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ELEIÇÕES MUNICIP ELEIÇÕES MUNICIP ELEIÇÕES MUNICIP ELEIÇÕES MUNICIP ELEIÇÕES MUNICIPAIS - 2008 AIS - 2008 AIS - 2008 AIS - 2008 AIS - 2008 Manual do Candidato Manual do Candidato Manual do Candidato Manual do Candidato Manual do Candidato ANABB ANABB ANABB ANABB ANABB

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Page 1: Manual do Candidato ANABB · 2008. 6. 18. · MANUAL DO CANDIDATO - ANABB 8 Planejamento da campanha O êxito de uma campanha eleitoral, independentemen-te do porte do município,

MANUAL DO CANDIDATO - ANABB

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MANUAL DO CANDIDATO - ANABB

DIRETORIA EXECUTIVA

VALMIR CAMILOPresidente

WILLIAM JOSÉ ALVES BENTO Diretor Administrativo e Financeiro

DENISE LOPES VIANNADiretora de Comunicação e Desenvolvimento

GRAÇA MACHADODiretora de Relações Funcionais,

Aposentadoria e Previdência

EMÍLIO S. RIBAS RODRIGUESDiretor de Relações Externas e Parlamentares

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Eleições Municipais 2008

Manual do CandidatoANABB

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Manual do Candidato – uma publicação da Associação Nacional dos Funcionários doBanco do Brasil – ANABB - Diretoria de Relações Externas e Parlamentares- DIPAR

FICHA TÉCNICA

TextoAntônio Augusto de Queiroz –

Consultor Político – Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar – DIAP

SupervisãoMarinês Gaia

Gerente de Relações Externas e Parlamentares

Revisão TécnicaGabriela AmaralFernanda Feitosa

Assessoria Parlamentar – DIPAR

ApoioRosângela D’arc Oliveira

Assistente DIPAR

Projeto Gráfico e IlustraçãoAndré Cerino

www.cerino.com.br(61) 3344-0330

Edição nº 3, Ano III – 2008

SHC/SUL, 507, Bloco A, Lj. 15 – Brasília (DF) – 70351-510(61) 3442-9662 – 3442-9637

[email protected]

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MANUAL DO CANDIDATO - ANABB

ApresentaçãoApresentaçãoApresentaçãoApresentaçãoApresentação

A Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil - ANABB, dentro de sua estratégia de estimular a participação política dos funcionários do BB, e movida pela defesa da ética na política e pela transparência no exercício de funções públicas, tem a satisfação de

apresentar aos colegas do BB candidatos à eleição municipal uma cartilha comdicas importantes, tanto para definição dos valores que devem nortear acampanha, quanto para o êxito na conquista de um mandato democrático.

Esta publicação faz parte da filosofia e do esforço da ANABB em ampliarsua atuação no campo institucional: divulgando e defendendo o Banco do Brasil;apoiando iniciativas que contribuam para o aprofundamento da democracia,resgatando os valores coletivos, zelando pelo interesse público, estimulando aparticipação política dos jovens e pessoas desiludidas com a vida pública, como intuito de evitar que aventureiros e corruptos ocupem as funções públicas,distorcendo seu sentido e razão de ser. A omissão das pessoas de bem nasdisputas eleitorais fazem com que políticos inescrupulosos sejam eleitos ecoloquem seus interesses particulares, e de grupos, acima dos interessescoletivos.

A cartilha, elaborada pelo jornalista, analista político, diretor deDocumentação do DIAP- Departamento Intersindical de AssessoriaParlamentar e consultor da ANABB, Antônio Augusto de Queiroz, proporcionauma visão global das etapas da campanha. Traz informações sobre asprovidências, sobre financiamento de campanha e prestação de contas e sobrepropaganda e marketing. O manual ainda contém dados sobre a legislaçãoreferente ao pleito eleitoral e ao exercício das funções públicas, noções sobrevalorização do voto consciente e sobre o combate à corrupção eleitoral, alémde sugestões de vinculação entre a candidatura e a defesa do Banco do Brasil.

Com esse manual, esperamos contribuir para qualificar a candidatura denossos colegas do Banco do Brasil nas eleições municipais. Almejamos, ainda,contribuir para a difusão da consciência política, para o aprofundamento dospilares democráticos de nossa sociedade, bem como para a renovação dosvalores éticos e morais que devem nortear o exercício das funções públicas.

Brasília-DF, abril de 2008

Valmir Marques CamiloPresidente.

Emílio S. Ribas RodriguesDiretor de Relações Externas e Parlamentares

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Índice5 Apresentação

7 Introdução

8 Planejamento de campanha

9 Orçamento da campanha

9 Fontes de financiamento da campanha

10 Prestação de contas

11 Estrutura da campanha

12 Propaganda da campanha

13 Regras eleitorais sobre propaganda

16 Propaganda eleitoral gratuita

17 Programa eleitoral gratuito

17 Marketing

18 Campanha na rua

20 Combate à corrupção eleitoral e ética na política

21 Voto consciente

21 Quociente eleitoral na eleição proporcional

22 Eleição majoritária – como são eleitos

23 Municípios – seus poderes e autonomia

24 Receitas e Despesas Municipais

25 Candidato do BB e seu município

26 Condições para concorrer ao pleito municipal

28 Calendário da eleição municipal de 2008

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Introdução

As eleições cumprem uma função fundamental na democracia, aconsolidação do sistema republicano, cuja base é a alternância nopoder. A cada dois anos há eleições no Brasil: uma no plano municipal,destinada a eleição dos prefeitos e vereadores, e outra nos planos

estadual e federal.Este ano, os eleitores vão às urnas para eleger os responsáveis pela

administração municipal: os prefeitos e vereadores. O prefeito, como chefes doPoder Executivo Municipal, exerce funções políticas, executivas e administrativas.Os vereadores, que são os representantes do povo na Câmara Municipal,elaboram leis e fiscalizam a aplicação do orçamento. Ambos têm responsabilidadepara com a comunidade, razão da importância de uma escolha consciente.

Com o desgaste da imagem dos políticos, os eleitores, neste pleito de 2008,terão uma grande responsabilidade, qual seja, a de votar com muitatranqüilidade e escolher candidatos (homens e mulheres) que se disponham aexercer com dignidade o mandato político, que prestem contas dos seus atosquando chegarem ao poder e que não transijam com negociatas, facilidadesou uso indevido do cargo público em benefício próprio. Além disso, devemrepelir os candidatos que desonraram seus mandatos e substituí-los por pessoascom trajetórias limpas, sem cair na alienação do voto branco ou nulo.

Anular o voto, em geral, além de não punir os maus políticos, costumaprejudicar os bons, tanto os com mandatos quanto os que colocam seu nomeà disposição dos partidos para exercer com dignidade um mandato parlamentar.E é no município, onde as pessoas moram, que surgem as novas lideranças.

A mudança é necessária e deve ser qualitativa, com a substituição depolíticos sem integridade os inescrupulosos, desonestos e corruptos porpessoas compromissadas com a ética, com o interesse público e o sentidorepublicano. Para tanto, o eleitor terá que refletir melhor e fazer um esforçoadicional, recorrendo às entidades da sociedade civil, como os sindicatos, asassociações de imprensa e de trabalhadores dentre outras instituições decredibilidade, para identificar candidatos com trajetórias limpas ecomprometidas com o interesse público.

Para os funcionários do Banco do Brasil que postulam um mandato nestepleito, a ANABB elaborou esta cartilha que traz notas curtas sobre os diversostemas de uma campanha, desde noções sobre o planejamento, propaganda efinanciamento, incluindo estrutura de campanha, atribuições dos parlamentares,noções sobre cálculo do quociente eleitoral, informações sobre legislação decombate às fraudes eleitorais, importância do voto consciente até a importânciada participação do funcionalismo nesta eleição.

A idéia do manual, portanto, é contribuir para o esclarecimento quanto àconveniência da participação, e alertar para a importância de respeito às regraseleitorais e, principalmente, para a transparência das eleições e que, assim,sejam escolhidos os melhores nomes para nos representar no Parlamento eno Poder Executivo local.

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Planejamentoda campanhaO êxito de uma campanha eleitoral, independentemen-

te do porte do município, depende em boa parte de umbom planejamento. Planejar significa avaliar possibilidades,recursos e metas. Isto requer a montagem de uma estraté-gia, com definição dos eixos centrais, inclusive do públi-co alvo, captação de recursos, recrutamento de pessoale, principalmente, envolve a elaboração de um crono-grama com todas as etapas para atingir as metas e objeti-vos traçados.

O candidato, no planejamento de campanha, precisa levar em considera-ção, além dos diversos aspectos que envolvem a disputa eleitoral, o fato deque os mandatos eletivos (prefeito, vice-prefeito, vereador, deputado, sena-dor e seus suplentes, governador e vice e o presidente e o vice), a ser conquis-tado nas urnas, pertence ao partido e não mais ao candidato, conforme recen-te decisão do Supremo Tribunal Federal. A sintonia com as idéias, programas,estatuto e doutrina do partido é fundamental, tanto na campanha quanto noexercício do mandato.

A campanha possui várias etapas. A primeira fase, logo após aprovado onome na convenção, consiste na montagem das alianças prioritárias, na cons-trução das propostas e do discurso de sustentação, nas definição das bandei-ras e dos compromissos temáticos, profissionais, locais ou regionais, partidá-rios e ideológicos que nortearão a campanha. É a hora de avaliar os pontosfortes e fracos do candidato, e também de identificar os segmentos que serãopriorizados, com o mapeamento dos eleitores potenciais, daqueles que po-dem vir a votar e daqueles que jamais votarão, para deixar de lado estes einvestir naqueles. A segmentação da campanha maximiza os resultados.

Este é o momento de o candidato obter as respostas para as seguintesperguntas: a) quantos votos preciso para me eleger? b) qual o potencial devotos de minha candidatura? c) com quantos votos posso contar ou tenho? e d)quantos votos me faltam? Como há uma quebra enorme de votos nas estima-tivas, sempre subestime as respostas às questões b e c, superestime as res-postas aos quesitos a e d. Assim, você partirá de um patamar mais realista eestará menos sujeito a surpresas desagradáveis.

É, portanto, o momento da definição da plataforma, das idéias e das pro-postas que darão sustentação à campanha. Elas deverão estar em plena sinto-

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nia com o perfil do candidato, com o ideário defendido pelo partido e, depreferência, em harmonia com os anseios dos eleitores. E devem ter o apelosimbólico de criar esperança e confiança no eleitorado. Esperança de que atransformação em políticas públicas ou normas jurídicas dessas propostas eidéias mudará a situação para melhor; e confiança de que o candidato e suaequipe serão capazes de transformar o prometido em realidade.

Finanças

Orçamento da campanhaToda campanha custa dinheiro. Planejar os gastos com aluguel

de comitê, linha telefônica, pessoal, alimentação, carro de som,combustível, gráfica e produção dos programas para rádios e tv é

fundamental. A estimativa de despesas, bem como a pos-terior prestação de contas, deverá estar de acordo como valor informado pelo partido para o custo de campa-nha de seus candidatos, sob pena de multa.

Dica: a campanha não pode depender de apenas um fornecedor, especial-mente na reta final, porque se ele não cumprir os prazos, o candidato seráextensivamente prejudicado.

Fontes definanciamentosda campanhaA campanha pode ser custeada: a) com recursos pró-

prios; b) doações de pessoas físicas ou jurídicas; e c) repas-se do comitê partidário.

O candidato – respeitado o valor máximo definido pelo partido para acampanha, o qual será informado ao Tribunal Eleitoral pelo partido político nomomento do registro das candidaturas – poderá custear sozinho ou comple-mentar o valor com contribuições e doações de pessoas físicas e/ou jurídicas.

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As doações e contribuições, em dinheiro ou estimáveis em dinheiro, pode-rão ser feitas a partir do registro do comitê financeiro, mediante emissão derecibo, em formulário próprio, emitido pelo recebedor. As pessoas físicas po-dem contribuir com até 10% de seus rendimentos brutos auferidos no anoanterior à eleição. Já as empresas poderão contribuir com até 2% de seu fatu-ramento bruto no ano anterior.

É obrigatória a abertura de conta bancária específica para a campanha, tan-to pelo partido quanto pelo candidato. As exceções são para os cargos de paravereador nos municípios com menos de 20 mil eleitores ou para prefeito evereador nos municípios que não tenham agências bancárias. As doações fei-tas diretamente nas contas dos partidos ou do candidato deverão ser efetua-das por meio de cheque cruzado e nominal ou transferências eletrônicas dedepósitos ou, ainda, depósitos em espécie devidamente identificados.

Não podem contribuir para campanha eleitoral órgãos governamentais,entidades ou governos estrangeiros, inclusive pessoa jurídica sem fins lucrati-vos que receba recursos do exterior, além de concessionários de serviços pú-blicos e entidades de utilidade pública e entidade de classe ou sindical.

Dica: Providencie um cadastro de potenciais apoiadores da campanha, quecontribuam com um valor fixo mensal até a eleição. Observe sempre observa-da a regra de emitir o recibo em formulário impresso, tanto quando se tratarde doação estimável em dinheiro, quanto em cheque nominal e cruzado, ouem depósitos nominalmente identificados.

Prestação de contasA prestação de contas, inclusive dos não eleitos,

deverá ser feita direta e obrigatoriamente pelo candi-dato ou pelo comitê utilizando modelos e formulári-os específicos. Deve, ainda, ser anexado aos docu-mentos extrato de conta bancária referente à mo-vimentação dos recursos da campanha e da rela-ção de cheques recebidos, identificados pela nu-meração, valores e emitentes.

São considerados gastos eleitorais, e estarão su-jeitos a registro para efeito de prestação de contas, todas as despesas comprodução de material, propaganda e publicidade, produção de jingles, vinhe-tas e slogans de propaganda eleitoral, aluguel, instalações, transporte ou des-locamento do candidato e pessoal a serviço da candidatura, correspondências

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e despesas postais; organização e funcionamento de comitês e serviços neces-sários às eleições; remuneração ou gratificação de qualquer espécie a pessoalque preste serviço às candidaturas ou aos comitês eleitorais; montagem e ope-ração de carros de som; a realização de comícios ou eventos destinados àpromoção da candidatura; realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;cursos com a criação e inclusão de sítio na internet; produção de jingles, vinhe-tas e slogans de propaganda eleitoral.

O candidato deve assinar sua respectiva prestação de contas. Por isso, oscuidados são fundamentais para evitar aborrecimentos futuros, já que o candi-dato é o único responsável pela veracidade das informações financeiras e con-tábeis de sua campanha. Erros formais ou materiais, desde que corrigidos, nãoimplicam rejeição das contas ou punição ao candidato ou partido.

O uso de recursos financeiros para pagamento de gastos eleitorais que nãoprovenha de conta específica do candidato ou do partido implicará na desa-provação da prestação de contas do partido ou candidato. E se for caracteriza-do abuso de poder econômico, será cancelado o registro da candidatura oucassado o diploma, na hipótese de eleito.

Nos dias de 6 de agosto e 6 de setembro, durante a campanha eleitoral, ospartidos políticos, as coligações e os candidatos são obrigados a divulgar, pelarede mundial de computadores (internet), em portal a ser criado pela JustiçaEleitoral, relatório discriminando os recursos em dinheiro ou estimáveis emdinheiro que tenham recebido para financiamento de campanha e os gastosrealizados, contudo, não é necessário especificar o nome do doador. O nomedos doadores serão, obrigatoriamente, revelados por ocasião da prestação decontas após a eleição.

Dica: tanto a arrecadação quanto a prestação de contas devem, preferencial-mente, ser controladas por alguém com experiência em administrar e escritu-rar recursos financeiros.

Estrutura de campanhaPara os candidatos majoritários – prefeito e vice-

prefeito – que decidirem não entregar a execução desua campanha a uma agência, o ideal é que o comitê sejaestruturado com pessoas experientes e capazes em qua-tro grandes núcleos de apoio: a) marketing; b) política;c) material de campanha; e d) atividades de rua.

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Coordenação de Marketing – cuidará da definição da postura e imagemdo candidato, além da propaganda, da assessoria de imprensa, da contrataçãode pesquisa, da participação do candidato em debates e entrevistas, dos logo-tipos e da identificação visual da campanha. Deve ser um profissional do setor.

Coordenação Política – será encarregada das negociações, das alianças eda orientação aos cabos eleitorais. Deve ser alguém vinculado orgânica e poli-ticamente ao partido ou coligação e de absoluta confiança do candidato.

Coordenação de Material de Campanha – cuidará da operacionaliza-ção das peças de campanhas produzidas pelo núcleo de marketing ou pela agên-cia contratada, tais como panfletos, botons, distintivos, adesivos, bandeirinhas, eoutros produtos de divulgação do candidato. Deve ser um profissional.

Coordenação das Atividades de Rua – será o responsável por colocar obloco na rua, cuidando da mobilização da militância e da distribuição do mate-rial de campanha, além da promoção do telemarketing e de outras atividadesexternas. Pode ser um militante, desde que tenha experiência e seja dinâmico.

A campanha ou o comitê não poderá prescindir de um coordenador admi-nistrativo e financeiro e de um bom consultor jurídico. O primeiro para captarrecursos, contratar pessoal e autorizar despesas. O segundo para orientar ju-ridicamente a campanha, defender o candidato e requerer eventual direito deresposta.

Propaganda daCampanhaEla tem a função de tornar o candidato co-

nhecido, mas associado a uma idéia, propostaou bandeira de interesse da coletividade local.Compreende a parte de imprensa e mídia (jor-nais, santinhos, cartazes, folhetos, revistas, etc),as faixas de plástico e pano, plaquinhas, programas de rádio e televisão. Enfim,inclui todas as peças de divulgação do candidato e suas propostas.

A veiculação de propaganda obedece a regras previstas em lei. Conheceressas regras é fundamental. Nenhum material de propaganda poderá ser vei-culado sem a identificação do partido, coligação ou do candidato. Todo mate-rial impresso deverá constar o número de inscrição no CNPJ da empresa (grá-fica) que o confeccionou.

Até a antevéspera das eleições, é permitida a divulgação paga, na imprensaescrita, de propaganda eleitoral. Para cada candidato, partido ou coligação, é

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necessário o espaço máximo, por edição, de um oitavo de página de jornalpadrão e um quarto de página de revista ou tablóide.

Embora a propaganda eleitoral só seja permitida após o dia 5 de julho doano da eleição, aos postulantes à candidatura é permitida a realização, na quin-zena anterior à escolha pelo partido, de propaganda intra-partidária com vistaà indicação de seu nome; é vedado o uso de rádio, televisão e outdoor.

Veja a seguir os locais permitidos e proibidos para divulgação de campa-nha eleitoral.

Regras eleitoraissobre propagandaBens públicos

·É proibido pichar, inscrever a tinta e veicular propagandanos bens públicos ou de uso comum ou naqueles cuja utiliza-ção dependa de cessão ou permissão. O descumprimentodessa determinação, além da obrigação do candidato de res-taurar o bem público, implica em multa.

· É proibida a fixação de placas, estandartes ou faixas nos postes de ilumi-nação, viadutos, passarelas e pontes, parada de ônibus e outros equipamentosurbanos, sob pena de multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a R$ 8.000,00 (oitomil reais) para os infratores.

· São proibidos, ainda:

. o uso de outdoor;

. a realização de showmício, de artistas ou assemelhados

. a distribuição e/ou uso de broches, camisetas, bonés compropaganda de candidatos; e. fazer boca de urna.

Espaço público

·Não é necessária licença municipal ou da justiça eleitoral para distribuir fo-lhetos, volantes e outros impressos com propaganda eleitoral; nem para veicu-lar propaganda em propriedade particular, salvo a autorização do proprietário.

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· É liberada a realização de comício, de 8 às 24 horas com observância aoshorários ou distâncias; o uso de alto-falantes e amplificadores, entre 8 e 22horas, exceto em comícios; é permitido o uso alto falantes, desde que distan-te mais de 200 metros das sedes do Executivo e Legislativo federal, estadualou municipal, das sedes dos Tribunais e dos quartéis e outros estabelecimen-tos militares, dos hospitais e casas de saúde, e das escolas, bibliotecas públi-cas, igrejas e teatros, quando em funcionamento.

·É proibida a colocação ou disposição de propaganda em árvores.

·É necessário comunicar à autoridade policial, com antecedência de 24horas, a realização de qualquer ato de propaganda partidária ou eleitoral, emrecinto aberto ou fechado. Essa comunicação tem por princípio a garantia douso do espaço contra quem tencione usá-lo no mesmo dia e horário. A regra,entretanto, é a desnecessidade de autorização prévia.

· É permitida a colocação de bonecos e de cartazes móveis ao longo dasvias públicas, desde que não dificulte o bom andamento do trânsito.

·Atenção aos prazos: a propaganda extemporânea ou antes do períodoautorizado na legislação eleitoral sujeita o candidato à multa e, quando feita deforma ostensiva, caracteriza abuso de poder econômico.

Jornais, revistas e tablóides

·É permitida, até a antevéspera da eleição, a divulgação paga de propagan-da eleitoral em jornais e revistas. O espaço máximo permitido para cada can-didato, partido ou coligação pode utilizar é de 1/8 de página em jornal e ¼ depágina, em revista ou tablóide.

· Não caracteriza propaganda eleitoral a divulgação de opinião favorável acandidato, partido ou a coligação pela imprensa escrita, desde que não sejamatéria paga.

Bens (imóveis) particulares

·É permitida, desde que autorizado pelo proprietário, a veiculação de pro-paganda, inclusive pinturas. Essa autorização, preferencialmente, deve ser dadapor escrito.

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Rádio e TV

·As rádios e TVs, responsáveis pela transmissão do horário eleitoral gratui-to, ficam proibidas de veicular propaganda paga de candidatos, partidos oucoligações e lhes é vedado, no noticiário normal, priorizar partidos, coliga-ções ou candidatos, inclusive em entrevistas ou debates, sob pena de pesadamulta e suspensão temporária.

Internet

·Observados os prazos de campanha, ou seja, a partir de 06 de julho, épermitido o uso da internet para propaganda eleitoral. Qualquer candidatopoderá fazer uso desse veículo para propaganda de sua campanha, desde querespeitada a resolução do TSE sobre propaganda (nº 22.718/08 ).

Dica 1: no material de campanha, além de nome e propostas do candidato,deve-se destacar muito bem o NÚMERO. A votação se dará por um processoeletrônico, no qual o eleitor só tem a opção de votar no NÚMERO.

Dica 2: busque participar de debates, entrevistas, pautar iniciativas que pos-sam ser notícias nos jornais, revistas, rádios e TVs.

Dica 3: cadastre os e-mails dos internautas da cidade para enviar-lhes materialde campanha.

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Propaganda eleitoral gratuitaNos quarenta e cinco dias que antecedem a

antevéspera da eleição, as emissoras de rádio e te-levisão, inclusive os canais de TV por assinatu-ra sob responsabilidade do Poder Legislati-vo, são obrigadas a reservar, horário desti-nado à divulgação, em rede, da propagandaeleitoral gratuita. Nos municípios onde nãoexiste emissora de televisão e/ou de rádio, ospartidos podem requerer à Justiça Eleitoralque reserve dez por cento do tempo destina-do ao horário eleitoral gratuito nos veículosque os atinjam para divulgação da propagan-da dos candidatos desses municípios.

As rádios e tevês reservarão, além de 60minutos por dia - divididos em dois temposde 30 minutos cada - destinado à propaganda eleitoral gratuita das campanhasmajoritárias e proporcionais, mais 30 minutos diários ao longo da programa-ção para inserções de até 60 segundos - divididos em partes iguais para a uti-lização, exclusivamente, nas campanhas dos candidatos às eleições majoritári-as (prefeito e vice-prefeito).

A propaganda dos candidatos a prefeito e vice-prefeito será veiculada àssegundas, quartas e sextas, nas rádios de 7:00 às 7:30 h da manhã e das 12:00às 12:30 h, e nas tevês de 13:00 às 13:30 h e 20:30 às 21:00 horas. Já apropaganda dos vereadores será veiculada às terças, quintas e sábados, tantonas emissoras de rádio quanto de televisão, nos mesmos horários dos candi-datos a prefeito.

A distribuição desse tempo entre os partidos e coligações, de segunda asábado, é feita da seguinte forma: dois terços proporcionalmente à bancadade cada partido na Câmara dos Deputados e um terço distribuído igualitaria-mente entre os partidos e coligações que têm candidatos, ainda que não tenharepresentação na Câmara. No caso de coligação, somam-se os horários a quetem direito cada partido.

Além dos próprios postulantes à função pública, qualquer cidadão poderáparticipar dos programas eleitorais em apoio aos candidatos, partidos ou coli-gações, desde que não seja remunerado e não esteja filiado a outro partido, apartido que pertença a outra coligação ou a partido que tenha formalizadoapoio a outro candidato.

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Programa eleitoral gratuitoOs programas de rádio e TV podem se constituir em uma importante fon-

te de votos. Os candidatos devem aproveitar bem esses meios e utilizar a lin-guagem adequada para cada veículo. É fundamental a presença de um profis-sional ou agência que oriente na forma e no conteúdo dos programas. Para os

candidatos com dificuldades de comunicação, além da presençado profissional na produção dos programas, recomenda-se umrápido treinamento, com técnicas que irão ajudá-lo na grava-ção dos programas, entrevistas, debates, nas falas em públicoe em comícios.

No rádio, a linguagem deve ser coloquial e repetitiva. Éimportante tratar apenas de um assunto de cada vez e asso-

ciar o tema à imagem do candidato. Um bom jingle ajudao eleitor a lembrar-se do candidato, de seunúmero e de suas bandeiras de campanha. Ocandidato deve procurar transmitir confian-ça e esperança.

Na televisão, além do conteúdo de suafala, que deve conter frases curtas e naordem direta, o candidato deve preocu-

par-se também com os gestos, expressões faciais e aparência. É importantenão fazer gestos bruscos nem ser agressivo. A indignação deve ser expostacom toda a emoção possível, preferencialmente acompanhada de gestos eentonação da voz.

Dica: Os programas dos adversários devem ser gravados. Isso possibilita a soli-ção do direito de resposta sempre que o candidato for atingido, mesmo que deforma indireta, com afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou inverídica.

MarketingO marketing é o conjunto de técnicas e meios

destinados a construir, ampliar ou preservar umacerta situação ou posição, que pode ser referente apessoas (políticos, personalidades) ou a instituições

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(partidos, associações). É um instrumento de persuasão e convencimento. Deveser cuidadosamente planejado para obter a concordância ou consentimentovoluntário e consciente daquele a quem se destina.

É diferente da MANIPULAÇÃO, que trata o manipulado como se fosse umobjeto. A manipulação conduz, maneja e molda as crenças e/ou sentimentossem contar com consentimento ou vontade consciente.

O candidato deve tratar de um assunto de cada vez, tanto nos comícios quantono horário eleitoral – isso facilita a associação do candidato com a proposta.

O apoio de personalidades e o testemunho de gente importante dão cre-dibilidade ao candidato e às suas propostas.

Na campanha não basta mostrar as virtudes do candidato, é preciso exporos defeitos do adversário – fazer publicidade negativa e atacar os pontos di-vergentes dos adversários.

A Campanha na ruaFeito o planejamento da campanha, é hora de

“entrar em campo”.A campanha eleitoral, que vai de 06 de

julho a 30 de setembro, deve ser vista comoum processo dinâmico, que começa em umritmo e vai crescendo até a data da eleição.Se houver perda de fôlego na reta final, ocandidato poderá perder espaço para osadversários. Na reta final não pode faltardinheiro, material, nem volume de campa-nha. As pessoas têm a tendência de deixartudo para a última hora, inclusive a decisãodo voto. Portanto, é vital para o sucesso nas eleições que a campanha cresçaaté o final sempre.

O primeiro mês (julho) é de afirmação da imagem do candidato, ampliaçãodo leque de apoios, busca de espaços nos meios de comunicação e de conso-lidação da candidatura. É a fase em que o candidato deve buscar os multiplica-dores e formadores de opinião ( líderes comunitários, religiosos, sindicais, jor-nalistas) para convencê-los das chances de vitória da candidatura, da viabilida-de de suas propostas e da sua seriedade. Esta é a hora de visitar feiras, associ-ações, igrejas, colégios, fábricas, sindicatos. Nesse período será exigido docandidato um contato mais qualificado com os líderes e formadores de opi-nião para que eles possam conhecer melhor o candidato e suas propostas.

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Nesta fase, o material de campanha deve ser denso, contendo um perfil docandidato e um detalhamento completo da plataforma, idéias, propostas ebandeiras da candidatura.

O segundo mês (agosto) é o momento de reduzir as reuniões fechadas epartir para a ofensiva de rua, centrando os esforços na criação de fatos políti-cos que possam ser notícia e, principalmente, na massificação da campanha;para tanto, o candidato deve distribuir panfletos para o público alvo, nas ruas,bairros, escolas, fábricas, repartições públicas e nas estações rodoviárias e demetrô, além disso deve realizar comícios.

Nesta fase, começa o horário eleitoral gratuito nas rádios e TVs, época queo candidato já deve ser conhecido. O candidato deve aproveitar o horárioeleitoral gratuito para reforçar sua imagem. Os cuidados com a estética e con-teúdo devem ser redobrados. A empatia com os eleitores pode ser ampliadaou reduzida a partir desse momento.

A terceira e última fase (setembro) é a decisiva. É o momento de substituiro panfleto pelo santinho, de mandar nova mala-direta para os eleitores e prin-cipalmente de chamar os militantes, apoiadores, amigos e simpatizantes paraengrossar o trabalho de rua. A presença de bandeiras e de outros símbolosque reforcem a imagem do candidato nos grandes comícios é fundamentalnessa reta final.

Finalmente, o dia da eleição, 5º de outubro. Nesse dia o candidato devemobilizar todos para fazer a fiscalização. Todo apoiador deve ter material como desenho da urna eletrônica e o número do candidato. Muitos eleitores aindaestão indecisos ou não se lembram do número de seu candidato. Esse traba-lho pode ser decisivo para a eleição.

Dica: nunca marque compromisso em dias de jogos, festas, etc. Isso podeatrapalhar a presença de seus convidados.

Dica: na reta final da campanha é fundamental um rápido treinamento para osnovos apoiadores de campanha.

Dica: priorize a pintura de muro e a colocação de grandes placas com nome enúmero do candidato em lugares estratégicos, de preferência próximo aoslocais de votação.

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Combate à corrupçãoeleitoral e ética na políticaO combate à fraude eleitoral

e ao abuso do poder econômicoganhou um aliado importante,desde as eleições gerais de 2006,em complemento à lei nº 9.840,de 1999. Trata-se da aplicaçãoda Lei nº 11.300, de 2006, quereduz os custos de campanha,proibindo o uso de outdoor,showmícios, e, principalmen-te, a proibição de distribuiçãode brindes, como bonés, cami-setas, chaveiro, bottons ou qualquer outro artigo que proporcione vantagemao eleitor.

Com a aplicação plena dessas duas leis, a Justiça Eleitoral disporá dos ins-trumentos indispensáveis à punição do político que for flagrado doando, ofe-recendo, prometendo ou entregando bens ou vantagens pessoas de qualquernatureza em troca de voto.

A primeira (Lei 9.840, de 1999) fez uma revolução ao tipificar como fraudeo que antes era definido como crime, permitindo uma rápida apuração e puni-ção. Exemplo: a compra de votos. A segunda (Lei 11.300, de 2006) ao proibira concessão de vantagens, prêmios ou favor ao eleitor, garante a eficácia plenado combate às fraudes e ao abuso do poder econômico nas eleições.

Os atuais detentores de mandato e também candidatos estão sujeitos asleis e as mesmas penalidades. O presidente, o Governador, o Senador, o De-putado, o Prefeito ou o Vereador que fizer uso da máquina pública em suascampanhas poderão ter seu registro ou mesmo o diploma cassado, além deser multado. São exemplos do uso do dinheiro público em benefício próprio,entre outros, utilizar o equipamento do Poder Executivo para fazer aterros,poços, represas ou outras melhorias em terrenos privados, mandar iluminarpropriedade particular, ou dar preferência para mandar carro-pipa, distribuirremédios e tíquetes de leite, fornecer transporte em ambulância, assegurarinternações hospitalares e intervenções cirúrgicas em hospitais públicos ouautorizar construções irregulares em troca de votos.

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Voto ConscienteNesta eleição, mais do que nas anteriores, o

exercício da cidadania, mediante o voto, deve acon-tecer de forma consciente. Os recentes episódios decorrupção eleitoral, no plano federal, reforçam essaconvicção. Assim, os candidatos devem priorizaros interesses do cidadão em detrimento dos in-teresses dos indivíduos.

Os candidatos devem merecer o apoio e ovoto por seus compromissos de campanha e,no caso dos que já detêm mandato, por suasgestões, atitudes, comportamentos. Atributos fí-sicos, boa oratória ou distribuição de favores,bens ou dinheiro não podem, nem devem orientar o voto consciente. Contudo,são muito importantes para a avaliação global e a tomada de decisão dos eleitores.

O voto deve ser livre, soberano e independente e recair sobre pessoas queos eleitores consideram capacitadas técnica, ética, política e moralmente pararepresentá-los. Tanto na Câmara de Vereadores, onde terá a missão de fazerleis, fiscalizar a aplicação do dinheiro dos impostos e formular políticas públicas,quanto na Prefeitura, administrando o orçamento em favor da comunidade.

Quociente eleitoralna eleição proporcional

É fundamental que o candidato saiba comofunciona o sistema eleitoral brasileiro. Depen-dendo do partido ou coligação do qual partici-

pe, um candidato pode atingir um pequeno nú-mero de votos e mesmo assim conseguir umavaga na Câmara de Vereadores. Isso aconteceporque o sistema eleitoral brasileiro adota ovoto proporcional de lista aberta para a esco-

lha dos deputados federais, estaduais e verea-dores. Por este sistema, o eleitor vota no candi-

dato ou no partido e a soma dos votos atribuídos

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aos candidatos e partidos é dividida pelo número de vagas em disputa. Comisso, então, forma-se formando o quociente eleitoral, isto é, o número de vo-tos necessário para que o partido eleja um ou mais representantes. Depois,divide-se o total de votos obtido pelo partido ou coligação pelo quocienteeleitoral. O resultado é o número de vagas que o partido terá direito a preen-cher com os seus candidatos em ordem decrescente de votação.

Apenas para ilustrar: se o número de votos válidos (que exclui brancos enulos) for igual a 9.000 e o número de vagas na Câmara de Vereadores daque-le Município for de nove vereadores, o quociente eleitoral será de 1.000. As-sim, o partido ou coligação que obtiver o número de votos igual ou superior a1.000 votos terá representação na Câmara de Vereadores. Para cada 1.000votos, o partido ou coligação terá direito a mais uma vaga, que sempre serápreenchida pelo candidato mais votado em ordem decrescente.

Ocorre, entretanto, que nem sempre os votos que excedem ao quocienteeleitoral são exatos. Se, no exemplo acima, um partido ou coligação alcançar3.240 votos, ele terá direito a três vagas e ficará com uma sobra de 240 votos.Nessa hipótese, é quase certo, restará uma ou mais vagas a serem preenchi-das pelo sistema de sobras. No Brasil, utiliza-se a regra da maior média que,invariavelmente, beneficia os partidos com melhor desempenho eleitoral. Pri-meiro, divide-se o número de votos atribuídos a cada partido ou coligaçãopelo numero de lugares por ele obtido mais um. O partido que apresentar omaior quociente ou a maior média leva a vaga. Caso haja ainda cadeiras restan-tes, repete-se a operação, sempre atribuindo a cadeira a maior média.

Eleição majoritária– como são eleitosA eleição majoritária inclui os cargos de presidente da Repú-

blica, Governador, Prefeito e Senador. Como regra, é eleito o can-didato que alcançar a maior votação entre os que disputam a vaga.Entretanto, há exceção para os cargos do Poder Executivo (pre-sidente, governador e prefeito) nas cidades ou Estados com maisde 200 mil eleitores. Nesse caso, se nenhum dos candidatos acargos no Poder Executivo alcançar a maioria absoluta dosvotos, haverá um segundo turno de votação entre osdois candidatos mais votados. O segundo turno não seaplica nas cidades ou estados com menos de 200 mil elei-tores nem na eleição para o Senado.

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Município– seus poderese autonomiaO município, como a menor unidade da federa-

ção, é a célula básica do sistema político e administra-tivo do Brasil. Os municípios, juntamente com os Es-tados e o Distrito Federal, formam a República Fede-rativa do Brasil, em união indissolúvel. Eles gozam deautonomia política, financeira e administrativa, exerci-das pelos poderes Executivo (prefeito) e Legislativo (ve-readores), eleitos pelo voto direto, universal e secreto.

Os municípios são regidos pela Lei Orgânica (espécie de Constituição Mu-nicipal), aprovada pela Câmara Municipal pelo voto de dois terços de seusmembros, respeitados os princípios das Constituições Federal e do respecti-vo Estado. Os preceitos básicos da autonomia municipal (art. 29) e as compe-tências da menor unidade territorial da nação (art. 30) estão expressos naConstituição Federal.

A autonomia municipal, nos termos do art. 29 da Constituição Federal de1988, inclui o direito de eleger o prefeito, vice-prefeito e vereadores; a invio-labilidade dos vereadores por suas opiniões, palavras e votos; a organizaçãodas funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara municipal; julgamento doprefeito perante o Tribunal de Justiça do Estado; e o direito de iniciativa popu-lar de projeto de lei de interesse municipal.

As competências municipais, segundo o art. 30 da CF/88, abrangem: i) le-gislar sobre assuntos de interesse local; ii) suplementar a legislação federal eestadual no que couber; iii) instituir e arrecadar os tributos de sua competên-cia, entre os quais: a) imposto sobre propriedade predial e territorial urbana,b) transmissão intervivos, c) serviços de qualquer natureza, exceto os de com-petência estadual, d) instituir taxas sobre a utilização atual ou potencial dosseus serviços e contribuição de melhoria, iv) criar, organizar e suprimir distri-tos, v) organizar e prestar, diretamente ou mediante concessão ou permissão,serviços públicos de interesse local, vi) manter o ensino pré-escolar e funda-mental, vii) prestar serviços de atendimento à saúde da população, viii) pro-mover o ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso,parcelamento e ocupação do solo urbano, e promover a proteção do patrimô-nio histórico-cultural local.

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É nos municípios que as pessoas moram, trabalham, são educadas, rece-bem atendimento médico hospitalar, praticam lazer etc. A responsabilidadedos poderes locais, diretamente ou em parceria com os governos federal eestadual, no provimento desses serviços, na garantia de segurança da popula-ção e no fornecimento de serviços de infra-estrutura, como saneamento, ele-tricidade, telefonia, transporte coletivo de qualidade é enorme.

Receitas e Despesas MunicipaisO candidato a funções públicas no plano municipal, além

de conhecer em profundidade o ordenamento jurídico dacidade, deve estudar a Lei de Responsabilidade Fiscal,como forma de acompanhar e fiscalizar os gastos públicos,de sorte que os recursos arrecadados tenham o melhoruso em favor da comunidade. Para tanto, é importan-te conhecer a composição das receitas municipais, des-de as locais (como IPTU – Imposto Predial e TerritorialUrbano, ITBI – Imposto de Transmissão de Bens Intervi-vos, as taxas de serviços e melhorias) até os repasses es-taduais (como do ISS – Imposto sobre Serviços, até os re-passes federais, como do FPM - Fundo de Participação dosMunicípios, do ITR – Imposto Territorial Rural). Além dos recursos do SUS -Sistema Único de Saúde e do FUNDEF – Fundo de Desenvolvimento do Ensi-no Fundamental, entre outros.

A Lei de Responsabilidade Fiscal foi concebida como um instrumento decontrole social das contas públicas, destinada a dar maior transparência naaplicação do dinheiro público, principalmente mediante a divulgação: a) bi-mestral, do Relatório Resumido de Execução Orçamentária, contendo umbalanço orçamentário de receitas e despesas por categoria econômica; o de-monstrativo de execução de receitas e despesas no bimestre, no exercício e aprevisão a realizar; e b) quadrimestral, do Relatório de Gestão Fiscal, conten-do comparativo com os limites da lei de responsabilidade fiscal nos diversoscomponentes, como despesa com pessoal, com aposentados e pensionistas;dívida consolidada e imobiliária; garantias; operações de crédito, inclusive porantecipação de receita; medidas corretivas; e disponibilidade de caixa quandose tratar do último quadrimestre do ano, com a indicação de restos a pagardecorrentes de empenhos não liquidados.

Além disto, essa lei estabelece regras rígidas fixando: i) limites de gastoscom pessoal, não podendo ultrapassar 60% da receita líquida corrente do

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município; ii) limite de endividamento público de cada ente da federação, fixa-do pelo Senado; iii) definição de metas fiscais anuais fixadas para os três exer-cícios seguintes; iv) mecanismos de compensação para despesas permanentesa serem criadas, proibindo a criação de despesas permanentes, inclusive rea-juste de pessoal, sem fonte de receita ou corte de despesa também perma-nente; e v) mecanismos para controle financeiro em anos de eleição, impedin-do operações de crédito por antecipação de receita no último ano de manda-to, bem como a elevação da folha de pagamento nos últimos 180 dias.

Finalmente, a Lei de Responsabilidade Fiscal determina que o descumpri-mento desses preceitos e regras, além de sanções civis (multas) e penais (ca-deia) para o administrador público, implica a suspensão de transferências vo-luntárias, o cancelamento da obtenção de garantias e a perda de acesso à con-tratação de crédito, entre outras medidas de caráter punitivo.

Candidato do BB e seu municípioNa eleição municipal, o candidato funcionário do Banco do Brasil po-

derá contribuir com sua experiência e sua capacidade de formulação de políti-cas públicas de qualidade. Poderá ainda, exercer um papel fundamental nadivulgação da importância do Banco redirecionar sua política de investimento,com foco e valorização de projetos e iniciativas que contribuam para o desen-volvimento econômico e social do país.

A campanha eleitoral é uma oportunidade que os funcionários do BB têmpara promover a defesa do banco a partir da divulgação e popularização da

importância, necessidade e conveniência da preservaçãoe ampliação das atribuições de banco público exercidaspelo BB. É um trabalho em que todos ganham. Ganha o

candidato, que vincula sua imagem ao banco e a proje-tos voltados para a geração de emprego e renda,e ganha a população, que ficará informada e po-derá exigir uma maior presença do banco nos in-vestimentos locais.

Poucos cidadãos, nos municípios, sabem da im-portância do banco na vida das pessoas, especial-mente as mais humildes. Foi, e é, graças ao Bancodo Brasil, por exemplo, que a população carente edistante tem acesso aos serviços bancários. Sem aagência do BB, que exerce uma função social, dificil-

mente os aposentados e pensionistas do interior

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do país poderiam receber seus benefícios sem grandes deslocamentos, comaltos custos e sacrifícios pessoais.

Os recursos federais, orçamentários ou dos fundos constitucionais, destina-dos à educação, à saúde, ao financiamento agrícola, ao investimento produtivo,ao pagamento dos benefícios previdenciários, entre outros, chegam mais rápidoaos municípios porque existem agências do banco nessas localidades, que geral-mente não são atraentes ou lucrativas para os bancos privados. As cooperativashabitacionais, agrícolas ou de créditos operam com o Banco do Brasil por váriasrazões, entre as quais as baixas taxas cobradas, a segurança das aplicações efacilidades de crédito a juros inferiores aos praticados pelo mercado.

Além desses aspectos práticos e perceptíveis do Banco, há outros que afe-tam as decisões do setor privado e governamental, e que poucos conseguemenxergar. A decisão sobre o investimento privado nos municípios, por exemplo,considera uma série de variáveis, entre as quais a existência de banco, tanto peloaspecto de segurança na guarda do dinheiro, quanto pela possibilidade de maiorcirculação de recursos, também pelas perspectivas de negócios. Já no que dizrespeito ao governo, nenhum governante, sob pena de se tornar vulnerável edependente do capital especulativo, poderá prescindir de instrumentos eficazesde política econômica, seja para intervir no mercado financeiro para reduçãodas taxas de juros ou para evitar especulações cambial.

Como se vê, qualquer que seja o enfoque ou abordagem, o Banco do Bra-sil, como instrumento de política públicas do governo, exerce um papel im-prescindível no progresso dos municípios. Defendê-lo, além de uma atitudeinteligente, é uma excelente bandeira de campanha.

Condições paraconcorrer ao pleitomunicipalRegras básicas de elegibilidade:a) a nacionalidade brasileira;b) o pleno exercício dos direitos políticos;c) o alistamento eleitoral;d) a filiação partidária há pelo menos um ano antes da

eleição;e) possuir domicílio eleitoral na circunscrição do plei-

to há pelo menos um ano da eleição;

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f) possuir idade mínima de 21 anos, no caso dos candidatos a prefeito evice-prefeito, e de 18 anos, no caso de vereador;

g) ter o nome aprovado na convenção do partido; os atuais detentores demandato tem direito a candidatura nata;

h) Licenciar-se do Banco do Brasil pelo menos três meses antes dopleito, período durante o qual receberá sua remuneração normalmente.O período de férias não poderá coincidir com o da licença;

Além disto, se for dirigente sindical ou estiver exercendo alguma funçãopública no Poder Executivo (federal, estadual ou municipal) deverá desincom-patibilizar-se desses postos nos prazos fixados na legislação, conforme segue:

i) os dirigentes sindicais candidatos à eleição de 5 de outubro (prefeito,vice-prefeito ou vereador) devem se afastar da direção da entidade até 4 dejunho de 2008 (quatro meses antes da eleição), e

ii) os servidores públicos candidatos a prefeito, vice-prefeito ou vereadordevem se licenciar da repartição três meses antes do pleito, portanto até 4 dejulho, com direito a remuneração.

iii) os titulares de cargos no âmbito do Poder Executivo precisam se desin-compatibilizar quatro meses antes do pleito de 5 de outubro, para concorrera prefeito e vice-prefeito e seis meses antes para disputar uma vaga na Câmarade Vereadores. A mesma regra vale para o fiscal ou auditor da Receita (federal,estadual ou municipal).

A exigência de licença, no caso de dirigente sindical, de servidores públicose de empregados de empresas públicas e sociedade de economia mista, estáprevista na Lei Complementar nº 64/90, regulamentada pela Resolução TSEnº 18.019/92. De acordo com esta resolução, a desincompatibilização, licen-ça ou afastamento do dirigente sindical não é definitiva, nem implica em re-núncia do cargo ou função. Todos os dirigentes sindicais titulares, excetosuplentes e membros do conselho fiscal, são obrigados a licenciar-se. Nocaso dos servidores e empregados de estatais, é assegurada a remuneraçãointegral no período de licença, além da proibição de contratação, dispensaou remoção de qualquer empregado do setor público, independentementede ser ou não candidato.

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Calendário da eleiçãomunicipal de 2008

O Calendário Eleitoral – divulgado pormeio da Instrução nº 111 e da Resolução nº22.579, de 30 de agosto de 2007, do Tribu-nal Superior Eleitoral – fixa as principais da-tas e eventos das eleições de 2008, cujo pri-meiro turno será realizado em 5 de outubro de2008 (primeiro domingo do mês) e o segundo em26 de outubro de 2008 (último domingo do mês).

A resolução detalha todas as etapas do processoeleitoral: dos prazos como o de início e término dapropaganda partidária gratuita no rádio e televisão;da transferência de domicílio eleitoral; da realizaçãode convenções destinadas a deliberar sobre coligaçõese a escolha dos candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador até a possedos eleitos.

A seguir estão os eventos mais relevantes para essa eleição:

5 de outubro de 2007, sexta-feira(um ano antes) – domicílio e filiação

Todos os partidos políticos que pretendam participar das eleições de 2008devem ter obtido registro de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral –TSE; data limite da inscrição eleitoral ou transferência de domicílio para a cir-cunscrição na qual o candidato pretende concorrer; e também a filiação defe-rida no âmbito partidário.

1º de janeiro de 2008, terça-feira – institutos depesquisas e vedações à administração pública

As entidades ou empresas que realizarem pesquisas de opinião públicarelativas às eleições ou aos candidatos ficam obrigadas a registra, na Justiça

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Eleitoral, as informações previstas em lei e em instruções expedidas pelo TSE;data a partir da qual fica proibida a distribuição gratuita de bens, valores oubenefícios por parte da Administração Pública, exceto nos casos de calamida-de pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados emlei e já em execução orçamentária no exercício anterior.

8 de abril de 2008 – sábado(180 dias antes) – revisão geral de remuneração.

Data a partir da qual, até a posse dos eleitos, é vedado aos agentes públi-cos fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral de remuneração dos servi-dores públicos que exceda a recomposição da perda de seu poder aquisitivoao longo do ano da eleição.

7 de maio de 2008 – quarta-feira(151 dias antes) – transferência dedomicílio do eleitor

Final do prazo para o eleitor requerer inscrição eleitoral ou transferênciade domicílio; e último dia para eleitor que mudou de residência dentro domunicípio pedir alteração no seu título; último dia pra o eleitor portador dedeficiência solicitar sua transferência para seção eleitoral especial.

10 a 30 de junho – início e términodas convenções partidárias

Período em que os partidos devem realizar convenções para decidir sobrecoligações e escolher candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador.

1º de julho de 2008 – terça-feira– suspensão da propaganda partidária

Data a partir da qual não será veiculada a propaganda partidária gratuitaprevista na Lei nº 9096/95, nem será permitido qualquer tipo de propagandapolítica paga no rádio e na televisão; é vedado às emissoras de rádio e detelevisão favorecer, direta ou indiretamente, candidato, partido ou coligação.

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5 de julho de 2008 – sábado– (três meses antes)– proibição de publicidade oficial

Prazo final para o funcionário público ou empregado de empresa estatalcandidato à eleição municipal licenciar-se da repartição, com direito a remu-neração, sob pena de tornar-se inelegível; ficam proibidas nomeações, con-trações ou qualquer forma de demissão sem justa causa, a supressão ou re-adaptação de vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercí-cio funcional e, ainda, ex oficio, remover, transferir ou exonerar servidorpúblico, na circunscrição do pleito, até a posse dos eleitos, exceto em casosexcepcionais; e também o governo federal fica proibido de realizar transfe-rência voluntária de recursos da União para Estados e Municípios, e dos Es-tados aos municípios, sob pena de nulidade do pleno direito, ressalvados osrecursos destinados a cumprir obrigações formal preexistente ou para aten-der situação de emergência e calamidade pública; fica proibida ao candidatoà reeleição realizar inauguração de obras públicas ou fazer publicidade insti-tucional de ações feitas por sua administração; estes também ficam proibi-dos de fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão fora do horárioeleitoral gratuito.

6 de julho de 2008 – domingo– início da propaganda eleitoral

Data a partir da qual os candidatos, os partidos políticos e coligação pode-rão realizar comício e utilizar aparelhos de sonorização fixas, das 8 às 22 ho-ras; utilizar alto-falante ou amplificador de som nas suas sedes ou em veículos.

6 de agosto e 6 de setembro de 2008– prestação de contas na internet

Datas em que os partidos políticos, as coligações e os candidatos são obri-gados, durante a campanha eleitoral, a divulgar, pela rede mundial de compu-tadores (internet), relatório discriminando as doações recebidas e os gastosrealizados, em sítio criado pela Justiça Eleitoral.

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19 de agosto de 2008 – terça-feira– início do horário eleitoral gratuito

Inicio da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão

20 de setembro de 2008 – sábado(15 dias antes) – nenhum candidatopoderá ser preso

Data a partir da qual nenhum candidato poderá ser detido ou preso, salvoem flagrante delito.

30 de setembro – terça-feira(5 dias antes) – eleitor não poderá ser preso

Data a partir da qual e até 48 horas depois do encerramento da eleição,nenhum eleitor poderá ser preso ou detido, salvo em flagrante delito ou emvirtude de sentença condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por des-respeito a salvo-conduto.

2 de outubro de 2008 – quinta-feira(3 dias antes) – último dia depropaganda eleitoral

Último dia de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão e tam-bém último dia para realização de comício, debates e reuniões públicas.

4 de outubro de 2008 – sábado– uso de alto falante

Último dia para a propaganda política mediante comícios ou reuniões públicas.

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5 de outubro de 2008 – domingo– dia da eleição em lº turno

Dia da Eleição em primeiro turno

7 de outubro de 2008 – terça-feira– propaganda eleitoral do 2º turno

Início da propaganda eleitoral do segundo turno; é permitida a propagandaeleitoral mediante alto-falante ou amplificadores de som, entre às 8 e 22 ho-ras, bem como a distribuição de material de propaganda política e a realizaçãode comícios e carreatas;.

13 de outubro de 2008 – segunda-feira– início do horário eleitoral gratuito

Último dia para o início do período de propaganda eleitoral gratuita norádio e na televisão, relativa ao segundo turno.

21 de outubro de 2008 – terça-feira– nenhum eleitor poderá ser preso

Data a partir da qual, e até 48 horas depois do encerramento da eleição emsegundo turno, nenhum eleitor poderá ser preso ou detido, salvo em flagrantedelito ou em virtude de sentença condenatória por crime inafiançável, ou, ain-da, por desrespeito a salvo-conduto

23 de outubro de 2008 – quinta-feira(3 dias antes) – encerramentoda propaganda política

Último dia para a propaganda política mediante comícios ou reuniões públicas.

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24 de outubro – sexta-feira(2 dias antes) – encerramento dohorário eleitoral gratuito

Último dia para a divulgação da propaganda eleitoral gratuita no rádio e natelevisão; último dia para divulgação paga, na imprensa escrita, de propagandaeleitoral; ultimo dia para realização de debates e último dia para propagandaeleitoral em página na internet.

25 de outubro – sábado(1 dia antes) – última dia de carreata

Último dia para a promoção de carreata e distribuição de material de pro-paganda política.

26 de outubro – domingo– dia da eleição em segundo turno

Dia da Eleição em segundo turno.

04 de dezembro de 2008 – quinta-feira– justificação do eleito faltoso no 1º turno

Último dia para o eleitor que deixou de votar no dia 5 de outubro apre-sentar justificativa ao juiz eleitoral.

26 de dezembro de 2008 – sexta-feira– justificação do eleito faltoso em 2º turno

Último dia para o eleitor que deixou de votar no dia 26 de outubro apre-sentar justificativa ao juiz eleitoral

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MANUAL DO CANDIDATO - ANABB

CONSELHO DELIBERATIVO ANABB

ANTONIO GONÇALVES DE OLIVEIRA (Presidente)

ANA LÚCIA LANDIN

ANTILHON SARAIVA DOS SANTOS

AUGUSTO SILVEIRA DE CARVALHO

CECÍLIA MENDES GARCEZ SIQUEIRA

CLÁUDIO JOSÉ ZUCCO

DOUGLAS SCORTEGAGNA

ÉLCIO DA MOTTA SILVEIRA BUENO

GENILDO FERREIRA DOS REIS

INÁCIO DA SILVA MAFRA

ISA MUSA DE NORONHA

JOSÉ ANTÔNIO DINIZ DE OLIVEIRA

JOSÉ BERNARDO DE MEDEIROS NETO

JOSÉ BRANISSO

JOSÉ SAMPAIO DE LACERDA JUNIOR

LUIZ ANTONIO CARELI

MÉRCIA MARIA NASCIMENTO PIMENTEL

NILTON BRUNELLI DE AZEVEDO

ROMILDO GOUVEIA PINTO

TEREZA CRISTINA GODOY MOREIRA DOS SANTOS

VITOR PAULO CAMARGO GONÇALVES

CONSELHO FISCAL

HUMBERTO EUDES VIEIRA DINIZ (Presidente)

ARMANDO CÉSAR FERREIRA DOS SANTOS

SAUL MARIO MATTEI

Suplentes:

ANTÔNIA LOPES DOS SANTOS

DORILENE MOREIRA DA COSTA

ELAINE MICHEL

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DIRETORIA ESTADUAL

AL - IVAN PITA DE ARAÚJO

AM - MARLENE CARVALHO

BA - OLIVAN DE SOUZA FAUSTINO

CE - FRANCISCO HENRIQUE PINHEIRO ELLERY

DF - ELIAS KURY

ES - PEDRO VILAÇA NETO

GO - SAULO SARTRE UBALDINO

MA – SOLONEL CAMPOS DRUMOND JUNIOR

MG - FRANCISCO ALVES E SILVA

MS - EDSON TROMBINE LEITE

MT - JOSÉ HUMBERTO PAES CARVALHO

PA - JOSÉ MARCOS DE LIMA ARAÚJO

PB- MARIA AURINETE ALVES DE OLIVEIRA

PE - CAROLINA MARIA DE GODOY MATOS

PI - BENEDITO DIAS SIMEÃO DA SILVA

PR - MOACIR FINARDI

RJ - ANTONIO PAULO RUZZI PEDROSO

RN - HERIBERTO GADÊ DE VASCONCELOS

RO - VALDENICE DE SOUZA NUNES FERNANDES

RR - ROBERT DAGON DA SILVA

RS - EDMUNDO VELHO BRANDÃO

SC - CARLOS FRANCISCO PAMPLONA

SE - EMANUEL MESSIAS BARBOZA MOURA JÚNIOR

SP - WALCINYR BRAGATTO

TO - SAULO ANTONIO DE MATOS

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