mecanico de manutenção aeronautica 02 desenho

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    CAPTULO 2

    DESENHO TCNICO DE AERONAVES

    INTRODUO

    A troca de idias essencial para todos,

    no importando sua vocao ou posio. Nor-malmente, essa troca executada atravs da palavra falada ou escrita, mas sob algumascondies o uso dela sozinha impraticvel. Aindstria descobriu que ela no poderia depen-der inteiramente das palavras escritas ou faladassomente para troca de idias, pois desentendi-mentos e interpretaes errneas aparecem fre-qentemente.

    Uma descrio escrita de um objeto podeser mudada em sentido apenas pela colocaode uma vrgula em lugar errado; o significadode uma descrio oral pode ser completamentemudado pelo uso de uma palavra errada. Paraevitar esses possveis erros, a indstria usa de-senhos para descrever objetos. Por esta razo,desenho chamado de "linguagem do de-senhista".

    Desenho, como ns usamos, um mto-do de transposio de idias que dizem respeitoa construo ou montagem de objetos. Isto

    feito com a ajuda de linhas, notas, abreviaes esmbolos. muito importante para o mecnicode aviao, que tenha que fazer ou montar oobjeto, entender o significado das diferentes li-nhas, notas, abreviaes e smbolos, que sousados em desenhos. (Veja especialmente "Osignificado das linhas" neste captulo).

    PLANTAS

    As plantas so o elo entre os engenhei-

    ros, que projetam o avio; e entre os homens,que o constri, mantm e consertam-no. Uma

    planta pode ser a cpia de um desenho de traba-lho para uma pea de um avio, ou para umgrupo de peas; ou para um modelo de um sis-tema, ou grupo de sistemas.

    Elas so feitas pela colocao de traosde desenhos sobre uma folha de papel quimica-mente tratado, expondo-o a uma intensa luz porum curto perodo de tempo.

    Quando o papel exposto revelado, elefica azul onde a luz penetrou.

    Como as linhas do desenho bloqueiam aluz, elas se mostram como linhas brancas sobreo fundo azul.

    Outros tipos de papel sensibilizado tmsido desenvolvidos; a planta pode ter um fundobranco com linhas coloridas ou fundo coloridocom linhas brancas.

    Uma planta mostra os vrios passos ne-cessrios em construir qualquer coisa; desde umsimples componente, at um completo avio.

    DESENHOS DE TRABALHO

    Desenhos de trabalho tm que dar infor-maes como: o tamanho do objeto e todas assuas partes; seu formato e todas as suas partes;especificaes, como: o material a ser usado,como ele deve ser acabado, como suas partesdevem ser montadas; e qualquer outra informa-o essencial a manufatura e montagem do obje-to em particular.

    Desenhos de trabalho podem ser dividi-dos em trs partes:

    (1) Desenhos de detalhes(2) Desenhos de conjuntos(3) Desenhos de montagens

    Desenhos de detalhes

    Um desenho de detalhe a descrio deuma pea simples, dada de forma a descreveratravs de linhas, notas, smbolos, especifica-es como tamanho, formato, material e mtodode manufatura, que devem ser usados para fazer

    a pea. Desenhos detalhados so, normalmente,simples; e, quando peas simples so pequenas,muitos desenhos detalhados podem estar numamesma folha ou planta.

    Desenhos de conjuntos

    Um desenho de conjunto uma descri-o de um objeto, feito de duas ou mais partes(veja o desenho de montagem no centro da figu-ra 2-1). Ele descreve o objeto, dando em formageral, o tamanho e formato.

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    A sua principal finalidade mostrar o re-lacionamento das vrias partes. Um desenho deconjunto , normalmente, mais complexo queum desenho detalhado e, freqentemente,acompanhado de desenhos detalhados de vrias

    partes.

    Figura 2-1 Desenho de Montagem.

    Desenhos de montagem

    Um desenho de montagem aquele que

    inclui todas as informaes necessrias para amontagem das peas em sua posio final na

    aeronave. Ele mostra as medidas necessriaspara a localizao de peas especficas, com re-lao s outras peas e dimenses de refern-cias, que so de ajuda em posterior trabalho naoficina. (Veja desenho de montagem na da figu-ra 2-1.)

    CUIDADOS E USO DE DESENHOS

    Desenhos so caros e valiosos; em con-sequncia, eles devem ser manuseados com cui-dado. Abra os desenhos lenta e cuidadosamente

    para evitar que o papel se rasgue. Quando o de-senho estiver aberto, alise as linhas das dobras,ao invs de dobr-las para trs.

    Para proteger os desenhos, nunca os es-palhe no cho ou os coloque em superfcies co- bertas de ferramentas ou outros objetos, quepossam fazer buracos no papel. As mos devemestar livres de leo, graxa, ou outras substnciasque possam manchar ou borrar a planta.

    Nunca faa notas ou marcas em umaplanta, uma vez que elas possam confundir ou-tras pessoas e conduzir ao trabalho incorreto.Somente pessoas autorizadas tm permisso

    para fazer notas ou mudanas de plantas, tendoque assinar e datar qualquer mudana que fize-rem.

    Quando terminar com um desenho, do-

    bre e devolva-o ao devido lugar. As plantas sonormalmente dobradas num tamanho certo paraarquivamento; o cuidado dever ser tomado

    para que a dobragem original seja sempre usada.

    BLOCO DE TTULOS

    Toda planta tem que ter alguns meios deidentificao. Isto provido por um bloco dettulo (veja figura 2-2). O bloco de ttulo consis-te do nmero do desenho e de algumas outras

    informaes concernentes a ele, e ao objeto queo representa.

    Esta informao agrupada em um local proeminente na planta, normalmente no cantoinferior direito.

    Algumas vezes o bloco de ttulo naforma de uma linha que se estende por quasetoda a base da folha.

    Embora blocos de ttulos no sigam umaforma padro, no que diz respeito ao formato,todos iro apresentar, essencialmente, a seguinteinformao:

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    Figura 2-2. Bloco de Ttulos.

    1. Um nmero do desenho, para identificar a planta para fins de arquivo, e para evitarconfuso dela com outra planta;

    2. O nome da pea ou conjunto;

    3. A escala;

    4. A data;

    5. O nome da firma; e

    6. O nome do desenhista, do revisor e da pes-soa que aprovou o desenho.

    Nmeros de desenhos ou de plantas

    Todas as plantas so identificadas porum nmero, que aparece no canto inferior direi-to do bloco de ttulo. Ele pode tambm aparecernoutros lugares; tais como o canto superior di-reito ou no verso da planta. Em ambas as extre-midades o nmero aparecer quando a plantaestiver dobrada ou enrolada.

    A finalidade da numerao a rpida i-dentificao da planta. Caso uma planta tenhamais de uma folha, e todas tenham o mesmonmero, esta informao includa no bloco denmeros indicando o nmero da pgina e o n-mero total de pginas.

    Referncias e extenses

    Nmeros de referncias que aparecem nocampo ttulo, mostra a um indivduo o nmerode outras plantas.Quando mais de um detalhe mostrado em um desenho; extenses so usadas.Ambas as partes devem ter o mesmo nmero dodesenho mais um nmero individual, como porexemplo 40267-1 e 40267-2.

    Alm de aparecer no campo ttulo, n-meros de extenso podem aparecer na face dodesenho, perto das peas que o identificam.

    Extenses tambm so utilizadas para

    identificar peas direitas e esquerdas.

    Em uma aeronave, muitas peas do ladoesquerdo se parecem com peas do lado direito,

    porm invertidas. As peas do lado esquerdoso sempre mostradas no desenho. As peasdireitas so identificadas no campo ttulo. Aci-ma do campo ttulo se encontrar uma anotao;tal como: 470204-1 LH, o mostrado; 470204-2RH o oposto. Estas partes tm o mesmo n-

    mero, mas a pea referida classificada pelonmero de referncia.Algumas plantas tm nmeros mpares

    para peas esquerdas, e nmeros pares para pe-as direitas.

    Sistema de numerao universal

    O sistema de numerao universal, d osmeios de identificao de desenhos do tamanho

    padro. Nesse sistema cada desenho consiste de6 ou 7 dgitos. O primeiro sempre 1, 2, 4 ou 5(figura 2-3), e indica o tamanho do desenho. Osdemais dgitos identificam o desenho. Muitasfirmas tm modificado este sistema bsico paraacomod-lo s suas necessidades particulares.

    As letras podem ser usadas em lugar dosnmeros. A letra ou nmero representando otamanho do desenho padro pode prefixar onmero, separando-o por um trao.Outros sis-temas de numerao proporcionam um campo

    separado, antes do nmero do desenho, paraidentificar o tamanho do mesmo. Em outrasmodificaes deste sistema, o PN do conjuntodescrito usado como o nmero do desenho.

    Figura 2-3 Padro de medidas de plantas.

    LISTA DE MATERIAL

    Uma lista de materiais e peas necess-rias fabricao ou montagem de um compo-nente ou sistema, , freqentemente includa nodesenho. A lista, normalmente ser em colunas

    em que so listados os PNs, nome da pea ematerial do qual deve ser construda, quantidade

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    de material necessrio e a origem da pea oumaterial.

    Em desenhos, que no do lista de mate-rial, a informao pode ser observada direta-mente no desenho.

    Em desenhos de montagem, cada item identificado por um nmero em um crculo, ouem um quadrado. Uma seta ligando o nmero ao

    item, ajuda a localizao na lista de materiais.

    Figura 2-4 Lista de material.

    OUTRAS INFORMAES

    Bloco de reviso

    Revises em um desenho so necessrias

    para mudana de dimenses, modelo ou materi-ais.As mudanas so normalmente listadas

    em colunas adjacentes ao bloco de ttulo, ou emum canto do desenho.

    Todas as mudanas aprovadas para umdesenho devem ser cuidadosamente anotadas,em todas as plantas existentes daquele desenho.

    Quando o desenho contm correes, asmudanas so classificadas por letras ou nme-ros; e listadas, aps estes smbolos, em um blo-

    co de reviso (figura 2-5).O bloco de reviso, contm o smbolo de

    identificao (letra ou nmero), a data, a nature-za da reviso; quem autorizou a mudana, e onome do desenhista, que efetuou a mudana.

    Para diferenciar o desenho corrigido desua verso original, muitas firmas esto inclu-indo, como parte do bloco de ttulo; um espao

    para colocar o smbolo apropriado, para esclare-cer que o desenho foi mudado ou revisado.

    Figura 2-5 Bloco de reviso.

    Notas

    Notas so acrescentadas aos desenhos por vriasrazes. Algumas dessas notas referem-se aosmtodos de montagem ou de construo. Outrasdo alternativas, para que o desenho possa serusado em diferentes estilos do mesmo objeto.Ainda outras, enumeram as modificaes queesto disponveis.

    As notas podem ser encontradas ao ladodo item, ao qual elas se referem. Se as notas fo-rem muito longas, podem ser colocadas em ou-tros lugares do desenho e identificadas por le-tras ou nmeros. As notas so usadas, quando ainformao no pode ser transmitida, na manei-ra convencional, ou quando desejvel evitar oenchimento do desenho. A figura 2-1 ilustra ummtodo de apresentao de notas.

    Quando a nota se refere a uma pea es-pecfica, traa-se uma seta da nota at a pea. Sea nota se aplica a mais de uma pea, ela deve serexplcita, a fim de que no deixe dvidas quanto

    as peas nas quais ela se aplica. Quando existi-rem muitas notas, normalmente elas devero sermantidas juntas e numeradas consecutivamente.

    Zoneamento

    O zoneamento em desenho, semelhanteaos nmeros e letras impressos nas bordas deum mapa. Eles esto ali, para auxiliar a locali-zao de um determinado ponto. Para encontrarum ponto, mentalmente trace uma linha hori-

    zontal e uma vertical, partindo dos nmeros eletras especificados. O ponto de intercesso area procurada.

    Use o mesmo mtodo para localizar par-tes, sees e vistas em desenhos grandes, parti-cularmente desenhos de conjuntos. Peas nume-radas no bloco de ttulos podem ser localizadasnos desenhos, procurando-se os nmeros nosquadrados ao longo da borda inferior. Os nme-ros de zoneamento so lidos da direita para aesquerda.

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    Nmeros de estao

    Um sistema de numerao usado emgrandes conjuntos da aeronave para localizar es-taes como as cavernas da fuselagem. Cavernada estao da fuselagem 185 (Fuselage Frame -Sta 185) indica que a caverna est a 185 polega-das do ponto de referncia da aeronave. A medi-

    o normalmente tirada a partir do nariz ouestao zero; mas em alguns casos, pode ser ti-rada da parede de fogo, ou algum outro pontoescolhido pelo fabricante.

    O mesmo sistema de numerao de esta-o usado para asas e estabilizadores. A medi-da tirada da linha de centro ou estao zero daaeronave.

    Marcas de acabamento

    Marcas de acabamento so usadas paraindicar as superfcies que devem ter um acaba-mento por mquina. As superfcies acabadastm uma aparncia melhor e permitem um en-caixe mais justo com outras peas. Durante o

    processo de acabamento, os limites e tolernciasrequeridos devem ser observados. No confun-dir "acabamento por mquina" com aqueles "por

    pintura, esmalte, cromagem e coberturas seme-lhantes".

    Figura 2-6 Desenho pictorial.

    Tolerncias

    Quando uma dimenso dada em uma planta mostra uma variao permitida, o sinalmais (+), indica o mximo; e o sinal menos (-),indica a mnima variao permitida. A soma dossinais indica a tolerncia.

    Por exemplo, usando .225 + .0025 -.0005; os sinais mais (+) e menos (-) indicam

    que a pea ser aceitvel se no for .0025 maiordo que a dimenso dada .225, ou no mais doque .0005 menor do que a dimenso .225. A to-lerncia neste exemplo, de .0030 (.0025 max +.005 min).

    Se as tolerncias a mais ou a menos fo-rem iguais, voc as encontrar assim: .224 +.0025. A tolerncia seria ento .0050. A tole-

    rncia pode ser indicada de forma fracionria oudecimal. Quando forem necessrias dimensesmuito precisas, sero usados decimais. Tolern-cias em frao so suficientes quando no sonecessrias dimenses precisas. Tolerncias pa-dro de -.010 ou -1/32 podem ser dadas no blo-co ttulo de muitos desenhos, para aplicao nosmesmos.

    MTODOS DE ILUSTRAO

    Inmeros mtodos so usados para ilus-trar objetos graficamente. Os mais comuns sodesenhos, projees ortogrficas e diagramas.

    Desenhos pictoriais

    Um desenho pictorial (fig 2-6), similara uma fotografia. Mostra o objeto como ele apa-

    rece aos olhos, mas no satisfatrio para mos-trar formas e formatos complexos. Desenhospictoriais so teis para mostrar a aparncia deum objeto, e so muito usados com projeesortogrficas. Desenhos pictoriais so usados emmanuteno, revises gerais e nmero de partes(P/N).

    Desenhos de projeo ortogrfica

    Para mostrar o exato tamanho e forma de

    todas as peas de objetos complexos, so neces-srias mais de uma vista. Este o sistema usadona projeo ortogrfica.

    Em projees ortogrficas, existem seisvistas possveis de um objeto, porque todos osobjetos tm seis lados (frente, cima, parte de

    baixo, traseira, lado direito e lado esquerdo).A figura 2-7 (A) mostra um objeto colo-

    cado em uma caixa transparente.As projees, nos lados da caixa, so

    como se o objeto fosse visto diretamente atravsde cada lado.

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    Se as linhas do objeto forem desenhadasem cada face, e a caixa for aberta como mostra-do em (B); quando completamente aberta comoem (C); o resultado ser uma projeo ortogrfi-ca de seis lados.

    Raramente se faz necessrio mostrar osseis lados para descrever um objeto; por isso,apenas aquelas vistas necessrias para ilustrar as

    caractersticas requeridas do objeto so dese-nhadas.Os desenhos mais comuns so os de

    uma face, duas faces e de trs faces.Com qualquer nmero de faces, o pa-

    dro o mostrado na Fig 2-7, com a vista fron-tal sendo a principal.

    Se a face direita mostrada, estar di-reita da frontal. Se o lado esquerdo mostrado,estar esquerda.

    As faces de cima e de baixo, se inclu-das, sero mostradas nas respectivas posiesem relao posio frontal.

    Desenhos de uma face so comumenteusados para objetos de largura uniforme, comogaxetas, espaadores e placas. Uma nota de di-menso d a espessura como mostrado na figura2-8.

    Desenhos de uma face so, tambm, co-muns para peas cilndricas, esfricas ou qua-dradas, se todas as dimenses necessrias so

    bem representadas em uma face.Quando o espao limitado, e for neces-srio mostrar duas faces, objetos simtricos sofreqentemente representados por meias faces,como ilustrado na fig 2-9.

    Desenhos de aeronaves raramente mos-tram mais do que duas vistas principais, oucompletas de um objeto.

    Ao contrrio, geralmente haver umavista completa e uma ou mais vistas de detalhesou seccionadas.

    Vista de detalhes

    Uma vista de detalhe mostra apenas par-te de um objeto, porm bem detalhado e emescala maior do que a da vista principal.

    A parte mostrada do detalhe normal-mente destacada com uma linha escura na vista

    principal. A figura 2-10 um exemplo do usode vista de detalhes.

    A vista principal mostra o controle com-pleto, enquanto o detalhe um desenho aumen-tado de uma parte do controle.

    Figura 2-7 Projeo ortogrfica.

    Vista Seccionada

    Uma seco ou vista seccionada obtidacortando parte do objeto para mostrar a forma ea construo no plano cortado. O corte das par-

    tes so mostrados pelo uso de linhas de seco(sombreado).

    Vistas seccionadas so usadas quando aconstruo interior, ou componentes internos deum objeto no podem ser mostrados claramente

    por vistas exteriores.Por exemplo, na fig 2-11, uma vista sec-

    cionada de um cabo coaxial mostra a construointerna do conector. Isto conhecido como sec-o cheia.

    Outros tipos de seces so descritas nospargrafos seguintes.

    Meias Seces

    Na meia seco, o plano de corte feitosomente seccionando o objeto pelo meio, - umametade do objeto fica como vista exterior.

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    Figura 2-8 Desenho de uma face.

    As meias seces so usadas com vanta-

    gem em objetos simtricos, para mostrar a parteinterior e exterior.

    Figura 2-9 Objeto simtrico com meia faceexterior.

    Figura 2-10 Vista de detalhe.

    Figura 2-11 Vista seccional de um conector decabo.

    A figura 2-12 uma vista de meia sec-o de uma desconexo rpida, usada num sis-tema de fluido de uma aeronave.

    Seco rebatida

    A seco rebatida, desenhada diretamen-

    te na vista exterior, mostra a forma de cortetransversal da parte, como o raio da roda. Umexemplo da seco rebatida mostrado na figu-ra 2-13.

    Seco removida

    Seces removidas mostram particulari-dades do objeto. Elas so desenhadas como assees rebatidas, exceto que esto colocadas deum lado e destacam detalhes pertinentes e so

    freqentemente, desenhadas em uma escala mai-or que a vista, na qual elas so indicadas.

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    Figura 2-14 uma ilustrao de seoremovida. A seo A.A. mostra a forma do cortetransversal do objeto cortado pela linha do pla-no A.A. A seo B.B. mostra a forma do cortetransversal cortado pela linha do plano B.B.Estas vistas seccionadas so desenhadas namesma escala da vista principal; no entanto,como j mencionado, elas so freqentemente

    desenhadas numa escala maior para destacar de-talhes pertinentes.

    O SIGNIFICADO DAS LINHAS

    Todo desenho composto de linhas. Li-nhas marcam fronteiras, bordas e intercessesde superfcies. Linhas so usadas para mostrardimenses e superfcies ocultas, e para indicarcentros. Obviamente, se a mesma espcie de li-nha for usada para mostrar todas essas coisas,um desenho viria a ser uma coleo de linhas.Por essa razo, vrias espcies de linhas padro-nizadas so usadas em desenhos de aeronaves.Essas linhas esto ilustradas na figura 2-15 e,seus empregos corretos so mostrados na figura2-16.

    Muitos desenhos usam trs larguras, ouintensidades de linhas: fina, mdia ou grossa.Estas linhas podem variar um pouco em dese-nhos diferentes, mas haver sempre uma notvel

    diferena entre uma linha fina e uma linha gros-sa, com a largura de uma linha mdia em algumlugar entre as duas.

    Figura 2-12 Meia seco.

    Figura 2-13 Seco rebatida.

    Figura 2-14 Seco removida.

    Linhas de centro

    Linhas de centro so constitudas de tra-os longos e curtos. Elas indicam o centro doobjeto ou parte do objeto. Onde as linhas decentro se cruzam, os traos curtos se cortam,simetricamente. No caso de pequenos crculos,

    as linhas de centro podem ser mostradas inteiras(no devem ser interrompidas).

    Linhas de cota

    A linha de cota uma linha slida inter-rompendo no ponto mdio para colocao daindicao de medidas, e tendo ponta de setasopostas a cada final, para mostrar a origem e ofim da medida. Elas so geralmente paralelas

    linha em que a dimenso dada e, so usual-mente colocadas na parte externa da linha de

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    contorno do objeto e entre vistas, se mais queuma vista mostrada.

    Todas as dimenses e letras so coloca-das de modo que elas sejam lidas da esquerda

    para a direita. A dimenso de um ngulo indi-cada colocando o grau do ngulo em seu arco.As dimenses da parte circular so sempre da-das em termos do dimetro do crculo e, usual-

    mente, com a letra D ou a abreviao DIA, se-guindo a dimenso.A dimenso do arco dada em termos de

    seus raios, e marcada com a letra R aps adimenso. Linhas de cota paralelas so coloca-das, de modo que, a maior dimenso esteja maisafastada da linha de contorno, e a menor dimen-so esteja mais perto da linha de contorno doobjeto. Num desenho mostrando diversas vistas,as linhas de cota sero colocadas sobre cadavista, para mostrar seus detalhes com um me-lhor aproveitamento.

    No dimensionamento de distncias entrefuros no objeto, as dimenses so usualmentedadas, de centro a centro, ao invs da parte ex-terna parte externa.

    Quando o nmero de furos de vrios ta-manhos so mostrados, os dimetros desejadosso dados em uma lder, seguida pelas notas deidentificao das mquinas de operao paracada furo. Se uma parte tem trs furos de igual

    tamanho, igualmente espaados, esta informa-o dada. Para trabalhos de preciso, os tama-nhos so fornecidos em decimais. Dimetros eAs meias seces so usadas com vantagem emobjetos simtricos, para mostrar a parte interiore exterior.

    profundidades so fornecidos para furos escari-ados. Nestes, o ngulo de escariar e o dimetroso dados. Estude os exemplos mostrados nafigura 2-17.

    As dimenses, dadas para encaixe signi-

    ficam a quantidade de folga permitida entre ospontos mveis.

    Uma tolerncia positiva permitida in-dicada para a parte que mvel, ou girada sobrea outra parte. Uma tolerncia negativa umdado para a fora conveniente. Sempre que

    possvel, a tolerncia e as folgas desejadasdevem estar conforme as estabelecidas no Pa-dro Americano de tolerncias, Folgas eMedidores, para encaixes metlicos. As classesde encaixe, especificadas nos padres, devemser indicadas nos conjuntos de desenhos.

    Figura 2-15 O significado das linhas.

    Figura 2-16 Correto uso das linhas.

    Figura 2-17 Dimensionamento de furos.

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    Linhas lderes

    Lderes so linhas slidas, com uma setanuma das pontas, e indicam uma parte ou por-o de uma nota, nmero, ou uma outra refern-cia.

    Linhas de ruptura

    Linhas de ruptura indicam que uma por-o do objeto no mostrada no desenho. Para

    pequenas rupturas as linhas so feitas slidas, e mo livre.

    Longas rupturas so feitas com linhasslidas, com rgua e ziguezagues intercalados..

    Eixos, hastes, tubos e outras partes quetm uma poro de seu comprimento interrom-

    pido, tm o final da interrupo como indica afigura 2-16.

    Linhas fantasmas

    Linhas fantasmas indicam a posio al-ternada de partes do objeto, ou da posio rela-tiva de uma parte perdida.

    Linhas fantasmas so compostas de umlongo e dois curtos traos, espaados regular-mente.

    Linhas de hachuras

    Linhas de hachuras indicam superfciesexpostas do objeto, na vista seccionada. Elasso geralmente finas, cheias, mas devem variarcom a espcie de material mostrado na seo.

    As meias seces so usadas com vanta-gem em objetos simtricos, para mostrar a parteinterior e exterior.

    Linhas ocultas

    Linhas ocultas indicam margens invis-veis ou contornos. Linhas ocultas so feitas detraos curtos espaados regularmente e, so fre-qentemente, classificadas como linhas traceja-das.

    Linhas de contorno ou de arestas visveis

    Linhas de contorno ou de arestas sousadas em todas as linhas do desenho, represen-tando as linhas visveis do objeto.

    Linhas ponteadas ou interrompidas

    Linhas ponteadas (pontos de costura) ouinterrompidas, ou ainda costuradas, consistemde uma srie de pequenos traos, espaados re-gularmente.

    Linhas de corte e vista de corte

    Linhas de corte indicam o plano no qualuma vista seccional do objeto tomada. Na fi-gura 2-16, a linha de corte A-A indica o planono qual a seo A-A foi tomada.

    Vista de corte indica o plano do qualuma superfcie vista.

    INTERPRETANDO DESENHOS

    Um desenho no pode ser interpretadotodo de uma vez, do mesmo modo que, uma

    planta inteira no pode ser interpretada numaolhadela.

    Ambos devem ser interpretados uma li-nha de cada vez. Interpretar um desenho, efeti-vamente, segue um procedimento sistemtico.

    Na abertura de um desenho, leia o nme-ro do desenho e a descrio do artigo. Depoischeque qual o modelo, a ltima alterao, e o

    prximo conjunto listado. Tendo determinado

    que o desenho est correto, prossiga na leituradas ilustraes.Na interpretao de um desenho de mui-

    tas vistas, primeiro pegue a idia geral da formado objeto pela discriminao de todas as vistas,ento selecione uma vista para um estudo maiscuidadoso. Checando a vista adjacente vriasvezes, ser possvel determinar o que cada linharepresenta.

    Cada linha de uma vista representa umatroca na direo da superfcie, mas outra vista

    deve ser consultada para determinar qual foi atroca.Por exemplo, um crculo sobre uma vista

    pode significar um furo ou uma salincia, comona vista superior do objeto na figura 2-18.

    Olhando a vista superior, vemos doiscrculos; no entanto a outra vista deve ser con-sultada para determinar o que cada crculo re-

    presenta. Uma olhada em outra vista nos infor-ma que o pequeno crculo representa um furo; eo grande representa uma salincia. -Do mesmomodo, a vista superior deve ser consultada paradeterminar a forma do furo e da salincia.

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    Pode ser visto neste exemplo, que uma pessoa no pode interpretar um desenho comuma simples olhada, quando mais de uma vista dada. Duas vistas nem sempre descrevero oobjeto e, quando trs vistas so dadas, todas trsdevem ser consultadas para se ter certeza de quea forma est sendo interpretada corretamente.

    Aps determinar a forma de um objeto,

    determine seu tamanho. Informao de dimen-so e tolerncia so dadas para se ter certezaque o desenho correto ser encontrado.

    Figura 2-18 Interpretando desenhos.

    As dimenses so indicadas por algaris-mos, com ou sem marcas de polegadas. Se asmarcas de polegadas so usadas, a dimenso em polegadas. costume dar as dimenses das

    partes e a dimenso geral, que d a maior largu-ra da parte. Se no for apresentada a dimensogeral, ela pode ser determinada pela soma dasdimenses das partes separadas.

    Desenhos podem ser dimensionados emdecimais ou fraes. Isto especialmente verda-deiro com referncia s tolerncias. Muitas fir-

    mas, ao invs de usar sinais de mais (+) ou me-nos (-) para tolerncia, fornecem a dimensocompleta para ambas as tolerncias.

    Por exemplo, se uma dimenso duaspolegadas com um mais (+) ou menos (-) tole-rncia de 0.01, o desenho deveria mostrar a di-menso total como: 2.01 e 1.99. A tolernciaisenta (normalmente achada no bloco de ttulo)

    uma tolerncia geral que pode ser aplicadapara partes onde as dimenses no so crticas.Onde a tolerncia no mostrada na linha decota, aplica-se a tolerncia da planta.

    Para completar a interpretao de umdesenho, l-se as notas gerais e o contedo do

    bloco de material; cheque e ache as vrias modi-ficaes incorporadas, e leia as informaes es-

    peciais dadas nas, ou prximas das vistas e se-es.

    DIAGRAMAS

    Um diagrama deve ser definido comouma representao grfica de um conjunto ousistema; indicando as vrias partes e, expressa-mente, os mtodos ou princpios de operao.

    H muitos tipos de diagramas; no entan-to os com que os mecnicos da aviao tero dese preocupar durante o desempenho de seu tra-

    balho podem ser agrupados em duas classes ou

    tipo: diagramas de instalao e diagramas es-quemticos.

    Diagramas de instalao

    A figura 2-19 um exemplo de diagramade instalao. Esse um diagrama do sistema detravas de comando de uma aeronave. Ele identi-fica cada componente no sistema e mostra sualocalizao na aeronave.

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    Figura 2-19 Exemplo do diagrama de uma instalao (Sistema de trava dos comandos).

    Cada letra (A, B, C, etc.) na vista princi- pal, refere-se a vista de um detalhe localizadoem qualquer lugar no diagrama. Cada detalhe um grande desenho da poro do sistema.

    Os nmeros de vrias vistas so classifi-cados como observaes, e servem para identi-ficar cada componente.

    Diagramas de instalaes so usados ex-tensivamente na manuteno de aeronaves emanuais de reparos.So de valor inestimvel, na identificao e lo-calizao de componentes e compreenso daoperao dos vrios sistemas.Diagramas esquemticos

    Diagramas esquemticos no indicam alocalizao individual de componentes na aero-nave, mas localizam os componentes com res-

    peito a cada um dentro do sistema. A figura 2-20 ilustra um diagrama esquemtico do sistemahidrulico da aeronave. O instrumento de pres-so hidrulica no necessariamente localizadoabaixo da vlvula seletora do trem de pouso naaeronave; no entanto ele conectado na linha de

    presso que conduz o leo para a vlvula se-letora.

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    Figura 2-20 Esquema de sistema hidrulico de aeronave.

    Diagramas esquemticos desse tipo sousados, principalmente na soluo de proble-mas. Note que cada linha codificada para faci-litar a leitura e seguir o fluxo.Cada componente identificado pelo nome, esua localizao no sistema pode ser verificadaobservando-se as linhas que entram e saem daunidade.

    Ao seguir o fluxo do fluido atravs dosistema, pode ser visto que as bombas, impulsi-onadas pelo motor, recebem um suprimento defluido vindo do reservatrio. Uma vlvula decheque unidirecional instalada em ambas aslinhas de presso das bombas direita e esquerda,

    de maneira que a falha de uma delas no faacom que a presso da outra se torne ineficaz.

    Os fluidos escoam para o lado aliviadodo sistema, para a vlvula de alvio; e, atravsda vlvula de cheque, a qual manter a pressoque estiver alm deste ponto.

    A presso ento direcionada atravs detodas as linhas condutoras para cada vlvulaseletora, onde checado se nenhuma unidadeest sendo operada.

    A presso aumenta na linha deconduo para a abertura de controle da vlvulade descarga, e comea a carregar o sistema a-cumulador.

    A presso para carregar o acumulador dofreio conduzida, atravs da vlvula de cheque

    incorporada. Na vlvula de alvio trmico; isto

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    impede que a presso retorne para o sistemageral.

    Figura 2-21 Etapas de um esboo.

    Embora o acumulador do sistema geralinicie o carregamento ao mesmo tempo, ele nocarregar to rpido, porque o fluido passa atra-vs de uma vlvula limitadora. A presso do sis-tema geral sangrar para o sistema de freios,sempre que a presso dos mesmos cair abaixoda do sistema.

    To logo a presso alcance o limite davlvula de alvio, esta abrir ligeiramente. A

    presso do sistema geral aumenta at alcanar ovalor estabelecido como presso operacional do

    sistema.Neste ponto, atravs da linha de condu-

    o para o componente de controle da vlvulade descarga, a presso manter a vlvula de al-vio e descarga completamente aberta.

    A presso armazenada no sistema pelavlvula de cheque unidirecional mantm a vl-vula aberta para criar um circuito inativo, o qual

    prevalecer at que alguma unidade do sistemahidrulico seja operada.

    Diagramas esquemticos, como diagra-mas de instalao, so usados extensivamenteem manuais de aeronaves.

    ESBOOS DE DESENHO

    Um esboo um simples desenho derascunho, que feito rapidamente e sem muitodetalhe. Esboos podem ter muitas formas de uma sim-ples apresentao fotogrfica at uma projeo ortogrfi-ca com vrias vistas.

    Um esboo freqentemente desenhadopara uso na fabricao de um componente subs-titudo.

    Como tal, um esboo deve prover todasas informaes necessrias para aqueles que fa-

    bricaro a pea.O mecnico no precisa ser um artista de

    renome. Entretanto, em muitas situaes ele precisar preparar um desenho para apresentaruma idia a um novo projeto, uma modificaoou um mtodo de reparo. O meio termo na con-

    feco do esboo um excelente meio para con-seguir isto.As regras e prticas convencionais para a

    confeco de desenhos mecnicos so seguidas,de forma que, todas as vistas necessrias pararepresentar um objeto com preciso so mos-trados em suas devidas propores.

    Tambm necessrio observar as regraspara o uso correto das linhas (figuras 2-15 e 2-16) e as dimenses.

    Para fazer um esboo, primeiro deter-mine quais as vistas necessrias para representaro objeto; ento esboce estas vistas, usando li-nhas leves de construo.

    Figura 2-22 Smbolos dos materiais.Em seguida complete os detalhes, escu-

    recendo o contorno do objeto, e esboce as linhasde extenso e de cota.

    Complete o desenho adicionando obser-vaes, dimenses, ttulos, datas; e, quando ne-cessrio, o nome de quem fez o esboo. Os pas-sos na confeco do esboo de um objeto soilustrados na figura 2-21.

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    O grau de detalhamento do esboo de- pender do uso pretendido. Obviamente, umesboo usado somente para representar um obje-to pictorialmente no necessita ser dimensio-nado.

    Se um componente para ser fabricado apartir do esboo, deve-se mostrar todos os deta-lhes necessrios da construo.

    SMBOLOS DE DESENHO

    Os desenhos para um componente con-tm uma grande quantidade de smbolos e con-venes, representando sua forma e tipo de ma-terial. Os smbolos so a taquigrafia do desenho.Eles, graficamente representam as caractersti-cas do componente com uma quantidade mni-ma do desenho.

    Smbolos de material

    Smbolos de linhas de hachuras mostramo tipo de material do qual o componente deverser construdo.

    O material pode no ser indicado simbo-licamente quando, sua exata especificao, pre-cisar ser mostrada em outro lugar no desenho.

    Neste caso, o smbolo mais fcil para re-presentar ferro fundido usado para a seco. A

    especificao do material listada na nota demateriais ou indicada em uma nota.A figura 2-22 ilustra alguns smbolos

    padronizados de materiais.

    Smbolos das formas

    Os smbolos podem ser usados com ex-celente vantagem, quando se deseja mostrar aforma de um objeto. Smbolos de formas tpicas,usados em desenhos de aeronaves, so mos-

    trados na figura 2-23. Smbolos de formas so,usualmente, mostrados em um desenho comouma seo rebatida ou removida.

    Smbolos eltricos

    Smbolos eltricos (figura 2-24), repre-sentam vrios mecanismos eltricos, ao invs deum desenho real das unidades. Aps ter-se a-

    prendido os vrios smbolos indicados, torna-serelativamente simples olhar um diagrama eltri-co e determinar o que cada unidade, qual suafuno, e como ligada ao sistema.

    CUIDADOS COM INSTRUMENTOS DEDESENHO

    Bons instrumentos de desenho so fer-ramentas de preciso caras. Um razovel cui-dado dispensado a elas durante seu uso e arma-zenagem, prolongaro sua vida til.

    Rguas "T", esquadros e rguas gradua-das, no devem ser usadas ou colocadas ondesuas superfcies ou quinas possam ser danifica-das.

    Use a prancha de desenho somente paraos propsitos pretendidos, e no de uma manei-ra que danifique a superfcie de trabalho.

    Compassos e canetas proporcionaromelhores resultados com menos aborrecimentosse possurem forma correta, estiverem afiados eno forem danificados por manuseio descuida-do. Guarde os instrumentos de desenho numlugar, onde, provavelmente, no sero danifica-dos pelo contato com outras ferramentas ou e-quipamentos. Proteja as pontas do compasso,inserindo-os num pedao de borracha macia oumaterial similar. Nunca guarde as canetas tintei-ro sem primeiro limp-las ou sec-las por com-

    pleto.

    MICROFILME

    A prtica de gravao de desenhos, decatlogos de peas e manuteno de reviso emmicrofilmes, foi introduzida nos ltimos anos.

    O microfilme, um filme regular de 16ou 35 mm. Uma vez que o filme de 35 mm mais largo, ele proporciona uma melhor repro-duo do desenho.

    Dependendo do tamanho do desenho aser reproduzido, um nmero variado de dese-nhos pode ser fotografado num rolo de filme de

    35 mm. Para ler ou ver desenhos, ou manuaisnum rolo de filme, voc precisa de um projetor

    porttil de 35 mm, uma leitora ou visor de mi-crofilmes.

    A vantagem do microfilme, que diver-sos rolos, os quais representam talvez centenasde desenhos, requerem somente um pequenoespao para armazenagem.

    Tambm, algum trabalhando numa ae-ronave, pode precisar se referir a uma rea espe-cfica.

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    Ele pode colocar o rolo do microfilme noprojetor, localizar o desenho ou informao de-sejada, e pesquisar a referida rea.

    Se ele tiver que estudar um detalhe dodesenho, ou trabalhar com ele por um longotempo, uma reproduo fotogrfica ampliada

    pode ser feita usando-se o microfilme como umnegativo.

    Figura 2-23 Smbolos das formas.

    Figura 2-24 Smbolos eltricos.O microfilme de desenho tem muitas ou-

    tras utilidades e vantagens. No entanto, o mi-crofilme no pode substituir o desenho original,especificamente onde os originais esto modifi-

    cados e mantidos, atualizados por um longotempo. Quando os desenhos so filmados em

    rolos contnuos, correes podem ser feitas, cor-tando os desenhos a serem substitudos eemendando os revisados em seu lugar. Quandoestas correes tornam-se numerosas, este pro-

    cedimento torna-se impraticvel e descartado,

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    em favor de uma nova filmagem de todos osdesenhos relacionados.

    Um mtodo, o qual permite que as corre-es sejam feitas facilmente, fotografar os de-senhos, cortar o filme em slides, colocando-osdentro de envelopes e protetores transparentes e,arrum-los em sequncias, para que os desenhosdesejados possam ser localizados rapidamente.

    Com isto, desenhos de grande tamanhopodem ser reproduzidos em moldes individuaisou slides, e guardados em envelopes de papelregular mantidos em arquivo comum. Quandocolocado contra a luz, este largo microfilme

    pode ser lido a olho nu.