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METODOLOGIA DA CIÊNCIA Edição revisada e atualizada

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAEdição revisada e atualizada

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DIREÇÃO ACADÊMICACélia Jussani

DIREÇÃO GERALFlorindo Corral

DIREÇÃO ADMINISTRATIVAGustavo Azzolini

COORDENADORA GERAL DE EADSandra Regina Giraldelli Ulrich

DIAGRAMAÇÃO E ARTE FINALReinaldo Silveira Carvalho

REVISÃO FINALMeire Teresinha Müller

METODOLOGIA DA CIÊNCIA

AUTORASandra Regina Giraldelli Ulrich

Edição revisada e atualizada

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FICHA CATALOGRÁFICA

Elaborada pela Biblioteca Central da FAM

U41f

Ulrich, Sandra Regina Giraldelli

Metodologia da ciência / Sandra Regina Giraldelli Ulrich ; diagramação e arte final de Reinaldo Silveira Carvalho ; revisão final de Meire Teresinha Müller. – Ed. rev. e atual. – Americana, 2016. 107 f. : il. Apostila elaborada para a disciplina EAD Metodologia da ciência - Faculdade de Americana. Núcleo Geral. 1. Trabalhos acadêmicos. 2. Normas Técnicas. 3. Projetos de Pesquisa.

I. Carvalho, Reinaldo Silveira. II. Müller, Meire Teresinha. III. Título.

CDU 001.8

Proibida a reprodução total ou parcial por meio de impressão, em forma idêntica, resumida

ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma

1ª edição - 2015

1ª edição, revisada e atualizada - 2016

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A Faculdade de Americana – FAM é mantida pela Associação Educacional Americanense, está

situada Endereço: Av. Joaquim Boer, 733 – Americana-SP; CEP 13477-360 e foi Credenciada pela Portaria

MEC nº 766/99 – DOU 18/05/1999.

A história da IES começou quando os dirigentes do então Colégio Bandeirantes, atual Instituto

Educacional de Americana, decidiram constituir uma nova entidade mantenedora, a Associação Educacional

Americanense, que tem como mantida a Faculdade de Americana.

O projeto de instalação da Faculdade de Americana – FAM foi resultado das condições econômico-

educacionais que a região de Americana apresenta, além de experiência dos seus dirigentes como

educadores atuantes.

A Associação Educacional Americanense entende que o ensino, a pesquisa e a extensão não

podem deixar de responder de forma dinâmica, eficiente e consequente aos problemas sociais que refletem

as necessidades da comunidade local, regional e nacional.

Para operacionalizar o projeto de criação dos cursos superiores, a entidade mantenedora consultou

especialistas das diversas áreas do conhecimento.

Assim, o projeto FAM foi idealizado com seriedade e acima de tudo com o compromisso de oferecer

a universalidade do saber: caráter substancial das instituições que justificam suas funções na comunidade

onde estão inseridas.

MISSÃO

A missão da FAM é produzir e disseminar o conhecimento nos diversos campos do saber, contribuindo

para o exercício pleno da cidadania mediante formação humanista, crítica e reflexiva, consequentemente

preparando profissionais competentes e atualizados para o mundo do trabalho presente e futuro.

VISÃO

"Tornar-se referência no ensino superior, promovendo o desenvolvimento da educação, cultura e

conhecimento nas regiões do polo têxtil e metropolitana de Campinas".

VALORES

• Ética, credibilidade e transparência;

• Visão humanista entre ensino, pesquisa e extensão;

• Compromisso social;

• Comprometimento com a qualidade;

• Gestão participativa;

• Profissionalismo e valorização de recursos humanos;

• Universalidade do conhecimento e fomento à interdisciplinaridade

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Prezado (a) Aluno (a),

Seja bem-vindo (a) à FAM – Faculdade de Americana!

Sentimo-nos orgulhosos em tê-lo fazendo parte da história que estamos construindo.

Aluno ingressante, que está dando início a esta fase tão importante, ou você que dá continuidade aos seus estudos, esteja certo de que o seu sonho é parte das nossas metas e que estaremos trabalhando, constantemente, para torná-lo um profissional capaz e um cidadão completo.

Uma equipe empenhada também está à sua disposição para esclarecer quaisquer dúvidas que permaneçam em relação ao curso.

Desejamos a todos bons estudos!

PROF. FLORINDO CORRALDireção GeralFAM I Faculdade de Americana

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SUMÁRIO

Ciência e conhecimento 7

Procedimentos de Estudo 24

Elaboração de Trabalhos Acadêmicos Científicos 38

UNIDADE 1

UNIDADE 2

UNIDADE 3

Estrutura, Forma e Apresentação deTrabalhos Acadêmicos Científicos 88

Princípios Gerais para a Elaboração de Projetos de Pesquisa 120

Normas Técnicas: Citações e Referências 59

UNIDADE 4

UNIDADE 5

UNIDADE 6

Referências 139

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 1

Nesta unidade você estudará:

• A importância do conhecimento em sua vida acadêmica e profissional;

• Os tipos de conhecimento que nos circunda e, em especial, o conhecimento científico;

• A relação entre o conhecimento científico e a metodologia da ciência na vida acadêmica e profissional.

Ao final dessa unidade você deverá ser capaz de responder às seguintes questões:

• O que é conhecimento e como reconhecê-los?

• O que é ciência e qual a sua relação com metodologia científica?

• Qual a importância da metodologia científica e qual a sua utilidade na vida acadêmica e profissional?

Estes questionamentos são importantes nesse momento de sua vida, justamente porque o estudante do ensino superior se volta para ampliar sua visão de mundo, sair do que chamamos de senso comum para construir uma visão mais crítica e reflexiva sobre a sociedade à nossa volta.

Para isso é necessário muito esforço e dedicação e, principalmente, com a busca incessante do conhecimento.

Conteúdos e Habilidades

UNIDADE 1TEMA 1:

CIÊNCIA E CONHECIMENTO

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 1

A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO

Você já parou para pensar sobre tudo o que está a nossa volta? Olhamos ao nosso redor e verificamos o quanto nosso mundo está repleto de tecnologias, como é o caso do computador, da energia elétrica, dos veículos que nos auxiliam a nos locomover.

Também verificamos que na faculdade nos deparamos com diversas disciplinas ao longo do semestre e do curso, que nos propõe conteúdos que tentamos nos apropriar. Mas, como esses conteúdos foram produzidos? Quem os produziu? Por que e para que tanto conhecimento?

Pois é, o conhecimento se manifesta em nosso cotidiano tão naturalmente, que nós nem nos damos conta de tamanha a sua grandeza.

Vejamos um exemplo: minha avó costumava ir para o quintal e lá ela apanhava um bocado de plantas e fazia um chá. Sua experiência de vida, os ensinamentos que ela aprendeu com sua mãe e avó, diziam a ela que aquelas plantas faziam bem para a saúde, curavam os resfriados, a dor de estômago etc.

Meu primo se formou farmacêutico e, observando minha avó, resolveu se apropriar de suas “receitas” de chá. Levou as plantas para o laboratório, analisou-as minuciosamente, verificou suas propriedades, anotou seus experimentos e elaborou um xarope. Patenteou sua experiência e passou a comercializar o produto industrializado.

O que podemos perceber nesse exemplo é que o meu primo, para produzir um remédio, aplicou um conhecimento científico, apropriado e aprimorado a partir de seus estudos farmacêuticos. Após comprovar a eficácia do xarope, por meio de métodos sistemáticos, ele pode fazer uso comercial do produto. Antes disso, a experiência da minha avó, embora já tivesse curado diversas doenças na família, não havia passado por métodos criteriosos de análise e, portanto, não era válida a sua comprovação.

Desse exemplo podemos concluir que ambos os conhecimentos são aceitáveis socialmente. Segundo Lakatos e Marconi (2007), o que diferencia o conhecimento popular do conhecimento científico é a maneira, a forma, o método e os instrumentos do “conhecer”.

Os principais fatores para que o conhecimento ocorra são a curiosidade e a necessidade, ou seja, o conhecimento se dá quando ocorre um certo encantamento no ser humano ao contemplar a natureza, o universo, as coisas ou os fatos que os cercam ou quando a necessidade o obriga a buscar coisas novas.

Leitura Obrigatória

Fonte: Freepik.com

“O que diferencia o conhecimento popular do conhecimento científico é a maneira, a forma, o método e os instrumentos do ‘conhecer’”. Lakatos e Marconi (2007)

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 1

Ao longo da vida podemos utilizar nossas próprias experiências para produzir novos conhecimentos, utilizarmos de conhecimentos já existentes ou questionar conhecimentos já produzidos, levando-nos a revisões e novas descobertas.

Vejamos como o homem produz conhecimento....

TIPOS DE CONHECIMENTO

No nosso cotidiano convivemos com vários tipos de conhecimento ao mesmo tempo. “São formas por meio das quais o ser humano vê – ou interpreta – a realidade, formas de que ele lança mão contínua e ininterruptamente como manifestação da própria vida” (VIEGAS, 2007, p. 23).

Destacamos quatro tipos de conhecer: o conhecimento empírico (popular ou senso comum), o conhecimento mítico e religioso (ou teológico), o conhecimento filosófico e o conhecimento científico.

a) Conhecimento empírico

Segundo Cervo; Bervian e Da Silva (2007, p. 6) chamamos o conhecimento empírico erroneamente de vulgar, popular ou senso comum. Esse tipo de conhecimento é adquirido pela pessoa ao longo de sua vida, na relação com o mundo que a cerca. São as crenças e tradições, opiniões formadas a partir da experimentação, das experiências de vida. Surge do “ouvi falar”, pela observação do homem sobre o meio ambiente ou social.

As características desse tipo de conhecimento é que não precisa de explicação lógica, percebe-se no contato cotidiano, ou seja, é superficial (não se aprofunda nas observações), assistemático (não tem um sistema de normas e regras anotadas que podem ser verificadas); acrítico (não questionado); inexato (impreciso e vago) e não está sujeito à comprovação, pois conforma-se com aquilo que se ouviu dizer.

Podemos citar vários exemplos e, certamente, você terá outros para se lembrar. Na minha infância, sempre ouvi dizer que pasta de dente era bom para curar queimaduras; que “Deus ajuda quem cedo madruga” ou “Filho de peixe, peixinho é”!

Fonte: Freepik.com

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 1

b) Conhecimento mítico e religioso (ou teológico)

O conhecimento mítico baseia-se em narrativas e ritos tradicionais, integradas à vida de um povo, principalmente entre as sociedades antigas. Normalmente se utilizam elementos simbólicos para explicar a realidade e dar sentido à vida humana.

Já o conhecimento religioso se assemelha ao mítico quando se trata da crença no sobrenatural, em um “poder superior inteligente”. A diferença está na crença, que se dá por meio de verdades reveladas pela fé. Não é preciso demonstrar, questionar nem comprovar, acredita-se e pronto! De acordo com Máttar Neto (2002, p.3), “as ‘verdades” religiosas estão registradas em livros sagrados ou são reveladas pelos deuses (ou seres espirituais) por meio de alguns iluminados, santos ou profetas”.

São características desses conhecimentos: é valorativo, porque julga o que é certo e o que é errado, o que é bom e o que é mau; é inspiracional e infalível, mas também é sistemático, uma vez que explica o surgimento de tudo de forma ordenada, com princípio, meio e fim.

Observe um exemplo de conhecimento mítico:

E agora, um exemplo de conhecimento religioso:

No princípio só havia Mavutsinim, que vivia sozinho na região do Morená.

Não tendo família nem parentes, possuía apenas para si o paraíso inteiro.

Um dia sentiu-se muito, muito só. Usou então seus poderes sobrenaturais,

transformando uma concha da lagoa em uma linda mulher e casou-se com ela.

Tempos depois, nasceu seu filho. Mavutsinim, sem nada explicar, levou

a criança à mata, de onde não mais retornaram. A mãe, desconsolada,

voltou para a lagoa, transformando-se novamente em concha.

Apesar de ninguém ter visto a criança, os índios acreditam que do

filho de Mavutsinim tenham se originado todos os povos indígenas.

Foi também Mavutsinim quem criou, de um tronco de árvore, a mãe dos gêmeos

Sol- Kuát e Lua-Iaê, responsáveis por vários acontecimentos importantes na

vida dos xinguanos, antes de se tornarem astros. (RODRÍGUEZ, 2004, p.12)

Deus, colocando Abraão à prova, havia pedido a ele em sacrifício, seu

filho Isaac. Pede a ele que leve seu filho à terra de Moriá e o ofereça ali.

Abraão muito triste, porém, solícito, prontamente se preparou

para atender. Mas Deus, através de um anjo não deixou que ele

sacrificasse Isaac e, como recompensa, lhe diz: “...já que agiste

deste modo e não me recusaste teu filho, eu te abençoarei e

tornarei tua descendência tão numerosa como as estrelas do

céu e como as areias da praia do mar...”. (Gênesis. 22,16-17)

O conhecimento surge da reflexão e não da experimentação e por isso não é verificável, isto porque a base de análise da filosofia são as ideias, os conceitos e as dúvidas, que não podem ser materializadas e não são passíveis de comprovação. É valorativo, ou seja, julga o que é certo ou o que é errado, por meio do pensamento e da reflexão e é altamente racional.

Cópia da Bíblia de GuttenbergFonte: Wikipedia

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 1

c) Conhecimento filosófico

O saber filosófico aponta, desde a Grécia Antiga, para uma busca do uso metódico da razão, da investigação racional que pode ser desenvolvida pelo homem.

Para os filósofos, o conhecimento surge da reflexão e não da experimentação e por isso não é verificável, isto porque a base de análise da filosofia são as ideias, os conceitos e as dúvidas, que não podem ser materializadas e não são passíveis de comprovação. É valorativo, ou seja, julga o que é certo ou o que é errado, por meio do pensamento e da reflexão e é altamente racional.

Podemos dizer que a Filosofia é a mãe da ciência, porque já traz os fundamentos da racionalidade, mas aos poucos separaram-se os métodos e as formas de pensar, que se tornaram especializadas e independentes.

Antigamente, os filósofos questionavam sobre a ética, a moral, o universo. Hoje, formulam novas questões: É possível construir robôs que disponham de uma inteligência artificial tão boa como a humana? Como construir uma sociedade justa e pacífica? A eutanásia é um crime ou um direito à morte digna?

d) Conhecimento científico

O conhecimento científico, assim como o filosófico, advém da tentativa de explicar um fenômeno por meio da razão. A diferença está na experimentação, na necessidade de verificação e na comprovação dos fatos pesquisados.

Na ciência busca-se os métodos mais adequados de pesquisa para o estudo desejado, que deve ser justificado e é sempre passível de revisão.

Máttar Neto (2002, p. 4) aponta que na ciência ocorre um movimento circular, ou seja, o cientista parte da observação de uma realidade até atingir a abstração teórica, retorna à realidade e volta-se novamente à abstração, num fluxo constante entre experiência prática e teórica.

A diferença entre o cientista e o filósofo é, portanto, fácil de

perceber. O cientista se fixa sobre o objeto sem olhar a maneira

com que o atinge. [...] O filósofo centraliza sua atenção sobre o

sujeito que conhece e sobre as atividades do espírito, acionadas

para apreender seu objeto. Do cientista ao filósofo é completamente

diferente a atitude do espírito. A Filosofia é uma reflexão do espírito

sobre o trabalho do espírito. A ciência é uma flexão sobre o objeto

sobre o qual ele se debruça. (CHARBONNEAU, 1986, p. 15-16)

Aristóteles e Platão na Escola de Atenas, Afresco de Rafael Sanzio

Fonte: Wikipedia

O conhecimento científico, assim como o filosófico, advém da tentativa de explicar um fenômeno por meio da razão. A diferença está na experimentação, na necessidade de verificação e na comprovação dos fatos pesquisados.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 1

O Conhecimento científico lida com fatos, com a realidade; busca a verdade, mesmo que essa verdade possa ser questionada. É passível de ser verificado, podendo ter seus dados confirmados ou negados; é ordenado de forma lógica para formar um sistema de ideias (teoria). Por outro lado, pode apresentar falhas que serão revistas e corrigidas e também pode ser alterado após novas descobertas, tornando-o quase exato, já que novas proposições e desenvolvimentos tecnológicos podem reformular a teoria.

Recentemente, as descobertas científicas intensificaram as discussões de ordem religiosa e ética: a inseminação artificial, a invenção da dinamite e da bomba atômica, as viagens interplanetárias, a guerra bacteriológica, o transplante de coração, a pílula contraceptiva e abortiva, a clonagem de animais etc. A ciência hoje é entendida como uma busca constante de explicações e soluções, de revisão e reavaliação de seus resultados, ou seja, é um processo em construção, em permanente elaboração.

Mas será que a ciência hoje é capaz de solucionar todos os problemas do homem?

Concluindo, percebemos acima que as formas de conhecer variam de acordo com o momento histórico, mas são formas de entender o mundo, que convivem conjuntamente no nosso cotidiano.

Algumas pessoas pensam que conhecimento é para poucos, que estudaram muito, que viajaram e fizeram muitos cursos. Nada disso! O conhecimento é muito mais que escolarização e cultura, é o que leva o ser humano a ser o que é, apropriando-se do seu meio de acordo com suas necessidades. Um indígena que desconhece a escrita, um analfabeto que não domina o uso de um computador, grupos que vivem em regiões distantes do mundo, todos possuem a mesma característica: têm o seu conhecimento, sobrevivem.

O conhecimento é muito mais que escolarização e cultura, é o que leva o ser humano a ser o que é, apropriando-se do seu meio de acordo com suas necessidades.

Galileo ante o Santo Ofício, de Cristiano Bante, 1857.Fonte: Wikipedia

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 1

Então, não podemos dizer que um conhecimento é maior ou menor, mais ou menos importante, todos fazem parte de nossa história de vida.

Porém, ao pesquisar a cura do câncer ou uma vacina para a dengue, ao aprimorar um robô para que um médico possa operar a partir de câmeras minúsculas inseridas nas veias do paciente ou, ainda, ao escrever um texto para a faculdade, o estudante deve utilizar o conhecimento científico, já que no ensino superior estamos nos apropriando de ciência.

Para desenvolver uma pesquisa acadêmica, o estudante deve seguir algumas normas, ou seja, pesquisar em livros, revistas, catálogos, livretos, internet o que existe sobre o tema. O trabalho deve ser escrito de forma correta, baseado na realidade, na leitura, sem inventar dados, sem “achismos” (eu acho que). As conclusões devem ser comprovadas por meio de provas e, sempre deve-se seguir as normas da ABNT, que conheceremos ao longo do semestre.

CONVERSANDO SOBRE CIÊNCIA

Para iniciar nossa conversa sobre ciência e conhecimento, propomos que responda à seguinte pergunta:

Você conhece algum cientista? Descreva-o.

Normalmente acreditamos que nunca tivemos a oportunidade de conhecer um cientista pessoalmente, poucos têm esse privilégio. Habitualmente, quando falamos em ciência ou nos referimos aos cientistas ou pesquisadores, o que nos vem à mente são as imagens dos “cientistas malucos” dos filmes de ficção. Quem não se lembra do Dr. Emmett, o amalucado cientista protagonizado pelo ator Christopher Lloyd, em “De volta para o futuro” (1985)? Ou quem não se lembrou de Albert Einstein ou do Físico Stephen Hawking, o cientista físico tetraplégico que se comunica com o mundo através de se comunica com o mundo por meio de um dispositivo eletrônico de última geração, controlado pelos músculos do rosto e tenta explicar a física ao grande público.

Bem, talvez carregamos uma imagem de um cientista que muitas vezes se parece com a imagem reproduzida abaixo:

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 1

É assim que entendemos um cientista, não é mesmo? Parece que fazer ciência e pesquisar são para poucos iluminados, que vão descobrir algo novo, uma vacina, uma máquina ou uma tecnologia que mudará o rumo da humanidade... Não. Fazer ciência, pesquisar, construir conhecimentos é uma conquista que está ao alcance de todos nós.

Inicialmente é preciso desconstruir essa ideia de cientista que temos na cabeça: de alguém muito inteligente, que trabalha com pesquisa de ponta, em laboratório, anota tudo o que vê, não gosta de pessoas. Esta figura é inatingível e, ainda, escreve tão bem....

Você já percebeu que nesse momento da sua vida acadêmica, você já é um “aprendiz” de cientista?

a) A postura científica

Mesmo depois que verificamos que há diferentes formas de conhecer, de se posicionar e entender o mundo, é necessário entender que para se fazer ciência é preciso adquirir uma postura científica.

Toda postura ou atitude deve ser cultivada, por isso que fazer ciência não é privilégio de poucos, mas é aprendida e desenvolvida a partir de critérios e “maneiras de fazer”.

Fonte: Pedro Miguel do Nascimento Veliça. Disponível em: <http://anatomias.mediasmile.net/anatomias.htm>.

Acesso em: 13.abr.2014

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 1

Apontamos algumas características dessa atitude perante a ciência:

- Criticidade: criticar é julgar, distinguir, discernir, analisar para que se possa avaliar todos os elementos em foco e tomar uma decisão. Crítica não significa julgamento sem comprovação, pelo contrário, só se admite a verdade quando há evidências, provas.

- Objetividade: condição básica da ciência, porque devemos deixar de lado nossas formas de pensar, presas a concepções do cotidiano, e estabelecer uma relação impessoal com o objeto de pesquisa. Ser objetivo é fugir do “eu acho”, “eu creio”, “eu penso”. Qualquer um pode repetir a experiência e comprovar os resultados, independente de subjetividades.

- Racionalidade: buscar as razões e soluções para o problema pautadas nas ações intelectuais.

No trabalho do cientista deve estar presente a observação aguçada, a precisão e a clareza, a adoção de critérios rígidos para a comprovação dos dados estudados. No entanto, o cientista deve cultivar uma atitude de humildade e reconhecer as suas limitações, das incertezas.

Portanto, agir de forma científica é, antes de mais nada, assumir a atitude de honestidade, evitando o plágio; é ser corajoso para enfrentar os obstáculos e perseguir a verdade dos fatos que investiga e a liberdade de investigar, de maneira ética e profissional.

b) A divisão das ciências

As ciências podem ser classificadas em dois grupos: factuais e formais.

Veja o quadro a seguir:

A postura científica é, antes de tudo, uma atitude ou disposição subjetiva

do pesquisador que busca soluções sérias, com métodos adequados

para o problema que enfrenta. Essa postura não é inata na pessoa; ao

contrário, é forjada ao longo da vida, à custa de muito esforço e de uma

série de exercícios. Ela pode e deve ser aprendida.

A postura científica, na prática, é expressão de uma consciência crítica,

objetiva e racional (CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2007, p. 13).

No trabalho do cientista deve estar presente a observação aguçada, a precisão e a clareza, a adoção de critérios rígidos para a comprovação dos dados estudados.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 1

c) O método científico

Na ciência, o método é o caminho organizado e sistemático, utilizado para se atingir um fim, o resultado desejado. Ou melhor, o método representa os passos que serão dados na busca de um conhecimento.

É importante ainda destacar que há uma diferença entre método e técnica. Enquanto o método estabelece, de maneira geral, “o que fazer”, a corresponde à forma de executar, nos dá “o como fazer”.

Pense que hoje é seu aniversário e você irá preparar um bolo para seus convidados. Inicialmente, para alcançar o seu objetivo (bolo), você precisará de uma receita (método / estratégia). Você verificará se possui todos os ingredientes e, após coloca-los todos em cima da mesa, seguirá cada passo da receita, quer dizer, colocará os ingredientes na ordem estabelecida, no modo indicado de fazer, observará a temperatura do forno e o tempo necessário para assar. Isto é técnica (tática). Entendeu?

Fonte: Própria Autoria

O caminho que a ciência segue é o da dúvida. Toda investigação nasce de algum problema que se deseja observar, entender. Seleciona-se o que se deseja, delimita-se o campo de análise.

Daí o conjunto de processos ou etapas de que se serve o método

científico, tais como a observação e a coleta de todos os dados

possíveis, a hipótese que procura explicar provisoriamente todas as

observações de maneira simples e viável, a experimentação que dá ao

método científico também o nome de método experimental, a indução

da lei que fornece a explicação ou o resultado de todo o trabalho de

investigação e a teoria que insere o assunto tratado em um contexto

mais amplo.

(CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2007, p. 29)

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 1

Vejamos, então, o esquema a seguir:

d) Paradigma

Depois de tudo o que explanamos sobre ciência, algumas questões ainda se colocam na atualidade: a verdade não é eterna! A ciência não é a única forma de entender o mundo a nossa volta, mas comumente nos vemos tratando desse tipo de conhecimento como aquele que detém “A” verdade.

Entretanto, a verdade é algo relativo ao seu tempo, passageira, pois é aceita durante algum tempo e depois dá espaço a outras verdades. Lembra-se do período denominado Idade Média? Trata-se de um período bastante significativo na história do mundo ocidental, em que toda a “verdade” se concentrava nas mãos da igreja católica. Em nome dessa “verdade”, muitos estudiosos e pensadores que não a aceitava eram considerados hereges e morriam queimados na fogueira.

O filósofo Thomas Kuhn (2010), acredita que as mudanças ocorrem de tempo em tempo e o progresso acontece mediante saltos. A revolução científica acontece mediante a crise que se estabelece, os padrões de conhecimento se modificam e altera-se a forma de entender o mundo.

Segundo Kuhn (2010): “toda ciência repousa sobre um conjunto de teorias e pressupostos conceituais, metodológicos e metafísicos, que se incorporam dentro de um todo, que lhe serve de modelo ou padrão, chamado paradigma”.

Na atualidade presenciamos um novo paradigma: tudo o que a ciência moderna construiu quase levou a destruição da vida na Terra e gerou a exclusão, a desigualdade, a exploração e a dominação por parte daqueles que, de certa forma, detém o conhecimento científico (COSTA; TONELO, 2012).

E, então, a mudança de paradigmas pressupõe aceitar novas ideias, entender o mundo de outra forma, significa mudar de atitude, correr riscos, aceitar o desconhecido.

Fonte: BARROS, Legfeld. 2007

Para entender melhor esse assunto, sugerimos que você assista ao vídeo: Ciência e Método.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=oaMubfIbSPE

Thomas KuhnFonte: Wikipedia

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 1

De acordo com Costa e Tonelo (2012):

E você, está preparado para aceitar novas ideias? Qual é a sua postura diante do novo?

CONSIDERAÇÕES SOBRE A METODOLOGIA CIENTÍFICA

Depois de tudo o que apresentamos sobre o conhecimento, as formas de conhecer e a importância da ciência na sua vida, dá para entender por que a disciplina Metodologia da Ciência acontece nessa etapa de sua formação acadêmica?

A disciplina Metodologia da Ciência (ou metodologia científica, como é também chamada) tem o principal objetivo de levar os alunos a conhecerem as normas estabelecidas pela ciência. Todos nós somos cientistas, basta seguir as regras contidas no método científico.

Metodologia da Ciência é uma disciplina teórica e prática, que estuda “os caminhos do saber”, uma vez que:

Método = caminho;

Logia = estudo;

Ciência = saber.

A Metodologia da Ciência é a disciplina que o preparará para o auto aprendizado, no qual você é o sujeito do processo, aquele que faz o seu caminho, aprendendo a pesquisar e a divulgar os resultados obtidos por você.

O conhecimento, no paradigma pós-moderno, passa a não ser visto

mais como especializado e a busca por um conhecimento total,

porém ao mesmo tempo local, é uma das suas características.

Ele valoriza, sobretudo, o critério e a imaginação pessoal do

cientista e processos de fusão de estilos. A transdisciplinaridade

dá lugar à dualidade entre ciências sociais e ciências naturais.

Paradigma é um termo com origem no grego “paradeigma” que significa modelo, padrão. No sentido lato corresponde a algo que vai servir de modelo ou exemplo a ser seguido em determinada situação. São as normas orientadoras de um grupo que estabelecem limites e que determinam como um indivíduo deve agir dentro desses limites.

Saiba Mais

Os textos científicos são importantes porque contribuem para novas pesquisas sobre um assunto desconhecido ou mesmo para refletir ou aprofundar um tema de interesse pessoal; serve para provocar mudanças ou melhorar um procedimento nas empresas, por exemplo. Serve ainda para buscar novas soluções para velhos problemas.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 1

Enfim, a metodologia científica procurará levar você a refletir sobre o saber universitário e, além disso, levá-lo a produzir esse saber. Para que a pesquisa científica aconteça, é necessário agir metodologicamente, ou seja, dentro de métodos e normas próprios. Para que os textos produzidos sejam considerados “científicos”, é necessário aprender a pensar, a refletir e assumir uma postura crítica diante dos textos que lê e da realidade que o envolve.

Ao escrever um trabalho para o professor, ao elaborar o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) ou o Relatório de Estágio no final da graduação, ao elaborar uma monografia (em um curso de especialização), uma dissertação de mestrado ou uma tese de doutorado, estamos fazendo ciência e, portanto, sendo cientistas.

Para que um texto seja considerado “científico”, seu autor deve seguir determinadas regras, tais como cuidar da redação de acordo com a norma culta; atentar-se para a estruturação do trabalho no que se refere ao conteúdo (início, meio e fim, objetividade, clareza, resultados comprovados etc.) e, ainda, observar as regras para a apresentação do mesmo. O autor deve seguir determinadas normas, que vão desde o tamanho da fonte, a distância entre as linhas, o tamanho do parágrafo até o modo de apresentar ao leitor o resultado de sua pesquisa. Esse conjunto de normas é elaborado pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas e são essas normas que devemos conhecer e aplicar para que nosso trabalho seja aceito.

Fonte: Freepik.com

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 2

Nesta unidade você aprenderá sobre:

• A importância de estudar;

• Alguns procedimentos de estudo;

• A organização do estudo.

Ao final dessa unidade você deverá ser capaz de responder às seguintes questões:

• Por que é necessário preparar-me para estudar?

• Que técnicas de estudo eu posso utilizar na minha rotina diária?

• Como posso me organizar para aproveitar melhor os meus estudos?

Vamos começar a estudar!

CONTEXTUALIZANDO....

Inicialmente sugerimos que você se dedique um pouco a pensar sobre seus hábitos de estudo. Quando os estudantes adquirem atitudes positivas para o estudo, é muito mais fácil obter sucesso na vida acadêmica.

Abaixo, você encontrará um teste que o auxiliará a identificar o seu perfil de estudante. Não se trata de um teste rigoroso e científico, apenas uma maneira de verificar como o estudo se relaciona com o seu cotidiano (ESTANQUEIRO, p. 7-8).

Conteúdos e Habilidades

UNIDADE 2TEMA 2:

PROCEDMINENTOS DE ESTUDOS

Leitura Obrigatória

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 2

Procure responder com senso de realidade, ou seja, atentando-se ao seu real hábito de estudo. Para responder ao teste, basta assinalar um X nas alternativas que correspondem ao Sim ou ao Não.

Para saber o resultado do seu teste, dê um ponto a cada resposta SIM às perguntas números 2, 3, 7, 9, 11, 12, 14, 15, 17, 18 e 19. Dê, igualmente, um ponto a cada resposta NÃO às perguntas números 1, 4, 5, 6, 8, 10, 13, 16 e 20.

Some, em seguida, o conjunto desses pontos.

• Se obteve menos de 7 pontos, você pertence ao grupo dos estudantes em risco de insucesso. Precisa (re)aprender a estudar.

• Se obteve entre 7 e 13 pontos, você pertence à categoria dos estudantes que, em regra, conseguem alcançar classificações positivas. Mas, se ambiciona ir mais longe, tem ainda muito a modificar nos seus hábitos de trabalho.

• Se obteve mais de 13 pontos, você está no bom caminho. Continue a aperfeiçoar-se. É sempre possível fazer melhor.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 2

Agora, exercite: Após responder aos itens propostos, realize uma autoavaliação, e procure descrever os pontos que você identificou como fortes nesse momento e aqueles que você considera que precisam de mais atenção daqui para frente, para que seu processo de aprendizagem se torne mais adequado na graduação.

Esse exercício é fundamental para a elaboração da tarefa final da unidade. Anote em seu caderno e não se esqueça de justificar suas escolhas.

PROCEDIMENTOS DE ESTUDO

Quando o estudante se depara com a vida acadêmica, apesar de certamente ser resultado das escolhas que se faz, percebe que ocorreu um acúmulo de tarefas além daquelas que habitualmente já concentra. Trata-se de um estudante que optou por dar continuidade aos estudos no período noturno, após uma longa jornada de trabalho e que, certamente, não se finalizará no término das aulas. Tal atitude significa assumir mais uma tarefa no seu cotidiano, conciliando trabalho, escola, vida pessoal, lazer, dentre outras tantas atividades da vida moderna...

Por outro lado, os estudantes também trazem hábitos consolidados anteriormente, tais como a inexistência de hábitos de estudo que favoreçam a aprendizagem, atitudes negativas diante do estudo, desmotivação para atividades escolares e o pouco tempo de dedicação para os estudos cotidianos. Muitas vezes, o cansaço e o tempo escasso fazem com que tarefas e atividades de preparação para a prova de avaliação, por exemplo, sejam deixadas para último plano, à véspera.

Todos esses questionamentos são importantes para você refletir sobre o valor desse momento na sua vida e a importância de se dedicar àquilo que se deseja: uma profissão.

Para se ter êxito nos estudos é necessário planejamento e organização. Estudar significa trabalho, autodisciplina e concentração. Para garantir o tempo necessário de dedicação aos estudos, além da sala de aula, e garantir uma aprendizagem significativa, você encontrará um conjunto de iniciativas que contribuam para garantir qualidade e eficácia no método de estudo.

REFLITAApós a realização do teste, como você se encontra diante do estudo? Você possui algum método de estudo?

Fonte: Freepik.com

Para se ter êxito nos estudos é necessário planejamento e organização.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 2

1. Lugar para estudar: não ter um lugar fixo para estudar; estudar em uma mesa, que também é usada para outras atividades; estudar em dois ou três lugares diferentes compromete a concentração necessária para a aprendizagem eficaz. O ideal é que você encontre um local apenas para o estudo, mas se não for possível procure um “canto” onde possa guardar seu material de forma organizada e imagine estratégias que possam melhorar as condições reais.

• Esforce-se por ter um local de estudo calmo, arrumado e confortável;

• Elabore um horário pessoal que o ajude a estudar com regularidade;

• Arranje o seu “canto” para estudo.

• Evite tudo o que pode servir de distração (TV, rádio, jogos de computador etc.)

• Procure não deixar que outras pessoas o interrompam (coloque um aviso na porta, por exemplo).

2. Planejamento do tempo: é importante reservar um tempo para o estudo, que não seja a sala de aula. Para isso é necessário elaborar uma lista de prioridades, e não se deixar entrar em competição o horário de estudo com o horário de atividades mais interessantes que o farão desistir, tais como atividades desportivas, sociais, etc. O ideal é uma dedicação de 10 horas semanais ao estudo; no entanto, um estudante com metas ambiciosas terá sempre que se dedicar mais aos estudos do que a outras ocupações.

• Elabore e distribua seu tempo por escrito; monitore sua agenda;

• Elabore um horário pessoal que o ajude a estudar com regularidade;

• Destine um horário diário para o trabalho de pesquisa e aprendizado;

• Estabeleça uma escala de prioridades.

3. Esquema de estudo: quando o estudante não se prepara para o estudo, não tem ideia de qual hora ou período do dia é o melhor para estudar; alguns dias estuda muito e em outros não estuda nada; estuda em várias horas do dia e por períodos variados.

• Divida atividades essenciais de atividades não essenciais.

• Organize seu material e instrumental adequado.

REFLITAQuais são as suas metas? Quais as suas prioridades? Quanto tempo separa para os seus estudos? Você possui um lugar para estudar?

Estudar significa trabalho, autodisciplina e concentração.

Para aprofundar o conhecimento sobre a importância do estudo em sua vida, sugerimos que acesse o link abaixo. Trata-se de um material multimídia que explora o conceito de hipertexto, ou seja, trabalha com informações que utilizam textos, imagens, animação, som etc. que possibilita que você escolha caminhos para construir seu próprio conhecimento.Aprender a estudar é bem parecido com esse formato, pois leva você a uma construção ativa e interativa de seu conhecimento, pois muitas vezes, ao estudar você se utiliza de vários recursos e nem percebe que seu estudo rendeu. Experimente!

Acesse o link: Aprendendo a estudar. Disponível em: http://www.unifesp.br/centros/cedess/CD-Rom/index.htm#

Saiba Mais

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 2

ORGANIZAÇÃO PARA O ESTUDO

Segundo Severino (2000, p. 30), os universitários brasileiros dispõem de pouco tempo para se dedicar aos estudos, o que exige uma organização sistemática do tempo, ordenando prioridades, estabelecendo normas e rigor no cumprimento das etapas estabelecidas.

É fato que o ensino nas escolas brasileiras prioriza as atividades desenvolvidas na sala de aula, e o perfil do estudante trabalhador noturno reforça essa prática, uma vez que o estudo é mais uma atividade assumida ao longo do dia. Entretanto, aprender não se resume à aula, mas essa pode se transformar em um momento significativo de aprendizagem, se for bem aproveitada e explorada ao máximo pelo aluno.

Veja algumas dicas para se preparar e participar das aulas, de acordo com Antônio Joaquim Severino (1991, p. 13-22):

1) Preparação para as aulas

• Releia as anotações da aula anterior;

• Estude a matéria programada para a aula seguinte, ou seja, o capítulo ou texto que será apresentado e discutido na aula;

• Busque outras informações sobre o assunto da próxima aula em diversas fontes de pesquisa.

2) Participação das aulas

• Solicite ao professor esclarecimentos sobre questões da aula anterior, se ainda persistirem dúvidas que surgiram após a revisão do conteúdo da aula;

• Siga a exposição da matéria da aula, solicitando ao professor esclarecimentos quando não tiver clareza do conteúdo.

• Aguarde o momento oportuno para interferir na aula e procure trazer contribuições para os colegas, colhidas por meio do estudo feito anteriormente;

• Nas atividades desenvolvidas na sala de aula, procure intervir debatendo os assuntos e participando efetivamente das discussões;

• Tome nota das ideias e fatos importantes que surgem durante a aula.

3) Revisão da aula

• Passe suas anotações para um fichário de apontamentos – físico ou virtual, complete com dados novos encontrados em outras fontes de pesquisa;

• Faça exercícios correspondentes às várias disciplinas, pedidos ou não pelo professor;

• Faça tarefas específicas solicitadas pelo professor: fichamentos, pesquisas, listas de exercícios etc.

A aula caracteriza-se como “[...] toda situação didática na qual se põem objetivos, conhecimentos, problemas, desafios, com fins instrutivos e formativos, que incitam as crianças e jovens a aprender”.(LIBÂNEO, 2013, p. 196).

REFLITAA sala de aula universitária deve ser entendida como espaço para dúvida, para leitura, elaboração e interpretação de textos, música, vídeos, filmes, arte, cultura, ciência.A sala de aula universitária deve servir para realizar suas tarefas básicas de pesquisa, de ensino e de extensão, precisa da leitura e da escrita como instrumentos fundamentais de atuação. Lugar de tempo e espaço de aprendizagem dos sujeitos do processo de aprendizagem. Professor e alunos – juntos, realizam uma série de interações:

• Discutir e debater;• Consultar e pesquisar;• Solucionar dúvidas;• Orientar trabalhos de investigação e pesquisa;• Oficinas e trabalhos de campo;• Projetos;• Elaboração científica dos resultados dos projetos;• Interferência no meio social, provocando mudanças

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 2

Observe abaixo o esquema que Severino elaborou para visualizar a importância da disciplina para o estudo:

Na Faculdade de Americana você conta com o apoio do portal acadêmico, que oferece um meio de comunicação entre você e o professor. Em “Plano de ensino/aulas” você encontrará todas as informações necessárias para o bom andamento das disciplinas do semestre. O plano de aula está interligado ao plano de ensino e oferece as diretrizes gerais para aquela aula específica, bem como é o espaço onde o professor deixará o material de aula (textos, vídeos, links) para você acessar e preparar-se com antecedência.O professor posta o Plano de Ensino da disciplina - que é validado pelo coordenador no início do semestre - e os Planos de Aulas que são postados com uma semana de antecedência.

Saiba MaisVocê Sabia?

A Faculdade de Americana tem como princípio metodológico:

• O desenvolvimento dos programas de aprendizagem articulando teoria e prática;

• A ação educativa centrada na participação e envolvimento efetivo do estudante em todas as etapas da formação;

• O desenvolvimento de atividades teórico-práticas mediadas pelo emprego de tecnologias modernas.

Ou seja, a FAM prioriza uma pedagogia voltada para a aprendizagem através da atividade, pois quando o estudante toma uma atitude passiva diante do conhecimento (ver/ ouvir), pouco é retido, enquanto que se a aprendizagem se coloca de forma ativa (fazer), a retenção do conhecimento é bem maior. Como exemplo, pode-se citar as Atividades Práticas Supervisionadas, que correspondem a 25% da carga horária da disciplina. São horas de trabalho extra-classe, abordando assuntos relacionados aos conteúdos ministrados em sala de aula, porém objetivam a relação teoria-prática e o exercício analítico e crítico.

Fluxograma da Vida de Estudo.Fonte: Severino, 2000. Pagina 31. Adaptado

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 2

Concluindo, a organização pessoal e material refletirá no bom hábito de estudar. Para isso, é fundamental a gestão do tempo de estudo, observando as horas mais rentáveis, que deverão ser dedicadas ao trabalho mais difícil, e estabelecer metas quanto a duração do trabalho e prever pausas. A regra é dez minutos de intervalo para cada hora de estudo, ou pode ser também mudar para uma outra disciplina, intercalando as tarefas. Devem ser evitadas, porém, atividades que o carreguem para fora do esforço concentrado de estudo, como ver televisão por exemplo.

Leia o artigo: Aprender a estudar: um guia para o sucesso na escola. António Estanqueiro. 7.ed. Lisboa: Texto Editores, p. 7. Disponível em: <http://www.vestibular1.com.br/novidades/aprenda_a_estudar.pdf >. Acesso em: fev.2012. Trata-se de um manual prático de técnicas de estudo, dirigido aos alunos interessados em melhorar seus resultados. É um guia de bons métodos de estudo.

Leia o artigo: Aprendendo a estudar. Sylvia Helena S. da Silva Batista et al. . São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior de Saúde, 1994-2001. Disponível em: <http://www.unifesp.br/centros/cedess/CD-Rom/index.htm# >. Acesso em: 10.set.2014

Leia o Capítulo: A organização da vida de estudos na universidade, da página 23 a 33 do livro Metodologia do trabalho científico. Antônio Joaquim Severino. 21.ed. rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 2000. Esta é uma obra clássica e fundamental para o desenvolvimento da disciplina para o estudo acadêmico.

Assista ao vídeo: O desorganizado. Disponível em: <http://youtu.be/LdvnHogmomw>. Acesso em: 10.set.2014. Um vídeo curto que mostra a rotina de uma pessoa que não planeja seu dia.

Assista ao vídeo: Como montar um horário de estudo? Disponível em: <http://youtu.be/DaGgmxiEuEQ>. Trata-se de um vídeo educativo que ensina como você pode criar o hábito de estudar, de forma bem dinâmica. Agora, procure relativizar porque as dicas servem para qualquer nível escolar e também para se preparar para concursos futuramente.

Se você sente muita dificuldade no seu rendimento escolar e percebe que precisa melhorar hábitos de estudos, a ponto de sentir-se prejudicado e desanimado na continuidade dos estudos, saiba que a Faculdade de Americana (FAM) dispõe de um serviço que o apoia no gerenciamento de sua vida acadêmica e profissional. É o Programa de Apoio Psicopedagógico ao Estudante, que você pode procurar espontaneamente ou ser encaminhado pelo coordenador de curso e/ou professores. Lá, você será acolhido, passará por uma triagem e será encaminhado a outros profissionais ou serviços - se necessário - ou poderá frequentar oficinas que atendam às demandas detectadas. Os atendimentos serão realizados por uma psicopedagoga, mas é necessário agendar com antecedência.

Endereço:Serviço Integrado de Atenção (SIA)Av. Unitika, s/n, ao lado da Portaria 1.

Agendamento:Pessoalmente, por telefone ou por e-mail.

Horário de atendimento:Terças e Quintas, das 17:20 às 18:50 h.

Telefone: (19) 3468-1093

E-mail: [email protected]

Saiba Mais

Links Importantes

Vídeos Importantes

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 2

Para sintetizar os conhecimentos propostos nesta unidade, sugere-se a leitura do livro Aprender a Estudar, de António Estanqueiro (disponível no plano de aulas), que traz várias técnicas de estudo para aprimorar a sua rotina.

Abaixo, atente-se para algumas sínteses do livro (perceba que o idioma é o português de Portugal). Vale a pena ler!!

Finalizando

Gestão do tempo (ESTANQUEIRO, p. 13)Estabeleça prioridades.Dê a cada actividade da sua vida o tempo que ela merece.Aproveite as suas horas de maior frescura física e intelectual para «atacar» o trabalho mais difícil.Não prolongue demasiado os períodos de esforço intelectual.Faça pequenos intervalos de descanso.Evite estudar duas disciplinas de conteúdos semelhantes, uma a seguir à outra.Esforce-se por ter um local de estudo calmo, arrumado e confortável.Elabore um horário pessoal que o ajude a estudar com regularidade.Escolha ocupações extra-escolares que favoreçam a saúde, o convívio e o contacto com o mundo do trabalho.

Se deseja cultivar uma atitude psicológica favorável à aprendizagem (ESTANQUEIRO, p. 20)Descubra motivos de interesse no trabalho escolar.Utilize a seu favor a força da motivação.Pense no seu futuro.Não estude apenas pelo prazer dos prémios ou pelo medo dos castigos imediatos.Seja autoconfiante. Valorize as suas capacidades, não as suas limitações.Enfrente as dificuldades com «espírito ganhador».Acredite no sucesso.Siga um curso de acordo com os seus interesses e aptidões.Peça conselho para escolher bem.Não se deixe vencer pelos momentos de desânimo. Seja persistente.

Se deseja tirar o máximo proveito das aulas(ESTANQUEIRO, p. 38-9)Seja assíduo e pontual.Leve para a aula o material de trabalho indispensável.Prepare o tema da próxima aula.Escute o professor, com atenção, até ao fim.Descubra as ideias principais de cada lição.Reflicta criticamente sobre aquilo que escuta.Faça perguntas interessadas, concretas e oportunas.Participe nos debates organizados na aula.Tire apontamentos.Registe tudo o que possa contribuir para a compreensão do essencial.Mantenha com o professor uma relação cordial e colaborante.

Se deseja tirar partido das vantagens do trabalho em grupo (ESTANQUEIRO, p. 47)Junte-se a colegas motivados e responsáveis.Defina, com clareza e rigor, os objectivos do trabalho.Cumpra, com lealdade, as tarefas e responsabilidades que lhe forem distribuídas.Seja um líder democrático, sempre que tiver a função de chefia do grupo.Estabeleça, com os seus companheiros, regras mínimas de funcionamento.Cultive boas relações humanas.Evite discussões e agressões.Prefira o diálogo para resolver os conflitos.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 2

Se deseja sair-se bem nas provas de avaliação (escritas ou orais) (ESTANQUEIRO, p. 82)Prepare-se com tempo. Não guarde o estudo para a última hora.Proceda a uma cuidadosa revisão final da matéria, antes de cada prova.Treine-se para dar respostas. Imagine perguntas e resolva testes antigos.Encare as provas com autoconfiança.Pense, antes de responder. Procure sempre captar o sentido exacto da pergunta.Responda, de forma clara e segura. Evite falar daquilo que não domina bem.Seja original, mas não dê opiniões pessoais, se estas não lhe forem pedidas.Assuma as suas responsabilidades perante uma nota negativa ou um «chumbo».Aproveite o aviso das notas baixas para adoptar novos métodos de trabalho.

Um bom estudo começa pela rotina diária e semanal de suas atividadesEssa atividade é fundamental e servirá como exercício preliminar para a elaboração do plano de estudo, que será a atividade final da unidade.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 3

Em qualquer área de conhecimento, o estudo e a aprendizagem só se tornam eficazes quando você cria condições para assimilar de maneira pessoal os conteúdos estudados. A assimilação deve ser qualitativa e seletiva, para que você possa compreender e reter o conhecimento, sendo capaz de construir seu próprio caminho rumo ao conhecimento.

Apresentamos na unidade anterior um fluxograma da vida de estudo (SEVERINO, 2000, p. 3), que explicita a importância da organização do estudo e a gestão do tempo para adquirir boas práticas de estudo. Porém, toda atividade de estudo, enquanto atividade de pesquisa e reflexão, está embasada nas seguintes operações: leitura, documentação e redação.

A leitura é o meio de contato com novas ideias, possibilita a descoberta de novos fatos e conhecimentos. A documentação, ou seja, o registro e guarda de informações colhidas através da leitura, da pesquisa, ou mesmo de anotações pessoais, é fundamental para que se estabeleça a etapa seguinte: a redação. Redigir trabalhos, preparar seminários, elaborar relatórios, escrever o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é resultado de novas elaborações, pois é neste momento que o estudante sintetiza o conhecimento, reelaborado.

Conteúdos e Habilidades

UNIDADE 3

TEMA 3: ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS CIENTÍFICOS

A leitura é o meio de contato com novas ideias, possibilita a descoberta de novos fatos e conhecimentos.

Leitura (1982), de Almeida Junior.Fonte: Wikipedia

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 3

O hábito da leitura e da documentação é fundamental para consolidar o processo de aprendizagem. Importante lembrar que a memória é algo frágil e limitado;, é impossível reter tudo o que se deve para atingir os objetivos do curso que você escolheu.

Cada vez mais é preciso se convencer de que sua aprendizagem é uma tarefa pessoal e a grande dificuldade enfrentada pelos estudantes é justamente encontrar uma maneira eficiente de estudo, e é exatamente o que estaremos propondo nesta unidade.

Nesta unidade você aprenderá sobre:

• A importância da leitura;

• A importância de ler artigos científicos;

• Técnicas de estudo na rotina acadêmica.

Ao final desta unidade você deverá ser capaz de responder às seguintes questões:

• Como posso me organizar para aproveitar melhor os meus estudos?

• Por que preciso ler artigos científicos?

• Que técnicas de estudo eu posso utilizar na minha rotina diária?

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA

A leitura é um elemento decisivo na rotina de estudo, pois ao cursar o ensino superior, você se depara com um mundo novo, repleto de desafios: escrever trabalhos acadêmicos científicos, resenhas, resumos; apresentar seminários em sala de aulas (e também em encontros científicos), palestras ou painéis, ou seja, o universo acadêmico exige o tempo todo a leitura, a interpretação, a escrita, a fala.

Leitura Obrigatória

O hábito da leitura e da documentação é fundamental para consolidar o processo de aprendizagem.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 3

Para escrever bem é necessário saber ler, selecionar o que é importante, entender o que se está lendo, se apropriar do conhecimento e saber expor o assunto estudado. Todo o conhecimento de que se necessita encontra-se em livros ou textos, que podem ajudar nos seus estudos frente aos novos conhecimentos, bem como oferecer subsídios para a elaboração de textos próprios.

É necessário, porém, destacar que todo estudante deve se preocupar com a formação de sua biblioteca pessoal (física ou virtual), selecionando obras importantes na área de conhecimento que escolheu, já que este é o instrumento de trabalho do cientista. Outra dica é, primeiramente, buscar ler obras clássicas, que permitem adquirir fundamentação sólida da área científica em que se está adentrando, e, ainda, pesquisar obras especializadas e atuais; consultar fontes diversas, tais como dicionários especializados, glossários, revistas científicas especializadas, sites confiáveis, entre outras que explicitaremos no decorrer da disciplina.

ARTIGOS CIENTÍFICOS

Os artigos científicos são pequenos estudos completos, que tratam de uma questão científica.

A ABNT NBR 6022:2003 é a norma que estabelece um sistema para a apresentação dos elementos que constituem o artigo em publicação periódica científica impressa.

Segundo a normatização, define-se artigo científico como parte de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas de conhecimento.

É necessário ler muito, continuada e constantemente, pois a maior

parte dos conhecimentos é obtida por intermédio da leitura: ler significa

conhecer, interpretar, decifrar, distinguir os elementos mais importantes

dos secundários e, optando pelos mais representativos e sugestivos,

utilizá-los como fonte de novas ideias e do saber, através dos processos

de busca, assimilação, retenção, crítica, comparação, verificação e

integração do conhecimento. Por esse motivo, havendo disponíveis

muitas fontes para leitura e não sendo todas importantes, impõe-se

uma seleção (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 19)

“O ato de ler é um ato da sensibilidade e da inteligência, decompreensão e de comunhão com o mundo”.Eliana Yunes apud Silvia Segato

Fonte: Freepik.com

Para complementar o estudo desse tema, sugerimos a obra de Antônio Joaquim Severino, Metodologia do Trabalho Científico. Em especial, o capítulo 3 – Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos. Este livro encontra-se disponível na Biblioteca Central da Faculdade.

Saiba Mais

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 3

O artigo pode ser:

• Artigo de revisão: Parte de uma publicação que resume, analisa e discute informações já publicadas.

• Artigo original: Parte de uma publicação que apresenta temas ou abordagens originais.

São publicados em revistas ou periódicos especializados e formam a seção principal deles. Sua estrutura apresenta a mesma estrutura exigida para trabalhos científicos (Fonte: ABNT. NBR 6022:2003). Vejamos:

Publicação periódica científica impressa: um dos tipos de publicações seriadas, que se apresenta sob a forma de revista, boletim, anuário etc., editada em fascículos com designação numérica e/ou cronológica, em intervalos pré-fixados (periodicidade), por tempo indeterminado, com a colaboração, em geral, de diversas pessoas, tratando de assuntos diversos, dentro de uma política editorial definida, e que é objeto de Número Internacional Normalizado (ISSN). ABNT 6022/2003 – 3.18

Saiba Mais

A estrutura de um artigo é constituída de elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.

Elementos pré-textuais

Os elementos pré-textuais são constituídos de:

a) título, e subtítulo (se houver);

b) nome(s) do(s) autor(es);

c) resumo na língua do texto;

d) palavras-chave na língua do texto.

Elementos textuais

Os elementos textuais constituem-se de:

a) introdução;

b) desenvolvimento;

c) conclusão.

Elementos pós-textuais

Os elementos pós-textuais são constituídos de:

a) título, e subtítulo (se houver) em língua estrangeira;

b) resumo em língua estrangeira;

c) palavras-chave em língua estrangeira;

d) nota(s) explicativa(s);

e) referências;

f) glossário;

g) apêndice(s);

h) anexo(s).

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 3

PRINCIPAIS PARTES DE UM ARTIGO CIENTÍFICO

ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

O plágio por meio da internet: uma questão ética presente desde o ensino médio

The plagiarism by means of the internet:an ethical this from school

Cabeçalho: título e subtítulo (possui tamanho de fonte em maior tamanho do que o texto e deve ser lido com cuidado).

Luzia Maristela Cabreira Bonette1

Dilmeire Sant’Anna Ramos Vosgeran2

Autor(res): identificação do(s) pesquisador(res), seguido de indicação de rodapé como indicação de breve currículo.

1 Mestre em educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR - 80215901 - Curitiba - Paraná, Brasil.2 Ph.D. em Educação, Professora de Mestrado da Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR - 80215901 - Curitiba - Paraná, Brasil.

Rodapé:

Credenciais do(s) autor(res) no rodapé do artigo: breve currículo;

Local de atividades: oportunidade de ter o endereço postal e eletrônico do centro de pesquisa onde foi escrito o trabalho.

RESUMO: O artigo apresenta o resultado de um estudo sobre apropriação das informações contidas na Internet pelos alunos do Ensino Médio, em suas pesquisas. Esta preocupação com a situação, no contexto brasileiro, nasceu devido a constatações em pesquisas internacionais, alertando que os alunos estão cada vez mais cedo se especializando na técnica “copiar-colar”. Esse alerta traz a responsabilidade a nós, pesquisadores, em buscar alternativas na tentativa de ajudar professores nessa árdua tarefa de bem utilizar e de se apropriar de informações na rede. A pesquisa contou com duas etapas, nas quais foi aplicado um questionário com questões abertas a 149 alunos do Ensino Médio de uma escola que realiza um trabalho de formação para a pesquisa, pelo desenvolvimento de projetos, paralel às atividades regulares de ensino: em seguida, durante um ano, efetivou-se uma observação participativa das atividades desenvolvidas por alunos e professores. Entre outros resultados, pôde-se constatar que o conteúdo da Internet é um elemento corriqueiro nos trabalhos feitos pelos alunos e que a questão ética sobre a apropriação das informações não pe totalmente clara a eles, de sorte que o plágio é uma presença constante, em seus textos.

Resumo: É a miniatura de um artigo completo

É obrigatório, expõe o que foi estudado, como o experimento foi conduzido e que resultados foram encontrados. Não deve ultrapassar 250 palavras, seguindo, logo abaixo, das palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores, conforme a NBR 6028.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 3

ELEMENTOS TEXTUAIS

ABSTRACT: The article presents the results of a study on the ownership of the international contained on the Internet by high school students in their research. This concern with the situation in the brazilian context, came about due to findings in the international research, warning that students are increasingly specializing in early technique of “copy-paste”. This brings the responsability to alet us researchers, in an attempt to find alternatives to help teachers in this arduous task well and appropriate use if network information. The survey had two stages in wich it was applied a questionnaire with open 149 high school students form a school that performs a job training program for research, development projects, parallel to the regular activities of teaching, then for a year, was accomplished a participant observation of the activities developed by teachers and students. Among other results, it was found that internet content is a trivial element in the work done by the students and the ethical question about the ownership of the information is not entirely clear to them, so that plagiarism is a constant presence in his texts

Abstract: tradução ou versão do resumo para a língua inglesa.

Resument: versão na língua espanhola.

Resumé: versão na língua francesa.

PALAVRAS-CHAVE: Internet, Pesquisa, Plágio.

KEYWORDS: Internet, Research, Plagiarism.

Palavras-Chave: Elemento obrigatório, as palavras-chave e/ou descritores devem figurar logo abaixo do RESUMO, antecedidas da expressão Palavras-chave:, conforme NBR 6028.

Enumerar palavras representativas do conteúdo do trabalho.

Normalmente três palavras-chave são suficientes, respeitando sempre o conteúdo, do geral para o específico.

Sinonimos: Unitermos, Termos para indexação; Keywords, Index Terms.

Importância: alimenta a base de dados em todo o mundo, facilita a identificação de artigos a ela relacionados.

INTRODUÇÃO: apresentação do assunto, objetivo, metodologia, limitações e proposição.

TEXTO: exposição, explicação e demonstração do material; avaliação dos resultados e comparação com obras anteiores.

COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES: dedução lógica, fundamentada no texto, de forma resumida.

Observação

Não convém que os artigos sejam muito subdivididos para que o leitor não se perca

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ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

O texto a seguir corresponde a um capítulo do livro de Italo de Souza Aquino, Como ler artigos científicos. De maneira simples e clara, o autor propõe uma forma de ler artigos de forma prazerosa. Afinal, ler artigos científicos é um grande investimento para seu sucesso profissional.

REFERÊNCIAS

ASENJO, P. B. Cuatro principios de ética em Internet. Australian Computer Journal, Chinppendale, v.29, n.1, p.2-5, fev. 1997.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.

BRASIL. Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998. Lei de Direito Autoral. Autera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providencias. Brasília, DF, 1998. Disponível em: <http://www.cultura.gov.br/site/2008/02/02/lei-no-9610-de-19-de-fevereiro-de-1998>. Acesso em: 11 out 2006.

BRITO, G. da S.; PURIFICAÇÃO, I. da. “Pescópia” no ciberespaço: uma questão de atitude. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v.5, n.15, p.61-74, maio/ago. 2005.

Referências bibliográficas:

livros, parte de livros, artigos,

guias, periódicos, trabalhos de

conclusão de curso, trabalhos

acadêmicos, meios eletrônicos e

muitos outros.

APÊNDICES: os elementos

que são elaborados pelo autor,

para melhor compreensão do

documento, ou seja, destinam-

se a complementar as ideias

desenvolvidas no decorrer do

trabalho.

ANEXOS: elementos que dão

suporte ao texto e não são

elaborados pelo autor.

AGRADECIMENTOS: são

menções que o autor faz a

pessoa e/ou instituições as

quais eventualmente colaboram

de maneira relevante para a

realização do trabalho.

DATA

A IMPORTÂNCIA DE LER ARTIGOS CIENTÍFICOS1

Ler artigos científicos não é algo popular. Não é popular porque não é visto pelo povo em geral, porém, os efeitos da pesquisa científica estão no dia a dia. O público não lê ciência; ele usa seus benefícios; já estudantes e pesquisadores precisam da leitura científica para manter a chama do conhecimento sempre acesa, descobrindo e inovando na busca de benefícios para a humanidade.

Ler artigos científicos é algo muito relevante. Além do fator social-global, você é o primeiro a se beneficiar. Esse tipo de leitura serve de combustível para ir mais longe na vida acadêmica e profissional. Todos verão os frutos das sementes de leitura plantadas hoje em sua vida. O seu curriculum será a prova disso.

E por falar em curriculum, você já parou para pensar como um Curriculum Vitae é elaborado? Ele possui, entre outras coisas, apenas o que foi escrito ou falado. Não há currículo que destaque o ler, mas apenas o escrever (artigos, livros, capítulos, resumos, dissertação, monografia, tese etc.) e o falar (palestra, entrevista, filme etc.).

Ler, porém, é a fundação para todas as modalidades da produção científica. Um grande currículo, de um grande-pesquisador, tem como fundamento o

1 - Italo de Souza Aquino. Como ler artigos científicos: da graduação ao doutorado. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 4-9.

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tempo dedicado à leitura, antes e durante a pesquisa. Ao ler artigos científicos o estudante, professor ou pesquisador, está construindo um ambiente satisfatório para que sua empreitada na pesquisa seja de sucesso.

QUEM MAIS PODE LER ARTIGOS CIENTÍFICOS

Qualquer pessoa. Sim, qualquer pessoa, independente de estar envolvido no mundo acadêmico ou de pesquisa, pode (e deve, de vez em quando) ler artigos científicos. Há artigos tão práticos que qualquer dona de casa gostaria de tirar vantagem dessas informações. Artigos científicos, por exemplo, que relatam estudos de conservação de frutas após colheita, são um excelente exemplo disso. Estudos que mostram que determinada fruta pode ter sua vida prolongada quando se tem uma atmosfera modificada (embalagem e/ou temperatura) podem ser de grande valia para qualquer família. O que acontece é que quando esta notícia vier a ser popular (se vier), já se foram muitos anos depois da publicação do artigo científico.

DO LABORATÓRIO PARA A COZINHA

Pesquisas científicas podem e devem ser mais populares, visto que possuem informações muito importantes para o uso imediato da sociedade. Recentemente, encontrei um artigo na internet intitulado Conservação pós-colheita de mangaba em função da maturação, atmosfera e temperatura de armazenamento (Santos et al., 2009). De cara, qualquer dona de casa, se tivesse acesso a esse artigo, poderia deixá-lo de lado, por se tratar de artigo científico mas, ao folheá-lo, ignorando as várias Figuras com gráficos complicados, esta dona de casa poderia chegar à seção Conclusões e, então, encontrar mais um segredo para sua cozinha: O uso de “...filme de PVC de 13 um de espessura é eficiente na conservação de mangabas... e sob refrigeração” (p. 90).

Esta conclusão, encontrada em laboratório, poderia ir direto para a cozinha de milhares de pessoas que apreciam o fruto da mangaba. E mais... já pensou se essa dona de casa começar a ler alguns artigos sobre outras frutas e ver que procedimentos semelhantes podem ser aplicados na sua cozinha? E se ela começar a ler artigos científicos sobre carne, leite, pão? Que sociedade de mais qualidade não teríamos?

OLHE PARA A HISTÓRIA

Sempre faço com que meus alunos se lembrem da história da pesquisa científica; antes, a pesquisa era quase que exclusiva a doutores; depois, os mestres se acostaram à sua produção; e, na competitividade profissional da última década do século do século XX, os especialistas e graduados se viram na necessidade de adotarem uma postura mais ousada de engajamento no mundo da pesquisa científica. E oportuno lembrar que até mesmo estudantes do ensino médio têm oportunidade — nos dias atuais — de entrar pela porta da pesquisa, através de editais destinados à pesquisa no ensino médio.

TIPOS DE ESCRITA CIENTÍFICA

A escrita científica pode ser lida em vários formatos (Aquino 2009a; Aquino 2009b):

1. Resumo

2. Paper (Artigo Científico)

3. Capítulo de Livro

4. Livro

5. Projeto

6. Painel

Outros produtos: resumo expandido, folhetos, relatórios, cartilhas, boletim técnico, circular técnica etc.

De todos os produtos e serviços produzidos pelo pesquisador, o artigo científico (completo), o famoso paper, tem maior pontuação na maioria dos concursos e em ascensão profissional dentro de universidades e institutos de pesquisa. O artigo científico é, portanto, o carro-chefe do currículo de qualquer cientista.

SETE RAZÕES PARA SE LER ARTIGOS CIENTÍFICOS

Há pelo menos sete razões por que devemos ler artigos científicos:

1. O artigo científico mostra o que está acontecendo agora no mundo científico;

2. A pesquisa publicada através de um artigo científico pode ser replicada; em outras palavras, você pode repetir tudo o que está descrito no artigo;

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3. Acesso a referências e dados apresentados para seu próprio uso;

4. Os resultados e discussões podem servir de fundamento para suas próprias conclusões (mesmo lendo as conclusões presentes no artigo);

5. Tempo. Alguns trabalhos levam anos para serem concluídos e publicados e você, em poucos minutos, pode ter acesso a toda informação. Que ganho de tempo!!!

6. Ganho de vocabulário específico de sua área de conhecimento;

7. Traz mais segurança para seu convívio no mundo da ciência.

ARTIGO CIENTÍFICO: DE A A Z

Um artigo científico (completo) possui um padrão e características básicas, quer seja publicado em periódico nacional ou internacional. As partes que o compõem são doze:

1. Título

2. Autor

3. Afiliação

4. Resumo (Abstract)

5. Palavras-chave

6. Introdução

7. Objetivo

8. Material e Métodos

9. Resultados e Discussão

10. Conclusão

11. Agradecimentos

12. Referências Bibliográficas

Existem revistas científicas que dividem Material e Métodos em duas seções e Resultados e Discussão, também em duas; quando isto acontece, teremos 14 (quatorze) partes [...].

COMO LER ARTIGOS CIENTÍFICOS A leitura de um artigo científico é diferente da leitura de um romance, por exemplo; neste último, você não pode pular uma página, senão perde o fio da meada, mas você pode, em um artigo científico, ler apenas o que lhe interessa (como uma revista ou um jornal), sendo fácil achar a seção específica de que você precisa) devido à sua estrutura.

Com um artigo em mãos (ou na tela do computador), você pode ler o que e como quiser - é como estar na casa da vovó... mais liberdade (pelo menos na maioria). Você pode (e deve) ler se divertindo: isto mesmo! Está tudo ali, não vai escapar de suas mãos e você ficou apenas com a parte mais fácil: ler. O pior ficou com quem pesquisou e publicou. Portanto, não entre em pânico!

ONDE LÊ-LOS

Quanto mais confortável o lugar de leitura, melhor. É bem verdade que há momentos em que lemos em qualquer lugar (viajando - quando não estiver dirigindo, óbvio; na sala de espera etc.); mas, a melhor regra para uma boa leitura é ter disposição para tal; o local apenas favorece a uma compreensão melhor. Quer compreender melhor? Procure um lugar em que você se sinta bem.

EQUIPAMENTOS DE LEITURA

Em se tratando de uma leitura de artigo científico é importante estar equipado para melhor proveito do conteúdo. Os melhores equipamentos para leitura, simples e práticos, são:

• Marca texto (amarelo, laranja, verde ou azul); e

• Um pequeno caderno de anotações.

Naturalmente, muitos inputs surgem quando lemos um artigo relacionado ao que pesquisamos; muitos insights chegam como uma avalanche e só anotando é que poderemos lembrá-los mais adiante.

Na ausência de marca texto, caneta ou lápis podem servir. A regra básica é marcar ou grifar todas as palavras desconhecidas; ao fazer isso, você estará garantindo, a você mesmo (não a outra pessoa) que, em breve, essas palavras serão conhecidas... você terá domínio sobre elas (veremos mais adiante como fazer isto).

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TÉCNICAS PARA SISTEMATIZAR O CONHCIMENTO(Técnicas de sublinhar, de esquemas e de resumos)

A seguir, verificaremos algumas técnicas de sistematizar o conhecimento e as suas devidas aplicações práticas.

Um primeiro passo para aprimorar os estudos é elaborar estratégias que o levam a aprender de forma significativa, isto é, reter o conteúdo estudado e que esse conteúdo ganhe um sentido na rotina escolar.

Uma forma de desenvolver a habilidade de leitura e produzir textos é exercitando a capacidade de síntese, que nada mais é que condensar a informação do todo, reduzir, organizar as ideias principais do texto, a fim de facilitar a aprendizagem.

ARTIGOS BEM ESCRITOS VERSUS ARTIGOS MAL ESCRITOS

Nem todo cientista é necessariamente um bom escritor; nem todas as pessoas têm a mesma habilidade de dominar sua própria língua e escrever bem. Mesmo possuindo regras rígidas para a escrita científica, as revistas não conseguem filtrar os maus escritores. Muitos podem obedecer as regrar técnicas de formatação e não fluir no texto o que, com certeza, irá afetar a leitura e poderá deixar o leitor sem muito entusiasmo para prosseguir. A culpa não é sua e, portanto, ignore a má escrita e tente sugar apenas os resultados que podem ser de grande valia para você.

ANTES DE TUDO

Antes de ler o artigo, faça duas coisas básicas: primeiro, diga a você mesmo que alguma coisa lhe será útil na leitura do artigo científico e, segundo, dê uma olhada, página por página, sem ler, mas apenas observando a blocagem dos textos, as figuras, as tabelas, quantas páginas tem a seção Referências Bibliográficas... esta olhada serve de bálsamo Dará qualquer ‘tensão microscópica’, consciente ou inconsciente. Antes de tudo, dar uma olhada no artigo é semelhante a visitar o local em que você irá apresentar uma palestra; de alguma forma, você se sente mais seguro fazendo esta visita..., uma questão de ficar familiarizado.

DEPOIS DE TUDO

As sugestões aqui apresentadas são fruto de quase três décadas de envolvimento com artigos científicos. Tão logo você leia este livro e comece a ler os artigos científicos, irá desenvolver seu próprio estilo de leitura, já que o primeiro passo já foi dado: você conseguiu ler o Capítulo 1; agora, vamos em frente, conhecer como decifrar o escrito de cada etapa de um artigo científico.

MAIS ALÉM...

Ah! Mais uma coisa: saiba, desde já, que haverá artigos científicos que serão tão importantes para você que serão necessárias uma, duas, três ou quatro leituras para, finalmente, você extrair o de que precisa. Ir mais além em determinada leitura que lhe interessa não será peso algum; pelo contrário, você verá que ler um artigo científico mais de uma vez é como assistir a um filme (mais de uma vez). Há filmes a que assisto com meus filhos umas três ou quatro vezes e gostamos sempre de revê-los.

De acordo com o dicionário da língua portuguesa, Síntese é: Exposição genérica ou abreviada; resumo, sumário, sinopse: síntese histórica.

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Para elaborar essa capacidade, podemos lançar mão de algumas técnicas, tais como o esquema, o resumo, o quadro sinóptico. A compreensão e a aplicação dessas técnicas permitirão que você crie hábitos de estudo na sua rotina acadêmica.

Técnicas de análise

a) Anotações: A técnica de anotar à margem dos textos, possibilita que você assinale aquilo que julga relevante em sua leitura. Pode ser empregada de forma verbal ou simbólica. Por exemplo, palavras-chave, comentários, figura, desenho, sinais (exclamação, interrogação) e outros da sua criatividade, são válidos para assinalar suas considerações.

b) Sublinhar: Serve para ressaltar as ideias mais importantes de um texto com propósito de estudo, revisão, memorização ou citação de um texto, cujo objetivo é compreender o assunto abordado no texto. Consiste em grifar as ideias importantes, para que você realize uma releitura posteriormente.

Uma dica importante é que não se devem sublinhar frases ou linhas inteiras, apenas dados importantes e as palavras-chave, isto é, palavras que contêm a ideia principal e detalhes mais importantes.

Essa técnica serve para elaboração de esquemas e resumos.

Técnicas de síntese

a) Esquema

É uma forma de sintetizar os temas importantes contidos no texto, por meio de uma organização gráfica do que já foi sublinhado. O esquema deve ser ordenado, claro, conciso, simples, perceptível.

Uma das vantagens de se produzir esquemas é que você pode obter uma visão ampla do conteúdo que você está estudando. É como se você tirasse uma radiografia do texto, pois nele aparecerá o “esqueleto”, ou melhor, as palavras-chave que você sublinhou, sem a necessidade de se apresentar frases.

Utilizamos o esquema como um trabalho anterior ao resumo, pois nos ajuda a memorizar mais facilmente o conteúdo estudado.

Importante: não se devem sublinhar parágrafos ou frases inteiras e sim palavras-chaves ou grupo de palavras. E assim produzir um resumo com o conjunto de ideias e não frases ou palavras.

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Etapas:

• Definir as ideias principais do texto em análise e separá-las das ideias secundárias [ou acessórias].

• Escrever essas ideias em frases curtas.

• Escolher a forma gráfica de elaborar o esquema (o texto e os elementos gráficos devem ser distribuídos, deixando espaços em branco, de modo a facilitar a leitura). Podemos utilizar setas, linhas retas ou curvas, círculos, colchetes, chaves, símbolos diversos. O esquema pode ser montado em linha vertical ou horizontal.

Exemplos de esquemas:

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 3

b) Mapa conceitual: são diagramas de relações entre significados, sem possuir nenhum tipo de ordem temporal ou sequencial, estando diretamente ligado à conceitualização e aquisição de uma base sólida para o aprendizado.

Atua como estratégia facilitadora da aprendizagem buscando relacionar e hierarquizar conceitos.

Exemplo de mapa conceitual:

c) Resumo: resumir é apresentar de forma breve e concisa um determinado conteúdo. Um bom resumo permite ao estudante encontrar rapidamente as idéias, informações e conceitos desenvolvidos pelo autor ao longo do texto.

Tipos de resumos:

Resumo descritivo ou indicativo: descreve ou indica apenas os pontos principais do texto, não apresentando dados qualitativos, quantitativos, etc.

Complemente seu estudo procurando na Internet sobre “Mapas Mentais” ou “Mapas Conceituais” e a ferramenta de construção chamada CmapTools que está disponível em: <http://cmap.ihmc.us/>

Mapa de ConceitualFonte: Wikipedia

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Resumo Informativo: informa o leitor suficientemente, de maneira que ele possa decidir sobre a conveniência da leitura do texto inteiro. Reduz o texto a 1/3 ou ¼ do original.

Resumo crítico (resenha): é redigido com intuito de fazer uma análise interpretativa do documento, ou seja, mantêm-se as ideias fundamentais, mas permite que elabore opiniões e comentários sobre o trabalho, podendo ser sobre a forma (aspectos metodológicos), conteúdo (análise do trabalho em si), desenvolvimento (lógica utilizada) e técnica de apresentação das ideias do trabalho.

O resumo deve ser:

• Breve e conciso: elimina-se qualquer tipo de exemplos e detalhes secundários, dados pelo autor.

• Pessoal: deve ser redigido com as palavras do aluno. Quando reescrevemos um texto internalizamos melhor os assuntos.

• Logicamente estruturado: deve seguir uma sequência lógica, nada de frases soltas. O texto deve apresentar coerência, contendo relação entre tudo que for abordado.

d) Quadro Sinótico: é uma variante do esquema, principalmente quando há predominância de dados quantitativos, como datas, números, nomes, etc. A técnica é parecida com a do esquema, só que configurada na forma de um quadro.

Exemplo de um quadro sinótico:

Para complementar o estudo desse tema, sugerimos a obra de Antônio Joaquim Severino, Metodologia do Trabalho Científico. Em especial, o capítulo 3 – Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos. Este livro encontra-se disponível na Biblioteca Central da Faculdade.

Saiba Mais

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 3

Assista ao vídeo: Tom Peters. Porque leitura é vital para o sucesso profissional. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=zd0VoQRrTGQ

Assista ao vídeo: Cabine literária. A importância da leitura na vida das pessoas. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=NnUAktM7eFY

Vídeos Importantes

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 4

Nesta unidade entraremos em contato com as normas técnicas utilizadas para apresentar um trabalho científico. Essas normas são utilizadas internacionalmente e, no Brasil, são regulamentadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

As regras visam uniformizar a elaboração de trabalhos técnico-científicos, pois a sua construção deve seguir padrões de qualidade na área acadêmica, podendo ser compreendidos por pesquisadores do mundo inteiro.

Neste momento, aprenderemos a utilizar aquelas que nos auxiliam na utilização de fontes de referências para as nossas pesquisas acadêmicas, que são as citações em documentos e a apresentação de informações originadas do documento e/ou outras fontes de informação utilizadas na pesquisa.

Então, você aprenderá sobre:

• A importância das regras em um trabalho acadêmico científico;

• Identificação de tipos de citações em documentos;

• A utilização de referências em documentos;

• Plágio e direitos autorais.

Ao final dessa unidade você deverá ser capaz de responder às seguintes questões:

• Quais as regras para apresentar as citações no texto?

• Como identificar as fontes de referências bibliográficas no texto e em notas de rodapé?

• Como organizar as referências utilizadas no texto?

• O que é plágio? Quais são as penalidades?

Conteúdos e Habilidades

UNIDADE 4

TEMA 4: NORMAS TÉCNICAS:CITAÇÕES E REFERÊNCIAS

Para nos auxiliar com as Normas Técnicas, a bibliotecária da Faculdade de Americana (FAM) elaborou o Manual de apresentação de trabalhos acadêmicos, contendo todas as orientações necessárias para a elaboração e apresentação de trabalhos acadêmicos científicos. O Manual será a nossa fonte de referência nesta e nas demais unidades da disciplina e em todas as ocasiões em que você precisar elaborar ou apresentar um trabalho acadêmico científico ao longo do curso.

Saiba Mais

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 4

AS NORMALIZAÇÕES

Os trabalhos técnicos e científicos são padronizados, ou seja, a sua construção deve seguir normas de qualidade na área acadêmica. Vamos conhecer algumas entidades que buscam regulamentar a apresentação dos documentos técnico-científicos, mantendo e preservando sua qualidade.

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) foi fundada em 1940 e é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária para o desenvolvimento tecnológico brasileiro (ABNT, 2006).

A ABNT é a representante oficial no Brasil das seguintes entidades internacionais: ISO (International Organization for Standardization), IEC (International Eletrotechnical Comission); e das entidades de normalização regional COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e a AMN (Associação Mercosul de Normalização).

Referências normativas

As normas aqui apresentadas e as edições indicadas estão em vigor nesse momento mas, como toda norma, está sujeita a revisões; por isso, recomenda-se que você verifique, de vez em quando, as normas vigentes.

Consulte a bibliotecária ou o site da ABNT: <www.abnt.org.br>.

As referências normativas para a elaboração e apresentação de trabalhos acadêmicos científicos em vigor são:

• ABNT NBR 6023:2002 – Referências – Elaboração

• ABNT NBR 6024:2012 – Numeração progressiva das seções de um documento escrito - Apresentação

• ABNT NBR 6027:2013 – Sumário - Apresentação

Leitura Obrigatória

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) foi fundada em 1940 e é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária para o desenvolvimento tecnológico brasileiro (ABNT, 2006).

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• ABNT NBR 6028:2003 – Resumo - Apresentação

• ABNT NBR 6034:2004 – Índice - Apresentação

• ABNT NBR 10520:2002 – Citações em documentos - Apresentação

• ABNT NBR 14724:2011 – Trabalhos acadêmicos - Apresentação

• ABNT NBR 12225:2004 – Lombada - Apresentação

• ABNT NBR 15287:2011 – Projeto de pesquisa - Apresentação

A norma de Vancouver

Publicada pela primeira vez em 1979, foi criada por um pequeno grupo de editores de revistas médicas que se reuniu em 1978 em Vancouver, no Canadá, para estabelecer diretrizes para a formatação de manuscritos para publicação em suas revistas, que incluíam também os formatos para referências desenvolvidos pela National Library of Medicine dos Estados Unidos da América (NLM).

O “Grupo de Vancouver” se tornou a Comissão Internacional de Editores de Revistas Médicas - International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), que se reúne periodicamente para as atualizações necessárias.

O estilo Vancouver normalmente é utilizado por profissionais da área de Saúde, em especial dos cursos de Enfermagem e Fisioterapia, entre outros. Para seguir esse padrão é necessário que o acadêmico conheça artigos científicos e revistas especializadas, disponíveis nos meios eletrônicos.

Os requisitos para apresentação e elaboração de referências segundo o estilo de Vancouver podem ser encontrados nos seguintes endereços eletrônicos: <http://www.icmje.org> e <http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html>.

National Library of Medicine, Estados Unidos da América

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APRESENTAÇÃO DE CITAÇÕES

(Cf. Manual da FAM, p. 20 a 28)

Segundo a ABNT, aplicamos as seguintes definições:

• a) Citação: menção de uma informação extraída de outra fonte;

• b) Citação de citação: citação direta ou indireta de um texto, sendo que não tivemos acesso ao original (apud);

• c) Citação direta: transcrição textual de parte da obra de um autor consultado;

• d) Citação indireta: texto baseado na obra do autor consultado.

Citação

A norma NBR 10.520:2002 especifica as características para a apresentação de citações em documentos:

Citação: “menção de uma informação extraída de outra fonte”.

Ao redigir um trabalho acadêmico, o estudante/ pesquisador menciona fontes (bibliográficas, meios eletrônicos, orais) que está utilizando para reforçar as suas ideias. As citações são importantes porque ajudam a enriquecer o trabalho e trazem credibilidade às ideias do pesquisador.

As citações podem aparecer de duas formas: diretamente no texto ou em notas de rodapé. Sugerimos que sejam transcritas diretamente no texto.

Citação de citação

Quando você menciona determinado autor que não teve acesso direto à obra citada, então você lança mão da citação que consta na obra que está pesquisando, tal como segue: ‘José, citado por João’. Porém, evite usar mais de uma citação como essa, porque dá a ideia ao leitor que você não recorreu a fontes primárias.

Os autores são separados pela expressão em latim “apud” ou “citado por”.

Formato: AUTOR, data, apud AUTOR, data, página

Um pequeno grupo de editores de periódicos médicos gerais encontraram-se informalmente em Vancouver, Canadá, em l978, para estabelecer diretrizes para a normalização de manuscritos apresentados às suas revistas. O grupo tornou-se conhecido como “Grupo de Vancouver”.

Saiba Mais

Atenção!

Toda documentação consultada deve ser obrigatoriamente citada em decorrência aos direitos autorais.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 4

Citação direta, literal ou textual

É quando você faz menção ao pensamento do autor com as mesmas letras. Significa que a ideia é copiada sem alteração.

Citação curta: A citação de até 03 linhas acompanha o corpo do texto e se destaca com dupla aspas.

Quando o nome do autor estiver incluído na sentença, indica-se em letras minúsculas:

Citação longa: Para as citações com mais 03 linhas, deve-se fazer um recuo de 4 cm da margem esquerda, diminuindo a fonte (10) e sem as aspas. O nome do autor deve aparecer em caixa-alta, ano e número de página seguido de ponto final.

Ponce (1982), citado por Silva (1994), declara que instrução, no sentido moderno do termo, quase não existia entre os espartanos.Para explicar o surgimento da propriedade privada, iremos recorrer ao seguinte trecho:

O primeiro homem que, ao cercar um terreno, afirmou “isto

é meu”, encontrando pessoas suficientemente estúpidas

para acreditarem nisso, foi o [...] fundador da sociedade civil.

Quantos crimes, quantas guerras, quantos assassinatos,

quantas misérias e erros teriam sido poupados à humanidade

se alguém arrancasse os marcos ou nivelasse os fossos

(ROUSSEAU, 1968 apud GRUPPI, 1986, p. 19). Grifo Nosso.

Em sua obra, Ponce (1994, p.37) comenta que as características da “educação militar compartilhada pelos homens e mulheres espartanas” são tão conhecidas que não vale a pena perdermos tempo em descrevê-las.

Atenção!Você não pode alterar, corrigir um erro cometido pelo autor citado. Se algo parecer estranho no documento original, utilize a sigla (sic).

“Não se mova, faça de conta que está morta” (CLARAC; BONNIN, 1985, p. 72)

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 4

Devemos ser claros quanto ao fato de que toda conduta

eticamente apropriada pode ser guiada por uma de duas máximas

fundamentalmente e irreconciliavelmente diferentes: a conduta

pode ser orientada para uma “ética das últimas finalidades”, ou

para uma “ética da responsabilidade” (WEBER, 1982, p.144).

Retrato de uma princesa desconhecida

Para que ela tivesse um pescoço tão finoPara que os seus pulsos tivessem um quebrar de caulePara que os seus olhos fossem tão frontais e limposPara que a sua espinha fosse tão direitaE ela usasse a cabeça tão erguidaCom uma tão simples claridade sobre a testaForam necessárias sucessivas gerações de escravosDe corpo dobrado e grossas mãos pacientesServindo sucessivas gerações de príncipesAinda um pouco toscos e grosseirosÁvidos cruéis e fraudulentosFoi um imenso desperdiçar de gentePara que ela fosse aquela perfeiçãoSolitária exilada sem destino

ANDRESEN, S. M. B. Dual. Lisboa: Caminho, 2004. p. 73.

OBS: Em citação de poemas com mais de três versos, procede-se conforme o exposto ao lado, exceto quanto à localização: distancia-se tanto da margem esquerda como da direita pela dimensão do parágrafo padrão do Word (1,25 cm). Assim sendo, fica centralizado no texto.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 4

Citação Indireta ou Paráfrase

Quando você escreve a ideia do autor consultado com suas próprias palavras, não precisa de aspas, mas é necessário mencionar de quem é a ideia e de onde foi retirada.

Formas de citar o autor

a) Introduzir o autor na sentença:

b) Ou mencionando o autor no final da citação:

Indicação do autor no começo do texto citar em caixa baixa seguida da data.

Segundo De Sordi (1995) devemos considerar o conceito de qualidade de ensino como algo impregnado de conteúdo ideológico. Sendo que a escola deve explicitar de que qualidade está falando no planejamento de seus métodos de ensino.

Ponce (1994), nos leva a compreender o exato alcance das idéias pedagógicas de Lutero, ressaltando que não devemos perder de vista dados anteriores. Afirma ainda que a instrução elementar era o primeiro dever da caridade, e que mesmo no fanatismo de Lutero não sobrasse muito lugar para o saber profano, aconselhava aos pais que enviassem seus filhos à escola.

Sobrenome do autor (início em letra maiúscula e demais letras minúsculas).

Segundo Garófalo (1998, p. 70) “[...] genericamente, a macroeconomia é concebida como o ramo da ciência.”

Sobrenome do autor, letras maiúsculas, entre parênteses

“Genericamente, a macroeconomia é concebida como o ramo da ciência.” (GARÓFALO, 1998, p. 70).

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 4

Supressões, interpolações ou comentários, ênfases

Além destas formas de citações descritas acima, a ABNT sugere recursos para indicar supressões, interpolações, comentários, ênfase ou destaque:

a) Supressões: interrupção ou omissão intencional de um pensamento sem alterar o sentido da citação. São utilizadas as reticências entre colchetes, no início, meio ou final da citação. [...]

b) Interpolações, acréscimos ou comentários: colocados entre colchetes. [ ]

c) Ênfase ou destaque: grifo (máquina de escrever), negrito ou itálico. Adota-se o mesmo destaque para todo o trabalho.

Ao enfatizar trechos de citação, o destaque é mencionado na entrada de referência com a expressão “grifo nosso”, para citação que altere o texto citado. E “grifo do autor” quando o destaque for do próprio autor citado.

OU

d) Tradução de texto: quando a citação incluir texto traduzido pelo autor, deveremos acrescentar, após a chamada da citação, a expressão “tradução nossa”, entre parênteses.

De acordo com Bruno (2001, p. 112), “[...] a citação deve reproduzir o fraseado, a ortografia e a pontuação interna da fonte original, mesmo quando a fonte contém erros.”

Desse modo, “[...] esse modelo funcionou [e ainda funciona] como critério e medida para entendermos a vida familiar brasileira ao longo do tempo.” (SAMARA, 2002, p. 28).

“A universidade, para atingir a sua plenitude, precisa abraçar o desafio da produção do conhecimento, da pós-graduação, do desenvolvimento da pesquisa e da tecnologia” (LÜCKMANN, 2003, p. 19, grifo nosso).

“As citações podem ser chamadas pelo sistema numérico ou pelo sistema alfabético (também chamado de autor-data).” (FURASTÉ, 2003, p. 50, grifo do autor).

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 4

e) Outras fontes: quando o pesquisador utiliza outras fontes que não sejam as bibliográficas, advindas de meios eletrônicos ou especiais, tais como: anotações de palestras, aulas, seminários assistidos ou argumento de autoridades que tenha consultado, por exemplo, as citações devem vir acrescidas do termo “expressão oral”. A caracterização da fonte é realizada em nota de rodapé.

f) Citação de internet: quando retiramos trechos de textos da Internet devemos ter muita cautela, dada a sua temporariedade. Enfatizamos que é importante analisar com cuidado as informações obtidas, avaliar sua fidedignidade, sempre indicando dados que possibilitem a identificação da fonte e incluindo a fonte em suas referências.

“Ao fazê-lo pode estar envolto em culpa, perversão, ódio de si mesmo [...] pode julgar-se pecador e identificar-se com seu pecado.” (RAHNER, 1962, v. 4, p. 463, tradução nossa).

No texto:O novo medicamento estará disponível até o final deste semestre (informação verbal)1.

No rodapé da página:__________________________1 Notícia fornecida por John Smith no Congresso Internacional de Engenharia

Genética, em Londres, em outubro de 2001.

Citar a data de acesso, o ano de publicação,geralmente encontrado no Copyright.

Não coloque número de página.

No texto: No que concerne à eutanásia, Diniz (2005) afirma que:

Na referência:DINIZ, Débora. Por que morrer? Brasília: UnB. 2005. Disponível em: <http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?id=6626> Acesso em: 24 jul. 2006.

O direito a se manter vivo é, certamente, um dos direitos mais

fundamentais que possuímos. O princípio ético de que a vida humana

é um bem sagrado e que, portanto, deve ser protegido por legislações

de um Estado laico faz parte de nosso consenso moral sobreposto.

Diferentes religiões e convicções morais sustentam o direito à vida

como um princípio ético fundamental ao nosso ordenamento social.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 4

Formalização da citação

Para formalizar uma boa citação, sugerimos algumas formas para iniciar um parágrafo no texto acadêmico. Veja alguns exemplos:

SISTEMA DE CHAMADAS1 (Cf. Manual da FAM, p. 20)

Procure compreender a distinção entre citação, chamada e referência. As três consistem em recursos metodológicos formais, pois são muito utilizadas em qualquer trabalho acadêmico científico.

Vejamos então os seus conceitos:

a) Citação: como já vimos acima, refere-se à transcrição literal ou não, de uma ideia ou informação colhida em fonte externa, para sustentar, esclarecer ou ilustrar o texto de sua autoria;

b) Chamada: é a informação que acompanha a citação, permitindo ao leitor identificar a referência respectiva;

c) Referência: é o conjunto de informações necessárias e suficientes para a identificação precisa de obra utilizada na pesquisa, citada ao longo do texto de sua autoria.

A partir dessa reflexão, pode-se dizer que ... É importante enfatizar que... Com base em (autor) busca-se caminhos... É necessário, pois, analisar... Nesse sentido, ressalta-se que... Daí a necessidade de... Assim, entende-se que... Dessa perspectiva... Disso decorre... Assim sendo, salienta-se que.. A partir desses levantamentos, cabe analisar ... Contudo, ressalta o autor que... Pode-se compreender, com base em (autor) que... Tais afirmações vêm de encontro ao que se quer...(no sentido de choque)

1 - ARRABAL, Alejandro Knaesel. Teoria e prática da pesquisa científica. Blumenau: Diretiva, 2005. 1 CD-ROM. Windows 98 ou superior.

CHAMADA: A chamada pode ser feita por autor-data (sistema alfabético) ou por número (sistema numérico). O sistema escolhido deve ser usado sistematicamente até o final.

Nos trabalhos de graduação recomendamos a utilização do sistema alfabético.

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Sistema autor-data (alfabético)

Nesse sistema, a indicação da fonte é feita pelo sobrenome do autor, ou pelo nome da entidade/ instituição responsável, até o primeiro sinal de pontuação, ou título, nesta ordem de preferência. Segue a data de publicação do documento e a(s) página(s) da citação, no caso de citação direta, separados por vírgula e entre parênteses.

Quando você escolhe este sistema, não podem ser usadas notas de referência em rodapé. A referência completa deve figurar em lista, no final do trabalho.

A entrada no corpo do texto deve ser registrada com letras maiúsculas e minúsculas. Quando estiverem entre parênteses devem ser em letras maiúsculas.

a) Sobrenome do autor:

Dois autores:

De acordo com Antônio Maranhão (1999, p. 67), ...

Ou (MARANHÃO, 1999, p. 67)

No texto: De acordo com José C. Costa Netto (1998, p. 67) ....Ou (COSTA NETTO, 1998, p. 67)

Na lista de referências:COSTA NETTO, José Carlos. Direito autoral no Brasil. São Paulo: FTD, 1998. p. 67.

No texto:Segundo Figueira Junior e Ribeiro Lopes (1995), ... Ou (FIGUEIRA JÚNIOR; LOPES, 1995, p. 35)

Na lista de referências: FIGUEIRA JÚNIOR, Joel Dias; LOPES, Maurício Antônio Ribeiro. Comentários à lei dos juizados especiais cíveis e criminais. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1995. p. 35.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 4

Mais de três autores são indicados pelo sobrenome do primeiro, seguido da expressão et al.

Havendo dois autores com o mesmo sobrenome e mesma data, acrescentam-se as iniciais de seus prenomes.

Várias obras de um mesmo autor são diferenciadas pelas datas de publicação. Quando houver coincidência de datas, acrescentar ao ano letras minúsculas em ordem alfabética.

b) Publicação por entidade / instituição:

Fagundes et al. (1986, p 67) afirmam que ...

Ou (FAGUNDES et al., 1986, p. 67)

(SILVA, J. C., 1979, cap. 2)

(SILVA, M. R., 1979, p. 22)

(ALVES, 1979a, p. 27)

(ALVES, 1979b, p. 97)

No texto:“Comunidade tem que poder ser intercambiada em qualquer circunstância, sem quaisquer restrições estatais, pelas moedas dos outros Estados-membros.” (COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS, 1992, p. 34).

Na lista de referências:COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS. A união europeia. Luxemburgo: serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias, 1992.

No texto:O mecanismo proposto para viabilizar esta concepção é chamado Contrato de Gestão, que conduziria à captação de recursos privados como forma de reduzir os investimentos públicos no ensino superior (BRASIL, 1995).

Na lista de referências:BRASIL. Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado. Plano diretor da reforma do aparelho do Estado. Brasília, DF, 1995.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 4

c) Publicações anônimas são indicadas pelo título.

d) Indicação de páginas ou seções: quando forem citadas páginas consecutivas, os números das páginas inicial e final são separadas por hífen. Quando as páginas não forem consecutivas, os números são separados por vírgula. Quando não for possível indicar a página, mencione a seção ou capítulo do texto.

No texto:“As IES implementarão mecanismos democráticos, legítimos e transparentes de avaliação sistemática das suas atividades, levando em conta seus objetivos institucionais e seus compromissos para com a sociedade.” (ANTEPROJETO..., 1987, p. 55).

Na lista de referências: ANTEPROJETO de lei. Estudos e Debates, Brasília, DF, n. 13, p. 51-60, jan. 1987.

No texto:E eles disseram “globalização”, e soubemos que era assim que chamavam a ordem absurda em que dinheiro é a única pátria à qual se serve e as fronteiras se diluem, não pela fraternidade, mas pelo sangramento que engorda poderosos sem nacionalidade (A FLOR..., 1995, p. 4).

Na lista de referências:A FLOR Prometida. Folha de São Paulo, São Paulo, p. 4, 2 abr. 1995.

No texto:“Em Nova Londrina (PR), as crianças são levadas às lavouras a partir dos 5 anos.” (NOS CANAVIAIS..., 1995, p. 12).

Na lista de referências:NOS CANAVIAIS, mutilação em vez de lazer e escola. O Globo, Rio de Janeiro, 16 jul. 1995. O País, p. 12.

Para páginas consecutivas: (p. 252-254).

Para páginas específicas não consecutivas: (p. 3, 5, 9)

Para indicação de seção: (FAGUNDES, 2000, cap. 2)

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 4

Sistema numérico

Neste sistema, a indicação da fonte citada é feita por uma numeração única e consecutiva, em algarismos arábicos, remetendo à lista de referências ao final do trabalho, do capítulo ou da parte, na mesma ordem em que aparecem no texto.

Não se inicia a numeração das citações a cada página.

O sistema numérico não deve ser utilizado quando há notas de rodapé.

A indicação da numeração pode ser feita entre parênteses, alinhada ao texto, ou situada pouco acima da linha do texto em expoente à linha do mesmo, após a pontuação que fecha a citação.

Nas subsequentes, as citações devem ser referenciadas de forma abreviada, utilizando-se de expressões em latim.

No texto:Os pais estão sempre confrontados diante das duas alternativas: vinculação escolar ou vinculação profissional.4

No rodapé da página:_____________________4 - Sobre essa opção dramática, ver também Morice (1996, p. 269-290).

Para os trabalhos acadêmicos científicos na graduação não indicamos a utilização do sistema numérico, porque a primeira citação da obra, em nota de rodapé, deve ter a sua referência completa.

Na primeira citação:______3 FARIA, José Eduardo (Org.). Direitos humanos, direitos sociais e justiça. São Paulo: Malheiros, 1994.

Nas subsequentes, quando for o caso: Idem – mesmo autor – Id.Ibidem – na mesma obra – Ibid.Opus citatum, opere citato – obra citada – op. cit.Passim – aqui e ali, em diversas passagens – passim.Loco citado – no lugar citado – loc. cit.;Confira, confronte – Cf.Sequentia – seguinte ou que se segue – et seq.;Apud – citado por, conforme, segundo – pode também ser usada no texto

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 4

NOTAS DE RODAPÉ2

A nota de rodapé, do início ao fim do texto, é referenciada por numeração consecutiva. O algarismo arábico é posto em suspenso acima do termo ou expressão a que se refere.

Nos trabalhos digitados, o autor conta com o recurso de “inserir nota de rodapé”, de forma a obter auto numeração. Isto possibilita que as mesmas permaneçam sempre nas páginas em que são mencionadas, exigências de difícil cumprimento nos trabalhos datilografados.

Notas explicativas

Muitas considerações do autor não cabem no corpo do texto, pois referem-se a um complemento. Neste caso, leva-se o complemento para uma nota de rodapé, que pode facilitar o desenvolvimento do tema. Outras utilizações são para introduzir citações de reforço, corrigir afirmações do texto, sugerir consultas a outras partes do texto, traduzir citação essencial ao entendimento do assunto.

No texto: “As notas de rodapé devem limitar-se às referências bibliográficas, citações dos dados necessários à clareza da exposição, porém o mínimo possível.”1

No rodapé da página: ______________________________1 - Cf. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Manual do autor. Rio de Janeiro: 1979.

2 - COSTA, Antônio Fernando Gomes da. Guia para elaboração de monografias – relatórios de pesquisa: trabalhos acadêmi-cos, trabalhos de iniciação científica, dissertações, teses e editoração de livros. 3.ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2003.

Quanto à colocação das notas de rodapé napágina, os trabalhos digitados no programaWord são separados do texto por tamanho

de traço e fonte já padronizados.

A nota é digitada em espaço simples; o algarismo que corresponde à nota é posto ligeiramente acima, em suspenso, antes do início da nota.

AtençãoEm trabalhos acadêmicos científicos de graduação, sugerimos a utilização de notas de rodapé para explicação e não para referências.

No texto:O comportamento liminar correspondente à adolescência vem se constituindo numa das conquistas universais, como está, por exemplo, expresso no Estatuto da Criança e do Adolescente1.

No rodapé da página:_____________________1 - Se a tendência é a universalização das representações sobre a periodização dos

ciclos de vida desrespeitada, a especificidade dos valores culturais de vários grupos,

ela é condição para a constituição de adesões de grupos de pressão integrados à

moralização de tais formas de inserção.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 4

REFERÊNCIAS(Cf. Manual da FAM, p. 29-35)

A norma técnica que regulamenta as referências é a NBR 6023, de 2002.

A referência é um elemento obrigatório nos trabalhos acadêmicos científicos, sendo uma lista contendo todas as fontes utilizadas no trabalho desenvolvido pelo aluno/pesquisador. Ela informa a origem das ideias apresentadas no decorrer do trabalho e devem ser completas para facilitar a localização dos documentos.

Segundo a ABNT, a referência é constituída de elementos essenciais e, quando necessário, acrescida de elementos complementares.

a) Elementos essenciais: indispensáveis para a identificação da obra: Autoria intelectual / título e subtítulo / edição / imprenta (lugar de publicação e editora);

b) Elementos complementares: o que complementa os essenciais.A localização da referência pode aparecer:

a) No rodapé;

b) No fim do texto ou do capítulo;

c) Em lista de referências;

d) Antecedendo resumos, resenhas e recensões.

Segundo a NBR 6023:2002, as referências são alinhadas somente à margem esquerda do texto e de forma que possamos identificar individualmente cada documento, em espaço simples, e separadas entre si por um espaço duplo. Quando aparecerem em notas de rodapé, serão alinhadas a partir da segunda linha da mesma referência, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente e sem espaço entre elas.

O recurso tipográfico (negrito, grifo e itálico) utilizado para destacar o elemento título deve ser uniforme em todas as referências de um mesmo documento, isto é, escolha um recurso e padronize o seu trabalho. Isso não se aplica às obras sem indicação de autoria, ou de responsabilidade, cujo elemento de entrada é o próprio título, já destacado pelo uso de letras maiúsculas na primeira palavra, com exclusão de artigos (definidos e indefinidos e palavras monossilábicas).

As referências constantes em uma lista padronizada devem obedecer aos mesmos princípios. Ao optar pela utilização de elementos complementares, estes devem ser incluídos em todas as referências daquela lista. Ou seja, se você adotar, por exemplo, a abreviação do nome, toda a lista de referências deve adotar o mesmo formato.

Fonte: Freepik

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 4

Preferencialmente as referências devem apresentar, no mínimo, os seguintes elementos:

• Nome do autor;

• Título da obra;

• Edição (se não for a primeira);

• Local de publicação;

• Nome da editora;

• Ano da edição;

• Número da página.

No entanto, podem ocorrer muitas variações na apresentação desses elementos. A seguir, demonstraremos alguns exemplos de apresentação de referências.

Preste bastante atenção, porque você será cobrado pelos seus professores para utilizar as referências corretamente!

a) Livro:

• Sobrenome do autor em letras maiúsculas, seguido por outros nomes em letras minúsculas, separados por vírgulas (poderá ter mais de um autor);

• Título da obra em saliência, seguido de ponto final;

• Subtítulo (quando houver), deve ser separado do título por dois pontos ou travessão e sem destaque;

• Número da edição abreviado (ed.), quando constar na obra consultada;

• Local da publicação, seguido por dois-pontos;

• Editora (apenas o nome);

• Ano de publicação (em algarismos arábicos);

• Número de páginas (elemento opcional).

Atenção

Há muitas variações na apresentação dos elementos das referências (um ou mais autores, local desconhecido etc.). Para casos específicos, utilize o Manual de apresentação de trabalhos acadêmicos da FAM ou procure pessoalmente a bibliotecária, que é a pessoa mais indicada para ajudá-lo(a).

No texto:Os pais estão sempre confrontados diante das duas alternativas: vinculação escolar ou vinculação profissional4.

No rodapé da página:_____________________4 - Sobre essa opção dramática, ver também Morice (1996, p. 269-290).

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 4

b) Artigo de revista ou periódico:

• Autor do artigo (quando não houver autoria, começa pelo título do artigo), colocando a primeira palavra em letras maiúsculas;

• Título do artigo sem destaque;

• Título da revista em destaque (grifado);

• Local de publicação, volume e número do fascículo;

• Páginas iniciais e finais, antecedidas da abreviatura de página (p.), acompanhadas pelo mês e ano da publicação.

Com um autor:DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 6. ed. Campinas: Ed. Autores Associados Ltda, 2003. 129 p.

Com indicações de parentesco: MIRANDA NETO, Manoel José de. Pesquisa para planejamento: métodos e técnicas. Rio de Janeiro: FGV, 2005. 84 p.Com dois autores: LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 311 p.

Com três autores: BENZZON, Lara Crivelaro (Org.); MIOTTO, Luciana Bernardo; CRIVELARO, Lana Paula. Guia prático de monografias, dissertações e teses: elaboração e apresentação. 2. ed. Campinas: Alínea, 2004. 76 p.

Com mais de três autores:MADEIRA, Miguel Carlos et al. Anatomia do dente. São Paulo: Sarvier, 1996. 74 p.

Atenção

O et al. : “et” significa “e” e “al.” é a abreviatura de “alli” (que significa “outros”) – masculino, e de “aliae” (que significa “outras”) – feminino.

Artigo com autorKOVÁCZ, Ilona. Reestruturação empresarial e emprego. Perspectiva, Florianópolis, v. 21, n. 2, p. 467-494, jul./dez. 2003.

Artigo sem autorMETODOLOGIA do Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Revista Brasileira de Estatística, Rio de Janeiro, v. 41, n. 162, p. 323-230, abr./jun. 1990.

Revista considerada no todoEVIDÊNCIA. Videira: Editora Unoesc, ano, 3, v.5, n.1, 2005.

Número especial de revista ou suplementoAS MELHORES empresas para você trabalhar. Exame, Rio de Janeiro: Abril, 2003. Edição especial.

PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS. Mão-de-obra previdência. Rio de Janeiro: IBGE, v. 7, 1989. Suplemento.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 4

c) Documentos em meio eletrônico – Internet

• Sobrenome e nome do autor;

• Título do documento completo;

• Título do trabalho no qual está inserido (em destaque);

• Data (dia, mês e/ou ano) da disponibilização ou última atualização;

• Endereço eletrônico (URL) completo (entre parênteses angulares <>);

• Data do acesso (mês abreviado)

d) Trabalhos acadêmicos

Autor, título, ano, número de folhas. Trabalho acadêmico (disciplina) – Curso ou Departamento, Unidade de Ensino, Instituição, local, ano.

Obs.Com exceção de maio, os meses são abreviados na terceira letra, mesmo sendo vogal: jan., fev., mar., abr., maio, jun., jul., ago., set., out., nov., dez.

Monografia por meio eletrônicoSILVEIRA, Marcos Antônio. Tratamento de esgoto doméstico para preservação do meio ambiente. 2005. 102 f. Monografia. (Especialização) – Curso de Pós-graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal de Pernambuco. Disponível em: <http://www.ufrpe.br/>. Acesso em: 24 jul. 2006.

Anais disponível em meio eletrônicoSILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônico... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais/educ/htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.

Periódico no todoREVISTA ESPAÇO ACADÊMICO. Maringá – PR: ano v., nº 51, 7 ago. 2005. Disponível em:<http://www.espacoacademico.com.br.>. Acesso em: 14 ago.2005.

Artigo de periódico com autorRAMOS, José Maria Rodriguez. Dimensões da globalização: comunicações, economia, política e ética. Revista – FAAP. São Paulo, 2004. Disponível em: <http://www.faap.br/revista_faap/rel_internacionais/rel_01/dimensoes.ht>. Acesso em: 3 dez. 2005.

LOPES, Ângela. Empregabilidade. 2005. 24 f. Trabalho de Pós-graduação (Disciplina Gestão de Pessoas) – Curso de Especialização em Administração de Recursos Humanos, Área das Ciências Sociais Aplicadas, Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc, Joaçaba, 2005.

Atenção

Os exemplos citados não são suficientes para o seu aprendizado. Existem outras referências, tais como mapas, gravuras, arquivos eletrônicos, lápides, bula de remédio, fax, selos, músicas, documentos de arquivos, desenho técnico, referências de entidades, legislação, CD-ROM, dicionário, fotos, guias, atas, filmes e vídeos, fita cassete, material cartográfico (atlas e globos), slides, arquivos em disquetes e outros. Para elaborar as normas para essas fontes e também verificar as variações dos elementos essenciais e complementares, consulte a NBR: 6023:2002 ou o Manual de apresentação de trabalhos acadêmicos da FAM ou consulte a bibliotecária na Biblioteca Central da FAM.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 4

Mecanismo online para referências

Apresentar de maneira correta a lista de fontes consultadas no seu trabalho acadêmico científico passa a ser, a partir de agora, uma obrigação essencial na sua vida acadêmica e profissional. Um trabalho científico deve ser primoroso; sabemos o quanto é difícil apropriar-se de todas as normas técnicas, mas podemos garantir que somente a prática cotidiana das normas é que nos traz a certeza de que você chegará no final do curso sem desgaste e sem a necessidade de contratação de um profissional para fazer as correções necessárias para a apresentação de seu trabalho.

As normas técnicas são a garantia de que seu trabalho seja reconhecido pela comunidade acadêmica e científica, sendo o primeiro passo para sua realização profissional. Não é necessário decorar as normas, elas são bem acessíveis e devem ser consultadas sempre que você tiver dificuldades na elaboração de qualquer etapa de seu trabalho.

Apresentamos para você o Mecanismo online para referências (MORE), uma ferramenta desenvolvida pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que possibilita elaborar referências de acordo com a Norma Técnica NBR 6023:2002. Esta ferramenta é pública e gratuita e nosso intuito é que você aprenda a manuseá-la para aprender a referenciar suas fontes de pesquisa de maneira correta.

A seguir, um breve tutorial para acesso e exercício na própria plataforma.

Acesse: www.more.ufsc.br

Fonte: Freepik

As normas técnicas são a garantia de que seu trabalho seja reconhecido pela comunidade acadêmica e científica, sendo o primeiro passo para sua realização profissional.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 4

No menu para referências, escolha o tipo de referência:

Preencha os campos com os dados que você possui.

Após completar os campos com os dados que você possui, clique em “Gerar referências”.

Após a referência ter sido gerada, copie e cole no seu trabalho.

A ferramenta ainda traz o formato da referência para ser utilizado como citação no corpo do texto.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 4

Uma dica é criar um login para manter suas referências em um banco de dados. Este recurso é fundamental quando se trata de um Trabalho de Conclusão de curso.

Pronto! Agora que você aprendeu a elaborar citações e referências, você certamente terá mais sucesso na elaboração e apresentação de seus trabalhos acadêmicos científicos.

Esta é apenas uma parte; na próxima unidade aprenderemos outras normas técnicas que tratam da apresentação do trabalho, tais como capa, sumário, formatação e muito mais.

DICA:

Conheça também o Facilis, um gerador de referências desenvolvido por uma aluna de Ciências da Computação da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB).

Facilis. Gerador de referências no formato ABNT. Disponível em: http://facilis.uesb.br/index.jsp

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

Nesta unidade daremos continuidade aos estudos sobre as normas técnicas, regulamentadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em especial a NBR 14724:2011, utilizadas para apresentar os trabalhos acadêmicos científicos.

Nesta unidade aprenderemos quais são os elementos que compõem um trabalho; como se estrutura cada elemento e quais as regras de formatação e apresentação de trabalhos acadêmico científicos.

Ao final dessa unidade você deverá ser capaz de responder às seguintes questões:

- Quais as regras utilizadas para apresentar o trabalho científico?

- Quais as partes que compõem um trabalho científico?

- Como formatar o trabalho científico?

- Como devo apresentar o trabalho científico?

ESTRUTURA DOS TRABALHOSACADÊMICOS CIENTÍFICOS

Os relatórios acadêmicos devem apresentar uma organização estrutural inteligível, uma construção lógica e concatenada de modo a fazer sentido para um leitor que não tenha participado da sua construção.

A NBR 14.724, de 2011 especifica os princípios gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros), visando sua apresentação à instituição (banca, comissão examinadora de professores, especialistas designados e/ou outros). Esta norma aplica-se, no que couber, aos trabalhos acadêmicos e similares, intra e extraclasse.

Conteúdos e Habilidades

UNIDADE 5TEMA 5: ESTRUTURA, FORMA E

APRESENTAÇÃO DE TRABALHOSACADÊMICOS CIENTÍFICOS

Leitura Obrigatória

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

Segundo a ABNT, a estrutura dos trabalhos acadêmicos compreende uma parte externa e uma parte interna. Vejamos quais os elementos que compõem cada parte:

Parte externa: Capa (obrigatório) e Lombada (opcional)

Parte interna: As subdivisões internas apresentam partes que são obrigatórias e partes opcionais na estruturação do trabalho. Veja o quadro a seguir:

Nesta unidade utilizaremos o Manual de Normalização de Trabalhos Acadêmicos, contendo todas as orientações necessárias para a elaboração e apresentação de trabalhos acadêmicos científicos.

Este manual é uma fonte importante de consulta. Tenha-o à mão toda vez que precisar elaborar, formatar e apresentar um trabalho acadêmico científico ao longo do curso.

O Manual está disponível no site da FAM, na área da Biblioteca. Disponível em: <http://www.fam.br/arquivos/Manualdenormalizacaodetrabalhosacademicos.pdf>

Fonte: NBR 12.724:2011

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

A figura abaixo mostra a disposição correta da estrutura textual em um documento:

Agora, vamos detalhar os principais elementos utilizados em trabalhos acadêmicos na graduação e, para facilitar seu entendimento, vamos apresentar exemplos. Assim ficará bem mais fácil, não acha?

Figura 1: Exemplo de Estrutura textual em um documento.

Fonte: Trabalhos acadêmicos. Disponível em: <http://apoioerevisao.blogspot.com.br/2014/03/regras-e-normas-da-associacao.html>. Acesso em: 01 out. 2014.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

Elementos pré-textuais

São as partes que antecedem o texto com informações que ajudam na identificação e utilização do trabalho.

Capa (elemento obrigatório): contém os dados de identificação do trabalho e deve conter o nome da instituição, nome do curso, nome(s) do(s) autor(es) em ordem alfabética, título (e subtítulo, se houver), cidade e ano da entrega.

No caso de cidades homônimas recomenda-se o acréscimo da sigla da unidade da federação. Ex.: Boa Esperança – PR; Boa Esperança – ES; Boa Esperança - MG

Pode ser construída conforme modelo ilustrativo a seguir.

Figura 2: Exemplo de Capa

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

Lombada (elemento opcional): apresentada conforme a NBR 12225:2006.

Folha de rosto (elemento obrigatório): contém os elementos essenciais à identificação da obra:

• nome do(s) autor(es) em ordem alfabética;

• título do trabalho com subtítulo (se houver);

• natureza do trabalho (tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso ou outro) com objetivo (aprovação em disciplina, grau pretendido ou outro), nome da instituição a que é submetido e nome do orientador;

• Local e ano de entrega.

Veja o exemplo (Anverso):

Exemplo: Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade de Americana, como pré-requisito para a obtenção do grau de Bacharel em Administração, sob orientação do Prof. Dr. Fulano de Tal.

A folha de rosto possui dois lados que devem ser utilizados, denominados de anverso e verso.

Para trabalhos acadêmicos:Trabalho apresentado à disciplina X, sob orientação do Prof. Dr. Fulano de Tal.

Figura 3: Modelo de folha de rostoFonte: Galetta, 2011, p43

Dica A folha de rosto é idêntica à capa, acrescentando-se apenas a natureza do trabalho.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

Errata (elemento opcional): corresponde a uma lista dos erros ocorridos no texto, seguidos das devidas correções. Deve ser inserida logo após a folha de rosto, constituída pela referência do trabalho e pelo texto da errata. Apresentada em papel avulso ou encartado, acrescida ao trabalho depois de impresso.

Folha de aprovação (elemento obrigatório): deve ser inserida logo após a folha de rosto.

Deve conter o(s) nome do(s) autor(es) em ordem alfabética, título, subtítulo (se houver), natureza do trabalho, data de aprovação, nome completo dos membros da banca examinadora, as instituições a que são filiados e os locais para as assinaturas.

DICAA errata normalmente é utilizada quando o trabalho já foi finalizado e impresso em sua versão final, não cabendo mais correções ou ajustes. No caso da graduação, subentende-se que o trabalho é apresentado para uma banca examinadora, que avaliará a obra, emitindo um parecer sobre as correções necessárias. Após a avaliação, o aluno terá um período para a revisão e encaminhará uma versão corrigida como entrega final do trabalho. Nesse caso, não há necessidade de Errata.

Exemplo de errata:

FERRIGNO, C. R. A. Tratamento de neoplasias ósseas apendiculares com reimplantação de enxerto ósseo autólogo autoclavado associado ao plasma rico em plaquetas: estudo crítico na cirurgia de preservação de membro em cães. 2011. 128 f. Tese (Livre-Docência) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.

Folha Linha Onde se lê Leia-se

16 10 auto-clavado autoclavado

Fonte: NBR 14724:2011

Dica Se a instituição prevê a revisão do trabalho após a avaliação da banca examinadora, a folha de aprovação será assinada mediante a entrega da versão final da obra.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

Dedicatória (elemento opcional): é colocada após a folha de aprovação. O autor presta uma homenagem ou dedica seu trabalho a alguém que contribuiu de alguma forma para a sua consecução. Normalmente deve ser colocado no quadrante direito inferior da folha. Para a dedicatória não se coloca título.

Dica Todos os TCCs aprovados são entregues na Biblioteca Central pelo orientador de TCC, em formato WORD. ficha catalográfica será elaborada somente para os trabalhos que forem aprovados com nota 9 (nove) ou 10 (dez), após a entrega pelo orientador, e que ficarão no acervo eletrônico da FAM. Os TCCs aprovados, mas que não atingiram as notas para disponibilização pública serão cadastrados com acesso restrito aos docentes. NOTA: Fica implícita a aceitação dos autores dos TCCs a publicação eletrônica na íntegra no acervo eletrônico da FAM, disponível para consulta pública.Figura 6: Exemplo de folha de aprovação

Fonte: Santos, 2012

Figura 7: Exemplo de dedicatória. Atenção ao quadrante inferior direito.

Fonte: Elaboração Própria

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

Agradecimentos (elemento opcional): o autor faz agradecimentos dirigidos àqueles que contribuíram de forma relevante para a concretização do trabalho. Se houver financiamento, devem-se constar agradecimentos à agência ou instituição financiadora.

Epígrafe (elemento opcional): o autor pode colocar uma frase ou citação, seguida da indicação de autoria, que se relacione diretamente ou indiretamente com o assunto tratado no trabalho. Poderá usar também epígrafes nas páginas iniciais dos capítulos.

Figura 8: Exemplo de agradecimento.Fonte: Elaboração Própria

Exemplo de texto de epígrafe:

O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais inteligência.

Henry Ford

Figura 9: Exemplo de epígrafe.Fonte: Elaboração Própria

Obs.: A epígrafe deve ser colocada no quadrante direito inferior da página, em tamanho menor e com indicação da fonte de referência. Essa referência deve constar no final do trabalho.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

Resumo na língua vernácula – português (elemento obrigatório): segue a NBR 6028:2003, deve apresentar os pontos principais do trabalho e ter uma sequência lógica apresentada de forma clara e objetiva.

O autor deve ter em mente que leitor busca primeiramente o resumo para obter um conhecimento do texto, o que possibilita avaliar seu interesse na continuidade da leitura.

Veja as regras gerais de apresentação do resumo, segundo a NBR 6028:2003:

• No resumo devem constar os objetivos do trabalho, o método, os resultados e as conclusões;

• O resumo deve ser precedido da referência do documento, exceto se o resumo está inserido no próprio documento;

• Compõe o resumo uma sequência de frases concisas, afirmativas, que não devem ser enumeradas em tópicos;

• Recomenda-se o uso de parágrafo único;

• O verbo deve estar na voz ativa e na terceira pessoa do singular;

• Procure evitar símbolos, contrações, fórmulas, equações, mas se o seu emprego for muito importante, procure definir na primeira vez que aparecerem;

• Os resumos devem ser concisos, respeitando o número de palavras:

a) De 150 a 500 palavras para os trabalhos acadêmicos e relatórios técnico-científicos;

b) De 100 a 250 palavras para os artigos de periódicos;

c) De 50 a 100 palavras para indicações breves;

d) Resumos críticos não estão sujeitos a limite de palavras.

Os resumos devem ser concisos, respeitando o número de palavras.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

Palavras-chave ou descritores (elemento obrigatório): de acordo com a NBR 6028:2003, as palavras-chave são palavras que representam o conteúdo do trabalho e aparecem logo abaixo do resumo (dois espaços) e devem ter no mínimo duas palavras e, no máximo cinco palavras. São muito importantes porque auxiliam na busca e acesso à informação de maneira mais rápida.

Resumo na língua estrangeira (elemento obrigatório): segue a NBR 6028:2003.

Apresenta as mesmas características do resumo em língua portuguesa, porém com a exigência da tradução para a língua inglesa (Abstract). Deve aparecer em folha distinta, seguido de palavras-chave (Keywords).

Exemplo:

RESUMO1

A sociologia da modernidade líquida de Zygmunt Bauman (1925) é, segundo o autor, um modo possível de articular o conhecimento científico sobre a sociedade com o conhecimento comum da vida cotidiana. Em virtude de sua natureza, seus textos têm despertado grande interesse em um público de leitores não habituados a esse campo disciplinar, a ponto de ser apresentado, por suas casas publicadoras, como um verdadeiro best-seller. Este estudo, situado no âmbito da sociologia da cultura, visa compreender, por meio da análise da sociologia de Bauman, o estado atual do campo sociológico em suas relações com a cultura de massa, tendo por pressuposto a lógica cultural contemporânea em que a distinção tradicional entre alta e baixa cultura ou entre ciência e senso comum parece perder legitimidade. Como resultado, a sociologia da modernidade líquida, a despeito de sua pretensão científica, aproximar-se-ia das práticas de vulgarização da ciência, fenômeno mais amplo e difuso nos diversos domínios disciplinares e que encontraria no esquema teórico de Bauman sua expressão no campo sociológico.

Palavras-chave: Pós-modernismo. Ciência e senso comum. Divulgação científica.

Zygmunt Bauman.

1 - Fonte: ABREU, Cleto Junior Pinto de. A sociologia da modernidade líquida de Zymunt Bauman: ciência pós-moderna e divulgação científica. 2012. Dissertação (Mestrado em So-ciologia) – Faculdade de Filosofia, Let-ras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.

Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses;disponiveis/8/8132/tde-03052013-181711/>. Acesso em: 21 out. 2014.

Dica

Escolher as palavras-chave requer conhecimento do assunto do texto e seguir termos . Peça ajuda ao seu professor orientador.

Na área de saúde, utilize o DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) disponível em: <http://decs.bvs.br/P/DeCS2013_Alfab.htm>.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

Lista de ilustrações, Listas de tabelas e/ou quadros (elementos opcionais): elaboradas de acordo com a ordem apresentada no texto e cada item deve constar nome específico, acompanhado pelo respectivo número de página.

Lista de abreviaturas e siglas (elemento opcional): segue a NBR 6025:2002. Trata-se de uma relação das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguida do nome por extenso.

Lista de símbolos (elemento opcional): os símbolos são universais e podem ser usados em quaisquer circunstâncias, ao contrário das abreviaturas e siglas. Os símbolos são abreviados sem ponto.

Exemplos: @ (arroba); Kg (quilograma); m (metro); min (minuto).

ABSTRACT2

The liquid modernity sociology of Zygmunt Bauman (1925) is, according to the author, a possible way to linking scientific knowledge about society with common knowledge of everyday life. Due to their nature, his texts have aroused great interest in an audience of readers not familiar with this disciplinary field, about to be presented, by his publishers, like a true best-seller. This study, situated within the sociology of culture, aims to understand, through the analysis of the Bauman’s sociology, the current state of the sociological field in its relations to the mass culture, admitting a cultural logic contemporary that the traditional distinction between high and low culture - or between science and common sense - seems to lose legitimacy. As a result, the sociology of liquid modernity, despite its scientific pretensions, would bring the practices of scientific literacy, broader phenomenon and diffuse in different disciplinary domains and find that thetheoretical scheme of Bauman expression in sociological field.

Keywords: Postmodernism. Science and commonsense. Scientific literacy. Zygmunt

Bauman.

2 - Fonte: ABREU, Cleto Junior Pinto de. A sociologia da modernidade líquida de Zymunt Bauman: ciência pós-moderna e divulgação científica. 2012. Dissertação (Mestrado em So-ciologia) – Faculdade de Filosofia, Let-ras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.

Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses;disponiveis/8/8132/tde-03052013-181711/>. Acesso em: 21 out. 2014.

DICA:Na primeira vez que aparecer uma abreviatura ou sigla, coloque-a entre parênteses sempre após o nome por extenso. Após, pode-se utilizar somente a sigla.

Exemplo: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Se o trabalho tiver um pequeno número de ilustrações de tipos variados (figuras, quadros, tabelas), faça uma única lista.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

Sumário (elemento obrigatório): segue a NBR 6027:2012 e corresponde à numeração progressiva das divisões, seções e outras partes de um documento escrito, indicando as páginas onde se inicia cada uma dessas.

Atente-se para as suas regras:

a) É identificado pela palavra “Sumário”, escrita em letras maiúsculas, centralizada na folha, em negrito, com o mesmo tipo e tamanho de fonte usado para as seções adotadas no texto;

b) A organização e a grafia dos títulos e subtítulos devem seguir o mesmo formato do texto;

c) Deve ser o último elemento pré-textual, sendo que os elementos que o antecedem não devem constar no sumário;

d) Deve ser redigido com espaço de 1,5 entrelinhas;

e) Os indicativos das seções que compõe o sumário devem ser alinhados à esquerda, conforme a NBR 6024:2003;

f) Recomenda-se o alinhamento pela margem do título do indicativo mais extenso, de acordo com a NBR 6027:2012.

DicaA forma plural é igual à do singular, é errado acrescentar ‘s’.

Exemplos: m (metro e metros) = 1 m / 13 m; h (hora) = 1 h / 17 h

DICAO Sumário pode ser formatado por meio do Word. Para gerar o sumário automaticamente, devemos atribuir o estilo certo a cada título e subtítulo das seções do trabalho. Depois, na guia “Referências”, clique em Sumário e, mais abaixo, inserir Sumário. Uma outra forma de formatação é inserir uma tabela, com duas colunas, alinhando a segunda coluna de acordo com o título do indicativo mais extenso. Depois, basta ocultar as grades.

Fonte: Elaboração Própria

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

Elementos textuais

São as partes em que é exposto o conteúdo do trabalho. Segue a NBR 14.724:2011.

O texto é composto de uma parte introdutória, que apresenta os objetivos do trabalho e as razões de sua elaboração; o desenvolvimento, que detalha a pesquisa ou estudo realizado; e uma parte conclusiva.

Introdução: é a parte inicial do texto, apresentando o trabalho ao leitor. Então, deve-se começar a elaborá-la no início do trabalho e terminá-la no final do trabalho. Deve constar a delimitação do trabalho, o tema tratado, os objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o assunto tratado na pesquisa.

Desenvolvimento: é a parte principal do texto, onde se expõe de forma ordenada e detalhada do assunto. Pode ser dividido em capítulos, seções e alíneas.

Conclusão: refere-se aos dados e resultados encontrados, fechando o trabalho com indicações e recomendações. Deve responder aos objetivos do trabalho, reforçando ou refutando as ideias defendidas no início do trabalho.

Elemento pós-textual

Parte que sucede o texto e complementa o trabalho.

Referências (elemento obrigatório): segue a NBR 6023:2002, abordada na unidade anterior.

Glossário (elemento opcional): semelhante a um dicionário, palavras pouco conhecidas acompanhadas de definições e/ou traduções. Deve ser elaborado em ordem alfabética.

Apêndices (elemento opcional): propõe ilustrar e elucidar assuntos que não são fundamentais no texto, mas podem servir de apoio ao mesmo. É elaborado pelo autor e a indicação é feita em letras maiúsculas sequenciais, seguidos do título. Quando esgotadas as letras do alfabeto, utilizam-se as letras maiúsculas dobradas (AA).

Os símbolos são universais e podem ser usados em quaisquer circunstâncias, ao contrário das abreviaturas e siglas. Os símbolos são abreviados sem ponto.

DICAA introdução é elaborada em um texto corrido não podendo ter títulos, não cabe neste item citações diretas e indiretas, só em extrema necessidade para especificação conceitual. O estilo utilizado deve ser o dissertativo, de forma coerente e coesa. Deve ser breve, direta e simplificada, não precisa ter mais do que uma ou duas páginas.

DICANão se permite a inclusão de dados novos nessa seção.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

Exemplo: APÊNDICE A – Questionário aplicado aos funcionáriosAPÊNDICE B – Questionário aplicado aos administradores

Anexos (elemento opcional): materiais que não foram elaborados pelo autor, mas que podem ilustrar o assunto tratado no desenvolvimento da pesquisa. As orientações são as mesmas dos apêndices.

Exemplo: ANEXO A – Mapa de localização da empresaANEXO B - Contrato de trabalho utilizado na empresa

Índices (elemento opcional): Elaborado conforme a NBR 6034:2005. Colocado no final do trabalho, após as referências, seguindo a paginação corrente da obra, é remissivo ao texto, podendo ser por autor, assunto, palavras-chave.

REGRAS GERAIS DE FORMATAÇÃO

Formatação

• Impressão: papel branco ou reciclado, no formato A4 (21 cm x 29,7 cm);

• Permitida a utilização do anverso e verso da folha, seguindo as orientações:

• Margens, de acordo com a NBR 14.274:2011:

ATENÇÃO:

O Índice não deve ser confundido com o Sumário e a Lista.

Anverso da Folha

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

• Fonte: Arial ou Times New Roman;

• Cor da fonte: preta (outras cores de fonte podem ser utilizadas somente em ilustrações – imagens, gráficos, fotos;

• Tamanho da fonte: 12 para todo o trabalho, inclusive a capa;

• Exceção: Tamanho da fonte menor e uniforme: citações com mais de três linhas, notas de rodapé, paginação, dados internacionais de catalogação-na-publicação, legendas e fontes das ilustrações e tabelas.

Espaçamento

• Espaçamento entre as linhas: 1,5;

• Espaçamento simples: citações com mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas das ilustrações e das tabelas, natureza do trabalho;

• Referências: espaçamento simples e separadas entre si por um espaço simples em branco, alinhamento à esquerda;

• Natureza do trabalho: na folha de rosto e na folha de aprovação, deve ser alinhada do meio da folha para a margem direita;

Notas de rodapé

• Devem ser digitadas dentro das margens e separadas do texto por um espaço simples entre as linhas e um filete de 5 cm a partir da margem esquerda;

• Devem ser alinhadas, a partir da segunda linha da mesma nota, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente, sem espaço entre as notas e com fonte tamanho menor (recomenda-se o tamanho 10).

Exemplo:

__________________________

1 Notícia fornecida por John Smith no Congresso Internacional de Engenharia Genética, em Londres, em outubro de 2001.

2 MOSCOVICI, F. Desenvolvimento interpessoal: treinamento em grupo. 15. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2005.

3 FARIA, José Eduardo (Org.). Direitos humanos, direitos sociais e justiça.

São Paulo: Malheiros, 1994.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

Títulos sem indicativo numérico

Errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumo, sumário, referências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice(s) - devem ser centralizados.

Elementos sem título e sem indicativo numérico

A folha de aprovação, a dedicatória e a(s) epígrafe(s) não possuem título e indicativo numérico.

Paginação

Todas as folhas a partir da folha de rosto devem ser contadas sequencialmente.

• As folhas dos elementos pré-textuais devem ser contadas, mas não numeradas;

• A numeração é colocada a partir da primeira página da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior.

• Havendo apêndices e anexos, as folhas são numeradas de maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto principal.

Paginação no anverso da folhaFonte: Elaboração própria,

de acordo com a NBR 14.724:2011.

Paginação no verso da folhaFonte: Elaboração própria,

de acordo com a NBR 14.724:2011.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

Seções ou subtítulos

Os títulos dos elementos textuais deverão ser numerados da Introdução à Conclusão, obedecendo a hierarquia:

Seção primária:

• Os títulos das seções primárias sempre vir em uma nova página;

• O indicativo numérico, em algarismo arábico, precede o título, alinhado à esquerda, separado por um espaço de caractere;

• Fonte: Arial ou Times New Roman; tamanho 12, maiúscula, negrito, separado do texto que os sucede por um espaço entre linhas de 1,5.

Seção secundária:

• Fonte: Arial ou Times New Roman, tamanho 12, negrito, alinhado à esquerda

• Da mesma forma que a seção primária, os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede e que os sucede por um espaço entre linhas de 1,5.

• Títulos que ocupem mais de uma linha devem ser alinhados abaixo da primeira letra da primeira palavra do título.

A divisão do texto em seções terciária, quaternária, quinaria em diante, deverão ser apresentadas sem negrito.

Alínea

Exemplo: 1 INTRODUÇÃO

Exemplo:1.1 Seção secundária (Fonte 12, negrito, letra minúscula)

Exemplo:Seções terciárias: 1.1.1 Desenvolvimento gerencial

Seções quaternárias: 1.1.1.1 Objetivos do desenvolvimento gerencial

Seções quinarias: 1.1.1.1.1 O desafio do desenvolvimento gerencial

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

É uma subdivisão de uma seção:

a) É representada por uma letra minúscula e termina em ponto e vírgula, exceto a última que termina em ponto final;

b) O texto que antecede as alíneas termina em dois pontos;

c) As alíneas devem apresentar um recuo de 1 cm em relação à margem esquerda;

d) A segunda e as seguintes linhas do texto da alínea começam sob a primeira letra do texto da própria alínea.

lustrações

Segundo a ABNT, as ilustrações (gravuras, gráficos, fotografias, mapas, esquemas, desenhos, tabelas, quadros, fórmulas, modelos e outros) são imagens que completam visualmente o texto, e têm a finalidade de explicar, elucidar ou simplificar o seu entendimento.

Conforme NBR 14724:2011,

“qualquer que seja o tipo de ilustração, sua identificação aparece na parte superior, precedida da palavra designativa (desenho, esquema, fluxograma, fotografia, gráfico, mapa, organograma, planta, quadro, retrato, figura, imagem, entre outros), seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, travessão e do respectivo título. Após a ilustração, na parte inferior, indicar a fonte consultada (elemento obrigatório, mesmo que seja produção do próprio autor), legenda, notas e outras informações necessárias à sua compreensão (se houver). A ilustração deve ser citada no texto e inserida o mais próximo possível do trecho a que se refere” (grifos do autor).

Exemplo:

Na lista de referências: DOERNER, Juliana. Brinquedoteca em casa – faça a sua! Gemelares: o portal da mãe coruja. [S.l.], 2012. Disponível em: <http://www.gemelares.com.br/2012/07/brinquedoteca-em-casa-faca-sua.html>. Acesso em: 21 out. 2014.

Figura 1 - BrinquedotecaFonte: Doerner (2012).

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

Tabelas

ABNT não possui norma para apresentação de tabelas. Indica-se o uso da obra:

Atente-se às regras gerais de apresentação das tabelas:

a) apresentam dados numéricos ou informações tratadas estatisticamente;

b) as tabelas devem ser inseridas o mais próximo possível do trecho a que se referem;

c) as fontes consultadas, na construção de tabelas, e notas eventuais aparecem após a tabela na parte inferior e em fonte tamanho 11;

d) utilizam-se traços horizontais e verticais para separar os títulos das colunas no cabeçalho e fechá-las na parte inferior;

e) a moldura de uma tabela NÃO deve ter traços verticais que a delimitem à esquerda e à direita;

f) deve-se evitar o uso de traços verticais para separar as colunas;

g) não se utiliza fios horizontais para separar as linhas;

h) recomenda-se que uma tabela seja elaborada de forma que possa ser apresentada em uma única folha;

i) se a tabela não couber em uma folha, deve-se continuar na folha seguinte e, nesse caso, não é delimitada por traço horizontal na parte inferior, repetindo o título e o cabeçalho na próxima folha; cada página deve apresentar uma das seguintes indicações: continua (para primeira página), continuação (entre a segunda e penúltima página) e conclusão (para a última página).

FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro, 1993. Disponível em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20-%20RJ/normas tabular.pdf>. Acesso em: 21 out. 2014.

Exemplo: A diferença entre tabela e quadro é que as tabelas apresentam informações tratadas estatisticamente, apresentando resultados numéricos e valores comparativos. Os quadros contêm informações textuais, normalmente agrupadas em colunas.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

Acesse o site: Práticas da pesquisa. Disponível em: <http://www.praticadapesquisa.com.br/ >. Acesso em 21 out. 2014. Trata-se de um blog elaborado pelo professor Alejandro K. Arrabal, cujo objetivo é compartilhar conhecimentos e experiências sobre a prática da pesquisa, orientações para elaboração de trabalhos acadêmicos, monografias, TCCs, dissertações, teses, artigos, divulgação de concursos monográficos, recomendações para a redação de textos científicos, emprego de softwares aplicativos e técnicas de pesquisa.

LEITURAS COMPLEMENTARES

GALETTA, Ana Paula dos Santos. Manual de apresentação trabalhos acadêmicos. Americana: FAM, 2011.49f. Disponível em: <http://www.fam.br/arquivos/manual_acad.pdf>. Acesso em 13 out. 2014. Manual produzido pela bibliotecária da FAM para orientar os alunos na elaboração de trabalhos científicos.Traz as principais normas da ABNT, apresentadas de maneira simplificada e modelos que deverão ser utilizados no cotidiano da sala de aula.

O blog Sos NormalizAÇÃO traz vários vídeos que apresentam as normas técnicas da ABNT de maneira simples e visual. Disponível em: <https://www.youtube.com/channel/UClTzalyeacSF1jxs7SZ4exg >. Acesso em 21 out. 2014.

Veja outros vídeos que se relacionam com o assunto desta unidade:

Apresentação de Normas de Apresentação Tabular, de acordo com o IBGE, 1993. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=I6NFdAdDZ9I >.

Apresentação de sumário, de acordo com a NBR 6027/2003. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=XARNVqoQPr8 >.

Apresentação de citação em documentos, segundo a NBR 10520/2002. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=pJ712YMh1UI >.

Apresentação de numeração progressiva em trabalhos acadêmicos, de acordo com a NBR 6024/2012. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=aB_r-keP7Bk >.

Na lista de referências: BRASIL. Ministério da Previdência Social. Tabela de contribuição mensal. Brasília, DF, 2010. Disponível em: <http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=313>. Acesso em: 21 out. 2014.

Links Importantes

Vídeos Importantes

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

Nesta unidade aprendemos que os trabalhos acadêmicos científicos respeitam um formato normatizado pela ABNT, para fins de apresentação à instituição acadêmica científica. São compostos por elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, sendo que há aqueles elementos obrigatórios e outros opcionais.

Procuramos apresentar como se estrutura cada elemento, buscando trazer exemplos que facilitem a realização, a formatação e a apresentação dos trabalhos em sua versão final.

É importante mencionar que as normas da ABNT passam por revisões e alterações. Esteja atento às atualizações e consulte sempre o bibliotecário em caso de dúvidas.

De acordo com a ABNT NBR 14724:2011, aplicam-se os seguintes termos e definições:

AbreviaturaRepresentação de uma palavra por meio de alguma(s) de sua(s) sílaba(s) ou letra(s).

AgradecimentoTexto em que o autor faz agradecimentos dirigidos àqueles que contribuíram de maneira relevante à elaboração do trabalho.

AnexoTexto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração.

ApêndiceTexto ou documento elaborado pelo autor, a fi m de complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho.

AutorPessoa física responsável pela criação do conteúdo intelectual ou artístico de um trabalho.

Glossário

Finalizando

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

CapaProteção externa do trabalho sobre a qual se imprimem as informações indispensáveis à sua identificação.

CitaçãoMenção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte.

Dados internacionais de catalogação-na-publicaçãoRegistro das informações que identificam a publicação na sua situação atual.

DedicatóriaTexto em que o autor presta homenagem ou dedica seu trabalho.

DissertaçãoDocumento que apresenta o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando a obtenção do título de mestre.

Elemento pós-textualParte que sucede o texto e complementa o trabalho.

Elemento pré-textualParte que antecede o texto com informações que ajudam na identificação e utilização do trabalho.

Elemento textual

Parte em que é exposto o conteúdo do trabalho.

EpígrafeTexto em que o autor apresenta uma citação, seguida de indicação de autoria, relacionada com a matéria tratada no corpo do trabalho.

ErrataLista dos erros ocorridos no texto, seguidos das devidas correções.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

Folha de aprovaçãoFolha que contém os elementos essenciais à aprovação do trabalho.

Folha de rostoFolha que contém os elementos essenciais à identificação do trabalho.

GlossárioRelação de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições.

IlustraçãoDesignação genérica de imagem, que ilustra ou elucida um texto.

ÍndiceLista de palavras ou frases, ordenadas segundo determinado critério, que localiza e remete para as informações contidas no texto.

LombadaParte da capa do trabalho que reúne as margens internas das folhas, sejam elas costuradas, grampeadas, coladas ou mantidas juntas de outra maneira.

ReferênciaConjunto padronizado de elementos descritivos retirados de um documento, que permite sua identificação individual.

Resumo em língua estrangeiraVersão do resumo para idioma de divulgação internacional.

Resumo na língua vernáculaApresentação concisa dos pontos relevantes de um texto, fornecendo uma visão rápida e clara do conteúdo e das conclusões do trabalho.

SiglaConjunto de letras iniciais dos vocábulos e/ou números que representa um determinado nome.

SímboloSinal que substitui o nome de uma coisa ou de uma ação.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 5

SumárioEnumeração das divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede.

TabelaForma não discursiva de apresentar informações das quais o dado numérico se destaca como informação central.

TeseDocumento que apresenta o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor) e visa a obtenção do título de doutor, ou similar.

Trabalho de conclusão de curso de graduação, trabalho de graduação interdisciplinar, trabalho de conclusão de curso de especialização e/ou aperfeiçoamentoDocumento que apresenta o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa, e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 6

Nesta unidade daremos continuidade aos estudos sobre as normas técnicas, regulamentadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em especial a NBR 15287:2011, utilizadas para a elaboração de projetos de pesquisa, fase importante na sua vida acadêmica.

Nosso objetivo é que você consiga identificar as etapas fundamentais à elaboração de um projeto de pesquisa: os tipos de pesquisas, suas fases e etapas.

Também trataremos das formas de apresentação e comunicação de pesquisas científicas, que são comumente mais utilizadas nos cursos de graduação: Relatórios técnicos científicos (NBR 10719:2011); Monografia ou TCC (NBR 14724:2011); artigos científicos (NBR 6022:2003) e pôsteres (NBR 15437:2006).

Ao final dessa unidade você deverá ser capaz de responder às seguintes questões:

- O que é pesquisa científica e quais as suas finalidades?

- Quais as etapas fundamentais para a elaboração de pesquisas cientificas?

- Como apresentar pesquisas científicas em cursos de graduação?

O QUE É PESQUISA?

Essa pergunta pode ser respondida de muitas formas. Apresentaremos, a seguir, como alguns autores conceituam pesquisa.

Pesquisar significa procurar respostas para questionamentos propostos. Demo (2000, p. 34) define a pesquisa como atividade cotidiana, considerando-a uma atitude, “um questionamento sistemático crítico

Conteúdos e Habilidades

UNIDADE 6

TEMA 6: PRINCÍPIOS GERAIS PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA

Leitura Obrigatória

Os requisitos para a elaboração de uma pesquisa científica:

- Indicar com clareza os métodos utilizados;

- Apresentar resultados originais, sem desvios ou distorções;

- Indicar as fontes bibliográficas utilizadas..

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 6

e criativo, mais a intervenção competente na realidade, ou o diálogo crítico permanente com a realidade em sentido teórico e prático”.

Para Cervo; Bervian e Da Silva (2007, p. 57), pesquisa é um conjunto de ações, propostas para encontrar a solução para um problema, que têm por base procedimentos científicos.

As citações acima nos remetem ao entendimento de que, para acontecer a pesquisa, é necessário termos um problema a ser investigado.

A forma da pesquisa depende do objeto pesquisado e do objetivo do(a) pesquisador(a). Sendo assim, a pesquisa científica é classificada segundo diversas percepções.

- Quanto à sua natureza: pesquisa básica e pesquisa aplicada;

- Quanto à forma de abordagem do problema: pesquisa qualitativa e pesquisa quantitativa;

- Quanto ao ponto de vista dos procedimentos: pesquisa bibliográfica, pesquisa descritiva e pesquisa experimental.

Tipos de pesquisa

Quanto à sua natureza

- Pesquisa pura ou básica: o pesquisador busca satisfazer a necessidade de adquirir um conhecimento, sem que haja uma aplicação prática prevista;

- Pesquisa aplicada: a necessidade do pesquisador é de buscar conhecimentos com vistas a uma aplicação prática, por exemplo, buscando soluções para problemas concretos.

Ambas são importantes para o desenvolvimento da ciência e indispensáveis para o ser humano, lembrando que, muitas vezes, o conhecimento puro precede a tomada de decisões e a resoluções de problemas. (CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2007, p. 60)

Quanto à forma de abordagem

- Pesquisa quantitativa: está relacionada a técnicas estatísticas, traduzindo em números as informações para serem classificadas e analisadas;

- Pesquisa qualitativa: está relacionada a técnicas descritivas, quando as informações e dados obtidos são analisados, interpretados e atribuídos a eles significados.

Fonte: Freepik.com

“Seja qual for seu tipo, a pesquisa resulta da execução de inúmeras tarefas, desde a escolha do assunto até o relatório final, o que também implica a adoção simultânea e consecutiva de variadas técnicas em uma mesma pesquisa” (CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2007, p. 63).

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 6

Pode-se, ainda, utilizar-se de técnicas quantitativas e qualitativas ao mesmo tempo, denominando a pesquisa de quali-quantitativa.

Quanto aos procedimentos

- Pesquisa bibliográfica: quando se busca explicar um problema a partir da pesquisa em referências teóricas publicadas em artigos, livros, dissertações e teses. A pesquisa bibliográfica constitui parte da pesquisa descritiva ou experimental, e geralmente é o primeiro passo de qualquer pesquisa científica.

- Pesquisa descritiva: é aquela que se utiliza da observação e do registro, por meio de coleta de dados, e da análise e correlação dos fatos ou fenômenos colhidos da própria realidade. Desenvolve-se principalmente nas ciências humanas e sociais, podendo assumir diversas formas, tais como: estudos descritivos, pesquisa de opinião, pesquisa de motivação, estudo de caso, pesquisa documental.

- Pesquisa experimental: caracteriza-se por manipular diretamente as variáveis relacionadas com o objeto de estudo. Para atingir os resultados, o pesquisador deve utilizar aparelhos e instrumentos ou de procedimentos apropriados que permitam estabelecer as relações entre as variáveis analisadas. Pode-se dizer que esse tipo de pesquisa é comumente empregado na área das ciências biológicas ou da saúde.

Para a elaboração de uma pesquisa, é necessário saber onde encontrar e como consultar recursos que subsidiem um embasamento teórico, pois este é fundamental no desenvolvimento da pesquisa.

Considerando que o foco desta disciplina, com vistas à elaboração de trabalhos acadêmicos e de iniciação científica, enfatizaremos a pesquisa bibliográfica. As demais tipologias serão estudadas na disciplina de Metodologia da Pesquisa.

A pesquisa bibliográfica visa oferecer diretrizes para a elaboração de trabalhos acadêmicos e é desenvolvida com base em material já elaborado: livros, artigos de periódicos científicos e, atualmente, materiais disponibilizados pela internet. Por meio da pesquisa bibliográfica, é possível encontrar o documento que melhor se adapte ao tema que você busca.

Essa é a fase preliminar de levantamento e revisão de literatura já escrita, para a elaboração conceitual e a definição de marcos teóricos que irão compor o projeto.

“Os alunos de todos os níveis acadêmicos devem, portanto, ser iniciados nos métodos e técnicas da pesquisa bibliográfica”(CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2007, p. 61).

Para a elaboração de uma pesquisa, é necessário saber onde encontrar e como consultar recursos que subsidiem um embasamento teórico, pois este é fundamental no desenvolvimento da pesquisa.

Fonte: Freepik.com

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 6

Mas, como pesquisar?

Ao pensar em pesquisa, devemos, antes de tudo, planejar as fases de investigação, de forma que seja garantida a viabilidade da pesquisa. De acordo com Rauen (2002, p. 47), quando alguém quer construir uma casa, pode fazê-lo sem planejar? Primeiro, será necessário elaborar uma planta, um plano de como será a casa, um cronograma do tempo para construir, um orçamento que antecipa os gastos necessários para a construção.

Para o desenvolvimento de uma pesquisa, não é muito diferente; devemos primeiro fazer um projeto, que é uma sequência de etapas metodológicas estabelecidas pelo pesquisador; essas etapas devem ser adequadas aos procedimentos da metodologia científica.

Durante a sua vida acadêmica, você desenvolverá muitas pesquisas e precisará elaborar muitos projetos, necessitando aplicar os conhecimentos adquiridos nesta disciplina.

Fases da pesquisa

Quando se tem em vista uma pesquisa, antes de tudo é preciso elaborar um projeto que garantirá sua viabilidade, um planejamento, prevendo os recursos necessários para atingir o objetivo proposto de solucionar um problema, estabelecer a ordem da natureza das tarefas a serem executadas dentro de um cronograma preestabelecido pelo pesquisador.

Cervo, Bervian e Da Silva (2007, p. 65-67) traz um breve roteiro para orientar trabalhos de pesquisa:

a) Escolha do tema da pesquisa: corresponde ao primeiro passo no planejamento da pesquisa e corresponde à escolha de um campo delimitado da área do conhecimento em que o pesquisador está inserido. Pode ser teórico ou prático, surgir de um interesse pessoal ou profissional, mas o importante é ressaltar que o tema deve ser de interesse tanto do pesquisador quanto científico, levar em conta o material disponível e evitar temas sobre os quais já existem estudos exaustivos;

b) Delimitação do tema: trata-se de selecionar um assunto a ser estudado em profundidade. Evite temas amplos que resultem em trabalhos superficiais;

c) Justificativa da escolha: o pesquisador deverá demonstrar as razões de sua escolha e a importância do tema para a área de conhecimento em que atua;

Fonte: Freepik.com

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 6

d) Revisão de literatura: é a realização de uma pesquisa bibliográfica, situando o assunto e trazendo conhecimentos prévios que auxiliará o aluno na investigação e no planejamento da pesquisa;

e) Formulação do problema: a partir da literatura estudada e da reflexão pessoal, é possível formular questionamentos que orientarão a pesquisa. Redigida de forma interrogativa;

f) Elaboração de hipóteses: a partir dos questionamentos, é possível construir hipóteses, que são respostas e explicações provisórias. Nos trabalhos acadêmicos sugere-se que o número de hipóteses seja reduzido;

g) Amostragem: a pesquisa é realizada com base em uma determinada população (amostra) que pode ser um conjunto de pessoas, de animais ou de objetos que representam a totalidade de indivíduos que possuam as mesmas características. Trata-se da coleta de dados de parte de uma população pré-definida pelo pesquisador, selecionada segundo critérios que garantam a sua representatividade;

h) Instrumentos: são as técnicas a serem usadas para a coleta de dados, tais como a entrevista, o questionário e o formulário. Na pesquisa experimental, deve-se descrever os instrumentos e materiais ou todas as técnicas empregadas;

i) Procedimentos: corresponde ao detalhamento dos passos de coleta e registro dos dados colhidos.

j) Análise dos dados: todas as informações são reunidas, comparadas, analisadas. Os dados analisados podem ser apresentados em forma de tabelas, gráficos e/ou quadros, a fim de simplificar a leitura. A análise procura verificar a comprovação ou não das hipóteses de estudo;

k) Discussão dos resultados: a partir da análise dos dados, cabe ao pesquisador comentar, realizar as deduções, as generalizações, confrontá-las e compará-las a posicionamentos de outros autores;

l) Conclusão: compreende o resumo dos resultados mais significativos da pesquisa, a síntese dos resultados, devendo o pesquisador demonstrar a comprovação ou a rejeição das hipóteses de estudo, bem como indicar aspectos que possam dar continuidade ou aprofundar o assunto pesquisado;

m) Referências: são as fontes de referências utilizadas pelo pesquisador, apresentadas segundo as normas da ABNT;

n) Anexos: são elementos complementares, como modelos de questionários e/ou formulários, fichas de observação e registro, dados que auxiliam e complementam a leitura.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 6

APRESENTAÇÃO E COMUNICAÇÃO DA PESQUISA CIENTÍFICA

A seguir, apresentamos as principais formas de apresentação e comunicação da pesquisa científica nos cursos de graduação:

Projetos de pesquisa

Segue as mesmas recomendações da NBR 14724:2011, exceto por:

Elementos externos:

a) Capa (opcional)

b) Lombada (opcional)

- Quando inserida a capa, os elementos que nela devem constar são os mesmos da NBR 14724:2011.

Elementos internos:

Relatórios técnicos e/ou científicos

O relatório técnico-cientifico é um documento que relata formalmente os resultados ou progressos obtidos em investigação de pesquisa e desenvolvimento ou que descreve a situação de uma questão técnica ou científica.

A NBR 10719:2011 especifica os princípios gerais para a elaboração e a apresentação de relatórios técnico-científicos. Quando oportuna, pode ser aplicada em outros tipos de relatório.

A estrutura de um relatório compreende: parte externa e parte interna.

Elementos externos: Capa (opcional) e Lombada (opcional)

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 6

Elementos internos:

O relatório admite: abreviatura; anexo; apêndice; citação; errata; ficha catalográfica; folha de rosto, formulário de identificação; ilustração; página; referência; resumo; sigla; símbolo; sumário; tabela.

Formato:

- Digitados no anverso e verso da folha;

- Margem: esquerda e superior de 3 cm e direita e inferior de 2 cm; verso: direita e superior de 3 cm e esquerda e inferior de 2cm;

- Recomenda-se ESPAÇAMENTO SIMPLES;

- Paginação sequencial;

- Fonte textual tamanho 12;

- Fonte menor para citação; legendas, etc.

Artigo

Trata-se de trabalho pequeno, porém completo, que apresenta, discute e divulga ideias, métodos e técnicas, processos e resultado de estudos e pesquisas científicas. São publicados em revistas ou periódicos especializados. Do ponto de vista do conteúdo, pode constar de um argumento teórico, artigo de análise e artigo classificatório.

Normatizado pela ABNT NBR 6022:2003 (já tratado na Unidade III).

Fonte: NBR 10719, 2011, p.4

Títulos, sem indicativo numérico: errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumo, sumário, referências, glossário, apêndice, anexo e índice – devem ser centralizados.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 6

Trabalho acadêmico

Normatizado pela ABNT NBR 14724:2011, que especifica os princípios gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros), visando sua apresentação à instituição (banca, comissão examinadora de professores, especialistas designados e/ou outros). Esta norma aplica-se, no que couber, aos trabalhos acadêmicos e similares, intra e extraclasse.

As orientações para estruturar, formatar e apresentar trabalhos acadêmicos foram tratadas na Unidade V.

Monografias

Estudo sobre tema específico ou particular, com suficiente valor representativo e que obedece a uma rigorosa metodologia. São numerosos e variados os conceitos dos diferentes dos diferentes autores sobre monografia. Segue a NBR 14724:2011, abordada na Unidade V.

A monografia apresenta algumas características:

a) Trabalho escrito, sistemático e completo;

b) Tema específico ou particular de uma ciência ou parte dela;

c) Estudo pormenorizado e exaustivo, abordando vários aspectos e ângulos do caso;

d) Tratamento extenso em profundidade, mas não em alcance (nesse caso é limitado);

e) Metodologia científica;

f) Contribuição importante, original e pessoal para a ciência.

Fonte: Andrade, 2004, p.3

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Tipos de monografia

Há vários tipos de monografia, entre as quais, podem-se citar:

- Monografias escolares - trabalhos de caráter didático, apresentados ao final de um curso específico, elaboradas por alunos iniciantes na autêntica monografia ou de “iniciação à pesquisa e como preparação de seminários” (Salvador, 1980, p. 32).

- Trabalho de conclusão de curso de graduação - ao final da graduação, alguns cursos exigem a apresentação de um trabalho baseado, geralmente em fontes bibliográficas. Não é necessário ser muito extenso nem muito específico, mas deve ter clareza e encadeamento lógico.

- Monografia de especialização

- Monografia científica - trabalho científico apresentado ao final do curso de mestrado.

Estrutura da monografia

Os trabalhos científicos, em geral, apresentam a mesma estrutura: Introdução, desenvolvimento e conclusão.

Pôster e/ou painel

Consiste na apresentação em forma de cartaz, artesanal ou em banner, menos formal que a comunicação oral. A apresentação pode ser informal, com a exposição do conteúdo, ou dialogada, através da arguição da pesquisa feita por avaliadores.

Segue a normativa NBR 15437:2006, que estabelece princípios gerais para a apresentação de pôsteres técnicos e científicos.

Estrutura (conforme a NBR 15437:2006):

- Título (obrigatório): deve constar na parte superior do pôster;

- Subtítulo (opcional): deve ser diferenciado do título tipograficamente ou separado por dois pontos (:);

- Autor (obrigatório): os nomes de todos ou autores (autoria pessoal ou entidade) devem aparecer logo abaixo do título. Em trabalhos acadêmicos pode(m) ser mencionado(s) o(s) nome(s) do(s) orientadores;

Fonte: Freepik.com

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 6

- Informações complementares (opcional): nome da instituição de origem (quando autoria pessoal), cidade, estado, país, endereço postal ou eletrônico, data e demais informações relevantes;

- Resumo (opcional): deve ser elaborado conforme a NBR 6028:2003, com até 100 palavras, seguido das palavras-chave;

- Conteúdo (obrigatório): deve apresentar as ideias principais do trabalho, em forma de texto e/ou tabelas (IBGE) e/ou ilustrações. Deve-se evitar citações diretas e notas de rodapé;

- Referências (opcional): elaboradas conforme a NBR 6023:2002.

Regras para apresentação (conforme a NBR 15437:2006)

- Podem ser utilizados diferentes materiais na confecção do pôster: impresso (papel, lona, plástico, acrílico, entre outros) ou em meio eletrônico.

- Recomenda-se para o pôster impresso, largura (de 0,60 m até 0,90 m) e altura (de 0,90 m até 1,20 m);

- O projeto gráfico é de responsabilidade do autor;

- O pôster deve ser legível a uma distância de pelo menos 1 m.

Alguns cuidados na elaboração do painel

- O dia, horário, espaço para afixação do trabalho e as exigências normativas para a confecção do trabalho são preestabelecidos pela organização do evento;

- O trabalho deve ser resumido em frases/parágrafos;

- O material escrito e visual deve estar disposto de forma sequencial, agradável, completa e concisa, incluindo figuras, fotografias, tabelas e/ou gráficos pertinentes;

- Se necessário, pode-se recorrer aos serviços profissionais em artes gráficas, para elaboração do banner;

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 6

Leia o artigo: A pesquisa, dos autores Otávio Augusto Câmara Clark e Aldemar Araujo Castro. Disponível em: <http://www.sbpqo.org.br/suplementos/67%20-%20Clar.pdf>. Acesso em: 22 out. 2014. O texto reflete sobre os principais aspectos de uma pesquisa experimental, abordando a importância da análise dos resultados.

Pesquise o livro: Métodos de pesquisa, organizado pelas autoras Tatiana Engel Gerhardt e Denise Tolfo Silveira, coordenado pela Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad005.pdf >. Acesso em 22 out. 2014. O livro fornece subsídios para a compreensão da metodologia da pesquisa científica, trazendo os métodos e processos aplicáveis a pesquisa em suas diversas etapas.

LEITURAS COMPLEMENTARES

ANDRADE, M. M. de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009. Apresenta as técnicas de documentação, técnicas de sublinhar para esquematizar e resumir, elaboração de esquemas e elaboração de resumos para serem utilizados ao longo da elaboração dos trabalhos de conclusão de curso, bem como abordagens de pesquisas, com e sem recursos eletrônicos e também a classificação das fontes de informação.

AQUINO, I. S. Como falar em encontros científicos: do seminário em sala de aula a congressos internacionais. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. Este livro é destinado a quem precisa falar em encontros científicos, trata-se de um importante manual para aprimorar suas apresentações, desde o seminário em sala de aula até a preparação e apresentação de painéis.

Assista ao vídeo: Confecção de pôster (banner), de autoria de Emanuel Maia. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Rv5AMFfr4xQ >. Acesso em 22 out. 2014. O vídeo traz o passo a passo para elaboração de um pôster científico, de acordo com as normas da ABNT, usando os recursos do Microsoft Power Point.

Links Importantes

Vídeos Importantes

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Em sua vida acadêmica você se defronta com situações na qual deve fazer o resumo de um texto importante, tecer comentários críticos sobre livros ou artigos científicos, fazer o fichamento de leituras ou até mesmo produzir um artigo cientifico para apresentar em um congresso ou revistas especializadas, ou ainda elaborar uma monografia, um relatório técnico científico. Em cada uma dessas situações há que considerar aspectos específicos com relação as recomendações metodológicas, para que você tenha êxito na desafiadora atitude de apresentar e comunicar suas produções.

Nesta unidade procuramos familiarizar você sobre os diferentes tipos de produções cientificas, entendendo as particularidades que regem cada tipo de produção. Tratamos, em especial, das formas de apresentação das pesquisas científicas mais utilizadas nos cursos de graduação da FAM.

No decorrer do curso que você escolheu, esperamos que você utilize das normativas aqui apresentadas, pois elas são obrigatórias na elaboração, apresentação e comunicação de trabalhos acadêmicos científicos.

Desejamos a você sucesso no percurso acadêmico!

De acordo com as normativas NBR 15287:2011; NBR 10719:2011; NBR 14724:2011; NBR 6022:2003 e NBR 15437:2006 tratadas nessa unidade, aplicam-se os seguintes termos e definições:

AnexoTexto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração.

AutorPessoa física responsável pela criação do conteúdo intelectual ou artístico de um trabalho.

Autor-entidadeInstituição, organização, empresa, comitê, comissão, evento, entre outros, responsáveis por publicações em que não se distingue autoria pessoal.

Glossário

Finalizando

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAUnidade 6

Classificação de segurançaGrau de sigilo atribuído ao relatório técnico e/ou científico, de acordo com a natureza de seu conteúdo, tendo em vista a conveniência de limitar sua divulgação e acesso.

Dados internacionais de catalogação-na-publicaçãoRegistro das informações que identificam a publicação na sua situação atual.

EntidadePessoa jurídica constituída para fins específicos.Formulário de identificação: folha que apresenta dados específicos de identificação do documento.

PôsterInstrumento de comunicação, exibido em diversos suportes, que sintetiza e divulga o conteúdo a ser apresentado.

ProjetoDescrição da estrutura de um empreendimento a ser realizado.

Projeto de pesquisaCompreende uma das fases da pesquisa. É a descrição da sua estrutura.

Relatório técnico e/ou científicoDocumento que descreve formalmente o progresso ou resultado de pesquisa científica e/ou técnica.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAReferências

ANDRADE, M. M. de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

AQUINO, Italo de Souza. Como ler artigos científicos: da graduação ao doutorado. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 4-9.

ARRABAL, A. K. Teoria e prática da pesquisa científica. Blumenau: Diretiva, 2005. 1 CD-ROM. Windows 98 ou superior.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e documentação: Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002a.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6024: Informação e documentação: Numeração progressiva das seções de um documento escrito – Apresentação. Rio de Janeiro, 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6027: Informação e documentação: Sumário – Apresentação. Rio de Janeiro, 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: Informação e documentação: Resumo – Apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: Informação e documentação: Citações em documentos – Apresentação. Rio de janeiro, 2002b.

Referências

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAReferências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR 10719: Apresentação de relatórios. Rio de janeiro, 2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: Informação e documentação: trabalhos acadêmicos – Apresentação. Rio de Janeiro, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15287: Informação e documentação: Projeto de pesquisa – Apresentação. Rio de Janeiro, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15437: Informação e documentação: Pôsteres técnicos e científicos – Apresentação. Rio de Janeiro, 2006.

BARROS, Aidil Jesus da Silveira; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos da metodologia científica. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

BATISTA, S. H. S. da S. et al. Aprendendo a estudar. São Paulo: CEDESS/UNIFESP-EPM, 1994-2001. Disponível em: http://www.unifesp.br/centros/cedess/CD-Rom/index.htm# Acesso em: 10.set.2014.

CARVALHO, Maria Cecília M. de. Construindo o saber: metodologia científica: fundamentos e técnicas. 9.ed. Campinas: Papirus, 2000. 175p.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; DA SILVA, Roberto. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

CHARBONNEAU, Paul-Eugène. Curso de filosofia: lógica e metodologia. São Paulo: EPU, 1986.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAReferências

COSTA, A. F. G. da. Guia para elaboração de monografias – relatórios de pesquisa: trabalhos acadêmicos, trabalhos de iniciação científica, dissertações, teses e editoração de livros. 3.ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2003.

COSTA, André Galindo da; TONELO, Daniel. Filosofia da ciência e mudanças de paradigma: uma breve revisão da literatura. Temas de Administração Pública. Edição especial, v. 4, n. 7, 2012. Disponível em: <http://seer.fclar.unesp.br/temasadm/article/view/6179/4644>. Acesso em 28.jul.2014.

DEMO, P. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000.

ESTANQUEIRO, A. Aprender a estudar: um guia para o sucesso na escola. 7.ed. Lisboa: Texto Editores, p. 7. Disponível em: <http://www.vestibular1.com.br/novidades/aprenda_a_estudar.pdf >. Acesso em: fev.2012.

FURLAN, Vera Irma. O estudo de textos teóricos. In: CARVALHO, Maria Cecília Maringoni de (org.). Construindo o saber – Metodologia científica: fundamentos e técnicas. 2.ed. Campinas: Papirus, 1989, p. 119-128.

GALLETTA, A. P. S. Manual de apresentação trabalhos acadêmicos. Americana: FAM, 2011. 49f.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Normas de apresentação tabular. Rio de Janeiro, 1993.

LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 2013.

KUHN S. Thomas. A estrutura das revoluções científicas. 10. ed. São Paulo: Perspectiva, 2010.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAReferências

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. 5. reimp. São Paulo: Atlas, 2007.

MANZANO, A. L. N. G.; MANZANO, M. I. N. G. TCC – Trabalho de conclusão de curso utilizando o Microsoft Word 2013. São Paulo: Érica, 2014. 205p.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Procedimentos didáticos. Fundamentos de Metodologia Científica. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MÁTTAR NETO, João Augusto. Metodologia científica na era da informática. São Paulo: Saraiva, 2002.

NASCIMENTO, Pedro Miguel do. Anatomia do cientista. Disponível em: <http://anatomias.mediasmile.net/anatomias.htm>. Acesso em: 13.abr.2014.

PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. Metodologia do trabalho científico [recurso eletrônico]: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.

RAUEN, F. J. Roteiros de investigação científica. Tubarão: Ed. Unisul, 2002.

RODRÍGUEZ, Ricardo Vélez. Seminário sobre a Filosofia dos Mitos Indígenas. Juiz de Fora: UFJF, 2004.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 21.ed. rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 2000.

VIEGAS, Waldyr. Fundamentos Lógicos de Metodologia Científica. Brasília: Paralelo 15, Editora Universidade de Brasília, 2007.

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METODOLOGIA DA CIÊNCIAReferências

WOLF (PROFESSOR DE BIOLOGIA). Como montar um horário de estudo? Disponível em: <http:// youtu.be/DaGgmxiEuEQ>. Acesso em: 10.set.2014.

Métodos de estudo para o 2º grau. 4.ed. São Paulo: Cortez; Autores Associados, 1991.

NBR 6023: informação e documentação, referências, elaboração. Rio de Janeiro, 2002b.

O ensino de graduação na universidade: a aula universitária. 2001. Disponível em: <http://www.difdo.diren.prograd.ufu.br/Documentos/Texto3-O-ensino-de%20graduacao-A-aula-universitaria.pdf >. Acesso em: 10.set.2014.

O desorganizado. Disponível em: <http://youtu.be/LdvnHogmomw>. Acesso em: 10.set.2014