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SUMARIO I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO INTRODUÇÃO II. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO 2.1. HISTÓRICO DA ESCOLA 2.2. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO 2.3. EQUIPAMENTOS 2.4. BIBLIOTECA III. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR 3.1. MODALIDADES OFERTADAS E ALUNOS ATENDIDOS 3.2. DIREÇÃO E DIREÇÃO AUXILIAR 3.3. EQUIPE PEDAGÓGICA, ADMINISTRATIVA, PROFESSORES E AGENTES EDUCACIONAIS IV. ATO SITUACIONAL V. OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 5.1. OBJETIVOS VI. ATO CONCEITUAL 6.1. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE 6.2. CONCEPÇÃO DE HOMEM 6.3. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E CURRICULO 6.4. CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM 6.5. CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO VII. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO 7.1. MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL 7.2. MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO 7.3. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ARTES 7.4. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR BIOLOGIA 7.5. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CIÊNCIAS 7.6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR EDUCAÇÃO FÍSICA 7.7. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ÉTICA 7.8. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR FILOSOFIA 7.9. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR FÍSICA 7.10. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR GEOGRAFIA 7.11. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR HISTÓRIA 7.12. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR LEM – INGLÊS 7.13. PROSPOTA PEDAGÓGICA CURRICULAR L PORTUGUESA 7.14. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR MATEMÁTICA 7.15. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR QUIMICA 7.16. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR SOCIOLOGIA VIII. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA 8.1. MATRIZ CURRICULAR EJA FUNDAMENTAL E MÉDIO 8.2. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR EJA FUNDAMENTAL E MÉDIO IX. EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA 9.1. MATRIZ CURRICULAR CURSO TÉCNICO SECRETARIADO X. ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA 10.1. FORMAÇÃO CONTINUADA 10.2. AVALIAÇÃO DE ESTUDOS 10.3. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS 10.4. EVASÃO 10.5. 5ªS SÉRIES 10.5.1. SALA DE APOIO

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SUMARIO

I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICOINTRODUÇÃO

II. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO2.1. HISTÓRICO DA ESCOLA 2.2. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO 2.3. EQUIPAMENTOS 2.4. BIBLIOTECA

III. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR 3.1. MODALIDADES OFERTADAS E ALUNOS ATENDIDOS3.2. DIREÇÃO E DIREÇÃO AUXILIAR 3.3. EQUIPE PEDAGÓGICA, ADMINISTRATIVA, PROFESSORES E AGENTES

EDUCACIONAISIV. ATO SITUACIONAL V. OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

5.1. OBJETIVOS VI. ATO CONCEITUAL

6.1. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE 6.2. CONCEPÇÃO DE HOMEM 6.3. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E CURRICULO 6.4. CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM 6.5. CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO

VII. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO

7.1. MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL7.2. MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO7.3. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ARTES 7.4. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR BIOLOGIA 7.5. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CIÊNCIAS 7.6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR EDUCAÇÃO FÍSICA7.7. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ÉTICA 7.8. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR FILOSOFIA7.9. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR FÍSICA 7.10. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR GEOGRAFIA 7.11. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR HISTÓRIA7.12. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR LEM – INGLÊS 7.13. PROSPOTA PEDAGÓGICA CURRICULAR L PORTUGUESA 7.14. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR MATEMÁTICA7.15. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR QUIMICA 7.16. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR SOCIOLOGIA

VIII. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA 8.1. MATRIZ CURRICULAR EJA FUNDAMENTAL E MÉDIO8.2. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR EJA FUNDAMENTAL E MÉDIO

IX. EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA9.1. MATRIZ CURRICULAR CURSO TÉCNICO SECRETARIADO

X. ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA 10.1. FORMAÇÃO CONTINUADA 10.2. AVALIAÇÃO DE ESTUDOS 10.3. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS 10.4. EVASÃO 10.5. 5ªS SÉRIES 10.5.1. SALA DE APOIO

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10.6. CONSELHO DE CLASSE 10.7. AVALIAÇÃO EXTERNA/IDEB 10.8. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

XI. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS 11.1. ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA 11.2. DIVERSIDADE 11.3. PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS 11.4. RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS

XII. PROGRAMAS EDUCACIONAIS 12.1. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CELEM – ESPANHOL12.2. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR VIVA A ESCOLA DANÇA12.3. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR VIVA A ESCOLA TEATRO

XIII. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA XIV. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓ-GICO

I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

INTRODUÇÃO

Toda pessoa tem direito a educação. A educação deve ser gratuita,

pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino

elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve estar aberto a todos

em plena igualdade, em função de seu mérito.

A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana

e ao reforço dos direitos do homem e da liberdade fundamentais e deve

favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos

os grupos raciais e religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das

Nações Unidas para a manutenção da paz.

Estes são respectivamente, os textos dos Incisos 1 e 2 do Artigo 26º

da declaração Universal dos Direitos do Homem que, desde 1948, vem

proclamando os valores democráticos de igualdade de oportunidades, de respeito

à dignidade humana e de garantia de liberdade individual.

Esses valores, apontados como essenciais à organização dos

sistemas educacionais, constam nos textos de documentos nacionais e

internacionais na área de educação, conforme o Artigo 1º da Declaração Mundial

de Educação para todos: “ Todas as pessoas, crianças, adolescentes ou adultos

devem beneficiar-se de formação educacional com condições de responder às

suas necessidades educativas fundamentais” .

Este é o nosso desejo, como educadores, como pais, como

integrantes da sociedade brasileira e como cidadãos universais. Esse é o sonho

que, que ser concretizado, exige revisão de paradigmas, de fundamentação

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teórica e filosófica além de ações eficazes, profundas e urgentes, uma vez que,

no nosso entendimento, o significado da universalização da educação coincide

com os direitos dos homens e das mulheres de participarem plenamente dos

benefícios do desenvolvimento.

Entendemos que uma escola de boa qualidade para todos, uma

escola inclusiva, deve estar a serviço da dimensão social e política das relações

humanas, na medida em que o processo educacional ofereça., além da

apropriação do conhecimento, a capacidade crítica indispensável ao exercício da

cidadania plena.

É com este anseio que construímos uma proposta pedagógica

inclusiva, onde todos aprendam juntos, convencionando currículos, apoiando e

valorizando o trabalho dos professores, para que desenvolvam práticas

educativas centradas na aprendizagem e adequadas às necessidades dos alunos.

Concordamos que são desafios muito grandes, mas com garra e incansável

determinação, em busca de um mundo melhor, mais justo para todos.

II. IDENTIFICAÇÃO

Nome do Estabelecimento: COLÉGIO ESTADUAL CONSELHEIRO CARRÃO - EFM

Endereço: Rua Dr. Simão Kossobudski, 151 – Uberaba - Curitiba/PR

CEP: 81.580-250 – Fones: 3286-6126 / 3286-2616

Lei de Funcionamento: Ensino Fundamental : Decreto. 1596/76

Resolução . 2723/82

Ensino Médio: Resolução. 3196/98

Número de turmas: 28

Professores: 50

Horário de funcionamento:

MANHÃ

7:30 às 11:55

TARDE

13:00 às17:25

NOITE

19:00 às 23:10

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2.1. HISTÓRICO DA ESCOLA

Esta escola foi criada para atender um conjunto de casas populares

localizado na Vila Sofia, em dezesseis de setembro de um mil novecentos e

cinquenta e nove, pelo Decreto nº 244800 com o nome de Grupo Escolar de “Vila

Sofia”.

Foi designada para responder pela Direção a Professora Dorothéa Pizzato

Vieira.

Em 1960, a Escola, passou a denominar-se Grupo Escolar “Conselheiro

Carrão” da Vila Sofia e em agosto de 1961, Grupo Escolar “Conselheiro Carrão”.

A diretora, Dorothéa P. Vieira, aposentou-se por invalidez, em dezembro de

um mil novecentos e setenta, sendo substituída pela Professora Ubiramar

Berenice Barcellos, através da Portaria nº 10.216/70, de 8712/70.

Funcionou a 1ª fase do 1º grau, na condição de extensão do Colégio

“Professor Victor do Amaral”, sendo extintas a 5ª e 6ª séries no ano seguinte.

Através do Decreto nº 1596, de 11/02/76, o estabelecimento passou a ser

Complexo Escolar do Colégio “Professor Victor do Amaral”, com o nome de Escola

Conselheiro Carrão - Ensino de 1º grau.

A Professora Ubiramar Berenice Barcellos permaneceu na direção até

07/08/79, quando foi designada para Inspetora Auxiliar de Ensino, sendo

substituída pela Professora Nina Maria Mehl Brandalize, através da Resolução nº

1293/79, de 07/08/79.

Somente em um mil novecentos e oitenta e um é que obtivemos a

autorização de funcionamento da 2ª fase do 1º grau em caráter excepcional

através da Resolução nº 219/81.

Reconhecimento do Curso completo de 1º Grau - Regular, Resolução nº

2723/82.

Em um mil novecentos e oitenta e três a Secretária do Estado da

Educação, Gilda Rocha Loures Polli, no governo de José Richa, assinou a

legalização das direções através de eleições.

Em 17/06/83 houve a eleição, votaram professores, funcionários e todos os

pais que tivessem filhos no estabelecimento.

No pleito constatou-se a vitória da professora Nina Maria Brandalize que

continuou na direção pela Resolução nº 2847/83 até 1988. As próximas direções

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foram: Eliana F. da Silva Neves – 1989; Alda Bonfim Coelho – 1990-1992; Elaine

Halyzis S. Lopes – 1993-1995; Antoliana P. Tantos – 1996-2000; Elaine Halyzes S.

Lopes – 2001-2005; Maria Divina de Godoi – 2006-2008; Dirceu Fonseca Filho-

2009 até a presente data.

Em um mil novecentos e oitenta e cinco, foi autorizado o funcionamento do

noturno pela Portaria 913/85 de 8/04/85.

Atualmente o Colégio está adequado ao Porte 7 e pertence à área 14 – Setor

Boqueirão - Núcleo Regional de Educação de Curitiba.

2.2. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO

O espaço onde foi construído dificulta a circulação dos alunos, sendo ele

um tanto quanto restrito, é uma construção antiga, possui uma quadra sem

muita estrutura e outra quadra coberta, um pequeno espaço para recreação dos

alunos, sendo este, apenas com piso bruto, necessitando de algumas reformas

tanto para melhorias gerais quanto para atender alunos com necessidades

especiais. Possui também:

13 Salas de Aulas

01 Sala da Direção;

01 Sala da Equipe Pedagógica;

01 Sala dos Professores

01 Laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia

01 Sala Secretaria

01 Biblioteca

01 Sala de Vídeo

01 Banheiros para professores

01 Banheiros para alunos

01 Cantina

01 Cozinha

01 Refeitório

01 Depósito para merenda

01 Laboratório de Informática

01 Sala de Artes

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2.3. EQUIPAMENTOS

Principais materiais pedagógicos e aparelhos eletro-eletrônicos disponíveis:

13 Aparelhos televisor multimídia

02 Aparelhos televisor

03 Retroprojetores

03 Rádios com CD

02 Aparelhos de CD

01 Máquina Fotográfica

01 Antena Parabólica

01 Aparelho de Som com Microfone

2.4. BIBLIOTECA

A biblioteca é um ambiente destinado ao atendimento da comunidade

escolar com mais de 3500 títulos e tem entre os objetivos principais:

. proporcionar programas de incentivo à leitura;

. promover a conscientização quanto aos cuidados com o acervo, criar

espaço de divulgação dos trabalhos produzidos pelos alunos nas diferentes

disciplinas, exposições de trabalhos com o objetivo de divulgar e incentivar os

alunos;

III.ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

O Colégio Estadual Conselheiro Carrão está organizado para atender as seguintes

modalidades de ensino:

Ensino Fundamental

5ª à 8ª séries 5ª série

6ª série

7ª série

8ª série

5 turmas

4 turmas

5 turmas

4 turmas

Total de alunos Ensino Fundamental - 503

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Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais

1ª à 3º séries 1º série

2º série

3º série

3 turmas

2 turmas

2 turmas

Total de alunos Ensino Médio - 208

EJA

Fundamental 4 turmas

Médio 4 turmasTotal de alunos EJA Fundamental – 126

Total de alunos EJA Ensino Médio – 95

3.2. DIREÇÃO e DIREÇÃO AUXILIAR

01 – Direção

01 – Direção Auxiliar

3.3. EQUIPE PEDAGÓGICA, ADMINISTRATIVA, PROFESSORES E AGENTES

EDUCACIONAIS

05 – Pedagogos

52 – Professores

06 – Administrativo Secretaria

03 – Administrativo Biblioteca

02 – Administrativo Laboratórios

04 – Serviços Gerais Merenda

05 – Serviços Gerais Limpeza

IV. ATO SITUACIONAL

Aqui vamos explicitar como entendemos o mundo em que vivemos e o

contexto em que se situa o Colégio Estadual Conselheiro Carrão - EFM. A partir de

nossas reflexões acerca do contexto sócio-econômico-educacional, considerando

os fundamentos legais relacionados à educação, pretendemos identificar os

DESAFIOS que se põem para o colégio. Partimos do pressuposto de que uma

Escola que visa realizar ações intencionais precisa levar em conta os problemas

decorrentes das relações que se estabelecem em seu contexto. Conscientes

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dessa trama de relações, poderemos superar ações espontaneístas e,

efetivamente, contribuir para a construção de uma sociedade mais humana,

justa, livre, participativa e feliz.

Sendo assim, é indispensável um olhar sobre o paradoxo instalado na

atualidade: enquanto presenciamos as maiores e mais rápidas transformações

tecnológicas, convivemos com o crescimento desenfreado da miséria e da

injustiça social. Por isso, precisamos compreender o mundo e situar os problemas

presentes em nosso entorno para, em seguida, apontarmos em que direção

caminhará nossa Escola. É visível que o mundo tornou-se globalizado, mas as

oportunidades não. A globalização é um processo determinado pelo

funcionamento dos mercados e da economia que repercute diretamente na

cultura e nos costumes dos povos. Há que se considerar também que vivemos

problemas de toda ordem, tais como:

SOCIAIS - empobrecimento da maior parte da população expresso na

miséria e na fome; déficit de saneamento básico; falta de segurança pública;

condições precárias de saúde física e mental; descaso com a educação;

precarização das condições de trabalho expressa em elevadas taxas de

desemprego, baixos níveis salariais e carência de mão de obra qualificada.

Notoriamente, a exclusão social cresce a cada dia, marcada pela má distribuição

de renda, pela desigualdade social que repercute em desemprego, violência, uso

de drogas e prostituição.

POLÍTICOS: concentração de poder político sustentado na força econômica;

perdas de direitos sociais adquiridos; ruptura com preceitos éticos expressa em

corrupção, lavagem de dinheiro, má administração pública e tráfico de influência.

ECONÔMICOS: constituição de blocos de poder que determinam as

relações econômicas baseadas na maximização dos lucros; concentração do

conhecimento (ciência e tecnologia) nas mãos de grandes grupos econômicos,

colocando os países em desenvolvimento na condição de meros reprodutores e

consumidores de tecnologia; imposição de princípios ditados pelas empresas

transnacionais; protecionismo aos países desenvolvidos; queda em investimentos

no setor industrial e rural; expansão no setor de serviços cada vez mais

caracterizado pela informalidade das relações de trabalho; sobreposição de

valores pautados na competitividade e no empreendedorismo a valores de

solidariedade e coletividade.

CULTURAIS: imposição de valores de determinados grupos sociais;

consumismo; banalização do sexo e da violência devido ao uso de novas

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tecnologias de informação e de comunicação; hegemonia cultural devido à

globalização e à imposição de determinados modelos da ciência e da tecnologia;

xenofobia; submissão à velocidade das transformações materiais em detrimento

do tempo de contemplação; preconceitos às minorias.

RELIGIOSOS: utilização da religião para fins econômicos e políticos,

gerando conflitos entre os povos.

AMBIENTAIS: vivemos outros problemas de dimensão planetária

relacionados às questões ambientais, tais como a poluição e o consumo

irresponsável de recursos naturais como a água e a energia. Inundações, seca,

processos de desertificação, furacões, terremotos, destruição da camada de

ozônio, extinção de espécies, desastres ecológicos, incêndios nas florestas são,

certamente, respostas às posturas inadequadas do ser humano no que se refere

ao uso de matéria prima proveniente da natureza, ao saneamento e à saúde.

A superação dos problemas sócios econômicos nacionais não é tarefa de

uma única instituição social, mas do País como um todo, através da definição de

um projeto político, econômico e social que vise à melhoria das condições de vida

da população e seu acesso aos bens socialmente produzidos, dentre eles o

conhecimento elaborado.

Formar o cidadão não é tarefa apenas da escola. No entanto, como local

privilegiado de trabalho com o conhecimento, a escola tem grande

responsabilidade nesse processo de formação: recebe crianças e jovens por um

certo número de horas, todos os dias, durante anos de suas vidas, possibilitando-

lhes construir saberes indispensáveis para sua inserção social, uma vez que

entende-se que é impossível separar a educação do mundo da vida, conforme

DEWEY (1971:29):

“ A educação não é preparação nem conformidade.

Educação é vida, é viver, é desenvolver, é crescer.”

No entanto, a escola não pode fazer tudo sozinha, pois tem limites claros.

Ela não existe isoladamente, mas faz parte de um sistema público que tem a

responsabilidade de lhe dar sustentação para que possa cumprir sua função. Dar

sustentação à ação, no entanto, não quer dizer comandar a ação. A escola só

pode cumprir seu papel de forma competente se tiver autonomia. Isto é, se os

que nela atuam e os que dela se beneficiam puderem definir e construir seu

próprio caminho pedagógico, condição essencial para que se sintam

comprometidos com ele. Nesse sentido, é fundamental que o poder público

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proponha uma política educacional clara, com objetivos definidos, que assegure o

acesso e a permanência dos alunos na escola, tendo como foco principal o ensino

de boa qualidade a toda a população.

Considerando as estruturas da sociedade brasileira e que o sujeito é fruto

de seu tempo histórico, a escola enquanto espaço de socialização do

conhecimento tem como desafio, cumprir sua função precípua num panorama

baseado na diversidade sociocultural, no avanço tecnológico, no acesso à

informação, nos modos de produção, no consumo de bens e serviços e no modelo

econômico vigente.

Assim elencadas, as estruturas da sociedade contemporânea servem de

base para as relações sociais na escola.

Diversidade Sociocultural

Na sociedade, a diversidade sociocultural apresenta-se pela composição

familiar, as relações de trabalho, as questões etnicorraciais e a constituição de

tribos urbanas. Na escola a composição familiar se reflete nos alunos cujas

famílias são de base matriarcal, sendo a mulher (mãe, tia ou avó) a única

responsável pelos cuidados da família e, com frequência, a provedora do lar.

Nestes casos, os alunos oriundos destas famílias ficam boa parte, ou, todo o dia

sem a presença de um adulto para acompanhá-los nas suas atividades, desde as

mais simples (higiene pessoal) até as mais complexas ( estudos e relações

sociais), ficando estes jovens a mercê de orientações nem sempre assertivas ou

éticas.. Quanto às relações de trabalho, conforme pesquisa, tem-se notícia que

grande parte dos adultos provedores das famílias dos alunos da escola não

possui vínculo empregatício, está no mercado de trabalho informal

desenvolvendo trabalho terceirizado para gráficas e confecções, reciclagem de

resíduos sólidos ou trabalhadores autônomos nas áreas de construção civil e

comércio popular. Nesta condição, as famílias destes trabalhadores vivem em

constante desequilíbrio financeiro, exigindo que as crianças da família também

desenvolvam atividade remunerada, auxiliando nos ganhos da família, ou ainda,

que faltem as aulas para cuidar de irmãos mais novos. Sobre as questões

etnicorraciais, a ótica social é a da exclusão, conforme o pensamento de

Florestan Fernandes( 1965), ao afirmar que:

"Os negros são os testemunhos vivos da persistência

de um colonialismo destrutivo, disfarçado com

habilidade e soterrado por uma opressão inacreditável.

O mesmo ocorre com o indígena, com os párias da terra

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e com os trabalhadores semilivres das cidades",

Sendo que, na escola as questões etnicorraciais tem conotação da

diversidade e do convívio respeitoso entre os sujeitos pertencentes ao espaço

escolar, Levi-Strauss afirma que se os grupos humanos se distinguem, e para

tanto que precisem ser distinguidos, é unicamente em termos culturais. Portanto,

trata-se de um tema a ser vivido no contexto escolar diariamente, pois o

ambiente escolar é composto por grupos diversos.

A estruturação das tribos urbanas, na sociedade, segundo MAFESSOLI,

2000 são as articulações sociais e psíquicas, dos bastidores dos sujeitos

humanos, atores de uma sociedade pósmoderna dotada de toda uma gama de

complexidade que define novos padrões para um comportamento, uma estética,

e um estar junto ao outro, muito particular e singular. No espaço escolar, a

constituição de tribos urbanas leva em conta o fato de que o sujeito

contemporâneo que se adéqua em uma tribo, quer compartilhar emoções,

fantasias e fetiches, e de certa forma uma fuga dos conflitos ao encontro de um

amparo.Assim, formam-se tribos no interior da escola, sendo vistas: emos,

basofes, , from uk, geeks, góticos, mods, nerds, playboys, plocs, punks, rastas,

vegans, Ainda, discute-se de acordo com alguns autores como GIDDENS, 1997;

MAFFESOLI, 2000, que a instituição familiar tem sofrido profundas

transformações nas últimas décadas, e o lugar nuclear da família deu espaço a

uma redefinição de papéis, materno e paterno, fosse na sua organização ou na

sua constituição de identificação.

Avanço Tecnológico

Não podemos ignorar o avanço tecnológico em nosso meio, tomando conta

de vários setores da nossa sociedade, tampouco podemos negar sua

importância para o crescimento econômico e social. Deparamo-nos diariamente

com novas tecnologias como a clonagem, nanotecnologia e biotecnologia, que

provocam mudança na sociedade, influenciando nas relações sociais e no

consumo, sendo: o telefone, o fax, a televisão, o vídeo, os computadores com

internet, as máquinas fotográficas e as filmadoras para os registros dos eventos,

entre outros. Também é necessário entender que as mudanças nos processos

técnico-produtivos e o avanço das inovações tecnológicas no campo afetaram o

emprego de algumas categorias, especialmente os trabalhadores temporários,

também conhecidos como volantes ou bóias-frias.

O avanço tecnológico, assim reconhecido no espaço escolar se reflete no

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consumo exagerado de aparelhos multimídia, nas convivências baseadas nas

redes de relacionamentos (facebook, orkut, myspace, twitter) e ainda, na

migração para os centros urbanos de famílias de trabalhadores rurais. Contudo,

há de se reconhecer que o avanço tecnológico traz consigo também o acesso à

informação, ferramenta essencial para o exercício da cidadania, uma vez que a

busca por garantir um estado democrático, com a participação de cidadãos

ativos e com liberdade de escolha exige que não falte oportunidade de acesso à

informação. Conforme Giddens, "o mundo em que vivemos hoje, não está sujeito

ao rígido controle humano (...). Quase ao contrário, é um mundo de perturbação

e incerteza, um `mundo descontrolado'. E, o que é perturbador, aquilo que

deveria criar uma certeza cada vez maior - o avanço do conhecimento humano e

a `intervenção controlada' na sociedade e na natureza - está na verdade

profundamente envolvido por essa imprevisibilidade" (1995. 286p.).

Relações de Produção

As relações de produção estabelecidas em nossa sociedade são baseadas

no modelo capitalista e assim sendo, na escola reproduzem-se as questões deste

modelo, nas famílias dos alunos, especialmente quanto o trabalho informal, o

subemprego e o desemprego. O Brasil ocupa a 6ª posição no ranking da

economia mundial e concentra a 5ª maior população juvenil (36 milhões de

jovens entre 15 e 24 anos de idade), dentre os quais, oito milhões não estudam

nem trabalham, ou seja, vivem na inatividade. Entre os estudiosos do

desemprego juvenil há consenso em apontar uma maior suscetibilidade dos

jovens no ingresso e manutenção no mercado de trabalho. Pochmann (1998)

aponta que em 1997 a taxa de desemprego no segmento da população com

idade entre 15 e 24 anos era de 13%%. Sustenta que na década de 1990,

paralelamente à escassez de postos de trabalho para os jovens, percebeu-se

uma diminuição de ocupação de assalariados e um aumento nos segmentos

autônomos, o que evidencia a precarização e instabilidade desse grupo de

trabalhadores diante da desregulamentação do trabalho e o processo de

flexibilização das regras de contratação a que estão submetidos. A realidade

limitadora no tocante às oportunidades, às condições de trabalho e a uma

ideologia individualista disseminada em todos os âmbitos sociais, o capital

preconiza a obtenção de novas “competências” como medida exclusiva para

obter espaço no mundo do trabalho e deixa a margem um exército de

trabalhadores “não qualificados” que se servem de bicos para sustentar suas

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famílias. Dada à urgência da sobrevivência, o conhecimento proposto pela escola

é tratado como um bem supérfluo, daí os índices de evasão e a pouca

importância dada pelas famílias ao acompanhamento da vida escolar dos filhos.

Se considerarmos o entorno da escola, observamos que as mazelas sociais

se aproximam. Já convivemos com a violência, a delinqüência, as drogas, entre

outros problemas que são reflexos da exclusão social.

A escola obteve, por pesquisas e discussões junto à comunidade escolar

(professores, funcionários, alunos e pais) dados relevantes para alcançar os

objetivos propostos. As questões levantadas apresentam duas linhas principais,

sendo as de bases estruturais e as de bases pedagógicas, a saber:

Estruturais

- Defasagem no quadro funcional: necessidade de contratação dos aprovados em

concurso público;

- Condições de trabalho: reajuste real dos salários; atenção à saúde dos

servidores; redução do número de alunos por turma,

- Formação continuada: acesso a cursos de graduação e pós-graduação aos

servidores

- Manutenção da estrutura física: equipamentos de segurança; aquisição de

mobiliário; adequação do espaço físico.

Pedagógicas

- Equipe Multidisciplinar: necessidade de formação de uma equipe

multidisciplinar por Setor composta de Psicopedagogo, Neurologista, Psiquiatra,

Psicólogo e Assistente Social para identificar e apoiar a intervenção nos casos de

dificuldade de aprendizagem diagnosticados na escola;

- Rotatividade de docentes: importância em ter um quadro fixo de professores

- HAF: ampliar a Hora Atividade e usá-la de forma adequada

- Participação da família na escola: envolvimento nas questões de ensino e

aprendizagem

- Integração: encontros para estudos e integração entre a comunidade escolar.

Esses desafios implicam a quebra de muitos paradigmas relacionados à função

da Escola na sociedade e remetem à educação como condição de libertação do

homem. Ter direito à liberdade, à justiça e à dignidade é condição indispensável

para a construção de uma nova ordem social.

Nessa perspectiva, a educação escolar, embora não seja panaceia para as

mazelas sociais, é um espaço fundamental para a formação do cidadão pleno,

sujeito consciente, com visão crítica e, sobretudo, atuante na sociedade.

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Mobilizar-se nessa direção significa condenar toda e qualquer ação que repercuta

em exploração do Ser Humano e atuar para humanizar o globo e não globalizar.

V. OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

5.1. Objetivos

O quadro sócio-histórico aqui exposto parece expressar uma visão

apocalíptica de sociedade, ressaltando uma gama de problemas de tal amplitude

que sugere ser intangível qualquer possibilidade de transformação para melhor.

Entretanto, é necessário registrar que ao longo das discussões que explicitaram o

referido quadro, os sujeitos envolvidos manifestaram suas visões movidos pelo

desejo de transformações. Suas reflexões sugerem que a escola, imbuída de sua

função social, poderá contribuir com as transformações atuando criticamente

para reconstruir as representações que os sujeitos têm da realidade, de modo a

promover a mudança de postura e de prática diante dessa realidade. Isso é

visível quando professores, alunos, agentes educacionais e pais anunciam

DESAFIOS a serem assumidos pela escola, tais como:

• Assegurar o caráter público e gratuito da Escola visando à inclusão educacional

e social

• Orientar as ações com base em pressupostos éticos entendendo que a

sociedade vive uma crise de valores no que tange ao convívio social, à

manutenção da paz, ao respeito aos direitos humanos.

• Preparar o aluno para que se torne capaz de fazer intervenções na sociedade

no sentido de superar as desigualdades sociais.

• Construir a identidade e a autonomia da escola. Criar condições para que os

sujeitos da educação atuem de modo responsável e comprometido com a função

social da escola.

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VI. ATO CONCEITUAL

Ao se pensar em educação e de forma particular em educação

pública de qualidade, se vislumbra uma vasta gama de determinantes que

influemciam direta e indiretamente na educação escolar. A escola instituição que

tem como premissa a construção de conhecimento por parte de seus educandos,

a assimilação e ressignificação dos conhecimentos historicamente acumulados e

asistematizados, não o faz de uma forma mecânica e sem interferências, ao

contrário, a escola é um espaço de conflito, de contradição, do que se teve, se

tem e se almeja ter de educação, de escola, de homem, de sociedade, de

mundo...

Com tantas determinantes que influenciam diretamente na ação

escolar, fica evidente que a educação não é uma coisa estanque com começo,

meio e fim, ao contrário, o processo educativo se dá permanentemente em seus

momentos formais e informais, de convício dentro e fora da escola.

6.1.CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

“ A sociedade é um agrupamento tecido por uma

série de relações diferenciadas e diferenciadoras.”

SEVERINO(1998)

Atualmente ao se falar em sociedade já se vem em mente que o que

se tem hoje é um modelo de sociedade injusto e desigual. A sociedade atual

apresenta desigualdades, problemas sócio-econômicos, riqueza e pobreza

exarcebadas, diversidade sócio-cultural, avanços tecnológicos e científicos que

cilminam na formação e na forma de vida do homem nela inserido. Estes

determinantes andam lado a lado, porém não harmoniosamente, mas sim de

forma contraditória e conflitante.

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Apesar de haver hoje uma universalização tecnológica e por

conseguinte, dos meios de comunicação (pode-se comunicar com alguém em

praticamente qualquer parte do planeta, há a preponderância, em especial por

parte dos jovens da utilização de sites de relacionamento, de “bate-papo”),

com todas essas ferramentas de comunicação, percebe-se uma sociedade mais

individualista e solitária, que pouco se preocupa com o outro.

Ao se pensar em uma concepção de sociedade, almeja-se uma

sociedade justa, igualit aia, verdadeiramente democrática, com cidadãosŕ

solidários, críticos e autônomos, conscientes e efetivadores de seus direitos e

deveres.

Vislumbra-se um homem que seja sujeito de sua própria história,

como diz Santoro: “ ...é aquele que na sua convivência coletiva compreende suas

condições existenciais, transcende-as e reorganiza-as superando a condição de

objeto, caminhando na direção de sua emancipação participante da história

coletiva.”

Para tanto faz-se necessário que a escola invista na formação de

alunos críticos, autônomos, preparando-os para o exercício da cidadania, que

compreendam que as relações sociais não se dão de foma natural, mas sim, que

são construídas historicamente e que, portanto, pode-se ser sujeito da história.

Uma sociedade que privilegie o ser e não o ter.

6.2.CONCEPÇÃO DE HOMEM

O homem é um ser social e histórico inserido em determinada

sociedade e com determinada cultura e está permanentemente em processo de

autoconhecimento e crescimento, transformando concomitantemente.

Ao se pensar no homem atual pensa-se em um ser que trabalha,

produz, sofre, compra, vende. Um ser individualista e consumista, em que apesar

das oportunidades não serem as mesmas, se avalia o outro muito mais pelo ter

do que pelo ser, julga-se facilmente de forma superficial o outro e que poucas

condições de tem de reverter o quadro desigual e injusto que se apresenta na

sociedade.

Porém, o que se espera, é que o homem seja um cidadão autônomo,

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consciente, crítico e transformador, sendo sujeito de sua história e da sociedade

que permeia visando o bem comum.

O homem de hoje necessita estar preparado para superar as

desilguladades, para lutar garantindo que os direitos humanos sejam respeitados

e desta forma, a sociedade se torne mais justa, mais solidária, mais humana,

efetivando-se como construtor de sua própria história.

6.3.CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E DE CURRÍCULO

A educação na contemporaneidade necessita ser compreendida a

partir dos impactos e demandas econômicas, políticas sociais, culturais e

tecnológicas uma vez que a educação é um processo possui uma especificidade

humana de formar cidadãos por meio de conteúdos “não materiais” que são as

ideias, teorias, valores, conteúdos estes que vão influir decisivamente na vida de

cada um.

Assim, dizer que a educação é um fenômeno próprio dos seres

humanos significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para

o processo de trabalho, bem como é, ela própria, um processo de trabalho, pois:

Para sobreviver o homem necessita extrair da natureza ativa e

intencionalmente os meios de sua subsistência.

Ao fazer isso inicia o processo de transformação da natureza,

criando um mundo humano ( o mundo da cultura). SAVIANI (1991, p. 19).

Sendo assim, o currículo também deve ser entendido , como uma

ferramenta conceitual que

supõe sempre, de forma explicita e tácita, uma resposta às perguntas: o que

ensinar, como e por quê? Uma

vez que as concepções curriculares variam em função dos distintos valores

educativos que lhe dão vida.

Pode-se perceber o currículo como centro da relação educativa, sendo a

expressão das

relações que se dão na escola, sendo entendido como um “plano” no qual se

detalham os conteúdos de ensino, sua organização e suas inter-relações. Para

que se construa um currículo, devem ocorrer simultaneamente as três

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dimensões fundamentais de estrutura curricular, que é plano, processo ou ação.

O plano de ação inclui necessariamente um planejamento, programa que

estabelece as prioridades, o que vai ser ensinado, as atividades a serem

desenvolvidas, como e quando. É o planejamento que possibilita que a ação

educativa seja coordenada a partir de objetivos educacionais. Para que se torne

um projeto coerente devemos considerar, no seu planejamento e implementação,

decisões oriundas de determinantes culturais, econômicas e pedagógicas. Uma

vez que baseiam o equilíbrio de interesses e forças que gravitam sobre o

sistema educativo num dado momento, enquanto que por meio deles se realizam

os fins da educação no ensino escolarizado.

Cabe destacar, que serão contempladas no currículo e nos Planos de Ação

dos professores as legislações e os temas que discutem no âmbito escolar os

avanços e desafios contemporâneos, como:

- Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira

- Prevenção ao Uso Indevido de Drogas

- Lei 9799/95 – Educação Ambiental

- Educação Fiscal

- Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente

- Gênero e Diversidade Sexual

- Lei 97/06 – História do Paraná

- Agenda 21

- Compromisso do Milênio

6.4.CONCEPÇÃO DE ENSINO- APRENDIZAGEM

A metodologia de ensino deve proporcionar ao aluno situações de

vivência onde, através da reflexão sobre diferentes aspectos da realidade, ele

possa construir compreensões novas, formular hipóteses e explicações,

problematizar, observar, registrar, descrever, documentar, representar e

pesquisar os fenômenos sociais, culturais e naturais - uma metodologia que

contemple o aluno enquanto sujeito do conhecimento e da ação. Para que se

obtenha dos alunos respostas criativas, é necessário que os conteúdos sejam

trabalhados em situações contextualizadas, vinculadas à realidade É preciso

colocar o aluno em contato com as produções culturais e artísticas da

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humanidade, com o conhecimento historicamente produzido, já que através da

interação entre o conhecimento acumulado historicamente e a sensibilidade,

percepção e conhecimento do aluno, acontece a reelaboração e a construção do

conhecimento no contexto da realidade hoje.

A contextualização do conteúdo, apresentada como “recurso que a escola

tem para retirar o aluno da condição de espectador passivo”, supõe a

compreensão de que na relação entre o sujeito do conhecimento e o objeto

estão presentes “áreas, âmbitos ou dimensões da vida pessoal, social e cultural”

do sujeito. Se por um lado esta noção cumpre a finalidade de aproximar do

conhecimento a realidade do aluno e, consequentemente, provocar significado

ao conhecimento, por outro lado devemos estar atentos a não limitar a

abordagem do conteúdo à esfera da superficialidade, dos interesses mais

imediatos ou do senso comum.

6.5.CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO

A educação inclusiva é um processo em que se amplia a

participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular.

Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas

nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de alunos. È uma

abordagem humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas

singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a

inserção social de todos.

A educação inclusiva se importa com a diversidade inerente à

espécie humana, busca perceber e atender as necessidades educativas especiais

de todos os sujeiros-alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular

de ensino, de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de

todos e para tanto necessita de uma prática pedagógica coletiva, multifacetada,

dinâmica e flexível que traz consigo mudanças significativas na estrutura e no

funcionamento das escolas. Também na abordagem do professor, que suscita

uma linha ainda mais humana e nas relações família-escola.

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VII.PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO

7.1. MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

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7.2. MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

ORGANIZADO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010

TURNO: MANHÃ

1ª SÉRIE

BLOCO 1 H.A. BLOCO 2 H.A.

BIOLOGIA 04 ARTE 04

ED FÍSICA 04 FÍSICA 04

FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04

HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06

LEM INGLÊS 04 SOCIOLOGIA 03

LINGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04

TOTAL SEMANAL 25 TOTAL SEMANAL 25

2ª SÉRIE

BIOLOGIA 04 ARTE 04

ED FÍSICA 04 FÍSICA 04

FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04

HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06

LEM INGLÊS 04 SOCIOLOGIA 03

LINGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04

TOTAL SEMANAL 25 TOTAL SEMANAL 25

3ª SÉRIE

BIOLOGIA 04 ARTE 04

ED FÍSICA 04 FÍSICA 04

FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04

HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06

LEM INGLÊS 04 SOCIOLOGIA 03

LINGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04

TOTAL SEMANAL 25 TOTAL SEMANAL 25

ORGANIZADO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010

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TURNO: NOITE

1ª SÉRIE

BLOCO 1 H.A. BLOCO 2 H.A.

BIOLOGIA 04 ARTE 04

ED FÍSICA 04 FÍSICA 04

FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04

HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06

LEM INGLÊS 04 SOCIOLOGIA 03

LINGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04

TOTAL SEMANAL 25 TOTAL SEMANAL 25

2ª SÉRIE

BIOLOGIA 04 ARTE 04

ED FÍSICA 04 FÍSICA 04

FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04

HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06

LEM INGLÊS 04 SOCIOLOGIA 03

LINGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04

TOTAL SEMANAL 25 TOTAL SEMANAL 25

3ª SÉRIE

BIOLOGIA 04 ARTE 04

ED FÍSICA 04 FÍSICA 04

FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04

HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06

LEM INGLÊS 04 SOCIOLOGIA 03

LINGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04

TOTAL SEMANAL 25 TOTAL SEMANAL 25

7.3. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ARTE

DIMENSÃO HISTÓRICA

Quando nos referimos ao Ensino da Arte, alguns momentos importantes

precisam ser resgatados sobre a história da disciplina, permitindo uma reflexão

mas apropriada sobre sua posição atual nas escolas.

A primeira forma registrada de Arte na educação no Estado do Paraná,

ocorreu durante o Século XVI no período colonial nas vilas e reduções

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jesuíticas. O ensino possuía caráter religioso sendo realizado um trabalho de

catequização dos indígenas com o ensino das artes e dos ofícios, através da

retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e outras artes

manuais. A Companhia de Jesus promoveu o cultivo das formas do período da

alta Idade Média e renascentista assimilando também as locais. Esse trabalho

perdurou por 250 anos, deixando influência na cultura popular paranaense como

exemplo na música caipira e no folclore, entre outras. O modelo até então

Teocêntrico acabou por ter algumas mudanças com a expulsão dos Jesuítas

pelo Marquês de Pombal ocorrendo posteriormente a Reforma Pombalina.

O ensino da arte se tornou irrelevante permanecendo apenas associado as

ciências naturais e aos estudos literários.

Somente com a vinda da família Real de Portugal ao Brasil é que

propiciou um momento significativo do ensino da arte no Brasil: a

chegada da Missão Artística Francesa. O incentivo de D. João VI ao ensino

da arte no início do Século XIX, acabou resultando na Academia de Belas

Artes do Rio de Janeiro fundada em 1826. Na academia os alunos poderiam

aprender sobre o estilo Neoclássico que se baseava no culto a beleza

clássica, enfatizando exercícios de reprodução de obras consagradas. O

Brasil, apesar de já estar desenvolvendo o estilo Barroco, considerado o

primeiro estilo com características brasileiras, acaba incorporando essa

cultura europeia.

Na época em que o ensino nas escolas ainda era influenciado pelo

Iluminismo priorizando a área científica, resultou na ratificação na

Reforma Educacional de 1890, cujo objetivo ainda era valorizar a

ciência e os estudos literários. A partir dos ideais positivistas de Augusto

Comte, valorizaram o ensino do Desenho Geométrico que procura atender o

modo de produção capitalista caracterizado pelo inicio da industrialização do

Brasil, com ênfase no ensino profissionalizante.

Depois desse direcionamento para as habilidades e técnicas, um marco

importante em nossa história foi a Semana de Arte Moderna de 1922, que

propiciou o inicio da valorização da produção individual e a cultura nacional.

Nesse contexto o ensino da arte teve um olhar calcado na expressividade,

espontaneidade e criatividade que caracterizaram a Escola Nova.

A partir de 1931, houve a instituição do ensino da música que com o

canto orfeônico, o ensino da arte fez-se presente como primeiro projeto de

educação pública de massa,. O objetivo também da busca de uma identidade

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nacional teve como um dos artistas de maior expressão, o compositor Heitor

Villa Lobos. A partir de então, as escolas além dos estudos de teoria musical

incentivavam a execução de hinos e canções cívicas.

Em 1948 Augusto Rodrigues cria no Rio de Janeiro a Primeira Escolinha de

Arte do Brasil, na forma de Atelier livre, com a finalidade de desenvolver a

criatividade, incentivando a expressão individual. Entretanto, foi no ano de 1954

que foi criada a primeira Escola de Artes do Paraná, no Colégio Estadual

do Paraná em Curitiba, com o objetivo de trabalhar a dimensão criativa

através das Artes Plásticas, Teatro e Música.

A obrigatoriedade do ensino de arte nos currículos de Ensino

Fundamental e Médio aconteceu somente a partir de 1971. Nessa

época, o Brasil passava por um momento de repressão política e

cultural, e o ensino apesar do conteúdo ser reduzido, baseava-se na

concepção tecnicista centrada nas habilidades e técnicas.

No contexto dos anos 90 é elaborado no Paraná o currículo Básico do

Ensino Fundamental e Ensino Médio com a pedagogia que intencionava fazer

da escola um instrumento que contribuísse para a transformação social.

Com a lei 9394/96 mantém a obrigatoriedade do Ensino da arte na Educação

Básica, porém, passa a compor a área de linguagens, códigos e suas

tecnologias, abrangendo: Música, Artes Visuais, Dança e Teatro.

A partir dos PCNs foram publicados e encaminhados ás escolas, e na

disciplina de Arte teve como principal fundamentação a proposta de Ana Mae

Barbosa denominada “A Metodologia Triangular” que era norteada por três eixos:

o fazer artístico, a apreciação estética e a contextualização da obra através da

História da Arte. Além da metodologia triangular os PCNs passaram a tratar às

quatros áreas do conhecimento artístico: artes visuais, teatro, música e dança.

No período de 2003 a 2006, foram realizadas diversas ações pelo

Governo do Estado do Paraná que valorizaram o ensino da a Arte, dentre

os quais tiveram muito destaque .. o aumento da carga horária, contratação

de profissionais com Licenciatura em Arte, criação e distribuição de

materiais didáticos para alunos e professores e a criação do Fera, que é um

projeto que valoriza talentos.

O ensino de Arte passou a ser visto não apenas como disciplina integrante

no sistema educacional, mas como algo de importância no crescimento e

desenvolvimento do aluno como fruidor e transformados da sua realidade

histórica.

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Portanto, muitas ações foram realizadas no decorrer desse processo

histórico recente na busca de efetivar transformações e uma maior valorização

do ensino da arte.

O ser humano é um ser simbólico, inventa e cria símbolos, e a arte é um

patrimônio cultural que nos aproxima dos códigos e interpretações das

comunidades de qualquer época, povo cultura ou país. Como agente

transformador a Arte se concretiza através da expressão artística

individual ou coletiva, utilizando-se de sons, formas visuais,

movimentos do corpo, representação cênica, dentre outras possibilidades

de leituras da realidade, possibilitando portanto, outras leituras de mundo.

A escola nos possibilita o experimento, a relação entre culturas diversas,

questionamentos, cria reflexões contextualizadas, em fim utiliza-se a Arte

como forma de expressão, onde o aluno cria e põem sentido as coisas da vida

com relação à construção de uma sociedade.

A Arte como linguagem pondera o entendimento que não apenas

suscita sentimentos, mas transmite e capta novas concepções. Por isso,

devemos tratar a Arte como forma de linguagem — linguagem artística.

2. OBJETIVOS DA DISCIPLINA

O Ensino da Arte tem como objetivo ampliar as oportunidades de

experiências estéticas, instigar a criatividade, a percepção e as

possíveis associações da arte com a realidade do aluno. Além de promover o

desenvolvimento cultural e estético proporcionando o interesse por novas

possibilidades de aprendizado integrando leitura de imagens, pesquisa,

apreciação, o fazer e o contextualizar a obras de arte.

Propiciar ao educando o acesso aos conhecimentos presentes nos bens

culturais, por meio de um conjunto de saberes em Artes que lhe permitam

utilizar-se desses conhecimentos na compreensão das realidades e ampliar o seu

modo de vê-lo.

“Habitamos um mundo que vem trocando sua paisagem natural

por um cenário criado pelo homem, pelo qual circulam pessoas,

produtos informações e principalmente imagens. Se temos que

conviver diariamente com essa produção infinita, melhor será

aprendermos a avaliar esta paisagem, sua função, sua forma, e seu

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conteúdo, e o que exige o uso de nossa sensibilidade estética. Só

assim poderemos deixar de ser observadores passivos para nos

tornarmos espectadores críticos, participantes e exigentes.“ (COSTA,

1999).

A partir de tantas reflexões sobre a arte, e a necessidade de sua

compreensão, faz-se necessário o objetivo de fortalecer a experiência sensível e

inventiva do aluno, incitando-o ao questionamento, fazendo com que ele se torne

critico e agente a transformador na sua sociedade.

Portanto, cabe ao ensino da arte a tarefa de proporcionar ao estudante o

conhecimento dos códigos das diferentes linguagens artísticas, no sentido de

instrumentalizá-las para a leitura e a interpretação, e o desenvolvimento da

capacidade criadora ou a criatividade estética para a auto-expressão.

3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

3.1 OBJETO DE ESTUDO

Conhecimento Estético: Está relacionado à sensibilidade gerada a partir do

conhecimento teorizado sobre a arte, produzido pelas ciências humanas, como

Filosofia, Sociologia, Psicologia, Antropologia e Literatura.

Conhecimento Artístico: Está relacionado ao processo criativo ou

produção artística. São as formas de organização e estruturação do trabalho

artístico.

Conhecimento Contextualizado: Envolve o contexto histórico

comunidade em que está inserido e sua relação com o conhecimento

sistematizado em arte. Outra dimensão do contexto é o estudo da origem

histórica e social do conhecimento específico da arte. Este contexto deve

ser compreendido como resultado de experiência sociais dos sujeitos

históricos produtores do conhecimento.

3.2 CONTEUDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos da disciplina de Arte devem ser trabalhados de forma

articulada com as quatro áreas do conhecimento artístico; artes visuais, teatro,

música e dança.

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Os conteúdos estruturantes da disciplina de arte são:

I. Elementos básicos das linguagens artísticas: elementos formais;

II. Produções / manifestações artísticas: composição;

III. Elementos contextualizadores: movimentos e períodos.

3.2.1 Elementos Formais

Os elementos formais estão relacionados à forma propriamente dita, ou

seja, aos recursos empregados em uma obra. São os elementos da cultura

presentes nas produções humanas e na natureza. Esses elementos são usados

para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em cada uma delas,

sendo que no processo de ensino, o professor poderá aprofundar os elementos

formais da sua área de habilitação estabelecendo articulação com as outras

áreas.

3.2.2 Composição

Trata-se de um processo de organização e desdobramentos dos elementos

formais que constituem uma produção artística. A composição acontece por meio

dos conhecimentos de cada área de Arte, sejam elas visuais, teatrais, musicais

ou na dança, levando em conta a imensa variedade de técnicas, gêneros e

estilos.

3.2.3 Movimentos e Períodos

Nos movimentos e períodos, acontece a contextualização histórica

relacionado ao conhecimento em Arte. Nele estão contidos aspectos, sociais,

culturais e econômicos presentes numa composição artística e explicita nas

relações internas de um movimento artístico em suas especificidades. Sempre

que possível, o professor deve estabelecer as relações de cada movimento

artístico com o período de uma determinada área da arte com a história e suas

implicações

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4.CONTEUDOS POR SERIE

Os conteúdos básicos para a disciplina de Arte estão organizados por área

e de forma seriada. Devido ao fato da disciplina de Arte ser composta por quatro

áreas artísticas (artes visuais, música, teatro e dança), o professor fará o

planejamento e o desenvolvimento de seu trabalho, tendo como referência a sua

formação. A partir de sua formação e de pesquisas, estudos, capacitação e

experiências artísticas, serão possíveis as abordagens de conteúdos das outras

áreas.

Nesse sentido, o planejamento e a prática pedagógica devem partir da

formação do professor, que dará sustentação para abordar outras áreas da

disciplina de Arte, bem como de outras disciplinas do currículo.

Ressalta-se ainda que o trabalho com os “movimentos e períodos”, não

deve ser tomado a partir de uma leitura linear ou cronológica da História, e que

o importante é destacar às permanências e mudanças dos elementos formais e

de composição, presentes em seus diversos períodos. É fundamental esclarecer

que o presente documento está estruturado com base nas Diretrizes Curriculares

de Arte, porém não deve ser tomado como currículo, tampouco como a diretriz,

mas como uma orientação para o trabalho dos professores da disciplina,

apontando referências mínimas de conteúdos para cada série.

Os conteúdos estão organizados de forma a proporcionar uma unidade,

para isso foram selecionados enfoques a serem aprofundados em cada série

para todas as áreas, ressaltando-se que estes enfoques estão presentes em toda

a educação básica, a proposta é que sejam enfatizados em determinadas séries.

Da mesma forma, é importante relacionar os conteúdos referentes a História e

Cultura Afro-brasileira e Indígena e História do Paraná, assim como Prevenção ao

uso indevido de drogas, Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento

contra a criança e o adolescente e Gênero e diversidade sexual, sendo que estes

temas deverão ser especificados pelo professor em seu Plano de Trabalho

Docente, tendo ele a liberdade de escolher o enfoque dado devido a abrangência

de possibilidades dentro disciplina de Arte.

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11.3. CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A DISCIPLINA DE ARTE NO

ENSINO FUNDAMENTAL SÉRIES FINAIS

5ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

CONTEÚDOS

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaEscalas: diatônica, pentatônicacromática maior, menor, ImprovisaçãoGêneros: erudito, popular

Greco-RomanaOrientalOcidentalIdade MédiaArte Popular (folclore)

- Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música. Audição de diferentes ritmos e escalas musicais.

- Teoria da música.

- Produção e execução de instrumentos rítmicos. Prática coral e cânone rítmico e melódico.

- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.

-Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos.

6ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Altura

Duração

Timbre

RitmoMelodiaEscalasEstrutura Gêneros:

Música popular e étnica (ocidental e oriental)

- Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais.

- Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas

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Intensidade

Densidade

folclórico, popular, étnicoTécnicas: vocal, instrumental, mistaImprovisação

BrasileiraParanaenseAfricanaRenascimentoNeoclássicaCaipira/Sertanejo Raiz

Pesquisa da paisagem sonora.

- Teorias da música.

- Produção de trabalhos musicais com características populares e composição de sons da paisagem sonora.

contemporâneas.

- Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.

7ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

CONTEÚDOS

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaHarmonia

Tonal, modal e a fusão de ambos.

Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista

Sonoplastia

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Tecno

Sertanejo pop

Vanguardas

Clássica

- Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias. O som e a música no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador)

- Teorias sobre música e indústria cultural.

- Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

- Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.

- Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.

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8ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

CONTEÚDOS

ABORDAGEM PEDAGÓGIC

A

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaHarmoniaEstrutura Técnicas: vocal, instrumental, mista Gêneros: popular, folclórico, étnico.

Música EngajadaMúsica Popular Brasileira.Música contemporâneaHip Hop, Rock, Punk Romantismo

- Percepção dos modos de fazer música e sua função social.

- Teorias da Música.

- Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na Arte Engajada.

- Compreensão da música como fator de transformação social. - Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

5ª SÉRIE – ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

CONTEÚDOS

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

PontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigurativa/AbstratoGeométricaTécnicas: Pintura, desenho, baixo e alto relevo,

Arte Pré-HistóricaArte Greco-RomanaArte AfricanaArte OrientalArte Popular (folclore)Arte BrasileiraModernistas;

- Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos das artes visuais.

- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.

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escultura, arquitetura...Gêneros: paisagem, retrato, cenas da mitologia

Picasso, Paul klee, Piet Mondrian, Van Gogh, Tarsila do Amaral, Alfredo Volpi...

6ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

CONTEÚDOS

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigurativaAbstrataGeométricaTécnicas: Pintura, desenho, escultura, modelagem, gravura, mista,etc Gêneros: Paisagem, retrato,natureza morta.

Arte BizantinaArte GóticaArte RenascentistaArte Brasileira e ParanaenseArte Popular FolcloreArte Moderna e Contemporânea

- Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos.

- Teoria das Artes Visuais

- Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura popular, relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.

- Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas contemporâneas.

- Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.

7ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

CONTEÚDOS

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstratoSemelhançasContrastesRitmo VisualCenografia

Técnicas: pintura, desenho, fotografia, audiovisual, gravura...Gêneros: Natureza morta, retrato, paisagem.

BarrocoRealismoOp ArtPop ArtIndústria CulturalArte DigitalVanguardasArte ContemporâneaArte Brasileira

- Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias.

- Teoria das artes visuais e mídias.

- Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

- Compreensão das artes visuais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.

- Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais nas mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

8ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

CONTEÚDOS

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigurativoGeométricaFigura-fundo PerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualCenografia

Técnica:

Revisão: RenascimentoBarroco BrasileiroArte ModernaExpressionismo FauvismoCubismoAbstracionismoFuturismoSurrealismo

Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social.

- Teorias das Artes Visuais.

- Produção de trabalhos com

-Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de transformação social.

- Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

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Pintura, desenho, etc.

DadaísmoPop-ArtOp-ArtGrafite

os modos de organização e composição com enfoque na Arte Engajada.

5ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

CONTEÚDOS

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto improvisação, manipulação, máscara

Gênero: Tragédia, Comédia, enredo, roteiro. Espaço Cênico, circo.Adereços

Greco-RomanaTeatro OrientalAfricanoTeatro MedievalRenascimentoTeatro Popular

- Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e sua articulação com formas de composição em movimentos e períodos onde se originaram.

- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram.

- Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatral.

6ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

CONTEÚDOS

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Personagem:

Representação,

Comédia dell' arte

- Percepção dos modos de

- Compreensão das diferentes formas

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expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Espaço

Leitura dramática,Cenografia.Gêneros: Rua, Comédia, arena,Caracterização

Técnicas: jogos dramáticos e teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas...

Teatro PopularTeatro Popular Brasileiro e Paranaense

fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis.

- Teorias do teatro.

- Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto.

de representação presentes no cotidiano, suas origens e práticas contemporâneas.

- Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais, presentes no cotidiano.

7ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

CONTEÚDOS

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Espaço

Representação no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador)Texto dramáticoCenografiaMaquiagemSonoplastiaRoteiro, enredo

Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica

Indústria CulturalRealismoExpressionismoCinema NovoVanguardasClassicismo

- Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias.

- Teorias da representação no teatro e mídias.

- Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

- Compreensão das diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.

- Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.

8ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

CONTEÚDOS

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Espaço

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum, Teatro ImagemRepresentaçãoRoteiro, enredoDramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurinoGêneros

Teatro EngajadoTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro do AbsurdoRomantismo

- Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.

- Teorias do teatro.

- Criação de trabalhos com os modos de organização e composição teatral com enfoque na Arte Engajada.

- Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de transformação social.

- Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

5ª SÉRIE - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

CONTEÚDOS

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

EixoDeslocamentoPonto de ApoioFormaçãoTécnica: ImprovisaçãoGênero: Circular

Pré-históriaGreco-RomanaMedievalIdade MédiaArte Popular (folclore)

- Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança.

- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.

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6ª SÉRIE - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Gênero: Folclórica, popular, étnicaPonto de ApoioFormaçãoRotaçãoCoreografiaSalto e quedaNiveis (alto, médio e baixo)

Dança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaRenascimento

- Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada.- Teorias da dança.- Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.

- Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas.

- Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.

7ª SÉRIE - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

DireçõesDinâmicasAceleraçãoImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria

Hip HopMusicaisExpressionismoIndústria Cultural Dança Moderna

- Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias.- Teorias da dança de palco e em diferentes

- Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e

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Cultural, espetáculo

Dança Clássica

mídias.- Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

consumo.- Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.

8ª SÉRIE - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

CONTEÚDOS BÁSICO PARA A

SÉRIECOMPOSIÇÃOMOVIMENTO

S E PERIODOS

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Ponto de ApoioNíveis (alto, médio e baixo)RotaçãoDeslocamentoGênero: Salão, espetáculo,

Arte EngajadaVanguardasDança ContemporâneaRomantismo

- Percepção dos modos de fazer dança e sua função social.- Teorias da dança.- Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança com enfoque na Arte Engajada.

- Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social. - Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

11.4. CONTEÚDOS PARA A DISCIPLINA DE ARTE NO ENSINO MÉDIO

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ÁREA MÚSICA

consumo.

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

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Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastes

Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas...

Gêneros: paisagem, retrato, natureza-morta ...

Arte OcidentalArte OrientalArte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte ContemporâneaArte DigitalArte Latino-AmericanaIndústria Cultural

- Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e mídias.

- Teoria das artes visuais.

- Produção de trabalhos de artes visuais com os modos de organização e composição, com enfoque nas diversas culturas.

- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com a sociedade contemporânea.

- Produção de trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

- Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes visuais nas diversas culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-FórumRoteiroEncenação, leitura dramática

Teatro Greco-RomanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularIndústria CulturalTeatro Engajado

- Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico articulado com os elementos de composição e movimentos e períodos do teatro;

- Percepção dos

- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com o movimento artístico no qual se originou;

-Compreensão da dimensão do teatro enquanto

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Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico

DramaturgiaRepresentação nas mídiasCaracterizaçãoCenografia,sonoplastia, figurino, iluminação DireçãoProdução

Teatro DialéticoTeatro EssencialTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro de VanguardaTeatro RenascentistaTeatro Latino-AmericanoTeatro RealistaTeatro Simbolista

modos de fazer teatro e sua função social;

- Teorias do teatro.

- Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços;

- Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.

fator de transformação social;

-Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social;

-Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo;

-Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatral.

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

CONTEÚDOS BÁSICO

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

EixoDinâmicaAceleraçãoPonto de ApoioSalto e QuedaRotaçãoNíveisFormaçãoDeslocament

Pré-históriaGreco-RomanaMedievalRenascimentoDança ClássicaDança PopularBrasileiraParanaenseAfricana

- Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança;

- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originou;

- Compreensão da

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oImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, circular, populares, salão, moderna, contemporânea...

IndígenaHip-HopExpressionismoIndústria Cultural Dança ModernaArte EngajadaVanguardasDança Contemporânea

- Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada;

- Teorias da dança;

- Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos;

- Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição;

dimensão da dança enquanto fator de transformação social;

- Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo;

- Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança;

- Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

5. METODOLOGIA

As experiências do educando com sua cultura são referências

importantes na seleção de conteúdos, pois os levam a construir sua

identidade e sua cidadania. Portanto, optar por conteúdos significativos,

isto é, trabalhar com conhecimento de forma que o aluno tenha

condições de lhe atribuir significado através de conhecimento de

relações, não só com outras áreas como também com sua experiência de vida.

Ao abordar os conteúdos, procurar-se-á formas dinâmicas de modo

que o aluno possa problematizar e encontrar soluções criativas para as

questões propostas. Incentivar o trabalho em grupo e a troca de experiências e

conhecimentos.

Definir juntamente com os alunos os temas que possam vir a se

transformar em projetos integradores com as várias disciplinas que mobilizem

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toda a classe.

O trabalho em sala de aula deve se pautar pela relação que o ser

humano tem com a arte, essa relação é do produzir arte, desenvolver um

trabalho artístico ou de sentir ou perceber as obras artísticas.

No espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento. A

metodologia do ensino da arte contempla três momentos da organização

pedagógica: o sentir e perceber que são as formas de apreciação e

apropriação, o trabalho artístico, que é a prática criativa, o conhecimento,

que fundamenta e possibilita o aluno um sentir/ perceber e um trabalho

artístico mais sistematizado, de modo a direcioná-lo à formação de

conceitos artísticos.

A função da arte na escola é ensinar a ver, e por isso é preciso

desencadear um processo de formação dos sentidos, pois os objetos, mais do

que vistos, precisam ser compreendidos em seus significados. Para tanto, é

necessário um trabalho contínuo e sistemático com a produção cultural que

inclui, sem se restringir a elas, as obras de arte como familiarização cultural por

meio de domínio dos conhecimentos artísticos sistematizados na forma de

História da Arte.

No ensino da Arte, há necessidade de buscar uma metodologia que

priorize a transformação do sujeito, despertando-o criativo, crítico e

sensibilizando-o para as linguagens artísticas.

Portanto, o encaminhamento metodológico se fará a partir de três

momentos: o sentir e perceber, o conhecimento em arte e o trabalho artístico.

Tanto no Ensino Fundamental como no Ensino Médio serão levadas em conta as

peculiaridades de cada aluno sobre os conhecimentos que eles já possuem como

ponto de partida. Entretanto, no Ensino Médio, o entendimento acontecerá de

forma a levá-los a reflexão na busca da superação do senso comum, utilizando-se

da análise das diferentes formas de expressões artísticas e técnicas,

contextualizando-as de forma mais aprofundada de acordo com o tema proposto.

Para contemplar os três momentos do processo metodológico um dos

recursos bastante utilizados será a TV Multimídia pendrive onde serão exibidos

imagens, vídeos, música, filmes, documentários, etc. Também será utilizado o

Livro Didático Publico de Arte, como também demais livros da Historia da Arte de

diferentes autores, coleções de pintores renomados, posteres, CDs, rádio,

quadro-negro, instrumentos musicais, fantoches, e os demais materiais

adquiridos pela escola como tinta, pinceis, etc. Enfatizamos que as atividades

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práticas serão realizadas na sala própria de artes, com pia, mesas e armários

adequados.

5.1 SENTIR E PERCEBER

É possibilitar aos alunos o acesso às obras artísticas de artes visuais,

música, teatro e dança para que os mesmos possam familiarizar-se com as

diversas formas de produção de arte. Esse momento metodológico deve

também, envolver a apreciação e apropriação dos objetos da. natureza e da

cultura em uma dimensão estética.

5.2 CONHECIMENTO EM ARTE

Este é um momento privilegiado da cognição, onde a

racionalidade opera para apreender o conhecimento historicamente

produzido sobre arte a História da Arte.

O conhecimento em arte, na perspectiva das diretrizes materializa-se

no trabalho escolar com os conteúdos estruturantes (elementos formais,

composição, movimentos e períodos. tempo e espaço) da disciplina e como

eles se constituem nas artes visuais, dança, música e teatro.

5.3 TRABALHO ARTÍSTICO

A prática artística como trabalho criador é a expressão privilegiada para

definir o momento do exercício e da imaginação e criação. A arte não pode ser

aprendida somente de forma abstrata, o processo de produção do aluno,

acontece quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e

humaniza os sentidos.

6. AVALIAÇÃO

Produzir bons e adequados instrumentos para coletar dados na avaliação

da aprendizagem dos nossos educandos, sem complicações desnecessárias,

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significa preparar uma avaliação intencional e bem planejada. Esse processo de

avaliação requer instrumentos e estratégias que:

11.Ofereçam desafios, situações-problema a serem resolvidas;

12.Sejam contextualizadas, coerentes com as expectativas de ensino e

aprendizagem;

13.Possibilitem a identificação de conhecimentos dos alunos e as

estratégias por ele empregadas;

14.Possibilitem que o aluno reflita, elabore hipóteses, expresse seu

pensamento;

15.Permitam que o aluno aprenda com o próprio erro;

16.Exponham, com clareza, o que se pretende;

17.Revelem, claramente, o que e como se pretende avaliar.

A avaliação em Arte deverá levar me conta as relações estabelecidas pelo

aluno entre conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciadas tanto no

processo, quanto na produção individual e coletiva desenvolvida a partir desses

saberes.

Observar os conhecimentos específicos das linguagens artísticas

práticas e teóricas para que os alunos se posicionem em relação aos

trabalhos artísticos estudados e produzidos.

Conhecer a relação entre o criador e a obra redimensionando se

preciso, as práticas pedagógicas em tempo, para que o aluno progrida e se

sinta motivado.

A avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de

medição do ato de aprender busca propiciar aprendizagens

socialmente significativas para o aluno, sem estabelecer parâmetros

comparativos entre eles, e sim discutir dificuldades e progressos de cada

um observando como o aluno soluciona as problematizações e como se

relaciona com o colega nas discussões e consensos de grupos. A avaliação será

contínua.

Espera-se que o aluno ao final da educação básica seja capaz de:

- Expressar-se utilizando conhecimentos da história da arte;

- Vivenciar instrumentos e procedimentos variados em artes visuais,

dança; música e teatro;

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- Ter a percepção das várias possibilidades de expressão artística;

- Obter conhecimento estético:

- Distinguir e respeitar as diferentes culturas dos diferentes povos,

bem como suas produções;

- Refletir sobre seu próprio trabalho e do outro e sobre os valores e

maneiras de pensar e ver o mundo;

- Apresentar capacidade de interpretação e representação;

- Revelar criatividade na exposição dos temas;

- Analisar os processos ocorridos consigo mesmo e com os colegas.

No processo de ensino e aprendizagem de arte, a avaliação ocorre com

base nos conteúdos, objetivos em três momentos distintos já comentados, a

apreciação, o conhecimento em arte e o trabalho artístico.

Diagnosticando o nível de conhecimentos artístico e estético dos alunos,

costumando ser na prévia de uma atividade. A avaliação realizada durante a

própria situação de aprendizagem, quando identificamos como o aluno interage

com os conteúdos e transforma os conhecimentos.

Para que isso ocorra de maneira satisfatória, a avaliação será realizada

com o uso de diferentes instrumentos, de acordo com o sistema seguido pelo

estabelecimento de ensino, sendo feito dois blocos de avaliações, sendo um

deles a prova escrita sobre o conteúdo teórico da disciplina, e o outro

instrumento fica a critério do professor, como também a recuperação. Dentre os

instrumentos utilizados podemos citar:

- Atividades práticas em sala;

- Apresentações orais;

- Trabalhos visuais individuais ou em grupo (desenho, pintura, gravura,

etc);

- Apresentações teatrais, musicais e ou de danças;

- Participação e produtividade em sala;

- Tarefas de casa;

- Trabalhos de pesquisa nas normas da ABNT;

- Relatórios de vídeos e filmes, etc.

Entretanto, as avaliações acontecerão de forma diagnóstica e processual

de acordo com o desenvolvimento das aulas, dos alunos e a superação de suas

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dificuldades, respeitando as potencialidades de cada um.

7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARRUDA, Solange. Arte do movimento. São Paulo: PW gráficos e Associados,

1988.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre Arte. São Paulo: Ática, 1991.

BOURO, S. Olhos que pintam: a leitura de imagens e o ensino da arte. São

Paulo: Educ/Facesp/Cortez, 2002.

COSTA. Cristina. Questões de Arte: a natureza do belo, da percepção e do

prazer estético. São Paulo: Editora Moderna, 1999.

FERRAZ, M; FUSARI, M.R. Metodologia do ensino da Arte. 2a ed. São

Paulo: Cortez, 1993.

FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. 9ª ed. - Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2002.

KOSIC, Karel. Dialética do Concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.LABAN,

Rodolfo. Domínio do Movimento. São Paulo: Summus, 1978.

MARQUES, Isabel A. Ensino de dança hoje: textos e contextos. 2a ed.

São Paulo: Cortez, 2001.

OSTROWER, Fayga P. Universo da arte, 7a ed. Rio de Janeiro: Campus, 1991.

PAREYSON, L. Os problemas da estética. São Paulo. Martins Fontes, 1997.

PARANA, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte

para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008

PARANA, Secretaria de Estado da Educação do. Departamento de Ensino Médio.

LDP: Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED, 2006.

7.4. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR BIOLOGIA

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PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

A disciplina de Biologia estuda o fenômeno vida, a qual se relaciona com a

diversidade de manifestações. Esses fenômenos se caracterizam por um conjunto

de processos organizados e integrados, no nível celular ou de organismos no

meio que vivem até sua interação com a biosfera. As diferentes formas de vida

estão sujeitas a transformação que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao

mesmo tempo, propiciadoras de transformações no ambiente. O objeto de estudo

segundo as diretrizes tem a função de formar o sujeito crítico, reflexivo e

analítico, portanto consolida se por meio de um trabalho em que o professor

reconhece a necessidade de superar as concepções pedagógicas anteriores, ao

mesmo tempo em que compartilha com os alunos a afirmação e a produção de

saberes científicas a favor da compreensão do fenômeno VIDA. O aprendizado da

Biologia deve permitir a compreensão da natureza vivida e dos limites dos

diferentes sistemas explicativos, a contraposição entre os mesmos e que a

ciência não tem respostas definitivas para tudo, sendo uma de suas

características a possibilidade de ser questionada e de se transformar. Deve

permitir, ainda, a compreensão de que os modelos na ciência servem

diretamente, como também aquilo que só podemos inferir; que tais modelos são

produtos da mente humana e não a própria natureza, construções mentais que

procuram sempre manter a realidade observada como critério de legitimação.

Elementos da história da filosofia da biologia tornam possível aos alunos a

compreensão de que há uma ampla rede de relações entre a produção científica

e o contexto social, econômico e político.

É possível verificar que a formulação, o sucesso ou o fracasso das

diferentes teorias científicas estão associados a seu momento histórico.

O conhecimento de Biologia deve subsidiar o julgamento de questões

polêmicas, que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de

recursos naturais e à utilização de tecnologias que implicam intensa intervenção

humana no ambiente, cuja avaliação deve levar em conta a dinâmica dos

ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a

vida se processa.

O desenvolvimento da genética e da biologia molecular, transgênicos, das

tecnologias de manipulação do DNA e da clonagem traz à tona aspectos éticos

envolvidos na produção e aplicação dos conhecimentos científicos e tecnológicos,

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chamado á reflexão sobre as relações entre a ciência, a tecnologia e a sociedade.

Conhecer a estrutura molecular da vida, os mecanismos de perpetuação,

diferenciação das espécies e diversificação intraespecífica, a importância da

biodiversidade para a vida no planeta são alguns dos elementos essenciais para

um posicionamento criterioso relativo ao conjunto das construções e

intervenções humanas no mundo contemporâneo.

A física dos átomos e moléculas desenvolveu representações que

permitem compreender a estrutura microscópica da vida. Na Biologia estabelece

modelos para as microscópicas estruturas de construção dos seres, de sua

reprodução e de seu desenvolvimento. Debatem, nessa temática, questões

existenciais de grande repercussão filosófica, sobre a origem da vida ser um

acidente, uma casualidade ou, ao contrário, a realização de uma ordem já

inscrita na própria constituição da matéria infinitesimal. A abordagem á temas

como gênero e diversidade sexual, DST’S(Doenças Sexualmente transmissíveis).

Neste século presencia – se um intenso processo de criação científica,

inigualável à tempos anteriores. A associação entre ciência e tecnologia se

amplia, tornando - se mais presente no cotidiano e modificando cada vez mais o

mundo e o próprio ser humano. Questões relativas a valorização da vida em sua

diversidade, a ética nas relações entre seres humanos, e o planeta, ao

desenvolvimento de vida, marcam fortemente nosso tempo, pondo em discussão

os valores envolvidos na produção e aplicação do conhecimento científico e

tecnológico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

12.Organização dos seres vivos

13.Mecanismos biológicos

14.Biodiversidade

15.Manipulação genética

CONTEÚDOS BÁSICOS

18.Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.

19.Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.

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20.Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

21.Teoria celular; mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos

22.Teorias evolutivas

23.Transmissão das características hereditárias.

24.Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a

interdependência com o ambiente.

25.Organismos geneticamente modificados

26.Bioquímica celular: qualidade de vida através da alimentação

27.Desequilíbrios ambientais.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA

IV. Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da biologia.

V. Apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos em

estudo.

VI. Apresentar, de forma organizada, o conhecimento biológico aprendido,

através de textos, desenhos, esquemas gráficos, tabelas, maquetes,

etc.

VII.Conhecer diferentes formas de obter informações (observações),

experimento, leitura de textos e imagem, entrevista, selecionando

aquelas pertinentes ao tema biológico em estudo.

VIII. Expressar dúvidas, idéias e conclusões acerca dos fenômenos

biológicos.

IX. Reconhecer que os seres vivos são formados a partir de células e a

importância de suas funções básicas para a manutenção da vida.

X. Identificar os principais grupos de seres vivos e, quando possível a

ocorrência dos principais tipos de tecidos celulares observados em

microscópio ou olho ruim.

XI. Reconhecer a interdependência dos seres vivos entre si e com relação

ao meio onde vivem.

XII.Representar a história da vida na terra através da evolução genética

anatomofisiológica dos seres vivos.

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XIII. Relacionar fenômenos, fatos, processos e ideias em biologia,

elaborando conceitos, identificando regularidades em diferenças,

construindo generalizações.

XIV. Utilizar critérios científicos para realizar classificações dos seres

vivos.

XV.Relacionar diversos conteúdos conceituais de Biologia.

XVI. Estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou

processo biológico.

XVII. Selecionar e utilizar, metodologias científicas adequadas para

resolução de problemas, fazendo uso, quando o caso, de tratamento

estatístico na análise de dados coletados.

XVIII. Utilizar noções e conceitos da biologia em novas situações de

aprendizado (existencial ou escolar).

XIX. Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o

entendimento dos fatos ou processos biológicos.

XX. Compreender as funções vitais dos seres (nutrição, digestão,

respiração, excreção, reprodução e transformação de substância.

XXI. Analisar a Biologia como um fazer humano, e portanto, histórico,

frente da conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais

nos conhecimentos de senso comum relacionados a aspectos

biológicos.

XXII. Julgar ações de intervenção identificando aquelas que visam, a

preservação e implementação da saúde individual, coletiva e do

ambiente.

XXIII. Analisar as relações entre conhecimento científico e o

desenvolvimento tecnológico, considerando a preservação da vida, as

considerações de vida e as concepções de desenvolvimento

sustentável.

XXIV. Associar as necessidades básicas de nutrição do homem a sua

situação sócio econômica e os costumes alimentares das diferentes

regiões do Brasil.

XXV. Aplicar os procedimentos adequados para a prestação de socorros

imediatos em casos de emergência e perigo à vida humana.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

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No ensino de Biologia o conhecimento científico é fundamental, mas não

suficiente. É essencial considerar o desenvolvimento cognitivo dos estudantes,

relacionando as suas experiências, sua idade, sua identidade cultural e social, e

os diferentes significados e valores que a biologia pode ter para eles.

Por meio de temas de trabalho, o processo de ensino e aprendizagem na

área de Biologia pode ser desenvolvido dentro de contextos sociais e

culturalmente relevante, que potencializam a aprendizagem significativa. Os

temas devem ser flexíveis o suficiente par abrigar a curiosidade dos diferentes

conteúdos e seu desenvolvimento histórico, conforme as características e

necessidades das classes de alunos, nos diferentes ciclos.

O interesse e a curiosidade dos estudantes pela natureza , pela tecnologia

e pela realidade local e universal, conhecidos também pelos meios de

comunicação, favorecem o envolvimento e o clima de interação que precisa

haver para o sucesso das atividades, pois neles encontram mais facilmente

significado, incentivando o aluno a ter conhecimento, trabalhando com ele

através de várias abordagens sobre educação ambiental (Lei n.9799/95).

Tratasse, portanto, de organizar atividades interessantes que permitam a

exploração e a sistematização de conhecimentos compatíveis ao nível de

desenvolvimento intelectual dos estudantes em diferentes momentos do

desenvolvimento. Deste modo, é possível enfatizar as relações no âmbito da

vida, do Universo, do ambiente e dos equipamentos tecnológicos que podem

melhor situar o estudante em seu mundo.

Dizer que o aluno é sujeito de sua aprendizagem significa afirmar que é

dele o movimento de re significar o mundo, isto é, de construir explicações

mediado pela interação com o professor e outros estudantes, e pelos

instrumentos culturais próprios do conhecimento científico. Mas esse movimento

não é espontâneo:é construído com a intervenção fundamental do professor.

É essencial a atuação do professor, informando, apontando relações,

questionando a classe com perguntas e problemas desafiadores, trazendo

exemplos, organizando o trabalho com várias ilustrações, etc...Nestes momentos

os estudantes expressam seu conhecimento prévio, de origem escolar ou não, e

estão relembrando seu entendimento das coisas. Muitas vezes, as primeiras

explicações são construídas no debate entre os estudantes e o professor.

Assim, estabelece o diálogo, associando aquilo que os estudantes já

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conhecem com os desafios e os novos conceitos propostos. Segundo as diretrizes

“ Ainda com relação à abordagem metodológica, é importante que o professor de

Biologia, ao elaborar seu plano de trabalho docente, garanta o previsto na lei

n.10.639/03 sendo previsto os conteúdos relacionados à história e cultura afro-

brasileira buscando essa abordagem como exemplo no estudo da genética, do

genótipo e do fenótipo, origem e evolução da espécie humana e suas

populações. Compreender através do contexto histórico da instauração de

espécie e raça, sendo que na compreensão da Biologia não há raças humanas,

mas sim uma única espécie humana ( Conceito de espécie proposto por Mayer

em 1942, aceito até hoje).

Igualmente deve ser resguardado o espaço para abordagem da história e cultura

dos povos indígenas, em concordância com a lei n.11.645/08, e sempre favorecer

a compreensão da diversidade biológica e cultural que é riquíssima.

É fundamental que o professor tenha claro que o ensino de Biologia não se

resume na apresentação de definições científicas, como em muitos livros

didáticos , em geral fora do alcance da compreensão dos alunos. Definições são o

ponto de chegada do processo de ensino, aquilo que se pretende que o aluno

compreenda e sistematize, durante suas investigações.

Ao planejar as aulas de Biologia, o professor deverá selecionar temas, em

conjunto com as demais áreas de conhecimento ou em sua especialidade, que

vão ganhando complexidade e profundidade.

O planejamento de cada tema, seleciona problemas, que correspondem à

situações interessantes a interpretação. Uma notícia de jornal, um filme, uma

situação de sua realidade cultural ou social, por exemplo, podem se converter em

problemas com interesse didático.

CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

Avaliação é um elemento do processo de ensino e aprendizagem que deve

ser considerado em direta associação com os alunos, pois informa ao professor o

que foi aprendido pelo estudante; informa ao estudante quais são os seus

avanços, dificuldades e possibilidades; encaminha o professor para a reflexão

sobre a eficácia de sua prática educativa e, desse modo, orienta o ajuste de sua

intervenção pedagógica para que o estudante aprenda. Possibilita à equipe

escolar, definir prioridades em suas ações educativas.

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O que constitui a avaliação ao final de um período de trabalho é o

resultado, tanto de um acompanhando contínuo e sistemático pelo professor,

como de momentos específicos de formalização, ou seja, a demonstração de que

as metas de formação de cada etapa foram alcançadas.

A avaliação deve considerar o desenvolvimento das capacidades dos

estudantes com relação à aprendizagem não só de conceitos, mas também de

procedimentos e de atitudes. Dessa forma, é fundamental que se utilizem

diversos instrumentos e situações para poder avaliar diferentes aprendizagens.

A avaliação é continuada e diagnóstica, podendo ser individual e coletiva,

oral e escrita. Os instrumentos de avaliação ocorrem de forma sistemática, com

perguntas e respostas dadas pelos alunos, registro de debates, de entrevista, de

pesquisa , de filmes, de experimentos, os desenhos de observação e outros; por

outro lado, as atividades específicas de avaliação, como apresentações de

pesquisas, participação em debates, relatórios de leitura, de experimentos e de

avaliação dissertativa ou de múltipla escolha. Segundo as diretrizes para a

disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade é obter

informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para

nela intervir e reformular os processos de ensino- aprendizagem.

A Avaliação da disciplina de Biologia em bloco ocorre em duas etapas,

sendo a primeira avaliação um trabalho proposto com assuntos para

complementação dos assuntos abordados em sala de aula, e a segunda

avaliação uma prova escrita ou objetiva, ambas as duas avaliações com valor

dez. A primeira etapa (primeiro bimestre) e a segunda etapa (segundo bimestre)

serão somadas e divididas por dois. O aluno deve tomar conhecimentos dos

resultados e se organizar para as mudanças necessárias.

REFERÊNCIAS

BIZZO,N. Ciências Biológicas. In: BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO.Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília,2004. p. 148-149.

DEMARCHI D' AGOSTINI, L.As Leis de Diretrizes e Bases da Educação do Brasil.Resumo, 2000. Disponível em < http:// www.virtual.udesc.br/Midiateca/Publicações/tutor_01.htm>acesso em 27/02/2009

PARANÁ.SEED. Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE) da Biologia, 2008.

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MAYR,E. Desenvolvimento do pensamento biológico: diversidade, evolução e herança. Brasília: UnB, 1998

FUTUYMA, D.J.BIOLOGIA EVOLUTIVA. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética/CNPq, 1993.

PENA S.D. Descobrindo a África no Brasil. Revista Ciência hoje on-line, 10 de Outubro 2008. Disponível em http://ich.unito.combr/48790Acesso em 01/09/2010.

Munanga, K. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia.Inclusão social: Um debate necessário? Universidade federal de Minas Gerais. Disponível em: www.EFMG.br/inclusão/?P= S9.Acesso em: 01/09/2010.

MUNANGA, K. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia. Inclusão social: Um debate necessário? Universiade Estadual de Minas Gerais. Disponível em: www.ufmg.br/inclusãosocial/?P=59 Acesso em: 01/09/2010.

BRASIL, MEC/CNE/CES. Diretrizes Curriculares para os cursos de Ciências Biológicas.

CNE. Parecer CNE/CES 1.301/2001, Diário Oficial da União de 7/12/2001,<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES1301.pdf >

Acesso em: 01/09/2010.

7.5. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CIÊNCIAS

Entende-se ciências como processo de construção humana,provisória, falível e

intencional, considerando a prática social dos alunos, a sua aplicabilidade no

cotidiano, cujos conteúdos estruturantes se flexibilizam em desdobramentos dos

conteúdos específicos de Ciências.

A abordagem deles serão de forma consistente crítica, histórica, e fazendo

relação entre à tecnologia e à sociedade. O currículo de ciências propicia condições

para professores e alunos discutirem, analisarem ,argumentarem, gerando um avanço

na compreensão do seu papel frente às demandas sociais. A disciplina de Ciências

constitui um conjunto de conhecimentos necessários para compreender e explicar os

fenômenos da natureza e suas interferências no mundo, estabelecendo assim

relações entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos.

O ensino de Ciências deve contribuir para que os alunos compreendam melhor o

mundo e suas transformações e assim agir de maneira responsável em relação ao

meio que vive e aos seus semelhantes.

Durante muitos séculos, o ser humano se imaginou no centro do Universo, com a

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natureza à sua disposição, e apropriou-se de seus processos, alterou seus ciclos,

redefiniu seus espaços, mas acabou deparando-se com uma crise ambiental que

coloca em risco a vida no planeta, inclusive a humana.

Portanto, é fundamental ver e entender a Ciência como elaboração humana para a

compreensão do mundo.

O processo de ensino e aprendizagem de Ciências valoriza a dúvida, a contradição,

a diversidade e a divergência, o questionamento das certezas e incertezas, e faz

superar o tratamento dos conteúdos por eles mesmos, de modo a priorizar à sua

função social.

A crítica dessa realidade social possibilita um novo encaminhamento pedagógico

porque propõe que ela seja interpretada e vinculada à especificidade teórico-prática

da sala de aula. Definindo sob a corrente teórica do Movimento Ciências, Tecnologia e

Sociedade ( CTS), o currículo de ciências no Ensino Fundamental contribui,

juntamente com os conhecimentos físicos, químicos e biológicos como instrumental

que favorece a reflexão, a noção de contexto e a articulação dos conteúdos

específicos.

A característica da abordagem de ensino na perspectiva CTS é o compromisso

com o ensino dos conteúdos específicos e conceitos científicos os quais são tratados

no currículo em função de questões sociais que devem ser analisados e

sistematizados pelos alunos.

Pelo saber sistematizado e elaborado,cujo objetivo é a transformação da

sociedade e não uma abordagem de conteúdos desvinculados de questionamentos

sociais, econômicos, políticos e éticos.

Lembrando sempre que o currículo de Ciências propicia aos alunos a chance de

estabelecer as relações entre o mundo natural(conteúdos de ciências), o mundo

construído pelo homem(tecnologia) e o seu cotidiano(sociedade).

Objetivos da disciplina

Os objetivos da disciplina de ciências no ensino fundamental, são concebidos para

que o aluno desenvolva competências que lhes permitam compreender o mundo e

atuar como indivíduo e como cidadão, utilizando conhecimentos de natureza

científica e tecnológica.

O ensino de Ciências deverá então se organizar de forma que, ao final do ensino

fundamental, os alunos tenham desenvolvido as seguintes capacidades:

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- Valorizar a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade, como

agente de transformação do mundo em que vive, em relação essencial com os

demais seres vivos e outros componentes do ambiente;

- Compreender a natureza como um todo dinâmico, e o ser humano, em sociedade,

como agente de transformações do mundo em que vive, em seu relacionamento com

os demais seres vivos;

- Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e uma

atividade humana de natureza social, inserida num contexto econômico, político,

cultural e histórico;

- Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas,

distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da

natureza e ao homem;

- Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos

a serem promovidos por ação coletiva;

- Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de

elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e

atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

- Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio, tecnologia e vida;

- Interpretar situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental relacionando

informações sobre a interferência do ser humano;

- Reconhecer a importância da biodiversidade, entender o funcionamento dos

ambientes da natureza; como a vida se renova, e as ações humanas que nela

interferem;

- Identificar a composição, a organização e a fisiologia dos organismos vivos;

- Identificar as relações entre conhecimento científico e produção de tecnologia como

meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre riscos e

benefícios das práticas bibliotecotecnológicas;

- Utilizar –se de conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida.

Fundamentos dos conteúdos estruturantes

Os conteúdos estruturantes da disciplina de Ciências são divididos em cinco

categorias: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade.

A Astronomia, como sendo uma importante ciência, serve de instrumento para

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que os educandos conheçam os corpos e os fenômenos celestes e as principais

teorias que envolvem tal ciência. Portanto, a Astronomia objetiva a compreensão da

importância do conhecimento da origem e da evolução do Universo.

A Matéria está presente como um conteúdo estruturante que dá enfoque ao

entendimento da constituição dos corpos, tanto os quais são perceptíveis num

primeiro momento, quanto dos demais que estão além dos nossos sentidos.

O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos tem a função de relacionar a

morfologia, a fisiologia, os mecanismos celulares, o mecanismo da herança genética e

os níveis de organização dos seres vivos. E ao fazer esta relação, o aluno

consequentemente compara tais características entre os diversos seres, facilitando a

compreensão do assunto.

Já o conteúdo estruturante Energia busca trabalhar as formas, a conversão e a

transmissão de energia para que o seu conceito seja trabalhado, desde a história da

ciência na Antiguidade até os dias atuais. Vale ressaltar que não existe uma definição

concreta de energia, neste caso o aluno pode ser instigado a explorar novos

conhecimentos para que seja possível a compreensão das diferentes formas que a

energia pode se manifestar.

E a Biodiversidade se encaixa como um complexo conteúdo estruturante, o

qual deve ser entendido além de “diversidade de vida”. Sendo assim, este conteúdo

propicia o entendimento de uma rede complexa de interações, na qual a diversidade

de espécies, as relações ecológicas, os impactos ambientais e os processos evolutivos

estão interagindo continuamente de forma positiva ou negativa.

Os conteúdos estruturantes citados e definidos abordam de forma geral os

conteúdos básicos, sendo possível trabalhar plenamente a disciplina de Ciências no

Ensino Fundamental.

Conteúdos básicos por série e justificativa pelos conteúdos escolhidos

A principal função do ensino de ciências é proporcionar ao educando uma

compreensão racional do mundo que o cerca, levando-o a um posicionamento de vida

isento de preconceitos ou superstições e a uma postura mais adequada em relação a

natureza, como indivíduo, como parte da sociedade em que vive e do ambiente que

ocupa.

Também objetivamos despertar no aluno a consciência de suas

responsabilidades face ao ambiente, como representante da espécie humana, a única

que altera profundamente os ecossistemas.

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Desejamos que o educando perceba gradualmente, como a construção do

conhecimento científico permitiu o desenvolvimento de tecnologias, que modificaram

profundamente nossa vida. Utilizamos máquinas que nos ajudam a viver melhor;

mudamos nossas perspectivas quanto à preservação de nossa saúde e à expectativa

de vida. O educando é parte desse processo dinâmico, que continua ocorrendo e que

no futuro modificará ainda mais nossa forma de viver.

Objetivamos também nos conteúdos básicos que o educando durante toda

aprendizagem desenvolva uma consciência de preservação ambiental, enfocando os

conceitos da Lei 9795/99-Educação Ambiental.

È estimulado ao educando refletir sobre os recursos públicos e de que maneira

estão sendo aplicados, promovendo a consciência fiscal.

Será discutindo ainda a questão das drogas, da violência, sem preconceitos e

discriminações, baseando-se na Legislação sobre drogas e violência.

Incluiremos a História e Cultura Afro-Brasileira, resgatando a importante

participação deste grupo étnico na construção da história da sociedade.

Os temas Gênero e Diversidade Sexual serão discutidos com cuidado e sem

preconceitos, procurando respeitar de onde vem o aluno, suas crenças, seus valores e

sua vivencia familiar.

5ª série

Na 5ª série são estudados assuntos do universo imediato do aluno, do seu

ambiente e das coisas que o cercam, temas como água, ar, solo, seres vivos e as

relações ecológicas são abordados de uma forma que o educando possa vivenciá-los

no seu dia a dia.

O tema Astronomia tem um papel fundamental pois é uma das ciências de

referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes.

São tratados aspectos referentes ao sistema Terra-Sol-Lua tais como: dia e

noite, orientação espacial, movimentos da Lua, estações do ano, além do estudo de

outros astros( planetas, satélites, cometas e estrelas), bem como a construção desse

conhecimento pelo ser humano e a evolução dos equipamentos que possibilitam os

estudos.

Os conteúdos básicos da 5ª série são:

- A Terra: um planeta do Sistema Solar

- A estrutura da Terra

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- Conhecendo o solo

- A água na Terra

- O ar na Terra

- Os materiais se transformam

- A vida e o ambiente

- Variedade de ecossistemas

6ª série

Os temas da 6ª série compreendem conteúdos relacionados aos componentes e a

dinâmica dos ambientes, a diversidade de ecossistemas, relação dos seres vivos e

destes com o meio ambiente, biodiversidade nos ambientes, morfologia e fisiologia

dos seres vivos, organização dos seres vivos.

Estes temas ampliam os conhecimentos que os alunos já possuem sobre a

diversidade da vida nos diferentes ambientes naturais e construídos pelo ser humano,

sobre como se desenvolve a vida e as alterações desses ambientes ao longo do

tempo.

A perspectiva esperada é a de sempre se estabelecer uma relação saudável do ser

humano com a natureza.

Os conteúdos básicos da 6ª série são:

- As interações entre os seres vivos

- A energia luminosa e os seres vivos

- A organização e a origem dos seres vivos

- A diversidade da vida

- O reino das Plantas

- O reino dos Animais

- Os invertebrados

- Os vertebrados

7ª série

Na 7ª série, o aluno estudará, com destaque, o homem, que afinal ocupa uma

posição de destaque na natureza.

Para um aluno que esteja entrando na adolescência, conhecer o seu corpo e

entender seu funcionamento podem ser motivos de grande interesse e fascinação.

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Assuntos como reprodução e hereditariedade, costumam despertar grande

interesse nos alunos.

Para cada sistema estudado, há uma boa discussão relativa à saúde e às

patologias comuns. Muitas vezes citamos alguns métodos para seu diagnóstico, assim

como para sua prevenção.

Estudar sobre a estrutura e o funcionamento do próprio corpo, ao longo do ano,

poderá levar o aluno a se conhecer e a viver melhor, sob vários aspectos.

Conteúdos básicos para 7ª série são:

- O ser humano: evolução e estrutura

- A nutrição: alimentos, nutrientes e digestão

- A nutrição: transporte e circulação do sangue

- A nutrição: respiração e excreção

- A coordenação nervosa e hormonal

- Os sentidos e a locomoção

- A reprodução humana

O gene: herança e evolução

8ª série

Na 8ª série, o educando estudará os processos físicos e químicos, não só

presentes nos seres vivos, mas em tudo o que existe no Universo.

Neste momento, o aluno terá contato mais direto, mais profundo, com conteúdos

específicos de Física e Química, disciplinas presentes nas séries do Ensino Médio.

Dessa forma, estaremos colaborando para que o educando ingresse a nova fase com

conhecimentos básicos e um preparo maior, fornecendo pré-requisitos que facilitarão

o trabalho futuro.

Conteúdos básicos da 8ª série são:

- Propriedades dos materiais

- As transformações dos materiais

- O ciclo dos materiais

- Energia, calor e temperatura

- Ondas, som e luz

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- A eletricidade e o magnetismo

- Movimentos e forças

- Tecnologias de informação e comunicação

Metodologia

O professor deverá selecionar o seu trabalho (conteúdos selecionados) com seu

número de aulas semanais, de acordo com o projeto político pedagógico da escola, a

realidade local e comunidade, análise dos livros didáticos e paradidáticos e

informações atualizadas sobre os avanços científicos e tecnológicos.

O interesse e a curiosidade dos estudantes pela natureza,pela ciência,pela

tecnologia e pela realidade local e universal, conhecidos também pelos meios de

comunicação, favorecem o envolvimento e o clima de interação que precisa haver

para o sucesso das atividades, pois neles encontram um significado mais fácil.

Trata-se, portanto, de organizar atividades importantes que permitem a

exploração e a sistematização de conhecimentos compatíveis ao nível de

desenvolvimento intelectual dos estudantes em diferentes momentos do

desenvolvimento. Deste modo, é possível enfatizar as relações no âmbito da vida, do

universo, do ambiente e dos equipamentos tecnológicos que podem melhor situar o

estudante em seu mundo.

O professor que ensina ciências, deve se preocupar que seus alunos discutam e

troquem ideias. Para a interpretação de informações, analisem situações que ilustrem

a importância da ciência, investiguem problemas, elaborem hipóteses através de

aulas práticas, planejem e realizem experimentos, interpretem os dados e tirem

conclusões.

A participação das aulas de ciências, é muito importante, pois o aluno descobre

que o estudo de ciências é mais do que simples memorização de conceitos e termos

científicos, verifica que o seu estudo é principalmente uma atividade mental, um

desafio a imaginação e um trabalho em o raciocínio e a criatividade, são

recompensados, bem como desenvolve a capacidade de interpretar dados a partir de

experimentos, além de incorporar os conhecimentos.

Outro fator importante na metodologia, é o uso dos recursos tecnológicos, os

quais estão presentes direta ou indiretamente em atividades bastante comuns, e que

possuem um enorme potencial educativo para complementar e aperfeiçoar o

processo de ensino.

O emprego de múltiplas modalidades didáticas é fundamental para dinamizar as

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aulas de ciências e sobre tudo motivar e facilitar a aprendizagem.

O processo de ensino-aprendizagem será articulado com a utilização de recursos

pedagógicos que permitem enriquecer a prática docente. Tais recursos são:

28.Livros didáticos

29.Textos de jornais

30.Revistas científicas

31.Figuras

32.Música

33.Quadro de giz

34.Mapas ( geográficos, sistemas biológicos, entre outros)

35.Globo terrestre

36.Modelos didáticos ( dorso, esqueleto, célula, desenvolvimento embrionário,

entre outros)

37.Mídias ( televisor, pendrive, computador, DVD)

38.Retroprojetor

39.Microscópio

40.Lupa

41.Jogos

42.Laboratório

Avaliação

Como a avaliação é um processo, não deve ser realizada apenas no final do

bimestre e não deve ser analisada em uma única atividade ou instrumento de

avaliação.

A avaliação não deve ser vista como uma classificação de alunos bons, ruins ou

médios, mas sim uma verificação das dificuldades dos alunos, fazendo com que o

professor possa intervir no progresso dos seus alunos.

A avaliação verifica, ainda, o alcance de trabalho do professor e se necessário,

com isso ele poderá reformulá-lo.

A avaliação não deve consistir na contagem de erros e de acertos, originando

apenas uma nota ou um conceito que caracteriza o desempenho do aluno.

Estratégias centradas apenas nisso podem contribuir para afastar da escola

exatamente quem mais precisa dela. Por isso, a avaliação deve ser vista

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principalmente como um instrumento que ajuda o aluno a aprender,isto é, deve ser

usada para promover a aprendizagem.

A avaliação não pode enfocar somente a aquisição de conteúdos

programáticos, é preciso que consista numa reflexão contínua tanto das nossas ações

quanto do caminho trilhado pelo aluno na construção do conhecimento, o que nos

revela que, tão importante quanto avaliar, é tomar decisões diante dos resultados

obtidos.

Dessa forma, a avaliação deve comparar muito mais um aluno com ele mesmo

do que um aluno com outro, de maneira a podermos verificar com mais eficiência o

quanto ele avançou.

Da mesma forma, a avaliação deve observar muito mais o que o aluno sabe do

que o que ele não sabe. Como os alunos possuem ritmos e muitas outras

características diferentes uns dos outros, também devemos diversificar esses

instrumentos de avaliação, tais como: provas escritas,provas orais,trabalhos em

grupo,apresentação de trabalhos,provas praticas em laboratório,relatórios de aulas

praticas e de vídeos. É importante que os alunos tenham oportunidade de participar

de diferentes atividades sempre respeitando o desenvolvimento do educando e o

ritmo de aprendizagem de cada um.

Referências

Barros, C.; Paulino, W.R. Ciências. São Paulo: Ática, 2007.

Gewandsznajder, F. Ciências. São Paulo: Ática, 2005

Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Ciências. Secretaria de Estado da

Educação do Paraná, 2008.

7.6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR EDUCAÇÃO FÍSICA

Na Educação Física o compromisso maior é com a formação humana, onde

o grande desafio será efetivar a Educação Física como prática pedagógica capaz

de promover o desenvolvimento da consciência corporal e de competências para

a realização voluntária e consciente de suas práticas, proporcionando a compre-

ensão e explicitação da realidade, bem como a atuação do aluno enquanto sujei-

to crítico, ativo, autônomo e criativo.

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Conforme estes aspectos, a Educação Física abordará elementos da cultu-

ra corporal como ginástica, jogo, dança, teatro e esporte entendendo-os como

acervo da conhecimentos construídos nas relações sociais, dos quais o ser huma-

no se apropria de acordo com intencionalidades lúdicas, estéticas, artísticas,

competitivas, formativas e outras.

Sendo Educação Física comprometida com a Educação para a sustentabili-

dade, trabalhará na perspectiva de compreender as relações do indivíduo consi-

go mesmo, com o outro, com o ambiente, com o planeta, a partir da análise das

relações de trabalho/lazer, consumo consciente/consumo alienado,

preservação/poluição, com vistas ao deslocamento da visão antropocêntrica para

o desenvolvimento de uma visão de interdependência.

Compromissada com a Educação,a Educação Física oportunizará a análise

crítica da relação entre sua prática e questões sociais relevantes como: a violên-

cia (física – dopping, deformidades físico-esportivas, cirurgias, obsessão pela tría-

de beleza, saúde e juventude, ambiental – depredação dos espaços de lazer); o

consumismo ( indústrias do esporte, do lazer, da beleza ) ;o sexismo ( questão de

gênero, apelo à sensualidade); a corpolatria ( endeusamento do corpo belo e sau-

dável); a competitividade( não haverá competição sem adversário, portanto o ad-

versário, portanto o adversário é peça fundamental) o conformismo (aceitação

passiva das práticas corporais elitista, excludentes).

Fundamentada no princípio da gestão democrática , encaminhará seu trabalho

otimizando práticas que permitam o estabelecimento de uma relação dialógica

entre aluno-professor, aluno-aluno, escola-família-comunidade, considerando-se

a importância da participação efetiva de todos na construção de uma sociedade

mais humana e justa.

Dessa forma, os conteúdos trabalhados na perspectiva do desenvolvimen-

to da consciência corporal , social, ambiental e planetária serão metodologica-

mente organizados pela escola, para possibilitar a efetivação da práxis pedagógi-

ca-ação-reflexão-nova ação consciente, tendo por intenção promover a formação

de conceitos mais amplos, tais como corporalidade, cultura

corporal,sociedade,trabalho, poder, lazer, transformação, abordados nas di-

mensões culturais, ética, biológica, social, filosófica, política e econômica.

A ação diz respeito a vivência prática de conteúdos significativos da cultu-

ra corporal, considerando-se o conhecimento que o aluno já detém sobre eles.

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A reflexão tem por intenção permitir e compreensão da dinâmica

histórica(origem-as necessidade sociais que desencadearam a produção desse

saber, as transformações ocorridas ao longo dos tempos), a significação social

desses conteúdos nos dias de hoje (contextualização), a partir de problematiza-

ção, de questionamentos, utilizando-se de pesquisas bibliográficas, de entrevis-

tas, de vídeos, do uso de novas tecnologias educacionais.

Esses procedimentos são necessários para que o aluno possa adquirir uma

postura mais reflexiva diante da vida, possa estabelecer relações sociais mais so-

lidárias, mais democráticas, mais harmônicas, segundo a visão de interdepen-

dência, e não de dominação.

Contemplar a totalidade das manifestações corporais e sua potencionalida-

de formativa é superar uma visão reducionista do homem, ou seja, superar as

práticas de Educação Física sem que se restrinja somente à experiência motora

ou psicomotora. A instrumentalização do corpo deve dar lugar a pluralidade de

experiências corporais, a um projeto que contemple a cultura em sua multiplici-

dade, não negando sua dimensão motriz, mas buscando transcendê-la, num sen-

tido mais amplo diante dos diferentes elementos que se pautam na corporalida-

de, tais como: violência, exclusão social, as potencialidades e os limites das práti-

cas corporais como possibilidade de formação, ênfase sobre a estética corporal

que se orienta por padrões.

Em Educação Física, o tempo e o espaço escolar revelam valores, crenças,

normas que refletem a história da vida de cada comunidade. Esta relação entre

sujeitos, sociedade e cultura nos permitem um maior enriquecimento pedagógi-

co, possibilitando um novo olhar sobre as práticas escolares, que tem a corporali-

dade como elemento central no processo formativo.

Sendo assim, a escola deve articular o particular e o universal, o novo e o

velho, o tradicional e o inovador, dando um novo sentido ás práticas e experiên-

cias de todos os envolvidos no processo de formação cultural de forma ampla e

significativa. O corpo não deve ser considerado somente na sua dimensão bioló-

gica, mas partir de seus determinantes sociais, culturais, econômicos e políticos,

entendendo que esses aspectos influenciem-se mutuamente e colaborem para

construção da nossa identidade corporal.

OBJETIVO DA DISCIPLINA

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A disciplina de Educação Física deverá desmitificar formas já arraigada de

compreender as práticas de manifestações corporais, no entendimento de que a

cultura, inclusive a corporal, é lugar de produção, de sentidos e experiências,

tendo no horizonte as problemáticas culturais que evidenciem em torno da cor-

poralidade atual.

Neste sentido, é tarefa do professor mediar situações conflitantes que en-

volvem a corporalidade, por meio do diálogo e da reflexão. Entender, refletir,

pensar a cultura que compõe na nossa corporalidade é, não somente reprodu-

zi-la, mas articular o conhecimento ao longo do processo formativo do aluno, atri-

buindo a estes sentidos éticos e estéticos, tomando como referência aquilo que

se apresenta como o que há de mais relevante em termos de conhecimento e

produção cultural.

Isso poderá viabilizar-se na medida em que os alunos possam vivenciar e

explorar sua corporalidade por meio de atividades e experiências orientadas pelo

professor, que , por sua vez, considere como premissa as diversas manifestações

corporais presentes no meio escolar, indo além dos conteúdos ditos tradicionais,

permitindo aos alunos viver, sentir, se expressar, possibilitando maior inserção e

reflexão crítica no mundo. Assim, a formação humana constitui-se como princípio

fundamental no ato educativo.

Espera-se que ao final do ensino fundamental e médio os alunos sejam capa-

zes de:

• Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e

construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características fí-

sicas e de desempenho de si próprio e dos outros, sem descriminar por ca-

racterísticas pessoais, físicas, sexuais ou sociais;

• Adotar atividades de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situa-

ções lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de violência.

• Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos

saudáveis de higiene, alimentação e atividade corporais, relacionando-os

com os efeitos sobre a própria saúde e de recuperação, manutenção e me-

lhoria da saúde coletiva;

• Solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos,regulan-

do e dosando o esforço em um nível compatível com as possibilidades,

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considerando que o aperfeiçoamento e o desenvolvimento das competên-

cias corporais decorram de perseverança e regularidade e devem ocorrer

de modo saudável e equilibrado;

• Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética corporal

que existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção

dentro da cultura em que são produzidos, analisando criticamente os pa-

drões divulgados pela mídia e evitando o consumismo e o preconceito;

• Conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como

reivindicar locais adequados para promover atividades corporais de lazer,

reconhecendo-as como uma necessidades básica do ser humano.

3.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ENSINO FUNDAMENTAL:

Esportes; Ginástica; Jogos, brinquedos e brincadeiras.

A expressividade corporal deve ser o foco na abordagem com as manifes-

tações culturais, essenciais para a educação do corpo, como alicerce do projeto

educativo. Em práticas esportivas o professor pode discutir como são tratados o

corpo masculino e feminino, quais expressões esses corpos manifestam e como

indicam diferentes formas de comunicação por meio da corporalidade.

Manifestações esportivas

• Origem dos diferentes esportes e suas mudanças na história;

• O esporte como fenômeno de massa;

• Princípios básicos dos esportes, táticas e regras;

• O sentido da competição esportiva;

• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;

• Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.

Manifestações de ginástica

• Origem da ginástica e sua mudança no tempo;

• Diferentes tipos de ginástica;

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• Práticas de ginástica;

• Cultura da rua, cultura do circo: malabares e acrobacias.

Jogos, brinquedos e brincadeiras

• A construção coletiva de jogos e brincadeiras;

• Por que brincamos?

• Oficina de construção de brinquedos;

• Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e ciran-

das;

• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;

• Diferença entre jogo esporte.

ENSINO MÉDIO

Os conteúdos estruturantes foram definidos como os conhecimentos de

grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos

de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compre-

ender seu objeto de estudo/ensino. Constituem-se historicamente e são legitima-

dos nas relações sociais.

Cada um dos conteúdos será tratado sob uma abordagem que contempla os

fundamentos da disciplina de Educação Física:

• Esportes;

• Jogos e brincadeiras;

• Ginástica;

• Dança e teatro.

Esporte – Os professores devem considerar os determinantes histórico-sociais

responsáveis pela constituição do esporte ao longo dos anos, tendo em vista a

possibilidade de recriação dessa prática corporal. O esporte é entendido como

uma atividade teórica-prática e um fenômeno social que, em suas varias mani-

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festações e abordagens, pode ser uma ferramenta de aprendizado para o lazer,

para o aprimoramento da saúde e para integrar os sujeitos em suas relações so-

ciais. O ensino do esporte deve propiciar ao aluno uma leitura de sua complexi-

dade social, histórica e política. Busca-se um entendimento críticos das manifes-

tações esportivas, as quais devem ser tratadas de forma ampla, ou seja, desde

sua condição técnica, tática, seus elementos básicos, até o sentido da competi-

ção esportiva, a expressão social e histórica e seu significado cultural como fenô-

meno de massa.

Jogos e brincadeiras – As aulas de Educação Física podem contemplar varia-

das estratégias de jogo, sem a subordinação de um sujeito a outros. È interessan-

te reconhecer as formas particulares que os jogos e as brincadeiras tomam em

distintos contextos históricos, de modo que cabe à escola valorizar pedagogica-

mente as culturas locais e regionais que identificam determinada sociedade. Po-

de-se trazer como exemplo o jogo de caçador, fortemente presente no cotidiano

escolar, que em sua organização delimita os papéis e os poderes concedidos aos

jogadores, os quais mudam conforme a hierarquia assumida no jogo. Os jogos e

brincadeiras compõem um conjunto de possibilidades que ampliam a percepção

e a interpretação da realidade, além de intensificarem a curiosidade, o interesse

e a intervenção dos alunos envolvidos nas diferentes atividades.

Ginástica – Deve-se oportunizar a participação de todos, por meio da criação

espontânea de movimentos e coreografias, bem como a utilização de espaços

para suas práticas, que podem ocorrer em locais livres como pátios, campos,

bosques, entre outros. Não há necessidade de material específico para a realiza-

ção das aulas, pois a prática pedagógica pode acontecer por meio de materiais

alternativos e/ou de acordo com a realidade própria de cada escola. Trata-se de

um processo pedagógico que propicia a interação, o conhecimento, a partilha de

experiências e contribui para ampliar as possibilidades de significação e repre-

sentação do movimento.

Dança e teatro – Manifestação da cultura corporal responsável por tratar o

corpo e suas expressões artísticas, estéticas, sensuais, criativas e técnicas que

se concretizam em diferentes práticas, como nas danças Típicas, danças folclóri-

cas, danças de rua, danças clássicas entre outras. O professor poderá na prática,

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aliar aos aspectos culturais e regionais específicos, vivências desses diferentes

estilos de dança, possibilitando a liberdade de recriação coreográfica e a expres-

são livre dos movimentos. Sendo a dança e o teatro elementos significativos na

disciplina de educação física no espaço escolar, contribui para desenvolver criati-

vidade, a sensibilidade, a expressão corporal, a cooperação, entre outras aspec-

tos. É de fundamental importância para refletirmos criticamente sobre a realida-

de que nos cerca, contrapondo-se ao senso comum.

METODOLOGIA

“Não basta aprender as habilidades motoras específicas de qualquer es-

porte, é preciso aprender a organizar-se socialmente para jogar, compreender as

regras como um elemento que torna o jogo possível (e portanto é preciso tam-

bém que os alunos aprendam a interpretar e aplicar as regras por si próprios),

aprender a respeitar o adversário como um companheiro e não um inimigo a ser

aniquilado, pois sem ele não há jogo; é preciso, enfim, que o aluno seja prepara-

do para incorporar o esporte em questão e a corrida em sua vida, par deles tirar

o melhor proveito possível.”

Mauro Betti, “Ensino de primeiro e segundo graus: Educação Física para

quê?”V Revista Brasileira de Ciências do esporte, janeiro de 1992, PP.282-287.

Educação Física precisa superar o modelo de ensino baseado no desenvo-

lvimento do gesto motor correto, é preciso introduzir e integrar o aluno nas di-

mensões da cultura corporal. A cultura corporal é um conjunto de valores relati-

vos ao corpo e ao movimento que envolve ética desportiva, ocupações e práticas

de lazer, expressão corporal, conhecimento científico, produção da mídia, equipa-

mentos e outros. Ao longo de sua história os seres humanos buscaram suprir as

insuficiências com criações que tomassem os movimentos mais eficientes e satis-

fatórios, procurando desenvolver diversas possibilidades de uso do corpo com a

intenção de solucionar as mais variadas necessidades, entre elas podem-se in-

cluir motivos militares, relativos ao domínio e ao uso do espaço; motivos de saú-

de, pelas práticas compensatórias e profiláticas. Podem-se incluir, ainda motivos

religiosos, no que se referem aos rituais e festas; motivos artísticos, ligados à

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construção e à expressão de ideias e sentimentos; e por motivações lúdicas, rela-

cionadas ao lazer e ao divertimento.

Algumas práticas com motivos de caráter utilitário relacionam-se mais di-

retamente à realidade objetiva com suas exigências de sobrevivência, adaptação

ao meio, produção de bens, resolução de problemas e, nesse sentido, são concei-

tualmente mais próximos do trabalho. Outras, com motivos de caráter eminente-

mente subjetivo e simbólico, são realizadas como fim em si mesmas, por prazer e

divertimento, estão mais próximas do lazer e da fantasia, embora suas origens,

em muito casos, estejam em práticas utilitárias. Por exemplo, a prática do remo,

da caça e da pesca por lazer e não por sobrevivência, o caminhar como passeio e

o correr como competição e não como forma de locomoção. Assim, as atividades

podem-se atribuir o conceito de atividades lúdicas, de certo modo diferenciadas

do trabalho.

Derivam daí conhecimentos e representações que se transformam ao lon-

go do tempo. Ressignificadas, suas intencionalidades, formas de expressão e sis-

tematização constituem o que se pode chamar de cultura corporal do movimen-

to. Dentro desse universo de produções da cultura corporal de movimento, algu-

mas foram incorporadas pela Educação Física como objetos de ação e reflexão:

os jogos e brincadeiras, os esportes, as danças, as ginásticas e as lutas, que tem

em comum representação corporal de diversos aspectos da cultura humana. São

atividades que ressignificam a cultura corporal humana e o fazem utilizando ora

uma intenção mais próxima do caráter lúdico, ora mais próxima da paradigma e

da objetividade.

Esporte...mas qual esporte? A prática do esporte nas escolas é uma reali-

dade que não podemos negar. Muito embora em diversas regiões do Brasil e em

muitas escolas públicas essa prática seja impossível, por falta de materiais e de

espaço apropriado, a verdade é que, mesmo assim, copiamos os modelos espor-

tivos de outros países, e os utilizamos em nossa prática diária. Tendo em vista a

difusão que os meios de comunicação fazem dos esportes, dificilmente isso seria

diferente. Assim sendo, acreditamos que possamos conciliar a difusão de jogos

de origem folclórica, ou criados por nossos alunos em aula, com os esportes ditos

formais ou de rendimento, além é claro, de outros conteúdos que contribuam

para a formação integral dos alunos.

Enfim, não podemos negar o esporte na escola, negar a cultura esportiva,

mas sim atuar sobre o mesmo e desmistificá-lo. Assim, desde que a utilização do

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esporte como prática social-pedagógica seja aceita como uma realidade. Um dos

pontos fundamentais é a contribuição para a formação do espírito de equipe. De

que forma isso acontece? De forma bem simples, explicando aos nossos alunos

coisas que ás vezes parecem redundantes, mas que são fundamentais para a for-

mação do espírito de equipe. Uma equipe necessita de todos os integrantes para

jogar. A falta de um ou mais companheiros torna o jogo esportivo, desmotivante,

enfadonho ou descaracterizado; sendo assim, todos são importantes. Dentro ain-

da dessa linha de pensamento, não importa quando um jogador seja bom, sem o

restante da equipe, não pode haver jogo, “uma Hortência só não faz verão”.

Outro fator importante é mostrar para os alunos que jogar contra é jogar

com. Não haverá jogo ou competição sem a equipe adversária, portanto, o adver-

sário é peça fundamental. O coletivo deve estar além do individualismo, isto

equivale a compreender que o adversário é um companheiro tanto quanto com-

panheiro de nossa equipe. Mesmo porque se deve levar em conta que o jogo es-

portivo, como qualquer jogo, possui uma de ter um começo, um meio e um final.

Terminada essa magia, todos voltam a realidade, e isto equivale a dizer que to-

dos os alunos estarão se encontrando em outras aulas, em diversos locais da es-

cola, em outras aulas de Educação Física, e o mesmo colega adversário poderá,

em dado momento, estar em sua equipe. A escola, portanto, funciona em um

contexto diferente do contexto institucional esportivo. Cabe o professor elucidar

isto aos alunos.

Em relação à cooperação, creio que ela ocorre muito mais em nossas vidas

do que a competição, ainda que se pense e se afirme o contrário. O ser humano

é muito mais cooperativo do que competitivo. Apesar de a sociedade em que vi-

vemos estimar mais o valor da competição, entendemos que a cooperação é pre-

dominante. Se o contrário ocorresse fatalmente o ser humano já estaria extinto

da face da Terra. O mesmo pode ser observado no esporte escolar: sobra coope-

ração, mas falta falar sobre ela.

No jogo esportivo, cooperar significa alcançar o mesmo objetivo em con-

junto, para que o jogo possa ocorrer. Se cada jogador de acordo com o que pen-

sa, e da forma como acha correto, sem observar o outro, sem colaborar, não ha-

verá jogo. A própria definição de jogo coletivo já nos demonstra esse princípio.

Uma outra característica do esporte e a competição ; não podemos ne-

gá-la, mas podemos discuti-la. Muitas questões podem ser levantadas junto aos

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alunos, como por exemplo: Qual o valor da competição? Quais os exageros liga-

dos a competição?

O doping, a corrupção e a violência são valores a serem aproveitados?

As agressões que assistimos ultimamente entre torcidas são exemplos a

serem copiados?

O que geralmente ocorre quando há competição exagerada pode significar

uma oportunidade de discussão e acordo por parte da turma. O professor não

deve continuar como promotor das resoluções desses conflitos, atuando como

juiz e resolvendo todos os problemas. Um momento de discórdia sempre pode

acontecer, e nessa hora deve ser incentivada a resolução de conflitos pelos pró-

prios alunos. Isto pode significar, às vezes perda de tempo em termos de aula.

Entretanto, deixar que estes decidam pode significar muito em ganho de vivência

e participação social. Muitas vezes, os alunos acabam percebendo que a discus-

são sem resultados faz com que a aula seja perdida, e geralmente chegam a um

entendimento. Quando o professor decide o que está certo ou errado evita dis-

córdia, mas impede também a participação e a tomada de decisões dos alunos.

Quanto as regras, não devem servir de suporte para a alienação e subser-

viência dos alunos. Muito pelo contrário, é necessário compreender por qual mo-

tivo determinadas regras foram criadas e por que podemos questioná-las. A pos-

sibilidade de discussão sobre as regras do jogo esportivo, ou adaptação de novas

regras, não faz com que o jogo perca suas características, mas permite que seja

entendido e não simplesmente copiado. Neste ponto, outros esportes podem sur-

gir, adaptados às condições regionais da escola.

O incentivo a lealdade também é algumas vezes esquecido, e até mesmo a

deslealdade é praticada quando o interesse está em ganhar a qualquer preço.

Ações como ficar na frente da bola para o juiz não enxergar corretamente, ou ele-

var os braços á frente do adversário, são ensinados aos alunos, parecendo sem

muita importância ou consequência, mas camuflam uma deslealdade. Aprender a

dizer quando uma bola foi dentro ou fora e reconhecer uma falta cometida, ao

contrário, são ações que incentivam o fair play, tão fora de moda ultimamente.

Enfim, o papel da Educação Física é desmitificar formas arraigadas e não

refletidas em relação às diversas práticas e manifestações corporais historica-

mente produzidas e acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática pedagó-

gica o conhecimento sistematizado, como oportunidade para reelaborar idéias e

atividades que ampliem a compreensão do estudo sobre os saberes produzidos

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pela humanidade e suas implicações para a vida. É preciso reconhecer que a di-

mensão corporal é resultado de experiências objetivas, sejam eles a família, a es-

cola, o trabalho e o lazer.

CONTEÚDOS POR SÉRIES

5ª e 6ª série

Voleibol – toque – manchete - saque por baixo - saque por cima – rodízio - históri-

co e regras básicas

Basquete

Drible – Passes - Arremessos livres – Recepção - Noções básicas de ataque e defe-

sa

Histórico e regras básicas

Handebol

Drible – Passes - Arremessos livres – Recepção - Noções básicas de ataque e defe-

sa

Histórico e regras básicas

Futebol

Condução de bola - Chutes (peito de pé, trivela, calcanhar) - Passes (diferentes ti-

pos)

Histórico - Regras básicas

Atletismo

Corridas de velocidade - Corridas de resistência - Corrida de revezamento - Salto

em Distância - Arremesso de pelotas

Ginástica Olímpica

Rolamento para frente - rolamento para trás – Elefantinho - Parada de 2 apoios -

Parada de 3 apoios - Estrela

Jogos

Lúdicos – Recreativos – Pré-desportivos - Cooperativos

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JUSTIFICATIVA

Os conteúdos escolhidos facilitam a socialização e o desenvolvimento do

indivíduo nos seus diferentes aspectos: físicos, psíquicos, sociais e intelectivos,

contribuindo para a formação de um cidadão consciente, resgatando os valores

que privilegiam o coletivo sobre o individual, defendendo o compromisso da soli-

dariedade e do respeito.

7ª e 8ª série

Voleibol - toque – manchete - saque por baixo - saque por cima – rodízio – cartada

– Bloqueio - Regras combinadas - sistema de jogo - Regras

Basquete

Drible – Passes - Arremessos livres - Arremesso de três pontos – Bandeja – Jump –

Recepção - ataque e defesa - sistema defensivo por zona e individual - Regras

Handebol

Drible – Passes - Arremessos livres – Recepção - Ataque e defesa - Sistema defen-

sivo de ataque e defesa – Regras

Futebol

Condução de bola - Chutes (peito de pé, trivela, calcanhar) - Passes (diferentes ti-

pos) - Cabeceio e matada de peito - Sistema de jogo – Histórico - Regras básicas –

Atletismo - Corridas de velocidade - Corridas de resistência - Corrida de reveza-

mento - Salto em Distância - salto em altura - Arremesso de peso - Noções bási-

cas teórica das outras modalidades do atletismo.

Ginástica Olímpica

alongamento – Flexibilidade – Agilidade – Lateralidade – Ação/reação – Jogos – Lú-

dicos –Recreativos - -Pré-desportivos - Cooperativos

JUSTIFICATIVA

Os conteúdos escolhidos facilitam a socialização e o desenvolvimento do

indivíduo nos seus diferentes aspectos: físicos, psíquicos, sociais e intelectivos,

Page 77: I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO … · 6.2. concepÇÃo de homem 6.3. concepÇÃo de educaÇÃo e curriculo 6.4. concepÇÃo de ensino-aprendizagem 6.5. concepÇÃo

contribuindo para a formação de um cidadão consciente, resgatando os valores

que privilegiam o coletivo sobre o individual, defendendo o compromisso da soli-

dariedade e do respeito.

ENSINO MÉDIO

Voleibol

toque – manchete - saque por baixo - saque por cima – rodízio – cartada – Blo-

queio - Regras combinadas - sistema de jogo - Regras - Jogo propriamente dito

Basquete

Drible – Passes - Arremessos livres - Arremesso de três pontos – Bandeja - Jump

Recepção - ataque e defesa - sistema defensivo por zona e individual - Regras

Jogo propriamente dito

Handebol

Drible – Passes - Arremessos livres – Recepção - Ataque e defesa - Sistema defen-

sivo de ataque e defesa - Regras - Jogo Propriamente dito

Futebol

Condução de bola - Chutes (peito de pé, trivela, calcanhar) - Passes (diferentes ti-

pos)

Cabeceio e matada de peito - Sistema de jogo – Histórico - Regras básicas - Jogo

propriamente dito

Atletismo

Corridas de velocidade - Corridas de resistência - Corrida de revezamento - Salto

em Distância - salto em altura - Arremesso de peso - Noções básicas teórica das

outras modalidades do atletismo - Jogo propriamente dito

Ginástica Olímpica

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alongamento – Flexibilidade – Agilidade – Lateralidade – Ação/reação – Jogos - Lú-

dicos

Recreativos – Pré-desportivos – Cooperativos – Populares – Competitivos - Partici-

pativos

JUSTIFICATIVA

Os conteúdos escolhidos demonstram autonomia e elaboração de ativida-

des corporais, assim como capacidade para discutir e modificar regras, reunindo

elementos de várias manifestações de movimento e estabelecendo uma melhor

utilização dos conhecimentos adquiridos sobre a cultura corporal, assumindo

uma postura ativa na prática de atividades físicas, e consciente da importância

delas na vida do cidadão. Participando de atividades de grandes e pequenos gru-

pos, compreendendo as diferenças individuais e procurando colaborar para que o

grupo possa atingir os objetivos a que se propôs, reconhecendo na convivência e

nas práticas pacíficas, maneiras eficazes de crescimento coletivo, dialogando, re-

fletindo e adotando uma postura democrática sobre diferentes pontos de vista

postos em debate, compreendendo variadas manifestações da cultura corporal,

reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e expres-

são.

AVALIAÇÃO

A avaliação no processo pedagógico ensino-aprendizagem é muito mais do

que simplesmente explicar testes, levantar medidas, selecionar ou classificar alu-

nos.

Toda a prática avaliativa deve favorecer a reflexão da prática docente. Por-

tanto a avaliação não se processa separada do processo ensino-aprendizagem,

não é uma ação inócua e sim articulada com toda a prática pedagógica no âmbi-

to escolar.

As práticas avaliativas devem estar articuladas com a ação metodológica,

estabelecendo uma conexão a teoria pedagógica e metodológica, utilizada e de

forma que se efetiva a avaliação. Na educação física escolar a avaliação é muito

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mais que aplicar uma bateria de testes e sim, atender as necessidades dos alu-

nos, realimentando as estratégias frente aos conteúdos, buscando ações que fa-

voreçam o desenvolvimento de suas potencionalidades.

A avaliação deve ser entendida e trabalhada como um processo contínuo e

sistemático de obter informações e de diagnosticar os processos.

O momento avaliativo deve ser permanente, respeitando as individualida-

des e a cultura dos alunos. Todo processo deve possibilitar e articular em sua prá-

tica alguns critério de forma objetiva e constante.

Cada vez mais, compreende-se que a avaliação é um dos aspectos essen-

ciais d processo pedagógico, justamente por ser através dela que se cristalizam

mecanismos estruturais e limitantes no processo ensino-aprendizagem, isto é, le-

var em conta a análise das decisões que competem ao professor ou a equipe pe-

dagógica da escola.

Embora a aptidão possa ser um dos aspectos a serem avaliados, deve es-

tar contextualizada dentro dos conteúdos e objetivos, deve considerar que cada

indivíduo é diferente, que tem motivações e possibilidades pessoais. Não se trata

mais daquela avaliação padronizada que espera o mesmo resultado de todos.

Isto significa dizer que, por exemplo, se um dos objetivos é que o aluno conheça

alguns de seus limites e possibilidades, a avaliação dos aspectos físicos estará

relacionada a isso, de forma que o aluno possa compreender sua função imedia-

ta, o contexto a que ele se refere, de posse dessa informação, traçar metas e me-

lhorar o se desempenho. Além disto a aptidão física é um dos aspectos a serem

considerados para que esse objetivo seja alcançado: o conhecimento de jogos,

brincadeiras e outras atividades corporais, suas respectivas regras, estratégias e

habilidades envolvidas, o grau de independência para cuidar de si mesmo ou

para organizar brincadeiras, a forma de se relacionar com os colegas, entre ou-

tros, são aspectos que permitem uma avaliação abrangente do processo ensino e

aprendizagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo;

Cortez, 1992.

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DARIDO, Suraya Cristina. Apresentação e análise das principais abordagens da

Educação Física Escolar. In: Revista Brasileira de Ciência do esporte, set./98.

DIRETRIZES CURRICULARESDA EDUCAÇÃO BÁSICA (SEED)

7.7. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ÉTICA

Entende-se por Ética, a reflexão realizada pelo indivíduo sobre a moral, ou seja,

a ética é uma ciência reflexiva que tem como objeto de estudo e reflexão a moral, a

conduta humana, que é a norma estabelecida por determinada sociedade.

Nas relações humanas, seja ela com a sociedade ou com o meio, surgem

alguns problemas conseqüentes da ação do homem sobre a realidade.

Esses problemas ocorrem devido à incompletude do ser humano, que vê a

necessidade de estar sempre em busca do seu aprimoramento, da sua realização

enquanto homem.

Essa dialética que ocorre entre a necessidade e a sua realização, tem algumas

atividades que tanto podem ser julgadas como adequadas ou inadequadas para

determinada ocasião. Essas normas podem ser tanto estabelecidas por algumas

pessoas selecionadas, no caso de nossa sociedade essas pessoas são escolhidas

através do voto, para formular e estabelecer as formas que o indivíduo deve se portar

perante algum ato.

Cabendo, portanto, a cada indivíduo julgar essa sua ação como boa (adequada)

ou como ruim (inadequada) para si e para o meio em que vive. Estas normas

estabelecidas por estes indivíduos são chamadas leis quando estabelecidas de forma

consciente, tendo um valor punitivo. Como, também outra forma de norma que é

estabelecida pelos costumes de determinada sociedade, esses costumes são

adquiridos com a sua transmissão de geração para geração, ou seja, é estabelecida

de forma inconsciente, estando sempre sujeitas, como o passar dos tempos, a

alterações. E seu valor é estabelecido por moral, tem-se por moral o conjunto de

hábitos, costumes realizados por determinado grupo social, necessário para manter a

ordem desse mesmo grupo social e também da cultura, pois não é possível que cada

indivíduo realize suas necessidades, visando apenas a sua completude. É preciso que

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além de buscar essa completude a faça concreta e adequada aos outros indivíduos.

Nesse momento, faz-se necessário o Ensino da Ética, que não pode ser

confundida com moral, apesar de seus termos de origem darem a impressão de um

significado comum, o costume, pois o termo Ética deriva da palavra grega Ethos que

significa caráter, conduta; e o termo moral deriva do latim mores que significa

conduta, costume.

Também, não é possível afirmar que a ética é construtora da moral, nem que a

própria ética a estabeleça em determinado grupo social.

Ao contrário, ética é uma “ciência da moral, isto é, de uma esfera do

comportamento humano." 1

Ou seja, como toda a ciência necessita de certa coerência, rigorosamente

estabelecida à ética é uma ciência reflexiva e tem como objeto de estudo o

comportamento humano, a moral.

Entretanto, apesar da ética e moral serem dependentes uma da outra, de

necessitarem uma da outra e também de possuírem em sua origem um significado

semelhante. Elas (ética e moral) são completamente distintas, não sendo possível

uma confusão, nem conceitual e nem prática.

A inclusão da Ética nos currículos do Ensino Fundamental, no caso 5ª e 6ª

séries, possibilita a realização de uns dos objetivos da LDB que afirma em seu artigo

35 inciso III que o educando deverá ter “o aprimoramento como pessoa humana,

incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do

pensamento crítico.” 2

Com isso o educando terá meios para desenvolver essa autonomia de

pensamento, e definidos, mas sim passar esses valores em momentos do cotidiano,

tornando-os visíveis e compreensíveis em seu significado e na dinâmica social

estabelecida pelo indivíduo com a sociedade.

Portanto, essa transmissão de conhecimento, através dos conteúdos básicos,

deve deixar claro que tais valores podem sofrer modificações e que essas mudanças

só serão realizadas com a interferências desses alunos autônomos e consciente.

Page 82: I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO … · 6.2. concepÇÃo de homem 6.3. concepÇÃo de educaÇÃo e curriculo 6.4. concepÇÃo de ensino-aprendizagem 6.5. concepÇÃo

Entende-se por autônomos, as pessoas que tem a capacidade de questionar e

elaborar novos valores morais. Ou seja, é a pessoa que, segundo Kant, tem a

capacidade de fazer uso de sua intelectualidade sem que o outro interfira e o

manipule, aí sem o individuo pode ser esclarecido, entretanto, essa caminhada é

lenta e desgastante e exige liberdade para escolher.

Para se chegar a um esclarecimento, é preciso que o uso da Razão seja algo

público, ou seja, que as pessoas possam manifestar o seu conhecimento.

Acontecendo, assim, uma dialética que levará o indivíduo à sua própria autonomia.3

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

• Orientar e possibilitar aos alunos a escolha de caminhos para a construção de

uma nova visão de mundo;

• Refletir sobre o lugar, a natureza e a tarefa da filosofia dentro do quadro

intelectual contemporâneo e a entender a natureza específica da reflexão

filosófica dentro dessa escola filosófica.

• Incentivar o aluno a estabelecer um paralelo com os conceitos trabalhados com

a realidade por ele vivida;

• Incentivar a elaboração de novos conceitos, por parte dos alunos, dos termos

trabalhados, bem como a capacidade de argumentar e defender suas posições,

percebendo suas limitações;

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Ética

CONTEÚDOS BÁSICOS: Divisão por Série/Ano:

5º SÉRIE

Ética

Ética - Conceito;

- Ética e Moral

- Amizade;

- Liberdade;

- Amor.

- A importancia da Educação Básica;

- O Respeito dentro e fora da sala;

- O Respeito a si mesmo.

Page 83: I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO … · 6.2. concepÇÃo de homem 6.3. concepÇÃo de educaÇÃo e curriculo 6.4. concepÇÃo de ensino-aprendizagem 6.5. concepÇÃo

- A relação entre o sentir e o pensar;

- Caridade, Amor universal, solidariedade;

- Liberdade para sentir ou sentir com

liberdade?

- A comunicação como forma de

expressão

- O preconceito: A questão Afro-

descendente no Brasil

- A questão Afro-descendente

- Poder e violência;

- Regras, normas e leis.

LEGISLAÇÕES

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

- Lei 39/03 – História e Cultura Afro –

Brasileira;

- Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;

- Lei 9799/95 – Educação Ambiental;

- Educação Fiscal;

- Enfrentamento a Violência contra criança e

adolescente;

- Gênero e Diversidade Sexual.

- Violência e Educação;

- Violência na Sociedade;

- Violência contra a mulher;

- Violência contra a criança e o adolescente;

- Violência, Democracia, Direitos Humanos e

Cidadania;

- Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);

- O sistema judiciário e Penitenciário no

Brasil;

- O cotidiano escolar;

- Discriminação Racial e a Cultura Afro;

- A Arte Africana;

- A influência Africana em nossa cultura;

- O Aquecimento global;

- A Amazônia;

- Desenvolvimento da cidade;

- A questão da sustentabilidade;

- Mudanças climáticas;

- A Reciclagem do lixo;

- A função sócio- econômica do tributo;

- Conceituação de Educação Fiscal;

- Democracia Participativa;

Page 84: I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO … · 6.2. concepÇÃo de homem 6.3. concepÇÃo de educaÇÃo e curriculo 6.4. concepÇÃo de ensino-aprendizagem 6.5. concepÇÃo

- O uso indevido de drogas;

- As drogas lícitas e ilícitas;

- O uso de drogas e a violência na sociedade;

- A diversidade Sexual;

- A discriminação sexual.

Ética:

Por meio deste conteúdo estruturante e de seus conteúdos básicos elencados,

pretende-se que o aluno compreenda que Ética é a reflexão realizada pelo indivíduo

sobre a moral, ou seja, a ética é uma ciência reflexiva que tem como objeto de estudo

e reflexão a moral, a conduta humana, que é a norma estabelecida por determinada

sociedade. Se atentando a isso o educando terá meios para desenvolver essa

autonomia de pensamento, e definidos, mas sim passar esses valores em momentos

do cotidiano, tornando-os visíveis e compreensíveis em seu significado e na dinâmica

social estabelecida pelo indivíduo com a sociedade.

Legislações:

Os temas abordados nas legislações: Lei 39/03 – História e Cultura Afro –

Brasileira, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Lei 9799/95 – Educação Ambiental,

Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra criança e adolescente, Gênero e

Diversidade Sexual. Serão trabalhados durante o ano letivo, levando em consideração

o cotidiano do educando, sendo tratados de modo simples facilitando a sua

participação no decorrer das aulas.

6º SÉRIE

Ética

Ética - Conceito;

- Ética e Moral

- Amizade;

- Liberdade;

- Amor.

- A importancia da Educação Básica;

- O Respeito dentro e fora da sala;

- O Respeito a si mesmo.

- A relação entre o sentir e o pensar;

- Caridade, Amor universal, solidariedade;

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- Liberdade para sentir ou sentir com

liberdade?

- A comunicação como forma de

expressão

- O preconceito: A questão Afro-

descendente no Brasil

- A questão Afro-descendente

- Poder e violência;

- Regras, normas e leis.

LEGISLAÇÕES

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

- Lei 39/03 – História e Cultura Afro –

Brasileira;

- Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;

- Lei 9799/95 – Educação Ambiental;

- Educação Fiscal;

- Enfrentamento a Violência contra criança e

adolescente;

- Gênero e Diversidade Sexual.

- Violência e Educação;

- Violência na Sociedade;

- Violência contra a mulher;

- Violência contra a criança e o adolescente;

- Violência, Democracia, Direitos Humanos e

Cidadania;

- Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);

- O sistema judiciário e Penitenciário no

Brasil;

- O cotidiano escolar;

- Discriminação Racial e a Cultura Afro;

- A Arte Africana;

- A influência Africana em nossa cultura;

- O Aquecimento global;

- A Amazônia;

- Desenvolvimento da cidade;

- A questão da sustentabilidade;

- Mudanças climáticas;

- A Reciclagem do lixo;

- A função sócio- econômica do tributo;

- Conceituação de Educação Fiscal;

- Democracia Participativa;

- O uso indevido de drogas;

- As drogas lícitas e ilícitas;

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- O uso de drogas e a violência na sociedade;

- A diversidade Sexual;

- A discriminação sexual.

Legislações:

Os temas abordados nas legislações: Lei 39/03 – História e Cultura Afro –

Brasileira, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Lei 9799/95 – Educação Ambiental,

Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra criança e adolescente, Gênero e

Diversidade Sexual. Serão trabalhados durante o ano letivo, levando em consideração

o cotidiano do educando, sendo tratados de modo simples facilitando a sua

participação no decorrer das aulas.

METODOLOGIA

O trabalho com os conteúdos básicos de Ética se dá em quatro momentos: a

sensibilização, a problematização, a investigação e a criação de conceitos.

Para tal, os conteúdos devem ser trabalhados na perspectiva dos estudantes,

de fazê-los pensar problemas com significado histórico e social, estudados e

analisados com textos filosóficos que lhes forneçam subsídios para que possam

pensar o problema, pesquisar, fazer relações e criar conceitos, unindo a Filosofia e o

filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao Ensino da Ética.

Poderão ser utilizadas variadas técnicas metodológicas, sendo as seguintes: aulas

expositivas e dialogadas, leituras de textos, exibição de filmes com roteiros

orientados, artigos de revistas e jornais, pesquisas e estudos dirigidos, debates,

seminários, painel integrado, entre outros; aonde os educandos poderão expressão

seus conhecimentos, bem como aquilo que aprendeu nas aulas, trabalhos individuais

ou em grupos e avaliações que possibilitarão a verificação da aprendizagem do

educando.

Ou seja, tais conteúdos serão trabalhados de maneira clara, possibilitando o

aumento da capacidade de argumentação e de conceituação, para que assim o

educando possa se tornar um agente transformador.

Esses conteúdos serão trabalhados procurando estimular e aperfeiçoar a interação e

a reflexão dos sujeitos que pensam e se desenvolvem diante do conflito e do desafio,

para que tenham autonomia de pensamento e consciência da própria forma de

pensar. Partindo, assim dos conhecimentos prévios dos alunos estimulando-os a

conhecimentos mais amplos, organizando-os.

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A abordagem Ética deve ocorrer de uma forma mobilizadora, “sem

dogmatismo, doutrinação e niilismo.”4

No conteúdo estruturante Ética, será abordado temas atuais, ou seja, temas

relacionados a realidade vivida pelo educando, fazendo um paralelo com textos

filosóficos clássicos, textos de comentadores, demonstrando assim, que os temas

abordados podem e sofrem alterações com o passar dos tempos, pois seu objeto de

estudo é a reflexão sobre as mudanças ocorridas na sociedade. Possibilitando ao

educando uma autonomia no pensamento.

AVALIAÇÃO

Em todas as formas de avaliação utilizadas – avaliação escrita, interpretação de

textos trabalhados, produção de textos, trabalhos individuais e em grupo, seminários,

debates em sala de aula, participação nas aulas, etc. – será avaliado a capacidade do

estudante de trabalhar e criar conceitos, a capacidade dele argumentar e de

identificar os limites de suas posições, de construir e tomar posições, de detectar os

princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos.

O aluno deve ser avaliado em diversos momentos do trabalho onde se verifique

a capacidade de interpretar conteúdos intrínsecos aos textos propostos, os

significados dos conceitos trabalhados e as interlocuções entre autores e problemas

de tempos históricos distintos; a habilidade de produzir textos coerentes, críticos e

dotados de uma elaboração conceitual própria; a competência em se construir e

sustentar posições argumentativas de acordo com as exigências próprias dos

argumentos filosóficos.

Enfim, as avaliações serão realizadas de maneira diagnóstica e contínua

levando em consideração a evolução no aprendizado do aluno. Busca-se por meio das

avaliações verificar a compreensão do educando em relação a compreensão e

reformulação conceitual dos termos trabalhados, verificando como esses conceitos

interferem e transformam a sociedade e no modo de vida da atualidade, permitindo

assim uma relação entre o passado e o presente, além de analisar a evolução e

organização dos conhecimentos adquiridos através dos conteúdos trabalhados

partindo da realidade do aluno para conhecimentos mais amplos.

Espera-se, ainda que o aluno entenda a importância dos conceitos filosóficos

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trabalhados, o desenvolvimento do pensamento estudado, reconhecendo a

necessidade de mudança e transformação da esfera em que vivem, tal compreensão

da realidade está, diretamente, vinculada à forma de como a aprendizagem está

ocorrendo.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, R. Filosofia da Ciência. São Paulo: Ars Poética, 1996.

ARANHA, M.L.A. Filosofando: introdução a Filosofia. Moderna.

ARANHA, M.L.A. Temas de Filosofia. 3 ed. Moderna.

CHAUÍ, M.S. Convite a Filosofia. São Paulo: Atica,2002

PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Filosofia. Curitiba, 2008.

PARANÁ. SEED. Livro Didático Público: Filosofia. Curitiba, 2008.

1VAZQUEZ. 1980. p. 13.

2LDB 9394, promulgada em 1996.

3 - “Esclarecimento é à saída do homem de sua menoridade da qual ele próprio é

culpado” KANT, 1783.p.516

4Diretrizes Curriculares da Educação,- Filosofia. p. 67

7.8. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR FILOSOFIA

A Filosofia surgiu a partir da inquietação e da curiosidade humana a respei-

to do seu ser e do universo que o cerca. Problemas como a estrutura do universo,

a origem das noções do bem e do mal, os efeitos que a consciência humana pro-

jeta.

A Filosofia trabalha com a problematização. A investigação e a criação de

conceitos acerca dos conteúdos que fazem parte da existência humana como um

todo, possibilitando analises de diversos assuntos de diversas maneiras.

A Filosofia não é uma novidade, e aparece nesse contexto como uma pro-

posta de análise de diversas propostas do pensamento, da retomada de valores

já existentes e seus significados, para que possa-se situá-los em um contexto his-

tórico e social, pois estes são resultados do processo de transformação do pensa-

mento humano no decorrer de sua história. Sendo assim, a Filosofia não é apenas

uma disciplina a mais no currículo escolar, pois assim, corremos o risco de desca-

racterizá-la; ou seja, a principal característica da filosofia é a promoção e a elabo-

ração do pensamento abstrato, crítico, racional e autônomo.

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Entende-se por autônomos, as pessoas que tem a capacidade de questio-

nar e elaborar novos valores morais. Ou seja, é a pessoa que, segundo Kant, tem

a capacidade de fazer uso de sua intelectualidade sem que o outro interfira e o

manipule, aí sem o individuo pode ser esclarecido, entretanto, essa caminhada é

lenta e desgastante e exige liberdade para escolher.

Para se chegar a um esclarecimento, é preciso que o uso da Razão seja

algo público, ou seja, que as pessoas possam manifestar o seu conhecimento.

Acontecendo, assim, uma dialética que levará o indivíduo à sua própria autono-

mia.1

O ensino da filosofia, envolve, uma postura elaborada de educação, que

visa uma construção, uma re-elaboração dos conhecimentos, tanto para os pro-

fessores como para os educando nela envolvidos.

A Filosofia se apresenta como um exercício que possibilita ao educando um

maior desenvolvimento em seu próprio estilo de pensamento, pois não se conhe-

ce nenhum momento em que o sujeito não seja convidado a pensar, refletir e

agir sobre as situações que o cercam no mundo, ou seja, todo sujeito entende o

mundo sobre uma determinada ótica, seja ela, uma concepção de mundo, uma li-

nha de conduta moral, social ou política, devendo ser atuante para se manter ou

de mudar a maneira de pensar, refletir ou agir coerentes com seu tempo.

Enfim, o ensino da Filosofia é um espaço (através de diálogos e embates

entre as diferenças, entre a convivência e a construção de sua própria história)

em que o educando tem de pensar, analisar, refletir, conhecer e elaborar concei-

tos.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

• Orientar e possibilitar aos alunos a escolha de caminhos para a construção

de uma nova visão de mundo;

• Refletir sobre o lugar, a natureza e a tarefa da filosofia dentro do quadro

intelectual contemporâneo e a entender a natureza específica da reflexão

filosófica dentro dessa escola filosófica.

• Incentivar o aluno a estabelecer um paralelo com os conceitos trabalhados

com a realidade por ele vivida;

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• Incentivar a elaboração de novos conceitos, por parte dos alunos, dos ter-

mos trabalhados, bem como a capacidade de argumentar e defender suas

posições, percebendo suas limitações;

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Mito e Filosofia;

• Teoria do Conhecimento;

• Ética;

• Filosofia Política;

• Filosofia da Ciência;

• Estética.

CONTEÚDOS BÁSICOS

- Mito;

- Filosofia;

- Epistemologia;

- Ética

- Filosofia Política;

- Filosofia da Ciência;

- Estética.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

- Origem do Mito;

- O que é mito;

- Caracterização do Mito;

- Funções do Mito;

- Mito moderno;

- Superação do mito;

- Os filósofos Pré – Socráticos;

- Conceituação de Filosofia;

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- Linha do Tempo (História da Filosofia);

- O que é Filosofia;

- O saber filosófico;

- Importância da Filosofia;

- Os Primeiros filósofos

- Sócrates – Maiêutica;

- Platão – Mito da Caverna;

- Aristóteles – Lógica;

- Pré - Socráticos;

- Possibilidade do Conhecimento;

- As formas do Conhecimento;

- Empirismo;

- Racionalismo;

- O problema da Verdade;

- A questão do Método;

- Conhecimento e Lógica;

- Ceticismo e Dogmatismo.

- Conceito;

- Ética e Moral;

- Pluralidade Ética;

- Ética e violência;

- Razão, desejo e vontade;

- Liberdade: A Autonomia do Sujeito;

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- Leis;

- Normas;

- Nietzsche;

- Espinosa;

- Sartre;

- Introdução a Filosofia Política;

- Relação: Poder e Comunidade;

- Liberdade e Igualdade Política;

- Política e Ideologia;

- Esfera pública e esfera privada;

- Democracia – J.-J. Rousseau;

- Absolutismo – Thomas Hobbes;

- Liberalismo – John Locke;

- Cidadania formal e/ou participativa.

Introdução a Filosofia da Ciência;

- Senso Comum e Conhecimento Filosófico;

- Concepções de Ciência;

- Método científico;

- Contribuições e limites da Ciência;

- Natureza da Arte;

- Filosofia e Arte;

- Características estéticas:

- Belo;

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- Feio;

- Sublime;

- Trágico;

- Cômico;

- Grotesco;

- Gosto;

- Immanuel Kant;

- Walter Benjamim;

- Baumgarten – A Sociedade do Espetáculo.

- Arte: Erudita, Massa e Popular;

CONTEÚDOS BÁSICOS: Divisão por Série/Ano:

1º ANO

Mito e Filosofia

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Mito - Origem;

- O que é mito;

- Caracterização do Mito;

- Funções do Mito;

- Mito moderno;

- Superação do mito;

- Os filósofos Pré - Socráticos.

Filosofia - Conceituação;

- Linha do Tempo (História da Filosofia);

- O que é Filosofia;

- O saber filosófico;

- Importância da Filosofia;

- Os Primeiros filósofos

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- Sócrates – Maiêutica;

- Platão – Mito da Caverna;

- Aristóteles – Lógica

LEGISLAÇÕES

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

- Lei 39/03 – História e Cultura Afro – Brasileira;

- Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;

- Lei 9799/95 – Educação Ambiental;

- Educação Fiscal;

- Enfrentamento a Violência contra criança e adolescente;

- Gênero e Diversidade Sexual.

- Violência e Educação;

- Violência na Sociedade;

- Violência contra a mulher;

- Violência contra a criança e o adolescente;

- Violência, Democracia, Direitos Humanos e Cidadania;

- Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);

- O sistema judiciário e Penitenciário no Brasil;

- O cotidiano escolar;

- Discriminação Racial e a Cultura Afro;

- A Arte Africana;

- A influência Africana em nossa cultura;

- O Aquecimento global;

- A Amazônia;

- Desenvolvimento da cidade;

- A questão da sustentabilidade;

- Mudanças climáticas;

- A Reciclagem do lixo;

- A função sócio- econômica do tributo;

- Conceituação de Educação Fiscal;

- Democracia Participativa;

- O uso indevido de drogas;

- As drogas lícitas e ilícitas;

- O uso de drogas e a violência na sociedade;

- A diversidade Sexual;

- A discriminação sexual.

Do Mito a filosofia:

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Por meio deste conteúdo estruturante e de seus conteúdos básicos elenca-

dos, pretende-se que o aluno compreenda que o sujeito pode ser caracterizado

como um ser que pensa, reflete, analisa e cria explicações para coisas não com-

preendidas até o momento. Na criação destes pensamentos estão presentes a

base mitológica, deste modo, é importante que o educando do 1º Ano do Ensino

Médio conheça o contexto histórico e político do surgimento da filosofia e a im-

portância dela para a cultura helênica. Essa passagem é importante para que se

perceba que os mesmo conflitos existente entre o mito e Razão, são os mesmo

problemas presentes e vivenciados por nós na atualidade.

Legislações:

Os temas abordados nas legislações: Lei 39/03 – História e Cultura Afro –

Brasileira, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Lei 9799/95 – Educação Ambi-

ental, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra criança e adolescente,

Gênero e Diversidade Sexual. Serão trabalhados durante o ano letivo, levando

em consideração o cotidiano do educando, sendo tratados de modo simples faci-

litando a sua participação no decorrer das aulas.

2° ANO

Teoria do Conhecimento

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Epistemologia - Pré - Socráticos;

- Possibilidade do Conhecimento;

- As formas do Conhecimento;

- Empirismo;

- Racionalismo;

- O problema da Verdade;

- A questão do Método;

- Conhecimento e Lógica;

- Ceticismo e Dogmatismo.

Ética

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

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Ética - Conceito;

- Ética e Moral;

- Pluralidade Ética;

- Ética e violência;

- Razão, desejo e vontade;

- Liberdade: A Autonomia do Sujeito;

- Leis;

- Normas;

- Nietzsche;

- Espinosa;

- Sartre.

LEGISLAÇÕES

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

- Lei 39/03 – História e Cultura Afro – Brasileira;

- Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;

- Lei 9799/95 – Educação Ambiental;

- Educação Fiscal;

- Enfrentamento a Violência contra criança e adolescente;

- Gênero e Diversidade Sexual.

- Violência e Educação;

- Violência na Sociedade;

- Violência contra a mulher;

- Violência contra a criança e o adolescente;

- Violência, Democracia, Direitos Humanos e Cidadania;

- Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);

- O sistema judiciário e Penitenciário no Brasil;

- O cotidiano escolar;

- Discriminação Racial e a Cultura Afro;

- A Arte Africana;

- A influência Africana em nossa cultura;

- O Aquecimento global;

- A Amazônia;

- Desenvolvimento da cidade;

- A questão da sustentabilidade;

- Mudanças climáticas;

- A Reciclagem do lixo;

- A função sócio- econômica do tributo;

- Conceituação de Educação Fiscal;

- Democracia Participativa;

- O uso indevido de drogas;

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- As drogas lícitas e ilícitas;

- O uso de drogas e a violência na sociedade;

- A diversidade Sexual;

- A discriminação sexual.

Teoria do Conhecimento:

Por meio deste conteúdo estruturante e de seus conteúdos básicos elenca-

dos, pretende-se que o aluno compreenda que a Teoria do conhecimento consti-

tui-se como campo do conhecimento filosófico de forma autônoma. A teoria do

conhecimento aborda de forma questionadora a verdade, a possibilidade do co-

nhecimento, a origem do conhecimento, o que permite retornar as problemáticas

já pensadas na perspectivas de novas soluções relativas ao no seu tempo.

Ética:

Por meio deste conteúdo estruturante e de seus conteúdos básicos elenca-

dos, pretende-se que o aluno compreenda que Ética é a reflexão realizada pelo

indivíduo sobre a moral, ou seja, a ética é uma ciência reflexiva que tem como

objeto de estudo e reflexão a moral, a conduta humana, que é a norma estabele-

cida por determinada sociedade. Se atentando a isso o educando terá meios para

desenvolver essa autonomia de pensamento, e definidos, mas sim passar esses

valores em momentos do cotidiano, tornando-os visíveis e compreensíveis em

seu significado e na dinâmica social estabelecida pelo indivíduo com a sociedade.

Legislações:

Os temas abordados nas legislações: Lei 39/03 – História e Cultura Afro –

Brasileira, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Lei 9799/95 – Educação Ambi-

ental, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra criança e adolescente,

Gênero e Diversidade Sexual. Serão trabalhados durante o ano letivo, levando

em consideração o cotidiano do educando, sendo tratados de modo simples faci-

litando a sua participação no decorrer das aulas.

3º ANO

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Filosofia Política

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Filosofia Política - Introdução a Filosofia Política;

- Relação: Poder e Comunidade;

- Liberdade e Igualdade Política;

- Política e Ideologia;

- Esfera pública e esfera privada;

- Democracia – J.-J. Rousseau;

- Absolutismo – Thomas Hobbes;

- Liberalismo – John Locke;

- Cidadania formal e/ou participativa.

Filosofia da Ciência

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Filosofia da Ciência - Introdução a Filosofia da Ciência;

- Senso Comum e Conhecimento Filosófico;

- Concepções de Ciência;

- Método científico;

- Contribuições e limites da Ciência;

- Dogmatismo científico X Fundamentos ideológicos da Ciência;

- Bioética;

- René Descartes;

- Karl Popper.

Estética

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Estética - Natureza da Arte;

- Filosofia e Arte;

- Características estéticas:

- Belo;

- Feio;

- Sublime;

- Trágico;

- Cômico;

- Grotesco;

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- Gosto;

- Immanuel Kant;

- Walter Benjamim;

- Baumgarten – A Sociedade do Espetáculo.

- Arte: Erudita, Massa e Popular;

LEGISLAÇÕES

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

- Lei 39/03 – História e Cultura Afro – Brasileira;

- Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;

- Lei 9799/95 – Educação Ambiental;

- Educação Fiscal;

- Enfrentamento a Violência contra criança e adolescente;

- Gênero e Diversidade Sexual.

- Violência e Educação;

- Violência na Sociedade;

- Violência contra a mulher;

- Violência contra a criança e o adolescente;

- Violência, Democracia, Direitos Humanos e Cidadania;

- Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);

- O sistema judiciário e Penitenciário no Brasil;

- O cotidiano escolar;

- Discriminação Racial e a Cultura Afro;

- A Arte Africana;

- A influência Africana em nossa cultura;

- O Aquecimento global;

- A Amazônia;

- Desenvolvimento da cidade;

- A questão da sustentabilidade;

- Mudanças climáticas;

- A Reciclagem do lixo;

- A função sócio- econômica do tributo;

- Conceituação de Educação Fiscal;

- Democracia Participativa;

- O uso indevido de drogas;

- As drogas lícitas e ilícitas;

- O uso de drogas e a violência na sociedade;

- A diversidade Sexual;

- A discriminação sexual.

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Filosofia Política:

Por meio deste conteúdo estruturante e de seus conteúdos básicos elenca-

dos, pretende-se que o aluno compreenda que é necessário reconhecer que a

modernidade trouxe conquistas fundamentais como a valorização da subjetivida-

de e da liberdade do indivíduo, com isso surgem os regimes políticos como forma

de representação e viabilização do retorno da democracia nas sociedades, mas é

preciso reconhecer a crise em que tal sociedade se encontra. Vivemos em uma

época em que os direitos, humanos, sociais e políticos, não garantem o exercício

da cidadania para a maioria dos indivíduos. A filosofia política tem por caracterís-

tica a problematização desses conceitos (democracia, cidadania, soberania, justi-

ça entre outros).

Filosofia da Ciência:

Por meio deste conteúdo estruturante e de seus conteúdos básicos elenca-

dos, pretende-se que o aluno compreenda que a filosofia da ciência estuda, de

forma crítica, os princípios, partindo das hipóteses ao resultados alcançados pe-

las diversas ciências. Sua função é a reflexão crítica do conhecimento científico,

conhecendo, analisando todo o processo de construção dessa ciência do ponto

de vista lógico, sociológico, político, filosófico, histórico, etc. Enfim, o educando

deve entender que a filosofia da ciência é uma ferramenta a ser usada para que

se torne possível o questionamento desses resultados obtidos pelas ciências, ou

seja, tudo o que a sociedade elabora para a nossa existência.

Estética:

Por meio deste conteúdo estruturante e de seus conteúdos básicos elenca-

dos, pretende-se que o aluno compreenda que as atitudes filosóficas também se

voltam para o sensível, ou seja, é a área da filosofia que estuda racionalmente o

belo- aquilo que desperta a emoção estética por meio da contemplação – e o

sentimento que ele suscita nos homens. Compreender a sensibilidade dos ho-

mens esta se compreendendo a pretensão do humano com a realidade, seja ela a

de dominar, moldar, representar, reproduzir, contemplar e alterar. Perceber essa

sensibilidade, essa apreensão da realidade é compreender que o conhecimento

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não é apenas racional, ou seja resultado da Razão, mas sim que o conhecimento

também é resultado da imaginação, da contemplação e fruição estética.

Legislações:

Os temas abordados nas legislações: Lei 39/03 – História e Cultura Afro –

Brasileira, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Lei 9799/95 – Educação Ambi-

ental, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra criança e adolescente,

Gênero e Diversidade Sexual. Serão trabalhados durante o ano letivo, levando

em consideração o cotidiano do educando, sendo tratados de modo simples faci-

litando a sua participação no decorrer das aulas.

METODOLOGIA

O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos

básicos se dá em quatro momentos: a sensibilização, a problematização, a inves-

tigação e a criação de conceitos.

Para tal, os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na perspectiva dos

estudantes, de fazê-los pensar problemas com significado histórico e social, estu-

dados e analisados com textos filosóficos que lhes forneçam subsídios para que

possam pensar o problema, pesquisar, fazer relações e criar conceitos, unindo a

Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao Ensino da Fi-

losofia.

Poderão ser utilizadas variadas técnicas metodológicas, sendo as seguin-

tes: aulas expositivas e dialogadas, leituras de textos, exibição de filmes com ro-

teiros orientados, artigos de revistas e jornais, pesquisas e estudos dirigidos, de-

bates, seminários, painel integrado, entre outros; aonde os educandos poderão

expressão seus conhecimentos, bem como aquilo que aprendeu nas aulas, traba-

lhos individuais ou em grupos e avaliações que possibilitarão a verificação da

aprendizagem do educando.

Ou seja, tais conteúdos serão trabalhados de maneira clara, possibilitando

o aumento da capacidade de argumentação e de conceituação, para que assim o

educando possa se tornar um agente transformador.

Esses conteúdos serão trabalhados procurando estimular e aperfeiçoar a

interação e a reflexão dos sujeitos que pensam e se desenvolvem diante do con-

flito e do desafio, para que tenham autonomia de pensamento e consciência da

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própria forma de pensar. Partindo, assim dos conhecimentos prévios dos alunos

estimulando-os a conhecimentos mais amplos, organizando-os.

A abordagem filosófica deve ocorrer de uma forma mobilizadora, “sem do-

gmatismo, doutrinação e niilismo.”2 Nos conteúdos estruturantes Mito e Filosofia,

o ensino deverá problematizar e investigar seus conteúdos básicos com a multi-

plicidade filosófica, tomando, assim, como referencia os textos filosóficos clássi-

cos e seus comentadores, proporcionando ao aluno a relação como o seu univer-

so.

No conteúdo estruturante Teoria do Conhecimento, o ensino deverá proble-

matizar e investigar o aluno ao estudo dos conteúdos básicos, através de textos

sobre temas abordados e comentadores, bem como artigos de jornais e /ou revis-

tas, filmes, para que o educando possa relacionar os conceitos com a realidade

vivida por ele.

No conteúdo estruturante Ética, será abordado temas atuais, ou seja, te-

mas relacionados a realidade vivida pelo educando, fazendo um paralelo com

textos filosóficos clássicos, textos de comentadores, demonstrando assim, que os

temas abordados podem e sofrem alterações com o passar dos tempos, pois seu

objeto de estudo é a reflexão sobre as mudanças ocorridas na sociedade. Possibi-

litando ao educando uma autonomia no pensamento.

Os conteúdos básicos abordados em Filosofia Política, proporcionará ao

educando uma maior compreensão da sociedade e do pensamento humano, com

o auxílio de texto filosóficos e Pensadores políticos, de uma forma que o aluno

possa argumentar e se tornar um agente transformador da realidade.

O ensino de filosofia ao abordar os conteúdos de Filosofia da ciência e seus

conteúdos básicos, levará ao aluno, através de textos filosóficos e artigos dos te-

mas estudados da atualidade, de debates e elaboração de seus próprios concei-

tos, sejam eles em dupla, grupo ou individual, que a filosofia da ciência consiste

no estudo da própria natureza, ou seja, nos métodos, conceitos, pressuposições e

o seu lugar em um esquema geral.

No conteúdo estruturante de Estética e em seus conteúdos básicos estuda-

dos, pretende-se demonstrar ao educando que o estudo da estética é um estudo

racional do belo, demonstrando o sentimento que este estudo desperta no sujei-

to. Este estudo se dará através de análises de textos filosóficos, interpretação de

artigos da área de Artes e trabalhos de artistas de diferentes técnicas e lingua-

gens.

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AVALIAÇÃO

Em todas as formas de avaliação utilizadas – avaliação escrita, interpreta-

ção de textos trabalhados, produção de textos, trabalhos individuais e em grupo,

seminários, debates em sala de aula, participação nas aulas, etc. – será avaliado

a capacidade do estudante de trabalhar e criar conceitos, a capacidade dele ar-

gumentar e de identificar os limites de suas posições, de construir e tomar posi-

ções, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos.

O aluno deve ser avaliado em diversos momentos do trabalho onde se

verifique a capacidade de interpretar conteúdos intrínsecos aos textos propostos,

os significados dos conceitos trabalhados e as interlocuções entre autores e prob-

lemas de tempos históricos distintos; a habilidade de produzir textos coerentes,

críticos e dotados de uma elaboração conceitual própria; a competência em se

construir e sustentar posições argumentativas de acordo com as exigências pró-

prias dos argumentos filosóficos.

Enfim, as avaliações serão realizadas de maneira diagnóstica e contínua

levando em consideração a evolução no aprendizado do aluno. Busca-se por meio

das avaliações verificar a compreensão do educando em relação a compreensão

e reformulação conceitual dos termos trabalhados, verificando como esses con-

ceitos interferem e transformam a sociedade e no modo de vida da atualidade,

permitindo assim uma relação entre o passado e o presente, além de analisar a

evolução e organização dos conhecimentos adquiridos através dos conteúdos tra-

balhados partindo da realidade do aluno para conhecimentos mais amplos.

Espera-se, ainda que o aluno entenda a importância dos conceitos filosófi-

cos trabalhados, o desenvolvimento do pensamento estudado, reconhecendo a

necessidade de mudança e transformação da esfera em que vivem, tal compre-

ensão da realidade está, diretamente, vinculada à forma de como a aprendiza-

gem está ocorrendo.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, R. Filosofia da Ciência. São Paulo: Ars Poética, 1996.

ARANHA, M.L.A. Filosofando: introdução a Filosofia. Moderna.

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ARANHA, M.L.A. Temas de Filosofia. 3 ed. Moderna.

CHAUÍ, M.S. Convite a Filosofia. São Paulo: Atica,2002

PARANÁ. SEED. Cadernos Temáticos. Curitiba, 2009.

PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Filosofia.

Curitiba, 2009.

PARANÁ. SEED. Livro Didático Público: Filosofia. Curitiba, 2008.

7.9. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR FÍSICA

Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio apresentam

entre seus pressupostos para a área de Ciências, Matemática e suas Tecnologias

a recomendação específica de que “se busque a interdisciplinaridade e a

contextualização”.

Sabendo que a interdisciplinaridade deve ir além da mera justaposição de

disciplinas evitando a diluição das mesmas em generalidades e a

contextualização deve assumir que todo conhecimento envolve uma relação

entre sujeito e objeto, o tratamento contextualizado é o recurso que a escola tem

para retirar o aluno da condição de espectador passivo.

Assim, espera-se, que o ensino de Física, na escola de nível médio

contribua para a formação de uma cultura científica efetiva que permita ao

indivíduo a interpretação de fatos, fenômenos e processos naturais, situando e

dimensionando a interação do ser humano com parte da natureza que esta em

constante transformação.

Mas porque ensinar Física afinal? A LDB, Lei 9394/96 deixa claros os

princípios que o ensino deve ser ministrado e entre estes estão:

16.Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o

pensamento, a arte e o saber, e

43.Buscar a vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas

sociais.

A Física é uma ciência que procura sistematizar as propriedades da

matéria, assim fornece instrumentos e linguagens que são utilizados por outras

disciplinas, pois hoje muitas tecnologias estão associadas diretamente ao

conhecimento físico o que transposta a Física como ciência ao meio significativo

onde se encontra o estudante.

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É uma ciência básica para o estudo não somente de outras como a

astronomia, astrofísica, biofísica e físico-química, mas de qualquer outra ciência,

porque seu objetivo é a descrição da natureza o que torna seu estudo

interdisciplinar.

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, a disciplina de

Física

propõe aos estudantes o estudo da natureza,

que segundo Menezes (2005), seria como realidade material sensível.

Então, a física, como as demais disciplinas, deve educar

para cidadania. Porém, isso é possível se for considerada a dimensão crítica do

conhecimento

científico sobre o Universo de fenômenos que a mesma estuda e seu

comprometimento e envolvimento com aspectos sociais,

políticos, econômicos e culturais.

Estudar Física sem recorrer aos aspectos históricos envolvidos não tem

significado para o estudante, uma vez que o contexto histórico deve transportar

este a um conjunto de condições naturais, sociais, culturais que possibilitam a

compreensão do conceito, suas transformações e paradigmas da época.

O enfoque histórico que podemos abordar nas aulas de Física, não deve

ser mais um elemento do currículo, deve humanizar as realizações científicas,

buscar relações significativas entre episódios históricos e herança cultural dos

sujeitos, pode ser um elemento para problematização.

Faz-se necessário refletir qual Física esta sendo abordada em nossa sala de

aula, devemos possibilitar uma melhor compreensão do mundo e uma formação

mais adequada para a cidadania. Sabemos que não existem soluções simples ou

única que garantam o sucesso na aprendizagem.

A prática pedagógica do professor de Física remete-se a transposição

didática onde a produção científica sofre transformações até se tornar conteúdo

escolar (saber sábio saber a ensinar saber ensinado).

A Física também busca a combinar conhecimentos práticos voltados para

as necessidades da vida contemporânea com conhecimentos mais amplos e

específicos que correspondam a uma cultura geral e a uma visão de mundo,

como aprender novas linguagens e códigos utilizados por milhares de pessoas

que procuram encontrar soluções para muitas situações.

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Assim, estudar Física além do conhecimento técnico estará promovendo

para o estudante uma cultura ampla, capaz de articular uma visão do mundo

natural e social. O aprendizado dos alunos e professores e seu contínuo

aperfeiçoamento devem ser construção coletiva, num espaço de diálogo

propiciado pela escola, promovido pelo sistema escolar e coma participação da

comunidade.

2. OBJETIVOS DA DISCIPLINA

O ensino da Física é delimitado de objetivos que promovem uma ação

direta a cada um destes, assim temos a linha utilizada por Alberto Gaspar

norteadora para nosso trabalho. Esta promove a organização dos objetivos

diretamente a ações a serem desenvolvidas.

Utilizamos a organização de Gaspar das competências e habilidades a

serem objetivadas em Física:

Em representação e comunicação

• Compreender enunciados que envolvam códigos e símbolos físicos, e

manuais de instalação e utilização de aparelhos.

• Utilizar e compreender tabelas, gráficos e relações matemáticas gráficas

para a expressão do saber físico e ser capaz de diferenciar e traduzir as

linguagens matemática e discursiva entre si.

• Expressar-se corretamente utilizando a linguagem física adequada e

elementos e sua representação simbólica. Apresentar de forma clara e

objetiva o conhecimento aprendido, através de tal linguagem.

• Conhecer fontes de informações e formas de obter informações relevantes,

sabendo interpretar notícias científicas.

• Elaborar sínteses ou esquemas estruturados dos temas físicos trabalhados.

Em investigação e compreensão

• Desenvolver a capacidade de investigação física. Classificar, organizar,

sistematizar. Identificar regularidades. Observar. Estimar ordens de

grandezas. Compreender o conceito de medir. Fazer hipóteses, testar.

• Conhecer e utilizar conceitos físicos. Relacionar grandezas, quantificar,

identificar parâmetros relevantes. Compreender e utilizar leis e teorias

físicas.

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• Compreender a física no mundo vivencial.

• Investigar situações-problema: Identificar a situação física, utilizar modelos

físicos, generalizar de uma outra situação, prever, avaliar, analisar

previsões.

• Articular o conhecimento físico com conhecimentos de outras áreas do

saber científico.

Em contextualização sociocultural e histórica

12.Reconhecer a física como construção humana, aspectos de sus história e

relações com o contexto cultural, social, político e econômico.

13.Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de

expressões da cultura humana.

14.Reconhecer o papel da Física no sistema produtivo, compreendendo a

evolução dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução

do conhecimento científico.

15.Dimensionar a capacidade crescente do homem propiciada pela tecnologia

16.Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que

envolvam aspectos físicos e/ou tecnológicos relevantes.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

MOVIMENTO

Os conceitos envolvidos no conteúdo estruturante – Movimento - são

imprescindíveis para o desenvolvimento do processo de organização,

sistematização e operacionalização da disciplina no ensino Médio.

Força, Conservação de momentum e gravitação universal, norteiam todo o

trabalho do 1º ano do Ensino Médio, com estes conceitos, amplia-se o campo de

estudo do aluno em relacionar e transportar estes conhecimentos para seu

cotidiano.

TERMODINÂMICA

Fenômenos que envolvem calor e temperatura são temas de discussão em

sala de aula, no 2º ano o aluno possui maior argumentação sobre estes

conceitos, pois são utilizados com frequência.

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Compreender as propriedades das substâncias e o que podem influenciar,

remete o aluno ao estudo de conceitos necessários às explicações sobre a

natureza.

ELETROMAGNETISMO

Como os fenômenos acontecem é o que intriga o estudante do 3º ano do

Ensino Médio. Entende o conceito de corrente elétrica, as equações de Maxwell e

sua importância, não é tão simples, mas também não é impossível uma vez que

são conceitos que ordem microscópica e ocasionam influências macroscópicas.

O trabalho com o eletro-magnetismo faz com que a tecnologia presente

nos equipamentos com celulares, ipod’s e outros seja descoberta pelo estudante.

Estudo sobre a natureza da luz e suas propriedades e Física Moderna

remetem o estudo da Física em sala de aula à ampliação e compreensão dos

conceitos, visualização do contexto social e cultural em que vive.

4. CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conteúdos básicos a serem trabalhados no 1º ano do Ensino Médio

estão voltados ao estudo movimento, uma vez que este faz com que o estudante

tenha uma visão macroscópica do mundo em que vive.

Procurar fazer com que o aluno utilize corretamente o SI de unidades e

suas conversões e interprete gráficos simples apresentados em jornais e revistas

torna-se fundamental para o desenvolvimento da disciplina.

É estudando o movimento que o aluno começa a fazer relações possíveis

entre a Física e outras disciplinas, estudando o momento de inércia e a conserva-

ção de quantidade de movimento (momentum) o estudante percebe que os con-

ceitos de momentum e impulso carregam as ideias fundamentais de espaço,

tempo e matéria (massa).

Ao iniciar o estudo da Dinâmica, o conceito de força e seus efeitos devem

ser apresentados com base na experiência de Galileu introduzindo assim o princí-

pio da Inércia, ou primeira lei de Newton.

A busca pela explicação dos fenômenos da natureza mostra a importância

do estudo sobre Força, a 2ª Lei de Newton leva o estudante a perceber as

interações entre os corpos, 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio

transportam o estudante para o “mundo real”, são estes conceitos que

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estimulam as discussões em sala, exemplificando os exercícios e

problematizando as questões fundamentais da série.

É com o estudo sobre energia e o Princípio da Conservação da mesma que

se percebe que os conceitos discutidos em sala de aula são utilizados na

construção civil, na mecânica e em outros setores.

Trabalhando os conceitos de Gravitação Universal, explora-se evolução

dos modelos cosmológicos desde a Antiguidade até os dias atuais, dando ênfase

as leis de Kepler dos movimentos planetários e à lei da gravitação universal de

Newton, com isto, o estudante será capaz de compreender a natureza da força

gravitacional e sua relação com as outras grandezas envolvidas.

No 2º ano do Ensino Médio, com os conceitos de Termodinâmica, o

estudante se apropria de um mundo que é microscópico em relação à produção

do fenômeno, mas é macroscópico em relação a sua visualização.

Trabalhar com os conceitos da termodinâmica faz com que o professor re-

tome os conceitos sobre a teoria cinética, que aplica as leis da mecânica newto-

niana a moléculas individuais de um sistema, também é possível fazer uma abor-

dagem qualitativa do teorema da equipartição da energia.

Neste momento são explorados os fenômenos relacionados à energia térmica,

assim os estudantes terão capacidade de distinguir conceitualmente calor e

temperatura serão capazes de prever os efeitos de uma troca de calor

(variação de temperatura, dilatação térmica ou mudança de fase).

Os conceitos de calor e trabalho, hoje, são entendidos como processos.

de transferência/transformação de energia, ou seja, a energia está diretamente

ligada ao trabalho. Com o estudo da Lei Zero da termodinâmica enfoca-se as no-

ções preliminares de calor como energia em trânsito, equilíbrio térmico, proprie-

dades termométricas e até uma breve discussão sobre medidas de temperatura.

O conceito de temperatura deve ser abordado como modelo baseado em

propriedades de um material, não uma mera medida do grau de agitação mole-

cular de um sistema.

Discutindo-se a primeira lei da termodinâmica, que também aponta a ideia de

calor como forma de energia, o estudante identifica sistemas termodinâmicos

postos a realizar trabalho. Assim destacando-se, mais uma vez, a Lei da

Conservação da Energia, vista no primeiro ano do Ensino Médio.

Estudar a segunda lei da termodinâmica é importante para a compreensão

das máquinas térmicas, mas vai além, pois conduz ao conceito de entropia. Po-

rém nem todos os eventos que obedecem à Lei da Conservação da Energia po-

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dem, de fato, acontecer, o que se deve à existência de outro princípio natural –

os processos espontâneos são irreversíveis, o que colabora para que cresça a de-

sordem do sistema, medida pela entropia.

Com os conteúdos estudados na série, o estudante poderá perceber que a

física e os fenômenos climáticos que estão ocorrendo atualmente, como o Efeito

Estufa, possuem relação, pois é através dos conceitos de calor e temperatura

que também são realizados estudos sobre o ambiente.

É no terceiro ano que o estudante conhece os conteúdos fundamentais

de Eletrostática e Eletrodinâmica. Este estudo dá ao estudante habilidades para

relacionar a força elétrica com o campo elétrico, assim como o potencial elétrico

com a energia potencial elétrica.

Fazendo a relação entre energia potencial elétrica e potencial elétrico é

apresentado o conceito de carga elétrica que é apresentado a partir de sua

conservação e generalidades e esta carga é criada a partir das vizinhanças do

campo elétrico e de um potencial elétrico.

Circuitos elétricos são estudados neste ano, devem ser apresentados

como elementos reais – lâmpadas (representando os resistores), pilhas e baterias

(geradores) e motores (receptores) – integrados por fios.

A Lei do Coulomb é um assunto importante a ser abordado, deve ser

dado e à variação da intensidade da força elétrica, fazendo uma comparação

entre as ações elétricas e ações gravitacionais.

Com o estudo do Eletromagnetismo damos ao estudante a condição

de conhecer e analisar os principais fenômenos magnéticos e suas aplicações no

cotidiano. Com isso será capaz de caracterizar a força magnética atuante em

uma carga elétrica em movimento no interior de um campo magnético ou em um

condutor percorrido por uma corrente elétrica.

Estudando a evolução de a teoria eletromagnética nos deparamos com

a teoria de Maxwell que relaciona as características das ondas eletromagnéticas,

velocidade de propagação no vácuo, orientação dos campos elétrico e magnético

e sua relação da onda com suas intensidades.

Outro conceito que deve ser abordado é o fato de que as ondas

eletromagnéticas transmitem energia proporcional à sua frequência (lei de

Planck) e que o poder de penetração dessas ondas é diretamente proporcional a

frequência (ou inversamente proporcional ao comprimento de onda)

No estudo da natureza da luz e suas propriedades enfatiza-se algumas

semelhanças com os fenômenos ondulatórios, assim é mais significativo para o

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estudante a compreensão do conteúdo abordado e suas relações com o

cotidiano.

5. METODOLOGIA A SER EMPREGADA

Para que o processo pedagógico na disciplina de Física seja efetivo, é im-

portante que a introdução do conteúdo parta do conhecimento prévio dos estu-

dantes, no qual se incluem as concepções alternativas ou concepções espontâ-

neas. O estudante desenvolve suas concepções espontâneas sobre os fenômenos

físicos no dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convi-

vência e as traz para a escola quando inicia seu processo de aprendizagem.

Buscar analisar a vivência e o conhecimento dos alunos como ponto de partida

para o estudo da disciplina de Física, amplia o objetivo do ensino da ciência,

que vem sendo dividida em matérias curriculares, seguindo a tradição grega e

européia, em que somente as grandes questões merecem reflexão e estudo,

resultando em uma formação intelectual, muitas vezes, em desacordo com a

realidade dos jovens que frequentam o Ensino Médio.

Utilizar instrumentos que auxiliem esta formação com o livro didático promove

a visualização pelo jovem que busca o Ensino Médio às teorias e modelos

científicos.

Aprender e ensinar não compete apenas em utilizar o quadro de giz e o livro

didático, propomos valorizar a participação mais ativa do estudante nas

atividades organizadas por nós professores, onde devemos levar em

consideração como esse estudante compreende e ressignifica os conceitos

estudados aplicando-os em determinadas situações diárias.

A nossa interação (professor-aluno-conhecimento e ensino-aprendizagem) deve

ser uma conexão necessária e primordial para a estruturação e compreensão dos

conceitos.

Dessa forma, os problemas ou questões vindas dos alunos podem ser

articulados durante as aulas.

Observando o estudante como parte essencial do processo, podemos

formar um conceito de problematização que enquanto processo de aprendizagem

propõe para este a capacidade de questionar e estabelecer relações com o

mundo em que vive, permitindo que o conhecimento tenha significação levando

o estudante a utiliza-lo ao estar frente à determinada situação.

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Temos como proposta a utilização da História das Ciências na atuação

didática que buscamos fazer a partir de duas principais possibilidades: o ensino

da História da Ciência como disciplina e o ensino sob enfoque teórico da sua

história.

Isso pode ser feito orientando os alunos a fazerem pesquisas sobre os

temas estudados em sala contextualizando os aspectos históricos da época em

que o conceito foi estudando, dando assim um sentido para a importância de

conhecer os modelos que já foram utilizados, a apresentação de seminários sobre

elementos da história que envolveram o tema trabalhado, ou ainda, estudo de

textos históricos em sala de aula são propostas que fazem com que os

estudantes percebam a importância dos fatos que marcaram a evolução do

conhecimento científico.

Para trabalhar neste contexto, procuramos investigar a história dos

conteúdos ensinados, buscando a credibilidade das informações. Percebendo, o

que está na história real do conteúdo e, o que é mito. A contemplação de

genialidades e feitos geniais (coisas impossíveis para “pessoas normais, por isso

feitas por gênios”), não devem superar a forma e o tempo em que se

desenvolvem conceitos científicos. Essa proposta de ensino, pauta-se nas

relações e ideias que auxiliam o processo cognitivo e a visão do complexo

científico que apresenta da ciência, como uma construção humana, através de

muita pesquisa e esforço coletivo.

A experimentação é uma das estratégias que vem sendo proposta para o

ensino de Física e buscamos contempla-la também em nossa escola. sob o

enfoque experimental, procuramos ultrapassar a visão tradicionalista de

experimento concebida sob a influência empirista-indutivista,

Como entendemos a aprendizagem como uma “apropriação de cultura” ou

“apropriação de discurso científico”, em que a argumentação desenvolve um pa-

pel importante justificamos essa estratégia no ensino cognitivista, dentro desse

enfoque, o experimento serve para estimular e ampliar o campo de argumenta-

ções dos alunos.

Buscamos trabalhar o experimento num enfoque qualitativo, usado para

suscitar a reflexões nos alunos, que podem ser sobre a utilização e o

aperfeiçoamento da produção científica nas atividades humanas, o conflito

entre suas concepções e teorias científicas ou, ainda, algo que lhe desperte

curiosidade e exija sua explicação.

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Procuramos trabalhar a estratégia experimental combinada com outras

estratégias, pois requer referencial teórico sobre ideias científicas para as

reflexões que deve suscitar nos estudantes.

O nosso trabalho está voltado ao estudante, uma vez que ele é a razão da

escola existir. A pessoas estão em contato diário com aparelho de DVD,

computador entre outros e são estes meios tecnológicos que procuramos

utilizar nas aulas de Física, meios que deve estar a serviço de uma

formação integral dos sujeitos, de modo a permitir o acesso, a interação e,

também, o controle das tecnologias e de seus efeitos.

A utilização dos recursos tecnológicos deve ser um instrumento em função

do conteúdo que devemos trabalhar em sala de aula a partir da reflexão

de nossa prática docente, pois este deve ser aplicado ao processo

pedagógico.

Buscamos utilizar o laboratório de informática para trabalhos com a

internet onde o estudante visualiza melhor os processos, movimentos e

simulações e como recurso para que o estudante possa fazer a editoração

de textos ou planilhas bem como tabelas e gráficos.

6. AVALIAÇÃO

Todo o questionamento que tem ocorrido sobre a avaliação escolar nos últimos

tempos fez com que algumas mudanças viessem a ocorrer em nossa prática

pedagógica. Uma delas foi a diversificação dos instrumentos usados para a

avaliação do aluno.

O processo avaliativo que, por muitas vezes era feito com uma única verifi-

cação passou a incluir, também, trabalhos de interpretação, cópia, listas de exer-

cícios resolvidos, apresentação oral, atividades realizadas no laboratório e em

sala de aula passando a abranger uma produção escolar do aluno.

Buscamos a avaliação como parte do processo do ensinar e aprender e, assim,

deve ser constituída por diferentes e múltiplas formas, não excludentes entre

si, mas complementares. A seleção dos instrumentos e a criação de atividades

e/ou questões para realizar a avaliação, quaisquer que sejam seus objetivos,

deve ser efetuada conforme o enfoque teórico adotado para o ensino e para a

aprendizagem.

Procuramos perceber as relações que os alunos fazem ao inicio do ano letivo e

é no momento da avaliação diagnóstica ou inicial que buscamos informações

que nos auxiliem no planejamento da situação de ensino.

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Ao estudante, a avaliação pode representar uma tomada de consciência sobre

o assunto que está sendo estudado e que logo será estudado.

Procuramos buscar nas atividades propostas habilidades diferenciadas na

produção de cada aluno. Essa forma de conduzir o processo de avaliação torna-se

relevante, pois se trata de um sistema que se utiliza de um único instrumento.

Concordamos que a avaliação deve ter um caráter diversificado e significa-

tivo para o estudante, tanto qualitativo quanto do ponto de vista instrumental.

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do estado do Para-

ná, os critérios de avaliação em Física, deve-se verificar:

• A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino

e aprendizagem planejada;

• A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;

• A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;

• A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos,

as leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que

envolva os conhecimentos da Física.

Procuramos pensar o processo avaliativo a partir da diversidade de instru-

mentos que devem ser usados de forma democrática, possibilitando ao estudan-

te maneiras de manifestações que muitas vezes são inibidas nas provas objeti-

vas.

Nós professores trabalhamos com o processo de avaliação, como sendo

constituídos de instrumentos variados e com clareza de linguagem para a exata

compreensão do que se está avaliando e pensamos que a avaliação será mais

eficiente se elaborado e desenvolvido intrinsecamente com os enfoques teóricos

adotados no planejamento e no desenvolvimento do ensino e da aprendizagem.

Para o estudante, a avaliação deve ser vista principalmente pelo estudante

com um processo, não como o término de um conteúdo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC,

1996.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática

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educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

PARANÁ. DCE (Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná) Física,

Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Departamento de educação Básica,

2008

TYCHANOWICZ, Silmara Denise; VILLATORRE, Aparecida Magalhães; HIGA,

Ivanilda;. Didática e avaliação em Física. Curitiba: IBPEX, 2008. 166 p. --

(Coleção Metodologia do Ensino de Matemática e Física; v.2)

7.10. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR GEOGRAFIA

O ensino da geografia se apresenta com a finalidade de colaborar para a

ampliação da capacidade de apreensão da realidade sob o ponto de vista da es-

pacialidade, ou seja, da compreensão do papel do espaço nas práticas sociais e

do papel destas na configuração do espaço.

Para Lefebvre, o espaço geográfico é o espaço produzido e apropriado pela

sociedade é o “resultado da inter-relação entre sistemas de objetos – naturais,

culturais e técnicos – e sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e

econômicas (SANTOS, 1996)

“A espacialização dos fatos, dinâmicas e processos geográficos, bem como

a explicação das localizações relacionais dos eventos em estudo são próprias da

análise geográfica da realidade.” (DCE, 2008)

A escola ao instrumentalizar para o pensar geográfico, contribui para que o

aluno tome consciência de si como cidadão do mundo no processo de conhecer o

mundo em que vive, desde a escala local à regional, nacional e global, dando-lhe

os instrumentos necessários para que compreenda os conceitos de lugar, socie-

dade e natureza, paisagem, território e região. Assim, o conhecimento geográfico

é, pois, indispensável à formação de indivíduos atuantes na vida social, ao mes-

mo tempo em que proporciona a compreensão do espaço geográfico e do papel

desse espaço nas práticas sociais.

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A contribuição da Geografia está relacionada às abordagens no domínio do

ambiente, das grandes concentrações populacionais e das suas formas de organi-

zação espacial, demonstrando as relações entre os fenômenos.

A abordagem geográfica da realidade na escola tem como meta a forma-

ção de cidadãos capazes de se relacionarem com o espaço, de compreenderem

as suas representações, o seu funcionamento, a sua produção e os seus tipos de

organização, a fim de poderem tomar decisões individuais e coletivas que favore-

çam a construção de espaços mais justos e harmônicos.

É importante apresentar estratégias de sobrevivência dos grupos humanos

com a natureza desde suas primeiras formas de vida. Observar a dinâmica das

estações do ano, ventos, mares, etc., que foi essencial para os primeiros povos

agricultores. Esses conhecimentos permitiram as sociedades se relacionarem

com a natureza e modifica-la para seu próprio benefício.

A partir do séc.XII, quando os mercadores precisavam apresentar o espaço

com detalhes para registrar as rotas marítimas, a localização e a distância dos

continentes, fizeram pesquisas e estas ultrapassaram o contexto das navega-

ções. A partir do séc.XVI as expedições terrestres passaram a representar o espa-

ço: que diz respeito as suas riquezas naturais e aspectos humanos.

Até o séc.XIX não havia sistematização da produção geográfica. No séc.XIX

no imperialismo foram criadas várias sociedades geográficas que tinham o apoio

dos estados colonizadores como: Inglaterra, França e Prússia. Estas sociedades

organizavam expedições científicas para a África, Ásia e América do Sul e à medi-

da que conheciam suas condições naturais, inventariavam suas riquezas. A ale-

mã e a francesa. Enquanto na Europa principalmente na Alemanha e França a Ci-

ência Geográfica, já se encontrava presente nas universidades desde o séc.XIX,

no Brasil isso só veio a acontecer mais tarde.

No séc.XIX foram inseridos no curriculum escolar brasileiro essas ideias ge-

ográficas, mas foi na década de 1930 que se consolidou a institucionalização da

geografia no Brasil, pois se fazia necessário um levantamento de dados demo-

gráficos para posteriormente explorar os minerais, desenvolver as indústrias de

base e as políticas sociais.

Após a Segunda Guerra Mundial, os modos de produção trouxeram mudan-

ças políticas, econômicas, sociais e culturais na ordem mundial. Essas transfor-

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mações foram mais intensas a partir da segunda metade do séc.XX quando as

multinacionais começaram a se instalar em várias partes do mundo, dando ên-

fase ao processo de globalização e foi aí que começaram o processo de degrada-

ção da natureza, as desigualdades sociais dentre outros problemas.

No Brasil o percurso dessas mudanças foi afetado pelas tensões políticas

dos anos 60. O golpe militar de 1964 provocou mudanças em vários setores in-

clusive no educacional, sentiu-se necessidade de adequar a educação aos novos

moldes vigente, e então surgiram leis com a finalidade de adequar a educação

para formação de mão de obra para suprir a demanda da indústria brasileira.

A valorização da formação profissional contribuiu para transformações sig-

nificativas no ensino, regulamentada pela lei 5.692/71 (lei de diretrizes e base da

educação nacional), mais houve várias mudanças no que se refere as disciplinas.

No Encontro Nacional de Geógrafos Brasileiros, em 1978, promovido pela

AGB- Fortaleza se discutiu a geografia crítica, baseada no livro de Yves Lacoste. A

chamada Geografia crítica como linha teórica metodológica do pensamento geo-

gráfico, deu novas interpretações aos conceitos geográficos, trazendo as ques-

tões econômicas, sociais e políticas como fundamentais para compreensão do es-

paço geográfico.

No Paraná as discussões sobre a emergente geografia crítica enquanto mé-

todo e conteúdo de ensino, ocorrem no final da década de 80, naqueles docu-

mentos a geografia crítica baseava-se numa geografia que compreendia o espa-

ço geográfico como social produzido e reproduzido pela sociedade humana. Essa

proposta apresentava uma ruptura no ensino da Geografia Tradicional que era re-

duzida a observação, dos elementos naturais e humanos, enquanto que a geo-

grafia crítica foi gradativamente incorporada e inicialmente estava vinculada tan-

to a programas de formação continuada que aconteceram no final dos anos 80

quanto à utilização de livros didáticos. Organizações financeiras internacionais,

como o banco mundial, passaram a condicionar seus empréstimos a países como

Brasil, a implantação de políticas sociais e educacionais que atendessem aos in-

teresses daquelas mudanças. Foi nesse contexto que ocorreu a produção e a

aprovação da nova Lei de Diretrizes e Base da Educação, ( LDB 9394/96).

Entre as mudanças provocadas pelas Diretrizes Curriculares destacam-se

os conteúdos de ensino vinculados a discussões ambientais e multiculturais. A

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presença desses conteúdos nas Diretrizes Curriculares se deve ao resgate das

discussões sobre cultura (geografia cultural) e ambiente (geografia sócio-ambien-

tal) ganharam força nos anos 90, tanto com as transformações políticas que de-

sencadearam conflitos étnicos e a fragmentação territorial de alguns países.

A partir de 2003 a política educacional desenvolvida nesse estado assumiu

ações que visaram à retomada dos estudos das disciplinas de formação do pro-

fessor estimulando seu papel de pensador e pesquisador.

No ensino relacionado à geografia do Paraná devem ser contemplados nos

conteúdos curriculares da disciplina matriz, neste caso a geografia.

OBJETIVOS

Segundo Helena Callai, os principais motivos para se ensinar Geografia são

“compreender o mundo para obter informações e seu respeito; conhecer o espa-

ço produzido pelo ser humano e a relação da sociedade com a natureza, fornecer

aos alunos condições para sua formação para a cidadania”

A nossa ação enquanto educadores está relacionada com os nossos objeti-

vos pedagógicos e educacionais. Se queremos uma educação que contribua para

o desenvolvimento do educando, devemos atuar no processo de ensino e apren-

dizagem, na perspectiva da construção do conhecimento, refletindo sobre a reali-

dade vivida pelo aluno, respeitando e considerando a sua história de vida e con-

tribuindo para que o aluno entenda o seu papel na sociedade: o cidadão.

A educação geográfica objetiva desenvolver em cada indivíduo uma consciên-

cia que leva à compreensão dos processos e das inter relações dos ambientes

naturais e humanizados, de forma que ele interiorize determinados valores, atitu-

des e motivações possíveis de envolvê-lo nas tarefas de proteção e conservação

do ambiente. A educação geográfica pode ser entendida como educação para a

consciência do espaço, por meio de recursos que possibilitem a compreensão da

realidade, desenvolvendo atitudes que auxiliem os indivíduos e os grupos sociais

a:

• Compreender o ambiente, a presença humana no ambiente e a responsa-

bilidade e papel crítico que lhes cabem;

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• Apropriar-se de valores sociais, interesse pelo espaço geográfico e motiva-

ção para participar ativamente na melhoria desse espaço.

• Desenvolver o sentido de responsabilidade formando cidadãos críticos e

conscientes de seus direitos e deveres.

• Não só tomar consciência do ambiente local e global e dos problemas que

lhe são inerentes, mas também criar uma nova sensibilidade para com es-

sas questões.

• Reconhecer e utilizar os referenciais de localização e orientação espacial

para se deslocar nos diferentes espaços;

• Perceber que o espaço geográfico é ocupado por várias sociedades, que se

organizam de formas diferenciadas e compõem o espaço global.

• Compreender que as sociedades são multiculturais, formados por grupos

de diferentes etnias, identificando as diversas construções dos espaços

que materializam a cultura dos povos que os constroem, num processo

continuo.

• Reconhecer como as pessoas se apropriam dos lugares, se identificam e se

integram a eles;

• Saber discernir ações mais adequadas à conservação da natureza, desen-

volvendo atitudes de respeito à vida;

• Posicionar-se diante das questões sociais, culturais e ambientais;

• Reconhecer que as ações humanas no processo de construção do espaço e

as manifestações naturais podem ser registradas e analisadas por dife-

rentes formas de linguagem;

• Reconhecer a si mesmo e a outros como agentes de construção e transfor-

mação do espaço em suas várias escalas ( local, regional, nacional e mun-

dial);

• Valorizar as atitudes e comportamentos que privilegiem o bem comum,

dando ênfase ao coletivo, e não ao individual;

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• Assumir uma posição a todas e quaisquer práticas sociais que valorizem

preconceitos e/ou discriminações ( religiosa, étnica, ideológica, de gênero

e outros);

• Posicionar-se em relação à apropriação dos bens sociais, verificando como

isso interfere na cidadania;

• Compreender os fenômenos geográficos em suas diferentes escalas ( local,

regional, nacional e global);

• Compreender e aplicar no cotidiano os conceitos básicos de Geografia;

• Identificar, analisar e avaliar o impacto das transformações naturais, so-

ciais, econômicas, culturais e políticas no seu “lugar-mundo”, comparando

e sintetizando a densidade das relações e transformações que tornam con-

creta e vivida a realidade;

• Assim, deve-se considerar que a Geografia é uma ciência social, que abor-

da a sociedade objetivada no espaço; logo, a ciência Geografia deve ser

concebida como o estudo da organização do espaço geográfico pela socie-

dade humana, evidenciando sua contribuição na formação dos educandos

e cidadãos mais atuantes na transformação da ralidade na qual estão inse-

ridos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão Política do Espaço Geográfico

A dimensão política do espaço geográfico engloba os interesses relativos

aos territórios e ás relações de poder,econômicas e sociais que os envolvem. É o

conteúdo estruturante que está diretamente ligado ao território. Através da geo-

política podemos entender as fronteiras do espaço geográfico,possibilitando que

o aluno compreenda o espaço onde vive a partir das relações sociais e políticas

do território. Os alunos deverão entender as relações de poder sem que haja ne-

cessariamente uma institucionalização estatal.

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Dimensão Socioambiental do espaço

A questão ambiental é um subcampo da geografia. Permite uma aborda-

gem complexa dos temas ,porque não se restringe aos estudos da flora e da fau-

na,mas a interdependência das relações entre sociedade,componentes físicos

,químicos ,bióticos,aspectos econômicos,sociais e culturais.

A concepção de meio ambiente não exclui a sociedade,mas a estuda como

ela sendo componente da transformação desse meio. A abordagem geográfica

desse conteúdo estruturante destaca que o ambiente não se refere somente as

questões naturais. Ao entender ambiente pelos aspectos sociais e econômicos,os

problemas socioambientais passam a determinar,também ,questões da

pobreza ,da fome do preconceito das diferenças culturais ,materializadas no es-

paço geográficos.

Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

A abordagem desse conteúdo estruturante enfatiza a apropriação do meio

natural pela sociedade, por meio do trabalho e das relações sociais para a cons-

trução de objetos técnicos que compõe as redes de produção e circulação de

mercadorias ,pessoas informações e capitais,o que tem causado uma intensa

mudança na construção do espaço.

É um conteúdo estruturante importante para entender as mudanças que

ocorrem no espaço geográfico e as relações entre sociedade e natureza. Deve

possibilitar ao aluno a compreensão da sociedade capitalista e sua organização,

além de fazer com que ele perceba que faz parte dessa sociedade e pode usu-

fruir dela sendo um agente de construção do espaço.

Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográficos

Esse conteúdo estruturante permite a análise do Espaço Geográfico sob a

ótica das relações sociais e culturais ,bem como da constituição ,distribuição e

mobilidade demográfica.

Os estudos sobre os aspectos culturais e demográficos do espaço geográfi-

co contribuem para a compreensão desse momento de intensa circulação de

mercadorias,informações ,dinheiro pessoas e modo de vida. Esse conteúdo preo-

cupa-se com os estudos da constituição demográfica das diferentes

sociedades,as migrações que imprimem novas marcas nos territórios e produzem

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novas territorialidades,e com as relações políticas econômicas que influenciam

essa dinâmica.

CONTEÚDOS BÁSICOS POR SÉRIE

5ª SÉRIE/6º Ano

• Formaçao e transformação das paisagens naturais e culturais;

• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de ex-

ploração e produção;

• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)oraganização do

espaço geográfico;

• As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista;

• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores es-

tatísticos da população;

• A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversida-

de cultural;

• As diversas regionalizações do espaço geográfico.

6ª SÉRIE/7º ANO

• A formação, mobilildade das fonteiras e a reconfiguração do território bra-

sileiro;

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

• As diversas regionalizações do espaço brasileiro;

• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

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• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores es-

tatísticos da população;

• Movimentos migratórios e suas motivações;

• O espaço rural e a modernização da agrivultura;

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e

a urbanização;

• A distribuição espacial das atividades produtivas, a reorganização do espa-

ço geográfico;

• A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

7ª SÉRIE/ 8º ANO

• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• A formação, mobilidade das fonteiras e a reconfiguração dos territórios do

continente Americano;

• A nova ordem mundial, os territórios supra-nacionais e o papel do Estado;

• O comercio e suas implicações socioespaciais;

• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informa-

ções;

• A distribuição espacial das atividades produtivas, a reorganização do espa-

ço geográfico;

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores es-

tatísticos da população;

• Os movimentos migratórios e suas motivações;

• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

• Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

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8ª SÉRIE/ 9º ANO

• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• A nova ordem mundial, os territórios supra-nacionais e o papel do Estado;

• A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço

da produção;

• O comércio mundial e as implicações socioespaciais;

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores es-

tatísticos da população;

• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

• Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;

• A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a

reorganização do espaço geográfico;

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

• O espaço em rede: Produção, transporte e comunicações na atual configu-

ração territorial.

Conteúdos específicos por Série/Ano

5ª SÉRIE/6ºANO

• Paisagem, espaço e lugar

• O trabalho e a transformação do espaço geográfico

• Localização no espaço geográfico

• Os continentes

• Os movimentos da Terra

• Oceanos e mares

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• As principais formas do relevo terrestre

• Educação ambiental: Lei 9799/95

• Os processos de formação e transformação do relevo

• As águas continentais e as bacias hidrográficas do Brasil.

• Climas da Terra e do Brasil

• Paisagens da Terra e do Brasil

• Espaço rural ( agricultura, pecuária e extrativismo)

• Espaço urbano ( indústrias, comércio e prestação de serviços)

• Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, prevenção ao

uso indevido de drogas

• A população da Terra e seus movimentos

• Gênero e diversidade sexual

Ao iniciar seus estudos na 5ª série do ensino fundamental espera-se que o

aluno amplie suas noções espaciais. Com os conteúdos trabalhados espera-se le-

var o educando a conhecer melhor o espaço onde vive sabendo se orientar e se

localizar nesse espaço, verificando suas diferenças, conhecendo e compreenden-

do como atuam os agentes físicos e de que maneira eles exercem influência na

sociedade e na economia dos lugares.

Conhecer o planeta Terra e a configuração atual dos continentes, a relação en-

tre eles, bem como a formação dos oceanos, mares e águas continentais, além

das atividades econômicas que se desenvolvem no espaço geográfico.

Enfim, esses conteúdos propostos deverão dar uma noção da organização do

espaço geográficos e das relações existentes e estabelecidas nesse espaço.

6ª SÉRIE/7ºANO

• Formação do espaço geográfico brasileiro

• Localização do território brasileiro no espaço geográfico;

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• Regionalização do espaço Brasileiro;

• Regiões geoeconômicas;

• Educação Fiscal

• População brasileira

• História e Cultura afro-brasileira e africana: Lei 39/03

• Gênero e diversidade sexual

• Os movimentos migratórios no Brasil;

• Geografia Urbana;

• Geografia Rural;

• Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, prevenção ao

uso indevido de drogas

• Regiões do Brasil – IBGE;

• Região Norte – Aspectos físicos, econômicos e populacionais;

• Região Nordeste – Aspectos físicos, econômicos e populacionais;

• Região Centro-Oeste – Aspectos físicos, econômicos e populacionais;

• Região Sudeste – Aspectos físicos, econômicos e populacionais;

• Região Sul – Aspectos físicos, econômicos e populacionais;

• Geografia do Paraná

Os conteúdos abordados na 6ª série devem considerar para a formação inte-

lectual e social do aluno as seguintes questões:

Compreender a evolução da formação do território brasileiro, relacionando

com a intervenção estrangeira e a exploração econômica do mesmo. Reconhe-

cendo como as pessoas se apropriam dos lugares, se identificam e se integram a

eles;

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Compreender a sua localização no mundo partindo da micro para a microsfera

e relacionar a existência dos horários diferenciados do Brasil com a sua extensão;

Compreender como se deu a formação da população brasileira e entender sua

participação dentro desse contexto, através do conhecimento das diversas etnias

que ajudaram a construir a população brasileira;

Entender como os problemas e as mudanças sociais influenciam nos números

da população, seu deslocamento pelo território e na integração do campo com a

cidade.

Reconhecer as diferenças e semelhanças naturais, culturais e sociais existen-

tes entre as regiões brasileiras.

7ª SÉRIE/8ºANO

• Países e conflitos mundiais;

• Mobilidade das fronteiras e reconfiguração dos territórios;

• A economia global;

• Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações

• Sistema capitalista;

• Sistema socialista;

• O mundo durante a Guerra Fria;

• Regionalização do continente Americano pelo critério físico;

• Regionalização do continente Americano pelo critério socioeconômico;

• Continente Americano: Aspectos Físicos, econômicos e populacionais;

• O Brasil no continente americano.

• História e Cultura afro-brasileira e africana: Lei 39/03

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Reconhecer e compreender as alterações e interferências, sejam estas so-

ciais, econômicas, políticas, causadas pelos conflitos mundiais;

Conhecer a regionalização do mundo organizado em sistemas capitalistas e

socialista e suas alterações após a decadência do socialismo;

Compreender como se deu a globalização com integração de países socialis-

tas na economia mundial e na sua interferência nos processos de produção in-

dustrial através das inovações tecnológicas;

Identificar os aspectos físicos, hidrográficos e climáticos das América do sul,

do Norte e Central;

Reconhecer como formas de colonização influenciaram na formação do terri-

tório americano;

Conhecer as características do território,históricas e culturais e econômicas

do continente americano;

Conhecer as medidas utilizadas pelo Brasil para se firmar como potência re-

gional na América do Sul;

Conhecer as medidas utilizadas pelo Brasil para ampliar suas relações políti-

cas e econômicas;

Compreender a importância da criação do Mercosul para o Brasil se firmar

como potência regional na América do Sul.

8ª SÉRIE/9º ANO

• Estado, território e Nação;

• Imperialismo;

• Grandes Guerras e Guerras Mundiais;

• Conflitos atuais e o terrorismo;

• Gênero e diversidade sexual

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• Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, prevenção ao

uso indevido de drogas

• Globalização e organizações mundiais;

• Educação Fiscal

• Europa: aspectos físicos;

• Europa: aspectos humanos;

• Europa: aspectos econômicos;

• Europa Oriental e a CEI;

• Ásia; aspectos físicos, econômicos e sociais;

• Oriente Médio;

• Japão e Tigres Asiáticos;

• China e Índia;

• África: aspectos físicos, econômicos e sociais;

• História e Cultura afro-brasileira e africana: Lei 39/03

• Oceania: aspectos físicos, econômicas e sociais;

• Antártida e regiões polares.

Os conteúdos trabalhados na 8ª série visam levar o aluno a conhecer melhor

o espaço mundial verificando e entendendo a organização desse espaço.

Analisar a relação entre os países e a dependência existente entre eles no

mundo globalizado, estudando as relações comerciais estabelecidas entre os

mesmos. Compreender os conflitos que vem ocorrendo na atualidade, as causas

de tais conflitos, bem como as consequências que eles geram.

Compreender a organização política e econômica dos continentes, conhecen-

do os países que os compõem e a relação entre os países e o Brasil.

Ao concluir o Ensino fundamental, o aluno deverá ter noções geográficas so-

bre os continentes, os países e os elementos físicos e humanos – objetos e ações

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– que os compõem. Esses conhecimentos serão aprofundados no Ensino Médio,

em abordagens que considerem o princípio da complexidade crescente, com um

tratamento relacional dos conteúdos, respeitada a maior capacidade de abstra-

ção do aluno e sua possibilidade de formações conceituais mais amplas.

Ensino Médio: Conteúdos básicos

• A formação e transformação das paisagens;

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

• A distribuição espacial das atividades produtivas e a reorganização do es-

paço geográfico;

• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

• A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço

da produção;

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configu-

ração territorial;

• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informa-

ções;

• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e

a urbanização recente;

• A transformação demográfica, distribuição espacial e os indicadores esta-

tísticos da população;

• Os movimentos migratórios e suas motivações;

• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

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• O comércio e as implicações socioespaciais;

• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• As implicações socioespaciais do processo de mundialização;

• A nova ordem mundial, os territórios supra-nacionais e o papel do Estado.

Ensino Médio

Conteúdos Específicos para o Primeiro Ano do Ensino Médio

- Paisagem, Espaço e Lugar.

- Orientação e Localização no Espaço Geográfico.

- Características Gerais e Origem da Terra.

- A Deriva Continental e os Movimentos da Terra.

- Os Fusos Horários e as Zonas Térmicas da Terra.

- Cartografia.

- Estrutura Geológica e as Formas de Relevo.

- Educação ambiental: Lei 9799/95

- O Solo, Clima e Hidrografia.

- Biomas e Formações Vegetais.

- Características e crescimento da População Mundial.

Os Fluxos Migratórios e a Estrutura da População.

- Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, prevenção ao uso

indevido de drogas

- Gênero e diversidade sexual

- O Espaço Urbano do Mundo Contemporâneo.

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- Educação Fiscal

- As Cidades e a Urbanização.

- Impactos Ambientais Urbanos.

• Atividades Econômicas no Espaço Rural.

Com os conteúdos trabalhados no ensino médio(primeiro ano), espera-se fa-

zer com que o educando conheça melhor o espaço onde mora, aprendendo a se

localizar e se orientar no Espaço Geográfico.

Pretende-se estudar a relação entre os fenômenos que estão presentes na

superfície da Terra, analisando essa relação e de que maneira esses fenômenos

interferem, uns modificando as características dos outros, compreendendo assim

as diferenças existentes entre as diversas porções da superfície terrestre. Levar

os educandos a compreender que tais fatores não interferem apenas nas paisa-

gens dos locais mas, também interferem diretamente na economia e política dos

diferentes lugares. Mostrar ao educando como apresenta e se distribui a popula-

ção sobre a superfície terrestre, analisando a queda nas taxas de natalidade nas

últimas décadas e com isso contribui para o equilíbrio do planeta. Verificar como

as atividades econômicas estão presentes em nosso dia a dia e sua importância

para nós e principalmente para a economia dos países, estudando o consumo e o

consumismo analisando de que maneira podemos contribuir para que os recursos

naturais da Terra não se esgotem.

Conteúdos Básicos para o Segundo Ano do Ensino Médio

• Capitalismo e Socialismo;

• Subdesenvolvimento;

• Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, prevenção ao

uso indevido de drogas

• A economia pós guerra e Guerra Fria;

• Migrações e conflitos mundiais;

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• Comércio internacional (Blocos Econômicos);

• Educação Fiscal

• Geografia das indústrias;

• Produção de energia;

• Educação ambiental: Lei 9799/95

• O Islamismo;

• Oriente Médio;

• Reino Unido e França;

• Estados Unidos;

• Alemanha e Japão;

• Antiga União Soviética e Rússia;

• China;

• Países Emergentes.

Analisar a relação entre os países e a dependência existente entre eles no

Mundo Globalizado, estudando as relações comerciais estabelecidas nos blocos

em que os mesmo encontram-se associados.

Compreender os conflitos que vem ocorrendo na atualidade, as causas de

tais conflitos e os motivos que levam as pessoas a praticá-los, conhecendo um

pouco mais sobre as regiões onde ocorrem esses conflitos e os povos que os pra-

ticam, bem como isso pode afetar países que não estão diretamente ligados a

tais atos. Compreender melhor o capitalismo e socialismo, analisando os motivos

que levaram o socialismo a sua quase total extinção.

Podemos dizer, com base no que foi exposto, que as dimensões política e

cultural do espaço geográfico, escolhidas como fios condutores do ensino neste

ano constituem um rico material que atende as necessidades dos alunos em co-

nhecer a formação e estruturação do espaço e se perceber parte integrante des-

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se mesmo espaço construído e reconstruído a partir das transformações huma-

nas.

Conteúdos Básicos para o Terceiro Ano do Ensino Médio

• Caracterização do espaço brasileiro;

• Educação ambiental: Lei 9799/95

• Brasil: Estrutura geológica e relevo;

• Brasil: Climas;

• Ecossistemas do Brasil;

• A hidrografia brasileira;

• Os complexos regionais do Brasil;

• A industrialização brasileira;

• A economia brasileira contemporânea;

• Educação Fiscal

• Produção de energia do Brasil;

• Agricultura brasileira;

• Recursos minerais;

• Transportes no Brasil;

• Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras;

• Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, prevenção ao

uso indevido de drogas

• Gênero e diversidade sexual

• População brasileira e seus movimentos.

• História e Cultura afro-brasileira e africana: Lei 39/03

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Compreender a organização política e econômica do Brasil analisando a im-

portância de sua rede hidrográfica e do espaço agropecuário, verificando a inter-

dependência e a relação entre esses fatores e o desenvolvimento econômico e

social do país, conhecendo melhor as regiões brasileiras, analisando as diversida-

des existentes entre elas, sua economia e sociedade.

Fazer o educando conhecer melhor o espaço econômico brasileiro e as ativida-

des desenvolvidas nesse espaço verificando como essas atividades estão presen-

tes em nosso cotidiano e são fundamentais para nossa vida.

Analisar como está a economia brasileira e o que pode ser feito para melhorá-

la buscando associar essa melhoria as condições de vida da população. Analisar

a distribuição geográfica da população verificando os fatores responsáveis pela

atração e dispersão populacional bem como as atividades desenvolvidas por essa

população e a transformação que a mesma vem ocasionando no meio ambiente.

Espera-se que ao estar concluindo o Ensino Médio, o aluno consiga perceber o

Brasil como parte do mundo, verificando e analisando as relações entre os países

e ainda, que o mesmo se veja como parte integrante do espaço geográfico, po-

dendo atuar como transformador nesse espaço.

METODOLOGIA

Segundo Paulo Freire:

“O ato de educar compreende, entre outras questões, a consciência e a sensibili-

dade do educador para tornar-se capaz de auxiliar a passagem de uma “curiosi-

dade ingênua” para uma “curiosidade epistemológica” dos educandos diante dos

variados conteúdos abordados no seio de uma determinada disciplina. Isso impli-

ca dizer que um dos desafios determinada disciplina. Isso implica dizer que um

dos desafios fundamentais da prática educativa, pelo menos daquela preocupada

com a formação dos educandos, consiste em fazê-los passar de uma percepção

simplista ou simplificadora dos problemas para a sua rela consciência. Acredita-

mos ser essa a única forma de reverter os ensinamentos em atitudes sociais, ex-

pressas em atos concretos de participação social e política e portanto, transfor-

madores da realidade.”

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Não basta desenvolver “juízos de realidade” (informação), mas, sobretudo, fazer

com que evoluam para a formação e busca de “juízos de valor” (criticidade, aná-

lise e reflexão).1

Mediante esse contexto, para despertar o interesse do discente pelo Ensi-

no de Geografia e garantir uma educação de qualidade, é necessário estabelecer

as relações entre os conteúdos da disciplina e sua realidade cotidiana.

Deve ser especialmente valorizado tudo o que se apresenta de forma con-

creta e faz parte do dia-a-dia do aluno. Incluem-se aí tanto o que existe em seu

lugar de moradia, a vizinhança, o bairro, a cidade, como as informações recebi-

das por várias fontes. É evidente que o uso de estratégias e recursos didático-pe-

dagógicos são fundamentais para o Ensino de Geografia, assim como a criação

de situações-problema que, aliadas ao uso de recursos didáticos variados, dina-

mizam, provocam e estimulam a curiosidade dos alunos.

Para contextualizar o assunto, utilizar-se-á notícias de jornais locais ou

acontecimentos próximos da realidade da escola. Textos, pesquisas, mapas, plan-

tas, pessoas, entrevistas, gráficos, tabelas, estudos de campo, filmes, imagens

fotográficas e de satélites, projetos interdisciplinares e outros instrumentos pode-

rão ser utilizados complementação do conteúdo. Para tornar a aula mais dinâmi-

ca, o aluno poderá trazer para a sala de aula assuntos interessantes que as difi-

culdades dos alunos no processo de construção do conhecimento.

Utilizar uma linguagem em que o aluno perceba a geografia no seu cotidia-

no. Para que lhe seja familiar os conteúdos geográficos, utilizamos várias formas

de transposição didática como filmes, músicas, jornais, fotos, jogos etc,. Além de

uma aula dinâmica e com participação do aluno. Essa tradução da ciência geo-

gráfica para o conteúdo básico escolar tem que levar em conta o conhecimento

prévio dos alunos sobre determinado assunto, buscando dessa maneira uma aula

significativa, para que o aluno perceba a importância do conhecimento adquirido.

Serão utilizados os seguintes Encaminhamentos Metodológicos

• Ler, analisar e interpretar os códigos da Geografia (mapas, gráficos, tabe-

las, etc.), considerando-se como elementos de representação de fatos e fe-

nômenos espaciais e / ou espacializados;

• Reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográficas e geográficas;

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• Compreender e aplicar no cotidiano os conceitos básicos da geografia;

• Analisar e compreender a dinâmica e transformação dos espaços geográfi-

cos;

• Entender a relação entre o homem com a natureza, ou seja o homem

como agente transformante do espaço natural;

• Reconhecer, na aparência das formas visíveis e concretas do espaço geo-

gráficos, a sua essência, os processos históricos, construídos em diferentes

tempos, que resultam em profundas mudanças na organização e no conte-

údo do espaço;

Para seleção dos conteúdos para o ensino médio é necessário que o professor

leve em conta o conhecimento básico adquirido pelo aluno no ensino fundamen-

tal. No ensino médio é preciso trabalhar para que o aluno perceba as relações en-

tre o local o global, a pobreza e a migração etc. É necessário nesse período que o

aluno aprenda a refletir, a saber o porquê dos fatos. É importante nortear o ensi-

no dos conteúdos de geografia pelas perguntas, Onde? Por que nesse lugar e não

em outro? Etc. As abordagens dos conteúdos devem buscar respostas para arti-

cular a dinâmica natural e social e, contemplar o maior número de variáveis só-

cio-espaciais, num esforço de análise crítica do objeto da geografia, o espaço ge-

ográfico.

Os conteúdos serão trabalhados de maneira clara e objetiva, adotando proce-

dimentos pedagógicos que possibilitem a construção de noções de tempo, de es-

paço, produção de necessidades e transformação das relações sociais, por meio

do desenvolvimento de conteúdos que tratem, da historicizarão dos espaços, da

localização, da orientação, da distribuição,da representação, das atividades pro-

dutivas, da relação homem-natureza e da demografia.

Os conteúdos serão trabalhados procurando estimular e aperfeiçoar a intera-

ção e a reflexão dos sujeitos que pensam e se desenvolvem diante do contraste e

do desafio, para que tenham autonomia de pensamento e consciência da própria

forma de pensar.

Para atingir os objetivos serão trabalhadas aulas expositivas e reflexivas, par-

tindo dos conhecimentos que o aluno possui para dimensões maiores, organizan-

do esses conhecimentos e adquirindo novos. Serão trabalhados além de aulas ex-

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positivas, também debates e seminários onde o aluno poderá expressar seus co-

nhecimentos, bem como aquilo que aprendeu nas aulas, trabalhos individuais ou

em grupos e avaliações para verificar a aprendizagem do aluno.

AVALIAÇÃO

A avaliação tem pôr objetivo analisar a qualidade do aprendizado do aluno,

deve-se buscar sempre perceber o rendimento do aluno e preparar as aulas

usando como critério as dificuldades e qualidades de cada turma. A avaliação

não precisa ser necessariamente uma prova com questões a ser respondida, po-

demos avaliar de várias maneiras como: trabalhos, pesquisas, seminários etc,.

Sempre buscando avaliar o conteúdo adquirido, valorizando cada tipo de inteli-

gência.

A avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso, deve tanto acom-

panhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor.

É fundamental que a avaliação seja mais do que a definição de uma nota

ou um conceito. É imprescindível que seja contínua e priorize a qualidade e o pro-

cesso de aprendizagem,ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

A avaliação formativa deve ser diagnóstica e continuada. Permitindo que o pro-

fessor procure caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais

das aulas, envolvendo-se realmente no processo de ensino e de aprendizagem.

Não se trata, porém, de excluir a avaliação formal somativa, mas de desenvolver

as duas formas de avaliação: formativa e somativa, registradas de maneira orga-

nizada e criteriosa, pois servem para diferentes finalidades. Por isso, em lugar de

avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar instrumentos de avalia-

ção que contemplem várias formas de expressão dos alunos. Exemplos: leitura,

produção de textos, pesquisas bibliográficas, apresentação de seminários, cons-

trução e análise de maquetes, entre outros.

A partir dessas considerações sobre as formas de avaliação, é preciso re-

fletir sobre os critérios que devem norteá-la. Em Geografia, os principais são: a

formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações so-

cioespaciais. O professor deve observar, então, se os alunos formaram os concei-

tos geográficos e assimilaram as relações de poder, de espaço-tempo e de soci-

dade-natureza, para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.

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Se dá através de um processo diagnóstico, continuado e sistemático. Atra-

vés deste processo, tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar o pro-

cesso desenvolvido, até então para identificar lacunas no processo ensino-apren-

dizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem a su-

peração das dificuldades constatadas.

Utilizando-se de duas formas de avaliação – a formativa e a somativa. O

professor de maneira organizada se instrumentará de meios para chegar a uma

definição de conceito (nota), podendo ser:

-confecção de mapas e localização;

- leitura e interpretação de textos;

- produção de textos;

- leitura e interpretação de fatos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

- pesquisas bibliográficas;

- relatórios de aulas de campo;

- apresentação de seminários;

- construção e análise de maquetes;

- jogos lúdicos (quebra-cabeça, caça ao tesouro).

Quais os critérios?

- formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações só-

cio-espaciais. Observar os alunos a formarem conceitos geográficos e assimila-

rem as relações de poder, de espaço-tempo e de sociedade-natureza para com-

preender o espaço nas diversas escalas geográficas.

- utilização pelo professor dos alicerces pedagógicos – estudo e reflexão.

possibilitar ao aluno sua percepção da realidade em que vive e que o cerca sob a

perspectiva de transformá-la.

Enfim, as avaliações serão realizadas de maneira diagnóstica e contínua

levando em consideração a evolução no aprendizado do aluno. Busca-se por meio

das avaliações verificar a compreensão do educando em relação a organização

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política e econômica dos continentes e ainda a relação entre os fatores físicos

presentes no espaço geográfico, verificando de que maneira esses fatores inter-

ferem nas paisagens, na economia e política dos países, além de analisar a evo-

lução e organização dos conhecimentos adquiridos através dos conteúdos traba-

lhados partindo da realidade do aluno (local) para dimensões maiores (regional,

nacional e global).

Espera-se ainda que o aluno entenda a importância econômica, política e

cultural do comércio mundial, a organização desse comércio, reconhecendo as

consequências ambientais geradas pelas atividades produtivas.

A compreensão da realidade está vinculada à forma como a aprendizagem está

acontecendo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ARAÚJO, Regina. Construindo a geografia: Cenários do Mundo contemporâneo.

São Paulo: Moderna, 2005.

CALLAI, Helena Capetti. O ensino de Geografia: recortes espaciais para análise.

In: CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos et.al. Geografia em sala de aula: práticas e

reflexões. Porto Alegre: Editora da UFRGS/AGB, 2001.

CORREA, R.L. Região e Organização Espacial. São Paulo Ática. 1986.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.

Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

LACOSTE, Y. A. Geografia Isso serve, em primeiro lugar para fazer a guerra.

Campinas: Papirus, 2005.

MORAES, A.C.R. Geografia – Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1984.

PARANÁ. DCE (Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná) Geografia, Secretaria

de Estado da Educação do Paraná, Departamento de educação Básica, 2008

1FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educati-

va. Campinas: Papirus, 1997; Pag. 30.

1 - “Esclarecimento é à saída do homem de sua menoridade da qual ele próprio

é culpado” KANT, 1783.p.516.

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2Diretrizes Curriculares da Educação,- Filosofia. p. 67

7.11. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR HISTÓRIA

As abordagens historiográficas apontam para uma multiplicidade de

perspectivas da História, em razão dos diferentes contextos de produção do

conhecimento histórico que procura desvelar as relações que se estabelecem

entre as diferentes coletividades, nos diferentes tempos e espaços. O

conhecimento histórico é aqui entendido como a compreensão dos processos

históricos das formações sociais e a compreensão dos sujeitos históricos.

Novos objetos e abordagens têm sido incorporados pela historiografia

para explicar as uniformidades e as regularidades das formações sociais, bem

como as rupturas e as diferenças que vão se constituindo e se estabelecendo no

embate das ações humanas, conforme BEZERRA (apud KARNAL, 2004).

Privilegiar a compreensão dos processos das formações sociais e dos

sujeitos históricos é superar um ensino de História que enfoca apenas a ação de

personagens históricos; é perceber que a trama histórica não pode ser entendida

a partir de ações individuais, mas concebida como construção com a participação

de todos os agentes sociais: individuais e coletivos. Nessa perspectiva, volta-se o

olhar para sujeitos sociais, tais como homens e mulheres: idosos, jovens, e

crianças.

As diferentes abordagens historiográficas têm sido pautadas em

historiadores como Edward P. Thompson, Eric Hobsbawm, Michel de Certeau,

Roger Chartier, entre outros.

Historiografia pode ser entendida como o estudo e a explicação da

História.

Assim, tomam-se como objeto do ensino de História as formações sociais,

bem como as relações sociais que nelas se estabelecem.

Formações sociais aqui compreendidas como as sociedades que se constroem

historicamente, num processo dinâmico e contraditório.

As relações sociais devem ser entendidas nas diferentes coletividades,

percebidas as diferenças e semelhanças, conflitos e contradições, igualdades e

desigualdades.

A produção do conhecimento histórico na perspectiva positivista nega a

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subjetividade do historiador. Subjetividade vista negativamente, que deve ser

controlada, segundo o pressuposto de que os acontecimentos falam por si só.

Nesse contexto, o historiador narra o que acontece, não sendo permitido que

emita juízo de valor nem generalizações.

No entanto, a historiografia recente aponta que as explicações fornecidas

pela História são interpretações construídas a partir de um ponto de vista do

historiador e, por isso, provisórias e sujeitas a controvérsias (BARCA, 1998).

Objetivo da Disciplina

Possibilitar ao educando, localizar-se no espaço e no tempo dos fatos

históricos, bem como, perceber as transformações nas estruturas políticas,

econômicas e sociais, ao longo do tempo. A partir deste entendimento, espera-se

uma sociedade mais participativa e consciente da realidade local, nacional e

mundial.

Propiciar uma reflexão a cerca das sociedades do passado, desenvolvendo,

assim, uma visão questionadora a respeito das transformações e/ou

permanências nas estruturas políticas, culturais e econômicas, nos diversos

momentos históricos.

Valorizar as características peculiares de cada sociedade da antiguidade,

percebendo o legado deixado à posteridade.

Levantar questões problematizadoras, vinculadas aos conteúdos e ao

contexto sócio-econômico, político e cultural das civilizações da antiguidade.

Estimular o espírito investigativo, instigando os alunos a perceberem-se

como sujeitos históricos, podendo reformular seus questionamentos sobre o

passado, para buscar explicações e uma compreensão inteligível sobre o mundo

no qual estão inseridos.

Estabelecer relações entre o presente e o passado, de forma

interdisciplinar contribuindo para a construção da narrativa histórica.

Conteúdos Estruturantes

Para a iniciação histórica no Ensino Fundamental, é necessário que o

professor privilegie, em sua prática pedagógica, conteúdos que possam

contribuir para o processo da construção do conhecimento histórico escolar. Para

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tanto, propõem-se eixos articuladores dos conteúdos: trabalho, poder e cultura.

Eixos cujos conceitos são criados e datados, constituem-se historicamente em

meio a mudanças e permanências, em diferentes tempos e em diferentes

espaços, portanto, possuem uma história.

A construção de conceitos faz parte dos procedimentos do ensino de

História, o que possibilita ao estudante a análise, a interpretação e a comparação

entre diferentes acontecimentos históricos, bem como a construção de sua

própria narrativa histórica, nas palavras de SCHMIDT (apud BITTENCOURT, 2001).

Trabalho

Trabalho, mais do que sobrevivência, é uma das mais expressivas

manifestações do ser humano. É algo semelhante à arte, onde o homem

transforma e é transformado. Desde os primeiros anos de vida, aprende que

fazer algo com um objetivo definido conquista espaço, respeito, consideração e

auto-estima.

As relações de trabalho propiciam inúmeras formas de organização do

mundo do trabalho. A sociedade capitalista assumiu uma forma especifica o

emprego assalariado. Sendo assim para a compreensão do mundo capitalista é

fundamental o estudo das relações de trabalho e sua constituição histórica.

Poder

Pode ser definido como “a capacidade ou possibilidade de agir ou de

produzir efeitos” e “pode ser referida a indivíduos e a grupos humanos” (BOBBIO

in BOBBIO et. al., 2000, p. 993). O poder não apresenta forma de coisa ou de

objeto, mas se manifesta como relações sociais e ideológicas estabelecidas entre

aquele que exerce e aquele que se submete; portanto, o que existe são as

relações de poder.

As relações de poder são exercidas nas diversas instâncias sócio históricas,

como o mundo do trabalho, as políticas públicas e as diversas instituições. O seu

estudo permite ao aluno perceber que tais relações estão em seu cotidiano, e

que a sua compreensão é fundamental para uma construção de mundo.

Cultura

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O conceito de cultura é definido como um modo determinado de vida, um

modo de pensar, de viver das pessoas. Mas cultura não é só isso, é também

compartilhamento de significados, de sentidos, de valores, de comportamentos

de determinado grupo social. A cultura é uma produção social e deve ser

analisada em seu contexto histórico.

Nos diferentes grupos sociais ocorre um processo de seleção:

determinados elementos da cultura são selecionados, e outros não.

Ao longo desse processo de “tradição seletiva”, vai se constituindo a

memória cultural de um grupo, de um país, da humanidade. Uma parte passa a

compor a cultura universal, a cultura da humanidade, outra parte é conservada

em arquivos, como fonte documental, mas uma boa parte é rejeitada e ou

esquecida, como afirma WILLIAMS (apud FORQUIN, 1993).

A cultura tem especificidades. Cada época, cada geração tem uma forma

de expressá-la. Assim, ao privilegiar a cultura como eixo articulador dos

conteúdos, propõem-se reflexões sobre cultura popular, cultura erudita, cultura

hegemônica, cultura política, cultura dos negros, indígenas, imigrantes, minorias,

indústria cultural, bem como as diversidades culturais, nos diferentes tempos e

espaços.

Conteúdos Básicos

- A compreensão do conhecimento histórico (Esse conteúdo deve ser

trabalhado no inicio de cada serei)

Segundo o historiador Eric Hobsbawm "Ser membro da comunidade

humana é situar-se com relação a seu passado".Este passado reflete uma

permanência de consciência humana, um ingrediente inquestionável das

instituições, valores e padrões da sociedade. História é referência, deve portanto

ser bem ensinada.

A compreensão do conhecimento histórico, portanto torna-se prioritária

em todos os anos do ensino fundamental. Esta “compreensão” deve englobar

questões como: O que estuda a historia, fato histórico, sujeito histórico, tempo

histórico e fontes. Esta problematização histórica traz uma diversidade de

questionamentos e a oportunidade do professor destacar que a compreensão dos

acontecimentos históricos não pode ser explicada de maneira simplista.É

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necessária a percepção por parte dos professores de que a teia de numerosas

relações interfere em sua realização.

Seria de fato muito vago e frustrante para um grupo de estudantes

iniciarem o ano letivo ouvindo um professor divagando sobre as teorias

criacionista e evolucionista sem ao menos ter sido alertado sobre o sentido

histórico. Como Eric Hobsbawm brilhantemente argumentou em seu livro “Sobre

História”: “as pessoas das quais você esta lá, não são estudantes brilhantes, são

estudantes comuns com opiniões maçantes, que obtém graus medíocres na faixa

inferior das notas baixas e cujas respostas nos exames são sempre iguais. Os que

obtém as melhores notas cuidarão de si mesmos, ainda que seja para eles que

você gostara de lecionar. Os outros são os únicos que precisam de você”. Isso,

segundo Hobsbawm não vale apenas para a universidade mas para o mundo ,

governos, sistema econômico, escolas, tudo na sociedade, não se destina ao

beneficio das minorias privilegiadas.

Portanto mais que as determinações causais é importante levar o aluno à

compreensão das mudanças e permanências, das continuidades e

descontinuidades, essas são noções primordiais em sua “educação histórica” e

neste sentido cabe ao professor uma atenção aos distintos elementos que

compõe o processo histórico.

Um desses elementos imprescindíveis ao procedimento histórico em sala

de aula é sem duvida o trabalho com as fontes e documentos, o próprio livro

didático traz uma serie de atividades pautadas nas interpretações de tais

documentos. Sendo assim situar os alunos quanto ao “sentido do passado” não é

uma tarefa simples, ninguém atestou o contrario mas é uma tarefa necessária se

desejarmos que nossos alunos exercitem a questão da participação do vivenciar

a historia e não somente se tornarem meros espectadores.

Ensino Fundamental

5ª série

Conteúdo Básico

- A dualidade da origem do homem: Teoria evolucionista e criacionista

- A experiência humana no tempo: Antiguidade Oriental e Ocidental

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O processo histórico caminha e o tema da origem e evolução do ser

humano ainda gera muita polêmica. O referido tema traz ainda debates religiosos

e culturais, além de constantes atualizações em função de novas descobertas.

Sendo assim torna-se necessário para os educandos o conhecimento e

esclarecimento em relação a “dualidade da origem humana”.

O estudo da experiência do homem ao longo do tempo possibilita o

conhecimento do desenrolar de sociedades que se desenvolveram no antigo

oriente e ocidente, culturas essas que foram determinantes na criação dos

moldes responsáveis pela formação de nossa sociedade.

Conteúdo Específico

- A memória local e memória da

humanidades

- O tempo (as temporalidades e as

periodizações

- O processo histórico

- O local e o Brasil

- O jovem e suas percepções do

tempo histórico

- O jovem e suas relações com a

sociedade no tempo

- A relação com o mundo

- A formação do pensamento

histórico

- Os vestígios humanos

- O surgimento dos lugares de

memórias

- A memória local e memória da

humanidades

- O tempo (as temporalidades e as

periodizações

- O processo histórico

- O local e o Brasil

- O jovem e suas percepções do

tempo histórico

- O jovem e suas relações com a

sociedade no tempo

- A relação com o mundo

- A formação do pensamento

histórico

- Os vestígios humanos

- O surgimento dos lugares de

memórias

- As diversas temporalidades

- As gerações e as etnias

- O local e o Brasil

- Os povos indígenas e suas culturas

no Brasil e no Paraná

- O surgimento da humanidade na

África .

- Os mitos, lendas dos povos

indígenas paranaenses

- As manifestações populares no

Paraná

- Pensamento científico: a

antiguidade grega e Europa

moderna.

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- A formação da arte moderna

- As relações entre a cultura oral e a

cultura escrita.

6ª série

Conteúdo Básico

- Descentralização do poder e as relações de propriedade:

- A relação do campo com a cidade (terra e moeda poder)

- Uma nova visão de mundo e de homem através das relações comercias

Conteúdo Específico

- As relações de propriedade

- A propriedade coletiva

- Os povos indígenas

- Quilombolas

Ribeirinhas no Paraná

- Sociedades pré-colombianas

- A propriedade pública

- Constituição do espaço público da

antiguidade

- Polis grega

- Sociedade romana

- Antiguidade greco-romana

- A propriedade privada

- A sociedade patriarcal brasileira

- Constituição dos latifúndios na

-América Portuguesa e no Brasil

- Primeira cidades brasileiras

- O engenho colonial

- A conquista do sertão

- Missões Jesuítas

- Belle Epoquê tropical

- Cidades africanas e pré-

colombianas

- Cidades na antiguidade oriental

- Ruralização do Império Romano e a

transição para o feudalismo europeu

- Constituição dos feudos e Glebas

servis.

- Cidades mineradoras

- Tropeirismo no Paraná

- Engenhos da erva-mate no litoral e

no primeiro Planalto

- Relações campo-cidade no oriente

- Industrialização na Europa

Relação entre senhores e escravos

- Sincretismo religioso (formas de

resistência afro-brasileira)

- As cidades e as doenças a

aquisição da terra a da casa própria

- Movimentos pela terra

- Movimentos culturais, camponeses

e urbanos no Brasil republicano nos

séculos XIX,XX, e XXI

- Peste negra e as revoltas

camponesas

- Culturas teocêntrica e

antropocêntrica

- Manifestações culturais na América

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Latina e continente africano

- História das mulheres orientais,

africanas e outras.

7ª série

Conteúdo Básico

- História da relações humanas com o trabalho

- O trabalho e a vida em sociedade

- O trabalho e as contradições da modernidade

- Os trabalhadores e as conquistas do direito

O sujeito histórico pode ser entendido como sendo agente da ação social,

todos aqueles que localizados em contextos históricos exprimem especificidades

e características, sendo lideres de lutas para transformações ou permanências

mais amplas ou situações mais cotidianas, que atuam em grupo ou isoladamente

e produzem para si e uma coletividade. Sendo assim as relações de trabalho ao

longo do tempo foram responsáveis por contradições e conquistas na

modernidade.

Conteúdo Específico

- História das relações da

humanidade com o trabalho

- Trabalho nas sociedades indígenas

- Sociedade patriarcal e

escravocrata

- Mocambos/quilombos as

resistências na colônia

- Remanescentes de quilombos

- A história do trabalho nas primeiras

sociedades humanas.

- A desvalorização do trabalho no

Brasil Colônia e Império

- Busca pela cidadania no Brasil

Império

- Saberes nas sociedades indígenas

- Trabalho na Antiguidade oriental e

Antiguidade clássica

- As três ordens do imaginário feudal

- A desvalorização do trabalho

- O latifúndio no Paraná e no Brasil

- A sociedade oligárquico-

latifundiária

- Vida cotidiana das contradições da

modernização

- A produção e a organização social

capitalista

- A ética e moral capitalista

- O movimento sufragista feminino

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- As congadas como resistência

cultural

- Movimentos sociais e

emancipacionistas

- A Declaração dos Direitos do

homem e do cidadão

- A constituição dos primeiros

sindicatos de trabalhadores

8ª Série

Conteúdo Básico

- A Constituição das Instituições Sociais

- A Formação do Estado

- Sujeito Guerras e Revoluções

As instituições podem ser compreendidas como elementos que legitimam

e estruturam um Estado. Um Estado Nacional é composto por sujeitos que os

legitimam ou não, essa dualidade foi e é responsável por inúmeros conflitos que

ocorreram e podem ocorrer no mundo.

Conteúdo Específico

- A formação das instituições sociais:

- As instituições políticas

- As instituições religiosas

- As instituições econômicas

- As instituições culturais

- As sociedades indígenas do Brasil

- A igreja católica e as reduções

Jesuítas na América portuguesa

- As irmandades católicas e as

religiões afro-brasileiras na América

portuguesa

- A formação dos sindicatos no Brasil

- A instituição da Igreja no Império

Romano

- A formação das associações de

trabalhadores e dos sindicatos no

ocidente

- A monarquia

- A república (aristocracia, ditadura e

democracia)

- Os poderes dos estados

- As relações entre o poder local e o

governo geral América portuguesa

- Os quilombos na América

portuguesa e no Brasil Imperial

- A formação do estado- nação

brasileiro

- Constituição do MERCOSUL

- A monarquia e a nobreza na

Europa medieval

- A formação dos reinos africanos

- Absolutismo europeu

- Constituição da república no

ocidente

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- O imperialismo no século XIX

- A formação dos estados nacionais

nos séculos XIX a XXI: as ditaduras e

as

democracias

- A constituição dos Estados

socialistas e dos Estados de Bem-

Estar social

- A formação dos blocos econômicos

- Os movimentos sociais: políticos,

culturais e religiosos, as revoltas e

revoluções sociais, guerras locais e

guerras mundiais

- As guerras e revoltas indígenas e

quilombos na América portuguesa e

no

Brasil Imperial

- As revoltas republicanas na

América portuguesa

- As guerras cisplatina e a guerra do

Paraguai

- Os movimentos republicanos e

abolicionista no Brasil Imperial

- O movimento anarquista,

comunista e tenentista no Brasil

- O Brasil nas guerras mundiais

- Os movimentos pela

redemocratização do Brasil

- As revoltas democráticas nas polis

gregas

- As revoltas plebeias, escravas e

camponesas na república romana

- As guerras feudais na Europa

Ocidental e as cruzadas

- A conquista e colonização da

América pelos povos europeus

- As guerras de independência das

nações africanas e asiáticas

- Os movimentos camponeses latino-

americanos e asiáticos

- As guerras mundiais.

Ensino Médio

Optou-se por trabalhar os conteúdos por série a seguir, pois, os mesmos

são elementos articuladores com os conteúdos estruturantes da disciplina.

1º ano

Conteúdo Básico

- Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre

- Urbanização e Industrialização

Abordando o trabalho em suas diferentes concepções, torna-se possível a

compreensão das diferentes sociedades que se estabeleceram ao longo do

tempo inclusive a que estamos inseridos. Já a urbanização e industrialização

como fruto das relações de trabalho.

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Conteúdo Específico

- O conceito de trabalho – livre e

explorado;

- O mundo do trabalho em diferentes

sociedades no tempo: trabalho

explorado

escravo e servil (teocráticas, grego-

romanas, medievais e africanas;

- Transição do trabalho escravo,

servil e artesanal para o trabalho

assalariado;

- O trabalho livre: as sociedades do

consumo produtivo: as primeiras

sociedades

humanas, as sociedades nômades e

semi-nômades, as etnias indígenas e

africanas;

- As experiências do trabalho livre

em sociedades revolucionárias: a

Comuna de

Paris, os sovietes russos, associações

húngaras, os círculos Bolivarianos.

- As cidades na História: cidades

neolíticas, da antiguidade greco-

romanas, da

Europa medieval, pré-colombianas,

africanas e asiáticas;

- Urbanização e industrialização no

Brasil Urbanização e industrialização

nas

sociedades ocidentais, africanas e

orientais;

- Urbanização e industrialização no

Paraná no contexto da expansão do

capitalismo;

- A arquitetura das cidades

brasileiras em diferentes épocas e

espaços

2º ano

Conteúdo Básico

- O Estado e as Relações de Poder

- Os sujeitos, as revoltas e as guerras

Ao trabalhar o conceito de estado, o surgimento, as teorias e suas

transformações possibilita identificar relações de poder que privilegiam e

oprimem determinados grupos. Essa dinâmica criou e cria sentimentos que

levam a revoluções e conflitos.

Conteúdo Específico

- Os Estados teocráticos;

- Os Estados na Antiguidade

Clássica;

- O Estado e a Igreja medievais

- A formação dos Estados Nacionais;

- As metrópoles europeias, as

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relações de poder sobre as colônias e

a

expansão do capitalismo;

- O Paraná no contexto da sua

emancipação.

- O Estado e as doutrinas sociais

(anarquismo, socialismo,

positivismo);

- O nacionalismo nos Estados

ocidentais;

- O populismo e as ditaduras na

América Latina;

- Os sistemas capitalista e socialista;

- Estados da América Latina e o

neoliberalismo.

- Relações de dominação e

resistência nas sociedades grega e

romana na

antiguidade grega e romana:

mulheres, crianças, estrangeiros e

escravos;

- Guerras e Revoltas na Antiguidade

Clássica: Grécia e Roma;

- Relações de dominação e

resistência na sociedade medieval:

camponeses,

artesãos, mulheres, hereges e

doentes;

- Relações de resistência na

sociedade ocidental moderna;

- As revoltas indígenas, africanas na

América portuguesa

- Os quilombos e comunidades

quilombolas no território brasileiro;

- As revoltas sociais na América

portuguesa.

3º ano

Conteúdo Básico

- Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções

- Cultura e religiosidade

Conteúdo Específico

- As revoluções democrático-liberais

no Ocidente: Inglaterra, França e

EUA;

- Movimentos sociais no mundo do

trabalho nos séculos XVII e XIX o

surgimento

do sindicalismo;

- A América portuguesa e as revoltas

pela independência;

- As revoltas federalistas no Brasil

imperial e republicano;

- As guerras mundiais no século XX e

Guerra Fria;

- As revoluções socialistas na Ásia,

África e América Latina;

- Os movimentos de resistência no

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contexto das ditaduras da América

Latina;

- Os Estados africanos e as guerras

étnicas;

- A luta pela terra e a organização de

movimentos pela conquista do direito

a

terra na América Latina;

- A mulher e suas conquistas de

direitos nas sociedades

contemporâneas

- A formação das religiosidades dos

povos africanos, americanos,

asiáticos e europeus

neolíticos:xamanismo, totens,

animismo.

- Os mitos e a arte greco-romanos e

a formação das grandes religiões

hinduísmo, budismo, confucionismo,

judaísmo, cristianismo, islamismo;

- Teocentrismo versus

antropocentrismo na Europa

renascentista;

- Reforma e Contra-Reforma seus os

desdobramentos culturais;

- O modernismo brasileiro;

- Cultura e ideologia no governo

Vargas;

- Representações dos movimentos

sociais, políticos e culturais por meio

da arte brasileira;

- As etnias indígenas e africanas e

suas manifestações artísticas,

culturais e religiosas;

- As manifestações populares:

congadas, cavalhadas, fandango,

folia de reis, boi de mamão, romaria

de São Gonçalo.

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Metodologia

Para a “iniciação histórica”, é necessário que o professor propicie situações em

que o estudante comece uma reflexão procurando explicar os comos e os porquês das

mudanças que ocorrem nas diferentes coletividades, percebendo as diversidades e as

similitudes.

Perceber essas diferenças e transformações é inerente ao trabalho do

historiador. No entanto, esse olhar voltado às diferenças e transformações que

ocorrem em diferentes contextos deverá estar presente na ação pedagógica,

possibilitando ao estudante o exercício do raciocínio histórico (CABRINI, 1994).

Para que o ensino de História não seja a “regurgitação do passado”, o professor

deve estimular o pensamento crítico de seus estudantes adotando alguns

procedimentos específicos, como investigar as ideias que eles já possuem,

possibilitando que reflitam sobre diferentes hipóteses em História; exercitar com seus

alunos a seleção das diferentes respostas historiográficas para aquele contexto

histórico; estimulá-los a construírem novas hipóteses investigativas, ou seja, novas

questões de investigação (BARCA, 1998).

Para que o estudante compreenda a História, o professor deve não só falar de

situações do passado, mas promover a interpretação desse passado, a partir de um

trabalho com documentos históricos. O professor deve mostrar que os historiadores,

ao escreverem a história, utilizam-se de questões sobre algum acontecimento que não

conhecem, no entanto, existem “pequenos pormenores que fazem da História algo de

lógico: as fontes diretas e o conhecimento do contexto que as enquadram” (LEE, apud

BARCA, 2001, p. 14).

Assim como as fontes são imprescindíveis ao historiador na sua busca por

evidências para produzir o conhecimento histórico, os documentos são fundamentais

ao trabalho em aulas de História. Essa metodologia ajuda o estudante a conhecer os

conteúdos da História a partir de diferentes fontes; estimula-o na observação, auxilia-

o na reflexão histórica, bem como lhe propicia o entendimento do sentido da História.

A ação pedagógica deve promover no estudante a compreensão sobre a

interlocução entre o acontecido e o narrado, levando-o à percepção de que quem

escreve a história lança diversos olhares sobre um mesmo acontecimento, bem como

de que os diferentes registros são fontes de informação do passado.

Os estudantes devem entender que o que estão estudando já foi estudado por

alguém; também devem compreender que os historiadores não copiam os

testemunhos, mas fazem inferências e interpretações, a partir das evidências

históricas.

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No processo de escolarização, é necessário que o professor oportunize

situações para que o estudante comece a pensar historicamente. Isso significa pensar

temporalmente, compreendendo e explicitando os critérios da periodização em

História, estabelecendo relações de acontecimentos no tempo, tendo como referência

a anterioridade, a posterioridade, a simultaneidade, permanências, mudanças,

continuidades, descontinuidades e rupturas; saber buscar informações em diferentes

documentos históricos, textos didáticos, manifestações artísticas e folclóricas,

depoimentos orais, entre outros, para ajudá-lo a refletir sobre o sentido da História;

passar a usar os conceitos próprios dessa ciência; passar a construir narrativas

explicativas.

Ensinar História envolve mudanças, tanto em relação ao objeto em si como em

relação à ação pedagógica.

O objeto em si, ou seja, o “fazer histórico”, é dinâmico, fruto de mudanças

sociais, das descobertas arqueológicas, das novas documentações e dos debates

metodológicos. A ação pedagógica modifica-se, tendo em vista que mudam os

professores, os alunos, as legislações escolares, assim como as expectativas familiares

(KARNAL, 2004).

Além disso, o conhecimento histórico escolar pressupõe uma transposição

didática do saber histórico em saber histórico escolar, ou seja, um processo que

consiste na “transposição da ciência de referência para uma situação de ensino,

permeando-se, em sua elaboração, com o conhecimento proveniente do ‘senso

comum’, de representações sociais de professores e alunos e que são redefinidos de

forma dinâmica e contínua na sala de aula” (BITTENCOURT, 2001, p. 25).

Assim, o conhecimento histórico deve ser ensinado para que o estudante tenha

“condições de participar do processo do fazer, do construir a História”, de acordo com

SCHMIDT (apud BITTENCOURT, 2001, p. 59).

Com isso, não se pretende transformar os estudantes em pequenos

historiadores. Cabe ao professor auxiliá-los a compreender que a história está em

constante transformação e que existem diferentes interpretações e explicações

históricas.

A escola deve iniciar um processo de reflexão para que os estudantes consigam

perceber que as interpretações históricas são construídas a partir das evidências e

que “está na natureza da História haver diversas versões do passado”, mas que,

apesar disso, a História não é “apenas uma questão de opinião” (LEE, 2005, p. 1-2).

Avaliação

O Processo de avaliação, sendo parte do oficio do professor, deve partir de uma

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ação investigativa e diagnóstica, para identificar o grau de conhecimento dos

educando. Essa pratica se faz necessária para que o docente tenha subsídios para

refletir sua ação pedagógica e criar elementos avaliativos que contribuam para o

processo educacional de uma determinada realidade.

A avaliação como elemento integrante da metodologia de ensino do professor

de história, deve contemplar naturalmente fatos passados, não isoladamente, mas,

articulado com o presente (realidade social) intencionado resultados por meios de

critério definidos objetivando o interpretar por meio da leitura, do questionamento e

do debate contribuindo assim, para a formação do sujeito.

O processo avaliativo deverá incidir sobre o desempenho dos alunos nas

diferentes situações de aprendizagem, consideradas as competências, habilidades e

atitudes. A avaliação será contínua e cumulativa realizada por meio de instrumentos

diversificados. Já a recuperação será continua e integrada ao processo de

aprendizagem. Critérios e propósitos devem ser bem definidos, para cada conteúdo

precisa-se ter claro o que dentro dele deseja ensinar desenvolver e, portanto avaliar.

Os critérios refletem de que forma se vai avaliar, são as formas previamente

estabelecidas para se avaliar um conteúdo.

Referencias

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação.

Departamento da Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

História. Curitiba, 2008.

LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO/Vários autores Curitiba: SEED, 2006.

www.diaadiaeducação.pr.gov.br

7.12. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR LEM – INGLÊS

Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação.

Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma visão sistêmica e estru-

tural do código linguístico. Ela é heterogênea, ideológica e opaca.

Um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os envolvi-

dos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em situações

significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma mera prática

de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do aluno numa

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sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mú-

tuo.

No ensino de Língua Estrangeira a língua, objeto de estudo dessa disciplina con-

templa as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-se fundamental que

os professores compreendam o que se pretende com o ensino da Língua Estrangeira,

ou seja: ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mun-

do e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconhe-

ça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do

grau de proficiência atingido.

O objetivo geral do ensino de Língua Estrangeira é a formação e o desenvolvi-

mento psicológico, social, cultural e afetivo do aluno, dando-lhe conhecimentos gerais

que lhe permitam efetuar estudos posteriores mais complexos ou se encaminhar para

o trabalho. O ensino do inglês compromete-se, portanto com um processo educacional

mais amplo, cooperando para alargar o horizonte do aprendiz, respeitando sua indivi-

dualidade e levando em conta suas necessidades e expectativas. Capaz de utilizar cor-

retamente uma língua dominante, ele tem acesso a novos conhecimentos: informação

científica, tecnológica e cultural,que podem levá-lo a um aprofundamento intelectual

pelo estabelecimento de relações com outras áreas de conhecimento. Consequente-

mente, terá condições de compreender e contribuir de maneira ativa e integrada para

a sociedade em que vive.

Além disso, ao conceber a Língua Inglesa como discurso,conhecer e ser capaz

de usar uma língua estrangeira, permite-se aos sujeitos perceberem-se como inte-

grantes da sociedade e participantes ativos do mundo. Ao estudar uma Língua Estran-

geira o aluno aprende também como atribuir significados para entender melhor a rea-

lidade. A partir do confronto com a cultura do outro, torna-se capaz de delinear um

contorno para a própria identidade. Assim, atuará sobre os sentidos possíveis e re-

construirá sua identidade como agente social.

Quanto aos objetivos : fornecer um ensino da Língua Inglesa contextualizado.

Propor práticas,estimulando a criatividade e desenvolvimento no aprendizado da Lín-

gua Inglesa.

Conhecer e usar a Língua Inglesa como instrumento de acesso a informações a

outras culturas e grupos sociais.

Compreender em que medida os enunciados refletem a forma de

ser,pensar,agir e sentir de quem os produz.

Possibilitar aos alunos maior percepção de sua própria cultura por meio do co-

nhecimento da cultura de outros povos.

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Colaborar na ampliação da visão de mundo,do aluno, tornando-o mais crítico e

reflexivo.

Considerar o maior desejo dos alunos: saber falar,usar a Língua Inglesa.

Utilizar a possibilidade de ensinar-aprender inglês através de músicas.

Trabalhar dentro de uma abordagem afetiva que aproxima e envolve professor e

alunos.

Propor atividades com e nas quais o professor e os alunos possam desenvolver

seu potencial na Língua Inglesa.

Avaliar, avaliar-se e ser avaliado de maneira coerente e apropriada a aborda-

gem sócio-interacionista utilizada.

Conforme a legislação vigente o currículo do ensino fundamental incluirá obrigatoria-mente os conteúdos:

• História e Cultura Afro-Brasileira – Lei 10.639/03

• Prevenção ao uso indevido de drogas

• Educação ambiental – Lei 9799/95

• Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente

• Gênero e diversidade sexual

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Buscando superar uma visão de ensino de Língua Estrangeira Moderna apenas

como meio para se atingir fins comunicativos que restringem as possibilidades de sua

aprendizagem como experiência de identificação social e cultural, ao postular os signi-

ficados como externos aos sujeitos, propõe-se que a aula de Língua Estrangeira Mo-

derna constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade

linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilida-

des de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o

aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, por-

tanto, passíveis de transformação na prática social.

O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do

papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à

informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e trans-

formar modos de entender o mundo e de construir significados.

O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal e

não-verbal, como unidade de linguagem em uso, com as práticas do uso da língua: lei -

tura, oralidade e escrita.

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Antunes (2007, p. 130) esclarece que [...] o texto não é a forma prioritária de se

usar a língua. É a única forma. A forma necessária. Não tem outro. A gramática é

constitutiva do texto, e o texto é constitutivo da atividade da linguagem. Tudo o que

nos deve interessar no estudo da língua culmina com a exploração das atividades dis-

cursivas.

Nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o professor abordará os vários gêne-

ros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado,

sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a

intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a

gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar

com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.

Cabe lembrar que disponibilizar textos aos alunos não é o bastante. É necessá-

rio provocar uma reflexão maior sobre o uso de cada um deles e considerar o contexto

de uso e os seus interlocutores. Por isso, os gêneros discursivos têm um papel tão im-

portante para o trabalho na escola. Portanto, é importante que o aluno tenha acesso a

textos de várias esferas sociais: publicitária, jornalística, literária, informativa, etc. A

estrutura de uma bula de remédio, por exemplo, difere da estrutura de um poema.

Além disso, é necessário que se identifiquem as diferenças estruturais e funcionais, a

autoria, o público a que se destina, e que aproveite o conhecimento já adquirido de

experiência com a língua materna. O objetivo será interagir com a infinita variedade

discursiva presente nas diversas práticas sociais.

A reflexão crítica acerca dos discursos que circulam em Língua Estrangeira Mo-

derna somente é possível mediante o contato com textos verbais e não-verbais. Do

mesmo modo, a produção de um texto se faz sempre a partir do contato com outros

textos, que servirão de apoio e ampliarão as possibilidades de expressão dos alunos.

A aula de LEM deve ser um espaço em que se desenvolvam atividades significa-

tivas, as quais explorem diferentes recursos e fontes, a fim de que o aluno vincule o

que é estudado com o que o cerca. As discussões poderão acontecer em Língua Ma-

terna, pois nem todos os alunos dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se

realize em Língua Estrangeira. Elas servirão como subsídio para a produção textual em

Língua Estrangeira.

O trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a busca por

sua solução deverá despertar o interesse dos alunos para que desenvolvam uma práti-

ca analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos linguístico-culturais e percebam as

implicações sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso no qual revele o

respeito às diferenças culturais, crenças e valores.

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Espera-se que o professor crie estratégias para que os alunos percebam a hete-

rogeneidade da língua. Nesse caso, pode-se dizer que um texto apresenta várias pos-

sibilidades de leitura, que não traz em si um sentido pré-estabelecido pelo seu autor.

Traz, sim, uma demarcação para os sentidos possíveis, restringida pelas suas condi-

ções de produção e, por isso, constrói-se a cada leitura: quem faz a leitura do texto é o

sujeito; portanto, o texto não determina a sua interpretação.

Na abordagem de leitura discursiva, a inferência é um processo cognitivo rele-

vante, porque possibilita construir novos conhecimentos, a partir daqueles existentes

na memória do leitor, os quais são ativados e relacionados às informações materializa-

das no texto. Com isso, as experiências dos alunos e o conhecimento de mundo serão

valorizados.

Sendo assim, o professor desempenha um papel importante na leitura, já que,

pela forma como encaminha o trabalho em sala de aula, os significados poderão ser

mais ou menos problematizados, ou as possibilidades de construção de sentidos per-

cebidas como mais ou menos significativas, como espaços para exercício de ação no

mundo social ou submissão aos sentidos do outro. Espera-se que o trabalho com a lei -

tura vá além daquela superficial, linear. Uma questão é linear quando busca respostas

já as visualizando no próprio texto. Será não-linear quando o aspecto sobre o qual inci -

de a questão não se localiza apenas na materialidade do texto. A não linearidade per-

mite o estabelecimento das relações do texto com o conhecimento já adquirido, o re-

conhecimento das suas opções linguísticas, a intertextualidade e a reflexão, o que

possibilita a reconstrução da argumentação.

Na medida em que os alunos reconheçam que os textos são representações da

realidade, são construções sociais, eles terão uma posição mais crítica em relação a

tais textos. Poderão rejeitá-los ou reconstruí-los a partir de seu universo de sentido, o

qual lhes atribui coerência pela construção de significados. Assim, os alunos devem

entender que, ao interagir com/na língua, interagem com pessoas específicas. Para

compreender um enunciado em particular, devem ter em mente quem disse o quê,

para quem, onde, quando e por que.

Destaca-se ainda, que o trabalho com a produção de textos na aula de Língua

Estrangeira Moderna precisa ser concebido como um processo dialógico ininterrupto,

no qual se escreve sempre para alguém de quem se constrói uma representação. Con-

forme Bakhtin, “um discurso nasce de outros discursos e se produz para um outro su-

jeito, sendo que esse outro é construído imaginariamente pelo sujeito autor” (apud

MUSSALIN, 2004, p. 250).

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O conhecimento linguístico é condição necessária para se chegar à compreen-

são do texto, porém não é suficiente, considerando que o leitor precisa executar um

processo ativo de construção de sentidos e também relacionar a informação nova aos

saberes já adquiridos: o conhecimento discursivo da sua língua materna, da sua histó-

ria, de outras leituras utilizadas ao longo de sua vida (Vygotsky, 1989).

A ativação dos procedimentos interpretativos da língua materna, a mobilização

do conhecimento de mundo e a capacidade de reflexão dos alunos são alguns elemen-

tos que podem permitir a interpretação de grande parte dos sentidos produzidos no

contato com os textos. Não é preciso que o aluno entenda os significados de cada pa-

lavra ou a estrutura do texto para que lhe produza sentidos.

O papel do estudo gramatical relaciona-se ao entendimento, quando necessário,

de procedimentos para construção de significados usados na Língua Estrangeira. Por-

tanto, o trabalho com a análise linguística torna-se importante na medida em que per-

mite o entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas. Ela deve

estar subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as reflexões linguísticas de-

vem ser decorrentes das necessidades específicas dos alunos, a fim de que se expres-

sem ou construam sentidos aos textos.

Estudar uma Língua Estrangeira é conhecer novas culturas, e isso implica cons-

tatar que uma cultura não é necessariamente melhor nem pior que outra, mas sim di-

ferente. É reconhecer que as novas palavras não são simplesmente novos rótulos para

os velhos conceitos.

A análise linguística não é apenas uma nova maneira de arrumar e ordenar as

palavras, e as novas pronúncias não são somente as distintas maneiras de articular

sons, mas representam um universo sócio histórico e ideologicamente marcado.

Destaca-se que nenhuma língua é neutra, e as línguas podem representar diver-

sas culturas e maneiras de viver; inclusive, podem passar a ser um espaço de comuni-

cação intercultural, por serem usadas em diversas comunidades, muitas vezes até por

falantes que não as têm como língua materna.

Passa a ser função da disciplina possibilitar aos alunos o conhecimento dos valo-

res culturais estabelecidos nas e pelas comunidades de que queiram participar. Ao

mesmo tempo, o professor propiciará situações de aprendizagem que favoreçam um

olhar crítico sobre essas mesmas comunidades.

Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo,

mas que seja crítico, reaja aos textos com os quais se depare e entenda que por trás

deles há um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da

comunidade em que está inserido. Da mesma forma, o aluno deve ser instigado a bus-

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car respostas e soluções aos seus questionamentos, necessidades e anseios relativos

à aprendizagem.

Ao interagir com textos diversos, o educando perceberá que as formas linguísti-

cas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são

flexíveis e variam conforme o contexto e a situação em que a prática social de uso da

língua ocorre. Para que o aluno compreenda a palavra do outro, é preciso que se re-

construa o contexto sócio histórico e os valores estilísticos e ideológicos que geraram

o texto.

O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita ao

leitor elaborar um novo modo de ver a realidade. Para que uma leitura em Língua Es-

trangeira se transforme realmente em uma situação de interação, é fundamental que

o aluno seja subsidiado com conhecimentos linguísticos, sócio pragmáticos, culturais e

discursivos.

As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a

textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem dis-

cursiva a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a ex-

pressar ideias em Língua Estrangeira mesmo que com limitações. Vale explicitar que,

mesmo oralmente, há uma diversidade de gêneros que qualquer uso da linguagem

implica e existe a necessidade de adequação da variedade linguística para as dife-

rentes situações, tal como ocorre na escrita e em Língua Materna. Também é impor-

tante que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua que está aprenden-

do.

Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma

atividade sócio interacional, ou seja, significativa. É importante que o docente direcio-

ne as atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objeti -

vo da produção e para quem se escreve, em situações reais de uso. É preciso que, no

contexto escolar, esse alguém seja definido como um sujeito sócio histórico ideológi-

co, com quem o aluno vai produzir um diálogo imaginário, fundamental para a cons-

trução do seu texto e de sua coerência. Nesse sentido, a produção deve ter sempre

um objetivo claro.

A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento de

orientá-lo para uma produção, assim como a necessidade de adequação ao gênero,

planejamento, articulação das partes, seleção da variedade linguística adequada – for-

mal ou informal. Ao fazer escolhas, o aluno desenvolve sua identidade e se constitui

como sujeito crítico. Ao propor uma tarefa de escrita, é essencial que se disponibilize

recursos pedagógicos, junto com a intervenção do próprio professor, para oferecer ao

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aluno elementos discursivos, linguísticos, sócio pragmáticos e culturais para que ele

melhore sua produção.

Nos textos de literatura, as reflexões sobre a ideologia e a construção da reali-

dade fazem parte da produção do conhecimento, sempre parcial, complexo e dinâmi-

co, dependente do contexto e das relações de poder. Assim, ao apresentar textos lite-

rários aos alunos, devem-se propor atividades que colaborem para que ele analise os

textos e os perceba como prática social de uma sociedade em um determinado con-

texto sociocultural.

Outro aspecto importante com relação ao ensino de Língua Estrangeira Moderna

é que ele será, necessariamente, articulado com as demais disciplinas do currículo

para relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa ter que desenvolver proje-

tos com inúmeras disciplinas, mas fazer o aluno perceber que alguns conteúdos de

disciplinas distintas podem estar relacionados com a Língua Estrangeira. Por exemplo:

as relações interdisciplinares da Literatura com a História e com a Geografia podem

colaborar para o esclarecimento e a compreensão de textos literários.

As atividades serão abordadas a partir de textos e envolverão, simultaneamen-

te, práticas e conhecimentos mencionados, de modo a proporcionar ao aluno condi-

ções para assumir uma atitude crítica e transformadora com relação aos discursos

apresentados.

Assim, para cada texto escolhido verbal e/ou não-verbal, o professor poderá tra-

balhar levando em conta os itens abaixo sugeridos:

a) Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades. Cada ativida-

de da sociedade se utiliza de um determinado gênero;

b) Aspecto Cultural Interdiscurso: influência de outras culturas percebidas no texto, o

contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras leituras pode-

rão ser feitas a partir do texto apresentado;

c) Variedade Linguística: formal ou informal;

d) Análise Linguística : será realizada de acordo com a série. Vale ressaltar a diferença

entre o ensino de gramática e a prática da análise linguística: enquanto na gramática

temos: concepção de língua como sistema, estrutura inflexível e invariável; unidade

privilegiada: a palavra, a frase e o período; preferência pelos exercícios estruturais, de

identificação e classificação de unidades/funções morfossintáticas e correção; na práti-

ca de análise linguística temos: concepção de língua como ação interlocutiva situada,

sujeita às interferências dos falantes; unidade privilegiada: o texto; preferência por

questões abertas e atividades de pesquisa, que exigem comparação e reflexão sobre

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adequação e efeitos de sentidos. (Adaptado de: MENDONÇA, M. Análise Linguística no

Ensino Médio: um novo olhar, um outro objeto, 2006, p. 207)

e) Atividades: 1)Pesquisa: será proposta para o aluno, acerca do assunto abordado.

Lembrando, aqui, que pesquisa é entendida como uma forma de saber mais sobre o

assunto, isso significa que poderá ser realizada não só nos livros ou na internet. Uma

conversa com pessoas mais experientes, uma entrevista, e assim por diante, também

serão consideradas pesquisas. 2) Discussão: conversar na sala de aula a respeito do

assunto, valorizando as pesquisas feitas pelos alunos. Aprofundar e/ou confrontar in-

formações. Essa atividade poderá ser feita em Língua Materna. 3) Produção de texto: o

aluno irá produzir um texto na Língua Estrangeira, com a ajuda dos recursos disponí-

veis na sala de aula e a orientação do professor.

Os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries, porém em diferentes

graus de profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno. A bagagem de co-

nhecimentos que o aluno trará em Língua Estrangeira será diferenciada, pois os esta-

belecimentos de ensino possuem matrizes curriculares diferentes, além disso, nem

sempre o aluno terá estudado o mesmo idioma em séries anteriores.

É importante tecer, também, algumas considerações sobre os livros didáticos

comumente utilizados como apoio didático pelo professor, materiais que têm assumi-

do uma posição central na definição de conteúdos e metodologias nas aulas de Língua

Estrangeira Moderna. As concepções de ensino e língua subjacentes às atividades dos

livros didáticos tendem a se fundamentar, em grande parte, na Abordagem Comunica-

tiva. Corroborando as reflexões concernentes a tal abordagem, presentes nestas Dire-

trizes, Pereira (2004, p. 199) afirma que: Entende-se que muitos professores prefiram

o trabalho com o livro didático em função da previsibilidade, homogeneidade, facilida-

de para planejar aulas, acesso a textos, figuras, etc. Suas vantagens também são per -

cebidas em relação aos alunos, que podem dispor de material para estudos, consul-

tas, exercícios, enfim, acompanhar melhor as atividades. Além de descortinar os valo-

res subjacentes no livro didático, recomenda-se que o professor utilize outros mate-

riais disponíveis na escola: livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeos,

DVD, CD-ROM, Internet, TV multimídia, etc.

A elaboração de materiais pedagógicos pautada nestas Diretrizes permite flexi-

bilidade para incorporar especificidades e interesses dos alunos, bem como para con-

templar a diversidade regional. Ao tratar os conteúdos de Língua Estrangeira Moderna,

o professor proporcionará ao aluno, pertencente a uma determinada cultura, o contato

e a interação com outras línguas e culturas. Desse encontro, espera-se que possa sur-

gir a consciência do lugar que se ocupa no mundo, extrapolando o domínio linguístico.

Page 165: I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO … · 6.2. concepÇÃo de homem 6.3. concepÇÃo de educaÇÃo e curriculo 6.4. concepÇÃo de ensino-aprendizagem 6.5. concepÇÃo

Ressalta-se a importância do Livro Didático Público de Língua Estrangeira Mo-

derna, Inglês, elaborado pelos professores da Rede Pública do Estado do Paraná, que

não esgota todas as necessidades, nem abrange todos os conteúdos de Língua Estran-

geira, mas constitui suporte valoroso e ponto de partida para um trabalho bem sucedi-

do em sala de aula.

Enfim, é importante que os alunos sejam subsidiados com conhecimentos dis-

cursivos, sociolinguísticos, gramaticais e estratégicos para que tenham condições de

compreender e se expressar na língua estrangeira.

5

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS

ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS - ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO

COTIDIANA

Álbum de Família - Fotos – Bilhetes - Cartão - Cartão Postal – Convites - Músicas

Receitas

LITERÁRIA/ARTÍSTICA

Autobiografia - Histórias em Quadrinhos - Pinturas

ESCOLAR

Cartazes - Mapas

IMPRENSA

Tiras - Cartum - Horóscopo

PUBLICITÁRIA

Anúncio - Cartazes - Fotos - Músicas

MIDIÁTICA

Desenho Animado - E-mail

LEITURA

Tema do texto – Interlocutor – Finalidade - Aceitabilidade do texto - Informatividade

Page 166: I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO … · 6.2. concepÇÃo de homem 6.3. concepÇÃo de educaÇÃo e curriculo 6.4. concepÇÃo de ensino-aprendizagem 6.5. concepÇÃo

Elementos composicionais do gênero – Léxico - Repetição proposital de palavras

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pon-

tuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

Tema do texto – Interlocutor - Finalidade do texto – Informatividade -

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pon-

tuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem

Acentuação gráfica – Ortografia - Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto – Finalidade - Papel do locutor e interlocutor - Elementos extralinguísti-

cos: entonação, pausas, gestos... - Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala - Variações linguísticas - Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,

repetição, recursos semânticos.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

LEITURA

É importante que o professor:

*Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; Considere os conheci-

mentos prévios dos alunos; Formule questionamentos que possibilitem inferências so-

bre o texto; Encaminhe discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade; Contex-

tualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; Relacione o tema

com o contexto atual; Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.

ESCRITA

É importante que o professor: Planeje a produção textual a partir da delimitação do

tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; Estimule a ampliação de leituras sobre

o tema e o gênero proposto; Acompanhe a produção do texto;

Encaminhe e acompanhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos

elementos que compõe o gênero;

Page 167: I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO … · 6.2. concepÇÃo de homem 6.3. concepÇÃo de educaÇÃo e curriculo 6.4. concepÇÃo de ensino-aprendizagem 6.5. concepÇÃo

Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se

atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; Conduza a uma refle-

xão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. Organize apresenta-

ções de textos produzidos pelos alunos; Oriente sobre o contexto social de uso do gê-

nero oral selecionado; Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típi-

cas da oralidade em seu uso formal e informal; Selecione discursos de outros para

análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos,etc.

ORALIDADE

É importante que o professor:

Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos; Proponha reflexões sobre

os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; Oriente sobre o contexto

social de uso do gênero oral selecionado; Prepare apresentações que explorem as Mar-

cas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;

Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de

desenhos, etc.

ENSINO FUNDAMENTAL: 6ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO

COTIDIANA

Álbum de Família - Receitas – Quadrinhas – Bilhetes – Cartão - Cartão Postal

Convites - Curriculum Vitae – Fotos - Músicas

LITERÁRIA/ARTÍSTICA

Autobiografia – Biografias – Escultura - Histórias em Quadrinhos - Pinturas

ESCOLAR

Cartazes - Mapas

IMPRENSA

Classificados - Entrevista (oral e escrita) – Fotos – Horóscopo – Mapas - Notícia

Page 168: I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO … · 6.2. concepÇÃo de homem 6.3. concepÇÃo de educaÇÃo e curriculo 6.4. concepÇÃo de ensino-aprendizagem 6.5. concepÇÃo

Tiras

PUBLICITÁRIA

Anúncio – Caricatura – Cartazes - Comercial para TV – E-mail – Folder - Fotos

Slogan – Músicas - Placas

PRODUÇÃO E CONSUMO

Bulas - Placas

MIDIÁTICA

Blog – Chat - Desenho Animado - E-mail – Entrevista – Filmes

LEITURA

Tema do texto – Interlocutor - Finalidade do texto – Informatividade – Situacionalidade -

Informações explícitas - Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero - Repetição proposital de palavras - Léxico;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pon-

tuação recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

Tema do texto – Interlocutor - Finalidade do texto - Discurso direto e indireto -

Elementos composicionais do gênero - Marcas linguísticas: coesão, coerência, função

das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, traves-

são, negrito), figuras de linguagem.

Acentuação gráfica – Ortografia - Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto – Finalidade - Papel do locutor e interlocutor - Elementos extralinguísti-

cos: entonação, pausas, gestos, etc; - Adequação do discurso ao gênero - Turnos de

fala - Variações linguísticas - Marcas lingüísticas, coesão, coerência, gírias, repetição,

semântica.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

LEITURA

É importante que o professor:

Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o léxi -

co Considere os conhecimentos prévios dos alunos - Formule questionamentos que

possibilitem inferências sobre o texto -Encaminhe discussões sobre tema e intenções -

Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época Utilize tex-

Page 169: I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO … · 6.2. concepÇÃo de homem 6.3. concepÇÃo de educaÇÃo e curriculo 6.4. concepÇÃo de ensino-aprendizagem 6.5. concepÇÃo

tos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens,

mapas, e outros - Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.

ESCRITA

É importante que o professor

Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gêne-

ro, da finalidade - Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos

- Acompanhe a produção do texto - Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revi-

são dos argumentos das ideias, dos elementos que compõe o gênero;

Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se

atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

ORALIDADE

É importante que o professor:

Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos - Proponha reflexões sobre

os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos - Oriente sobre o contexto

social de uso do gênero oral selecionado - Prepare apresentações que explorem as

Marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;

Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de

desenhos, etc.

ENSINO FUNDAMENTAL: 7ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEUDOS BASICOS

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO

COTIDIANA

Álbum de Família - Receitas – Quadrinhas – Bilhetes – Cartão - Cartão Postal

Convites - Curriculum Vitae – Fotos - Músicas

EXEMPLOS DE GÊNEROS

LITERÁRIA /ARTÍSTICA

Autobiografia - Biografias - Escultura - Hicai - Histórias em Quadrinhos - Letras de Mú-

sicas - Pinturas - Poemas

Page 170: I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO … · 6.2. concepÇÃo de homem 6.3. concepÇÃo de educaÇÃo e curriculo 6.4. concepÇÃo de ensino-aprendizagem 6.5. concepÇÃo

CIENTÍFICA

Artigos - Relato Histórico -

ESCOLAR

Cartazes - Mapas

IMPRENSA

Agenda Cultural - Anúncio de Emprego – Classificados – Fotos – Horóscopo Manchete –

Mapas – Notícia – Tiras - Filmes

PUBLICITÁRIA

Anúncio – Caricatura – Cartazes - Comercial para TV – E-mail - Folder

Fotos – Slogan – Músicas - Publicidade Comercial

PRODUÇÃO E CONSUMO

Bulas - Manual Técnico - Placas - Verbetes de Enciclopédias

MIDIÁTICA

Blog - Chat - Desenho Animado – E-mail – Entrevista - Filmes - Torpedos - Vídeo Clip

LEITURA

Conteúdo temático – Interlocutor - Finalidade do texto - Aceitabilidade do texto -

Informatividade – Situacionalidade – Intertextualidade - Vozes sociais presentes no tex-

to - Elementos composicionais do gênero - Marcas linguísticas: coesão, coerência, fun-

ção das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, tra-

vessão, negrito, figuras de linguagem.

Semântica:

- operadores argumentativos - ambiguidade - - sentido conotativo e denotativo das pa-

lavras no texto - expressões que denotam ironia e humor no texto.

Léxico.

ESCRITA

Conteúdo temático – Interlocutor -Finalidade do texto – Informatividade – Situacionali-

dade – Intertextualidade - Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero - Marcas linguísticas: coesão, coerência, função

das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, traves-

são, negrito);

Concordância verbal e nominal;

Page 171: I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO … · 6.2. concepÇÃo de homem 6.3. concepÇÃo de educaÇÃo e curriculo 6.4. concepÇÃo de ensino-aprendizagem 6.5. concepÇÃo

Semântica:

- operadores argumentativos - ambiguidade - significado das palavras - figuras de lin-

guagem - sentido conotativo e denotativo - expressões que denotam ironia e humor

no texto.

ORALIDADE

Conteúdo temático – Finalidade - Aceitabilidade do texto – Informatividade - Papel do

locutor e interlocutor - Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, cor-

poral e gestual, pausas - Adequação do discurso ao gênero - Turnos de fala;

Variações linguísticas - Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos - Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, re-

petições, etc) - Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

LEITURA

É importante que o professor:

Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;Considere os conhecimen-

tos prévios dos alunos;Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o

texto;Encaminhe discussões e reflexões sobre tema, intenções, intertextualidade, acei-

tabilidade, informatividade, situacionalidade;Contextualize a produção: suporte/fonte,

interlocutores, finalidade, época;Utilize textos não-verbais diversos que dialoguem

com não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;Relacione o tema

com o contexto atual;Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

Instigue a identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou

expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que deno-

tam ironia e humor.

ESCRITA

É importante que o professor:

Planeje a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero,

da finalidade; Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;

Acompanhe a produção do texto;

Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos

elementos que compõe o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de aventura, ob-

servar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete

a uma aventura, etc.); Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há con-

Page 172: I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO … · 6.2. concepÇÃo de homem 6.3. concepÇÃo de educaÇÃo e curriculo 6.4. concepÇÃo de ensino-aprendizagem 6.5. concepÇÃo

tinuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contex-

to; Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,

bem como de expressões que denotam ironia e humor;

Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

ORALIDADE

É importante que o professor:

Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração

a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; Oriente sobre

o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em

seu uso formal e informal; Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utili-

zando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal

e gestual, pausas e outros; Selecione discursos de outros para análise dos recursos da

oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reporta-

gem, entre outros.

ENSINO FUNDAMENTAL: 8ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO

COTIDIANA

EXEMPLOS DE GÊNEROS

Álbum de Família - Bilhetes - Carta Pessoal - Cartão - Cartão Postal - Convites

Curriculum Vitae – Diário – Piadas – Provérbios – Quadrinhas – Receitas - Fotos

LITERÁRIA/ARTÍSTICA

Autobiografia – Biografias – Escultura - Haicai - Histórias em Quadrinhos - Letras de

Músicas – Pinturas - Poemas

CIENTÍFICA

Artigos – Pesquisas - Relato Histórico - Relatório

Page 173: I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO … · 6.2. concepÇÃo de homem 6.3. concepÇÃo de educaÇÃo e curriculo 6.4. concepÇÃo de ensino-aprendizagem 6.5. concepÇÃo

ESCOLAR

Cartazes - Mapas - Pesquisas - Relato Histórico - Relatos de Experiências

IMPRENSA

Anúncio de Emprego – Caricatura - Cartum - Charge - Classificados Entrevista (oral e

escrita) – Fotos – Horóscopo – Manchete - Mapas - Notícia - Sinopses de Filmes - Tiras

PUBLICITÁRIA

Anúncio – Caricatura – Cartazes - Comercial para TV – E-mail – Folder – Fotos Slogan –

Músicas - Placas

POLÍTICA

Carta de Emprego - Carta de Reclamação - Carta de Solicitação -

PRODUÇÃO E CONSUMO

Bulas - Manual Técnico - Placas

MIDIÁTICA

Blog - Chat - Desenho Animado – E-mail – Entrevista - Filmes

Fotoblog - Home Page – Torpedos - Vídeo Clip - Vídeo Conferência

LEITURA

Tema do texto;Interlocutor;Finalidade do texto;Aceitabilidade do

texto;Informatividade;Situacionalidade;Intertextualidade;Temporalidade;Discurso dire-

to e indireto;Elementos composicionais do gênero;Emprego do sentido conotativo e

denotativo no texto;Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no

texto;Polissemia;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramati-

cais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de

linguagem.

Léxico.

ESCRITA

Tema do texto; Interlocutor;Finalidade do texto;Aceitabilidade do texto;Informativida-

de;Situacionalidade;Intertextualidade;Temporalidade;Discurso direto e indireto;Ele-

mentos composicionais do gênero;Emprego do sentido conotativo e denotativo no tex-

to;Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Palavras

e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

Page 174: I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO … · 6.2. concepÇÃo de homem 6.3. concepÇÃo de educaÇÃo e curriculo 6.4. concepÇÃo de ensino-aprendizagem 6.5. concepÇÃo

Polissemia;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de lin-

guagem;Processo de formação de palavras;Acentuação gráfica;Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Conteúdo temático; Finalidade;Aceitabilidade do texto;Informatividade;Papel do locu-

tor e interlocutor;Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e

gestual, pausas;Adequação do discurso ao gênero;Turnos de fala;

Variações linguísticas;Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Semântica;Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,

etc);Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

LEITURA

É importante que o professor:

Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;Considere os conhecimen-

tos prévios dos alunos;Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o

texto;Encaminhe discussões e reflexões sobre tema, intenções, intertextualidade, acei-

tabilidade, informatividade, situacionalidade;Contextualize a produção: suporte/fonte,

interlocutores, finalidade, época;Utilize textos não-verbais diversos que dialoguem

com não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;Relacione o tema

com o contexto atual;Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o

texto;Instigue a identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras

e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que de-

notam ironia e humor.

ESCRITA

É importante que o professor:

Planeje a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero,

da finalidade;Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;

Acompanhe a produção do texto;Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão

dos argumentos das ideias, dos elementos que compõe o gênero (por exemplo: se for

uma narrativa de aventura, bservar se há tempo, espaço, se o texto remete a uma

aventura, etc.);Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuida-

Page 175: I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO … · 6.2. concepÇÃo de homem 6.3. concepÇÃo de educaÇÃo e curriculo 6.4. concepÇÃo de ensino-aprendizagem 6.5. concepÇÃo

de temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;Esti-

mule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem

como de expressões que denotam ironia e humor;

Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

ORALIDADE

É importante que o professor:

Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração

a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;Oriente sobre

o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em

seu uso formal e informal;Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utili-

zando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal

e gestual, pausas e outros;Selecione discursos de outros para análise dos recursos da

oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reporta-

gem, entre outros.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO

COTIDIANA

Álbum de Família - Bilhetes - Carta Pessoal – Cartão - Cartão Postal - Comunicado –

Convites - Curriculum Vitae – Diário - Exposição Oral

Fotos - Músicas – Piadas – Provérbios – Receitas - Relatos de Experiências Vividas – Tra-

va Línguas

LITERÁRIA/ARTÍSTICA

Autobiografia - Biografias - Contos - Contos de Fadas - Contos de Fadas Contemporâ-

neos - Crônicas de Ficção – Escultura – Fábulas - Fábulas Contemporâneas – Haicai -

Histórias em Quadrinhos – Lendas – Memórias - Letras de Músicas - Narrativas de

Aventura – Paródias - Pinturas - Poemas - Romances

Page 176: I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO … · 6.2. concepÇÃo de homem 6.3. concepÇÃo de educaÇÃo e curriculo 6.4. concepÇÃo de ensino-aprendizagem 6.5. concepÇÃo

CIENTÍFICA

Artigos – Palestra - Pesquisas - Relato Histórico – Relatório – Resumo - Verbetes

ESCOLAR

Ata – Cartazes - Exposição Oral – Mapas – Pesquisas - Relato Histórico – Relatório Rela-

tos de Experiências Científicas – Resenha – Resumo - Seminário - Texto Argumentativo

- Texto de Opinião - Verbetes de Enciclopédias

IMPRENSA

Agenda Cultural - Anúncio de Emprego - Artigo de Opinião - Caricatura

Carta ao Leitor – Cartum – Charge – Classificados - Crônica Jornalística

Editorial - Entrevista (oral e escrita) – Fotos – Horóscopo – Manchete - Notícia

Reportagens - Sinopses de Filmes - Tiras

PUBLICITÁRIA

Anúncio – Caricatura – Cartazes - Comercial para TV – E-mail – Folder – Fotos Slogan –

Músicas – Paródia – Placas - Publicidade Comercial - Publicidade Institucional - Publici -

dade Oficial - Texto Político

POLÍTICA

Carta de Emprego - Carta de Reclamação - Carta de Solicitação - Debate

Debate Regrado - Discurso Político “de Palanque” - Fórum - Panfleto

JURÍDICA

Declaração de Direitos - Depoimentos

PRODUÇÃO E CONSUMO

Bulas - Manual Técnico – Placas - Relato Histórico - Relatório - Resenha

Resumo - Seminário - Texto Argumentativo - Texto de Opinião

Verbetes de Enciclopédias

MIDIÁTICA

Blog - Chat - Desenho Animado – E-mail – Entrevista – Filmes – Fotoblog - Home Page –

Telejornal - Telenovelas – Torpedos - Vídeo Clip

LEITURA

Page 177: I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO … · 6.2. concepÇÃo de homem 6.3. concepÇÃo de educaÇÃo e curriculo 6.4. concepÇÃo de ensino-aprendizagem 6.5. concepÇÃo

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informativida-

de; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual; Partículas

conectivas do texto; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; Polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pon-

tuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Léxi-

co.

ESCRITA

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informativida-

de; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual; Partículas

conectivas do texto; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; Polissemia.

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pon-

tuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locu-

tor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal

e gestual, pausas; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala;

Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semân-

tica; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Dife-

renças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

LEITURA

É importante que o professor:

Proporcione prática de leitura de diferentes gêneros; Considere os conhecimentos pré-

vios dos alunos; Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabili-

dade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; Pro-

porcione análises para estabelecer a referência textual; Conduza leituras para a com-

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preensão das partículas conectivas; Contextualize a produção: suporte/fonte, interlo-

cutores, finalidade, época; Utilize textos não-verbais diversos:

gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros; Relacione o tema com o contexto atual;

Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; Instigue o entendimen-

to/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido

conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; Esti-

mule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêne-

ros; Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequên-

cia entre as partes e elementos do texto.

ESCRITA

É importante que o professor:

Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções, in-

tertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e

ideologia ; Proporcione o uso adequado de a referência textual; Conduza a utilização

adequada das partículas conectivas; Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e

o gênero propostos; Acompanhe a produção do texto; Acompanhe e encaminhe a rees-

crita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõe o gênero.

Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem

como de expressões que denotam ironia e humor; Estimule produções em diferentes

gêneros; Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos.

ORALIDADE

É importante que o professor:

Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração

a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto;

Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; Prepare apresenta-

ções que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e in -

formal; Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recur-

sos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e

outros; Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:

cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

AVALIAÇÃO

Avaliar é dar o aval ao aluno de que ele irá aprender. A avaliação não é uma

medida, ela é uma forma de diagnosticar aquilo que o professor precisa ensinar.

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A avaliação de aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna. Deve sempre a

concepção de mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos, visto como

processual e como tal objetiva subsidir discussões acerca das dificuldades e avanço

dos alunos a partir de suas produções,procurando equilibrar o entendimento das qua-

tro habilidades.

A avaliação está inserida em um amplo processo de ensino/aprendizagem. A

avalização deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo ensi-

no-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica,

sempre com uma dimensão formadora, uma vez que,o fim deste processo é a aprendi-

zagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a

ação da prática pedagógica.

Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo,

numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta for-

ma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no

presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insufi-

cientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas

práticas educativas.

O processo avaliativo não se limita à sala de aula. A programação do ensino em

sala de aula e os seus resultados, estão envolvidos neste processo. A avaliação deve

estar articulada com os objetivos e conteúdos definidos a partir das concepções e en-

caminhamentos metodológicos.

A avaliação concebe o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e

pelo professor, como um processo de ação-reflexão-ação,que se passa na sala de aula

através da interação professor/aluno,carregado de significativos e de compreensão.

Assim tanto o professor os alunos poderão acompanhar o percurso desenvolvido até

então, e identificar dificuldades,planejar e propor outros encaminhamentos que bus-

quem superá-las. A utilidade da avaliação é fornecer subsídios imediatos para a corre-

ção do processo em direção ao objetivo, na escola, a avaliação deve significar precisa-

mente o cuidado com a qualidade do ensino.

Isso tem implicações tanto no caráter da avaliação quanto na frequência com

que ela é realizada.

A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificul-

dades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que

esta aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da

sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos es-

tão inseridos.

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A avaliação tem que se integrar o mais possível no próprio trabalho que se reali-

za, de modo a acompanhá-lo em todo seu desenvolvimento.

A avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificados, para que a avalia-

ção cumpra sua finalidade educativa, deverá ser contínua, permanente e cumulativa.

Referências Bibliográficas:

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SEED/PR/2008 - DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

PARANÁ/SEED, Série Cadernos Temáticos dos Desafios Educacionais Contemporâneos. Curitiba 2008.

7.13. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR LINGUA PORTUGUESA

Dentro de um contexto social e didático faz-se necessário, compreender a importância

do domínio da Língua Portuguesa falada e escrita como meta para o aprendizado es-

colar e para a sobrevivência digna dos cidadãos em uma sociedade letrada e informa-

tizada.

Em decorrência do analfabetismo nos diversos parâmetros nacionais,a língua

tem como objetivo principal o aprimoramento e a realização dos meios necessários à

alfabetização e ao letramento Pois, a partir dele, os educadores terão condições para a

aprendizagem das outras áreas do conhecimento.

A proposta de um redimensionamento das estratégias de ação pedagógica, baseadas

na avaliação criteriosa do aprendizado dos educandos, busca o equilíbrio nas escolhas.

A linguagem em todas as suas formas é o resultado da interação humana e da

sua produção estética. Priorizar a Literatura como fonte emergente e defender da sis-

tematização dos conteúdos relativos à Língua deve ter como meio no elo entre USO-

REFLEXÃO-USO, sendo o objeto de estudo a Língua. Visando estes aspectos, reforça a

necessidade de sistematização da disciplina com as unidades menores da Língua, con-

textualizando e auxiliando os alunos na compreensão dos conteúdos.

Portanto, as práticas de leitura, oralidade e escrita devem ser desenvolvidas no

contexto dos diversos gêneros textuais que permeiam a sociedade, pois neles a Lín-

gua se manifesta na sua totalidade e a linguagem adquire significado.

A disciplina na LDB 5692/71 vinha dicotomizada em Língua e Literatura (com ênfase

na literatura brasileira ). A divisão repercutiu na organização curricular: a separação

gramática, estudos literários e redação. Os livros didáticos, em geral, e mesmo os ves-

tibulares, reproduziram o modelo de divisão. Muitas escolas até hoje mantêm profes-

sores especialistas para cada tema e há até mesmo aulas específicas como se

leitura/literatura, estudos gramaticais e produção de texto não tivessem relações en-

tre si. Presenciamos situações em que o caderno do aluno era assim dividido.

A perspectiva dos estudos gramaticais na escola, até hoje, centra-se, em grande par-

te, no entendimento da nomenclatura gramatical como eixo principal; descrição e nor-

ma se confundem na análise da frase, essa deslocada do uso, da função e do texto.

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Os estudos literários seguem o mesmo caminho. A história da literatura costuma

ser o foco da compreensão do texto. Uma história que nem sempre corresponde ao

texto que lhe serve de exemplo. O conceito de texto literário é discutível. Machado de

Assis é literatura, Paulo Coelho não. Por quê? As explicações não fazem sentido para o

aluno nem a linguagem e o estilo.

Sem dúvida que, em vista nesse quadro, fica o questionamento sobre como or-

ganizar o currículo da disciplina no Ensino Médio. Bem sabemos que graves são os

problemas oriundos do domínio básico e instrumental, principalmente da língua escri -

ta, que o aluno deveria ter adquirido no Ensino Fundamental. Como resolvê-los? O dia-

gnóstico sensato daquilo que o aluno sabe e do que não sabe deverá ser o princípio

das ações, entretanto as finalidades devem visar a um saber linguístico amplo, tendo

a comunicação como base das ações.

Comunicação aqui entendida como um processo de construção de significados

em que o sujeito interage socialmente, usando a língua como instrumento que o defi -

ne como pessoa entre pessoas. A língua compreendida como linguagem que constrói

e desconstrói significados sociais.

A língua situada, no emaranhado das relações humanas, nas quais o aluno está

presente e mergulhado. Não a língua divorciada do contexto social vivido. Sendo ela

dialógica por princípio, não há como separá-la de sua própria natureza, mesmo em si-

tuação escolar.

Base de todos os saberes e dos pensamentos pessoais, seu estudo impõe um

tratamento transdisciplinar no currículo.

Os objetivos da Educação Básica, no art. 22 da LDB, já apontam a finalidade da

disciplina, ou seja, “desenvolver o educando, assegurar-lhe formação indispensável

para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em es-

tudos superiores.” De que forma o ensino da disciplina pode visar a esse desenvolvi-

mento? Essa é a primeira decisão a ser tomada na sua inclusão curricular.

Integrada à área Linguagens e Códigos, por sua natureza basicamente transdis-

ciplinar de linguagem entre as linguagens que estrutura e é estruturada no social e

que regula o pensamento para certo sentido, o estudo da língua materna deve, pela

interação verbal, permitir o desenvolvimento das capacidades cognitivas dos alunos.

Apenas, considerando-a como linguagem, ação em interação, podemos atender a co-

municabilidade esperada dos alunos.

Conforme a legislação vigente o currículo do ensino fundamental incluirá obriga-toriamente os conteúdos:

• História e Cultura Afro-brasileira – Lei 10.639/03

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• Prevenção ao uso indevido de drogas

• Educação ambiental – Lei 9799/95

• Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente

• Gênero e diversidade sexual

2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA

• Empregar a Linguagem verbal em diferentes situações de uso, sabendo adequá-

la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas

nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

• Desenvolver o uso da língua verbal escrita em situações discursivas realizadas

por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objeti-

vos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produ-

ção/leitura;

• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo

de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organiza-

ção;

• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando por meio da Literatura,

a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do traba-

lho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita;

• Reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar

acesso a recursos de expressão e compreensão de processos discursivos, como

condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições sociais em que

está inserido e para afirmação da sua cidadania, como sujeito singular e coleti-

vo.

• Considerar a língua portuguesa como fonte de legitimação de acordos e condu-

tas sociais e como representação simbólica de experiências humanas manifes-

tas nas formas de sentir, pensar e agir na vida social;

• Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos/con-

textos, mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com as

condições de produção/recepção ( intenção, época, local, interlocutores partici-

pantes da criação e propagação de ideias e escolhas;

• Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da lin-

guagem verbal;

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• Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de sig-

nificação e integradora da organização do mundo e da própria identidade;

2.1 - CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a concepção de linguagem como

prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, sendo assim, o Conteúdo

Estruturante da disciplina que atende a essa perspectiva é o discurso como prática

social. Vale esclarecer as implicações que esse termo – discurso – assume nestas

Diretrizes. Na sua origem, o termo significa curso, percurso, correr por, movimento.

Isso indica que a posição frente aos conceitos fixos, imutáveis, deve ser diferenciada.

A língua não é algo pronto, à disposição dos falantes. Portanto, o discurso não

pode ser definido somente como mensagem ou reduzido a um esquema composto de

papéis fixos: emissor, receptor, código, referente e mensagem. O discurso é muito

mais; é efeito de sentidos entre interlocutores, não é individual, ou seja, não é um fim

em si mesmo, mas tem sua gênese sempre numa atitude responsiva a outros textos

(BAKHTIN, 1999). Brandão (2005) apresenta duas definições para discurso: a primeira

delas diz respeito ao uso comum da palavra. Nessa acepção, discurso é simplesmente

fala. A segunda definição o vê sob o enfoque da ciência da linguagem. O discurso é

toda a atividade comunicativa entre interlocutores. Os agentes são [...] seres situados

num tempo histórico, num espaço geográfico; pertencem a uma comunidade, a um

grupo e por isso carregam crenças, valores culturais, sociais, enfim a ideologia do

grupo, da comunidade de que fazem parte. Essas crenças, ideologias são veiculadas,

isto é, aparecem nos discursos. É por isso que dizemos que não há discurso neutro,

todo discurso produz sentidos que expressam as posições sociais, culturais,

ideológicas dos sujeitos da linguagem.

Às vezes, esses sentidos são produzidos de forma explícita, mas na maioria das

vezes não. (...) Fica por conta do interlocutor o trabalho de construir, buscar os

sentidos implícitos, subentendidos. (BRANDÃO, 2005, pp. 2-3) .

É importante, no contexto destas Diretrizes, o entendimento de que o discurso

pode ser visto como um diferente modo de conceber e estudar a língua, uma vez que

ela é vista como um acontecimento social, envolvida pelos valores ideológicos, está

ligada aos seus falantes, aos seus atos, às esferas sociais (RODRIGUES, 2005). “Forma

e conteúdo (semântico e axiológico) estão unidos no discurso como fenômeno social”

(RODRIGUES,2005, p. 156). Ao contrário de uma concepção de linguagem que

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centraliza o ensino na gramática tradicional, o discurso tem como foco o trabalho com

os enunciados (orais e escritos).

O uso da língua efetua-se em formas de enunciados, uma vez que o discurso

também só existe na forma de enunciados (RODRIGUES, 2005). O discurso é

produzido por um “eu”, um sujeito que é responsável por aquilo que fala e/ou escreve.

A localização geográfica, temporal, social, etária também são elementos essenciais na

constituição dos discursos.

2.2- CONTEÚDOS BÁSICOS

LEITURA

No ensino da língua materna, objetiva-se formar cidadãos capazes de compreender e

emitir textos adequados aos diferentes contextos e práticas sociais. Por meio da leitu-

ra de diversos textos, constrói-se a compreensão de diferentes visões de mundo e de

caminhos linguísticos para a expressão de ideias,propósitos, sentimentos e fazeres.

Quanto mais se lê, mais se desenvolve a capacidade interpretativa. Por essa razão, a

prática de leitura na escola precisa ser priorizada diariamente.

• Identificação do tema

• Interpretação textual,observando: - conteúdo temático, interlocutores

• fonte

• intertextualidade

informatividade

• intencionalidade

• marcas linguísticas

• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

• Inferências

ORALIDADE

Para as práticas orais, os diferentes gêneros textuais, são indispensáveis à construção

de estruturas cognitivas necessárias à compreensão e composição textual.

A maior parte da comunicação de nossa sociedade se dá pela oralidade,mesmo sendo

uma sociedade letrada. É por meio da linguagem oral que o ser humano se desenvo-

lve como participante de uma determinada cultura.

• Adequação ao gênero:

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• Conteúdo temático

• Elementos composicionais

• Marcas linguísticas

• Variedades linguísticas

• Intencionalidade do texto

• Papel do locutor e do interlocutor:

• Participação e cooperação

• Particularidades de pronúncia de algumas palavras

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...

ESCRITA

É necessário que os estudantes percebam que o contexto e o interlocutor são elemen-

tos determinantes da produção e devem compor, primordialmente, o rol de conheci-

mentos necessários para a elaboração de seus textos.

A coesão, a coerência, as concordâncias e a consideração ao interlocutor e à situação

são fundamentais para o processo de produção textual.

• Adequação ao gênero:

• Conteúdo temático

• Elementos composicionais

• Marcas linguísticas

• Argumentação

• Paragrafação

• Clareza de ideias

• Refacção textual

ANÁLISE LINGUÍSTICA: perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

Por meio de análise linguística, os usuários da língua se apropriam da organização lin-guística,sem necessariamente decorar regras isoladas da linguagem verbal,pois o pro-cesso prevê uma situação prévia de uso significativo dos elementos linguísticos do texto analisado.

• Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno

• Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como ele-mentos do texto

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico,

• Acentuação gráfica

• Processo de formação de palavras

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• Gírias

• Algumas figuras de pensamento (prosopopeia, ironia ...)

• Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal

• Particularidades de grafia de algumas palavras

3 . METODOLOGIA

O processo de ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa, deve pressupor antes

uma visão sobre o que é linguagem verbal. Ela se caracteriza como construção huma-

na e histórica de um sistema linguístico e comunicativo em determinados contextos.

Assim, na gênese da linguagem verbal estão presentes o homem, seus sistemas sim-

bólicos e comunicativos, em um mundo sociocultural.

As expressões humanas incorporam todas as linguagens, mas, para efeito didáti-

co, a linguagem verbal será o material de reflexão, já que, para o professor de língua

materna, ela é prioritária como instrumento de trabalho.

O caráter sócio-interacionista da linguagem verbal aponta para uma opção meto-

dológica de verificação do saber linguístico do aluno, como ponto de partida para a de-

cisão daquilo que será desenvolvido, tendo como referência o valor da linguagem nas

diferentes esferas sociais.

A unidade básica da linguagem verbal é o texto, compreendido como a fala e o

discurso que se produz, e a função comunicativa, o principal eixo de sua atualização e

a razão do ato linguístico.

O aluno deve ser considerado como produtor de textos, aquele que pode ser en-

tendido pelos textos que produz e que o constitui como ser humano. O texto só existe

na sociedade e é produto de uma história social e cultural, único em cada contexto,

porque marca o diálogo entre os interlocutores que o produzem e entre os outros tex-

tos que o compõem. O homem visto como um texto que constrói textos.

O processo de ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa deve basear-se em pro-

postas interativas língua /linguagem, consideradas em um processo discursivo de

construção do pensamento simbólico, constitutivo de cada aluno em particular e da

sociedade em geral.

Essa concepção destaca a natureza social e interativa da linguagem, em contra-

posição às concepções tradicionais, deslocadas do uso social. O trabalho do professor

centra-se no objetivo de desenvolvimento e sistematização da linguagem interiorizada

pelo aluno, incentivando a verbalização da mesma e o domínio de outras utilizadas em

diferentes esferas sociais. Os conteúdos tradicionais de ensino de língua, ou seja, no-

menclatura gramatical e história da literatura, são deslocados para um segundo plano.

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O estudo da gramática passa ser uma estratégia para compreensão/interpretação/pro-

dução de textos e a literatura integra-se à área de leitura.

A interação é o que faz com que a linguagem seja comunicativa. Esse princípio

anula qualquer pressuposto que tenta referendar o estudo de uma língua isolada do

ato inter locutivo. Semelhante distorção é responsável pelas dificuldades dos alunos

em compreender estaticamente a gramática da língua que falam no cotidiano.

Em geral, as ações escolares são arquitetadas sob a forma de textos que não “comuni-

cam” ou são interpretados de forma diferente entre educadores e educandos. Há este-

riótipos educacionais complexos e difíceis de serem rompidos, como no caso do ensino

das classificações apriorísticas de termos gramaticais. Nada contra ensiná-las, o prob-

lema está em como ensiná-las, em razão do ato comunicativo. A gramática extrapola

em muito o conjunto de frases justapostas deslocadas do texto. O texto é único como

enunciado, mas múltiplo enquanto possibilidade aberta de atribuição de significados

devendo portanto ser objeto, também, único de análise/síntese.

Esse procedimento de estudo da dimensão dialógica dos textos pressupõe abertu-

ra para construção de significações e dependência entre aqueles que se propõem a

estudá-los.

As sistematizações podem ser recorrentes a outros textos como as classificações

da gramática normativa ou das estéticas, produtos intertextuais reatualizados. Na prá-

tica da avaliação desses produtos podem surgir adesões, contradições e até novas for-

mas de classificação. É o denominado aprender a aprender, ou mais, aprender a esco-

lher, sustentar as escolhas, no processo de verbalização, em que processos cognitivos

são ativados, no jogo do dialógico do “eu” e do “outro”.

3.1 ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

LEITURA

É importante que o professor propicie práticas de leitura de textos de diferentes

gêneros, considere os conhecimentos prévios dos alunos, formule questionamentos

que possibilitem inferências sobre o texto, encaminhe discussões sobre: tema, inten-

ções, intertextualidade, contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finali-

dade, época,relacione o tema com o contexto atual,oportunize a socialização das

ideias dos alunos sobre o texto.

ESCRITA

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É importante que o professor planeje a produção textual a partir da delimitação

do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade, estimule a ampliação de leituras

sobre o tema e o gênero proposto, acompanhe a produção do texto, encaminhe e

acompanhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que

compõe o gênero. Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continui-

dade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto,

conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos,organize apresentações de textos produzidos pelos alunos, oriente sobre o

contexto social de uso do gênero oral selecionado, prepare apresentações que explo-

rem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal, selecio-

ne discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de dese-

nhos, etc.

ORALIDADE

É importante que o professor organize apresentações de textos produzidos pelos

alunos, proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos

alunos, oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado, prepare

apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso

formal e informal, selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralida-

de, como: cenas de desenhos, etc.

4.AVALIAÇÃO

No ensino-aprendizagem de diferentes variedades linguísticas, o que se almeja

não é levar os alunos a falarem “certo” ou “mais bonito”, mas permitir-lhes a escolha

da forma de fala e escrita a utilizar, considerando as características e condições do

contexto de produção, ou seja, que saibam adequar os recursos expressivos, a varie-

dade de Língua e o estilo às diferentes situações comunicativas: saber coordenar sa-

tisfatoriamente o que fala ou escreve e como fazê-lo; saber qual expressão é pertinen-

te em função de sua intenção enunciativa – dado o contexto e os interlocutores a

quem o seu discurso se dirige. A questão não é de erro, mas de adequação de lingua-

gem ás circunstâncias de uso.

A avaliação é continua e prioriza a qualidade e o processo de aprendizagem, ou

seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. A avaliação formativa ao dia-a-

dia da sala de aula e como um grande avança. Considera que os alunos possuem rit-

mos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser continua e diagnóstica, aponta

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as dificuldades, possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça o tempo

todo. Informa os sujeitos do processo (professor e alunos), ajuda-os a refletir.

A oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno nos diálogos,

relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência de sua

fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos

de vista e, de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos dife-

rentes interlocutores e situações.

Quanto à leitura, por meio de questões abertas, discussões, debates e outras ati-

vidades que lhe permitam avaliar as estratégias que posicionamento diante do tema,

valorizando a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

Em relação à escrita, o texto é visto como uma fase do processo de produção,

nunca como um produto final. É importante ressaltar que, para Koch e Travaglia (1990)

“Só se pode avaliar a qualidade e adequação de um texto quando ficam muito claras

as regras do” jogo “de sua produção”. Portanto, é preciso haver clareza na proposta de

produção textual; os parâmetros em relação ao que se vai avaliar devem estar bem

definidos para o professor e para o aluno. Além disso, o aluno precisa estar em contex-

tos reais de interação comunicativa, para que os critérios de avaliação que tomam

como base as condições de produção tenham alguma validade.

Usar-se-a diversos instrumentos avaliativos de acordo com os gêneros discursi-

vos conforme suas esferas sociais de circulação e com o nível de complexidade ade-

quada a cada uma das séries:

• Exposição oral

• Letras de música

• Receitas

• Relatos de experiências

• Narrativas de humor, aventura, ficção científica, fantástica

• Paródias

• Poemas

• Textos dramáticos

• Seminários

• Texto argumentativo e de opinião

• Verbetes de dicionários

• Pesquisas

• Notícia

• Reportagem

• Sinopse

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• Tiras

• Resumo

• Cartazes

• Anúncio

• Bilhetes

• Carta pessoal

• História em quadrinhos

• Avaliações escritas

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN,M. Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel Lahud e Yara Frateschi, 9 ed. São Paulo.Hucitex.1999.

PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Portuguesa. Curi-tiba, 2008.

PARANÁ.SEED. Série Cadernos Temáticos dos Desafios Educacionais Contemporâneos. Curitiba, 2008.

RODRIGUES,R.H. Os gêneros do discurso na perspectiva diálogica da linguagem: a abordagem de Baktin.(UFSC) In.Meurer.J.L.Bonini, Adair,Desirée.(orgs). Gêneros : teo-rias,métodos,debates. São Paulo. Parábola,2005.

TRAVAGLIA,L.C. Gramática e Interação:uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. 5. ed. São Paulo,Cortez. 2000.

7.14. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR MATEMÁTICA

A matemática não pode ser tratada como um elenco de fatos e definições cuja

existência seja justificada apenas pela maneira lógica e coerente com que transitam

os objetos matemáticos na sua linguagem própria tais como a aritmética com seus

números e operações, e álgebra com suas generalizações e geometria e suas figuras

geométricas a probabilidade com suas inferências e a lógica com as formas de

argumentação.

Podemos exigir mais dela, ou seja, longe de aprendermos a matemática por ela

mesma necessário se faz a inserção na realidade que envolva o indivíduo. Para tanto,

fazer o caminho inverso do processo que culmina na formalização da linguagem

mostra-se interessante desde que de posse desse conhecimento o aluna tenha

condições de realizar ações de manipular objetos e refletir sobre essas ações

construindo um individuo socialmente atuante que participa dos processos de

transformação inerentes à sociedade.

Nesse processo, os erros, dúvidas e lacunas na compreensão serão tão frequentes e

importantes quanto as descobertas e acertos o que equivale a destacar o erro como

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parte do processo da construção desse conhecimento, desta forma, não basta apontar

os erros, é preciso intervir no sentido do estudante construir o conhecimento em falta.

2. OBJETIVO DA DISCIPLINA:

Desenvolver a capacidade de realizar matemática construindo os conceitos e

procedimentos formulando e resolvendo problemas por ele mesmo, formando assim,

um indivíduo socialmente atuante que participa dos processos de transformação

inerentes à sociedade.

É necessário que o aluno possa transitar pelos vários temas da matemática

(aritmética, álgebra, geometria, probabilidade, lógica) e ao mesmo tempo integrá-las

quando necessário.

1.Construir o significado dos números naturais.

2.Utilizar-se da linguagem oral e da escrita para comunicar-se na resolução de

problemas.

3.Ler,construir e interpretar tabelas e gráficos como forma de se comunicar e

apresentar informações quantitativas e qualitativas.

4.Construir o significado dos sistemas de medidas e representar grandezas utilizando

medidas arbitrarias e convencionais.

5.Orientar-se e deslocar-se no espaço, interpretando, comunicando e representando a

localização e a motivação de pessoas e objetos, a partir de pontos de referência.

6.Identificar formas tridimensionais e bidimensionais em diferentes contextos,

percebendo semelhanças e diferenças entre os objetos do espaço e do plano fazendo

descrições orais, construções e representações.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO:

- Números e Álgebra;

- Geometrias;

- Funções;

- Tratamento da Informação

Os conteúdos estruturantes são referências de grande amplitude , são

conceitos e práticas que indicam e organizam os campos de estudos de uma

disciplina Escolar, considerados fundamentais para a sua compreensão. Constituem-se

historicamente e são legitimados nas relações sociais. Têm por objetivo, também, dar

uniformidade aos conteúdos específicos ofertados aos diferentes níveis e modalidades

de ensino.

Os conteúdos de matemática estão organizados, como uma forma didática de

apresentá-los. Entretanto, o trabalho na sala de aula se dará de modo articulado, uma

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vez que não é coerente pensar em trabalhar álgebra, funções e tratamento da

informação sem números e geometrias. Do mesmo modo, o trabalho com os

conteúdos ganhará significado na medida em que os seus estudos partam das

relações que podem ser estabelecidas com contextos históricos, sociais e culturais e

que incluam nos contextos internos a própria Matemática.

Os números estão inseridos em contextos articulados com os demais conteúdos

da matemática. Os números se encontram nas abstrações oriundas não só do

Conteúdo Estruturante Números e Álgebra, como também: das geometrias, das

funções, do tratamento da informação, das grandezas e medidas.

No contexto da Educação Matemática, é necessário que os Números e a Álgebra

sejam compreendidos de forma ampla, para que se analisem e descrevam relações

em vários contextos onde se situam as abordagens matemáticas, explorando os

significados que possam ser produzidos a partir destes conteúdos.

A Educação matemática valoriza os conhecimentos geométricos, que não

devem ser rigidamente separados da aritmética e da álgebra, pois os objetos e

relações dela correspondem aos das outras, assim sendo, conceitos, propriedades e

questões aritméticas ou algébricas podem ser classificadas pela geometria, que

realiza a tradução para quem aprende.

As Funções estão presentes nas diversas áreas do conhecimento e modelam

matematicamente situações que, pela resolução de problemas, auxiliam o homem em

suas atividades. As Funções devem ser vistas como construção histórica e dinâmica,

capaz de provocar mobilidade às explorações matemáticas, por conta da variabilidade

e da possibilidade de análise do seu objeto de estudo e por sua atuação em outros

conteúdos específicos da matemática. Tal mobilidade oferece ao aluno a noção

analítica de leitura do objeto matemático.

O Tratamento da Informação é um conteúdo estruturante que tem como

finalidade contribuir para o desenvolvimento de condições de leitura crítica dos fatos

ocorridos na sociedade e para interpretar tabelas e gráficos que, de modo geral, são

usados para apresentar ou descrever informações.

A partir do conteúdo estruturante Tratamento da Informação que aborda os

conteúdos específicos, probabilidade e estatística abordaremos também os temas

conforme as leis 39/03 - História e Cultura Afro-Brasileira e 9799/95 - Educação

Ambiental, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação Fiscal, Enfrentamento a

Violência contra a criança e o Adolescente e por fim Gênero e Diversidade Sexual.

Serão abordadas, a História e Cultura Afro-Africana com visitas aos parques de

ciência e exposições e pelas próprias contribuições desta Cultura.

A prevenção ao Uso Indevido de Drogas serão trabalhados de forma geral com

dados estatísticos, explorando entre outros, proporção, razão, porcentagem,

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frequência, médias, gráficos, tabelas e probabilidade.

Existem tópicos na Educação Ambiental e Educação Fiscal que podem ser

abordados na Modelagem matemática financeira e na Estatística.

O enfrentamento e a Violência contra a criança e ao Adolescente,

desenvolveremos um trabalho por meio do conteúdo estruturante, tratamento da

Informação e Funções através da exploração dos dados coletados de órgãos oficiais.

Gênero e Diversidade Sexual serão trabalhados a partir da busca de dados em

órgãos governamentais (IBGE, Delegacia da Mulher e outros), utilizando conceitos

matemáticos do conteúdo estruturante.

4. CONTEÚDOS BÁSICOS POR SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO:

4.1. 5ª SÉRIE:

XXVI. Sistemas de numeração;

XXVII. Números Naturais;

XXVIII.Múltiplos e Divisores;

XXIX. Potenciação e Radiciação;

XXX. Números Fracionários;

XXXI. Números Decimais;

XXXII. Medidas de Comprimento;

XXXIII.Medidas de Massa;

XXXIV.Medidas de área;

XXXV. Medidas de Volume;

XXXVI. Medidas de Tempo;

XXXVII. Medidas de ângulos;

XXXVIII. Geometria Plana e Espacial;

XXXIX. Dados, Tabelas e Gráficos;

XL.Porcentagem.

Os conteúdos de 5ª série deverão despertar no aluno a capacidade de resolver

e agir, com presteza e atenção, como ainda favorecer-lhe o desenvolvimento da

faculdade de compreensão e de análise das relações quantitativas e especiais,

necessárias às aplicações nos diversos domínios da vida prática e à interpretação

exata e profunda do mundo objetivo.

Para que satisfaça tais finalidades, a princípio, deve o ensino da matemática,

desenvolver no aluno a prática dos cálculos mentais, tornando-o seguro e

desembaraçado nas operações numéricas. É, pois, necessário que ele compreenda

bem o alcance e a natureza das operações elementares e adquira habilidade

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crescente no modo de aplicá-las. Desenvolva também o senso de estimativa das

grandezas e de apreciação do grau de exatidão dos cálculos sobre valores estimados.

4.2. 6ª SÉRIE:

44.Números Inteiros;

45.Números Racionais;

46.Equações e Sistemas de Equações do 1º Grau;

47.Razão e Proporção;

48.Porcentagem;

49.Regra de Três Simples;

50.Juros simples;

51.Medidas de Ângulos;

52.Geometria Plana;

53.Geometria Espacial;

Os conteúdos da 6ª série têm por objetivos: Ampliar e construir novos

significados para os números, com os números inteiros e racionais a partir de sua

utilização no contexto social; Reconhecer que as representações algébricas permitem

expressar generalizações sobre propriedades das operações aritméticas, traduzir

situações- problema e favorecer as possíveis soluções; Comunicar-se

matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar resultados com

precisão e argumentar sobre conjecturas, fazendo uso da linguagem oral e

estabelecendo relações entre ela e diferentes representações matemáticas; Resolver

problemas que envolvam a ideia de proporcionalidade, incluindo cálculos com

porcentagem, utilizando estratégias não-convencionais; Reconhecer variações entre

grandezas, ampliar e construir noções de medida, pelo estudo de diferentes

grandezas, a partir de sua utilização no cotidiano; Analisar, classificar e construir

figuras geométricas bidimensionais, utilizando noções geométricas como ângulos,

paralelismo, perpendicularismo, estabelecendo relações e identificando propriedades.

4.3. 7ª SÉRIE:

-Números e aplicações

-Operações com frações

-Cálculo de porcentagem

-Representação de formas geométricas espaciais no plano

-Operações com números inteiros relativos

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-Expressões numéricas com números inteiros

-Equações e inequações do primeiro grau

-Proporção

-Regra de três

-Estudo de potência e raízes

-Expressões algébricas

-Operações com expressões algébricas

-Sistemas de equações do primeiro grau

-Números irracionais

-Propriedades de figuras geométricas e construções

-Estatística: tabelas e gráficos.

Os conteúdos de 7ª série tem como objetivo fundamental estabelecer uma estrutura

mental que permita relacionar aquilo que se encontra no mundo subjetivo do aluno e

o mundo concreto articulando os conteúdos novos com os já estudados. Buscar os

procedimentos matemáticos adequados para construir soluções num contexto de

resolução de problemas numéricos, geométricos ou métricos. Usar os diferentes

significados dos números para resolver problemas, em contextos sociais, matemáticos

ou de outras áreas do conhecimento. Resolver situações-problema por meio de

equações e sistema de equações do 1º grau com duas incógnitas. Resolver situações-

problema que envolvam variações com duas grandezas e representar num sistema de

coordenadas cartesianas.

4.4. 8ª SÉRIE:

-Expressões algébricas, operações, produtos notáveis e fatoração

-Equações e sistemas de Equações do primeiro grau

-Equações e sistemas de Equações do segundo grau

-Conjuntos de números e inequações

-Semelhança

-Relações métricas no triangulo retângulo

-Teorema de Pitágoras

-Probabilidade e estatística: tratando informações

-Noções de trigonometria

Os objetivos fundamentais que se pretende atingir na 8ª série são: Estabelecer

relações de congruência e de semelhança entre figuras planas e identificar

propriedades dessas relações. Obter e expressar resultados de medidas de

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comprimento, massa, tempo, capacidade, superfícies, volume, ângulo, densidade e

velocidade fazer cálculos com essas medidas. Construir, ler e interpretar tabelas e

gráficos e escolher o tipo de representação gráfica mais adequada para expressar

dados estatísticos.

4.5. 1ª SÉRIE:

17.Conjuntos Numéricos e Intervalos na Reta Real;

18. Função do 1o Grau;

19. Função do 2o Grau;

20.Sequências, Progressão Aritmética e Progressão Geométrica;

21.Função Exponencial, Equação Exponencial e Inequação Exponencial;

22.Logaritmo e Função Logarítmica;

23.Módulo de um Número Real e Função Modular;

24.Função Composta e Função Inversa;

25.Arco de circunferência, Ângulos e Circulo Trigonométrico;

26.Trigonometria no Triângulo Retângulo;

27.Relações Trigonométricas num Triângulo Qualquer.

Depois de assimilado os conteúdos, os alunos da 1ª série do ensino médio

deverão estar preparados para: reconhecer e utilizar a linguagem algébrica como a

linguagem das ciências, necessária para expressar as relações entre grandezas e

modelar situações-problema, construindo modelos descritivos de fenômenos e

permitindo várias conexões dentro e fora da Matemática; ler, interpretar e identificar

diferentes linguagens e representações estabelecendo regularidade entre as relações;

construir modelos que correspondam a fenômenos periódicos; compreender o

conhecimento tecnológico como resultado de uma construção humana em um

processo histórico e social; construir uma visão sistemática das diferentes linguagens

e campos de estudo da matemática, estabelecendo conexões entre diferentes temas;

identificar formas de quantificar dados numéricos ou informações; compreender e

emitir juízos sobre as informações.

4.6. 2ª SÉRIE:

17.Sistemas Lineares;

18.Matrizes;

19.Determinantes;

20.Geometria de Posição;

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21.Sólidos Geométricos – Poliedros;

22.Sólidos Geométricos – Corpos Redondos;

23.Geometria Métrica Espacial;

24. Funções Trigonométricas – redução ao 1o Quadrante;

25.Estatística;

26.Contagem;

27.Probabilidade.

Depois de assimilado os conteúdos, os alunos da 2ª série do ensino médio

deverão estar preparados para: ler, articular e interpretar símbolos e códigos em

diferentes linguagens e representações: sentenças, equações, esquemas, diagramas,

tabelas, gráficos e representações geométricas; resolver problemas que envolvam

conceitos de função de 1o e 2o grau, exponencial e logarítmica; identificar equações

lineares e interpretar geometricamente equações lineares de uma ou duas incógnitas;

classificar e resolver sistemas lineares por meio de diferentes processos, inclusive pelo

método de Cramer e por escalonamento; utilizar a linguagem matricial e as operações

com matrizes como instrumento para interpretar dados, relações e equações; utilizar

e interpretar modelos para resolução de situações-problema que envolvam medições,

em especial o cálculo de área e volume; selecionar e utilizar instrumentos de medição

e de cálculo, representar dados, utilizar escalas, fazer estimativas, elaborar hipóteses

e interpretar resultados; elaborar comunicações orais ou escritas para relatar, analisar

e sistematizar eventos, fenômenos, experimentos, questões, entrevistas, visitas e

correspondências; analisar, argumentar e posicionar-se criticamente; consultar,

analisar e interpretar textos e comunicações de ciência e tecnologia veiculados

através de diferentes meios.

4.7. 3ª SÉRIE:

• Noções de Matemática Financeira;

• Polinômios;

• Números Complexos;

• Equações Polinomiais;

• Estudo Analítico do Ponto;

• Estudo Analítico da Reta;

• Estudo Analítico da Circunferência;

• Funções Trigonométricas;

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• Probabilidade;

• Estatística.

Depois de assimilado os conteúdos, os alunos da 3ª série do ensino médio

deverão estar preparados para: reconhecer e utilizar a linguagem algébrica como a

linguagem das ciências, necessária para expressar as relações entre grandezas e

modelar situações-problema, construindo modelos descritivos de fenômenos e

permitindo várias conexões dentro e fora da Matemática; resolver problemas

envolvendo cálculo de aplicações financeiras; relacionar o cálculo de juros simples e

compostos a conceitos de função de 1o grau, função exponencial e logaritmo; utilizar e

interpretar modelos para resolução de situações-problema que envolvam medições,

em especial o cálculo de distâncias inacessíveis; resolver problemas que envolvam a

noção de distância entre dois pontos e a condição de existência de triângulos;

determinar o centro e o raio de uma circunferência a partir de sua equação; conhecer

e aplicar, na resolução de problemas, as relações fundamentais entre razões

trigonométricas; resolver problemas que envolvam triângulos retângulos; identificar

domínio, imagem, sinal, periodicidade e raízes na representação das funções secante,

cossecante e cotangente; utilizar porcentagem em cálculos estatísticos; compreender

o conceito de probabilidade frequencista; elaborar gráficos de probabilidade; calcular

média, variância e desvio padrão; compreender o conceito de distribuição normal;

desenvolver estratégias pessoais para compreender e analisar fenômenos da vida

cotidiana.

5. METODOLOGIA:

O mundo está em constante mudança dado o grande e rápido desenvolvimento

da tecnologia. Máquinas de calcular, computadores, internet, etc. São assuntos do dia-

a-dia, e todos eles têm ligações estreitas com a matemática. Para acompanhar essa

rápida mudança foi necessário estudar e pesquisar como deveria ser o ensino de

matemática no Ensino Fundamental e Médio.

Nas últimas décadas, muitos pesquisadores da psicologia cognitiva se

dedicaram a estudar e pesquisar como os alunos aprendem, como aplicam o que

aprendem para resolver situações-problema, como constroem conceitos, qual é a

maturidade cognitiva necessária para se apropriar, com significado, de determinado

conceito, com a interação com o meio social desenvolve a aprendizagem, dentre

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muitos outros assuntos. A partir daí surgiu o movimento sócio construtivista que

estamos vivenciando atualmente.

Aproveitando tais pesquisas e estudos, educadores matemáticos do mundo todo

começaram a se reunir em grupos e em congressos internacionais para discutir como

usar esses avanços da Psicologia cognitiva. Teve início, então, um grande movimento

internacional de melhoria da aprendizagem e do ensino da Matemática, surgindo a

Educação Matemática – área do conhecimento já consolidada, que veio contribuir para

o ensino da matemática no mundo todo.

Os avanços conquistados pela Educação Matemática indicam que, para que o

aluno aprenda matemática com significado, é fundamental:

- Trabalhar as ideias, os conceitos matemáticos intuitivamente, antes da simbologia,

antes da linguagem matemática;

• Que o aluno aprenda por compreensão (devendo saber o porquê das coisas, e não

simplesmente mecanizar procedimentos e regras).

• Estimular o aluno para que pense, raciocine, crie, relacione ideias, descubra e

tenha autonomia de pensamento. Em lugar de simplesmente imitar, repetir e

seguir o que o professor fez e ensinou, o próprio aluno pode e deve fazer

matemática, descobrindo ou redescobrindo por si só uma ideia, uma propriedade,

uma maneira diferente de resolver uma questão. Para que isso ocorra, é necessário

que o professor crie oportunidades e condições para o aluno descobrir e expressar

suas descobertas.

• Trabalhar a matemática por meio de situações-problema próprias da vivência do

aluno e que o façam realmente pensar, analisar, julgar e decidir-se pela melhor

solução.

Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes

análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias.

Aprende-se matemática não somente por sua beleza ou por consistência de suas

teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e contribua

para o desenvolvimento da sociedade.

6. AVALIAÇÃO:

A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre

como está se realizando o processo ensino-aprendizagem como um todo, tanto para o

professor e a equipe pedagógica conhecerem e analisarem os resultados de seu

trabalho, como para o aluno verificar seu desempenho. E não simplesmente focalizar o

aluno, seu desempenho cognitivo e o acúmulo de conteúdos para classificá-lo em

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“aprovado” ou “reprovado”.

Além disso, ela deve ser essencialmente formativa, na medida em que cabe à

avaliação subsidiar o trabalho pedagógico, redirecionando o processo ensino-

aprendizagem para sanar dificuldades, aperfeiçoando-o constantemente. A avaliação

vista como um diagnóstico contínuo e dinâmico torna-se um instrumento fundamental

para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino

para que realmente o aluno aprenda.

Nesta perspectiva, a avaliação deixa de ter caráter “classificatório” de

simplesmente aferir o acúmulo de conhecimento para promover ou reter o aluno. Ela

deve ser entendida pelo professor como processo de acompanhamento e

compreensão dos avanços, dos limites e das dificuldades dos alunos em atingir os

objetivos da atividade de que participam.

Assim, o objetivo da avaliação é diagnosticar como está se dando o processo

ensino-aprendizagem e coletar informações para corrigir possíveis distorções

observadas nele. Por exemplo, se os resultados da avaliação não foram satisfatórios, é

preciso buscar as causas. Pode ser que os objetivos tenham sido superdimensionados

ou que o problema esteja no conteúdo, na metodologia de ensino, nos materiais

instrucionais, na própria forma de avaliar ou em algum outro aspecto. O importante é

determinar os fatores do insucesso e reorientar as ações para sanar ou minimizar as

causas e promover a aprendizagem do aluno.

Incidindo sobre os aspectos globais do processo ensino-aprendizagem, a

avaliação oferece informações sobre os objetivos, os métodos, os conteúdos, os

materiais pedagógicos, os próprios procedimentos de avaliação – se houve ou não

crescimento e envolvimento do aluno em todo o processo, ou até mudanças de suas

atitudes. Enfim, não procede mais pensar que o único avaliado é o aluno e seu

desempenho cognitivo.

A ação avaliativa deve ser contínua e não circunstancial, reveladora de todo o

processo e não apenas do seu produto. E esse processo contínuo serve para constatar

o que está sendo construído e assimilado pelo aluno e o que está em via de

construção. Cumpre também o papel de identificar dificuldades para que sejam

programadas atividades diversificadas de recuperação ao longo do ano letivo, de

modo que não se acumulem e solidifiquem.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo

professor. Essas práticas podem devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

11.comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURASCO, 2004);

12.compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

13.elabora um plano que possibilite a solução do problema;

14.Encontra meios diversificados para a resolução de um problema matemático.

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Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:

− partir de situações-problema internas ou externas à matemática;

− pesquisar a cerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos

problemas;

− elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;

− perseverar na busca de soluções, mesmo de dificuldades.

Em resumo, avalia-se para identificar os problemas e os avanços e

redimensionar a ação educativa, visando ao sucesso escolar.

7. REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Ensino de primeiro e segundo grau. Currículo Básico para a

Escola Pública do Estado do Paraná. 2. ed. Curitiba: 1992.

Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de

Ensino fundamental e médio. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental

da Rede da Educação Básica do Estado do Paraná: versão preliminar. Curitiba:

2006

7.15. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR QUIMICA

A abordagem da história da Ciência e da história da Química como pressuposto

teórico das Diretrizes se configura como uma exigência importante para melhor

entendermos os conteúdos químicos ensinados. Olhar para o desenvolvimento da

história da Ciência Química permite entender que ela não se desenvolveu pelo

acúmulo de descobertas individuais de mentes brilhantes e que não aconteceram

linearmente. A Ciência Química é em produção de homens que vivenciaram

momentos de permanências e de rupturas.

Uma concepção de ensino de Química que rompe com as abordagens

tradicionais do objeto de estudo é uma abordagem dos conceitos químicos na

perspectiva da elaboração/reeleboração de significados dos conceitos científicos, em

duas instâncias de abordagem: contextual e conceitual.

As duas abordagens trabalhadas em conjunto fornecem aos alunos

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instrumentos para uma leitura crítica de mundo, desenvolvem o seu conhecimento da

Ciência Química, a sua apropriação dos conceitos de Química e os sensibilizam para

um comprometimento com a vida no planeta.

7.10.2 Objeto de Estudo da Disciplina:

Química estuda a estrutura das substâncias, a composição e as propriedades

das diferentes matérias, suas transformações e variações de energia.

7.10.3 Objetivos.

Compreender a natureza, suas transformações e a energia associada a essas

transformações.

Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação do ser humano,

individual e coletiva, com o ambiente.

Reconhecer limites éticos e morais que podem estar envolvidos no

desenvolvimento da química e da tecnologia.

Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica e vice-versa. Utilizar a

representação simbólica das transformações ao longo do tempo.

7.10.4 Conteúdos Estruturantes e Específicos

São conteúdos estruturantes de química:

11.MATÉRIA E SUA NATUREZA

12.BIOGEOQUÍMICA

13.QUÍMICA SINTÉTICA

MATÉRIA E SUA NATUREZA

Estuda as partículas fundamentais, a estrutura da matéria. De uma maneira

microscópica, observam-se os átomos e moléculas. De uma maneira mais abrangente,

vê-se a composição de substâncias puras e misturas.

BIOGEOQUÍMICA

Pela definição: “é a parte da geoquímica que estuda a influência dos seres vivos

sobre a composição química da Terra”. Caracteriza-se pelas interações existentes

entre hidrosfera, litosfera e atmosfera e pode ser bem explorada a partir dos ciclos

biogeoquímicos.( RUSSEL, 1986, p.02). Estuda também a relação entre o que é vivo e

o que não é.

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QUÍMICA SINTÉTICA

Esse conteúdo estruturante tem sua origem na síntese de novos produtos e

materiais químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da indústria

alimentícia, dos fertilizantes e dos agrotóxicos.

Conteúdos Específicos

Conteúdos Específicos – 1° Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

MATÉRIA E SUA NATUREZA

BIOGEOQUÍMICA

QUÍMICA SINTÉTICA

MATÉRIA = Constituição da matéria; Estados de agregação; Natureza elétrica da matéria; Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...). Tabela Periódica.

SOLUÇÃO = Substância: simples e composta; Misturas; Métodos de separação; Solubilidade; Concentração; Forças intermoleculares; Temperatura e pressão; Densidade, produtos especiais de beleza (lei 39/03 - afro-brasileira)

VELOCIDADE DAS REAÇÕES = Reações químicas; representação das reações químicas; Tabela Periódica.

EQUILÍBRIO QUÍMICO = Tabela Periódica, mudanças de fase. Chuva ácida (lei 9799/95 – Educação Ambiental)

LIGAÇÃO QUÍMICA = Tabela periódica; Propriedade dos materiais; Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais; Solubilidade e as ligações químicas; Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares; Ligações de Hidrogênio; Ligação metálica; Ligações sigma e pi; Ligações polares e apolares; Alotropia.

REAÇÕES QUÍMICAS = Princípios da termodinâmica; Reações exotérmicas e endotérmicas; Tabela Periódica. Efeito das drogas no organismo

RADIOATIVIDADE = Modelos Atômicos (Rutherford); Elementos químicos (radioativos); Tabela Periódica; Reações químicas;

ÓXIDO-REDUÇÃO = Estudo dos metais (tabela periódica, propriedades...); Ligações metálicas; Tabela Periódica.

GASES = Estados físicos da matéria; Tabela periódica;

FUNÇÕES QUÍMICAS = Funções Inorgânicas; Tabela Periódica.

Conteúdos Específicos – 2° Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

MATÉRIA E SUA NATUREZA

BIOGEOQUÍMICA

MATÉRIA = Constituição da matéria; Estados de agregação. Tabela Periódica.

SOLUÇÃO = Substâncias e misturas; Solubilidade; Concentração; Forças intermoleculares; Temperatura e pressão; Densidade; Dispersão e suspensão;

VELOCIDADE DAS REAÇÕES = Reações químicas; Lei das reações químicas e representação; Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. Fatores que interferem na velocidade das reações; Lei da velocidade das reações químicas; Inibidores das reações químicas; Tabela Periódica.

EQUILÍBRIO QUÍMICO = Reações químicas reversíveis; Concentração; Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks ). Tabela Periódica

LIGAÇÃO QUÍMICA = Tabela periódica; Propriedade dos materiais; Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais; Solubilidade e as ligações químicas,

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QUÍMICA SINTÉTICA

aço (educação fiscal).

REAÇÕES QUÍMICAS = Princípios da termodinâmica; Calorias; Reações exotérmicas e endotérmicas; Variação de entalpia; Equações termoquímicas; Lei de Hess; Entropia e energia livre; Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas; Calorimetria; Tabela Periódica.

RADIOATIVIDADE = Modelos Atômicos (Rutherford); Elementos químicos (radioativos); Tabela Periódica; Reações químicas; Velocidades das reações; Emissões radioativas; Leis da radioatividade; Cinética das reações químicas; fusão e fissão

ÓXIDO-REDUÇÃO = Estudo dos metais (tabela periódica, propriedades...); Ligações metálicas (elétrons semi-livres); Reações Químicas; Número de oxidação. Tabela Periódica.

GASES = Estados físicos da matéria; Tabela periódica; Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e temperatura x volume); Modelo de partículas para os materiais gasosos; Misturas gasosas; Diferença entre gás e vapor; Leis dos gases

FUNÇÕES QUÍMICAS = Tabela Periódica; drogas (prevenção ao uso indevido), alcool (enfrentamento a violencia contra a criança e o adolescente); fenois e feromonios (diversidade sexual)

Conteúdos Específicos – 3° Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

MATÉRIA E SUA NATUREZA

BIOGEOQUÍMICA

QUÍMICA SINTÉTICA

MATÉRIA = Constituição da matéria; Estados de agregação; Natureza elétrica da matéria. Tabela Periódica. Estudo do Petróleo.

SOLUÇÃO = Forças intermoleculares;

VELOCIDADE DAS REAÇÕES = Reações químicas; Tabela Periódica.

EQUILÍBRIO QUÍMICO = Reações químicas reversíveis; Tabela Periódica

LIGAÇÃO QUÍMICA = Tabela periódica; Propriedade dos materiais; Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais; Solubilidade e as ligações químicas; Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares; Ligações de Hidrogênio; Ligação metálica; Ligações polares e apolares; isomeria

REAÇÕES QUÍMICAS = Princípios da termodinâmica. Efeito Estufa (Lei 9799/95). Poluição do ar, água e solo lei(9799/95) Tabela Periódica.Protetor solar e malanina (Lei 39/03)

GASES = Estados físicos da matéria; Tabela periódica; Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e temperatura x volume); Misturas gasosas; Diferença entre gás e vapor; Leis dos gases

FUNÇÕES QUÍMICAS = Funções Orgânicas; Tabela Periódica.Etanol ( educação fiscal)

7.10.5 Metodologia.

É importante que o processo de ensino-aprendizagem, em Química parta do

conhecimento prévio dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas ou

espontâneas, a partir das quais será elaborado o conceito científico.

O ensino de Química deve contribuir para que o estudante tenha uma visão

mais abrangente do universo.

A experimentação é importante para uma melhor compreensão dos fenômenos

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químicos. Os experimentos podem ser o ponto de partida para desenvolver a

compreensão de conceitos ou a percepção de sua relação com as idéias discutidas em

aula, propiciando aos estudantes uma reflexão sobre teoria e prática.

Leituras de textos, apresentação de filmes, elaboração de relatórios científicos e

discussões sobre atualidades em sala de aula, oportunizando ao aluno expressar suas

opiniões de forma clara e objetiva.

7.10.6 Critérios de Avaliação.

A avaliação deve ser contínua e diagnóstica, a fim de acompanhar a produção

do aluno, permitindo ao professor detectar as dificuldades, possibilitando a retomada

de conteúdos para que se efetive a aprendizagem.

As avaliações acontecerão durante todo o processo através de atividades

diversas como: análise de filmes e experiências, participação em debates, raciocínio,

aplicação dos conteúdos no cotidiano, interpretação de textos, relatórios, sínteses dos

conteúdos fundamentais e resolução de problemas.

Avaliar Química é dar condição ao aluno de utilizar-se do ensino experimental,

relacionando o aprendizado à vida diária, do meio ambiente e das atividades

produtivas. Ao relacionar o conhecimento aprendido na escola, o aluno fará uma

leitura analítica dos fatos podendo julgá-los com fundamentação, assumindo posições

e tomando decisões concretas.

7.10.7 Referências.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Química. Curitiba: SEED, 2006.

BRASIL. Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96.Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L9394.htm> acesso em 26 de março de 2009.

BRASIL, PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA. Lei 10639 de 09 de janeiro de 2003. Obriga-toriedade Altera a LDB - Lei nº 9.394/96, para incluir no currículo oficial da Rede de En-sino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras pro-vidências. Disponível em: < http://www.cee.pr.gov.br/modules/ conteudo/conteudo.php? conteudo=10> acesso em 24 de fevereiro de 2009.

BRASIL, PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA. Lei 11645 de 10 de março de 2008. Obrigato-riedade da temática História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena no currículo oficial da rede de ensino.Disponível em: <httl: // www.planalto.gov.br/ccivil/leis> aces-so em 24 de fevereiro de 2009.

BRASIL, PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999.Dispõe sobre a Educação Ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/LEIS/L9795.htm> acesso em 24 de fevereiro de 2009.

Page 208: I. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO … · 6.2. concepÇÃo de homem 6.3. concepÇÃo de educaÇÃo e curriculo 6.4. concepÇÃo de ensino-aprendizagem 6.5. concepÇÃo

PARANÁ. CASA CIVIL. Lei 13381de 18 de dezembro de 2001..Torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual de Ensino, conteúdos da disci-plina História do Paraná. Disponível em: < http://celepar7cta.pr.gov.br/SEEG/sumu-las.nsf/6c0580efa19ff3ac83256fdd0065f99c/1f6eb9483285fb9a03256e990068deb2?OpenDocument> acesso em 24 de fevereiro de 2009.

PARANÁ. CASA CIVIL. Lei nº 12338/98 de 24 de setembro de 1998. Autoriza o Po-der Executivo incluir no currículo dos níveis de ensino fundamental e médio, conteúdo referente a informações e estudos sobre a dependência de drogas e seus efeitos físi-cos, neuro-pesicológicos e sociais. Disponível em: < http://celepar7cta.pr.gov.br/SEEG/sumulas.nsf/319b106715f69a4b03256efc00601 826/c15b9803dedb045403256e990068931a?OpenDocument> acesso em 24 de feve-reiro de 2009.

PARANÁ. CASA CIVIL. LEI Nº 11733 de 28 de maio de 1997. Autoriza o Poder Executivo a implantar campanhas sobre Educação Sexual, a serem veiculadas nos estabelecimentos de ensino estadual de primeiro e segundo graus do Estado do Paraná. Disponível em: <http://celepar7cta.pr.gov.br/SEEG/sumulas.nsf/319b 106715f69a4b03256efc00601826/94e87819570db75a 03256e990068363c> acesso em 24 de fevereiro de 2009.

PARANÁ. CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. DELIBERAÇÃO N.º 007/99. ASSUN-TO: Normas Gerais para Avaliação do Aproveitamento Escolar, Recuperação de Estu-dos e Promoção de Alunos, do Sistema Estadual de Ensino, em Nível do Ensino Funda-mental e Médio. APROVADO EM 09/04/99. Disponível em < http://celepar7cta.pr.gov.br/seed/deliberacoes.nsf/7b2a997ca37239c3032569ed00 5fb978/b15be00846f01f20032569f1004972fb/$FILE/_88himoqb2clp631u6d-sg30dpd64sjie8_.pdf > acesso em 26 de março de 2009.

PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Química. Curitiba. 2008

QUÍMICA/ vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006.

7.16. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR SOCIOLOGIA

Desde a sua constituição como conhecimento sistematizado, a Sociologia tem

contribuído para ampliar o conhecimento dos homens sobre sua própria condição de

vida e, fundamentalmente, para a análise das sociedades, ao compor, consolidar e

alargar um saber especializado, pautado em teorias e pesquisas que esclarecem

muitos problemas da vida social.

Seu objetivo é o conhecimento e a explicação da sociedade pela compreensão

das diversas formas pelas quais o seres humanos vivem em grupos, bem como a

compreensão das consequências dessas relações para indivíduos e coletividades.

A Sociologia se afirmou no desenvolvimento e na consolidação do capitalismo;

por isso, traz a especificidade de, simultaneamente, fazer parte e procurar explicar a

sociedade capitalista como forma de organização social. Contudo, não existe uma

única forma de explicar sociologicamente a realidade; cada uma depende de

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posicionamentos políticos distintos, o que confirma o princípio de que não existe

neutralidade científica em análise do social.

O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia se fundamenta e

sustenta-se em teorias originárias de diferentes tradições sociológicas, cada uma com

seu potencial explicativo. A ciência, dessa forma, pode ser mobilizada para a

conservação ou para a transformação da sociedade, para a melhoria ou para a

degradação humana. Como disciplina escolar, a Sociologia deve acolher esta

particularidade - das diferentes tradições - e, ao mesmo tempo, recusar qualquer

espécie de síntese teórica, assim como encaminhamentos pedagógicos de ocasião,

carentes de método e rigor.

No século XX, três diferentes linhas teóricas clássicas, sistematizadas por Émile

Durkheim, Karl Marx e Max Weber alicerçaram, e ainda alicerçam, concepções de

Antônio Gramsci, Pierre Bourdieu e Florestan Fernandes. Cada uma, a seu modo, elege

conteúdos, temáticas, problemáticas, metodologias, concernentes ao contexto

histórico em que foram construídas, e buscam interpretar e dar respostas a o

problemas da realidade contemporânea.

Ressalta-se que, como disciplina acadêmica e escolar, a história da Sociologia

não está desvinculada dos f undamentos teóricos e metodológicos que a constituem

como campo científico mais abrangente. É preciso destacar nos teóricos clássicos

suas concepções de sociedade e, também, suas concepções de educação, já que uma

está relacionada à outra e orientam mutuamente campos de ação política e, por

efeito, de ação educacional.

Objetivos Gerais da Disciplina de Sociologia

Quais os objetivos ferais da disciplina de sociologia em relação às demais

disciplinas de humanidades? Essa pergunta não é de fácil resposta e todo pesquisador

da área de ciências humanas

sabe que as fronteiras entre as suas diversas áreas são bastante tênues. E

acrescenta-se a isso o fato de que transformar os saberes científicos em saberes

escolares implica em um grau de diferenciação e criação de identidades entre as

diversas disciplinas. A história e a geografia, provavelmente devido à longa tradição

no meio escolar, estão bem estabelecidas, possuem um discurso construído sobre a

realidade já aceito e amplamente disponível para todos os professores. A sociologia

conta com este agravante, qual seja, construir um saber organizado de modo a ser

viável sua introdução no nível médio de ensino. È importante ressaltar que as ciências

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internas e, em se tratando de ensino médio, é preciso criar essas diferenças e afirmar

uma identidade para a sociologia.

Isto nos remete à contribuição que a sociologia pode dar para o

desenvolvimento do pensamento crítico, não porque teria um conteúdo na

imprescindível - não devemos pensar de modo messiânico na sociologia. Nem o

pensamento crítico se desenvolve devido à aprendizagem de algum tipo especial de

conteúdo. S sociologia tem a contribuir para o desenvolvimento do pensamento

crítico, ao lado de outras disciplinas, pois promove o contato do aluno com sua

realidades distantes e culturalmente diferentes. É justamente nesse movimento de

distanciamento do olhar sobre nossa própria realidade e de aproximação sobre

realidades outras que desenvolvemos uma compreensão de outro nível e crítica.

Conteúdos Estruturantes da Disciplina de Sociologia

I. O processo de socialização e as instituições.

II. Cultura e indústria cultural.

III. Trabalho, produção e classes sociais.

IV. Poder político e ideologia.

V. Direitos, cidadania movimentos sociais.

Os conteúdos estruturantes são apoios conceituais, históricos e

contextualizados que norteiam professores e alunos.

Sua escolha está na possibilidade de integrar teoria e prática, individual e

coletiva, local e global, mantendo a ideia de inter-relações que constituem a

sociedade.

Os conteúdos estruturantes fundamentam os conteúdos específicos e

estabelece da relação entre o contexto histórico dos autores clássicos, a construção

de suas teorias e o conteúdo específico de estudo, numa perspectiva crítica que

embasará as possibilidades de explicação sociológica.

Por isso, pode-se, partindo das estruturas, fazer esse processo de macro e

micro social, sempre dialogando histórico socialmente com os mais diversos autores

clássicos.

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Conteúdos Básicos por série e justificativas pela opção dos conteúdos escolhidos

Primeira série: formação e consolidação da sociedade capitalista e o

desenvolvimento do pensamento social; teorias sociológicas clássicas: Comte,

Durkheim. Engels e Marx, Weber; o desenvolvimento da sociologia no Brasil; O

processo de socialização de reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos,

etc).

Escolhemos o surgimento da sociologia e teorias sociológicas por tratarem o

histórico das teorias sociológicas, como começou, quem foram e o que pensaram os

primeiros sociólogos. O contato com os clássicos, Comte, Durkheim, Engels Weber e

Marx, cremos ser de importância nessa série por contextualizarem e definirem as

fronteiras do trabalho sociológico com as outras disciplinas de humanas.

Esses conteúdos básicos foram escolhidos também por contribuírem com uma

visão panorâmica das instâncias sociológicas na série inicial do ensino médio.

Segunda série: desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua

contribuição na análise das diferentes sociedades; diversidade cultural; identidade;

industrial e cultural , meios de comunicação de massa; sociedade de consumo;

industrial cultural no Brasil; questões de gênero; cultura afro brasileiras e africanas;

culturas indígenas.

No segundo ano, agora já conhecedores da natureza das discussões e enfoques

da disciplina de sociologia, os conteúdos básicos citados acima são importantes

pontos de discussão e participação dos alunos . Os conteúdos são mais apaixonantes

e geram uma acalorada participação e envolvimento. Não que os outros não o sejam,

mas discutir sociedade de consumo, indústria cultural, questões de gênero, cultura

afro-brasileira , só pode acontecer quando os participantes já tiveram uma trajetória

e conhecem a lógica da sociologia.

Terceira série: Formação e desenvolvimento do Estado Moderno; democracia,

autoritarismo; Estado no Brasil; conceitos de poder; conceitos de ideologia; conceitos

de dominação e legitimidade; as expressões da violência nas sociedades

contemporâneas; direitos civis, políticos e sociais; direitos humanos; conceito de

cidadania; movimentos sociais no Brasil; a questão ambiental e os movimentos

ambientalistas; a questão das Ong's.

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A escolha dos conteúdos básicos no terceiro ano foram motivadas por questões

mais contemporâneas e tendo em vista o vestibular é uma boa oportunidade para

exercitar tais conteúdos.

Metodologia a ser adotada para o ensino dos conteúdos básicos elencados nas

três séries do ensino médio.

Deve-se atentar para a proposição de problematizações, contextualizações,

investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de

diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos

jornalísticos e obras literárias.

Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se lançarmos mão

de recursos Audiovisuais que, assim como os textos, também são possíveis de leitura.

A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constituem importante elemento

para que os alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a

construção coletiva dos novos saberes.

A pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que articule

os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efeito trabalho de

compreensão crítica de elementos da realidade social do aluno.

Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, fazem-se

necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises,

problematizações e contextualização propostas.

Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem entre si e

permitir, também, que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos

específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.

Essas metodologias apresentadas acima valem para todas as séries do ensino

médio na disciplina de sociologia.

Avaliação

Espera-se da avaliação que os estudantes compreendem o processo histórico

de constituição da sociologia como ciência; como as teorias clássicas se relacionam

com o mundo contemporâneo; que o pensamento sociológico constrói diferentes

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conceitos para a compreensão da sociedade e dos indivíduos; que os conceitos

formulados pelo pensamento sociológico contribuem para a capacidade de análises e

crítica da realidade social que os cerca; que as múltiplas formas de se analisar a

mesma questão ou fato social refletem a diversidade de interesses existente na

sociedade.

Espera-se que os estudantes identifiquem-se como seres eminentemente

sociais; que compreendam a organização e a influência das instituições e grupos

sociais em seu processo de socialização e as contradições deste processo; reflitam

sobre suas ações individuais e percebam que as ações em sociedade são

interdependentes.

Espera-se que os estudantes identifiquem e compreendam a diversidade

cultural, étnica, religiosa, as diferenças sexuais e de gênero presentes nas sociedades;

compreendam como cultura e ideologia podem ser utilizadas como formas de

dominação na sociedade contemporânea; compreendam como o conceito de industria

cultural englobada os mecanismos que transformam os meios de comunicação de

massa em poderosos instrumentos de formação e padronização de opiniões, gostos e

comportamentos; entendam o consumismo como um dos produtos de uma cultura de

massa. Que está relacionada a um determinados sistema econômico, político e social.

Espera-se que os estudantes compreendam de forma crítica a diversidade das

formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história; a sociedade capitalista;

que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja, não são

naturais, variam conforme a articulação e organização das estruturas de apropriação

econômica e de dominação política; as transformações advindas do processo de

globalização.

Espera-se os estudantes analisem e compreendam de forma crítica, o

desenvolvimento do estado Moderno e as contradições do processo de formação das

instituições políticas; analise presentes nas sociedades; compreendam e avaliem o

papel desempenhado pela ideologia em vários contextos sociais; compreendam os

diversos mecanismos de dominação existentes nas diferentes sociedades; percebam

criticamente várias formas pelas quais a violência se apresenta e se estabelece na

sociedade brasileira.

Espera-se que os estudantes compreendam o contexto histórico da conquista

de direitos e sua relação com a cidadania; percebam como direitos, que hoje se

consideram naturais são resultados da luta de diversos indivíduos ao longo do tempo;

sejam capazes de identificar grupos em situações de vulnerabilidade em nossa

sociedade, problematizando as diversas possibilidades de se entender a cidadania;

compreendam o contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos sociais

em suas especificidades.

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VIII. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA

8.1. MATRIZ CURRICULAR EJA FUNDAMENTAL E MÉDIO

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE IIESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Conselheiro Carrão - Ensino Fundamental e Médio

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ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: Curitiba NRE: CuritibaANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS

DISCIPLINASTotal deHoras

Total dehoras/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 226 272ARTES 54 64

LEM - INGLÊS 160 192EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 226 272CIÊNCIAS NATURAIS 160 192

HISTÓRIA 160 192GEOGRAFIA 160 192

ENSINO RELIGIOSO* 10 12

Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a

*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO MÉDIOESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Conselheiro Carrão – Ensino Fundamental e MédioENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: Curitiba NRE: Curitiba ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS

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DISCIPLINASTotal deHoras

Total dehoras/aula

LÍNGUA PORT. ELITERATURA

174 208

LEM – INGLÊS 106 128ARTE 54 64

FILOSOFIA 54 64SOCIOLOGIA 54 64

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 174 208

QUÍMICA 106 128FÍSICA 106 128

BIOLOGIA 106 128HISTÓRIA 106 128

GEOGRAFIA 106 128

TOTAL 1200 1440

Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a

8.2. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR EJA FUNDAMENTAL E MÉDIO

A Proposta Pedagógico Curricular do Colégio Estadual Conselheiro Carrão Ensino

Fundamental e Médio para a Educação de Jovens e Adultos Fase II EJA – Ensino

Fundamental e Médio , enquanto modalidade educacional que atende a educandos-

trabalhadores, tem como finalidades e objetivos o compromisso com a formação

humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos venham a

participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e

compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.

Desta, forma, coerente com estas finalidade e objetivos, o papel fundamental

da construção curricular para a formação dos educandos desta modalidade de ensino,

é fornecer subsídios para que os mesmos tornem-se ativos, críticos, criativos e

democráticos. Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma

formação na qual os educandos trabalhadores possam: aprender permanentemente;

refletir criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do

trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a

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dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções

originais com agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada

de conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos (KUENZER, 2000, p.40)

1.1 PERFIL DO EDUCANDO

Compreender o perfil do educando da Educação de Jovens e Adultos Fase II EJA

– Ensino Fundamental e Médio requer conhecer a sua história, cultura e costumes,

entendendo-o como um sujeito com diferentes experiências de vida e que em algum

momento afastou-se da escola devido a fatores sociais, econômicos, políticos e/ou

culturais. Entre esses fatores, destacam-se o ingresso prematuro no mundo do

trabalho, a evasão ou a repetência escolar.

Nessa perspectiva, a EJA deve contemplar ações pedagógicas específicas que

levem em consideração o perfil do educando jovem, adulto e idoso que não obteve

escolarização ou não deu continuidade aos seus estudos por fatores, muitas vezes,

alheios à sua vontade.

Os jovens e adultos que procuram a EJA têm a necessidade da escolarização

formal; seja pelas necessidades pessoais, seja pelas exigências do mundo do trabalho.

A dinâmica nesta modalidade de ensino deve possibilitar a flexibilização de horários e

a organização do tempo escolar destes educandos, viabilizando a conclusão dos seus

estudos.

O Art. 7º da Deliberação 06/05 – CEE considera-se como idade para a matrícula:

nas séries finais do ensino fundamental e médio a idade de 18 (dezoito) anos

completos. Porém, o Parecer 626/08 – CEE estabelece que poderá ser efetuada

matrícula no Ensino Fundamental – Fase II, com 15 (quinze) anos completos, para

aqueles que estão fora da escola, isto é, não possuem matrícula em nenhuma escola,

no corrente ano letivo da solicitação de matrícula na EJA.

A EJA atende também a demanda de pessoas idosas que buscam a escola

para desenvolvimento ou ampliação de seus conhecimentos, bem como, outras

oportunidade de convivência. Inclui-se aqui o convívio social e a realização pessoal.

São pessoas que possuem uma temporalidade específica no processo de

aprendizagem. Para tanto, deve-se dispensar atenção especial no atendimento

educacional à essa população.

Há na EJA uma grande presença da mulher, que durante anos sofreu, e por

diversas vezes ainda sofre as consequências de uma sociedade desigual com

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predomínio da tradição patriarcal, que a impediu das práticas educativas em algum

momento de sua história de vida.

A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades

educacionais especiais. Considerando a situação em que se encontram

individualmente estes educandos, deve-se priorizar ações educacionais específicas e

que oportunizam o acesso, a permanência e o êxito destes no espaço escolar.

Em síntese, o atendimento, do Colégio Estadual Conselheiro Carrão, tem como

objetivo priorizar a escolarização de jovens, adultos e idosos da comunidade a qual

fazem parte.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO

Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de

escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos

no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades apropriadas,

consideradas suas características, interesses, condições de vida e de trabalho,

mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.

Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos –

Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação vigente

nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.

Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo a

viabilizar processos pedagógicos, tais como:

1. pesquisa e problematização na produção do conhecimento;

2. desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;

3. registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,

ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e

socialização dos conhecimentos;

4. vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos,

bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.

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Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano

de estudos e atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá disponibilizar o Guia de

Estudos aos educandos, a fim de que este tenha acesso a todas as informações sobre

a organização da modalidade.

Organização Coletiva

Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um

cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início e

término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do currículo.

A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de

forma coletiva, na relação professor-educandos e considerando os saberes adquiridos

na história de vida de cada educando.

A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma pré-estabelecido.

Organização Individual

A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que não

têm possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, devido às condições de

horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante

classificação, aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou desistentes

quando não há, no momento em que sua matrícula é reativada, turma organizada

coletivamente para a sua inserção. Será programada pela escola e oferecida aos

educandos por meio de um cronograma que estipula os dias e horários das aulas,

contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas condições de vinculação à

escolarização e nos saberes já apropriados.

1.3 NÍVEL DE ENSINO

1.3.1 Ensino Fundamental – Fase II

Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este

estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e

Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo

de formação humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e

ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.

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Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e

possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.

1.3.2 Ensino Médio

O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua

oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes

Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de 07

de abril de 1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e

Adultos e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica.

1.4 EDUCAÇÃO ESPECIAL

A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades

educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização

coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e o

êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se encontram

individualmente estes educandos.

Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de

educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que,

por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a

legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos educandos

que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de:

1. deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;

2. condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou

psiquiátricos;

3. superdotação/altas habilidades.

É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e

as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a

aprendizagem e participação de todos os alunos.1

Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o

enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem

1 CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17.

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características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também, de

condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a

receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar.

Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se,

assegurando o direito à igualdade com eqüidade de oportunidades. Isso não significa o

modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços

especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.

1.5 AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS

Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas

descentralizadas, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos

sociais com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização

para jovens, adultos e idosos, respeitada a proposta pedagógica e o regimento

escolar, desde que autorizado pela SEED/PR, segundo critérios estabelecidos pela

mesma Secretaria em instrução própria.

1.6 FREQUÊNCIA

A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de 100%

(cem por cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio, sendo

que a freqüência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e cinco por cento)

e na organização individual é de 100% (cem por cento), em sala de aula.

1.7 EXAMES SUPLETIVOS

Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao

disposto na Lei n.º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de

Estado da Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento de

Educação e Trabalho, através da Coordenação da Educação de Jovens e Adultos.

1.8 CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e

fiscal, com o objetivo de estabelecer a Proposta Pedagógica da Escola, critérios

relativos à sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a

comunidade, nos limites da legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e

política educacional traçadas pela Secretaria de Estado da Educação.

O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação entre os vários

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segmentos da sociedade e os setores da Escola, a fim de garantir a eficiência e a

qualidade do seu funcionamento.

O Conselho Escolar será constituído pelas seguintes categorias:

Diretor,representante dos Pedagogos, representante da Equipe Administrativa,

representante da Equipe de Professores atuantes em sala de aula, por grau e

modalidade de ensino, representante dos Alunos, convocados por seus pares, por grau

e modalidade de ensino, representantes de Pais ou Responsáveis por alunos

regularmente matriculados, por grau e modalidade de ensino.

A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DO EDUCANDO DA EJA NO CONSELHO

ESCOLAR

O Conselho Escolar sendo um órgão colegiado de natureza avaliativa,

construtiva, deliberativa e fiscal, tendo como objetivo de estabelecer o Projeto Político

Pedagógico da escola tem como finalidade de promover ações positivas que garantam

a execução de um projeto de trabalho. O Conselho Escolar conta com uma

representatividade (eleita) de grande importância neste processo que é do Educando

da Eja, pois o mesmo possui um grau de vivência e de conhecimento relevante onde

contribuirá na promoção e na articulação de todos os segmentos da sociedade e os

setores da escola, a fim de garantir eficiência e qualidade de seu funcionamento

(função do Conselho Escolar).

A participação ativa deste Educando nas reuniões decisórias da escola mostra o

valor que todos têm em uma gestão democrática onde tudo se é discutido, apreciado

e definido por todos os envolvidos neste colegiado, sendo convocados todos os

representantes do Conselho Escolar sempre que for apresentado situações em que

seja necessário a busca de alternativas em comum com a sociedade.

Nesta organização todos os membros têm o poder de expressar seu ponto de

vista, bem como, apresentar divergências, mas com um propósito do bem comum.

1.9 MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO

Serão adotados os materiais indicados pelo Departamento de Educação e

Trabalho/Coordenação de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado da

Educação do Paraná, como material de apoio. Além desse material, os docentes, na

sua prática pedagógica, deverão utilizar outros recursos didáticos.

1.10 BIBLIOTECA ESCOLAR

A biblioteca é um centro ativo da aprendizagem, portanto precisa ser vista

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como um núcleo ligado ao esforço pedagógico dos professores e não como um

apêndice das escolas.

Para entendermos melhor o conceito de biblioteca escolar é preciso entendê-la

como um local privilegiado para a prática pedagógica. “ É organizada para se integrar

com a sala de aula no desenvolvimento do currículo escolar. Além disso, a Biblioteca

Escolar tem como objetivo despertar os alunos para a leitura, desenvolvendo-lhes o

prazer de ler, podendo servir, também, como suporte para a comunidade, em suas

necessidades de informação”.

A biblioteca escolar é um espaço onde os educandos jovens, adultos e idosos

encontram materiais para complementar sua aprendizagem e desenvolver sua

criatividade, imaginação e senso crítico. É na biblioteca que podem reconhecer a

complexidade do mundo que os rodeia, descobrir seus próprios gostos, investigar

aquilo que os interessa, adquirir conhecimentos novos, escolher livremente sua leitura

preferida e sonhar com mundos imaginários, bem como com a transformação em

mundos possíveis, reais.

A biblioteca escolar visa proporcionar também a leitura intensa e autônoma,

além de incentivar a busca de informação para responder a questionamentos e

solucionar problemas.

Acredita-se que a leitura seja o mais importante elemento do imaginário. Ler

significa refletir, pensar, estar a favor ou contra, comentar, trocar opiniões, posicionar-

se, enfim, exercer a cidadania.

1.11 LABORATÓRIO

Ciência e tecnologia são elementos essenciais para a transformação e o

desenvolvimento da sociedade atual. Esta, por sua vez, tem exigido um volume de

informações muito maior do que qualquer época do passado, quer seja para o acesso

ao mundo do trabalho, quer para o exercício da cidadania e para as atividades do

cotidiano.

A apropriação significativa do conhecimento científico, de modo a contribuir

para a compreensão dos fenômenos do mundo natural, em diferentes espaços e

tempos do planeta, como um todo dinâmico, como elementos em permanente

interação do corpo humano e sua integridade, da saúde como pessoal e social, do

desenvolvimento tecnológico e das transformações ambientais causadas pelo ser

humano, são os resultados esperados na área de Ciência do Ensino Fundamental e

Médio.

As atividades de laboratório, quando bem implementadas, assumem papel de

suma importância, auxiliando o professor no encaminhamento metodológico de temas

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ou assuntos em estudos, propiciando a participação ativa dos educandos,

potencializando as atividades experimentais e facilitando a compreensão de conceitos

ou fenômenos.

Assim seguindo o entendimento do Conselho Estadual de Educação, expresso

no Parecer nº 096/99 “... indubitavelmente, um conceito novo para o espaço

denominado laboratório acompanha uma educação científica nova, espaço que

passará a incluir também o pátio da escola, a beira mar, o bosque ou a praça

pública...”

O Papel do laboratório é primordial como coadjuvante das disciplinas de cunho

didático-pedagógico, mais específicamente nas ações a serem desenvolvidas na

formação dos educandos jovens, adultos e idosos, dentro das seguintes perspectivas:

a) Capacitar o educando a atuar como observadores, investigadores e

pesquisadores, não só em sala sala de aula, mas também em outros espaços,

possibilitando estratégias para manter uma visão crítica e construtiva da

realidade, possibilitando condições de nela agir e interferir;

b) Formar um indivíduo reflexivo-crítico-investigado.

1.12 RECURSOS TECNOLÓGICOS

Vivemos em um tempo de “globalização do conhecimento”, quando o cidadão

deve dominar as tecnologias existentes. Assim sendo, os recursos tecnológicos na

escola é possibilidade de construir estratégias e habilidades necessárias para

compreensão e inserção no mundo atual com novas formas de expressão e

comunicação. Neste enfoque será tratada como um recurso e estratégia para garantir

e ampliar a qualidade do processo ensino e aprendizagem.

Com o uso da tecnologia, os educandos jovens, adultos e idosos, têm a

possibilidade de descrever/reescrever suas idéias, comunicar-se, trocar experiências e

produzir histórias. Assim, em busca de resolver problemas do contexto, representam e

divulgam o próprio conhecimento, num movimento de fazer, refletir e refazer, que

favorece o desenvolvimento pessoal, profissional e grupal, bem como a compreensão

da realidade.

O acesso à tecnologia e o uso dessa para a resolução de problemas do cotidiano

que favoreçam a articulação entre as áreas de conhecimento, ao mesmo tempo que

propiciam o aprofundamento de conceitos específicos levam à produção de novos

conhecimentos; a flexibilização do uso do espaço da escola e do tempo de aprender; o

desenvolvimento da autonomia para a busca e troca de informações significativas em

distintas fontes e para a respectiva utilização dessas no seu cotidiano, possibilitando o

exercício da cidadania.

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É preciso ensinar o aluno a trabalhar a informação, utilizando-a para colaborar

na solução dos problemas da realidade. Dessa forma, o uso da tecnologia possibilita

ensinar de formas diferentes, transformando a aula em investigação.

A escola é o lugar da organização dos conhecimentos. E é preciso que jovens e

adultos sejam preparados para lidar com a informação.

2 - FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS

A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o

reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de

pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do

diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença

nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos

descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que

regem a educação de adultos, há de buscar-se uma educação

qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade

tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito

inalienável de todos. (SANTOS, 2004)

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que

atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso

com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos

venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com

comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da

autonomia intelectual e moral.

Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na

qual os educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir

criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e

da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das

mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com

agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de

conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos2.

Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e

pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o

2 KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.

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processo ensino-aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com

a) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que

os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;

b) o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,

crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo,

solidariedade e justiça;

c) os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e

idosos – cultura, trabalho e tempo;

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre cultura,

conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e

estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais

próxima da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao

conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função

antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao longo da história.

A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do

trabalho e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos

bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as

reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.

É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos

diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando

os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho,

face à diversidade de suas características.

E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens

e Adultos no Estado do Paraná:

I. A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo

diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os

educandos, bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades e

condições de reinserção nos processos educativos formais;

II. O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no

processo educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à

escola cabe superar um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais

na quantidade de informações do que na relação qualitativa com o

conhecimento;

III. Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à

realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao

mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;

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IV. A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a

capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por

meio da atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o

educando e os saberes, de forma a que o mesmo assimile estes

conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade

social;

V. O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia

tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza

nas matérias escolares, mas sim, como uma forma de organização

abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes, estão articulados

à realidade na qual o educando se encontra, viabilizando um processo

integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição das

diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.

Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o

desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem

chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:

- Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu

processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com

conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de

formação e aprendizagem;

- Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios

educandos;

- O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a

objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as

diferentes linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de

utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;

- Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência,

nos interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da

cidadania e do trabalho;

- Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos,

críticos e democráticos;

Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não

refere-se exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta

modalidade com a diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre outros,

por populações do campo, em privação de liberdade, com necessidades educativas

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especiais, indígenas, que demandam uma proposta pedagógica-curricular que

considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos.

3 - INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS

Propõe-se a oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível do

Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio a jovens, adultos e idosos que não

tiveram o acesso ou continuidade em seus estudos.

5 - CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS

METODOLÓGICOS

A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma modalidade de

ensino da Educação Básica cuja concepção de currículo compreende a escola como

espaço sócio-cultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a compõem,

ou seja, considera os educandos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem.

Esse currículo entendido, ainda, como um processo de construção coletiva do

conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido antropológico, constitui-se

no elemento principal de mediação entre educadores e educandos e deve ser

organizado de tal forma que possibilite aos educandos transitarem pela estrutura

curricular e, de forma dialógica entre educando e educador tornar os conhecimentos

significativos às suas práticas diárias. Nesta ótica o conhecimento se constitui em

núcleo estruturador do conteúdo do ensino.

Nesse enfoque, a organização do trabalho pedagógico na Educação de Jovens e

Adultos, prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada em razão

dos critérios de uma seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso aos

conhecimentos historicamente construídos e o respeito às suas especificidades.

Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, a

Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da Educação

Básica, passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas

diretrizes.

No entanto, cabe ressaltar que a organização metodológica das práticas

pedagógicas, dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores propostos

nas Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e Tempo, os quais

devem se articular tendo em vista a apropriação do conhecimento que não deve se

restringir à transmissão/assimilação de fatos, conceitos, idéias, princípios, informações

etc., mas sim compreender a aquisição cognoscitiva e estar intrinsecamente ligados à

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abordagem dos conteúdos curriculares propostos para a Educação Básica.

6 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO

6.1 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a

intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se

estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e

aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados

atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos

na proposta pedagógica.

Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de

reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser

entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma

atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.

A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações

contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:

28.investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações

necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;

29.contínua: permite a observação permanente do processo ensino-

aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;

30.sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando,

utilizando instrumentos diversos para o registro do processo;

31.abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-

escola do educando;

32.permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo

educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho

pedagógico da escola.

Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao

longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz

curricular, com oferta diária de 04 (quatro) horas-aula por turno, com avaliação

presencial ao longo do processo ensino-aprendizagem.

Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados

como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará,

necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o

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seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante

o atual processo de escolarização.

A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais

como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e

pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades

complementares propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado

dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos.

É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única

oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas, será analisado pelo

educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e

necessidades, e as conseqüentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.

6.2 PROCEDIMENTOS E CRITÉRIOS PARA ATRIBUIÇÃO DE NOTAS

15.as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com

finalidade educativa;

16. para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a

06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais

escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o

processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá

na presença do professor, conforme descrito no Regimento Escolar. Na

disciplina de Ensino Religioso, as avaliações realizadas no decorrer do

processo ensino-aprendizagem não terão registro de nota para fins de

promoção e certificação.

17. a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem,

sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez

vírgula zero);

para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis

vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04

– SEED e freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total

da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem

por cento) na organização individual;

18.o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada

registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de

estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao

processo de apropriação dos conhecimentos;

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19. para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a

média final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais,

devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);

20. os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados

em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade

e autenticidade da vida escolar do educando;

21. o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado

não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de

desenvolver.

6.3 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de

construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,

possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo

ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo

direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos

mesmos.

A recuperação será também individualizada, organizada com atividades

significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor

diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos

conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de

exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos

instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.

6.4 APROVEIRAMENTO DE ESTUDOS

O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito,

amparado pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar,

por meio de cursos ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial,

transferência e prosseguimento de estudos.

6.5 CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO

Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará o

previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar.

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7 - REGIME ESCOLAR

O Estabelecimento Escolar funcionará, preferencialmente, no período noturno,

podendo atender no período vespertino e/ou matutino, de acordo com a demanda de

alunos, número de salas de aula e capacidade, com a expressa autorização do

Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação.

As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão

registradas no Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da Educação do

Paraná.

O Relatório Final para registro de conclusão do Curso, será emitido pelo

estabelecimento de ensino a partir da conclusão das disciplinas constantes na matriz

curricular.

Este Estabelecimento Escolar poderá executar ações pedagógicas

descentralizadas para atendimento de demandas específicas - desde que autorizado

pelo Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação –

em locais onde não haja a oferta de EJA e para grupos ou indivíduos em situação

especial, como por exemplo, em unidades sócio-educativas, no sistema prisional, em

comunidades indígenas, de trabalhadores rurais temporários, de moradores em

comunidades de difícil acesso, dentre outros.

7.1 ORGANIZAÇÃO

Os conteúdos escolares estão organizados por áreas do conhecimento no

Ensino Fundamental – Fase II e Médio, conforme dispostas nas Matrizes Curriculares,

em concordância com as Diretrizes Curriculares Nacionais, contidas nos Pareceres n.º

02 e 04/98-CEB/CNE para o Ensino Fundamental e Resolução n.º 03/98 e Parecer n.º

15/98 - CEB/CNE para o Ensino Médio e com as Deliberações nº 01/06, nº 04/06, nº

07/06 e nº 03/08, todas do Conselho Estadual de Educação.

7.2 FORMAS DE ATENDIMENTO

A educação neste Estabelecimento Escolar é de forma presencial, com as

seguintes ofertas :

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α) organização coletiva e individual para o Ensino Fundamental – Fase II e

Ensino Médio, em todas as disciplinas, sendo priorizadas, das vagas para

matrícula na organização coletiva.

7.2.1 ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II E ENSINO MÉDIO

No Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio considerar-se-á, a oferta de

100% da carga horária total estabelecida.

7.3 MATRÍCULA

Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e Adultos:

a idade para ingresso respeitará a legislação vigente; será respeitada instrução

própria de matrícula expedida pela mantenedora; o educando do Ensino Fundamental

- Fase II e do Ensino Médio, poderá matricular-se de uma a quatro disciplinas

simultaneamente; poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com

êxito por meio de cursos organizados por disciplina, por exames supletivos, série(s) e

de período(s) / etapa(s) / semestre(s) equivalente(s) à conclusão de série(s) do ensino

regular, mediante apresentação de comprovante de conclusão, conforme

regulamento no Regimento Escolar ; para os educandos que não participaram do

processo de escolarização formal/escolar; bem como o educando desistente do

processo de escolarização formal/escolar; em anos letivos anteriores, poderão ter seus

conhecimentos aferidos por processo de classificação, definidos no Regimento Escolar;

será considerado desistente, na disciplina, o educando que se ausentar por mais de 02

(dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu retorno, reativar sua matricula

para dar continuidade aos seus estudos, aproveitando a carga horária cursada e os

registros de notas obtidos, desde que o caso de desistência não ultrapasse 02 (dois)

anos, a partir da data da matrícula inicial;

o educando desistente, por mais de dois anos, a partir da data de matrícula inicial na

disciplina, no seu retorno, deverá fazer rematricula na disciplina, podendo participar

do processo de reclassificação.

No ato da matrícula, como instrução própria da mantenedora, o educando será

orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a organização dos cursos, o

funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a duração

e a carga horária das disciplinas.

O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que os

receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações

metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os seguintes itens que

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compõe o Guia de Estudos:

a organização dos cursos;

o funcionamento do estabelecimento: horários, calendários, regimento escolar;

a dinâmica do atendimento ao educando;

a duração e a carga horária das disciplinas;

os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;

o material de apoio didático;

as sugestões bibliográficas para consulta;

avaliação;

outras informações necessárias.

7.4 MATERIAL DIDÁTICO

O material didático, indicado pela mantenedora, constitui-se como um dos

recursos de apoio pedagógico do Estabelecimento Escolar da Rede Pública do Estado

do Paraná de Educação de Jovens e Adultos.

7.5 AVALIAÇÃO

A avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente,

permanente; as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre

com finalidade educativa; para fins de promoção ou certificação, serão

registradas 02 (duas) a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às

provas individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos

adotados, durante o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando

se submeterá na presença do professor, conforme descrito no regimento

escolar;

a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os

resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);

para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula

zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e

freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento)do total da carga horária

de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na

organização individual; o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis

vírgula zero) em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à

recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo

ao processo de apropriação dos conhecimentos; a média final, de cada disciplina,

corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os

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mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero); os resultados das

avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos próprios, a

fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar

do educando; o educando portador de necessidades educativas especiais, será

avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de

desenvolver.

7.6 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de

construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,

possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo

ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo

direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos

mesmos.

A recuperação será também individualizada, organizada com atividades

significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor

diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos

conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de

exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos

instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.

7.7 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO

Na Educação de Jovens e Adultos, o aluno poderá requerer aproveitamento

integral de estudos de disciplinas concluídas com êxito, por meio de cursos

organizados por disciplina, por etapas, cuja matrícula e resultados finais tenham sido

realizados por disciplina ou de Exames Supletivos, apresentando a comprovação de

conclusão.

O aluno oriundo de organização de ensino por série/período/etapa/semestre

concluída com êxito, poderá requerer na matrícula inicial da disciplina, a partir de

2009, aproveitamento de estudos, mediante apresentação de comprovante de

conclusão da série/período/etapa/semestre a ser aproveitada:

Para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, o aproveitamento de

estudos de série e de período(s) / etapa(s) / semestres(s) concluídos com êxito,

equivalente (s) à conclusão de uma série do ensino regular, será de 25% da carga

horária total de cada disciplina da EJA.

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A última série/período/etapa/semestre, de cada nível de ensino, não será

aproveitada.

Considerando o aproveitamento de estudos, o aluno deverá cursar a carga

horária restante de todas as disciplinas constantes na Matriz Curricular.

Classificação é o procedimento que a Escola adota, segundo critérios próprios, para posicionar o aluno em série compatível com a idade, experiência e desempenho, adquiridos por meios formais ou informais.

A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as

seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos educandos, das

escolas e dos profissionais:

- proceder avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe pedagógica;

- comunicar ao educando responsável a respeito do processo a ser iniciado, para obter

o respectivo consentimento;

- organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para

efetivar o processo;

- arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

- registrar os resultados no histórico escolar do educando.

O Estabelecimento de Ensino poderá realizar a classificação, dentro dos

seguintes critérios:

- Por promoção, para os educandos que cursaram com aproveitamento suficiente,

projetos das ações descentralizadas e ações pedagógicas do próprio

Estabelecimento de Ensino, de acordo com as normas regimentais.

- Por transferência, para os educandos procedentes de outras escolas, do país ou

do exterior, desde que tenha levado em conta sua experiência e nível de

aprendizagem.

Nos casos especiais, quando os instrumentos de avaliação aplicados pelo

Estabelecimento de Ensino não forem suficientes para se determinar a

classificação, a direção da escola nomeará uma comissão de três

professores ou especialistas, que darão parecer conclusivo.

- Independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para

posicionar o aluno no nível de ensino compatível ao seu grau de

desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou

informais.

Ficam vedadas a classificação ou reclassificação para série inferior a anteriormente cursada.

Fica vedada a classificação para ingresso na disciplina de Ensino Religioso do

Ensino Fundamental – Fase II.

Para a Educação de Jovens e Adultos, o processo de classificação, poderá:

Para matrícula na disciplina, em 25%, 50%, 75% ou 100% da carga horária total

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de cada disciplina do Ensino Fundamental Fase II e no Ensino Médio em 25%, 50%,

75% da carga horária total de cada disciplina, conforme a legislação vigente;

Do total de carga horária restante da disciplina na qual o educando foi

classificado, é obrigatória a freqüência de 75% (setenta e cinco por cento), na

organização coletiva e de 100% (cem por cento) na organização individual.

Na classificação com êxito, em 100% do total da carga horária, em todas as

disciplinas do Ensino Fundamental – Fase II, o educando está apto à realizar matrícula

inicial no Ensino Médio, no mesmo Estabelecimento.

Reclassificação é o processo que a Escola adota para avaliar o grau de desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudos compatível com sua experiência e desempenho, independentemente do que registre o seu histórico escolar.

Na modalidade da Educação de Jovens e Adultos, o estabelecimento de ensino

poderá reclassificar os alunos matriculados, considerando:

- o parecer de uma comissão de três professores ou especialistas que ateste o

grau de desenvolvimento e maturidade do educando, bem como indicar quais os

conteúdo que deverá cursar em cada disciplina.

O processo de reclassificação, na modalidade Educação de Jovens e Adultos,

poderá posicionar o aluno, em 25% , 50% ou 75% da carga horária total de cada

disciplina do Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio em 25% ou 50% da carga

horária total de cada disciplina:

– tendo cursado 25% e avançado em 75% da carga horária total da disciplina do

Ensino Fundamental – Fase II, o aluno será considerado concluinte da disciplina.

Caso o aluno tenha cursado 25% ou mais da carga horária total da disciplina

do Ensino Médio, após reclassificado, deverá cursar ainda, para a conclusão,

obrigatoriamente, no mínimo, 25% do total da carga horária.

7.8 ÁREA DE ATUAÇÃO

As ações desenvolvidas pelo Estabelecimento Escolar Estadual que oferta a

Educação de Jovens e Adultos limitam-se à jurisdição do Estado do Paraná, do Núcleo

Regional de Educação, podendo estabelecer ações pedagógicas descentralizadas,

desde que autorizadas pela mantenedora.

7.9 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

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Este Estabelecimento Escolar, em consonância com as orientações da SEED,

oportunizará o estágio não-obrigatório, como atividade opcional, desenvolvido no

ambiente de trabalho, conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008.

8 - RECURSOS HUMANOS

8.1 ATRIBUIÇÕES DOS RECURSOS HUMANOS

De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico

neste Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, exigir-se-

á o profundo conhecimento e estudo constante da fundamentação teórica e da função

social da EJA, do perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos; das Diretrizes

Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as legislações e suas

regulamentações inerentes à Educação e, em especial, à Educação de Jovens e

Adultos.

8.1.1 DIREÇÃO

Da Equipe de Direção

A Equipe de Direção cabe a gestão dos serviços escolares, no sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino, definidas na Projeto Político Pedagógico.

A Equipe de Direção mencionada no caput deste artigo é composta por Diretor e Diretor Auxiliar, designados por ato próprio.

O Diretor é o profissional do magistério, em exercício no Estabelecimento de Ensino, escolhido mediante processo eletivo pela comunidade escolar, que tem a função de administrar a Escola no sentido de garantir a articulação, dinaminação, sistematização e avaliação do processo educativo, tendo em vista a socialização do saber elaborado e a democratização das relações no interior da Escola, entendendo, neste processo, a participação da comunidade escolar, nas tomadas de decisões, atendendo a legislação vigente e diretrizes da política educacional da Secretaria de Estado da Educação.

Compete ao Diretor:

submeter o Plano Anual de trabalho à aprovação do Conselho Escolar;

convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, tendo direito a voto

somente nos casos de empate nas decisões ocorridas em assembléia;

elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas e

submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;

elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar às diretrizes específicas

da administração do Estabelecimento de Ensino, em consonância com as

normas e orientações gerais emanadas da Secretaria de Estado da Educação;

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elaborar e encaminhar à Secretaria de Estado da Educação, as propostas de

modificações, aprovadas pelo Conselho Escolar;

submeter o calendário escolar à apreciação do Conselho Escolar para posterior

homologação do NREC;

instituir grupos de trabalhos ou comissão encarregadas de estudar e propor

alternativas de solução, para atender aos problemas de natureza pedagógica,

administrativa e situações emergenciais;

propor à Secretaria de Estado da Educação, após aprovação pelo Conselho

Escolar, alterações na oferta de serviços de ensino prestados pela Escola,

extinguindo ou criando cursos, ampliando ou reduzindo o número de turnos e

turmas e a composição das classes;

propor à Secretaria de Estado da Educação, após aprovação pelo Conselho

Escolar, a implantação de experiências pedagógicas ou de inovações de gestão

administrativa;

coordenar a implementação das diretrizes pedagógicas emanadas da Secretaria

de Estado da Educação;

aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas baixadas pela

Secretaria de Estado da Educação;

analisar o regulamento da biblioteca da Escola e encaminhar ao Conselho

Escolar para aprovação;

manter o fluxo de informações entre o Estabelecimento e os órgãos da

Secretaria de Estado da Educação;

supervisionar a exploração da cantina comercial, onde estas tiverem

autorização de funcionamento, respeitando a lei vigente;

cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho

Escolar e aos órgãos da administração: reuniões, encontros, grupos de estudo e

outros eventos;

Compete ao Diretor Auxiliar:

assessorar o Diretor em todas as suas atribuições e substituí-lo na sua falta ou

por algum impedimento;

Ao Diretor e Diretor Auxiliar compete também:

Acompanhar e validar a Avaliação da Apropriação de Conteúdos por Disciplina.

Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.

8.1.2 EQUIPE PEDAGÓGICA

Compete a Equipe Pedagógica:

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coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político

Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento e ensino;

orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em

uma perspectiva democrática;

participar e intervir junto à Direção na organização do trabalho pedagógico

escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação

escolar;

coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica

curricular do estabelecimento de ensino a partir das políticas educacionais da

SEED e das Diretrizes Curriculares Estaduais e Nacionais;

orientar o processo de elaboração dos planos de trabalho docente junto ao

coletivo de professores do estabelecimento de ensino;

acompanhar o trabalho docente quanto as reposições de horas aula aos

discentes;

promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e

aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando a

elaboração de propostas de intervenção para a qualidade do ensino para todos;

participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais

do estabelecimento de ensino que tenham como finalidade a realização e o

aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

organizar junto a Direção da escola a realização dos pré-conselhos e dos

conselhos de classe de forma garantir um processo coletivo de reflexão-ação

sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;

coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenção

decorrentes das decisões do conselho de classe;

subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do

estabelecimento de ensino promovendo estudos sistemáticos, trocas de

experiência, debates e oficinas pedagógicas;

organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino de

maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico,

respeitando a hora atividade concentrada;

proceder a análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a

desencadear um processo de reflexão sobre esses dados junto a comunidade

escolar com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;

coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento

Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;

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participar do Conselho Escolar quando representante do seu segmento

subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da

organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;

coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de

materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático pedagógico a partir do

Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;

participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de

ensino assim como, do processo de aquisição de livros, revistas fomentando

ações e projetos de incentivo a leitura;

acompanhar as atividades desenvolvidas nos laboratórios de Química, Física,

Biologia e de Informática;

propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua

participação nos diversos momentos e órgãos colegiados da escola;

coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;

colaborar com a Direção na distribuição das aulas conforme orientação da

SEED;

coordenar junto a Direção o processo de distribuição de aulas e disciplinas a

partir de critérios legais didáticos-pedagógicos e do Projeto Político Pedagógico

do estabelecimento de ensino;

acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior junto as

atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;

promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as

formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político Pedagógico

do estabelecimento de ensino;

acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de

ensino;

participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;

orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-

pedagógicos referentes a avaliação processual e aos processos de classificação,

reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação, progressão parcial,

conforme legislação em vigor;

organizar as reposições de aulas, acompanhando junto a Direção as reposições

de dias, horas e conteúdos aos discentes;

orientar, acompanhar e vistar periodicamente os Livros de Registro de Classe;

organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;

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organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos

profissionais do estabelecimento de ensino;

solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação

Educacional do Contexto Escolar a fim de identificar possíveis necessidades

educacionais especiais;

coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto

Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando

encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial,

se necessário;

acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos,

realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu

desenvolvimento integral;

acompanhar a frequência escolar dos alunos, contatando as famílias e

encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;

acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver

necessidade de encaminhamentos;

orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades

educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e

curriculares e no processo de inclusão na escola;

assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino;

participar das tomadas de decisões no âmbito pedagógico e administrativo;

manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas,

alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;

O professor pedagogo tem funções no contexto pedagógico e também no

administrativo, tais como:

orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada disciplina;

coordenar e acompanhar ações pedagógicas descentralizadas e exames supleti-

vos quando, no estabelecimento, não houver coordenação(ões) específica(s)

dessa(s) ação(ões).

organizar, acompanhar e validar a Avaliação da Apropriação de Conteúdos por

Disciplina.

acompanhar o estágio não-obrigatório.

8.1.3 DOCENTES

Compete ao Corpo Docente:

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participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e

aprovado pelo Conselho Escolar;

elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do

estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e

as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos

livros e materiais didáticas, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico

do estabelecimento de ensino;

elaborar seu Plano de Trabalho Docente;

desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica

do conhecimento pelo aluno;

proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos,

quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando

prioritariamente o direito do aluno;

proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-

se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,

estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer

do período letivo;

participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos

com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e

acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis

necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços

e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;

participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola,

com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;

participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;

assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em

decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de

credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;

viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,

respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada

aluno, no processo de ensino e aprendizagem;

participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento, junto

aos professores de sala de apoio, a fim de realizar ajustes ou modificações no

processo de intervenção educativa;

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estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino cultura, pesquisa e criação

artística;

participar ativamente de todos os momentos de discussão do processo de

ensino aprendizagem na escola;

propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia

intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da

cidadania;

zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à

equipe pedagógica;

cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-

atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos

dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, respeitando a hora-atividade

concentrada determinada pela mantenedora, dedicando-se a estudos,

pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe

pedagógica, conforme determinações da SEED;

manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe

pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de

ensino;

participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da

escola com as famílias e a comunidade;

desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o

desenvolvimento do processo educativo;

dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em

vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática

profissional e educativa;

participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem

inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que

lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;

zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED;

cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar

Aos docentes cabe também:

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Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das

Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta pedagógica

deste Estabelecimento Escolar.

Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos.

Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos

disponíveis, tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino

que respeite o processo de aquisição do conhecimento de cada educando

jovem, adulto e idoso deste Estabelecimento;

O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e nas

ações pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos. Deverá atuar

em todas as formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e individuais.

8.1.4 Secretaria e Apoio Administrativo

A Secretaria é o setor que tem a seu cargo todo o serviço de escrituração escolar e

correspondência do Estabelecimento de Ensino.

Os serviços da Secretaria são coordenados e supervisionados pela Direção, ficando

a ela subordinados.

O cargo de Secretário é exercido por um profissional qualificado para o exercício

desta função, indicado pelo Diretor do Estabelecimento, de acordo com as normas da

Secretaria de Estado da Educação, em ato específico.

Compete ao Secretário Escolar:

conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da SEED,

que regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de

ensino;

distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais

técnicos administrativos;

receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada, organizar e

manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções, instruções

normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;

efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula,

transferência e conclusão de curso;

elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem

encaminhados às autoridades competentes;

encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser

assinados;

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organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o inativo, de forma

a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade

da vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;

responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do

aluno, respondendo por qualquer irregularidade;

manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema

informatizado;

organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da

escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;

atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando

informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e

funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do

regimento Escolar;

zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da

secretaria;

orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de

Classe com os resultados da frequência e do aproveitamento escolar dos

alunos;

participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários

e famílias;

manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade

escolar;

participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

específicas da sua função;

cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas

da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação

comprobatória, da adaptação, aproveitamento de estudos, progressão

parcial, classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;

organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor

competente a sua frequência, em formulário próprio;

secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas;

conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;

comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na

secretaria da escola;

manter atualizado o Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros

Didáticos;

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participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao

aprimoramento profissional de sua função;

fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar,

quando solicitado;

manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando,

considerando a organização da EJA prevista nesta proposta.

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- Indicação 004/96 – CEE.

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- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.

- Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.

- Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.

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IX. EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

9.1. MATRIZ CURRICULAR CURSO TÉCNICO SECRETARIADO

Curso Técnico em Secretariado

Grade Curricular

MÓDULOS DISCIPLINASHORAS/AULA

TL AI AS

MÓDULO I

Inglês Instrumental I 20 10 10Sociologia 20 10 10Contabilidade Básica 20 10 10Língua Portuguesa I 30 15 15Introdução em Direito 30 15 15Técnicas Secretariais I 30 15 15

SUB-TOTAL 150 75 75

MÓDULO II

Língua Espanhola I 20 10 10Matemática Financeira 20 10 10Inglês Instrumental II 20 10 10Filosofia e Ética 20 10 10Língua Portuguesa II 20 10 10Eventos 20 10 10

SUB-TOTAL 120 60 60

MÓDULO III

Língua Espanhola II 20 10 10Inglês Instrumental III 20 10 10Técnicas Secretariais II 20 10 10Introdução a Economia 20 10 10Introdução a Administração 20 10 10Psicologia das Relações Humanas 20 10 10

SUB-TOTAL 120 60 60

MÓDULO IV

Língua Espanhola III 20 10 10Psicologia Organizacional 20 10 10Noções de Informática 20 10 10Técnicas Secretariais III 20 10 10Marketing Empresarial e Pessoal 20 10 10Língua Portuguesa III 20 10 10

SUB-TOTAL 120 60 60Legenda: TL – Teleconferência Interativas AI – Atividades Auto-Instrutivas AS – Atividades Supervisionadas

TOTAL: 1020 510 255 255

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10.ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA

10.1. FORMAÇÃO CONTINUADA

Discutir a formação dos profissionais da educação escolar, no cotidiano da Escola ,

significa colocar realidade no contexto mais amplo da democratização do ensino e da

própria sociedade brasileira. Isto significa assumir a formação do educador em serviço,

como um meio e não como um fim em si. Vale registrar que a formação do educador

em serviço não vai resolver, por si só, a questão da democratização do ensino, mas,

certamente, terá uma função importante no processo de construção da Escola Pública

brasileira. Uma escola democrática necessita de educadores competentes para que

cumpra, de maneira diferenciada, para melhor, a sua função social.

É na sala de aula e por intermédio da competência docente que o educador

escolar - professor - vai fazer a mediação ("entrar no meio") competente (crítica,

criativa...) entre os educandos e os conteúdos curriculares. Discute-se a importância

do resgate da competência docente (técnica) no bojo da questão maior que é a

construção do saber na Escola Pública. Assim entendida por esta comunidade escolar,

o conceito de competência docente apresenta cinco aspectos essenciais:

• domínio competente e crítico do conteúdo a ser ensinado;

• clareza dos objetivos a serem atingidos;

• domínio competente dos meios de comunicação a serem utilizados para a

mediação eficaz entre o aluno e os conteúdos do ensino;

• visão articulada do funcionamento da Escola, como um todo;

• percepção nítida e crítica das complexas relações entre educação escolar e

sociedade.

Insiste-se que a competência docente não é inata ("dom") e neutra, mas sim

construída e inserida num tempo e num espaço. O que significa afirmar que ela varia

nos diferentes momentos históricos, estando sempre comprometida com uma camada

ou outra da população, dependendo do nível de consciência dos educadores.

A Formação de Professores em Serviço no Estado do Paraná

A Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR) tem entre seus

princípios básico a valorização dos profissionais da educação. Assim sendo, a

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qualificação do professor, através de cursos de capacitação, grupos de estudos e a

produção de material didático, há um maior alcance destes objetivos, pois a

valorização do profissional da educação reflete diretamente na escola. É evidente que

os diversos problemas existentes no ambiente escolar, não poderão ser resolvidos em

sua totalidade através das políticas adotadas, mas são elementos fundamentais para

o processo de melhoramento da educação pública. As diferentes modalidades de

formação continuada apresentadas pela SEED/PR demonstram a preocupação em

abranger todos os professores, possibilitando aos mesmos, avanços no plano carreira

e principalmente a oportunidade de ampliar seus conhecimentos, trocar informações e

experiências e a retomada dos estudos, que por vezes são preteridos em função de

suas atividades cotidianas. Estas ações são direcionadas para todo o quadro funcional

da SEED (professores, diretores, pedagogos, bibliotecários, técnicos administrativos,

auxiliar de serviços gerais, merendeiras, inspetores) sempre com o objetivo principal

de valorização do profissional da educação e da escola pública.

O Papel do Diretor na Formação do Professor em Serviço

O diretor da escola portador de certo "realismo crítico" admite que a dinâmica

da Escola é contraditória e, portanto, surgem espaços nos quais algo inteligente,

criativo e crítico pode ser feito em prol da melhoria do ensino e assume que a

formação do educador pode ocorrer em serviço, sendo que a rotina do funcionamento

da Escola pode ser a possibilidade de o professor aperfeiçoar, continuamente, sua

competência docente-educativa, o mesmo podendo ocorrer com diretores, assistentes

e demais profissionais que atuam no sistema formal de ensino.

Um desafio a ser alcançado na formação continuada é o encontro mensal de

professores de uma mesma série, propiciando a conversa, a troca de idéias e a

discussão de seu trabalho cotidiano, buscando formas de atuação

individuais/coletivas no trato das questões pedagógicas que mais lhes afligem, com o

registro das discussões, caracterizando e analisando um conjunto os desafios

vivenciados pelos professores, na busca de instalar no corpo docente da escola a

capacidade de agir, pensar e agir, num processo contínuo de reflexão da própria

prática docente, como fator determinante para uma ação pedagógica mais consciente,

crítica, competente e transformadora.

A hora atividade como formação continuada

A Hora Atividade, implantada através da Lei Estadual nº 13807, de 30/09/2002,

da Resolução nº 305/2004 – SEED e da Instrução nº 02/2004 - SUED é entendida neste

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colégio como parte da formação continuada. Através da reserva de tempo no horário

de trabalho para que os professores, de maneira coletiva, repensem a prática, tirem

suas dúvidas, planejem a ação pedagógica, tendo como foco o aluno e seu

aprendizado.

10.2. AVALIAÇÃO DE ESTUDOS

A avaliação escolar tem sido tratada como parte final de um processo

educativo, ou seja, o resultado do processo em que se atribui uma nota quantificando

a aprendizagem do aluno. Privilegia o quantitativo sobre o qualitativo.

Nesta escola, discutiu-se a avaliação a partir de uma incessante leitura da

realidade emergente para a reversibilidade das ações que não atingiram os objetivos

propostos. Entendendo que toda avaliação possibilita a diagnose, mas a avaliação

proposta por esta escola pretente ir além do diagnóstico.

Através de análise do processo de aprendizagem do aluno, os professores

com a equipe pedagógica buscarão maneiras para que a aprendizagem seja garantida

e quando dados apontarem para a não apropriação de conteúdos, serão desenvolvidas

formas apropriadas para a recuperação dos mesmos, num movimento contínuo e

paralelo. O professor estará atendto para verificar o grau de interesse, participação e

nível de aprendizagem, elaborando notificação para que a equipe pedagógica faça as

intervenções necessárias.

Desta forma, a avaliação é entendida como um dos aspectos do ensino

pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio

trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

É uma ação que ocorre durante todo o processo de ensino e aprendizagem, sendo

contínuo, conforme o artigo 24 da LDB/96 e no Regimento Escolar, nos artigos 119 e

120.

10.3.RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

O colégio, através desta proposta, consolidará o princípio básico do

respeito à diversidade de características e de ritmos de aprendizagem dos alunos e

propiciará oportunidades de aprendizagem, redirecionando ações para superação das

dificuldades e defasagens diagnosticadas no processo de ensino e aprendizagem.

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A recuperação, na educação escolar, está prevista na Lei 5692/71, no art.

14: "O aluno de aproveitamento insuficiente poderá obter aprovação mediante

estudos de recuperação proporcionados obrigatoriamente pelo estabelecimento", e,

no parágrafo 1º do art.11: "os estabelecimentos de ensino de 1º e 2º graus

funcionarão entre os períodos letivos regulares para, além de outras atividades,

proporcionar estudos de recuperação aos alunos de aproveitamento insuficiente..."

Assim sendo, a proposta do coletivo escolar é que a recuperação de

estudos seja realizada no momento mesmo em que for detectada a deficiência do

aluno e deve ser entendida como uma consequência do processo de avaliação

continuada. A recuperação será proporcionada mediante a atribuição de tarefas e

trabalhos específicos, que planejados pelo professor regente da disciplina recomporão

a aprendizagem do aluno.

10.4.EVASÃO

Os princípios nos quais se baseia a educação de qualidade que o colégio

assume buscar, são: garantia do acesso e permanência, com sucesso, do aluno na

escola; gestão democrática; valorização dos profissionais da educação; qualidade do

ensino;organização e integração curricular; integração escola/família/comunidade.

Especificamente sobre a evasão neste estabelecimento de ensino, dados

(FICHA FICA- 2008/2009/2010) apontam as causas principais do abandono da escola:

1- Defasagem série/idade; 2 - Transferência de moradia; 3 - Reprovação; 4 - Falta de

interesse/desmotivação para os estudos. Através da análise desses dados, se conclui

que a questão da permanência do aluno é perpassada pela flexibilização curricular,

conforme a afirmação de Carvalho(1997),

“Enquanto o acesso à educação for seletivo, tanto para o ingresso como para a

permanência de milhares de alunos na escola, não poderemos falar em igualdade de

oportunidades, nem em pleno exercício da cidadania”. (CARVALHO, 1997, p. 61).

Assim, entendida como um fenômeno que embora aponte situações de

cunho social, a evasão também pode ser produzida no interior da escola quando esta,

na sua organização não reconhece as especificidades do processo de aprendizagem

do indivíduo,este coletivo escolar opta pelo reconhecimento da necessidade de

conceder maior plasticidade, maior maleabilidade ao currículo escolar. Pois entende

que no contexto da educação inclusiva, a flexibilização ou adaptação é uma resposta

educativa que é dada pela escola para satisfazer as necessidades educativas de um

aluno ou de um grupo de alunos, dentro da sala de aula comum, na medida em que o

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que se faz são ajustamentos, adequações do currículo existente.

10.5.5ªs. SÉRIES

A passagem da 4ª para a 5ª série, mais precisamente o processo de

transição de uma etapa para outra, é uma preocupação que ocuparam parte das

discussões da comunidade escolar, uma vez que os indicadores de rendimento nesta

série são preocupantes, segundo os dados do ano de 2009 analisados no âmbito desta

instituição, o índice foi de __% de reprovação e __% de abandono, ou seja, dos alunos

matriculados na 5a série, em média __% deles irão compor os índices de distorção

idade-série.

A questão é que a 5ª série do ensino fundamental é marcada por uma

dupla transição: marca a passagem da infância para a pré-adolescência e a passagem

da rede municipal para a rede estadual, isto significa ter que lidar com um universo

novo. Este contexto indica uma peculiaridade que está diretamente relacionada ao

processo de ensino e aprendizagem, conforme o estudo de ESCHILETTI PRATI &

EIZIRIK, aponta a passagem da quarta para a quinta série do ensino fundamental

como sendo um momento emblemático que envolve mudanças,

A quinta série não é necessariamente uma série mais difícil,

mas uma série na qual alunos e pais são desafiados a corresponderem com expectativas

diferentes. O convívio entre alunos e professores com formação específica

gera um campo de estranhamento e criação que logo é compreendido e

vivenciado pelos personagens da passagem como um campo de desafio e

crescimento. (ESCHILETTI PRATI & EIZIRIK, 2006. P. 296) .

Referencia específica de professor: organização do trabalho

pedagógico nas séries finais do ensino fundamental rompe com a figura do/a

professor/a cuidador/a. A principal responsabilidade do trabalho do/a professor/a é

com o ensino dos conteúdos e que o/a aluno/a já possua uma forma de se organizar e

de estudar que permita a aprendizagem, o que raramente ocorre. Importa

proporcionar encontros sistemáticos com as turmas de 5ªs. séries para situá-los

quanto a organização do tempo escolar e suas novas responsabilidades;

Mudança na função dos pais: ao entrar na quinta série, o espaço

escolar assume vários significados. A troca de períodos, os pais não sendo os

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responsáveis pelo aproveitamento dos filhos, e, consequentemente, uma maior

apropriação do processo de aprendizagem pelos alunos são algumas alterações que

compõem esse momento escolar.

Diante deste quadro, entendeu-se ser necessário desenvolver ações

voltadas para os pontos reconhecidos pelo coletivo escolar como os decisivos para a

boa transição do aluno, e ficaram estabelecidos que, no acolhimento dos alunos de

5ªs. séries serão efetivados alguns procedimentos, sendo:

pesquisa junto as escolas de origem dos alunos que serão encaminhados via

georeferenciamento para este estabelecimento de ensino sobre desempenho do

aluno;

trabalho sistemático de orientação pedagógica em sala de aula, para

apresentar o tempo e a organização escolar da 5ª série;

reuniões com os pais dos alunos das 5ªs séries para discutir as mudanças que

os filhos/alunos irão vivenciar;

reuniões com os professores das 5ªs séries para discutir curriculo e

metodologia.

10.5.1.SALA DE APOIO

Intencionando evitar um possível abandono ou reprovação devidos a

dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos que entram na 5ª série,

através de observação, diagnóstico e estudos de caso, os alunos que apresentam

defasagem de conhecimento são encaminhados para frequentar a Sala de Apoio à

Aprendizagem no contraturno nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com

o objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de

oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e quantidades nas suas

operações básicas e elementares.

O Programa Sala de Apoio foi implantado pela Secretaria de Estado da

Educação do Paraná para que, o aluno se sinta motivado a continuar a série e

vislumbre a possibilidade de cursar as séries seguintes, e neste estabelecimento de

ensino recebe muita atenção, pois no entendimento do coletivo escolar é de grande

auxílio na melhora da qualidade da educação ofertada.

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10.6. CONSELHO DE CLASSE

Historicamente, o Conselho de classe cumpriu uma função aliada à

culpabilização dos alunos que não conseguiam notas suficientes. A justificativa era

sempre encontrada nos problemas comportamentais ou na falta de interesse movida

pela pobreza da família ou da carência afetiva. Dessa forma, a única função do

Conselho era levantar a quantidade de alunos com notas baixas e, dessa forma, o

Conselho de Classe manifestava-se como um instrumento legitimador do fracasso

escolar de grande parte dos alunos. Assim sendo, tornou-se urgente um estudo da

legislação e do regimento escolar com intenção de reorganizar o Conselho de classe

em momentos de preparação e de execução, com ações distintas para professores,

alunos e pais.

O Conselho de classe desdobra-se em: pré-conselho, conselho e pós-conselho,

centrando-se na reflexão sobre a prática pedagógica, o planejamento, a avaliação e a

recuperação de estudos, contribuindo para que os problemas de aprendizagem sejam

detectados e, a partir desse diagnóstico, serem encaminhadas ações que visem

solucionar esses problemas e garantir a aprendizagem de todos, conforme o objetivo

central do Projeto Político Pedagógico da escola.

Neste prisma, o Conselho de classe deve estar no movimento de totalidade de

organização do trabalho pedagógico, sendo um dos componentes-chave desse

processo, atuando como momento de decisões para a recondução da prática

pedagógica, dividindo-se em três momentos, sendo:

Pré-Conselho: este acontece através dos encaminhamentos semanais feitos

pelos professores para a Equipe Pedagógica via formulário específico no qual consta o

um breve relato da situação do aluno. São informadas as dificuldade de compreensão

dos conteúdos, de realização de tarefas e trabalhos e do baixo aproveitamento nas

avaliações, além das faltas. Após analisados, os encaminhamentos servem para apoiar

as ações pedagógicas a serem desenvolvidas especificamente para cada aluno. A

Equipe Pedagógica também desenvolve um pré-conselho com os alunos, se reunindo

com a turma em sala de aula e discutindo questões específicas de cada disciplina:

conteúdo, avaliação, didática entre outras. Este material também subsidia a análise da

aprendizagem dos alunos.

Conselho de Classe: com horário e data marcada previamente no calendário

escolar. Os dados obtidos no pré-conselho, organizados sistematicamente são

apresentados pela equipe pedagógica que encaminhará as propostas de recuperação

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dos alunos que não atingiram uma aprendizagem satisfatória dos conteúdos. As

propostas irão desde a reestruturação do Plano de Trabalho Docente e seus

componentes, bem como de encaminhamentos que extrapolem esse âmbito como os

encaminhamentos para profissionais especializados e/ou atendimentos pedagógicos

específicos, como Sala de Apoio.Além dos procedimentos de cunho individuais, a

serem inseridos no planejamento das aulas para recuperar os conteúdos dos alunos

que apresentam dificuldades, serão levantadas outras ações que o coletivo pode

programar para melhorar o desempenho da turma no processo ensino aprendizagem.

As ações relacionadas com melhoria do comportamento devem ser objeto de reflexão

no Conselho, mas não podem tornar-se o aspecto central das discussões. As regras,

valores e condutas fazem parte do Regimento escolar, um conjunto de normas que

devem ser perseguidas no cotidiano a fim de realizar o objetivo maior presente no

Projeto Político Pedagógico, que é propiciar condições de aprendizagem a todos os

alunos. Os desvios e dificuldades encontrados devem ser encaminhados aos órgãos

competentes, em parceria com a rede de proteção da criança e do adolescente do

município.

Pós-conselho: é o momento de por em práticas as decisões tomadas no

Conselho de Classe pelo coletivo. São realizadas reuniões com o professor e com o

pedagogo para discutir o Plano de Ação Docente. Com relação às turmas, o pedagogo

retorna às salas de aula e discute as ações que devem ser assumidas por todos, para

resolver cada problema levantado pelos alunos e pelos professores. Os casos

individuais recebem orientação com data marcada, com ou sem a presença dos pais,

dependendo da ação que deve ser realizada.

10.7. AVALIAÇÃO EXTERNA/IDEB

Os resultados das avaliações externas serão tomados na gestão da escola.

Quando da divulgação dos mesmos, serão realizadas reuniões com a comunidade

escolar para que todos tomem conhecimentos dos índices obtidos pela escola. Os

índices serão discutidos pelas instâncias colegiadas: Conselho Escolar, Grêmio

Estudantil e APMF.

Contudo, as discussões sobre os índices serão direcionadas pelas equipes

pedagógicas e diretivas, destacando que os índices das avaliações externas revelam

apenas parcialmente os dados sobre a aprendizagem, sendo fundamental interpretar

os índices a luz das avaliações realizadas pela própria escola como, por exemplo,

índice de alunos aprovados por conselho de classe, dado não computado nas

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avaliações externas, mas que é de suma importância para traçar ações voltadas ao

processo de ensino-aprendizagem.

Também serão considerados nas discussões sobre os resultados das avaliações

fatores internos e externos que podem ser tomados como condicionantes de tais

resultados, como por exemplo, região onde a escola está situada, situações de risco

que podem estar submetidos alunos. Enfim, os índices servirão para fomentar

discussões e encaminhamentos de acordo com a realidade de cada escola.

10.8. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A Avaliação Institucional terá o objetivo de melhorar o processo de

aprendizagem, visando uma melhor qualidade de ensino para o aluno, e uma

otimização da atuação do professor de forma mais eficiente e atualizada.

Através de constantes debates entre os envolvidos na estrutura educacional

(professores, pais alunos e comunidade), a avaliação do trabalho escolar visa levantar

os pontos positivos e também os negativos existentes, buscando retratar com

fidelidade os problemas atuais do ensino. Desta forma, a busca pela solução de

problemas envolverá todas as possíveis alternativas e a seleção daquela(s)que melhor

atingirá o objetivo.

Todo esse trabalho deverá estar fundamentado no Projeto Político Pedagógico, o

qual deverá ser sempre submetido a revisão anual pelo Conselho Escolar.

XI. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

11.1. ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA

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Vivemos em uma sociedade marcada pela desigualdade, resultante de

uma economia capitalista que tem como base a exploração do homem pelo homem.

Estes, separados segundo sua classe social.

Os fatores que determinam os diferentes tipos de ações e

comportamentos violentos em nossa sociedade, têm raízes na desigualdade social e

na organização econômica que a configura e sustenta. Como conseqüência, ocorreu o

debilitamento dos laços sociais, o dilaceramento da cidadania e o aumento das

violações dos direitos humanos.

Falar em violência nos dias atuais não possibilita uma resposta a qual

possa elucidar ou justificar esse fenômeno tão simplesmente. Deve-se considerar uma

gama de fatores que contribuem para a sua existência.

Aparecem na escola também, questões que são reflexo da violência em

casa. Violência na família, maus tratos, negligência, abandono, abuso sexual, assim

como disputas que refletem a violência da localidade. Detectam-se padrões de

vitimização que interferem no cotidiano escolar e exigem uma atenção redobrada.

A escola não está condenada a reproduzir a pobreza ou a violência social.

Devemos propor um trabalho estabelecendo conexões: teóricas, entre saberes, entre

práticas, entre grupos de alunos, com setores externos. É possível ter um projeto,

determinar prioridades, pontos de partida e chegada, determinando quem pode fazer,

quando e com quem. A idéia é revestir o sentimento de estudar em uma escola

desvalorizada, em determinação coletiva e democrática como eixo de mudança.

A violência, no âmbito das escolas públicas estaduais, pode ser entendida

como um processo complexo e desafiador que requer um tratamento adequado e

cuidadoso, por meio de conhecimentos científicos, desprovidos de preconceitos e

discriminações.

Compreendemos que a comunidade escolar deva pautar suas discussões

sobre a violência através de uma postura de compreensão e reflexão, tanto da

violência praticada por sujeitos sociais, dentro e fora da escola, como da violência

praticada pela ou a partir da escola.

11.2.DIVERSIDADE

“As diferenças representam grandes oportunidades de aprendizado”, de

acordo com Barth (1990). Para ele o que é importante nas escolas é o que é diferente.

A total inclusão de todos os membros da humanidade, de quaisquer

raças, religiões, nacionalidades, classes socioeconômicas, culturas ou capacidades,

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em ambientes de aprendizagem e comunidade, pode facilitar o respeito mútuo e o

aproveitamento dessas diferenças para melhorar nossa sociedade. É durante seus

anos de formação que as crianças adquirem o entendimento das diferenças, o respeito

e o apoio mútuos em ambientes educacionais que promovem e celebram a

diversidade humana. Buscar estratégias que se traduzam em melhores condições de

vida para a população, na igualdade de oportunidades para todos os seres humanos e

na construção de valores éticos socialmente desejáveis por parte dos membros das

comunidades escolares é uma maneira de enfrentar exclusões e um bom caminho

para um trabalho que visa a democracia e a cidadania.

A escola regular, dita “de todos”, se reveste de padronizações

engessantes que excluem de maneira velada as diferenças existentes. Busca muitas

vezes anular diferenças, padronizar e modernizar, excluindo assim, quem não cabe em

seus parâmetros. Significa a instauração de critérios que dividem e compartimentam.

É preciso permitir que as diferenças sejam percebidas como enriquecimento na sala

de aula, e não como obstáculos a um padrão único inexistente, mas tantas vezes

proclamado. É preciso também que esse espírito de mudança se renove, buscando a

valorização da diferença ao invés da homogeneização.

Democratizar o acesso para os jovens rurais, indígenas, quilombolas e

portadores de necessidades especiais sobre programas, projetos e ações de seus

interesses, deve ser uma ação governamental. Também investir em ações que

favoreçam a melhoria de qualidade de ensino assegurando padrões adequados para

todos os grupos sociais: por gênero, raça/etnia, situação econômica e para portadores

de necessidades especiais.

11.3.PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS

A prevenção ao uso indevido de drogas no âmbito das escolas públicas

estaduais, pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que requer

uma abordagem fundamentada teoricamente por meio de conhecimentos científicos.

As propostas de prevenção utilizadas são moralistas e repressivas, limitando a

compreensão de várias manifestações das drogas na sociedade.

Do jovem drogado e violento é extraída a humanidade, ou seja, ele deixa

de existir como sujeito e passa a ser um problema social, não mais um cidadão. Nessa

situação original, reflete-se sobre os direitos dos indivíduos. A juventude pode ser

definida como uma fase de “limiaridade” entre a dependência da família e a

autonomia advinda de sua inserção no mercado de trabalho e das suas relações

sociais adultas. A sociedade de hoje não tem condições de absorver a mão de obra

jovem, e a escola, que não atualizou as formas de relação com a educação,

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caracteriza-se como um lugar pouco atraente e gerador de exclusão.

É necessário que se reconheça o problema para que se possa enfrentá-lo.

Os educadores ao compreenderem que o tema drogas foi inserido na agenda

governamental, podem problematizar de forma concreta e direta as suas causas e

conseqüências. Ao disseminarem conhecimento, promoverão reflexões e

questionamentos permitindo a reavaliação de posturas “socialmente aceitas”,

mostrando ao jovem e em conjunto com ele, que este comportamento, de ser usuário

de drogas, traz conseqüências que podem afetar a si mesmos e a outros, e que, nem

sempre, essas conseqüências serão toleradas socialmente.

Um dos principais desafios é o de repensar os discursos e as práticas

repressivas predominantes nos debates sobre prevenção. E assim, encaminhar outras

práticas pedagógicas de prevenção de caráter critico, articulados aos conteúdos das

diferentes disciplinas da educação básica.

11.4.RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS

Estabeleceu-se ao longo da historia, um divisor étnico-racial que se

dissipou por toda a sociedade brasileira e que também se enraizou nos sistemas

escolares. Muitos anos depois busca-se alterar esse quadro, a partir da educação, mas

infelizmente estamos num sistema arraigado de preconceitos e desqualificações, que

dificulta o processo.

A realidade brasileira de crença e absorção da divisão da sociedade em

raças é um fato consumado que contraria o discurso nacional da democracia racial,

isto porquê, os brasileiros não só acreditam nas raças como também agem em

consonância com elas, fundamentando preconceito, discriminação e segregação, ao

passo que o resultado da crença de que não temos racismo foi, de acordo com muitos

cientistas, um dos piores tipos de racismo que se conhece. “A forma mais eficiente de

reforçar o preconceito é achar que ele não existe, que é natural.” (Kenski, 2003).Sem

a interferência do Estado será muito difícil romper esse sistema que gera exclusão e

injustiça.Para Borges (2002) a própria noção de identidade de uma cultura se dá por

meio da consciência de suas diferenças em relação às outras culturas, sem que, para

tanto, se criem juízos de valor que desqualifiquem uma em detrimento da outra.

Precisamos garantir a vez e a voz dos marginalizados da cultura

dominante, aprendendo a compreender a diferença e a diversidade como fator de

acréscimo e não exclusão.

Pelas Diretrizes (2004), a educação das relações étnico-raciais impõe aprendizagens

entre brancos e negros, trocas de conhecimentos, quebra de desconfianças, projeto

conjunto para a construção de uma sociedade justa igual e equânime.

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XII.PROGRAMAS EDUCACIONAIS

12.1.PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CELEM – ESPANHOL

No âmbito do processo de ensino e aprendizagem das Línguas Estrangeiras

Modernas (LEM), as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCE) para LEM,

afirmam que “as propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a

atender às expectativas e demandas sociais e contemporâneas e a propiciar a

aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações”

(DCE, 2008, p.38).

Face a isto, observa-se que “na atualidade, vem ocorrendo modificações

significativas no campo da ciência, principalmente no âmbito dos estudos lingüísticos

no que diz respeito à aquisição de LEM” (WOGINSKI, 2005, s/p).

A resolução nº 3904/2008 de 27 de agosto de 2008, reitera,

“a importância que a aprendizagem de LEM tem no desenvolvimento do ser humano quando há compreensão de valores sociais e à aquisição de conhecimentos sobre outras

culturas (SUED/SEED, 2008).

O ensino de LEM se justifica com prioridade, pelo objetivo de desenvolver a

competência comunicativa (lingüística, textual, discursiva e sóciocultural), ou seja,

este desenvolvimento deve ser entendido como a progressiva capacidade de realizar a

adequação do ato verbal ás situações de comunicação.

O ensino da Língua Espanhola no sistema educativo brasileiro remonta aos

últimos cento e vinte anos e, em especial, ao período entre 1888 e 1930, período de

intensa imigração, durante o qual, segundo FERNÁNDEZ, “mais de quatro milhões de

imigrantes, dos quais 12% eram espanhóis ... ocuparam as terras das regiões Sul e

Sudeste em conseqüência das graves crises econômicas que acometiam a Espanha

desde os meados do século XIX” (FERNÁNDEZ, 2005, p.18).

No entanto, essa imigração espanhola para o Brasil deixou expressa muito mais

a sua cultura que sua língua, a qual deu lugar, no ensino das línguas vivas

estrangeiras, aos idiomas francês, inglês e alemão.

1. Conteúdos

Para o ensino e aprendizagem de LEM, as discussões pertinentes aos conteúdos

encontram-se implicadas em seus conteúdos estruturantes, bem como nos conteúdos

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básicos, propostos pelas DCE.

A disciplina de LEM concebe como conteúdo estruturante o discurso como

prática social e ao mesmo tempo caracteriza os gêneros (textuais, do texto,

discursivos, do discurso) como conteúdos básicos abordados dentro das práticas

discursivas.

Ao gêneros do discurso segundo Bakhtin (1952, p. 279), são definidos como

“tipos relativamente estáveis e heterogêneos de enunciados dentro de uma esfera de

utilização da língua” e ainda caracterizados por três elementos: o conteúdo temático,

o estilo e a construção composicional.

Para Marcuschi (2006, p.35), os gêneros textuais “são um tipo de gramática

social, isto é, uma gramática da enunciação”. Sendo assim:

(...) São definidos como textos orais ou escrito materializados ou situações comunicativas recorrentes por tanto organizam nossa fala e escrita, assim como a gramática organiza as formas lingüísticas (MARCUSCHI, 2006, P.35)

Não cabe mais à escola apenas ensinar ao aluno a ler e a escreverem e/ou LEM:

é preciso instruí-lo à relacionar a língua às suas práticas sociais.

Reitera-se a necessidade de explorar as práticas da oralidade, leitura e escrita a

partir da seleção dos gêneros textuais. Conforme Bakhtin (1952), o indivíduo primeiro

definiu o seu propósito, para então decidir os gêneros textuais que utilizará.

Com relação às práticas da oralidade, percebe-se a necessidade de trabalhar a

língua falada oportunizando o aluno a perceber suas funções sociais na qual o próprio

aluno utilizará os diferentes gêneros de acordo com seus próprios interesses.

Diante disto, Marcuschi (2001, p.83) argumenta que,

o trabalho com a oralidade pode, ainda, ressaltar a contribuição da fala na formação cultural e na preservação de tradições não escritas que persistem mesmo em culturas em que a escrita já entrou de forma decisiva (...) Dedicar-se ao estudo da fala é também uma oportunidade singular para esclarecer aspectos relativos ao preconceito e á discriminação lingüística, bem como suas formas de disseminação

O trabalho com a oralidade nas aulas de LEM, “têm como objetivo expor os

alunos à textos orais, pertencentes a diferentes discursos (...) é aprender a expressar

ideias em línguas estrangeiras mesmo com limitações (...) também é importante que o

aluno se familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo” (DCE,

2008, p.66)

Pretende-se valorizar a importância que a oralidade tem na sala de aula de LEM,

bem como explorar aqueles gêneros textuais próprios da oralidade como a publicidade

da televisão e do rádio, por exemplo.

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No que diz respeito á prática da leitura, observa-se que o papel primordial da

utilização dos gêneros textuais na aprendizagem de LEM, torna a aquisição do

conhecimento mais significativa e mais próxima das práticas sociais das quais o aluno

interage.

De acordo com as DCE (2008), a respeito da leitura discursiva,

Na medida em que os alunos reconheçam que os textos são representações da realidade, são construções sociais, eles terão uma posição mais crítica em relação à tais textos. Poderão rejeitá-los ou reconstruí-los a partir de seu universo de sentido, o qual lhes atribuiu coerência pela construção de significados (DCE, 2008, p.65).

Koch e Elias (2007, p.37), apontam para o fato de a leitura ser “uma atividade

de construção de sentido que pressupõe a interação autor-texto-leitor, é preciso

considerar que nessa atividade, além das pistas e sinalizações que o texto oferece,

entram em jogo os conhecimentos do leitor”.

Ainda, o processo de leitura a partir dos gêneros textuais considerando que

estes são constituídos de um determinado modo e de certa função dentro de um

domínio discursivo, requer a construção de sentidos dos textos considerando que,

(...) A escrita/fala baseia-se em formas padrão e relativamente estáveis de estruturação e é por essa razão que, cotidianamente, em nossas atividades comunicativas, são incontáveis as vezes em que não somente lemos textos diversos, como também produzimos e ouvimos enunciados (KOCH, ELIAS, 2007, p.101)

Para Foucambert (2008, p. 25), “não se pode mais esquecer que, ao aprender o

mecanismo da leitura, conquista-se também um instrumento de comunicação”.

No que tange as práticas da escrita, “(...) não se pode esquecer que ela deve

ser vista como uma atividade sociointeracional, ou seja, significativa” (DCE,2008,

p.66)

As Condições dessa produção escrita e o uso de variados gêneros textuais

desenvolveram no aluno,

(...) a possibilidade ou necessidade de usar a língua escrita como forma de comunicação, de interlocução em situações na qual a expressão escrita se apresenta como uma resposta a um desejo ou uma necessidade de conotação, de interação, e que o aluno tenha, pois, objetivos para escrever e destinatários (leitores) para quem escrever (SOARES, 1999 apud WOGINSKI, 2008, p.63).

No ensino de LEM, salienta-se a importância de desvincular-se (pelo menos

parcialmente) das questões que adequaram-se formal no processo da escrita para

focar-se também à adequação comunicativo-discursivo do texto.

Conforme Kock e Elias (2009), a produção escrita recorre a conhecimentos

armazenados na memória. Esses conhecimentos resultam das inúmeras atividades em

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que o produtor se envolveu ao longo da vida, bem como são concebidas pela ativação

de modelos cognitivos sobre as práticas interacionais, histórica e culturalmente

constituídas, portanto,

Para atividade de escrita, o produtor precisa ativar “modelos” que possuí sobre práticas comunicativas configuradas em textos, levando em conta elementos que entram em suas composições (modo de organização), além de aspectos do conteúdo, estilo, função e suporte de veiculação (KOCH, ELIAS, 2009, p.43)

A elaboração de atividades que envolveram a diversidade de gêneros textuais,

como a (re)produção de uma carta (formal ou informal) ou um bilhete certamente

atenderão á demanda das práticas lingüísticas da escrita, bem como oportunizarão à

reflexão sobre os mecanismos lingüísticos que envolvem o processo da escrita.

Portanto, é necessário considerar “(...) o que os alunos precisam aprender sobre

a ação da linguagem configurada do gênero?) (WOGINSKI, 2008, p.65)

2. Metodologia da Disciplina

A metodologia referente á disciplina de LEM está pautada na seguinte afirmação

de que,

o trabalho com a língua estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso á informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados (DCE, 2008, p.66)

Dessa forma, os procedimentos teóricos metodológicos possibilitarão atender as

necessidades do aluno enfatizando os aspectos e as experiências cotidianas.

Logo, “o ponto de partida da aula de LEM será o texto, verbal e não-verbal,

como uma unidade de linguagem em uso” (DCE, 2008, p.63), bem como afirma

Marcuschi (2003, p.22), de que “é impossível se comunicar verbalmente a não ser por

algum gênero assim como é impossível se comunicar verbalmente a não ser por um

texto”. Portanto, a principal ferramenta de ensino é justamente a funcionalidade da

língua de estudo na qual o aluno é conduzido a vivenciar situações concretas (reais)

de fala e escrita e a desempenhar funções lingüísticas a partir de textos.

Assim, as práticas de ensino de LEM estarão subsidiadas pela aproximação dos,

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(...) vários gêneros textuais em atividades diversificadas analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si (DCE, 2008, p.63).

Observa-se que os estabelecimentos de ensino sempre utilizaram textos para o

desenvolvimento de atividades em compreensão leitora e produção escrita. No

entanto, o que se abordava a partir do uso destes textos eram os aspectos

gramaticais visando os elementos puramente estruturais da língua, isso é,

concebendo-a como código e desconsiderando-a enquanto discurso.

No que se refere à ditatização de gêneros textuais, Woginski (2008) reitera que,

Devemos lembrar, e que o uso e o manejo de um gênero textual qualquer que seja ele deve provocar no aluno a curiosidade e a busca pela expressão, atribuição e, (re)construção de sentidos com os textos (WOGINSKI, 2008, p.63).

O ensino de LEM também devera abortar também as questões relacionadas às

línguas estrangeiras, pois os textos literários são materiais muito ricos não se

limitando a aspectos estruturais da língua, bem como estes textos literários divulgam,

aproximam e valorizam a cultura de um povo.

Sobre as questão do potencial didático dos gêneros textuais do domínio

literário, observa-se que

(...) literatura é um meio ideal para desenvolver a consciência e a apreciação do uso da linguagem em suas diferentes manifestações, já que ela apresenta a linguagem em um contexto autêntico, em registros em dialetos variados, dentro de um marco social (MCKAY, 1982 apud WOGINSKI, 2004, s/p).

As DCE (2008, p.67) demonstram que “ao apresentar textos literários aos

alunos deverão se propor atividades que cobrem para que eles analisem os textos e

os percebam como prática social de uma sociedade em um determinado contexto

sóciocultural”.

De acordo com Woginski (2008, p. 104) fundamentado nos estudos de apenas

LOPES-ROSSI (2006), “o trabalho com os gêneros desenvolvidos através de projetos

pedagógicos é ideal para melhorar a aproximação das características típicas dos

gêneros”.

Assim sendo, é necessário que estes projetos pedagógicos serão realizados em

modelos didáticos” objetivando a aquisição da língua alvo partindo do gênero textual

como conteúdo básico da disciplina de LEM, conforme abaixo:

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a) Módulo didático de leitura, no qual o aluno será levado a caracterizar o gê-

nero de estudo e a reconhecê-lo na sociedade tendo como base uma necessida-

de (ou motivo) de produção ( de interação ) escrita ou oral, bem como discutir a

reconhecer as propriedades discursivas, temáticas (o que geralmente é dito

nesses mesmos gêneros), estilísticas (o que geralmente é registrado como mar-

ca enunciativa do produtor destes gêneros, o que é utilizado como recurso lin-

güístico e análise lingüística: recursos gramaticais, lexicais e recursos não-ver-

bais) e composicionais (como geralmente é organizado esse gênero, qual é a

sua característica e a sua sequência tipológica) do gênero selecionado;

b) módulo didático de produção escrita, no qual aluno e professor poderão

planejar a produção e coletar informações para a primeira versão da escrita do

texto. Na sequência revisar e re-escrever o texto produzido em colaboração

(aluno e professor) e por fim a produção final procurando aproximá-lo daqueles

gêneros que circulam na sociedade;

c) módulo didático de divulgação ao público, no qual aluno e professor

poderão indicar o suporte (meio) para a circulação do gênero produzido, bem

como realizar ações para efetivar esta circulação fora da sala de aula e se

possível da escola.

As atividades desenvolvidas através de “módulos didáticos” deverão se caracterizar como uma sequência didática a qual é definida como “um conjunto de

atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral ou escrito” (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004, p. 97).

Salienta-se que as atividades elaboradas para o ensino de LEM, deverão ser desenvolvidas em três etapas:

33. etapa de pré-leitura, na qual pretende-se ativar os conhecimentos

prévios do aluno, bem como discutir questões referentes à temática, construir

hipóteses e antecipar elementos do texto que poderão ser tratados a partir do

texto, antes mesmo da leitura;

34. etapa de leitura, na qual pretende-se comprovar ou desconsiderar

as hipóteses anteriormente apresentadas;

35. etapa de pós-leitura, na qual pretende-se explorar a compreensão

de leitura e expressão escrita, bem como atividades que explorem a

compreensão e expressão oral e a elaboração de atividades variadas, não

necessariamente ligadas aos elementos gramaticais.

Por último, salienta-se que na aula de Língua Estrangeira Moderna o aspecto

cultural deverá caracterizar-se como prática e hábito no processo de aquisição de uma

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LEM, pois segundo Giovannini (1996) citado por Woginski (2004, s/p), “uma língua

desvinculada de sua cultura converte-se em um instrumento estéril e carente de

significados.” Portanto, ensinar os elementos culturais que regem uma língua e esses

articulados aos próprios elementos linguísticos dessa língua favorecem além da

aquisição da língua, também a aquisição do modo de viver daqueles que a falam.

4 .AVALIAÇÃO

A avaliação do rendimento escolar será ampla e continua no sentido de revelar

o aproveitamento e o grau de desenvolvimento atingido pelo aluno, bem como, de

proceder à apuração para fins de aprovação:

a) proporcionar ao aluno a possibilidade de fazer uma síntese das experiências

educacionais vivenciadas;

b) possibilitar através de registro de dados, controle e a identificação das

dificuldades e deficiências do aluno no processo de aprendizagem.

Na apuração do rendimento escolar levar-se-á em conta as diversas formas de

avaliação. A avaliação será constante, tendo um caráter de diagnóstico das

dificuldades e de assessoramento na superação das mesmas e deverá abranger:

a) Avaliação de Aprendizagem Escrita – com referência aos conteúdos básicos

b) Avaliação de Aprendizagem Oral – conhecimento da forma estândard da língua

de estudo, bem como o conhecimento e a valorização das variantes linguísticas

(escolhas, estilos, criatividade e variação da língua) a partir dos conteúdos básicos

(anexo) da disciplina de Língua Polonesa;

c) Atividades Avaliativas – trabalhos escritos e/ou orais desenvolvidos

individualmente e/ou em grupos como recurso para a fixação dos conteúdos básicos

(anexo) da disciplina de Língua Polonesa;

d) Atividades Extraclasses – trabalhos de pesquisa, exercícios de caráter prático,

materiais de apoio e projetos interculturais resultantes dos conteúdos básicos da

disciplina de Língua Polonesa, objetivando a complementação dos estudos da língua-

alvo e de acordo como o Plano de Trabalho Docente.

Ao final das avaliações de aprendizagem (escrita e oral), bem como das

atividades avaliativas e das atividades extraclasse de cada semestre - conforme o

Projeto Político-Pedagógico do CEP - será atribuída uma média semestral e

posteriormente, uma média anual a cada aluno.

Conforme a Instrução Normativa nº 019/2008 de 31 de outubro de 2008,

6.11 A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas

expressos em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez

vírgula zero). (...) 6.16 Os alunos do CELEM que apresentarem

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freqüência mínima de 75% do total de horas letivas e a média

anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) serão

considerados aprovados ao final do ano letivo (SUED/SEED, 2008,

p. 5).

Salienta-se que ao estabelecer critérios para a avaliação,

A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a

clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do

ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de

avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e

maneiras de expressar seu conhecimento (DCE, 2008, p. 33).

No que se refere aos instrumentos de avaliação as DCE (2008, p. 32)

argumentam que “os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de

acordo com as possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os

critérios estabelecidos”.

Por fim, de acordo com as DCE (2008, p. 32), “os instrumentos de avaliação

devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades teórico-

metodológicas que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos”.

5 REFERÊNCIAS

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12.2.PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR VIVA A ESCOLA

O Programa Viva a Escola surgiu como uma proposta de Ensino com o intuito de

estabelecer um maior contato entre os alunos, comunidade escolar e escola, visa a

amplitude da carga horaria e de atividades desenvolvidas pelo educando em sua esco-

la. O projeto é oferecido no contra turno das aulas e tem atividades socioculturais e

desportivas, o que oportuniza o desenvolvimento do aluno possibilitando o resgate da

valorização pessoal e o desenvolvimento da cidadania. Esta modalidade de ensino, re-

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conhece a necessidade que o aluno possui em desenvolver-se como um todo, convi-

vendo com a diversidade, construindo conceitos e valores que o possibilitem uma (RE)

construção do conhecimento, ajudandando-o a compreender e transformar o meio em

que esta inserido . Sendo assim, a escola desempenha um papel ainda mais significa-

tivo no processo ensino/ aprendizagem, pois possibilita a seus educandos uma demo-

cratização sistemática do conhecimento, auxiliando seus alunos a se tornarem autôno-

mos.

OBJETIVOS DO PROGRAMA

O Programa Viva a Escola visa a expansão de atividades pedagógicas realizadas

na escola como complementação curricular, vinculadas ao Projeto Político Pedagógico,

a fim de atender às especificidades da formação do aluno e de sua realidade. As Ativi -

dades Pedagógicas de Complementação Curricular têm os seguintes objetivos: Dar

condições para que os profissionais da educação, os educandos da Rede Pública Esta-

dual e a comunidade escolar, desenvolvam diferentes atividades pedagógicas no esta-

belecimento de ensino no qual estão vinculados, além do turno escolar; Viabilizar o

acesso, permanência e participação dos educandos em atividades pedagógicas de seu

interesse; Possibilitar aos educandos maior integração na comunidade escolar, fazen-

do a interação com colegas, professores e comunidade. O Programa compreende qua-

tro núcleos de conhecimento: Expressivo-Corporal: esportes, jogos, brinquedos e brin-

cadeiras, ginástica, lutas, teatros, danças; Científico-Cultural: história e memória, cul-

tura regional, atividades literárias, artes visuais, músicas, investigação científica, di-

vulgação científica e mídias; Apoio à Aprendizagem: Centro de Línguas Estrangeiras

Modernas; Sala de Apoio à Aprendizagem; Ciclo de Básico de Alfabetização; Sala de

Recursos; Sala de Apoio da Educação Escolar Indígena; Integração Comunidade e Es-

cola: Fórum de estudos e Discussões; Preparatório para o Vestibular.

PROGRAMA VIVA A ESCOLA – DETETIVES DO CONHECIMENTO

Justificativa Pedagógica

Este projeto esta sendo desenvolvido tendo como principal objetivo ressaltar a

importância da investigação científica no cotidiano escolar dos alunos. Proporcionando

o entendimento de que as pesquisas realizadas no campo do conhecimento são funda-

mentais para a manutenção da vida e da conservação do planeta, pois é através do

conhecimento que conseguimos o sustrato para nossa subsistência. Pois foi e é atra-

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vés de questionamentos que o homem pode tecer diversas analises e interpretações

sobre o mundo que os rodeiam. Nesse ponto a Filosofia aparece como um dos pontos

norteadores, pois trabalha com a problematização. A investigação e a criação de con-

ceitos acerca dos conteúdos que fazem parte da existência humana como um todo,

possibilitando analises de diversos assuntos de diversas maneiras. E neste contexto, a

Filosofia aparece como uma proposta de investigação científica, como proposta de

análise de diversas propostas de pensamento, da retomada de valores já existentes e

seus significados, para que possa-se situá-los em um contexto histórico e social, pois

estes são resultados do processo de transformação do pensamento humano no decor-

rer de sua história, ou seja, a investigação científica contribui para a promoção e a ela-

boração do pensamento abstrato, crítico, racional e autônomo. Enfim, este projeto é

idealizado para que possibilite ao aluno o acesso a informação e perceba que este co-

nhecimento adquirido estarão os auxiliando a se tornarem cidadãos conscientes. Bus-

cando sua autonomia através das tentetivas elaboradas para a solução de questiona-

mentos inerentes ao ser humano.

Fundamentação teórica

A Filosofia surgiu a partir da inquietação e da curiosidade humana a respeito do

seu ser e do universo que o cerca. Problemas como a estrutura do universo, a origem

das noções do bem e do mal, os efeitos que a consciência humana projeta. A Filosofia

trabalha com a problematização. A investigação e a criação de conceitos acerca dos

conteúdos que fazem parte da existência humana como um todo, possibilitando anali-

ses de diversos assuntos de diversas maneiras. Filosofia se apresenta como um exercí-

cio que possibilita ao educando um maior desenvolvimento em seu próprio estilo de

pensamento, pois não se conhece nenhum momento em que o sujeito não seja convi-

dado a pensar, refletir e agir sobre as situações que o cercam no mundo, ou seja, todo

sujeito entende o mundo sobre uma determinada ótica, seja ela, uma concepção de

mundo, uma linha de conduta moral, social ou política, devendo ser atuante para se

manter ou de mudar a maneira de pensar, refletir ou agir coerentes com seu tempo.

Objetivos Gerais

Estabelecer um maior contato da comunidade escolar com os alunos do Ensino

Fundamental (7° e 8° séries) e Médio, fazendo com que eles despertem um maior inte-

resse pelos os estudos, para que assim, adquiram o hábito da leitura de jornais, revis-

tas e artigos cientítifos. Para que estes alunos percebam que A pesquisa na escola é

uma das ferramentas essenciais para o processo de aprendizagem. Em vários momen-

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tos do nosso dia, estamos sempre pesquisando alguma coisa: o canal que vamos as-

sistir na televisão o alimento que vamos ingerir, a roupa que vamos utilizar, enfim so-

mos levados o tempo todo a pesquisar.

Objetivos Específicos

• Incentivar os alunos a realizarem pesquisas;

• Familiarizar os alunos com conceitos científicos;

• Proporcionar aos alunos instrumentos para a criação de jornal científico;

• Incentivar a produção de roteiro teatral;

• incentivar e orientar os alunos na construção e dramatização de peça teatral.

Encaminhamento metodológico

O encaminhamento metodológico ser fará em quatro momentos: a sensibiliza-

ção, a problematização, a investigação e a criação de conceitos. Tais momentos segui-

rá atrvés de apreciação de vídeos, filmes, documentários; bem como leitura e inter-

pretação de textos filosóficos e científicos, artigos de revistas e jornais, pesquisas em

sites, blogs e livros, pesquisas através de questionários, entrevistas, através de mídias

como TV, rádio, vídeo e dvd, pesquisa através de analise de imagens, gráficos e tabe-

las, e ainda, estudos dirigidos, criação e elaboração de jornais científicos, criação e

elaboração de roteiro teatral e apresentações teatrais e, ainda, debates onde os alu-

nos poderão expressar seus conhecimentos e opiniões, bem como aquilo que apren-

deu nas suas pesquisas, ou seja os conteúdos serão trabalhados de maneira clara,

possibilitando o aumento da capacidade de argumentação, conceituação e criativida-

de do aluno. Visitação a bibliotecas, museus e palestras.

Infraestrutura

As aulas de investigação científica serão desenvolvidas na própria escola, diver-

sificando de acordo com a disponibilidade da biblioteca, sala de informática, sala de

aula e sala de vídeo.

Recursos materiais

Folha sulfite, canetas, lápis, borracha, DVDs regraváveis, Aparelho de DVD, Televisão

Multimídia, tonner para impressão de materiais.

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Resultados esperados

Por meio dos conteúdos e métodos trabalhados espera-se que o aluno compre-

enda que toda a forma de investigação científica, no campo da filosofia, se dá de for -

ma autonoma, ou seja, de forma questionadora da verdade o que permite-se retornar

as problemáticas já pensadas na perspectivas de novas soluções relativas ao seu tem-

po, tornando-os visíveis e compreensíveis em seu significado e na dinamica social es-

tabelecida pelo individuo com a sociedade.

Critérios de participação

Serão 20 (vinte) alunos selecionados, a partir da demosntração de interesse em

aprender diferentes formas de pesquisas de investigação científica, e na ordem de ins-

crição, independente de conhecimento prévio ou grau de dificuldade, ressaltando a

necessidade do comprometimento dos mesmos com o projeto a ser desenvolvido e

com as disciplinas de sua grade curricular de seu turno normal de aula, para que esta

atividade seja um incentivo para que mantenha ou melhore seu rendimento escolar.

Critérios, estratégias e instrumentos de avaliação

Avaliação será de forma diagnóstica e processual de acordo com o desenvolvi-

mento das pesquisas (aulas) e o desenvolvimento individual de cada aluno, e para isso

será utilizado alguns critérios: participação do aluno (frequência de desenvolvimento

de pesquisas), apresentação de pesquisas individuais e em grupos. Apresentação de

peças teatrais sobre temas pré-estabelecidos, elaboração e criação de jornais científi-

co, no decorrer do ano letivo.

Plano de Trabalho Docente

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Mito e filosofia;

Ética;

Filosofia da Ciência;

Filosofia Política.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Origem e caracterização do Mito;

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O saber filosófico;

Os primeiros filósofos;

Conceituação de Ética, moral, liberdade, violência;

Senso comum,

Conhecimento filosófico, c

Concepções de ciência,

Método científico;

Democracia,

Absolutismo,

Liberalismo,

Cidadania formal e/ou participativa.

JUSTIFICATIVA

Conhecer as diversas formas de pesquisas; possibilitar que o aluno desenvolva

sua curiosidade e criatividade buscando formas de solucionar problemas propostos

dentro do seu cotidiano, estabelecendo um paralelo entre o passado e o presente vi-

venciado pelos mesmos; possibilitar que o aluno perceba o desenvolvimento alcança-

do pela humanidade através de questionamentos e pela busca de respostas para as

suas aflições.

ENCAMINHAMENTO

Encaminhamento metodológico ser fará em quatro momentos: a sensibilização,

a problematização, a investigação e a criação de conceitos. Tais momentos seguirá

através de apreciação de vídeos, filmes, documentários; bem como leitura e interpre-

tação de textos filosóficos e científicos, artigos de revistas e jornais, pesquisas em si-

tes, blogs e livros, pesquisas através de questionários, entrevistas, através de mídias

como TV, rádio, vídeo e dvd, pesquisa através de analise de imagens, gráficos e tabe-

las, e ainda, estudos dirigidos, criação e elaboração de jornais científicos, criação e

elaboração de roteiro teatral e apresentações teatrais e, ainda, debates onde os alu-

nos poderão expressar seus conhecimentos e opiniões, bem como aquilo que apren-

deu nas suas pesquisas, ou seja os conteúdos serão trabalhados de maneira clara,

possibilitando o aumento da capacidade de argumentação, conceituação e criativida-

de do aluno. Visitação a bibliotecas, museus e palestras.

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RECURSOS DIDÁTICOS E MATERIAIS

Livros da biblioteca do professor, livro didático público de Filosofia e disciplinas

envolvidas nas pesquisas; Folha sulfite, canetas, lápis, borracha, DVDs regraváveis,

Aparelho de DVD, Televisão Multimídia, tonner para impressão de materiais.

CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

Avaliação será de forma diagnóstica e processual de acordo com o desenvolvi-

mento das pesquisas (aulas) e o desenvolvimento individual de cada aluno, e para isso

será utilizado alguns critérios: participação do aluno (frequência de desenvolvimento

de pesquisas), apresentação de pesquisas individuais e em grupos. Apresentação de

peças teatrais sobre temas pré-estabelecidos, elaboração e criação de jornais científi-

co, no decorrer do ano letivo.

CRONOGRAMA DE REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES

Em cada bimestre será proposto aos alunos o desenvolvimento de uma pesqui-

sa com temas pré-selecionados e com a elaboração de atividade avaliativa como: jor-

nal científico, elaboração e apresentação teatral no final de cada bimestre será apre-

sentado o resultado para a comunidade escolar.

12.3. PROGRAMA VIVA A ESCOLA – A ARTE DA DANÇA

JUSTIFICATIVA:

Ensinar dança na escola, é oferecer ao educando mais uma possibilidade de vi-

venciar uma das linguagens artísticas, que nem sempre é possível dentro das aulas de

Arte devido a diversos fatores como: habilitação do professor na área específica, inte-

resse em associar o conteúdo ao seu planejamento, espaço e estrutura na escola, etc.

A dança é mais uma forma de disponibilizar o acesso a diversidade cultural, permitir

ao educando, conhecer, compreender e trabalhar corporalmente as diferentes concep-

ções de dança através da história da humanidade. O fazer-sentir dança enquanto arte,

propõem uma percepção diferente das relações com nós mesmos, do contato com ou-

tro ser e com o mundo. Segundo Bosi (p.49, 1991) “O corpo que baila busca incessan-

temente sair de si, encontrar-se com um ser – ou em um ser – que lhe dê em plenitude

aquela mesma vida que aquece e move cada gesto seu.” A partir dessa reflexão de

Bosi, nos permitimos também refletir que o ser humano necessita vivenciar a expe-

riência de comunicação e expressão emoções, sentimentos e idéias, que permita de-

senvolver sua criatividade, através de atividades como a dança, pois, além da comuni-

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cação é através dela que nos permitimos desenvolver a inteligência corporal sinestési-

ca, que é a capacidade para resolver ou criar produtos através do uso de partes ou de

todo o corpo. Além disso, a dança trabalha a coordenação grossa ou fina em esportes,

artes cênicas ou plásticas, no controle de movimentos do corpo e na manipulação de

objetos com destreza. A prática a partir dos elementos caracterizadores (força, fluên-

cia, espaço e tempo), fará com que o educando tenha uma melhora no seu desenvo-

lvimento corporal e na percepção do seu corpo, interferindo nas suas relações sociais,

afetivas, e na sua auto-estima.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

O homem utilizou a dança desde o início dos tempos, utilizando-a como lingua-

gem corporal para simbolizar sentimentos, celebrar a natureza, o amor, guerras, paz,

homenagear deuses, etc. Segundo Dionísia Nanni (p.182 -1995) “O corpo em todo o

processo de evolução do ser humano é sempre um instrumento de evolução do con-

texto histórico em que vive e é ao mesmo tempo, um reflexo deste”.

A partir dessa análise de Nanni sobre o corpo, e como ele é reflexo da sociedade, per-

cebemos que o movimento corporal na dança, é uma experiência estética além de

uma forma de expressão corporal. A dança como forma de conhecimento dentro da

disciplina de Arte, e de acordo Marques, (p.24 – 2007), para que possamos compreen-

der estética e artisticamente a dança, “...é necessário que nossos corpos estejam en-

gajados de forma integrada com o seu fazer-pensar. Essa é uma das grandes contribui-

ções da dança para a educação do ser humano – educar corpos que sejam capazes de

criar pensando e re-significar o mundo em forma de arte.” O experenciar, no caso da

dança, é dançar, apreciar, para conhecer e compreender o mundo de forma diferencia-

da, ou seja, artística e estética. “...o corpo na dança torna-se fonte de conhecimento

sistematizado e transformador”, afirma Marques. A partir disso, podemos verificar que

a dança na escola, é mais uma forma de conhecimento para que o educando se torne

capaz de conhecer e transformar o mundo. Nessa mesma linha de pensamento, Nanni

(p.182 - 1995) conclui: “A dança tendo como fator fundamental o movimento, transmi-

te e reflete valores sociais do contexto onde se acha engajada e portanto, poderá con-

tribuir para o processo de renovação e transformação do ser humano.”

OBJETIVOS

• Compreender e respeitar a diversidade cultural;

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• Conhecer as diferentes formas e técnicas de expressão da dança;

• Possibilitar a experenciação de algumas modalidades de dança;

• Conhecer a história da dança através dos tempos e seus dançarinos de renome;

• Fazer uso da expressão corporal na transmissão de sentimentos e idéias;

• Possibilitar improvisação e a criação coreografias individuais e em grupo;

• Vivenciar a experimentação da movimentação corporal, conciliando som, técni-

ca, ritmo e espaço;

• Praticar uma atividade física saudável e agradável;

• Socializar com outro ser, respeitando o seu corpo e o do outro no contado físico

e a forma de se expressar de cada um;

• Atrair o aluno para a escola para realizar uma atividade em seu contra-turno,

que seja de seu interesse e lhe proporcione ao mesmo tempo prazer e conheci-

mento.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O encaminhamento metodológico se fará a partir de três momentos: o sentir e

perceber, o conhecimento em arte e o trabalho artístico. O encaminhamento não se-

guirá por regra essa sequência, mas alternando entre um e outro momentos descritos

sendo dado mais ênfase no trabalho art itico. Num momento, se fará a apreciação deś

vídeos, filmes e se possível, apresentações ao vivo de espetáculos. Em um outro, se

fará a proposta dentro do cronograma de pesquisas que estejam relacionadas com a

modalidade proposta. Finalmente, num terceiro momento, o do fazer artístico, a reali-

zação da parte prática da dança, sempre iniciando com exercícios de alongamento,

partindo para técnicas e passos de acordo com a modalidade escolhida, ensaios de al -

guns passos com posterior montagem de coreografias.

Entretanto, as peculiaridades de cada aluno serão levados em conta de acordo com as

informações sobre os conhecimentos que eles já possuem, utilizando-se das diferentes

técnicas, estilos e modalidades de dança, conceituando e contextualizando de acordo

com o tema proposto para a aula.

PLANO DE TRABALHO DOCENTE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Elementos formais: Movimento corporal, tempo e espaço

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Composição: Ponto de apoio, salto e queda, rotação, formação, deslocamento, core-

grafia, gênero e técnicas;

Movimentos e Períodos: Dança Clássica, Dança Moderna, Contenprânea, Popular, Hip

Hop

OBJETIVOS

• conhecer as diferentes técnicas e expressão da dança;

• possibilitar a experienciação das diferentes modalidades da dança;

• participar de coregrafias em grupo;

• possibilitar ao aluno a criação de coreografias individuais;

• compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação

com o movimento artístico no qual se originou.

• Interagir pela dança respeitando o seu corpo e o do outro;

• socializar e respeitar a forma de expressão de cada um;

MEDOTOLOGIA

O encaminhamento metodológico se fará a partir de três momentos: o sentir e per-

ceber, o conhecimento em arte e o trabalho artístico:

• Apreciação de vídeos diversos e filmes como: “ Ela dança eu danço”, “Dança co-

migo”, “Flash Dance” entre outros;

• Pesquisas que estejam relacionadas com a modalidade proposta ou que seja de

interesse dos alunos.

• O fazer artístico, a realização da parte prática da dança, sempre iniciando com

exercícios de alongamento, partindo para técnicas e ensaio de passos de acordo

com a modalidade escolhida, com posterior montagem de coreografias.

As modalidades serão escolhidas juntamente com os alunos, pois serão levados em

consideração, as peculiaridades de cada um de acordo com as informações sobre os

conhecimentos que eles já possuem. Sempre buscando utilizar-se das diferentes técni-

cas, estilos e modalidades de dança, conceituando e contextualizando de acordo com

o tema proposto para a aula.

AVALIAÇÃO:

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A avaliação acontecerá de forma diagnóstica e processual de acordo com o de-

senvolvimento das aulas, dos alunos e a superação de suas dificuldades, sempre res-

peitando as potencialidades de cada um, levando-se em conta os seguintes critérios:

• A sua participação, tanto a sua frequência quanto a sua disposição em realizar

as atividades;

• Apresentação das coreografias individuais e em grupo;

• Socialização com os demais do grupo

• Avaliações sobre o trabalhos de pesquisa.

INFRA-ESTRUTURA

As aulas de dança serão desenvolvidas na própria escola, diversificando de acordo

com a disponibilidade das salas de vídeo, sala de artes e pátio coberto.

RECURSOS MATERIAIS

• espelho

• sapatilhas

• tecidos para figurinos

CRONOGRAMA

Será feito o planejamento de acordo com a disponibilidade de horários e locais

onde acontecerão as aulas. Sendo previamente estabelecido que a cada bimestre du-

rante o ano letivo de 2009 será trabalhado uma diferente modalidade de dança.

RESULTADOS ESPERADOS

• Que o aluno conheça e respeitar a diversidade cultural as diferentes formas e

técnicas de expressão da dança;

• Respeite o seu corpo e o contato físico com o outro,

• Conheça os seus limites e melhore a sua capacidade de expressão corporal e

seu condicionamento físico;

• Torne-se um apreciador dessa linguagem artística, tornando-se público e fazen-

do parte de formação de platéia de espetáculos de dança em geral.

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• Participe mais ativamente da escola, praticando uma atividade de seu interes-

se, saudável e agradável, que lhe proporcione ao mesmo tempo conhecimento

e bem estar, apreciando e tomando mais respeito pelo espaço escolar.

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO

Os alunos serão selecionados até no máximo 20 participantes, a partir da de-

monstração de interesse em aprender diferentes tipos de dança, priorizando e faixa

etária de 5ª e 6ª séries independente do seu conhecimento prévio ou grau de dificul-

dade. Contudo, será enfatizado que eles tenham um comprometimento com o desem-

penho nas demais matérias do seu turno normal, para que essa atividade extra, tam-

bém se torne um incentivo para seu bom rendimento escolar.

CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação acontecerá de forma diagnóstica e processual de acordo com o desen-

volvimento das aulas, dos alunos e a superação de suas dificuldades, sempre respei-

tando as potencialidades de cada um, levando-se em conta os seguintes critérios:

• A sua participação, tanto a sua freqüência quanto a sua disposição em realizar

as atividades;

• Apresentação dos trabalhos individuais de criação de coreografias e em grupo;

• Socialização com os demais do grupo

• Avaliações sobre o trabalho de pesquisa sobre o conteúdo teórico.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, R. Filosofia da Ciência. São Paulo: Ars Poética, 1996.

ARANHA, M.L.A. Filosofando: introdução a Filosofia. Moderna.

ARANHA, M.L.A. Temas de Filosofia. 3 ed. Moderna.

ARRUDA, Solange. Arte do movimento. São Paulo: PW gráficos e Associados, 1988.

BERGE, Ivine. Viver seu corpo. São Paulo: Martins Fontes, 1986

BOSI, Alfredo. Reflexóes sobre Arte. São Paulo

CHAUÍ, M.S. Convite a Filosofia. São Paulo: Atica,2002

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FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. 9ª ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2002

LABAN, Rudof. Dança educativa moderna. São paulo: ìcone, 1991

MARQUES, Isabel A. Dançando na escola. 4ª ed – São Paulo: Cortez, 2007

NANNI, Dionísia. Dança Educação: Pré-escola à universidade. Rio de Janeiro:

Sprint, 1995

OSSONA, Paulina. A Educação pela Dança. São Paulo: Summus, 1988.

PARANÁ. SEED. Cadernos Temáticos. Curitiba, 2009.

PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Filosofia. Curiti-

ba, 2009.

PARANÁ. SEED. Livro Didático Público: Filosofia. Curitiba, 2008.

XIII.PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

XIV. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

Equipe Pedagógica

Ana Claúdia Ozzores ReisCristiane de O LassDenise Cristina RochaJocélia Regina KusmaVeranice Castilhos de Souza

...)nossa prática educativa teria por norte estar atenta a esses elementos trabalhar com o educando para que ele, vagarosamente, possa ir tendo acesso aos níveis cada vez mais sutis da consciência, assim como estando atento às quatro dimensões do ser humano. Com isso, estamos dizendo que nenhum dos elementos componentes da vida humana podem ficar de fora, se desejamos proceder a uma educação integral. Há que se dar suporte para que cada criança, cada adolescente e cada adulto aprenda a estar atento à sua dimensão interna (estética), à sua dimensão comunitária (ética) e à sua dimensão cognitiva (científica), assim como a estar aberto e aprender a acessar, na medida do possível, seus diversos níveis de consciência. Deste modo, estaremos, de fato, dando atenção e criando as condições para uma prática educativa integral do ser humano, desde que estética, ética e ciência estarão sempre presentes em todos os momentos e circunstâncias da prática educativa.”

Website Cipriano Carlos Luckesi

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Princípios norteadores do trabalho do pedagogo no Ensino Fundamental, no Ensino Médio e na EJA:

gestão democrática e participativa trabalho coletivo ética profissional educação pública, gratuita e de qualidade comprometimento político-pedagógico

Ação Objetivos Período

Organização arquivos Registros Fichas individuaisdos alunos

Divulgação de Avisos Informar e registrar os avisos à comunidadeescolar

Espelhos Salas Aula Disponibilização de espelhos,Cronograma cronogramas e horários nasHorário salas de aula

Levantamento de atrasos Contato com família sobre atrasos,saídas antecipadas faltas e saídas antecipadase faltas dos alunos

Acompanhamento Sala de Apoio, Verificação da frequência e aproveitamentoViva Escola, aulas de campo,etc

Organização e participar da HAF Para promover estudo, planejamento edos professores reflexão do processo de ensino e aprendi- Todos os meses

zagem

Faltas dos professores Organizar reposição de aulas

Leitura, análise dos casos Intervenção para reversão nos casos deencaminhados pelos professo- baixo desempenho escolarres.

Reunião Conselho Escolar/APMF Participação nas reuniões

Preenchimento e encaminhamento FICAou SAREH

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Reunião Pedagógica Organização pauta Maio

Conselho de Classe Todas as turmas Maio

Boletins Entrega boletins aos pais/responsáveis Maio

Reunião com Pais Participação e controle de frequência Maio

Registro Conselho de Classe Confecção das atas em conformidade com MaioInstrução SEED

Livro Registro de Classe Averiguação, vistos e observações nos MaioLivros Registro de Classe - 1º bimestre

Jocop's Acompanhamento de relação de alunosparticipantes e reposição de conteúdos Maio

Planos de Trabalho Docente-2º bim Recebimento e leitura dos PTD dos Maioprofessores

Planos de Trabalho Docente Anual Recebimento e leitura dos PTD dos Marçoprofessores

Reunião com Pais Participação e controle de frequência Março

Ciência sobre a função e responsabilidade Abriltantes e alunos representantes

Livro Registro de Classe Entrega e orientação para preenchimento Abrilconforme Instrução 14/08 e RegimentoEscolar

Reunião Pedagógica Organização da Pauta e Materiais Abril

Conselho de Classe 1º Bimestre Todas as turmas Abril

Jocop' s Acompanhamento de relação de alunos Abrilparticipantes e reposição de conteúdos

Indicação dos professores represen

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Ação Objetivos Período

Pré-conselho Professores - durante HAF Junho

Pré-conselho alunos Turmas Ensino Fundamental - 7ªs e 8ªs Junho

Sala de Apoio Relatório para Setor Boqueirão Junho

Fica – Sareh Relatório para Setor Boqueirão Junho

Encerramento 2º Bimestre Orientações sobre preenchimento decanhotos e Livro Registro de Classe Julho

Conselho de Classe Todas as turmas Julho

Semana Pedagógica Participação e sistematização do material Julhodo Núcleo Regional de Curitiba

Boletins Entrega boletins aos pais/responsáveis Agosto

Reunião com Pais Participação e controle de frequência Agosto

Registro Conselho de Classe Confecção das atas em conformidade com AgostoInstrução SEED

Livro Registro de Classe Averiguação, vistos e observações nos AgostoLivros Registro de Classe – 3º bimestre

OBMEP 2009 – 1ª Fase Organização e encaminhamento aosalunos Agosto

Reunião Pedagógica Organização pauta – Participação Agosto

Pré-conselho Professores - durante HAF Setembro

Pré-conselho alunos Turmas Ensino Fundamental – 5ªs e 6ªs Setembro

Encerramento 3º Bimestre – 30/Set Orientações sobre preenchimento decanhotos e Livro Registro de Classe Setembro

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Boletins Entrega boletins aos pais/responsáveis Outubro

Reunião com Pais Participação e controle de frequência Outubro

Registro Conselho de Classe Confecção das atas em conformidade com OutubroInstrução SEED

Livro Registro de Classe Averiguação, vistos e observações nos OutubroLivros Registro de Classe – 3º bimestre

OBMEP 2009 – 2ª Fase Organização e encaminhamento aos Outubroalunos

Semana Fera Com Ciência Organização Outubro

Reunião Pedagógica Organização pauta – Participação Novembro

Pré-conselho Professores - durante HAF Novembro

Pré-conselho alunos Todas as turmas Novembro

Conselho de Classe Todas as turmas Dezembro

Sala de Apoio Relatório para Setor Boqueirão Dezembro

Fica – Sareh Relatório para Setor Boqueirão Dezembro

Conselho de Classe Final Todas as turmas Dezembro

Encerramento 4º Bimestre – 18/Dez Todas as turmas

Registro Conselho de Classe Confecção das atas em conformidade com DezembroInstrução SEED

Livro Registro de Classe Averiguação, vistos e observações nos DezembroLivros Registro de Classe – 4º bimestre

Registro de reprovação Organização das fichas de alunos reprova-dos com os respectivos pareceres dosprofessores e equipe pedagógica Dezembro

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XV. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico será acompanhado por todos os envolvidos na sua

construção. As avaliações pontuais ocorrerão semestralmente e acontecerão no mo-

mento da Formação Continuada , em duas grandes avaliações sobre todo o Projeto no

início do ano letivo e no início do segundo semestre do mesmo ano podendo também

ocorrer todas as vezes que se fizer necessário.

Para a realização destas avaliações semestrais serão convocados os pais,

alunos, funcionários, direção, professores e pedagogos objetivando analisar os pontos

positivos e negativos. Após esta análise, serão efetuadas as mudanças necessárias.

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