Nova Hermenêutica Constitucional

Cada vez mais é reconhecida a imprescindibilidade da interpretação constitucional, como nos ensina o mestre Canotilho: “toda a norma é significativa, mas o significado não constitui um dado prévio; é, sim, o resultado da tarefa interpretativa.”

O movimento pós-positivista: ideário difuso que procura definir as relações entre valores, princípios e regras, reconhecendo, sobretudo, a normatividade dos princípios (técnica da PONDERAÇÂO).

Especificidades das normas constitucionais: a) superioridade jurídica; b)natureza da linguagem; c) conteúdo específico; d) caráter político

A nova hermenêutica constitucional propõe que a interpretação constitucional seja feita atentando, sobretudo para os princípios constitucionais.

Desta forma, temos:

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

1. Princípios Instrumentais de Interpretação Constitucional

São aqueles que antecedem a solução concreta do conflito. São premissas à atividade interpretativa.

Princípio da Supremacia da Constituição Princípio da Unidade da Constituição Princípio do Efeito Integrador Princípio da Máxima Efetividade Princípio da Justeza (ou da Conformidade Funcional) Principio da Harmonização Principio da Força Normativa da Constituição Princípio da Presunção de Constitucionalidade das Leis Princípio da Simetria Constitucional Princípio da Interpretação conforme a Constituição Princípio da Razoabilidade ou Proporcionalidade (três critérios: 1. adequação entre

o fim perseguido e o instrumento utilizado; 2. necessidade da medida; 3. proporcionalidade da medida)

2. Princípios Materiais

São essenciais à interpretação das normas constitucionais, de acordo com a matéria a ser aplicada.

Se dividem em:

2.1 Fundamentais: de natureza política. Ex.: princípio republicano; principio da separação dos poderes; princípio federativo.

2.2 Gerais: especificações dos princípios fundamentais, desdobramentos dos mesmos. Ex.: princípio do devido processo legal, princípio do juiz natural, etc. (art.5º da CF/88)

2.3 Setoriais: conjunto especifico, com atuação limitada àquele ramo do Direito, mas no seu âmbito de atuação são supremos. Ex.: a boa fé nos contratos; o principio da Anterioridade no Direito Penal; o princípio da moralidade no Direito Administrativo, etc.