO .......................................................................................................................- 61 - 2.12 CATALOGAÇÃO DE DOCUMENTOS ............................................................................................- 63 - 2.13 COMBINAÇÃO DE RESULTADOS ..............................................................................................- 70 -

3 IRML: LINGUAGEM DE MODELAÇÃO DE SISTEMAS DE IR........................................ - 79 -

3.1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................................- 79 - 3.2 A LINGUAGEM UML..............................................................................................................- 80 - 3.3 VISÃO CONJUNTA DA IRML ................................................................................................- 82 - 3.4 VISTAS DE SISTEMAS DE IR .............................................................................................- 86 - 3.5 VISTA DE CASOS DE UTILIZAÇÃO ......................................................................................- 87 - 3.6 VISTA DE INFORMAÇÃO........................................................................................................- 87 - 3.7 VISTA DE PROCESSOS .........................................................................................................- 92 - 3.8 CONCLUSÕES .........................................................................................................................- 98 -

4 BIBLIOTECA DE MODELOS ABSTRACTOS PARA SISTEMAS DE IR ......................... - 99 -

4.1 MODELO DE IR-ACTOR ........................................................................................................- 99 - 4.2 MODELO DE INFORMAÇÃO....................................................................................................- 101 - 4.3 MODELOS DE PROCESSOS....................................................................................................- 107 - 4.4 CONCLUSÕES .......................................................................................................................- 108 -

Page 8: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Índice viii

5 METODOLOGIA PARA A CONCEPÇÃO E CONSTRUÇÃO DE SISTEMAS DE IR....... - 109 -

5.1 MOTIVAÇÃO .........................................................................................................................- 109 - 5.2 METODOLOGIA .....................................................................................................................- 110 - 5.3 APLICAÇÕES .......................................................................................................................- 119 - 5.4 SISTEMAS PADRÃO DE IR.................................................................................................- 120 - 5.5 CONCLUSÃO .........................................................................................................................- 130 -

6 PLATAFORMA DE TESTE WEBSEARCHTESTER ................................................................ - 131 -

6.1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................- 131 - 6.2 MOTIVAÇÃO .........................................................................................................................- 131 - 6.3 OBJECTIVO .........................................................................................................................- 132 - 6.4 VISTA DOS CASOS DE UTILIZAÇÃO ..................................................................................- 132 - 6.5 VISTA DE INFORMAÇÃO......................................................................................................- 133 - 6.6 INFRA-ESTRUTURA BASE ...................................................................................................- 138 - 6.7 VISTA DE PROCESSOS .......................................................................................................- 139 - 6.8 CONCLUSÕES .......................................................................................................................- 149 -

7 CASOS DE ESTUDO COM BASE NA METODOLOGIA PROPOSTA ................................. - 151 -

7.1 JORNAL PERSONALIZADO: SISTEMA MYNEWSPAPER .........................................................- 152 - 7.2 IDENTIFICAÇÃO DE PROGRAMAS DE TELEVISÃO: MYTV (GUIA DE PROGRAMAS)..........- 157 - 7.3 MYTV: SISTEMA DE TELEVISÃO PERSONALIZADA............................................................- 161 - 7.4 MYENTERPRISE NEWS (ALERTAS EMPRESARIAIS) ...........................................................- 167 - 7.5 MYDOCUMENT: SISTEMA DE GESTÃO EMPRESARIAL..........................................................- 171 - 7.6 SISTEMA DE PESQUISA DE 3ª GERAÇÃO ..........................................................................- 174 - 7.7 SISTEMA DE PESQUISA USANDO O ESPAÇO DE CONHECIMENTO........................................- 179 - 7.8 CONCLUSÕES .......................................................................................................................- 184 -

8 WEBSEARCHTESTER PLATAFORMA DE TESTE PARA PROCESSOS DE IR .............. - 185 -

8.1 RESULTADOS DE SISTEMAS DE PESQUISA INDIVIDUAIS .................................................- 186 - 8.2 RESULTADOS DE SISTEMAS COMBINADOS ..........................................................................- 194 - 8.3 ANÁLISE DA SOBREPOSIÇÃO ..............................................................................................- 202 - 8.4 CONCLUSÕES .......................................................................................................................- 206 -

9 CONCLUSÕES E TRABALHO FUTURO................................................................................. - 211 -

9.1 CONCLUSÕES .......................................................................................................................- 211 - 9.2 TRABALHO FUTURO .............................................................................................................- 215 -

APÊNDICE A - GLOSSÁRIO, SIGLAS, ABREVIATURAS E SÍMBOLOS DE MEDIDAS,

FÓRMULAS E SISTEMAS DE PESQUISA ................................................................................... - 219 -

A.1 GLOSSÁRIO ..............................................................................................................................- 219 - A.2 SIGLAS MAIS USADAS.............................................................................................................- 220 - A.3 ABREVIATURAS.........................................................................................................................- 224 - A.4 SÍMBOLOS DE MEDIDAS APLICADAS .......................................................................................- 224 - A.5 SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO ACTIVOS REFERIDOS ................................................................- 225 -

APÊNDICE B – INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR SOBRE RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO .... -

Page 9: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Índice ix

227 -

B.1 CARACTERÍSTICAS DOS DOCUMENTOS ......................................................................................- 227 - B.2 CARACTERÍSTICAS DOS UTILIZADORES ..................................................................................- 230 - B.3 PROCESSO DE REDUÇÃO DE DIMENSÃO ...................................................................................- 232 - B.4 CLASSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS NA WEB..............................................................................- 238 -

APÊNDICE C – APLICAÇÕES DA METODOLOGIA A SISTEMAS CONCEPTUAIS DE IR - 242 -

C.1 MYCLASSIFICATOR .............................................................................................................- 242 - C.2 MYCOMBINEDCLASSIFICATOR...................................................................................................- 244 - C.3 SISTEMA DE FILTRAGEM BASEADO NA COMBINAÇÃO DE DIFERENTES ABORDAGENS

(MYCOMBINEDFILTER) ....................................................................................................................- 247 -

APÊNDICE D – RESULTADOS DOS TESTES NA PLATAFORMA WEBSEARCHTESTER .... - 251 -

D.1 RESULTADOS DE SISTEMAS DE PESQUISA QUE USAM PROCESSOS TEXTUAIS (VSM) ......- 251 - D.2 RESULTADOS DOS SISTEMAS DE SEGUIMENTO DE LIGAÇÕES .............................................- 253 - D.3 SISTEMAS DE PESQUISA BASEADOS EM PROCESSOS HÍBRIDOS.........................................- 256 - D.4 SISTEMAS TM ....................................................................................................................- 260 - D.5 COMBINAÇÃO INTERNAS......................................................................................................- 262 - D.6 COMBINAÇÕES EXTERNAS....................................................................................................- 266 - D.7 COMBINAÇÃO DE SISTEMAS DE TOPO ................................................................................- 270 -

APÊNDICE E - ANÁLISE DO GRUPO DE PERGUNTAS ...................................................... - 274 -

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................ - 285 -

Page 10: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Índice x

Índice de Figuras e Tabelas FIGURA 1.1: PRINCIPAIS MEIOS DE GERIR A INFORMAÇÃO................................................................................... - 1 - FIGURA 1.2: CICLO DE VIDA GENÉRICO DA INFORMAÇÃO. ..................................................................................... - 2 - FIGURA 1.3: PRINCIPAIS PUBLICAÇÕES E ORGANISMOS RESPONSÁVEIS PELA GESTÃO DE INFORMAÇÃO. ............... - 3 - FIGURA 1.4: CARACTERIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS PROCESSOS DE PRODUÇÃO E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. ...... - 4 - FIGURA 1.5: RELAÇÃO ENTRE AS ÁREAS DE CONHECIMENTO E A SUA CONTEXTUALIZAÇÃO NA PRESENTE DISSERTAÇÃO.

......................................................................................................................................................................... - 6 - FIGURA 1.6: OBJECTIVO PRINCIPAL DA DISSERTAÇÃO. ......................................................................................... - 7 - FIGURA 1.7: DIAGRAMA DA ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO EM CAPÍTULOS......................................................... - 11 - FIGURA 2.1: DIAGRAMA DOS TÓPICOS DO CAPÍTULO DOIS. ................................................................................. - 15 - FIGURA 2.2: RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO, SISTEMAS QUE SERÃO OBJECTO DE ANÁLISE. ............................... - 17 - FIGURA 2.3: PRINCIPAIS PROBLEMAS IDENTIFICADOS NA IR. ........................................................................... - 18 - FIGURA 2.4: PRINCIPAIS PROBLEMAS DOS UTILIZADORES AO USAREM SISTEMAS DE IR. .................................. - 19 - FIGURA 2.5: PRINCIPAIS TÉCNICAS USADAS NA IR........................................................................................... - 21 - FIGURA 2.6: SERVIÇO DE PESQUISA DE INFORMAÇÃO NA SUA FORMA MAIS SIMPLES. ......................................... - 21 - FIGURA 2.7: DEFINIÇÕES DE HUB (PÁGINA QUE APONTA PARA VÁRIAS AUTORIDADES) E AUTORIDADE (PÁGINA QUE

É APONTADA POR VÁRIOS HUB). .................................................................................................................... - 24 - FIGURA 2.8:CARACTERIZAÇÃO DAS FORMAS DE INDEXAÇÃO. ................................................................................. - 26 - FIGURA 2.9: PROCESSO SIMPLES DE INDEXAÇÃO. ................................................................................................ - 27 - TABELA 2.1:PESOS DOS TERMOS EM CADA DOCUMENTO.......................................................................................... - 29 - FIGURA 2.10: DESCRIÇÃO DOS PRINCIPAIS PROCESSOS DE CRIAÇÃO DO REPRESENTATIVO DAS NECESSIDADES DE

INFORMAÇÃO. .................................................................................................................................................. - 32 - FIGURA 2.11: REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DO USO DA RETROACÇÃO DO UTILIZADOR...................................... - 36 - FIGURA 2.12: DESCRIÇÃO DOS PRINCIPAIS PROCESSOS DE PESQUISA DE INFORMAÇÃO...................................... - 36 - FIGURA 2.13: CURVA DA PROBABILIDADE DE RELEVÂNCIA EM FUNÇÃO DA FREQUÊNCIA DOS TERMOS NO DOCUMENTO.-

39 - TABELA 2.2:VALORES DE CONTINGÊNCIA PARA CADA TERMO itt ........................................................................... - 40 - FIGURA 2.14: MODELOS LINGUÍSTICOS. .............................................................................................................. - 43 - FIGURA 2.15: DIAGRAMA DO PROCESSO BÁSICO DAS REDES NEURONAIS.............................................................. - 45 - FIGURA 2.16: METODOLOGIA PARA AVALIAR O DESEMPENHO DE UM SISTEMA. ..................................................... - 47 - FIGURA 2.17: GRÁFICO DE PRECISÃO VS. COBERTURA. ...................................................................................... - 48 - FIGURA 2.18: EXEMPLO DA COLECÇÃO WT10G. ................................................................................................... - 51 - FIGURA 2.19: EXEMPLO DE UM TÓPICO (PERGUNTA). ......................................................................................... - 52 - FIGURA 2.20: DESCRIÇÃO DO FUNCIONAMENTO DAS EXPERIÊNCIAS DA TREC. ................................................... - 53 - TABELA 2.3: DADOS DO SEARCHENGINEWATCH, REFERENTES A DEZEMBRO 2004. ............................................... - 55 - FIGURA 2.21: ESTATÍSTICA DE UTILIZAÇÃO DOS MOTORES DE PESQUISA NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, EM

DEZEMBRO DE 2004. .................................................................................................................................... - 55 - TABELA 2.4: SISTEMAS DE PESQUISA MAIS RELEVANTES CONSIDERADOS NO ESTUDO. ......................................... - 56 - FIGURA 2.22: PRINCIPAIS PROCESSOS DE FILTRAGEM. ...................................................................................... - 58 - FIGURA 2.23: PRINCIPAIS TÉCNICAS DE FILTRAGEM DE INFORMAÇÃO. .............................................................. - 59 - FIGURA 2.24: PRINCIPAIS DESAFIOS INERENTES AO SISTEMA DE FILTRAGEM................................................... - 59 - FIGURA 2.25: PRINCIPAIS APLICAÇÕES DOS SISTEMAS DEDICADOS À FILTRAGEM DE INFORMAÇÃO. ................. - 60 - FIGURA 2.26: ESQUEMA DAS DIFERENTES FORMAS DE CLASSIFICAR DOCUMENTOS. .............................................. - 61 - FIGURA 2.27: APLICAÇÕES DOS AGRUPAMENTOS DE TERMOS E DOCUMENTOS ......................................................... - 62 -

Page 11: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Índice xi

FIGURA 2.28: PRINCIPAIS PROCESSOS DE AGRUPAMENTO.................................................................................... - 62 - FIGURA 2.29: PROCESSO AUTOMÁTICO DE CATALOGAÇÃO DE DOCUMENTOS............................................................ - 63 - FIGURA 2.30: PRINCIPAIS APLICAÇÕES DA CATALOGAÇÃO DE DOCUMENTOS. ....................................................... - 64 - FIGURA 2.31: TRÊS PRINCIPAIS APROXIMAÇÕES NA CD..................................................................................... - 64 - FIGURA 2.32:DESCRIÇÃO DOS PRINCIPAIS PROCESSOS DE CATALOGAÇÃO............................................................ - 65 - FIGURA 2.33: PRINCIPAIS PROCESSOS DE REDUÇÃO DE DIMENSÃO. .................................................................... - 66 - FIGURA 2.34: GRÁFICO DO CUSTO COMPUTACIONAL VS. DESEMPENHO, PARA OS PRINCIPAIS PROCESSOS DE

REDUÇÃO DE DIMENSÃO. ................................................................................................................................. - 67 - FIGURA 2.35: PRINCIPAIS ALGORITMOS DE CLASSIFICAÇÃO.............................................................................. - 68 - FIGURA 2.36: OBJECTIVO DO PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO SVM. .................................................................... - 69 - FIGURA 2.37: GRÁFICO DO CUSTO COMPUTACIONAL VS. DESEMPENHO, PARA OS PRINCIPAIS PROCESSOS DE

CLASSIFICAÇÃO. ............................................................................................................................................ - 70 - FIGURA 2.38: PACOTES ENVOLVIDOS NUM SISTEMA DE CATALOGAÇÃO DE DOCUMENTOS........................................ - 70 - FIGURA 2.39: PROCESSO DE METAPESQUISA. ...................................................................................................... - 72 - FIGURA 2.40: PRINCIPAIS FORMAS DE COMBINAÇÕES. ........................................................................................ - 73 - FIGURA 2.41: FÓRMULAS DE COMBINAÇÃO USADAS NA DISSERTAÇÃO. .................................................................. - 74 - TABELA 2.5: SOBREPOSIÇÃO DA PARTIÇÃO DE 3 SISTEMAS. ............................................................................... - 77 - TABELA 2.6: TABELA DE SOBREPOSIÇÃO DAS PARTIÇÕES. ................................................................................... - 78 - TABELA 2.7:TABELA DA MEDIDA SUCESSO-FALHA................................................................................................. - 78 - FIGURA 3.1: OBJECTIVOS DA IRML. .................................................................................................................. - 79 - FIGURA 3.2: ARQUITECTURA UML, ADAPTADA DE (SILVA 01). ....................................................................... - 80 - FIGURA 3.3: MECANISMOS DE EXTENSÃO DO UML, ADAPTADO DE (OMG99) ...................................................... - 81 - TABELA 3.1: CLASSE BASE DOS ESTEREÓTIPOS DEFINIDOS................................................................................. - 82 - TABELA 3.2: RELAÇÕES ENTRE OS ESTEREÓTIPOS DEFINIDOS PARA A IR. ........................................................ - 84 - FIGURA 3.4: VISÃO GERAL DO METAMODELO DA IRML........................................................................................ - 85 - FIGURA 3.5: VISTAS DE REPRESENTAÇÃO DE SISTEMAS DA LINGUAGEM PARA IR. ............................................. - 86 - FIGURA 3.6: ACTORES DE UM SISTEMA DE IR.................................................................................................... - 87 - FIGURA 3.7: METAMODELO DA IRML – ESPECÍFICO PARA A VISTA DE INFORMAÇÃO. ........................................ - 88 - FIGURA 3.8: ESTEREÓTIPOS DO ESPAÇO CLASSIFICADO DE INFORMAÇÃO. ........................................................... - 89 - FIGURA 3.9: TIPOS DE SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO......................................................................................... - 90 - FIGURA 3.10: PRINCIPAIS FORMAS DE CONSTRUIR UM THESAURUS. .................................................................... - 91 - FIGURA 3.11: METAMODELO DA IRML –ESPECÍFICO PARA A VISTA DOS PROCESSOS. ..................................... - 93 - FIGURA 3.12: PROCESSO DE INDEXAÇÃO. ............................................................................................................ - 94 - FIGURA 3.13: PRINCIPAIS PROCESSOS DE COMPARAÇÃO...................................................................................... - 94 - FIGURA 3.14: PRINCIPAIS PROCESSOS DE COMPARAÇÃO NA ÁREA DOS SISTEMAS DE FILTRAGEM ........................ - 95 - FIGURA 3.15: PRINCIPAIS PROCESSOS DE COMPARAÇÃO NA ÁREA DOS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

(CATALOGAÇÃO). ........................................................................................................................................... - 95 - FIGURA 3.16: PRINCIPAIS PROCESSOS DE COMPARAÇÃO NA ÁREA DOS SISTEMAS DE PESQUISA......................... - 96 - FIGURA 3.17: PRINCIPAIS PROCESSOS DE OPTIMIZAÇÃO. .................................................................................. - 97 - FIGURA 3.18: DESCRIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO DE ESTIMAÇÃO DE PARÂMETROS. ........................... - 97 - FIGURA 4.1: ORGANIZAÇÃO DO CAPÍTULO 4. ...................................................................................................... - 99 - FIGURA 4.2: VISTA DOS CASOS DE USO DE UM SISTEMA DE IR. ..................................................................... - 100 - FIGURA 4.3: ATRIBUTOS DAS CLASSES ABSTRACTAS DA COLECÇÃO E DOS DOCUMENTOS. ................................... - 101 - FIGURA 4.4: CARACTERIZAÇÃO DA PERGUNTA..................................................................................................... - 102 - FIGURA 4.5: CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE UM UTILIZADOR. ........................................................................ - 103 - FIGURA 4.6: ATRIBUTOS DA CLASSE ABSTRACTA ÍNDICE.................................................................................. - 105 - FIGURA 4.7: DIAGRAMA DE CLASSES DE UM SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO. ....................................................... - 105 - FIGURA 4.8: VISTA PARCIAL DO SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DA ACM E RESPECTIVOS ATRIBUTOS. .......... - 106 - FIGURA 4.9: PROCESSO AUTOMÁTICO DE CRIAÇÃO DE COMUNIDADES. ................................................................ - 107 -

Page 12: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Índice xii

FIGURA 4.10: PROCESSO EXTERNO DE AVALIAÇÃO DAS COMUNIDADES IDENTIFICADAS DE FORMA AUTOMÁTICA PELO

SISTEMA. ..................................................................................................................................................... - 107 - FIGURA 4.11: ATRIBUTOS DA CLASSE ABSTRACTA RESULTADO. ......................................................................... - 107 - FIGURA 4.12: PROCESSO DE INDEXAÇÃO DE UM DOCUMENTO. ............................................................................. - 108 - FIGURA 5.1: PRINCIPAIS ACTORES NA PRODUÇÃO DE SISTEMAS DE IR ............................................................ - 110 - FIGURA 5.2: METODOLOGIA PROPOSTA PARA A CONCEPÇÃO DE SISTEMAS DE IR. ............................................. - 112 - FIGURA 5.3: SUB-ACTIVIDADES DO LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES............................................................ - 114 - FIGURA 5.4: METAMODELO DOS PRINCIPAIS CONCEITOS SUBJACENTES AO MDA................................................ - 115 - FIGURA 5.5: TRANSFORMAÇÕES ENTRE MODELOS MDA. ....................................................................................... - 116 - FIGURA 5.6: PROCESSO DE GERAÇÃO DE CÓDIGO. .............................................................................................. - 117 - FIGURA 5.7: APLICAÇÕES DA METODOLOGIA PROPOSTA. ..................................................................................... - 120 - FIGURA 5.8: PRINCIPAIS SISTEMAS DE PESQUISA. .......................................................................................... - 120 - FIGURA 5.9: VISTAS PARA CARACTERIZAR UM SISTEMA DE PESQUISA. ............................................................ - 121 - FIGURA 5.10: VISTA DOS CASOS DE UTILIZAÇÃO DE UM SISTEMA DE PESQUISA DE INFORMAÇÃO. .................. - 121 - FIGURA 5.11: VISTA DE INFORMAÇÃO DE UM SISTEMA DE PESQUISA............................................................... - 122 - FIGURA 5.12: VISTA DE PROCESSOS DE UM SISTEMA DE PESQUISA. ................................................................ - 123 - FIGURA 5.13: VISTAS PARA CARACTERIZAR O SISTEMA DE FILTRAGEM DE INFORMAÇÃO. ............................... - 124 - FIGURA 5.14: DIAGRAMAS DE CASOS DE USO DE UM SISTEMA DE CATALOGAÇÃO............................................... - 125 - FIGURA 5.15: VISTA DE INFORMAÇÃO DO SISTEMA DE CATALOGAÇÃO DE INFORMAÇÃO. .................................... - 125 - FIGURA 5.16: VISTA DOS PROCESSOS DE UM SISTEMA DE CATALOGAÇÃO.......................................................... - 126 - FIGURA 5.17: PRINCIPAIS PROCESSOS E ALGORITMOS DE REDUÇÃO DE DIMENSÃO. .......................................... - 127 - FIGURA 5.18: VISTAS PARA CARACTERIZAR O SISTEMA DE CATALOGAÇÃO DE INFORMAÇÃO............................. - 127 - FIGURA 5.19: CASOS DE UTILIZAÇÃO DE UM SISTEMA DE FILTRAGEM. ............................................................ - 128 - FIGURA 5.20: VISTA DE INFORMAÇÃO DE UM SISTEMA DE FILTRAGEM. ............................................................ - 129 - FIGURA 5.21: VISTA DE PROCESSOS DE UM SISTEMA DE FILTRAGEM. .............................................................. - 130 - FIGURA 6.1: CAMADAS DA PLATAFORMA, WEBSEARCHTESTER. ........................................................................... - 132 - FIGURA 6.2: VISTA DOS CASOS DE UTILIZAÇÃO DO SISTEMA WEBSEARCHTESTER. .......................................... - 133 - FIGURA 6.3: CARACTERIZAÇÃO DA COLECÇÃO WT10G, USADA NA PLATAFORMA DE TESTE................................ - 134 - FIGURA 6.4: CARACTERIZAÇÃO DAS PERGUNTAS USADAS, TÓPICOS. .................................................................. - 135 - FIGURA 6.5: CONSTRUÇÃO DE SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO, ATRAVÉS DOS FICHEIROS DE ENDEREÇOS E

CONTEÚDOS................................................................................................................................................... - 136 - TABELA 6.1: EXEMPLO DE UM FICHEIRO DE CONTEÚDOS E DE TEXTO, PARA A CATEGORIA DE ARTES DO YAHOO. ....-

137 - FIGURA 6.6: IMPLEMENTAÇÃO DO PROCESSO DE INDEXAÇÃO............................................................................... - 139 - TABELA 6.3: FILTROS DISPONÍVEIS NO OPENFTS. .......................................................................................... - 140 - FIGURA 6.7: VISTA DOS PROCESSOS DE OPTIMIZAÇÃO IMPLEMENTADOS. ........................................................... - 141 - FIGURA 6.8: VISTA DOS PRINCIPAIS PROCESSOS DE COMPARAÇÃO IMPLEMENTADOS.......................................... - 144 - TABELA 6.4: TABELA DE CONTINGÊNCIA PARA AS COMBINAÇÕES POSSÍVEIS DE A E B................................... - 145 - FIGURA 6.9: DESCRIÇÃO MODULAR DO SISTEMA DC. ......................................................................................... - 147 - TABELA 6.5: LISTA DOS ENDEREÇOS A REMOVER................................................................................................. - 148 - FIGURA 7.1: ESQUEMA DA DIVISÃO EM SECÇÕES DO CAPÍTULO 7. ................................................................... - 151 - FIGURA 7.2: SISTEMA MYNEWSPAPER ................................................................................................................. - 153 - FIGURA 7.3: CASOS DE USO DO SISTEMA MYNEWSPAPER................................................................................... - 153 - FIGURA 7.4: VISTA DE INFORMAÇÃO DO SISTEMA MYNEWSPAPER. .................................................................... - 154 - FIGURA 7.5: VISTA DE PROCESSOS DO SISTEMA MYNEWSPAPER. ...................................................................... - 156 - FIGURA 7.6: SISTEMA MYTV (GUIA DE PROGRAMAS). ..................................................................................... - 157 - FIGURA 7.7: VISTA DE CASOS DE UTILIZAÇÃO DO SISTEMA MYTV (GUIA DE PROGRAMAS)............................ - 158 - FIGURA 7.8: VISTA DE INFORMAÇÃO PARA O SISTEMA MYTV (GUIA DE PROGRAMAS).................................... - 160 - FIGURA 7.9: VISTA DE PROCESSOS DO SISTEMA MYTV (GUIA DE PROGRAMAS). ............................................ - 161 -

Page 13: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Índice xiii

FIGURA 7.10: SISTEMA MYTV (TELEVISÃO PERSONALIZADA)......................................................................... - 162 - FIGURA 7.11: VISTA DOS CASOS DE UTILIZAÇÃO DO SISTEMA MYTV (TELEVISÃO PERSONALIZADA). .......... - 163 - FIGURA 7.12: VISTA DE INFORMAÇÃO DO SISTEMA MYTV (TELEVISÃO PERSONALIZADA). ............................. - 165 - FIGURA 7.13: VISTA PROCESSOS DO SISTEMA MYTV (TELEVISÃO PERSONALIZADA). ..................................... - 166 - FIGURA 7.14: SISTEMA MYENTERPRISENEWS. ................................................................................................... - 167 - FIGURA 7.15: VISTA DE CASOS DE UTILIZAÇÃO DO SISTEMA MYENTERPRISENEWS. ........................................ - 168 - FIGURA 7.16: VISTA DE INFORMAÇÃO DO SISTEMA MYENTERPRISENEWS. ........................................................ - 169 - FIGURA 7.17: VISTA DE PROCESSOS DO SISTEMA MYENTERPRISENEWS. .......................................................... - 171 - FIGURA 7.18: SISTEMA MYDOCUMENT. ............................................................................................................... - 172 - FIGURA 7.19: VISTA DE CASOS DE UTILIZAÇÃO DO SISTEMA MYDOCUMENT..................................................... - 172 - FIGURA 7.20: VISTA DE INFORMAÇÃO DO SISTEMA MYDOCUMENT..................................................................... - 173 - FIGURA 7.21: VISTA DE PROCESSOS DO SISTEMA MYDOCUMENT. ..................................................................... - 174 - FIGURA 7.22: SISTEMA DE PESQUISA DE 3ªGERAÇÃO....................................................................................... - 175 - FIGURA 7.23: VISTA DE CASO DE UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE PESQUISA DE 3ª GERAÇÃO........................... - 176 - FIGURA 7.24: VISTA DE INFORMAÇÃO DO SISTEMA DE PESQUISA DE 3ª GERAÇÃO ........................................... - 177 - FIGURA 7.25: VISTA DE PROCESSOS DO SISTEMA DE PESQUISA DE 3ª GERAÇÃO PROPOSTO............................ - 179 - FIGURA 7.26: SISTEMA DE PESQUISA TM. ....................................................................................................... - 180 - FIGURA 7.27: VISTA DOS CASOS DE UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE PESQUISA TM.......................................... - 181 - FIGURA 7.28: VISTA DE INFORMAÇÃO DO SISTEMA TM. ................................................................................... - 182 - FIGURA 7.29: VISTA DE PROCESSOS DO SISTEMA TM. ................................................................................... - 183 - FIGURA 8.1: DIAGRAMA DE BLOCOS QUE REPRESENTA A ESTRUTURA DO CAPÍTULO OITO. ................................. - 185 - FIGURA 8.2:PARÂMETROS TESTADOS EM SISTEMAS DE PESQUISA INDIVIDUAIS. .............................................. - 186 - FIGURA 8.3: NOTAÇÃO USADA PARA SISTEMAS DE PESQUISA INDIVIDUAIS....................................................... - 186 - TABELA 8.1: VALORES DE PARÂMETROS DE SISTEMAS POR ORDEM DE DESEMPENHO............................................ - 187 - FIGURA 8.5: CURVA PRECISÃO/COBERTURA DOS SISTEMAS HITS PARA OS TÓPICOS 501-550..................... - 189 - TABELA 8.3: RESULTADOS DE SISTEMAS HITS POR CONJUNTO SEMENTE E COMPRIMENTO DO ENDEREÇO. ......... - 189 - TABELA 8.4: RESUMO DA NOMENCLATURA USADA PARA OS SISTEMAS TM ............................................................ - 190 - FIGURA 8.8: RESULTADOS PARA O SISTEMA LM COM ESTIMADORES DE DIRECHLET PARA OS TÓPICOS 451-500. ..-

192 - FIGURA 8.9:CURVAS DE PRECISÃO/COBERTURA PARA O SISTEMA LM COM ESTIMADORES DE DIRECHLET PARA OS

TÓPICOS 451-500. ................................................................................................................................... - 192 - FIGURA 8.10: CURVAS PRECISÃO/COBERTURA 451-500. ................................................................................ - 193 - FIGURA 8.11: RESULTADOS DE SISTEMAS SIMPLES PARA OS TÓPICOS 451-500. .......................................... - 193 - FIGURA 8.12: RESUMO DOS TÓPICOS DA SECÇÃO 8.2. .................................................................................... - 194 - FIGURA 8.13:DIAGRAMA DO ESPAÇO SOLUÇÃO DOS SISTEMAS. ........................................................................... - 196 - FIGURA 8.14: RESUMO DOS MELHORES RESULTADOS DA COMBINAÇÃO DE SISTEMAS EXTERNOS PARA OS TÓPICOS

451-500................................................................................................................................................... - 197 - FIGURA 8.15: RESUMO DAS MELHORES CURVAS PRECISÃO/COBERTURA PARA COMBINAÇÃO DE SISTEMAS ATRAVÉS DA

FÓRMULA SM. .............................................................................................................................................. - 198 - FIGURA 8.16: RESUMO DAS MELHORES CURVAS PRECISÃO/COBERTURA PARA COMBINAÇÃO DE SISTEMAS ATRAVÉS DA

FÓRMULA WRS. ............................................................................................................................................ - 198 - TABELA 8.7:RESULTADOS DOS SISTEMAS DE TOPO EM FUNÇÃO DAS DIFERENTES FÓRMULAS PARA OS TÓPICOS 451-

500. ........................................................................................................................................................... - 202 - TABELA 8.8: RESULTADOS DOS SISTEMAS DE TOPO EM FUNÇÃO DAS DIFERENTES FÓRMULAS PARA OS TÓPICOS 501-

550. ........................................................................................................................................................... - 202 - TABELA 8.9: NÚMERO DE DOCUMENTOS RELEVANTES PESQUISADOS NA ORDEM 1000. ........................................ - 202 - TABELA 8.10: MÉDIAS DAS ORDENS EM DOCUMENTOS SOBREPOSTOS PARA TODOS OS SISTEMAS COM SOBREPOSIÇÃO

MAIOR OU IGUAL A 10. .............................................................................................................................. - 204 - FIGURA 8.17: NÍVEL DE DESEMPENHO ÓPTIMO NA ORDEM 1000. ..................................................................... - 204 - FIGURA 8.18: NÍVEL DE DESEMPENHO ÓPTIMO NA ORDEM 20. .......................................................................... - 205 -

Page 14: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Índice xiv

FIGURA 8.19: DENSIDADE DE SOBREPOSIÇÃO DE DOCUMENTOS RELEVANTES EM TODOS OS SISTEMAS, PARA OS

TÓPICOS 501-550. ................................................................................................................................... - 205 - FIGURA 8.20: DENSIDADE DE SOBREPOSIÇÃO DE DOCUMENTOS RELEVANTES EM TODOS OS SISTEMAS, PARA OS

TÓPICOS 451-500. ................................................................................................................................... - 205 - TABELA 8.11: CONJUNTO DE DOCUMENTOS SEMENTE PRODUZIDO PELO VLC10................................................... - 206 - TABELA 8.12: FREQUÊNCIAS DE SISTEMAS E PROCESSOS NAS TRÊS ORDENS DE TOPO DOS TÓPICOS 451-550. .....-

208 - TABELA 9.1: RESUMO DOS PRINCIPAIS SISTEMAS DE PESQUISA INDIVIDUAIS TESTADOS COM A COLECÇÃO WT10G. -

213 - FIGURA 9.1: RESUMO DO TRABALHO ELABORADO NA PRESENTE DISSERTAÇÃO..................................................... - 214 - FIGURA B.1: PRINCIPAIS PROCESSOS DE CATALOGAÇÃO DE DOCUMENTOS COM BASE NA APROXIMAÇÃO HIERÁRQUICA. -

235 - FIGURA C.1: SISTEMA MYCLASSIFICATOR. ........................................................................................................ - 242 - FIGURA C.2: VISTA DE CASOS DE UTILIZAÇÃO DO SISTEMA MYCLASSIFICATOR. ............................................. - 243 - FIGURA C.3: VISTA DE INFORMAÇÃO DO SISTEMA MYCLASSIFICATOR................................................................ - 243 - FIGURA C.4: VISTA DE PROCESSOS DO SISTEMA MYCLASSIFICATOR. ............................................................... - 244 - FIGURA C.5: SISTEMA MYCOMBINEDCLASSIFICATOR. ......................................................................................... - 245 - FIGURA C.6: VISTA DE CASOS DE UTILIZAÇÃO DO SISTEMA MYCOMBINEDCLASSIFICATOR. .............................. - 245 - FIGURA C.7: VISTA DE INFORMAÇÃO DO SISTEMA MYCOMBINEDCLASSIFICATOR. .............................................. - 246 - FIGURA C.8: VISTA DE PROCESSOS DO SISTEMA MYCOMBINEDCLASSIFICATOR. ................................................ - 247 - FIGURA C.9: SISTEMA MYCOMBINEDFILTER....................................................................................................... - 247 - FIGURA C.10: VISTA DE CASOS DE UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE FILTRAGEM BASEADO NA COMBINAÇÃO DE

DIFERENTES ABORDAGENS............................................................................................................................. - 248 - FIGURA C.11: VISTA DE INFORMAÇÃO DE UM SISTEMA DE FILTRAGEM BASEADO NA COMBINAÇÃO DE DIFERENTES

ABORDAGENS. ................................................................................................................................................ - 249 - FIGURA C.12: VISTA DE PROCESSOS DE UM SISTEMA DE FILTRAGEM BASEADO NA COMBINAÇÃO DE DIFERENTES

ABORDAGENS. ................................................................................................................................................ - 249 - FIGURA D.1: RESULTADOS DOS SISTEMAS VSM PARA OS TÓPICOS 451-500................................................ - 251 - FIGURA D.2: CURVAS DE PRECISÃO/COBERTURA DOS SISTEMAS VSM PARA OS TÓPICOS 451-500................ - 251 - FIGURA D.3: RESULTADOS DOS SISTEMAS VSM PARA OS TÓPICOS 501-550................................................ - 252 - FIGURA D.4: CURVAS DE PRECISÃO/COBERTURA DOS SISTEMAS VMS PARA OS TÓPICOS 501-550................ - 252 - TABELA D.1:SISTEMA DE TOPO VSM EM FUNÇÃO DO COMPRIMENTO DA PERGUNTA. ........................................... - 252 - TABELA D.2:SISTEMA DE TOPO VSM EM FUNÇÃO DO ÍNDICE DE TERMOS USADOS. ........................................... - 252 - TABELA D.3:SISTEMAS DE TOPOVSM EM FUNÇÃO DO USO DE FRASES. ............................................................. - 253 - TABELA D.4: SISTEMAS DE TOPO VSM EM FUNÇÃO DO USO DE RETROAÇÃO ...................................................... - 253 - FIGURA D.5: NÚMERO DE DOCUMENTOS RELEVANTES PARA OS SISTEMAS HITS. ................................................ - 253 - FIGURA D.6: RESULTADOS DE PRECISÃO MÉDIA PARA OS SISTEMAS HITS..................................................... - 254 - FIGURA D.7: RESULTADOS DE SISTEMAS HITS, PARA OS TÓPICOS 451-500. ............................................. - 254 - FIGURA D.8: CURVA PRECISÃO/COBERTURA PARA SISTEMAS HITS DOS TÓPICOS 451-500. ......................... - 255 - FIGURA D.9: RESULTADOS DE SISTEMAS HITS, PARA OS TÓPICOS 501-550. ............................................. - 255 - FIGURA D.10: CURVA PRECISÃO/COBERTURA PARA SISTEMAS HITS DOS TÓPICOS 501-550. ....................... - 255 - TABELA D.5: ÍNDICE DA COLECÇÃO A USAR....................................................................................................... - 257 - TABELA D.6: NOMENCLATURA DOS SISTEMAS DC USADOS. .................................................................................. - 257 - TABELA D.7: RESULTADOS DE SISTEMAS DC AGRUPADOS PELOS DIFERENTES TERMOS DE CATEGORIA PARA OS

TÓPICOS 451-550. ................................................................................................................................... - 258 - FIGURA D.11: DESEMPENHO DOS 13 “MELHORES” SISTEMAS DC E DO “PIOR” SISTEMA DC PARA OS TÓPICOS

451-550................................................................................................................................................... - 259 - FIGURA D.12: CURVA COBERTURA/PRECISÃO PARA OS 10 SISTEMAS DC DE TOPO PARA OS TÓPICOS 451-550. ..-

259 - TABELA D.8: RESUMO DA NOMENCLATURA USADA PARA OS SISTEMAS TM. .......................................................... - 260 -

Page 15: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Índice xv

FIGURA D.13: RESULTADOS DOS SISTEMAS TM PARA OS TÓPICOS 451-500................................................ - 261 - FIGURA D.14: CURVA PRECISÃO/COBERTURA DOS SISTEMAS TM PARA OS TÓPICOS 451-500. ...................... - 261 - FIGURA D.15: RESULTADOS DOS SISTEMAS TM DOS TÓPICOS 501-550. ...................................................... - 261 - FIGURA D.16: CURVA PRECISÃO/COBERTURA PARA SISTEMAS TM DOS TÓPICOS 501-550............................. - 262 - TABELA D.9: NOMENCLATURA USADA PARA AS COMBINAÇÕES INTERNAS DO SISTEMA VSM................................. - 262 - TABELA D.10: NOMENCLATURA USADA PARA AS COMBINAÇÕES INTERNAS DO SISTEMA HITS. ........................... - 263 - TABELA D.11: NOMENCLATURA USADA PARA AS COMBINAÇÕES INTERNAS DOS SISTEMAS DC. ............................ - 263 - TABELA D.12: NOMENCLATURA USADA PARA AS COMBINAÇÕES INTERNAS DOS SISTEMAS TM. ............................ - 263 - FIGURA D.17: RESULTADOS DOS MELHORES SISTEMA DE COMBINAÇÃO INTERNA POR SISTEMA E FÓRMULA PARA OS

TÓPICOS 451-500. ................................................................................................................................... - 264 - FIGURA D.18: CURVAS DE PRECISÃO/COBERTURA PARA OS MELHORES SISTEMA DE COMBINAÇÃO INTERNA POR

SISTEMA E FÓRMULA PARA OS TÓPICOS 451-500.................................................................................... - 264 - FIGURA D.19: RESULTADOS DOS MELHORES SISTEMA DE COMBINAÇÃO INTERNA POR SISTEMA E FÓRMULA PARA OS

TÓPICOS 501-550. ................................................................................................................................... - 264 - FIGURA D.20: CURVAS DE PRECISÃO/COBERTURA PARA OS MELHORES SISTEMA DE COMBINAÇÃO INTERNA POR

SISTEMA E FÓRMULA PARA OS TÓPICOS 501-550.................................................................................... - 265 - FIGURA D.21: CURVAS DE PRECISÃO/COBERTURA PARA O SISTEMA HITS COM COMBINAÇÃO INTERNA PARA OS

TÓPICOS 501-550. ................................................................................................................................... - 265 - FIGURA D.22: CURVAS DE PRECISÃO/COBERTURA PARA O SISTEMA TM COM COMBINAÇÃO INTERNA PARA OS

TÓPICOS 451-500. ................................................................................................................................... - 265 - TABELA D.13:NOMENCLATURA PARA COMBINAÇÃO DE SISTEMAS EXTERNOS.......................................................... - 266 - FIGURA D.23: RESULTADOS MAIS SIGNIFICATIVOS DAS COMBINAÇÕES EXTERNAS DOS SISTEMAS VSM-HITS.- 267 - FIGURA D.24: RESULTADOS MAIS SIGNIFICATIVOS DAS COMBINAÇÕES EXTERNAS DOS SISTEMAS VSM-TM. .... - 268 - FIGURA D.25: RESULTADOS MAIS SIGNIFICATIVOS DAS COMBINAÇÕES EXTERNAS DOS SISTEMAS HITS-TM... - 269 - FIGURA D.26: RESULTADOS MAIS SIGNIFICATIVOS DAS COMBINAÇÕES EXTERNAS DOS SISTEMAS VSM-HITS-TM. .-

270 - TABELA D.14: NOMENCLATURA DAS 12 FÓRMULAS USADAS. ............................................................................... - 271 - FIGURA D.27:RESULTADOS DOS SISTEMAS DE TOPO COMBINADOS PARA OS TÓPICOS 451-500....................... - 271 - FIGURA D.28:RESULTADOS DOS SISTEMAS DE TOPO COMBINADOS PARA OS TÓPICOS 501-550....................... - 272 - FIGURA D.29: CURVA DE PRECISÃO COBERTURA PARA OS SISTEMAS DE TOPO COMBINADOS PARA OS TÓPICOS 501-

550, USANDO A FÓRMULA OWRS............................................................................................................... - 272 - FIGURA D.30: CURVA DE PRECISÃO/COBERTURA PARA OS SISTEMAS DE TOPO COMBINADOS PARA OS TÓPICOS 501-

550, USANDO A FÓRMULA ROWRS. ........................................................................................................... - 273 - FIGURA D.31: CURVA DE PRECISÃO COBERTURA PARA OS SISTEMAS DE TOPO COMBINADOS PARA OS TÓPICOS.

501-550, USANDO AS FÓRMULAS ROWRS-SF/F/P................................................................................ - 273 - FIGURA D.32: DISTRIBUIÇÃO DE DOCUMENTOS RELEVANTES PARA OS TÓPICOS 501-550. ............................. - 273 - FIGURA E.1: NÚMERO DE DOCUMENTOS RELEVANTES CONHECIDOS POR TÓPICOS 451-550............................... - 274 - FIGURA E.2: DIVISÃO DE RESULTADOS FEITA NO APÊNDICE E......................................................................... - 275 - FIGURA E.3: RESULTADOS MÉDIOS DAS PERGUNTAS AGRUPADOS PELO NÚMERO TOTAL DE DOCUMENTOS RELEVANTES

(NTDR) INFERIORES A 10....................................................................................................................... - 277 - FIGURA E.4: RESULTADOS MÉDIOS DAS PERGUNTAS AGRUPADOS PELO NÚMERO TOTAL DE DOCUMENTOS RELEVANTES

(NTDR) ENTRE 10 E 50. ........................................................................................................................ - 277 - FIGURA E.5: RESULTADOS MÉDIOS DAS PERGUNTAS AGRUPADOS NÚMERO TOTAL DE DOCUMENTOS RELEVANTES (NTDR)

ENTRE 50 E 100. ...................................................................................................................................... - 277 - FIGURA E.6: RESULTADOS MÉDIOS DAS PERGUNTAS AGRUPADOS PELO NÚMERO TOTAL DE DOCUMENTOS RELEVANTES

(NTDR) SUPERIORES A 100. ................................................................................................................... - 278 - TABELA E.1: LISTA DAS PERGUNTAS EM FUNÇÃO DOS GRUPOS DE DOCUMENTOS RELEVANTES ESTABELECIDOS. .. - 278 - FIGURA E.7: RESULTADOS MÉDIOS DAS PERGUNTAS AGRUPADOS PELO MELHOR PROCESSO=VSM. ........................ - 278 - FIGURA E.8: RESULTADOS MÉDIOS DAS PERGUNTAS AGRUPADOS PELO MELHOR PROCESSO HITS. ...................... - 279 - FIGURA E.9: RESULTADOS MÉDIOS DAS PERGUNTAS AGRUPADOS PELO MELHOR PROCESSO TM............................ - 279 -

Page 16: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Índice xvi

TABELA E.2: LISTA DAS PERGUNTAS EM FUNÇÃO DOS SISTEMAS QUE OBTIVERAM MELHOR DESEMPENHO. ........... - 279 - FIGURA E.10: RESULTADOS MÉDIOS DAS PERGUNTAS AGRUPADOS PELA PRECISÃO MÉDIA INFERIOR A 0.1..... - 280 - FIGURA E.11: RESULTADOS MÉDIOS DAS PERGUNTAS AGRUPADOS PELA PRECISÃO MÉDIA ENTRE 0.1 E 0.2. - 280 - FIGURA E.12: RESULTADOS MÉDIOS DAS PERGUNTAS AGRUPADOS PELA PRECISÃO MEDIAM, SUPERIOR A 0,2. - 280 - FIGURA E.13:RESULTADOS DA MÉDIA SOBRE PERGUNTAS AGRUPADOS PELA ESPECIFICIDADE DAS PERGUNTAS

(PERGUNTAS VAGAS). ................................................................................................................................. - 281 - FIGURA E.14: RESULTADOS DA MÉDIA SOBRE PERGUNTAS AGRUPADOS PELA ESPECIFICIDADE DAS PERGUNTAS

(PERGUNTAS RESTRITAS). .......................................................................................................................... - 281 - FIGURA E.15: RESULTADOS DA MÉDIA SOBRE PERGUNTAS AGRUPADOS PELA ESPECIFICIDADE DAS PERGUNTAS

(PERGUNTAS ESPECIFICAS). ...................................................................................................................... - 282 - TABELA E.3: LISTA DAS PERGUNTAS EM FUNÇÃO DA NATUREZA. ........................................................................ - 282 - TABELA E.4: TRÊS MELHORES SISTEMAS POR CADA TÓPICO (TÓPICOS 451-500). ....................................... - 283 - TABELA E.5: TRÊS MELHORES SISTEMAS POR CADA TÓPICO (TÓPICOS 501-550). ....................................... - 284 -

Page 17: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 1 – Introdução e Objectivos - 1 -

Capítulo 1

1 Introdução e Objectivos

1.1 Introdução

Os avanços tecnológicos permitem uma maior facilidade na produção e difusão de informação conduzindo a uma realidade que muitas vezes se traduz em situações de excesso de informação, não permitindo às pessoas obter a informação desejada, cada vez mais indispensável e crítica. Esta problemática tem duas vertentes principiais conforme ilustrado na Figura 1.1, a recuperação de informação (IR) (iremos usar a designação IR para este conceito da recuperação de informação) e a aquisição de conhecimento. Os sistemas de IR permitem a um utilizador aceder à informação pretendida, destacando-se evidentemente o sistema de pesquisa, devido à sua larga utilização, na Word Wide Web (referida como Web ao longo da dissertação). O Google é o expoente máximo dos sistemas de pesquisa a nível de utilização. Estão habitualmente disponíveis numerosos sistemas de pesquisa nos quais, o utilizador formula a sua necessidade de informação através de um conjunto de termos. A maioria dos sistemas responde de uma forma rápida mas com uma lista infindável de documentos, sendo a maioria deles irrelevantes relativamente à necessidade de informação do utilizador.

Figura 1.1: Principais meios de gerir a informação.

Esta e outras razões tornam importante o estudo e o desenvolvimento de metodologias

Pesquisa

Filtragem

Catalogação

Resumo Documentos

Agrupamento

Informação

Extracção

‘Mining’

VisualizaçãoServiçosRecuperação ‘Mining’

RecuperaçãoInformação

Organização daInformação

Área da presente Dissertação

Navegação

Difusão

Pesquisa

Filtragem

Catalogação

Resumo Documentos

Agrupamento

Informação

Extracção

‘Mining’

VisualizaçãoServiçosRecuperação ‘Mining’

RecuperaçãoInformação

Organização daInformação

Área da presente Dissertação

Navegação

Difusão

Page 18: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 1 – Introdução e Objectivos - 2 -

capazes conceber e construir de sistemas de IR de uma forma simples, originando assim sistemas de recuperação adaptados às necessidades de grupos de utilizadores.

Outro aspecto deste problema é o facto de as diferentes formas de IR serem habitualmente abordadas de uma forma independente, não se beneficiando de possíveis sinergias entre os diferentes sistemas (ver Secção 1.2, pesquisa, filtragem, classificação).

Nesta dissertação, propõe-se uma metodologia para a concepção de sistemas de IR, permitindo uma análise do problema referido, em particular aplicando-o ao espaço distribuído e descentralizado que é a Web. Esta metodologia inclui de forma original uma linguagem de modulação adaptada às necessidades da IR, baseada no mecanismo de extensão do UML.

1.2 Recuperação de Informação

Nos nossos dias, tal como ao longo dos tempos, o acesso e controlo da informação são vitais e a Web abriu caminho para um processo que permite divulgar e aceder à informação de uma forma fácil, rápida e a baixo custo. Esta condição acabou por criar o problema do excesso de informação disponibilizada, levando ao estudo e desenvolvimento de sistemas de submissão e recuperação de informação, conforme sugerido na Figura 1.2, em que se representa o ciclo de vida da informação. Genericamente existem dois sistemas, um para produção e submissão de informação e um outro que permite a recuperação da informação pretendida.

Figura 1.2: Ciclo de vida genérico da informação.

Devido à realidade social e tecnológica, onde a necessidade de informação é uma constante, a IR tem concentrado a atenção de um grande número de investigadores e, dada a complexidade do problema, tem-se mantido tema actual ao longo de mais de duas décadas (Salton 83, Rijsberg 79, Korfhage 97, Yates 99, Zhai 01). O número de grupos de investigação quadruplicou num espaço de 10 anos (dados estimados com base na análise do numero de grupos que concorreram à TREC (vid. Secção 2.7)). Desenvolveram-se inúmeras associações e têm emergido diferentes publicações (Figura 1.3). No entanto, na área dos sistemas e dos processos estatísticos nenhuma organização ou publicação se impôs como referência.

Para além destes factos, a informação disponível é arquivada sob a forma escrita em documentos ou registos, que são arquivados num meio conveniente sob as mais variadas

:InformaçãoProdutor Consumidor

Produção/SubmissãoRecuperação de Informação

Page 19: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 1 – Introdução e Objectivos - 3 -

formas e dimensões. Os registos representam informação estruturada com campos bem definidos associados a Bases de Dados. Por outro lado, os documentos constituem informação não estruturada onde o elemento fundamental é o texto, que representa a expressão escrita da linguagem humana. O texto é um mecanismo poderoso para guardar informação, permitindo armazenar qualquer conteúdo verbal expresso; um poder que advém da riqueza, da diversidade, da subjectividade e da flexibilidade existentes na linguagem humana. Quando é criado um texto, o autor tem ao seu dispor uma enorme diversidade de vocábulos e termos, que podem ser combinados das mais diversas formas para expressar o que deseja comunicar. Por outro lado, um vocábulo ou termo pode assumir vários significados consoante o contexto em que se aplicam. Estas formas de guardar informação só farão sentido se posteriormente for possível consultar e encontrar a informação desejada pelos utilizadores. As necessidades de informação dos utilizadores podem ser estáveis ou dinâmicas, consoante a taxa de variação dos interesses ao longo do tempo, podendo ainda ser classificadas como vastas ou específicas (Belkin, 1992).

Figura 1.3: Principais publicações e organismos responsáveis pela gestão de informação.

A recuperação de informação pode ser caracterizada do ponto de vista da informação (estruturada vs. não-estruturada), das necessidades de informação (genéricas vs. específicas) e do fluxo de informação (estável vs. dinâmico), nos seguintes processos, como sugerido na Figura 1.4:

− Navegação (N), processo interactivo em que o utilizador está mais interessado em explorar e conhecer os documentos do que em satisfazer uma necessidade específica de informação.

− Consulta de base de dados (BD), processo que permite recuperar registos bem definidos num meio apropriado.

− Pesquisa de Informação (PI), área das ciências da computação que estuda a questão da recuperação de informação, dada uma necessidade momentânea de informação de um utilizador, (Belkin, 1992; Salton 1983; Rijsbergen 1979, SIGIR, TREC (vid. Secção 2.7)).

G e s tã o In form a ç ã o

A pre n diza g e m 'M in ing '

IC D EA C M

S IG K D DIC M L U A I A A A I

W W WA S ISTR E CC LE F A C M

S IG IRA C M C IK M

H LT J C D LC O LIN G

N LP (L ingu a ge m N a tura l) A p lic a ç õ e sIR B a s e de D a dos

A C L

C iê nc ia dos C om puta dore s

A C M S IG M O D

E s ta tís tic a O ptim iza ç ã o

S oftw a re S is te m a s

V L D B

Page 20: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 1 – Introdução e Objectivos - 4 -

− Filtragem de Informação (FI), área das ciências da computação que estuda o encaminhamento automático de informação, dado um conjunto de interesses estáveis de um utilizador (vid. Secção 2.9), (ACM 1992, ACM 1997, ACM 2004, DELOS 1997).

− Classificação de Informação (C), processo de organizar o espaço de informação, subdividindo-o em conceitos previamente definidos que formam grupos, tendo como objectivo facilitar a IR e melhorar o desempenho dos sistemas desenvolvidos para esse fim (vid. Secção 2.10 a 2.12).

Figura 1.4: Caracterização dos principais processos de produção e recuperação de informação.

Relativamente a estes processos, a análise da presente dissertação foca o problema da IR não estruturada na presença de interesses específicos de informação, dos quais se destacam evidentemente os processos de pesquisa e de filtragem de informação. Associado a estes processos é abordado o problema da classificação de informação através de um espaço de conhecimento previamente definido, tendo como objectivo a melhoria dos resultados gerados pelos processos acima referidos.

A IR é um processo no qual uma colecção de documentos (i.e informação não-estruturada) é dividida em duas categorias de documentos, relevantes e não-relevantes. Documentos relevantes são aqueles que satisfazem as necessidades de informação de um utilizador, cabendo na outra categoria todos os outros documentos.

A riqueza da linguagem humana, quer pela diversidade de vocábulos de termos utilizados, quer pela forma como estes são combinados, tornam bastante difícil a tarefa de recuperar informação o que faz com que este problema esteja longe de estar resolvido; sendo esta uma área onde se têm dispendido esforços, no sentido de desenvolver técnicas e estratégias necessárias para minimizar o problema de encontrar a informação desejada.

Fluxo informação

Documentos

Registos

Estruturado

Não Estruturado

FI PI

BD

Processos FI - Filtragem de Informação; PI - Pesquisa de Informação; BD - Base de Dados; N – Navegação; C –

Classificação de Informação

Produção de Informação Necessidades de Informação

Estável Dinâmico

Genérico

Específico

FI PI BD

N

Dinâmico

N

Estável C

C

Page 21: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 1 – Introdução e Objectivos - 5 -

1.3 Problemas

Entre os vários problemas da IR destacam-se aqueles que se consideram mais relevantes para os objectivos da presente investigação, a saber:

− Dada a complexidade da área de IR, existe um conjunto diverso de sistemas e de processos de pesquisa, de filtragem e de classificação sem que nenhum apresente uma resolução completa do problema. Existem ainda poucas iniciativas no sentido de explorar sinergias dos três sistemas.

− Existe pouca personalização ao nível dos sistemas de recuperação, não havendo distinção entre os diferentes níveis de experiência dos utilizadores. Estão disponíveis poucas alternativas nas formas de pesquisa (principal sistema de recuperação). São disponibilizadas poucas ferramentas eficazes para trabalhar a informação identificada como relevante por um sistema, agrupando-a em tópicos ou diminuindo o seu número usando determinados critérios.

− Inexistência de plataformas de teste, aceites e usadas pela comunidade de IR.

− Inexistência de uma ontologia de conceitos aceite para IR. O conceito de ontologia é empregue no sentido da definição de um conjunto de conceitos definidos para um determinado domínio de modo a poderem ser reutilizados.

− Nota-se uma falta de utilização generalizada de uma linguagem de modelação e de uma metodologia na construção e concepção de sistemas de IR.

− Os sistemas de IR dão geralmente respostas rápidas, no entanto devolvem muitos documentos, tornando a sua verificação quase impossível e muitos de relevância nula, face à necessidade do utilizador.

1.4 Contexto

Sintetiza-se na Figura 1.5, o contexto da presente dissertação e a relação entre diferentes áreas de conhecimento. O problema da IR é abordado na perspectiva dos modelos, dos algoritmos, dos sistemas e das aplicações. São igualmente abordados assuntos das áreas de:

− Engenharia de Software onde se aborda o problema da construção e concepção de sistemas de IR.

− Estatística e Optimização relacionada como o estudo de processos e algoritmos de IR.

Page 22: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 1 – Introdução e Objectivos - 6 -

− Aplicações onde se propõe uma plataforma de teste e um conjunto diverso de aplicações.

Figura 1.5: Relação entre as áreas de conhecimento e a sua contextualização na presente dissertação.

1.5 Objectivos e Contribuições Originais

Sintetiza-se nesta secção o principal objectivo e contribuição desta dissertação, conforme sugerido na Figura 1.6.

Hipótese: Os sistemas de IR devem ser desenvolvidos de acordo com uma metodologia que permita sistematizar os seus requisitos com uma linguagem de modelação adequada e conduzir a uma implementação bem estruturada, com base num conjunto de modelos abstractos específicos de IR.

Objectivo: Contribuir para o desenvolvimento da IR, através da proposta de uma metodologia específica baseada numa linguagem de modelação para a concepção de sistemas de IR.

Consequências Práticas: Definição de uma linguagem baseada nos mecanismos de extensibilidade do UML, adaptadas às necessidades da IR, a qual serve de base à definição de um conjunto de modelos específicos de IR, os quais servem de bibliotecas base na criação de sistemas de IR. Este processo conduziu à criação de uma plataforma de teste comum, onde foram testados diferentes processos (algoritmos) de IR e validados outros, propostos pelo autor.

Contribuições: Identificam-se as seguintes contribuições originais do presente trabalho:

− Definição de uma linguagem de modelação (IRML) adaptada às necessidades da IR, através da criação de um perfil UML (vid. Capítulo 3). Para além de servir de

Page 23: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 1 – Introdução e Objectivos - 7 -

base à criação de modelos abstractos, esta linguagem permite a sistematização conceitos e notação na área da IR.

− Definição de uma biblioteca de modelos abstractos para IR, baseada na linguagem proposta, a qual agrega e estrutura um conjunto padrão de modelos, usados no processo de criação de sistemas modulares de IR.

C ontribu ír pa ra o de s e nv o lv im e nto da IR

« C o n tri b u to »IR M L

C a p ítu l o 6

« C o n tri b u to »IR -M ode los A bs tra c tos

In fra -E s tru turaIR -S is te m a

IR -P la ta form a Te s te

IR -A p lic a ç õe s

C a p ítu l o 7

C a p ítu l o 8 (R e su l ta d o sd a P l a ta fo rm a d e T e ste )

Te s te IR -P roc e s s o

C a p ítu l o 3

C a p ítu l o 5

IR -A lgorithm o

N o vo s A l g o ri tm o s C ri a d o s

O a u to r c ri o u o s se g u i n te s a l g o ri tm o s:- C a p ítu l o 6 : T M- C a p ítu l o 7 : D C ; P se u d o -R e tro a cçã o ; A l te ra çõ e s n a s fó rm u l a s d e se g u i m e n to d e l i g a çõ e s; T rê s fó rm u l a s d e co m b i n a çã o ;

C a p ítu l o 4

« C o n tri b u to »M e todo log ia

O b j e ct i vo d ad i sse rta çã o

U M L

u sa >

+ o u tp u t

co n ce p çã o

A va l i a

d e se n vo l v i m e n to IR

d e f i n ee ta p a s

a rq u i te c tu ram o d e l o s

d e se n vo l v i m e n to IR >

co n ce i to s en o ta çã o

< u sa

co n ce p çã o

+ o u tp u t

+ m o d e l o s

co n j u n to'b i b l i o te ca s'd i sp o n íve i sb a se a d a

b a se a d o

u sal i n g u a g e m

Figura 1.6: Objectivo principal da dissertação.

− Proposta de uma metodologia para concepção e construção de sistemas de IR adaptados às necessidades específicas de grupos de utilizadores, com base na linguagem de IR, nos modelos abstractos de IR e numa infra-estrutura disponível que seja possível criar.

− Criação de uma plataforma de teste modular para IR, comum aos diferentes sistemas de IR (e.g. pesquisa, filtragem, classificação de informação) e aos

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Capítulo 1 – Introdução e Objectivos - 8 -

diferentes processos de IR, a qual serve de base ao teste controlado de diferentes algoritmos de IR.

Como consequência da metodologia criada e dos sistemas construídos podem-se identificar, num segundo plano, contribuições complementares:

− Criação de sistemas adaptados às necessidades específicas de grupos, áreas ou utilizadores (vid. Capítulo 7).

− Introdução de mecanismos de retroacção automática nas fórmulas de combinação de resultados (vid. Capítulo 6).

− Introdução de ajuste às fórmulas de pseudo-retroacção e de seguimento de ligações (vid. Capítulo 6).

− Criação de novos processos de pesquisa, baseados numa aproximação híbrida de processos de pesquisa com sistemas de classificação (vid. Capítulo 6 e 7).

− Combinação de processos para identificar comunidades de utilizadores (vid. Capítulo 7).

1.6 Publicações

No âmbito deste trabalho de investigação foram produzidas e publicadas as seguintes comunicações científicas:

Internacionais com júri:

− A modular platform applicable to all statistical retrieval models, Proceedings of the ITA05, de 7 a 9 de Setembro de 2005 em Wrexham, País de Gales <www.newi.ac.uk/computing/research/ita05/>. Deu origem à Secção 2.6 e Capítulo 65, faz-se uma descrição dos algoritmos de recuperação em termos de conceitos e fórmulas empregues, orientados para uma plataforma modular de teste comum aos diferentes algoritmos.

− Web Services for Information Retrieval, Proceedings of the ITCC 2005, da IEEE de 4-6 de Abril de 2005 em Las Vegas (USA) <http://www.itcc.info/>. Plataforma de IR apresentada sob o ponto de vista conceptual, sendo apresentada uma visão de futuro da referida plataforma. O referido artigo reflecte ideias apresentadas no Capítulo 5 e 6.

− Using LDAP in a Filtering Service for a Digital Library. Fifth DELOS Workshop - Collaborative Filtering. Budapeste Hungria, 10-12 Novembro 1997. Usado na Secção 2.9.

− MySDI: A Generic Architecture to Develop SDI Personalised Services (How to

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Capítulo 1 – Introdução e Objectivos - 9 -

Deliver the Right Information to the Right User?). Proceedings of the ICEIS'2001. Setúbal, Julho 2001, Portugal. Deu origem à Secção 2.9 e à descrição dos sistemas de filtragem no Capítulo 7.

− Does Overlap mean relevance? Proceedings of the IADIS WWW/Internet 2004, Madrid 6 a 9 Outubro de 2004. Foram publicados os resultados e as conclusões da Secção 8.3.

− How to Improve Retrieval effectiveness on the Web, Proceedings of the IDAS e-Society 2004, Avila 16 a 19 Julho de 2004. Foram publicados os resultados das Secções 8.1 e 8.2.

− Infra-estrutura modular de teste para pesquisa de informação. Proceedings of the IADIS Conferência Ibero-Americana WWW/Internet 2004 - October 7 - 8, 2004. Foi publicado a descrição do sistema WebSearhTester, Capítulo 6.

− Combinações de Sistemas de Pesquisa de Informação. Proceedings of the IADIS Conferencia Ibero-Americana WWW/Internet 2004 October 7 - 8, 2004. Publicados os resultados das Secções 8.2 a 8.4.

− Fusion methods to find Web Communities, Proceedings of the Web based Communities 2005, de 23-25 de Fevereiro de 2005, Algarve, <http://www.iadis.org/wbc2005/>.

− Parameters Analyses of Main Retrieval Systems, Proceedings of the Applied Computing 2005, de 22-25 de Fevereiro de 2005 <http://www.iadis.org/ ac2005/>. Publicado de uma forma detalhada os resultados da Secção 8.2.

− Personalised Filtering Systems Based on the Combination of Different Methods, Proceedings of the Applied Computing 2005, da IADIS de 22-25 de Fevereiro de 2005 <http://www.iadis.org/ac2005/>. Deu origem ao Apêndice C.3.

− The Next Generation of Information Retrieval Applications, Proceedings of the MULTI 2005, conferência virtual realizada em Abril de 2005. Deu origem ao Capítulo 5. É proposto do ponto de vista conceptual um novo sistema de pesquisa.

Nacional com júri internacional (Brasileiro e Italiano), JETC (Jornadas de Engenharia de Electrónica e Telecomunicações e de Computadores):

− Arquitectura para um serviço de disseminação selectiva de informação, J.Ferreira, JETC99, ISEL 28-29 de Outubro de 1999. Usado nas Secções 2.9 e 5.7. São descritos os requisitos de um sistema de filtragem.

− Combinação de Métodos para Pesquisa de Informação, JETC 2005, de 17 a 18 Novembro de 2005 Lisboa. Deu origem à Secção 2.14, descreve o estado de arte da combinação de processos para a Pesquisa de Informação.

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Capítulo 1 – Introdução e Objectivos - 10 -

− Modelos Estatísticos para Recuperação de Informação, JETC 2005, de 17 a 18 Novembro de 2005, Lisboa. Deu origem a Secção 2.6, explorando a vertente organizacional dos diferentes processos.

− Modelação de Pesquisa de Informação, JETC 2005, de 17 a 18 Novembro de 2005, Lisboa. Deu origem ao Capítulo 3, propõe-se uma linguagem baseada no perfil UML para a concepção de sistema de IR.

− Terceira Geração de Sistemas de Pesquisa de Informação, JETC 2005, de 17 a 18 Novembro de 2005, Lisboa. Detalhes de implementação de sistemas de pesquisa (recuperação), usando informação do perfil dos utilizadores (guardado do lado do cliente). Deu origem à Secção 7.7.

− MyTv: Sistema Personalizado de Televisão, JETC 2005, de 17 a 18 Novembro de 2005, Lisboa. Deu origem à Secção 7.3, descrevendo-se o sistema de televisão personalizada MyTv.

1.7 Organização da Dissertação

A dissertação está organizada em nove capítulos, de acordo com a Figura 1.7:

− No Capítulo 1 é definido o enquadramento e o problema, são definidos os objectivos e principais contributos da dissertação.

− No Capítulo 2 é elaborada a síntese do estado da arte dos tópicos relacionados com a dissertação, tendo em vista os objectivos propostos, ou seja orientado para a metodologia a propor. Neste capítulo é elaborada uma síntese dos processos envolvidos na IR, são identificados os principais problemas e processos. É apresentado uma caracterização dos sistemas de pesquisa, filtragem e classificação de informação. É ainda descrito a combinação de processos de pesquisa de informação e é elaborado um resumo dos principais processos de combinação de resultados.

− Os Capítulos 3 a 8 são desenvolvidos pelo autor de modo a atingir os objectivos propostos, nomeadamente:

o No Capítulo 3 (IRML: Linguagem de Modelação para Sistemas de Recuperação de Informação). Com base no UML é derivada uma nova linguagem adaptada ao problema da IR.

o No Capítulo 4 (Biblioteca de Modelos Abstractos para Sistemas de Recuperação de Informação) são descritos os modelos abstractos necessários à concepção de sistemas de IR.

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Capítulo 1 – Introdução e Objectivos - 11 -

Figura 1.7: Diagrama da organização da dissertação em capítulos.

o No Capítulo 5 (Metodologia para Concepção e Construção de Sistemas de IR) é identificada uma metodologia para conceber sistemas de IR, com base numa infra-estrutura identificada (OpenFTS), na linguagem e nos modelos abstractos propostos.

o No Capítulo 6 é criada e descrita uma plataforma de teste para processos de IR, WebSearchTester.

o No Capítulo 7 (Casos de Estudo com base na metodologia, linguagem proposta) são concebidos e implementados diversos sistemas com fins comerciais.

o No Capítulo 8, são apresentados resultados da plataforma de teste, onde

1 - In trod uc ç ã o e O bj e c tiv os

N o vo s A l g o ri tm o s Cri a d o s: D C ; P se u d o -R e tro a cçã o ; A l te ra çõ e sn a s fó rm u l a s d e se g u i m e n to d el i g a çõ e s; T rê s fó rm u l a s d e co m b i n a çã o ;

E sta d o d a a rte o ri e n ta d o p a ra a IR -l i n g u a g e m e IR -M o d e l o s a b stra cto s ap ro p o r n o s ca p ítu l o s 3 e 4

C o n tri b u i çõ e s d a d i sse rta çã o

2 - R e c upe ra ç ã o d e In form a ç ã o

3 - IR M L

4 - B ib lio te c a de M ode los A b s tra c tos pa ra S is te m a s d e IR

5 - M e todo log ia p a ra a C on c e pç ã o e C o ns truç ã o de S is te m a s d e IR

7 - C a s os d e E s tudo c om Ba s e na M e todolo g ia P ropos ta

8 - R e s u lta dos W e bs e a rc hTe s te r P la ta fo rm a de Te s te pa ra

P roc e s s os d e IR

9 - C onc lu s õe s e Tra ba lho Fu turo

A p ê ndic e s

C ri a d o s si ste m a s d e :- F i l t ra g e m :M yN e w sP a p e r, M yT vG u i a P ro g ra m a s,M yT V- C l a ssi f i ca çã o- P e sq u i sa , T M , 3 ª g e ra çã oN o vo s m é to d o s:- T M

B ib liogra fia

A

B

C

N o vo s m é to d o s:-Co m b i n a çã o d e c l a ssi f i ca d o re s;-Co m b i n a çã o d e m é to d o s d e f i l t ra g e m

D E

6 - P la ta form a de Te s te W e bS e a rc hTe s te r

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Capítulo 1 – Introdução e Objectivos - 12 -

são testados novos processos de retroacção e combinação de resultados, apresentados diversos resultados num ambiente de teste controlado.

− No Capítulo 9 (Conclusões e Trabalhos Futuro) faz-se uma análise global do trabalho realizado tendo por base a hipótese e objectivos originalmente estabelecidos. Resumem-se os principais contributos deste trabalho e em particular os relativos à concepção e implementação da infra-estrutura WebSearchTester. Por fim, identificam-se as principais expectativas, questões em aberto e consequentes trabalhos futuros.

− Nos Apêndices:

o Apêndice A: apresenta-se glossário, siglas, abreviaturas, símbolos de medidas, fórmulas e sistemas de IR referidos.

o Apêndice B: apresenta-se informação complementar sobre IR.

o Apêndice C: informação complementar ao Capítulo 7 de sistemas concebidos, mas não implementados.

o Apêndice D: resumo dos resultados obtidos através da plataforma WebSearchTester.

o Apêndice E: faz-se uma análise dos resultados obtidos em função das perguntas usadas (Tópicos 451 a 550, da TREC).

− Na bibliografia, listam-se por ordem alfabética todas as referências bibliográficas utilizadas ao longo da tese.

1.8 Notações e Referências

Para facilitar a leitura desta dissertação foram introduzidos os seguintes critérios de notação sintáctica:

− Termos e expressões consideradas importantes são realçados no texto a negrito, como por exemplo Pesquisa de Informação.

− Termos e expressões utilizadas de modo informal, em sentido figurado ou ainda neologismo tornados comuns, mas não integrados formalmente na Língua Portuguesa, são apresentados entre aspas, como por exemplo “ciberespaço”.

− Termos e expressões em língua estrangeira, geralmente de significado reconhecido, mas para os quais não se encontrou uma tradução com semântica equivalente aceitável, são apresentados em itálico, como por exemplo hub.

Nas referências bibliográficas, será seguido um critério baseado no sistema autor-data,

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Capítulo 1 – Introdução e Objectivos - 13 -

tal como é referido por João Frada no Capítulo 3 da sua obra “Guia prático para elaboração e apresentação de trabalhos científicos” (Frada, 1997).

No caso de publicações acessíveis na Internet, em exclusivo ou em complemento de edições impressas, fornece-se ainda o seu endereço nesse espaço. Na ausência de normas universalmente aceites, usou-se as recomendações da MLA (Modern Language Association). Estas reflectem uma tendência geral de apresentar o endereço da obra delimitado pelos caracteres “<” e “>”.

Finalmente, no que respeita à notação gráfica utilizada nos diagramas, segue-se a notação associada à linguagem UML - Unified Modeling Language, conforme definida pela OMG <http://www.omg.org/uml>, a organização que tem liderado os esforços da sua definição, tendo sido ainda usadas como referência as publicações (Erikson e Penker, 1998), (Booch 1994 e 1999) e (Rosenberg e Scott, 1999, Silva, 2001 e 2005).

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- 14 -

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 15 -

Capítulo 2

2 Recuperação de Informação

Figura 2.1: Diagrama dos tópicos do Capítulo dois.

C l a ssi f i ca çã o d e In fo rm a çã o

P e sq u i sa d e In fo rm a çã o (S e rv i ço m a i s u sa d o )

2 .1 . - In troduç ã o

2 .2 . - P rinc ipa is P rob le m a s da R e c upe ra ç ã o de In form a ç ã o

2 .3 . - P e s qu is a de In form a ç ã o

2 .4 . - Inde x a ç ã o 2 .5 . - P e rgunta s 2 .6 . - M é todos de C om pa ra ç ã o

2 .7 . - A v a lia ç ã o de R e s ulta dos

2 .8 . - S is te m a s de P e s qu is a de In form a ç ã o

2 .9 . - F i ltra ge m de In form a ç ã o

2 .1 0 . - C la s s ific a ç ã o de In form a ç ã o

2 .1 1 . - A grupa m e nto de D oc um e ntos 2 .1 2 . - C a ta loga ç ã o de D oc um e ntos

2 .1 4 . - C om bina ç ã o de R e s u lta dos

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 16 -

Este capítulo faz a análise e subsequente síntese do estado da arte da IR orientada no sentido do objectivo proposto para a dissertação e divide-se em catorze pontos de acordo com a Figura 2.1. Será dada ênfase aos três principais sistemas de IR: (1) pesquisa de informação (o mais usado); (2) filtragem de informação; (3) classificação de informação.

2.1 Introdução

A Recuperação de informação é um processo fundamental da comunicação, onde utilizadores com necessidades de informação descrevem essas mesmas necessidades e a colecção onde será efectuada a busca contém documentos descritos de uma forma que os utilizadores entendam (Blair, 1990).

O problema da IR não é recente. Foi abordado há milhares de anos atrás com a concentração da informação nas bibliotecas e, mais recentemente, com o aparecimento dos computadores e da informação em formato digital. Foi ganhando dimensão e importância, deixando de ser um problema exclusivo dos bibliotecários, passando a ser um problema da área das ciências da computação, ao qual deram o nome de Information Retrieval, recuperação ou pesquisa de informação (Amado, 1997). As primeiras referências a este problema, com esta designação, vêm da década de 50 (Mooers, 1952), mas um grande número de trabalhos surgiu na década de oitenta, mantendo-se um problema actual dado a sua amplitude e complexidade. Esta complexidade pode traduzir-se nos seguintes “Postulados de Impotência”, enunciados por (Fairthorne, 1963) e (Whittaker, 1979):

− A necessidade de informação não pode ser expressa numa pergunta independente dos inúmeros pressupostos do contexto. A pergunta não pode ser completamente formulada enquanto não for encontrada a resposta.

− A relevância de um documento depende do contexto.

− É impossível verificar se todos os documentos relevantes foram encontrados.

− Os computadores não percebem os diferentes significados das palavras, logo não podem replicar os pensamentos humanos. A estatística da ocorrência de palavras não pode substituir o significado das palavras.

O que se constata é que o problema não é passível de ter uma solução óptima, o que se procura é um processo fácil que satisfaça minimamente os requisitos das necessidades de informação por parte dos utilizadores.

As primeiras abordagens a este problema, na área das ciências da computação, foram feitas com base em técnicas desenvolvidas na recuperação de registos de bases de dados.

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 17 -

A IR é efectuada através da formulação de uma pergunta que é comparada com os registos existentes na base de dados. O resultado desta operação é a existência (ou não) de registos que satisfaçam a pergunta formulada. A informação obtida é estruturada e permite ao utilizador saber qual o tipo ou a natureza da informação existente na base de dados.

Dois dos passos mais significativos do ciclo de vida da informação, ilustrado na Figura 1.1, são a sua criação e posteriormente a sua recuperação. Na recuperação podem identificar-se dois principais tipos de sistemas:

− Pesquisa de informação, em que um utilizador procura o sistema para satisfazer uma necessidade de informação momentânea. Está associada a uma acção de IR iniciada pelo utilizador ao inquirir o sistema com um determinado objectivo.

− Filtragem de informação, em que o sistema encaminha a informação de acordo com um conjunto de interesses estáveis do utilizador (perfil) criando um sistema de filtragem de informação. O sistema “toma a iniciativa” de entregar ao utilizador informação de acordo com os parâmetros previamente definidos.

Figura 2.2: Recuperação de informação, sistemas que serão objecto de análise.

Nesta perspectiva podemos dizer que Pesquisa/Recuperação e Filtragem/Entrega são duas faces do mesmo problema que é a obtenção da informação desejada. Para além destes dois sistemas adiciona-se a classificação de informação, na qual a informação é organizada num espaço de conhecimento previamente definido, em que o utilizador

S e rv i ço C l a ssi f i ca çã o

S e rv i ço P e sq u i sa

S e rv i ço F i l tra g e m

U tiliza dor

C ria« D o cu m e n to »

« C o l e cçã o »

Ne c e s s ida de s E s tá v e is de In fo rm a ç ã o

N e c e s s ida de s M om e ntâ ne a s de

In form a ç ã o

N a v e ga ç ã o num E s pa ç o

C la s s ific a do

re cu p e ra çã o d ei n fo rm a çã o

re cu p e ra çã o d ei n fo rm a çã o

re cu p e ra çã o d ei n fo rm a çã o

a u to r

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 18 -

navega para satisfazer uma necessidade momentânea de informação. Este espaço de conhecimento organizado pode também servir para normalizar a comparação feita nos processos de pesquisa e filtragem entre os espaços representativos dos documentos e as necessidades de informação do utilizador. Este assunto envolve os seguintes conceitos, os quais se sistematizam como mostra a Figura 2.2.

2.2 Principais Problemas da Recuperação de Informação

Os principais actores de um sistema de recuperação são: a informação guardada sob a forma de documentos, os utilizadores que têm necessidade de encontrar ou recuperar determinado tipo de informação, o sistema propriamente dito cujo papel é comparar por meio de um determinado processo os representativos da informação com os representativos das necessidades de informação dos utilizadores. O espaço é dividido em duas regiões, a dos documentos relevantes (habitualmente ordenada de acordo com uma medida de relevância) e a dos não relevantes. Um resumo dos principais problemas é ilustrado na Figura 2.3.

P rob le m a s da R e c upe ra ç ã o de In form a ç ã o

Doc u m e ntos U ti liza dore s

S is te m a s

In fo rm a çã o m a i s d e ta l h a d a n o a p ê n d i ce B 1

S ubj e c tiv ida de D im e ns ã o H e te roge n ida de

A q u a n t i d a d e d e i n fo rm a çã od i sp o n íve l te m a u m e n ta d o d efo rm a e xp o n e n c i a l

Ine x pe riê nc ia E rros O rtográ fic os

D e s is te m de v ido à Com ple x ida de

N ã o in te ra ge m c om o S is te m a

D e v o lv e m m u itos

doc um e ntos re le v a nte s m a s

fa ls os

Tra ta m da m e s m a form a

u ti liza dore s c om d ife re nte s

n ív e is de e x pe riê nc ia

O rie nta dos pa ra

de te rm inda do s e rv iç o

P e rs ona liza ç ã o pouc o

e x p lora da

P a ra m a i s i n fo rm a çã ove r a p ê n d i ce B 2

G e ne ra lis ta s , nã o s ã o orie n ta dos

pa ra á re a s e s pe c ífic a s do c onhe c im e nto

E xi ste g ra n d e d i ve rsi d a d e d e ta m a n h o s, fo rm a to s, te m a s

Figura 2.3: Principais problemas identificados na IR.

2.2.1 Problemas dos Utilizadores

As características da média dos utilizadores da Web reportadas por Jansen et al. (Jansen, Spink, Bateman, Saracevic 1998) e Silverstein et al. (Silverstein, 1999) parecem consistentes com pressupostos de IR em ambientes electrónicos descritos por Marchionini (Marchionini, 1992). Os utilizadores da Web não têm como objectivo

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 19 -

perceber o processo de IR, mas sim obter respostas imediatas com pouco esforço. Estes factos fazem com que a IR seja influenciada pelo nível de conhecimento dos utilizadores em determinados tópicos e pela sua experiência. Por outras palavras, experiência e conhecimento do tópico podem diminuir o esforço necessário para encontrar a informação desejada. Verifica-se que utilizadores experientes com poucos conhecimentos de um tópico tendem a envolver-se em processos de pesquisa mais complexos (os quais muitas vezes não estão disponíveis no sistema de pesquisa), processos esses que não estão ao alcance dos utilizadores inexperientes.

Figura 2.4: Principais problemas dos utilizadores ao usarem sistemas de IR.

Um ponto importante a estudar é a diferença de comportamentos de utilizadores experientes e inexperientes, uma vez que já está provado que, realmente, adoptam comportamentos e técnicas diferentes. A principal meta de um sistema de pesquisa será reduzir o nível de conhecimento cognitivo requerido a um utilizador num determinado tópico onde executa a sua pesquisa. Só assim toda a informação está de facto ao alcance de todos. Marchionini descreveu que um sistema de recuperação desejável combina e integra os processos de recuperação de uma forma que ajuda os utilizadores a clarificarem os seus problemas e a encontrarem as soluções. Um resumo dos problemas relacionados com os utilizadores encontra-se descrito na Figura 2.4.

P ro b l e m a s

U tiliza dor

N ã o s a be us a r o S is te m a

D á e rros ortográ fic os

D e s c re v e m a l e de fo rm a de m a s ia do

s us c in ta a s ne c e s s ida de s de

in form a ç ã o

R e c e be gra nde qua ntida de de

doc um e ntos nã o re le v a nte

D e s m otiv a -s e e de s is te pe ra nte a s

d ific u lda de s

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 20 -

2.2.2 Problemas com os Documentos

A IR na Web como um todo, difere bastante da recuperação em colecções de documentos fechadas num determinado tópico, não só devido às características dos utilizadores mas também devido às características dos documentos. Por exemplo, seria impossível para qualquer motor de busca construir um índice da Web devido à sua dimensão e às suas mudanças constantes. Assim, só parte da Web é coberta pelos motores de busca, havendo interesse em combinar resultados de diferentes motores de pesquisa. A diversidade de documentos e formatos existentes, bem como a diversidade das necessidades de informação, levam a que sejam necessários sistemas flexíveis que se possam adaptar às mais diversas situações, devendo sempre que possível usar-se o conhecimento dos utilizadores.

2.3 Pesquisa de Informação

O sistema mais usado na IR é a pesquisa de informação, em que os utilizadores tentam satisfazer necessidades momentâneas de informação.

Antes de descrever o sistema de pesquisa, convém rever os conceitos usados e estabelecer uma notação a usar ao longo da dissertação:

− Algoritmos designam fórmulas ou regras usadas para transformar a informação com o objectivo de atingir um determinado fim. A cada algoritmo está associado um método, ou seja, existe uma única actividade para transformar a informação.

− Processo, existem diversas definições de acordo com as áreas em que é usado, sendo na dissertação usado como um conjunto de actividades uniformizadas e agrupadas em fase, para que, a partir de um conjunto de inputs, se obtenha o output desejado. Esta definição vai englobar a definição de método (notação habitual na área do IR) a qual está associada a uma actividade apenas (e.g. método vectorial, usa o algoritmo vectorial para transformar os representativos dos documentos e perguntas numa lista de documentos ordenada, sendo portanto uma actividade). Assim ao longo da dissertação será apenas usado o conceito de processo, o qual pode englobar uma actividade (e.g. processo comparação) ou várias (e.g. processo de indexação).

− Sistema de recuperação é um conjunto integrado de recursos (humanos e tecnológicos), cujo objectivo é satisfazer adequadamente a totalidade das necessidades de informação de um determinado utilizador (Silva 05).

Os principais algoritmos de pesquisa são baseados nas técnicas ilustradas na Figura 2.5, que a seguir se descrevem (Capítulo 3, justifica-se esta designação através da linguagem

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 21 -

proposta):

− Processos estatísticos (baseados nas propriedades estatísticas dos documentos). Neste processo comparam-se representativos de documentos com as necessidades de informação.

− Processo de linguagem natural.

− Processo baseado no seguimento de ligações, no qual após a identificação de um conjunto de documentos relevantes, são seguidas as ligações desses documentos e identificados por este processo mais documentos relevantes.

P e s qu is a In form a ç ã o (P I) (S e c ç ã o 2 .3 )

P I Ba s e a da no S e gu im e nto de l iga ç õe s (2 .3 .3 )

P I B a s e da na L ingua ge m N a tura l (2 .3 .2 )

P I B a s e a da na s P roprie da de s E s ta tís tic a s dos Doc um e ntos (2 .3 .1 )

Figura 2.5: Principais técnicas usadas na IR.

2.3.1 Pesquisa Baseada nas Propriedades Estatísticas dos

Documentos.

Nesta secção estudam-se as técnicas de pesquisa de informação, baseadas no uso das propriedades estatísticas dos documentos. Efectuam-se comparações, por processos pré-estabelecidos, dos termos representativos das necessidades de informação com os termos representativos de cada documento. Desta comparação resulta um conjunto de documentos (habitualmente ordenados), que o sistema considera relevantes para a satisfação dos interesses de informação do utilizador.

Figura 2.6: Sistema de pesquisa de informação na sua forma mais simples.

U tiliza dor

P roc e s s o Com pa ra ç ã o (C )

Inde x ç ã o

P roc e s s o R e troa c ç ã o

S is te m a C la s s ific a ç ã o

P e rgunta (P )

L is ta D oc um e nto R e le v a n te

Doc um e nto[*]

Índ ic e (I )

Ne ce ssi d a d e d e In fo rm a çã o

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 22 -

Os sistemas de pesquisa são caracterizados pelos blocos representados na Figura 2.6. Existe um repositório de informação onde são guardados os documentos nos mais variados formatos, constituindo um espaço heterogéneo de pesquisa. O conteúdo deste espaço é indexado de forma a criar um espaço de menor dimensão representativo do espaço inicial onde se farão as pesquisas usando os processos em questão. As necessidades de informação são habitualmente expressas por um conjunto de termos que o sistema manipula convenientemente para chegar a um conjunto de termos representativos das necessidades de informação (P-pergunta). Da comparação entre estes dois representativos resulta um conjunto de documentos que o sistema identifica como relevantes. Dos documentos que o sistema mostra como relevantes, o utilizador escolhe os que vai consultar à base de dados dos documentos disponíveis.

Dada a complexidade do problema, são acrescentados mecanismos adicionais com o objectivo de melhorar os resultados, nomeadamente:

− Expansão e normalização dos termos introduzidos pelos utilizadores.

− Normalização geral de termos, usando sistemas de classificação (SC) (i.e, sistema que de forma automática tenta normalizar termos usando um SC apropriado).

− Retroacção do utilizador face aos resultados.

− Uso de sistemas de classificação (i.e, o utilizador escolhe termos de um SC).

Este assunto envolve vários conceitos, os quais são descritos nas subsecções seguintes:

− Representação de documentos (Indexação). Processos automáticos, semi-automáticos e manuais de criação de representativos. Processos para normalizar o espaço dos representativos. Técnicas para guardar e manipular os representativos criados que proporcionem um acesso rápido e eficaz à informação (Secção 2.4).

− Análise da forma de expressar uma necessidade de informação por parte do utilizador, a “Pergunta” (Secção 2.5). São empregues, essencialmente, técnicas de:

o Expansão de termos, para colmatar a falta de termos empregue pelos utilizadores.

o Normalização de termos, para evitar o desencontro de termos diferentes que descrevem os mesmos conceitos.

o Estudo da retroacção (feedback) do utilizador. Este processo também é usado como mecanismo de expansão dos termos da pergunta quando disponível.

o Pesquisa por processos de comparação. São descritos os processos mais

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 23 -

usados para encontrar os documentos relevantes (Secção 2.6).

2.3.2 Processos Baseados na Linguagem Natural

Existem vários processos que empregam a linguagem natural como forma de pesquisa. Estes processos, em geral, produzem melhores resultados do que os processos descritos anteriormente, são no entanto difíceis de implementar devido ao elevado número de condições e relações a considerar. A ideia básica deste processo é implementar um conjunto de mecanismos complexos que permitam descobrir a estrutura semântica e sintáctica de um documento através de técnicas de processamento de língua natural (NLP- “Natural Language Processing”) (Turtle, 1994). Este processo não será analisado na dissertação.

2.3.3 Processos Baseados no Seguimento de Ligações

Na Web existe informação adicional, para além do conteúdo dos documentos propriamente dito, tal como:

− Metadata do documento.

− Ligações e âncoras dos documentos havendo grande número de estudos sobre o seguimento de ligações entre documentos. (Kleinberg, 1997), (Croft, 1993), (Allan, 1996; Salton, Buckley, Allan, 1994), (Marchiori, 1997), (Page et al., 1998).

Kleinberg (Kleinberg, 1997), baseando-se na análise das ligações, introduziu o algoritmo (HITS -Hyperlink Induced Text Search), o qual considera simultaneamente as ligações de e para o documento, para construir comunidades de autoridades e hubs. HITS define uma autoridade como uma página que tem muita informação relevante sobre um determinado tópico e hub como o número de autoridades referenciadas por um documento. Matematicamente, estas definições circulares podem ser expressas da seguinte forma:

∑→

=pq

qhpa )()( (F2.1)

∑→

=qp

qaph )()( (F2.2)

sendo a(p) peso da autoridade e h(p) peso do hub para cada página p, onde p→q indica-nos que a página p tem uma ligação com a página q.

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 24 -

Figura 2.7: Definições de hub (página que aponta para várias autoridades) e autoridade (página que é apontada por vários hub).

HITS baseia-se no facto de uma ligação ser uma anotação de uma decisão humana, conferindo autoridade às páginas apontadas. É diferente das outras aproximações baseadas nas ligações uma vez que em vez de calcular o número de ligações. O HITS calcula o valor da página p baseada nos valores das páginas que apontam para p ou são apontadas por p, semelhante ao algoritmo PageRank. Contudo HITS difere do PageRank em três pontos principais:

− Primeiro, tem em conta as contribuições de ambas as direcções das ligações, com base nas quais são calculadas duas medidas distintas (autoridade e hub) em vez de uma medida simples de importância como o PageRank.

− Segundo, o HITS mede de uma forma dinâmica os valores das medidas (autoridade e hub) para cada pergunta, em vez de determinar uma medida global independente de qualquer pergunta.

− Terceiro, as medidas HITS são calculadas usando pequenos conjuntos de documentos da Web em vez de considerar a sua totalidade.

A única premissa do processo HITS é que a Web contém comunidades (i.e. autoridades e hubs) em tópicos suficientemente vastos. Para identificar estas comunidades, o HITS começa com um conjunto de documentos na raiz S como resposta a uma pergunta sobre um determinado tópico. De seguida expande o conjunto S para outro conjunto T baseado nas ligações (em ambos os sentidos) existentes entre os documentos do conjunto S, eliminando ligações entre páginas no mesmo domínio T para definir o grafo G. O algoritmo das Fórmulas F2.1 e F2.2, corre iterativamente até o grafo G convergir, e retorna um conjunto de documentos com peso h(p) elevado (i.e. hubs) e outro conjunto igualmente com elevado peso a(p) (i.e. autoridade). Este algoritmo iterativo trabalha da seguinte forma:

− Todos os pesos são inicializados a 1 e em cada passo da iteração, o algoritmo calcula h(p) e a(p) para cada página p em T. Normaliza cada um destes e repete o

Autoridade

Hub

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 25 -

processo, até que os pesos das autoridades na convergência correspondam aos valores próprios da matriz ATA e os pesos dos hub aos correspondentes valores próprios da matriz AAT, em que A é a matriz das ligações do conjunto T. A entrada (i,j)th da matriz A é 1 se existe uma ligação da página i para a página j, e é 0 caso contrário. AT, é a transposta da matriz A, onde a entrada (i,j)th de A corresponde à ligação da página j para a página i. A entrada (i,j)th de AAT dá-nos o número de páginas que apontam para as páginas i e j (agrupamento bibliométrico), enquanto que a entrada (i,j)th de ATA dá-nos o número de páginas que apontam em simultâneo, para a página i e j (co-citação). Tipicamente, a convergência ocorre em 10 a 50 iterações para T, com 5000 páginas Web, expandidas desde um conjunto inicial de 200 páginas, com uma limitação na expansão de 50 ligações, para a página em causa.

O conjunto T, na maior parte das vezes, contém comunidades múltiplas e distintas (i.e. conjuntos de hubs e autoridades), que se transformam em grupos com diferentes significados. A comunidade mais ligada, resultado da aplicação do algoritmo HITS, é chamada comunidade principal, enquanto que, as outras se chamam comunidades secundárias e são identificadas pelos vectores próprios secundários de ATA e AAT. Estas não podem encontrar documentos relevantes quando a comunidade principal falha o objectivo, mas revelam informação interessante acerca da estrutura da comunidade da Web (Kumar et al., 1999).

O HITS depende da pergunta no sentido em que começa com um conjunto de documentos indicados pelo motor de pesquisa (dependente do conteúdo), a partir dos quais o algoritmo propaga simplesmente o peso das ligações sem ter em conta a relevância inicial das páginas em relação ao tópico escolhido. Por outras palavras, quando o HITS localiza a vizinhança de um tópico, ele é guiado apenas pela estrutura das ligações. Assim, o HITS pode desviar-se dos documentos relevantes se existir na vizinhança T uma comunidade de documentos com alta densidade de ligações. Este fenómeno do algoritmo HITS é chamado “difusão” e tem sido observado maioritariamente em temas genéricos para uma pergunta específica. O algoritmo converge para uma comunidade de um tópico genérico em vez de se focar no tópico original.

2.4 Indexação dos Documentos

O objectivo da indexação é reduzir o volume de informação existente a um conjunto de termos mínimos que representem os documentos na sua plenitude e que possa ser tratados pelo computador. Este processo depende do processo de comparação e de uma “boa indexação”. Cria uma representação que permite uma melhor distinção entre os

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 26 -

documentos. Esta necessidade de criar um representativo dos documentos não é recente, existindo à bastante tempo sob a forma de resumos, tarefa que é desempenhada pelo autor ou, à posteriori, por uma pessoa especializada. Dado o volume de informação existente, esta tarefa tornou-se demasiado onerosa para ser desempenhada apenas com intervenção humana. Assim, podemos distinguir dois processos fundamentais, ilustrados na Figura 2.8:

− Processo automático em que não existe intervenção humana.

− Processo manual em que existe intervenção humana.

Figura 2.8:Caracterização das formas de Indexação.

No processo manual existe uma variante que passa pelo uso de ‘metadata’ em que o autor, ao criar um documento, preenche um conjunto de campos previamente definidos num formato de ‘metadata’ normalizado. Para além da descrição, outros campos podem ser preenchidos, permitindo outro tipo de pesquisa (ex. Autor, Data do documento). O campo de descrição, quando preenchido pelo autor, é uma informação importante e que pode ser usada na indexação para representar o documento de uma forma automática. Outro processo, ainda que manual, é o recurso a uma pessoa especializada que define um conjunto de termos que representam o documento. A qualidade desta aproximação manual é superior à automática, mas torna-se, em geral, dispendiosa e impraticável.

O passo final deste processo de indexação será a normalização destes representativos, através de um conjunto de listas de autoridades comuns, com a finalidade de harmonizar os termos empregues. Nas subsecções seguintes descreve-se o processo automático de indexação, a normalização de termos e a forma de guardar e manipular os

Inde x a ç ã o

Inde x a ç ã o M a nua l Inde x a ç ã o A utom á tic a

R a dic a liza ç ã o Te rm os

C onv e rs ã o Form a to

Te x to

C onfigura ç ã o C a m pos a

Inde x a r

R e m oç ã o 'S top W ords '

A rm a ze na r C á lc u lo P e s o

Te rm os

Tra duç ã o

Inv e rs ã o A s s ina tura s A grupa m e ntos

O b j e c to d e e stu d o

0 ..10 ..10 ..1

0 ..10 ..111111

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 27 -

representativos dos documentos.

Processo Automático de Indexação

Num processo automático de indexação os representativos são criados de uma forma automática, sem qualquer intervenção humana. Este processo baseia-se num conjunto de técnicas (algoritmos) estatísticas em que a frequência de ocorrência dum termo num documento determina o grau de importância do termo, funcionando como factor decisivo para extrair os termos representativos dos documentos. Este processo encontra-se ilustrado numa forma simplificada na Figura 2.9 sendo descrito nas subsecções seguintes.

Figura 2.9: Processo simples de indexação.

2.4.1 Remoção de Palavras sem Significado

Metodologia que retira do processo um conjunto de termos com base numa lista predeterminada de palavras, que não serão consideradas e que constam de uma stop list. Estas variam de idioma para idioma, garantindo-se, assim, que não se gastam recursos com artigos e palavras, como por exemplo "a", "o", "para", "de", no caso da língua portuguesa.

O número de vezes que um termo aparece num documento assume um papel importante para efeitos de representação desse documento. Estudos efectuados em documentos mostram que o ordenamento multiplicado pela frequência dos termos é constante (regra de Zipf’s <http://www.nist.gov/dads/HTML/zipfslaw.html>). Os termos considerados têm uma frequência inferior à frequência de corte superior, e superior à frequência de corte inferior.

2.4.2 Radicalização

Para evitar o aparecimento de um número considerável de termos, estes são reduzidos à sua forma mais simples com base em relações de semântica, passando os plurais dos nomes à sua forma singular, removendo prefixos e sufixos, etc (como por exemplo indexar "casa" em vez de "casas", "casarão", "casinha", etc.). Os algoritmos mais usados

C onv e rs ã o pa raform a to pa drã o (tx t)

R a d ia liza ç ã oP a la v ra s

Tra dutor

R e m oç ã oS topW ords

Ide ntific a ç ã oFra s e s

Ide ntific a dorU R L

C á lc u lo P e s oTe rm o[*]

A rm a ze na rÍnd ic e

D o c um e nto[*]

D ic ioná rio

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 28 -

neste processo são os algoritmos de Porter (Porter, 1980) e Lovins (Lovins, 1968). O algoritmo de Lovins apenas remove os sufixos mais compridos de uma palavra, enquanto que o de Porter, mais complexo, remove iterativamente os sufixos de acordo com as regras até que mais nenhuma possa ser aplicada. Um dos grandes problemas dos processos acima referidos, é não considerarem o contexto em que a palavra está a ser usada, reduzindo à mesma raiz palavras com significados diferentes. Uma das consequências da aplicação deste algoritmo é o aumento do número de documentos que o sistema considera relevante. Para evitar este problema, Krovetz elaborou um novo algoritmo Krovetz, 1993:191-193) que considera a semântica das palavras com base num dicionário previamente definido. Apesar deste esforço, o processo não conduz a resultados muito melhores que os obtidos pelo algoritmo de Porter. Estudos mostram que, este tipo de processos, conduz a resultados mais significativos em pequenas colecções de documentos e quando o número de termos numa pergunta é pequeno.

2.4.3 Cálculo do Peso dos Termos

O processo mais importante, tendo em conta o desempenho de um sistema, é a forma como é escolhido o peso de um termo. Existe uma grande diversidade no cálculo dos pesos dos termos, sendo a maior parte construídos com base na experiência e estabelecidos de uma forma ad-hoc sem qualquer fundamento teórico, sendo função do processo de comparação usado (será analisado na secção processos de comparação). Os conceitos mais importantes são:

− Frequência do termo t no documento i (fit), ou seja, quantas vezes um termo t aparece no documento i. (Spark Jones, 1997; Salton e Buckley, 1988).

− Número de documentos que contém o termo t (dt).

− Número total de documentos na colecção N.

− Comprimento do documento ( idl ), número de termos do documento.

A partir destas definições básicas podem-se derivar outras em que o objectivo é aferir a importância, ou o peso, do termo em relação aos restantes termos, tendo em conta a colecção existente. A diversidade de definições é grande, irá apenas ser referida a mais usada, peso do termo t no documento i, que a seguir se apresenta:

− Peso do termo t no documento i (Robertson e Sparck Jones, 1976).

− tidf - frequência inversa do termo g na colecção de documentos.

Esta medida apura o peso deste termo na colecção existente, ou seja um termo é tanto

log *it it it tt

Nw f f idfd

⎛ ⎞= =⎜ ⎟

⎝ ⎠ (F2.3)

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 29 -

mais relevante quanto menos vezes aparecer noutros documentos da colecção.

Com o aumento do tamanho das colecções e a diversidade de tamanhos dos documentos, tornaram-se necessárias medidas de peso mais elaboradas. A TREC (ver Secção 2.7) é um campo fértil para este tipo de experiências, onde a normalização do peso dos termos, em função do comprimento do documento, assume um papel importante. Do vasto leque de métricas disponíveis salienta-se duas que originaram os melhores resultados:

− (1) Okapi, desenvolvida pela City University (Londres), associada ao processo probabilístico (Robertson 2000) (ver Secção 2.6):

o [ ]1 1,2k ∈ , parâmetro ad-hoc.

o b parâmetro ad-hoc, habitualmente 0.75.

o dl comprimento médio dos documentos na colecção.

− (2) desenvolvido pela Universidade de Cornell, a fórmula de Lnu do cálculo do peso do termo de um documento é (Yang et al., 1997, Buckley et al. 1996; Buckley et al. 1997), (ver secção 2.6):

o 1

idl

ik itk

f f dl=

= ∑ , é a média da frequência dos termos no documento i.

o tcn , o número médio de termos dos documentos da colecção.

o s, é um parâmetro ad-hoc, habitualmente os melhores valores são 0,2 ou 0,3.

Tabela 2.1:Pesos dos termos em cada documento.

Esta Fórmula F2.5 baseou-se no trabalho de Singhal (Singhal 1996). Existe uma grande variedade nas formas de atribuir pesos aos termos, os quais são habitualmente arquivados depois calculados. Um documento é descrito por um vector de termos, cujo valor determina a importância de cada termo. O mesmo procedimento é aplicado ao

( )

( )1

1

1

1

itit

iit

k fw

dlk b b fdl

+=

⎛ ⎞− + +⎜ ⎟⎝ ⎠

(F2.4)

(1 log( )) (1 log( ))(1 )* *

it tit

tc ti

f fw

s n s n+ +

=− +

(F2.5)

d1 d2 … dm t1 11d 12d … 1md t2 21d 22d … 2md … … … … … tn 1nd 2nd … nmd

{ }0,1ikd ∈ binário 1 2 10, , ,..., ,iks sd

s s s s−⎧ ⎫∈⎨ ⎬

⎩ ⎭ finito [ ]0,1ikd ∈ infinito

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 30 -

conjunto dos documentos existentes, resultando uma matriz de termos, como a seguir se apresenta na Tabela 2.1

2.4.4 Identificação de Frases

Para melhorar a representação dos documentos, tenta-se introduzir a noção de coesão da proximidade dos termos, traduzindo a necessidade da pesquisa de frases, como por exemplo: “casa moeda” traduz um conceito, o qual é diferente da pesquisa de documentos que tenham o termo “casa” e o termo “moeda”, restringindo assim o número de documentos relevantes. Esta necessidade leva-nos ao conceito de termos múltiplos (frases). O processo consiste em verificar o número de vezes que determinados termos j e k aparecem juntos.

( ) ( , ), tan.j k

ij ik

fCoesão j k Cons te

f f=

(F2.6)

Sendo que:

− ( ),j kf frequência com que os termos j e k aparecem juntos.

− A constante é determinada empiricamente e depende dos casos em análise.

Esta medida vai também ser usada ao longo da dissertação. Neste processo poderão ser usado dicionários.

2.4.5 Processamento de Representativos

Serão analisados os diferentes processos usados para criar um espaço de indexação que permita guardar e manipular os representativos dos documentos, criados pela indexação dos documentos originais, mantendo um acesso rápido e eficaz durante o processo de comparação com as perguntas. Os principais processos são:

− Inversão, este é o processo mais usado nos sistemas comerciais devido à sua rapidez. Os conjuntos de termos representativos dos documentos são guardados, por ordem alfabética, num ficheiro indexado, onde cada termo tem uma lista de apontadores para os documentos onde este termo é representativo.

− Árvores, no qual se salienta as B-trees, ou suas variações. Como vantagens apresenta-se a rapidez, facilidade de implementação e a possibilidade de estabelecer sinónimos à posteriori. Como desvantagens são de realçar o espaço requerido e o tempo dispendido para a introdução de novos termos nas estruturas de dados respectivas (em particular nas B-trees estáticas).

− Assinatura, os documentos são transformados numa sequência de “bits” ou

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 31 -

“assinatura” através da utilização de funções de dispersão ou de hash sobre a codificação dos termos. O ficheiro resultante é mais pequeno e as operações de pesquisa, são mais rápidas. Este processo apresenta vantagens quando se trabalha com documentos grandes.

2.5 Pergunta

Representa a necessidade de informação por parte do utilizador, sendo constituída por um conjunto de termos que, posteriormente, são comparados com os representativos dos documentos. Ao contrário do que ocorre em sistemas clássicos de bases de dados, nestes sistemas de pesquisa, há uma falta de precisão, quer da representação dos documentos, quer das perguntas dos utilizadores. Como forma de atenuar este problema, usam-se:

− Thesaurus (vid. pagina pessoal autor).

− Sistemas de classificação (vid. pagina pessoal autor).

− Retroacção dada pelo utilizador (vid. Secção 2.5.2).

A forma como a pergunta é formulada, pode reflectir uma das duas principais abordagens, que abaixo se identificam:

− Linguística, abordagem em que se pretende que o utilizador use a sua própria linguagem, para formular a pergunta, sendo necessário um modulo mais complexo e computacionalmente mais exigente de elaboração das perguntas, pois este processo requer um grande número de condições linguísticas para processar, nomeadamente ao nível sintáctico e semântico (Turtle, 1994).

− Estatística, abordagem que tem como base os sistemas estatísticos construídos a partir da frequência de termos. Neste processo o utilizador necessita executar uma actividade adicional ao formular a pergunta. Esta deverá conter um conjunto de termos que julgue descreverem os seus interesses. Estes termos serão tratados de forma a possibilitar a sua expansão e normalização para posterior comparação com os representativos dos documentos. Esta abordagem encontra-se ilustrada na Figura 2.10, apresentando-se um breve resumo nas subsecções seguintes.

Quase todas as perguntas formuladas pelos utilizadores se caracterizam pela falta de termos, usando em média dois termos (Croft et al. 1995), de modo que, actualmente, são empregues algumas técnicas para expandir os termos iniciais usados pelos utilizadores. Entre essas técnicas destaca-se a análise local dos documentos recebidos com base na relevância destes em relação à pergunta inicial. Neste processo, os termos dos documentos de topo, vão ser usados para expansão e alteração dos pesos dos termos usados na pergunta. Os resultados obtidos por este processo revelam uma melhoria

Page 48: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 32 -

(Croft et al. 1995).

Figura 2.10: Descrição dos principais processos de criação do representativo das necessidades de informação.

A normalização dos pesos das perguntas é função do processo escolhido e é um factor importante no desempenho do sistema.

Para o processo vectorial a fórmula mais usada é ltc (Buckley et al. 1995):

Sendo que:

− s é o número de termos da pergunta.

− ftq é o número de vezes que o termo t aparece na pergunta q.

− idft é o inverso da frequência dos documentos (Sparck Jones, 1972) do termo t.

P e rg unta

N a v e ga ç ã o S is te m a C la s s ific a ç ã o

- ca te g o ri a [* ]: S tri n g

In trod uç ã o L iv re Te rm os

- te rm [* ] : S tri n g

R e m ov e r S top w ords

E x pa ns ã o Te rm os

A ná lis e G loba l R e troa c ç ã o Lo c a l

LC A

R e troa c ç ã oTra dutor R a dic a liza ç ã o C á lc u lo P e s os Te rm o[*]

A uto m á tic a U til iza dor

2

1

(log( ) 1)*

(log( ) 1)*

tq ttq s

kq kk

f idfw

f idf=

+=

⎡ ⎤+∑ ⎣ ⎦

(F2.7)

Page 49: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 33 -

− O denominador é o factor de normalização do comprimento do documento que compensa a variação do comprimento das perguntas.

Para o processo probabilístico implementado através da fórmula Okapi:

2.5.1 Retroacção Automática: Expansão de Termos das Perguntas

2.5.1.1 Análise Global

A ideia básica é que o contexto global de um conceito pode ser usado para determinar semelhanças entre conceitos, sendo o “conceito” qualquer palavra considerada na indexação do documento em causa. Esta técnica é usada apenas para expandir as perguntas, não implicando qualquer alteração na representação original dos documentos, ao contrário de técnicas anteriores (Qui, 1993). Para evitar expandir termos com significado incorrecto, a expansão é feita com base na semelhança com todos os termos da pergunta.

2.5.1.2 Retroacção Local

O conceito deste processo data de 1997 com o trabalho de Attar e Fraenkel (Indexação e Fraenkel, 1997) no qual os documentos de topo da pesquisa são propostos como fonte de informação para construir um thesaurus. Mais tarde (Croft e Harper, 1979) esta informação foi utilizada para alterar os pesos dos termos das perguntas. Posteriormente, este processo foi usado para expandir os termos das perguntas pela adição de termos existentes nos documentos de topo. Assim, a eficiência deste processo é largamente influenciada pela proporção de documentos relevantes existentes no topo do ranking.

2.5.1.3 LCA (Local Context Analysis)

Esta técnica combina a análise global com a retroacção local. LCA em vez de assumir que todos os documentos de topo são relevantes, assume que um número razoável destes é relevante. O objectivo deste processo é encontrar termos comuns nos documentos de topo sem informação da relevância destes. A pergunta é expandida como um todo, usando termos existentes nos documentos de topo, evitando assim os problemas da ambiguidade dos termos, bem como da diversidade e do contexto. Dado que os documentos podem ser extensos e abranger diversos temas, os conceitos são retirados de extractos do documento, evitando o processamento do documento no seu todo.

Os conceitos nos documentos de topo são agrupados de acordo com a medida da

32

3

( 1)* 0.5log

0.5tq t

tqtq t

k f D dw

k f d+ ⎛ ⎞− +

= ⎜ ⎟+ +⎝ ⎠

(F2.8)

Page 50: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 34 -

ocorrência do conceito c com o termo j:

Sendo que:

− ( )( )max 1, log / / 5c Cidf D d= é a métrica que traduz a ocorrência do conceito c na

colecção de documentos.

− ( ), jaf c t é o número de ocorrência entre o conceito c o termo j nos documentos de

topo.

− Cd é o número de documentos d que contém o conceito c.

− dt é o número de documentos considerados nas ordens de topo.

Para permitir obter uma medida de quão adequado é o conceito “c” para representar a pergunta combina-se a medida de ocorrência para todos os termos existentes na pergunta.

Sendo que:

− δ é um parâmetro não nulo para evitar que numa medida de ocorrência nula.

− ( _ ( , ) 0jmed co c t = ) o produto dê valor nulo.

Dado que nem todos os termos na pergunta têm igual importância, usa-se a

( )( )10max 1, log / / 5j jidf D d= frequência inversa de documentos da Information Retrieval.

Obtém-se assim a fórmula final:

Nas conferências TREC3 este processo (Text REtrieval Conference <http://trec.nist.gov/>, vid. Secção 2.4.1) produziu resultados 24.4% melhores que os níveis referidos como padrão na TREC4 de 23.5%.

2.5.2 Retroacção do Utilizador

A retroacção do utilizador, relativamente aos resultados da pesquisa, é uma informação importante que pode ser usada para alterar a formulação das perguntas subsequentes. O conceito consiste em estabelecer um diálogo entre o utilizador e o sistema, a partir das reacções do utilizador aos resultados da pesquisa. Este diálogo pode ser a dois níveis

( ) ( )( ) ( )_ , log , 1 / logj j c dmed co c t af c t idf t= + (F2.9)

( ) ( )( ), _ ,j

jt Q

g Q c med co c tδ∈

= +∏ (F2.10)

( ) ( )( ), _ ,j

j

idfj

t Qg Q c med co c tδ

∈= +∏ (F2.11)

Page 51: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 35 -

(documentos relevantes e não relevantes) ou mais detalhado, em que o utilizador estabelece graus de relevância relativa entre os documentos. O processo vectorial é o que apresenta maior facilidade na aplicação de algoritmos de retroacção, usando a informação dos utilizadores, para melhorar futuras respostas do sistema. Este processo de retroacção é interactivo e deverá ter no máximo três a quatro ciclos de interacção, introduzindo melhorias de uns ciclos para outros. Estes são parâmetros essenciais para que o utilizador mantenha o interesse na utilização da retroacção, encontrando-se ilustrado na Figura 2.11.

Alterações ao nível da pergunta:

− Dos pesos dos termos: a retroacção positiva tende a aumentar o peso dos termos considerados, enquanto que a negativa, terá o efeito oposto.

− Expansão dos termos da pergunta: introduzindo termos seleccionados dos documentos com retroacção positiva. Esta expansão pode ser feita pelo uso de thesaurus ou por associação de novos termos encontrados nos documentos considerados relevantes. O mesmo processo de remoção aplica-se ao processo de retroacção negativa.

− Divisão dos termos da pergunta em grupos correspondentes à retroacção positiva obtida.

Alterações ao nível da representação dos documentos:

− Os vectores que representam os documentos são reajustados, originando novos grupos de documentos e novos pesos dos termos. Devido à subjectividade dos utilizadores este processo deve apenas permitir a introdução de pequenas modificações na representação dos documentos.

No processo vectorial um dos algoritmos mais usados é o de Rocchio, que modifica o peso dos termos da pergunta segundo a fórmula (Rocchio, 1971 e 1996):

Sendo que:

− jd são conjuntos dos termos normalizados que representam o documento.

− 1n é o número de termos relevantes.

− 2n é o número de termos não-relevantes.

− 1=+ γβ e [ ]1,0, ∈γβ .

∑∑−

−+=

relevantesnãotermos

j

relevantestermos

j dn

dn

QQ21

01γβ

(F2.12)

Page 52: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 36 -

Figura 2.11: Representação esquemática do uso da retroacção do utilizador.

2.6 Processos de Comparação

Figura 2.12: Descrição dos principais processos de pesquisa de informação.

R e troa c ç ã o U til iza dor

P e rg unta D o c um e nto

A lte ra P e s o Te rm o[*]

A d ic iona Te rm o[*]

A lte ra P e s o Te rm o [*]

P roc e s s os de C om pa ra ç ã o de IR

P roc e s s os c om funda m e nta ç ã o te óric a na M a te m á tic a

P roc e s s os c om ba s e na L ingua ge m N a tura l (S e c ç ã o 2 .3 .2 )

O b j e c to d e e stu d o d a p re se n te D i sse rta çã o

P roc e s s os c om ba s e na a na lis e liga ç õe s dos doc um e ntos

(K le inbe rg , 1 9 9 7 ) (S e c ç ã o 2 .3 .3 )

C om bina ç ã o de re s u lta dos de d ife re n te s proc e s s os (2 .1 4 )

P roc e s s os c om ba s e na s proprie da de s e s tá tis tic a s dos

doc um e ntos (S e c ç ã o 2 .6 )

A ná lis e proprie da de s s e m â ntic a e de s inta x e dos doc um e ntos

P roc e s s o c om ba s e na m e d ida de de s e m e lha nç a (S e c ç ã o 2 .6 .1 )

P roc e s s o c om ba s e proba b il ida de de re le v â nc ia (S e c ç ã o 2 .6 .2 )

P roc e s s o c om ba s e na In fe rê nc ia (S e c ç ã o 2 .6 .3 )

B oo le a nno V e c toria l (S a lton e t a l , 1 9 7 5 )

D is tribu íç ã o P roba b ilis tic o

(W ong e Y a o, 1 9 8 9 )

R e gre s s ã o Log is tic a (Fox ,

1 9 8 3 )

M ode lo G e ne ra tiv o

M P IP M G G e ra ç ã o Doc um e ntos (M e t. c la s s ic o ) (Robe rts on e S . J one s , 1 9 7 6 )

G e ra ç ã o P e rgunta (M ode lo L ingu ís tic o) (P onte e Cro ft, 1 9 9 8 ; La ffe rty e Za i 2 0 0 1 )

U n igra m B igra m Trigra m Ngra m

R e de s N e urona is (Turtle e C ro ft, 1 9 9 1 )

E s pa ç o P roba b ilis tic o

Conc e itos (W ong e Y a o , 1 9 9 5 )

B M X X O k a p i

lnu -ltc

A j us ta m e nto nã o-pa ra m é tr ic o a d itiv o

A j us ta m e nto nã o-pa ra m é tric o de s c onto a bs o lu to (N e y e t a l 9 4 )

A j us ta m e nto nã o-pa ra m é tr ic o

in te rpo la ç ã o-line a r (J a line k -M e rc e r 8 0 )

A j us ta m e nto nã o-pa ra m é tr ic o dire c h le t

M e d ida s H ubA utorida de

0 ..10 . .10 ..10 . .1

0 . .1

0 ..1

0 ..1

0 ..1

Page 53: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 37 -

O objectivo da criação dos processos de comparação é permitir a definição de um conjunto de regras para comparar os termos representativos dos documentos com os das perguntas e encontrar assim um conjunto de documentos que satisfaçam a necessidade de informação expressa na pergunta.

Muitos dos sistemas de recuperação variam no que diz respeito à forma como comparam os representativos e o seu nome encontra-se ligado à designação do processo empregue como demonstrado na Figura 2.12, os quais são descritos nas subsecções seguintes.

2.6.1 Processos com Base na Semelhança

2.6.1.1 Processo Booleano

Embora não seja o processo que melhores resultados produz, é este o mais usado nos sistemas comerciais existentes. A pergunta é feita com um conjunto de termos ligados através das proposições lógicas ( ), , ~∧ ∨ , indo o sistema procurar documentos onde se

encontrem estes termos, de acordo com as proposições usadas. Um dos principais problemas deste processo é a enorme quantidade de documentos que é devolvida, apresentada sem respeitar qualquer ordem. O processo de Fuzzy tenta resolver este problema, com a introdução de operadores lógicos para incluir associação parcial dos termos às classes (Bookstein, 1985).

2.6.1.2 Processo Vectorial

No processo vectorial cada documento é representado por um vector num espaço N-dimensional ( )1 ,...,i i niD w w= onde são guardados os pesos de cada termo. Um

documento é relevante, para uma determinada pergunta, se o seu peso apresentar um valor superior a um determinado nível previamente definido:

( )1

,N

i it tqt

sim D Q w w=

= ∑ (F2.13)

Sendo que:

− itw é o peso do termo t no documento i (Fórmula F2.5).

− tqw é o peso do termo t na pergunta q (Fórmula F2.8).

Page 54: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 38 -

2.6.1.3 Processo de Distribuição Probabilística

Neste processo os documentos são representados por uma distribuição multinomial dos termos (Wong e Yao 1989). Para maior detalhe consultar a página pessoal em <www.deetc.isel.ipl.pt/matematica/jf>.

2.6.2 Processos Probabilísticos com Base na Relevância

O objectivo deste tipo de processos é ordenar documentos com base na probabilidade de relevância em relação a uma necessidade de informação de um utilizador.

Considerem-se 3 variáveis aleatórias: pergunta q, documentos (1 i D,i )id ≤ ≤ ∈ℵ e

relevância R ∈{0,1}. O objectivo é ordenar os documentos considerando a probabilidade de relevância de um documento dada uma pergunta: ( | , )iP R q d .

Nas subsecções seguintes apresentam-se os três casos seguintes: (1) Regressão Logística Linear; (2) Processo Generativo com base na geração de documentos (teoria clássica); (3) Processo Generativo com base na geração de perguntas.

2.6.2.1 Regressão Logística Linear

A relevância depende das semelhanças entre a pergunta e os documentos, definindo parâmetros característicos dos documentos e das perguntas (e.g., número de termos semelhantes, comprimento da pergunta e do documento, frequência dos termos, etc).

Assim o processo de regressão permite estimar a probabilidade de relevância de um documento em relação a uma pergunta, baseado num conjunto de parâmetros estimados a partir de um conjunto de treino, da seguinte forma:

6

1

( | , )log( | , )

i ii

i

i

P R q d xP R q d

α β=

= + ×∑

(F2.18)

( ) ( )1 2 3 ki 4 5 61 1 1

1 1 1log ; ; log f ; ; log ; logM M M

qk i kk k k

X f X n X X n X idf X MM M M= = =

= = = = = =∑ ∑ ∑

Sendo que:

− M é o número de termos comuns entre a pergunta e o documento.

− 1X é a média da frequência absoluta da pergunta.

− 2X é o comprimento da pergunta (nº de termos após a remoção das stop words e

executada a radicalização dos termos).

− 3X é a média da frequência absoluta de um documento.

Page 55: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 39 -

− 4X é o comprimento do documento (nº de termos após a remoção das stop words

e executada a radicalização dos termos).

− 5X é a média da frequência inversa de um documento.

Parâmetros determinados do conjunto de treino:

− α é o termo de intercepção da regressão.

− ( ) 1 i 6,i Ziβ ≤ ≤ ∈ , são calculados a partir da informação disponível de treino, sub-

colecção com julgamentos de relevância previamente conhecidos.

Estes parâmetros são estimados usando pacotes estatísticos de tratamento de informação.

Figura 2.13: Curva da probabilidade de relevância em função da frequência dos termos no documento.

2.6.2.2 Processos Generativos

Apresentam-se dois casos:

− Geração de documentos: P(q, |R)=P( |q,R)P(q|R)i id d , Teoria clássica (Robertson e

Sparck Jones, 76), donde se destaca a fórmula Okapi.

− Geração de perguntas: P(q, |R)=P(q| ,R)P( |R) i i id d d (Ponte & Croft, 98), (Lafferty &

Zhai, 01).

2.6.2.2.1 Processo Clássico (Geração de documentos)

2

2 2

( , | 1) ( 1) ( | , 1) ( , 1)( 1 | , ) log

( , ) ( | , 0) ( , 0)

( | , 1) ( , 1)log log( | , 0) ( , 0)

i ii ordemi i

i

i

P q d R P R P d q R P q RP R q d

P q d P d q R P q R

P d q R P q R ignora seP d q R P q R

= = = == = ∝ =

= =

= == + → −

= =

Frequência termos no documento

100 -90 -80 -70 -60 -50 -40 -30 -20 -10 -0 -

0 10 20 30 40 50 60

Rel

evân

cia

100 -90 -80 -70 -60 -50 -40 -30 -20 -10 -0 -

0 10 20 30 40 50 60

Rel

evân

cia

Page 56: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 40 -

Assumindo que os documentos têm atributos, termos independentes i1 2( , ,..., )ii i ind t t t=

cujos valores são ( )1 2, ,... nia a a

( )( )

2 2 21

2 21

( | , 1) ( | , 1) ( 0 | , 1)log log log

( | , 0) ( | , 0) ( 0 | , 0)

1( | , 1) ( 0 | , 0)log log

( | , 0) ( 0 | , 1) 1

i

i

ni it t it

ti it t it

n t tit t it

t it t it t t

P d q R P t a q R P t q RP d q R P t a q R P t q R

p pP t a q R P t q RP t a q R P t q R p p

=

=

⎛ ⎞= = = = == − =∑ ⎜ ⎟

= = = = =⎝ ⎠⎛ −⎛ ⎞= = = =

=∑ ⎜ ⎟= = = = −⎝ ⎠ ⎝

( )( )

1 1

it 2

1com ( | , 1); ( | , 0), definindo w log

1

i in n

itt t

t tt it t t it t

t t

w

p pp P t a q R p P t a q R

p p

= =

⎞⎜ ⎟ =∑ ∑⎜ ⎟⎜ ⎟

−= = = = = = =

Sendo que:

− tp é a probabilidade do termo t, ocorrer num documento relevante.

tp é a probabilidade do termo t, ocorrer num documento não-relevante.

Esta aproximação só é possível se conhecermos os julgamentos de relevância para todos os documentos na colecção (r e R). tr é o número de documentos relevantes para o termo

t.

Tabela 2.2:Valores de contingência para cada termo itt

( )( )( )it 2; vem que w log t t tt t t

t tt t t

r N d R rr d rp p

R N R d r R r⎛ ⎞− − +−

= = = ⎜ ⎟⎜ ⎟− − −⎝ ⎠

Para evitar singularidades na fórmula de itw , Robertson e Jones (Robertson 1976),

introduziram 0.5, aos produtos da fórmula itw , resultando:

( )( )( ) ( )it 2

0.5 0.5w log

0.5 0.5t t t

t t t

r N d R rd r R r

⎛ ⎞+ − − + += ⎜ ⎟⎜ ⎟− + − − +⎝ ⎠

(F2.19)

Na ausência de informação relevante, tt

dp

N≈ pode ser estimado pelo número dos

documentos da colecção que tenham o termo t, pois o número de documentos relevantes é pequeno comparado com o número de documentos da colecção. constantetp = ,

assume-se constante pois não há forma de estimar o resultando

2 2 ii

Nlog log = , para N>>ntnt

iit i

i

N ntw idf

nt⎛ ⎞−

≈ ≈ ⎜ ⎟⎝ ⎠

( )int - nº termos do documento i .

Re Re

0it t t t t t

it t t t t

levante Não levantet a r d r dt R r N d R r N d

R N R N

−= −= − − − + −

Page 57: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 41 -

Esta fórmula foi melhorada por Robertson (Robertson, 1995), tendo como base o processo de Poisson (Okapi). Robertson assume que a frequência de um termo numa colecção pode seguir duas distribuições de Poisson. Uma distribuição dos termos dos documentos que representam conceitos (‘elite’ (E)) e outra distribuição dos restantes:

( ) ( )

( | , ) ( | , ) ( | ) ( | , ) ( | )

-média doc. 'elite';( | , ) ( | , )

-média doc. não 'elite';! !

ititE E

it it itff

E E

it it

p f Q R p E Q R p f E P E Q R p f E

p E Q R e P E Q R ef f

μμ μ μμλ

−−

= +

⎧ ⎫= + ⎨ ⎬

⎩ ⎭

Dada a complexidade da função, Robertson substituiu parâmetros da distribuição por outros baseados na frequência de termos, com comportamentos semelhantes, introduzindo uma constante 1k (determinada experimentalmente), a qual influência a

forma da curva, resultando ( )1'it

1

1w it

itit

f kw

k f+

=+

(F2.20). 1k determina como o peso dos

termos face à variação da frequência dos termos itf . Se 1k é elevado, os pesos são

aproximadamente lineares com itf . Na TREC verificou-se que os melhores valores para

[ ]1 1.2, 2k ∈ . Isto mostra que o comportamento dos pesos não é linear com a frequência

dos termos itf . Após 3 ou 4 ocorrências de um termo, as ocorrências adicionais têm um

impacto reduzido.

Falta ainda introduzir as variações de tamanho dos documentos, pois a equação anterior assume que todos os documentos têm o mesmo tamanho.

As diferenças entre o comprimento dos documentos têm duas visões principais: (1) scope – documentos longos cobrem mais tópicos que os pequenos; (2) verbosity – documentos longos cobrem os mesmos tópicos, usando mais termos. A realidade demonstra ser uma mistura destas duas abordagens (Singhal, 1996). Estas constatações

levaram a outro factor de correcção introduzido na fórmula dos pesos. ( )1 idlNF b b

dl= − + ,

sendo b uma outra constante determinada experimentalmente. Se b=1, estamos perante uma aproximação pura da verbosity. Assim temos a fórmula:

( ) ( )

( )

( )1 1 1'it

1 1

1 1 1w

1

itit it

it it itit i it

it

f k f k f kNF w w wf dl K fk k b b f

NF dl

+ + += = =

+⎛ ⎞+ − +⎜ ⎟⎝ ⎠

(F2.21)

Existe um segundo factor de correcção (muitas vezes ignorado), dependente do

comprimento do documento e do número de termos na pergunta 2 2i

i

dl dlNF k nq

dl dl−

= ×+

sendo [ ]2 0,0.3k ∈ para as colecções da TREC. Para os termos das perguntas com uma

abordagem semelhante origina-se a fórmula apresentada em F2.7.

Page 58: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 42 -

O produto entre os pesos dos termos dos documentos e das perguntas origina as (Best Match) BMxx (fórmulas implementadas no sistema Okapi). As mais relevantes são:

( )( )( ) ( )2

3

0.5 0.5log

0.5 0.5tqt t t

it tqt t t tq

fr N n R rw w

n r R r k f⎛ ⎞+ − − + +

= ⎜ ⎟⎜ ⎟− + − − + +⎝ ⎠

BM1

(F2.22)

( )( )( ) ( )2 2

1 3

0.5 0.5log

0.5 0.5tqt t tit i

it tqi t t t tq iit

fr N n R rf dl dlw w k nq

k dl n r R r k f dl dlfdl

⎛ ⎞+ − − + + −= ×⎜ ⎟⎜ ⎟× − + − − + + +⎝ ⎠+

BM11

(F2.23)

( )( )( ) ( )2 2

1 3

0.5 0.5log

0.5 0.5tqt t tit i

it tqit t t t tq i

fr N n R rf dl dlw w k nq

k f n r R r k f dl dl

⎛ ⎞+ − − + + −= ×⎜ ⎟⎜ ⎟+ − + − − + + +⎝ ⎠

BM15

(F2.24)

( )

( )

( )( )( ) ( )

12 2

31

0.5 0.51log

0.5 0.51

tqt t tit iit tq

i t t t tq iit

fr N n R rf k dl dlw w k nq

dl n r R r k f dl dlk b b fdl

⎛ ⎞+ − − + ++ −= ×⎜ ⎟⎜ ⎟− + − − + +⎛ ⎞ +⎝ ⎠− +⎜ ⎟

⎝ ⎠

BM25

(F2.25)

É essencialmente a BM25 que obteve os melhores resultados sendo, muitas vezes, associada ao processo Okapi que foi considerado um dos melhores sistemas da TREC, tendo sido usado, posteriormente, como referência, a nível de desempenho, em outros sistemas.

2.6.2.2.2 Modelo Linguístico

O primeiro modelo linguístico foi publicado por Ponte e Croft (Ponte 1998), baseado na intuição de que as perguntas não são criadas sem o conhecimento dos documentos e que os utilizadores têm uma ideia dos termos que ocorrem nos documentos relevantes. A ideia base é dado um documento estimar a probabilidade da pergunta ser feita, baseado no modelo linguístico e usar esta probabilidade para ordenar os documentos, em vez da probabilidade de relevância. Os modelos linguísticos definem um mecanismo probabilístico para gerar um conjunto de palavras/termos (Jelinek, 1997; Rosenfeld, 2000).

( , | 1) ( , , 1) ( | 1) ( | 1)( 1 | , ) ( | , 1)

( , | 0) ( , , 0) ( | 0) ( | 0)(Assumindo ( | , 0) ( | 0))

i i i ii i

i i i i

i

P q d R P q d R P d R P d RO R q d P q d R

P q d R P q d R P d R P d RP q d R P q R

= = = == ∝ = ∝ =

= = = =

= ≈ =

Assumindo uma distribuição uniforme temos que ( 1 | , ) ( | , 1)i iO R q d P q d R= ∝ = , havendo

necessidade de calcular ( | , 1)iP q d R = que é feito em dois passos:

− Estimar o modelo de linguagem baseado no documento id .

− Calcular a probabilidade da pergunta de acordo com o processo estimado.

Page 59: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 43 -

( ) { }2 2 1 21

log ( | ) log ( | ); , ,..., ; ( | ) Modelo-Linguístico do documenton

i t i n t it

p q d p w d q w w w p w d=

= = →∑

Ficando o problema da pesquisa/recuperação de informação (i.e., ordenação dos documentos por grau de relevância para o utilizador) reduzido à estimativa do valor de

( | )t ip w d , peso termo t da pergunta. tw −

Figura 2.14: Modelos linguísticos.

A maior parte dos processos de estimativa com base numa colecção de teste, tenta descontar a probabilidade ( | )t ip w d das palavras vistas nos documentos (colecção de

teste) e tenta aumentar a partir de zero a probabilidade ( | )t ip w d de palavras não

encontradas nos documentos, usando um processo de interpolação.

{ }t i( | ) se w d

( | )( | ) caso contrário -método linguísticoα

∈⎧⎪= ⎨⎪⎩ i

ml t it i

d ml t

p w dp w d

p w C ml (F2.26)

1 ( | ); (colecção de doc.)

( | )i

i

i

ml t it d

d iit

t d ml

p w dd C

p w Cα ∈

−= =

∑∑∑

constante depende do documento,

calculada para que a soma da probabilidade de todos os termos seja um. Assim obtemos:

2 2 2 2( | )

log ( | ) [log ] log log ( | );( | ) i

t i it

ml t ii d ml t

w d td ml tw q

p w dp q d n p w C

p w Cα

α∈∈

= + +∑ ∑ (F2.27)

Sendo que:

it t( | ) é o peso w ; ( | ) é o peso de idf ; log é normalização doc.; n comprimento perguntaiml t i ml t dp w d p w C n α

( | )ml t ip w d é proporcional à frequência do termo t no documento i e inversamente

proporcional à frequência do termo na colecção. O último termo é ignorado, pois é independente do documento.

Existem duas abordagens: (1) processos de interpolação, que ajusta a probabilidade dos

M o d e l o G e n e ra ti voG e ra ç ã o P e rgunta (M ode lo L ingu ís tic o ) (P on te e C ro ft, 1 9 9 8 ; La ffe rty e Za i 2 0 0 1 )

U n ig ra m B igra m Trigra m N gra m

A j us ta m e nto nã o-pa ra m é tr ic o a d itiv o

A j us ta m e nto nã o -pa ra m é tr ic o de s c onto a bs o lu to (N e y e t a l 9 4 )

A j us ta m e nto nã o -pa ra m é tric o

in te rpola ç ã o -line a r (J a l ine k -M e rc e r 8 0 )

A j us ta m e nto nã o -pa ra m é tric o d ire c h le t

A ssu m e m i n d e p e n d e n c i a d a sp a l a vra s (ú n i co a n a l i sa d o n o p re se n te tra b a l h o )

G e ra m te rm o s o u ca ra c te re s co m b a se n o s n a n te ri o re s

E ntrop ia m á x im a

P o d e m g e ra r p a l a vra s co m b a se n a e stru c tu ra te x to

0 . .10 . .10 ..1

0 ..1

Page 60: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 44 -

eventos verificados e não verificados; (2) processos de back-off, que ajusta apenas a probabilidade dos eventos não verificados. O desempenho dos processos de interpolação é superior (Zhai 01) a outros processos de estimativa considerados.

Destacam-se os seguintes processos para estimar ( | )ml t ip w d :

− Processo de Jelinek-Mercer (processo de interpolação), que envolve a interpolação linear, usando um parâmetro λ , para controlar a influência de cada modelo:

( | ) (1 ) ( | ) ( | )ml t i ml t i ml tp w d p w d p w Cλ λ= − + ; ( | ) itml t i

i

fp w ddl

= (F2.28)

− Dirichlet prior (Bayesian) (processo de interpolação): O modelo linguístico é uma distribuição multinomial:

( | )( | ) ( | ) ( | )it ml t iml i i i

f p w C dlt i ml t i ml tdl dl dlp w d p w d p w Cμ μ

μ μ μ+

+ + += = + (F2.29)

Se μ é pequeno ( )| itml t i

i

fp w d

dl≈ , se μ é grande ( ) ( )| |ml t i ml tp w d p w C≈ .

idlμμ+ (depende dos documentos) faz o papel de λ (o qual é constante) do processo (1).

− Desconto absoluto (processo de interpolação): o objectivo é baixar a probabilidade ( | )t ip w d das palavras vistas ao subtrair-se uma constante δ. É

semelhante ao processo (1), nas palavras existentes nos documentos:

max( ,0) ( | )( | ) it i tml i

f dtu p w Ct i dlp w d δ δ− += (F2.30)

Os processos acima descritos foram testados usando colecções da TREC7 e TREC8. O desempenho depende muito da optimização dos parâmetros ( ), ,λ μ δ . Para perguntas

pequenas o processo de Direchlet apresenta, em média, resultados superiores ao desconto absoluto e ao processo de Jelinek-Mercer. Para perguntas longas o processo de Jelinek-Mercer apresenta os melhores resultados. Este facto levou à criação de um processo feito em dois passos baseado nos dois processos (Direchlet e Jelinek-Mercer). Para mais informação consultar a <www.deetc.isel.ipl.pt/matematica/jf>, bem como para informação sobre os outros processos, estando um pequeno resumo na Figura 2.14.

2.6.3 Processos Probabilísticos com Base na Inferência

2.6.3.1 Redes Neuronais

As redes neuronais utilizam os processos de activação expansiva, como forma de

Page 61: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 45 -

expandir o vocabulário de pesquisa de acordo com o contexto e, assim, complementar o conjunto de documentos seleccionados (Kwok, 1989 e Lippmann 1987).

A técnica usual é construir, manual ou automaticamente, dicionários de termos que especifiquem relações entre os termos, ou dicionários de palavras que contenham definições e outra informação referente aos termos usados. Nesta expansão são estabelecidas relações entre os documentos. A dificuldade deste processo consiste na determinação das relações ou associações que realmente permitem melhorar os resultados da pesquisa. Este processo tem sido bem sucedido em domínios especializados. As técnicas de expansão baseiam-se na existência de funções que especificam as relações particulares entre termos e conceitos.

Os termos são representados por nós numa rede e as relações são etiquetadas por arcos entre os nós. Neste processo de activação expansiva, o primeiro passo é a atribuição de um peso inicial ao nó (determinado empiricamente) e os pesos resultantes, são obtidos pela aplicação de técnicas probabilísticas. A mesma rede é constituída para as perguntas. A ligação entre estas duas redes é estabelecida ao nível dos conceitos. Este processo é bastante exigente a nível computacional e tem-se tornado um processo importante, à medida que os computadores se vão tornando mais rápidos.

Figura 2.15: Diagrama do processo básico das redes neuronais.

j k

m t

conjunto dos documentos; t termos representativos documento; r conceitos representativos

dos documentos;c conceitos representativos das perguntas; q termo t representativo perguntaid − − −

− −

Pretende-se calcular ( ) ( ) ( ) ( )| | |t i j m j i iP q R P r c P r R P R=

Redes Neuronais

r1

d1

t1 t2 tj-1 tj

d2 di-1 di

r2 r3 rk

c1 c2 c3 cm

q1 q2

I

Nós Documentos

Nós representativos dosdocumentos

Nósrepresentativos

de conceitos

RedeDocumentos

Representativos dapergunta

Documentos

Pergunta

Necessidade de Informação

Page 62: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 46 -

( )| - é a probabilidade do conceito ser observado no recurso (doc. i)j i j iP r R r R

( ) ( ) ( ) ( )it

it

0.5logf

| ; T= ; ; | 1log 1f 50 150

tj i j i d d

i

tc

Nd

P r R T I I P r c b b T Int Nn

⎛ ⎞+⎜ ⎟⎝ ⎠= × = = + − ×

++ + (F2.31)

db - valor mínimo da inferência, (sendo 0,4 um valor típico)

Para o conjunto de termos das perguntas, estão disponíveis os seguintes operadores

( ) ( ) ( )1 1 2 2 1

2 n

| ; | ;...; | ; w peso 1º termo da pergunta;w peso 2º termo da pergunta;...;w peso termo n da pergunta; n - nº termos da pergunta

i i n i nP q R p P q R p P q R p= = = −

− −

( )

( ) ( )

1 1 2 21 2not 1

1 2

1 1 2

......; ; P 1

...1 1 ... 1 ; ...

n nnsoma wsoma

n

or n and n

w p w p w pp p pP P p

n w w wP p p P p p p

+ + ++ + += = = −

+ + +

= − − − =

2.7 Processos de Avaliação

A obtenção da medida da relevância dos resultados da pesquisa é difícil, devido à natureza da informação, sendo o processo de pesquisa complexo e envolvendo diversos factores. Tradicionalmente, as experiências realizam-se em ambientes fechados, de forma a controlar diversos parâmetros envolvidos e são constituídos basicamente por uma colecção de documentos resultantes de um conjunto de perguntas e dos respectivos julgamentos de relevância associados. Estas experiências, contudo, não reflectem a realidade, pois usam um conjunto de perguntas previamente reformuladas excluindo o utilizador do processo. O conceito principal, nestas experiências, é o conceito de relevância, o qual afere a qualidade dos documentos identificados em relação às necessidades de informação do utilizador.

Muitos esforços se têm desenvolvido no sentido de medir a eficácia de um sistema de pesquisa, mantendo-se um problema longe de estar resolvido. Este assunto tem implícitas as seguintes perguntas: (1) porquê a avaliação?; (2) o que avaliar?; (3) como avaliar? A primeira pergunta é uma mera questão social e económica. A segunda pergunta mede a capacidade de o sistema satisfazer o utilizador nas suas necessidades de informação e engloba os seguintes parâmetros:

− O tempo entre a formulação da pergunta e a resposta do sistema.

− A cobertura (recall) da colecção de documentos, que é definida como a percentagem dos documentos relevantes, obtidos numa operação de pesquisa em relação a todo o conjunto de documentos relevantes existentes no universo de

Page 63: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 47 -

pesquisa.

− A forma como os resultados é apresentada.

− O esforço empregue pelo utilizador para obter os resultados desejados.

− A precisão do sistema, isto é, a percentagem dos documentos relevantes, em relação à totalidade dos documentos obtidos.

A problemática que ronda a eficiência de cada sistema ou, por outras palavras, a capacidade que o sistema demonstra de satisfazer o utilizador, é amplamente discutida na obra clássica de C.J. van Rijsbergen (Rijsbergen, 1979).

Geralmente são os dois últimos parâmetros os mais utilizados para medir a eficácia de um processo, i.e. a precisão e a cobertura, os quais reflectem a habilidade do sistema, para fornecer documentos relevantes em detrimentos dos não relevantes.

Figura 2.16: Metodologia para avaliar o desempenho de um sistema.

C ole c ç ã o P e rgunta

S is te m a R e c upe ra ç ã o X

D oc um e nto R e le v a nte [*]

D oc um e nto N ã o R e le v a nte [*]

D oc um e nto R e le v a nte

P re v ia m e nte C onhe c ido [*]

D oc um e nto N ã o Re le v a nte

P re v ia m e nte C onhe c ido [*]

A v a lia ç ã o S is te m a

R e c upe ra ç ã o X

P roc e s s o C om pa ra ç ã o

+ o u tp u t+ o u tp u t

u sau sa

u sa u sa

u sa u sa

+ o u tp u t

Page 64: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 48 -

Precisão Documentos relevantes pesquisadosTotal documentos pesquisados

= (F2.32)

relevantesdocumentosTotalspesquisadorelevantesDocumentosCobertura =

(F2.33)

Enquanto que a pesquisa de um documento relevante aumenta a precisão e a cobertura, a pesquisa de um documento não-relevante diminui apenas a precisão. A medida exacta da cobertura é difícil de obter, pois é necessário conhecer todos os documentos relevantes da colecção, sendo a maior parte das vezes uma medida estatística e, como tal, imprecisa. Outro aspecto a considerar é o facto de o valor destas grandezas depender dos utilizadores e da situação em causa. Quando não se quer perder nenhum documento a cobertura alta é importante mas, na maior parte das situações, os utilizadores preferem uma precisão elevada, pois não desejam encontrar nos resultados da pesquisa documentos não-relevantes. Na maioria dos sistemas, estas grandezas têm um comportamento inverso. Se a precisão aumenta, a cobertura irá certamente diminuir e vice-versa conforme ilustrado na Figura 2.17. É de salientar que, a noção de documento relevante é subjectiva, pois um documento pode ser relevante para um determinado utilizador e não relevante para outro.

A terceira pergunta que se coloca (i.e. “como avaliar?”), pode admitir várias respostas técnicas. Dada a sua extensão o tema não irá ser explorado. Como referências podem ser consultados os trabalhos de (Rijsbergen, 1979), (Saraceriv, 1988) e (Harman, 1986). O presente trabalho, apresenta uma solução para este problema, ao efectuar um conjunto de experiências num ambiente fechado (vid. Capítulo 7), usando a colecção WT10g da TREC.

Figura 2.17: Gráfico de precisão vs. cobertura.

Pr

1 Sistema Perfeito Pr(Pesquisa)=1

Sistema de pesquisa típico

Pesquisa aleatória Pr(pesquisa)=g

Re

g 1

Sistema de Pesquisa pervertido Pr(pesquisa)=0

g

Page 65: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 49 -

( ) ( )1

1 / RerP Pesquisag

=−

, [ ]Re 1 ,1g∈ − e ReRe Re

g =∪

(F2.34)

A noção de relevância é complexa e pode ser definida de diferentes formas (Saracevic, 1988a) e pode não ser, necessariamente, a melhor medida para maximizar o grau de satisfação do utilizador (Cooper, 1973). Para complicar ainda mais este cenário, as necessidades de informação são únicas para cada utilizador e podem variar durante o processo de pesquisa (Belkin, 1982; Taylor, 1968).

A medição do desempenho dos sistemas de pesquisa pode ser então vista segundo os seguintes aspectos: (1) eficácia de pesquisa; (2) eficiência; (3) solitário ou comparativo; (4) exploratório ou definitivo, (5) quantitativo ou qualitativo.

A metodologia a usar para medir o desempenho do sistema é influenciada pelo objectivo da medição e envolve a identificação de factores dos quais depende o desempenho do sistema.

Um conjunto vasto de parâmetros deve ser considerado na medição do desempenho de um sistema, incluindo as variáveis de ambiente e de sistema associadas a uma situação de pesquisa (Keen, 1971; Sparck Jones, 1981; van Rijsbergen, 1979). A determinação dos processos de medição envolve decisões acerca dos critérios de medição (i.e. eficácia, eficiência, aceitabilidade), as medidas (i.e. precisão, cobertura) e os processos para aplicar medidas como micro vs. macro (Cleverdon, 1967; Sparck Jones, 1981; Tague, 1981; van Rijsbergen, 1979).

A medição de resultados é um tema que cedo se identificou, já sendo tema na década de 60, nas experiências de Cranfield (Cleverdon e Mills, 1963; Cleverdon, 1967), onde as metas eram a comparação do desempenho de diferentes processos de pesquisa para a conferência anual TREC (Text REtrieval Conference). Um dos trabalhos mais notáveis nesta área foi feito nos sistemas:

− MEDLARS (Lancaster, 1969) estabeleceu a importância da análise de falhas (e.g. documentos relevantes não recuperados, documentos não-relevantes pesquisados).

− STAIRS (Blair e Maron, 1985) estudaram o desempenho de sistemas operando em grande escala, o significado dos testes Tague (Tague, 1981) que sugeriu que as manifestações de desempenho podem não ser reais, e Keen (Keen, 1971; Keen, 1992) elaborou um estudo sobre os factores que influenciam o desempenho dos sistemas de pesquisa e descreveu como os resultados da pesquisa podem ser tratados e apresentados.

O estudo do desempenho dos sistemas de pesquisa está longe de estar concluído. A importância da pesquisa de informação na Web tem vindo a aumentar e posicionou a Web, como uma importante fonte de informação, tolerando uma visão do desempenho

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 50 -

como uma característica que considera um grande número de aspectos e comportamentos que, activamente, envolvem pessoas como parte integrante do processo de pesquisa. A IR tem sido adaptada e expandida de forma a adaptar-se ao cenário da Web. Algumas experiências de pesquisa na Web, medem os resultados por pesquisas interactivas, usando métricas tais como o número de documentos seguidos, o tempo dispendido em cada documento, a distância entre ligações seguidas pelo utilizador na pesquisa, para aferir o custo de encontrar documentos relevantes (Zamir e Etzioni, 1998).

Novas abordagens são desenhadas para simular as condições do mundo real sem problemas. Seguir um número de documentos apresenta-se como um problema, uma vez que, não se tem em conta a diferença do grau de relevância dos documentos seguidos. O tempo dispendido também é problemático, no sentido em que é difícil distinguir entre tempo devido aos atrasos da rede, tempo devido à avaliação de documentos e o tempo que realmente é usado no seguimento das ligações.

2.7.1 TREC

Text REtrieval Conference é uma série continuada de conferências na área da IR em grandes colecções de documentos, patrocinada pelo National Institute of Standards (NIST) e pelo Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA). Começou em 1992 fazendo parte do TIPSTER que foi concluído em 1998. A TREC tem vindo a expandir progressivamente o número de participantes e o reconhecimento internacional. Representa o primeiro esforço para conduzir experiências em grandes colecções de documentos.

A TREC tem sido, de uma forma geral, um campo fértil para as experiências no campo da pesquisa de informação onde vários participantes podem explorar diferentes assuntos da pesquisa de informação em colecções de dimensões consideráveis (Harman, 1993; Voorhees e Harman, 2000). Adicionalmente tem demonstrado ainda uma contínua viabilidade para abordagens estatísticas da pesquisa de informação, bem como se denota um refinamento nos dados e tarefas que levam a uma melhoria de desempenho dos sistemas de pesquisa. Recentemente, a TREC tem expandido o âmbito da sua actividade, explorando também os campos da pesquisa interactiva e pesquisa na Web e tem investigado campos da pesquisa de informação como a interacção sistema-utilizador e a análise das ligações.

A TREC encontra-se separada em vários temas (tendo o número de temas vindo a aumentar). O presente trabalho vai usar os meios da Web TREC, ou seja a colecção de teste (WT10g) (Figura 2.18), mais especificamente os tópicos 451 a 550 (Figura 2.19), e o conjunto de documentos considerados relevantes para cada pergunta, Figura

Page 67: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 51 -

2.20.

2.7.1.1 Colecção WT10g

Colecção WT10g é um conjunto de documentos construído de uma forma controlada (i.e., conhece-se a relevância dos documentos para cada uma das perguntas), que pretende ser representativa da Internet (Ian, 2002 e Tampere 2002). Das diferentes colecções disponíveis a WT10g <http://www.ted.cmis.csiro.au/TRECWeb/ access_to_data.html>, usada nas experiências da TREC-9 e TREC-10 (2002), tem os melhores requisitos (Bailey 2003, Hawking 2001, 2002, 2003). A WT10g é composta por 1,692,096 páginas html, oriundas de uma amostra de informação original da Internet Archive Data e que inclui uma representação balanceada das características reais da Web (i.e. estrutura de ligações, tipos conteúdos). Duplicações e documentos fora da língua Inglesa foram excluídos da colecção. A WT10g é constituída por 1,692,096 documentos e por um desvio padrão no comprimento dos documentos de 2303,4.

Figura 2.18: Exemplo da colecção WT10g.

2.7.1.2 Tópicos

Tópicos na TREC representam afirmações em linguagem natural, as quais representam necessidades de informação de uma forma estruturada. Os tópicos são formatados em SGML. Diferentes conjuntos de tópicos têm diferentes campos, incluindo as afirmações de cada tópico. A eliminação ou adição de campos e o formato das afirmações em cada

<DOC>

<DOCNO>WTX104-B01-1</DOCNO>

<DOCOLDNO>IA097-001048-B043-338</DOCOLDNO>

<DOCHDR>

http://msfcinfo.msfc.nasa.gov:80/nmo/nmonasa.html 192.112.225.4 19970215104446 text/html 1014

HTTP/1.0 200 Document follows

Date: Sat, 15 Feb 1997 10:37:04 GMT

Server: NCSA/1.5

Content-type: text/html

</DOCHDR>

<HTML>

<HEAD>

<TITLE>Instructions to NASA Sponsors </TITLE> </HEAD>

<BODY><H1><STRONG>Instructions to NASA Sponsors </STRONG></H1><P><H3>JPL is under the institutional management of

the Office of Space Science at NASA Headquarters. NASA Centers or activities contemplating the placement ofresea

rch and development work at the Jet Propulsion Laboratory may contact the NASA Contracting Officer(<Ahref="mailto

: [email protected]"> [email protected])</a> at the NMO for more details or the Researchand A

dministration Division of the Office of Space Science, Code SP at NASA Headquarters.

</H3><HR>[<A HREF="nmohome.html">NMO Procurement Home Page</A>]<P>Please send comments and questions to <A href="m

ailto:[email protected]"> [email protected]</a><BR>Curator and Owner: Katherine M.Wolf<BR>Last update to this page: September 15, 1995 @ 3:23 p.m. PDT

</BODY>

</HTML>

</DOC>

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 52 -

tópico varia de ficheiro para ficheiro. Na presente dissertação foram usados dois grupos principais de tópicos: 451 a 500 (tópicos da Web, da TREC 9 2000), obtidos a partir dos ficheiros de logs das perguntas do Excite (12/20/1999) e 501-550 (tópicos aleatórios da Web, da TREC 2001). Os campos principais são:

− (1) Campo Título; contendo perguntas actuais submetidas a motores de pesquisa. Os tópicos 451-500 são baseados em perguntas de ficheiros log do motor de pesquisa Excite <www.excite.com> e os tópicos 501-550 são baseados em perguntas de pesquisa do MSN <www.msn.com>. Existindo sete campos com erros nos tópicos 451-550.

− (2) Campo Descritivo; constituído por uma frase descritiva do tópico.

− (3) Campo Narrativo; descrição criados pelos membros da NIST para se enquadrarem com as perguntas reais de pesquisa representadas pelo título.

Figura 2.19: Exemplo de um tópico (pergunta).

2.7.1.3 Julgamentos de Relevância

Conjunto de documentos relevantes por pergunta, são construídos pelos colaboradores da TREC e avaliados a partir de um conjunto de resultados (união, dos 100 documentos de topo dos resultados submetidos pelos participantes da TREC), onde documentos não analisados são considerados não relevantes. Os documentos são classificados numa escala de três pontos (relevância alta, relevante e não relevante), os quais são projectados numa escala binária pela combinação de relevância alta com não relevante (Voorhees, 2001). As decisões de relevância agrupada, como as que se usam na TREC, podem ser parciais contra sistemas que tendem a pesquisar documentos relevantes fora do conjunto habitual dos documentos considerados relevantes. Com o objectivo de investigar o potencial parcial das aproximações das decisões de relevância agrupadas, Zobel (Zobel, 1998) testou várias colecções da TREC, comparando o desempenho de sistemas usando julgamentos de relevância oficiais onde, documentos pesquisados unicamente por um sistema, são avaliados e removidos. As diferenças no desempenho são mínimas. Usando apenas documentos relevantes, a precisão média

<top><num> Number: 451 <title> What is a Bengals cat? <desc> Description: Provide information on the Bengal cat breed.<narr> Narrative:

</top>

References which discuss bengal clubs only arenot relevant. Discussions of bengal tigers are

not relevant.

Item should include any information on the Bengal cat breed, including description, origin, characteristics, breeding program, names of

breeders and catteries carrying bengals.

Page 69: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 53 -

aumenta 0.5% para a TREC-5 com a colecção ad-hoc e 2.2% na TREC-3 (mesma colecção). As colecções ad-hoc da TREC são semelhantes à WT10g excepto que o conjunto de documentos contém apenas texto (i.e. sem ligações), isto é, um jornal, artigos e alguns documentos governamentais. A subsequente investigação mostrou que a presença ou ausência de documentos relevantes pesquisados é pouco significativa no desempenho do sistema (Voorhees e Harman, 2000).

A TREC tem as suas próprias limitações, especialmente no que diz respeito aos seus tópicos, que são demasiado detalhados e específicos para representar o mundo real das perguntas. Experiências da TREC na Web são problemáticas, uma vez que a sua colecção de testes é um pequeno conjunto da Web, não incluindo vários documentos referidos nas ligações da colecção que possam necessitar de uma análise efectiva das ligações (Savoy e Picard, 1998). As decisões de relevância de uma colecção de teste da Web penalizam a abordagem da análise das ligações por não considerarem as páginas hubs (i.e. documentos com várias ligações para páginas relevantes) como relevantes, os quais são geralmente consideradas como relevantes na maior parte das outras experiências de pesquisa na Web (Voorhees e Harman, 2000).

Figura 2.20: Descrição do funcionamento das experiências da TREC.

S is te m a a te s ta r A ná lis e da re le v â nc ia fe itam a nua lm e nte por " pe ritos "

da TR E C

C om pa ra ç ã o(C )

Tóp ic os (4 5 1 -5 5 0 ) C o le c ç ã o W T1 0 g (W e b Tra c k )

Re s ulta dos

C on j unto D oc um e ntos Re le v a nte por tóp ic o

A v a lia ç ã o R e s u lta dos

Page 70: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 54 -

2.7.2 Outras Iniciativas

Em Setembro de 2000, em Lisboa, foi iniciado um processo equivalente à TREC, a nível Europeu, orientado essencialmente para o problema da pesquisa de informação nas diferentes línguas (realidade Europeia) CLEF (Cross Language Evaluation Forum), tendo atingido em 2004 a participação de 55 grupos de investigação (Carol 2004), tendo este número aumentado para 74 em 2005 (Carol 2005).

Na Ásia, também com ênfase na pesquisa em diferentes línguas, existe a NTCIR (NII-NACSIS Test collection for IR systems <http://research.nii.ac.jp/~ntcadm/index-en.html>).

2.8 Sistemas e Aplicações na Internet

2.8.1 Sistemas de Pesquisa

Muitos endereços de informação na Internet (i.e sites) contêm hoje em dia uma grande quantidade de documentos e ou outra informação textual. Esta informação torna-se muito mais acessível se existir um sistema de pesquisa que permita encontrar os documentos relevantes para cada utilizador. Os sistemas de pesquisa começaram a ter uma enorme popularidade, existindo mesmo inúmeros endereços da Web com o objectivo, praticamente único, de facilitar a pesquisa de documentos relevantes. Estes sistemas de pesquisa podem dividir-se em dois grandes grupos: os que apresentam um espaço classificado permitindo a pesquisa dentro de sub-espaços, e.g.Yahoo, ou os que não apresentam qualquer classificação, fazendo a pesquisa, por omissão, em todo o espaço de informação, (e.g. Altavista, Google). Como consequência da metodologia a propor, o presente trabalho pretende contribuir com uma plataforma de teste para sistemas de pesquisa e filtragem comum aos diferentes processos de pesquisa pelo que, se torna necessária, uma análise dos sistemas de pesquisa e filtragem com características semelhantes. Da vasta lista de sistemas existentes, foram escolhidos os mais relevantes, divididos em duas categorias: sistemas de pesquisa académicos (Secção 2.8.2) e sistemas de filtragem de informação (Secção 2.8.3).

Na Tabela 2.3, está indicado o tamanho do índice reportado e o tamanho dos índices dos documentos considerados para os principais motores de pesquisa e na Figura 2.21 a de mercado de cada um deles.

Page 71: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 55 -

Motor Pesquisa Índice reportado Dimensão dos doc. Indexados

Google

www.google.com 8.1 biliões 101K

MSN

search.msn.com 5.0 biliões 150K

Yahoo

www.yahoo.com

4.2 biliões (estimado)

500K

Ask Jeeves

www.askjeeves.com 2.5 biliões 101K+

Tabela 2.3: Dados do searchenginewatch, referentes a Dezembro 2004.

Figura 2.21: Estatística de utilização dos motores de pesquisa nos Estados Unidos da América, em Dezembro de 2004.

O Yahoo inclui os motores associados do grupo: AltaVista, AllTheWeb e Overture.

AOL inclui o Nestacape e Excite inclui, iWon, MyWay.com e My Web Search.

2.8.2 Sistemas de Pesquisa Académicos

Os sistemas de pesquisa académicos, são sistemas não comerciais desenvolvidos com a finalidade de testar um determinado processo de pesquisa, em código aberto, estando

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 56 -

disponíveis para a comunidade científica:

Dos sistemas de pesquisa académicos mais relevantes destacam-se: SMART, Inquery, Okapi, Lemur, Terrier, MG.

Os principais grupos de investigação na área da PI, desenvolveram um sistema próprio com o objectivo primordial de testar os processos e os algoritmos de pesquisa. Não existe colaboração entre os diferentes grupos para o desenvolvimento de um sistema comum, havendo apenas um esforço individual (i.e. de cada grupo). Cada sistema encontra-se orientado para um determinado processo de pesquisa (desenvolvido no grupo), sendo comum nos sistemas mais recentes (e.g. Lemur e Terrier) a implementação de outros processos (essencialmente Okapi e o processo vectorial) para comparação de resultados. Outro aspecto importante é que estes sistemas são orientados essencialmente para a pesquisa de informação, não havendo um sistema global que trate o problema da recuperação (pesquisa, filtragem e classificação de informação) de uma forma unificada. São estes pontos que levam o autor a propor um novo sistema (vid Secção 7.1.2) que possa colmatar as lacunas identificadas.

Sistema Ano Linguagem Desenvolvido por Processos Implementados

Smart 1960 C Cornell Processo Vectorial com diversas opções de pesos dos termos

Terrier 2001 Java+ perl Glasgow

Plataforma para os processos probabilísticos; ligações; combinações

Okapi 1992 C City Unv. London (CISR)

Processo clássico Probabilístico (Fórmulas BMxx)

Lemur 2000 C;C++ CMU + Univ. Massachusetts

Modelos de linguagem com Okapi e processo vectorial para comparação resultados

Inquery 1994 C Massachusets Inferência

MG 1990 C U. Waikato, U. Melbourne e RMIT

Processo Vectorial, desenvolvido e adaptado para grandes colecções

Tabela 2.4: Sistemas de pesquisa mais relevantes considerados no estudo.

Smart

Foi o primeiro sistema desenvolvido e um dos mais usados, com base no processo vectorial.

Okapi

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 57 -

Desenvolvido para o processo probabilístico, e um dos que obteve maior sucesso a nível de resultados na TREC. Muito trabalho foi investido na optimização dos parâmetros das Fórmulas BMxx.

Inquery

Desenvolvido para o processo de pesquisa de inferência. Cria uma rede de documentos e de perguntas.

MG

Está vocacionado para as grandes colecções de documentos (Tb). Os principais atributos deste sistema são a rapidez e a capacidade de lidar com grandes colecções de documentos.

Lemur

Este sistema foi desenvolvido essencialmente para a modelação de linguagem, tendo também implementado os processos Vectorial e Okapi para comparação de resultados. É dos sistemas mais recentes, com diversidade de processos de pesquisa e escrito de forma modular como abaixo se descreve:

− Indexação.

− Preparado para utilizar as línguas Inglesa, Chinesa e Árabe.

− Radicalização de palavras pelos algoritmos de Porter e Krovetz.

− Indexação incremental.

− Extracção de stop words e reconhecimento de acrónimos.

− Indexação parcial do documento.

− Processos Okapi, Vectorial e Inquery.

− Modelo linguístico (divergência KL): aproximação por duas etapas, aproximação de Direchlet, Jelinek-Mercer, desconto absoluto e cadeias de Markov.

− Retroacção.

− Pesquisa distribuída.

− Agrupamento de documentos.

− Criação de sumários.

Terrier

A par do Lemur, o Terrier é um dos sistemas mais recentes e completos. Foi construído para implementar o processo Divergence From Randomness (DFR), nas diferentes

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 58 -

variantes. Para a comparação de resultados tem implementado as Fórmulas BMxx (xx número).

2.9 Filtragem de Informação

O número de sistemas de filtragem (SF) tem vindo a aumentar progressivamente, tendo como objectivo levar a informação correcta aos utilizadores considerando um conjunto de interesses estáveis. Estes sistemas envolvem dois aspectos fundamentais (Ferreira, 1997), ilustrados na Figura 2.22:

− conteúdo, associado à forma de representar e de comparar os perfis dos utilizadores e os representativos dos documentos.

− colaboração, que envolve a definição e gestão de relações entre os utilizadores, identificando-se diferentes abordagens: (1) comparação entre os perfis de diferentes utilizadores. Nos perfis mais próximos podem considerar-se, quando existirem, as decisões efectuadas pelos utilizadores; (2) comparação de um determinado perfil com os perfis tipo das comunidades. Identificando-se assim a comunidade a que o utilizador pertence, e retira-se o perfil tipo que serve de base para procurar a informação que é posteriormente enviada (filtragem social); (3) comparação do perfil com julgamentos explícitos feitos pelos utilizadores em documentos (anotações).

Figura 2.22: Principais processos de filtragem.

A criação dos perfis pode ser feita duma forma explícita em que o utilizador introduz um conjunto de termos que julga descreverem os seus interesses. Estes termos pode ser refinados duma forma implícita, usando técnicas de aprendizagem baseadas na retroacção disponível ou por observação dos comportamentos do utilizador.

S is te m a F iltra ge m (S F)

S F C o la bora tiv os

S F C onte úd oE n co n tra -se so b o n o m e :- A d a p ta ti ve In fo rm a t i o n F i l te ri n g (T R E C )- S e l e ct i ve D e ssi m i n a t i o n o f In fo rm a t i o n (B i b l i o te cá ri o s e C i ê n c i a d o s C o m p u ta d o re s)

E n co n tra -se so b o n o m e d e R e co m m e n d e r S yste m s

Page 75: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 59 -

Figura 2.23: Principais técnicas de filtragem de informação.

A Figura 2.23 ilustra os principais algoritmos usados na filtragem de informação, os quais foram descritos na Secção 2.6, excepto o de correlação que a seguir descrevemos:

( ) ( )( ) ( ) ∈

− −∑= = ∑

− −∑ ∑

, ,,2 2

, ,

1( , ) ;

i

j a j a i j ii i j

j Iij ja j a i j i

v v v vw a i v v

Iv v v v

(F2.35)

Sendo que:

− iI é o conjunto de itens que o utilizador i, votou.

− iv é a média dos votos do utilizador i.

− ( , )w a i é a correlação entre os votos do utilizador a e i.

Figura 2.24: Principais desafios inerentes ao sistema de filtragem.

P roc e s s os de F iltra ge m

C onte údo C ola bo ra tiv o

V e c toria lB a se a d o n o s m é to d o s d e p e sq u i sa ve c to ri a l

B a s e a do M e m ó ria

B a s e a do P roc e s s os

C o rre la ç ã o A gru pa m e nto R e de B a ye s ia na

P r inc ipa is de s a fios dos S is te m a de F iltra ge m de

In form a ç ã o

M e c a n is m os pa ra re duz ir o e fe ito da s

re c om e nda ç õe s fa ls a s

A rra nque in ic ia l dos S is te m a s

C ola bora tiv os

G e s tã o C e ntra liza da P e rfi l (c um prir

re qu is itos priv a c ida de )

In troduç ã o de m é todos pa ra or ie n ta r o S is te m a pa ra

m e d ida s de pre c is ã o e le v a da s

O ptim iza ç ã o

M é todos A pre nd iza ge m

M e dida de R e le v â nc ia

Page 76: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 60 -

A Figura 2.24 descreve os principais desafios inerentes ao sistema de filtragem e a Figura 2.25 ilustra as principais aplicações. Os filtros baseados em conteúdo têm tido apenas sucesso em colecções limitadas de documentos. O problema principal é a criação eficaz de representativos de documentos, num fluxo de informação. Devido a esta complexidade, a tarefa, é muitas vezes, desempenhada por Humanos. Os sistemas colaborativos têm apresentado melhores resultados, mas não permitem dar informação de documentos que nunca tenham sido lidos, tal como não possuem “defesas” contra utilizadores que dão falsas informações.

Para mais informações sobre filtragem de informação sugere-se a consulta da seguinte referência: <http://www.ee.umd.edu/medlab/filter/software.html> ou a <www.deetc.isel.ipl.pt/matematica/jf>.

Figura 2.25: Principais aplicações dos sistemas dedicados à Filtragem de Informação.

2.10 Classificação de Informação

A classificação de informação (CI) é uma forma de organizar o espaço de informação, agrupando-a em conceitos previamente definidos, tendo como objectivo facilitar a IR e melhorar o desempenho dos sistemas desenvolvidos para esse fim. É nesta perspectiva, da melhoria do desempenho e forma/meio de IR, que a presente dissertação aborda o problema da classificação. Salienta-se que este tema é vasto, constituindo um problema actual no qual diferentes grupos de investigação têm desenvolvido esforços. É nesta perspectiva complementar que o presente trabalho aborda esta tema, sem querer torna-lo o tema principal. Nesta secção e respectivo Apêndice (B) pretende dar-se uma visão do estado da arte do problema orientado para os objectivos da dissertação, sendo por isso realçados os processos de classificação, e a respectiva implementação nos sistemas propostos (vid. Capítulo 7).

A plic a ç õe s S is te m a s F iltra ge m de In fo rm a ç ã o

J orna is \ N o tic ia s Corre io E le c trón ic oL iv ros \F ilm e s \M us ic a P roc ura de In form a ç ã o e m pre s a ria l na In te rne t

Page 77: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 61 -

Mecanismos de Classificação de Informação

Existem dois tipos principais de mecanismos de CI estudados no âmbito da pesquisa de informação, ilustrado na Figura 2.26:

− Agrupamento, processo automático pelo qual são agrupados documentos com características semelhantes (categorias), (Secção 2.11).

− Catalogação, processo de classificação de informação em que se coloca a informação em categorias pré-definidas (as quais são previamente determinadas de acordo com as características do assunto), (Secção 2.12).

Figura 2.26: Esquema das diferentes formas de classificar documentos.

2.11 Agrupamento

O tema de agrupamento (clustering) de termos e de documentos tem sido explorado no âmbito da pesquisa de informação sobre diversas vertentes e com diferentes objectivos, designadamente:

− Redução da dimensão e da complexidade da colecção ou da rede de documentos (Botafogo e Shneiderman, 1991; Botafogo, 1993).

− Visualização, i.e., dando uma visão geral dos resultados obtidos (Cutting et al., 1992; Hearst e Pedersen, 1996).

− Identificação de comunidades (Kumar et al., 1999; Mukherjea, 2000a).

− Identificação de estruturas na Web (Larson, 1996; Pirolli et al., 1996).

− Identificação de documentos repetidos (Broder et al. 1997).

− Expansão automática de termos das perguntas dos utilizadores (Chang e Hsu, 1998).

C la s s ific a ç ã o In form a ç ã o

A grupa m e nto C a ta loga ç ã o

D oc um e nto[*]

AD Te x tua l A D L iga ç õe s AD E s pa lha r \ J un ta r A D Com bina da s

Te rm o[*]M a nua l A utom á tic a

Te x tua l H ie rá rqu ic a Liga ç õe s

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 62 -

Na Figura 2.27 mostra-se as principais aplicações dos agrupamentos de termos e documentos, enquanto que na Figura 2.28 se ilustra de uma forma resumida os principais processos de agrupamento. No presente trabalho, a criação de comunidades é a principal aplicação deste tema. Para um detalhe maior sobre cada um dos processos de agrupamento, ver a pagina pessoal do autor <www.deetc.isel.ipl.pt/ matematica/jf>.

Figura 2.27: Aplicações dos agrupamentos de termos e documentos

Figura 2.28: Principais processos de agrupamento.

Aplic a ç õe s ba s e a da s e m a grupa m e nto de te rm os ou doc um e ntos

Agrupa m e ntos dos re s u lta dos da re c upe ra ç ã o de in form a ç ã o

Agrupa m e ntos dos doc um e ntos da c o le c ç ã o

Agrupa m e ntos te rm os pa ra de fin ir c onc e itos ou te m a s

Uti l pa ra , 'Te x t M ining ' e Ana lis e Te x to

Ide ntific a ç ã o E x pa ns ã o te rm os da s pe rgunta s

C om unida de s E s truc utra s W e b

D oc um e ntos Re pe tidos

Agrupa m e nto

Te rm o[*] D oc um e nto [*]

Te x tua l S e gu im e nto L iga ç õe s E s pa lha r \ J un ta rC om bina ç õe s de M é todos

P iro lli W e is s H ypurs u it M odha e S pa ngle r

W TM SBuc k s hot Fra c tiona tionH ie rá rqu ic o Nã o-H ie rá rqu ic o M D S Tra w ling

A glom e ra tiv o Ba ix opa ra C im aDiv is ív e l C im a pa ra Ba ix o

A s s oc ia ç ã o S im p le s

As s oc ia ç ã o C om ple ta

G rupo M é d io

V a riâ nc ia M in im a

+ p re c i so+ ra p i d og ra fo sId e n t i f i ca çã o P a d rõ e s

Page 79: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 63 -

2.12 Catalogação de Documentos

Para uma comparação entre os processos de agrupamento de documentos e catalogação de documentos sugere-se a consulta da <www.deetc.isel.ipl.pt/matematica/jf>.

A catalogação de documentos (CD) tem como missão a classificação de documentos (classificação de informação na dissertação é usado no sentido da catalogação de documentos, porque se analisa apenas este tema), através da sua associação a categorias previamente definidas (estas muitas vezes designadas por tópicos, temas, ou termos de indexação). A ideia da CD é fundamental na indexação manual de documentos, sendo usada desde a invenção da escrita, para facilitar o acesso à informação. Os bibliotecários usam vocabulário controlado como LCSH (Library of Congress Subject Headings) e MeSH (Medical Subject Headings ) para indexar colecções de documentos e têm como objectivo, a classificação da informação e consequente gestão do conhecimento. Como a informação tem crescido exponencialmente, torna-se necessária a classificação automática de informação, que simule o conhecimento ontológico humano. Como consequência, investigadores do campo da inteligência artificial (Machine Learning (ML)), têm procurado caminhos para classificar automaticamente os documentos (a partir deste ponto, catalogação automática refere-se simplesmente como CD). O processo apresenta-se na Figura 2.29 e as suas aplicações na Figura 2.30.

Figura 2.29: Processo automático de catalogação de documentos.

A maior parte das aproximações da CD usam algoritmos de ML (Mitchell, 1997). Estes “aprendem” com um conjunto de documentos de treino dos quais é extraída informação que determina as categorias preferenciais a que os documentos pertencem. Estes algoritmos de ML são chamados “supervisionados” ou algoritmos de aprendizagem; por

:D oc um e nto :S is te m a C la s s ific a ç ã o

L is ta D oc C a ta log a do:R e s u lta do

C om pa ra ç ã o (C )

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 64 -

oposição aos “não-supervisionados”, algoritmos de aprendizagem que tentam encontrar relações entre elementos de um conjunto alvo sem os documentos de treino. No contexto da Web, a CD tem desafios únicos devido à dimensão da colecção, variedade de atributos, número de documentos de treino, dependência de atributos e categorias. Apesar destes desafios, a CD tem sido usada essencialmente para organizar a informação nos documentos pesquisados.

Figura 2.30: Principais aplicações da catalogação de documentos.

Figura 2.31: Três principais aproximações na CD.

Existem três abordagens para a CD (Figura 2.31), sendo a aproximação textual predominante em termos de aplicações.

2.12.1 CD: Aproximação Convencional Textual

Tipicamente o processo de catalogação textual (CT) consiste nos seguintes passos, ilustrados na Figura 2.32:

− Pré-processamento de um conjunto de documentos de treino, eliminando as palavras comuns e procedendo à radicalização (i.e., redução das palavras à sua forma primitiva).

− Indexação (vid. 2.4). Processo que determina o vector representativo de um documento.

− Redução da dimensão (RD) é aplicada a seguir ao processo de indexação para reduzir o número dos termos. O desempenho da classificação e o tempo de treino estão relacionados com a qualidade da RD. Há duas abordagens de RD na CT:

o Selecção de termos em que se escolhem os melhores termos do subconjunto, construindo novos termos, como combinações ou

Aplic a ç õe s ba s e a da s na Ca ta loga ç ã o D oc um e ntos

R e cu p e ra çã o co m b a se n a C a ta l o g a çã o :- T ra ta ca d a ca te g o ri a co m u m a n e ce ssi d a d e d e i n fo rm a çã o- T ra ta ca d a d o cu m e n to ca ta l o g a d o e m ca d a ca te g o ri a co m o re le va n te

Ca ta loga ç ã o Notic ia s

A nota ç õe s M e ta -D a ta

C a ta loga ç ã o P a g ina s W e b

Tira r dúv ida s s obre s e ntido da s pa la v ra s

C a ta loga ç ã o Corre io E le c trón ic o

C a ta l o g a çã oAutom á tic a

Te x tua l H ie rá rqu ic aL iga ç õe sS e cçã o 2 .1 2 .1

Page 81: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 65 -

transformação dos termos iniciais. Esta pode ser dividida em: (1) aproximação de wrapper que tenta identificar o melhor subconjunto de termos para um dado algoritmo de classificação utilizando um processo iterativo; (2) aproximação da filtragem mais comum na redução da dimensão testa os valores dos termos, independentemente do algoritmo de classificação. Na subsecção seguinte apresenta-se uma descrição dos principais processos desta abordagem.

o Re-parametrização um exemplo é a aproximação conhecida Latent Semantic Indexing (LSI) (Dumais, 1994), (para descrição do processo ver Ferreira, 1998) que reduz a dimensão do espaço pela decomposição da matriz de termos-documentos num conjunto k (tipicamente 200 a 300) usando a técnica Singular Value Decomposition (Deerwester et al., 1990). O pressuposto básico da LSI tem latente uma estrutura de palavras padrão que podem ser capturadas num espaço reduzido de dimensão k.

− Catalogação é um processo de atribuir categoria(s) pré-definidas a documentos por meio de um algoritmo de catalogação apropriado.

Figura 2.32:Descrição dos principais processos de catalogação.

2.12.1.1 Redução de Dimensão, Aproximação da Filtragem

Existem vários tipos de abordagens da filtragem, ilustradas na Figura 2.33, as quais diferem essencialmente nos critérios usados para a ordenação dos resultados da pesquisa:

− Limiar da frequência de documentos (LFD), remove os termos menos frequentes, baseado na premissa que os termos raros não contêm informação para a catalogação (Joachims, 1997, 1998). O LFD é o processo de redução mais simples com custo computacional mais reduzido, pois não usa informação das categorias.

− Ganho de informação (GI), é o critério da bondade do termo segundo o algoritmo de ML (Quinlan, 1986) que traduz o ganho de informação pela previsão da categoria sabendo da presença ou não de palavras no documento usando uma determinada fórmula de entropia. A entropia relaciona a quantidade de informação no seu conteúdo. A fórmula de Shannon, I(M) = -log2P(M) dá-nos a entropia I(M) de uma mensagem M em termos da probabilidade P(M) da mensagem ocorrer

D oc um e nto[*] Inde x a ç ã o Re duç ã o D im e ns ã o Ca ta loga ç ã o (C la s s ific a ç ã o)

A lgoritm oRe d uç ã oDim e ns ã o A lgoritm o de C a ta loga ç ã o

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 66 -

(Shannon, 1948). A entropia de M, I(M), pode ser vista como o número de bits necessários para descrever a probabilidade de M e é sinónimo do conteúdo da informação M. A fórmula indica-nos que a mensagem contém mais bits de informação (i.e. entropia mais elevada) quando a probabilidade da sua ocorrência é menor. GI calcula a variação de entropia (i.e. perda entropia) possibilitando que um documento pertença a uma categoria antes e depois de um termo ser introduzido como característica do documento em questão. A perda de entropia é sinónima de ganho de informação.

Figura 2.33: Principais processos de redução de dimensão.

− Estatística χ2 (CHI) mede a independência entre um termo e a categoria ao calcular a estatística.

( )22( , )( ) ( ) ( ) ( )j

AD CB Nt c

A C A B D B C Dχ

− ×=

+ × + × + × + (F2.36)

Sendo que:

− A é o número de vezes que t e c ocorrem (i.e. número de documentos com o termo t na categoria c).

− B é o número de vezes que o documento com o termo t pertence a outras categoria diferentes de c.

− C é o número de vezes que c ocorre sem o termo t (i.e. o número de documentos na categoria c sem o termo t).

− N é o número total de documentos.

Duas medidas diferentes podem ser calculadas, com base em F2.36:

( ) ( ) ( )2 2 2 2max

1( ) , ou ( ) max ,

k

j j jjj

t P c t c t t cχ χ χ χ=

= =∑ (F2.37)

LS I

G a nh o In form a ç ã o (G I)L im ia r Fre qu ê n c ia D o c um e nto s (L FD )

F orç a Te rm o (F T)

A prox im a ç ã o F iltro (A F )

In fo rm a ç ã o M u tua (IM )

W ra p pe r

CH I

R e -P a ra m e triza ç ã oS e le c ç ã o Te rm os

Re du ç ã o D im e ns ã o

0 ..1

0 ..1 0 ..10 ..10 ..10 ..1

0 ..1

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 67 -

− Informação comum (IC), tal como a CHI, usa uma tabela de contingência do termo t e da categoria c para medir o desempenho da ocorrência do termo que pertença a uma determinada classe. I(t,c), o critério da IC entre t e c, é definido como o logaritmo das probabilidades e estimado usando uma tabela de contingência, e dado pela Fórmula F2.38:

)()(log

)()()(log),(

BACANA

cPtPctPctI

+×+×

≈×∧

=

(F2.38)

Figura 2.34: Gráfico do Custo Computacional vs. Desempenho, para os principais processos de redução de dimensão.

− Força do termo (FT), mede a importância do termo baseado na relação de quanto comum é, um termo aparecer relacionado com um determinado documento, medido por uma probabilidade condicional de o termo ocorrer com o documento na mesma categoria. O conceito de desempenho e a forma como foi medido encontram-se explicados no apêndice B.4.3.

A grande diferença entre ( )2 , jt cχ e IC é que a estatística ( )2 , jt cχ é um valor

normalizado fazendo com que os valores de ( )2 , jt cχ sejam mais comparáveis com

outros termos numa dada categoria. Contudo, valores baixos da tabela de contingência originados por termos pouco frequentes diminuem a validade da estatística CHI.

2.12.1.2 Algoritmos de Catalogação

Os algoritmos de catalogação podem ser divididos em três grupos principais, ilustrados na Figura 2.35: (1) baseado em técnicas de aprendizagem; (2) baseado em processos da RI; (3) baseado em técnicas de aprendizagem e de modelos linguísticos. Alguns dos

C H I / G I

Cus to C om puta c iona l

LFD

M I

FT

D e s e m pe nho

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 68 -

melhores algoritmos são:

− Retroacção relevante de Rocchio (RF), um vector tipo (construído habitualmente pela média de todos os vectores dos documentos da colecção de treino que pertença a essa classe) é construído para cada classe e um documento (representado por um vector) é classificado pela distância a cada um dos vectores tipo.

A lgoritm os C a ta loga ç ã o (A C )

B a s e a do M é todos M a c h ine Le a rn ing

B a s e a do M é todos da P e s qu is a de In form a ç ã o

B a s e a do M é todos M a c h ine Le a rn ing e M ode los L ingu ís tic os

- T e n ta m i d e n t i f i ca r a ca te g o ri a b a se a d o n a re p re se n ta çã o d o d o cu m e n to- S ã o c l a ssi f i ca d o re s d i sc ri m i n i t i vo s- S e n síve i s a e sco l h a d e d e te rm i n a d a s ca ra cte ríst i ca s d e fo rm a e m p íri ca

S V M R N LLS F K N N R F

C C G

S O MA D C V N B

0 ..10 ..10 . .1 0 . .1

0 . .1

0 . .10 ..10 . .10 ..10 ..1

Figura 2.35: Principais algoritmos de Classificação.

− Naïve Bayes (NB), usando a colecção de treino, estima-se a probabilidade de uma dada classe, (Lewis e Ringuette, 1994, McCallum et al. 1998):

( ) ( )( ) ( )

1

( ) | 1| ( . ) .... |

j i j ijj i i j M

K kj

P c P d c nP c d T Bayes P d c

P d M n=

+= = = =

+ ∑ (F2.38)

Sendo que:

o j, nº vezes termo i ocorre classe cijn .

o M é o nº de termos da colecção de documentos de treino.

É assumida a independência dos termos num documento. Existem variantes nas formas de estimar os parâmetros das probabilidades através do uso de diferentes funções probabilísticas (e.g. Multinomial, Multi-Bernoulli) (para maior detalhe consultar a <www.deetc.isel.ipl.pt/matematica/jf>), que a seguir se descrevem:

− K Vizinhos Mais Próximos (KNN) usa uma medida de distância e a representação (índice) dos documentos. Procura k exemplos, dos documentos mais próximos (baseado na medida de distância). Os termos destes k vizinhos mais próximos são usados para determinar a categoria de novos documentos baseando-se habitualmente numa medida euclidiana de distância ou no co-seno entre dois

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 69 -

vectores, (Mitchell 1997; Yang e Pedersen, 1997; Yang, 1999).

− Linear Least Square Fit (LLSF), (vid. Ferreira, 1998).

− Árvores de decisão (AD), (ver <www.deetc.isel.ipl.pt/matematica/jf>), (Quinlan, 1986; Koller e Sahami, 1997).

− Support Vector Machines (SVM). O processo divide o espaço em hiper-planos (muitas vezes não lineares), os quais servem de fronteira separadora entre as diferentes classes. Estes planos são identificados com base numa colecção de treino cujo objectivo é maximizar a distância entre os planos (F2.38), baseado em técnicas de programação quadrática. Para mais detalhes ver <http://www.csie.ntu.edu.tw/~cjlin/libsvm/>, <http://svm.dcs.rhbnc.ac.uk/> ou ainda a <www.deetc.isel.ipl.pt/matematica/jf>, (Joachims, 1998; Dumais et al. 1998).

Figura 2.36: Objectivo do processo de classificação SVM.

A equação do hiperplano normal (W), F2.39 encontra-se abaixo definida:

( )

( )( )

α

α

α α αα

= ∑− ⎧ + ≥ + = +⎪⎨∈ ℜ + ≤ − = −⎪⎩

− ±= −−

ii

i

D

hiperplano normal 1 1(1) onde são soluçõesx conjunto pontos i 1 1

para maximizar:com etiqueta y 1 2(2)maximizar margem: w LMultiplicadores Lagrange

i i iii i

N

i i

i ii

W y xw x w b y

x w b y

∑ ∑,

j i j i ji i j

x x y y

− Classificação Votada (CV), (ver página pessoal).

− SOM (Self-Organizing feature Map), (ver página pessoal), (Kohonen, 1989, Lin et al., 1991; Kaski et al., 1996).

− Redes neuronais (Weiner, Pedersen e Weigend, 1995).

Não sendo objectivo da dissertação elaborar uma lista exaustiva dos processos de CD existentes (página pessoal do autor <www.deetc.isel.ipl.pt/matematica/jf>). apresenta-se abaixo uma lista dos mais relevantes:

O conceito de desempenho e a forma como foi medido encontram-se explicados no Apêndice B.4.3.

Vectores de Suporte

Objectivo, maximizara distância

Vectores de SuporteVectores de Suporte

Objectivo, maximizara distância

Objectivo, maximizara distância

Page 86: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 70 -

Figura 2.37: Gráfico do Custo Computacional vs. Desempenho, para os principais processos de classificação.

2.12.2 Conclusões sobre a Catalogação de Documentos

Quase todos os processos de classificação automática apresentam um esforço computacional considerável. Os resultados obtidos estão longe de serem satisfatórios. Têm sido dispendidos esforços no sentido de providenciar um conjunto de metodologias para organizar a informação no momento em que o autor pretende publicá-la, facilitando mais tarde a sua recuperação. São exemplos desta iniciativa a Semantic Web e Web Ontology (vid mais informação em <www.w3c.org>). Na Figura 2.38 apresenta-se um resumo dos principais processos que podem estar envolvidos na catalogação de documentos, na forma de pacotes.

« IR -In d e xP ro ce ss»Dim e ns ionRe duc tio n

+ D i m e n si o n Re d u ct i o n+ Fe a tu re S e l e c ti o n+ Re -P a ra m e te ri za ti o n

« IR -C o l l e c t i o n »

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»Ca ta loga tio n

+ Á rvo re s_ De c i sã o+ B a ye si a n o+ C l a ssi f i ca çã o _ V o ta d a+ K N N+ L L S F+ Re d e s_ Ne u ro n a i s+ RF+ S V M

« IR-In d e xP ro ce ss»Inde x P ro c e s s

+ C o n ve rte r+ D a ta Id e n t i f i ca t i o n+ S ta ti st i cs+ S te m m i n g+ S to p W o rd s+ S to ra g e

(fro m )

In d e xRe d u cti o n C a ta l o g a ti o nDo cu m e n t

Figura 2.38: Pacotes envolvidos num sistema de catalogação de documentos.

2.13 Combinação de Resultados

2.13.1 Introdução

Pretendem investigar-se vários caminhos para combinar processos de pesquisa como objectivo de melhorar o desempenho dos sistemas, oferecendo uma nova perspectiva da investigação dos sistemas de pesquisa.

Descobrir o melhor caminho para encontrar a informação desejada, especialmente na Web, é difícil senão mesmo impossível. Como ainda não foi encontrada uma teoria

S V M

C us to C om puta c iona l

K N NLLS F

S O M

D e s e m pe nho

Page 87: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 71 -

unificada de pesquisa, pode investigar-se a escolha do melhor de cada processo e procurar a melhor estratégia para os combinar.

Outro grande desafio é a optimização dos parâmetros das combinações onde diferentes combinações resolvem problemas diferentes. Como Belkin et al. (1993) referiram, “deve haver uma ordem de combinação óptima, com os pesos dos termos óptimos para uma dada situação na pesquisa de informação”. Por exemplo, ao combinar várias fontes de evidência para uma colecção simples de documentos, podem obter-se resultados diferentes dos obtidos, combinando resultados da pesquisa em colecções múltiplas ou combinando múltiplos paradigmas de pesquisa.

Os estudos iniciais das diferentes representações de documentos constataram que, as representações combinadas, produziam melhores resultados que as simples (i.e., título e termos vs. título ou termos), produzindo porém uma melhoria modesta (Cleverdon, 1967; Keen, 1973; McGill, Koll e Noreault, 1979; Spark Jones, 1974). Para explicar este fenómeno foram desenvolvidos estudos subsequentes que analisaram a sobreposição das diferentes representações de documentos (i.e., termos comuns) e encontraram uma sobreposição reduzida (Williams, 1977; Smith, 1979).

Um estudo mais sistemático de diferentes representações de documentos foi conduzido por Katzer et al. (Katzer, McGill, Tessier, Frakes e DasGupta, 1982). Estes executaram experiências com 84 perguntas em sete representações de 12000 documentos, e compararam a sobreposição no desempenho da pesquisa. Ao guardar as descobertas das pesquisas, os resultados mostraram diferenças consideráveis de desempenho de sistemas entre diferentes representações. Uma descoberta interessante deste estudo resulta na análise da sobreposição da relevância, que encontrou baixa sobreposição de pares de documentos pesquisados e em geral, alta sobreposição nos documentos considerados relevantes. A relação entre a sobreposição e a relevância foi estudada por Saracevic e Kantor (Saracevic, 1988a), que examinaram os resultados da pesquisa de diferentes perguntas da mesma questão formulada por diferentes investigadores. Estes resultados mostraram que, diferentes perguntas, tal como diferentes representações de documentos, resultam em diferentes conjuntos de documentos o que confirma os resultados obtidos em estudos anteriores, que identificaram uma pequena sobreposição entre conjunto de documentos pesquisados por diferentes expressões à mesma necessidade de informação (McGill e al., 1979). Após verificarem que os documentos comuns pesquisados tendem a ser os relevantes, Saracevic e Kantor examinaram a relação entre relevância e sobreposição e concluíram que, a probabilidade de um documento ser relevante, aumenta, de uma forma monótona, com o número de conjuntos pesquisados.

A combinação faz-se de acordo com a Figura 2.40, ao nível da:

− Da combinação de colecções usado essencialmente para sistemas distribuídos de

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 72 -

recuperação, em que se faz a análise das combinações de matéria-prima dos sistemas de informação (i.e., colecções de documentos). Na Figura 2.40, faz-se referência a três processos principais de combinação. Informação mais detalhada encontra-se na página pessoal do autor.

− Da combinação de classificadores elaborando-se uma síntese dos principais processos de catalogação de documentos.

− Da meta-pesquisa onde se aborda o tema da combinação de resultados de diferentes sistemas de pesquisa na Web, conceito ilustrado na Figura 2.39.

− Da combinação de resultados de representações de uma colecção.

Figura 2.39: Processo de MetaPesquisa.

− Da combinação de diferentes formulações de perguntas as quais podem resultar em diferentes expressões de necessidades de informação, bem como a escolha de representativos e do tipo de perguntas (e.g. booleana, linguagem natural).

− Da combinação de diferentes representações de documentos, as quais podem resultar, na escolha das fontes (e.g. título, termos, sumários, texto total) e o processo (e.g. stopwords, radicalizar, peso termos, escolha termos) ou a indexação.

− Dos pesos dos termos indexados, combina diferentes esquemas de pesos para os termos.

− Da combinação de resultados de diferentes processos de comparação, ao seja por meio de algoritmos apropriados (fórmulas) combinam-se resultados obtidos por processos diferentes, que devido à sua grande implementação vão ser objecto de estudo na presente dissertação.

− Da combinação de diferentes processos de pesquisa (e.g. probabilístico, espaço

S is te m a P e s quis a A S is te m a P e s quis a B S is te m a P e s qu is a N

C om bina ç ã o

P e rgunta

R e s u lta do A R e s u lta do B Re s u lta do N

R e s u lta do

Page 89: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 73 -

vectorial, seguimento das ligações) estimando a relevância de documentos em diferentes caminhos com ênfase nas diferentes características de documentos e perguntas.

− Da combinação de diferentes processos de retroacção.

« P ro ce sso O p t im i za çã o »C om bina ç õe s R e s ulta do s

« P ro ce sso O p t im i za çã o »C o m b ina ç ã oC la s s ific a do re s

C o m b i n a -se C l a ssi f i ca d o re s (A lg o ri tm o s)

« P ro ce sso O p t i m i za çã o »C om bina ç ã oC o le c ç õe s

U sa d o p a ra si ste m a sd i stri b u i d o s d e R e cu p e ra çã o

« P ro ce sso O p t i m i za çã o »M e ta P e s quis a

C o m b in a çã o d e R e su l ta d o s d e d i fe re n te s m o to re s d e p e sq u i sa

M e ta C ra w le r

P ro fus ionInq uir isS a v v yS e a rc h

G los s C o ri M R D D

« P ro ce sso O p ti m i za çã o »C om bina ç ã oR e pre s e nta ç ã oD oc um e ntos

O b j e c to d e e stu d o n ap re se n te d i sse rta çã o« P ro ce sso O p ti m i za çã o »

C om bina ç ã o P roc e s s os C om pa ra ç ã o

« E sp a ço R e p re se n ta t i vo »P e rgunta

« E sp a ço R e p re se n ta t i vo »D oc um e nto s

« E sp a ço R e p re se n ta t i vo »P e s os Te rm os

« R e su l ta d o s»R e troa c ç ã o

« R e su l ta d o s»M é todos

D i fe re n te s R e p re se n ta çõ e s d o c :tí tu l o , te rm o s, te x to to ta l

In q u e ryS m a rt

P M E

E stu d o fó rm u la s co m b in a çã o

« re a l i ze »« re a l i ze »« re a l i ze »

« re a l i ze »

Figura 2.40: Principais formas de combinações.

Projectos e experiências realizadas, bem como uma descrição dos processos enunciados não abordados na presente dissertação, podem ser encontrados na página pessoal do autor, salientando-se uma predominância das combinações de diferentes processos de pesquisa.

2.13.2 Fórmulas de Combinações

O problema da combinação de resultados obtidos dos processos individuais é determinar quais são os parâmetros e os processos mais importantes, sendo um problema actual da IR (Lee, 1997; Modha e Spangler 2000; Bartell 1994; Beitzel et al., 2003; Montague & Aslam, 2002). A presente dissertação pretende, dada a metodologia proposta e a consequente plataforma de teste derivada, explorar este assunto num segundo plano de objectivos, obtendo resultados e explorando novas fórmulas de combinações (vid. Capítulo 8).

Page 90: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 74 -

Como combinar ou integrar as diferentes componentes é a questão central desta fase da investigação. Os caminhos mais usuais resumem-se a aplicar a combinação no momento da pesquisa (i.e. componentes combinados são integrados para produzir um único conjunto de resultados) ou após a pesquisa (i.e. múltiplos conjuntos de resultados são produzidos pela combinação de processos aplicados em paralelo após a pesquisa). Na presente dissertação, é aplicada a combinação de processos após a pesquisa usando duas das fórmulas de combinação mais comuns, ilustrado na Figura 2.41:

− Combinação de semelhanças (Fox e Shaw 1994 1995; Lee 1996 1997).

− Somas pesadas (Bartell et al. 1994; Larkey e Croft 1996; Modha e Spangler 2000; Thompson 1990).

Ambas as fórmulas calculam uma medida de combinação linear das componentes que medem as semelhanças das perguntas e dos documentos, numa escala ordenada.

« IR -O p ti m i za t i o n P ro ce ss»Fórm ula s C om bina ç ã o

P O :FC por m e d ida orde m (R W S )

FC por m e d ida s e m e lha nç a (FCS )FC S : S M

+ F2 .4 0 ()

« IR -A lg o ri th m »W RS

+ F2 .4 2 ()

« IR -A l g o ri th m »O W RS

+ F2 .4 3 ()

« IR -A l g o ri th m »R O W R S -P

+ F2 .4 4 ()

« IR -A l g o ri th m »RO W R S -F

+ F2 .4 4 ()+ F2 .4 5 ()

« IR -A l g o ri th m »RO W RS -s f

+ F2 .4 4 ()

0 ..10 ..10 ..10 ..10 ..1

0 ..1

Figura 2.41: Fórmulas de combinação usadas na dissertação.

2.13.3 União de Semelhanças

O conceito da união de semelhanças (Similarity Merge, SM), nas fórmulas combinadas, foi introduzido inicialmente por Fox e Shaw (1994;1995) e refinado por Lee (1996;1997), calculando a medida combinada de um documento pela soma das medidas normalizadas, incrementadas pela sobreposição de documentos identificados como relevantes por diferentes sistemas. A sobreposição é normalizada pelo número de sistemas num determinado processo. A Fórmula F2.39 descreve a forma de combinação usada para ordenar documentos pesquisados por sistemas diferentes:

)()(

imolpNSFS i ∗= ∑

(F2.40)

Sendo que:

− FS é a medida de combinação de um determinado documento.

Page 91: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 75 -

− NSi é a medida normalizada do documento pelo sistema i.

− olp é o número de sistemas que pesquisaram um determinado documento.

− m(i) é o número de processos a que o sistema i pertence.

A medida normalizada do documento NSi é calculada pela fórmula min-máx de Lee

(Lee, 1996 e 1997) sendo que Si é a medida de pesquisa de um determinado documento

e Smáx e Smin são as medidas máxima e mínima dos documentos no sistema i:

NSi = (Si – Smin) / (Smáx – Smin) (F2.41)

Esta fórmula (SM) é de simples implementação não requerendo informação de treino ou qualquer refinamento, sendo de baixo custo computacional e dando ênfase à sobreposição. Por outro lado, esta fórmula (SM) não leva em consideração a diferença dos vários componentes combinados nem distingue a sobreposição de diferentes sistemas.

2.13.4 Soma Ordenada de Pesos

Quando os componentes dos sistemas combinados são distintos uns dos outros, a normalização das medidas dos documentos entre sistemas pode não compensar as diferenças nas ordens dos documentos apresentados. Este é o caso da combinação de processos de sistemas de pesquisa textual, de ligações e de classificação, cujas medidas de semelhança documento/pergunta são calculadas de forma diferente:

− Os sistemas vectoriais medem a semelhança entre perguntas e documentos.

− Os sistemas probabilísticos medem a probabilidade de relevância.

− Os sistemas HITS representam as autoridades das ligações de um documento em relação ao assunto da pergunta.

− Sistemas de classificação medem a probabilidade do documento pertencer à mesma categoria da pergunta.

Neste cenário, é útil combinar as ordens dos documentos em vez de combinar as medidas.

Para compensar as diferenças entre a combinação das componentes dos sistemas surge a fórmula Soma das Ordens Pesadas (Weighted Rank Sum (WRS)), que usa medidas baseadas em ordens (i.e. 1/ordem) em vez de medidas dos documentos na Fórmula F2.41:

FS = ∑ (wi*RSi) (F2.42)

Page 92: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 76 -

Sendo que:

− FS é a medida de combinação do documento.

− wi é o peso do sistema i.

− RSi é a medida de ordem do documento pelo sistema i.

Apesar de a fórmula WRS tentar pesar as contribuições individuais dos componentes da combinação na pesquisa dando ênfase à sua força relativa, não explicita a diferença entre sobreposição ou não sobreposição de instâncias, isto é, a contribuição absoluta do documento pesquisado por um sistema permanece a mesma, independentemente de ser ou não pesquisado por outro sistema. O que a fórmula WRS despreza é a possibilidade de a contribuição de um documento poder ser diferente, tendo em conta a sobreposição de partições (i.e. documentos pesquisados por um ou dois sistemas apenas, etc.).

A soma das medidas de ordem sobrepostas (Overlap Weighted Rank Sum (OWRS)) tenta suprir o problema anteriormente referido tendo em conta a sobreposição de partições.

FS = ∑ (wik*RSi) (F2.43)

Sendo que:

− FS é a medida de combinação do documento.

− Wik é o peso do sistema i na sobreposição da partição k.

− RSi é a medida de ordem do documento pelo sistema i.

A soma das medidas de ordem sobrepostas ordenadas (Rank-Overlap Weighted Rank Sum (ROWRS)) é uma variação da fórmula OWRS que considera não só a sobreposição de partições como também a ordem pela qual um documento é pesquisado. A Fórmula F2.44 descreve a fórmula ROWRS:

FS = ∑ (wikj*RSi) (F2.44)

Sendo que:

− FS é a medida de combinação do documento.

− wikj é o peso do sistema i na sobreposição da partição k na ordem j.

− RSi é a medida de ordem do documento pelo sistema i.

Em todas as Fórmulas F2.42, F2.43 e F2.44, os conjuntos de treino são usados como informação de treino para determinar os pesos:

− wi (Fórmula F2.42) é determinada pela média da precisão geral (i.e. média dos

Page 93: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 77 -

valores de precisão média das perguntas de treino), que é uma simples medida que reflecte o desempenho geral sobre todos os documentos.

− wik (Fórmula F2.43) precisão média global é multiplicada pela média da precisão

sobreposta. Esta precisão média é calculada para cada partição sobreposta. Numa combinação de três sistemas, a precisão média é calculada para cada uma das quarto partições sobrepostas de cada sistema, Tabela 2.5. De outra forma, o conjunto de resultados de um sistema é dividido em partições sobrepostas (i.e. para o sistema A: documentos pesquisados pelo sistema A e B por sistema A e C por sistema A B e C) e a precisão média é calculada para cada partição de cada sistema.

Tabela 2.5: Sobreposição da partição de 3 sistemas.

− wikj (Fórmula F2.44), é necessário estimar o desempenho numa dada ordem, e

para isso, a precisão média global não é adequada. Assim três medidas baseadas no desempenho em cada ordem são usadas para calcular os pesos das três versões da fórmula ROWRS: (1) eficiência (F); (2) precisão (P); (3) sucesso/falhas (sf).

2.13.4.1 Determinação de F (eficiência)

O valor F é o coeficiente de semelhança de Dice para um conjunto de documentos relevantes dada uma pergunta. O valor da precisão aumenta tendo em conta a cobertura numa dada ordem (Shaw 1986):

PRNnrF

r 1122+

=+

=

(F2.45)

Sendo que:

− r é o número de documentos relevantes pesquisados.

− n é o número de documentos pesquisados.

− Nr é o número total de documentos relevantes.

− R é a cobertura (r/Nr).

− P é a precisão (r/n).

Como os pesos nestas medidas são sensíveis à ordem exacta do documento, eles são aplicados em ‘blocos de ordem’ (i.e. ordens de 1 a 10, 11 a 20 etc.). Por outras palavras,

A: Processo A apenas B: Processo B apenas C: Processo C apenas

AB: Processo A e B BC: Processo B e C AC: Processo A e C

ABC: Processo A, B e C

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Capítulo 2 – Recuperação de Informação - 78 -

as medidas de componentes combinadas (RSi na Fórmula F2.43) num dado bloco de ordem têm todas o mesmo peso e são determinadas pela média das medidas sobre todos os blocos ordenados.

2.13.4.2 Cálculo de sf

Considerando o seguinte cenário:

Tabela 2.6: Tabela de sobreposição das partições.

Assim, sf e sf5 (média de sf em ordens de 5 blocos) a sobreposição na partição A (OP-A) e A e B (OP-AB) são:

Tabela 2.7:Tabela da medida sucesso-falha.

* .0536 = (1/7 + 1/8) / 5; * *.1667 = (1/2 + 1/3) / 5; *** .0200 = (1/10) / 5

Como as medidas P e F são baseadas no desempenho para uma determinada ordem k (i.e. o número de documentos relevantes nos k primeiros resultados de topo) sf é a medida baseada no sucesso/falhas da pesquisa em cada ordem k (i.e. 1/k se o documento na ordem k é relevante ou 0 no caso contrário). A medida sf estima o desempenho do sistema numa dada ordem do intervalo. Por exemplo um documento não-relevante na ordem 101 com 100 documentos relevantes na ordem 1 a 100 (doc-A) terá maior P e F que um documento relevante na ordem 101 com 0 documentos relevantes na ordem 1 a 100 (doc-B) mas o sf do doc-B será maior que o sf do doc-A. Quando as componentes combinadas incluem sistemas que pesquisam documentos relevantes a baixas ordens, esta abordagem é benéfica.

Ordem Relevância Sobreposição Partição 1 0 A 2 1 A e B 3 1 A e B 4 0 A 5 0 A 6 0 A 7 1 A 8 1 A 9 0 A e B

10 1 A e B

Ordem Relevância OP sf (OP-A) sf5 (OP-A) sf (OP-AB) sf5 (OP-AB) 1 0 A 0 0 .1667** 2 1 A e B 0 1/2 .1667** 3 1 A e B 0 1/3 .1667** 4 0 A 0 0 .1667** 5 0 A 0 0 .1667** 6 0 A 0 .0536* .0200*** 7 1 A 1/7 .0536* .0200*** 8 1 A 1/8 .0536* .0200*** 9 0 A e B .0536* 0 .0200***

10 1 A e B .0536* 1/10 .0200***

Page 95: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 3 – IRML - 79 -

Capítulo 3

3 IRML: Linguagem de Modelação de Sistemas de IR

3.1 Introdução

No âmbito dos sistemas e aplicações de IR existe falta de uma linguagem específica, que permita especificar e modelar problemas de concepção de sistemas de IR e permita definir conceitos e uma notação apropriados.

Este capítulo propõe definição de uma linguagem específica para a concepção de sistemas de IR designada abreviadamente por IRML. A linguagem foi criada tendo em conta três objectivos principais: (1) criar uma ontologia de conceitos na área da IR; (2) servir de base para a construção de uma biblioteca de modelos abstractos para IR (Capítulo 4); (3) criar uma metodologia que, juntamente com uma infra-estrutura, (OpenFTS) (Capítulo 5) facilite o processo de concepção e criação de sistemas de recuperação. Os modelos ajudam a visualizar o sistema, permitem especificar a estrutura ou o comportamento de um sistema, permitem controlar e guiar o processo de construção do sistema e documentar as decisões tomadas (Silva 01).

Figura 3.1: Objectivos da IRML.

Esta linguagem permite auxiliar, conduzir e uniformizar o processo da criação dos sistemas de IR. Esta necessidade advém do facto de a investigação estar orientada para a identificação de algoritmos e processos de recuperação em áreas afins, havendo poucos trabalhos orientados para a modelação de sistemas. Esta linguagem para Concepção de Sistemas de IR baseia-se nos mecanismos de extensão do UML e os seus objectivos ilustram-se na Figura 3.1. Salienta-se que o UML, não satisfaz os requisitos acima

« C o n tri b u to »IR M L

« C o n tri b u to »IR -M ode los A bs tra c tos U M L

« O b j e ct i vo »Fa c ili ta r o de s e nv o lv im e nto de s is te m a s de IR

co n j u n to'b i b l i o te ca s'd i sp o n íve i s

Fa c i l i ta r am o d e l a çã o d esi ste m a s d e IR

b a se a d a < u sa

Page 96: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 3 – IRML - 80 -

identificados, nomeadamente não tem inerente um conjunto de conceitos orientados aos problemas de IR, nem engloba de raiz a Model Driven Architecture (MDA).

3.2 A Linguagem UML

O UML é uma linguagem padrão de modelação orientada a objectos, proposta pelo OMG (Object Management Group) (Booch 99), composta por diagramas para especificar, construir, visualizar e documentar aplicações de software. Existem três grupos de diagramas estruturais (estáticos), funcionais e comportamentais (dinâmicos). Os primeiros incluem os diagramas de classes, que representam a estrutura estática do software, os diagramas de componentes, os diagramas de instalação, diagramas de pacotes, diagramas de objectos, diagramas de estrutura composta. Ao segundo grupo pertencem os diagramas de caso de uso e actividades. Ao terceiro grupo pertencem os diagramas de máquina de estados e de interacção.

3.2.1 A Estrutura do UML a Quatro Camadas

O UML está estruturado numa arquitectura de quatro camadas, conforme ilustrado na Figura 3.2: meta-metamodelo; metamodelo; modelo; objectos do utilizador. Este tipo de arquitectura é uma infra-estrutura adequada à definição de modelos complexos. Na construção de um modelo UML são criados os elementos da camada de modelo e objectos usando os elementos da camada metamodelo. É possível definir novos elementos do metamodelo usando os elementos do meta-metamodelo, Figura 3.2

Figura 3.2: Arquitectura UML, adaptada de (Silva 01).

A versão actual do UML oferece alguns mecanismos de extensão que se aplicam a elementos do modelo, representando extensões à própria linguagem, sendo possível acrescentar informação arbitrária a qualquer elemento usando marcas de valor, classificar os elementos usando estereótipos, ou acrescentando semântica através de restrições.

M e ta -m e ta m ode lo e .g :M e ta C la s s e ,M e ta A tr ibu to ,M e ta O pe ra ç ã o ,M e ta C om pone nte

M e ta m ode lo e .g :C la s s e ,IR -P roc e s s ,IR -C o lle c tion ,IR -S ys te m

M ode lo e .g :P roc e s s o C om pa ra ç ã o; C o le c ç ã o; S is te m a C la s s ific a ç ã o

O b j e c tos do u til iza dor e .g : lnu -ltc ; W T1 0 g; A C M ; te rm o

IR M L - L a n g u a g e

M o d e l o s A b stra c to s

Page 97: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 3 – IRML - 81 -

3.2.2 Mecanismos de Extensão

Estes mecanismos permitem (OMG99):

− Introduzir novos elementos de modelação para providenciar uma maior expressividade e compreensão dos modelos UML a criar.

− Definir itens padrão que não são considerados suficientemente interessantes ou complexos para serem definidos directamente como elementos do metamodelo UML.

− Definir extensões específicas das linguagens de implementação ou específicas dos processos de desenvolvimento. Associar arbitrariamente informação semântica e outra aos elementos do modelo. Estes mecanismos aplicam-se aos elementos do modelo, não às suas instâncias. Representam, portanto, extensões à própria linguagem que permitem alterar a estrutura e semântica dos modelos criados.

Figura 3.3: Mecanismos de extensão do UML, adaptado de (OMG99)

A Figura 3.3 ilustra a sintaxe abstracta dos mecanismos de extensão do UML. Apesar de corresponder ao metamodelo do UML-1, os conceitos capturados mantém-se genericamente para o UML-2. Note-se a definição e relação entre as metaclasses Stereotype, Constraint e TaggedValue. Na linguagem UML estes conceitos serão definidos no metamodelo usando um conjunto de estereótipos criados para a IR.

O UML é descrito formalmente por um modelo, designado metamodelo, a partir do qual é possível definir outros modelos. A nova versão UML 2 apresenta um nova definição orientada para o Model Driven Architecture (MDA) <www.omg.org/mda/> e para

ModelElement

(from core)

TaggedValue - tag: Name - value: String

GeneralizableElement (from core) Constraint

(from core)

Stereotype - Icon: Geometry - baseClass: Name0..1

*

*

1

*

0..1

*1..*{ordered}

*

{xor}

Page 98: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 3 – IRML - 82 -

integrar os seguintes princípios de desenho: modularidade, separação de problemas por camadas e expansibilidade. Esta redefinição vai de encontro aos objectivos propostos para a construção de sistemas de IR, tendo em conta os requisitos de modularidade e a necessidade de uma linguagem.

3.3 Visão Conjunta da IRML

O objectivo da IRML é definir um conjunto de regras para expressar problemas, conceber sistemas e representar conceitos da área da IR. A linguagem IRML baseia-se num conjunto de estereótipos definidos especificamente para a IR derivados das classes base do UML, como se ilustra na Tabela 3.1.

Tabela 3.1: Classe base dos estereótipos definidos.

Estes estereótipos descrevem os principais conceitos da área da IR, a saber:

− As entidades externas representadas pelo estereótipo IR-Actor, o qual deriva da

Perfil para IR Classe BaseIR-Actor Use case

IR-Autor Use caseIR-User Use caseIR-Authority Use caseIR-Investigator Use case

IR-Document ClassIR-Collection ClassIR-Process

IR-IndexProcessIR-OptimizationProcessIR-EstimationProcessIR-MatchingProcess

IR-IndexIR-InformationNeeds Class

IR-Query ClassIR-UserProfile Class

IR-KnowladgeSpace ClassIR-Dictionary ClassIR-ClassifiedSystem ClassIR-Community Class

IR-System PackageIR-Use Case View PackageIR-Data View PackageIR-Process View PackageIR-Results Use case, Class

Package, Association,

Class, Activity

Page 99: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 3 – IRML - 83 -

classe Actor do UML.

− A informação existente na IR encontra-se representada pelos seguintes estereótipos, derivados da classe Class do UML (estes estereótipos são descritos na secção seguinte): IR-Document, IR-Collection, IR-InformationNeeds, IR-KnowladgeSpace, IR-Result.

− Os processos responsáveis por transformar a informação, representados pelo IR-Process o qual deriva das classes base: Class, Activity, Package e Association.

− O sistema representado por IR-System deriva da classe base package do UML.

− Para facilitar a concepção do sistema de IR, são propostas Vistas, as quais derivam da classe package e são criadas para ajudar (simplificar) o processo de concepção de um sistema de IR, dividindo o problema.

Os estereótipos propostos permitem representar os conceitos intrínsecos da IR (vid. restantes secções do presente capítulo), apresentando as seguintes relações, ilustradas na Tabela 3.2.

Foram definidos cinco tipos de relação: (1) C – Cria: ilustra a função de criar ou construir; (2) V – Valida: traduz a acção de verificar ou de validar um determinado objecto; (3) U – Usa: traduz o facto de usar uma determinada classe ou processo de IR; (4) A – Avaliação: ilustra a acção de verificação da utilidade de determinado resultado ou processo de IR; (5) O – Optimização: caracteriza a acção que tenta melhorar resultados ou processos de IR.

O IR-Actor irá ser visto na Secção 3.5 e pode dividir-se em: (1) IR-Author responsável pela criação de documentos; (2) IR-User o qual expressa as suas necessidades de informação (cria IR-query e IR-Profile) e usa o sistema para obter um resultado (IR-Result) para as suas necessidades de Informação. Este resultado é usado e ao mesmo tempo avaliado pelo utilizador; (3) IR-Authority responsável pela criação da colecção, de perguntas previamente definidas (tópicos), do sistema de classificação e do dicionário. Valida as comunidades identificadas pelo sistema; (4) IR-Investigator cria processos e usa o sistema para os testar, avaliando os resultados obtidos.

A Colecção de documentos (IR-Collection) é criada pela IR-Authority ou por um robot de pesquisa, sendo usada no processo de indexação do qual resulta o índice e é constituída por um conjunto de documentos (IR-Document). O documento (IR-Document) é criado pelo autor (IR-Author) e é usado no processo de indexação.

Espaço de conhecimento é constituído por: (1) dicionário (IR-Dictionary) é usado para identificar frases necessárias ao processo de indexação e para evitar erros ortográficos dos utilizadores ao formularem as suas necessidades de informação, contribuindo para uma melhoria dos índices dos documentos, perguntas e perfil do

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Capítulo 3 – IRML - 84 -

utilizador; (2) sistema de classificação (IR-ClassifiedSystem) permite normalizar conceitos através de um espaço de conhecimento previamente escolhido, contribuindo para uma melhoria dos índices dos documentos, perguntas e perfil do utilizador; (3) comunidades de utilizadores (IR-Community) são criadas de forma automática pelo sistema e avaliadas em termos de significado e coerência pela IR-Authority. Podem ser usadas no processo de formulação do perfil do utilizador, contribuindo para a melhoria do mesmo.

Relações C - Cria; V - Valida; U

- Usa; A- Avaliação; O-Optimização

IR-A

ctor

IR

-Aut

or

IR

-Use

r

IR

-Aut

horit

y

IR-I

nves

tigat

or

IR-D

ocum

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IR-C

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ctio

n

IR-P

roce

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IR

-Ind

exPr

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IR

-Opt

imiz

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nPro

cess

IR

-Est

imat

ionP

roce

ss

IR

-Mat

chin

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cess

IR-I

ndex

IR-I

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eeds

IR

-Que

ry

IR

-Use

rPro

file

IR-K

now

ladg

eSpa

ce

IR-D

ictio

nary

IR

-Cla

ssifi

edSy

stem

IR

-Com

mun

ity

IR-S

yste

m

IR-R

esul

ts

IR-Actor IR-Autor CIR-User C C UIR-Authority C C C C V

IR-Investigator U C C C C C C U AIR-Document C U U UIR-Collection C U UIR-Process C U

IR-IndexProcess C U C U U UIR-OptimizationProcess C O O O U OIR-EstimationProcess C O UIR-MatchingProcess C O U U U U C

IR-Index C U C O U O O UIR-InformationNeeds

IR-Query C C O U O O UIR-UserProfile C O U O O O U

IR-KnowladgeSpaceIR-Dictionary C U O O O UIR-ClassifiedSystem C U O O O UIR-Community V O U

IR-System U U U U U U U U U U U U U U CIR-Results A A O C C

Tabela 3.2: Relações entre os estereótipos definidos para a IR.

A necessidade de informação é constituída por: (1) pergunta (IR-Query) é criada pelo utilizador e é usada no processo de comparação. Pode ser optimizada pela retroacção (IR-OptimizationProcess), pela correcção de erros ortográficos usando um dicionário ou pela escolha de categorias ou termos num sistema de classificação; (2) perfil do utilizador (IR-UserProfile) é criado pelo utilizador e é usada no processo de comparação. Pode ser optimizada pela retroacção (IR-OptimizationProcess), pela correcção de erros ortográficos usando um dicionário ou pela escolha de categorias ou termos num sistema de classificação ou ainda pela escolha da comunidade com que mais se identifica.

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Capítulo 3 – IRML - 85 -

IR -C olle c tion

IR -Inde x

IR-U s e rInform a tionN e e dsIR -A c tor

IR-S ys te m

IR-R e s u lt

IR -D oc um e nt

IR -A lgoritmIR -P roc e s s

IR -Inde x P roc e s s

IR -M a tc h ingP roc e s s IR -O ptim a tionP roc e s s

IR -Know la dge S pa c e

IR -U s e rP ro file IR-Q ue ry

IR -E s tim a tionP roc e s s

*+ p ro d u ce r

c re a te

** u se >

*

1

u se m e th o d >

1

u se >

o u tp u t >

1 ..*

+ u se r

i n fo rm a ti o n n e e d s

re l e va n t d o cu m e n ts

+ u se r

*u se >

1

u se >

*

u se >

+ i n d e x te stco l l e c ti o n

u se >

+ p a ra m e te r e st i m a ti o n

1

u se >1

Figura 3.4: Visão geral do metamodelo da IRML.

IR-IndexProcess cria o IR-Index a partir do conjunto dos documentos pertencentes à colecção (IR-Document). IR-OptimizationProcess tem por objectivo melhorar os resultados, pela combinação destes, ou então por mecanismos de retroacção melhorar o IR-Index, o IR-Query ou o IR-UserProfile. IR-EstimationProcess tem por objectivo estimar parâmetros necessários aos algoritmos de comparação através da colecção de teste. O Processo de comparação (IR-MatchingProcess) compara o representativo do documento (IR-Index) com um dos representativos da necessidade de informação do utilizador a Pergunta (IR-Query) ou o perfil do utilizador (IR-UserProfile) da qual resulta uma lista de documentos ordenada pela medida da relevância (IR-Result).

O sistema de IR (IR-System) é um conjunto integrado de recursos cujo objectivo é satisfazer a necessidade de informação de um determinado utilizador. Usa todos os estereótipos definidos à excepção do IR-Actor. O IR-Investigator pode usar o sistema para testar processos de IR.

Estes estereótipos constituem o Perfil UML, definem o metamodelo da IR, ilustrado na Figura 3.4. Este metamodelo define a IRML e será explicado tendo em conta as

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Capítulo 3 – IRML - 86 -

diferentes vistas a propor.

3.4 Vistas de Sistemas de IR

Para facilitar a modelação do problema da construção de sistemas de IR são propostas vistas, as quais têm por objectivo facilitar o processo de concepção de um sistema, oferecendo cada uma diferente perspectiva sobre o sistema alvo. São propostas três vistas, de acordo com a Figura 3.5:

IR -U s e C a s e V ie wIR -S ys te m M ode lIR -In form a tionV ie w

IR -P roc e s s V ie w« i m p a cts»

« i m p a cts»

+ i n p u t + o u tp u t

Figura 3.5: Vistas de representação de sistemas da linguagem para IR.

O número de vistas foi determinado pela experiência obtida na concepção de sistemas (foram concebidos 11 sistemas) num compromisso entre a simplificação obtida com a divisão do problema e as tarefas adicionais que tais divisões representam. Estas vistas pretendem determinar, num caso simplificado, as relações do sistema com o exterior (IR-UseCaseView), a informação usada e manipulada pelo sistema (IR-InformationView) e os processos de transformação (IR-ProcessView) permitindo em conjunto ter uma visão geral do sistema.

A IR-UseCaseView define o conjunto de actores (IR-Actor) e de casos de utilização do IR-System. Esta vista captura as principais funcionalidades do sistema na perspectiva dos seus utilizadores (vid. Secção 3.5).

IR-InformationView define a informação do sistema, sendo estes capturados através de diagramas de classe e uma sequência de acções. Nesta vista pretende-se caracterizar a informação que o sistema usa (informação de entrada), a informação que o sistema transforma e a informação final a entregar ao utilizador (IR-Result). Será descrito na Secção 3.6.

IR-ProcessView define uma sequência, os atributos e as operações necessárias a um

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Capítulo 3 – IRML - 87 -

conjunto de processos para transformar a informação de entrada no resultado a apresentar ao utilizador (vid. Secção 3.7).

A visão geral do sistema será feita a partir das vistas de informação e de processos, não havendo necessidade de criar uma vista adicional.

3.5 Vista de Casos de Utilização

Nesta secção serão definidos os IR-Actor de um sistema de IR, sendo proposta uma notação nova para diferenciar dos Actor do UML, ilustrado na Figura 3.5. O IR-Actor é um conceito que representa, em geral, um papel que um utilizador desempenha relativamente a um sistema de IR. Para os sistemas de IR são definidos quatro tipos de IR-Actor, correspondentes aos diferentes papéis possíveis, os quais reflectem todos os elementos que interactuam com o sistema de IR:

− O Autor (IR-Producer) cria informação sob a forma de documentos.

− O Utilizador (IR-User) usa o sistema para satisfazer as suas necessidades de informação.

− A Autoridade (IR-Authority) cria e gere o espaço de conhecimento e simultaneamente pode identificar (criar) colecções de teste, tópicos e definir o conjunto de documentos relevantes para cada tópico.

− O Investigador (IR-Investigator) que usa o sistema para testar processos de IR, avaliando os resultados obtidos.

Figura 3.6: Actores de um sistema de IR.

3.6 Vista de Informação

Esta vista representa todo o fluxo de informação dentro do sistema e pode ser dividida em três sub-vistas (resultado a divisão da vista num domínio mais especifico); (1) Vista

IR -A c tor

IR -U s e r IR -A uthority

IR -P roduc e r IR -

Inv e s tiga tor

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Capítulo 3 – IRML - 88 -

de informação de entrada composta por: Colecção, a qual agrega documentos, necessidades de informação expressa sob a forma de pergunta ou perfil utilizador, e pelo espaço classificado (sistema de classificação, dicionário); (2) vista de informação transformada, índice dos documentos e as perguntas ou perfil do utilizador expandidos; (3) vista de informação de saída, a qual corresponde ao output do sistema, ou seja lista de documentos ordenado por medida de relevância, documentos classificados ou ainda a identificação de comunidades.

IR -Co lle c tion

IR -D oc um e n t

IR -Inde x

IR -Kn ow la dg e S pa c e

IR -In fo rm a tionNe e ds

IR -R e s ults

IR -Q ue ry IR -U s e r-P rofile

IR -C la s s ifie dS ys te m IR -C om unity IR -The s a u rus

IR -S ys te m

p ro d u ce >

+ o u tp u t

+ i n p u t

co n su m e >

+ i n p u t

u se >

+ i n p u t u se >

+ i n p u t

u se >

u se >+ i n p u t

Figura 3.7: Metamodelo da IRML – específico para a vista de informação.

Os estereótipos desta vista e as suas relações encontram-se definidas no metamodelo proposto na Figura 3.7, o qual é constituído pelos seguintes estereótipos: (1) o Documento (IR-Document) é a informação produzida pelo autor, a qual é não-estruturada, existente nos mais diversos formatos tendo inerentes os problemas da subjectividade e do contexto da linguagem humana; (2) a Colecção (IR-Collection), a qual representa a fonte de informação para o sistema, constituída por um conjunto de documentos arquivados. A maior colecção existente é a Web. Existem diversas colecções construídas à medida para testes de sistemas. Numa colecção existe uma grande variedade de formatos, tamanhos de documentos, temas/assuntos. Uma colecção pode dividir-se em várias sub-colecções. As colecções podem ser armazenadas de uma forma centralizada ou distribuída; (3) o Índice (IR-Index) o qual é o resultado da operação de criação de um representativo de uma colecção de menores dimensões, o qual se encontra arquivado numa base de dados apropriada. É constituído, essencialmente, por termos representativos dos documentos com as respectivas frequências e baseado nas propriedades estatísticas dos documentos. É proposto um

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Capítulo 3 – IRML - 89 -

índice mais geral (não tão rápido) o qual pode servir para todos os processos de recuperação. O Índice constitui a ‘matéria-prima’ para o funcionamento de um sistema de recuperação (IR-MatchingProcess) sendo previamente construído; (4) a Necessidade de Informação do Utilizador (IR- UserInformationNeeds) representa os interesses específicos de informação de um determinado utilizador, expresso por um conjunto de termos escolhidos pelo utilizador ou então pela navegação num espaço de conhecimento apropriado. É usado como input no IR-MatchingProcess. Estas necessidades podem ser divididas em duas grandes classes:

− O Perfil Utilizador (IR-UserProfile) representa os interesses estáveis de um utilizador. Pode ser formado por um conjunto de termos ou, então, por pontuação (identifica o atributo nota) dada a determinados eventos. Identifica a periodicidade com que o utilizador pretende receber a informação, informação que identifique o utilizador do ponto de vista do sistema (endereço de correio electrónico e login) e adicionalmente, pode ter um Perfil negativo do Utilizador, que reflecte temas nos quais o utilizador não está interessado em receber informação.

− A Pergunta (IR-Query) representa o interesse momentâneo de um determinado utilizador, expresso através de um conjunto de termos. Estes termos são posteriormente trabalhados de forma a melhorar o desempenho de um determinado sistema.

(5) o Espaço Conhecimento (IR-KnowladgeSpace) representa o espaço organizado e previamente trabalhado por um conjunto de entidades. Este espaço é dividido em três grandes áreas, correspondentes a três estereótipos, ilustrado na Figura 3.8: sistema de classificação, thesaurus/dicionários e comunidades de utilizadores (definições apresentadas na Secção 2.10 a 2.12. à excepção das comunidades); (6) o Resultado (IR-Result), o qual é o output do sistema em causa, habitualmente consiste numa lista de documentos ordenada por uma determinada medida de relevância, ou na catalogação de documentos bem como a identificação de comunidades.

Figura 3.8: Estereótipos do espaço classificado de informação.

IR -K now la dge S pa c e

IR -C la s s ifie dS ys te m IR -C om unity IR -The s a urus

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Capítulo 3 – IRML - 90 -

Na vista de informação ainda é proposto como componente opcional a introdução do Sistema (IR-System), como forma de identificar o sistema a que a vista de informação pertence e, ao mesmo tempo, fazer a ‘ponte’ para a vista de processos, pois o conjunto de processos transforma a informação de entrada na saída constituí o sistema.

3.6.1 Sistema de Classificação

Os sistemas de classificação podem ser divididos em genéricos ou especializados, tal como se esquematiza na Figura 3.9.

Os primeiros pretendem abarcar todo o espaço do conhecimento. Como exemplo de sistemas genéricos temos:

− CDU – Classificação Decimal Universal (McIlwaine, 1993:7), sistema amplamente aceite nas bibliotecas Europeias. < www.udcc.org/>.

− LCSH – Library of Congress Subject Headings, desenvolvido e mantido nos Estados Unidos sob a supervisão da Biblioteca do Congresso <http://lcWeb.loc.gov/catdir/cpso/lcco/lcco.html> e <http://www.unc.edu/courses/ jomc050/loc/lcsh3.html>.

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »S is te m a C la s s ific a ç ã o (S C )

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »S C G e ra l

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »S C E s pe c ífic o

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »C D U

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »LCS H

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »A C M

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »M S C

0 ..10 ..10 ..10 ..1

Figura 3.9: Tipos de Sistema de Classificação.

Os sistemas especializados estão destinados a domínios específicos, criados por organizações ou entidades interessadas nesses mesmos domínios.

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Capítulo 3 – IRML - 91 -

− ACM Computing Reviews Classification System, criado pela ACM – (Association for Computing Machinery) <www.acm.org/class/>. Este sistema organiza-se em torno de uma árvore com onze nós principais (descritores de áreas), cada qual dividindo-se em um ou dois níveis de termos genéricos.

− MSC – Mathematics Subject Classification, utilizado na classificação de obras na área da Matemática <http://www.ams.org/msc>.

3.6.2 Thesaurus (Dicionários) e Ontologias

Thesaurus descreve relações de sinónimos entre palavras e está relacionado com a temática de normalização do vocabulário. Este conceito tornou-se comum desde que Peter Mark Roget publicou a obra Thesaurus of English Words and Phrases (Roget, 1942). Nessa obra, Roget apresenta as classes de topo, o espaço, a matéria, o intelecto, a vontade, as afecções, as quais estão subdivididas em secções, onde se representam então as palavras, havendo indicação de relações explícitas entre quaisquer palavras que o justifiquem.

Esta noção generalizou-se pelo que, tipicamente, um thesaurus é entendido hoje em dia como uma estrutura de nós ligados, em que cada nó corresponde a um termo ou conceito. Associado a cada nó podem-se encontrar vários campos de informação, tais como outros termos mais ou menos abrangentes, termos relacionados ou notas. Regra geral, esta estrutura de nós, no thesaurus, tem ainda uma forma hierárquica em árvore. Podem, no entanto, existir ligações entre diferentes níveis através de notas ou tipos de relações. Pode acontecer ainda que existam múltiplas hierarquias representando cada uma determinada faceta. Existe uma norma ISO para a representação de thesaurus (ISO, 1986), e uma outra para representação de um thesaurus em mais do que uma língua (ISO, 1985).

Figura 3.10: Principais formas de construir um thesaurus.

« IR -T h e sa u ru s»The s a urus

« IR -T h e sa u ru s»The s a urus :S ta tis tic a l

« IR -T h e sa u ru s»The s a urus :M a nua l

« IR -T h e sa u ru s»The s a urus :

A s s oc ia tiv e

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Capítulo 3 – IRML - 92 -

Um thesaurus propriamente dito é definido por um conjunto de termos e por um conjunto de relações. O tipo e a variedade de relações utilizadas por um thesaurus são que o distinguem de um simples dicionário de sinónimos. Os dicionários de sinónimos são um caso particular de thesaurus, uma vez que estes têm a relação de equivalência entre termos, que definem hierarquias entre conceitos, termos preferidos, etc.

Adicionalmente, o conceito de ontologia, definido originalmente na Filosofia, começou a ser adaptado nas áreas da Engenharia e da Ciência dos Computadores (Blackburn, 1997) (“Ontologia: Termo derivado da palavra grega «ser», mas usado desde o século XVII para denominar o ramo da metafísica que diz respeito àquilo que existe.[...]” (Blackburn, 1997:308)), sendo usado para designar formas mais avançadas de abordar este problema da classificação e da representação de relações entre entidades. Ontologias são definidas como um conjunto de termos e relações usados num determinado domínio, permitindo a partilha de conhecimento. Permite também explicitar uma conceitualização que descreve a semântica da informação (i.e. meta informação).

Em relação à organização dos espaços de conhecimento é interessante e de referir o projecto OIL (Ontology Inference Layer <www.ontoknowledge.org/oil>) que pretende definir os requisitos para uma linguagem de ontologias comum, baseada nos padrões XML e RDF. Outro projecto interessante é o Web-Ontology (WebOnt) do W3C <www.w3c.org/2001/sw/webont> baseado em RDF e OWL (Web Ontology Language).

3.6.3 Sistema de IR

O Sistema (IR-System) é um conjunto integrado de recursos (humanos e tecnológicos) cujo objectivo é satisfazer adequadamente a totalidade das necessidades de um determinado utilizador. Na Secção 3.7, são identificados e caracterizados os três principais sistemas.

3.7 Vista de Processos

A vista de processo pretende identificar os processos responsáveis por transformar a informação, de forma a satisfazer os objectivos do sistema. Os processos são constituídos por um ou mais algoritmos, os quais definem um conjunto de regras para transformar a informação. Muitos dos algoritmos de IR, não têm uma fundamentação teórica, baseando-se em pressupostos e parâmetros introduzidos de forma ad-hoc.

O Processo (IR-Process) é um conceito vasto, que pretende designar uma sequência de actividades (agrupadas em fases e tarefas) executadas de forma sistemática e uniformizada, por intervenientes com responsabilidades bem definidas e que, a partir de

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Capítulo 3 – IRML - 93 -

um conjunto de entradas, produzem um conjunto de saídas. Existem vários processos, dos quais se realçam quatro específicos: (1) o processo de indexação (IR-IndexProcess) responsável por criar representativos dos documentos existentes numa colecção (processo descrito nas Figuras 3.12 e 4.12); (2) o processo comparação (IR-MatchingProcess) por meio de um conjunto de algoritmos compara os representativos dos documentos com os representativos das necessidades de informação dos utilizadores, resultando numa lista de documentos ordenados por ordem de relevância ou de acordo com uma medida previamente estabelecida (processo descrito nas Figuras 3.13 a 3.16) Cada um destes processos foram descritos no Capítulo 2; (3) o processo de optimização (IR-OptimationProcess) têm como objectivo melhorar a lista de documentos a apresentar aos utilizadores, considerados relevantes, e estão divididos em dois tipos principais: (1) os de retroacção, que trabalham os inputs do sistema (necessidades de informação e índice); (2) os de combinação que trabalham os resultados obtidos (processo descrito na Figura 3.17); (4) o processo estimar (IR-EstimationProcess) que a partir de colecções de teste, estimam parâmetros para modelos linguísticos, para os algoritmos de classificação. (processo descrito na Figura 3.18).

IR -P roc e s s IR -A lgorithm

IR -Inde x P roc e s s IR -M a tc h ingP roc e s s IR -O ptim iza tionP roc e s s IR -E s tim a tionP roc e s s

Figura 3.11: Metamodelo da IRML –específico para a Vista dos processos.

3.7.1 IR-IndexProcess

O Processo de Indexação, um dos principais processos do sistema de recuperação. O objectivo deste processo é criar um representativo do documento com dimensões inferiores. Os processos de indexação são orientados para o processo de comparação a implementar. Devido aos requisitos de flexibilidade e adaptabilidade do processo aos diferentes algoritmos de comparação, vai ser proposto um processo de indexação mais genérico.

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Capítulo 3 – IRML - 94 -

Figura 3.12: Processo de Indexação.

3.7.2 IR-MacthingProcess

Os processos de comparação de acordo com a Figura 3.13 estão divididos por tipos de sistema (e.g. Pesquisa de Informação, Filtragem de Informação e Classificação (Catalogação) de Informação). Os processos associados ao sistema de pesquisa comparam o índice dos documentos com a pergunta usando diferentes algoritmos, ilustrados na Figura 3.16. A Figura usa a linguagem proposta para sistematizar os diferentes algoritmos. Os conceitos foram abordados na Secção 2.6. Os processos de filtragem comparam índices com perfis, ou perfis com perfis, ver Figura 3.14 e os de classificação comparam o índice do documento com um sistema de classificação apropriado, Figura 3.15. (Uma descrição detalhada dos diferentes processos foi feita nas Secções 2.6 (processos de pesquisa), 2.9 (processos de filtragem) e 2.12 (processos catalogação)). A maior parte destes processos têm parâmetros determinados, de forma ad-hoc ou então estimados através de colecções de teste.

Figura 3.13: Principais processos de comparação.

« IR -In d e xP ro ce ss»X

« IR -C o l l e c t i o n »inpu t:C ole c ç ã o

« IR -In d e x»O utput:Índ ic e

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s os de P e s quis a de In form a ç ã o

« IR -M a tch in g P ro ce ss»P roc e s s os de F iltra ge m de In form a ç ã o

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s o C a ta loga ç ã o

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s os de IR

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Capítulo 3 – IRML - 95 -

Figura 3.14: Principais processos de comparação na área dos sistemas de filtragem

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»Ca ta loga ç ã o

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»C a ta loga ç ã o Ba s e a da e m

M é todos M a c hine Le a rn ing

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»C a ta loga ç ã o Ba s e a da e m P roc e s s os

de P e s quis a de In fo rm a ç ã o

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»C a ta loga ç ã o Ba s e a da e m P roc e s s os de M a c hine Le a rn ing e M ode los L ingu ís tic os

« IR -A l g o ri th m »S V M

« IR -A l g o ri th m »R N

« IR -A l g o ri th m »LLS F

« IR -A l g o ri th m »K N N

« IR -A l g o ri th m »RF

« IR -A l g o ri th m »C CG

« IR -A l g o ri th m »S O M

« IR -A l g o ri th m »AD

« IR -A l g o ri th m »C V

« IR -A l g o ri th m »N B0 ..1

0 . .1 0 ..1

0 . .1

0 ..1

0 ..1

0 ..1

0 ..1

0 . .1

0 . .1

Figura 3.15: Principais processos de comparação na área dos sistemas de classificação (catalogação).

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s os de F iltra ge m

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s os Ba s e a dos no

C onte údo

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s os C ola bora tiv os

V e c toria l

+ F2 .5 ()+ F2 .7 ()+ F2 .1 3 ()

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s os Co la bora tiv o

Ba s e a do e m M e m ória

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s os C ola bora tiv os B a s e a dos

e m P roc e s s os

« IR -A l g o ri th m »Corre la ç ã o

« IR -A l g o ri th m »A grupa m e nto

« IR -A l g o ri th m »R e de Ba ye s ia na

0 ..10 ..10 ..1

0 ..1

0 ..1

Page 112: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 3 – IRML - 96 -

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s os c om ba s e na a na lis e

l iga ç õe s dos doc um e ntos

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s os c om ba s e na s proprie da de s

e s tá tis tic a s dos doc um e ntos

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s o c om ba s e na m e d ida de

s e m e lha nç a

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s o c om ba s e proba b ilida de de

re le v â nc ia

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s o c om ba s e na In fe rê nc ia

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»B oole a nno

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»V e c tor ia l

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»D is tr ibu íç ã o

P roba b il is tic o

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»R e gre s s ã o Log is tic a

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»M ode lo G e ne ra tiv o

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»G e ra ç ã o D oc um e ntos

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»G e ra ç ã o P e rgunta (M ode lo L inguís tic o)

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»U nigra m

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»B igra m

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»Trig ra m

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»N gra m

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»R e de s N e urona is

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»E s pa ç o

P roba b ilis tic o C onc e itos

B M X X

+ F2 .1 3 ()+ F2 .2 2 ()+ F2 .2 3 ()+ F2 .2 4 ()

« IR -A l g o ri th m »O k a p i

+ F2 .1 3 ()+ F2 .2 5 ()

lnu -ltc

+ F2 .5 ()+ F2 .7 ()+ F2 .1 3 ()

« IR -A l g o ri th m »A j us ta m e nto nã o-

pa ra m é tric o a d itiv o

+ F2 .2 6 ()+ F2 .2 7 ()

« IR -A l g o ri th m »A j us ta m e nto nã o-

pa ra m é tr ic o de s c onto a bs o lu to

+ F2 .3 0 ()+ F2 .2 7 ()

« IR -A l g o ri th m »A j us ta m e nto nã o-

pa ra m é tr ic o in te rpo la ç ã o-l ine a r

+ F2 .2 8 ()+ F2 .2 7 ()

« IR -A l g o ri th m »A j us ta m e nto nã o-

pa ra m é tric o D ire c h le t

+ F2 .2 9 ()+ F2 .2 7 ()

M e dida s H ubA utor ida de

+ F2 .1 ()+ F2 .2 ()+ F6 .1 1 ()+ F6 .1 2 ()

« IR -A l g o ri th m »R e gra s s ã o

Log ís tic a

+ F2 .1 8 ()« IR -A l g o ri th m »R e de N e urona l

+ F2 .3 1 ()

0 ..10 ..10 ..10 . .1

0 . .1

0 . .1

0 . .1

0 . .1

0 ..1 0 ..1

Figura 3.16: Principais processos de comparação na área dos sistemas de pesquisa.

3.7.3 IR-OptimizationProcess

Estes processos têm como objectivo trabalhar o primeiro ciclo de resultados (documentos identificados como relevantes por um sistema) de forma a melhorar os resultados, ou seja aumentar os níveis de precisão e cobertura. Existem dois processos principais, ilustrados na Figura 3.17, a retroacção e a combinação de resultados. Ambos os processos foram descritos no Capítulo 2 (Secções 2.5.1, 2.5.2 e 2.14). A retroacção automática reúne amplo consenso na melhoria de resultados nos sistemas de pesquisa.

Os processos de retroacção automática desempenham um papel importante na melhoria de resultados (descrito na Secção 2.5.1).

Page 113: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 3 – IRML - 97 -

« IR -O p t i m i za t i o n P ro ce ss»O ptim iza tionP roc e s s

« IR-O p ti m i za ti o n P ro ce ss»Fe e dba c k « IR -O p t i m i za t i o n P ro ce ss»

Com bina tion

« IR-O p t i m i za ti o n P ro ce ss»U s e rFe e dba c k

« IR -O p t i m i za t i o n P ro ce ss»Autom a tic Fe e dba c k

« IR -O p t i m i za t i o n P ro ce ss»S im ila rityM e a s ure

« IR -O p t i m i za t i o n P ro ce ss»R a nk M e a s ure s

« IR-A l g o ri th m »Roc c h io

+ F2 .1 2 () : vo i d

« IR -A l g o ri th m »LC A

+ F2 .9 ()+ F2 .1 0 ()+ F2 .1 1 ()

« IR -A l g o ri th m »Loc a lFe e dba c k

« IR-A l g o ri th m »G loba lFe e dba c k

« IR -A l g o ri th m »S M

+ F2 .3 9 ()

« IR -A l g o ri th m »W R S

+ F2 .4 0 ()

« IR -A l g o ri th m »O W R S

+ F2 .4 1 ()

« IR -A l g o ri th m »R O W R S

+ F2 .4 2 ()

« A l g o ri tm o »F órm ula R O W R S s f

« IR-A l g o ri th m »Fórm ula RO W RS s t*

« IR -A l g o ri th m »Fórm ula R O W RS f

« IR-A l g o ri th m »Fórm ula RO W R S s obre pos iç ã o

0 ..1

Im p ro ve o u tp u ts (re su l ts)

co m b i n e re l e va n te m e a su re s co m b i n e ra n k m e a su re s

0 ..1

i m p ro ve i n p u ts (i n d e x+ i n fo rm a t i o n n e e d s)

0 ..1

0 . .1

0 ..1 0 . .1 0 ..1 0 . .1

0 . .10 . .10 . .1

0 ..1

Figura 3.17: Principais processos de Optimização.

IR-EstimationProcess

« IR-C o l l e ct i o n »C ole c ç ã oTe s te

« IR -In d e xP ro ce ss»P roc e s s oInde x a ç ã oC ole c c ç ã oTe s te

« IR-In d e x»Índ ic e C ole c ç ã o Te s te

« IR-E st i m a ti o n P ro ce ss»E s tim a rP a râ m e tros P ro c e s s oC om pa ra ç ã oX

« IR -R e su l t»R e s u lta do s C onh e c idos C ole c ç ã oTe s te

« IR -E sti m a t i o n P ro ce ss»P roc e s s o P e s qu is a

« IR-E st i m a ti o n P ro ce ss»P ro c e s s oC la s s ific a ç ã o

« IR-E st i m a ti o n P ro ce ss»M od e loL ingu ís tic o

« IR -E st i m a t i o n P ro ce ss»R e g re s s ã oL ogís tic a

« IR -E sti m a t i o n P ro ce ss»M a c h ine Le a rn ing

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s o C om pa ra ç ã o X

« IR-E st i m a ti o n P ro ce ss»M a c hine L e a rn in g+ M od e loL ingu ís tic o

+ i n p u t

p a ra m e tro e st i m a d o + o u tp u t

+ i n p u t

+ o u tp u t

+ i n p u t

Figura 3.18: Descrição e caracterização do processo de estimação de parâmetros.

Page 114: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 3 – IRML - 98 -

O objectivo deste processo é, a partir de uma colecção de teste e dos respectivos resultados previamente conhecidos, estimar os parâmetros necessários a alguns processos de comparação. Dos processos de comparação que necessitam de parâmetros estimados de acordo com a colecção em causa, ilustrado na Figura 3.18, apresentam-se duas classes principais: (1) os dedicados aos processos de pesquisa, onde se destacam os processos de comparação baseados nos modelos linguísticos e a regressão logística; (2) os dedicados aos processos de classificação.

3.8 Conclusões

A linguagem IRML é criado por um perfil UML, constituído por um conjunto de estereótipos específicos da área da IR, usando os mecanismos de extensão do UML, permitindo a modelação de sistemas de informação. Este perfil é fortemente inspirado num conjunto de boas práticas reconhecidas na concepção e construção de sistemas de informação e tecnologias emergentes, designadamente: (1) arquitecturas de software (Grasner 1988), (Buschmann et al. 1999), (Hofmeister et al. 1999), (Juric et al. 2002); (2) entidades de negócio; (3) workflows de interfaces de utilizador predefinidos; (4) workflows de interfaces de utilizador genéricos, e.g., segundo uma linguagem declarativa (e.g., UIML (UIML 2000)); e (5) workflows de negócio, e.g., segundo uma linguagem declarativa (e.g., BPEL4WS (Curbera 2002)). Os três primeiros aspectos têm

constituído a parte principal do esforço actualmente desenvolvido, enquanto que os restantes aspectos serão alvo de investigação e trabalho futuro.

Page 115: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 4 – Biblioteca de Modelos Abstractos para Sistemas de IR - 99 -

Capítulo 4

4 Biblioteca de Modelos Abstractos para Sistemas de

IR

Propõe-se neste capítulo uma biblioteca de modelos abstractos para sistema de IR, baseados na linguagem IRML, introduzida no Capítulo 3. A partir destes modelos abstractos serão derivados outros, correspondentes à modelação de Sistemas de IR concretos.

Este capítulo encontra-se dividido em três secções principais, correspondentes as três vistas propostas, como se ilustra na Figura 4.1.

C a pítu lo 4 : B ib lio te c a s de M ode los A bs tra c tos pa ra s is te m a s de IR

M ode lo C a s os de U til iza ç ã o (4 .1 ) M ode los de In form a ç ã o (4 .2 ) M ode los de P roc e s s os (4 .3 )

Figura 4.1: Organização do Capítulo 4.

4.1 Modelo de IR-Actor

Como foi definido no capítulo anterior, o IR-Actor divide-se em quatro actores: Autor, Utilizador, Autoridade e Investigador. Na Figura 4.2, iremos definir os papéis habituais que estes actores têm com os diferentes sistemas. Os casos de utilização específicos serão construídos tendo em conta este modelo abstracto.

− O Autor (IR-Producer) ou seja o produtor de informação, que usa os meios disponíveis para publicar a sua informação.

− O Utilizador (IR-User) o qual tem necessidade de recuperar informação e para o

Page 116: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 4 – Biblioteca de Modelos Abstractos para Sistemas de IR - 100 -

efeito expressa a sua necessidade de informação momentânea (pergunta) ou estável (perfil utilizador), por: (1) um conjunto de termos expressos; (2) escolhendo termos ou categorias num sistema de classificação; (3) escolhendo a comunidade com que mais se identifica (usado apenas para constituição do perfil do utilizador). O sistema devolva uma lista ordenada de documentos relevantes, aos quais pode expressar a sua opinião usando um processo de retroacção adequado.

− A Autoridade (IR-Authority) que é responsável pela criação e gestão do espaço de conhecimento e simultaneamente pode identificar (criar) colecções de teste, identifica tópicos e, para cada tópico, determina o conjunto de documentos relevantes. Valida comunidades de utilizadores identificados pelo sistema de forma automática.

− O Investigador (IR-Investigator) pode definir o ambiente de teste, escolhendo a colecção e os parâmetros do índice. Usa o sistema para testar algoritmos e abordagens de forma a contribuir para o avanço da ciência relacionada com a IR. É ainda responsável pela avaliação dos resultados obtidos.

U ti liza dor

D e fine P e rgunta

A utor

De fine P e rfil U til iza dor

In troduz te rm os

E s c o lhe C a te gor ia s /Te rm os

num E s pa ç o C la s s ific a do

E s c olhe C om unida de

Re c e be lis ta doc um e nto o rde na dos por m e d ida de

re le v â nc ia

Autor ida de

Cr ia E s pa ç o Conhe c im e nto

G e re E s pa ç o C onhe c im e nto

V a lida C om unida de de U ti liza dore s

C ria Co le c ç ã o de Te s te

Cr ia Tóp ic os

A v a lia Re le v a nc ia Doc um e ntos fa c e a os

Tóp ic osInv e s tiga tor

E s c o lhe S e rv iç o

E s c o lhe M é todo Com pa ra ç ã o

Av a lia Re s u lta dos

D e fine A m bie n te Te s te

E s c olhe Co le c ç ã o

E s c olhe pa ra m e tros

Índ ic e

E s c o lhe ou c ria nov os

P roc e s s osCria e te s ta

nov os m é todos

P roduz D oc um e nto

Re troa ç ã o Re s u lta dos

« e xte n d »

« e xte n d »

« e xte n d »

« i n c l u d e »

« e xte n d »

« e xte n d »

« e xte n d »

« e xte n d »

« e xte n d »

« e xte n d »

« i n c l u d e »

Figura 4.2: Vista dos casos de uso de um sistema de IR.

Page 117: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 4 – Biblioteca de Modelos Abstractos para Sistemas de IR - 101 -

4.2 Modelo de Informação

Nesta secção iremos definir os modelos abstractos correspondentes à vista de informação, a qual é composta pela colecção de documentos, pergunta, perfil utilizador, índice, espaço classificado e resultados.

4.2.1 Colecções de Documentos

A informação disponível encontra-se na forma de documentos, os quais são organizados em torno de colecções. A maior colecção de documentos conhecida é a Web, a qual tem dimensões superiores em relação à capacidade de qualquer sistema de recuperação existente, bem como pode ser melhor analisada como uma colecção de colecções. Devido a este facto, a generalidade dos sistemas de pesquisa (comerciais) trabalham sobre uma sub-colecção da Web construída a partir de um robot de pesquisa. A colecção pode ser guardada de uma forma centralizada ou então distribuída.

Os atributos principais de uma colecção e de um documento encontram-se descritos na Figura 4.3.

Figura 4.3: Atributos das classes abstractas da colecção e dos documentos.

4.2.2 Pergunta

Conforme sugerido na Figura 4.4, a pergunta representa a necessidade momentânea de um utilizador, sendo caracterizada pelos atributos, frase, descrição, metadata, categoria, termo e frequência.

« IR -C o l l e t i o n »C ole c ç ã o

- n ºd o cu m e n to : In t- n º te rm o : In t- d a ta : d a te- ta m a n h o [M b ]: In t- ta m a n h o m é d i o d o c : S h o rt

« IR -D o cu m e n t»D oc um e nto

- m e ta d a ta : B o o l e a n- n o m e fi ch e i ro : S tri n g- p a th n a m e : S tri n g- u rl [0 ..1 ]: In t- d a ta : D a te- fo rm a to : - n º te rm o : In t- t í tu l o : S tri n g

« IR -D o cu m e n t»L iga ç ã o

- U R L o u t: S tri n g * 1* 1

Page 118: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 4 – Biblioteca de Modelos Abstractos para Sistemas de IR - 102 -

Figura 4.4: Caracterização da pergunta.

As perguntas podem ser realizadas de três formas principais:

− A PerguntaAdhoc (adhocquery) elaborada pela introdução livre de termos. Para evitar erros ortográficos é habitualmente introduzido um corrector ortográfico de modo a ser feita a correcção de eventuais erros ortográficos.

− A PerguntaSistemaClassificação (queyfromclassificationsystem) criada pela escolha de termos num espaço classificado; o sistema disponibiliza uma interface para se navegar num sistema de classificação e para permitir escolher um conjunto de termos das categorias mais relevantes para cada utilizador.

− Os Tópicos (topic) TREC, os quais são previamente definidos. Para a colecção controlada vai ser necessário definir um conjunto de perguntas (tópicos) representativas das necessidades de informação dos utilizadores na Web, para as quais se conhece previamente o conjunto de documentos relevantes.

Perfil Utilizador

O Perfil Utilizador (UserProfile), têm como atributos, correio electrónico (email) (identifica utilizador), palavra-chave (password), periodicidade (caracteriza frequência com que quer receber os alertas), frequência termos, termos descritivos de temas que o utilizador não tem interesse sem receber informação PerfilUtilizador- (UserProfile-) (este atributo é opcional) e termos descritivos dos interesses, os quais podem ser criados de diferentes formas, de acordo com a Figura 4.5:

« IR -Q u e ry»P e rgu nta

- fra se [* ] : S tri n g- d e scri çã o : S tri n g- m e ta d a ta : S tri n g- ca te g o ri a [* ] : In t- te rm o [* ] : S tri n g- fre q u ê n c i a : S h o rt

« IR -Q u e ry»Tópic o(TR E C )

- te rm o [* ]: S tri n g- d e scri çã o : S tri n g- m e ta d a ta : S tri n g- n ú m e ro : In t- t í tu l o : S tri n g- ca m p o n a rra t i vo : S tri n g

« IR -Q u e ry»P e rgunta A dhoc

- te rm o [* ] : S tri n g

« IR -Q u e ry»P e rgunta S is te m a C la s s ific a ç ã o

- d e scri çã o [* ] : S tri n g- ca te g o ri a [* ] : S tri n g- n o m e : S tri n g

« IR -Q u e ry»C orre c tor

O rtográ fic o0 ..1

0 ..1

0 ..1

0 ..1

Page 119: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 4 – Biblioteca de Modelos Abstractos para Sistemas de IR - 103 -

− PerfilUtilizador+livre (UserProfile+Free): o utilizador introduz termos livres.

− PerfilUtilizador+SistemaClassificação (UserProfile+ClassifiedSpace): o utilizador escolhe categorias de um sistema de classificação apropriado.

− PerfilUtilizador+Colaborativo (UserProfile+Colaborative): o utilizador avalia assuntos numa escala previamente definida. O atributo rate guarda o tema e a respectiva classificação, numa matriz (1x2, primeiro campo identifica objecto a classificar e o segundo campo a nota dada (i.e. avaliação feita)).

− PerfilUtilizador+Comunidade (UserProfile+Community): o utilizador pela navegação no espaço das comunidades existente escolhe a comunidade com que mais se identifica, sendo associado ao seu perfil a identificação da comunidade e o perfil central da comunidade.

« IR -Use rP ro fi l e »P e rfi lU tl i l iza dor

- e m a i l : S tri n g- p e ri o d i c i d a d e : In t- p a ssw o rd : S tri n g- fre q u ê n c i a : S h o rt

« IR -Use rP ro f i l e »P e rfi lU ti l iza dor-

- te rm o [* ] : S tri n g- ca te g o ri a [* ] : S tri n g

« IR -Use rP ro f i l e »P e rfi lU ti l iza dor+ C om unida de

- te rm o [* ] : S tri n g- d a ta cri a çã o : D a te- n o m e : S tri n g

« IR -Use rP ro f i l e »P e rfilU ti liza dor+ L iv re

- te rm o [*] : S tri n g

« IR -Use rP ro f i l e »P e rfi lU ti l iza dor+ C o la bora tiv o

- n o ta : M a tri x

« IR -U se rP ro f i l e »P e rfi lU ti l iza dor+ S is te m a C la s s ific a ç ã o

- te rm o [* ] : S tri n g- ca te g o ri a [* ] : S tri n g- n o m e : S tri n g

« IR -Q u e ry»Corre c tor

O rtográ fic o 0 ..1

0 ..10 ..10 ..1

0 ..10 ..1

0 ..1

Figura 4.5: Caracterização do perfil de um utilizador.

O Perfil Utilizador captura um conjunto de interesses estáveis associado a cada utilizador. A sua correcta representação assume um papel determinante (Ferreira, 2001):

− No sistema de filtragem: o Perfil Utilizador é usado para conduzir ao utilizador a informação relevante, nomeadamente sobre novos documentos aos utilizadores ou, ainda, informação sobre a alteração de documentos e perfis de outros utilizadores.

− No sistema de pesquisa: o Perfil Utilizador pode ser usado para ordenar os resultados de acordo com os interesses do utilizador.

− No controlo do acesso à informação no sistema de pesquisa: o Perfil Utilizador permite resolver o problema do acesso restrito a determinada informação.

O Perfil Utilizador é construído da mesma forma que a pergunta, mas dado o seu carácter

Page 120: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 4 – Biblioteca de Modelos Abstractos para Sistemas de IR - 104 -

estável ao longo do tempo, permite usar melhor os algoritmos de retroacção do utilizador aos resultados que lhe são fornecidos. Isto permite que os termos do Perfil Utilizador venham com pesos associados.

Para além do sistema de classificação os utilizadores têm igualmente disponível um conjunto de comunidades já existentes tendo a possibilidade de escolher o Perfil Utilizador central da comunidade com que mais se identificam.

O Perfil Utilizador negativo é criado e mantido da mesma forma que o Perfil Utilizador chamado positivo, evitando assim que o utilizador receba informação sobre temas nos quais não está definitivamente interessado.

A mudança de interesses resolve-se permitindo o acesso do utilizador ao seu Perfil Utilizador, sendo possível a este apagar e acrescentar termos que considere relevantes.

Os principais aspectos de um Perfil Utilizador são a normalização e a retroacção do utilizador.

A normalização dos termos é feita segundo duas vertentes: (1) interface com um sistema classificado e comunidades identificadas, permitindo ao utilizador retirar facilmente os termos disponíveis neste espaço classificado; (2) construção de uma função de normalização que é aplicada na criação dos representativos dos documentos e na normalização dos termos indicados pelo utilizador, construída à custa de técnicas de aprendizagem (Mitchell, 1997).

O objectivo da normalização é evitar o desencontro dos termos usados para representar os documentos e as necessidades de informação, através do uso de palavras diferentes para representar o mesmo conceito.

Por outro lado, a retroacção do utilizador, é usada para expandir termos do Perfil Utilizador, alterando os pesos atribuídos, i.e., para permitir um refinamento incremental do Perfil Utilizador (vid. Processo optimização).

4.2.4 IR-Index

Um índice (IR-Index) é um representativo do(s) documento(s), obtido através do processo de indexação, sendo caracterizado na Figura 4.6. Um índice tem dimensões inferiores ao documento e é construído com base nas propriedades estatísticas do mesmo, sendo este usado posteriormente no processo de comparação. Propõe-se um índice mais geral que possa ser usado pelos diferentes processos de comparação. Este índice pode ser convertido para um índice específico, ao calcular-se os pesos dos termos de acordo com

Page 121: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 4 – Biblioteca de Modelos Abstractos para Sistemas de IR - 105 -

um determinado algoritmo optimizando o índice a um determinado algoritmo usado no processo de comparação.

« IR -In d e x»Índ ic e G e ra l

- n u m e ro d o cu m e n to : In t- U RL : S tri n g- tí tu l o : S tri n g- fra se : S tri n g- te rm o [* ]: S tri n g- n u m e ro te rm o d o cu m e n to : In t- fre q u ê n c i a te rm o d o cu m e n to : In t- ta m a n h o d o cu m e n to : In t

« IR -In d e x»Índ ic e E s pe c ífic o

- n u m e ro d o cu m e n to : In t- U R L : S tri n g- t í tu l o : S tri n g- f ra se : S tri n g- te rm o [* ] : S tri n g- n u m e ro te rm o d o cu m e n to : In t- p e so te rm o d o cu m e n to (fu n çã o m é to d o ): S h o rt- ta m a n h o d o cu m e n to : In t

Ín d i ce g e ra l , p o d e n d o se r u sa d o p e l o s d i ve rso s p ro ce sso s d e co m p a ra çã o

Ín d i ce o ri e n ta d o p a ra u m d e te rm i n a d o m é to d o d e p e sq u i sa .A l g u n s d o s a tri b u to s p o d e m n ã o se r u sa d o s.

Figura 4.6: Atributos da classe abstracta Índice.

4.2.5 Espaço Conhecimento

4.2.5.1 Sistemas de Classificação

Os sistemas de classificação constituem o espaço do conhecimento previamente elaborado e usado com o objectivo de melhorar os resultados. Os Sistemas de classificação têm uma estrutura hierárquica, ilustrada na Figura 4.7, onde existe uma relação de ordem entre as diferentes categorias identificadas expressas pelo nívelpai e nívelfilho. O atributo id_no serve para identificar termos ou categorias repetidos noutra hierarquia.

Figura 4.7: Diagrama de classes de um sistema de classificação.

Na Figura 4.8, identifica-se um modelo do sistema de classificação aplicado a um caso concreto do sistema de classificação da ACM. No Capítulo 6, será implementado um sistema de classificação, baseado no Yahoo.

« IR -C la ssi f i e d S yste m »D e s c riç ã o

- te rm o [* ]: S tri n g- f i l e p a th : S tri n g- Id _ n o : In t

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »C a te go ria

- n o m e : S tri n g- U R L : S tri n g- n íve l p a i : In t- Id _ n o : In t- n íve l : In t- f i l e p a th : stri n g- n íve l c l a ssi f i ca çã o : In t

« IR -C la ssi f i e d S yste m »S is te m a C la s s ific a ç ã o

- n o m e : S tri n g- d e scri çã o : S tri n g 1 ..*11 ..*1

+ p a i 1 . .*

S u b -C a te g o ri a

+ f i l h o *

Page 122: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 4 – Biblioteca de Modelos Abstractos para Sistemas de IR - 106 -

Figura 4.8: Vista parcial do Sistemas de Classificação da ACM e respectivos atributos.

4.2.5.2 Comunidades (Agrupamentos de Perfis)

O estabelecimento de comunidades é outro grande desafio (Ferreira 1997, 2001), (Kumar et al., 1999; Mukherjea, 2000a), sendo este um conceito bastante importante ao qual se podem atribuir várias aplicações: escolha de um Perfil Utilizador, informação valiosa para criadores e distribuidores de informação, difusão de informação a comunidades tipo identificadas. O processo de identificação de comunidades automático encontra-se definido na Figura 4.9, no qual o sistema de comparação vectorial, vai efectuar as comparações dos perfis uns com os outros. As semelhanças entre perfis serão tratadas inicialmente com base numa função distância (produto interno vectores, ou seja medida do co-seno) e avaliadas posteriormente com base na experiência e na singularidade dos assuntos tratados. Tratando-se de um tema complexo, estas comunidades só ficam efectivas após a decisão de uma autoridade humana, Figura 4.10.

Da mesma forma que existe um sistema que informa: (1) chegada de novos documentos relevantes; (2) quando um novo Perfil Utilizador é criado, todos os elementos das comunidades às quais esse novo utilizador possa pertencer são informados.

« IR -C l a ssi f i ca ti o n S yste m »AC M :S is te m a Cla s s ific a ç ã o

: :S i s te ma C l a ssi f i ca çã o- f i l e p a th = c:a cm .tx t :

« IR -C l a ssi f i ca t i o n S yste m »H :C a te goria

: :Ca te g o ri a- n o m e = In fo rm a ti o n S yste m s: - n íve l f i l h o = 2 : - f i l e p a th = c :a cm _ ca te g o ri a .tx t: - n íve l p a i = 0 :

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »:De s c riç ã o

: :De scri çã o- te rm o [1 ]= C l u ste ri n g : - te rm o [2 ]= In fo rm a t i o n F i l te ri n g : - te rm o [3 ]= S e a rch P ro ce ss: - te rm o [4 ]= S e l e c ti o n P ro ce ss: - f i l e p a th = c:a cm _ te rm o .tx t:

« IR -C l a ssi f i ca t i o n S yste m »C :C a te goria

: :C a te g o ri a- n o m e = C o m p u te r S yste m O rg a n i za t i o n : - n íve l f i l h o = 2 : - f i l e p a th = c :a cm _ ca te g o ri a . tx t: - n íve l p a i = 0 :

« IR -C l a ssi f i ca ti o n S yste m »H .3 :Ca te gor ia

: :Ca te g o ri a- n o m e = In fo rm a ti o n S to ra d g e a n d Re tri e va l : - n íve l f i l h o = 3 : - f i l e p a th = c:a cm _ ca te g o ri a .tx t : - n íve l p a i = 1 :

« IR -C l a ssi f i ca ti o n S yste m »H.3 .3 :C a te goria

: :Ca te g o ri a- n o m e = In fo rm a ti o n S e a rch a n d R e tri e va l : - n íve l f i l h o = : - f i l e p a th = c :a cm _ ca te g o ri a .tx t: - n íve l p a i = 2 :

Page 123: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 4 – Biblioteca de Modelos Abstractos para Sistemas de IR - 107 -

Figura 4.9: Processo automático de criação de Comunidades.

A comunidade é identificada pelo vector central do grupo e tem os mesmos atributos do Perfil Utilizador aos quais se adiciona um campo para identificar o nome da comunidade.

C om unida de

- p e rf i l ce n tra l : V e c to r- p e rf i l u t i l i za d o r[* ]: V e c to r

« IR -C o m u n i ty»C om unida de

- p e rf i l ce n tra l : V e c to r- p e rf i l u t i l i za d o r[* ]: V e c to r

« IR -A u th o ri ty»A v a lia

Figura 4.10: Processo externo de avaliação das comunidades identificadas de forma automática pelo

sistema.

4.2.6 IR-Result

O resultado consiste numa lista de documentos, ordenada por uma medida de relevância. É o resultado do processo de comparação e encontra-se caracterizado na Figura 4.11.

Figura 4.11: Atributos da classe abstracta Resultado.

4.3 Modelos de Processos

O processo designa um conjunto de actividades, que são executadas de forma sistemática e uniformizada que a partir de um conjunto de inputs (neste caso informação) produzem um conjunto de outputs (resultados) (Silva 05). Os principais processos foram identificados no Capítulo 3 e de uma forma geral descritos no Capítulo 2. Vamos apenas descrever o processo de indexação, ilustrado na Figura 4.12, o qual é constituído por diversos processos.

O processo de indexação, tem como primeiro passo o transformar os diferentes formatos nos quais os documentos podem ser arquivados para num formato padrão (habitualmente

« IR -U se rP ro fi l e »P e rfil U til iza dor

- p e rf i l u t i l i za d o r[* ] : V e c to r

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»V e c toria l

C om unida de

- p e rf i l ce n tra l : V e c to r- p e rf i l u t i l i za d o r[* ]: V e c to r

« IR -A l g o ri th m »C o-s e no

c l u ste rve c to r

* 1

« IR -R e su l t»R e s u lta do

- f i l e p a th : S tri n g- su m á ri o : S tri n g- m e d i d a re l e vâ n c i a : S h o rt

Page 124: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 4 – Biblioteca de Modelos Abstractos para Sistemas de IR - 108 -

texto) o qual permita o sistema manipular. Os processos consistem na identificação dos campos necessários para a construção do índice. É denominador comum a identificação do conjunto de palavras (termos) dos documentos. A quantidade e o tipo de termos são função do processo a implementar. Os processos identificados na Figura 4.12 foram descritos no Capítulo 2 ou ainda na página pessoal.

« IR -In d e xP ro ce ss»M uda rForm a to

« IR-In d e xP ro ce ss»Ind e ntific a ç ã oTítu lo

« IR -In d e xP ro ce ss»Da d os E s ta tís tic os

« IR-In d e xP ro ce ss»Ide ntific a ç ã oFra s e s

« IR-In d e xP ro ce ss»Id e ntific a ç ã oU RL

« IR -In d e xP ro ce ss»R a dic a liza ç ã o

« P ro ce sso In d e xa çã o »Ide ntific a ç ã o_ Te rm os

« IR-In d e xP ro ce ss»R e m ov e rS to pW ord

« IR -In d e xP ro ce ss»Lis ta S topW ord

- te rm o [*]: S tri n g- l i n g u a : S tri n g

« IR -A l g o ri th m »A lgor itm oR a dic a liza ç ã o

- n o m e : S tri n g- l i n g u a : S tri n g

« IR -In d e xP ro ce ss»Lis ta S top UR L

- U RL [*]: S tri n g- l ín g u a : S tri n g

« IR -In d e xP ro ce ss»Re m ov e rS topU R L

« IR In d e xP ro ce ss»A rm a ze na r

O u tp u t: fre q u ê n c i a te rm o s d o cu m e n to sn º te rm o s co l e cçã o ; n º te rm o d o c; n º d o c n a co l e cçã o

In i c i a l

« IR -Co l l e c t i o n »:Co le c ç ã o

« IR-In d e x»:Índ ic e

« IR-A l g o ri th m »:A lgo ritm oRa dida liza ç ã o

F i n a l

« IR -T h e sa u ru s»:D ic ioná r io

1

1

Figura 4.12: Processo de indexação de um documento.

4.4 Conclusões

Neste capítulo descreveram-se as principais classes abstractas e processos dos sistemas de recuperação, tendo por base a linguagem de IR definida no capítulo anterior. Estas classes servem de base a outras que, em conjunto, disponibilizam um conjunto de bibliotecas para a concepção e construção de sistemas de IR. Foram também caracterizados os principais sistemas, tendo em conta a linguagem definida. No próximo capítulo vamos identificar uma infra-estrutura e uma metodologia para criar os diferentes sistemas de IR.

Page 125: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 109 -

Capítulo 5

5 Metodologia para a Concepção e Construção de

Sistemas de IR

Este capítulo descreve a metodologia proposta para a concepção e construção de um sistema de IR, usando a linguagem IR (vid. Capítulo 3), a biblioteca de modelos abstracta para IR (vid. Capítulo 4) e uma infra-estrutura disponível (OpenFTS).

5.1 Motivação

Actualmente não existe uniformização de conceitos de sistemas para a IR, pois a generalidade da investigação na área da IR é orientada essencialmente para os processos e algoritmos e não para os sistemas. Dos sistemas comerciais pouca informação está disponível e o número de sistemas académicos não é significativo, sendo habitualmente desenvolvidos por grupos de investigação, da área de IR, orientados essencialmente aos processos e aos algoritmos (vid. Secção 2.8).

O objectivo proposto neste trabalho é conceber e criar sistemas que se possam adaptar às diferentes necessidades dos utilizadores de sistemas de IR e contribuir desta forma para o desenvolvimento da IR. Os principais desafios na construção de sistema de IR são:

− Capacidade de armazenamento e manipulação de informação. Devido à grande quantidade de informação, é necessário construir representativos que permitam aceder aos documentos de uma forma rápida e fiável. Este problema é comum a todos os sistemas de recuperação.

− Capacidade de poder computacional para suportar a comparação entre os representativos de informação e as necessidades de informação dos utilizadores. Existem diversos algoritmos de comparação, que implementados no sistema permitem explorar diferentes abordagens. A forma de comparação ou a introdução de módulos de combinações, classificação e o cálculo das medidas de hubs e autoridades são as principais diferenças entre os sistemas de recuperação criados.

− Permitir a melhoraria dos resultados, pela introdução de processos de optimização,

Page 126: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 110 -

entre os quais se destacam os algoritmos de retroacção e de combinação de resultados. Nesta linha de pensamento é interessante incluir o uso do espaço de conhecimento, nomeadamente os sistemas de classificação, dicionários e comunidades.

− Satisfazer o utilizador, ou seja, encontrar a generalidade dos documentos relevantes.

− Se for um sistema de teste deve operar num ambiente controlado, de forma a poder medir-se o desempenho ou eficácia do sistema.

5.2 Metodologia

A metodologia, para além da sequência de etapas e procedimentos recomendados para serem aplicados durante o processo de desenvolvimento de sistemas de informação (neste caso sistemas de IR), inclui a utilização de um conjunto de ferramentas, técnicas e notações (Booch 94), adaptados à IR.

Figura 5.1: Principais actores na produção de sistemas de IR

As metodologias orientam o processo de construção, permitindo o desenvolvimento de sistemas melhor adaptado às necessidades específicas dos seus utilizadores.

A metodologia proposta é orientada ao desenvolvimento de IR-System, sendo apresentada na Figura 5.2 uma visão geral e simplificada do fluxo de actividades. São evidenciados os principais actores e as suas respectivas actividades, ilustrados na Figura 5.1:

P roduç ã o S is te m a s IR

A rqu ite c toE ng. R e qu is itosM ode la dor

C lie n te \U til iza dorP rogra m a dor

In te gra dor

Page 127: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 111 -

− O Arquitecto é responsável pela definição: (1) da linguagem IRML (vid. Capítulo 3); (2) dos modelos abstractos de IR (vid. Capítulo 4); (3) da selecção da plataforma IR (vid. Capítulo 6); (4) processos/templates de geração (vid. Secção 5.2.1).

− O Engenheiro de Requisitos é o responsável pelo levantamento dos requisitos, Na Engenharia de Requisitos, primeira fase do ciclo de vida do desenvolvimento de software, um dos grandes desafios é a obtenção de requisitos que sejam os mais precisos possível para possibilitarem um bom entendimento do que é desejado e esperado do produto final do processo (Sommerville 1997), (Kotonga 1998) e (Zanlorenci 1998).

− O Modelador (designer) responsável pela concepção do sistema de IR. É realizada a definição detalhada da arquitectura global da solução (módulos, tabelas, interface, máquinas, etc).

− O Programador tem a tarefa de programação dos diversos componentes do sistema por meio da abordagem MDA.

− Integrador, é necessário a intervenção do engenheiro de testes e de integração para planear e realizar os vários testes e garantir que os requisitos são suportados de acordo com os níveis de qualidade inicialmente definidos. (Esta intervenção está sugerida ao nível da actividade “Preparar, Realizar Testes e Integração de Sistemas de IR”).

O presente trabalho de investigação aplica a metodologia até ao papel do modelador.. De acordo com a metodologia, o ênfase deve ser reforçado nas actividades de concepção e projecto e, consequentemente, o esforço nas actividades de produção deve ser minimizado e realizado tanto quanto possível de forma automática, tal como acontece noutras indústrias, como por exemplo na indústria automóvel, alimentar ou farmacêutica. Os aspectos relacionados com o “como fazer” são relevantes, mas são tratados principalmente pelos arquitectos de software que são os responsáveis por providenciar arquitecturas elegantes, flexíveis e reutilizáveis.

As principais actividades são ilustradas na Figura 5.2: (1) definição da linguagem IRML (Capítulo 3); (2) definição dos modelos abstractos de IR (Capítulo 4); (3) definição e escolha da infra-estrutura de IR; (4) definição dos templates e do processo de geração do código; (5) levantamento dos requisitos; (6) concepção do sistema; (7) produção do sistema de IR, com base na aproximação MDA; (8) preparação, realização de testes e integração do sistema de IR .

Page 128: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 112 -

Figura 5.2: Metodologia proposta para a concepção de sistemas de IR.

Arquitecto

As actividades realizadas pelo arquitecto de software, ilustradas na Figura 5.2, consistem genericamente na definição de todos aspectos arquitecturais de suporte ao adequado funcionamento do sistema de IR: (1) definição da linguagem IRML; (2) definição dos modelos abstractos de IR; (3) define e selecciona a infra-estrutura existente; (4) definição do template/processo de geração

Note-se que estas actividades desenvolvidas pelo arquitecto são realizadas de forma independente do desenvolvimento específico de cada sistema de informação concreto.

Selecção da Infra-Estrutura

Os sistemas de IR exigem uma base de dados robusta e um processo de indexação eficiente. A construção de raiz deste tipo de módulos tornaria o processo bastante lento e implicaria um elevado volume de trabalho. Dada a oferta existente no mercado, é de bom senso procurar uma infra-estrutura e adaptá-la ao problema em questão. Das alternativas existentes por volta do ano de 2000, e de modo a não implicar encargos

Inte

grad

orM

odel

ador

(Des

ign)

Pro

gram

ador

(Dev

elop

er)

Eng

. Req

uisi

tos

Arq

uite

cto

D e fin e L ing ua g e m IR M L

D e fin e M od e los A bs tra c tos de IR

D e fin e e S e le c c iona In fra -E s trutura d e IR D e fine Te m pla te s /

P roc e s s os de G e ra ç ã o

« IR -L a n g u a g e »:IR M L

L e v a n ta m e nto de R e quis itos

:B ilb io te c a M o de lo s IR

:In fra -E s tru tura IR

:E s pe c ific a ç ã o de R e qu is ito s (O bj e c tiv o s )

C on c e p ç ã o d o S is te m a de IR

:V is ta C a s os d e U ti liza ç ã o (IR M L-b a s e d)

:V is ta In fo rm a ç ã o (IR M L -b a s e d)

:V is ta d e P roc e s s os (IR M L-ba s e d )

e .g . O p e n FT S

P ro duz S is te m a de IR , v ia M D A a p pro a c h

P re pa ra r, R e a liza r Te s te s e In te gra ç ã o d e S is te m a

de IR

« IR -S yste m »:S is te m a IR (qua s e

c o m ple to)

« IR -S yste m »:S is te m a IR (fin a l)

:Te m p la te d e G e ra ç ã o

A rq uite c to

E ng. R e quis itos

M o de la dor (D e s ig n)

P rogra m a d or (D e v e lo pe r)

In te g ra d or

:M otiv a ç ã o

u sa

u sa

p ro d u z

p ro d u z

p ro d u z

b a se a d o e m

Page 129: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 113 -

financeiros e ter uma base de dados robusta (postgresql) e uma estrutura modular, escolheu-se a infra-estrutura OpenFTS baseada na base de dados postgresql (vid. Capítulo 6).

Definição de Templates/Processos de Geração

Esta actividade pode ser decomposta em duas; (1) definição do template de suporte à transformação T2 (vid. Figura 5.6), de modelos em formato XMI para formato XIS/XML; e (2) definição de templates de arquitecturas de software de suporte à transformação T3 (vid. Figura 5.6), de modelos em formato XIS/XML para artefactos digitais, tais como componentes de software. Note-se que estas actividades desenvolvidas pelo arquitecto são realizadas de forma independente do desenvolvimento específico de cada sistema de informação concreto.

Engenheiro de Requisitos

Um requisito é uma afirmação sobre uma funcionalidade ou condição que o sistema deverá possuir (Kotonya98). Para os identificar adequadamente, é aplicado um conjunto de técnicas de modo a obter a percepção detalhada daquilo que o sistema deverá efectuar.

A actividade denominada levantamento das necessidades é composta pelo conjunto de sub-actividades identificado na Figura 5.3. O ponto de partida para a construção de um sistema é a identificação de um problema ou necessidade, a qual pode ser feita através de diferentes técnicas da área da Engenharia de Requisitos, tais como: (1) Identificação do problema, ou seja define-se o problema, define-se o motivo que levou a construção do sistema de IR, o qual se complementa com; (2) a observação da realidade, ou seja a observação das actividades, do funcionamento dia-a-dia, a análise de documentos ou de sistemas legados; (3) entrevistas a utilizadores (entrevistas individuais, reuniões tradicionais, de brainstorming, ou de carácter criativo); (4) prototipagem, elaboração de pequenos protótipos do sistema que permitam validar mais facilmente a percepção obtida;. (5) a definição dos objectivos a atingir com a construção do sistema. Nesta sub-tarefa deve-se expressar sem ambiguidade o que o sistema deve fazer e não como fazer o sistema.

O conjunto de todos os requisitos e funcionalidade de um sistema é reunido num documento designado por Especificação de Requisitos. No final desta actividade deve-se colocar a questão da continuidade do projecto e obter a aprovação do mesmo.

Page 130: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 114 -

Figura 5.3: Sub-actividades do levantamento das necessidades.

5.2.2 Modelador

O objectivo do modelador é conceber sistemas de IR, tendo em conta as actividades anteriormente executadas e a sua tarefa consiste em criar as três vistas propostas na linguagem de acordo com os objectivos identificados. Tendo em conta o seu papel o modelador determina os intervenientes (IR-Actor) e as suas relações com o sistema ilustrados na Vista dos Casos de Utilização, é identificada a informação (Vista de Informação) e os processos de transformação associados (Vista de Processos). Como resultado desta tarefa obtém-se o modelo conceptual do sistema de IR, baseado na linguagem IRML e nos modelos abstractos. O modelo conceptual é criado usando uma ferramenta de modelação UML, em particular foi usada o Enterprise Architect, versão 5.00.764 (EA) nos trabalhos exploratórios deste trabalho.

5.2.4 O Programador

A sua actividade é “Produzir o Sistema de IR, usando a aproximação MDA”, gerando um sistema de IR, quase completo. O programador pode definir componentes específicas, tipicamente código fonte com perfil de fachadas, adaptadores, controladores e lógica de negócio. Os diversos componentes aplicacionais são codificados e testados

A ct i v i d a d e In i c i a l

Ide ntific a ç ã o do P rob le m a

O bs e rv a ç ã o E ntre v is ta s P roto tipa ge m

D e fin iç ã o O bj e c tiv os

A ct i v i d a d e F i n a l

Page 131: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 115 -

de forma isolada, garantindo assim a respectiva correcção interna.

MDA – Model Driven Architecture

O MDA (Model Driven Architecture) é um paradigma de desenvolvimento proposto pela OMG, baseado em especificações como o UML e XMI, cujo objectivo é definir uma abordagem para a especificação de sistemas de informação que separa a especificação UML de domínio de negócio de um sistema em modelos PIM (Platform Independent Model) e da definição de modelos e técnicas de transformação dos PIM para PSM (Platform Specific Model) ver, Figura 5.4

M e ta m ode l

P IM M a pping Te c hn ique s

P IM

P S M

Infra s truc ture

U M L

M O F

O the r La ngua ge s

P S M M a pping Te c hn ique s

P S M to P S M T ra n sfo rm a ti o n

« b a se d o n »

1 ..*

« a re d e scri b e d w i th »

1 ..*

R e fa c to ri n g fro m P S M to P IM

M a p p i n g fro mP IM to P S M

P IM to P IM T ra n sfo rm a ti o n

« i n d e p e n d e n t o f»

« e xp re sse d w i th »

« a re d e scri b e d w i th »

« b a se d o n »« e xp re sse d w i th »

« e xp re sse d w i th »

Figura 5.4: Metamodelo dos principais conceitos subjacentes ao MDA.

A abordagem MDA e os padrões que a suportam permitem que um mesmo modelo PIM, que especifica genericamente a funcionalidade de um sistema, possa ser mapeado noutros modelos PSM utilizado para múltiplas plataformas através da definição de transformações auxiliares, ou de pontos de ligação com plataformas específicas, que permitam diferentes sistemas sejam integrados relacionando explicitamente os seus modelos, suportando a integração, a interoperabilidade e a evolução de diferentes plataformas tecnológicas. Um modelo PIM é um modelo compacto baseado em conceitos arquitecturais, sem informação da tecnologia usada. Ao serem construídos modelos baseados numa linguagem de desenho específica, estes são desenhados com base numa arquitectura.

Um modelo PSM é um estado intermédio entre o modelo PIM e o código fonte, baseado

Page 132: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 116 -

numa linguagem específica para uma plataforma, tendo um grau de detalhe maior que um modelo PIM.

Um aspecto central do MDA é a transformação entre os modelos PIM e PSM, e entre PSM e o código fonte. O MDA oferece alguma liberdade no desenho das transformações entre modelos, particularmente no que diz respeito aos modelos PIM, podendo ser efectuadas manualmente, usando ferramentas interactivas ou automáticas.

Figura 5.5: Transformações entre modelos MDA.

XMI

O XMI (XML Metadata Interchange) é o padrão OMG definido para representar metadados em geral e os dados correspondentes aos modelos definidos em UML, criando uma estrutura de representação de modelos UML. Tem como objectivo a utilização de modelos UML de forma independente das plataformas, repositórios e ferramentas de modelação. Os modelos definidos em XMI podem ser partilhados, entre as diferentes ferramentas de modulação.

Geração do Código e Integração

O objectivo desta actividade é o fazer a função do desenho conceptual do sistema com a infra-estrutura escolhida formando um sistema. Assim, do desenho conceptual, vai ser necessário gerar código para ser integrado na infra-estrutura escolhida, originando-se um sistema modular. O que se propõe é um processo automático (ou quase automático)

P IM

P S M

tra n sfo rm a çã o P S M p a raP S M

re fa ze r P S M p a ra P IM

m a p e a r P IMp a ra P S M

tra n sfo rm a çã o P IM p a ra P IM

Page 133: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 117 -

para geração do referido código, embora este facto seja referido como trabalho futuro da dissertação. Uma aproximação para este problema é a integração no projecto XIS (XIS 2004), o qual têm implementado as transformações designadas por T2 e T3, ilustradas na Figura 5.6:

− T2: consiste na transformação de modelos especificados segundo o XMI para modelos equivalentes de acordo com o formato XIS/XML. Esta segunda transformação é conveniente devido ao facto dos modelos especificados em XMI serem muito extensos, complexos e difíceis de entender e de manipular. A transformação é realizada por um parser XSLT com base em scripts XIS/XSL.

− T3: consiste na geração de múltiplos artefactos a partir dos modelos especificados em XIS/XML e tendo em conta uma determinada arquitectura de software (SoftArch). O gerador de código, XISGenerator, apresenta as propriedades de ser genérico, modular e versátil, e é o elemento chave da transformação T3.

M ode lo Conc e ptua l

P roc e s s a dor X M I

X M IP roc e s s a dor X S LT

X M L (X IS )

G e ra dor C odigo

Te m pla te s de G e ra ç ã o

« IR-S yste m »S is te m a IR

T ra n sfo rm a çã o (T 1 )

T ra n sfo rm a çã o (T 2 )

T ra n sfo rm a çã o (T 3 )

Figura 5.6: Processo de geração de código.

Aspectos da Transformação T3

É evidente que existem vários aspectos relevantes nas transformações referidas, em particular na transformação T3, que merecem uma explanação mais detalhada. Referimos aqui apenas dois aspectos relevantes relativamente à transformação T3: (1) repositório de suporte; e (2) geração iterativa e incremental. Para mais informação ver (XIS 2004).

Repositório de Suporte

Embora sugerido visualmente na Figura 5.6 (por motivos de simplicidade), na realidade a transformação T3 não é executada directamente a partir da especificação XIS/XML. De facto, o processo T3 é mediado com informação mantida no repositório XIS. Ou seja, T3 deve ser visto mais correctamente pela aplicação de dois sub-processos sucessivos.

Page 134: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 118 -

Primeiro, um processo relativamente simples (T3.1), responsável por carregar o repositório XIS a partir da especificação XIS/XML. Segundo, um processo bastante mais complexo (T3.2), responsável pela geração dos artefactos de software constituintes de um determinado sistema de informação. O processo T3 é, por conseguinte baseado, na informação mantida no repositório XIS e na arquitectura de software previamente seleccionada.

O repositório XIS é suportado por um SGBD relacional, apresentando um modelo de dados relativamente complexo para suportar de forma flexível o armazenamento e gestão de uma variedade de elementos, designadamente: (1) Os elementos constituintes do metamodelo XIS (i.e., definidos quer ao nível do perfil (linguagem IRML), como por exemplo: entidades, atributos, enumerados, controladores, transições, eventos, ou entidades de negócio; (2) os elementos de suporte ao próprio processo de geração, tais como: arquitecturas, aplicações, processos e etapas de geração, opções de geração, artefactos, tipos de artefactos.

Geração Iterativa e Incremental

Um dos problemas das abordagens clássicas de geração de artefactos reside no facto de nem sempre se conseguir delimitar a abrangência da sua acção, adoptando-se geralmente estratégias do tipo “tudo-ou-nada”. Ou seja, quando se conclui que a especificação original não estava correcta (ou quando deixou de estar porque os requisitos foram alterados...) a abordagem clássica consiste na re-geração de “todos” os artefactos envolvidos a partir das novas versões das especificações. Esta estratégica pode funcionar adequadamente em sistemas relativamente pequenos e com poucas dependências. Mas em sistemas maiores, constituídos por múltiplas componentes partilhadas, a situação poderá tornar-se facilmente incontrolada. De forma a contornar este tipo de problemas, o processo de geração do XIS preconiza uma abordagem mais fina, do tipo iterativa e incremental, consistindo na prática na possibilidade do arquitecto ou do programador poder definir o processo de geração à custa de várias etapas, em que para cada uma são determinados quais os artefactos/componentes correspondentes que deverão ser alvo de geração.

5.2.5 Integrador

Executa a actividade preparar, realização de testes e integração do sistema de IR.

O sistema final de IR, que consiste na adequada integração e utilização dos múltiplos artefactos gerados (e.g., ficheiros de código Java, JSP, HTML, XML, scripts SQL, ASPX, SPX, ou de documentação).

Testes: o objectivo é avaliar a adequada correcção e funcionamento de todos os

Page 135: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 119 -

componentes do sistema, principalmente os executáveis. A verificação consiste na confirmação que a codificação/implementação do sistema está conforme (correcta) a especificação técnica produzida na fase do desenho. Os testes devem ser realizados em condições idênticas ao que o sistema real irá possuir.

Integração: esta tarefa inclui todas as actividades de desenvolvimento do sistema propriamente dito, ou seja, aquelas que estão relacionadas com a concretização do modelo de desenho produzido.

5.2.6 Lista tarefas mínimas para a concepção de sistemas de IR

A metodologia vai ser testada numa primeira fase com a concepção de diferentes aplicações de IR. Nesta fase inicial serão identificados cinco tarefas para a concepção de sistemas de IR: (1) Identificação do problema (Motivação); (2) Definição de objectivos; (3) Identificação dos Casos de Utilização; (4) Vista de Informação; (5) Vista de Processos. Estas tarefas são identificadas como indispensáveis a concepção de sistemas de IR

5.3 Aplicações

A metodologia destina-se à concepção de sistemas de IR e posterior construção de sistemas segundo a abordagem MDA de forma automática.

Para testar e provar a utilidade da referida metodologia, são concebidos e construídos um conjunto de sistemas de IR, os quais se podem dividir em duas grandes áreas, ilustrado na Figura 5.7: (1) académicos, destinados à investigação, onde se construiu uma plataforma de teste WebSearchTester (WST) (descrito no Capítulo 6); (2) sistemas comerciais (vid. Capítulo 7).

A plataforma WST serviu de base aos sistemas construídos. Apesar de não ter sido gerado código para cada um dos sistemas, foram usados diferentes módulos da plataforma. Este facto mostra duas direcções em que se pode trabalhar: (1) usando módulos (programas) existentes, aos quais se fazem alterações; e ou (2) estudar mecanismos para a partir dos diferentes modelos conceptuais gerar-se código de forma automática.

Page 136: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 120 -

A plic a ç õ e s da M e to dolog ia

Ac a dé m ic o Co m e rc ia is

Ca p ítu l o 7 (S i ste m a s C o n stru íd o s)A p e n d i ce C .1 (S i ste m a s Co n ce b i d o s: M yC l a ssi f i ca to r)

« IR -S yste m »W e bS e a rc hTe s te r

P l a ta fo rm a d e T e ste , p a ra P ro ce sso s d e IR .D e scri çã o C a p ítu l o 6 ; R e su l ta d o s C a p ítu l o 8 e A p ê n d i ce s D e E .

S i ste m a d e d i ca d o à i n ve st i g a çã o

« IR -S yste m »M yN e w s P a p e r

« IR -S yste m »M yTv

« IR -S yste m »M yE nte rpris e N e w s

« IR -S yste m »M yCla s s ific a to r

« IR -S yste m »S is te m a P e s q uis a 3 ªG e ra ç ã o

« IR -S yste m »S is te m a P e s quis a TM

« IR -S yste m »M yC om b in e dF ilte r

« IR -S yste m »M yC om b in e dC la s s ific a tor

A p ê n d i ce C .2 e C .3 (A p e n a s S i ste m a C o n ce p tu a l )

Figura 5.7: Aplicações da metodologia proposta.

5.4 Sistemas Padrão de IR

Apresenta-se nesta secção, por aplicação da metodologia, a descrição dos sistemas de IR é feita usando a linguagem e os modelos abstractos propostos. São propostos três principais tipos de sistema de IR, conforme ilustrado na Figura 5.8:

Figura 5.8: Principais sistemas de pesquisa.

5.5.1 Sistema de Pesquisa de Informação

Motivação e Objectivo

Como vamos tratar sistemas padrões, a motivação vem identificada nos objectivos. O sistema de pesquisa tem como objectivo satisfazer necessidades momentâneas de informação de um determinado utilizador.

« IR -S yste m »S is te m a R e c upe ra ç ã o In form a ç ã o

« IR -S yste m »S is te m a P e s quis a In form a ç ã o

« IR -S yste m »S is te m a Filtra ge m Inform a ç ã o

« IR -S yste m »S is te m a C la s s ific a ç ã o In form a ç ã o

Page 137: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 121 -

Figura 5.9: Vistas para caracterizar um Sistema de Pesquisa.

Vista Casos Utilização

Figura 5.10: Vista dos casos de utilização de um sistema de pesquisa de informação.

Os actores (IR-Actors) de um sistema de pesquisa, ilustrados na Figura 5.10, são os seguintes:

− O Utilizador (IR-User), o qual tem de expressar a sua necessidade de informação (momentânea – Pergunta) por um conjunto de termos livres ou ainda pela escolha de termos ou categorias de um espaço classificado previamente escolhido. Pode interagir com o sistema dando retroacção aos resultados obtidos pelo sistema. A lista ordenada de documentos vem, habitualmente, ordenada por uma medida de relevância.

− O Autor (IR-Producer) é o produtor de informação, que o sistema arquiva sob a forma de uma colecção.

− A Autoridade (IR-Authority) responsável por criar e manter o espaço do conhecimento (e.g. sistemas de classificação, dicionário).

« IR -S yste m »S is te m a d e P e s q uis a d e In form a ç ã o

+ IR -In fo rm a ti o n V i e w+ IR -P ro ce ssV i e w+ IR -U se C a se V i e w

U til iza dor

D e fine P e rgunta

In troduz te rm os

E s c o lhe C a te goria s \Te rm os

num E s pa ç o C la s s ific a do

R e c e be lis ta doc um e nto orde na dos por m e d ida de

re le v â nc ia

A utorida de

C ria E s pa ç o C onhe c im e nto

G e re E s pa ç o C onhe c im e nto A utor

P roduz D oc um e nto

R e troa ç ã o R e s u lta dos

E s c o lhe S is te m a C la s s ific a ç ã o

« i n c l u d e »

« e xte n d »

« e xte n d »

Page 138: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 122 -

Vista da Informação

« IR -T h e sa u ru s»D ic ioná rio

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »S is te m a C la s s ific a ç ã o

« IR -Co l l e ct i o n »Cole c ç ã o « IR -In d e x»

Índ ic e

« IR -Q u e ry»P e rgunta

« IR -R e su l t»D oc um e ntoR e le v a nte

« IR -Co l l e c ti o n »C ole c ç ã oTe s te « IR -Co l l e c ti o n »

Cole c ç ã oX« IR -S yste m »

S is te m a P e s qu is a+ i n p u t

p ro ce sso i n d e xa çã o >

+ i n p u t

u sa

+ i n p u t

p ro ce ssoi n d e xa çã o >

+ i n p u ti d .fra se s

re ce b e

+ i n p u t

u sa

+ i n p u t< p ro d u z+ o u tp u t

u sa

+ i n p u t + i n p u t

co rri g e e rro so rto g rá fi co s

Figura 5.11: Vista de Informação de um sistema de pesquisa.

A informação de um sistema de pesquisa encontra-se ilustrado na Figura 5.11 e é constituída por: colecção de documentos, colecção de teste, índice, dicionário, pergunta, sistema de classificação e resultado. Uma colecção, a qual pode ser uma colecção de teste (para estimar parâmetros) ou uma colecção para se efectuar a pesquisa de informação. Os atributos são inerentes à classe abstracta colecção. Esta colecção é reduzida pelo processo de indexação para um índice representativo da colecção. Um dicionário pode assistir o processo de indexação ou à formulação da pergunta. A pergunta representa as necessidades momentâneas de informação de um utilizador e pode ser expressa pela: (1) introdução de termos livres; (2) ou pela escolha de termos ou categorias num sistema de classificação. O sistema de classificação pode ser usado no processo de comparação de representativos.

Vista dos Processos

Os processos associados a sistemas de pesquisa ilustrados na Figura 5.12 são os seguintes:

− Processo de Indexação: transforma os documentos nos seus representativos de menores dimensões (índice). Este processo usa os seguintes sub-processos: (1) conversor para formato texto; (2) são definidos e extraídos os campos que formam o índice (e.g. termos do título, ou do corpo do documento, ou do documento, ou do primeiro parágrafo, etc.), frases, URL. (3) remoção das stop words e URL; (4) redução das palavras a sua forma básica (radicalização); (5) identificação de

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Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 123 -

propriedades estatísticas dos documentos (e.g. frequência termos, número total de documentos, número de termo do documento e da colecção, etc); (6) guardar o índice num meio apropriado, base de dados para ser usada quando for necessário pelo processo de comparação.

« IR -Q u e ry»P e rgunta

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s oC om pa ra ç ã o

+ F2 .1 3 a té F2 .3 1 ()+ F2 .3 a té F2 .5 ()+ F2 .7 a té F2 .8 ()

« IR -O p ti m i za t i o n P ro ce ss»R e troa c ç ã o

+ F2 .9 a té F2 .1 2 ()

« IR -O p ti m i za ti o n P ro ce ss»C om bina ç õe s

+ F2 .3 9 to F2 .4 3 ()

« IR -E st i m a ti o n P ro ce ss»E s tim a r P a râ m e tro

« IR -R e su l t»D oc um e ntoR e le v a nte

« IR -In d e xP ro ce ss»P roc e s s o Inde x a ç ã o

+ co n ve rso rfo rm a to ()+ re m o ve rsto p l i stw o rd ()+ ra d i ca l i za çã o ()+ e sta t íst i ca ()+ i d e n t i f i ca d o rca m p o ()

+ ín d i ce re ce b e

l i sta d o c. o rd e n a d o s p o rm e d i d a d e re l e vâ n c i a

+ o u tp u t

+ i n p u t

m u d a p e so s te rm o s

+ p a râ m e tro

u sa

+ fó rm u l a s

re -o rd e n a re su l ta d o s

+ te rm o s

re ce b e

Figura 5.12: Vista de processos de um sistema de pesquisa.

− Processo de Comparação, por meio de um algoritmo (ver Fórmulas F2.3 a F2.5, F2.7 a F2.8, F2.13 a F2.31 ou eventualmente outras) compara o índice com a pergunta feita por um utilizador, resultando uma lista de documentos ordenada segundo uma determinada medida de relevância.

− Processo de Optimização pode ser decomposto no processo de retroacção cujo objectivo principal é alterar os representativos das necessidades de informação e dos documentos e na combinação de resultados, sendo este processo aplicado na manipulação dos resultados obtidos. Existe grande diversidade de fórmulas para este tipo de algoritmos. No nosso sistema padrão foi implementado o algoritmo de retroacção de Rocchio (F2.12) e a Fórmula da pseudo-retroacção (F6.1).Para combinação de resultados foram implementadas as Fórmulas F2.40 a F2.45).

− Estimar Parâmetro é um processo necessário a alguns algoritmos de comparação, nomeadamente os modelos linguísticos, regressão logística que, com base numa

Page 140: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 124 -

colecção de teste, estimam parâmetros necessários para o algoritmo de comparação definido.

5.4.2 Classificação (Catalogação) de Informação

Motivação e Objectivos

Figura 5.13: Vistas para caracterizar o Sistema de Filtragem de Informação.

O objectivo deste tipo de sistema é identificar os documentos relacionados dado um determinado sistema de classificação escolhido e para cada uma das categoria existente. A organização do conhecimento (classificação de informação) é um processo que permite estruturar conceitos num grupo ordenado de categorias (i.e. taxionomia) de uma forma que possa ser entendido pelos interessados. Quando se nos depara um fenómeno pela primeira vez tentamos compreende-lo, compará-lo com aquilo que conhecemos e tentamos identificar padrões conhecidos, categorizando-o de acordo com um sistema de referência que nos é familiar e, consequentemente, “transformando impressões isoladas e incoerentes em objectos e padrões” (Langridge, 1992).

A Catalogação é o processo de classificação de informação em que se coloca a informação em categorias pré-definidas (as quais são previamente determinadas de acordo com as características do assunto).

Vista de Casos de Utilização

Os actores (IR-Actor) de um sistema de classificação são os seguintes (ilustrados na Figura 5.14):

− Utilizador (IR-User): escolhe sistema classificação disponível e pela navegação no espaço catalogado identifica documentos relacionados com a categoria(s) do seu interesse.

− Autor (IR-Producer): o autor produz os documentos, os quais são catalogados nos diferentes sistemas de classificação disponíveis.

− Autoridade (IR-Authority): é responsável por criar, implementar e manter os diferentes sistemas de classificação disponíveis. Valida ou altera sempre que necessário os documentos catalogados pelo sistema.

« IR -S yste m »S is te m a de F iltra ge m de In fo rm a ç ã o

+ IR -In fo rm a ti o n V i e w+ IR -P ro ce ssV i e w+ IR -Use C a se V i e w

Page 141: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 125 -

U tiliza do r N a v e g a S is te m a C la s s ific a do

A utorida d e

C ria S is te m a C la s s ific a ç ã o

C ria C o le c ç ã o Te s te

A utor

P rodu z D oc um e nto

E s c olhe S is te m a C la s s ific a ç ã o

V a lida C a ta loga ç ã o

U s a S is te m a pa ra C a ta loga r

D oc um e ntos

E s c o lhe S is te m a de C la s s ific a ç ã o

D is p onív e l

Figura 5.14: Diagramas de casos de uso de um sistema de catalogação.

Vista de Informação

« IR -C o l l e c ti o n »C ole c ç ã o

« IR -S yste m »S is te m a C la s s ific a ç ã oIn form a ç ã o

« IR -C o l l e c ti o n »C ole c ç ã o

« IR -C o l l e c ti o n »C ole c ç ã oTe s te

« IR -R e su l t»D oc um e ntoC a ta loga do

- ca te g o ri a [* ] : M a tri x- n íve l p a i : In t- n íve l f i l h o : In t

« IR -In d e x»Índ ic e C ole c ç ã oR e duz ida

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »S is te m a C la s s ific a ç ã o

« IR -In d e x»Ind ic e C ole c ç ã oTe s te R e duzida« IR -In d e x»

Índ ic e

« IR -In d e x»Índ ic e

+ i n p u t

p ro ce sso i n d e xa çã o

+ i n p u t

p ro ce sso i n d e xa çã o

+ i n p u t

ín d i ce re d u z i d o

+ i n p u t

ín d i ce re d u z i d o

te rm o s + ca te g o ri a s

+ i n p u t

d o cu m e n to s ca ta l o g a d o s

+ o u tp u t

+ i n p u t

p ro ce ssore d u çã od i m e n sã o

+ i n p u t

p ro ce ssore d u çã od i m e n sã o

Figura 5.15: Vista de Informação do sistema de catalogação de informação.

A Figura 5.15 mostra a informação necessária para um sistema de catalogação, a saber: (1) Colecção a catalogar; (2) Colecção de teste para estimar parâmetros do algoritmo de indexação; (3) Índice reduzido. Este é obtido a partir do índice da colecção por meio de algoritmos de redução de dimensão. Esta redução de dimensão é necessária dada a exigência computacional que a maioria dos algoritmos de catalogação requerem. Assim,

Page 142: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 126 -

os representativos dos documentos são reduzidos ao mínimo por um processo de redução de dimensão elaborado com base em algoritmos definidos; (4) Sistema de classificação; (5) O resultado consiste na atribuição para cada categoria do sistema classificado de um conjunto de documentos identificados como relevantes para a categoria em causa.

Vista de Processos

« IR -In d e xP ro ce ss»R e duç ã oD im e ns ã o

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»C a ta loga ç ã o

« IR -A l g o ri th m »A lg oritm oC a ta loga ç ã o

- p a râ m e tro [* ] : In t

+ a l g o ri tm o ()

« IR -E st i m a t i o n P ro ce ss»E s tim a rP a râ m e tro

- p a râ m e tro : In t

« IR -A l g o ri th m »A lgoritm o de R e duç ã o

de D im e ns ã o

+ a l g o ri tm o ()

« IR -In d e xP ro ce ss»IR -Inde x P roc e s s

+ co n ve rso rfo rm a to ()+ re m o ve rsto p l i stw o rd ()+ ra d i ca l i za çã o ()+ e sta tíst i ca ()+ i d e n t i f i ca d o rca m p o ()

« IR -R e su l t»D o c um e ntoC a ta loga d o

+ i n p u t ín d i ce

+ i n p u t

p a râ m e tro

d o cu m e n to ca ta l o g a d o

+ o u tp u t

+ i n p u t

ín d i ce re d u z i d o

Figura 5.16: Vista dos processos de um sistema de catalogação.

Os processos ilustram-se na Figura 5.16, sendo de realçar um novo processo adicional em relação aos discutidos na secção anterior: o processo de redução de dimensão, que tem como base um conjunto de algoritmos, definidos na Figura 5.17 e apresentados na Secção 2.12. O processo de comparação baseia-se nos algoritmos de catalogação, definidos na Figura 3.15, os quais tentam alocar documentos a categorias do espaço de classificação escolhido. Grande parte dos algoritmos usa colecções e teste com documentos previamente catalogados para estimar parâmetros.

Page 143: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 127 -

« IR -In d e xP ro ce ss»R e duç ã o D im e ns ã o

« IR -In d e xP ro ce ss»S e le c ç ã o C a ra c te rís tic a s

« IR -In d e xP ro ce ss»R e -P a ra m e tr iza ç ã o

« IR -A l g o ri th m »W ra ppe r

« IR -In d e xP ro ce ss»A prox im a ç ã o F iltro (AF)

« IR -A l g o ri th m »Lim ia r F re quê nc ia D oc um e ntos (LFD)

« IR-A l g o ri th m »G a nho In form a ç ã o (G I)

« IR -A l g o ri th m »Forç a Te rm o (FT)

« IR -A l g o ri th m »In form a ç ã o M utua (IM )

« IR -A l g o ri th m »C HI

« IR -A l g o ri th m »LS I

0 ..1

0 ..10 ..10 ..10 ..10 ..1

0 ..1

Figura 5.17: Principais processos e algoritmos de redução de dimensão.

5.4.3 Sistema de Filtragem de Informação

Motivação e Objectivo

O sistema de filtragem tem como objectivo encaminhar de uma forma periódica informação relevante disponível na Web. Trabalha com interesses de informação estáveis dos utilizadores (perfil) e documentos (representativos). O modelo de comparação usado é o vectorial no qual a tradicional pergunta é substituída pelo perfil. Os resultados apresentados serão os que estão acima de um determinado nível menos os obtidos pelo perfil negativo. Um número máximo de mensagens é previamente definido.

Figura 5.18: Vistas para caracterizar o Sistema de Catalogação de Informação.

Vista de Casos de Utilização

O sistema de filtragem é responsável pela detecção e execução dos seguintes eventos

« IR -S yste m »S is te m a de C a ta loga ç ã o de In fo rm a ç ã o

+ IR -In fo rm a ti o n V i e w+ IR -P ro ce ssV i e w+ IR -U se C a se V i e w

Page 144: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 128 -

(enviados para o IR-Utilizador):

− Notificação da chegada de novos documentos relevantes.

− Notificação de mudanças nos documentos guardados: Sempre que uma nova versão do documento é submetida aos utilizadores que consultaram a versão anterior ou cujo Perfil Utilizador se enquadre com o novo representativo do documento recebem a respectiva informação.

− Notificação de novos utilizadores na comunidade: Sempre que um utilizador se regista, os utilizadores que têm perfis similares, serão informados da existência deste novo utilizador.

− Notificação sobre mudança dos perfis dos utilizadores: Sempre que se verificar uma mudança, os utilizadores com perfis similares ao novo serão informados.

Figura 5.19: Casos de utilização de um sistema de filtragem.

Os actores (IR-Actor) de um sistema de filtragem são os seguintes (ilustrado na Figura 5.19):

− O Utilizador (IR-User) define perfil utilizador, recebe as notificações do sistema (descritas no paragrafo anterior) e dá retroacção às notificações recebidas.

− O Autor (IR-Producer) é o autor que produz os documentos, os quais são encaminhados pelo sistema para os consumidores (e.g. utilizadores interessados nesse tipo de informação).

− A Autoridade (IR-Authority) é responsável por criar, implementar e manter os diferentes sistemas de classificação disponíveis. Valida ou altera sempre que necessário às comunidades de utilizadores identificados pelo sistema.

Utiliza d or

De fine P e rfi l U til iza d or In trodu z te rm os

E s c olhe Ca te go ria s \Te rm os n um

E s pa ç o C la s s ific a d o

E s c olh e C om unida d eRe c e b e lis ta doc u m e nto

ord e na dos por m e did a d e re le v â n c ia

A utorida d e

C ria E s p a ç o C onh e c im e nto

G e re E s p a ç o C onh e c im e n to

V a lid a de Co m u nida de U til iza dore s

Au tor

P rod uz D oc um e nto

R e troa ç ã o R e s u lta do s

N oti fic a do d e a lte ra ç õe s e m do c ide n tific a do s c o m

re le v â n te s

N otific a d a c r ia ç ã o de nov a s

c om unida d e s

No tific a de nov o s u til iza d ore s n a

c o m un ida de

« e xte n d »

« e xte n d »

« e xte n d »

Page 145: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 129 -

Vista de Informação

Figura 5.20: Vista de Informação de um sistema de filtragem.

A informação necessária para o sistema de filtragem encontra-se definida na Figura 5.20, sendo composta pela: (1) colecção de documentos; (2) sistema de classificação; (3) resultados; (4) perfil, o qual é construído da mesma forma que a pergunta e dado o seu carácter estável ao longo do tempo, permite usar melhor os mecanismos de retroacção do utilizador aos resultados que lhe foram fornecidos. Isto permite que os termos do perfil venham afectados por pesos. Para além dos sistema de classificação, os utilizadores têm também disponível o conjunto de comunidades existentes e a possibilidade de escolher o perfil central da comunidade com que mais se identificam. O perfil negativo é criado e mantido da mesma forma que o perfil chamado positivo, evitando assim o utilizador receber informação sobre temas dos quais não está definitivamente interessado. A mudança de interesses do utilizador resolve-se permitindo o acesso ao perfil, sendo possível ao utilizador apagar e acrescentar termos que achar necessário.

O estabelecimento de comunidades é outro grande desafio, sendo este um conceito bastante importante ao qual se podem atribuir várias aplicações: escolha de um perfil, informação valiosa para criadores e distribuidores de informação, difusão de informação a comunidades tipo identificadas. O sistema de comparação vectorial, vai efectuar a comparação dos perfis uns com os outros. As semelhanças entre perfis serão tratadas, inicialmente, com base numa função distância e avaliadas posteriormente com base na experiência e na singularidade dos assuntos tratados. Dada a complexidade estas comunidades estabelecidas só ficaram efectivas após a decisão duma autoridade

« IR -Co l l e c ti o n »C ole c ç ã o

« IR -In d e x»Índ ic e

« IR -S yste m »S is te m a Filtra ge m Inform a ç ã o

« IR -Use rP ro f i l e »P e rfi lU ti liza dor

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »S is te m a Cla s s ific a ç ã o « IR -C o m u n i ty»

Com unida de« IR -R e su l t»

Re c om e nda ç ã o

n e ce ssi d a d e i n fo rm a çã o

+ i n p u t

+ i n p u t

+ p e rf i l co m u n i d a d e

+ i n p u t

p e rf i l u t i l i za d o r

+ te rm [* ]

co m u n i d a d e i d e n t i f i ca d a

+ o u tp u t

d o cu m e n to re l e va n te

+ o u tp u t

ín d i ce

+ i n p u t

p ro ce ssoi n d e xa çã o

+ i n p u t

Page 146: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 5- Metodologia para a Concepção e Construção de Sistemas de IR - 130 -

Humana. A Comunidade é identificada pelo perfil central da comunidade.

Os restantes objectos já foram descritos no sistema de pesquisa.

Vista de Processos

« IR -S yste m »S is te m a Filtra ge m Info rm a ç ã o

« IR -A l g o ri th m »M e dida C o-s e no

+ F2 .1 3 ()

« IR -A l g o ri th m »C orre la ç ã o

+ F2 .3 5 ()

« IR -R e su l ts»R e c om e nda ç ã o

« P ro ce sso »G e s tã oE v e nto

- p e ri o d i c i d a d e : In t

« IR -In d e xP ro ce ss»P roc e s s o Inde x a ç ã o

+ co n ve rso rfo rm a to ()+ re m o ve rsto p l i stw o rd ()+ ra d i ca l i za çã o ()+ e sta tíst i ca ()+ i d e n t i f i ca d o rca m p o ()

+ i n p u tín d i ce

tri g g e r

+ i n p u t

+ o u tp u t

i n fo rm a çã o re l e va n te

0 ..1

0 ..1

Figura 5.21: Vista de processos de um sistema de filtragem.

Os processos de filtragem encontram-se definidos na Figura 5.21 e descritos na Secção 2.9.

5.5 Conclusão

Neste capítulo identificou-se a metodologia para criação e concepção de sistema de IR, de forma a contribuir para a melhoria do processo de desenvolvimento, tendo em conta a realidade da IR, os princípios de abstracção e da decomposição hierárquica, face à complexidade do problema. Esta metodologia encontra-se orientada para o desenvolvimento automático ou ‘quase’ automático dos sistemas, no entanto, no presente trabalho, foi explorada e testada até a fase do desenho conceptual. Esta abordagem de construção de software é designada por “desenvolvimento de sistemas baseado em modelos” e acreditamos que desta vez seja possível concretizar o sonho tendo em conta o estado de maior maturidade da engenharia e das respectivas tecnologias, em particular do UML, do XML e suas linguagens, e das boas práticas de padrões e de arquitecturas de software que têm vindo a emergir. Esta abordagem tem vindo a ser discutida e promovida pela OMG, no contexto do grupo de trabalho do MDA, tendo vindo a ser analisada e suportada progressivamente pelas principais empresas da indústria. Neste mesmo capítulo, formam identificados os modelos conceptuais dos principais sistemas de IR. Nos capítulos seguintes iremos mostrar exemplos da aplicação da metodologia numa plataforma de teste e em diversos sistemas de IR.

Page 147: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 6- Plataforma de Teste WebSearchTester - 131 -

Capítulo 6

6 Plataforma de Teste WebSearchTester

6.1 Introdução

Com base na metodologia proposta, descreve-se nesta secção a construção de uma plataforma de teste para processos de IR, a plataforma modular WebSearchTester (WST) Esta realidade conduziu o presente trabalho para a criação de uma plataforma modular de IR (trabalho executado no período de 1999 a 2004). Foram criados os processos de comparação baseados em algoritmos de seguimento de ligações e de catalogação e processos de optimização, baseados em algoritmos de combinação e pseudo retroacção. Foi ainda implementado um directório Web com base na informação do Yahoo. Salienta-se que, o sistema apresentado pretende dar os primeiros passos nesta área, estando a sua conclusão englobada nos trabalhos futuros.

6.2 Motivação

A plataforma WST pode ser usada por qualquer investigador na área da IR, tendo apenas que dedicar algum tempo a perceber o funcionamento e configuração dos diferentes módulos. Novos algoritmos (relacionados com os processos estudados) podem ser implementados e integrados na plataforma, alterando-se apenas algumas linhas de código ou então produzindo um novo módulo.

A versão actual da plataforma pretende ser um trabalho inicial para a constituição de padrões modulares que sejam usados na construção de sistemas de IR, permitindo o teste de processos e algoritmos de uma forma mais controlada. Este tipo de módulos padrão pode evoluir para a forma de Web Services, permitindo a construção de sistemas de IR de forma modular mas também distribuída.

Esta plataforma pode também evoluir para providenciar uma interface GUI, permitindo de forma mais fácil, manipular e integrar os diferentes módulos. O sistema encontra-se dividido em três camadas, ilustrado na Figura 6.1: (1) núcleo da plataforma constituído pelo OpenFTS <http://openfts.sourceforge.net/>; (2) primeira camada formada pelos processos padrão existentes nos principais sistemas de IR, nomeadamente

Page 148: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 6- Plataforma de Teste WebSearchTester - 132 -

pesquisa, filtragem e classificação de informação; (3) segunda camada, constituída por todos os processos específicos de cada sistema de IR. Os módulos da segunda e terceira camada trocam informação a partir de ficheiros. Para finalizar, todo o sistema se encontra desenvolvido em Perl, no entanto pode-se explorar a integração e o desenvolvimento de módulos noutras linguagens (e.g, C, C++, Java).

Figura 6.1: Camadas da plataforma, WebSearchTester.

6.3 Objectivo

O principal objectivo da plataforma WST é permitir testar processos e algoritmos em sistemas de IR. A necessidade da sua criação tem como base: (1) a complexidade inerente à tarefa de construir um sistema de IR; e (2) o elevado número de sistemas de IR necessários, para se testar o comportamento dos diferentes processos, algoritmos e parâmetros de IR. Esta plataforma de teste proposta é diferente dos sistemas académicos de pesquisa existentes (e.g. Terrier, Lemur, Okapi, SMART, etc) pelas seguintes razões principais: (1) tem por objectivo uma construção dinâmica de sistemas de IR adaptados às necessidades específicas de cada utilizador, por junção de diferentes módulos existente (permite ainda a integração de novos módulos); (2) não está orientada para um determinado algoritmo ou conceito desenvolvido pelo grupo proponente; (3) terá como objectivo o funcionamento distribuído de forma a possibilitar a colaboração entre os diferentes grupos de investigação de IR, permitindo a cada investigador poder construir a sua ‘bancada’ de teste usando e integrando os diferentes módulos disponíveis, tendo a funcionalidade de o sistema.

6.4 Vista dos Casos de Utilização

O objectivo da plataforma WST é construir um sistema comum de teste, onde possam ser testados de uma forma mais controlada os diferentes algoritmos e processos propostos pelos diferentes investigadores da área de IR, nomeadamente os seguintes actores, ilustrado na Figura 6.2:

W e b S e a rch T e ste r

« L a ye r 0 »O pe nFTS

« L a ye r 1 »P roc e s s os P a drã o de IR

« L a ye r 2 »P roc e s s os E s pe c ífic os de IR

N ú cl e o

T ro ca d e i n fo rm a çã o e n tre o s l a ye r é b a se a d a e m f i ch e i ro s te x to

Page 149: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 6- Plataforma de Teste WebSearchTester - 133 -

− O investigador (IR-Investigator) que define o ambiente de teste, escolhe a colecção e os parâmetros do índice (define informação), escolhe o tipo de sistema (e.g., pesquisa, filtragem ou classificação de informação), escolhe e cria processos de IR, avalia os resultados obtidos com base no conhecimento prévio dos resultados que se deveriam obter.

− A autoridade (IR-Autoridade) cria colecções de teste e sistemas de classificação, valida eventuais comunidades criadas, define perguntas sob a forma de tópicos e para cada um dos tópicos identifica quais os documentos relevantes.

Inv e s tiga dor

E s c o lh e S e rv iç o E s c o lhe M é todo

C om pa ra ç ã o

A utorida d e

A v a lia R e s u lta dos

D e fine A m bie nte Te s te

E s c o lh e C o le c ç ã o

E s c olhe pa ra m e tros

Índ ic e

C ria C o le c ç õe s

C ria S is te m a C la s s ific a ç ã o

V a lid a C om unida de s

D e fine P e rgunta

(Tóp ic o)

D e fine D oc um e ntos R e le v a nte s pa ra

c a da p e rgu nta

E s c o lhe o u c r ia nov os P roc e s s os

C ria e te s ta no v os m é todos

« e xte n d »

« e xte n d »

« e xte n d »

« e xte n d »

« e xte n d »

Figura 6.2: Vista dos casos de utilização do Sistema WebSearchTester.

6.5 Vista de Informação

6.5.1 Colecção

A informação providenciada no âmbito da plataforma WST encontra-se dividida em duas classes principais: controlada e aberta.

A informação controlada refere-se a colecções específicas e deve, na medida do possível, ser representativa da Web ou do problema em análise.

A informação aberta refere-se a informação obtida por recolha de informação com um robot da Web. Como robot de pesquisa foi implementado o robot Larbin <larbin.sourceforge.net/>. O endereço inicial da pesquisa e a profundidade do

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Capítulo 6- Plataforma de Teste WebSearchTester - 134 -

seguimento de ligações são parâmetros configuráveis neste sistema.

A plataforma WST usa fundamentalmente um ambiente fechado, pois destina-se a testes; a colecção escolhida representativa da Web foi a WT10g (descrita na Secção 2.7.1), uma colecção de teste apropriada para a investigação da pesquisa de informação na Web (Ian, 2002 e Tampere, 2002), uma vez que providencia um ambiente padrão adequado à execução de uma experiência controlada. Esta colecção tem sido bastante usada (23 grupos submetidos a 105 experiências aleatórias na TREC-9 e 30 grupos submetidos a 97 experiências aleatórias na TREC-10), pois permite um conjunto amplo de oportunidades de comparação entre experiências relacionadas. Todavia é importante considerar potenciais problemas com o uso da WT10g, pois as características da colecção de teste podem afectar os resultados da experiência, tornando difícil isolar os efeitos das variáveis em estudo. A colecção usada WT10g tem as seguintes características ilustradas na Figura 6.3.

Figura 6.3: Caracterização da colecção WT10g, usada na plataforma de teste.

6.5.2 Necessidade de Informação (Pergunta e Perfil)

Na plataforma WST, as perguntas podem ser realizadas de três formas distintas (Figura 4.4):

− Introdução livre de termos; o OpenFTS (vid. Secção 6.6) através da função search permite a formulação da pergunta. Para evitar erros ortográficos foi integrado um dicionário (e.g, Jspell <http://www.jspell.com/jspell.html>) de modo a ser feita a correcção de eventuais erros ortográficos.

− Pela escolha de termos num espaço classificado; foi criada uma interface para se navegar num sistema de classificação permitindo escolher um conjunto de termos das categorias mais relevantes para cada utilizador, este módulo foi desenvolvido tendo como atributo o nome do sistema de classificação disponível,

« IR -C o l l e t i o n »:W T1 0 g:C ole c ç ã o

: :W T1 0 g :C o le cçã o- n ºd o cu m e n to s= 1 6 9 2 0 9 6 : - n º te rm o s= 4 7 2 4 0 9 8 : - d a ta = 2 0 0 0 : - ta m a n h o [M b ]= 1 0 7 8 6 : - ta m a n h o m é d i o d o c= 6 0 6 : « IR -Do cu m e n t»

D oc um e nto da W T1 0 g [n ]:Doc um e nto

- m e ta d a ta = si m : - n o m e fi ch e i ro = W T X 0 0 1 -B 0 1 -1 9 9 : - p a th n a m e = e :\cd 1 : - d a te = 2 3 -0 8 -1 9 9 7 : - fo rm a to = h tm l : - n º te rm o = 1 3 5 : - t í tu l o = Da v i d A u st i n 's Z8 0 P a g e :

L iga ç ã o D oc um e nto [n ]:L iga ç ã o

- u rl o u t= m o e .m e d .ya l e .e d u :8 0 /m i rro r/va t/ l a .h tm l :

Liga ç ã o D oc um e nto [1 ]:L iga ç ã o

- u rl o u t= sd 4 8 .m o u n ta i n -i n te r.n e t:8 0 /h ss/te a ch e rs/P ro th e ro .h tm l :

L iga ç ã o Doc um e nto [x ]:L iga ç ã o

- u rl o u t= ww w.cd n e m b -w a sh d c.o rg :8 0 /sa n fra n .h tm l :

L iga ç ã o Doc um e nto [1 ]:L iga ç ã o

- u rl o u t= w ww .cd m .co m :8 0 /h u m a n re s/ j o b s/e n e vg a .h tm l :

« IR -D o cu m e n t»Doc um e nto da W T1 0 g [1 ]:D oc um e nto

- m e ta d a ta = si m : - n o m e fi ch e i ro = W T X 0 0 1 -B 0 1 -0 1 : - p a th n a m e = e :\cd 1 : - d a te = 1 5 -0 8 -1 9 9 7 : - fo rm a to = h tm l : - n º te rm o = 4 6 7 : - t í tu l o = In stru c ti o n s to N A S A S p o n so rs:

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Capítulo 6- Plataforma de Teste WebSearchTester - 135 -

permitindo a navegação e a respectiva escolha de termos e categorias disponíveis.

− Pela escolha de tópicos (TREC), os quais são previamente definidos. Dado a necessidade de se trabalhar num ambiente controlado, iremos apenas usar este tipo de perguntas, baseado em tópicos, estando ilustrado na Figura 6.4, os seus atributos. A colecção WT10g tem associado os tópicos 451 a 550 da TREC, os quais se encontram caracterizados na Figura 6.4.

Figura 6.4: Caracterização das perguntas usadas, tópicos.

O sistema permite igualmente definir um perfil do utilizador com base nas características identificadas na Secção 4.1.2 e ilustrado na Figura 4.3.

6.5.3 Espaço de Conhecimento

O espaço do conhecimento, como já foi referido atrás, é um espaço organizado do qual se destacam, em termos de aplicação prática os seguintes aspectos, os sistemas de classificação, os dicionários e as comunidades de utilizadores. Vai ser apenas descrito nesta secção o sistema de classificação. As comunidades serão descritas no próximo capítulo e os dicionários são implementados directamente no processo de indexação e de formulação da pergunta.

6.5.3.1 Sistema de Classificação

As características das directorias Web, (e.g., a amplitude da cobertura, a consistência da classificação e a granularidade das categorias) são factores importantes para determinar as fontes de informação. Uma directoria Web ideal terá todos os documentos da colecção de teste classificados em categorias granulares de uma maneira consistente.

Contudo, à falta de uma directoria Web ideal (universalmente aceite), o Yahoo (http://yahoo.com) é usado no âmbito desta dissertação como a directoria Web de referência, pelo seu tamanho e popularidade. O Yahoo é das directorias Web mais usadas e populares, consiste em 14 categorias de topo sobre 645000 subcategorias, contém cerca de 3 milhões de páginas Web, sendo classificada e anotada por cerca de 150 catalogadores profissionais. Para além disso classifica mais páginas Web com menos catalogadores e melhor treinados que o seu competidor mais próximo o Open Directory <http://dmoz.org> o qual tem 36000 catalogadores voluntários (2.9

« IR -Q u e ry»Tópic o :P e rgunta

- n ú m e ro = 4 5 1 : - d e scri çã o = P ro v i d e i n fo rm a t i o n o n th e B e n g a l ca t b re e d : - ca m p o n a rra t i vo = Ite m sh o u l d i n c l u d e a n y i n fo rm a t i o n .. . . : - t í tu l o = W h a t i s a B e n g a l s ca t? :

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Capítulo 6- Plataforma de Teste WebSearchTester - 136 -

milhões de páginas classificadas em 361000 categorias) (Sullivan, 2002)). A hierarquia do sistema de classificação é liderada pelas categorias Regional, Negócios e Economia, que constituem a maioria dos dados do Yahoo (80%). Se isto reflecte ou não a distribuição real da Web. No entanto, pode pelo menos influenciar o processo de pesquisa baseado na classificação.

Em vez de se usarem os documentos da Web associados com categorias do Yahoo, os processos de pesquisa baseados na Web vão usar títulos de documentos e descrições das páginas do Yahoo catalogadas para representar cada documento.

A classificação da informação na plataforma WST foi (de acordo com a Figura 6.5), baseada no Yahoo <http://dir.yahoo.com>, referente à informação disponível no Inverno de 2002, produzindo-se numa máquina local, uma versão simplificada do Yahoo (i.e. estrutura das páginas Web e directorias). Para o efeito foram criados dois ficheiros:

− FicheiroConteúdos: ficheiro de endereços que contem, essencialmente, uma classificação hierárquica de categorias de termos, títulos de endereços. (Criado para cada nó existente na directoria Web do Yahoo). O ficheiro tem os seguintes campos: (1) ID do nó; (2) nível de classificação hierárquica; (3) ID do Nível, (atribuído sequencialmente em cada classificação ao nível hierárquico); (4) ID do nó da categoria Pai; (5) nome da categoria ou título do endereço; (6) URL; (ver Tabela 6.1);

− FicheiroTexto: ficheiro que contem a descrição dos endereços (se existirem descrições), (Tabela 6.1).

Figura 6.5: Construção de Sistemas de Classificação, através dos ficheiros de endereços e conteúdos.

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »:D e s c riç ã o

: :De scri çã o- te rm o [1 ]= o ve rv i e w o f th e h i sto ry o f a rt : - f i l e p a th = c:\ f i ch e i ro te x t. tx t: - Id _ n o = 1 : - te rm o [2 ]= a rt i sts: - te rm o [3 ]= g a l l e ri e s: - te rm o [4 ]= sty l e s:

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »a rts :Ca te goria

: :C a te g o ri a- n o m e = a rts: - URL = h ttp : //d i r.ya h o o .co m /a rts: - n íve l p a i = 0 : - Id _ n o = 1 : - n íve l = 1 : - f i l e p a th = c :\f i ch e i ro co n te ú d o s.tx t : - n íve l c l a ssi f i ca çã o = 1 :

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »Y a hoo :S is te m a Cla s s ific a ç ã o

: :S i s te ma C l a ss i f i ca çã o- n o m e = S C W e b S e a rch T e ste r: - d e sc ri çã o = S C p l a ta fo rm a :

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »e c onom y:Ca te goria

- n o m e = e co n o m y: - URL = h ttp :/ /d i r.ya h o o .co m /a rts: - i d _ n o = 1 4 : - n íve l p a i = 0 : - n íve l = 1 : - n íve l c l a ssi f i ca çã o = 1 : - f i l e p a th = c:\f i ch e i ro co n te ú d o s.tx t :

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »:D e s c riç ã o

- te rm o [1 ]= fi n a n ça s: - te rm o [2 ]= e u ro : - f i l e p a th = c :! f i ch e i ro te x t. tx t : - i d _ n o = 1 4 :

Page 153: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 6- Plataforma de Teste WebSearchTester - 137 -

[ FicheiroConteúdos ]

1,1,1,0,Arts,http://dir.yahoo.com/Arts/

2,2,1,1,By Region,http://dir.yahoo.com/Arts/By_Region/

3,3,1,2,Regions,http://dir.yahoo.com/Arts/By_Region/Regions/

4,4,1,3,Africa@,http://dir.yahoo.com/Regional/Regions/Africa/Arts_and_Humanities/

… omitido …

143,3,9,137,ArtFile,http://www.the-artfile.com/

144,3,10,137,ArtHistoryTV.com,http://www.arthistorytv.com/

[ FicheiroTexto]

143,overview of the history of art, including timeline, artists, styles, and galleries.

144,an Internet-only TV channel.

Tabela 6.1: Exemplo de um ficheiro de conteúdos e de texto, para a categoria de Artes do Yahoo.

Tabela 6. 2: Estatísticas Yahoo (compiladas nos finais de 2002).

* Categorias com referências cruzadas são referenciadas na classificação hierárquica.

** Categorias numerosas têm um ou mais endereços e bastantes subcategorias.

*** Endereços referem-se a páginas Web classificadas em categorias Yahoo.

Categorias Topo Subcategorias (Únicas)

Subcategorias (Com referências

cruzadas*)

Subcategorias (numerosas**)

Endereços***

Artes 7 619 13 997 6 892 69 116 Negócios e Economia 42 641 133 791 29 667 547 724

Computadores e Internet 3 768 2 313 3 288 19 297 Educação 3 434 37 611 1 726 41 230 Diversões 15 247 18 851 13 597 105 383 Governo 3 006 6 583 2 363 20 063

Saúde 2 892 4 714 2 409 20 652 Notícias 6 507 24 469 3 915 42 207

Divertimento 22 897 71 753 15 003 160 927 Referência 535 2 441 289 4 223 Regional 734 862 497 478 554 038 1 794 695 Ciência 5 413 6 310 4 882 38 531

Ciências Sociais 1 365 1 559 1 256 10 752 Sociedade e cultura 8 410 22 905 5 675 69 090

Total 858 596 844 745 645 000 2 943 890

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Capítulo 6- Plataforma de Teste WebSearchTester - 138 -

6.6 Infra-estrutura Base

Para evitar dupla descrição de processos, vamos primeiro apresentar a infra-estrutura de base escolhida e na secção seguinte os processos de base existentes na plataforma.

Tal mudança não significa inversão na aplicação da metodologia proposta, mas apenas para situar o leitor, quando forem discutidos os processos, com o que foi criado e o que foi usado da metodologia.

6.6.1 Escolha

A tarefa da construção de um sistema de IR é complexa e demorada, por isso procurou-se uma infra-estrutura de base que cumprisse os requisitos propostos e, sob a qual, se efectuaria a modelação proposta, conforme discutido nos capítulos anteriores. Esta infra-estrutura é comum aos diferentes sistemas construídos.

Da oferta existente em 2000, optou-se pelo uso do OpenFTS <http://openfts.sourceforge.net/>, pois disponibilizava já na altura uma infra-estrutura modular que resolvia o problema do processo de indexação, disponibilizando uma interface para a base de dados do índice, manipulação das necessidades de informação e tinha implementado o modelo vectorial, correspondente ao processo de comparação.

6.6.2 Descrição Geral da Infra-estrutura OpenFTS

No processo de IR a indexação tem dois sub-processos principais: (1) a criação dos índices (descritos nas subsecções seguintes); e (2) o armazenamento e manipulação dos representativos. O primeiro processo na indexação é a criação da tabela para guardar os índices dos documentos, numa base de dados postgresql. A interface com a base de dados postgresql <www.postgresql.org> é feita a partir de dois programas em Perl, o OpenFTS <http://openfts.sourceforge.net/> e o tsearch2 <www.sai.msu.su/~megera/postgres/gist/tsearch/V2/>, que permitem a indexação total dos documentos. A este módulo está ligado o DBDpg (interface postgresql para Perl).

O OpenFTS <openfts.sourceforge.net> é um sistema de pesquisa textual desenvolvido pelo Stack Group (Rússia), em postgresql com as seguintes características: indexação on-line; proximidade baseada na ordem de relevância; suporte em diversas línguas; redução das palavras à sua forma básica (radicalização); stop words e introdução de dicionários. Dadas as suas características modulares, o sistema, é usado como uma infra-estrutura central à qual se ligam outros módulos. O OpenFTS actua como um

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Capítulo 6- Plataforma de Teste WebSearchTester - 139 -

integrador de módulos e também como front-end para o utilizador do sistema.

6.7 Vista de Processos

Nesta secção vamos descrever os principais processos de IR implementados que de acordo com o referido no Capítulo 3 (Figura 3.11) são: processo de indexação, processo de optimização, processo de comparação e processo de estimação, os quais transformam a informação.

Processo de Indexação

Os principais passos do processo de indexação encontram-se descritos na Secção 4.3.1 e encontram-se resumidos na Figura 6.6. A cor cinzenta identifica os módulos criados e integrados a partir da infra-estrutura base do OpenFTS.

Descrevem-se de seguida os principais aspectos associados ao processo de indexação.

« IR -In d e xP ro ce ss»Filtro

« IR -In d e xP ro ce ss»C o nv e rs o r

« IR -In d e xP ro ce ss»R a dic a liza ç ã o

« IR -In d e xP ro ce ss»E s ta tís tic a

« IR -In d e xP ro ce ss»A rm a ze n a r

R e ti ra e co l o ca d a d o s n a B D

« IR -In d e xP ro ce ss»R e m oç ã o s top

w ords

« IR -T h e sa u ru s»D ic io ná rioR oge rM itto n

« IR -In d e xP ro ce ss»W A IS

« IR -A l g o ri th m »S n ow ba ll

« IR -D o cu m e n t»Doc um e nto

« IR -In d e x»Ts e a rc h

« IR -In d e x»B a s e Da dos P os gre s q l

« IR -In d e x»Índ ic e

Figura 6.6: Implementação do processo de indexação.

6.7.1.1 Processamento de Texto (Conversor)

Os documentos são convertidos para formato de texto ASCII através de conversores apropriados, tais como pdf2text (programa que converte pdf em texto) e html2text (programa que converte html em texto).

6.7.1.2 Filtros

Os filtros têm como objectivo retirar informação complementar dos documentos, durante o processo de indexação, para uso posterior no processo de IR. Para o funcionamento da plataforma, tendo em conta os diferentes processos foram

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Capítulo 6- Plataforma de Teste WebSearchTester - 140 -

identificados como necessários os seguintes campos (Tabela 6.3):

− Os Títulos são extraídos termos dos títulos dos documentos (i.e. texto entre etiquetas <Hn> e </Hn>). É feita a combinação dos termos do documento e do título, sendo atribuídos a estes um factor de importância ao multiplicar a frequência dos termos por 10 (este valor é escolhido pelo investigador).

− As Frases são definidas com três nomes adjacentes ou palavras em maiúsculas num parágrafo. Uma versão em formato electrónico do dicionário de Roger Mitton da Oxford Advanced Learner <http://www.oup.com/elt/global/products/oald/> foi usada para encontrar nomes. Outros dicionários podem igualmente ser integrados.

− O URL é o texto entre etiquetas <A HREF=..> e </A>). É criado na tabela do índice um campo para guardar os URL.

Toda a informação dos títulos, URL, frases e metadata é guardada separadamente por documento, em diferentes campos da base de dados. Todo o processo é gerido pelo OpenFTS.

Tabela 6.3: Filtros disponíveis no OpenFTS.

6.7.1.3 Remoção de Termos Pouco Significativos

São removidas as etiquetas, pontuação, stop words e 390 termos não relevantes mas com alta-frequência que aparecem listados no WAIS (Wide Area Information System) http://www.ai.mit.edu/extra/the-net/wais.html, tais como ‘the’, ‘a’, etc.

6.7.1.4 Snowball (Radicalização de Palavras)

Após retirar a pontuação e as stop words, a redução dos termos à sua forma mais

Tipo ID Descrição Exemplos

LATWORD 1 Termo Hello

UPHRASE 3 Termo Frase ...

EMAIL 4 Endereço Electrónico [email protected]

FURL 5 URL (completo) http://www.yahoo.com/index.html

HEADER 6 Título ...

SYMTAG 13 Etiqueta HTML <b> <table>

HTTP 14 HTTP http://

URI 18 Uniform Resource Identifier /index.html

FILEPATH 19 Nome ficheiro example.txt

Page 157: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 6- Plataforma de Teste WebSearchTester - 141 -

simples é feita por aplicação do algoritmo de Porter (Porter, 1980). Foi usado o Snowball <snowball.tartarus.org>, uma vez que este módulo se integra no OpenFTS e disponibiliza vários algoritmos de redução de palavras à sua forma básica em diferentes línguas, nomeadamente o Português.

6.7.1.5 Tsearch2

O Tsearch2 <http://www.sai.msu.su/~megera/postgres/gist/tsearch/V2> é uma biblioteca que interage directamente com a base de dados postgresql. Este módulo permite construir a tabela dos índices da base de dados e preencher e consultar campos dessa tabela. Toda a informação indexada é escrita num vector tsvector o qual é arquivado na base de dados postgresql.

6.7.2 Processo de Optimização

O processo de optimização, tem por objectivo melhorar a lista de resultados a apresentar ao utilizador, podendo alterar pesos das perguntas e dos índices, através de algoritmos de retroacção ou então combinando os resultados obtidos por meio de fórmulas de combinação. Implementaram-se os seguintes algoritmos de retroacção e de combinação de resultados, de acordo com a Figura 6.7.

Figura 6.7: Vista dos processos de optimização implementados.

« IR -O p ti m i za t i o n P ro ce ss»O ptim iza tionP roc e s s

« IR -O p ti m i za t i o n P ro ce ss»Fe e dba c k « IR -O p ti m i za t i o n P ro ce ss»

C om bina tion

« IR -O p ti m i za t i o n P ro ce ss»Us e rFe e dba c k

« IR -O p ti m i za t i o n P ro ce ss»A utom a tic Fe e dba c k

« IR -O p ti m i za t i o n P ro ce ss»S im ila rityM e a s ure

« IR -O p ti m i za t i o n P ro ce ss»R a nk M e a s ure s

« IR -A l g o ri th m »R oc c hio

+ F2 .1 2 ()

« IR -A l g o ri th m »P s e udoR e troa c ç ã o

+ F6 .2 ()

« IR -A l g o ri th m »S M

+ F2 .4 0 ()

« IR -A l g o ri th m »W R S

+ F2 .4 2 ()

« IR -A l g o ri th m »O W RS

+ F 2 .4 3 ()

« IR -A l g o ri th m »R O W R S P

+ F2 .4 4 ()

« A l g o ri tm o »Fórm ula RO W RS ov e rla p

+ F6 .3 ()+ F6 .6 ()

« IR -A l g o ri th m »Fórm ula RO W R S s 2

+ F6 .3 ()+ F6 .5 ()

« IR -A l g o ri th m »Fórm ula RO W RS t1

+ F6 .3 ()+ F6 .4 ()

« IR -A l g o ri th m »Fórm ula R O W R S s f

+ F2 .4 4 ()

« IR -A l g o ri th m »Fórm ula R O W R S F

+ F2 .4 4 ()+ F2 .4 5 ()

0 ..1

co m b i n a çã o re su l ta d o s

co m b i n a m e d i d a s d e re l e vâ n c i a co m b i n a m e d i a s d e o rd e m

0 ..1

a l te ra i n p u ts (ín d i ce + n e ce ssi d a d e s d e i n fo rm a çã o )

0 ..1

0 ..1

0 ..1 0 ..1

0 ..10 ..10 ..10 ..1

0 ..1

Page 158: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 6- Plataforma de Teste WebSearchTester - 142 -

Os correspondentes às Fórmulas F2.*, foram descritos no Capítulo 2 e os das Fórmulas F6.*, correspondem a algoritmos criados pelo autor, os quais se encontram descritos nas secções seguintes.

6.7.2.1 Retroacção

Foi implementado através de um módulo feito em Perl o seguinte processo de optimização baseado num algoritmo de retroacção, cujo código foi criado e integrado no sistema. Trata-se de um algoritmo novo, construído a partir de combinações de diferentes abordagens feitas na área da retroacção. Os dez termos com maior peso positivo e os dez com maior peso negativo dos três documentos de topo da pesquisa inicial, são usados para expandir a pergunta num processo linear de pseudo retroacção. A ideia desta abordagem tem como base o conceito de relações preferenciais da teoria de decisão (Fishburn 1970) que encontra um vector solução, ordenando os documentos preferidos antes de outros menos preferidos (Wong et al. 1988).

O vector solução é encontrado por um procedimento do erro de correlação que começa com um vector q(0) e repete o ciclo até encontrar um vector que ordena os documentos, de acordo com a ordem de preferência, baseada na relevância da retroacção (Wong et al. 1991). O ciclo do erro de correlação é definido por:

q(i+1) = q(i) + αb (F6.1)

onde α é uma constante e b é um vector diferença resultante da subtracção de um documento menos preferido por um mais preferido (Sumner et al. 1998). As escolhas para a constante α e o vector de começo q(0) foram obtidos após serem testadas várias combinações nas experiências da TREC (Sumner e Shaw 1997 Sumner et al. 1998). α = 0.5, e o vector inicial q(0) é definido pela Fórmula F2.12, como:

∑∑ −+=nonrelnewnonrelnewrelnewrelnew

rk Nc

Ncc ddqq 21

0(0) (F6.2)

onde c0=1.0, c1=1.2 e c2=0.6; qrk é o vector p da pergunta que produz a ordem nos documentos; Nnew rel, e Nnew nonrel são o número de documentos relevantes e não-relevantes em cada iteração.

6.7.2.2 Combinação de Resultados

Foram implementadas as Fórmulas F2.40 a F2.45 e o autor criou novas fórmulas, cujos resultados foram bastante positivos (ver Secção 8.2).

Ambas as fórmulas WRS e OWRS têm três variações que amplificam a contribuição do sistema para melhorar o desempenho analisado. As variações por ordem crescente que

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Capítulo 6- Plataforma de Teste WebSearchTester - 143 -

dão ênfase aos sistemas de topo são: (1) sistema topo 1 (st1); (2) sistema topo 2 (st2); (3) aumento da sobreposição (olpboost).

A ideia básica é ultrapassar o resultado do sistema com melhor desempenho, usando uma função de combinação de pesos que amplifique a medida de ordem do documento pesquisado pelos sistemas de topo e, ao mesmo tempo, baixar as contribuições dos sistemas com desempenho inferior. Uma fórmula generalizada de st1 st2 e olpboost pode ser expressa por:

( ) ),( iikj RSLwfFS ∗=∑ (F6.3)

− FS = medida de combinação do documento.

− wkj(Li) = peso da função do sistema do grupo Li na sobreposição da partição k na

ordem j.

− Li = grupo do sistema i baseado no desempenho.

− RSi = medida baseada na ordem do documento pelo sistema i.

As Fórmulas F6.4, F6.5 e F6.6 descrevem o peso das funções de st1, st2 e olpboost:

( )

_1

1 10

i ikj i

kj i ikj i

p w se L stwf L fsc w se L st e olp

outros casos

⎡ ⎤∗ =⎢ ⎥⎢ ⎥= ∗ ≠⎢ ⎥⎢ ⎥⎣ ⎦

(F6.4)

( )( )

_

_

12 1

1|| 2 10

i ikj i

ikj ikj i

i ikj i

p w se L stfsc w se L st e olp

wf Lfsc p w se L st st e olp

outros casos

⎡ ⎤∗ =⎢ ⎥⎢ ⎥∗ =

= ⎢ ⎥⎢ ⎥∗ ∗ ≠⎢ ⎥⎢ ⎥⎣ ⎦

(F6.5)

( )( )

_

_

12 1

1|| 2 10

i ikj i

ikj ikj i

i ikj i

p w nspd se L stfsc w se L st e olp

wf Lfsc p w se L st st e olp

outros casos

⎡ ⎤∗ ∗ =⎢ ⎥⎢ ⎥∗ =

= ⎢ ⎥⎢ ⎥∗ ∗ ≠⎢ ⎥⎢ ⎥⎣ ⎦

(F6.6)

− _

ip = média da precisão geral do sistema i no conjunto de treino.

− nspd = número de sistemas que pesquisaram o documento.

− st1= melhor sistema.

Page 160: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 6- Plataforma de Teste WebSearchTester - 144 -

− st2 = segundo melhor sistema.

− olp1 = verdadeiro se o documento foi pesquisado por st1.

− fsc = medida provisória de combinação de um documento.

É calculada a medida de combinação e são somadas as medidas dos componentes no sistema pela ordem de desempenho (i.e. medidas de st1 são adicionadas antes de st2) para assegurar um resultado consistente para fsc.

As equações acima expostas reordenam os resultados dos sistemas de topo apenas pela introdução de medidas nos documentos pesquisados por sistemas que não são de topo. Ao usar a medida de fsc, que se torna progressivamente maior com a sobreposição, estas fórmulas adicionam maior ênfase ao factor de sobreposição. A Fórmula F6.5 (st2) adiciona mais granulosidade à função de pesos ao permitir variações nos níveis de contribuições dos sistemas sobrepostos, enquanto que, a Fórmula F6.6 (olpboost), acrescenta ainda outro aumento nos sistemas de topo pela multiplicação da sua medida com a sobreposição calculada.

6.7.3 Processos de Comparação

« IR -S yste m »W e bS e a rc hTe s te r

« IR -S yste m »S is te m a P e s qu is a

« IR -S yste m »S is te m a Filtra ge m

« IR -S yste m »S is te m a C la s s ific a ç ã o

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roba b il is tic o

G e ra ç ã oD oc um e ntos

« IR -A l g o ri th m »O k a pi

+ F2 .4 ()+ F2 .8 ()+ F2 .2 5 ()

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roba b il is tic o

G e ra ç ã oP e rgunta s

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s oH íbr ido

« IR -A l g o ri th m »D C

+ F6 .1 0 ()+ F6 .9 ()+ F6 .7 ()+ F6 .8 ()+ F2 .1 3 ()

« IR -A l g o ri th m »TM

+ F6 .1 ()+ F2 .1 3 ()

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»V e c tor ia l

« IR -A l g o ri th m »C á lc u lo m e dida s H ub

e A utorida de s

+ F6 .1 1 ()+ F6 .1 2 ()+ F2 .1 ()+ F2 .2 ()

P ro ce sso s C ri a d o s

« IR -A l g o ri th m »S V M

« IR -A l g o ri th m »C orre la ç ã o

+ F2 .3 5 ()

« IR -A l g o ri th m »K N N

« IR -A l g o ri th m »B N

« IR -A l g o ri th m »LnuLtc

+ F2 .7 ()+ F2 .5 ()+ F2 .1 3 ()

« IR -A l g o ri th m »LM D ire c h le t

+ F2 .2 7 ()+ F2 .2 9 ()

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»S e guim e nto L iga ç õe s

0 ..1 0 ..10 ..1

0 . .10 . .1 0 ..1 0 ..1

0 ..1 0 . .10 ..10 ..1

Figura 6.8: Vista dos principais processos de comparação implementados.

O OpenFTS integra apenas o modelo vectorial implementado através das fórmulas do co-seno e lnu-ltc. Os restantes processos foram implementados usando a metodologia proposta. A Figura 6.8 identifica os processos de comparação implementados, dos quais o autor criou dois processos híbridos: (1) processo de pesquisa baseado num dicionário

Page 161: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 6- Plataforma de Teste WebSearchTester - 145 -

de classificação designado por DC, cujos resultados foram considerados desencorajadores, ver Secção 8.1; e (2) o processo de pesquisa usando um sistema de classificação designado por TM, descrito na Secção 7.7. Em adição a estes dois processos, o autor introduziu alterações no algoritmo de seguimento de ligações. Os algoritmos descritos pelas Fórmulas F2.* encontram-se descritos no Capítulo 2.

6.7.3.1 Algoritmo de Pesquisa Baseado no Dicionário de Classificação (DC)

Este algoritmo ordena categorias em relação a uma pergunta usando um dicionário de classificação (DC) que mede a semelhança dos termos das perguntas com as categorias em que existe uma probabilidade de associação. O DC é construído a partir dos ficheiros do Yahoo, usando um processo de associação (Plaunt e Norgard 1998), que demonstrou um bom desempenho na pesquisa e classificação de informação (Buckland et al. 1999; Gey et al. 1999; Plaunt e Norgard 1998).

A construção do DC envolve dois processos:

− A construção da tabela de contingência.

− O cálculo do peso de associação.

Se cada documento Di na directoria Web é guardado como um multi-conjunto ai de m termos de documentos e bj de n nomes de categorias i.e. Di = ({ai1 … aim};{bj1 … bjn}) as associações contidas num documento particular Di consistem em todos os pares ordenados que são construídos de aimX bjn sub partes de documentos. Para cada termo A e categoria B (i.e. par aim-bjn) obtém-se a Tabela 6.4:

Tabela 6.4: Tabela de Contingência para as combinações possíveis de A e B.

Na qual “¬” designa a ausência do evento. As combinações possíveis são AB onde ambos os eventos ocorrem; A¬B onde o evento A ocorre sem o B; ¬AB onde o evento B ocorre sem o A; finalmente ¬A¬B onde nenhum dos eventos A e B ocorrem. Para cada par de documentos, são construídas e corrigidas as tabelas de contingência. Quando todos os pares e tabelas de contingência são calculados para todos os documentos na directoria Web, a força da associação é calculada para cada par termo/categoria usando uma relação estatística de probabilidade, como medida da associação. A força de associação é calculada pela seguinte fórmula:

[ ]),,(log),,(log),,(log),,(log2 2211222111' nkpLnkpLnkpLnkpL −−+=λ (F6.7)

AB A¬B

¬AB ¬A¬B

Page 162: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 6- Plataforma de Teste WebSearchTester - 146 -

onde:

)1log()(log),,(log pknpknkpL −−+= (F6.8)

1

11 n

kp =2

22 n

kp =21

21

nnkkp

++

=

(F6.9)

k1 = AB n1 = AB+¬AB k2 = A¬B e n2 = A¬B+¬A¬B (F6.10)

Cada entrada no dicionário da classificação contém um par categoria/termo na tabela de contingência com a respectiva força de associação. As entradas do dicionário consistem em todos os pares termo/categoria em pelo menos uma saída de AB.

Para cada termo da pergunta o dicionário de classificação é analisado de forma a retirar todos os termos associados com o termo em estudo e, são associados a um único assunto, pela soma dos pesos associados. Por exemplo, as entradas do dicionário:

− Termo1 categoria1 com peso w1.

− Termo2 categoria1 com peso w2.

− pode juntar-se na categoria1 com peso (w1+ w2).

Apesar de isto não ser o único meio de combinar pesos, tende-se a seguir a forma como os catalogadores Humanos trabalham. A categoria com maior peso pode ser designada como a de maior semelhança com a pergunta.

Estando as categorias do Yahoo ordenadas em relação a uma pergunta, o próximo passo é ordenar os documentos da colecção em relação à melhor categoria. A implementação das semelhanças entre as categorias e os documentos é baseada numa variação do classificador de Rocchio (Rocchio 1971) chamada classificador do centro do grupo (Han e Karypis 2000) que calcula as semelhanças entre os vectores dos documentos e o vector do centro da classe (categoria). De facto, o processo de cálculo de semelhanças é idêntico ao processo usado no modelo vectorial usado para ordenar documentos onde a pergunta é substituída pelos termos centrais do grupo (i.e. termos de endereços do Yahoo e descrições para uma dada categoria) com pesos ltc (o peso do termo central da classe é calculado a partir da Fórmula F2.7. Para o cálculo de idf, cada categoria é tratada como um documento). Os valores da classificação manual do Yahoo acima do classificador central, do grupo de documentos da colecção WT10g, são ordenados acima dos outros documentos. Os documentos da WT10g com maiores semelhanças à categoria ficam com as medidas máximas da categoria, fazendo aumentar a ordem destes documentos sobre os restantes.

Page 163: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 6- Plataforma de Teste WebSearchTester - 147 -

Figura 6.9: Descrição modular do sistema DC.

Sumário: O processo DC primeiro ordena as categorias em relação à pergunta, usando os pesos de associação dos termos/categorias e depois ordena os documentos em relação ao centro da classe que representa a melhor categoria. Vamos ter cinco variações do universo de termos (i.e. termos que descrevem ou pertencem a uma dada categoria) e que são usados para construir o DC e centros de classes. Outro parâmetro do processo de classificação baseado no DC é o comprimento da pergunta original, que procura a categoria mais próxima.

6.7.3.2 Algoritmo de Seguimento de Ligações entre Documentos

Em vários processos de pesquisa baseados nas ligações, o algoritmo HITS (Kleinberg 1997) é usado para o cálculo das autoridades gerando uma lista ordenada de documentos relativos a uma pergunta.

A medida PageRank (Page et al. 1998) foi usada para ordenar documentos, mas para se obter o desempenho total (i.e., precisão e cobertura mais elevadas) é requerida uma colecção maior que a WT10g (Brin e Page 1998). O algoritmo Clever estende o HITS ao incorporar texto das vizinhanças das ligações no cálculo das medidas de autoridades e hub, melhorando o desempenho do HITS (Chakrabarti et al. 1998b). Contudo, Clever combina processos de ligações e processos textuais indiscriminadamente, tornando difícil isolar as contribuições e comportamentos dos processos individuais que necessitam de ser estudados para se compreender melhor os efeitos da combinação.

« IR -In d e xP ro ce ss»Inde x a ç ã o

O rde na rC a te goria s

Ide n tific a ç ã oM e lhorC a te goria

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»V e c tor ia l

« IR -Co l l e c t i o n »W T1 0 g

« IR -In d e x»Índ ic e

« IR -Q u e ry»P e rgunta

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »S is te m a C la s s ific a ç ã o

« IR -Re su l t»Re s ulta doFina l

« IR -Q u e ry»P e rgunta E x pa nd ida

« IR -R e su l t»Te rm os M e lhorC a te goria

Page 164: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 6- Plataforma de Teste WebSearchTester - 148 -

Modificação do algoritmo HITS

O algoritmo inicial foi modificado para adoptar um conjunto de melhoramentos de outras aproximações baseadas em HITS. Com a implementação do algoritmo ARC (Chakrabarti et al. 1998b), o conjunto raiz é expandido por duas ligações em vez de apenas uma (i.e. S é expandido por todas as páginas que estão a duas ligações de distância de S). Todas as ligações entre endereços e URLs da lista proibida são eliminadas no cálculo das medidas de autoridades e hub. A lista proibida de URLs é definida como as páginas Web com grande número de ligações para si, seleccionadas da lista da lista de URL, com número de ligações para si maior que 500. A lista dos URL removidos encontra-se definida na Tabela 6.5. O peso dos títulos dos documentos (Bharat e Henzinger, 1998) normaliza a contribuição do autor dividida pela contribuição de cada página criada pelo mesmo autor; é usado para modificar as Fórmulas de HITS F2.1 e F2.2 para:

),(_)()( pqwtauthqhpapq

×= ∑→

(F6.11)

),(_)()( qpwthubqaphqp

×= ∑→

(F6.12)

onde auth_wt(q p) é 1/m para a página q cujo endereço tem m documentos apontando para p e hub_wt(p q) é 1/n para a página q a qual é apontada por n documentos do endereço de p.

Tabela 6.5: Lista dos endereços a remover

Definição de endereço

A definição de endereço foi criada cortando o URL do documento na primeira ocorrência da marca da barra de divisão (i.e. ‘/’) e a forma longa até à última ocorrência da barra de divisão

6.7.4 Processo de Estimar

Este conjunto de processos a partir de uma colecção de teste apropriada, estima parâmetros para os algoritmos de pesquisa e de classificação de informação tendo sido implementados os seguintes processos de estimação: (1) modelo linguístico, baseado no

URL Identificação TREC Distância Interna Distância Externa www.cnet.com WTX048-B41-353 6,104 3,296

www.news.com/Radio/ WTX049-B28-9 5,693 5,419 www.digits.com WTX052-B19-257 1,920 1,869

www.linkexchange.com WTX053-B03-314 14,170 14,168 www.att.com WTX064-B02-1 2,613 1,119

www.sony.com WTX067-B36-283 745 743 www.squishy.com/~handi/ WTX074-B37-118 1,075 1,073

Page 165: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 6- Plataforma de Teste WebSearchTester - 149 -

processo de interpolação de Direchlet implementado com base na Fórmula F2.29; (2) para algoritmos de classificação:

− KNN o qual usa uma medida do co-seno Fórmula F2.13, entre as categorias definidas com a colecção de teste e o documento a catalogar.

− SVM, o qual divide o espaço em hiper-planos identificados com base na Fórmula F2.39.

− NB (Naïve Bayes), por meio da Fórmula F2.38 e com base na referida colecção de treino determina-se a probabilidade de um dado documento pertencer a uma determinada classe (categoria).

6.7.5 Processos Gerais

Como processos gerais identificam-se os que não se enquadram nas definições dos quatro anteriores (e.g. processos de indexação, comparação, optimização e estimação):

− Tradução, usado para traduzir os termos das necessidades de informação entre o inglês e um conjunto de cinco línguas europeias (e.g Português, Francês, Espanhol, Italiano, Alemão) implementado através do programa wordtrans <wordtrans.sourceforge.net>

− Interface criado para navegar num sistema de classificação previamente escolhido no formato definido (Tabela 6.1) e apresenta-lo numa estrutura hierárquica. Esta interface num trabalho futuro devia evoluir para uma interface Web.

− Identificação de comunidades (vid. Secção 4.2.5.2)

− Robot de extracção de informação na Web, implementado através do robot Larbin, disponível em <larbin.sourceforge.net>.

− Manipulação do perfil dos utilizadores. Este processo vai permitir guardar na base de dados o perfil do utilizador, sendo este tratado de forma equivalente ao vector representativo de um documento. Usa a função tsearch e a infra-estrutura OpenFTS.

− Interface para os utilizadores, apenas disponível no OpenFTS a linha de comando. Numa nova versão do sistema pretende-se implementar uma interface Web do sistema.

6.8 Conclusões

Usando a metodologia proposta construiu-se com base numa infra-estrutura disponível OpenFTS, uma ‘bancada’ de teste para processos e algoritmos de IR. Nesta plataforma WST, implementaram-se mais de vinte algoritmos relacionados com os principais

Page 166: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 6- Plataforma de Teste WebSearchTester - 150 -

processos de IR, tendo como base as propriedades estatísticas dos documentos. O objectivo é desenvolver a plataforma até se transformar num sistema que tenha disponível o maior número possível de algoritmos, estando os investigadores de IR convidados a implementar, de uma forma organizada e centralizada, os diferentes algoritmos desenvolvidos. Em relação aos sistemas de IR existentes, nomeadamente os académicos mais difundidos (e.g. Lemur, Terrier) a plataforma apresenta as seguintes vantagens:

− Tem maior número de algoritmos de IR, disponíveis.

− Não é um sistema orientado para nenhum algoritmo ou processo de IR.

− É uma plataforma modular, apresentando diversas ‘caixas’ correspondentes aos diferentes algoritmos ou processos de IR, os quais podem ser combinados de acordo com os interesses de um investigador de IR, por meio de um conjunto de opções disponíveis. Caso não esteja disponível (e.g. algoritmo novo), o sistema disponibiliza uma hierarquia de conceitos (vid. Figuras 3.14 a 3.18) para implementar o algoritmo.

Page 167: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 151 -

Capítulo 7

7 Casos de Estudo com Base na Metodologia

Proposta

O presente capítulo descreve um conjunto de aplicações que foram concebidas e desenvolvidas usando a metodologia proposta. Encontra-se dividido como ilustrado na Figura 7.1, com sete secções principais de acordo com o tipo de sistema: Filtragem (sistemas das Secções 7.1 a 7.4), Classificação (sistema da Secção 7.5) e Pesquisa de informação (sistemas das Secções 7.6 e 7.7).

Figura 7.1: Esquema da divisão em secções do Capítulo 7.

Um dos objectivos desta dissertação é demonstrar a utilidade da metodologia e da linguagem propostas para a concepção de sistemas de IR, definindo um modelo conceptual que permite a partilha de módulos entre os diferentes sistemas.

Sistemas de Filtragem de Informação

Têm como objectivo a criação de sistemas de filtragem de utilidade pública (para utilizadores individuais e empresas). Foram concebidos cinco sistemas de filtragem e destes quatro foram construídos: MyNewsPaper; MyTV guia de programas; MyTV sistema de televisão personalizada; MyEnterpriseNews.

C a s os de A plic a ç ã o de S is te m a s de R e c u pe ra ç ã o de In form a ç ã o C om e rc ia is

S is te m a d e F i l tra ge m de In form a ç ã o

S is te m a de C la s s ific a ç ã o de In fo rm a ç ã o S is te m a de P e s quis a de

In fo rm a ç ã o

M yN e w s P a pe r (S e c ç ã o 7 .1 )

M yTV -gu ia progra m a s

(S e c ç ã o 7 .2 )

M yTV - TV pe rs ona liza da

(S e c ç ã o 7 .3 )

A m b ie n te a b e rto , a co l e cçã o é a W e b . S i ste m ain co m p l e to , a b o rd a g e m e n co n tra -se e m a p ê n d i ce

M yE nte rpr is e N e w s (S e c ç ã o 7 .4 )

M yD oc u m e n t (S e c ç ã o 7 .5 )

M yC la s s ific a tor (A pê n dic e C .1 ) 3 ªG e ra ç ã o

(S e c ç ã o 7 .6 )

In tro d u çã o d e u m T ra d u to r e u so d aF i l t ra g e m b a se a d a n o co n te xto e co l a b o ra t i va

Te rm M a tc h (S e c ç ã o 7 .7 )

In tro d u çã o d e u m R o b o t P e sq u i sa

D e fi n i çã o d o p e rf i l d e b a i xo n íve lC o le cçã o co m im a g e n s e so m

R o b o t d e P e sq u i sa o ri e n ta d op e l o s re su l ta d o s

A m b ie n te fe ch a d o

O s si ste m a s co n stru íd o s tê m p o r o b j e cti vo , m o stra r a a p l i ca b i l i d a d e d a l i n g u a g e m e m e to d o l o g i a p ro p o sta s p a ra a cri a çã o d e si ste m a s d e re cu p e ra çã o d e i n fo rm a çã o

U so d o p e rf i l p a ra re d u z i r e o rd e n a r o co n ju n to d e d o cu m e n to s i d e n t i f i ca d o s co m o re l e va n te s

M é to d o n o vo q u e u sa u m si ste m a d e c l a ssi f i ca çã o d u ra n te o p ro ce sso d e co m p a ra çã o

Page 168: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 152 -

O sistema MyTvTelevisãoPersonalizada é o projecto mais ambicioso, tendo a ideia surgido da análise dos possíveis sistemas a construir com a metodologia proposta e a sua aplicação a diversas áreas da IR. Em colaboração com o grupo multi-média do ISEL decidiu-se criar o referido projecto e explorar possíveis associações à TvCabo Portuguesa.

Sistemas de Classificação

Criaram-se dois sistemas, um para funcionar num ambiente fechado (MyDocument) com a finalidade prática de catalogar documentos numa empresa de acordo com a sua estrutura organizacional, e o outro a funcionar num ambiente aberto Web (MyClassificator) que faz a catalogação de acordo com um sistema de classificação previamente escolhido (descrito no apêndice).

A nível de investigação testou-se um sistema que combina resultados de diferentes processos de classificação (Apêndice C).

Sistemas de Pesquisa

Criou-se um sistema que usa um sistema de classificação para expandir os termos das pergunta (TM) e outro que ordena os resultados das pesquisas feita por diferentes sistemas com base no perfil do utilizador e no sistema de classificação escolhido.

7.1 Jornal Personalizado: Sistema MyNewsPaper

7.1.1 Motivação

Criar um jornal feito à medida de cada utilizador, onde apenas são apresentadas as notícias do seu interesse e ordenadas por ordem de preferência é a motivação para o MyNewsPaper. Um sistema que dado um conjunto de necessidades de informação estáveis (perfil do utilizador) produza de forma automática a informação noticiosa de um conjunto de utilizadores registados.

7.1.2 Objectivo

O objectivo do MyNewsPaper é construir um jornal à medida dos interesses do utilizador, podendo este escolher as fontes de informação, a periodicidade dos eventos, o tipo de informação que deseja, mas também definir a informação em que realmente não está interessado e que não pretende receber. Como fonte de informação é usado o jornal “Público” <www.publico.pt>, sendo possível acrescentar outras fontes de informação (para mostrar a viabilidade da proposta de uma forma simples optou-se por

Page 169: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 153 -

usar apenas uma fonte de informação). A Figura 7.2 ilustra o diagrama de pacotes das vistas propostas para o modelo conceptual do sistema MyNewsPaper, bem como o objectivo da sua criação.

Figura 7.2: Sistema MyNewsPaper

7.1.3 Vista de Casos de Utilização

Le itor

D e fin e o P e rfi l

In troduz o s Te rm os

E s c olhe a s C a te goria s e Te rm os

num E s pa ç o C la s s ific a do

E s c olha d e um a Com unida de

R e c e be R e c om e nda ç õe s

do S is te m a

E s c olhe a P a s s w ord

D e fine a P e riod ic ida de

E ditora

V a lida ç ã o da C om unida de de

U til iza dore s

E s c o lhe a s Fonte s de In form a ç ã o

Fa z R e troa c ç ã o s obre os

R e s u lta dos

C ria e ge re o S is te m a

C la s s ific a ç ã o pa ra J orn a is

D e fine núm e ro m á x im o d e

notíc ia s

« e x te n d »

« e xte n d »

« e x te n d »« e x te n d » « e xte n d »

« e x te n d »

Figura 7.3: Casos de uso do sistema MyNewsPaper.

Os IR-Actors, ilustrados na Figura 7.3 são:

− A Editora (IR-Authority), que cria e gere o sistema de classificação (secções) para um jornal e valida as comunidades identificadas pelo sistema.

− O Leitor (IR-User), que recebe recomendações de notícias relevantes, escolhe os jornais (fontes de informação), produz retroacção aos resultados obtidos e define o perfil através da:

o Definição da periodicidade dos eventos.

o Definição do número máximo de notícias.

o Definição da palavra-chave.

« IR -S yste m »M yN e w s P a pe r

+ V i sta C a so sU ti l i za çã o+ V i sta In fo rm a çã o+ V i sta P ro ce sso s

O b j e ct i vo : C ri a r u m j o rn a l p e rso n a l i za d o .

Page 170: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 154 -

o Definição dos termos do perfil através de uma das seguintes opções: (1)

introdução de termos livres; (2) escolha de termos ou categorias num sistema de classificação; (3) escolha da comunidade que mais lhe interessa.

7.1.4 Vista de Informação

« IR -U se rP ro f i l e »P e rfi lU ti l iza d orJ orna l

- se cçã o [* ] : S tri n g- n ú m e ro m a xn o tíc i a s: In t

« IR -C o m u n i ty»C om unida d e J orna is

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »S is te m a C la s s ific a ç ã oJ orna l

- se cçã o [* ] : S tri n g

« IR -R e su l t»R e c om e nda ç ã o

« IR -C o l l e ti o n »J orna lP u blic o

- se cçã o : S tri n g

« IR -In d e x»Índ ic e J o rna lP ublic o

- se cçã o : S tri n g

« IR -P ro ce ss»R obotLa rb in

- U R L : S tri n g

« IR -S yste m »M yN e w s P a pe r

i d e n t i f i ca çã oco m u n i d a d e

+ o u tp u t

n o tíc i a sre l e va n te s

+ o u tp u t

p ro d u z >

+ i n p u t

ín d i ce

p ro ce sso i n d e xa çã o

+ i n p u t n e ce ssi d a d e s d ei n fo rm a çã o

p e rfi l ce n tra lco m u n i d a d e

te rm o s +ca te g o ri a s

Figura 7.4: Vista de Informação do sistema MyNewsPaper.

A informação necessária para o funcionamento do sistema MyNewsPaper encontra-se ilustrada na Figura 7.4, a qual é composta pela colecção, índice, sistema de classificação, perfil do utilizador, comunidade e resultado.

A Colecção é criada pelo robot de pesquisa Larbin, que esta configurado para ir buscar diariamente, toda a informação disponível, ao endereço <jornal.publico.pt/ ano/mês/dia/secção>. Deriva da classe abstracta colecção e é formada pelo conjunto de notícias de cada secção (documento). Estes documentos são identificados pela data, secção e referência interna. Apenas se considerou a informação textual.

Índice Jornal Público, obtido pelo processo de indexação o qual deriva da classe abstracta ÍndiceEspecífico. Contém referência ao documento inicial (notícia é guardada sob a forma data-secção-referência_interna). Os títulos são identificados e é lhes atribuída uma frequência dez vezes superior. Foram removidas as stop words do Português e os termos foram radicalizados com base no algoritmo de Porter para Português implementado pelo Snowball. São guardados na base de dados os termos

Page 171: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 155 -

identificados como representativos e o respectivo peso, sendo este calculado com base na Fórmula F2.5.

Sistema de Classificação, foi construído com base no facto de a informação num jornal se encontrar de uma forma geral, organizada por temas (secções). O Público on-line apresenta a seguinte estrutura (ano de 2004) <url/ano/mês/dia/secção>, sendo a secção o conjunto de temas disponíveis: (1) Nacional; (2) Mundo; (3) Espaço Público; (4) Sociedade; (5) Ciências; (6) Cultura; (7) Desporto; (8) Economia; (9) Media; (10) Local Lisboa; (11) Local Porto; (12) Local Minho. Estas secções correspondem às categorias principais do Sistema de classificação. Nesta fase inicial do sistema não foram definidos outros níveis.

Perfil do Utilizador, deriva da classe abstracta PerfilUtilizador onde se define: endereço de correio electrónico, palavra-chave, periodicidade, número máximo de notícias, fonte de informação (jornal, ainda não disponível) termos positivos do perfil, obtidos por uma das três formas disponíveis: (1) introdução livre de termos; (2) escolha de uma comunidade; (3) escolha de categorias no espaço classificado. O Utilizador pode ainda definir um perfil negativo, sobre temas noticiosos nos quais não tem interesse em receber informação.

A informação de quais as temáticas mais procuradas é valiosa para produtores de informação e é obtida através da identificação de comunidades. Devidamente explorada esta informação pode ser usada para fins comerciais, num sistema aberto na Internet. Recorde-se que o sistema funcionou em modo fechado, tendo sido simulados um conjunto de interesses fictícios de diferentes utilizadores.

O sistema MyNewsPaper recebe a informação dos processos descritos na vista de processos, apresentando os resultados obtidos pelo perfil positivo menos os obtidos pelo perfil negativo, limitado ao número máximo de notícias pré-definido. Com base no processo de retroacção pode alterar-se o perfil do utilizador. As notícias são apresentadas por ordem da medida de relevância.

Resultados

O protótipo do MyNewsPaper foi testado durante dois meses, tendo sido criados 12 utilizadores, 8 dos quais foram criados com interesses semelhantes (Desporto; Futebol); tendo sido explorada a identificação de comunidades e a sugestão de novos termos para os perfis. O sistema, numa fase inicial, começou por falhar a identificação de alguns documentos relevantes, por falta de termos nos perfis. Este problema foi ultrapassado à medida que o sistema, com base nos processos de retroacção implementados, foi expandido termos nos perfis. Foram encontrados novos termos (e.g., desporto+futebol+porto (perfil inicial) aos quais foram acrescentados os nomes dos

Page 172: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 156 -

jogadores, dos treinadores e dos dirigentes).

Outro aspecto positivo do protótipo é a apresentação de resultados por ordem de relevância dos documentos fazendo com que os utilizadores identifiquem efectivamente as notícias mais relevantes.

7.1.5 Vista dos Processos

Os processos encontram-se descritos na Figura 7.5, criados de forma a atingir os objectivos propostos.

O processo de indexação é igual ao definido na classe abstracta do processo de indexação.

O processo de retroacção do utilizador foi implementado com base na Fórmula F2.12, a qual altera os pesos dos termos ou acrescentando novos termos ao perfil do utilizador.

Figura 7.5: Vista de Processos do sistema MyNewsPaper.

O ProcessoComparação implementou o processo vectorial baseado no produto interno de vectores (representativos dos documentos e dos perfis dos utilizadores) sob a fórmula lnu-ltc (Fórmulas F2.5 e F2.7). O processo de comparação usa o perfil positivo e o

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s oC om pa ra ç a o

+ F2 .1 3 ()

« IR -A l g o ri th m »lnu -ltc

+ F2 .7 ()+ F2 .5 ()

« IR -O p ti m i za t i o n P ro ce ss»R e troa c ç ã oU til iza dor

+ F2 .1 2 ()

« P ro ce sso »G e s tã oE v e ntos

- p e ri o d i c i d a d e : In t- n ú m e ro m a xn o tíc i a s: In t

« IR -In d e xP ro ce ss»P roc e s s o Inde x a ç ã oJ orna lP ub lic o

+ co n ve rso rfo rm a to ()+ re m o ve rsto p l i stw o rd ()+ ra d i ca l i za çã o ()+ e sta tíst i ca ()+ i d e n t i f i ca d o rca m p o ()

Ín d i ce

a l te rap e rf i l

t ri g g e r

11

Page 173: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 157 -

negativo. O mesmo produto interno entre perfis de utilizador serve para identificar comunidades. O valor do produto interno para o qual o documento é considerado relevante é função do número de notícias escolhido e é optimizado em função da retroacção recebida (Ferreira, 2005c).

O processo GestãoEventos é responsável pela gestão dos eventos do sistema. Envia com base na periodicidade definida, a informação considerada relevante pelo sistema por correio electrónico para o utilizador. O sistema garante um nível elementar à privacidade do utilizador, pois os seus dados pessoais estão protegidos por um mecanismo seguro de login e palavra-chave. Apenas o administrador pode visualizar os dados do perfil sem, no entanto, poder fazer a associação ao utilizador.

7.2 Identificação de Programas de Televisão: MyTV (Guia

de Programas)

7.2.1 Motivação

Com a quantidade de canais disponíveis é frequente perderam-se programas interessantes por desconhecimento de horários ou mesmo da sua existência. O referido sistema permite alertar os utilizadores para a existência e para o horário de programas que eventualmente lhes interesse.

7.2.2 Objectivo

O objectivo do MyTv (Guia de Programas) foi criar um sistema personalizado de notificação de programas de televisão da TvCabo <www.tvcabo.pt>, a utilizadores registados. O perfil é constituído a partir da lista de programas disponíveis ou então por temas identificados de uma lista disponível no endereço da TvCabo. A Figura 7.6 ilustra o diagrama de pacotes das vistas propostas para o modelo conceptual do sistema MyTv (Guia de Programas), bem como o objectivo da sua criação.

Figura 7.6: Sistema MyTV (Guia de Programas).

« IR -S yste m »M yTv G uia de P rogra m a s

+ V i sta C a so sU t i l i za çã o+ V i sta In fo rm a çã o+ V i sta P ro ce sso s

O b j e ct i vo : C ri a r u m si ste m a p e rso n a l i za d o d e re co m e n d a çã o d e p ro g ra m a s d e te l e v i sã o .

Page 174: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 158 -

7.2.3 Vista de casos de utilização

Os IR-Actor do sistema MyTv (Guia de Programas), ilustrados na Figura 7.7 são:

− O Telespectador (IR-Utilizador) define o perfil de uma das seguintes formas: (1) introdução livre de termos; (2) navegação no espaço classificado; (3) escolha da comunidade com que mais se identifica. Pode ainda introduzir um perfil negativo no qual define assuntos em que não está interessado em receber informação. O utilizador recebe por correio electrónico de acordo com a periodicidade pré-definida, a informação desejada. Pode ainda dar retroacção aos resultados recebidos bem como alterar o seu perfil. Pode ainda avaliar os programas a que assistiu, numa escala de 1 a 5.

− A TvCabo (IR-Autoridade), é responsável por validar as comunidades identificadas pelo sistema e ao mesmo tempo é responsável pelo sistema de classificação (criação e manutenção).

Te le s pe c ta dorD e fine o P e rfi l

In troduz os Te rm os

E s c o lhe a s C a te goria s e Te rm os num E s pa ç o

C la s s ific a do

E s c o lha de um a C om unida de

R e c e be R e c om e nda ç õe s

do S is te m a

E s c o lhe a P a s s w ord

TV C a boV a lida ç ã o da

C om unida de de U til iza dore s

Fa z R e troa c ç ã o s obre os

R e s u lta dos

C ria e ge re S is te m a

C la s s ific a ç ã o TV C a bo

E s c o lhe P e rfi l N e ga tiv o do

U til iza dor

A v a lia os P rogra m a s V is tos

« e x te n d »

« e xte n d »

« e xte n d »

« e x te n d »

Figura 7.7: Vista de casos de utilização do sistema MyTv (Guia de Programas).

7.2.4 Vista de Informação

A informação do MyTv (Guia de Programas) é composta pela colecção de programas, pelo sistema de classificação, pelo perfil do utilizador, pelas comunidades identificadas e pelos resultados obtidos. A Figura 7.8 mostra os atributos da informação e o

Page 175: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 159 -

respectivo fluxo.

A Colecção é criada através do robot Larbin, o qual foi configurado para ir ao endereço da TVCabo <www.tvcabo.pt>, (Agosto 2004), retirar os conteúdos programáticos dos diferentes canais.

O Sistema de Classificação da TV foi definido com base na classe abstracta tendo sido criados dois níveis:

− Desporto (nível 0): SportTv; EuroSport; Extreme Sports (nível 1).

− Filmes (nível 0): Lusomundo Gallery, Premium, Action, Hollywood, IPPV1 (estreias 1), IPPV2 (estreias 2), IPPV3, IPPV4 (nível 1).

− Notícias (nível 0): Euronews, Sic Notícias, CNN, Sky News (nível 1).

− Cultura (nível 0): National Geographic, Historia, Canal Saúde, People+Arts, Odisseia, Tv medicina (nível 1).

− Música (nível 0): Sol, NTV (nível 1).

− Adulto (nível 0): Playboy, SexHot (nível 1).

− Criança (nível 0): Panda, Disney, Cartoon (nível 1).

− Genéricos (nível 0): RTP1, TVI, Canal 2, SIC (nível 1).

O Perfil do Utilizador Tv tem como atributos o endereço de correio electrónico, a palavra-chave e a periodicidade (se esta for definida com o valor 0, sempre que haja um evento o utilizador recebe uma notificação). O perfil é construído por um conjunto de termos (identificadores dos programas desejados) e pela classificação dos programas vistos numa escala de 1 a 5, correspondente ao grau de interesse e qualidade (pessoais do utilizador).

As Comunidades identificaram grupos de utilizadores com interesses comuns o que é novamente um tema importante a explorar, quer para os produtores de informação quer para o funcionamento do sistema, permitindo a interacção dos utilizadores entre si. No entanto as comunidades criadas são incompletas devido à falta de utilizadores do sistema. As comunidades podem ser identificadas por dois processos distintos: (1) semelhança entre os programas (produto interno dos vectores do perfil); (2) função da correlação entre as avaliações feitas pelos utilizadores aos programas (Ferreira, 2001).

Resultados (Programas Recomendados), este sistema funcionou em modo fechado com a simulação de utilizadores fictícios. O sistema teve dificuldade em classificar novos programas em canais genéricos. A identificação dos filmes falhou muitas vezes uma vez que a base de dados dos filmes não estava completa ou, ainda devido a

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Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 160 -

traduções incorrectas dos títulos originais. A identificação de programas de desporto foi feita com base nos termos existentes nas comunidades criadas e falhou devido à falta de utilizadores do sistema, originando comunidades pequenas e com poucos termos. Os resultados são apresentados na forma: programa, data e hora.

Figura 7.8: Vista de Informação para o sistema MyTV (Guia de Programas).

Vista de Processos

Os principais processos do sistema, encontram-se descritos na Figura 7.9, sendo o principal desafio desta aplicação a identificação de temas nos canais genéricos e a pesquisa em diferentes línguas (e.g., Português, Inglês). O MyTV usa os módulos comuns de um sistema de filtragem de informação integrando ainda o pacote Tradutor (novo pacote).

Este tradutor, Wordtrans <wordtrans.sourceforge.net>, efectua a tradução das perguntas no entanto apresenta as limitações habituais (i.e., a associação ao contexto não é feita). Foi implementada a tradução em 5 línguas: Alemão, Francês, Italiano, Espanhol e Português. Quando a palavra não é encontrada no dicionário é deixada na sua forma original. Nesta fase o tradutor tem de receber como input a língua inicial e a língua a traduzir (por defeito Português). Numa fase posterior pretendemos construir um processo para detectar automaticamente a língua.

« IR -U se rP ro f i l e »P e rfi lU til iza dorTV

- n o m e : S tri n g- ra te : M a tri x- ca te g o ri a [* ] : S tri n g- co m m u n i d a d e : S tri n g- e m a i l : S tri n g- p a ssw o rd : S tri n g- p e ri o d i c i d a d e : In t

« IR -C o l l e c t i o n »P rogra m a s TV

- d a ta : D a te- n o m e : S tri n g- ca te g o ri a : S tri n g- ca n a l : In t

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »S is te m a Cla s s ific a ç ã oTV

- d e sp o rto : S tri n g- f i l m e s: S tri n g- n o t i c i a s: S tri n g- cu l tu ra : S tri n g- m ú si ca : S tri n g- a d u l to : S tri n g- c ri a n ça : S tri n g- g e n é ri co : S tri n g

« IR -Co m u n i ty»Com unida de TV

- ra te : M a tri x- ca te g o ri a [* ] : M a tri x

« IR -S yste m »M yTv G uia

« IR -Re su l t»P rogra m a s R e c om e nda dos

« IR -In d e x»Índ ic e P rogra m a s TV

- d a ta : D a te- n o m e : S tri n g- ca te g o ri a : S tri n g- ca n a l : In t

+ i n p u t

ín d i ce

re su l ta d o + o u tp u tco m u n i d a d e

+ o u tp u t

te rm o +ca te g o ri a

+ i n p u t

p ro ce ssoi n d e xa çã o

a va l i a çã o p ro g ra m ap e l o u ti l i za d o r + i n p u t

+ i n p u t

p e rf i l >

u sa >

+ i n p u t

Page 177: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 161 -

Figura 7.9: Vista de processos do sistema MyTV (Guia de Programas).

7.3 MyTv: Sistema de Televisão Personalizada

7.3.1 Motivação

A quantidade de canais existentes num sistema de televisão por cabo cria ao utilizador o problema da escolha do programa certo e da ‘perda’ de programas interessantes.

Este problema normalmente é resolvido pelo utilizador de 2 formas: (1) fazendo ‘zapping’ pelos programas disponíveis num determinado intervalo de tempo, sendo muitas vezes impossível dado existirem normalmente entre 100 a 300 programas; (2) leitura da programação existente, caso se encontre publicada o que possivelmente não é feito de uma forma centralizada.

É para resolver este problema, que tem vindo a ganhar interesse, dado o continuo aumento do número de programas disponíveis, que propomos um sistema personalizado de televisão. Os utilizadores registados, sem fazerem grande esforço em definir preferências, são alertados por um conjunto(s) de janela(s) de potenciais programas do seu interesse no canto superior da televisão. O número de janela(s) é previamente

« IR -In d e xP ro ce ss»P roc e s s o Inde x a ç ã o

+ co n ve rso rfo rm a to ()+ re m o ve rsto p l i stw o rd ()+ ra d i ca l i za çã o ()+ e sta tíst i ca ()+ i d e n ti f i ca d o rca m p o ()

« IR -P ro ce ss»G e s tã oE v e nto

« IR -R e su l t»P rogra m a R e c om e nda do[*]

« IR -S yste m »M yTV G uia

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s oV e c toria l

+ F2 .1 3 ()

« IR -O p t i m i za ti o n P ro ce ss»R e troa c ç ã o

+ F2 .1 2 ()

« IR -A l g o ri th m »lnu -ltc

+ F2 .5 ()+ F2 .7 ()

« IR -A l g o ri th m »C orre la ç ã o

+ F2 .3 5 ()

« IR -P ro ce ss»Tra dutor

0 ..1

ín d i ce

+ i n p u t

re su l ta d o s

+ o u p u t

tri g g e r

u sa >

+ i n p u t

0 ..1

< u sa

Page 178: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 162 -

definido pelo utilizador.

Para resolver o problema descrito, vai ser necessário criar e gerir de forma automática um perfil de utilizador e extrair características que possam identificar o tipo de programas nos quais o utilizador tem interesse (classificação de vídeo e áudio).

7.3.2 Objectivo

O sistema proposto pretende construir uma televisão personalizada do ponto de vista da identificação automática de programas, apresentando os programas mais interessantes do ponto de vista de cada utilizador. Este programa pretende explorar os sistemas interactivos existentes nos diferentes operadores de cabo, surgindo posteriormente o problema da uniformização de tecnologias ainda por resolver. Para simplificar o processo propõe-se uma arquitectura aplicada do lado do cliente, no entanto no futuro quando houver melhor definição e uniformização a extracção de características dos programas e a comparação de características do perfil e dos programas deverá ser feito do lado do emissor, difundindo-se apenas a informação necessária. O sistema proposto encontra-se descrito nas Figuras 7.11 a 7.13.

O sistema foi concebido para ter o mínimo de interacção com o utilizador, pois diversos estudos no domínio da pesquisa de informação textual (Jansen et al. 98), mostram que os utilizadores gostam pouco de interagir com os sistemas de pesquisa. No sistema proposto os utilizadores podem simplesmente indicar se as recomendações do sistema são ou não válidas. A Figura 7.10 ilustra o diagrama de pacotes das vistas propostas para o modelo conceptual do sistema MyTv (Televisão Personalizada), bem como o objectivo da sua criação.

Figura 7.10: Sistema MyTV (Televisão Personalizada).

Vista de Casos de Utilização

Os IR-Actors encontram-se ilustrados na Figura 7.11 e são:

− Numa fase inicial o Telespectador (IR-Utilizador) regista-se, escolhendo ou não um tipo de perfil já disponível: (1) Identifica-se com uma comunidade tipo definida ou (2) Navega e escolhe um tema (e.g., correspondente aos principais temas: Informação, filmes (subdividido, em acção, terror, comédia, etc.), desporto

« IR -S yste m »M yTv

+ V i sta Ca so sU ti l i za çã o+ V i sta In fo rm a çã o+ V i sta P ro ce sso s

O b j e c t i vo : C ri a r u m si ste m a p e rso n a l i za d o d e te l e v i sã o ..

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Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 163 -

(subdividido em futebol, desportos motorizados, basquetebol, etc.) num espaço classificado. O utilizador interage com o sistema aceitando ou não as sugestões lançadas (através de um simples ‘clique’). Esta informação é usada para actualizar o vector de pesos no seu perfil de preferências (baixo nível). A retroacção do utilizador por ser: (1) explicita pela reacção a uma recomendação de um simples interessa ou não; (2) implícita pela percentagem do tempo gasto pelo utilizador na avaliação da recomendação. Estes mecanismos de retroacção têm um papel semelhante aos existentes na pesquisa textual, alterando os pesos dos atributos existentes. Perante a selecção de tipo de programas que desagradam ao utilizador, constrói-se um perfil negativo que permite evitar subsequentes recomendações sobre tópicos pelos quais o utilizador mostrou desagrado. O utilizador pode igualmente avaliar os programas vistos numa escala de 1 a 5.

− A Tvcabo (IR-Authority), cria e gere o sistema de classificação, cria a colecção de teste e válida as comunidades de utilizadores identificadas pelo sistema.

Te le s pe c ta dorD e fine o P e rfi l

In troduz os Te rm os

E s c o lhe a s C a te goria s e Te rm os num E s pa ç o

C la s s ific a do

E s c o lha de um a C om unida de

R e c e be R e c om e nda ç õe s

do S is te m a

E s c o lhe a P a s s w ord

TV C a boV a lida ç ã o da

C om unida de de U til iza dore s

Fa z R e troa c ç ã o s obre os

R e s u lta dos

C ria e ge re S is te m a

C la s s ific a ç ã o TV C a bo

E s c o lhe P e rfi l N e ga tiv o do

U til iza dor

A v a lia os P rogra m a s V is tos

C ria C o le c ç ã o Te s te

« e x te n d »

« e xte n d »

« e xte n d »

« e x te n d »

Figura 7.11: Vista dos casos de utilização do Sistema MyTV (Televisão Personalizada).

7.3.4 Vista de Informação

A indexação é o processo de criar representativos do espaço de informação de forma a esta poder ser tratada pela comparação deste espaço com o dos representativos das necessidades dos utilizadores. Este tema encontra-se bastante explorado no domínio da pesquisa textual que usa as propriedades estatísticas dos documentos (e.g. frequência dos termos). No caso de programas de televisão o processo é mais complicado sendo

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Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 164 -

necessário recorrer a características de baixo nível do vídeo e do áudio dos programas, como se ilustra na Figura 7.12. As Características de baixo nível do áudio, serão consideradas para desenvolvimento de trabalho futuro e têm como objectivo complementar a classificação feita a partir das características de baixo nível da imagem. Desta forma pode estudar-se o impacto da introdução do áudio no desempenho do sistema.

As características de baixo nível do vídeo são identificadas a partir dos seguintes algoritmos: (1) detecção de transições abruptas (“shot boundary detection”), (2) extracção de descritor GofGopColor; (3) extracção de descritor EdgeHistogram; (4) extracção de descritor MotionActivity. Da aplicação destes algoritmos resultam as seguintes características de baixo nível:

− Cor, utilização do descritor MPEG-7, GofGopColor, que calcula o histograma de cor no espaço HSV, num dado segmento de vídeo;

− Textura, utilização do descritor MPEG-7, EdgeHistogram, que calcula o histograma de orientação de transições de intensidade (edges) para 16 zonas disjuntas de cada frame do segmento de vídeo.

− Movimento, utilização do descritor MPEG-7, MotionActivity, que expressa numa escala de 1 a 5 a intensidade do movimento (desde muito baixa até muito elevada) no segmento de vídeo.

− Densidade de cortes (cuts). Número médio de cortes (transições abruptas) numa dada zona do vídeo envolvendo N segmentos.

Estes atributos constituem o índice de baixo nível dos programas de Televisão. Os atributos do som foram deixádos para trabalho futuro.

As Comunidades TV (IR-Community) são grupos de utilizadores com interesses comuns, sendo proposto numa primeira fase o agrupamento de termos do perfil (alto nível). Estas comunidades são caracterizadas pelo perfil central, e constituem informação valiosa para os produtores de programas, podendo a partir desta apostar na produção de programas com conteúdos mais adequados aos diferentes grupos tipo que apresentem uma dimensão considerável. Outra funcionalidade destas comunidades é a optimização do sistema de classificação definido inicialmente. A alteração deste espaço classificado é demasiado complexa para ser executada de uma forma automática pelo sistema, pelo que se propõe que o sistema de recomendações sejam validadas por uma autoridade (pessoa(s) identificada com capacidade para gerir o sistema de classificação).

Page 181: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 165 -

Ín d i ce B a i xo N íve l

« IR -Do cu m e n t»C a na l 1

« IR -D o cu m e n t»C a na l 2

« IR -D o cu m e n t»C a na l 3

« IR -Do cu m e n t»C a na l n

« IR-In d e x»Cor

« IR -In d e x»Te x tura

« IR -In d e x»M ov im e nto

« IR -In d e x»D e ns ida de C orte s

« IR -In d e x»D is c urs o

« IR -In d e x»Ruído

« IR-In d e x»M us ic a

« IR -In d e x»S ilê nc io

« IR-D o cu m e n t»C a na l 4

« IR -D o cu m e n t»C a na l 5

P ro ce sso In d e xa çã o B a i xo N íve l

« IR -C o l l e c ti o n »P rogra m a s TV

« IR -A l g o ri tm »G ofG ofC o lo r

« IR-A l g o ri tm »E dge H is togra m

« IR-A l g o ri tm »M otionA c tiv ity

« IR -A l g o ri tm »S hotB ounda ryDe te c tion

« IR -A l g o ri tm »A ud ioFe a tu re s E x tra c tion

« IR -Use rP ro fi l e »P e rfilU til iza dorA lto N ív e l

- n o m e [*]: S tri n g- ca te g o ri a [* ] : S t ri n g

« IR -Co l l e c t i o n »Co le c ç ã oTre ino

« IR -U se rP ro fi l e »P e rfilU til iza dorBa ix oN ív e l

- co r: In t- te x tu ra : In t- m o ve m e n to : In t- d e sn si d a d e co rte : In t- d i scu rso : B o o l e a n- ru íd o : B o o l e a n- si l e n c i o : B o o l e a n- m u si ca : In t

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »S is te m a C la s s ific a ç ã o Tv C a bo

- d e sp o rto : S tri n g- f i l m e s: S tri n g- n o ti c i a s: S tri n g- cu l tu ra : S tri n g- m ú si ca : S tri n g- a d u l to : S tri n g- c ri a n ça : S tri n g- g e n é ri co : S tri n g

« IR -Co m u n i ty»C o m un ida d e TV

- n o m e : S tri n g- p ro g ra m a [*]: S tri n g

« IR -P ro ce ss»Con v e rs orA ltoB a ix o N ív e l

u sa >

u sa >

Figura 7.12: Vista de Informação do sistema MyTv (Televisão Personalizada).

Vista de Processos

Os processos do sistema MyTV encontram-se descritos na Figura 7.13, dos quais se descrevem os que foram criados especificamente para o sistema: conversoraltobaixonível e MyTv.

ConversorAltoBaixoNível: aos temas identificados o sistema associa um conjunto de características de baixo nível (previamente identificadas). Dando assim origem a dois perfis, cuja correspondência é feita por um conversor elaborado a partir de um conjunto de heurísticas (identificadas no processo EstimaParâmetro) que permitam caracterizar de forma unívoca os diferentes programas. É neste campo que o presente trabalho apresenta contributos inovadores, usando uma rede de inferência que permite passar de descritores de baixo nível para descritores de alto nível. Por exemplo, o futebol é caracterizado pela presença de cor verde (relva), movimentos globais com alternância

Page 182: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 166 -

de direcção (esquerda/direita e direita/esquerda), existência esporádica de segmentos de vídeo reproduzidos em câmara lenta. Esta conversão vai beneficiar da criação de comunidades e a manipulação do espaço classificado.

« IR -P ro ce ss»G e s tã oE v e nto s

- p e ri o c i d a d e e n v i o : In t- va l o rre l e va n c i a : In t

C om unid a de TV

« IR -S yste m »P ro c e s s oC o m pa ra ç ã o

+ F2 .1 3 ()

« IR -A l g o ri th m »lnu -ltc

+ F2 .5 ()+ F2 .7 ()

« IR -O p ti m i za ti o n P ro ce ss»R e troa c ç ã o

+ F2 .1 2 ()

« IR -A l g o ri th m »C orre la ç ã o

+ F2 .3 5 ()

« IR -In d e xP ro ce ss»P roc e s s oInde x a ç ã oB a ix oN ív e l

« IR -A l g o ri th m »A lg oritm os E x tra ç ã o P rop rie d a de s (Im a ge m + S om )

« IR -P ro ce ss»C on v e rs orA ltoB a ix oN ív e l

« IR -R e su l t»P rog ra m a R e c om e nd a do

« IR -E sti m a ti o n P ro ce ss»E s tim a P a râ m e tro

+ o u tp u t

co m u n i d a d e

< u sa

+ i n p u t

ín d i ce b a i xon íve l

a l te rap e rf i lu t i l i za d o r

+ i n p u t

re su l ta d o

+ o u tp u t

p e rf i l u t i l i za d o rb a i xo n íve l

+ i n p u t

tri g g e r

0 ..1

0 . .1

Figura 7.13: Vista processos do sistema MyTv (Televisão Personalizada).

O processo de comparação tem o objectivo de identificar programas relevantes de acordo com o perfil do utilizador. A proposta faz-se pela comparação de baixo nível dos descritores dos programas com os perfis dos utilizadores. Na comparação implementou-se as Fórmulas F2.35 (algoritmo de correlação), F2.5, F2,7 e F2.13, usando como matéria-prima os vectores de baixo nível descritivos dos programas e do perfil dos utilizadores.

O processo Gestão de Eventos define-se o valor de relevância, ao seja o valor para o qual o processo de comparação considera se um programa é ou não relevante, sendo este função da escolha que o utilizador fez de ter muitos ou poucos alertas.

7.3.6 Conclusões

Tentou-se dar os primeiros passos numa área (classificação automática de imagem) onde existem poucos trabalhos publicados, propondo-se um sistema personalizado de recomendação de programas de televisão.

Este sistema permite o estudo de diversos problemas: (1) classificação de imagem; (2) combinação de classificadores de áudio e imagem; (3) identificação de comunidades; (4) passagem do ‘mundo’ textual (identificado como alto nível no presente trabalho) para o ‘mundo’ da imagem, áudio (identificado como baixo nível no presente trabalho).

Page 183: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 167 -

7.4 MyEnterprise News (Alertas Empresariais)

7.4.1 Motivação

É importante a nível empresarial controlar a informação existente relacionada com a área do negócio em que opera. Existem nas empresas pessoas contratadas cujo trabalho consiste em ler e recortar informação publicada nos meios de comunicação relacionada com a empresa. O sistema proposto tem por objectivo fazer este trabalho de forma automática.

7.4.2 Objectivo

Figura 7.14: Sistema MyEnterpriseNews.

O MyEnterpriseNews (MEN), representado na Figura 7.14, é uma aplicação capaz de identificar, de entre as notícias disponíveis, informação relacionada com as empresas, ramo de actividade ou com os seus concorrentes. O conhecimento dessa informação pode ser uma vantagem competitiva, numa perspectiva de gestão nomeadamente como suporte à decisão.

Com o referido problema introduz-se um grau de complexidade adicional, pois a existência de informação em diversas línguas obriga à tradução, introduzindo-se o problema da pesquisa em diferentes línguas. Foi considerada a informação em seis línguas: Inglês, Português, Espanhol, Italiano, Alemão e Francês, estando disponível a tradução automática entre cada uma delas. O robot começa a pesquisa pelas fontes de informação que contribuíram no passado com mais documentos relevantes. As fontes de informação estão divididas em gerais (comuns a todas as áreas) e específicas (que variam com o domínio do conhecimento em causa). Importante é a configuração do domínio das fontes de informação, podendo definir-se apenas o domínio Português (.pt), ou ainda outros domínios. A Figura 7.14 ilustra o diagrama de pacotes das vistas propostas para o modelo conceptual do sistema MEN, bem como o objectivo da sua criação.

« IR -S yste m »M yE nte rpris e N e w s

+ V i sta C a so sU ti l i za çã o+ V i sta In fo rm a çã o+ V i sta P ro ce sso s

O b j e ct i vo : C ri a r u m si ste m a q u e e n co n tre i n fo rm a çã o re l e va n te n a W e b d e a co rd o co m a s n e ce ssi d a d e s e sp e c i f i ca s d e u m a e m p re sa .

Page 184: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 168 -

Vista de Casos de Utilização

E m pre s a

D e fin e P e rgunta

In troduz te rm os

E s c olhe C a te goria s \Te rm os

num E s pa ç o C la s s ific a do

R e c e b e lis ta doc um e nto orde na dos por m e dida de

re le v â nc ia

A utorida de

C ria E s p a ç o C onhe c im e nto

(S is te m a C la s s ific a ç ã o e

D ic ioná rio )G e re E s p a ç o

C onhe c im e nto (S is te m a

C la s s ific a ç ã o e D ic ioná rio )

A utor

P roduz D oc um e nto

R e troa ç ã o R e s u lta dos E s c olhe S is te m a

C la s s ific a ç ã o

E s c o lh e S is te m a de P e s quis a

d is pon ív e lE s c o lha

L ingu a

D e fin e P e rfi l

E s c o lhe M é todo Com pa ra ç ã o

Im ple m e nta M é todos de C om pa ra ç ã o

E s c olh e C a te goria (s ) no S is te m a de

C la s s ific a ç ã o pa ra o p roc e s s o c e

c onte x tua liza ç ã o

« e xte n d »

« e x te n d »

« e x te n d »

« e xte n d »

« e xte n d »

Figura 7.15: Vista de casos de utilização do sistema MyEnterpriseNews.

Os IR-actors, ilustrados na Figura 7.15 são:

− O Autor (IR-Producer) produz informação.

− A Autoridade (IR-Authority) cria e gere o espaço de conhecimento, que neste caso é constituído pelo sistema de classificação específico.

− A Empresa (IR-User) define o perfil (neste caso a informação relevante para a empresa) pela escolha de termos ou categorias num sistema de classificação ou então pela introdução livre de termos. Produz retroacção aos resultados obtidos, escolhe as fontes de informação iniciais e o domínio onde será efectuada a busca. Define as diferentes línguas em que quer fazer a pesquisa. É notificado pelo sistema sempre que informação considerada relevante é alterada ou quando nova informação potencialmente relevante é criada.

7.4.4 Vista de Informação

A informação do sistema MyEnterpriseNews encontra-se descrita na Figura 7.16, sendo composta pela colecção, pelo perfil utilizador, pelo índice, pelo dicionário e pelos resultados.

Perfil de utilizador MEN: foram definidos dois perfis de utilizador MEN empresariais no teste elaborado sobre o sistema, tendo sido traduzidos nas seis línguas (correspondentes às línguas escolhidas no perfil, sendo a tradução executada pelo

Page 185: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 169 -

tradutor automático):

− Perfil 1: Industria Automóvel, AutoEuropa, VW, Volkswagem, Sharan; procura de informação sobre uma marca e um modelo específico bem como o ramo de actividade em que opera.

− Perfil 2: Computer, CPU speed, new releases (procura de informação sobre o lançamento de novos processadores).

A classe perfil do utilizador tem com atributos adicionais: (1) domínio de pesquisa, onde são escolhidas as fontes de informação iniciais; (2) escolha das línguas.

Fontes de Informação (ColecçãoMEN), foi escolhido um pequeno número de endereços noticiosos em diferentes línguas (o robot de pesquisa foi configurado, para não sair do endereço referenciado):

− Português: Público <www.publico.pt>, Expresso <www.expresso.pt>, Diário Económico <www.de.iol.pt/>, Correio da Manha <www.correiodamanha.pt> , Diário de noticias).

− Inglês: Reuters <www.reuters.com>, BBC <news.bbc.co.uk/2/hi/europe> e CNN <www.cnn.com>.

− Espanhol: El País <www.elpais.es>.

− Francês: <www.reuters.fr>; Le Monde <www.lemonde.fr>; Liberation <www.liberation.fr>.

− Alemão: Der Spiegel <www.derspielgel.de> e Reuters <www.reuters.de>.

− Italiano: Corriere della Será <www.corriere.it>, Republica <www.repubblica.it> e Fionline <www.fionline.it>.

Figura 7.16: Vista de Informação do Sistema MyEnterpriseNews.

Resultados (Informação Relevante)

« IR -C o l l e c t i o n »C ole c ç ã oM E N

« IR -P ro ce ss»La rb inR obot

« IR -In d e x»Índ ic e M E N

« IR -P ro fi l e »P e rfi lU til iza dorM E N

- d o m ín i o [* ]: S tri n g- l ín g u a [* ]: In t

« IR -T h e sa u ru s»D ic ioná rio

« IR -S yste m »M yE nte rpris e N e w s

« IR -R e su l t»In fo rm a ç ã oR e le v a n te

- U R L : S tri n g

U R Lp e rf i l u t i l i za d o r+ i n p u t

p ro d u z >

+ o u tp u t

< u sa

+ i n p u t

ín d i ce

p ro ce sso i n d e xa çã od o cu m e n to

Page 186: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 170 -

Caso 1

Foi identificado um conjunto de 31 notícias em português (todas relevantes, essencialmente relacionadas com a AutoEuropa), 23 em Alemão (maioritariamente relacionados com VW), 41 em língua Inglesa (maioritariamente relacionados com Sharan e VW), 5 em Francês (todos os documentos relacionados com VW e Sharan), 8 em Italiano (todos os documentos relacionados com VW e Sharan), 28 em Espanhol (relacionados com AutoEuropa, Sharan e VW).

Caso 2

A pesquisa inicial foi feita com fontes de informação desadequadas, tendo sido encontrada pouca informação relevante, e muita da informação identificada pouca relação tinha com o assunto.

Foi acrescentado um conjunto de fontes de informação relacionadas com revistas informáticas. (e.g., Semana Informática <semanainformatica.xl.pt>; Informação & Informática <www.inst-informatica.pt>; Pcworld <www.pcworld.com>; ComputerWorld <www.computerworld.com>, que contribuíram para uma melhoria significativa dos resultados.

Como principal conclusão, evidencia-se que para este tipo de problemas é importante a escolha adequada das fontes de informação bem como a optimização dos termos usados na pesquisa de forma a obter o maior número de resultados relevantes. Este problema levou à alteração do funcionamento do motor de pesquisa, que passou a receber retroacção dos resultados e a usá-la para melhorar o processo.

7.4.5 Vista de Processos

Os processos ilustrados na Figura 7.17, são iguais aos definidos para o sistema de filtragem, com a introdução do tradutor (igual ao definido na Secção 7.2, com a diferença de os termos do perfil do utilizador serem traduzidos para todas as línguas definidas no perfil). O robot de pesquisa (Larbin) foi alterado para usar a informação dos URLs dos documentos identificados como relevantes para orientar a procura de informação na Web.

Page 187: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 171 -

Figura 7.17: Vista de processos do Sistema MyEnterpriseNews.

7.4.6 Conclusões

Este tipo de sistemas é de grande utilidade a nível empresarial, pois permite encontrar informação relevante relacionada com o negócio.

7.5 MyDocument: Sistema de Gestão Empresarial

7.5.1 Motivação

A organização da informação numa empresa é um factor competitivo importante e normalmente um trabalho moroso.

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s oC om pa ra ç ã o

+ F2 .1 3 ()

« IR -A l g o ri th m »lnu -ltc

+ F2 .5 ()+ F2 .7 ()

« IR -A l g o ri th m »Corre la ç ã o

+ F2 .3 5 ()

« P ro ce sso »G e s tã oE v e nto

- p e ri o d i c i d a d e : In t

« IR -In d e xP ro ce ss»Inde x P roc e s s M E N

+ co n ve rso rfo rm a to ()+ re m o ve rsto p l i stwo rd ()+ ra d i ca l i za çã o ()+ e sta tíst i ca s()+ i d e n t i f i ca d o rca m p o ()

« IR -P ro ce ss»R obotP e s qu is a

« IR -P ro ce ss»Tra dutor

« IR -R e su l t»In fo rm a ç ã oR e le v a nte

- UR L : S tri n g

UR L

tra d u çã o

d o cu m e n to

d o cu m e n to

+ i n p u t

ín d i ce

0 ..1

0 ..1p ro d u z >

+ o u tp u t

tri g g e r

Page 188: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 172 -

7.5.2 Objectivos

Figura 7.18: Sistema MyDocument.

O objectivo da aplicação MyDocument (MD) é a gestão documental num departamento respeitando uma hierarquia previamente definida. Permite catalogar informação de uma forma semi-automática, sendo necessário a existência de um pequeno conjunto de documentos previamente classificados os quais servem de conjunto de treino. A Figura 7.18 ilustra o diagrama de pacotes das vistas propostas para o modelo conceptual do sistema MyDocument, bem como o objectivo da sua criação.

7.5.3 Vista de Casos de Utilização

A utorida de

C ria S is te m a C la s s ific a ç ã o

Cria C o le c ç ã o Te s te

A uto r

P roduz D oc um e nto

E s c o lh e S is te m a C la s s ific a ç ã o

V a lida C a ta lo ga ç ã o

U s a S is te m a pa ra C a ta loga r

D oc um e ntos

Figura 7.19: Vista de casos de utilização do Sistema MyDocument.

Os IR-actores do sistema MyDocument, ilustrados na Figura 7.19 são:

− O autor (IR-Producer) de um documento que deseja catalogar o documento de acordo com uma estrutura de conhecimento previamente definida.

− A autoridade (IR-Authority) cria a colecção de teste, valida a catalogação feita pelo sistema, cria e gere o sistema de classificação e usa o sistema para classificar os documentos que se encontrem desorganizados.

7.5.4 Vista de Informação

A informação, ilustrada na Figura 7.20 é composta pela colecção e pelo documento a

« IR -S yste m »M yD oc um e nt

+ V i sta C a so sU ti l i za çã o+ V i sta In fo rm a çã o+ V i sta P ro ce sso s

O b j e ct i vo : C ri a r u m si ste m a q u e o rg a n i ze i n fo rm a çã o d e p a rta m e n ta l n u m a e m p re sa

Page 189: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 173 -

catalogar, pelo índice e índice reduzido da colecção e do documento e pelo sistema de classificação (SC). Tem como resultado o documento catalogado. O SC é elaborado de acordo com a hierarquia de conhecimento que reflecte a organização do departamento ou empresa. Este SC pode ser alterado em qualquer altura, podendo o sistema reclassificar a informação, desde que exista uma colecção de treino. A colecção de documentos catalogada serve de colecção de teste para a determinação de parâmetros do algoritmo KNN. Este facto pressupõe que quando o sistema é inicializado exista um conjunto de documentos catalogados.

« IR -R e su l t»Do c um e ntoC a ta lo ga do

- ca te g o ri a [*] : M a tri x- n íve l p a i : In t- n íve l f i l h o : In t

« IR -S yste m »S is te m a C a ta log a ç ã o

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »S is te m a C la s s ific a ç ã o M D

« IR -In d e x»Índ ic e C ole c ç ã oM D

« IR -In d e x»Índ ic e C ole c ç ã oTe s te M D

« IR -In d e x»Índ ic e R e duzidoM D

« IR -In d e x»Índ ic e Re duzidoM D

« IR -D o cu m e n t»D oc u m e nto M D

« IR-Co l l e c t i o n »C o le c ç ã o M D

C o l e cçã o d o d e p a rta m e n to C a ta l o g a d a

+ i n p u t p a râ m e tro sa l g o ri tm oca ta l o g a çã o

p ro d u z >

+ o u tp u t

te rm o + ca te g o ri a

+ i n p u t

a rq u i vo

p ro ce sso i n d e xa çã o

p ro ce sso d ere d u çã o d ed i m e n sã o

p ro ce sso i n d e xa çã o

p ro ce sso d ere d u çã o d ed i m e n sã o

+ i n p u t

ín d i ce re d u z i d o

Figura 7.20: Vista de Informação do Sistema MyDocument.

Resultados

Foi escolhido um conjunto de cerca 500 documentos de um departamento técnico dentro de uma empresa. Como sistema de classificação usou-se a divisão interna de documentos, havendo 3 hierarquias principais. A primeira encontra-se dividida em 4 subcategorias, a segunda dividida em 2 subcategorias e a terceira em 9 subcategorias.

Conhecia-se previamente a organização dos documentos, pelo que se pode aferir o desempenho do sistema, havendo 331 documentos correctamente classificados, 112 documentos pertencendo a mais do que uma categoria (estando uma delas certa) e 57 documentos mal classificados.

7.5.5 Vista de Processos

Os processos encontram-se descritos na Figura 7.21, dos quais se destaca o processo de

Page 190: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 174 -

catalogação criado a partir do algoritmo KNN, baseado numa colecção de teste, da qual se determinam os k exemplos mais próximos (baseado numa medida euclidiana).O processo de classificação consiste na comparação vectorial dos termos existentes no sistema de classificação com os títulos dos documentos. Caso não sejam encontrados documentos relevantes esse documento é encaminhado para classificação manual. Implementou-se o algoritmo de redução de dimensão, limiar da frequência dos documentos (LFD), o qual removeu os termos do índice com menor frequência.

Figura 7.21: Vista de Processos do Sistema MyDocument.

7.6 Sistema de Pesquisa de 3ª Geração

7.6.1 Motivação

Desde o aparecimento da Internet que o problema, do excesso de informação e da respectiva recuperação, tem sido abordado. Tornou-se prática comum a construção de sistemas de pesquisa (e.g. Altavista, Yahoo, Google). O objectivo destes sistemas é, dada uma necessidade de informação de um utilizador expressa numa pergunta por um conjunto de termos que o utilizador considere descreverem as suas necessidades, que devolva um conjunto de documentos. Estes sistemas podem dividir-se em duas grandes classes: os que trabalham num espaço aberto (e.g. Internet) e os que trabalham num espaço fechado, com colecções específicas e perguntas previamente elaboradas para as quais se conhece o conjunto de documentos relevantes. Historicamente podem dividir-

« IR -In d e xP ro ce ss»R e d uç ã oD im e n s ã o

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s oC a ta loga ç ã o

« IR -A l g o ri th m »K N N

- p a râ m e tro [* ] : In t

+ a l g o ri tm o ()

« IR -E sti m a ti o n P ro ce ss»E s tim a rP a râ m e tro

- p a râ m e tro : In t

« IR -A l g o ri th m »Lim ia rFre que nc ia D oc u m e n to

+ a l g o ri tm o ()

« IR -In d e xP ro ce ss»IR -Inde x P roc e s s

+ co n ve rso rfo rm a to ()+ re m o ve rsto p l i stw o rd ()+ ra d i ca l i za çã o ()+ e sta tíst i ca ()+ i d e n ti f i ca d o rca m p o ()

« IR -P ro ce ss»Tra dutor

- l ín g u a e n tra d a : S tri n g- l ín g u a sa íd a : S tri n g

« IR -Re su l t»Do c um e nto Ca ta lo ga d o

+ i n p u t

+ i n p u t ín d i ce 11

1

1

re su l ta d o

+ o u tp u t

+ i n p u tín d i ce re d u z i d o

u sa

ín d i ce re d u z i d o co l e cçã o te ste

Page 191: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 175 -

se os sistemas em duas gerações:

− Os iniciais, atingindo o seu expoente máximo nos motores comerciais com o Altavista, o Excite e o Lycos (1992-1997), retirando-se apenas informação textual dos documentos, sendo posteriormente comparada.

− Segunda geração, que começou com a abordagem introduzida pelo Google (desde 1998), com base no seguimento das ligações dos documentos.

Pretende-se discutir os requisitos essenciais para a próxima geração, aqui denominada como 3ª geração de sistemas de pesquisa, nos quais a personalização assume um papel fundamental na opinião do autor.

7.6.2 Objectivos

Pretende construir-se sistemas de pesquisa personalizados em que a pesquisa pode ser auxiliada pelo perfil e pelo sistema de classificação. A Figura 7.22 ilustra o diagrama de pacotes das vistas propostas para o modelo conceptual do sistema de pesquisa de 3ªgeração, bem como o objectivo da sua criação.

O b j e c ti vo : C ri a r u m si ste m a q u e p e rm i ta o rd e n a r re su l ta d o s d e d i fe re n te s si ste m a s d e p e sq u i sa co m e rc i a i s d e a co rd o co m o p e rf i l d ou ti l i za d o r o u co m o si ste m a d e c l a ssi f i ca çã o e sco l h i d o . E xp l o ra r a co m p o n e n te d a p e rso n a l i za çã o n o s si ste m a s d e p e sq u i sa

« IR -S yste m »S is te m a P e s quis a 3 ªG e ra ç ã o

+ V i sta Ca so sU ti l i za çã o+ V i sta In fo rm a çã o+ V i sta P ro ce sso s

Figura 7.22: Sistema de pesquisa de 3ªgeração.

Personalização significa a existência de uma base de dados para guardar o perfil do utilizador e um conjunto de definições locais. Dada a falta de um sistema global para tratar este assunto e para evitar os problemas que um tal sistema originaria (e.g. privacidade, segurança), a melhor aproximação para este problema é aborda-lo do lado do cliente, através de uma nova geração de browsers, capazes de guardar e manipular a informação dos utilizadores.

Vista de Casos de Utilização

Os IR-Actores, ilustrados na Figura 7.23, são:

− O Utilizador (IR-User) que para além do papel habitual que desempenha nos sistemas de pesquisa pode ainda escolher os sistemas de pesquisa comerciais disponíveis, definir o perfil e escolher os processos de comparação, escolher a(s) categoria(s) do sistema de classificação para o processo de contextualização de

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Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 176 -

forma a definir no sistema qual o contexto que pretende e a linguagem com que quer fazer a pesquisa de informação.

− A Autoridade (IR-Authority) gere o espaço de conhecimento (sistemas de classificação e dicionários) e implementa processos de comparação.

− O Autor (IR-Producer) produz documentos, que se encontram disponibilizados na Web.

U tiliza d or

D e fin e P e rgunta

In troduz te rm os

E s c olhe C a te goria s \Te rm os

num E s pa ç o C la s s ific a do

R e c e b e lis ta doc um e nto orde na dos por m e dida de

re le v â nc ia

A utorida de

C ria E s p a ç o C onhe c im e nto

(S is te m a C la s s ific a ç ã o e

D ic ioná rio )G e re E s p a ç o

C onhe c im e nto (S is te m a

C la s s ific a ç ã o e D ic ioná rio )

A utor

P roduz D oc um e nto

R e troa ç ã o R e s u lta dos E s c olhe S is te m a

C la s s ific a ç ã o

E s c o lh e S is te m a de P e s quis a

d is pon ív e lE s c o lha

L ingu a

D e fin e P e rfi l

E s c o lhe M é todo Com pa ra ç ã o

Im ple m e nta M é todos de C om pa ra ç ã o

E s c olh e C a te goria (s ) no S is te m a de

C la s s ific a ç ã o pa ra o p roc e s s o c e

c onte x tua liza ç ã o

« e xte n d »

« e x te n d »

« e x te n d »

« e xte n d »

« e xte n d »

Figura 7.23: Vista de Caso de Utilização do sistema de pesquisa de 3ª geração.

7.6.4 Vista de Informação

Pergunta, conjunto de termos representativos das necessidades de informação do utilizador, que pode ser expressa pela introdução livre de termos ou pela navegação num espaço classificado apropriado. O utilizador escolhe a língua em que a pergunta se encontra e a língua em que deseja transformar a pergunta. Escolhe também o conjunto de sistemas de pesquisa dos quais quer obter resultados. A pergunta necessita de uma interface de ajuda para o utilizador. Disponibiliza um conjunto de ferramentas que ajudam o utilizador a formular correctamente as perguntas, corrigindo erros ortográficos, indicando sinónimos de termos (através do uso de dicionários), permitindo a navegação em sistemas de classificação temáticos e relembrado perguntas feitas no passado. Esta interface permite também a pesquisa em diferentes línguas, através do uso de um sistema central de tradução.

Dicionário auxilia a elaboração da pergunta livre, evitando eventuais erros ortográficos. O dicionário foi implementado em duas versões;: uma para a língua inglesa, de Roger

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Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 177 -

Mitton da Oxford Advanced Learner <http://www.oup.com/elt/global/ products/oald/> e outra para a língua Portuguesa uma versão simplificada do dicionário electrónico da Porto Editora.

DocumentoRelevante é a lista ordenada de documentos, por ordem de relevância, que o sistema de pesquisa (SP) escolhido considerou.

« IR -T h e sa u ru s»:D ic ioná rio

« IR -Q u e ry»:P e rgunta

: :P e rg u n ta- l ín g u a p e rg u n ta : S tri n g- l i n g u a p e sq u i sa : S tri n g- si ste m a p e sq u i sa : In t

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »:S is te m a C la s s ific a ç ã o

« IR -C o l l e c t i o n »W e b

« IR -R e su l t»R e s u lta doS P :

D oc um e ntoR e le v a nte

« IR -U se rP ro f i l e »:P e rfi lU ti l iza dor

: :P e rf i l U t i l i za d o r- m é to d o co m p a ra çã o : In t

« IR -R e su l t»:R e s u lta doP roc e s s oP e rs ona liza ç ã o

« IR -R e su l t»:R e s u lta doP roc e s s oC onte x tua liza ç ã o

« IR -R e su l t»D oc um e ntoR e le v a nte

« IR -U se rP ro f i l e »P e rfilU til iza dor

+ p ro ce sso co m p a ra çã o ()

« IR -C la ssi f i e d S yste m »S is te m a C la s s ific a ç ã o

« IR -T h e sa u ru s»D ic ioná rio

« IR -R e su l t»R e s u lta doP roc e s s oP e rs ona liza ç ã o

« IR -Q u e ry»P e rgunta

- l ín g u a p e rg u n ta : S tri n g- l ín g u a p e sq u i sa : S tri n g- si ste m a p e sq u i sa : In t

« IR -R e su l t»R e s u lta doP roc e s s oP e rs ona liza ç ã o

u sa

+ i n p u t

+ i n p u t

+ i n p u t

+ i n p u t

+ i n p u t

+ o u tp u t

+ o u tp u t

+ i n p u tu sa

tra d u çã o te rm o s

+ in p u t

p e rg u n ta

+ i n p u t

l i sta d o c re l e va n te s a p re se n ta d a fu n çã o d o S P

Figura 7.24: Vista de Informação do sistema de pesquisa de 3ª geração

Sistemas de Classificação (SC) estão disponíveis SC gerais (Yahoo) e SC específicos (ACM, MSC). O SC no processo de contextualização serve de input para que os resultados sejam ordenados de acordo com o espaço de conhecimento representado no sistema de classificação. O sistema de classificação é usado para sugerir ao utilizador termos para as perguntas bem como para o perfil do utilizador e simultaneamente o agrupamento de termos dos documentos considerados relevantes permite identificar as classes às quais corresponderiam os temas no espaço classificado. Esta correspondência nem sempre tem sucesso, havendo necessidade de intervenção humana quando não existe semelhança entre os termos dos documentos e os termos do espaço classificado.

ResultadoProcessoPersonalização são os resultados obtidos pelo processo de comparação escolhido, que compara os índices dos documentos considerados relevantes pelos diferentes SP escolhidos, com o perfil do utilizador.

PerfilUtilizador: é o conjunto de termos representativos dos interesses estáveis obtidos

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Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 178 -

por introdução de termos (assistida por corrector ortográfico) ou então por navegação no espaço classificado. A criação de um perfil, para evitar as questões de privacidade, requer uma base de dados local capaz de guardar a informação referente aos utilizadores (e.g., perfil, conteúdos de personalização). Esta informação é guardada localmente no cliente num formato que possa ser interpretado pelo sistema de pesquisa (lado do servidor) ou localmente pelo processo de personalização.

A informação local no cliente é: (1) pergunta, (2) perfil, (3) resultadoprocessopersonalização, (4) resultadoprocessocontextualização. A informação central é: (1) sistema de classificação disponíveis (2) dicionários disponíveis. Na Web, tem-se a colecção de documentos e os resultados do sistema de pesquisa.

7.6.5 Vista de Processos

Os principais processos são:

− O tradutor recebe os termos que vai traduzir tendo com referências a língua da pergunta e a língua que se quer fazer a recuperação de informação.

− O processo de comparação corresponde ao processo padrão, podendo variar os processos de indexação, comparação e optimização consoante o sistema escolhido.

− O processo de indexação, os documentos identificados como relevantes é indexado pelo processo padrão de indexação.

− O processo de personalização usa informação local para reordenar a informação a apresentar ao utilizador, pelo uso do perfil. Este processo usa o índice dos documentos considerados relevantes e por meio de comparação (escolhido pelo utilizador) os termos dos representativos dos documentos são comparados com os do perfil do utilizador. Deste processo resulta um menor número de documentos identificados como relevantes. Este processo pode também disponibilizar informação do perfil existente e usa processos de retroacção automáticos e manuais para ajustar os termos e as medidas existentes no perfil.

− O processo de Contextualização usa os termos da(s) categoria(s) do sistema de classificação escolhido para reduzir o número de documentos identificados como relevantes pelos diferentes sistema de pesquisa. O processo compara o índice dos documentos identificados como relevantes com os termos da(s) categoria(s) identificadas por um processo de comparação escolhido.

Os processos estabelecidos do lado do cliente, originam a necessidade de um sistema central, capaz de gerir e implementar, de um conjunto de sistemas de classificação inerentes às diferentes áreas do conhecimento, disponibilizar de forma uniforme

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Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 179 -

dicionários em diferentes línguas bem como disponibilizar um sistema central de tradução de termos associado a diferentes contextos.

O sistema local tem disponíveis os seguintes processos de comparação (Disponíveis no sistema central): processo vectorial (lnu-ltc), processo probabilístico (Fórmulas BMxx), processo de seguimento de ligações, processo baseado em modelos linguísticos (LM) (neste caso usou os estimadores de Direchlet) e também combinações.

S i ste m a C e n tra lW e b C l i e n te

« IR -Q u e ry»P e rgunta

« IR -U se rP ro f i l e »P e rfi lU til iza dor

« IR -S yste m »G oogle

« IR -C o l l e c t i o n »W e b

« IR -S yste m »Y a hoo

« IR -S yste m »A lta v is ta

« IR -S yste m »S is te m a X

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s oC om pa ra ç ã o

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »S is te m a C la s s ific a ç ã o

« IR -T h e sa u ru s»D ic ioná rio

Tra dutor

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s oV e toria l

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s oP roba b ilis tic o

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s oS e guim e ntoL iga ç õe s

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s oM ode loLM

P e rs ona liza ç ã o C onte x tua liza ç ã o

« IR -In d e x»P roc e s s o Inde x a ç ã o

+ i n p u t

p e rf i lu t i l i za d o r

re su l ta d o s

+ i n p u tp e rg u n ta

re su l ta d o s ín d i ce d o cre l e va n te

Figura 7.25: Vista de processos do sistema de pesquisa de 3ª geração proposto.

7.6.6 Conclusões

O sistema descrito encontra-se em fase de construção, e aguardam-se resultados em breve. O presente trabalho pretende mostrar uma reflexão sobre as direcções a tomar no que se refere a sistemas de IR. Torna-se fundamental começar a explorar as potencialidades dos perfis, sendo interessante a manipulação do lado do cliente para evitar a problemática associada aos temas privacidade e segurança e à dimensão de uma base de dados com os perfis dos utilizadores.

7.7 Sistema de Pesquisa usando o Espaço de Conhecimento

Este sistema encontra-se implementado na plataforma WebSearchTester e foi testado com a colecção WT10g.

Page 196: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 180 -

7.7.1 Motivação

Os sistemas de pesquisa estão longe de produzirem resultados satisfatórios. O presente protótipo pretende explorar a construção de um sistema que permita expandir os termos das perguntas de forma automática usando um sistema de classificação, melhorando os resultados da pesquisa. Para além de estar implementado na plataforma é aqui apresentado numa perspectiva comercial de sistema de pesquisa para aumentar o número de termos que um utilizador usa numa pergunta, dado um contexto previamente definido.

7.7.2 Objectivos

Este sistema tem como objectivo explorar a pesquisa de informação, com o uso de sistemas de classificação específicos, que têm como objectivo normalizar conceitos, expandindo os termos das perguntas através de um sistema de classificação. Ao processo proposto chamou-se Processo de semelhança entre termos, designado por (TM - Term Match). A Figura 7.26 ilustra o diagrama de pacotes das vistas propostas para o modelo conceptual do sistema de pesquisa TM, bem como o objectivo da sua criação.

Figura 7.26: Sistema de Pesquisa TM.

Vista dos Casos de Utilização

Os IR-Actores, ilustrados na Figura 7.27, são:

− O Utilizador (IR-User) que define a pergunta (pela escolha de termos num espaço classificado ou expressa por um conjunto de termos). Recebe informação de documentos relevantes do sistema e dá retroacção ao sistema sobre os resultados recebidos. Escolhe o sistema de classificação que deverá ser usado pelo sistema no processo de pesquisa.

− A Autoridade (IR-Authority) e o Autor (IR-Producer) têm os papéis habituais específicos num sistema de pesquisa.

« IR -S yste m »S is te m a de P e s qu is a TM

+ V i sta C a so sU ti l i za çã o+ V i sta In fo rm a çã o+ V i sta P ro ce sso s

O b j e ct i vo : C ri a r u m si ste m a d e p e sq u i sa q u e u se si ste m a d e c l a ssi f i ca çã o n o p ro ce sso , p e rm i t i n d o u m a m a i o r co n te x tu a l i za çã o d o p ro ce sso .

Page 197: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 181 -

U til iza dor

D e fine P e rgunta

In trodu z te rm os

E s c olhe C a te goria s \Te rm os

num E s p a ç o C la s s ific a do

R e c e be l is ta doc um e nto orde na do s po r m e did a de

re le v â n c ia

A utorida d e

C ria E s pa ç o C onh e c im e n to

G e re E s pa ç o C onhe c im e nto A uto r

P rod uz D oc um e n to

R e troa ç ã o R e s u lta dos

E s c olhe S is te m a C la s s ific a ç ã o

E s c o lhe S is te m a C la s s ific a ç ã o

« e x te n d »

« e xte n d »

« e x te n d »

Figura 7.27: Vista dos Casos de Utilização do Sistema de Pesquisa TM.

Vista de Informação

A Figura 7.28 ilustra a informação necessário para o funcionamento do sistema de pesquisa TM: (1) a pergunta representa um conjunto de termos escolhidos pelo utilizador, representativo das suas necessidades de informação; (2) a colecção WT10g encontra-se definida no Capítulo 8, o índice, o sistema de classificação e o resultado final (documento relevante) são iguais aos da classe abstracta de onde derivam; (3) a pergunta expandida é o vector da pergunta inicial expandido usando o centro da classe, que é constituído pelos termos do vector da categoria seleccionada. O vector expandido da pergunta consiste em termos da pergunta original com as etiquetas da melhor categoria e os títulos e descrições dos três endereços de topo (endereços de categorias semelhantes são ordenados pelo número de termos únicos das perguntas nos títulos e descrições), da categoria com maiores semelhanças. Os pesos dos termos expandidos, são calculados pela multiplicação das associações termo/categoria relacionadas com a frequência do peso de entrada no DC (Dicionário de Classificação, ver Secção 7.1.4.2) e dividido pelo vector comprimento:

∑=

=t

jjcj

kckkc

cdf

cdfq

1

2'

'

)*(

* (F7.1)

onde cdkc é o peso de associação do termo k com a categoria c, f ’k é o número total de

vezes que o termo k aparece na pergunta de categoria c e os títulos e descrições dos três endereços de topo da categoria c são o denominador, sendo um factor de normalização do comprimento.

Page 198: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 182 -

Figura 7.28: Vista de Informação do sistema TM.

7.7.5 Vista de Processos

Apenas se descreve o processo novo (ordenar categorias), os restantes são iguais aos processos definidos na classe abstracta equivalente.

Ordenar Categorias

O primeiro passo é a produção de uma lista ordenada de categorias, resultante das semelhanças entre os termos das perguntas e os termos das categorias existentes no sistema de classificação em causa. Segundo a metodologia proposta os ficheiros de endereços do Yahoo (contém sistema de classificação, i.e. etiquetas de categorias, de títulos e descrições de endereços do Yahoo), são radicalizados e removidos da mesma forma que as perguntas. Apenas os URLs no ficheiro conteúdos de endereços são deixados intactos. Desta operação resulta um conjunto de nós semelhantes, numa classificação hierárquica sendo gerada uma lista de categorias ordenada da seguinte forma:

− para cada categoria semelhante, calculam-se:

o tfc (número de termos únicos da pergunta).

o tfs (número de termos únicos da pergunta no título de descrição) em todos os endereços.

o pms (proporção de endereços com termos de perguntas nas categorias).

« IR -Q u e ry»:P e rgunta

« IR -C o l l e c ti o n »:C o le c ç ã o

« IR -In d e xP ro ce ss»:Índ ic e

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »:S is te m a C la s s ific a ç ã o

: :S i s te ma C l a ss i f i ca çã o- ca te g o ri a [* ] : S tri n g

« IR -Q u e ry»P e rgunta E x pa ndida :

P e rgunta

« IR -M a ch i n g P ro ce ss»TM :P roc e s s oC om pa ra ç ã o

« IR -R e su l t»R e s ulta do :

D oc um e ntoR e le v a nte

« IR -R e su l t»D oc um e ntoR e le v a nte

« IR -In d e x»Índ ic e

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »S is te m a C la s s ific a ç ã o

- ca te g o ri a [* ]: S tri n g

« IR -Q u e ry»P e rgunta

« IR -Q u e ry»P e rgunta E x pa ndida

« IR -C o l l e c ti o n »C ole c ç ã o

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»TM

+ i n p u t

te rm o [* ] + ca te g o ri a [* ]si ste m a c l a ssi f i ca çã o

p e rg u n ta e xp a n d i d a

+ i n p u t

+ i n p u t

ín d i ce

+ o u tp u t

te rm o s p e rg u n ta+ i n p u t

p ro ce sso i n d e xa çã o

Page 199: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 183 -

− ordenar por ordem decrescente das categorias encontradas de tfc, tfs e pms.

Figura 7.29: Vista de processos do sistema TM.

Na segunda fase do processo de TM o vector da pergunta é expandido, usando o centro da classe, que é constituído pelos termos do vector da categoria seleccionada.

Somando todos, o processo TM encontra a melhor categoria para uma pergunta baseada no número de termos das perguntas semelhantes e expande a pergunta original, com os termos das categorias escolhidas e com os pesos da frequência dos termos do DC associados e ajustados com os pesos da ordem dos documentos. O processo TM influência duplamente a classificação de informação. Em primeiro, lugar usa categorias manualmente atribuídas (i.e. etiquetas de categorias, títulos de endereços e descrições) para encontrar as melhores categorias para expandir a pergunta. De seguida, o DC usa pesos baseados na associação termo/categoria para calcular o peso dos termos expandidos da pergunta. Por outras palavras, a importância das etiquetas das categorias bem como os conceitos de multi-termos faz-se sentir na ordenação das categorias pelo número de termos únicos das perguntas nas etiquetas das categorias enquanto que a importância da ocorrência termo/categoria é medida pelo peso dos termos na pergunta expandida.

O rde na rC a te goria s

« IR -Re su l t»:D oc um e ntoR e le v a nte

« IR-C l a ssi f i e d S yste m »:S is te m a C la s s ific a ç ã o

: :S i s te ma C l a ss i f i ca çã o- ca te g o ri a [* ] : S tri n g

« IR -In d e xP ro ce ss»:P roc e s s o Inde x a ç ã o

« IR -M a ch i n g P ro ce ss»V e c toria l :

P roc e s s oCom pa ra ç ã o

« IR -O p ti m i za ti o n P ro ce ss»:P s e udoR e troa c ç ã o

: :P se u d o R e tro a cçã o+ F6 .2 ()

« IR -Q u e ry»:P e rgunta« IR -Q u e ry»P e rgunta

« IR-R e su l t»Doc um e ntoR e le v a nte

« IR -In d e x»P roc e s s o Inde x a ç ã o

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»V e c tor ia l

« IR -O p ti m i za ti o n P ro ce ss»P s e udoR e troa c ç ã o

+ F6 .2 ()

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »S is te m a C la s s ific a ç ã o

- ca te g o ri a [* ] : S tri n g

p e rg u n ta e xp a n d i d a

+ i n p u t

ín d i ce d o cu m e n to

+ i n p u t

u sa+ i n p u t

re tro a cçã o a o s re su l ta d o s o b t i d o s

+ i n p u t

l i sta d o c o rd e n a d op o r m e d i d a d ere l e vâ n c i a

+ o u tp u t

+ i n p u t

ca te g o ri a s + te rm o s S C

+ i n p u t

p e rg u n ta

Page 200: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 7 - Casos de Estudo com Base na Metodologia Proposta - 184 -

7.8 Conclusões

Neste capítulo descreveram-se sistemas de IR relativamente simples, referentes a um conjunto de aplicações desenvolvido com base na metodologia proposta. A metodologia introduziu um conjunto de mecanismos obrigatórios na concepção e construção deste tipo de sistemas, uniformizando as etapas e ao mesmo tempo facilitando o processo de construção, através da introdução de um conjunto de vistas e de modelos os quais podem ser partilhados entre os diferentes sistemas a construir.

Para o conjunto de sistemas de filtragem e de classificação será necessário investir tempo na construção de interfaces que disponibilizem o sistema na Web, evitando trabalhar de uma forma fechada, com utilizadores fictícios, permitindo explorar de uma forma real a construção de comunidades de utilizadores. Outro problema comum a muitos sistemas de pesquisa é a avaliação de resultados. O MyNewsPaper, ou o MyTv, foram avaliados de acordo com a experiência directa do autor e de outros cinco docentes do ISEL, sobre a relevância de determinada informação ou documento. Notar, por fim, que para o MyEnterprise, o MyClassificator e os resultados do sistema de pesquisa na Web, não é possível usar métricas correctas, pois não se conhece o número de documentos relevantes para cada um dos tópicos na Web.

Page 201: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 185 -

Capítulo 8

8 WebSearchTester Plataforma de Teste para

Processos de IR

O Capítulo 8 está dividido em cinco secções principais, de acordo com a Figura 8.1:

− Secção 8.1: Resultados da plataforma de teste, onde se efectua a análise do comportamento dos sistemas individuais identificados, em função de parâmetros previamente definidos. Estuda-se e compara-se o comportamento dos diferentes sistemas de IR.

− Secção 8.2: Resultados de sistemas combinados obtidos através da plataforma. Esta secção está dividida em três subsecções principais; (1) combinações internas de parâmetros do sistema; (2) combinações externas de sistemas; (3) combinações de sistemas de topo para testar as diferentes fórmulas de combinação.

− Secção 8.3: Análise dos resultados; (1) análise da sobreposição dos resultados; (2) análise das perguntas usadas.

− Secção 8.4: Resumo dos resultados.

− Secção 8.5: Conclusões.

Figura 8.1: Diagrama de blocos que representa a estrutura do Capítulo oito.

R e s u lta dos W e bS e a rc hTe s te r C a p ítu lo 8

Re s u lta dos S is te m a s P e s qu is a Ind iv idua is (8 .1 )

Re s u lta dos S is te m a s P e s qu is a C om bina dos (8 .2 )

Com bina ç õe s S is te m a Topo (8 .2 .3 )

A ná lis e R e s ulta dos

V S M (8 .1 .1 )

H ITS (8 .1 .2 )

D C (8 .1 .3 )

TM (8 .1 .4 )

O k a p i (8 .1 .5 )

LM (8 .1 .6 )

C om bina ç õe s In te rna s (8 .2 .1 )

C om bina ç õe s E x te rna s (8 .2 .2 )

A ná lis e S obre pos iç ã o

(8 .3 )

A ná lis e P e rgunta s

(A pê nd ic e E )

C onc lus õe s (8 .5 ) Re s um o R e s u lta dos (8 .4 )

Re s um o (8 .3 .2 .1 )

Page 202: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 186 -

8.1 Resultados de Sistemas de Pesquisa Individuais

O objectivo é testar o comportamento de diferentes processos e parâmetros de um sistema de pesquisa. A Figura 8.2, ilustra os parâmetros testados e a Figura 8.3 a respectiva notação.

« IR -S yste m »S is te m a P e s qu is a

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P roc e s s o Co m p a ra ç ã o

« IR -In fo rm a ti o n N e e d s»TipoP e rgu nta (P )

« IR -In d e x»Tip oIn dic e

« IR -O p ti m i za ti o n P ro ce ss»P s e ud oR e troc ç ã o

« IR -Q u e ry»Lo ng a

« IR -Q u e ry»M é dia

« IR -Q u e ry»P e q ue n a

« IR -A l g o ri th m »V e c tor ia l

« IR -A l g o ri th m »H ITS

« IR -A l g o ri th m »O k a pi

« IR -A l g o ri th m »TM

« IR -A l g o ri th m »E s tim a do rD ire c h le t

(L a n gua ge M o de l)

« IR -In d e x»Títu lo

« IR -In d e x»Doc u m e ntoCom ple to

« IR -In d e x»F ra s e

« IR -In d e x»C orpoD oc um e n to

N o ta çã o p a ra si ste m a i n d i v i d u a i s d e p e sq u i sa d ei n fo rm a çã o .P a ra d e ta l h e co m p l e to d an o ta çã o , ve r a p ê n d i ce D .

Ín d i ce d o d o cu m e n to to ta l

Ín d i ce d o C o rp o d o d o cu m e n to (D o cu m e n to se m u sa r o tí tu l o )

0 ..1

1 1 1

0 . .1

0 ..1 0 . .1

0 ..1

1

0 . .1

0 ..1 0 ..1

0 ..1

0 ..1

0 ..10 . .1

Figura 8.2:Parâmetros testados em sistemas de pesquisa individuais.

Figura 8.3: Notação usada para sistemas de pesquisa individuais.

« IR -S yste m »S is te m a P e s quis a

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»P ro c e s s oCom pa ra ç ã o

« IR -In fo rm a t i o n Ne e d s»Tip oP e rgunta (P )

« IR -In d e x»Tip o Ind ic e

« IR -O p t i m i za t i o n P ro ce ss»P s e udoR e troc ç ã o

L M PV H OT L TD C

No ta çã o p a ra si ste m a i n d i v i d u a i s d e p e sq u i sa d e i n fo rm a çã o .P a ra d e ta l h e co m p l e to d a n o ta çã o , ve r a p ê n d i ce D .

Ín d i ce d o d o cu m e n to to ta l

Ín d i ce d o Co rp o d o d o cu m e n to (D o cu m e n to se m u sa r o t ítu l o )

1 º C a m p oNo ta çã o

2 º C a m p oNo ta çã o

3 º C a m p o N o ta çã o

4 º Ca m p o N o ta çã o

« IR -In d e x»Fra s e

5 º Ca m p o N o ta çã o

0 1

Nã o S i m

0 1

Nã o S i m

P e rg u n ta P e q u e n aT ítu l o Do cu m e n to

P e rg u n ta M é d i a

P e rg u n ta L o n g a

D C

Page 203: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 187 -

8.1.1 Resultados de Sistemas de Pesquisa que Usam Processos

Textuais (VSM)

De entre os vários parâmetros dos sistemas VSM testados, comprimento das perguntas, uso de frases e pseudo retroacção, o comprimento da pergunta revelou-se como o mais importante no desempenho dos sistemas de pesquisa. A Tabela 8.1 lista os parâmetros do sistema ordenados pela sua influência (i.e. ordem de desempenho do sistema) e a Figura 8.4 mostra os resultados obtidos.

Tabela 8.1: Valores de parâmetros de sistemas por ordem de desempenho.

Figura 8.4: Resultados com melhor desempenho de cada grupo de parâmetros de sistemas VSM, para os tópicos 451-550.

A influência do comprimento da pergunta no desempenho do sistema de pesquisa é intuitivo, tendo perguntas de comprimento superior apresentado, duma forma geral, melhor desempenho. A ordem de desempenho dos sistemas em relação ao parâmetro pergunta é dada por:

vlc* > vmc* > vld* > vpc* > vmd* > vpd* > v*t* (F8.1)

onde * indica qualquer valor do parâmetro e em itálico mostra-se a influência do comprimento da pergunta anulada por termos prejudiciais. De facto, o efeito do comprimento da pergunta com dois dos três termos fonte, é consistente (i.e. vlc*>vmc*>vpc*>vld*>vmd*>vpd*). Se usarmos apenas termos dos títulos, os

Parâmetros Sistema Melhor para pior (esquerda para direita)

Comprimento Pergunta Longa (l) Média (m) Pequena (p) Fonte Termo Corpo texto (c) Doc. Completo (d) Título (t) Uso frases não (0) Sim (1)

Pseudo-retroação não (0) Sim (1)

0.06

0.1

0.14

0.18

0.22

0.26

0.3

0.34

vlc10 vmc10 vpc10 vlc11 vld10 vlc00

avgPoptFR-PP@5P@10P@20P@100P@200

Page 204: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 188 -

resultados degradam-se não mostrando diferenças significativas entre os vários parâmetros (ver “degrau” das Figuras D.1 e D.4, para os sistema v*t*). O efeito adverso dos termos dos títulos (i.e. títulos HTML, meta termos e descrições delimitadas pelas etiquetas <H>) parece pior se os resultados forem agrupados pelos termos fonte. Todos os sistemas textuais que usam o corpo do documento (v*c*) têm um desempenho melhor do que os que usam o termo corpo e o título (v*d*) excepto quando o comprimento das perguntas é pequeno (i.e. vld*/vmd*>vpc*). Esta degradação do desempenho com a introdução de termos do título pode ser visualizada nos gráficos das Figuras D.1 a D.4.

Este efeito do título é surpreendente, pois os títulos dos documentos, para não mencionar a meta informação, deviam conter os conceitos do documento e a sua utilização devia ser benéfica para o desempenho dos sistemas de pesquisa. De facto, os resultados mostram exactamente o contrário, devido à natureza dos documentos da Web, que, muitas vezes, têm títulos construídos de forma descuidada ou ainda de forma intencional para promoverem o documento por razões de navegação ou comerciais, bem como a meta informação errada que tem como único objectivo a promoção dos documentos. O indexador teve de ser construído para compensar o spamming, tendo em conta as primeiras 30 palavras dos títulos de meta informação.

O uso de frases, apesar de útil, resulta apenas num pequeno aumento do desempenho. Similarmente o uso da pseudo retroacção resulta num ligeiro decréscimo na maior parte dos casos. Em comparação com os resultados oficiais da TREC, o melhor sistema VSM (vlc10) tem:

− avgP=0,1529 e os resultados da TREC (2002) situam-se entre 0,2226 e 0,0002.

− P@10=0,315 e os resultados da TREC (2002) situam-se entre 0,362 e 0,044.

8.1.2 Resultados de Sistemas Baseados no Seguimento de Ligações

A notação usada encontra-se definida na Tabela 8.2 e os principais resultados apresentados na Tabela 8.3. O gráfico da precisão/cobertura (Figura 8.5) mostra claramente a influência da definição do endereço na pesquisa baseada em sistemas HITS. Os endereços pequenos têm um desempenho superior aos endereços longos (cerca de 10 vezes melhor na precisão média). Também seria de esperar uma grande dependência do desempenho nos conjuntos semente, pois conjuntos de “boa” qualidade seriam amplificados pelo seguimento das ligações, num efeito semelhante ao que se verifica com a pseudo retroacção. Contudo alguns dos resultados, contradizem esta hipótese. Este facto é uma indicação da estrutura incompleta das ligações da colecção WT10g. Outros autores constaram este facto (Guring 2003), (Hawking 2001a).

Page 205: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 189 -

Tabela 8.2: Parâmetros do sistema HITS.

Figura 8.5: Curva precisão/cobertura dos sistemas HITS para os tópicos 501-550.

Tabela 8.3: Resultados de sistemas HITS por conjunto semente e comprimento do endereço.

*vsmopt = VSM com todos os resultados; **HITSp = HITS com a pequena definição de endereços; ***HITSl = HITS com a longa definição de endereços.

8.1.3 Sistemas de Pesquisa Baseados em Processos Híbridos

Para investigar processos de pesquisa que usam o sistema de classificação de informação do Yahoo, testaram-se 120 sistemas DC e 24 TM. Os sistemas TM mostram resultados superiores aos sistemas DC, cujo desempenho é bastante inferior aos outros cinco processos de pesquisa estudados (i.e. VSM, Okapi, LM, HITS e TM). A precisão do melhor sistema TM é cerca de quarto vezes superior ao melhor sistema DC (0,0758

# Conjunto Semente (v*c10 Comprimento Endereço Notação

1 Pequeno Pequeno hpp

2 Pequeno longo hpl

3 Media Pequeno hmp

4 Media longo hml

5 Longo Pequeno hlp

6 Longo longo hll

Tópicos 501-550

0

0.1

0.2

0.3

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0cobertura

prec

isão

hmp hlp hpphll hml hpl

Conjunto Semente

VSM HITSp** HITSl***

NDR avgP optF P@200 NDR avgP P@200 NDR avgP vopt* 5980 1,0000 1,0000 0,2565 4703 0,2282 0,1825 2014 0,0359 vlc10 3191 0,1529 0,2528 0,0902 1886 0,0393 0,0754 367 0,0033 vmc10 3113 0,14020 0,2417 0,0876 1775 0,0399 0,0743 286 0,0026 vpc10 2783 0,1138 0,2023 0,0746 1598 0,0297 0,0631 198 0,0013

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 190 -

vs. 0,0180 para os tópicos 451-550). O estudo do processo DC encontra-se no apêndice D2, tendo sido obtidos resultados bastante maus em termos de desempenho.

8.1.3.1 Sistemas TM

Os parâmetros do sistema TM são em número inferior aos dos DC por desenho. Após observar o fraco desempenho dos sistemas DC, apenas um número restrito de parâmetros dos sistemas são testados de forma a reduzir o número de sistemas construídos. Os parâmetros testados são:

− Número de categorias de topo usadas na colecção.

− Índices de termos WT10g.

− Uso de pseudo retroacção.

A combinação destes parâmetros (3 categorias de topo, 4 índices de termos WT10g e retroacção) resulta em 24 (3x4x3=24) sistemas TM:

Tabela 8.4: Resumo da nomenclatura usada para os sistemas TM.

As curvas cobertura/precisão, mostram que não há grande variação de desempenho entre os diferentes sistemas TM, devendo-se presumivelmente à exclusão do comprimento da pergunta e da categoria do universo de termos. Todos os sistemas com texto do corpo do documento estão acima dos sistemas textuais do título do documento. Dado um termo fonte (i.e. texto corpo ou texto corpo + título = documento) os sistemas que usam um pequeno número de categorias de topo estão acima dos que usam mais categorias de topo. Com um número considerável de categorias de topo os sistemas sem retroacção estão sempre acima dos sistemas com retroacção. Apenas o parâmetro utilização de frases mostra resultados inconsistentes, sendo que, sistemas sem frases estão acima dos que usam frases. O desempenho geral dos sistemas TM é superior aos sistemas DC. Os resultados encontram-se no apêndice D.4.

Okapi

Foi implementada a Fórmula BM25 (F2.25). Os parâmetros testados são os mesmos do sistema vectorial: (1) comprimento da pergunta; (2) tipo do índice; (3) uso de frases; (4) pseudo-retroacção. A notação é a mesma do sistema vectorial, alterando-se apenas o

Sistema # Cat. Topo Índice Retroacção tm * * * 1 Corpo s/ frases (1) 0

2 Corpo c/ frases (2) 1 3 doc. s/ frases (3) doc. c/ frases (4)

tm$# cat. Topo$Índice$Retroacção

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 191 -

prefixo v para o. Os resultados encontram-se ilustrados na Figuras 8.6 e 8.7 e são semelhantes aos obtidos com o processo vectorial, mostrando no melhor sistema olc10 (0,164) um resultado superior ao vlc10 (0,152). Os resultados são função dos parâmetros b e k1, aos quais não se fez um estudo detalhado, devido à recente implementação do processo na plataforma e consequente falta de tempo. A introdução de ‘maus’ parâmetros para b e k1, origina resultados inferiores ao processo DC. Este efeito é semelhante ao da variação do parâmetro s na Fórmula F2.5 usada no processo vectorial.

Tópicos 451-500

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0,35

olc10

olc00

omc1

1old

10old

11

omc0

1

omd1

1

omd0

0op

c10

opc0

0op

d10

opd0

0olt

11om

t10 olt10

omt11

omt00

opt11

02004006008001000120014001600

ND

R

avgP optF R-PP@5 P@10 P@20P@100 P@200 NRD

Figura 8.6: Resultados dos sistemas Okapi para os tópicos 451-500.

Tópicos 451-500

0

0,2

0,4

0,6

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1

cobertura

prec

isão

olc10 olc11 olc00olc01 omc11 omc10old10 old00 old11old01 omc01 omc00omd11 omd10 omd00omd01 opc10 opc11opc00 opc01 opd10opd11 opd00 opd01olt11 opt10 omt10opt00 olt10 omt01

o*t**

Figura 8.7: Curva de precisão/cobertura do sistema Okapi para os tópicos 451-500.

8.1.5 LM (Estimador de Direchlet)

Devido à introdução recente deste processo na plataforma, o processo apenas foi testado com a variação do comprimento das perguntas, usando para índice o documento completo, sem frases e sem retroacção. Como colecção de teste foi usado um pequeno conjunto de 1000 documentos da WT10g cobrindo 20 tópicos. A notação é igual ao do

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 192 -

processo vectorial com a alteração do prefixo v para l. Os resultados obtidos encontram-se ilustrados nas Figuras 8.8 e 8.9.

Figura 8.8: Resultados para o sistema LM com estimadores de Direchlet para os tópicos 451-500.

Figura 8.9:Curvas de precisão/cobertura para o sistema LM com estimadores de Direchlet para os tópicos 451-500.

8.1.6 Resumo dos Resultados dos Sistemas Simples

− O melhor sistema VSM e Okapi medido pela precisão média foi vlc10/olc10 (perguntas grandes – corpo com frases textuais – sem retroacção (ver Secção 8.1.1 e 8.1.4).

− O melhor sistema HITS foi hmp (pequeno endereço conjunto semente do sistema vmc10) para os tópicos 451-500 e hlp (pequeno endereço conjunto semente do sistema vlc10) para os tópicos 501-500 (ver Secção 8.1.2).

− O melhor sistema DC foi dc13dp0 (uma categoria de topo, descrição endereço, frases do documento, perguntas pequenas e sem retroacção), (ver Apêndice D.3).

00 ,0 5

0 ,10 ,1 5

0 ,20 ,2 5

0 ,30 ,3 5

0 ,4

llc1 0 lmc1 0 lp c1 00

5 0 0

1 0 0 0

1 5 0 0

2 0 0 0

2 5 0 0

ND

R

avgP optF R-PP @ 5 P @ 10 P @ 20P @ 100 P @ 200 NDR

00 ,10 ,20 ,3

0 ,40 ,50 ,60 ,7

0 0 ,2 0 ,4 0 ,6 0 ,8 1

c obe r tura

prec

isão

l lc 10 lm c 10 lpc 10

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 193 -

− O melhor sistema TM variável com o conjunto de tópicos foi t220 (2 categorias

topo, frases do corpo do documento e sem retroacção) para os tópicos 451-500 e t120 (uma categoria de topo, frases do corpo do documento e sem retroacção) para os tópicos 501-550 (ver apêndice D.4).

As Figuras 8.10 e 8.11 mostram os resultados para os “melhores” sistemas de cada processo considerado.

As curvas precisão/cobertura (Figura 8.10) mostram as diferenças de desempenho dos diferentes processos. De facto a precisão média dos sistemas de topo diminui sensivelmente para metade quando se passa de uns processos para outros por esta ordem VSM, LM, Okapi (valores muito semelhantes), TM, HITS e DC indicando uma vantagem dos processos VSM, LM, Okapi sobre os outros.

Figura 8.10: Curvas precisão/cobertura 451-500.

Res ultados s is tem as s im ples para os tóp ic os 4511-500

00,05

0,10,15

0,20,25

0,30,35

v lc10olc10 ll

hmp hlp hp p

dc13d p0

dc33d p0

dc13dp1t220

t110t111

t120

S iste m a s S im p le s

0200400600800100012001400

NDR

avgP

optF

R-P

P @ 5

P @ 10

P @ 20

P @ 100

P @ 200

RRN

Figura 8.11: Resultados de sistemas simples para os tópicos 451-500.

De uma forma geral, o parâmetro com maior influência é o comprimento da pergunta, sendo interessante notar que os sistemas VSM, LM, Okapi e HITS beneficiam com perguntas longas. Nos sistemas híbridos que usam o sistema de classificação (DC e TM) verifica-se o comportamento oposto, beneficiando com perguntas pequenas. A definição

Tópic os 451-500

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Co b e rtu ra

Prec

isão

vlc 10 olc 10 llhm p hlp hppdc 13dp0 dc 13dp1 dc 33dp0t220 t110 t111t220

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 194 -

de endereços determina a eliminação de ligações entre endereços, calculando os pesos das ligações sendo um parâmetro crucial para os sistemas HITS. Nas secções seguintes será analisado o desempenho de cada componente dos processos de combinação.

8.2 Resultados de Sistemas Combinados

Nesta secção descrevem-se os resultados obtidos, tendo em conta o processo de optimização implementado sob a forma de combinação de resultados, estando o conjunto de testes feitos, ilustrado na Figura 8.12. As combinações paramétricas de cada um dos sistemas VSM, HITS, DC, TM, Okapi e LM (36 VSM; 6 HITS; 120 DC; 24 TM; 36 Okapi; 3 LM) originaram grande número de possíveis combinações. A combinação de todos os arranjos possíveis, não é desejável nem viável, de modo que se optou por uma combinação selectiva dos parâmetros, de forma a descobrir os que maior influência tem nas combinações.

Os resultados de cada um dos processos (i.e.. VSM HITS DC ou TM) são inicialmente combinados para se visualizar o efeito da combinação de parâmetros internos (e.g. índice, perguntas) e sem misturar processos de diferentes sistemas. Esta abordagem chama-se combinação interna. Outra abordagem, oposta a esta, é a combinação externa, a qual combina resultados de diferentes processos de comparação. Estas combinações de processos externos são seguidas de uma combinação de sistemas com dois a três sistemas combinados (i.e. VSM-HITS; VSM-TM; HITS-TM; VSM-HITS-TM). Como os sistemas DC tiveram resultados pobres, foram deixados de fora na combinação, após os processos Internos. Devido à introdução recente dos processos Okapi e LM estes foram igualmente ignorados.

« IR -O p t i m i za t i o n P ro ce ss»C om bina ç ã o de R e s ulta dos (C R) (8 .2 )

« IR-O p ti m i za ti o n P ro ce ss»Com bina ç õe s In te rna s

(D .5 + 8 .2 .1 )

« IR -O p t i m i za t i o n P ro ce ss»C om bina ç õe s E x te rna s

(D .6 + 8 .2 .2 )

« IR-O p ti m i za ti o n P ro ce ss»C om bina ç õe s de S is te m a s de

Topo (D .7 + 8 .2 .3 )

Co m b i n a çã o d e re su l ta d o s d e si ste m a to p o fe i ta s a tra vé s d a s d i fe re n te s fó rm u l a s d e co m b i n a çã o

« IR -In d e x»Índ ic e

« IR -Q u e ry»P e rgunta

« IR-A l g o ri th m »P s e udo R e troa c ç ã o

« IR -In d e x»D oc . C om ple to

« IR -In d e x»Títu lo D oc .

« IR -A l g o ri th m »S M

« IR-A l g o ri th m »W RS

« IR -A l g o ri th m »O W RS

« IR -A l g o ri th m »R O W R S -s f

« IR -A l g o ri th m »RO W RS -F

« IR -A l g o ri th m »RO W R S -P

Co m b i n o u a p e n a s o s si ste m a s V e cto ri a l , H IT S e T M

« IR-In d e x»Fra s e

« IR -In d e x»C orpo Doc .

« IR-A l g o ri th m »S e m S is t. Topo

« IR-A l g o ri th m »S T1

« IR -A l g o ri th m »S T2

« IR -A l g o ri th m »O lpboos t

« IR-A l g o ri th m »V -H

« IR -A l g o ri th m »V -T

« IR -A l g o ri th m »V -H -T

« IR -A l g o ri th m »H -T

0 ..1 0 . .1 0 . .1 0 . .1

0 ..1

0 . .1 0 ..1 0 . .1 0 . .1 0 ..1

1 1

1

1

0 ..1

0 . .1

0 . .1

0 ..1

0 ..10 . .1

0 . .1 0 ..1

Figura 8.12: Resumo dos tópicos da Secção 8.2.

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 195 -

Uma terceira experiência, chamada combinação de topo, consiste na combinação dos melhores sistemas de cada processo usando variações da fórmula WRS. Estas três experiências estão descritas na Secção 8.2. O resumo dos resultados encontra-se no Apêndice D.5 e os resultados detalhados em <www.deetc.isel.ipl.pt/matematica/jf/ d.htm>.

8.2.1 Combinações Internas

Comparando o melhor desempenho das fórmulas SM e WRS com os resultados dos sistemas simples (identificados como sistemas base) identificam-se alguns padrões interessantes entre a fórmula de combinação e o processo de pesquisa. Em ambas as combinações de VSM e TM, foram identificados resultados próximos do desempenho do nível de base (valor obtido pelo melhor sistema simples) com a fórmula WRS. Nas combinações dos sistemas HITS, os resultados da fórmula SM apresentam o melhor desempenho, enquanto que WRS parece ultrapassar o desempenho dos sistemas base em ordens baixas.

Na combinação VSM, o melhor sistema WRS atinge uma precisão média ligeiramente superior ao sistema base dos tópicos 501-550, embora essa diferença não seja significativa (0.1412 contra 0.1406). Sistemas simples e combinados através da fórmula WRS são praticamente idênticos nos sistemas TM (Figura D.22). Na combinação SM, por outro lado, degrada-se bastante o desempenho, enquanto que, nos sistemas VSM, essa degradação é bastante reduzida (Figuras D.17 a D.20).

Interessante é o facto de a fórmula SM, de uma forma geral, degradar o desempenho mas encontrar mais documentos relevantes nas combinações dos sistemas VSM e TM (Figura D.17). Uma explicação possível é que SM, em algumas situações, pesquisa mais documentos a ordens baixas, situação confirmada no gráfico precisão/cobertura (Figuras D.18 e D.22). Na Figura D.22 está representado o desempenho do TM para os tópicos 451-500, os sistemas SM ultrapassam a linha de base em pontos de cobertura alta, tendo NDR mais pequeno que a linha base.

As combinações HITS, SM e WRS mostram um comportamento oposto às combinações VSM e TM. Apesar de, em geral, todas as combinações de sistemas mostrarem um desempenho superior ao melhor sistema simples, SM mostra de longe o melhor desempenho (Figura D.21). É interessante verificar que, combinando HITS, temos uma melhoria significativa de resultados enquanto que, combinando VSM ou TM, pouco se ganha. Uma explicação possível para este facto, é que o espaço da combinação de sistemas HITS é bastante maior que o do ‘melhor’ sistema HITS enquanto que, o melhor sistema, domina as combinações do processo VSM e TM.

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 196 -

Os dois diagramas da Figura 8.13 mostram a distribuição hipotética dos espaços solução do sistema (quadrados representam os melhores sistemas), dando um exemplo visual do potencial da combinação. Os sistemas HITS produzem um espaço de soluções diverso, resultando num espaço combinado maior. Por outro lado, a solução do ‘melhor’ sistema VSM e TM, ocupa a maior parte do espaço solução, sendo assim, documentos adicionais relevantes, introduzidos pelas combinações, tornam-se irrelevantes. Um estudo da sobreposição dos documentos pesquisados confirma esta hipótese.

Figura 8.13:Diagrama do espaço solução dos sistemas.

Cada uma das quatro possíveis combinações dos três processos foi feita, procurando descobrir as potencialidades de combinar diferentes sistemas. A degradação do desempenho é superior nas combinações dos processos externos.

8.2.2 Combinações Externas

Em todas as combinações HITS-TM, os sistemas base (melhores sistemas simples de cada tipo de processo) formam as linhas superior e inferior e, os resultados combinados, situam-se entre esses dois níveis. Contudo, há uma diferença distinta entre os níveis dos resultados das combinações, os quais são ilustrados nos gráficos de precisão/cobertura. As combinações VSM-HITS tendem a estar abaixo da linha de base superior (Figura D.23), enquanto que, para as combinações VSM-TM, se situam no meio (Figura D.24). Nas combinações VSM-HITS-TM (Figura D.26), os resultados situam-se a meio dos níveis base superior e inferior dos sistemas VSM e TM. Muitos destes resultados podem ser explicados com base na sobreposição, que mostra valores significativos para os sistemas VSM/TM e, quase nulos, para os HITS, em ordens altas. Isto significa que os documentos pesquisados pelo VSM, e que são impulsionados pela fórmula de combinação, dominam os resultados combinados VSM-HITS, em ordens altas.

Quando combinamos resultados VSM e TM, os documentos pesquisados por ambos os sistemas têm um aumento no valor da sobreposição. O desempenho dos sistemas VSM

VSM e TM HITS

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 197 -

tende a ser degradado a ordens altas pelos sistemas TM. De facto, a proporção e o número dos documentos não relevantes com alta sobreposição é maior nos sistemas TM que nos VSM, os quais podem considerar o efeito adversos dos sistemas TM. Por exemplo, apenas 14% dos 1421 documentos pesquisados pelos 24 sistemas TM nas ordens 100 ou superiores são relevantes para os tópicos 451-500, enquanto que 20% dos 245 documentos pesquisados pelos 36 sistemas VSM a ordem 100 são relevantes.

A combinação de sistemas HITS e TM tem efeitos diferentes quando comparados com outros processos de combinação. Enquanto que a combinação externa falha em ultrapassar os níveis de desempenho do sistema base, a combinação HITS-TM ultrapassa com sucesso o desempenho do melhor sistema simples. Contudo, a fórmula SM, que aparentemente é inferior a WRS nas combinações internas, mostra resultados claramente superiores aos obtidos pela fórmula WRS, para a combinação HITS-TM (Figura D.25).

Figura 8.14: Resumo dos melhores resultados da combinação de sistemas externos para os tópicos 451-500.

Resumo Combinações Externas Tópicos 451-500

00.050.1

0.150.2

0.250.3

0.35

hvl0a hvl0b vtl1a vtl0b htm0a htm0b hvtl1a hvtl0b1000

1100

1200

1300

ND

R

avgP optF R-PP@5 P@10 P@20P@100 P@200 NDR

Resumo Combinações Externas Tópicos 451-500

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1cobertura

prec

isão

hvl0a hvl0b vtl1a vtl0b

htm0a htm0b hvtl1a hvtl0b

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 198 -

Figura 8.15: Resumo das melhores curvas precisão/cobertura para combinação de sistemas através da Fórmula SM.

Figura 8.16: Resumo das melhores curvas precisão/cobertura para combinação de sistemas através da Fórmula WRS.

As Figuras 8.14 a 8.16 e Tabelas 8.5 e 8.6, agrupam sistemas combinados externos com

Fór m ula SM Tópicos 451-500

00.10.20.30.40.50.60.7

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0cobertura

prec

isão

hv l0a v tl1a htm0a hv tl1av lc10 hpm t220

Fórm ula S M Tópicos 501-550

00 .1

0 .20 .30 .40 .5

0 .60 .7

0.0 0 .2 0 .4 0 .6 0.8 1 .0c obertura

prec

isão

hv l0a v tl0a htl0a hv tl1av lc10 hpl t110

F ó rm u la W RS T ó p ico s 451-500)

00 .10 .20 .30 .40 .50 .60 .7

0 .0 0 .2 0 .4 0 .6 0 .8 1 .0c obertura

prec

isão

hv l0b v tl0b htm0b hv tl0bv lc 10 hpm t220

F ó r m u la W R S T ó p ic o s 5 0 1 -5 5 0

0

0 .1

0 .2

0 .3

0 .4

0 .5

0 .6

0 .7

0 .0 0 .2 0 .4 0 .6 0 .8 1 .0c o b e r tu r a

prec

isão

h v l0 b v tl0 b h tm 0 b h v tl0 bv lc 1 0 h p l t1 1 0

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 199 -

a fórmula de combinação mostrando padrões interessantes. Os resultados da combinação da fórmula SM apresentam grupos mais apertados que os da fórmula WRS. De facto, a combinação de sistemas TM, parece degradar o desempenho geral quando se usa a fórmula WRS, tendo pouco impacto com a fórmula SM.

Não é claro quais são os factores que contribuem para este fenómeno. Da análise das diferenças entre as fórmulas constata-se a existência de três diferenças principais entre as fórmulas SM e WRS:

− Primeiro, a fórmula SM usa medidas de pesquisa normalizadas, diferenciando mais os documentos que a ordem da fórmula WRS, que usa o inverso da ordem.

− SM usa também uma medida de sobreposição normalizada que compensa o número diferente de processos que pesquisaram o documento, atribuindo mais importância ao processo de sobreposição (i.e. o número de processos que pesquisaram o documento), enquanto que a fórmula WRS recompensa, indiscriminadamente, documentos com sobreposição, sem ter em conta o processo de sobreposição.

− A terceira diferença reside no uso de pesos baseados nos sistemas, numa tentativa de diferenciar as contribuições dos diferentes sistemas.

Por exemplo, considerando um documento pesquisado por 24 sistemas TM e um documento pesquisado por 10 sistemas TM e 10 sistemas VSM. A medida WRS será simplesmente a soma das 24 medidas a dividir por 20. A medida de combinação SM vai apenas pesar na soma dos 24 sistemas ordenados vs 20 medidas aumentadas pela sobreposição. Se com o processo de sobreposição temos documentos relevantes, a fórmula WRS ‘sofre’ com a inclusão dos sistemas TM.

sistemas NDR avgP optF R-P P@5 P@10 P@20 P@100 P@200

vlc10 1228 .1652 .2592 .1969 .3280 .2980 .2280 .1064 .0710

hvl0a 1104 .1248 .2189 .1478 .2680 .2340 .1830 .0902 .0670

hvtl1a 1200 .1312 .2091 .1606 .2640 .2220 .1750 .0942 .0672

hvl0b 1154 .1561 .2467 .1738 .3040 .2620 .2270 .1036 .0677

hvtl0b 1251 .1312 .2172 .1643 .2520 .2220 .1820 .0984 .0685

Tabela 8.5:Melhores resultados de combinações externas para os tópicos 451-500.

Outra fraqueza da fórmula WRS é a insensibilidade às medidas dos documentos. Se existe um ‘buraco’ nas medidas dos documentos relevantes e não-relevantes, a fórmula SM é sensível, enquanto que a fórmula WRS não o é. Reciprocamente, se as medidas diferenciais entre documentos relevantes e não-relevantes são pequenas e os

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 200 -

documentos não-relevantes são ordenados superiormente, WRS terá um comportamento considerado “mau”.

sistemas NDR avgP optF R-P P@5 P@10 P@20 P@100 P@200

vlc10 1963 .1406 .2464 .1950 .3720 .3320 .2760 .1548 .1095

hvl0a 1792 .1134 .2166 .1586 .3160 .2700 .2240 .1302 .1027

hvtl1a 1666 .0988 .1954 .1415 .2320 .1940 .1880 .1188 .0892

hvl0b 1889 .1275 .2334 .1879 .3680 .3160 .2660 .1396 .1036

hvtl0b 1762 .0996 .2011 .1641 .2520 .2340 .2020 .1178 .0894

Tabela 8.6:Melhores resultados de combinações externas para os tópicos 501-550.

Finalmente, se os conjuntos de treino, a partir dos quais os pesos WRS são calculados, forem diferentes do ambiente habitual dos sistemas TM, os resultados da fórmula WRS podem degradar-se quando os sistemas TM são introduzidos. De facto os tópicos 451-500 e 501-550 podem ter características diferentes, mais facilmente detectadas num sistema TM em que existem conjuntos diferentes de tópicos.

8.2.3 Combinações de Sistemas de Topo

O objectivo foi testar, para o mesmo tipo de sistema (sistemas de topo), o comportamento das 12 fórmulas de combinação, verificando qual é a que tem melhor desempenho.

As Figuras D.27 e D. 28 mostram os melhores resultados de cada fórmula de combinação, em relação ao melhor resultado base do sistema simples, mostrando melhorias de desempenho nas fórmulas dos sistemas ROWRS-sf com olpboost, ROWRS-sf com st1, e ROWRS-sf com st2. O ganho no desempenho é apenas marginal, pois os resultados são muito semelhantes à base do sistema simples (Figura D.28). Figura D.28 e D.29 comparam as curvas precisão/cobertura dos sistemas topo, com variações de topo nas fórmulas OWRS e ROWRS enquanto que, a Figura D.29, compara as três medidas ordenadas usadas na fórmula ROWRS:

− Sistema Topo 1 (st1) aumenta as medidas dos sistemas de topo.

− Sistema Topo 2 (st2) usa 2 níveis de sistemas de topo com um factor de aumento.

− Aumento da sobreposição (olpboost) multiplica medidas dos sistemas de topo pela sobreposição adicional aos sistemas de topo st2.

Todos os três sistemas de topo combinados pesquisam menos documentos relevantes, tendo maior precisão o que sugere que o aumento de desempenho vem do aumento de

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 201 -

documentos relevantes a baixas ordens. A perda, no número de documentos relevantes pesquisados, pode ser atribuída à tendência da fórmula ROWRS pesquisar exclusivamente documentos do conjunto de resultados. Mesmo sem documentos relevantes exclusivos, ROWRS ultrapassa OWRS em relação às variações dos sistemas de topo. A comparação das medidas de ordem, mostra que a medida sucesso/falha, é superior à precisão ou eficiência baseadas nas fórmulas ROWRS. Nas variações dos sistemas de topo, as fórmulas ROWRS parecem trabalhar melhor com a contribuição mais ‘pesada’ do sistema topo (olpboost), em contraste com a fórmula OWRS que mostra melhores resultados, sem qualquer ênfase em sistema de topo.

As diferenças do efeito das fórmulas OWRS e ROWRS no sistema de topo indicam a relação entre ordem e relevância dos documentos de topo. A Figura D.30 compara a distribuição de documentos relevantes pesquisados pelos melhores sistemas combinados com o melhor sistema simples (vlc10). O declive representa a densidade de documentos relevantes pesquisados numa dada ordem, para ambos os sistemas, indicando uma distribuição desigual de documentos relevantes sobre as ordens. O declive mais acentuado do sistema de topo (vlc10), nas primeiras ordens, reflecte maior concentração de documentos relevantes nos sistemas de topo do que fora destes, o que sugere que as contribuições dos sistemas de topo são benéficas.

Distribuições desiguais de documentos relevantes pelas ordens significa que, os pesos baseados na ordem, são mais efectivos que os pesos baseados no desempenho, evidenciado pelos melhores resultados da fórmula ROWRS sobre OWRS. Não é claro porque é que os sistemas de topo (st*) aumentam o desempenho quando usados com pesos baseados na ordem e degradam o desempenho quando aplicados uniformemente sobre as ordens. É possível que, nos sistemas de topo (st*) os pesos baseados nas ordens aumentem as contribuições destes quando são mais benéficos, no entanto, o aumento indiscriminado das contribuições de sistemas de topo sobre todas as ordens, pode contribuir para a degradação do desempenho.

8.2.3.1 Resumo das Combinações de Sistemas de topo

Como resumo dos resultados das combinações de sistemas de topo, encontra-se nas Tabelas 8.7 e 8.8, apresentando as seguintes conclusões:

− ROWRS melhora os resultados dos sistemas simples, obtêm-se menos documentos relevantes mas maior precisão e há uma relação entre ordem e relevância.

− O aumento dos resultados dos sistemas de topo resulta de uma maior concentração de documentos relevantes.

− Usando pesos baseados na ordem, as combinações resultam numa distribuição

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 202 -

desigual de documentos relevantes sobre as ordens.

Tabela 8.7:Resultados dos sistemas de topo em função das diferentes Fórmulas para os tópicos 451-500.

Tabela 8.8: Resultados dos sistemas de topo em função das diferentes Fórmulas para os tópicos 501-550.

8.3 Análise da Sobreposição

Tabela 8.9: Número de documentos relevantes pesquisados na ordem 1000.

Dos processos de combinação externos, os sistemas HITS foram os que mais ganharam devido à diversidade do espaço de soluções. Uma forma de confirmar esta hipótese é

sistemas NDR avgP optF R-P P@5 P@10 P@20 P@100 P@200Fhpl1F2d3 1215 .1739 .2679 .2016 .3240 .2980 .2350 .1108 .0743

F2hpl1t31d1 1216 .1721 .2654 .2076 .3560 .2960 .2260 .1084 .0718 F2hpl1t31d2 1216 .1721 .2654 .2076 .3560 .2960 .2260 .1084 .0718

vlc10 1228 .1652 .2592 .1969 .3280 .2980 .2280 .1064 .0710 F2hpl1t31d0 1228 .1635 .2571 .2039 .3400 .3020 .2080 .1068 .0735 F2hpl1t31c0 1229 .1635 .2561 .2025 .3320 .2820 .2190 .1040 .0697 Fhpl1t31c1 1247 .1613 .2667 .1984 .3000 .2600 .2150 .1074 .0749 Fhpl1t31c2 1247 .1613 .2667 .1984 .3000 .2600 .2150 .1074 .0749 Fhpl1t31c3 1247 .1613 .2665 .1983 .3000 .2580 .2150 .1074 .0746

vl1hpl1t31e0 969 .1581 .2554 .1891 .3440 .2760 .2200 .1026 .0690 F2hpl1t21b 1227 .1578 .2515 .1931 .3120 .2660 .2220 .1076 .0732

vl1hpl1t31f0 969 .1564 .2524 .1855 .3400 .2940 .2160 .1034 .0691

sistemas NDR avgP optF R-P P@5 P@10 P@20 P@100 P@200F2Ft11d3 1909 .1468 .2531 .2064 .3480 .3420 .2730 .1548 .1122 F2Ft11d1 1909 .1466 .2512 .2055 .3600 .3400 .2760 .1536 .1113 F2Ft11d2 1909 .1465 .2510 .2055 .3600 .3400 .2760 .1530 .1113

vlc10 1963 .1406 .2464 .1950 .3720 .3320 .2760 .1548 .1095 F2hpl1t11d0 1931 .1368 .2427 .1945 .3480 .3120 .2400 .1472 .1090 F2hpl1t11c0 1932 .1366 .2434 .1888 .3600 .2920 .2440 .1476 .1079 F2hpl1t11c1 1925 .1360 .2453 .1914 .3400 .2800 .2310 .1456 .1069 F2hpl1t11c2 1925 .1360 .2453 .1914 .3400 .2800 .2310 .1456 .1069 Fhpl1t11c3 1937 .1360 .2428 .1883 .3280 .2860 .2360 .1444 .1073 F2hpl1t31b 1930 .1352 .2394 .1889 .3720 .3360 .2580 .1482 .1106

vl0hpl1t11e0 1499 .1271 .2391 .1867 .3360 .2820 .2370 .1458 .1063 vl1hpl1t11f0 1510 .1270 .2388 .1927 .3400 .2820 .2390 .1484 .1078

Sistema NDR VSM HITS TM V-H V-T H-T Sistema NDR VSM HITS TM V-H V-T H-Tvm10 1340 0 - - 0 0 - vl10 1963 1 - - 1 1 -vm11 1330 0 - - 0 0 - vl00 1931 3 - - 2 2 -vm00 1324 0 - - 0 0 - vl11 1917 3 - - 3 3 -t110 948 - - 0 - 0 0 t220 1295 - - 0 - 0 0t120 948 - - 0 - 0 0 t210 1292 - - 0 - 0 0t111 943 - - 0 - 0 0 t211 1288 - - 3 - 1 2hpl 724 - 90 - 6 - 52 hpl 1162 - 157 - 3 - 42hpm 732 - 35 - 0 - 9 hpm 1043 - 37 - 3 - 17hpp 633 - 50 - 4 - 6 hpp 965 - 69 - 3 - 19

Tópicos 451-500 Tópicos 501-550

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 203 -

examinar o grau de sobreposição dos documentos pesquisados pelo sistema HITS.

Na Tabela 8.9, o número total de documentos relevantes pesquisados (NDR), bem como o número de documentos pesquisados por um sistema apenas (i.e. VSM, HITS, TM) dão uma ideia do grau de sobreposição dos documentos relevantes pesquisados. As colunas VSM, HITS e TM indicam o espaço solução para a sobreposição dos sistemas HITS, cujo valor é inferior aos sistemas VSM ou TM. Mais especificamente, as contribuições únicas dos três sistemas HITS de topo, são consideravelmente maiores que os três sistemas de topo em cada um dos processos VSM ou TM, o que indica que o processo HITS é o que ganha mais com as combinações.

Os resultados das combinações externas (Secção 8.2.2) também merecem uma análise de sobreposição. Os números superiores na coluna H-T da Tabela 8.9 indicam um potencial de ganho superior para a combinação H-T, à qual se faz referência na Secção 8.2.3. De facto, os resultados das combinações VSM-HITS estão próximos do melhor sistema VSM enquanto que, os resultados das combinações VSM-TM estão mais ou menos a meio do nível definido pelo melhor sistema VSM e TM, requerendo diferentes análises de sobreposição para a explicação do facto.

Em <www.deetc.isel.ipl.pt/matematica/jf1/g.htm> são apresentados os resultados gerais de sobreposição, em que a frequência e a percentagem de documentos sobrepostos (i.e. documentos pesquisados por sistemas múltiplos), mostram um elevado número de documentos sobrepostos para os sistemas VSM a TM (colunas OLPV e OLPT), tendo uma sobreposição diminuta para os sistemas HITS (coluna OLPH) em ordens altas. Quando sistemas VSM e TM são combinados, os documentos pesquisados por ambos tem um aumento na sobreposição e os resultados dos sistemas VSM são degradados pelo grande número de documentos não-relevantes com grande sobreposição nos sistemas TM (página pessoal e Figuras 8.17 a 8.20).

Para além do grau de sobreposição dos documentos pesquisados, o nível de desempenho óptimo descreve o potencial das combinações. A Figura 8.18 mostra que, combinando todos os sistemas VSM (Fvsm) para os tópicos 451-500, pode aumentar-se a precisão média do melhor sistema VSM de 0.6398 para 0.7555 pela introdução de mais de 270 documentos relevantes no espaço das soluções. Combinando todos os sistemas de todos os processos, atinge-se a precisão média de 0.7819, com 1725 documentos relevantes pesquisados. A Figura 8.18, mostra o potencial da combinação em todas as ordens, ao evidenciar que, combinando resultados de sistemas individuais, se aumenta o número de documentos relevantes pesquisados.

As Figuras 8.17 a 8.20, são uma síntese da sobreposição mostrando a densidade de documentos relevantes em várias ordens. Verifica-se uma grande densidade de

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 204 -

relevância (i.e. proporção de documentos relevantes numa dada sobreposição) não só para sobreposição alta mas também para ordens altas. Infelizmente, a densidade de relevância é inferior a 50% em todas as instâncias menos uma (sobreposição>=50 na ordem 5 para o tópico 451-500, Figura 8.17), o que significa que, documentos com sobreposição alta, tendem a ser mais não-relevantes que relevantes.

Por outras palavras, o conhecimento do valor da sobreposição isoladamente, não é um bom indicador de relevância porque conduz a mais documentos não-relevantes do que relevantes, apesar de os documentos sobrepostos serem mais relevantes que os que têm menor sobreposição. A Tabela 8.10 relaciona a sobreposição com a relevância e a ordem dos documentos, mostrando em geral, que documentos não relevantes, são ordenados em ordens inferiores aos documentos relevantes na mesma sobreposição, nos sistemas VSM e TM, sendo o inverso verdade, para os sistemas HITS. Estes padrões específicos de sobreposição nos sistemas HITS podem explicar o facto de as fórmulas baseadas na ordem não terem um bom desempenho nas combinações HITS.

Tabela 8.10: Médias das ordens em documentos sobrepostos para todos os sistemas com sobreposição maior ou igual a 10.

A Coluna p (pV, pH, pT) mostra a proporção de documentos não relevantes cujas ordens médias (dos sistemas VSM, HITS, TM) são maiores que os documentos relevantes com a mesma sobreposição.

Figura 8.17: Nível de desempenho óptimo na ordem 1000.

Tópicos 451-500 Tópicos 501-550 Ordem N p pV pH pT avgR avgRV avgRH avgRT N p pV pH pT avgR avgRV avgRH avgRT

5 429 .42 .38 .26 .61 3.1 2.3 0.2 1.4 460 .44 .17 .31 .64 3.3 2.7 0.1 1.6 10 913 .31 .53 .36 .62 6.0 5.0 0.4 2.2 947 .38 .21 .40 .56 5.6 4.4 0.4 2.5 20 1902 .44 .39 .51 .64 12.1 10.2 1.0 5.5 1958 .67 .31 .37 .53 11.8 9.8 0.4 5.7 100 10384 .59 .73 .36 .72 59.2 50.9 11.4 20.4 10516 .82 .54 .38 .76 60.0 51.3 13.4 20.8 200 20047 .78 .59 .23 .70 119.8 100.5 22.0 43.9 20984 .47 .37 .18 .42 122.3 106.6 33.5 42.3

1000 92608 .71 .60 .51 .70 624.6 530.3 32.5 238.1 98443 .75 .70 .42 .80 609.7 512.3 34.5 211.7

Níve l óptim o de de se m pe nho na orde m 1000

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

Fall Fv t Fv h Fv Fht v mc 10 Ftd Fh t111 hpl

avgP

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

ND

R

avgP 451-500 av gP 501-550

NDR 451-500 NDR 501-550

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 205 -

Níve l de óptim o

de se m pe nho na orde m 20

0

0.05

0.1

0 .15

0.2

0 .25

0.3

0 .35

0.4

Fa ll Fvt Fvh Fv vlc10 Fht Ftd Fh t101 hpm

avgP

0

100

200

300

400

500

600

700

ND

R

avgP 451-500 avgP 501-550NDR 451-500 NDR 501-550

Figura 8.18: Nível de desempenho óptimo na ordem 20.

Figura 8.19: Densidade de sobreposição de documentos relevantes em todos os sistemas, para os tópicos 501-550.

Figura 8.20: Densidade de sobreposição de documentos relevantes em todos os sistemas, para os tópicos 451-500.

*N = número total de documentos pesquisados por 10 ou mais sistemas;

**PRD = proporção do número de documentos em N documentos.

D e n si d a d e d e so b re p o si ç ã o d ed o c . re l e v . e m to d o s o s siste m a s:

T ó p i c o s 5 01 -5 50

0

0 .0 5

0 .1

0 .1 5

0 .2

0 .2 5

0 .3

0 .3 5

0 .4

0 .4 5

0 .5

5 1 0 2 0 1 0 0 2 0 0 10 0 0

**PD

R

0

2 0 00 0

4 0 00 0

6 0 00 0

8 0 00 0

1 0 00 0 0

1 2 00 0 0

O rd e m

*N

r e lp> = 1 0 r e lp> = 2 0 r e lp> = 3 0r e lp> = 4 0 r e lp> = 5 0 N> =1 0N> = 20 N> = 30 N> =4 0N> = 50

Densidade de sobreposição de doc. relev. em todos os sistemas:

Tópicos 451-500

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

0.35

0.4

0.45

0.5

5 10 20 100 200 1000

**P

RD

0

20000

40000

60000

80000

100000

120000

Ordem

*N

relp>=10 relp>=20 relp>=30relp>=40 relp>=50 N>=10N>=20 N>=30 N>=40N>=50

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 206 -

8.4 Conclusões

8.4.1 Sistemas simples

A análise dos resultados sugere que, perguntas longas e definição dos endereços, são os parâmetros mais influentes no desempenho do sistema de pesquisa. Para os sistemas VSM e HITS que usam resultados VSM, como semente dos documentos, perguntas maiores produzem resultados melhores que as perguntas mais pequenas, as quais têm melhor efeito nos sistemas de classificação. A definição dos endereços, que afectam a eliminação de ligações externas e os cálculos dos pesos das ligações no algoritmo HITS, é outro dos parâmetros principais para o desempenho dos sistemas HITS, em que a pequena definição de endereços mostra um desempenho superior à definição longa de endereços. Para sistemas HITS, a qualidade do documento semente, mostra ser um parâmetro vital para o desempenho nomeadamente na riqueza da topologia de ligações e no número de documentos relevantes. O sistema HITS, usando como conjunto semente, todos os documentos relevantes, produz um resultado bastante ‘mau’ uma vez que as diferentes perguntas produzem um pequeno número de documentos relevantes e também devido à possível topologia de ligações da colecção WT10g ser incompleta. De facto, 85 dos 100 conjuntos semente que produziram os melhores sistemas VSM são compostos por 85% ou mais documentos não-relevantes, que seguramente degradam o desempenho dos sistemas HITS, ver Tabela 8.11.

Tabela 8.11: Conjunto de Documentos semente produzido pelo vlc10.

*NDR = número de documentos relevantes pesquisados.

Apesar de os sistemas DC influenciarem a informação das directorias do Yahoo, de uma nova forma, para produzirem resultados da pesquisa, o seu desempenho era demasiado pobre para dar qualquer contributo para as combinações. As falhas dos sistemas DC, em atingir um nível de desempenho aceitável, levaram a uma abordagem mais simples nos sistemas TM. Estes produzem resultados que se situam entre os sistemas VSM e HITS. Uma das principais diferenças entre os sistemas TM e DC reside na forma como é

NDR* no conj. Semente

Número dos conjuntos sementes

Relevância da densidade do conjunto semente

NDR <= 10 40 0.05 10 < NDR <= 20 28 0.10 20 < NDR <= 30 17 0.15 30 < NDR <= 40 7 0.20 40 < NDR <= 50 4 0.25 60 < NDR <= 70 1 0.35 70 < NDR <= 80 2 0.40

120 < NDR <= 130 1 0.65

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 207 -

construída a melhor categoria para uma dada pergunta. Os sistemas DC usam a probabilidade de o termo da pergunta ocorrer na categoria, a qual pode ser influenciada pela ‘fraqueza’ das categorias do Yahoo, enquanto que nos sistemas TM se usa o número de termos comuns entre a pergunta e a categoria, para calcular a semelhança entre eles. Outra distinção importante entre os sistemas DC e TM reside no facto de a pergunta poder ser expandida para encontrar os documentos com maiores semelhanças na colecção WT10g. Os sistemas DC usam uma expansão massiva do centro da classe, enquanto que, os sistemas TM, usam apenas um conjunto seleccionado de termos da melhor categoria.

Dos vários sistemas testados, o sistema VSM, Okapi e LM mostram resultados claramente superiores aos outros sistemas, seguidos pelos sistemas TM e HITS. De uma forma geral, as precisões médias dos sistemas VSM, Okapi e LM são duas vezes superiores às dos sistemas TM e quatro vezes superiores às dos sistemas HITS. Os sistemas VSM também dominam as ordens, produzindo 234 resultados nas três ordens de topo, comparando com os 59 dos sistemas TM e 4 para os sistemas HITS (Tabela 8.12). Esta análise não foi feita para os processos Okapi e LM.

8.4.2 Combinações de resultados

As diferenças nos processos de pesquisa que afectam os resultados parecem influenciar de igual forma os processos de combinação internos e externos.

Nas combinações de sistemas HITS, a fórmula SM produz melhores resultados que a fórmula WRS baseada na ordem, a qual é oposta aos resultados da combinação dos sistemas VSM e TM. Para se determinar a razão do aumento do desempenho das combinações quando se integram sistemas HITS e da degradação quando integramos sistemas VSM e TM, foi examinada a sobreposição de documentos relevantes nos sistemas HITS com sistemas VSM e TM e verificou-se que, os sistemas HITS, pesquisam uma maior diversidade de documentos relevantes que os sistemas VSM ou TM e, por isso, tendem a ganhar mais com a combinação.

Nas combinações dos processos externos, os resultados situam-se entre os níveis superiores e inferiores das linhas de base dos sistemas simples. A introdução de combinações dos sistemas TM degradam o nível de desempenho, excepto nas combinações HITS-TM, onde o espaço de soluções diverso dos sistemas HITS parece dominar o efeito adverso dos sistemas TM. As combinações dos sistemas VSM e HITS, contudo, não produzem melhores resultados que os resultados base, devido ao espaço solução dos sistemas HITS ser bastante diverso e, por outro lado, as soluções dos espaços dos sistemas TM, terem maior sobreposição com os sistemas VSM.

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 208 -

8.4.3 Desempenhos das Diferentes Fórmulas de Combinação

Tabela 8.12: Frequências de sistemas e processos nas três ordens de topo dos tópicos 451-550.

Os diferentes desempenhos das fórmulas de combinação SM e WRS, foram observados nas combinações dos processos internos, bem como nas combinações dos processos externos, apresentando a fórmula SM resultados mais estáveis que a fórmula WRS, nos diferentes processos. Em geral, a fórmula WRS, produz melhores resultados que a fórmula SM, a qual demonstra um desempenho superior com os sistemas HITS. A optimização das fórmulas de combinação não é o objectivo principal desta dissertação e, assim, a investigação dos diferentes comportamentos não foi elaborada. Em vez disso, foram consideradas as potenciais causas que podem suportar os diferentes resultados obtidos pelas fórmulas SM e WRS, sendo que, as fórmulas SM, têm tendência para

Sistema Frequência Sistema Frequência Sistema Frequência vlc00 32 hlp 2 t120 7 vlc10 29 hmp 1 t310 6 vlc01 22 hpp 1 t210 5 vld10 17 t110 5 vmc10 17 t220 5 vlc11 16 t320 4 vld00 13 t211 3 vmc00 12 t330 3 vmc01 12 t340 3 vmc11 11 t311 2 vld01 11 t141 2 vpc10 5 t130 2 vmd10 4 t321 2 vld11 4 t140 2 vpd10 3 t131 1 vpc11 3 t121 1 vlt11 2 t230 1 vpt00 2 t331 1 vmt01 2 t241 1 vpd00 2 t341 1 vmd11 2 t240 1 vpt11 2 t111 1 vmd00 2 vlt01 1 vmt11 1 vmt00 1 vpt10 1 vpc01 1 vpt01 1 vpd01 1 vmd01 1 vpd11 1 VSM 234 HITS 4 TM 59

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 209 -

diferenciar os documentos em ordens próximas, dando ênfase à sobreposição, enquanto a fórmula WRS pesa as componentes combinadas baseadas no desempenho passado.

Com os sistemas de topo, foram testadas variações das fórmulas WRS usadas para combinar resultados dos sistemas de topo numa tentativa de melhorar o desempenho enquanto se minimiza o ‘esforço’ computacional bem como a contribuição dos piores sistemas. Deste esforço resultaram melhorias de desempenho em relação aos resultados dos melhores sistemas simples. As variações testadas foram os sistemas de topo com a sobreposição, que dão ênfase às contribuições sobrepostas dos sistemas de topo melhorando significativamente os resultados, sugerindo que, a sobreposição de resultados com as ordens dos sistemas de topo, é benéfica para a aproximação das combinações.

Este ganho marginal na combinação de sistemas de topo, tem custos ao nível da cobertura (i.e. número de documentos relevantes pesquisados). Esta diminuição na cobertura deve-se ao facto de as fórmulas de combinação dos sistemas de topo considerarem apenas documentos que foram pesquisados por vários sistemas.

8.4.4 Sobreposição de Resultados

Um dos aspectos mais significativos dos resultados do sistema WST numa colecção controlada, vem da análise da sobreposição, onde o número total de documentos relevantes dos conjuntos de resultados combinados dos sistemas VSM, HITS, e TM são em maior número do que os documentos pesquisados pelo melhor sistema simples. Esta observação contrabalança com o facto de o espaço solução dos processos textuais, ligação e classificação, serem bastante diversos para que a combinação seja benéfica. É importante notar que nos sistemas HITS, apesar do baixo desempenho, têm contribuições únicas quando combinados. O alto grau das contribuições únicas dos sistemas HITS pode reflectir a forma de abordagem da pesquisa, que é distinta dos sistemas VSM e TM, com bases nas técnicas de pesquisa textuais.

O nível de desempenho óptimo nas combinações está relacionado com a sobreposição do espaço solução dos sistemas individuais. A relação entre sobreposição, ordem e relevância, foi observada nas estatísticas de sobreposição <www.deetc.isel.ipl.pt/ matematica/jf/g.htm>, em todas as dimensões do espaço solução. A solução ideal de combinação de termos no espaço solução, será um compromisso entre os espaços solução que pesquisam apenas documentos relevantes em ordens altas e a sobreposição de documentos relevantes de forma que, nessas ordens altas, não haja sobreposição de documentos relevantes com não-relevantes.

Como se conclui da análise da sobreposição, apesar de haver documentos pesquisados

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Capítulo 8 – Resultados da plataforma de teste WebSearchTester para processos de IR - 210 -

por vários sistemas, o número dos sistemas que pesquisaram um documento não é um bom indicador de relevância, pois documentos com sobreposição alta são muitas vezes não-relevantes. Uma forma de compensar este facto reside no desempenho dos sistemas de topo. Combinações dos sistemas de topo tendem a ignorar contribuições únicas com ênfase numa sobreposição pesada. Um dos maiores desafios das combinações de sistemas de topo, bem como na combinação em geral, é desenvolver um processo que recompense simultaneamente a sobreposição e as contribuições individuais no espaço combinado das soluções.

8.4.5 Considerações Gerais

Apesar de o uso de nomes em frases, título de texto e pseudo-retroacção não terem influência nos sistemas VSM implementados, têm mostrado resultados benéficos noutras investigações. Possivelmente com técnicas de retroacção mais elaboradas, melhor extracção de meta-dados e conceitos chave e o uso do conceito de termos, poderiam ser testados no sentido de se melhorar o desempenho dos sistemas VSM.

Foram seleccionados os processos de pesquisa que influenciam três fontes distintas de evidência na Web e foram implementados vários processos de pesquisa e foram combinados posteriormente, usando variações informais das fórmulas comuns de combinação. A análise dos resultados revela muita perspicácia no que respeita aos parâmetros dos sistemas, as relações de sobreposição, ordens e relevância dos documentos, e importantes características do ambiente das combinações. Provou-se o potencial das combinações para a pesquisa de informação na Web, o que constitui um ponto de partida para futuros trabalhos na área da combinação de processos.

Page 227: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Capítulo 9 – Conclusões e Trabalho Futuro - 211 -

Capítulo 9

9 Conclusões e Trabalho Futuro

9.1 Conclusões

Os objectivos desta investigação envolveram os seguintes aspectos:

− Definição da linguagem IRML (definida no Capítulo 3), a qual serviu de base à especificação dos modelos abstractos (definida no Capítulo 4), que facilitam o processo da concepção de sistemas de IR, nomeadamente providenciando: (1) uma notação e um conjunto de conceitos na área da IR; (2) uma aproximação modular, partindo do conjunto de bibliotecas disponíveis. Esta abordagem baseada na especificação de modelos, facilita o processo da construção e concepção de sistemas, promovendo a colaboração e a utilização de diferentes módulos; (3) sistematização dos conceitos, permitindo uma visão compacta e simplificada (diferentes vistas propostas) dos processos de pesquisa associados.

− Definiu-se uma metodologia para a concepção e construção de sistemas de IR (definida no Capítulo 5). Escolhendo uma infra-estrutura, conceberam-se e construíram-se sistemas de IR. Esta metodologia é um projecto de I&D cuja principal missão é o estudo, desenvolvimento e avaliação de mecanismos e ferramentas para produção de sistema de IR de forma mais eficiente, alto nível, e com melhor qualidade do que actualmente acontece. A metodologia proposta é influenciada pelo modelo de referência MDA e baseia-se significativamente num conjunto de boas práticas, designadamente: (1) segue uma abordagem baseada na especificação de modelos; (2) baseia-se numa linguagem IRML, criada para a IR; (3) e baseada em técnicas de geração automática de artefactos digitais, embora em relação a este último ponto o factor tempo não permitiu apresentar resultados neste domínio, deixando este ponto para trabalho futuro.

− Construiu-se um conjunto de sistemas de utilidade prática com base na metodologia proposta, adaptados às necessidades específicas de determinados grupos de utilizadores nas três principais áreas da IR (definido no Capítulo 7);

o Cinco sistemas de Filtragem, dos quais se destacam: (1) MyTV, sistema

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Capítulo 9 – Conclusões e Trabalho Futuro - 212 -

personalizado de televisão, onde se introduziram abordagens à catalogação e filtragem de programas de televisão, abordando-se o problema na área da imagem e do som. Passagem do perfil do utilizador alto nível (textual) para o perfil do utilizador de baixo nível (imagem e som) e vice-versa; (2) MyEnterpriseNews, orientou-se o robot de pesquisa com os resultados obtidos, para procurar informação relevante para as empresas; (3) MyNewsPaper com o qual se construiu um jornal personalizado; (4) MyTV guia de programas; (5) MyCombinedFilter, o qual foi concebido para se testar as diferentes abordagens à filtragem de informação.

o Três sistemas de classificação: (1) MyDocument sistema de catalogação de documentação empresarial; (2) MyClassificar sistema de classificação para a Web; (3) MyCombinedClassificator, o qual foi concebido para se testar a combinação de algoritmos no processo de catalogação ou classificação.

o Dois sistemas de pesquisa: (1) sistema de pesquisa de 3ª geração, onde se abordou o problema da personalização ligada à manipulação do perfil do utilizador e da manipulação da lista ‘infindável’ de resultados obtida habitualmente dos principais sistemas de pesquisa comerciais (e.g. Google, Yahoo, etc). Foi proposta uma solução de armazenamento do perfil do utilizador ligado ao browser; (2) concebeu-se e implementou-se um sistema híbrido de pesquisa, designado por TM, o qual expande a pergunta efectuada pelo utilizador, usando um sistema de classificação previamente identificado.

− Criou-se, com base na metodologia referida, uma plataforma de teste WST, comum às diferentes áreas da IR. O objectivo deste sistema de teste é a disponibilização de um ambiente comum de teste para os diferentes processos de IR, associados aos três principais sistemas. O autor explorou e implementou: (1) seis processos de IR (Vectorial, Okapi, HITS, TM, DC e modelo linguístico com estimadores de Direchlet). Testaram-se parâmetros individuais dos sistemas ao nível do input de informação, comprimento de perguntas e diferentes formas de índice da colecção, com possibilidade de incluir ou não a retroacção. Resultaram do teste de 225 sistemas individuais (Tabela 9.1); e (2) cerca de 900 sistemas combinados, dos 1986 possíveis no universo dos sistemas estudados (nota, foram deixadas de fora, devido à implementação tardia, os processos de comparação Okapi e do modelo linguístico).

− Foi feita a análise dos resultados dos principais sistemas de pesquisa de

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Capítulo 9 – Conclusões e Trabalho Futuro - 213 -

informação (VSM, Okapi, HITS, LM, TM e DC) num ambiente controlado, onde foi possível estabelecer um conjunto de métricas capazes de aferir e avaliar o desempenho dos sistemas de pesquisa.

− Foi estudado o potencial da combinação de processos textuais, de ligações e de classificação com o objectivo de melhorar o desempenho dos sistemas de pesquisa na Web usando a colecção de teste WT10g e a informação dos directórios do Yahoo.

− Os melhores resultados de cada sistema foram combinados das mais variadas formas, explorando a combinação de parâmetros, sistemas e de fórmulas com base em medidas de semelhança e na ordem com que os documentos são apresentados. Adicionalmente, os melhores sistemas foram combinados para explorar as variações das fórmulas baseadas na ordem. Provou-se que a combinação de processos de pesquisa é benéfica, conseguindo-se melhorar o desempenho dos sistemas.

Estes resultados provam e ilustram a utilidade e a versatilidade da plataforma WST justificando assim o esforço que envolveram.

Tabela 9.1: Resumo dos principais sistemas de pesquisa individuais testados com a colecção WT10g.

Na Figura 9.1 é apresentado um resumo, onde se pode visualizar o trabalho feito e a relação entre as diferentes contribuições. Apenas os módulos a verde foram usados: (1) infra-estrutura (OpenFTS); (2) colecção de teste (WT10g da TREC); (3) necessidades de informação (Tópicos 451-550, da TREC).

A plataforma permitiu testar um conjunto novo de algoritmos criados: (1) pela introdução de mecanismos de retroacção automática nas fórmulas de combinação de resultados (vid. Capítulo 6 e 8); Provou-se que estas fórmulas contribuem para um pequeno aumento no desempenho dos sistemas; (2) pela introdução de ajustes às fórmulas de pseudo-retroacção e de seguimento de ligações (vid. Capítulo 6 e 8). Estas fórmulas não contribuíram para o aumento do desempenho. No entanto, no caso do

Processo Número de Sistemas

Textual VSM (processo vectorial); Okapi (Probabilístico);

Modelo Linguístico usando estimadores Direchlet (LM)

36 36 3

Ligações HITS 6 Probabilidades associação termo-categoria Yahoo (DC) 120 Textual com

uso de sistema de

Classificação Semelhança termo-categoria Yahoo (TM) 24

Os melhores de cada sistema foram combinados, explorando a combinação de parâmetros

Total 225 para cada um dos 100 tópicos WT10g

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Capítulo 9 – Conclusões e Trabalho Futuro - 214 -

seguimento das ligações, a topologia incompleta de ligações dos documentos é responsável pelo ‘mau’ desempenho deste processo.

Criação de novos processos de pesquisa, baseados numa abordagem híbrida de processos de pesquisa com expansão das perguntas usando sistemas de classificação previamente escolhidos (vid. Capítulo 6 e 8). Os resultados do processo TM apesar de não se encontrarem entre os sistemas de topo, mostraram resultados promissores, para um método ainda com pouca optimização. Esta abordagem mostra-se interessante ao nível da pesquisa na Web, para expandir as perguntas, dada uma área de conhecimento identificada, pois por defeito os utilizadores usam poucos termos para construir as perguntas.

IR M LU M L

« IR -In fo rm a ti o n N e e d s»N e c e s s ida de s

In form a ç ã o

IR -M ode losIR -M e tod olog iaIn fra -e s tru tu ra

IR -M ode lo S is te m a C onc e ptu a l

« IR -S yste m »IR -S is te m a

« IR -S yste m »IR -S is te m a E s pe c ífic o

« IR -S yste m »IR -P la ta form a Te s te

« IR -C o l l e c t i o n »IR -C o le c ç ã o Te s te

IR -P roc e s s o s« IR -R e su l t»R e s ulta d os

« IR -K n o w l a d g e S p a ce »Lis ta D oc R e le v a nte P a ra C a da Tóp ic o

« IR -R e su l t»A v a lia ç ã o

b a se a d o

u sa >

m o d e l o s

l i n g u a g e m

u sa

co n stro í

b i b l i o te ca s

b a se a d o

si ste m aco n ce p tu a l

Figura 9.1: Resumo do trabalho elaborado na presente dissertação.

− Foi concebida, construída e demonstrada a viabilidade e a importância de uma plataforma modular para teste de sistemas de IR, a plataforma WST, com base na metodologia proposta.

− Demonstrou-se que, a partir da mesma plataforma WST, se podem conceber e

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Capítulo 9 – Conclusões e Trabalho Futuro - 215 -

construir, sistemas de filtragem, de classificação e de pesquisa de informação. Embora se encontrem especificidades em cada um dos sistemas, existem técnicas/ algoritmos, processos e módulos que podem ser partilhados. A combinação de esforços dos diferentes sistemas de IR contribuirá para um desenvolvimento mais uniforme e acelerado dos sistemas de pesquisa, de filtragem e de classificação e para uma redução dos esforços dispendidos na investigação.

− Confirmou-se a viabilidade das combinações de processos e parâmetros para a pesquisa de informação na Web. Determinou-se o seu potencial na combinação do espaço solução dos processos textuais, de ligações e de classificação. Demonstrou-se que as combinações de processos e parâmetros melhoram os resultados da pesquisa de informação.

− Foi feita a discussão e a análise dos resultados dos sistemas de pesquisa em função de: (1) parâmetros internos dos sistemas de pesquisa individuais; (2) combinações de parâmetros internos; (3) combinações de processos (vectorial, seguimento das ligações e de classificação); (4) fórmulas de combinação, usando sistemas com melhor desempenho.

− Identificaram-se os parâmetros individuais e os factores de combinação mais importantes para o desempenho dos sistemas de pesquisa.

− Contributos feitos em algoritmos e processos de pesquisa de informação: (1) optimização das fórmulas de combinação, com o aumento do peso/importância dos resultados dos sistemas de topo; (2) melhoramentos nas fórmulas de seguimento de ligações com introdução do algoritmo ARC, dos pesos nas ligações e a remoção de determinados URLs.

− Síntese do estado da arte da pesquisa, filtragem e classificação de informação e da combinação, tendo sido dada especial ênfase à combinação de resultados.

− Criou-se um sistema de classificação automático para a Web tendo em conta as respectivas directorias.

− Demonstrou-se que existe relação entre sobreposição de resultados de diferentes sistemas e relevância de documentos (Secção 8.3).

9.2 Trabalho Futuro

Como referido ao longo da dissertação, a área da IR exige um trabalho de I&D exaustivo sendo identificadas, na continuação desta, as linhas de investigação e desenvolvimento ainda em aberto, que se identificam nos parágrafos seguintes.

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Capítulo 9 – Conclusões e Trabalho Futuro - 216 -

Trabalho relacionado com a metodologia: Ficou em aberto o estudo e implementação de mecanismos de geração automática de código, a partir dos modelos de acordo com a abordagem MDA. A ideia subjacente não é nova, é de facto uma revisitação de anteriores expectativas que, no passado, não tiveram muito sucesso: a ideia de que a construção de sistemas de informação se processe quase automaticamente a partir de especificações relativamente abstractas e de alto nível. Este é uma das direcções que a presente metodologia pode tomar, aproveitando o trabalho desenvolvido no Grupo Sistemas de Informação do INESC-ID ao nível dos projectos XIS (XIS2004) e ProjectIT (ProjectIt2005). Basicamente, o trabalho pode envolver os seguintes passos: (1) definição de templates de geração de código definido ao nível do Arquitecto; e (2) na criação ou adaptação das ferramentas identificadas como T2 e T3, na Figura 5.6. Como primeira aproximação podemos usar as ferramentas testadas no projecto XIS, o XSLT para a transformação T2 e geradores de programas a partir dos modelos representados em XML (Cleaveland 2001).

Trabalho relacionado com os sistemas propostos: Relativamente ao sistema MyTV à que completar o trabalho descrito na Secção 7.3: (1) implementar as características de baixo nível do áudio, com o objectivo de complementar a classificação feita a partir das características de baixo nível da imagem. Desta forma pode estudar-se o impacto da introdução do áudio no desempenho do sistema; (2) explorar o agrupamento de características de baixo nível do perfil, contribuindo para o estabelecimento de novas formas de passagem do perfil de alto para baixo nível; (3) criar uma versão integrável nos sistemas utilizados pelas operadoras de cabo, explorando a vertente comercial do sistema e assim resolver os problemas inerentes a essa abordagem; (4) criar uma nova versão do sistema MyTV para a difusão de programas de televisão direccionados para grupos de utilizadores identificados.

Trabalho relacionado com a plataforma WST:

− Relacionados com novos algoritmos ou processos:(1) melhorar os resultados do sistema HITS, por exemplo, através: da verificação da suspeição da topologia incompleta das ligações da colecção WT10g e pelo agrupamento dos resultados dos sistemas HITS podendo ser explorados para diferenciar as comunidades centrais das secundárias; (2) melhorar os resultados dos sistemas híbridos TM e DC através da selecção manual das melhores categorias.

− Pesquisa com base em diferentes sistemas de classificação, de acordo com o assunto (tópico). Sendo este um trabalho numa área paralela ao da dissertação, ou seja, a criação de sistemas de classificação específicos numa determinada área de conhecimento, adaptado ao ambiente da Web. Este trabalho devia permitir a existência de um sistema central que gerisse e disponibiliza-se em formato

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Capítulo 9 – Conclusões e Trabalho Futuro - 217 -

electrónico padrão os diferentes sistemas de classificação. O sistema está preparado para funcionar com qualquer sistema de classificação, desde que este tenha o formato adequado.

− Fazer um estudo comparativo do desempenho dos diferentes algoritmos de catalogação análogo ao realizado para os algoritmos de pesquisa, de forma a sistematizar o comportamento destes.

− Colmatar uma das falhas da plataforma WST actual a falta de interfaces WWW para os utilizadores, permitindo disponibilizar o sistema na Internet.

− Uma vez o sistema disponível na Internet, deveria-se explorar a criação de comunidades nos sistemas de filtragem e a construção, com base nessa informação, de um sistema de difusão de informação para as comunidades mais relevantes.

− Construir interfaces GUI, para que o investigador possa testar os processos criados de uma forma simplificada, escolhendo opções ou então criando novos módulos. Este trabalho pode igualmente orientar a plataforma para uma versão distribuída, a qual permitiria a colaboração de diferentes investigadores.

− Evoluir a plataforma WST para a identificação de tópicos e sumarização de documentos, com este trabalho pretende-se adicionar características ao sistema e orientar a plataforma para a área de aquisição de conhecimento (Data Mining).

− Utilizar e produzir resultados na plataforma WST com a colecção de teste da WebTrack de maior dimensão, a WT100g.

Por fim, deverá naturalmente ser desenvolvido trabalho de divulgação e produção científica no âmbito da comunidade de IR nomeadamente ao nível da: (1) plataforma WST enquanto ‘bancada’ disponível para a investigação; e (2) da metodologia, linguagem e modelos propostos.

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- 218 -

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Apêndice - 219 -

Apêndices Apêndice A - Glossário, Siglas, Abreviaturas e Símbolos de

medidas, Fórmulas e sistemas de pesquisa

A.1 Glossário Inglês Português

Bit Digito binário (unidade mais pequena para transmitir informação)

Cluster Agrupamento

Feedback Retroacção

Firewall Dispositivo (HW e ou SW) para protecção da rede dados

Framework Infra-estrutura

Hub Pagina que aponta para diversas autoridades

Information Filtering Filtragem de Informação

Information Retrieval Pesquisa Informação

Information System Sistema de informação

Metatags Meta-etiquetas

Neurons Unidades, nós, processo

PageRank Ordem da pagina numa pesquisa de informação

Password Palavra-chave

Recall Cobertura

Robots Motor pesquisa

Shingle Sequência continua de palavras

Shrinkage Técnica estatística de redução

Sites Endereços electrónicos

Stemming Radicalização (redução das palavras à sua forma primitiva)

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Apêndice - 220 -

Stop lists Lista termos a remover (usado no processo de indexação)

Tags Etiquetas

Thesaurus Tesauro

Usenet Colecção de noticias de grupo

A.2 Siglas mais Usadas Sigla Expansão

A Alerta

AC Antepassado Comum

ACE Automated Classification Engine

ACM Association for Computing Machinery

AD Arvores de Decisão

AF Aproximação de Filtragem

AHD Agrupamento Hierárquico Distribuído

BD Base de Dados

C Categoria

CCG Classificador baseado no Centro dos Grupos

CCS Computer Classification System

CD Catalogação Documentos

CDU Classificação Decimal Universal

CFD C-Faced Die

CGI Common Gateway Interface

CHI Estatística χ2

CI Classificação da Informação

CLEF Cross-Language Evaluation Fórum <www.clef-campaign.org/>

CM Combinações de Processos

CME Compton MultiMedia Encyclopedia

CORI Collection Retrieval Inference network

CT Catalogação pelo processo Textual

Page 237: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndice - 221 -

CV Classificação Votada

DARPA Defense Advanced Research Projects Agency

Dc Descendentes Comuns

DC Dicionário de Classificação

DDC Dewey Decimal Classification System

DT Decision Tree

F Eficiência

FI Filtragem Informação

FS Medida de Combinação de um Determinado Documento

Fs Find Similar

FSM Feature Selection Methods

FT Força do Termo

GDA Algoritmo do Gradiente Descente

GEMET General European Multilingual Environmental Thesaurus

GI Ganho de informação

GLOSS Glossary of Servers Server

GP Grupo de Perguntas

GVU Graphic, Visualization e Usability Center's

HITS Hyperlink Induced Text Search

HREF Hyperlink Reference (Ligação de referência)

IAP Internet Archive Project

IC Informação Comum

ICD International Code of Disease

IP Internet Protocol

KNN K vizinhos mais próximos

LCA Local Context Analysis

LCC Library of Congress Classification,

LCSH Library of Congress Subject Headings

Page 238: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndice - 222 -

LCSH Library of Congress Subject Headings

LFD Limiar da frequência de documentos

LLSF Linear Least Squares Fit

LSI Latent Semantic índex (Indexação Latente Semântica)

MARC Machine-Readable Cataloguing

MDA Model Driven Architecture

MDS Multidimensional Scaling

MeSH Medical Subject Headings

ML Machine Learning

MLA Modern Language Association

MOF Meta-Object Facility

MP Máquina de Pachinko

MRDD Modeling Relevant Document Distributions

MSC Mathematics Subject Classification (Sistema Classificação)

N Navegação

NB Naïve Bayes

NIST National Institute of Standards

NLP Natural Language Processing

OIL Ontology Inference Layer

OMG Object Management Group

OWL Ontology Web Language

OWRS Soma Ordenada de Pesos Sobreposta (Overlap Weighted Rank Sum)

P Pergunta

PI Pesquisa Informação

PIM Platform Independent Model

PME Parameterized Mixture of Experts

PSM Platform Specific Model

RD Redução da dimensão

Page 239: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndice - 223 -

RDF Resource Description Framework

RF Retroacção relevante de Rocchio

RL Relaxation Labeling

RN Bayesian Inference Network

ROWRS Rank-Overlap Weighted Rank Sum

RRH Rede Neuronal Hierárquica

RSV Retrieval Status Value

SC Sistemas de Classificação

SEF Specific Expressive Forms

sf Successo/Falhas

SF Sistemas de Filtragem

SG Espalhar/Reunir

SI Sistema de Informação

SM Similarity Merge

SOM Self-Organizing Feature Map

SP Sistema de Pesquisa

STC Suffix Tree Clustering

SVD Singular Value Decomposition

SVM Support Vector Machine

TAPER Taxonomy And Path Enhanced Retrieval System

TM Term match (Semelhança termos)

TREC Text REtrieval Conference

UML Unified Modeling Language

UMLS Unified Medical Language Subjects

URL Uniform Resource Locator

VSM Vectorial Space Model

W3C World Wide Web Consortium

Web, WWW World Wide Web

Page 240: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndice - 224 -

WRS Soma Ordenada de Pesos

WSE Specialized Web Search Engines

WT10g Colecção de Teste da TREC

XML Extensible Markup Language

XMI XML Metadata Interchange

A.3 Abreviaturas Abreviatura Significado(s)

vid. veja-se, ver

i.e. isto é, por conseguinte

e.g. por exemplo

etc. etecetera, outros

et al. e outros (autores)

vs. versus, por comparação com

A.4 Símbolos de Medidas Aplicadas Abreviatura Significado(s)

%REL percentagem de doc. relevantes numa partição definido por OLP

%RELT percentagem de doc. relevantes numa partição onde a sobreposição>= OLP

**PRD proporção do número de documentos em N documentos.

*N número total de doc. pesquisados por 10 ou mais sistemas.

avgP precisão média sobre as perguntas.

avgR ordem média numa partição

avgRH ordem média dos resultados dos sistemas HITS

avgRT ordem média dos resultados dos sistemas TM

avgRV ordem média dos resultados dos sistemas VSM

N número de doc. na partição definidos por OLP e REL

NDR número de documentos relevantes pesquisados.

NTDR número total de documentos relevantes existentes

OLP número de sistemas de pesquisa que identificaram o documento

OLPH número de sistemas HITS que pesquisaram o documento

OLPT número de sistemas TM que pesquisaram o documento

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Apêndice - 225 -

OLPV número de sistemas VSM que pesquisaram o documento

optF F óptimo.

P@k precisão na ordem k.

PRj precisão de cobertura no nível j.

REL relevância (1 se for relevante, 0 caso-contrário)

R-P rrecisão R.

A.5 Sistemas de Recuperação Activos Referidos Abreviatura Sistema

AAAI American Association for Artificial Intelligence

ACL Association for Computational Linguistics

Altavista <www.altavista.com> (sistema pesquisa (SP))

ASIS American Society for Information Science and Technology

CIKM International Conference on Information and Knowledge Management

CLEF Cross-Language Evaluation Forum

COLING International Conference on Computational Linguistics

Excite <www.excite.com> (sistema pesquisa)

FIREFLY <www.firely.com> (sistema filtragem)

Google <www.google.com> (sistema pesquisa)

GROUPLENS <www.cs.umn.edu/research/Grouplens> (SF)

HLT Human Language Technology conference

HOTBOT <www.hotbot.co.uk> (sistema meta pesquisa/ SP))

HuskySearch <www.huskysearch.com> (sistema meta pesquisa)

ICDE International Conference on Data Engineering

ICML International Conference on Machine Learning

INQUERY <ciir.cs.umass.edu/demos/inqueryretrievalengine.html>(SP)

IRIS <ils.unc.edu/íris>Interactive Retrieval Information System (SP)

JCDL Joint Conference on Digital Libraries

Lemur < www.lemurproject.org/lemur/retrieval.html> (sistema pesquisa)

MetaCrawler <www.metacrawler.com> (sistema de meta pesquisa)

MG < www.mds.rmit.edu.au/mg/> (sistema pesquisa)

NEWSWEEDER <citeseer.ist.psu.edu/lang95newsweeder.html> (SF)

Okapi Processo de Pesquisa Probabilistico

ProFusion <www.profusion.com> (sistema de meta pesquisa)

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Apêndice - 226 -

SavvySearch <http://www.savvysearch.com> (sistema meta pesquisa)

SIFT <citeseer.ist.psu.edu/yan95sift.html> (SF)

SIGIR ACM Special Interest Group on Information Retrieval

SIGKDD Knowledge Discovery in Data

SIGMOD ACM Special Interest Group on Management of Data

SMART <ftp://ftp.cs.cornell.edu/pub/smart/> (SP)

TAPESTRY <www.cs.berkeley.edu/~ravenben/tapestry> (SF)

Terrier <ir.dcs.gla.ac.uk/terrier/> (sistema pesquisa)

UAI Association for Uncertainty in Artificial Intelligence

VLDB Conference on Very Large Data Bases

WAIS Wide Area Information System (SP)

WEBCRAWLER <www.webcrawler.com> (sist. meta pesquisa)

Yahoo <www.yahoo.com> (sistema pesquisa)

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Apêndice - 227 -

Apêndice B – Informação complementar sobre Recuperação

de Informação

B.1 Características dos Documentos Os sistemas de pesquisa de informação tradicionais desenvolveram estratégias de recuperação para colecções de documentos homogéneas, estáticas e de tamanho reduzido. Por outro lado a Web contém quantidades massivas de informação heterogénea contida nas ligações dos documentos. Esta realidade desencadeia novos desafios na pesquisa de informação conduzindo a novas abordagens do problema.

Estudos de pesquisa de informação na Web têm sido conduzidos, seguindo três caminhos principais:

− Baseado na análise de conteúdo dos documentos obtidos através de um motor de pesquisa (Bray, 1996; Broder et al., 2000; Lawrence e Giles, 1998, 1999a, 1999b; Woodruff et al., 1996).

− Baseado na caracterização da Web através do estudo de comportamento dos utilizadores (Kehoe et al., 1999).

− Baseado na análise de ficheiros de registos (i.e., log files) dos motores de pesquisa (Jansen et al., 1998; Jansen, Spink, e Saracevic, 1998; Silverstein et al., 1998).

Um dos primeiros estudos da Web realizado em Berkeley (Woodruff et al., 1996) caracterizou, de uma forma mensurável, os documentos existentes na Web obtendo os seguintes resultados:

− Dimensão média após remoção das etiquetas HTML (4,4Kb).

− Número médio de etiquetas por documento (71).

− Etiqueta mais usada é HREF aparece cerca de 14 vezes em 88% dos documentos.

Este estudo também observou mudanças rápidas na Web. Em Outubro 1995 (1,3 milhões de documentos html) e em Novembro 1995 (2,6 milhões de documentos html).

Posteriormente, (Bray, 1996) examinou a estrutura e conteúdo de 1.5 milhões de documentos na Web em 1995. O estudo começou com 20000 paginas pessoais a partir das quais de obtiveram todas as ligações. Bray contou cerca 11 milhões de URL distintos (Novembro 1995), os quais mais tarde (Junho 1996) foram estimados em mais de 50 milhões. Deste estudo resultaram as seguintes conclusões:

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Apêndice - 228 -

− Em relação às estatísticas habituais dos documentos (i.e. tamanho dos documentos,

número de etiquetas), as quais são comparáveis ao grupo de Inktomi <http://www.inktomi.com>, Bray caracterizou a conectividade dos documentos da Web pela medida de visibilidade (i.e. ligações para o documento) e luminosidade (i.e. ligações do documento). Os documentos mais visíveis na colecção de Bray são as páginas principais de Universidades conceituadas, companhias e organizações. Os portais com luminosidade de topo foram identificados naturalmente os motores de pesquisa da Web como, por exemplo, o Yahoo!.

Bray observou que 80% dos documentos da sua amostra apontavam para documentos no mesmo URL (Bray empregou um conjunto de regras empíricas para definir um portal, as quais se basearam na junção de URLs tendo como intenção a identificação da localização lógica dos documentos), apesar de apontarem também para (1 a 10) documentos de outros portais. Isto faz com que a Web esteja ligada por poucos hubs (i.e. documentos com ligações para outros).

Apesar do trabalho de Bray mostrar padrões desiguais de conectividade na Web, a ideia da Web como uma rede de comunidades densamente ligada tornou-se popular, originando estratégias de pesquisa baseadas nas ligações dos documentos (Kleinberg, 1997; Page et al., 1998). Contudo foram realizados estudos acerca da estrutura da Web, entre Maio 1999 e Outubro 1999 (organizados em três experiências) feitos com dois robots do AltaVista sobre 200 milhões de páginas e 1,5 biliões de ligações (Broder et al., 2000), que produziram os seguintes resultados de certa forma surpreendentes e antagónicos relativamente ao que era considerado como certo:

− A Web não está tão ligada com se pensava. De facto, apenas 28% das páginas da Web estão “densamente ligadas”. Foi identificada uma média de 16 ligações até se encontrar um portal com ligações fortes a outro. Se isto for verdade cria-se um desafio adicional aos motores de pesquisa da Web baseados nas ligações dos documentos.

− Um dos resultados mais importantes do estudo de Bray foi a constatação de que a Web é formada por 56 milhões de páginas densamente ligadas flanqueadas por 44 milhões de páginas dispersas com baixa conectividade entre elas. Os nós centrais correspondem a portais como o Yahoo, ou de notícias ou entretenimento ou ainda portais de grandes companhias como a Microsoft, os quais funcionam como pontes em duas vertentes:

o Introverts, documentos que apenas se referenciam a si próprios, sem qualquer ligação ao centro.

Page 245: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndice - 229 -

o Newbies, documentos recentes que estão pouco ligados ao centro.

Para além dos documentos acima referidos existem mais cerca de 44 milhões tendrils (i.e., páginas que apenas se ligam a newbies ou introverts), e cerca de 10 milhões de páginas sem quaisquer ligações.

Este estudo também verificou uma lei observada anteriormente (Kumar et. al., 1999), em que se estima que a probabilidade de uma página ter k ligações de outros documentos a apontarem para si seja 1/k2.

Os resultados do estudo de Broder (Broder, 2000) foram obtidos com base na análise de gráficos da estrutura das ligações da Web, posteriormente melhorados por Lawrence e Giles (1998, 1999a, 1999b). Deste resultaram uma série de estudos baseados na análise de conteúdos da Web. De acordo com estes estudos o tamanho estimado da Web pública indexada, em Fevereiro de 1999, era de 15 terabytes de dados constituindo 800 milhões de páginas as quais se encontram distribuídas por cerca de três milhões de servidores na Web. “Web pública” inclui apenas a informação indexada por motores de pesquisa, excluindo-se as páginas que não permitem o acesso dos robots, páginas protegidas por Firewall ou palavra-chave, ou ainda páginas escondidas.

Destes 800 milhões de páginas, estimaram-se:

− 83% contém conteúdo comercial.

− 6% contém conteúdo educacional ou científico.

O uso de meta-etiquetas (metatags) é bastante baixo e não se encontram padrões (123 meta-etiquetas distintas foram encontradas em 34% das páginas das quais apenas 0,3% estavam de acordo com o padrão Dublin Core <http://dublincore.org>). O estudo também analisou os motores de pesquisa e concluiu que a cobertura da Web pelos motores de pesquisa baixou de 33% para 16% num ano.

A estimativa do tamanho da Web feita por Lawrence e Giles em 1999 foi baseada no teste de 3.6 milhões de endereços IP aleatórios. Eles encontraram um servidor em cada 269 IPs testados e estimaram 16 milhões de servidores Web (resultado da divisão de 4.3 biliões de endereços possíveis por 269). Este número é reduzido para 2.8 milhões de servidores se excluirmos os endereços não indexáveis. Eles recolheram todas as páginas de 2500 servidores aleatórios e calcularam uma média de 289 páginas por servidor e consequentemente chegaram ao número 800 milhões (289 páginas * 2.8 milhões de servidores). As estimativas anteriores foram feitas com base na análise da sobreposição dos resultados de pesquisa, com base na premissa de que os motores de pesquisa indexam a Web duma forma independente e aleatória. A medida de sobreposição dos resultados de pesquisa era usada como estimativa de uma fracção da Web indexada e

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Apêndice - 230 -

aplicada ao tamanho do índice encontrado pelo robot para calcular o tamanho da Web. Como os robots tendem a violar o princípio da indexação independente tendem na prática a favorecer páginas altamente ligadas. Este processo não é considerado tão fiável como o anteriormente exposto no cálculo do tamanho da Web.

Actualmente a estimativa mais credível do tamanho da Web pode ser obtida no Internet Archive Project (IAP) <http://www.archive.org>, onde se construiu uma livraria digital da Internet pela compilação de portais públicos desde 1996 (Kahle, 1997). O IAP, atingiu os 10 biliões de páginas em Julho 2002 (100 Tbytes de informação), com os conteúdos das páginas a sofrerem alterações a uma taxa de 15% por mês.

Um estudo mais recente Outubro de 2003 levado a cabo pela Universidade de Berkley (Lyman, P. 2003) estimou: cerca de 500 Tbytes de informação, 600 milhões de utilizadores e 50 milhões de hosts.

B.2 Características dos Utilizadores O Graphics Visualization and Usability (GVU) tem vindo a compilar dados sobre utilizadores da Web conduzindo pesquisas desde 1994. De acordo com o estudo mais recente sobre utilizadores da Web feito no GVU (Kehoe et al., 1999):

− Utilizadores têm um nível de educação alto (88% com educação ao nível do ensino secundário).

− Com a idade média de 37,6 anos.

− Maioritariamente são profissionais treinados (27%), seguidos pelos gestores (11%), estudantes (10%) e empregados por conta própria (10%).

− Os utilizadores (79%) acedem à Internet de casa numa base diária.

− 37% dos utilizadores usam a Internet há 4-6 anos.

− O principal uso da Internet é para informação profissional (19%), trabalho (17%), educação (16%), divertimento (15%) e compras (13%).

− Os utilizadores encontram páginas a partir de ligações de documentos (17%), motores de pesquisa (16%), amigos (13%), revistas e jornais (12%) e directórios Web (11%).

Isto significa que a maior parte dos utilizadores da Web têm um ‘bom’ nível de educação e já possuem alguma experiência, no entanto é bastante difícil para os modelos de pesquisa existentes prever e satisfazer as necessidades de informação dos utilizadores.

Um dos primeiros estudos do comportamento dos utilizadores da pesquisa de

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Apêndice - 231 -

informação na Web foi feito no Excite em 1997 pela análise das 51473 perguntas feitas por 18113 utilizadores. Este estudo revelou comportamentos diferentes dos estudos anteriormente feitos, usando como amostra utilizadores em sistemas de pesquisa tradicionais (Jansen, Spink, Bateman, e Saracevic, 1998). O estudo dos termos introduzidos nas perguntas revelou que os utilizadores tendem a usar poucos termos (média de 2,35 termos) na elaboração da pergunta sendo 30% das perguntas feitas apenas com um único termo. A maior parte dos utilizadores apenas considera a primeira página dos resultados e não introduz retroacção para os melhorar. Num estudo relacionado (Jansen, Spink e Saracevic 1998), descobriu-se que as causas das falhas das perguntas efectuadas pelos utilizadores se devem ao uso pouco frequente e incorrecto das ajudas existentes para a reformulação das perguntas.

É de referir outro estudo dos padrões das perguntas feito numa dimensão superior, analisando 280 Gigabytes de ficheiros de arquivo de perguntas efectuadas no AltaVista num período de 43 dias (Silverstein et al. 1998). Os dados foram recolhidos entre 2 de Agosto a 13 Setembro de 1998, correspondentes a um milhão de perguntas efectuadas no Altavista. Deste estudo resultaram as seguintes conclusões:

− O número de termos usados numa pergunta é pequeno (2,35 termos em média e muitas vezes tentam usar frases).

− Os utilizadores apenas olham para os primeiros resultados (10 primeiros resultados são vistos por 85% utilizadores).

− Raramente modificam as perguntas (77% das pesquisas foram feitas apenas com uma pergunta).

− Com excepção de um conjunto de perguntas comuns (a maior parte relacionada com sexo) dois terços das perguntas foram observadas apenas uma vez no período de seis semanas, o que prova que as necessidades de informação são bem diversas e podem ser expressas das mais variadas formas.

− Nestes estudos falta analisar o contexto (o qual é difícil de realizar em estudos de grande escala) em que se encontram os utilizadores.

Um estudo semelhante, mas em pequena escala, foi desenvolvido por (Pollock e Hockley, 1997). Encontraram utilizadores inexperientes que revelam grandes dificuldades em formular perguntas. Estes têm dificuldades em formular perguntas correctas, pois não entendem o que estão a procurar ou porque não conseguem expressar as suas necessidades de informação num conjunto de termos apropriados dentro do contexto. Paralelamente esperam resultados claros e organizados desesperando perante os resultados apresentados.

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Apêndice - 232 -

Mais tarde, (Hölscher e Strube, 2000) investigaram o comportamento de utilizadores na pesquisa de informação, utilizando domínios de conhecimento, estando estes divididos em duas categorias (experientes e inexperientes). O estudo foi dividido em duas experiências, uma com 12 utilizadores com mais de três anos de experiência e outra com 24 participantes de vários níveis de experiência e conhecimento. Em ambos os estudos os participantes foram confrontados com problemas reais de necessidades de informação. O primeiro grupo (12 utilizadores) mostrou um comportamento mais complexo que a maior parte dos utilizadores até então descritos nas experiências anteriores. Por exemplo, eles fizeram uso de várias técnicas, como a reformulação de perguntas e exploração das opções de pesquisa avançada e usaram um misto de navegação e perguntas. O número de termos médio de uma pergunta foi 3,64 palavras e observaram mais do que os 10 documentos de topo. Os resultados do segundo grupo (24 utilizadores) mostraram que estes passavam mais tempo a analisar os documentos que o sistema lhes devolvia como relevantes, falhando quase sempre a reformulação das perguntas.

B.3 Processo de Redução de Dimensão

B.3.1 Indexação Semântica Latente - LSI (Latent Semantic Index)

Para diminuir a dimensão dos espaços vectoriais a considerar, este processo permite a introdução de uma lista controlada de palavras com cariz semântico. Os termos retirados da indexação são projectados num espaço vectorial de menor dimensão. Esta projecção é baseada no processo matricial da decomposição singular dos valores (SVD- Singular Value Decomposition) (Dumais, 1994), técnica relacionada com a decomposição de valores próprios. Seja a matriz .i jX (i-linhas que representam os documentos e j-colunas

que representam cada um dos termos) em que j>>i, com linhas linearmente independentes e característica r. A SVD de .i jX é definida como:

Tjrrrriji VSTX ..,., = (FB.1)

Sendo que S é uma matriz diagonal com valores próprios positivos ordenados por ordem decrescente ao longo da diagonal principal ),...,( 1 rssdiagS = e as matrizes T e V

são os vectores próprios.

Pelo Teorema de Echart e Young se prk =≤ a diferença entre as duas matrizes é dada

pela seguinte norma (Dumais, 1994):

221

2 ... pkkk ssXX ++=− + (FB.2)

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Apêndice - 233 -

onde is são os valores próprios de S ordenados por ordem decrescente. A técnica LSI

consiste em reconstruir a matriz X eliminando os valores próprios mais pequenos, uma vez que o erro resultante desta aproximação é insignificante. Sendo k a dimensão do sub-espaço que se quer considerar.

Tjrrrriji VSTX ..,., = (FB.3)

As perguntas também são projectadas para este sub-espaço no qual se efectuará a comparação:

1−= kkk SqTq (FB.4)

onde kqT representa a projecção no sub-espaço e 1−kS a diferença de pesos das duas

dimensões.

Assim teremos um espaço conceptual k onde 21TS representa a projecção dos termos no

sub-espaço e a respectiva mudança de escala. T representa a projecção e 21S a diferença

de pesos nas duas dimensões, fazendo a mudança de escala. 21VS representa a projecção

do espaço vectorial dos documentos à dimensão d para r e a respectiva mudança de escala.

B.3.2 Catalogação de Documentos vs. Agrupamento de Documentos

Em alguns contextos, a catalogação (a catalogação assume o uso de uma sistema de classificação), é usada no sentido de agrupar documentos, considerando aspectos subjacentes à sua classificação. Apesar das semelhanças entre os conceitos de catalogação e de agrupamento de documentos, estes diferem na forma como as características são determinadas.

Na catalogação, existem categorias pré-definidas que determinam os grupos a formar, enquanto que no agrupamento estas características são determinadas dinamicamente de acordo com o contexto da classificação.

Os agrupamentos de documentos restringem as ligações às características de uma ou mais semelhanças ou da proximidade de entidades, que derivam do conteúdo textual, topologia das ligações ou das suas combinações. Os agrupamentos baseados na semelhança produzem grupos centrais com características distintas umas das outras.

A catalogação começa com um conjunto de características que definem cada grupo (i.e. categorias), enquanto que os agrupamentos começam com uma medida de semelhança geral para cada colecção com que se descobrem grupos com determinadas

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Apêndice - 234 -

características. Os processos de agrupamentos tentam capturar a estrutura de uma colecção de documentos, ao permitir que a medida de semelhança trabalhe com uma espécie de campo magnéticos entre os documentos. Isto é contrário ao consenso geral da catalogação, que afirma que não há um único sistema de classificação, essencial, natural ou prévio (Jevons, 1877; Langridge, 1992; Lesk, 1997; Norman, 1994; Soergel, 1985). Se olharmos para a classificação da informação de uma forma lógica, precisa e determinista, considerando-a uma ferramenta de pesquisa, vale a pena pesar os pressupostos que parecem em conflito, acerca da natureza da classificação da informação em grupos e categorias. Como Norman (Norman,1994) referiu, devemos considerar ferramentas que tenham em conta as capacidades humanas, as quais não são necessariamente precisas, lógicas ou exactas.

Dito isto, é suficiente referir que os agrupamentos revelam a incoerência da estrutura organizacional das colecções, enquanto que a catalogação impõe uma classificação predeterminada a toda a colecção. Deve-se ter em conta as várias abordagens para resolver estas dificuldades.

Tabela B.1: Características principais dos processos de agrupamento e catalogação de documentos.

B.3.3 CD: Aproximação Hierárquica

A maior parte da investigação na CD com base na classificação é feita no sentido da resolução do problema de catalogação binária. Para além de determinar a categoria de um documento entre várias, é característica comum dos algoritmos de catalogação de documentos, a classificação como relevante ou não relevante para uma determinada categoria. Contudo, a maior parte das entidades, como sejam os documentos Web, é composta por uma variedade de tópicos (i.e. classes múltiplas) e podem pertencer a mais do que uma classe. A aproximação binária comum dos algoritmos para a CD em categorias de classes múltiplas é a transformação de categorias múltiplas em vários problemas de decisões binárias. Por outras palavras, um documento é classificado de acordo com as categorias existentes e o resultado binário é baseado na possível ordenação de categorias. O problema principal desta abordagem é que ignora a correlação entre classes simplificando o problema da categorização a vários níveis.

A grande maioria das abordagens usadas na CD não estão adequadas para lidar com a classificação hierárquica de temas como o Yahoo, que traduz um dos maiores sucessos de classificação de informação. De facto a Web é rica em hierarquias de diferentes

Categorias Espaço Conhecimento Grupo doc. Definidos por:

Catalogação Fixas (previamente definidas) Ordenado Termos categorias

Agrupamento Dinâmicas (criadas com o processo)

Incoerente (de acordo com estrutura doc.)

Medida semelhança documentos

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Apêndice - 235 -

tópicos e em grandes conjuntos de treino, mas a maior parte da investigação em classificação tem ignorado a aprendizagem supervisionada que tem vantagens caso existam hierarquias de categorias. É possível aplicar técnicas padrão de classificação pela construção de um espaço de classes plano, com uma classe, para cada folha, na hierarquia e tratá-la como categoria típica em multi-classes. Contudo, esta ideia é impraticável para lidar com hierarquias massivas, como aquelas que se encontram na Web que consistem em centenas de categorias com milhares de subcategorias. Estas características tornam proibitivo o custo computacional da classificação bem como a tendência para a sobreposição da informação de treino com muitos parâmetros. Os principais processos de CD com base na aproximação hierárquica encontram-se descritos na página pessoal do autor www.deetc.isel.ipl.pt/matematica/jf, de acordo com a Figura B.1.

Figura B.1: Principais processos de catalogação de documentos com base na aproximação hierárquica.

B.3.4 CD: Aproximação Baseadas nas Ligações

A pesquisa de documento baseada em ligações é ordenada por uma medida de importância ou qualidade das ligações. No entanto, constata-se que é difícil classificar documentos baseado apenas nas ligações, estando a análise textual no cerne dos algoritmos de classificação.

A ideia da CD baseada em ligações vai para além do conteúdo local de um documento e explora características não locais introduzidas pelas ligações.

A investigação na pesquisa de documentos é enriquecida pela simples introdução das características não-locais que podem contribuir para um desempenho ‘pior’ devido ao ruído de informação (Chakrabarti, Dom e Indyk, 1998; Salton e Zhang, 1986). Salton e Zhang constataram que a inclusão de títulos citados poderia acrescentar termos falsos que degradariam os desempenhos do sistema de pesquisa. Chakrabarti, Dom e Indyk (1998) encontraram CD usando textos de documentos ligados com desempenhos piores do que quando usados como texto isolado.

É com base na observação de tópicos de documentos, e não nos conteúdos que se vai determinar o comportamento das ligações. Chakrabarti, Dom e Indyk (1998) sugeriram

A p r o x i m a ç õ e s H i e r á r q u i c a ( A H )

A HP M

A HR R H

A HS h r i n k a g e

A HT a p e r A H

S u b s u m p t i o n

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Apêndice - 236 -

que os tópicos eram usados para enriquecer o conjunto de características de cada categoria, para além do conteúdo textual dos documentos ligados. Assim propuseram uma técnica chamada relaxation labeling (RL) que actualiza interactivamente os resultados da classificação com base nas características locais e não-locais introduzidas pelas ligações. Mais especificamente, RL começa por aplicar um classificador textual na vizinhança do documento (i.e. documentos ligados ao documento alvo) e expande características locais com as referências das classes com que o documento é classificado. Este processo é aplicado interactivamente até a classificação estabilizar.

Para testar a eficiência da técnica RL, Chakrabarti, Dom e Indyk usaram TAPER (um classificador hierárquico textual discutido na Secção anterior) para classificar a base de dados de patentes da IBM e os documentos Yahoo. A base de dados das patentes IBM tem três níveis de nós e 12 folhas (4 por nó) com 630 documentos por folha para treinar e 300 documentos para teste. No Yahoo foram usados 20,000 documentos consistentes em 13 classes. Os resultados mostraram melhorias no desempenho (i.e. alta precisão na classificação) comparando com a aproximação simplificada de usar o conteúdo textual dos vizinhos. Também estudaram o desempenho das características de usar as ligações isoladas (i.e. termos das classes dos vizinhos) sem qualquer das características locais e descobriram que os classificadores com base em ligações funcionam “bem”, mesmo quando um número considerável de vizinhos tem categorias conhecidas.

B.3.4 CD: Medição do Desempenho dos Diferentes Sistemas

Estudos de desempenho de processos de CD mostram resultados contraditórios sendo frequentemente difícil comparar um processo com outro directamente. É importante, todavia, usar várias medidas para procurar avaliar o desempenho da CD e rever alguns dos estudos de comparação de processos de CD.

Os catalogadores, após serem treinados por um conjunto de treino de documentos com uma classe conhecida, são tipicamente testados num conjunto de documentos cujas categorias a que pertencem são previamente conhecidas. São usadas as seguintes medidas para determinar o desempenho de um classificador:

cobertura, precisão, falhanço, correcção e erro (Lewis, 1991; Aas e Eikvil, 1999). Estas medidas são definidas para cada categoria como:

Cobertura = ca

a+

Precisão = ba

a+

Falhanço = db

b+

Correcção = dcba

da+++

+ Erro = dcba

cb+++

+

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Apêndice - 237 -

Os números designados por a, b, c e d nas equações são:

− a é o número de documentos correctamente associados à categoria.

− b é o número de documentos incorrectamente associados à categoria.

− c é o número de documentos incorrectamente rejeitados da categoria.

− d é o número de documentos correctamente rejeitados da categoria.

− (a + c) representa o número total de documentos pertencentes à categoria.

− (a + b) representa o número total de documentos associados à categoria.

− (a +b + c + d) representa o número total de documentos avaliados para a categoria.

Para medir o desempenho médio em várias categorias, existe o processo macro-averaging, o qual calcula a medida de desempenho global pela média das medidas nas categorias, e o processo micro-averaging que calcula primeiro os valores acima definidos para todas as categorias. Micro-averaging tende a dominar o desempenho dos classificadores baseado em categorias comuns enquanto que a macro-averaging tende a dominar em categorias raras (Yang e Liu, 1999). Eles também mediram combinações de cobertura e precisão num ponto de quebra (Lewis, 1992) e a medida-F (van Rijsbergen, 1979). O ponto de quebra é simplesmente o ponto onde a cobertura e a precisão tomam o mesmo valor. A medida-F é definida como:

( )RP

RPF+×+

= 2

2 1β

ββ

(FB.5)

onde P é a precisão, R é a cobertura e β é um parâmetro que define a importância relativa da cobertura e da precisão. Por exemplo, F0 (i.e. β =0) é apenas precisão e F∞ é apenas cobertura e F1 é o coeficiente de Dice o qual dá à precisão e à cobertura pesos iguais.

Yang e Pedersen (1997) conduziram estudos de comparação de características de processos de selecção e encontraram que o ganho de informação (GI) e estatística-χ2 (CHI) são processos mais efectivos. Eles concluíram que o limiar da frequência de documentos (LFD) é uma simples característica do processo de selecção com o custo computacional mais baixo, com bom desempenho apesar de ser uma aproximação informal. Análises posteriores revelaram que LFD, IG e CHI têm medidas dos termos bastante relacionadas, do qual concluíram que LFD é mais do que um processo informal definido inicialmente na literatura CD, mas sim uma medida de confiança para a selecção de características. Experiências com diferentes números de selecção de características mostram resultados contraditórios. Lewis et al. (1996), Yang e Pedersen

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Apêndice - 238 -

(1997) descobriram que os melhores resultados são geralmente obtidos com um pequeno número de características, mas outros concluíram que conjuntos grandes poderiam ter mais vantagens (Han e Karypis, 2000; Joachims, 1997; McCallum et al., 1998).

Estão disponíveis na literatura vários estudos de comparação de classificadores sendo que a maior parte concorda que têm um desempenho comparável com uma ligeira vantagem do classificador Support Vector Machine (SVM). Dumais et al. (1998) compararam catalogadores como Find Similar (Fs), Native Bayes (NB), Decision Tree (DT) e SVM usando a colecção Reuters e concluíram que SVM tem a maior precisão de entre todos os classificadores testados. Usando também a colecção Reuters, Yang e Liu (1999) encontraram que SVM, k-Nearest Neighbor (KNN) e Linear Least Squares Fit (LLSF) têm resultados melhores que os classificadores de Redes Neuronais e NB, quando o número de exemplos por categoria é pequeno (menos de dez), mas todos os processos têm desempenhos semelhantes quando as categorias são comuns com mais de 300 exemplos de treino. Com base na análise dos resultados dos cinco estudos anteriores, Aas e Eikvil (Aas e Eikvil, 1999) concluíram que todos os processos têm um desempenho razoável não havendo diferenças significativas entre os diferentes processos. Uma excepção é o estudo de Han e Karypis (2000), que reportaram que os classificadores baseados em centros de grupos consistentes tiveram melhores resultados que classificadores NB, KNN, e C4.5 (decision tree) em vários conjuntos de dados (Conjunto de dados usados na TREC-5, 6, 7, formados pelas colecções: WestGroup, Reuters-21578, OHSUMED, e WebACE). Infelizmente, o classificador com base nos centros não é comparável ao VSM.

B.4 Classificação de Documentos na Web Os sistemas de pesquisa tradicionais baseados na semelhança textual usam colecções homogéneas com vocabulário coerente, conteúdos com qualidade e autores adequados. Por outro lado, as colecções da Web introduzem os desafios da diversidade de autores, vocabulário, qualidade e fragmentação dos documentos. O rastreio de ligações na Web é mais complicado devido à diversidade do tipo de ligações e ao facto de ser difícil classificar as ligações.

A Classificação de Informação (CI) na Web tem todos os problemas e desafios geralmente associados à pesquisa de informação na Web. Por exemplo, é difícil agrupar e classificar toda a Web devido ao seu tamanho e diversidade. Consequentemente, os processos de organizar documentos na Web deverão ser eficientes, flexíveis e dinâmicos. Assim, a classificação dos documentos pesquisados é um meio mais eficaz e realista para classificar a informação, do que classificar a Web na sua globalidade.

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Apêndice - 239 -

B.4.1 Agrupamentos na Web

Este tema já foi tratado na Secção 3.3, nomeadamente com a análise de citações e a identificação de tópicos de grupos (Larson, 1996), o processo trawling para encontrar comunidades na Web (Kumar et al., 1999) e a abordagem da gestão de tópicos, que identifica páginas relacionadas com um determinado tópico (Modha e Spangler, 2000; Mukherjea, S., 2000). A abordagem de espalhar/juntar (Cutting et al., 1992; Hearst e Pederson, 1996) também é aplicada à Web para produzir dinamicamente um grupo coerente de tópicos aplicável aos documentos pesquisados (Sahami, Yusufali e Baldonaldo, 1998).

Zamir e Etzioni (1998) conduziram um estudo de aproximações para CI na Web usando algoritmos dinâmicos que produzem descrições precisas. Para satisfazer as necessidades rigorosas da Web, foi proposto um algoritmo de agrupamento incremental linear dependente do tempo, chamado Suffix Tree Clustering (STC), que agrupa documentos com base na existência de frases comuns no seu conteúdo. O algoritmo STC trabalha em três níveis. Primeiro, faz a radicalização de palavras e a remoção dos termos comuns (stop words). Segundo, identifica a base de cada grupo, que é definida como um conjunto de documentos que partilham a mesma frase. A estrutura de dados chamada suffix tree é usada para identificar de uma forma eficiente todos os grupos base, os quais são combinados com grupos de documentos bastante interligados. O passo final impõe o requisito de que todos os documentos num grupo partilhem um termo comum, criando-se, desta forma, grupos semanticamente mais coerentes. O algoritmo STC cria sobreposição de grupos, podendo ser aplicado de forma incremental usando frases que consideram a ordem e a posição relativa das palavras no grupo, não sendo estas novas propriedades encontradas noutros processos de agrupamento.

B.4.2 Catalogação na Web

Os agrupamentos de documentos da Web, após terem sido pesquisados, oferecem uma alternativa viável à lista ordenada da pesquisa tradicional que tem, em geral, falta de clareza e de classificação hierárquica estrutural. A catalogação dos documentos na Web, não produz apenas uma classificação da informação útil para a navegação ou pesquisa, mas também oferece um caminho padrão para descrever o conteúdo das páginas Web como um thesaurus, que pode influenciar positivamente o desempenho do sistema de pesquisa. Por exemplo, Srinivasan (1996a, 1996b) explora a combinação de termos que caracterizam categorias e palavras pesquisadas para expandir a pergunta com termos MeSH conduzindo a uma significativa melhoria da precisão e da cobertura. Este processo de etiquetagem (Chakrabarti, Dom e Indyk, 1998) adopta a ideia de recorrer

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Apêndice - 240 -

aos termos das categorias como palavras de alta qualidade.

B.5 Resumo dos Trabalhos das Combinações

A combinação de processos textuais e de aproximações baseadas nas ligações para pesquisa de informação foi feita por:

− Croft (1993), que incorporou as evidências das ligações numa rede estrutural baseada em termos.

− Frei e Stieger (1995), que usaram ligações transversais de acordo com as semelhanças das descrições de perguntas e das ligações.

− Marchiori (1997), que propôs uma estratégia de enriquecimento de documentos baseada na propagação da informação textual através das ligações.

− Chakrabarti et al. (1998b), que incorporaram o texto numa vizinhança das ligações no calculo dos pesos das autoridades e hubs.

− Bharat e Henzinger (1998), que ampliaram HITS com a análise total dos conteúdos dos documentos.

− Brin e Page (1998), que implementaram o PageRank sendo a pesquisa baseada no contexto com múltiplas técnicas num motor de pesquisa chamado Google.

Também existem abordagens na classificação de informação que combinam processos baseados em texto e ligações:

− Pirolli et al. (1996b) agruparam páginas da Web catalogadas por meio de combinações híbridas de termos e ligações.

− Weiss et al. (1996) propuseram um processo agregado de agrupamento o qual usa uma medida híbrida de semelhança para formar grupos de páginas na Web.

− Modha, Spangler (2000) e Mukherjea (2000a; 2000b) empregaram uma estratégia de expansão baseada nas ligações dos documentos pesquisados (por processo textual), que define uma vizinhança local de documentos que são relacionados pelas perguntas, conteúdos e citações.

− Chakrabarti, Dom e Indyk (1998) propuseram uma técnica de relaxation labeling, que arranca com um classificador textual e iterativamente constrói o resultado da classificação baseado em características locais e não introduzidas pelas ligações.

Nenhum dos paradigmas de combinações mencionados até agora define formalmente um processo de combinação, mas emprega paradigmas individuais em paralelo, em sequência, ou integra-os informalmente. A investigação feita por Kaindl, Kramer e

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Apêndice - 241 -

Afonso (Kaindl, Kramer e Afonso, 1998) indica um formalismo para combinar a pesquisa estrutural com a de conteúdos (ver informação detalhada na <www.deetc.isel.ipl.pt/matematica/jf>).

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Apêndice - 242 -

Apêndice C – Aplicações da Metodologia a Sistemas

conceptuais de IR

Este apêndice tem três secções principais de sistemas concebidos do ponto de vista conceptual: Sistema Comercial (C.1) MyClassificator e sistemas académicos (C.2) MyCombinedClassificator e (C.3) MycombinedFilter. Estes dois últimos poderiam ser construídos através da plataforma de teste. Vai-se apresentar de uma forma sucinta os respectivos modelos conceptuais.

C.1 MyClassificator

C.1.1 Motivação

Organizar documentos na Web de acordo com um determinado sistema de classificação. Este sistema pode ter duas componentes principais: (1) organizar informação na Web de acordo com determinados interesses do utilizador; (2) pesquisar informação através de um sistema de classificação.

C.1.2 Objectivo

O objectivo do sistema encontra-se expresso na Figura C.1.

Figura C.1: Sistema MyClassificator.

C.1.3 Vista de Casos de Utilização

Os principais intervenientes do sistema, ilustrados na Figura C.2 são:

− O autor (IR-Producer) cria documentos que o sistema arquiva.

− O Utilizador (IR-User) escolhe termos e categorias do espaço classificado, escolhe o sistema de classificação disponível e verifica a classificação feita pelo

« IR -S yste m »M yC la s s ific a to r

+ IR -In fo rm a t i o n V i e w+ IR -P ro ce ssV i e w+ IR -U se C a se V i e w

O b j e c ti vo : C ri a r u m si ste m a p a ra ca ta l o g a r d o cu m e n to s d a W e b d e a co rd o co m u m a ca te g o ri a e sco l h i d a d e u m d e te rm i n a d o si ste m a d e c l a ssi f i ca çã o .

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Apêndice - 243 -

sistema.

− A Autoridade (IR-Authority) cria, implementa e gere os sistemas de classificação disponíveis no sistema.

Figura C.2: Vista de casos de utilização do sistema MyClassificator.

C.1.4 Vista de Informação

« IR -R e su l t»D oc um e ntoC a ta loga do

- ca te g o ri a [* ]: M a tri x- n íve l p a i : In t- n íve l f i l h o : In t

« IR -S yste m »S is te m a C a ta loga ç ã o

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »S is te m a C la s s ific a ç ã oM C

« IR -C o l l e c t i o n »C ole c ç ã oM C

« IR -C o l l e c ti o n »C ole c ç ã oTe s te M C

« IR -In d e x»Índ ic e

« IR -In d e x»Índ ic e R e duzidoM C

« IR -In d e x»Índ ic e R e duzidoM D

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »A C M

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »A M S

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »Y a hoo

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »C D U

E sco l h a

« IR -In d e x»Índ ic e C ole c ç ã oTe s te

+ o u tp u t

+ i n p u t

u sa

p ro ce ssoi n d e xa çã o

+ i n p u t

p ro ce sso d e re d u çã o d e d i m e n sã o

ín d i ce re d u z i d o

+ i n p u t

+ i n p u t

p ro ce sso d ere d u çã o d ed i m e n sã o + i n p u t ín d i ce re d u z i d o

co l e cçã o te ste

Figura C.3: Vista de Informação do sistema MyClassificator

U tiliza dorE s c o lhe S is te m a

C la s s ific a ç ã o

C ria D oc um e ntos

C ria e Im ple m e nta S is te m a de

C la s s ific a ç ã oA utorida de

E s c o lhe C a te goria s e

Te rm os do S is te m a de

C la s s ific a ç ã o

G e re S is te m a C la s s ific a ç ã o

A utor

V e rific a C la s s ific a ç ã o fe ita

Page 260: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndice - 244 -

Em termos de informação, como ilustrado na Figura C.3, temos os diferentes sistemas de classificação que o utilizador pode escolher, a colecção de documentos a catalogar e a colecção de teste necessária aos algoritmos de catalogação. Pelo processo de indexação e de redução de dimensão chega-se a um representativo de menores dimensões (IndiceReduzido). O índice reduzido da colecção de teste vai estimar parâmetros do algoritmo de catalogação e o índice reduzido da colecção por meio do algoritmo de catalogação vai se comparado com o das categorias e termos do sistema de classificação escolhido.

C.1.5 Vista de Processo

Os principiais processos, ilustrados na Figura C.3 são: IR-IndexProcess, o qual é igual ao processo habitual de indexação, o processo de redução de dimensão no qual se implementou o algoritmo do limiar da frequência de um documento. O processo de catalogação foi implementado o algoritmo KNN, cujos parâmetros são definidos pelo processo de estimação.

Este sistema foi construído apenas do ponto de vista conceptual, havendo necessidade de optimizar os diferentes processos.

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»C a ta loga dor

« IR -O p ti m i za t i o n P ro ce ss»E s tim a rP a râ m e tros

« IR -A l g o ri th m »Lim ia rFre que nc ia D oc

« IR -A l g o ri th m »K N N

« IR -E sti m a ti o n P ro ce ss»R e duç ã oD im e ns ã o

- n a m e : S tri n g- p a ra m e te rs: In t

« IR -In d e xP ro ce ss»P roc e s s oInde x a ç ã oM C

+ i n p u t

ín d i ce re d u z i d o

ín d i ce

+ i n p u t

11

11

ín d i ce re d u z i d o co l e cçã o te ste

p a râ m e tro e st i m a d o

Figura C.4: Vista de Processos do sistema MyClassificator.

C.2 MyCombinedClassificator

C.2.1 Motivação

Sistema académico, orientado para a necessidade de verificar se a combinação de diferentes processos (catalogação) é benéfica para os resultados da catalogação.

Page 261: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndice - 245 -

C.2.2 Objectivos

O objectivo, ilustrado na Figura C.5 foi construir um sistema de teste para verificar se a combinação de diferentes processos de catalogação consegue obter melhores resultados que os diferentes processos isolados. A Figura C.5 ilustra o diagrama de pacotes das vistas propostas para o modelo conceptual do sistema MyCombinedClassificator.

Figura C.5: Sistema MyCombinedClassificator.

C.2.3 Vista de Casos de Utilização

Os principais intervenientes, ilustrados na Figura C.6 são:

− A Autoridade (IR-Authority) o que é responsável pela criação, gestão e implementação do espaço classificado.

− O investigador (IR-Investigator) o que escolhe os processos de classificação a implementar e as fórmulas de combinação a testar. Escolhe igualmente as categorias para o sistema, classifica e, recebe e avalia os resultados do sistema.

Inv e s tiga dor

E s c o lhe M é todos de C la s s ific a ç ã o a

C om bina r

E s c olhe Fórm ula s de C om bina ç ã o

E s c o lhe C a te goria s e S is te m a de

C la s s ific a ç ã o

R e c e be R e s u lta dos

A utorida de

C ria e Im ple m e nta S is te m a de

C la s s ific a ç ã oG e re S is te m a de

C la s s ific a ç ã o

Figura C.6: Vista de casos de utilização do sistema MyCombinedClassificator.

« IR -S yste m »M yC om bine dC la s s ific a tor

+ V i sta C a so sU ti l i za çã o+ V i sta In fo rm a çã o+ V i sta P ro ce sso s

O b j e ct i vo : C ri a r u m si ste m a d e te ste , p a ra se ve ri f i ca r se a co m b i n a çã o d e p ro ce sso s d e ca ta l o g a çã o p o d e m e l h o r o d e se m p e n h o d e u m si ste m a d e c l a ssi f i ca çã o .

Page 262: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndice - 246 -

C.2.4 Vista de Informação

A vista de informação, ilustrada na Figura C.7 é igual à do sistema de classificação padrão com a diferença que os resultados de saída (documentos catalogados) são combinados por meio de duas fórmulas (WRS e ROWRS) para tentar melhorar os resultados.

« IR-R e su l t»Doc um e ntoC a ta loga do

- ca te g o ri a [* ] : M a tri x- n íve l p a i : In t- n íve l f i l h o : In t

« IR -S yste m »S is te m a C a ta loga ç ã o

« IR -C l a ssi f i e d S yste m »S is te m a C la s s ific a ç ã oM D

« IR -In d e x»Índ ic e C ole c ç ã oM D

« IR-In d e x»Índ ic e C ole c ç ã oTe s te M D

« IR -In d e x»Índ ic e R e duzidoM D

« IR-In d e x»Índ ic e Re duzidoM D

« IR -D o cu m e n t»D oc um e ntoM D

« IR -C o l l e c t i o n »C ole c ç ã oM D

+ i n p u t p a râ m e tro sa l g o ri tm oca ta l o g a çã o

+ i n p u t

ín d i ce re d u z id o

p ro ce sso d ere d u çã o d ed i m e n sã o

p ro ce sso d ere d u çã o d ed i m e n sã o

p ro d u z >

+ o u tp u t

te rm o + ca te g o ri a

+ i n p u t

a rq u i vo

p ro ce sso i n d e xa çã o

p ro ce sso i n d e xa çã o

*

co m b i n a çã o re su l ta d o s fó rm u l a R O W R S

1

*co m b i n a çã ore su l ta d o sfó rm u l a W R S1

Figura C.7: Vista de Informação do sistema MyCombinedClassificator.

C.2.5 Vista de Processos.

Foram implementados os algoritmos de classificação: KKN, SVM e BN. O resultado da classificação individual é combinado por diferentes fórmulas de classificação que usem como medida a ordem pela qual um documento é classificado. Estes processos são ilustrados na Figura C.8.

Page 263: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndice - 247 -

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»C a ta log a ç ã o

« IR -A l g o ri th m »C la s s ific a ç ã o

« E sp a ço C o n h e c i m e n to »S is te m a C la s s ific a ç ã o

« IR -A lg o ri th m »S V M

« IR -A l g o ri th m »L FD

« IR -A lg o ri th m »K N N

« IR -A lg o ri th m »N a iv e B a ye s

« P ro ce sso O p tim i za çã o »C om b ina ç ã o

« IR -R e su l t»D o c u m e ntoC a ta lo ga do

« A l g o ri tm o »S M

« A l g o ri tm o »W R S

« A lg o ri tm o »R O W R S

E sco l h a A l g o ri tm o

« IR -E st im a t i o n P ro ce ss»P a ra m e te rE s tim a tio n

- n a m e : S tri n g- p a ra m e te rs: In t

« IR -E st im a t i o n P ro ce ss»P a ra m e te rE s tim a tio n

- n a m e : S tri n g- p a ra m e te rs: In t

« IR -In d e xP ro ce ss»P ro c e s s o Ín de x a ç ã o

+ co n ve rso rfo rm a to ()+ re m o ve rsto p l i stw o rd ()+ ra d i ca l i za çã o ()+ e sta t íst i ca ()+ i d e n ti f i ca d o rca m p o ()

« IR -In d e xP ro ce ss»P ro c e s s oIn de x a ç ã oC o le c ç ã oTe s te

+ co n ve rso rfo rm a to ()+ re m o ve rsto p l i stw o rd ()+ ra d i ca l i za çã o ()+ e sta t íst i ca ()+ i d e n ti f i ca d o rca m p o ()

R e su l ta d o F i n a l

+ o u tp u t

d o c ca ta l o g a d o s K K N

d o c ca ta l o g a d o s S V M

d o c ca ta l o g a d o s B N

+ i n p u t

< u sa

+ in p u t

< u sa

+ i n p u t

u sa

+ i n p u t ín d i ce

p a râ m e tro

p a râ m e tro

p a râ m e tro

+ in p u t

ín d i ce re d u z i d o

Figura C.8: Vista de Processos do sistema MyCombinedClassificator.

C.3 Sistema de Filtragem Baseado na Combinação de Diferentes abordagens (MyCombinedFilter)

C.3.1 Motivação

Este sistema pretende juntar na mesma plataforma abordagens distintas à filtragem de informação (colaborativa e de conteúdos) com o seguimento de ligações dos documentos identificados como relevantes pela comunidade a que o utilizador pertence. Para maior detalhe ver (Ferreira, 2005c). O objectivo de construção deste sistema é a investigação, ou seja, verificar que a combinação de diferentes abordagens é benéfica para a catalogação de informação.

C.3.2 Objectivo

Pretende-se construir um sistema de forma a verificar se a combinação de diferentes abordagens à filtragem é benéfica para o próprio processo. Este sistema pode ser posteriormente concretizado usando a plataforma de teste proposta. A Figura C.9 ilustra o diagrama de pacotes das vistas propostas para o modelo conceptual do sistema MyCombinedFilter, bem como o objectivo da sua criação.

Figura C.9: Sistema MyCombinedFilter.

« IR -S yste m »M yC om bine dF ilte r

+ V i sta C a so sU ti l i za çã o+ V i sta In fo rm a çã o+ V i sta P ro ce sso s

O b j e c t i vo : C ri a r u m si ste m a p a ra se te sta r o e fe i tod a co m b i n a çã o d e d i fe re n te s m é to d o s d e f i l t ra g e m .

Page 264: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndice - 248 -

C.3.3 Vista de Casos de Utilização

V a lida ç ã o da C om unida de de

U til iza dore s

A v a lia o s re s u lta dos

Inv e s tiga dor

E s c olhe S is te m a a C om bin a r

E s c o lhe fórm u la s de C om bina ç ã o A i n d a n ã o se e n co n tra d i sp o n íve l

E s c olh e U ti l iza d ore s Te s te

Figura C.10: Vista de casos de utilização do sistema de filtragem baseado na combinação de diferentes

abordagens.

O IR-Actor de um sistema de filtragem, ilustrado na Figura C.10 é apenas o investigador (IR-Investigator), que escolhe os utilizadores de teste, os sistema de filtragem a combinar, escolhe as fórmulas de combinação a usar e avalia os resultados.

C.3.4 Vista de Informação

Dado ser proposta para o sistema uma visão de alto nível, juntaram-se as vistas de informação e de processos. A ideia do sistema é combinar por uma fórmula (de ordem) os diferentes resultados obtidos por diferentes abordagens à filtragem: (1) colaborativa; (2) conteúdo de documentos com perfil ou de documentos com comunidade. Nos documentos identificados como relevantes seguiram-se as ligações, surgindo um segundo conjunto de documentos considerados relevantes. Estes resultados são combinados pela fórmula ROWRS (F2.43)

Page 265: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndice - 249 -

« IR -In d e x»Índ ic e C ole c ç ã o

« IR -R e su l t»R e c om e nda ç ã o

« IR -R e su l t»Lis ta F ina lD oc R e le v a nte

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»S e gu im e ntoL iga ç õe s

« IR -R e su l t»L is ta D o c R e le v a n te

« IR -R e su l t»Lis ta D oc R e le v a nte

« IR -C o l l e c t i o n »D o c um e nto

« IR -U se rP ro fi l e »P e rfilU ti liza dore s

« IR -C o m m u n i ty»C om unida de

« IR -C o l l e c t i o n »C ole c ç ã o

« IR -U se rP ro f i l e »P e rfi l U ti liza dor

co m b i n a çã o d ere su l ta d o s

p ro ce sso i n d e xa çã osi ste m a d ef i l t ra g e mp o rco n te ú d o

co m b i n a çã o d ere su l ta d o s

p e rf i l u t i l i za d o r

+ d o c re l e va n te si d e n t i f i ca d o s p e l ose g u i m e n to l i g a çõ e s

co m b i n a çã o d e re su l ta d o s

+ U R L d o c re l e va n te s

si ste m a d efi l tra g e m p o rco n te ú d o

si ste m a d efi l t ra g e mco l a b o ra ti vo

+ i n p u t

p e rfi lco m u n i d a d e

co m b i n a çã od e re su l ta d o s

Figura C.11: Vista de Informação de um sistema de filtragem baseado na combinação de diferentes

abordagens.

C.3.5 Vista de Processos

Figura C.12: Vista de processos de um sistema de filtragem baseado na combinação de diferentes abordagens.

« IR -S yste m »Filtra ge m Cola bora tiv a

« IR -S yste m »Filtra ge m Conte údos

« IR -R e su l t»Fórm ula Com bina ç ã oRO W RS

+ F2 .4 3 ()

« IR -Re su l t»Lis ta F ina lDoc R e le v a nte

« IR -M a tch i n g P ro ce ss»S e guim e ntoL iga ç õe s

+ i n p u t

re su l ta d o s f i l t ra g e m co l a b o ra ti va

re su l ta d o s co m b i n a d o s

+ o u tp u t

re su l ta d o sf i l tra g e mco n te ú d o

+ i n p u t

re su l td o s f i l tra g e mco n té u d o u sa n d oco m u n i d a d e s

+ i n p u t

+ d o c re l e va n te si d e n t i f i ca d o s p e l osi ste m a d e f i l tra g e m

l i sta d o c re l e va n te s

Page 266: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndice - 250 -

A vista de processos, ilustrada na Figura C.12 inclui os processos de filtragem colaborativa e de conteúdos (estes processos representam o sistema, o qual é constituído por diversos processos). A filtragem colaborativa com base nas avaliações feitas pelos utilizadores identifica informação relevante (documentos classificados pelos utilizadores da comunidade com média de avaliação superior a 4). A filtragem de conteúdos identifica informação relevante para o utilizador e para a comunidade a que pertence. Deste conjunto de documentos são seguidas as ligações resultantes, e destes processos resultam 4 tipos de documentos a combinar através da fórmula de combinação ROWRS.

Page 267: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 251 -

Apêndice D – Resultados dos Testes na Plataforma

WebSearchTester

D.1 Resultados de sistemas de pesquisa que usam processos textuais (VSM)

Figura D.1: Resultados dos sistemas VSM para os tópicos 451-500.

Figura D.2: Curvas de precisão/cobertura dos sistemas VSM para os tópicos 451-500.

Tópicos 451-500

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0,35

vlc10

vlc00

vmc1

1vld

10vld

11

vmc0

1

vmd1

1

vmd0

0vs

c10vs

c00vp

d10vp

d00

vlt11

vmt10

vlt10

vmt11

vmt00

vpt11

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

ND

R

avgP optF R-PP@5 P@10 P@20P@100 P@200 NDR

Tópicos 451-500

0

0,2

0,4

0,6

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1cobertura

prec

isão

vlc10 vlc11 vlc00 vlc01 vmc11 vmc10vld10 vld00 vld11 vld01 vmc01 vmc00vmd11 vmd10 vmd00 vmd01 vpc10 vpc11vpc00 vpc01 vpd10 vpd11 vpd00 vpd01vlt11 vpt10 vmt10 vpt00 vlt10 vmt01vmt11 vlt01 vmt00 vlt00 vpt11 vpt01

v*t**

Page 268: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 252 -

Figura D.3: Resultados dos sistemas VSM para os tópicos 501-550.

Figura D.4: Curvas de precisão/cobertura dos sistemas VMS para os tópicos 501-550.

Tabela D.1:Sistema de topo VSM em função do comprimento da pergunta.

Tabela D.2:Sistema de topo VSM em função do índice de termos usados.

Tópicos 501-550

00,050,1

0,150,2

0,250,3

0,350,4

vlc10

vlc01vm

c10vm

c00vld

10vld

01vsc

10vsc

11vm

d10vm

d11vp

d10vp

d11vm

t00 vlt01

vlt00vm

t01 vlt10vp

t01

0

500

1000

1500

2000

2500

ND

R

avgP optF R-PP@5 P@10 P@20P@100 P@200 NDR

Tópicos 501-550

00,10,20,30,40,50,60,7

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1cobertura

prec

isão

vlc10 vlc00 vlc01 vlc11 vmc10 vmc11vmc00 vmc01 vld10 vld00 vld01 vld11vsc10 vsc00 vsc11 vsc01 vmd10 vmd00vmd11 vmd01 vpd10 vpd00 vpd11 vpd01vmt00 vmt10 vlt01 vpt10 vlt00 vpt00vmt01 vlt11 vlt10 vmt11 vpt01 vpt11

v*t**

Sistema Ordem NDR avgP optF R-P P@5 P@10 P@20 P@100 P@200

vlc10 1 3191 0,1529 0,2528 0,1959 0,3500 0,3150 0,2520 0,1306 0,0902

vmc10 5 3113 0,1402 0,2417 0,1858 0,3260 0,2860 0,2285 0,1260 0,0876

vpc10 15 2783 0,1138 0,2023 0,1512 0,2540 0,2120 0,1700 0,1031 0,0746

Sistema Ordem NDR avgP optF R-P P@5 P@10 P@20 P@100 P@200 vlc10 1 3191 0,1529 0,2528 0,1959 0,350 0,3150 0,252 0,1306 0,0902 vld10 9 2946 0,1313 0,2319 0,1715 0,302 0,2590 0,219 0,1132 0,0802 vlt11 25 745 0,0274 0,0784 0,0488 0,090 0,0730 0,058 0,0293 0,0207

Page 269: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 253 -

Tabela D.3:Sistemas de topoVSM em função do uso de frases.

Tabela D.4: Sistemas de topo VSM em função do uso de retroação.

D.2 Resultados dos sistemas de seguimento de ligações As Figuras D.5 a D.10 mostram resultados HITS para sistemas semente e definição de endereços para os tópicos 451-500 e 501-550.

Figura D.5: Número de documentos relevantes para os sistemas HITS.

Sistema Ordem NDR avgP optF R-P P@5 P@10 P@20 P@100 P@200

vlc10 1 3191 0,1529 0,2528 0,1959 0,3500 0,3150 0,2520 0,1306 0,0902

vlc00 2 3152 0,1480 0,2480 0,1882 0,3480 0,3110 0,2480 0,1270 0,0884

Sistema Ordem NDR avgP optF R-P P@5 P@10 P@20 P@100 P@200 vlc10 1 3191 0,1529 0,2528 0,1959 0,3500 0,3150 0,2520 0,1306 0,0902 vlc11 3 3119 0,1473 0,2485 0,1895 0,3300 0,2960 0,2420 0,1266 0,0888

Tópicos 451-500

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

vopt vlc10 vmc10 vpc10

ND

R

vsm h*p h*l

Tópicos 451-500

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

vopt vlc10 vmc10 vpc10

ND

R

vsm h*p h*l

Page 270: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 254 -

Figura D.6: Resultados de precisão média para os sistemas HITS.

Figura D.7: Resultados de sistemas HITS, para os tópicos 451-500.

Tópicos 451-500

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

vopt vlc10 vm c10 vpc10

vsm h*p h*l

Prec

isão

Méd

ia

T ó p ic o s 5 0 1 -5 5 0

0

0 , 2

0 , 4

0 , 6

0 , 8

1

vo p t vlc 10 vm c 1 0 vp c 10

vs m h* p h * l

Prec

isão

Méd

ia

Tópicos 451-500

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

hpopt hmp hlp hlopt hpp hll hml hpl0

500

1000

1500

2000

2500

ND

R

avgP optF R-PP@5 P@10 P@20P@100 P@200 NDR

Page 271: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 255 -

Figura D.8: Curva precisão/cobertura para sistemas HITS dos tópicos 451-500.

Figura D.9: Resultados de sistemas HITS, para os tópicos 501-550.

Figura D.10: Curva precisão/cobertura para sistemas HITS dos tópicos 501-550.

Tópicos 501-550

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1cobertura

prec

isão

hpopt hlopt hlp hmphpp hll hml hpl

Tópicos 451-500

00,050,1

0,15

0,20,250,3

0,35

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1cobertura

prec

isão

hpopt hmp hlp hlopthpp hll hml hpl

Tópicos 501-550

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0,35

0,4

0,45

hpopt hlopt hlp hmp hpp hll hml hpl0

500

1000

1500

2000

2500

3000

ND

R

avgP optF R-PP@5 P@10 P@20P@100 P@200 NDR

Page 272: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 256 -

D.3 Sistemas de pesquisa baseados em processos Híbridos Para investigar processos de pesquisa que usam a classificação de informação no Yahoo, foram estudados 120 sistemas DC e 24 TM. Os sistemas TM mostram resultados superiores aos sistemas DC, cujo desempenho é bastante inferior aos outros cinco processos de pesquisa estudados (i.e. VSM, Okapi, LM, HITS e TM). A precisão do melhor sistema TM é cerca de quarto vezes superior ao melhor sistema DC (0,0758 vs. 0,0180 para os tópicos 451-550).

Os cinco parâmetros estudados nos sistemas DC são:

− Tipo dos termos das categorias usadas para criar o dicionário:

o Termos de subcategorias (1).

o Endereços de títulos (2).

o Descrições de endereços (3).

o Títulos e descrições de endereços (4).

o Todos (5).

− Comprimento da pergunta inicial submetida para encontrar as categorias de topo (pequenas, médias e longas).

− Pseudo retroacção. (sim ou não).

− Número de categorias de topo, usadas para criar a classe central do grupo com que se ordenam os documentos da colecção. (1 ou 3).

− Efeito dos parâmetros dos índices WT10g:

o Texto do título do documento (t).

o Texto do documento completo (d).

o Todos à excepção de dois dos sistemas t têm desempenho inferior aos sistemas d (Tabela D.7) confirmando o efeito negativo da introdução de títulos no desempenho dos sistemas.

Os parâmetros para os sistemas de classificação baseados no DC estão indicados na Tabela D.5 e correspondem às categorias dos termos universais, número de categorias de topo, comprimento das perguntas, termos indexados WT10g e uso de retroacção.

O número de categorias de topo usadas para criar as classes com maior semelhança com o vector central do grupo é uma ou três, o que significa que o centro da classe da categoria ordenada no topo é a média dos vectores do centro da classe das três

Page 273: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 257 -

categorias de topo e que são usadas para ordenar os documentos.

Os termos indexados da colecção WT10g que são combinações de termos/frases com corpo/título/documento, resultam em 6 combinações de termos dos quais se vão usar as frases dos documentos (d) e títulos (t) (Tabela D.6), restringindo assim o número de sistemas DC. As frases são usadas para dar ênfase a conceitos de termos, que estão nas etiquetas de categorias. O documento não foi testado pois corpo + título = documento foi assumido ter resultados semelhantes aos do corpo. Assim as combinações destes parâmetros resultam em 120 sistemas DC (Tabela D.6) (2x5x2x3x2=120).

Tabela D.5: Índice da colecção a usar.

Tabela D.6: Nomenclatura dos sistemas DC usados.

Os sistemas DC foram estudados em grupos, para facilitar a determinação dos parâmetros e só se analisam os parâmetros com influência no desempenho dos sistemas (Tabela D.7). Numa primeira análise parece que não existe nenhuma diferença no universo de parâmetros, mas uma análise mais cuidada mostra as seguintes influências:

O parâmetro com maior influência é a categoria do universo de termos. Destes parâmetros a descrição do endereço (3) é a categoria de topo em 9 dos 24 grupos da Tabela D.7. Destes nove, sete ocorrem com pequenos grupos de perguntas. É também o “pior” termo em 11 grupos sendo 8 destes constituídos por perguntas longas. Esta observação sugere que os termos da descrição do endereço tendem a ter um “bom” desempenho com perguntas pequenas e um “mau” desempenho com perguntas longas. O segundo parâmetro desta categoria em termos de desempenho é o título de endereços (2). É o primeiro em sete grupos sendo a categoria mais importante quando usada como uma das três categorias de topo. Termos de Subcategorias (1) é de longe a categoria que mostra “pior” desempenho para perguntas pequenas e combinada com o universo ((4),(5)) encontra-se a meio da Tabela. Há algumas possibilidades de influência de relações entre o comprimento das perguntas e os termos das categorias, mas o estudo de

Termos Frases

Corpo Doc. 1 2

Título Doc. 3 4

(Corpo+Título) Doc. 5 6

sistema # categorias de

topo Universo do termo das categoriasÍndice WT10g

(frases) Comprimento

Pergunta Pseudo

retroacçãodc * * * * 1 Termos Subcategorias (1) Titulo (t) Pequena (p) Sim (1)

3 Endereços Títulos (2) Titulo+ corpo (d) media (m) Não (0) Descrição Endereços (3) longa (l)

Título+Descrição Endereços (4) Todos (5)

dc$#cat.Topo$Universo termo cat.$Indice WT10g $compr. Pergunta $Pseudo-Retroação

Page 274: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 258 -

tais relações sai fora do âmbito da dissertação sendo um tópico potencial para trabalhos futuros.

Tabela D.7: Resultados de Sistemas DC agrupados pelos diferentes termos de categoria para os tópicos 451-550.

O comprimento da pergunta tem um comportamento oposto ao observado nos sistemas VSM. Uma explicação possível para este comportamento terá a ver com a possibilidade de quantos mais termos constituírem uma pergunta maior ser a probabilidade de conter tópicos que não sejam relacionados com a pergunta devido aos diferentes significados que as palavras assumem consoante o contexto. As curvas cobertura precisão dos 10 sistemas de topo DC (Figura D.12) são interessantes no sentido em que os sistemas com “pior” desempenho a baixa cobertura, ultrapassam os sistemas de topo a alta cobertura. O NDR é mais elevado para sistemas com ordem mais baixa, o que sugere que os sistemas de topo são mais orientados para a precisão e os sistemas com ordem mais baixa são mais orientados para a cobertura. A influência do número de categorias de topo usadas pode ser vista na Figura D.11. Os 2 sistemas de topo que usam 1 categoria de topo têm menor NDR que os 6 sistemas que usam 3 categorias e os sistemas que combinam o universo dos termos com as 3 categorias de topo têm os maiores NDRs. (dc34dp1 e dc33dp1 na ordem 7 e 8).

dc1*dp0 dc3*dp0 dc1*dp1 dc3*dp1 Dc1*tp0 dc3*tp0 dc1*tp1 dc3*tp1 3 3 3 3 3 4 3 3

4 2 4 2 2 5 1 5

2 5 5 5 4 2 2 2

5 4 2 4 5 3 5 4

1 1 1 1 1 1 4 1

dc1*dm0 dc3*dm0 dc1*dm1 dc3*dm1 Dc1*tm0 dc3*tm0 dc1*tm1 dc3*tm1

3 2 3 2 1 2 1 2

4 1 4 4 2 4 3 5

5 3 5 5 5 5 2 4

1 5 1 3 4 1 5 1

2 4 2 1 3 3 4 3

dc1*dl0 dc3*dl0 dc1*dl1 dc3*dl1 Dc1*tl0 dc3*tl0 dc1*tl1 dc3*tl1

1 2 1 2 1 2 1 2

2 1 2 4 2 5 2 1

5 5 5 1 5 1 5 5

4 4 4 5 4 4 4 4

3 3 3 3 3 3 3 3

Page 275: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 259 -

Figura D.11: Desempenho dos 13 “melhores” sistemas DC e do “pior” sistema DC para os tópicos 451-550.

Figura D.12: Curva cobertura/precisão para os 10 sistemas DC de topo para os Tópicos 451-550.

Os resultados obtidos pelos sistemas DC deixam espaço para melhorias. Um ajuste para futuras experiências é a construção de um dicionário de dados que compense as fraquezas das categorias do Yahoo que influenciam indevidamente os cálculos dos pesos dos termos das categorias do dicionário de classificação. Uma construção mais selectiva do centro do grupo foi feita nos sistemas TM. Para o processo TM, após ter sido verificado o ‘mau’ desempenho dos sistemas DC, foi decidido diminuir os parâmetros. Como a questão do termo da categoria do universo está em aberto foram fixados todos os termos numa tentativa de aumentar a cobertura. O resultado de perguntas pequenas é claramente superior ao das perguntas longas, tendo sido usadas apenas perguntas pequenas. Índices textuais de títulos dos documentos foram testados

Tópicos 451-550

0

0,01

0,02

0,03

0,04

0,05

dc13

tl1

dc35

dp0

dc34

dp0

dc12

dp1

dc12

dp0

dc13

dp1

dc14

dp1

dc13

dp0

dc33

dp1

dc33

dp0

dc34

dp1

dc35

dp1

dc32

dp1

dc32

dp0

avgP optF R-P P@5P@10 P@20 P@100 P@200

Tópico 451-550

0

0,1

0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0cobertura

prec

isão

dc13dp0 dc13dp1 dc33dp0 dc32dp0dc33dp1 dc32dp1 dc35dp0 dc34dp1dc14dp0 dc14dp1

Page 276: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 260 -

nos sistemas DC, e foram retirados em favor do texto do corpo do documento e exibiram melhores resultados do que o texto do documento (corpo + títulos).

D.4 Sistemas TM Os parâmetros do sistema TM são em número inferior ao dos do sistema DC por desenho. Após observar o fraco desempenho dos sistemas DC apenas um número restrito de parâmetros dos sistemas são testados de forma a reduzir o número de sistemas testados. Os parâmetros testados são:

− Número de categorias de topo usadas na colecção.

− Índices de termos WT10g.

− Uso de pseudo retroacção.

A combinação destes parâmetros (3 categorias de topo, 4 índices de termos WT10g e retroacção) resulta em 24 (3x4x3=24) sistemas TM:

Tabela D.8: Resumo da nomenclatura usada para os sistemas TM.

As curvas cobertura/precisão, mostram que não há grande variação de desempenho entre os diferentes sistemas TM, devendo-se provavelmente à exclusão do comprimento da pergunta e da categoria do universo de termos. Todos os sistemas com texto do corpo do documento estão acima dos sistemas textuais do título do documento. Dado um termo fonte (i.e. texto corpo ou texto corpo + título = documento) os sistemas que usam um pequeno número de categorias de topo estão acima dos que usam mais categorias de topo. Com um número considerável de categorias de topo os sistemas sem retroacção estão sempre acima dos sistemas com retroacção. Apenas o parâmetro utilização de frases mostra resultados inconsistentes, sendo que sistemas sem frases estão acima dos que usam frases. O desempenho geral dos sistemas TM é superior ao dos sistemas DC.

Sistema # Cat. Topo Índice Retroacção tm * * * 1 Corpo s/ frases (1) 0

2 Corpo c/ frases (2) 1 3 doc. s/ frases (3) doc. c/ frases (4)

tm$# cat. Topo$Índice$Retroacção

Page 277: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 261 -

Figura D.13: Resultados dos sistemas TM para os tópicos 451-500.

Figura D.14: Curva precisão/cobertura dos sistemas TM para os tópicos 451-500.

Figura D.15: Resultados dos sistemas TM dos tópicos 501-550.

Tópico 451-500

0

0,05

0,1

0,15

0,2

t221

t211

t212

t222

t121

t111

t112

t122

t311

t321

t312

t322

t141

t131

t241

t231

t232

t242

t142

t132

t341

t331

t332

t342

890

915

940

965

990

ND

R

avgP optF R-PP@5 P@10 P@20P@100 P@200 NDR

Tópicos 451-500

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1cobertura

prec

isão

t221 t211 t212 t222 t121 t111t112 t122 t311 t321 t312 t322t141 t131 t241 t231 t232 t242t142 t132 t341 t331 t332 t342

Tópicos 501-550

0

0,03

0,06

0,09

0,12

0,15

0,18

t111

t121

t122

t112

t211

t221

t212

t222

t321

t311

t141

t131

t312

t322

t142

t132

t241

t231

t232

t242

t331

t341

t332

t342

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

ND

R

avgP optF R-PP@5 P@10 P@20P@100 P@200 NDR

Page 278: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 262 -

Figura D.16: Curva precisão/cobertura para sistemas TM dos tópicos 501-550.

D.5 Combinação Internas Resultantes da combinação dos parâmetros internos de cada sistema. Para visualizar os resultados completos ver <www.deetc.isel.ipl.pt/matematica/jf>d.htm>.

D.5.1 Sistemas VSM

Os parâmetros internos foram combinados resultando 4x4x3x3=145 sistemas x 2 fórmulas combinação = 290 sistemas, dos quais se apresentam os resultados mais significativos. O conjunto de resultados encontra-se na página pessoal do autor, <www.deetc.isel.ipl.pt/matematica/jf/d1.htm>.

Tabela D.9: Nomenclatura usada para as combinações internas do sistema VSM.

D.5.2 Sistemas HITS

Os parâmetros internos foram combinados resultando 4x3=12 sistemas x 2 fórmulas combinação = 24 sistemas, dos quais se apresentam os resultados mais significativos. O conjunto de resultados encontra-se na página pessoal do autor, <<www.deetc.isel.ipl.pt/matematica/jf/d2.htm>.

Tópicos 501-550

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0,35

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1cobertura

prec

isão

t111 t121 t122 t112 t211 t221t212 t222 t321 t311 t141 t131t312 t322 t142 t132 t241 t231t232 t242 t331 t341 t332 t342

sistema Comprimento

Pergunta Índices Frases Pseudo

retroacção v * * * * p-pequena d –documento completo 0- s/ frases 0- não

m-média c- corpo documento 1- c/ frases 1 - sim l-longa t-titulo documento F- combinação F- combinação

F-combinação dos resultados F-combinação dos resultados

Page 279: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 263 -

Tabela D.10: Nomenclatura usada para as combinações internas do sistema HITS.

D.5.3 Sistemas DC

Os parâmetros internos foram combinados resultando 3x6x4x3x3=648 sistemas x 2 fórmulas combinação = 1296 sistemas, dos quais se apresentam os resultados mais significativos. O conjunto de resultados encontra-se na página pessoal do autor <<www.deetc.isel.ipl.pt/matematica/jf/d3.htm>.

Tabela D.11: Nomenclatura usada para as combinações internas dos sistemas DC.

D.5.4 Sistemas TM

Os parâmetros internos foram combinados resultando 3x3x3x3=81 sistemas x 2 fórmulas combinação = 162 sistemas, dos quais se apresentam os resultados mais significativos. O conjunto de resultados encontra-se na página pessoal do autor <<www.deetc.isel.ipl.pt/matematica/jf/d4.htm>.

Tabela D.12: Nomenclatura usada para as combinações internas dos sistemas TM.

Sistema Conjunto Semente (v*c10) Comprimento endereço

h * * Pequeno (p) Pequeno (p)

media (m) Longo (l)

Longa (l) Combinações (F)

Combinações (F)

sistema # categorias de

topo Universo do termo das categoriasÍndice WT10g

(frases) Comprimento

Pergunta Pseudo

retroacçãod * * * * 1 Etiquetas Subcategorias (1) Titulo (t) Pequena (p) Sim (2)

3 Endereços Títulos (2) Titulo+ corpo

(d) media (m) Não (1) 3x6x4x3x3=648 F-Combinação Descrição Endereços (3) F Longa (l) F

Título+Descrição Endereços (4) F Todos (5) F- Combinação

dc$#cat.Topo$Universo termo cat.$Indice WT10g $compr. Pergunta $Pseudo retroacção

Sistema # Cat. Topo Índice Retroacção t * * * 1 Corpo doc (c) s/ frases (0) 0

2 Título doc (t) c/ frases (1) 1 3 F F F F

Tm$# cat. Topo$Índice$frase$Retroação

Page 280: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 264 -

D.5.5 Resumos das Combinações Internas

Comparação de processo simples com combinações feitas pela fórmula SM (sufixo a, na nomenclatura dos sistemas) e WRS (sufixo b, na nomenclatura dos sistemas).

Figura D.17: Resultados dos melhores sistema de combinação interna por sistema e Fórmula para os tópicos 451-500.

Figura D.18: Curvas de precisão/cobertura para os melhores sistema de combinação interna por sistema e Fórmula para os tópicos 451-500.

Figura D.19: Resultados dos melhores sistema de combinação interna por sistema e Fórmula para os tópicos 501-550.

Combinação Interna Tópicos 451-500

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0,35

vFc10a vlc1Fb hpFa hpFb d13Fp1a tFF0Fa t2bF1b0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

ND

R

avgP optF R-PP@5 P@10 P@20P@100 P@200 NDR

Com bina çã o In te rna Tó p icos 451-500

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0 0 ,1 0 ,2 0 ,3 0,4 0,5 0 ,6 0 ,7 0,8 0,9 1co b e r tu r a

prec

isão

v Fc 10a v lc 1Fb hpFahpFb d13Fp1a tFF0Fa

C o m b in a çã o In te rn a T ó p ic o s 4 51 -5 00

0

0 ,1

0 ,2

0 ,3

0 ,4

0 ,5

0 ,6

0 0 ,1 0 ,2 0 ,3 0 ,4 0 ,5 0 ,6 0 ,7 0 ,8 0 ,9 1c o b e r tu r a

prec

isão

v Fc 10 a v lc 1 Fb h p Fahp Fb d 1 3 Fp 1 a tFF0 Fa

Page 281: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 265 -

Figura D.20: Curvas de precisão/cobertura para os melhores sistema de combinação interna por sistema e Fórmula para os tópicos 501-550.

Figura D.21: Curvas de precisão/cobertura para o sistema HITS com combinação interna para os tópicos 501-550.

Figura D.22: Curvas de precisão/cobertura para o sistema TM com combinação interna para os tópicos 451-500.

Combinação Interna Tópicos 501-550

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0,35

0,4

vFc10a vlcF0b hpFa hpFb d13Fp0a tFFFFa t1bF0b0

500

1000

1500

2000

2500

ND

R

avgP optF R-PP@5 P@10 P@20P@100 P@200 NDR

Combinação InternaTópicos 501-550

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0cobertura

prec

isão

hpl hpFa hpFb

Combinação Interna Tópicos 451-500

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0cobertura

prec

isão

t220 tFbFFa t2F0b

Page 282: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 266 -

Nas Figuras D.17 a D.22 são apresentados os resultados para combinação de sistemas internos, usando as fórmulas SM (indicada pelo sufixo ‘a’) e WRS (indicada pelo sufixo ‘b’). Os resultados completos encontram-se em <www.deetc.isel.ipl.pt/matematica/ jf/d.htm>.

D.6 Combinações Externas Os resultados principais estão apresentados nas Figuras D.23 a D.26 e a colecção completa dos resultados encontra-se em <www.deetc.isel.ipl.pt/matematica/jf/e.htm>. Os resultados dos processos de combinação externos demonstram resultados semelhantes aos processos de combinação internos (Figuras D.17 a D.22). Sufixos acrescentados ao nome do sistema indicam a fórmula de combinação usada (“a” para SM e “b” para WRS) enquanto que os prefixos se indicam os processos combinados (i.e. “v” para VSM, “h” para hits, “t” para TM.

Cada uma das quatro possíveis combinações dos três processos foi feita, procurando descobrir as potencialidades de combinar sistemas diferentes. A degradação do desempenho é superior nas combinações dos processos externos.

Tabela D.13:Nomenclatura para combinação de sistemas externos.

VSM-HITS

Combinação Sistemas Externos

$metodo1$metodo2$pergunta$retroacção$Fórmula Combinação (e.g. hvl1a) $metodoN =(v-vsm; h-hits; t-tm)

$pergunta (p-pequena; m-média; l-longa; f-combinação) $retroacção (1-Sim;0-Não;F-combinação) $Fórmula combinação (a- SM; b-WRS)

Page 283: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 267 -

Figura D.23: Resultados mais significativos das combinações externas dos sistemas VSM-HITS.

V S M -H ITS Tópicos 451-500

0

0,05

0 ,1

0,15

0 ,2

0,25

0 ,3

0,35

v lc 10 hpm hv l0a hv l1a hv F0a hv l0b hv l1b hv F0b0

200

400

600

800

1000

1200

1400

ND

R

av gP optF R-PP@ 5 P@ 10 P@ 20P@ 100 P@ 200 NDR

V S M -HITS Tópic os 5 01 -55 0

00,05

0,1

0,150,2

0,250,3

0,350,4

v lc 10 hpl hv l0a hv l1a hv FFa hv l0b hvF0b hv FFb0

500

1000

1500

2000

2500

ND

R

avgP optF R-PP@ 5 P@ 10 P@ 20P@ 100 P@ 200 NDR

VSM-HITS Tópicos 451-500

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0cobertura

prec

isão

hvl0a hvl0b vlc10 hpm

VSM -HITS Tópicos 501-550

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0cobertura

prec

isão

hvl0a hvl0b vlc10 hpl

Page 284: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 268 -

VSM-TM

Figura D.24: Resultados mais significativos das combinações externas dos sistemas VSM-TM.

VSM-TM Tópicos 451-500

00,05

0,10,15

0,20,25

0,30,35

0,4

vlc10 hpl hvl0a hvl1a hvFFa hvl0b hvF0b hvFFb0

500

1000

1500

2000

2500

ND

R

avgP optF R-PP@5 P@10 P@20P@100 P@200 NDR

VSM-TM Tópicos 501-550

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0,35

vlc10 t220 vtl1a vtl0a vtm1a vtl0b vtl1b vtFFb0

200

400

600

800

1000

1200

1400

ND

R

avgP optF R-PP@5 P@10 P@20P@100 P@200 NDR

VSM-TM Tópicos 451-500

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0cobertura

prec

isão

vtl1a vtl0b vlc10 t221

VSM -TM Tópicos 501-550

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0cobertura

prec

isão

vtl0a vtl0b vlc10 t110

Page 285: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 269 -

HITS-TM

Figura D.25: Resultados mais significativos das combinações externas dos sistemas HITS-TM.

HITS-TM Tópicos 451-500

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

hpm t220 htm0a htm1a htF0a htm0b htm1b htF0b0

200

400

600

800

1000

1200

ND

R

avgP optF R-PP@5 P@10 P@20P@100 P@200 NDR

HITS-TM Tópicos 501-550

00.020.040.060.08

0.10.120.140.160.18

0.2

hpl tm110 htl0a htl1a htm0a htm0b htF0b htl0b1100

1200

1300

1400

ND

R

avgP optF R-PP@5 P@10 P@20P@100 P@200 NDR

HITS-TM Tópicos 451-500

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0cobertura

prec

isão

htm0a htm0b hpm t221

HITS-TM Tó p ico s 50 1 -55 0

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0co b e r tu ra

prec

isão

htl0a htm0b hpl t110

Page 286: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 270 -

VSM-HITS-TM

Figura D.26: Resultados mais significativos das combinações externas dos sistemas VSM-HITS-TM.

D.7 Combinação de Sistemas de Topo Objectivo: Explorar o comportamento das diferentes fórmulas de combinação.

As fórmulas testadas encontram-se Tabela D.14 e foi usada a seguinte nomenclatura para identificar a fórmula:

VSM-HITS-TM Tópicos 451-500

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

0.35

vlc10 hpm t220 hvtl1a hvtl0a hvtm1a hvtl0b hvtl1b hvtFFb600

700

800

900

1000

1100

1200

1300

ND

R

avgP optF R-PP@5 P@10 P@20P@100 P@200 NDR

VSM-HITS-TM Tópicos 501-550

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

hvtl1 hvtl0 hvtm1 hvtm0 hvtF0 hvtF1 hvtFF hvtp0 hvtp11400

1450

1500

1550

1600

1650

1700

1750

ND

R

avgP optF R-PP@5 P@10 P@20P@100 P@200 NDR

V S M -H IT S -T M T ó p icos 451-500

0

0.1

0 .2

0 .3

0 .4

0 .5

0 .6

0 .7

0 .0 0 .2 0 .4 0 .6 0 .8 1 .0c obertu ra

prec

isão

h v tl1a hv tl0b v lc 10hpm t220

Page 287: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 271 -

Tabela D.14: Nomenclatura das 12 Fórmulas usadas.

Figura D.27:Resultados dos sistemas de topo combinados para os tópicos 451-500.

v lc 1 0 v lc 0 0 v m c 1 0 v m c 0 0 v p c 0 0 v p c 1 0 v *c *0

h p l h p m h p p h p *

t1 1 0 t2 1 0 t3 1 0 t1 0 0 t2 0 0 t3 0 0 t**0

S is te m a s u sa d o s

VSM

F2 (vlc00 e vlc10 combinados)F (v*c*0 combinados-1º * é a pergunta (l,m,p) e o 2º é o uso de frases (0,1))

HitsF todos os sistemas combinados

TMF2 t100 e t110 combinadosF3 t100, t110, t200 e t210 combinadosF4 t110, t210 e t210 combinados

ultimo parâmetro é a retroacção 0- s/ uso

v$pergunta (l,mp)$frase(0,1)

h$comprimento endereço (l,p)$pergunta(l,m,p)$frase(0,1)

t$#categoria(1,2,3)$frase(0,1)

sem st st1 st2 olpboost

Fórmula 0 1 2 3WRS B B0

OWRS C C0 C1 C2 C3

ROWRS-sf D D0 D1 D2 D3ROWRS-P E E0

ROWRS-F F F0

Tópicos 451-500

00.050.1

0.150.2

0.250.3

0.350.4

Fhpl1

F2d3

F2hp

l1t31

d1

F2hp

l1t31

d3 vlc10

F2hp

l1t31

d0

F2hp

l1t31

c0

Fhpl1

t31c1

Fhpl1

t31c2

Fhpl1

t31c4

vl1hp

l1c31

f0

F2hp

l1t21

b

vl1hp

l1t31f0

900

1000

1100

1200

1300

ND

R

avgP optF R-PP@5 P@10 P@20P@100 P@200 NDR

Page 288: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 272 -

Figura D.28:Resultados dos sistemas de topo combinados para os tópicos 501-550.

Sistema de topo ROWRS Tópicos 501-550

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0Cobertura

Prec

isão

F2hpl1t11c0 F2hpl1t11c1 F2hpl1t11c2

Fhpl1t11c3 vlc10

Figura D.29: Curva de precisão cobertura para os sistemas de topo combinados para os tópicos 501-550, usando a Fórmula OWRS.

T ó p ico s 501 -550

00 .05

0 .10 .15

0 .20 .25

0 .30 .35

0 .4

F2Ft11d3

F2Ft11d1

F2Fc11d2

vlc10

F2hpl1t11c0

F2hpl1t11c1

F2hpl1t11c2

Fhpl1t11c4

F2hpl1t11d0

F2hpl1t31b

vl0hpl1t11e0

vl1hpl1t11f0

1400

1600

1800

2000

ND

R

avgP optF R -PP @ 5 P @ 10 P @ 20P @ 100 P @ 200 N D R

S i ste m a s T o p o

T ó p i c o s 5 0 1 -5 5 0

0

0 .1

0 .2

0 .3

0 .4

0 .5

0 .6

0 .0 0 .2 0 .4 0 .6 0 .8 1 .0c o b e r t u r a

prec

isão

F 2 h p l1 t3 1 b F 2 h p l1 t1 1 c 0 F 2 h p l1 t1 1 c 1 F 2 h p l1 t1 1 c 2F h p l1 t1 1 c 3 F 2 h p l1 t1 1 d 0 F 2 F t1 1 d 1 F 2 F t1 1 d 2F 2 F t1 1 d 3 v l0 h p l1 t1 1 e 0 v l1 h p l1 t1 1 f 0 v lc 1 0

Page 289: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 273 -

Figura D.30: Curva de precisão/cobertura para os sistemas de topo combinados para os tópicos 501-550, usando a Fórmula ROWRS.

Figura D.31: Curva de precisão cobertura para os sistemas de topo combinados para os tópicos. 501-550, usando as Fórmulas ROWRS-sf/F/P.

Figura D.32: Distribuição de documentos relevantes para os tópicos 501-550.

Sistemas Topo Tópicos 501-550

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0cobertura

prec

isão

F2hpl1t11c0 F2hpl1t11c1 F2hpl1t11c2Fhpl1t11c3 vlc10

Sistem a T opo RO W RS (501-550)

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0cobertura

prec

isão

F2hpl1t11d0 vl0hpl1t11e0vl1hpl1t11f0 vlc10

0

1 0

2 0

3 0

4 0

5 0

0 2 0 0 4 0 0 6 0 0 8 0 0 1 0 0 0

O r d e m D o c u m e n to

ND

R

v p c0 0v lc1 0

Page 290: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 274 -

Apêndice E - Análise do grupo de perguntas

A análise dos resultados da pesquisa até agora feita é baseada nas médias das medidas sobre todas as perguntas, facto que pode mascarar o efeito da variação dos tópicos. Apesar de os tópicos serem originados a partir de perguntas aleatórias feitas a motores de pesquisa na Web, são conhecidos resultados de experiências da TREC que mostram uma grande variância entre os tópicos. Este facto que sugere uma heterogeneidade dos tópicos da colecção WT10g. Verifica-se também diferença de resultados entre grupos de tópicos (i.e. sistemas de topo HITS e TM, variações entre tópicos 451-500 e 501-550). Pelo menos existe uma grande variação no número de documentos relevantes por tópico (Figura E.1).

Figura E.1: Número de documentos relevantes conhecidos por tópicos 451-550.

A análise dos resultados em função do grupo de perguntas foi dividida em quatro tipos de acordo com a Figura E.2.

0

100

200

300

400

500

600

451 460 469 478 487 496 505 514 523 532 541 550

Tópicos

ND

R

A ná lis e P e rgunta

N º Tota l D oc . R e le v a nte (F igura E .3 a E .6 ) (1 )

M e lhor M é todo (F igura s E .7 a E .9 ) (2 )

R e s u lta dos da P re c is ã o (F igura s E .1 0 a E .1 2 ) (3 )

N a ture za da s P e rgunta s (F igura s E .1 3 a E .1 5 ) (4 )

Page 291: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 275 -

Figura E.2: Divisão de resultados feita no apêndice E.

(1) - Para averiguar se a média do desempenho das avaliações sobre todas as perguntas apresenta padrões significativos para um certo tipo de tópicos, os resultados da pesquisa foram avaliados em quatro tipos de grupos de perguntas:

− Perguntas para as quais o nº de documentos relevantes conhecido (NTDR) é inferior a 10.

− Perguntas com NTDR entre 10 e 50.

− Perguntas com NTDR entre 50 e 100.

− Perguntas com NTDR superior a 100.

(1) - O resultado destes grupos de perguntas baseados no número total de documentos relevantes conhecidos é mostrado nas Figuras E.3 a E.6, as quais não mostram nenhuma evidência da relação entre o número total de documentos e o desempenho da pesquisa, mostrando contudo que a combinação do sistema de topo aumenta o desempenho quando o melhor sistema simples não é o vlc10.

(2) - Resultados médios das perguntas agrupados pelo melhor processo, são mostrados nas Figuras E.7 a E.9. Outro aspecto que pode ser observado nas Figuras E.7 a E.9, é que os resultados dos processos VSM internos ultrapassam a base dos resultados VSM quando o melhor resultado é conseguido pelo sistema TM.

(3) - As Figuras E.10 a E.12, mostram os resultados por grupos de perguntas baseados na sua dificuldade medidos pela precisão média do melhor resultado Estas Figuras, reconfirmam a hipótese da importância do conjunto de documentos semente para os sistemas HITS. Os primeiros resultados HITS começam com um pequeno número de documentos relevantes no conjunto raiz, que produzem resultados pobres para as fórmulas de combinação WRS. Nos resultados seguintes, os conjuntos semente são melhores, originando melhores resultados.

(4) - Figuras E.13 a E.15, mostram os resultados por grupos de perguntas baseados na sua especificidade que é determinada manualmente pelo autor. A distinção entre perguntas directas e específicas é feita para diferenciar aquelas perguntas que tipicamente são directas (i.e. “how are the five main types of clouds formed?”) das perguntas que procuram uma pergunta específica (i.e. “when did Jackie Robinson appear at his first game?”). A análise da natureza das perguntas, Figuras E.13 a E.15, sugere que as perguntas vagas são as mais benéficas devido à probabilidade superior de o conjunto solução ser mais diversificado. Uma vez mais a investigação da sobreposição em relação aos tipos de perguntas será considerada para trabalhos futuros.

Nas Figuras E.3 a E.15 estão os três sistemas de topo bem como os resultados de topo

Page 292: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 276 -

de:

− Combinações internas, de cada processo de pesquisa.

− Combinações externos.

− Resultados da combinação dos sistemas de topo.

De uma forma geral parece que não há surpresas não havendo resultados que não estejam cobertos pela média dos grupos de perguntas. Um ponto comum é o desempenho superior das combinações internas dos sistemas HITS, o que sugere o potencial deste processo, dominando qualquer efeito de variância de tópico. Outro padrão existente é o desempenho superior da combinação HITS-TM com a fórmula SM sobre os resultados base.

Apesar de não ser definitivo verifica-se alguma tendência para a combinação trazer mais documentos relevantes ao nível da precisão média. Este padrão se se provar ser um fenómeno verdadeiro, pode afectar a sobreposição de documentos relevantes pesquisados em ordens baixas, sugerindo que a combinação pode beneficiar da optimização dos processos individuais fazendo com que os documentos relevantes sejam pesquisados a ordens superiores. Parece também que o melhor sistema combinado que varia com o grupo de perguntas, o que sugere que a combinação com um conjunto fixo de parâmetros não seja a melhor abordagem, a menos que os sistemas de topo possam lidar com vários tipos de perguntas.

Tendo em conta os resultados das Figuras E.3 a E.9, pode generalizar-se afirmando que há uma tendência de as combinações beneficiarem da não existência de uma componente dominante na combinação. Alguns indicadores são fracos e a sua análise vai para além dos objectivos da dissertação, a investigação do comportamento dos sistemas de topo observados nas Figuras E.3 a E.9 será considerado para investigação futura.

Page 293: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 277 -

Figura E.3: Resultados médios das perguntas agrupados pelo número total de documentos relevantes (NTDR) inferiores a 10.

Figura E.4: Resultados médios das perguntas agrupados pelo número total de documentos relevantes (NTDR) entre 10 e 50.

Figura E.5: Resultados médios das perguntas agrupados número total de documentos relevantes (NTDR) entre 50 e 100.

NTDR<10

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

vmc1

0

vl21

vl20

vF20

a

vF21

b

hpm

hpp

hpl

hpFa hFb

t110

t100

t111

tFF0

0a

tF2F

b

hvl2

a

hvF1

b

vtl2

a

vtm

2b

htm

2a

htm

1b

hvtl2

a

hvtm

2b

Fhpl

1F2d

3

avgP

0

10

20

30

40

50

60

70

ND

R

avgP NDR

1 0 < = N T D R < = 5 0

0

0 .0 2

0 .0 4

0 .0 6

0 .0 8

0 .1

0 .1 2

0 .1 4

0 .1 6

vmc10

v l20vF21 b

hpphpFa

t110t111

tF2Fb

hvF1 b

v tm2b

htm1 b

hvtm2b

avgP

0

1 0 0

2 0 0

3 0 0

4 0 0

5 0 0

6 0 0

7 0 0

8 0 0

9 0 0

1 0 0 0

ND

R

a v g P N D R

50<=NTDR<=100

0

0.02

0.04

0.06

0.08

0.1

0.12

0.14

vmc10

vl20vF

21bhp

php

Fat110 t11

1tF

2Fb

hvF1

b

vtm2b

htm1b

hvtm

2b

avgP

01002003004005006007008009001000

ND

R

av gP NDR

Page 294: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 278 -

Figura E.6: Resultados médios das perguntas agrupados pelo número total de documentos relevantes (NTDR) superiores a 100.

Tabela E.1: Lista das perguntas em função dos grupos de documentos relevantes estabelecidos.

Figura E.7: Resultados médios das perguntas agrupados pelo melhor processo=VSM.

NTDR>100

0

500

1000

1500

2000

2500

vmc1

0vm

c10

vmc0

0vF

10a

vF10

b

hpm

hpl1

0hp

p10

hpFa

hpFb

t110

t100

t100

tFF1

0at1

cF1b

hvF1

ahv

F1b

vtl1

avt

l1b

ht1a

ht1b

hvtl1

a

hvtl1

b

avgP

0

400

800

1200

1600

ND

R

NDR avgP

Perguntas com NTDR<10:

461 466 471 473 477 482 485 486 497 498 499 506 522 528 534 538 548 Perguntas com 10<= NTDR <50:

451 455 456 458 459 462 464 465 468 469 470 472 475 480 481 483 484 487 488 489 491 492 493 496 503 504 505 507 508 510 512 515 516 520 524 525 526 529

531 532 535 536 537 539 540 542 543 545 546

Perguntas com 50<= NTDR <100: 457 460 463 467 474 476 478 479 490 500 501 502 513 514 517 518 521 523 527 533 550

Perguntas com NTDR >=100: 452 453 454 494 495 509 511 519 530 541 544 547 549

VSM

0

0.05

0.1

0.15

0.2

vlc10

vlc11

vlcF1b hp

lhp

Fat22

0t21

1

t2cF1

bhv

l1b vtl1b

htm2b

hvtl1

b

AvgP

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

ND

R

avgP NDR

Page 295: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 279 -

Figura E.8: Resultados médios das perguntas agrupados pelo melhor processo HITS.

Figura E.9: Resultados médios das perguntas agrupados pelo melhor processo TM.

451 453 455 456 459 460 461 462 464 465 466 467 468 471 472 474 473 475 476 477 478 479 481 482 485 486 487 488 489 490 491 492 493 494 495 498 499 500 500 501 503 504 507 508 509 510 511 513 514 516 517 518 519 520 522 523 524 525 527 528 530 531 532 533

534 535 536 537 538 539 540 542 543 544 546 548 549 550

Perguntas cujo melhor método é VSM:

469 473 526Perguntas cujo melhor método é TM:

Perguntas cujo melhor método é Hits:

452 454 457 458 463 470 480 483 484 496 497 505 506 510 515 521 529 541 545 547 Tabela E.2: Lista das perguntas em função dos sistemas que obtiveram melhor desempenho.

HITS

0

0.01

0.02

0.03

0.04

0.05

0.06

0.07

0.08

0.09

vpd1

0vp

d01

vpdF

1b

hpmc1

0

hFmc1

0at12

0t12

0

t1bhF

1bhv

p1b

vtl1b

htF1b

hvtl1

b

AvgP

0

10

20

30

40

50

60

70

ND

R

avgP NDR

TM

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

vmc1

0

vmc1

0vF

20b

hp10

hpFa

t100

t100

t1cF1

bhv

FFb

vtF1b

htm1b

hvtF1

b

AvgP

300

400

500

600

700

800

900

1000

ND

R

avgP NDR

Page 296: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 280 -

Figura E.10: Resultados médios das perguntas agrupados pela precisão média inferior a 0.1.

0.1<a vgP<0.2

0

0.02

0.04

0.06

0.08

0.1

0.12

vlc00

vlch00

vlc0Fb hp

lhpF

a

t1bh1

0t31

0

t1FF1b

hvl1b vtl

1bhtm

1b

hvtl1

b

avgP

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

ND

R

avgP NDR

Figura E.11: Resultados médios das perguntas agrupados pela precisão média entre 0.1 e 0.2.

Figura E.12: Resultados médios das perguntas agrupados pela precisão mediam, superior a 0,2.

avgP<0.1

0

0.01

0.02

0.03

0.04

0.05

vlc00

vlch00

vlc0Fb hp

lhp

Fat13

0t31

0

t1FF1b

hvl1b vtl

1bhtm

1bhv

tl1b

avgP

0

100

200

300

400

500

ND

R

avgP NDR

a vgP>0.2

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

0.35

vlc00

vlch00

vlc0Fb hp

lhpF

a

t1bh10

t310

t1FF1bhvl1

bvtl1

bhtm

1b

hvtl1b

avgP

020040060080010001200140016001800

ND

R

av gP NDR

Page 297: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 281 -

Figura E.13:Resultados da média sobre perguntas agrupados pela especificidade das perguntas (Perguntas vagas).

Figura E.14: Resultados da média sobre perguntas agrupados pela especificidade das perguntas (Perguntas restritas).

Perguntas Vagas

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

vmc1

0vm

c11

vF20

bhp

s20

hpFa

t120

t111

t1cF1

bhv

F1b

vtFFb

htm1b

hvtFF

b

avgP

0

100

200

300

400

500

600

700

800

ND

R

avgP NDR

Perguntas Restritas

0

0.05

0.1

0.15

vmc1

0vm

c11

vF20

bhp

s20 hpFa t12

0t11

1

t1cF1

bhv

F1b

vtFFb

htm1b

hvtFF

b

avgP

0

200

400

600

800

1000

1200

ND

R

avgP NDR

Page 298: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 282 -

Figura E.15: Resultados da média sobre perguntas agrupados pela especificidade das perguntas (Perguntas especificas).

Tabela E.3: Lista das perguntas em função da natureza.

Perguntas Especificas 455 459 464 471 472 475 477 478 479 481 482 484 485 486 487 490 493 497 498 501 504 508 509 510 511 515 516

517 519 520 521 522 524 525 526 528 530 531 533 534 536 537 539 540 541 542 547 548 549 550

Perguntas Restritas452 453 456 457 458 460 461 462 465 468 470 474 476 480 488 489 491 499 500 503 506 507 513 514 518 523 535

543 544 545 546

451 454 463 466 467 469 483 492 494 495 496 500 505 510 527 529 532 538Perguntas Vagas

Perguntas especificas

0

0.05

0.1

0.15

0.2

vlc10

vlc00

vlc1F

bhp

mhp

Fa t120

t111

t1cF1

bhv

l1b vtl1b

htm1b

hvtl1

b

avgP

0

300

600

900

1200

1500

1800

ND

R

avgP NDR

Page 299: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 283 -

Tabela E.4: Três melhores sistemas por cada tópico (Tópicos 451-500).

Tópicos sistema avgP NDR sistema avgP NDR sistema avgP NDR

451 vmc10 0.5363 15 vmc00 0.5363 15 vmc01 0.5264 15452 t310 0.1297 134 t320 0.1297 134 t311 0.1249 131453 vlc00 0.3828 81 vlc10 0.3828 81 vlc01 0.3621 79454 t210 0.2576 111 t220 0.2576 111 t310 0.2575 111455 vd01 0.2569 10 vd11 0.2568 10 vd00 0.2354 10456 vlc00 0.0155 4 vlc10 0.0155 4 hpp 0.0079 1457 t230 0.1474 44 t240 0.1473 44 t241 0.1458 45458 t321 0.2121 25 t340 0.212 25 t330 0.212 25459 vlc10 0.188 33 vlc00 0.1817 36 vld10 0.1814 32460 vlc11 0.1079 51 vlc01 0.107 51 vld11 0.1021 54461 vpc10 0.6064 4 vpc11 0.6063 4 vmc11 0.6057 4462 vpc10 0.1852 10 t330 0.1844 13 t340 0.1842 13463 t110 0.2751 87 t120 0.2751 87 vpc10 0.2708 87464 vlc00 0.0267 5 vlc10 0.0267 5 vmc01 0.0205 5465 vld10 0.5106 30 vld00 0.5076 31 vlc10 0.5069 30466 vlc00 0.8333 2 vlc10 0.8333 2 vlc01 0.75 2467 vlc00 0.1862 39 vlc01 0.1848 41 vlc10 0.1807 40468 vlc00 0.0145 16 vlc11 0.0136 17 vlc10 0.0135 16469 hpm 0.0534 4 vlc01 0.0428 10 vlc11 0.0427 10470 t140 0.0643 15 vpd00 0.0643 15 vpd10 0.0643 15471 vlc10 0.0606 6 vlc11 0.047 4 vmc11 0.0416 6472 vlc00 0.052 14 vmc00 0.0496 11 vmc01 0.0493 10473 N/A 0 0 N/A 0 0 N/A 0 0474 vlc01 0.0078 12 vlc10 0.0074 13 vlc00 0.0071 16475 vmd00 0.1336 21 vmd10 0.1336 21 vmd01 0.1241 20476 vmc10 0.1326 51 vmc00 0.1326 51 vmc11 0.1292 51477 vlt11 0.5035 2 vld01 0.261 2 vld11 0.261 2478 vlc11 0.1106 39 vlc01 0.1106 39 vlc00 0.1062 39479 vlc11 0.1124 56 vmc10 0.1113 55 vmc00 0.1113 55480 t311 0.0268 2 t321 0.0268 2 t211 0.0265 2481 vlc10 0.1755 24 vlc11 0.1689 24 vmc10 0.1628 24482 vld00 0.0424 5 vld10 0.0424 5 vld01 0.0423 5483 t220 0.432 13 t210 0.432 13 t211 0.4293 13484 t310 0.2812 13 t320 0.2812 13 t321 0.2735 12485 vlc01 0.4167 2 vlc11 0.4167 2 vlc00 0.2262 2486 vmc01 0.8611 4 vmc11 0.8611 4 vpc11 0.8409 4487 vld10 0.5321 14 vld00 0.5303 14 vld01 0.519 14488 vld10 0.0752 20 vlc00 0.0693 20 vld00 0.0652 19489 vmc01 0.0882 11 vmd10 0.0871 11 vmd11 0.085 11490 vlc00 0.0877 39 vlc01 0.0838 38 vmc00 0.0746 38491 vmd00 0.0976 4 vmd10 0.0976 4 vmd11 0.0969 4492 vlc10 0.295 29 vlc00 0.2878 31 vld10 0.2872 27493 vlc10 0.5632 41 vlc11 0.5363 38 vmc10 0.4504 37494 vmc11 0.2467 130 vmc01 0.2467 130 vmc10 0.2421 128495 vmc10 0.0253 98 vmc00 0.0253 98 vmc11 0.0241 98496 t130 0.3097 15 t140 0.3097 15 t141 0.3094 15497 t210 0.1575 9 t220 0.1575 9 t120 0.1574 9498 vmc11 0.1108 4 vmc10 0.087 4 vpc10 0.0862 4499 vph11 0.1667 1 vph00 0.1667 1 vd01 0.1667 1500 vld00 0.1528 48 vld10 0.1528 48 vld01 0.1406 47

Page 300: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

Apêndices - 284 -

Tabela E.5: Três melhores sistemas por cada tópico (Tópicos 501-550).

Tópicos sistema avgP NDR sistema avgP NDR sistema avgP NDR501 vlc10 0.1089 43 vlc00 0.086 42 vlc11 0.0827 36502 vlc01 0.2591 64 vlc11 0.2559 64 vlc00 0.247 62503 vld00 0.0692 13 vld10 0.0692 13 vpd01 0.0651 12504 vmc10 0.2449 14 vmc00 0.2449 14 vlc00 0.2429 13505 t210 0.2223 17 t220 0.2223 17 t310 0.222 17506 t131 0.1331 2 t141 0.1331 2 t130 0.1328 2507 vld00 0.1243 10 vld10 0.1243 10 vld01 0.1239 10508 vmc11 0.1497 42 vmc10 0.148 41 vpc10 0.1468 41509 vmc00 0.1365 57 vmc10 0.1365 57 vmc01 0.1322 58510 t120 0.3716 22 t110 0.3716 22 t111 0.3635 22511 vlc01 0.1914 105 vmc01 0.1905 93 vmc10 0.1903 91512 vlc11 0.3354 12 vlc01 0.325 12 vlc10 0.3219 12513 vlc00 0.2723 36 vlc01 0.2682 37 vld01 0.2429 36514 vlc10 0.271 68 vlc00 0.22 65 vld10 0.2108 66515 t220 0.0678 17 t210 0.0678 17 t211 0.0678 17516 vlc10 0.1288 27 vld00 0.1192 26 vph11 0.1063 13517 vld00 0.1065 20 vld01 0.1051 20 vld10 0.1035 20518 vld10 0.0643 45 vlc10 0.0617 42 vld00 0.061 43519 vlc00 0.1393 84 vmc00 0.1351 82 vmc10 0.1351 82520 vlc00 0.076 11 vlc10 0.076 11 vld00 0.0671 10521 t120 0.1022 16 t110 0.1022 16 t121 0.0726 15522 vmc01 0.1817 4 vlc00 0.1783 4 vlc01 0.1776 4523 vlc11 0.1757 62 vlc01 0.1744 62 vlc10 0.1672 60524 vlc10 0.2269 28 vlc00 0.2073 29 vld10 0.1897 27525 vmc11 0.1886 25 vmc01 0.1868 25 vmc00 0.186 25526 hpp 0.1414 26 hpp 0.1214 25 vpd10 0.0978 47527 vph10 0.0936 10 vph00 0.0936 10 vph01 0.093 10528 vlc00 0.2657 5 vlc10 0.2657 5 vlc01 0.2641 5529 t330 0.1073 35 t340 0.1073 35 t331 0.1059 35530 vlc11 0.3091 83 vlc01 0.3081 83 vlc00 0.2678 74531 vlc00 0.0292 7 vlc10 0.0292 7 vlc01 0.0289 7532 vmc00 0.1935 24 vmc10 0.1935 24 vmc01 0.1916 23533 vlc10 0.17 35 vlc11 0.1671 34 vmc10 0.1621 31534 vpc11 0.001 3 vpc01 0.001 3 vmc11 0.0009 3535 vlc00 0.0351 17 vlc10 0.0351 17 vlc01 0.0335 17536 vlc10 0.178 13 vlc00 0.178 13 vlc11 0.1769 13537 vlc00 0.1154 21 vlc10 0.1154 21 vlc01 0.1128 21538 vld01 0.537 2 vld10 0.5333 2 vld11 0.5323 2539 vmc10 0.1169 19 vmc00 0.1169 19 vmc01 0.1157 19540 vpd00 0.0993 8 vpd10 0.0993 8 vpd11 0.0986 8541 t120 0.2615 227 t110 0.2612 227 t320 0.251 224542 vlc00 0.0706 25 vlc10 0.0654 25 vld10 0.0622 24543 vlc01 0.0945 24 vld01 0.0922 24 vlc00 0.0869 24544 vlc00 0.4685 250 vlc10 0.4685 250 vlc01 0.452 239545 t310 0.5501 27 t110 0.5501 27 t120 0.5501 27546 vlt11 0.1986 15 vlt01 0.1944 15 vld01 0.1247 22547 t320 0.1749 100 t310 0.1743 100 t120 0.1738 100548 vld10 0.062 2 vld11 0.0533 2 vld00 0.053 2549 vmc10 0.2047 168 vmc11 0.2024 168 vmd10 0.1748 159550 vld01 0.1217 37 vld00 0.1138 30 vld10 0.1091 30

Page 301: Metodologia para a Concepção de Sistemas de Recuperação de

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