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PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR
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AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS
PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR
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AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS
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ndice
Introduo .................................................................................................................................. 8
1. Breve descrio do objecto de avaliao .......................................................................... 10
2. Objectivos, questes-chave de avaliao e metodologia ................................................. 17
3. Resultados da avaliao do Programa QI-PME Norte Formao-Aco ........................ 27
3.1. Operacionalizao e execuo do Programa .................................................................... 28
3.2. Nveis de satisfao globais e desagregados .................................................................... 53
3.3. Aprendizagens efectuadas ................................................................................................ 65
3.4. Transferncia das aprendizagens para as situaes de trabalho ..................................... 76
3.5. Percepo do impacte nas micro e PME .......................................................................... 80
3.6. Factores explicativos dos resultados e sugestes de melhoria do Programa .................. 83
4. Resultados da avaliao do Programa QI-PME Norte Formao para Empresrios ..... 92
4.1. Operacionalizao e execuo do Programa .................................................................... 92
4.2. Nveis de satisfao globais e desagregados .................................................................... 98
4.3. Aprendizagens efectuadas .............................................................................................. 100
4.4. Transferncia das aprendizagens para as situaes de trabalho ................................... 102
4.5. Percepo do impacte nas micro e PME ........................................................................ 103
5. Anlise de Casos ............................................................................................................. 106
6. Concluses e recomendaes......................................................................................... 133
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AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS
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ndice de quadros
Quadro 1 Estrutura sntese do Programa QI-PME Norte Formao-Aco e Formao para
Empresrios ................................................................................................................................. 15
Quadro 2 - Elementos-chave da avaliao do Programa QI-PME Norte Formao-Aco e
Formao para Empresrios ....................................................................................................... 18
Quadro 3 Listagem de EB na Edio 1 e na Edio 2 do Programa QI-PME Formao-Aco
segundo o seu perfil .................................................................................................................... 28
Quadro 4 Listagem de EB na Edio 1 e na Edio 2 do Programa QI-PME Formao-Aco
segundo o concelho de localizao da sede e a rea de abrangncia ........................................ 30
Quadro 5 N. de Empresas seleccionadas, intervencionadas e desistentes na Edio 1 e na
Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco ............................................................................ 36
Quadro 6 N. de Empresas seleccionadas, intervencionadas e com interveno concluda na
Edio 1 e na Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco por EB .......................................... 37
Quadro 7 Tipologia de sectores de actividade das empresas abrangidas na Edio 1 e na
Edio 2 do Programa QI-PME Norte Formao-Aco: previsto e concretizados .................. 38
Quadro 8 N. de empresas destinatrias da Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco por
CAE segundo a Entidade Beneficiria .......................................................................................... 39
Quadro 9 N. de empresas destinatrias da Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco por
CAE segundo a Entidade Beneficiria .......................................................................................... 41
Quadro 10 N. de Empresas intervencionadas e com interveno concluda na Edio 1 e na
Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco por dimenso .................................................... 42
Quadro 11 N. de Empresas com interveno concluda na Edio 1 e na Edio 2 do QI-PME
Norte Formao-Aco por gnero do empresrio/gestores segundo a Entidade Beneficiria
..................................................................................................................................................... 44
Quadro 12 Cronograma de desenvolvimento da Edio 1 e da Edio 2 do QI-PME Norte
Formao-Aco, por Entidade Beneficiria ............................................................................... 46
Quadro 13 Realizao Fsica da Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco por Entidade
Beneficiria .................................................................................................................................. 47
Quadro 14 Realizao Fsica da Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco por Entidade
Beneficiria .................................................................................................................................. 51
Quadro 15 Como avalia o processo de consultoria desenvolvida no mbito da Edio 1 do QI-
PME Norte Formao-Aco, at ao momento, tendo em conta as necessidades da sua
empresa? ..................................................................................................................................... 57
Quadro 16 Como avalia o processo de consultoria desenvolvida no mbito da Edio 2 do QI-
PME Norte Formao-Aco, at ao momento, tendo em conta as necessidades da sua
empresa? ..................................................................................................................................... 58
Quadro 17 - Na sua opinio, qual o nvel de adequabilidade dos seguintes aspectos do
processo de consultoria desenvolvidos no mbito do QI-PME Norte Formao-Aco?........ 59
Quadro 18 - Como avalia o processo de formao profissional desenvolvido no mbito da
Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco, at ao momento, tendo em conta as
necessidades da sua empresa? ................................................................................................... 62
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AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS
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Quadro 19 - Como avalia o processo de formao profissional desenvolvido no mbito da
Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco, at ao momento, tendo em conta as
necessidades da sua empresa? ................................................................................................... 63
Quadro 20 - Opinio dos consultores sobre a consolidao de competncias dos empresrios
devido participao na Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco ................................... 66
Quadro 21 - Opinio dos formadores sobre a consolidao de competncias dos empresrios
devido participao na Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco ................................... 66
Quadro 22 - Opinio dos empresrios sobre o contributo da Edio 1 do QI-PME Norte
Formao-Aco para a consolidao de conhecimentos, capacidade e competncias tcnicas
em Gesto Estratgica ................................................................................................................ 69
Quadro 23 - Opinio dos empresrios sobre o contributo da Edio 2 do QI-PME Norte
Formao-Aco para a consolidao de conhecimentos, capacidade e competncias tcnicas
em Gesto Estratgica ................................................................................................................ 69
Quadro 24 - Opinio dos empresrios sobre o contributo da Edio 1 do QI-PME Norte
Formao-Aco para a consolidao de conhecimentos, capacidade e competncias pessoais
e inter-pessoais ........................................................................................................................... 70
Quadro 25 - Opinio dos empresrios sobre o contributo da Edio 2 do QI-PME Norte
Formao-Aco para a consolidao de conhecimentos, capacidade e competncias pessoais
e inter-pessoais ........................................................................................................................... 70
Quadro 26 - Opinio dos empresrios sobre o contributo da Edio 1 do QI-PME Norte
Formao-Aco para a consolidao de conhecimentos, capacidade e competncias tcnicas
em Gesto Operacional ............................................................................................................... 71
Quadro 27 - Opinio dos empresrios sobre o contributo da Edio 2 do QI-PME Norte
Formao-Aco para a consolidao de conhecimentos, capacidade e competncias tcnicas
em Gesto Operacional ............................................................................................................... 72
Quadro 28 - Opinio dos empresrios sobre a consolidao de competncias dos
colaboradores devido participao na Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco ........... 74
Quadro 29 - Opinio dos empresrios sobre a consolidao de competncias dos
colaboradores devido participao na Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco ........... 74
Quadro 30 - Opinio dos consultores sobre a consolidao de competncias dos colaboradores
devido participao na Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco ................................... 75
Quadro 31 - Opinio dos formadores sobre a consolidao de competncias dos colaboradores
devido participao na Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco ................................... 75
Quadro 32 - Opinio dos consultores e dos formadores sobre a frequncia de aplicao das
competncias adquiridas/consolidadas e dos consultores sobre a frequncia de utilizao dos
produtos de consultoria desenvolvidos no mbito da Edio 1 do QI-PME Norte Formao-
Aco ........................................................................................................................................... 76
Quadro 33 - Opinio dos empresrios sobre a frequncia de aplicao das competncias
adquiridas/consolidadas no mbito da Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco ............. 77
Quadro 34 - Opinio dos empresrios sobre a frequncia de aplicao das competncias
adquiridas/consolidadas no mbito da Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco ............. 77
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AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS
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Quadro 35 - Opinio dos consultores e dos formadores sobre a principal razo para as
competncias adquiridas pelos empresrios da Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco
no terem sido sempre aplicadas ............................................................................................... 78
Quadro 36 - Opinio dos consultores sobre a principal razo para os produtos de consultoria
no terem sido sempre utilizados pelos empresrios da Edio 1 do QI-PME Norte Formao-
Aco ........................................................................................................................................... 78
Quadro 37 - Opinio dos consultores e dos formadores sobre a principal razo para as
competncias adquiridas na Formao-Aco pelos colaboradores no terem sido sempre
aplicadas ...................................................................................................................................... 79
Quadro 38 - Opinio dos empresrios e dos consultores sobre o contributo do QI-PME Norte
Formao-Aco para a inovao / mudana da empresa ......................................................... 81
Quadro 39 - Opinio dos empresrios, dos consultores e dos formadores sobre o contributo do
QI-PME Norte Formao-Aco para a produo de efeitos organizacionais de mdio / longo
prazo ............................................................................................................................................ 81
Quadro 40 - Opinio dos empresrios, consultores e formadores sobre o tipo de influncia do
QI-PME Norte Formao-Aco na competitividade das empresas ........................................ 82
Quadro 41 Opinio dos empresrios, consultores e formadores sobre os factores que mais
influenciaram positiva e negativamente o sucesso do QI-PME Norte Formao-Aco
(sucesso = produo dos efeitos pretendidos de acordo com o PA) .......................................... 88
Quadro 42 Listagem de EB do QI-PME Norte ........................................................................... 92
Quadro 43 N. de empresrios aprovados, desistentes e que concluram o QI-PME Norte
Formao para Empresrios ....................................................................................................... 94
Quadro 44 N. de empresrios abrangidos pelo QI-PME Norte Formao para Empresrios
segundo o sector de actividade .................................................................................................. 95
Quadro 45 N. de empresrios abrangidos pelo QI-PME Norte Formao para Empresrios
por dimenso .............................................................................................................................. 96
Quadro 46 N. de empresrios do QI-PME Norte Formao para Empresrios por gnero
segundo a Entidade Beneficiria ................................................................................................. 96
Quadro 47 Como avalia o processo de formao desenvolvido no mbito da Formao para
Empresrios, tendo em conta as competncias que necessitava de reforar e desenvolver? .. 99
Quadro 48 Como avalia o processo de aconselhamento desenvolvido no mbito da Formao
para Empresrios, tendo em conta as competncias que necessitava de reforar e
desenvolver? ............................................................................................................................. 100
Quadro 49 Em que medida que a Formao para Empresrios contribuiu para consolidar os
seus conhecimentos, capacidades e competncias tcnicas que necessitava mobilizar para
gerir a sua empresa? ................................................................................................................. 102
Quadro 50 No desenvolvimento da funo de gesto/direco da empresa, diga com que
frequncia que os conhecimentos adquiridos no mbito Formao para Empresrios so
aplicados? .................................................................................................................................. 103
Quadro 51 Na sua opinio, qual o contributo da Formao para Empresrios para a inovao
/ mudana da empresa nos seguintes domnios? ..................................................................... 103
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Quadro 52 Na sua opinio, qual o contributo da Formao para Empresrios para os
seguintes domnios? .................................................................................................................. 104
ndice de grficos e figuras
Grfico 1 - Nvel de satisfao do empresrio com o QI-PME Norte Formao-Aco tendo
em conta as necessidades da empresa - Opinio dos empresrios ............................................ 53
Grfico 2 - Nvel de adequabilidade das metodologias de consultoria do QI-PME Norte
Formao-Aco para alcanar os objectivos pretendidos - Opinio dos Consultores .............. 54
Grfico 3 - Nvel de adequabilidade da interveno programada em matria de formao
profissional no QI-PME Norte Formao-Aco para alcanar os objectivos pretendidos -
Opinio dos formadores.............................................................................................................. 60
Figura 1 Domnios expectveis de produo de efeitos do Programa QI-PME Norte
Formao-Aco e Formao para Empresrios ......................................................................... 17
Figura 2 - Matriz de seleco de Entidades Destinatrias........................................................... 24
Figura 3 rea de Abrangncia e localizao das empresas da Edio 1 do QI-PME Norte
Formao-Aco .......................................................................................................................... 31
Figura 4 rea de Abrangncia e localizao das empresas da Edio 2 do QI-PME Norte
Formao-Aco .......................................................................................................................... 32
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INTRODUO
O presente documento constitui o Relatrio Final do Estudo de Avaliao da Formao do
Programa QI-PME Norte Formao-Aco e Formao para Empresrios elaborado pelo
consrcio constitudo pela QUATERNAIRE Portugal, Consultoria para o Desenvolvimento SA e
pelo IESE Instituto de Estudos Sociais e Econmicos.
O objecto do trabalho, adjudicado pela AIMinho Associao empresarial ao referido
consrcio, em Novembro de 2008, focalizava-se na avaliao da Edio 1 e da Edio 2 do
Programa QI-PME Norte Qualidade e Inovao, ou seja, do programa de formao-aco
para micro e PME no mbito da Tipologia de Interveno 3.1.1 do Eixo 3 do POPH gerido pela
AIMinho. O convite para apresentao de proposta de servios de Avaliao da Iniciativa
Formao para Empresrios, realizado em Outubro de 2010, conduziu apresentao por
parte do consrcio de uma proposta de servios e, consequentemente, a uma adenda ao
contrato celebrado que estendeu o objecto do estudo, passando este a integrar para alm da
tipologia de formao j mencionada, a Formao para Empresrios.
O presente relatrio assenta na explorao do manancial de informao primria e secundria
recolhida ao longo de quase trs anos de trabalho. Trata-se de informao de diversa ordem
obtida atravs de processos de inquirio que permitiram recensear as percepes dos
destinatrios finais e dos actores intervenientes (formadores e consultores), cruzados com as
entrevistas individuais equipa de gesto do Programa QI-PME Norte, bem como com os
painis de discusso realizados com as Entidades Beneficirias (EB) e os Estudos de Caso,
permitiram sistematizar um conjunto de informao que se juntou aos dados estatsticos e
documentais disponibilizados pela AIMinho e pelas prprias EB.
Na verdade, todos os exerccios de auscultao dos actores visaram verificar em que medida
os objectivos pr-estabelecidos estavam a ser cumpridos e os efeitos esperados a ser
alcanados tal como estipulava o caderno de encargos do presente trabalho. Assim sendo, o
foco da avaliao situa-se, claramente, na apreciao das realizaes e dos resultados das
intervenes. Alguns elementos de anlise referentes ao modelo e qualidade da interveno
e a outras dimenses externas interveno foram considerados na anlise pela equipa de
avaliao com o objectivo de encontrar as variveis explicativas das realizaes e resultados
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alcanados e no de realizar um exerccio exaustivo de anlise dessas dimenses, como se
poder constatar no Captulo 2.
Os dois captulos seguintes do relatrio centralizam a apresentao dos resultados da
avaliao do QI-PME Norte Formao-Aco (Captulo 3) e do QI-PME Norte Formao para
Empresrios (Capitulo 4) e decorrem do tratamento e anlise da informao primria e
secundria recolhida de modo a dar resposta s questes-chave do presente exerccio de
avaliao. Este captulo tem um primeiro ponto focalizado na caracterizao dos principais
intervenientes na implementao do QI-PME Norte e dos grandes nmeros de execuo.
Seguem-se-lhe quatro pontos referentes aos domnios de efeitos que nos propusemos a
analisar: avaliao da reaco dos participantes (satisfao), avaliao das aprendizagens
efectuadas, avaliao da transferncia das aprendizagens para as situaes de trabalho e, por
fim, a avaliao do impacte nas micro e PME.
No Capitulo 5 so apresentados os casos de algumas empresas e empresrios que
beneficiaram da interveno no mbito do QI-PME Norte Formao-Aco e da Formao para
Empresrios.
O relatrio encerra com os captulos das concluses e recomendaes (Captulo 6).
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1. BREVE DESCRIO DO OBJECTO DE AVALIAO
A ateno conferida s micro e PME assumiu um especial relevo no quadro de orientaes da
Poltica de Coeso da Unio Europeia para o perodo 2007-2013, revelando que uma grande
parte dos fundos atribudos a esta poltica seria investida nas prioridades da estratgia de
Lisboa, a saber: a economia do conhecimento, a investigao, o desenvolvimento e a inovao,
o capital humano e o desenvolvimento das empresas.
Tendo em conta o caso particular de Portugal, esta nfase torna-se mais evidente face ao
conjunto de situaes que caracterizam a situao portuguesa no mbito do QREN,
particularmente na componente de desafios para a Coeso e Competitividade, onde se
evidenciam dois elementos estruturais:
(i) a generalidade da actividade empreendedora em Portugal caracteriza-se por uma densidade
de microempresas e de PME acima da mdia dos pases desenvolvidos, criadas sobretudo em
sectores de servios de baixo valor acrescentado e que, por norma, registam baixas taxas de
sobrevivncia e nveis de crescimento reduzidos;
(ii) a maioria do sistema empresarial existente no atingiu ainda um estgio que exponha
capacidade suficiente para abordar os mercados internacionais com base em factores de
competitividade dinmicos e sofisticados, apresentando nveis de qualidade inovadora da
generalidade das empresas (existentes e criadas) inferior verificada na maioria dos pases
europeus.
Em consequncia, os potenciais efeitos induzidos da inovao sobre o crescimento econmico
e a competitividade so tambm menores, menos sustentveis e ocorrem mais lentamente.
A este contexto acresceu a actual conjuntura econmica nacional desfavorvel consolidao
das condies de valorizao das micro e PME e da melhoria da sua competitividade nacional
(e internacional), pelo que a utilizao eficiente dos instrumentos de financiamento de
intervenes disponveis assume uma maior relevncia.
Encontra-se em curso um conjunto de intervenes estruturais destinadas ao desenvolvimento
das micro e PME, inscritas na filosofia estratgica do QREN em particular em trs agendas: a
Agenda Operacional para o Potencial Humano (POPH), que congrega o conjunto das
intervenes visando a promoo das qualificaes escolares e profissionais dos portugueses
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onde, se incluem os empresrios a Agenda Operacional para os Factores de Competitividade
e os Programas Operacionais Regionais, que abrange as intervenes que visam estimular a
qualificao do tecido produtivo, por via da inovao, do desenvolvimento tecnolgico e do
estmulo do empreendedorismo, bem como da melhoria das diversas componentes da
envolvente da actividade empresarial.
No quadro destas agendas, a Agenda Operacional para o Potencial Humano, veio dar resposta
s necessidades e objectivos estratgicos traados nomeadamente no Acordo para a Reforma
da Formao Profissional, celebrado em Maro de 2007, onde se definiu como um dos
objectivos estratgicos a elevao dos nveis de qualificao da populao portuguesa
incluindo a elevao da formao dos empresrios, atravs da promoo de uma oferta
formativa mais ajustada s suas necessidades. O documento refere, efectivamente, a
valorizao da modalidade de consultoria / formao enquanto instrumento privilegiado de
formao em micro e PME.
De facto, no passado, a utilizao de metodologias integradas de formao-aco em
contextos empresariais, bem como as de formao-consultoria, tm mostrado evidncias de
eficcia na produo de resultados.
Por simplificao dos conceitos, poderemos dizer que primeiras metodologias (formao-
aco) encontram-se mais prximas de sistema formativos puros em que os momentos de
aco so preconizados pelo empresrio como principal actor produtor das mudanas
efectivas a partir da aplicao das competncias adquiridas nos momentos de formao
terica ou prtica, enquanto as segundas (formao-consultoria), esto mais prximas da
elaborao de solues / produtos para o contexto especfico de cada organizao, a cargo de
um consultor que assume, neste caso, um maior protagonismo como produtor da mudana na
organizao.
Apesar da designao da Tipologia de Interveno 3.1.1 do Eixo 3 do POPH - Programa de
Formao-aco para PME o artigo 4. do regulamento especfico, referente s Aco
elegveis, contempla a integrao destas duas vertentes: formao e consultoria.
A referida Tipologia de Interveno assume como objectivos:
a melhoria dos processos de gesto das micro, pequenas e mdias empresas e o reforo das
competncias dos seus dirigentes, quadros e trabalhadores, com prioridade acrescida para a
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formao dirigida aos que no tenham uma qualificao de nvel secundrio, podendo as
competncias adquiridas no mbito da Formao-Aco ser objecto de processos de RVCC;
a promoo de formao orientada para o apoio ao desenvolvimento organizacional, para a
adopo de modelos de organizao da formao favorveis ao envolvimento na formao dos
activos empregados nas micro, pequenas e mdias empresas com baixas qualificaes e para
processos que conduzam reduo das disparidades entre homens e mulheres em meio
laboral, em particular atravs da sua articulao com CNO;
a promoo do desenvolvimento das micro, pequenas e mdias empresas, atravs do
desenvolvimento de aces que promovam a optimizao de metodologias e processos de
modernizao e inovao ao nvel da gesto, podendo envolver as vrias reas funcionais da
organizao, nomeadamente a produo, o marketing e os recursos humanos.
A metodologia do Programa QI-PME Norte Qualidade e Inovao, na sua vertente Formao-
Aco, combina as sesses de formao temticas destinadas aos empresrios (Gesto
Estratgica, Gesto da Inovao, Gesto Comercial e Marketing e Gesto de Recursos
Humanos) e as aces de formao, inter e intra, para os activos das empresas
intervencionadas, com os momentos individualizados de interveno /aco na empresa1,
realizados no mbito da componente de consultoria. Explicitando, o modelo assenta nos
seguintes aspectos:
A metodologia do Programa QI-PME Norte Formao-Aco, encontra-se estruturada em
trs fases, antecedidas, no entanto, de um momento de arranque que compreende uma
Sesso de Imerso, com o objectivo de garantir a motivao para o Programa, criar esprito de
equipa e clarificar a organizao e planeamento da interveno, destinado aos representantes
de cada empresa.
A Fase I destinada ao desenvolvimento do diagnstico organizacional, contemplando duas
vertentes: Formativa e Consultoria. A vertente formativa consiste na realizao de um
Seminrio de Diagnstico Organizacional, em regime residencial, destinado aos representantes
de cada empresa, com o objectivo de garantir a apropriao dos instrumentos de
Benchmarking, Balano de Competncias Organizacional e agilizar uma dinmica de
articulao com os Centros Novas Oportunidades (CNO). A vertente de consultoria visa
promover a utilizao das ferramentas metodolgicas acima mencionadas - Benchmarking e
1 O QI-pme Norte dirige-se, prioritariamente, para empresas integradas em sectores de bens e servios transaccionveis,
preferencialmente: geradores de maior valor acrescentado, com capacidade de competir no mercado internacional ou
correspondendo a formas inovadoras de servios de elevada procura interna e integrados nas fileiras existentes ou nos cachos
de actividades e clusters motores identificados nas polticas regionais e anlises prospectivas para o Norte de Portugal.
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Balano de Competncias Organizacional com o objectivo de aferir a posio relativa de cada
empresa face concorrncia bem como diagnosticar as competncias colectivas dos seus
recursos humanos.
Com base nos resultados obtidos elaborado o Plano de Aco (PA) ajustado s necessidades
detectadas em cada empresa, onde so definidos os objectivos e as aces de consultoria e de
formao para os colaboradores a implementar durante o perodo da interveno bem como
um primeiro esboo das que apenas o devero ser no curto/mdio prazo que se segue
concluso da interveno.
A Fase II destinada implementao do PA, igualmente constituda por aces de formao
em articulao com aces de consultoria. Na vertente de consultoria so implementadas as
medidas definidas no Plano de Aco, visando-se o objectivo de consolidao das
competncias necessrias utilizao dos produtos de consultoria desenvolvidos, de modo a
permitir a autonomia da empresa na sua utilizao. A formao dos colaboradores dever ser
ajustada s necessidades previamente diagnosticadas, podendo ser Formao Modular
Certificada ou formao medida (que assume a designao de formao para a inovao e
gesto no mbito da estrutura do POPH) e a sua realizao poder ser em formato intra ou
inter-empresarial. Paralelamente, e em estreita articulao com os momentos de interveno
nas empresas, est definido pelo Programa a realizao de Seminrios dirigidos a empresrios
(inter-empresa), com o objectivo de desenvolvimento de conhecimentos e competncias
relativos importncia dos instrumentos de gesto e o incremento da viso estratgica dos
participantes, repartidos pelas seguintes reas: Gesto Estratgica, Gesto da Inovao,
Gesto Comercial e Marketing e Gesto de Recursos Humanos.
Por ltimo, na Fase III efectuada a avaliao da interveno em cada empresa, sendo
necessrio diagnosticar o novo posicionamento da empresa e estabelecer comparaes
relativamente sua situao inicial. Esta fase, na 1. edio do Programa era preconizada pela
repetio do exerccio de Benchmarking, tentando medir o passo concreto que foi dado na
empresa, aps implementao das aces, pelas mesmas metodologias propostas
inicialmente. Na 2. edio do Programa aferindo-se que o Benchmarking Final no
apresentava uma mais-valia para as entidades destinatrias, pois no era possvel trabalhar
com dados actualizados das mesmas (dada a proximidade na realizao dos exerccios de
Benchmarking inicial e final), foi substitudo por uma avaliao global da interveno, com os
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AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS
PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR
GOVERNO DA REPBLICA PORTUGUESA
mesmos objectivos inicialmente definidos, ou seja, verificar mudanas na estrutura, na cultura,
nas qualificaes, na gesto e no posicionamento da empresa.
Ao avaliar o novo posicionamento da empresa possvel reavaliar o Plano de Aco traado
inicialmente e deixar na posse do empresrio um novo Plano de Aco que lhe permita dar
continuidade ao processo de desenvolvimento e de modernizao da sua empresa, numa fase
ps-projecto.
De acordo com o Manual de Procedimentos das Entidades Beneficirias, os objectivos do
Programa assumem contornos muito prximos dos estipulados no Regulamento Especifico da
TI:
melhoria dos processos de gesto das micro, pequenas e mdias empresas e reforo das
competncias dos seus quadros e trabalhadores;
promoo da formao orientada para o apoio ao desenvolvimento organizacional;
promoo do desenvolvimento das micro, pequenas e mdias empresas, atravs do
desenvolvimento de aces que promovam a optimizao de metodologias e processos de
modernizao e inovao ao nvel da gesto.
Em sntese, trata-se de uma interveno que se pretende focada na mudana organizacional a
partir da aquisio de novas e/ou consolidao das competncias do empresrio / gestor e dos
seus colaboradores, bem como do desenvolvimento de solues / produtos que a sustentem.
Em Maio do corrente ano, um despacho (8776/2010, de 24 de Maio) da Sra. Ministra do
Trabalho e da Solidariedade, veio introduzir ajustamentos na regulamentao da Tipologia de
Interveno 3.1.1 do Eixo 3 do POPH destinados a acolher uma das mais recentes medidas de
combate crise econmica e de valorizao do capital humano e empresarial do Pas
introduzindo a medida Formao para Empresrios, regulada na Portaria 183/2010, de 29 de
Maro, que tem como objectivo:
Reforar e desenvolver as competncias dos empresrios de micro e pequenas e mdias
empresas (PME), atravs da realizao de formao e de aconselhamento que respondam s
suas necessidades, visando a melhoria da sua capacidade de gesto e o aumento da
competitividade, modernizao e capacidade de inovao das respectivas empresas.
A nova regulamentao abriu a possibilidade dos OI contemplarem a Iniciativa Formao Para
Empresrios, no mbito da Delegao de Competncias, caso que sucedeu com a AIMinho.
Deste modo, a AIMinho alargou o mbito do programa QI-pme Norte, passando este a integrar
para alm da vertente de Formao-Aco a vertente de Formao para Empresrios.
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AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS
PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR
GOVERNO DA REPBLICA PORTUGUESA
O enfoque da Formao para Empresrios nos empresrios (de micro e pequenas e mdias
empresas at 100 trabalhadores), sendo estes os nicos destinatrios da interveno, pelo que
os efeitos directos esperados da interveno se situam, em primeira instncia, ao nvel dos no
empresrio, sem prejuzo de indirectamente estes se virem a reflectir na empresa. J o QI-PME
Norte Formao-Aco, possui como destinatrios, os empresrios, os colaboradores e as
prprias empresas, o que coloca o enfoque da interveno na empresa, pelos que os efeitos
directos esperados incluem resultados a estes trs nveis.
Na tabela seguinte procura-se sistematizar as principais caractersticas do Programa QI-pme
Norte Formao-Aco e do Programa QI-pme Norte Formao para Empresrios.
Quadro 1 Estrutura sntese do Programa QI-PME Norte Formao-Aco e Formao para Empresrios
Programa QI-PME Norte - Formao-Aco
Programa QI-PME Norte - Formao para Empresrios
Metodologia Formao-aco, com vertente de consultoria organizacional
Formao-aco, com vertente de aconselhamento individual
Destinatrios Formao: empresrios e colaboradores. Consultoria: empresas
Formao: empresrios Aconselhamento: empresrios
Efeitos directos / resultados esperados (curto prazo)
Melhoria das competncias de gesto dos empresrios Melhoria de competncias dos colaboradores Introduo de solues / produtos inovadores e modernizadores capazes de gerar maior eficincia nas empresas
Melhoria das competncias de gesto dos empresrios
Efeitos directos / impactos esperados (mdio prazo)
Aumento da competitividade das empresas
Aumento da capacidade de introduzir solues organizativas e produtos inovadores capazes de promover a eficincia e competitividade das empresas
Efeitos indirectos - Aumento da competitividade das empresas
Temas da formao de empresrios
Gesto estratgica Gesto da inovao Gesto comercial e marketing Gesto de recursos humanos
Liderana e organizao do trabalho Estratgia Instrumentos de apoio gesto
Modalidade de formao de empresrios
Formao especfica
Nvel base Formao especfica FMC
Nvel avanado
Crditos da formao de empresrios
Formao especfica: sem creditao
Nvel base: Formao especfica: sem creditao FMC: creditao da unidade
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AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS
PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR
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modular Nvel avanado: creditao de 6 crditos ECTS
Modalidade de formao de colaboradores
Formao especfica Formao modular certificada
No se aplica
Crditos da formao de colaboradores
Formao especfica: sem creditao FMC: creditao da unidade modular
No se aplica
Durao (meses) No disponvel. 8 meses
Durao (horas) Formao do empresrio: 48 horas (+ 20 horas para seminrio de imerso, diagnstico e encerramento) Formao de colaboradores: 50 horas Consultoria: 170 horas Total: 288 horas
Formao do empresrio: 75 horas Aconselhamento do empresrio: 50 horas Total: 125 horas
Produtos da interveno (documentos)
Diagnstico Organizacional Plano de Aco Avaliao final de interveno
Plano Estratgico de Desenvolvimento
Actores Entidades beneficirias Entidades consultoras externas Consultores individuais externos Consultores individuais internos Entidades formadoras externas Formadores individuais externos Formadores individuais internos
Entidades beneficirias Entidades consultoras externas Consultores individuais externos Consultores individuais internos Entidades formadoras externas Formadores individuais externos Formadores individuais internos Estabelecimentos do ensino superior
Comparticipao financeira dos destinatrios finais
Sem comparticipao Nvel base: pagamento de 250 reembolsveis Nvel avanado: pagamento de 250 no reembolsveis
Fonte: Quaternaire Portugal / IESE a partir: Manual de procedimentos das entidades beneficirias; Portaria
183/2010 de 29 de Maro, Iniciativa Formao para Empresrios do QI-pme Norte.
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AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA
PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR
2. OBJECTIVOS, QUESTES
O contrato celebrado entre a AIMinho e o consrcio Quaternaire Portugal / IESE para
realizao do presente estudo de avaliao, estabeleceu como objectivo fundamental:
A produo de informao que possibilite aos i
Gestor do Programa, verificar em que medida os objectivos pr
cumpridos e os efeitos esperados esto a ser alcanados.
Para tal foram considerados quatro nveis de efeitos
Figura 1 Domnios expectveis de produo de efeitos do Programa QIFormao
Note-se que o nvel 4 dos efeitos esperados assume uma relevncia diferente consoante o
Programa. No caso do QI-PME Norte
o empresrio mas, sobretudo, sobre a empresa esperado que decorram directamente
impactes na mudana organizacional, enquanto que no caso do QI
Empresrios esse ser um impacte indirecto resultado do reforo da capacidade de actuao
do empresrio. Porm, do ponto de vista da avaliao de efeitos neste caso eles centram
dominantemente e de modo mais directo, na qualificao do desempenho do empresrio.
Complementarmente, a equipa de avaliao assumiu a recolha de evidncias explicativas dos
nveis de efeitos obtidos com a execuo do Programa luz nomeadamente, da
(des)adequao do modelo, das condies de suporte operacionalizao do modelo, das
Avaliao do impacte na empresa (mudana organizacional)
Avaliao da tranferncia das aprendizagens para as situaes de trabalho (aplicao
Avaliao da aprendizagens afectuadas (aprendizagem dos indivduos)
Avaliao de reaco dos participantes (satisfao dos indivduos)
ROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA
CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR
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QUESTES-CHAVE DE AVALIAO E METODOLOGIA
O contrato celebrado entre a AIMinho e o consrcio Quaternaire Portugal / IESE para
realizao do presente estudo de avaliao, estabeleceu como objectivo fundamental:
A produo de informao que possibilite aos intervenientes no Projecto, assim como ao
Gestor do Programa, verificar em que medida os objectivos pr-estabelecidos esto a ser
cumpridos e os efeitos esperados esto a ser alcanados.
Para tal foram considerados quatro nveis de efeitos esperados:
Domnios expectveis de produo de efeitos do Programa QIFormao-Aco e Formao para Empresrios
se que o nvel 4 dos efeitos esperados assume uma relevncia diferente consoante o
PME Norte Formao-Aco, dado que o Programa intervm sobre
o empresrio mas, sobretudo, sobre a empresa esperado que decorram directamente
impactes na mudana organizacional, enquanto que no caso do QI-PME Norte
r um impacte indirecto resultado do reforo da capacidade de actuao
do empresrio. Porm, do ponto de vista da avaliao de efeitos neste caso eles centram
dominantemente e de modo mais directo, na qualificao do desempenho do empresrio.
ntarmente, a equipa de avaliao assumiu a recolha de evidncias explicativas dos
nveis de efeitos obtidos com a execuo do Programa luz nomeadamente, da
(des)adequao do modelo, das condies de suporte operacionalizao do modelo, das
Avaliao do impacte na empresa (mudana organizacional)
Avaliao da tranferncia das aprendizagens para as situaes de trabalho (aplicao pelos indivduos)
Avaliao da aprendizagens afectuadas (aprendizagem dos indivduos)
Avaliao de reaco dos participantes (satisfao dos indivduos)
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ORMAO PARA EMPRESRIOS
METODOLOGIA
O contrato celebrado entre a AIMinho e o consrcio Quaternaire Portugal / IESE para
realizao do presente estudo de avaliao, estabeleceu como objectivo fundamental:
ntervenientes no Projecto, assim como ao
estabelecidos esto a ser
Domnios expectveis de produo de efeitos do Programa QI-PME Norte
se que o nvel 4 dos efeitos esperados assume uma relevncia diferente consoante o
, dado que o Programa intervm sobre
o empresrio mas, sobretudo, sobre a empresa esperado que decorram directamente
PME Norte - Formao para
r um impacte indirecto resultado do reforo da capacidade de actuao
do empresrio. Porm, do ponto de vista da avaliao de efeitos neste caso eles centram-se,
dominantemente e de modo mais directo, na qualificao do desempenho do empresrio.
ntarmente, a equipa de avaliao assumiu a recolha de evidncias explicativas dos
nveis de efeitos obtidos com a execuo do Programa luz nomeadamente, da
(des)adequao do modelo, das condies de suporte operacionalizao do modelo, das
Avaliao da tranferncia das aprendizagens para as situaes de trabalho (aplicao
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AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS
PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR
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caractersticas e comportamentos dos actores, das caractersticas e comportamento dos
prprios destinatrios finais e do contexto externo implementao do Programa.
A estas variveis acresceu a relevncia de recolher evidncias relativas a sinergias entre a
Formao-Aco e a Formao para Empresrios conducentes a uma maior eficcia do
Programa QI-PME Norte, sobretudo, a dois nveis:
- a partir da melhoria de condies de operacionalizao, decorrentes da capitalizao da
experincia de trabalho da rede de actores;
- a partir do incremento dos efeitos nos empresrios, decorrentes da consolidao de
competncias por via da participao em dois programas de formao.
O quadro seguinte sistematiza as questes de avaliao e os pontos estratgicos que
nortearam o exerccio de avaliao.
Quadro 2 - Elementos-chave da avaliao do Programa QI-PME Norte Formao-Aco e Formao para Empresrios
QUESTES DE AVALIAO PONTOS ESTRATGICOS
Gesto/execuo Processo/ efeitos
A formao-aco/formao para
empresrios produziu os resultados
esperados?
Que outros resultados no
esperados so possveis identificar?
O modelo da interveno, a forma
como foi operacionalizado, os
nveis e ritmos de execuo, as
caractersticas e comportamentos
dos actores e dos destinatrios
finais revelaram-se adequados ao
cumprimento dos objectivos do
Projecto?
possvel identificar sinergias
entre a Formao-Aco e a
Formao para Empresrios
conducentes a uma maior eficcia
da interveno? Essas sinergias
tm origem na rede de actores
e/ou de destinatrios finais? De
que tipo de sinergias se tratam?
Modelo de interveno Condies de
operacionalizao do modelo de interveno
Nveis e ritmos da execuo Caractersticas e
comportamentos dos actores
Caractersticas e comportamentos dos destinatrios finais
Sinergias entre a Formao-Aco e a Formao para Empresrios
Satisfao com a formao e consultoria/aconselhamento
Articulao entre a formao e a consultoria/aconselhamento
Articulao com CNO/CNQ e com os EES: resultados em termos de continuidade de ALV
Resultados ao nvel dos empresrios (competncias adquiridas e aplicadas no contexto de trabalho; outros)
Resultados ao nvel dos colaboradores (competncias adquiridas e aplicadas no contexto de trabalho; outros)
Impacto esperado nas empresas (motivao para a modernizao e inovao empresarial; alteraes nas condies de competitividade empresarial; outros)
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AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS
PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR
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Para o desenvolvimento do estudo de avaliao recorreu-se utilizao de um conjunto de
instrumentos metodolgicos que permitiram recolher informao de natureza quantitativa e
qualitativa. A metodologia implementada baseia-se, fundamentalmente, na recolha da opinio
e da percepo dos actores e destinatrios envolvidos no Programa relativamente aos
resultados alcanados e impactos esperados e s principais dimenses explicativas dos
mesmos.
Assim, para alm de toda a informao secundria, de carcter documental e estatstico,
disponibilizada pela AIMinho, a equipa produziu informao de natureza primria, utilizando
para tal as seguintes tcnicas:
A. Reunies de lanamento e acompanhamento do estudo com a AIMinho.
Estas reunies visaram: proceder identificao e recolha de informao documental e
estatstica do sistema de informao da AIMinho e do SIIFSE; explorar, analisar e reformular
conjuntamente as condies de viabilidade dos vectores metodolgicos apresentados em sede
de proposta; analisar as condies de viabilidade da realizao de um processo on-line aos
empresrios, consultores e formadores (existncia de bases de endereos electrnicos);
seleccionar os interlocutores que podem ser mobilizados para a realizao do trabalho de
terreno (nomeadamente, nas Entidades Beneficirias - EB); discutir as concluses intercalares.
B. Reunies colectivas com as EB (Agosto, 2009; Fevereiro, 2010; Abril, 2010; Maio,
2011)
As reunies colectivas com as EB procuraram responder necessidade de reflexo da equipa
de avaliao com as EB em torno dos resultados e impactes alcanados e das suas variveis
explicativas.
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C. Inquritos por questionrio
Os inquritos aplicados no mbito da Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco tiveram
como destinatrios os empresrios beneficirios do Programa QI-PME Norte, os consultores e
os formadores. Foram aplicados on-line e lanados dois inquritos por destinatrio em
diferentes momentos do tempo. Aplicou-se um inqurito por indivduo por EB.
Os objectivos centrais do 1. processo de inquirio foram:
i. Caracterizar os actores envolvidos no processo de implementao do Programa QI-PME Norte (formadores e consultores);
ii. Caracterizar as empresas e empresrios destinatrios efectivos do Programa;
iii. Aferir o grau de satisfao dos actores envolvidos no processo de implementao e dos destinatrios finais do Programa;
iv. Sistematizar as principais dificuldades sentidas e acolher as sugestes de melhoria;
v. E, por fim, aferir a percepo dos inquiridos sobre os principais grandes domnios de resultado esperado nas empresas destinatrias, decorrentes da implementao do Programa.
A aplicao do 1. processo de inquirio decorreu entre meados de Dezembro de 2009 e
meados de Fevereiro de 2010, momento em que a grande maioria das empresas envolvida no
Programa QI-PME Norte se encontrava na Fase III do Programa.
No que se refere ao 1. processo de inquirio, os dados referentes s respostas ao
questionrio aos consultores possuem significncia estatstica para um intervalo de
confiana de 95% existe 5% de margem de erro. No caso dos empresrios e dos formadores,
apesar do reforo no processo de inquirio, o nmero de respostas obtidas ligeiramente
inferior ao alcanado para os consultores e remete para uma margem de erro superior a 5% o
que, naturalmente, aconselha uma prudncia acrescida na anlise dos resultados apurados e
na formulao de concluses sobre os mesmos.
Consultores Empresrios Formadores
Universo 293 262 216
Contactos invlidos 11 31 9
Amostra de contactos vlidos 282 231 207
N. de respostas obtidas 177 73 123
Taxa de resposta 62,8 31,6 59,4
Margem de erro - 95% confiana 4,59 9,76 5,76
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AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS
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Os objectivos centrais do 2. processo de inquirio cuja aplicao decorreu entre Outubro e Dezembro de 2010, aps o encerramento das intervenes nas empresas, foram:
i. Identificar o tipo de aprendizagens realizadas pelos empresrios e colaboradores das micro e PME destinatrias do programa;
ii. Compreender a intensidade de aplicao das competncias desenvolvidas;
iii. Aferir a intensidade de utilizao dos produtos de consultoria desenvolvidos;
iv. Analisar o impacto das intervenes nas empresas e a sua sustentabilidade ao longo do tempo;
v. Identificar os principais factores explicativos dos efeitos das intervenes.
No que se refere ao 2. processo de inquirio, a taxa de resposta foi de forma geral inferior
do 1. processo de inquirio que poder ser reflexo, por um lado, de alguma saturao na
participao dos actores no estudo de avaliao, e, por outro lado, do distanciamento
temporal significativo face concluso da interveno.
Tambm neste caso se procedeu ao follow-up das respostas, procedendo-se a trs reenvios
directamente para os inquiridos, bem como solicitao das EB e do organismo intermdio
(OI) para a mobilizao dos destinatrios para colaborao no processo de avaliao.
Consultores Empresrios Formadores
Universo 334 265 261
Contactos invlidos 19 24 11
Amostra de contactos vlidos 315 241 250
N. de respostas obtidas 120 53 93
Taxa de resposta 38% 22% 37%
Margem de erro - 95% confiana 7,19 12,6 8,23
Ainda no mbito da avaliao da Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco foi aplicado um
terceiro inqurito dirigido aos destinatrios finais que teve como objectivos:
i. Identificar o tipo de aprendizagens realizadas pelos empresrios e colaboradores das micro e PME destinatrias do programa;
ii. Compreender a intensidade de aplicao das competncias desenvolvidas;
iii. Aferir a intensidade de utilizao dos produtos de consultoria desenvolvidos;
iv. Analisar o impacto das intervenes nas empresas e a sua sustentabilidade ao longo do tempo;
v. Identificar os principais factores explicativos dos efeitos das intervenes.
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A aplicao deste 3. processo de inquirio, dirigido aos empresrios, abrangeu empresrios
da Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco e decorreu entre Julho e Outubro de 2011,
aps o encerramento das intervenes nas empresas. A taxa de resposta foi de 53,3%, obtida
por sequncia de trs reenvios para os inquiridos.
Empresrios
Universo 278
Contactos invlidos 51
Amostra de contactos vlidos 227
N. de respostas obtidas 121
Taxa de resposta 53,3
Margem de erro - 95% confiana 6,23
Para a avaliao do QI-PME Norte Formao para Empresrios foi aplicado um inqurito
dirigido aos destinatrios finais que teve como objectivos:
i. Identificar o tipo de aprendizagens realizadas pelos empresrios e colaboradores das micro e PME destinatrias do programa;
ii. Compreender a intensidade de aplicao das competncias desenvolvidas;
iii. Aferir a intensidade de utilizao dos produtos de consultoria desenvolvidos;
iv. Analisar os potenciais impactos das intervenes nas empresas;
v. Identificar os principais factores explicativos dos efeitos das intervenes.
A aplicao deste 4. processo de inquirio teve como destinatrios os empresrios
beneficirios do QI-PME Norte Formao de Empresrios decorreu entre Julho e Outubro de
2011, aps o encerramento das intervenes. A taxa de resposta foi de 40,5%, tendo sido
necessrios realizar um reforo no envio do pedido de resposta ao inqurito.
Empresrios
Universo 374
Contactos invlidos 122
Amostra de contactos vlidos 252
N. de respostas obtidas 102
Taxa de resposta 40,5%
Margem de erro - 95% confiana 7,65%
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D. Painel de consultores / formadores Edio 2 (Maio, 2011)
Os actores (formadores e consultores) foram auscultados atravs de um painel misto, pois, por
um lado, a probabilidade de os actores da Edio 1 serem numa percentagem significativa
coincidentes com os da Edio 2 poderia influenciar negativamente a mobilizao para a
resposta a instrumentos de inquirio por questionrio tal como estava previsto em sede de
proposta. Este mtodo permitiu confrontar diferentes perspectivas acerca do Programa e,
deste modo, recolher elementos qualitativos relevantes para o processo avaliativo. Os critrios
de seleco destes actores para o Painel foram: o elevado grau de envolvimento no Programa
(medido pelo numero de horas afectas ao Programa) bem como o facto de no serem
consultores coordenadores (nas EB) de modo a evitar uma postura institucional.
E. Estudos de Caso
O recurso metodologia de Estudo de caso revelou-se prioritrio de modo a ilustrar os
resultados alcanados em contextos empresariais diferenciados e de modo a complementar
com elementos qualitativos a anlise dos factores explicativos dos resultados alcanados.
A pr-seleco das unidades de anlise obedeceu ao cruzamento de elementos de evidncia
recolhidos a dois nveis:
Nvel 1: Pr-seleco de Entidades Beneficirias
1. Consulta ao Organismo Intermdio;
2. Painel com EB: aplicao de um questionrio s Entidades Beneficirias.
Nvel 2: Pr - Seleco das Entidades Destinatrias:
3. Instrumento-matriz de seleco de empresas: Aplicao de grelha de caracterizao e sinalizao de Entidades Destinatrias candidatas a serem seleccionadas para Estudos de caso, mediante um conjunto de critrios pr-definidos;
4. Anlise documental: Anlise de Diagnsticos, Planos de Aco das empresas e Planos de Formao, assim como outros documentos disponveis nas Entidades Beneficirias.
Destaca-se neste processo, a operacionalizao do nvel 2 da pr-seleco, realizado numa
lgica de bottom-up. Com efeito, a aplicao de um processo de um instrumento-matriz de
seleco de empresas foi enviado s Entidades Beneficirias no sentido de obter a
caracterizao e sinalizao de Entidades Destinatrias candidatas a serem seleccionadas para
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Estudos de caso, mediante um conjunto de elementos de evidncia pr-definidos conforme
figura seguinte.
Figura 2 - Matriz de seleco de Entidades Destinatrias Matriz de seleco de Empresas
Elementos de evidncia
Entidade Beneficiria
Empresa Activida
de principal
Dimenso
Tipologia de objectivos
da interveno
/ reas funcionais
das intervenes
Elementos de evidncia da qualidade
da interveno na empresa
Posicionamento o empresrio e trabalhadores
face ao projecto (envolvimento)
Resultados/efeitos/impactos da execuo
das intervenes
Outros elementos relevantes
Empresa 1 Empresa 2 Empresa 3
A partir da definio e estruturao dos elementos de apoio deciso de seleco dos
projectos a incluir na anlise e a partir do cruzamento dos instrumentos acima descritos, foi
possvel chegar a um conjunto pr-seleccionado de Entidades Beneficirias e respectivas
Entidades Destinatrias:
Entidade Beneficiria Entidade Destinatria Actividade Principal
Tecminho - Associao Universidade - Empresa para o Desenvolvimento
Valfios - Armazns de Fios Txteis, Lda. Transformao e comercializao de linhas para a indstria txtil
Iberiana Technical, Lda. Prestao de servios tcnicos e comerciais para a indstria electrnica e automvel
R.P. Industries Piscinas, Lda. Fabrico de piscinas
ADRAVE - Agncia de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave
GUIMARPEIXE Comrcio de Produtos Alimentares, Lda.
Congelao de produtos da pesca e da aquicultura
Hidrofer Fbrica de Algodo Hidrfilo, Lda.
Fabricao de outras preparaes e de artigos farmacuticos
J.A.M. FERNANDES & IRMO LDA. Fabricao de calado
AEVC Associao Empresarial de Viana do Castelo
Manuel Carvalhosa & Cia, Lda. Construo e manuteno industrial
Iogurviana - Comrcio de Produtos Alimentares, Lda.
Comrcio de produtos alimentares
Mveis Cambo, Lda. Concepo, fabrico e comercializao de mobilirio de cozinhas
AEFAFE - Associao empresarial de Fafe, Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto
Corgobus Transportes Urbanos de Vila Real Unipessoal, Lda.
2
Transportes terrestres, urbanos e sub-urbanos de passageiros
Bordafafe Bordados, Lda. Fabricao de bordados
Pastelaria Doce Retiro, Lda. Panificao
2 Apesar dos esforos da equipa de avaliao e da AEFAFE, no foi possvel entrevistar o empresrio em tempo til.
Desta forma, as nicas fontes de informao relativamente aos resultados da interveno na Corgobus foram a entrevista ao consultor - que no manteve contacto regular com o empresrio aps o final da interveno e os documentos produzidos pela AEFAFE sobre a interveno (relatrio de benchmarking, balano de competncias organizacional, plano de aco e relatrio de avaliao).
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AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS
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Cada um dos Estudos de Caso consagrou as seguintes actividades:
Seleco de entidades beneficirias e entrevista aprofundada ao responsvel pela implementao do
Programa;
Seleco de empresas do universo de empresas abrangidas pela entidade beneficiria, e realizao nestas
empresas de uma entrevista com o empresrio/ dirigente e de uma entrevista aos colaboradores
envolvidos na componente de formao; e
Entrevista colectiva com a equipa de consultores e formadores envolvida na formao-aco junto das
empresas seleccionadas.
O exerccio desenvolvido incorporou o esprito construtivo e de aprofundamento
metodolgico sistemtico, sugerido em sede de proposta metodolgica para a realizao do
presente trabalho, bem como de envolvimento dos diferentes actores. Assim, o primeiro
exerccio de recolha de informao focalizou-se na anlise documental e na realizao de uma
entrevista com a AIMinho - OI responsvel pela gesto do QI-PME Norte - a que se seguiu a
dinamizao de um painel de discusso com as EB do Programa, de modo a clarificar o objecto,
apreender a linguagem e realizar o ponto de situao da execuo do projecto. Estes inputs
foram essenciais para a fase seguinte de trabalho, nomeadamente para a construo e
aplicao dos guies de inqurito.
Os primeiros resultados do processo de inquirio foram apresentados na sesso de arranque
da segunda Edio do Programa QI-PME, na Rgua, no dia 24 de Fevereiro de 2010.
Em Abril de 2010, o consrcio entregou um documento de trabalho interno AIMinho, no
previsto inicialmente, com vista a obter uma primeira reaco aos nveis de satisfao dos
actores e destinatrios. Pretendeu-se ainda descortinar o que poderia justificar as dificuldades
sentidas e a forma como a gesto do Programa tinha vindo a contribuir para ultrapassar as
mesmas; procurou-se aprofundar o conhecimento sobre os resultados esperados e obtidos
naquele momento ao nvel empresarial a partir das intervenes realizadas e aferiu-se quais as
principais preocupaes da gesto face apresentao daqueles resultados preliminares.
Aps a concluso das intervenes nas empresas dinamizou-se um painel de discusso com as
EB, centrado na explorao dos planos de aco e dos resultados obtidos nas entidades
destinatrias. Cumulativamente procedeu-se operacionalizao do 2. processo de
inquirio, de modo a aprofundar a anlise dos resultados da interveno. O exerccio
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AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS
PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR
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culminou com a apresentao do Relatrio Final da Edio 1 que foi apresentado e discutido
com a AIMinho.
Posteriormente procedeu-se realizao de um painel com as EB dinamizadoras da Formao
de Empresrios e de um painel com consultores e formao da Edio 2 do QI-PME Norte
Formao-Aco bem como concepo e aplicao dos inquritos referentes aos
empresrios da Edio 2 (QI-PME Norte Formao-Aco) e da Formao para Empresrios.
Esta ltima fase de recolha de informao, foi ainda complementada pela realizao de
Estudos de Caso, que permitiram aprofundar a partir de informao qualitativa algumas das
evidncias recolhidas anteriormente.
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AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS
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3. RESULTADOS DA AVALIAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO
A anlise dos resultados est profundamente articulada com o contedo do quadro sntese
dos elementos-chave da avaliao do Programa apresentado no captulo 2. do presente
relatrio e que compe a essncia orientadora do exerccio de avaliao.
O presente captulo inicia-se com a anlise da operacionalizao e da execuo referente
Edio 1 e Edio 2 do Programa QI-PME Norte Formao-Aco, com o objectivo de
clarificar todo o contexto interno de evoluo do quadro de implementao do programa. Para
a elaborao deste captulo, foi mobilizada a informao quantitativa e qualitativa
disponibilizada pelo OI e pelas EB, bem como alguns dados de caracterizao recolhidos em
sede de aplicao de questionrios quer aos actores quer aos destinatrios finais da
interveno.
Os quatro pontos que se seguem encontram-se estruturados de acordo com as tipologias de
efeitos potenciais da interveno do Programa QI-PME Norte Formao-Aco apresentados
anteriormente. Dado que a produo destes efeitos se pressupe em cadeia, a sua anlise
segmentada permite ter uma melhor compreenso sobre a forma como o Programa ter
conseguido impactar diferentes partes da cadeia de efeitos.
A anlise da satisfao dos destinatrios finais (empresrios) e dos actores do Programa feita
de forma agregada e, posteriormente, de forma parcial, desagregando componentes do
processo de formao-aco distintas, de modo a aprofundar a interpretao sobre os nveis
de satisfao registados.
Tratando-se de um programa de formao (com uma componente de consultoria) recolheu-se
informao de modo a proceder a uma aproximao da tipificao dos resultados obtidos ao
nvel das tipologias de aprendizagens desenvolvidas. Tendo em conta a informao recolhida
nos painis com as EB, optou-se por se considerar como hipteses de resultados a este nvel, o
desenvolvimento de hard e soft skills, quer ao nvel dos empresrios quer ao nvel dos
colaboradores, pelo que a recolha de informao em sede de questionrios e a sua anlise
seguiu este pressuposto.
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AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS
PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR
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Segue-se-lhe a anlise da transferncia das aprendizagens realizadas para o contexto real de
trabalho e conclui-se a anlise desta cadeia de efeitos com a percepo do impacte do
Programa nas micro e PME.
Este captulo encerra com a identificao dos factores explicativos dos resultados obtidos,
segundo o ponto de vista dos actores e destinatrios finais do Programa, bem como a
identificao das reas prioritrias de melhoria do mesmo.
3.1. OPERACIONALIZAO E EXECUO DO PROGRAMA
Entidades Beneficirias
Existe uma forte justaposio entre as EB nas duas edies do Programa como se pode
constatar na tabela seguinte, sendo que apenas a AIL no se encontra entre as EB que
pertenceram Edio 1 e, posteriormente, Edio 2 e Associao Empresarial de Ponte de
Lima que apenas implementou o projecto no mbito da Edio 2, tendo nessa altura passado a
integrar as EB do Programa.
Quadro 3 Listagem de EB na Edio 1 e na Edio 2 do Programa QI-PME Formao-Aco segundo o seu perfil
Entidades Beneficirias Formao-Aco: Edio 1
Formao-Aco: Edio 2
Empresas
SPI Sociedade Portuguesa de Inovao X X
Expoente Servios de Economia e Gesto X X
Entidades sem fins lucrativos
ADRAVE Agncia de Desenvolvimento Regional de Vale do Ave
X X
TecMinho Associao Universidade /empresa para o desenvolvimento
X X
BIC Minho Oficinas de Inovao (*) X X
Associaes empresariais
AEFAFE Associao Empresarial de Fafe, Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto
X X
AIL Associao Industrial de Lousada X
UERN Unio das Associaes Empresariais da Regio Norte
X X
AEVC Associao Empresarial de Viana do Castelo
X X
ACIF Associao Comercial e Industrial de X X
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AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS
PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR
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Vila Nova de Famalico
ACIAB Associao Comercial e Industrial de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca
X X
Associao Empresarial de Ponte de Lima X
N. total de EB 11 11 Fonte: Sistema de Informao da AIMinho.
As EB do QI-PME Norte Formao-Aco possuem diferentes perfis, sendo a maioria
associaes empresariais dos sectores da indstria e/ou comrcio, mas tambm entidades sem
fins lucrativos que contribuem para o desenvolvimento regional atravs da melhoria da
competitividade das organizaes e aumento das competncias dos indivduos, ou seja, da
promoo do empreendedorismo e da inovao empresarial; e empresas que desenvolvem
actividade no domnio da consultoria empresarial, apoiando a criao e o desenvolvimento de
negcios das micro e PME.
O quadro seguinte permite caracterizar as EB que integram a Edio 1 e Edio 2 do Programa.
Das 11 Entidades Beneficirias (tal como previsto em Caderno de Encargos) com sede na
regio Norte do pas, a maioria (7) possui sede no distrito de Braga e as restantes distribuem-
se pelos distritos de Viana do Castelo (3) e do Porto (2).
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AVALIAO DA FORMAO DO PROGRAMA QI-PME NORTE FORMAO-ACO E FORMAO PARA EMPRESRIOS
PPRROOJJEECCTTOO PPRROOMMOOVVIIDDOO PPOORR CCOO--FFIINNAANNCCIIAADDOO PPOORR
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Quadro 4 Listagem de EB na Edio 1 e na Edio 2 do Programa QI-PME Formao-Aco segundo o concelho de localizao da sede e a rea de abrangncia
Entidades Executoras Concelho de Localizao da Sede
rea de Abrangncia
ACIAB - Associao Comercial e Industrial de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca
Arcos de Valdevez Concelhos de Arcos de Valdevez; Ponte da Barca e Ponte de Lima
ACIF - Associao Comercial e Industrial de Vila Nova de Famalico
Vila Nova de Famalico
Concelhos de Vila Nova de Famalico; Guimares e Vila Verde
ADRAVE - Agncia de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave, S.A.
Vila Nova de Famalico
Concelhos de Fafe, Guimares, Pvoa de Lanhoso, Santo Tirso, Vieira do Minho, Vila Nova de
Famalico, Braga; Pvoa do Varzim; Trofa e Mondim de Basto
AEFAFE - Associao Empresarial de Fafe, Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto
Fafe
Concelhos de Fafe, Cabeceiras de Basto; Felgueiras; Vila Real;
Guimares; Vila do Conde; Celorico de Basto e Vila Nova de Famalico
AEPL - Associao Empresarial de Ponte de Lima
Ponte de Lima Ponte de Lima; Barcelos; Vila
Verde; Vila Nova de Gaia; Braga e Viana do Castelo
AEVC - Associao Empresarial de Viana do Castelo
Viana do Castelo
Concelhos de Caminha, Viana do Castelo; Paredes de Coura;
Melgao; Vila Nova de Cerveira e Esposende
AIL - Associao Industrial de Lousada Lousada Concelhos de Lousada, Paos de Ferreira; Vila Nova de Famalico; Guimares; Barcelos e Gondomar
Expoente Servios de Economia e Gesto Braga Concelhos de Braga, Barcelos; Fafe, Guimares; Maia; Santo Tirso e Vila
Nova de Famalico
BIC Minho Oficina da Inovao Braga
Concelhos de Braga; Barcelos; Amares; Esposende; Guimares;
Vila Nova de Famalico e Vila Verde
SPI - Sociedade Portuguesa de Inovao Porto
Concelhos de Bragana; Matosinhos; Valongo, Porto, Maia; Oliveira de Azemis; Santa Maria da Feira; Vila do Conde; Barcelos; Santo Tirso; Lousada; Vila Nova de
Gaia e S. Joo da Madeira
TecMinho Guimares
Concelhos de Amares; Braga; Fafe; Guimares; Maia; Matosinhos;
Ponte de Lima; Pvoa de Lanhoso; Vila Nova de Famalico; Vila Verde;
Paredes; Vila Nova de Cerveira e Lousada
UERN - Unio das Associaes Empresariais da Regio Norte
Braga
Concelhos de Chaves; Montalegre; Boticas; Valpaos; Braga; Vila
Verde; Santo Tirso; Paredes; Fafe; Viana do Castelo; Guimares; Felgueiras e Vila Nova de Gaia
Fonte: Mapa geral de identificao das entidades beneficirias, AIMinho.
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Os mapas seguintes ilustram a localizao das Entidades Destinatrias da Edio 1 e da Edio
2 do Programa e permite verificar que o Programa abrangeu empresas situadas para alm das
fronteiras do Minho (ultrapassando largamente a rea de interveno geogrfica da AIMinho),
abarcando, para alm de Braga e Viana do Castelo, os distritos do Porto, Aveiro, Vila Real e
Bragana.
Todavia, a maioria empresas encontra-se situada na rea de interveno geogrfica do Minho
(Braga e Viana do Castelo), sendo que o distrito de Braga concentra mais de metade das
Entidades Destinatrias com interveno no mbito do QI-PME e Viana do Castelo cerca de um
quinto na Edio 1 e na Edio 2. O Porto o terceiro Distrito com maior concentrao de
empresas.
Apesar das reas de interveno das Entidades Beneficirias no se terem alterado
significativamente entre ambas as edies do Programa com a no participao da AIL na
Edio 2 e entrada da AEPL, no seu conjunto, a panplia de EB apenas deixou de abranger o
concelho de Paos de Ferreira, fincando a cobertura dos demais concelhos de abrangncia da
AIL assegurados pelas demais EB a mancha territorial das Entidades Destinatrias com
interveno revela-se territorialmente mais concentrada na Edio 2 por comparao com a
Edio 1 do Programa, como possvel de verificar nos mapas que se seguem.
Figura 3 rea de Abrangncia e localizao das empresas da Edio 1 do QI-PME Norte Formao-Aco
Fonte: Mapa geral de identificao das entidades destinatrias, AIMinho.
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Figura 4 rea de Abrangncia e localizao das empresas da Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco
Fonte: Mapa geral de identificao das entidades destinatrias, AIMinho.
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Rede de consultores
A rede de consultores constituda pelas EB com o objectivo de dar resposta s necessidades de
execuo da Edio 13 deste Programa foi relativamente alargada. De acordo com os dados
fornecidos pelas EB, foram envolvidos na Edio 1 do Programa um total de 274 consultores, o
que indicia uma mdia de um consultor por empresa. No entanto, este rcio no dever ser
interpretado desta forma, dado que existem consultores com diferentes perfis a intervir numa
mesma empresa (coordenadores, de benchmarking, de BCO, de concepo do PA, de
implementao do PA, de avaliao dos resultados) embora alguns destes perfis sejam, na
prtica, cumulativos.
Este aspecto reflecte-se no nmero de empresas que cada consultor acompanhou durante a
Edio 1. De acordo com as respostas no 2. processo de inquirio, no mnimo os consultores
acompanharam uma empresa e no mximo dispersaram a sua interveno por 25 empresas,
sendo que cerca de 87% acompanhou 5 ou menos empresas.
Um desafio deste tipo de Programa e modalidade formativa (formao-aco) , por um lado,
o de assegurar que a articulao entre os mltiplos actores se processe de forma fluida, de
modo a que a interveno parcial dos actores no retire coerncia implementao do
Programa em cada uma das empresas. O consultor-coordenador tem na sua misso, o desafio
de promover esta articulao. Por outro lado, e exclusivamente no que se refere articulao
entre os consultores e os formadores, refira-se que cerca de 26% dos consultores so
formadores, pelo que a existncia de uma forma to expressiva da figura do consultor-
formador pode minorar o risco de alguma fragilidade na articulao entre a formao e a
consultoria na fase de implementao do PA.
A este facto h ainda a acrescer que, 94% dos consultores que responderam ao 2. processo
de inquirio afirmaram que, embora para uma mesma empresa, os consultores apenas
tenham desenvolvido algumas actividades de consultoria, esse aspecto no condicionou o seu
trabalho realizado com as mesmas, pois a articulao entre os diferentes consultores decorreu
de forma fluida.
3 Apenas se mobilizou informao quantitativa, disponibilizada por cada EB, para a anlise da rede de
consultores referente Edio 1, dado que as EB promotoras do Programa em ambas as edies se manteve igual para a grande maioria dos casos e que, segundo as EB a estrutura de actores equiparvel em ambas as edies.
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Adicionalmente, quando questionados sobre os factores que podem ter influenciado os
resultados e em que sentido, 50% dos respondentes considera que a alternncia e articulao
entre os momentos de formao e de consultoria esto entre os factores mais relevantes para
os influenciar de forma positiva.
De referir que a rede de consultores se encontra estruturada maioritariamente sob o regime
de subcontratao de empresas de consultoria por parte das EB. A maioria dos consultores
que respondeu ao 2. questionrio (75%), era consultor externo da Entidade EB e estava
integrado numa empresa de consultoria. Cerca de 16% era consultor individual externo mas
articulava directamente com a EB e uma minoria de 9% era consultor interno da EB.
Regressando aos dados disponibilizados pelas EB possvel verificar que, apesar de 86% dos
consultores apenas articularem com uma EB, 8% articula com duas EB e 6% com trs ou mais
EB.
Se a este aspecto juntarmos o facto de 78% dos consultores que responderam ao 1. processo
de inquirio j terem realizado aces sistemticas de consultoria a micro e PME e 15% de
formao a entidades com este perfil e de mais de dos respondentes dizer possuir 5 ou mais
anos de experincia como consultor, pode afirmar-se que se trata de uma rede de consultores
experiente.
Importa ainda referir, embora venha a ser explorado mais frente que o nvel elevado de
satisfao do empresrio com o desempenho geral dos consultores um indicador revelador
do favorvel desempenho deste tipo de actores.
Rede de formadores
A rede de formadores da Edio 14 do QI-PME Norte Formao-Aco foi composta por 246
actores. Segundo as respostas ao 1. processo de inquirio, 29% (N=71) destes tambm foram
consultores no contexto do Programa.
O nmero de empresas onde cada formador ministrou formao varia entre uma e vinte e
cinco, sendo que uma maioria de 83% ministrou em 3 ou menos empresas, de acordo com o
4 Idem.
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2. processo de inquirio. Em termos relativos, a diferena face ao volume de consultores no
significativa.
De acordo com o 1. processo de inquirio, a experincia profissional dos formadores do QI-
PME na participao em aces sistemticas de formao para micro e PME mais de 75% j
exercia formao profissional h 5 ou mais anos sinaliza um bom nvel de experincia destes
actores.
Adicionalmente refira-se que no 2. processo de inquirio possvel verificar que a quase
totalidade so formadores externos s EB, sendo que cerca de metade procede a uma
articulao directa com as EB e 43% encontra-se integrado em entidades formadoras externas.
Uma percentagem significativa (mais de 1/3) afirmou quer no 1. quer no 2. processo de
inquirio ter ministrado aces de formao a trabalhadores e a empresrios. Este aspecto
revela alguma flexibilidade dos formadores.
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Empresas e empresrios
De acordo com o previsto, o nmero de empresas a envolver no QI-pme Norte corresponderia
a 525 empresas (ou seja, 21 Entidades Beneficirias com interveno em 25 empresas cada
11 Entidades Beneficirias na 1. Edio e 10 na 2. Edio), sendo que na 1. edio
encontrava-se previsto envolver 275 empresas e na 2. edio 250. No entanto, no mbito da
2. edio foi seleccionada mais uma entidade beneficiria face ao previsto, pelo que se
poderia prever uma interveno em 275 empresas (mais 25 empresas face ao previsto
inicialmente).
Foram seleccionadas 285 empresas na Edio 1 e 294 empresas na Edio 2, das quais 7 no
primeiro caso e 9 no segundo no foram consideradas elegveis, uma vez que no cumpriam os
requisitos necessrios. Nesta perspectiva, o nmero de empresas envolvidas na Edio 1 do
QI-PME Norte cifrou-se em 278 e na Edio 2 em 285.
Porm, o nmero de empresas com interveno concluda na Edio 1 do Programa situou-se
em 266 entidades o que significa que onze empresas desistiram e uma teve que ser substituda
devido a alterao da sua denominao social e na Edio 2 cifrou-se em 276 empresas, dado
que 6 desistiram e 3 foram consideradas no elegveis, traduzindo-se numa taxa de realizao
face ao previsto inicialmente e contratualizado com o POPH de 97% e 110%, respectivamente.
Quadro 5 N. de Empresas seleccionadas, intervencionadas e desistentes na Edio 1 e na Edio 2 do QI-PME Norte Formao-Aco
EDIO 1 EDIO 2
Empresas seleccionadas 285 294
Empresas