marcia maria menti cartilha do manipulador de...

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Marcia Maria Menti CARTILHA DO MANIPULADOR DE ALiMENTOS Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenyao do titulo de Especialista. no Curso de Especializa~o em Vigilflncia Sanitaria de Alimenlos, Faculdade de Ciencias Biol6gicas e da Saude, Universidade Tuiuti do Parana. Orientador: Prof. M.Sc. Homero Rogerio Arruda Vieira Curitiba 2006

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Marcia Maria Menti

CARTILHA DO MANIPULADOR DE ALiMENTOS

Monografia apresentada como requisito parcialpara a obtenyao do titulo de Especialista. noCurso de Especializa~o em Vigilflncia Sanitariade Alimenlos, Faculdade de Ciencias Biol6gicas eda Saude, Universidade Tuiuti do Parana.

Orientador: Prof. M.Sc. Homero Rogerio ArrudaVieira

Curitiba

2006

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RESUMO

Devido as Leis Sanitarias do Brasil, hoje todos as manipuladores de alimentosdevem receber treinamentos de Boas Praticas de Manipulary8o;par issa, materiaiseducativos como esta cartilha sao fundamentais. Ela objetiva facilitar 0 aprendizadodos profissionais, com informac;oes claras e simples para 0 cotidiano e a garantia daproduyao e oferta de alimentos seguros.

Palavras-chave: Cartilha, Manipulador de alimentos, Boas pn3ticas de manipulac;ao,Alimentos seguros.

iv

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ABSTRACT

Had the Sanitary Laws of Brazil, today all the food manipulators must receive Goodtraining from Practical of Manipulation; therefore, educative materials as this arespelling book basic. Objective it to facilitate the learning of the professionals, withclear and simple information for daily and the guarantee of the production and offersof safe foods.

Keywords: spelling book, manipulators of foods, Good Practices of Manipulation,safe Foods.

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SUMARIO

DEDICATORIA ..

FRASE ..

RESUMO ...

ABSTRACT..

SUMARIO ...

1.0INTRODU<;AO.

2.0 REVISAO BIBLIOGRAFICA ...

.... ii

......... iii

. iv

............................ v...vi

. 1

. .4

2.1 LEGISLA<;:AO.. ..... .4

2.2BOAS PRATICAS PARA SERVI<;:OS DE ALiMENTA<;:AO RESOLU<;:AO - ROC

N° 216, DE 15 DE SETEMBRO DE 2004.. ...5

3.0 CARTILHA DO MANIPULADOR DE ALiMENTOS .. .. ... 33

3.1 Conceitos basicos de boas praticas de manipulayao 33

3.2 Noc;:oes basicas de contaminayao e de microbiologia de alimentos... . 33

3.2.1 Tipos de contaminayao ...

3.3 Necessidades para multiplica9ao dos microorganismos ...

.. 34

. 38

Temperatura ..3.3.1.1

3.3.1.2

3.3.1.3

3.3.1.4

3.3.1.5

Nutrientes ..

Umidade ..

pH ..

. 38

.~. .40

............................ .40

.. .40

.. .41

.... .41

.. ..42

.. .42

.. .42

..... ..43

. ..43

.. .44

.. .44

. .45

Tempo ...

3.4 Divisao dos microorganismos ..

3.4.1 Microorganismos deteriorantes ..

3.4.2 Microorganismos patogenicos ...

3.4.3 Microorganismos beneficos au uteis ..

3.5 Doenyas transmitidas par alimentos ...

3.5.1 Surto epidemico de origem alimentar ..

3.5.1.1 Staphylococcus aureus ..

3.5.1.2 Clostridium periringens ..

3.5.1.3 Bacillus cereus classico ..

3.5.1.4 Escherichia coli ..

vi

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3.5.1.5 Salmonella sp ..

3.5.1.6 Clostridium botulinum ..

3.6 Higiene pessoal..

3.6.1 Saude: a import€mcia dos exames ..

... .46

. ..46

...47

.. .47

3.6.2 Higiene pessoal- e um conjunto de habitos sadios que todos devem ter como

o proprio corpo... . .49

3.7 EPI- Equipamento de Protel'ao Individual.. . 53

3.8 Principios basicos de manipulal'ao segura de alimentos.. . 53

3.8.1 Regras de ouro.. . 53

3.8.1.1 Preferir alimentos de boa procedencia 54

3.8.1.2 Cozinhar bern os alimentos.. . 54

3.8.1.3 Consumir imediatamente as alimentos cozidos 55

3.8.1.4 Guardar cuidadosamente as alimentos cozidos ..

3.8.1.5 Reaquecer bern as alimentos cozidos ..

.... 55

............................ 56

3.8.1.6

3.8.1.7

3.8.1.8

3.8.1.9

Evitar 0 cantata entre as alimentos crus e as cozidos 56

Lavar as maDS freqUentemente .. . 56

Manter cuidadosamente limpas todas as superficies da cozinha 57

Manter as alimentos fora do alcance de insetos, roedores e Qutros anima is

3.8.1.10 Utilizar agua pura ..

3.9Cuidados nas operavoes ..

3.9.1 Recebimento ..

............... 57

. 57

. 58

. 58

3.9.2 Todos os alimentos industrializados devem conter na rotulagem 58

3.9.3 Nao devem ser aceitos.. . 59

3.9.4 Armazenamentos - nao pereciveis.. . 59

3.9.5 Armazenamentos - pereciveis.. . 60

3.10 Descongelamento.. . 61

3.11 Manipulal'ao ..

3.12 Desinfecv30 dos alimentos ..

3.13 Cozimento ..

3.14 Distribuil'ao ..

. 61

. 63

. ~3

. 64

3.15 Higiene e desinfecl'ao dos utensilios.. ...64

3.16 Prevenl'ao e contrale de pragas 65

vii

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4 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 67

viii

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INTRODU9AO:

o termo "Seguranc;a Alimentar" comec;ou a ser utilizado ap6s a tim da

Primeira Guerra Mundia1. Com a traumatica experiencia da guerra, vivenciada,

sobretudo na Europa, torneu-se claro que urn pais poderia dominar 0 Dutro

controlando seu fornecimento de alimentos. A alimentac;ao seria, assim, urna

arma poderosa, principal mente S8 aplicada por urna pot€mcia em um pais que

nao tivesse a capacidade de produzir par conta propria e suficientemente seus

alimentos. Portanto, esta questao adquiria um significado de seguranya

nacional para cada pais, apontando para a necessidade de formac;ao de

estoques "estrategicos" de alimentos e fortalecendo a ideia de que a soberania

de um pais dependia de sua capacidade de auto-suprimento de alimentos.

Embora a fome e desnutrit;;ao, sejam as manifesta90es mais crueis da

situac;:ao de inseguranc;:a alimentar, e a lncapacidade de acesso aos alimentos

a sua principal causa, outros aspectos devem tambem ser considerados, de

maneira que se identifiquem as condit;;5es necessarias para que prevale<;:am

melhores condic;:oes alirnentares, seja nos pianos locals e nacionais ou no

plano global.

Urn prirneiro ponto diz respeito a qualidade dos alimentos e sua

sanidade. Ou seja, todos devem ter acesso a alimentos de boa qualidade

nutricional e que sejam isentos de componentes estranhos (fisicos, qufmicos e

biologicos) que possam prejudicar a saude humana.

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Outro ponto refere-se ao respeito aos habitos e a cultura alimentar.

Exige-se aqui que se considere a dimenS80 do patrimonio cultural que esta

intrlnseco nas preferencias alimentares das comunidades locais e nas suas

praticas de preparo e consum~. Pretende-se compreender e defender esta

heranr;a, que e passada de pais para filhos e que possui uma 16gica associ ada

as condi~6es ambientais e sociais daquela comunidade, bem como de sua

pr6pria hist6ria. Nao se quer dlzer com isto que todos os habitos alimentares

sao sempre saudaveis. E preciso haver urn aprimoramento desses habitos,

quando necessario, mas sempre atento as caracteristicas especificas desses

grupos socia is. Estes dais elementos sao da maior irnportElllcia em urn contexto

atual que favorece 0 desbalanceamento nutricional das dietas alimentares, bern

como 0 envenenamento dos alimentos, em nome de urna maiar produtividade

agricola ou com a utiliza~ao de tecnologias cujos efeitos sobre a saude

humana permanecem desconhecidos.

Urn terceiro ponto esta na sustentabilidade do sistema alimentaL A

seguran<;:a alimentar depende nao apenas da existemcia de urn sistema que

garanta, presentemente, a produ<;:ao, distribui<;:80 e consumo de alimentos em

quantidade e qualidade adequadas, mas que tambem nao venha a

com pro meter a mesma capacidade futura de produ~ao, distribuic;:ao e consumo.

Cresce a importancia dessa condi<;:80 frente aos atritos produzidos par modelos

alimentares atuais, que colocam em risco a seguran<;:a alimentar no futuro.

No Brasil, todas as pessoas que trabalham com alimentos, precisam

receber treinamentos sobre a seguran<;:a alimentar, conforme 0 Regulamento

da Agenda Nacional de Vigilancia Sanitaria, aprovado pelo Decreto n.o 3.029,

de 16 de abril de 1999, clc 0 art. 8°, inciso IV, do Regimento Interno aprovado

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pela Porta ria n' 593 de 25 de agosto de 2000, em reuniao realizada em 13 de

setembro de 2004, sendo assim entrando em vigor a partir desta data a ROC

216 de 15 de setembro de 2004.

Este cartilha tem como objetivo, fornecer informayoes de formas claras e

simples para 0 cotidiano do manipulador de alimentos.

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2 REVISAO BIBLIOGRAFICA

2.1 LEGISLA<;:AO

A partir da decada de oitenta, a crescente participa,ao popular e de

entidades representativas de diversos segmentos da sociedade no processo

politico moldaram a concepc;ao vigente das atividades da vigilancia sanitaria. A

execuvao destas atividades exclusiva do Estado, par meio de ac;ao

fiscalizadora, tern como finalidade observar 0 exercicio de certas atividades

profissionais, coibir 0 charlatanismo, fiscalizar embarcac;:6es, cemiterios e areas

de comercio de alimentos.

A ANVISA - Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria, considerou

necessaria a publicaC;2Io de urn regulamento tecnico sabre as boas praticas

para servic;os de alimentaC;c30 entaD, foi publicada no dia 15 de setembro de

2004 a ROC n° 216, regulamentando as Boas Praticas especificas para

servic;:os de alimentac;:ao, tendo como objetivo garantir a seguranc;:a alimentar

em condic;:oes higienica-sanitarias dos alimentos preparadas.

Este regula menta envalve as cantinas, bufes, confeitarias, cozinhas

industriais e institucionais, delicatessens, lanchonetes, pad arias, pastelarias,

reslaurantes. rotisserias e congeneres, sendo entao, aplicado aos servic;:os de

alimenlac;:ao que realizam atividades de manipulac;:ao, preparac;:c3.o,

fracionamento, armazenamento de alimentos, distribuic;:ao, transporte,

exposiyao a venda e entrega de alimentos preparados ao consumidor.

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2.2 BOAS PRATICAS PARA SERVI<;OS DE ALiMENTA<;AO RESOLU<;AO -

ROC W 216, DE 15 DE SETEMBRO DE 2004.

A Diretoria Colegiada da Agencia Nacional de Vigihlncia Sanitaria, no usc da

atribuiyao que Ihe confere 0 art. 11, inciso IV, do Regulamento da Agenda

Nacional de Vigilimcia Sanitaria, aprovado pelo Decreta n.o 3.029, de 16 de

abril de 1999, elc 0 art. 8°, inciso IV, do Regimento Interne aprovado pela

Portaria nO 593 de 25 de a905to de 2000, em reuniao realizada em 13 de

setembro de 2004, considerando a necessidade de constante aperfeic;;oamento

das ac;6es de controle sanitaria na area de alimentos visando a protec;ao a

sallde da populac;:2to; considerando a necessidade de harmonizary8o da ac;ao

de inspec;ao sanitaria em servic;os de alimentaC;;80; considerando a necessidade

de elaborac;ao de requisitos higienico-sanitarios gerais para servi90s de

alimentayc30 aplicaveis em tOdD territ6rio nacional; adota a seguinte Resoluyao

de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publica9ao:

Art. 10 Aprovar 0 Regulamento Tecnico de Boas Praticas para Servi90s de

Alimentayao.

Art. 2' A presente Resolu,ao pode ser complementada pelos 6rgaos de

vigilimcia sanitaria estaduais, distrital e municipais visando abranger requisitos

inerentes as realidades locais e promover a melhoria das condiyoes higienico-

sanitarias dos serviyos de alimenta<;ao.

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Art. 3° Os estabelecimentos tem 0 prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar

da data da publica<;:ao, para se adequarem ao Regulamento Tecnico constante

do Anexo I desla Resoluyao.

Art. 4° Esta Resoluc;ao entra em vigor na data de sua publica<;:ao.

Art. 5' Fica revogada a Resoluyao CNNPA n' 16, publicada no Diario Olicial da

Uniao em 28 de junho de 1978.

Art. 6° A inobservancia ou desobediencia ao disposto na presente ResoluC;80

configura infra<;:aode natureza sanitaria, na forma da Lei n° 6437, de 20 de

agosto de 1977, sujeitando 0 infrator as penalidades previstas nesse diploma

legal.

CLAuDIO MAIEROVITCH PESSANHA HENRIQUES

ANEXO

REGULAMENTO TECNICO DE BOAS PRATICAS PARA SERVI<;:OS DE

ALiMENTA<;:Ao

1 - ALCANCE

1.1. Objetivo

Estabelecer procedimentos de Boas Praticas para servic;os de alimentac;ao a

fim de garantir as condic;5es higienico-sanitarias do alimento preparado.

1.2. Ambito de Aplicayao

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Aplica-se aos servi~os de alimenta~c3o que realizam algumas das seguintes

atividades: manipulayc3o, preparayc3o, fracionamento, armazenamento,

distribuiC;::c30,transporte, exposiC;::c30a venda e entrega de alimentos preparados

ao consumo, tais como cantinas, bufes, comissarias, confeitarias, cozinhas

industriais, cozinhas institucionais, delicatessens, lanchonetes, padarias,

pastelarias, restaurantes, rotisserias e congeneres.

As comissarias instaladas em Portos, Aeroportos, Fronteiras e Terminais

Alfandegados devem, ainda, obedecer aos regulamentos tecnicos especificos.

Excluem-se deste Regulamento os lactarias, as unidades de Terapia de

Nutriyc30 Enteral - TNE, os bances de leite humane, as cozinhas dos

estabelecimentas assistenciais de saude e os estabelecimentos industriais

abrangidas na ambito do Regulamento Tecnico sabre as Condiyoes Higienico-

Sanitarias e de Boas Praticas de Fabrica~ao para Estabelecimentos

Produtores/lndustrializadores de Alimentos.

2- Defini<;6es

Para efeito deste Regulamento, considera-se:

2.1 Alimentos preparados: sao alimentos manipulados e preparados em

servic;::osde alimentayc3o, expostos a venda embalados ou nao, subdividindo-se

em tres categorias:

a) Alimentos cozidos, mantidos quentes e expostos ao consumo;

b) Alimentos cazidos, mantidos refrigerados, congelados ou a temperatura

ambiente, que necessitam ou nao de aquecimento antes do consumo;

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c) Alimentos crus, mantidos refrigeradas au a temperatura ambiente, expastas

ao consumo.

2.2 Anti-sepsia: operavao que visa a reduvao de microrganismos presentes na

pele em niveis seguros, durante a lavagem das maos com sabonete anti-

septico ou par uso de agente anti-septico apes a lava gem e secagem das

maos.

2.3 Boas Praticas: procedimentos que devem ser adotados por servivos de

a!imentaryao a fim de garantir a qualidade higiemico-sanitaria e a conformidade

dos alimentos com a legislavao sanitaria.

2.4 Contaminantes: substancias ou agentes de origem biolegica, quimica ou

fisica, estranhos ao alimento, que sejam considerados nocivos a saude

humana ou que comprometam a sua integridade.

2.5 Controle Integrado de Vetores e Pragas Urbanas: sistema que incorpora

aryoes preventivas e corretivas destinadas a impedir a atravao, 0 abrigo, 0

acesso e ou a proliferav8a de vetores e pragas urbanas que comprometam a

qualidade higienico-sanitaria do alimento.

2.6 Desinfeevao: operaryao de reduvao, par metodo fisieo e au agente quimieo,

do numera de mierorganismos em nivel que nao eomprometa a qualidade

higienico-sanitaria do alimento.

2.7 Higienizavao: operavao que compreende duas etapas, a limpeza e a

desinfecryao.

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2.8 Limpeza: operac;:ao de remoc;:ao de substancias minerais e ou organicas

indesejaveis, tais como terra, poeira, gordura e outras sujidades.

2.9 Manipulac;:ao de alimentos: operac;:6es efetuadas sobre a materia-prima

para obtenc;:ao e entrega ao consumo do alimento preparado, envolvendo as

etapas de preparac;:ao, embalagem, armazenamento, transporte, distribuic;:ao e

exposic;:ao a venda.

2.10 Manipuladores de alimentos: qualquer pessoa do servic;:o de alimentac;:ao

que entra em contato direto ou indireto com 0 alimento.

2.11 Manual de Boas Praticas: documento que descreve as operac;:6es

realizadas pelo estabelecimento, incluindo, no minima, as requisitos higienico-

sanitarios dos edificios, a manutenc;:ao e higienizal,t80 das instalac;:6es, dos

equipamentos e dos utensilios, a contrale da agua de abastecimento, 0

controle integrado de vetores e pragas urbanas, a capacitac;:ao prafissional, 0

cantrale da higiene e saude des manipuladares, a manejo de residuos e 0

centrale e garantia de qualidade do alimenta preparada.

2.12 Medida de centrale: procedimento adotado com 0 objetivo de prevenir,

reduzir a urn nivel aceitavel au eliminar urn agente fisico, quimico ou bio16gico

que comprometa a qualidade higiemico-sanitaria do alimento.

2.13 Produtos pereciveis: produtos alirnenticios, alimentos "in natura", produtos

serni-preparadas ou produtos preparados para 0 consumo que, pela sua

natureza ou composiC;:2Io, necessitarn de candic;:oes especiais de temperatura

para sua conserva9ao.

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10

2.14 Registro: consiste de anota980 em planilha e au documento,

apresentando data e identificac;ao do funcionario responsavel pelo seu

preenchimento.

2.15 Residuos: materiais a serem descartados, oriundos da area de

preparac;::ao e das demais areas do servic;:o de alimenta98o.

2.16 Saneantes: substancias ou prepara,oes destin ad as a higieniza,ao,

desinfecc;::ao au desinfestac;:ao domiciliar, em ambientes coletivos e/ou publicos,

em lugares de usa comum e no tratamento de agua.

2.17 Serviyo de alimentar;20: estabelecimento onde 0 alimento e manipulado,

preparado, armazenado e au exposto a venda, podendo au nao ser consumido

no local.

2.18 Procedimento Operacional Padronizado - POP: procedimento escrito de

forma objetiva que estabelece instruc;6es seqOenciais para a realizac;ao de

operac;6es rotineiras e especificas na manipulac;ao de alimentos.

3. REFERENCIAS

3.1 BRASIL Decrelo-Lei n' 986, de 21 de outubro de 1969. Institui Normas

Basicas sobre Alimentos.

3.2 BRASIL. Lei n' 6360, de 23 de setembro de 1976. Dispoe sobre a vigilancia

sanitaria a que fiearn sujeitos os medieamentos, as drogas, os insumos

fannaeeuticos e correlatos, cosmeticos, saneantes e outros produtos, e dtl

outras providencias.

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II

3.3 BRASIL. Lei n° 6437, de 20 de agosto de 1977, e suas altera90es.

Configura infrayoes a le9is1a<;:;30 sanitaria federal, estabelece as sanr;;:oes

respectivas e da outras providencias.

3.4 BRASIL, Ministerio da Saude. Divisao Nacional de Vigilimcia Sanitaria de

Produtos Saneantes Domissanitarios. Portaria nO 15, de 23 de a905to de 1988.

Normas para Registro dos Saneantes Domissanitarios com Ac;:ao

Antimicrobiana.

3.5 BRASIL, Ministerio da Saude. Secreta ria Nacional de Organiza9ao e

Desenvolvimento de Servic;:os de Saude. Programa de Controle de lnfecc;ao

Hospitalar. LAVAR AS MAos: INFORMA<;:OES PARA PROFISSIONAIS DE

SAUOE. 39 paginas na Impressao Original, i1. - Serie A: Normas e Manuais

Tecnicos -11,1989.

3.6 BRASIL, Ministerio da Saude. Secreta ria de Vigilancia Sanitaria. Portaria nO

1.428, de 26 de novembro de 1993. Regulamentos Tecnicos sobre Inspe9ao

Sanitaria, Boas Praticas de Produyao/Prestar;;:ao de Servic;os e Padrao de

Identidade e Qualidade na Area de Alimentos.

3.7 BRASIL, Ministerio da Saude. Secretaria de Vigilancia Sanitaria. Porta ria nO

152, de 26 de fevereiro de 1999. Regulamento Tecnico para Produtos

destinados a Oesinfeq::ao de Agua para 0 Consumo Humano e de Produtos

Aigicidas e Fungicidas para Piscinas.

3.8 BRASIL, Ministerio da Saude. Gabinete do Ministro. Porta ria n' 3.523, de

28 de agosto de 1998. Regulamento Tecnico contendo Medidas Basicas

relerentes aos Procedimentos de Verifica980 Visual do Estado de Limpeza,

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12

Remo,;;o de Sujidades por Metodos Fisicos e Manuten,;;o do Estado de

Integridade e Eficiencia de todos as Componentes dos Sistemas de

Climatizat;:Elo, para garantir a Qualidade do Ar de lnteriores e PrevenC;:Elo de

Riscos a Saude dos Ocupantes de Ambientes Climatizados.

3.9 BRASIL, Ministerio da Saude. Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria.

Resolug<3.on° 105 de 19 de maio de 1999. Aprova as Regulamentos Tecnicos:

Disposigoes Gerais para Embalagens e Equipamentos Plasticos em cantata

com Alimentos

3.10 BRASIL, Ministerio da Saude. Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria.

Resolu,;;o nO211, de 18 dejunho de 1999. Altera os dispositivos das Normas

para Registro dos Saneantes Domissanitarios com Agao Antimicrobiana.

3.11 BRASIL, Ministerio da Saude. Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria.

Resolu,;;o-RDC nO 18, de 29 de fevereiro de 2000. Dispoe sobre Normas

Gerais para Funcionamento de Empresas Especializadas na Presta9E1o de

Servic;:os de Controle de Veto res e Pragas Urbanas.

3.12 BRASIL, Ministerio da Saude. Agenda Nacional de Vigilancia Sanitaria.

Resolu,;;o-RDC nO 277, de 16 de abril de 2001. Altera os dispositivos do

Regulamento Tecnico para Produtos destinados a Oesinfecyao de Agua para 0

Consumo Humano e de Produtos Aigicidas e Fungicidas para Piscinas.

3.13 BRASIL, Ministerio da Saude. Agemcia Nacional de Vigilitncia Sanitaria.

Resolu,;;o-RDC nO91, de 11 de maio de 2001. Aprova 0 Regulamento Tecnico

- Criterios Gerais e Classificayao de Materiais para Embalagens e

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13

Equipamentos em Contata com Alimentos constante do Anexo desta

ResolU(;:ao.

3.14 BRASIL, Ministerio da Saude. Agencia Nacional de Vigiliincia Sanitaria.

Resolu9ao-RE n' 9, de 16 de janeiro de 2003. Orienta9ao Tecnica Elaborada

por Grupo Tecnico Assessor sabre Padroes Referenciais de Qualidade do Ar

Interior em Ambientes Climatizados Artificialmente de Usa Publico e Coletivo.

3.15 BRASIL, Ministerio da Saude. Gabinete do Ministro. Portaria nO 518, de 25

de mar90 de 2004. Estabelece os Procedimentos e as Responsabilidades

relativQs ao Controle e Vigilancia da Qualidade da Agua para Consumo

Humano e seu Padrao de Potabilidade.

3.16 BRASIL, Ministerio do Trabalho e Emprego. Secretaria de Seguran9a e

Saude no Trabalho. Norma Regulamentadora nO 7. Programa de Controle

Medico de Saude Ocupacional.

3.17 CODEX ALiMENTARIUS. CAC/RCP 1-1969, Rev. 4, 2003.

Recommended International Code of Practice General Principles of Food

Hygiene.

3.18 CODEX ALiMENTARIUS. CAC/RCP 39-1993. Code of Hygienic Practice

for Precooked and Cooked Foods in Mass Catering.

3.19 WORLD HEALTH ORGANIZATION. Genebra, 1999. Basic Food Safety for

Health Workers.

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4 BOAS PRAT1CAS PARA SERV1<;OS DE ALiMENTA<;AO

4.1 Edificac;:ao, Instalac,;:oes, Equipamentos, Moveis e Utensllios

4.1.1 A edificac.;:Eloe as instalac;:oes devem ser projetadas de forma a possibilitar

urn fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as etapas da prepara9ao de

alimentos e a facilitar as opera90es de manuteng<3o, limpeza e, quando for 0

casa, desinfec9ao. 0 acesso as instalayoes deve ser controlado e

independente, nao comum a Qutros uscs.

4.1.2 0 dimensionamento da edificayao e das instalac;:oes deve ser compativel

com todas as operac;:oes. Deve existir separac,;:ao entre as diferentes atividades

par meiDs fisicos au par Qutros meios eficazes de forma a evitar a

contaminayc3o cruzada.

4.1.3 As instalac,;:oes f[sieas como piso, parede e teto devem possuir

revestimento liso, impermeavel e lavavel. Devem ser mantidos integros,

conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltra90es,

bolores, descascamentos, dentre outros e nao devem transmitir contaminantes

aos alimentos.

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4.1.4 As partas e as janelas devem ser mantidas ajustadas aDs batentes. As

partas da area de preparagao e armazenamento de alimentos devem ser

dotadas de fechamento automatico. As aberturas externas das areas de

armazenamento e preparagc30 de alimentos, inclusive 0 sistema de exaustao,

devem ser providas de telas milimetradas para impedir 0 acesso de vetores e

pragas urbanas. As telas devem ser removiveis para facilitar a limpeza

peri6dica.

4.1.5 As instalac;6es devem ser abastecidas de agua corrente e dispor de

conex6es com rede de 8590to au fossa septica. Quando presentes, as raiDs

devem ser sifonados e as grelhas devem possuir dispositiv~ que permitam seu

fechamento.

4.1.6 As caixas de gordura e de 8590to devem possuir dimensao compativel ao

volume de residuos, devendo estar localizadas fora da area de preparaC;ao e

armazenamento de alimentos e apresentar adequado estado de conservac;ao e

funcionamento.

4.1.7 As areas internas e extern as do estabeleclmento devem estar livres de

objetos em desuso ou estranhos ao ainbiente, nao sendo permitida a presenc;a

de animais.

4.1.8 A iluminac;ao da area de prepararyao deve proporcionar a visualizac;8.o de

forma que as atividades sejam realizadas sem comprometer a higiene e as

caracteristicas sensoriais dos alimentos. As luminarias localizadas sobre a area

de preparac.;:ao dos alimentos devem ser apropriadas e estar protegidas contra

explosao e quedas acidentais.

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4.1.9 As instala90es eletricas devem estar embutidas au protegidas em

tubulac;:oes externas e integras de tal forma a permitlr a higieniz8C;:8o dos

ambientes.

4.1.10 A ventilayao deve garantir a renov898o do ar e a manuten9<3o do

ambiente livre de fungos, gases, fumac;:a, p6s, particulas em suspensao,

condens8c;:ao de vapores dentre Qutros que possam comprometer a qualidade

higienicQ-sanitaria do alimento. 0 fluXQ de ar nao deve incidir diretamente sabre

os alimentos.

4,1.11 Os equipamentos e os filtres para climatiz8980 devem estar

conservados. A !impeza dos componentes do sistema de climatiz8c;:ao, a treca

de filtros e a manutenc;:ao programada e peri6dica destes equipamentos devem

ser registradas e realizadas conforme legislay<3o especffica.

4.1.12 As instalac;:6es sanitarias e os vestiarios nao devem se comunicar

diretamente com a area de preparac;:ao e armazenamento de alimentos ou

refeit6rios, devendo ser mantidos organizados e em adequado estado de

conservac;:ao. As portas externas devem ser dotadas de fechamento

automatico.

4.1.13 As instalay6es sanitarias devem possuir lavat6rios e estar supridas de

produtos destinados a higiene pessoal tais como papel higiemico, sa bonete

liquido inodoro anti-septico ou sabonete Iiquido inodora e produto anti-septico e

toalhas de papel nEID reciclado ou outro sistema higienico e segura para

secagem das mEWs. as coletores dos residuos devem ser dotados de tampa e

acionados sem contato manual.

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4.1.14 Devem existir lavatorios exclusivos para a higiene das maDS na area de

manipulagc3o, em posigoes estrategicas em relayc30 ao fluxo de prepare dos

alimentos e em numero suficiente de modo a atender toda a area de

preparagc3o. Os lavatorios devem possuir sabonete Hquido inodoro anti-septico

au sabonete liquido inodoro e produto anti-septico, toalhas de papel naD

reciclado au outro sistema higienico e segura de secagem das maDS e coletor

de papel, acionado sem cantata manual.

4.1.15 Os equipamentos, moveis e utensilios que entram em cantata com

alimentos devem ser de materiais que nao transmitam substancias t6xicas,

odores, nem sabores aos mesmos, conforme estabelecido em le9i51a9030

especifica. Devem ser mantidos em adequado estado de conservaC;2Io e ser

resistentes a corroS2l0 e a repetidas operac;oes de limpeza e desinfecc;2Io.

4.1.16 Devem ser realizadas manutenC;8:o programada e peri6dica dos

equipamentos e utensilios e calibraC;8o dos instrumentos ou equipamentos de

medi<;3o, mantendo registro da realizaC;8o dessas opera90es.

4.1.17 As superficies dos equipamentos, m6veis e utensilios utilizados na

preparaC;8o, embalagem, armazenamento, transporte, distribuiC;80 e exposi<;2IO

a venda dos alimentos devem ser lisas, impermeaveis, ·Iavaveis e estar isentas

de rugosidades, frestas e outras imperfeic;oes que possam comprometer a

higienizag80 dos mesmos e serem fontes de contamina98o dos alimentos.

4.2 HigienizaC;8o de Instala90es, Equipamentos, M6veis e Utensilios

4.2.1 As instala90es, os equipamentos, os m6veis e os utensilios devem ser

mantidos em condi<;oes higiEmico~sanitarias apropriadas. As opera90es de

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higieniz8980 devem ser realizadas par funcionarios comprovadamente

capacitados e com freqOemcia que garanta a manutenc;ao dessas condil;:oes e

minimize 0 risco de contaminac;ao do alimento.

4.2.2 As caixas de gordura devem ser periodicamente limpas. 0 descarte dos

residuos deve atender ao disposto em legislac;ao especifica.

4.2.3 As opera90es de limpeza e, se for 0 caso, de desinfec9ao das instala90es

e equipamentos, quando nao forem realizadas rotineiramente, devem ser

registradas.

4.2.4 A area de preparac;ao do alimento deve ser higienizada quantas vezes

forem necessarias e imediatamente ap6s a termino do trabalho. Devern ser

tomadas precauc;6es para impedir a contaminac;ao dos alimentos causada par

produtos saneantes, pela suspensao de particulas e pela formayao de

aeross6is. Substancias odorizantes e ou desodorantes em quaisquer das suas

formas nao devem ser utilizadas nas areas de preparayao e armazenamento

dos alimentos.

4.2.5 Os produtos saneantes utilizados devem estar regularizados pelo

Minisierio da Saude. A dHuic;ao, 0 tempo de contato e modo de uso/aplicac;ao

dos produtos saneantes devem obedecer as instruyoes recomendadas pelo

fabricante. Os produtos saneantes devem ser identificados e guardados em

local reservado para essa finalidade.

4.2.6 Os utensilios e equipamentos utilizados na higienizac;ao devem ser

proprios para a atividade e estar conservados, limpos e disponiveis em numero

suficiente e guardados em local reservado para essa finalidade. Os utensilios

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utilizados na higienizavao de instalac;oes devem ser distintos daqueles usados

para higienizac;ao das partes dos equipamentos e utensilios que entrem em

cantata com 0 alimento.

4.2.7 Os funcionarios responsaveis pela atividade de higienizac;ao das

instalac;6es sanitarias devem utilizar uniformes apropriados e diferenciados

daqueles utilizados na manipulagao de alimentos.

4.3 Contrale lntegrado de Vetores e Pragas Urbanas

4.3.1 A edificaC;8o, as instalac;6es, as equipamentos, as m6veis e os utensilios

devem ser livres de veto res e pragas urbanas. Deve existir urn conjunto de

ac;oes eficazes e conti nuas de contrale de vetores e pragas urbanas, com a

objetivo de impedir a atra980, 0 abrigo, 0 aces so e au proliferat;ao dos

mesmos.

4.3.2 Quando as medidas de prevengao adotadas nao forem eficazes, 0

controle quimico deve ser empregado e executado par empresa especializada,

conforme legislagao especifica, com produtos desinfestantes regularizados

pelo Ministerio da Saude.

4.3.3 Quando da aplicagao do controle quimico, a empresa especializada deve

estabelecer procedimentos pre e p6s-tratamento a fim de evitar a

contaminagao dos alimentos, equipamentos e utensilios. Quando aplic;3vel, os

equipamentos e os utensilios, antes de serem reutilizados, devem ser

higienizados para a remogao dos residuos de produtos desinfestantes.

4.4 Abastecimento de agua

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4.4.1 Deve ser utilizada somente agua potavel para manipulac;ao de alimentos.

Quando utilizada soluc;ao alternativa de abastecimento de agua, a potabilidade

deve ser atestada semestralmente mediante laudos laboratoriais, sem prejuizD

de outras exigemcias previstas em le9i51a9;30 especifica.

4.4.2 0 gelo para utilizac;8.o em alimentos deve ser fabricado a partir de agua

potavel, mantido em condic;ao higiemico-sanitaria que evite sua contaminac;ao.

4.4.3 0 vapor, quando utilizado em contato direto com alimentos OU com

superficies que entrem em contato com alimentos, deve ser produzido a partir

de agua potavel e nao pade representar fonte de contaminac;ao.

4.4.40 reservatorio de agua deve ser edificado e ou revestido de materiais que

nao comprometam a qualidade da agua, conforme legislac,;:ao especifica. Deve

estar livre de rachaduras, vazamentos, infiltrac,;:6es, descascamentos dentre

outros defeitos e em adequado estado de higiene e conservac,;:ao, devendo

estar devidamente tampado. 0 reservat6rio de agua deve ser higienizado, em

um intervalo maximo de seis meses, devendo ser mantidos registros da

operacyao.

4.5 Manejo dos residuos

4.5.10 estabelecimento deve dispor de recipientes identificados e [ntegros, de

facil higienizac,;:c3oe transporte, em numero e capacidade suficientes para conter

as residuos.

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4.5.2 Os coletores utilizados para deposicyao dos residuos das areas de

preparacyao e armazenamento de alimentos devem ser dotados de tampas

acionadas sem cantata manual.

4.5.3 Os residues devem ser freqOentemente coletados e estocados em local

fechado e isolado da area de prepara9c3o e armazenamento dos alimentos, de

forma a evitar focos de contaminayc3o e atracyao de vetores e pragas urbanas.

4.6 Manipuladores

4.6.1 0 controle da saude dos manipuladores deve ser registrado e realizado

de acordo com a legislacyao especifica.

4.6.2 Os manipuladores que apresentarem lesoes e au sintomas de

enfermidades que possam comprometer a qualidade higiemico-sanitaria dos

alimentos devem ser afastados da atividade de prepara<;:ao de alimentos

enquanto persistirem essas condi90es de saude.

4.6.3 Os manipuladores devem ter asseio pessoal, apresentando-se com

uniformes compativeis it atividade, conservados e limpos. Os uniformes devem

ser trocados, no minimo, diariamente e usados exclusivamente nas

depende!'ncias internas do estabelecimento. As roupas e os objetos pessoais

devem ser guardados em local especifico e reservado para esse fim.

4.6.4 Os manipuladores devem lavar cuidadosamente as maos ao chegar ao

trabalho, antes e apes manipular alimentos, ap6s qualquer interruP9030 do

servi90, apes tocar materia is contaminados, apes usar os sanitarios e sempre

que se fizer necessario. Devem ser afixados cartazes de orientar;:ao aos

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manipuladores sobre a correta lavagem e anti-sepsia das maos e demais

habitos de higiene, em locais de facil visualizac;:ao, inclusive nas instalac;:6es

sanitarias e lava tori os.

4,6.5 Os manipuladores nao devem fumar, falar des necessaria mente, cantar,

assobiar, espirrar, cuspir, tossir, comer, manipular dinheiro ou praticar outros

atos que possam contaminar a alimento, durante a desempenho das

atividades.

4.6.6 Os manipuladores devem usar cabelas presos e protegidos por redes,

taucas au outro aces soria apropriada para esse fim, nao sendo permitido a usa

de barba. As unhas devem estar curtas e sem esmalte au base. Durante a

manipulac;ao, devem ser retirados todos as objetos de adorno pessoal e a

maquiagem.

4.6.7 Os manipuladores de alimentos devem ser supervisionados e

capacitados periedicamente em higiene pessoal, em manipulac;ae higienica dos

alimentes e em doenc;:as transmitidas por alimentos. A capacitac;:ao deve ser

comprovada mediante documentac;:ao.

4.6.8 Os visitantes devem cumprir os requisites de higiene e de saude

estabelecidos para os manipuladores.

4.7 Materias-primas, ingredientes e embalagens

4.7.1 Os servic;os de alimentaC;:3o devem especificar os criteries para avaliac;:c3o

e sele<;ao dos fornecedores de materias-primas, ingredientes e embalagens. 0

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transporte desses insumos deve ser realizado em condic;oes adequadas de

higiene e conservagao.

4.7.2 A recepc;ao das matarias-primas, dos ingredientes e das emba!agens

deve ser realizada em area protegida e limpa. Devem ser adotadas medidas

para evitar que esses insumos contaminem 0 alimento preparado.

4.7.3 As matarias-primas, os ingredientes e as embalagens devem ser

submetidos a inspegao e aprovados na recepgao. As embalagens primarias

das matarias-primas e dos ingredientes devem estar integras. A temperatura

das mate-rias-primas e ingredientes que necessitem de condigoes especiais de

conservagao deve ser verificada nas etapas de recepgao e de

arrnazenamento.

4.7.4 Os lotes das mate-rias-primas, dos ingredientes ou das embalagens

reprovados ou com prazos de validade vencidos devem ser imediatamente

devolvidos ao fornecedor e, na impossibilidade, devem ser devidamente

identificados e armazenados separadamente. Deve ser determinada a

destinagao final dos mesmas.

4.7.5 As mate-rias-primas, os ingredientes e as embalagens devem ser

armazenados em local limpo e organizada, de forma a garantir protec;~m contra

contarninantes. Devern estar adequadamente acandicionados e identificadas,

sendo que sua utilizagao deve respeitar 0 prazo de validade. Para os alimentos

dispensados da obrigatoriedade da indicac;ao do prazo de validade, deve S8r

observada a ordem de entrada dos mesmos.

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4.7.6 As materias-primas, os ingredientes e as embalagens devem ser

armazenados sabre paletes, estrados e au prateleiras, respeitando-se 0

espagamento minima necessaria para garantir adequada ventilagc3o, !impeza e,

quando for 0 casa, desinfecy030 do local. Os paletes, estrados e au prateleiras

devern ser de material lisa, resistente, impermeavel e lavavel.

4.8 Preparac;c3o do alimento

4.8.1 As materias-primas, as ingredientes e as embalagens utilizados para

preparagao do alimento devem estar em condic;oes higienico-sanitarias

adequadas e em conformidade com a legislal!(c3o especifica.

4.8.2 0 quantitativa de funcionarios, equipamentos, move is e ou utensilios

disponiveis devem ser compatfveis com volume, diversidade e complexidade

das preparac;:6es alimenticias.

4.8.3 Durante a preparac;:ao dos alimentos, devem ser adotadas medidas a tim

de minimizar 0 risco de contaminac;:ao cruzada. Oeve-se evitar 0 contato direto

ou indireto entre alimentos crus, semi-preparados e prontos para 0 consumo.

4.8.4 Os funcionarios que manipulam alimentos crus devem realizar a lavagem

e a anti-sepsia das maos antes de manusear alimentos preparados.

4.8.5 As materias-primas e os ingredientes caracterizados como produtos

pereciveis devem ser expostos a temperatura ambiente somente pelo tempo

minima necessario para a preparac;:ao do alimento, a fim de nao comprometer a

qualidade higienico-sanitaria do alimento preparado.

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4.8.6 Quando as materias-primas e os ingredientes nao forem utilizados em

sua totalidade, devem ser adequadamente acondicionados e identificados com,

no minimo, as seguintes informaC;:Oes: designac;:ao do produto, data de

fracionamento e prazo de validade ap6s a abertura ou retirada da embalagem

original.

4.8.7 Quando aplicavel, antes de iniciar a preparat;:ao des alimentos, deve-se

proceder a adequada limpeza das embalagens primarias das materias-primas e

dos ingredientes, minimizando 0 risco de contaminac;:ao.

4.8.8 0 tratamento termico deve garantir que todas as partes do alimento

atinjam a temperatura de, no minimo, 70°C (setenta graus Celsius).

Temperaturas inferiores podem ser utilizadas no tratamento termico desde que

as combinac;:oes de tempo e temperatura sejarn suficientes para assegurar a

qualidade higiemico-sanitaria dos alimentos.

4.8.9 A eficacia do tratamento termicc deve ser avaliada pela verificac;:ao da

temperatura e do tempo utilizados e, quando aplicclvel, pelas mudanc;:as na

textura e cor na parte central do alimento.

4.8.10 Para as alimentos que forem submetidos a fritura, alem dos controles

estabelecidos para urn tratarnento termico, deve-se instituir rnedidas que

garantam que 0 61eo e a gordura utilizados naD constituam uma fonte de

contaminat;:ao quimica do alimento preparado.

4.8.11 Os 61eos e gorduras utilizados devem ser aquecidos a temperaturas nao

superiores a 180°C (cento e oilenta graus Celsius), sendo substituidos

imediatamente sempre que houver alterat;:ao evidente das caracteristicas

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fisico-qu[micas au sensoria is, tais como aroma e sabor, e formac;ao intensa de

espuma e fumac;a.

4.8.12 Para as alimentos congelados, antes do tratamento termico, deve-se

pro ceder ao descongelamento, a fim de garantir adequada penetrac;ao do calor.

Excetuam-se os casas em que 0 fabricante do alimento recomenda que 0

mesmo seja submetido aD tratamento termico ainda congelado, devendo ser

seguidas as orienta goes constantes da rotulagem.

4.8.130 descongelamento deve ser conduzido de forma a evitar que as areas

superficiais dos alimentos S8 mantenham em condigoes favoraveis a

multiplicaC;30 microbiana. 0 descongelamento deve ser efetuado em condic;oes

de refrigera9c3o a temperatura inferior a 5°C (cinco graus Celsius) ou em forno

de rnicroondas quando 0 alirnento for subrnetido irnediatarnente a cocyao.

4.8.14 Os allrnentos submetidos ao descongelamento devem ser mantidos sob

refrigerayao se nao forem imediatamente utilizados, nao devendo ser

recongelados.

4.8.15 Ap6s serem submetidos a cocgao, os alimentos preparados devem ser

rnantidos ern condigoes de tempo e de temperatura que nao favoregam a

rnultiplicagao microbiana. Para conservagao a quente, os alimentos devem ser

submetidos a temperatura superior a 60°C (sessenta graus Celsius) por, no

maximo, 6 (seis) horas. Para conservagao sob refrigeragao ou congelamento,

os alimentos devem ser previamente submetidos ao processo de resfriamento.

4.8.16 0 processo de resfriamento de um alimento preparado deve ser

realizado de forma a minimizar 0 risco de contaminayao cruzada e a

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permanencia do mesmo em temperaturas que favorec;:am a multiplicac;:ao

microbiana. A temperatura do alimento preparado deve ser reduzida de 60°C

(sessenta graus Celsius) a 10°C (dez graus Celsius) em ate duas horas. Em

seguida, 0 mesma deve ser conservado sob refrigerac;:ao a temperaturas

inferiores a SoC (cinco graus Celsius), ou congelado a temperatura igual ou

inferior a -18°C (dezoito graus Celsius negativ~s).

4.8.170 prazo maximo de consumo do alimento preparado e conservado sob

refrigera<;ao a temperatura de 4°C (quatro graus Celsius), au inferior, deve ser

de 5 (cinco) dias. Quando fcrem utilizadas temperaturas superiores a 4°C

(quatro graus Celsius) e inferiores a SoC (cinco graus Celsius), 0 prazo maximo

de consumo deve ser reduzido, de forma a garantir as condi90es higienico-

sanitarias do alimento preparado.

4.8.18 Caso 0 alimento preparado seja armazenado sob refrigera9ao ou

congelamento deve-se apor no involucra do mesmo, no minimo, as seguintes

informa90es: designa9ao, data de prepare e prazo de validade. A temperatura

de armazenamento deve ser regularmente monitorada e registrada.

4.8.19 Quando aplicavel, os alimentos a serem consumidos crus devem ser

submetidos a processo de higieniza9ao a fim de reduzir a contamina9ao

superficial. Os produtos utilizados na higieniza9ao dos alimentos devem estar

regularizados no orgao competente do Ministerio da Saude e serem aplicados

de forma a evitar a presen9a de residuos no alimento preparado.

4.8.20 0 estabelecimento deve implementar e manter documentado 0 controle

e garantia da qualidade dcs alimentos preparados.

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4.9 Armazenamento e Transporte do Alimento Preparado

4.9.1 Os alimentos preparados mantidos na area de armazenamento au

aguardando 0 transporte devem estar identificados e protegidos contra

contaminantes. Na identificac;ao deve constar, no minima, a designac;ao do

produto, a data de preparo e ° prazo de validade.

4.9.2 0 armazenamento e a transporte do alimento preparado, da distribuic;:ao

ate a entrega ao consuma, deve ocorrer em condic;6es de tempo e temperatura

que nao comprometam sua qualidade higiemico-sanitaria. A temperatura do

alimento preparado deve ser monitorada durante essas etapas.

4.9.3 as meies de transporte do alimento preparado devem ser higienizados,

sendo adotadas medidas a fim de garantir a ausencia de vetores e pragas

urbanas. Os ve[culos devem ser dotados de cobertura para protec;:Zlo da carga,

nao devendo transportar outras cargas que comprometam a qualidade

higienico-sanitaria do alimento preparado.

4.10 Exposic;ao ao consumo do Alimento preparado

4.10.1 As areas de exposic;ao do alimento preparado e de consumac;ao ou

refeit6rio devem ser mantidas organizadas e em adequadas condic;6es

higienico-sanitarias. Os equipamentos, moveis e utensilios disponiveis nessas

areas devem ser compativeis com as atividades, em numero suficiente e em

adequado estado de conservac;ao.

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4.10.2 Os manipuladores devem adotar procedimentos que minimizem 0 risco

de contaminavao dos alimentos preparados por meio da anti-sepsia das maos

e pelo usa de utensilios au luvas descartaveis.

4.10.3 Os equipamentos necessarios a exposi.;ao ou distribuic;:ao de alimentos

preparados sob temperaturas controladas, devem ser devidamente

dimensionados, e estar em adequado estado de higiene, conservac;:ao e

funcionamento. A temperatura desses equipamentos deve ser regularmente

monitorada.

4.10.4 0 equipamento de exposic;:ao do alimento preparado na area de

consumac;:c3o deve dispor de barreiras de protec;:ao que previnam a

contaminac;:c3o do mesma em decorremcia da proximidade ou da 89<30 do

consumidor e de outras fontes.

4.10.5 Os utensilios utilizados na consumac;:ao do alimento, tais como pratos,

copas, tal heres, devem ser descarta.veis ou, quando feitos de material nao-

descarla.vel, devidamente higienizados, sendo armazenados em local

protegido.

4.10.6 Os ornamentos e plantas localizados na area de consumaC;:80 ou

refeitorio nao devem constituir fante de cantaminac;:ao para os alimentos

preparados.

4.10.7 A area do servic;:o de alimentac;:ao onde se realiza a atividade de

recebimento de dinheiro, cart6es e outros meios utilizados para 0 pagamento

de despesas, deve ser reservada. Os funcionarias res pans ave is par essa

atividade naD devem manipular alimentas preparadas, embaladas au nao.

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4.11 DocumentaC;:8o e Registro

4.11.1 Os servit;:os de alimentaC;:Elo devem dispor de Manual de Boas Praticas e

de Procedimentos Operacionais Padronizados. Esses documentos devem estar

acessiveis aos fun cion arias envolvidos e disponiveis a autoridade sanitaria,

quando requerido.

4.11.2 Os POP devem conter as instruc;:oes seqOenciais das operag6es e a

freqOencia de execugc3o, especificando 0 nome, a cargo e au a funC;:Elo dos

responsaveis pelas atividades. Devern ser aprovados, datados e assinados

pelo responsavel do estabelecimento.

4.11.3 Os registros devem ser mantidos par period a minima de 30 (trinta) dias

contados a partir da data de prepara,ao dos alimentos.

4.11.4 Os servic;:os de alimentayEio devem implementar Procedimentos

Operacionais Padronizados relacionados aDs seguintes itens:

a) Higienizag30 de instalac;oes, equipamentas e m6veis;

b) Controle integrado de vetores e pragas urbanas;

c) Higienizac;ao do reservat6rio;

d) Higiene e saude dos manipuladores.

4.11.5 Os POP referentes as aperac;oes de higienizac;ao de instalac;oes,

equipamentos e m6veis devem conter as seguintes informa~6es: natureza da

superficie a ser higienizada, metoda de higienizac;ao, principio ativa

selecionado e sua concentrac;ao, tempo de contato dos agentes quimicos e ou

fisicos utilizados na opera,ao de higieniza,ao, temperatura e outras

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31

informa<;:oes que S8 fizerem necessiuias. Quando aplicavel, as POP devem

conternplar a operas:ao de desmonte dos equipamentos.

4.11.6 Os POP relacionados ao controle integrado de vetores e pragas urbanas

devem contemplar as medidas preventivas e corretivas destinadas a impedir a

atratyao, a abrigo, 0 acesso e au a proliferac;:ao de vetores e pragas urbanas.

No casa da adoc;:ao de controle quimico, a estabelecimento deve apresentar

comprovante de execuc;:c3o de serviyo fornecido pela empresa especializada

contratada, contendo as informac;:oes estabelecidas em legislac;:c3o sanitaria

especifica.

4.11.7 Os POP referentes a higienizac;:ao do reservat6rio devem especificar as

informa90es constantes do item 4.11.5, mesmo quando realizada per empresa

terceirizada e, neste caso, deve ser apresentado 0 certificado de eXecu9aO do

servi<;:o.

4.11.8 Os POP relacionados a higiene e saude dos manipuladores devem

contemplar as etapas, a freqOemcia e os principios ativos usados na lavagem e

anti-sepsia das maos dos manipuladores, assim como as medidas adotadas

nos casos em que os manipuladores apresentem lesao nas maos, sintomas de

enfermidade ou suspeita de problema de saude que possa comprometer a

qualidade higienico-sanitaria dos alimentos. Deve-se especificar os exames

aos quais os manipuladores de alimentos sao submetidos, bern como a

periodicidade de sua execu<;:ao. 0 programa de capacita<;:ao dos manipuladores

em higiene deve ser descrito, sendo determinada a carga horaria, 0 conteudo

programatico e a frequencia de sua realizac;ao, mantendo-se em arquivo os

registros da participa9ao nominal dos funcionarios.

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32

4.12. Responsabilidade

4.12.1. 0 respans8vel pelas atividades de manipulay13a das alimentas deve ser

a proprietaria au funcionaria designado, devidamente capacitado, sem prejulzo

dos casas onde ha previsao legal para responsabilidade tecnica.

4.12.2.0 respons8vel pelas atividades de manipulayEio dos alimentos deve ser

comprovadamente submetido a curso de capacitayao, abordando, no mlnimo,

os segLJintes temas:

a) Contaminantes alimentares;

b) Doenc;as transmitidas par alimentos;

c) ManipulaC;Elo higiemica dos alimentos;

d) Boas Pratieas.

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3 CARTILHA DO MANIPULADOR DE ALiMENTOS

3.1 Conceito basico de boas praticas de manipula9c3.0

As boas praticas de manipulagc3.o (BPM) sao um conjunto de regras que tern a

finalidade de garantir que as alimentos produzidos nao

causem danos a saude das pessoas.

o sucesso na aplicagElo das ayoes e criterios que

fazem parte das boas praticas de manipulag30 depende

da participayao das pessoas, pais devem ser cumpridas

no dia-a-dia de trabalho.

As ac;:6es definidas no programa de boas praticas de manipulaC;:Elo devem

estar fundamentadas em procedimentos e controles preventivos.

Podemos dizer que as boas praticas sao como urn guarda-chuva da protec;ao

dos alimentos, trazendo beneficios para os envolvidos, como par exemplo:

- produc;:ao de alimentos mais seguros;

- reduc;:ao de desperdicios;

- mudanga de habitos;

- ambientes mais organizados, limpos e seguros;

3.2. NOyoes basicas de contaminayao e de microbiologia de alimentos

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34

Cuidado!Alimento contaminado e fonte de doenyas!

A contamina.yao de urn alimento significa a presenc;a de qualquer elemento

estranho a sua natureza e composiC;<3o, e que pade causar dan as a quem 0

consumir.

3.2.1 Tipos de contaminay<3o

Existem tres tipos de contaminay<3o:

a) Quimica: quando compostos quimicos estranhos aD alimento estao presentes no

mesma.

Exemplos:

agrot6xicos: usados na lavoura para exterminar pragas;

inseticidas e raticidas: usados para eliminar moscas, baratas e ratos;

substill1c1as despejadas pelas industrias nos rios,

lagos e mar.

b) Fisica: quando corpos estranhos ao alimento estao presentes no mesma.

Exemplos:

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35

pedac;os de metal e madeira, pregos, laminas, parafusos, fragmentos de

tabua de corte. fragmentos de esponjas de a,o.

c) Biologica: quando microrganismos que causam danos a saude das pessoas

(patogenicos) e estranhos estao presentes no alimento. Este e 0 principal tipo de

contaminac;ao e acontece quando as cuidados na prepararyao e conservayao naD

saO observados.

A contaminaryao pade ser:

• Par bacterias

Par fungos

Pode ser por virus

Pode ser par parasitas

&••Alimento Contaminado tern destino certa que e 0 lixo!

as microrganismos sao invislveis!!!

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36

Sao encontrados na terra, no ar, na agua, no corpo das pessoas enos

animais e as mesmos levam contaminac;ao para os alimentos pod end as causar

doengas.

As doengas causadas pelos microrganismos

e veiculadas pelos alimentos S8 manifestam com

enjoos, v6mitos, diarreia, dares no carpa, dar de

cabec;a e mal estar geral. Em cases mais graves

podem causar febre, dificuldades para respirar,

convuls6es, podendo levar a doente a morte. A

gravidade da doenc;a na maioria dos casas depende

da sensibilidade da pessoa, do tipo e quantidade de microrganismos presentes no

alirnento contaminado e da quantidade de alimento consumido.

Muitos microrganismos alteram a cheiro, a cor, 0 sabor e a consistencia do

alimento. Eles nao sao responsaveis pela doen9a e sim pela perda do produto.

Mas a maiaria dos micrarganismos que causam doen9as nao alteram as

caracteristicas do alimentol!!

Ai reside 0 perigo. Come-se um alimento com aspecto bom, sem saber que

esta contaminado.

Dos muitos microarganismos existentes e que podem contaminar alimentos,

no nosso meio, e comum a Salmonella sp que pode ter origem nos animais, nos

seus produtos ou no proprio homem que prepara os alimentos.

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37

Dais pratos com maionese, qual dos dois esta contaminado par Salmonella

sp? Temas como saber sem fazer uma analise do alimento?

As doengas transmitidas pelos alimentos

causam prejuizos a saude e a economia das

pessoas. 0 prejuizo a saude e 0 prejuizo

econ6mico podem ser evitados, sem grandes

investimentos, seguindo as recomendagoes

basicas de higiene e as cuidados com 0 prepare e

conserva<;:c3o dos alimentos.

Recomenda<;:oes Basicas

b) 0 reservat6rio e obrigat6rio par lei e

deve permanecer tampado.

o reservat6rio deve ser desinfetado:

quando for instalado;

a cada 6 (seis) meses;

• na ocorrencia de acidentes que possam contaminar a agua (animais, sujeira,

enchentes).

a) Use sempre agua tratada!

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38

Verifique S8 0 reservat6rio esta com rachaduras. 1550 possibilita infiltrac;6es de

agua contaminada, a principalmente em reservat6rios semi-enterrados au

subterraneos.

c) Manipulador

o manipulador e urn elemento chave na produ((ao do alimenta.

EJe pode ser motivQ da contaminac;ao, atraves de maDS sujas au contaminadas,

tosse, espirro e conversa sobre os alimentos, au par Qutras falhas na manipulac;ao.

3.3 Necessidades para a multiplicac;ao dos microorganismos

3.3.1 Temperatura:

Em temperaturas baixas:

Praticamente nao S8 multiplicam

• Dificilmente morrem;

Em temperaturas aitas:

• Morrem

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39

A temperatura ideal para a multiplical'ao e de 35"C, au seja, marna.

Nessa temperatura eles S8 multiplicam rapidamente.

3.3.2 Tempo:

Quanta maior 0 tempo em que urn alimento se mantem em temperatura ideal

(zona de perigo) maior a possibilidade de multiplica9ao. Equivale-se ao tempo entre

o termino do preparo do alimento e a sua distribui9ao.

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3.3.3 Nutrientes:

40

Os microrganismos tambem necessitam de nutrientes para sobreviverem. Sao

eles· a9ucares, gorduras, proteinas, vitamin as, sa is minerais (Calcia, F6sforo,

Potassio, etc).

3.4.4 Umidade:

o cresci menta dos microrganismos depende

fundamentalmente da quantidade de agua que se encontra no

estado livre no alimento.

3.4.5 pH:

Refere-se ao pan3metro que mede a acidez ou a

alcalinidade de uma 5ubstancia, sendo que, a pH ideal 7, ou seja, neutra,

Acido

Basico

o

7

14

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3.4 Oivisao des microorganismos

41

Alguns microrganismos desempenham um papel importante nos alimentos,

com isse, podemos afirmar que nem todos os microrganismos fazem mal ao homem.

Assim os microrganismos fcram divididos em tres grupos:

3.4.1 Microorganismos deteriorantes:

Sao aqueles respons8veis pel a detericrayao dos alimentos. Ex.:

1- Bolares: causam problema principalmente em produtos de

padafla, queijos, carnes e produtos de frutas. Produzem

descolorayao, alteragao de sabor, odor de vinho, altera<;ao

de textura, nao produzem gas.

."

2- Leveduras: atacam principal mente frutas processadas,

sucos de fruta, entre outros. Produzem odores e sabor

alcoolico e formayao de gas.

3- Bacterias: atacam alimentos ricos

em proternas como: carne, lacticinios, frutas e

hortalic;:as. Altera a sabar, odor, aspecto, produzindo

gas e descoloray2lo.

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42

3.4.2 Microorganismos patogemicos:

Causam doenc;as ao homem, desde urn

simples mal-estar, nauseas dor de cabecya,

diarreia, ate uma paralisa<;:c3o respirat6ria,

cardiaca au mental.

3.4.3 Microorganismos beneficos au uteis:

Esses microrganismos sao importantes aD homem, pois, sao utilizados no

preparo de alimentos e Qutros produtos industriais.

3.5 Doencyas transmitidas par alimentos

Como ja vimos antes as microrganismos sao causadores de doenc;as. Os

microrganismos que causam doen,as sao os PATOG~NICOS. Quando estes estao

presentes em nossa alimento podem causar uma doen<;:a transmit ida par alimentos -

OlA. Send a que a maiaria das DTAs podem ser evitadas com as boas pn3ticas de

rnanipulac;ao dos alimentos, sem as quais, esses microrganismos encontraram

condig6es excelentes para 0 seu desenvolvimento. Mesmo os alimentos que nao

apresentam nenhum tipo de modificagao com alteragao do odor, aspecto e saber

pod ern ser, potencialmente, capazes de causar doen~as.

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43

o aparecimento e a gravidade das doenc;;:as depende de alguns fatores como:

1- Quantidade de ajimento ingerido;

2- Quantidade de rnicrorganismos presentes no alimento ingerido;

3- Quantidade de toxina, sistema imunol6gico do individuo e idade.

3.5.1 Surto epidemico de origem alimentar

Sao doenc;;:as que afetam repentinamente, ao mesmo tempo, dais au mais

individuos atraves da ingestao de urn mesmo alimento.

Mostramos, abaixD, alguns dos principais rnicroorganismos que podem 5er

transmitidos atrav8S dos alimentos, causadores de surtos.

3.5.1.1 Staphylococcus aureus:

Habitat: pele, nariz, garganta, cabelo, ferida com pus e espinhas. Contaminac;ao:

maos nao lavadas, tossir au espirrar sabre as alimentos, usa de panos (de prato ou

outros na cozinha) contaminados.

Sintomas da doenc;:a: vemita intenso, mal estar, dor de cabec;:a, raramente diarreia,

sem febre.

Periodo de incubac;:ao: 1 a 6 horas.

Principais alimentos onde pod em estar presentes: alimentos com alta concentrac;:ao

de a,ticar (doces cremosos) e sal (bacalhau, feijoada), leite, queijo, batatas

(manipulac;:ao e armazenagem inadequada).

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44

Temperatura de destrui~ao: esse microorganismo e capaz de produzir esporos

resistentes ao calor, 0 que dificulta sua destruiyao.

3.5.1.2 Clostridium perfringens:

Habitat: fezes de animais, solo, poeira, hortali9as e temperas

Contaminayao: cantata com 0 solo atraves dos produtos "in natura" (verduras,

legumes etc) antes de serem completamente higienizados, maos mal lavadas que

estiveram em cantata com terra ou produtos in natura como os descritos, superficies

da cozinha que estiveram em cantata com as mesmas materials. Nesse casa, urn

alimento cru (exemplo: verdura) pode contaminar urn alimento calido (exemplo:

carne assada) quando colocados em uma mesma vasilha sem a higienizaryao

correta.

Sintomas da doenrya: c6licas abdominais, diarreia, nauseas, raramente v6mito, sem

febre.

Periodo de incuba9ao: 8 a 22 horas.

Principais alimentos onde podem estar presentes: aljmentos proteicos como carnes

cozidas, assados, feijao, molhos de carne, alimentos cozidos ou refogados

arrnazenados por varias horas em temperatura inadequada.

Temperatura de destrui<;:ao: esse microorganismo e capaz de produzir esporos

resistentes ao calor, 0 que dificulta sua destrui<,;:8o.

3.5.1.3Bacillus cereus cl;,ssico:

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45

Habitat: solo, cereais, graDs, vegetais

Contarninac;ao: cantata com 0 solo atraves dos produtos "in natura" (verduras,

legumes etc) antes de serem completamente higienizados, maos mal lavadas que

estiveram em cantata com terra au produtos "in natura" como as descritos,

superficies da cozinha que estiveram em cantata com as mesmos materia is. Nesse

casa, urn alimento cru (exemplo: verdura) pade contaminar urn alimento cazida

(exemplo: carne assada) quando colocados em uma mesma vasilha sem a

higienizac;ao correta.

Sintomas da doenc;a: diarreia, nauseas, raramente vernita, sem febre.

Perfedo de incubac;ao: 8 a 22 horas.

Principais alimentos onde podem estar presentes: arroz e feijao cozidos, arroz doce,

canjica, verduras cozidas (armazenagem em temperatura inadequada).

Temperatura de destruiv8o: esse microorganismo e capaz de produzir esporos

resistentes ao calor, 0 que dlficulta sua destruiy80.

3.5.1.4 Escherichia coli:

Habitat: fezes do homem e de animais, agua de rios, lagos e p090s.

Contarninayao: indica contaminayao at raves de fezes (contaminalfc3o fecal).

Sintomas da doen9a: diarn§ia, mal estar, c6licas.

Periodo de incuba,ao: 8 a 22 horas

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46

Principais alimentos onde pod em estar presentes: agua, hortalic;:as, carnes, aves e

pescados crus ou mal cozidos, lasanha, sobremesas (alimentos processados de

forma manual, mal cozidos au mantidos em temperatura inadequada).

Temperatura de destrui9ao: 60° C

3.5.1.5 Salmonella sp:

Habitat: intestinos do homem e de animais, alimentos de origem animal, gema de

ovo.

Contamina980: cozimento inadequado de alimentos.

Sintomas da doenc;:a: diarreia, mal estar, colicas, febre, v6mitos.

Periodo de incubac;:ao: 8 a 22 heras.

Principals alimentos onde podem estar presentes: maionese, aves e carnes, frutos

do mar, gema de ovo (alimentos mal cozidos ou mantidos em temperatura

inadequada).

Temperatura de destruic;:ao: 60° C por 15 minutos.

3.5.1.6. Clostridium botulinum:

Habitat: solo, agua, vegetais, pescados.

Conlamina9ao: alimentos cozidos deixados em temperatura inadequada par varias

horas, condifYOes de anaerobiose, ou seja, ausencia de oxigenio.

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Sintomas da doenya: visao dupla, dificuldade de falar. engolir e respirar, insuficiencia

respiratoria, podendo levar a marte.

Periodo de incuba9ao: 8 a 36 horas.

Principais alimentos onde podem estar presentes: embutidos naD refrigerados

(defumados), enlatados mal processados, conservas caseiras, pescados.

Temperatura de destrui9ao: 1000 C par 15 minutos.

Lembre-se que as rnicroorganismos sao invisiveis.

Portanto pod em estar em todos as lugares!!!l1

3.6 Higiene pessoal

Todos as manipuladores de alimenta, bem

como, todos as funcionarios da empresa devem

ter registro na Carteira de Trabalho. Todos as pessoas que tern algum cantata com 0

alimento devem submeter-se aDs ex ames medicos e laboratoriais que avaliem a sua

condiyao de sallde antes de iniciar no trabalho em uma empresa e tambem

submeter-se aos mesmo periodicamente.

o manipulador que apresenta alguma enfermidade ou problema de sallde que

possa r8sultar na transmissao da mesma para 0 alimento deve ser impedido de

executar qualquer tarefa que esteja ligada diretamente ou nao ao alimento. Todo a

manipulador que esteja com alguma enfermidade deve comunicar imediatamente a

3.6.1 Sallde: a importancia des exames

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48

dire9ao ou a gerencia do estabelecimento, sendo que 0 mesma deve ficar afastado

para 0 tratamento medico, ate que sua saude seja restabelecida.

Em qualquer caso de uma DTA, existe sempre uma causa "HUMANA". Isto

naO aconteee por aeaso, e sempre causada por alguem que na~ tern bons htibitos

de higiene. Quando S8 fala em manipular um alimento nao devemos esquecer do

manipulador, pais, este e 0 elemento chave na produC;:8o do alimenta, mas ele pode

ser 0 motivo da contaminayao, atraves de maQS sujas ou contaminadas, tosse,

espirro e conversa sabre as alimentos, au por Qutras falhas na manipulac;:ao.

o manipulador de alimentos deve ter consciencia da responsabilidade

pessoal do seu trabalho para com 0 consumidor, no que S8 refere a prevenc;ao de

doenc;as e a prevenyao a promoyao da saude.

Podemos considerar que SAUDE to um estado de completo,

- bern-estar fisico,

- mental,

- e social, e nao apenas a ausencia de doenyas.

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49

o manipulador em urn perfeito estado fisico e mental pade estar apta a

contribuir para a bern estar e 0 desenvolvimento da comunidade em geral.

3.6.2 Higiene pessoal - e urn conjunto de habitos sadios que todos devemos ter com

a proprio corpo.

Sabemas que nossa corpo tern muitas bacterias

Habitos de higiene pessoal:

lavar" as maos antes de iniciar au reiniciar 0

trabalho;

lavar as maos antes e ap6s 0 usa do banheiro;

lavar as maos antes e ap6s trabalhar com aJimentos crus;

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• fazer usa de uniforme

limpa, de cor clara;

• usar rede au gorro para as

cabelos;

• usar sapata fechado;

• naa usar perfumes;

• usar desadorante inodoro;

tamar banho diario, de preferencia no

servi90, antes de iniciar as suas tarefas;

HIGIENE NOAMBlENTE DETRABAlHO

• nao usar maquiagem;

• lavar e secar bem os pes;

• lavar a cabelo pelo menos 3 vezes na semana;

refei,oes.

50

• conservar as unhas curtas e

limpas sem esmalte;

• escovar as dentes ap6s as

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Ao manipulador de alimentos fica vetado:

51

fumar no local de preparo dos

alimentos;

• usar j6ias, pulseiras, rel6gios,

cabelos soltos;

• unhas pintadas e compridas;

• nao usar cilios e unhas postic;as;

• falar, cantar, tossir sabre

alimentos, colocar as maos no

cabe10s,

nariz, boca e cabelos;

experimentar a comida com col her e recoloca-Ia na

panela;

enxugar as maos no avental au em panos;

lidar com dinheiro e em seguida com 0 alimento;

fazer servic;o de limpeza e manipular as alimentos ao mesmo tempo;

trabalhar doente ou com ferimentos nas maos e

antebrac;os;

sair do local de trabalho com a uniforme;

rnascar gorna, palito, f6sfaro, tabaco, chupar

balas entre Qutros.

o empregador tambern tern suas responsabilidades, ele deve garantir:

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que 0 manipulador com os seguintes disturbios: diarreia, febre, resfriado,

52

infec~ao nos olhos, doen~as de pele, ferimentos nas maos, este, seja

afastado para outra atividade, ou seja dispensado do servi~o sem prejuizos

de qualquer natureza ate que esteja com sua saude reabilitada;

que as instala90es sejam adequadas para

que os manipuladores possam guardar suas

roupas e pertences;

os sanitarios e chuveiros devem estar em perfeitas

estar limpos;

condi~6es de funcionamento e os mesmos devem

adequado para lavar e enxugar as maos;

pias com agua, sabao e toalha ou equipamento

1-

2-

3-5- ~.

~.

que as uniformes sejam adequados de preferencia de cor clara e

completos em numero suficiente para troca diaria.

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53

3.7 EPI - Equipamento de Prote~ao Individual

o manipulador deve ter a seu EPI - Equipamento de

~I~~' proteyao individual. A palavra proteyao nao se refere ao

(t" ') manipulador e sim ao alimento. Eo 0 produto alimenticio que deve

~ ser protegido pela roupa do manipulador, contra as fontes de

"I;. r\.1.. 1,W~ contaminay6lo, como ja vimos anteriormente 0 po, pelos de animais

,--1j~.J domesticos, poluiy6lo, etc., sao fontes de contaminayao

encontrados nas roupas que usamos no dia a dia, estes contaminantes podem vir a

contaminar 0 alimento, se 05 trabalhadores nao estiverem usando corretamente 0

seu EPI. A vigilancia sanitaria exige que os manipuladores usem uniformes de cor

clara, limpas, lavaveis, sem bolsos externos e de

o manipulador tambem deve ter alguns

preferencia do tipo nao abotoavel.

cuidados com 0 EPI, como mante-Io limpo e nao

rasgados, par isso nao S8 deve sentar ou fazer

qualquer outra atividade fora do local de trabalho com

o EPI usado na manipulayc30 dos alimentos.

3.8 Principios basicos de manipulayao segura de alimentos

3.8.1 Regras de auro

A OMS - Organizayao Mundial da Saude elaborou AS 10 REGRAS DE

OURO para a prepara~ao dos alimentos com seguran~a.

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3.8.1.1. Preferir alimentos de boa procedemcia

Apesar de muitos alimentos serern melher em

estado natural (por exemplo, as frutas e as hortali,as),

Qutros 56 sao seguros quando estao tratados. Assim

canvem sempre adquirir 0 leite pasteurizado em vez do leite cru e, S8 passive I

comprar frangos (frescos ou congelados). Ao se fazer compras deve S8 ter em

mente que as alimentos sao tratados nao somente para que S8 conservem melhor

como tambem S8 tarnem mais seguros sob 0 ponto de vista sanitaria. Alguns

alimentos que se consomem crus como as alfaces, devem ser lavados

cuidadosamente.

3.8.1.2. Cozinhar bem os alimentos

Muitos alimentos crus (em particular os frangos, a carne, 0

leite nao pasteurizado) estao a principie, muito contaminados par

agentes patogemicos. Estes podem ser eliminados se cozinhar

bem os aliment os. Nao se deve esquecer que a temperatura

aplicada deve chegar pelo menos a 70· C em seu centro

geometrico da massa do ali menta. Se 0 frango assado se encontrar cru junto ao

ossa, devera ser aquecimento novamente para que a regiao dos ossos sejam

tambem cozidas.

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3.8.1.3. Consumir imediatamente os alimentos cozidos

microrganismos come9am a se

Quando os alimentos cozidos sao

deixados a temperatura ambiente, os

multiplicar. Quanto mais se espera, maior

o risco. Lembre-se que 0 Tempo e um

dos fatores necessarios para

multiplica<;ao dos microrganismos. E para nao ocorrer perigos desnecessarios,

con vern comer os alimentos imediatamente ap6s cozidos.

3.8.1.4. Guardar cuidadosamente os alimentos cozidos

Quando se quer guardar as sobras de

alimentos cozidos, deve ser previsto seu

armazenamento em condic;:oes de calor (acima

de 60' C) par no maximo 6 (seis) horas au de

frio (abaixo de S'C). Esta regra e vital se

pretende guardar comida por mais de 4 ou 5

horas. Um erro muito comum e principal causa de muitas intoxicac;:6es allmentares e

colocar na geladeira uma quantidade excess iva de alimentos quentes. A geladeira

cheia de alimentos cozidos e quentes nao consegue resfriar os alimentos tao rapido

quanta necessaria. Se a centro geametrico do alimenta permanece marna (a mais

de 1a·C), por um born tempo, as microrganismos iram se multiplicar e alcan<;am

rapidamente uma concentrac;:ao suficiente para causar doenc;:as.

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3.8.1.5. Reaquecer bern os alimentos cozidos

E a melhor medida de proteC;2Io contra os

microrganismos que podem ter S8 multipJicado durante 0

armazenamento (Iembre-se frio nao mata os

microrganismos, somente atrasa a sua multiplicagao).

Neste casa, devemos reaquecer as alimentos para que a

mesma atinja nova mente em seu todo a temperatura de 70·C.

3.8.1.6. Evitar 0 cantata entre as a1imentos crus e as cozidos

Nunca deixe urn alimento cazida em contato com urn alimento cru, pois no

cantata entre urn alimento cru e urn cazida havera uma contaminagao cruzada, que

pade ser direta, exemple a carne crua de frango entra em contata com alimentos

cozidos. Mas tambem pede acorrer ao utilizar a tabua de cartar carne e a mesma

faca para se cortar 0 frango cru e depois 0 frango cozido;

3.8.1.7. Lavar as maos freqOentemente

Oeve-se se lavar as maos antes de se iniciar

o prepare dos alimentos e ap6s qualquer

interrupgao (em particular se for trocar as fraldas do

be be e dar de mamar ). Se estiver preparando

certos alimentos crus, tais como, pescados, carne ou frango, devera lavar as maos

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antes de manipular outros produtos alimenticios. Em casa de infecc;ao das maos,

deve cobri-Ias antes de entrar em cantata com as alimentos. Nao S8 deve esquecer

que certos animals de companhia (caes, passaros e, principalmente tartarugas),

albergam freqOentemente pat6genos perigosos que pod em passar as maos das

pessoas e dessas aos alimentos.

3.8.1.8. Manter cuidadosamente limpas todas as superficies da cozinha

Como as alimentos S8 contaminam faciimente, canvem

manter-S8 limpas todas as superficies utilizadas para prepan:l-

las. Nao S8 deve esquecer que qualquer despercticio, migalha

au Olancha pode ser urn reservat6rio de microorganismos. Os

panos que entram em cantata com pratos au utensilios devem ser trocados

diariamente e ferve-Ios antes de voltar a usa-los. Tambem devem lavar-se com

freqQencia os panos de chao.

3.8.1.9. Manter os alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais

Os animais pod em transportar pat6genos

que originam enfermidades alimentares. A melhor

medida de protey80 e guardar os alimentos em

recipientes bem fechados.

3.8.1.10. Utilizar agua pura

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A agua pura e tao importante para a preparac;:ao dos

alimentos quanta a de beber. Se a fante de agua naD e confiavel,

convem ferver a agua antes de utiliza-Ia nos alimentos au de

transforma-Ia em gelo para refrescar bebidas. Deve-s8 sobretudo ter

cuidado com a agua utilizada para 0 prepare de comida para

lactantes.

3.9 CUIDADOS NAS OPERA<;:OES:

3.9.1 Recebimenlo

No ato do recebimento dos alimentos

devem ser conferidos:

Procedencia:

Cor, aroma e consistencia;

Embalagem;

Condi90es de transporte.

3.9.2 Todos as alimentos industrializados devem canter na rotulagem:

N° de registro no Ministerio da Agricultura au Secreta ria da Agricultura para

produtos de origem animal;

N° de regislro no Ministerio da Saude (M.S.) para palmito em conserva,

alimentos dieteticos, agua envasadas, sal, suplementos vitaminicos e

minerais, alimentos enriquecidos e adoyantes;

Nome do produto e marca;

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Nome e enderec;o do fabricante;

Modo de conservac;ao;

Data de fabrical'ao;

Prazo de validade;

Ingredientes.

3.9.3 Nao devem ser aceitos:

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Ernbalagens sem r6tulo e prazo de validade ou com prazo de validade

vencido;

Embalagens furadas, rasgadas, empoeiradas;

Latas amassadas, estufadas, enferrujadas;

Alimentos com odor, cor, consistencia e aparencia alterados;

Alimentos transportados em veiculos com condi90es inadequadas de

temperatura, higiene e manuten9aO.

3.9.4 Arrnazenamentos • nao pereciveis

A area de armazenamento deve ser arejada, iluminada, livre de goteiras e

vazamentos, pais os microorganismos crescem bern em ambientes umidos.

Devern ser evitados ambientes quentes. Os produtos conservados a temperatura

ambiente devem permanecer longe do forno ou fogao.

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A temperatura ambiente maxima

aceitavel para a 0 armazenamento e 26° C.

Os alimentos devem estar empilhados

sabre estrados e distantes 35 em da

parede ou teto.

Essa pratica permite melhor

Circula~ao do ar e facilita a limpeza

Produtos de Limpeza e produtos t6xicos devem ser armazenados em local

separado.

3.9.5 Armazenamentos - pereciveis

horas

As temperaturas recomendadas sao:

Hortifruti: ate 10' C par 72 horas

Frias e Laticinios: ate 8° C par 24 horas

Carnes, Aves e Pes cad os: ate 4° C per 72 horas

Congelados: -18' C par 30 dias

Pratos prontos Gonservados a quente: 65° C par 12

Os freezers e refrigeradores nao devem permanecer superlotados, po is ;550

dificulta a circula.yao do ar frio. E recomendavel haver dais refrigeradores: urn para

produtos crus e Dutro para pratos ja cozidos. Se isso nao for possivel coloque os

alimentos da seguinte forma:

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Alimentos cozidos na parte superior e

Alimentos crus na pane inferior.

Nunca deshgue 0 freezer e refrigerador durante a noite. Essa economia sa;

cara!!!

Verifique sempre S8 estao funcionando corretamente.

Todos os alimentos devem ser armazenados de forma que a rotulagem esteja

visivel, observando 0 prazo de validade.

Os alimentos devem ser estocados separadamente, em embalagens

fechadas e limpas para evitar contamina~ao cruzada.

Lembre-se: 0 Primeiro que entra e 0 primeiro que saL

3.10 Descongelamento

o descongelamento correto deve ser feito sob refrigerayao a temperatura

entre 3° a 4° C. Lavar bern os equipamentos, utensilios e pias utHizados antes e

ap6s 0 descongelamento. Cuidado com 0 IIquido que escorre durante a

descongelamento, ele pode ser a foco de contaminayao. Os alimentos

descongelados nao pod em ser conge lad as novamente. 0 descongelamento tambem

pode ser feito conforme a alimento necessita como a hamburguer que e

descongelado ao mesmo tempo que esta send a cozido.

3.11 Manipu1a9ao

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Evite muita manipulas;ao e prepare 0 mais r<apido passivel as alimentos. Desta

forma voce estara diminuindo a perigo de contamina9ao.

Manipule as alimentos somente quando

absolutamente necessaria. Use sempre garfas,

pin,as, pegadores, etc. As partes dos

equipamentos e utensilios que entram em contato

com as alimentos nao devem ser tocadas.

Os alimentos crus podem trazer

microorganismos. As verduras, legumes e frutas devem ser lavados e desinfetados

em local au horario diferente do prepare dos demais alimentos.

Os alimentos crus de origem animal tambem

devem ter seu local au horario determinado, para

evitar a contaminacyao cruzada.

Os utensiJios (tabuas de cortar, facas, garfas,

vasilhas, maquinas de maer) devem ser lavados e

desinfetados sempre que usados com alimentos

crus.

Pre-prepare e 0 preparo de pratos prontos para 0 consumo deve-se iniciar no

maximo com 12 horas de antecedemcia.

Os alimentos, durante a manipula<;80, podem permanecer fora de refrigeraryc30

no maximo 20 minutos.

Os pratos prontos e produtos de confeitaria podem permaneeer sob

refrigera<;c3o no maximo par 3 (tres) dias, desde que aeondieionados em

recipientes rasos (10 em) para faeilitar 0 resfriamento e protegidos com filme

plastico ou tampa.

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3.12 Desinfecyao dos alimentos

Limpeza e desinfec9210 de hortalic,;:as, legumes e frutas:

Escolher uma a uma retirando as estragadas;

Lavar uma a uma com jatos de agua corrente, removendo com as maDS

sujidades;

Numa vasilha colocar 1 (uma) colher de sapa de agua sanitaria (hipoclorito

sadie com 2 a 2,5% cloro ativo) em 1 litra de agua e misturar;

Colocar de molho a alimenta, cuidando para que fique totalmente imerso;

Aguardar 20 a 30 minutos;

Enxaguar em agua corrente tratada;

Deixar escorrer a agua;

Qutros produtos quimicos que sao utilizados devem ter registro no Ministerio

da Saude e usados conforme expresso no rotulo.

3,13 Cozimento

A maiaria dos microorganismos MORREM durante 0 cDzimento. Par issa, as

alimentos devem ser submetidos a temperaturas que garantam 0 cozimento

completo no seu interior (740 C no interior da pega).

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3.14 Distribuil'ao

Os produtos conservados a quente sob a temperatura minima de 60°C

devern, ser consumidos no maximo em 2 haras.

3.15 Higiene e desinfec9ao dos utensilios

Os equipamentos: f090e5, exaustores, freezers, refrigeradores e utensilios

devem ser em numero suficiente e devem

estar funcionando adequadamente.

Os utensilios e equipamentos devem ser

lavados com agua e detergente para retirar

tada a sujeira.

Depois de limpos devem ser desinfetados. A

desinfec930 pode ser feita atraves de urn dos

metodos abaixo:

1°) Com agua sanitaria (hipoclorito de sadio de 2 a 2,5% de eloro ativo): use 1

(uma) col her de sopa de agua sanitaria para 1 (urn) litro de agua; mergulhe os

utensilios nessa solu9ao por 15 (quinze) minutos.

2') Com agua fervente: mergulhe os utensilios depois de limpos com agua

fervente por 15 (quinze) minutos.

3°) Com maquina de lavar louc;:a: deve atingir temperatura constante de 90° C.

Depots de limpos e desinfetados, as equipamentos e utensilios devem ser

guardados e protegidos de poeira, insetos e ratos.

Os panos utilizados devem ser claros e limpos.

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Os panos e objetos de auxilio na lavagem devem ser desinfetados da mesma

forma que os utensilios.

3.16 Preven,iia e cantrale das pragas

Os animais, principal mente as ratos, baratas, moscas e passaros contaminam

os alirnentos e transmitem doenr;as aD homem, alem de causar granctes prejuizos

danificando as embalagens e provocando a inutiliza9c30 de grande quantidade de

alimentos.

Por issa, e importante que medidas sejam tomadas para impedir que

entrem no estabelecimento.

A melhor forma de prevenir infestayc30 de pragas e manter todas as areas

limpas e livres de entulhos, residuos de alimentos e sujidades em gera!.

Para aplicar 0 inseticida, as alimentos devem ser retirados do local. asequipamentos e utensilios devem ficar protegidos e apas a aplicac;:ao devem ser

lavados.

Os raticidas nao podem ficar espalhados pelos cantos. Existem caixas

fechadas, pr6prias para colocar 0 raticida, com orificio para entrada e saida do rato.

3.18 LlXO

MANTENHA 0 lixo em recipiente tim po, revestindo de saco plastico e sempre

TAMPADO para evitar moscas, baratas e ratos.

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RETIRE a lixo teda vez que achar necessaria. Nao deixe 0 lixo permanecer a

noite no interior do estabelecimento, para evitar presen9a de ratas e baratas.

Na area externa PROTEJA 0 lixo do sol, chuva e do

aces so de ANIMAlS e PESSOAS.

Nunca misture a lixo do banheiro aDs demais IixQs.

Naa e permitido reutilizar restas de alimentos.

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4. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

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BRASIL, Ministerio da Sa0de. Divisao Nacional de Vigilancia Sanitaria de

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Hospitalar. LAVAR AS MAos: INFORMA90ES PARA PROFISSIONAIS DE

SAUDE. 39 paginas na Impressao Original, il. - Serie A: Normas e Manuais

Tecnicos -11,1989

BRASIL, Ministerio da Saude. Secreta ria de Vigilancia Sanitaria. Portaria nO

1.428, de 26 de novembro de 1993. Regulamentos Tecnicos sabre Inspec;ao

Sanitaria, Boas Praticas de Produc;c3o/Prestac;c3.o de Servic;os e Padrao de

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152, de 26 de fevereira de 1999. Regulamento Tecnico para Pradutos

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BRASIL, Ministerio da Saude. Agenda Nacional de Vigil€mcia Sanitaria.

Resolul'ao n' 105 de 19 de maio de 1999. Aprova os Regulamentos Tecnicos:

Disposivoes Gerais para Embalagens e Equipamentes Plasticos em contato

corn A!irnentos

BRASIL, Ministerio da Saude. Agemcia Nacional de Vigilancia Sanitaria.

Resolul'ao-RDC nO 18, de 29 de fevereiro de 2000. Disp6e sobre Normas

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Gerais para Funcionamento de Empresas Especializadas na Prestayao de

Servi<;os de Contrale de Vetores e Pragas Urbanas.

BRASIL, Ministerio da Saude. Agemcia Nacional de Vigilancia Sanitaria.

Resolu9ao-RDC nO 277, de 16 de abril de 2001. Altera os dispositivos do

Regulamento Tecnico para Produtos destinados a Desinfec9ao de Agua para 0

Consumo Humano e de Produtos Aigicidas e Fungicidas para Piscinas.

BRASIL. Ministerio da Saude. Agencia Nacional de Vigilimcia Sanitaria.

Resolu<;ao-RDC nO 91, de 11 de maio de 2001. Aprova 0 Regulamento Tecnico

- Criterios Gerais e Classificayao de Materiais para Embalagens e

Equipamentos em Cantata com A1imentos constante do Anexo desta

Resolu9ao.

BRASIL, Ministerio da Salide. Agenda Nacional de Vigilancia Sanitaria.

Resolu9ao-DC nO 216, de 15 de setembro de 2004. Estabelece os

Procedirnentos e Normas das Boas Praticas para Serviyo de Alimentac;:ao.

BRASIL, Ministerio da Saude. Gabinete do Ministro. Portaria nO 518, de 25 de

mar90 de 2004. Estabelece os Procedimentos e as Responsabilidades relativos

ao Controle e Vigililncia da Qualidade da Agua para Consumo Humano e seu

Padrao de Potabilidade.

BRASIL, Ministerio do Trabalho e Emprego. Secreta ria de Seguran9a e Saude

no Trabalho. Norma Regulamentadora nO7. Programa de Contra Ie Medico de

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CODEX ALiMENTARIUS. CAC/RCP 1-1969, Rev. 4, 2003. Recommended

International Code of Practice General Principles of Food Hygiene.

CODEX ALiMENTARIUS. CAC/RCP 39-1993. Code of Hygienic Practice for

Precooked and Cooked Foods in Mass Catering.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Genebra, 1999. Basic Food Safety for

Health Workers.

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69

PACOTE COM MAIS DE 70.000 CLiPARTS JPG, WMF, WEB OBJETOS,

GRIFS ANIMADOS E FONTES, Zona Franca de Manaus: Digerati, n. 2, 2005,

CD-ROM.