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A Caixa de Previdência passa por um momento de déficit conjuntural. Entenda como isso pode impactar o seu bolso ANO XXX | N O 237 | MAR-ABR/2016 TODOS CONTRA O AEDES AEGYPTI Veja dicas para combater o mosquito ORIENTAÇÃO JURÍDICA Em dois anos, mais de 8 mil atendimentos aos associados AÇÃO COLETIVA FGTS A documentação pode chegar até 29 de abril

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A Caixa de Previdência passa por um momento de déficit conjuntural. Entenda como isso pode impactar o seu bolso

ANO XXX | NO 237 | MAR-ABR/2016

TODOS CONTRA O AEDES AEGYPTI

Veja dicas para combater o mosquito

ORIENTAÇÃOJURÍDICA

Em dois anos, mais de 8 mil atendimentos aos associados

AÇÃO COLETIVA FGTS A documentação pode chegar até 29 de abril

Page 2: déficit - ANABB · 2016-03-28 · elegerão novos gestores em 2016”, página 18, divulgamos incorretamente a data sobre a campanha da Previ. De acordo com o cronograma das eleições,

2 | Mar-Abr/2016 | Jornal AÇÃO

jornal AçãoCARTAS À REDAÇÃO

DIRETORIA EXECUTIVA

CONSELHO DELIBERATIVO

REINALDO FUJIMOTOPresidenteJOSÉ BRANISSOVice-Presidente Administrativo e FinanceiroDOUGLAS SCORTEGAGNAVice-Presidente de ComunicaçãoHAROLDO DO ROSÁRIO VIEIRAVice-Presidente de Relações FuncionaisJOÃO BOTELHOVice-Presidente de Relações Institucionais

Luiz Oswaldo Sant’lago (Presidente)Ana Lúcia LandinAntônio José de CarvalhoAntônio Sergio RiedeAugusto CarvalhoCecília Mendes Garcez Siqueira Célia Maria Xavier Larichia Cláudio José ZuccoClaudio Nunes LahorgueDenise ViannaEmílio Santiago Ribas RodriguesFernando AmaralGraça MachadoIris CarvalhoIrmar de Castro FonsecaIsa Musa de NoronhaMaria do Céu BritoMaria Goretti Fassina Barone FalquetoNilton BrunelliTereza Cristina Godoy Moreira dos SantosWilliam Bento

CONSELHO FISCALWilliams Francisco da Silva (Presidente)Anaya Martins de Carvalho (titular)Vera Lúcia de Melo (titular) João Antônio Maia Filho (suplente) Maria Lizete da Silveira (suplente) Verdi Barros Bezerra (suplente)

DIRETORES REGIONAISRegional AC-01: Julia Maria Matias de Oliveira Regional AL-02: Nilson Roberto Lopes VieiraRegional AP-03 : Samuel Bastos Macedo Regional AM-04: Valéria Moura CamposRegional BA-05: José Easton Matos NetoRegional BA-06: Jonas Sacramento CoutoRegional BA-07: Paulo Vital LeãoRegional BA-08: Maruse Dantas XavierRegional CE-09: Maria José Faheina de OliveiraRegional CE-10: Ozimeire Penaforte S. CaetanoRegional DF-11: Hélio Gregório da SilvaRegional DF-12: José Augusto de OliveiraRegional DF-13: Antônio José Teixeira SiqueiraRegional DF-14: Wellington Mendonça dos SantosRegional DF-15: José Augusto CordeiroRegional ES-16: Sebastião CeschimRegional GO-17: Elézer Lemes da Silva Regional GO-18: José Carlos Teixeira de QueirozRegional MA-19: Camilo Gomes da Rocha FilhoRegional MT-20: Daniel Ambrosio FialkoskiRegional MS-21: Valdineir Ciro de SouzaRegional MG-22: Luiz Carlos FazzaRegional MG-23: Eustáquio GuglielmelliRegional MG-24: Matheus Fraiha de Souza CoelhoRegional MG-25: Amir Além de AquinoRegional MG-26: Aníbal Moreira BorgesRegional MG-27: Maria Rosário Fátima DurãesRegional PA-28: Fábio Gian Braga PantojaRegional PB-29: Maria Aurinete Alves de OliveiraRegional PR-30: Aníbal RumiattoRegional PR-31: Antônio Ribas Maciel Jr.Regional PR-32: Moacir FinardiRegional PR-33: Carlos Ferreira KraviczRegional PE-34: Carolina Maria de Godoy Matos Regional PE-35: José Alexandre da SilvaRegional PI-36: Francisco Carvalho MatosRegional RJ-37: Antônio Roberto VieiraRegional RJ-38: Maurício Gomes de SouzaRegional RJ-39: Carlos Fernando S. OliveiraRegional RJ-40: Mário Magalhães de SousaRegional RJ-41: Agenor da Rocha e Silva NetoRegional RJ-42: Eduardo Leite GuimarãesRegional RN-43: Damião Casado de ResendeRegional RS-44: Antônio Cladir TremarinRegional RS-45: Valmir CanabarroRegional RS-46: Edmundo Velho BrandãoRegional RS-47: Paulo Bastos NoronhaRegional RS-48: Maria Avani CervoRegional RS-49: Hermes Antônio M. SaldanhaRegional RO-50: Marco Antônio Anders de AlmeidaRegional RR-51: José Antônio RibasRegional SC-52: Carlos Francisco PamplonaRegional SC-53: Aurélio José BiazottoRegional SC-54: Alsione Gomes de Oliveira FilhoRegional SP-55: Maria Cecília CensoniRegional SP-56: Nilton Cifuentes RomãoRegional SP-57: Waldenor Moreira Borges FilhoRegional SP-58: Reginaldo Fonseca da CostaRegional SP-59: Adilson Antonio Meneguela Regional SP-60: Honório Almirão FilhoRegional SP-61: José Roberto LemeRegional SP-62: José Antonio Galvão RosaRegional SP-63: Jaime BortolotiRegional SP-64: Juvenal Ferreira AntunesRegional SE-65: Almir Souza VieiraRegional TO-66: Crispim Batista Filho

Este espaço destina-se à opinião dos leitores. Por questão de espaço e estilo, as cartas podem ser editadas e serão publicadas apenas as selecionadas.

Envie comentários, sugestões e reclamações para [email protected] ou para SHC SUL CR Quadra 507,

Bl. A, Lj. 15 – CEP: 70351-510 – Brasília/DF.

ANABB 30 ANOSMedalha de ouro a toda a equipe pelo trabalho de alto nível que coroou os feste-jos de aniversário da ANABB e da edição do livro ANABB 30 Anos – Uma história de ouro. O excelente trabalho levou-nos a recordar nossa trajetória, relatando também fatos importantes da história do BB e do Brasil. Orgulho-me de ter uma pequena participação nos 30 anos da história da ANABB e de tê-la revivido pela leitura. Também me orgulho de ter meu nome nela retratado. Parabéns a todos.José Antônio Galvão RosaDiretor regional SP-62 SUGESTÃO PARA PREVIEm defesa da Previ, sugiro aprovei-tar a oportunidade da CPI dos Fundos de Pensão instalada pelo Congresso Nacional e tentar mudar a legislação em vigor, criando novos critérios para contabilizar valores decorrentes de re-avaliação de ativos. Essa providência permitirá ter números reais em nosso patrimônio, corrigindo distorções ora vigentes. Há algum tempo, venho cha-mando atenção para esse procedimen-to contábil que tem distorcido os supe-rávits apresentados. Em meu modesto entendimento, tais superávits não são reais.Napoleão Tenório de AlbuquerqueRecife – PE

BONS SERVIÇOSAgradeço o recebimento da Agenda e do Calendário 2016, elaborados em come-moração aos 30 anos dessa Associação. Parabenizo a criativa iniciativa e muito especialmente as ilustrações que se re-portam às Olimpíadas. Retribuo os votos de que 2016 seja um ano de superação. José FortunatiPrefeito de Porto Alegre – RS

AÇÃO Nº 236Recebi o jornal Ação nº 236 e gostei de tudo o que li, especialmente da carta do presidente Reinaldo Fujimoto, intitulada “Espírito renovado”. Desejo à nova

Diretoria uma gestão bastante profícua e focada no interesse dos associados. O acompanhamento das ações judiciais deve ser uma preocupação permanente desta Diretoria. Cassi e Previ também devem ser uma prioridade constante. A meu ver, os seguintes assuntos também merecem acompanhamento especial: COOP-ANABB e suas relações com a Associação; o chamado Caso Seguros de Diretorias anteriores; ANABBPrev. Espero firmeza e transparência no trato das questões elencadas.José Edmundo MouraLondrina – PR

ELEIÇÕES CASSIRegistro que, na divulgação das chapas inscritas para as Eleições Cassi, feita pelo jornal Ação, consta erroneamente o nome da candidata Sybelle Natalle Braga Chagas como participante da chapa “A CASSI é Sua!” (suplente 2 do Conselho Fiscal), em detrimento da candidata Leodete Sandra Cavalcanti Silva, que figura na relação oficial divul-gada pelo site da Cassi. Horácio Martins FilhoUberaba – MG

ERRATANa edição nº 236 do jornal Ação, na matéria “Cassi e Previ: associados elegerão novos gestores em 2016”, página 18, divulgamos incorretamente a data sobre a campanha da Previ. De acordo com o cronograma das eleições, a campanha eleitoral da Caixa de Previdência acontecerá de 8 de abril a 27 de maio. Na página 19, incluímos erroneamente Sybelle Natalle Braga Chagas como candidata ao cargo de conselheira fiscal (suplente 2) na chapa “A CASSI é Sua!”. A candidata Sybelle Natalle Braga Chagas concorre ao cargo de conselheira deliberativa pela chapa “CASSI Sempre”. Quem concorre ao cargo de conselheira fiscal na chapa “A CASSI é Sua!” é a candidata Leodete Sandra Cavalcanti Silva. Pedimos desculpa pelo erro.

ANABB: SHC SUL CR Quadra 507, Bl. A, Lj. 15 – Asa Sul – Brasília/DF – CEP: 70351-510 | Atendimento: 0800 727 9669 Site: www.anabb.org.br | E-mail: [email protected] | Coordenação: Fabiana Castro | Redação: Tatiane Lopes, Godofredo Couto, Josiane Borges e Elder Ferreira | Colaboração: Elizabeth Pereira e Lúcia Silveira Capa: Luiz Sérgio Mendonça | Anúncios: Godofredo Couto | Edição: Ana Cristina Padilha | Revisão: Cida Taboza Editoração: Zipo Comunicação | Tiragem: 100.500 mil | Banco de imagem: Shutterstock | Impressão e CTP: Gráfica Positiva Os textos assinados são de responsabilidade dos seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da ANABB.

A Gráfica e Editora Positiva é licenciada pelo IBRAM - Instituto de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do DF - sob o nº 072/2010.Todo o papel utilizado na impressão do Jornal Ação é oriunda de reflorestamento ecologicamente correto.

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CARTA DO PRESIDENTE

pensamento deles e o dos eleitores. Além disso, ampliando o debate, devemos nos

lembrar das dificuldades financeiras enfrentadas pela Cassi. A ANABB, ao lado de outras entidades, tem atuação permanente na comissão de negociação que trata sobre o assunto. As negociações resultam em avanços, mas reforço que a união deve ser mais importante que a divisão. Separar eleitos e indicados como se estivessem em lados opostos da mesa não nos ajudará a resolver os problemas. Estamos todos do mesmo lado e, nesse debate, não existem ganhadores ou perdedores.

Em relação à Previ, o cenário também é delicado, tendo em vista que há alguns anos não vivenciávamos a situação de déficit. A matéria do jornal que trata sobre esse assunto aborda o déficit, levando em consideração o cenário mundial, os impactos e as possíveis soluções. Mostramos os resultados numéricos e explicamos o que gerou a queda brusca de recursos no fundo de pensão.

Falar de superávit, sem dúvida, é bem melhor que falar de déficit. É óbvio que isso gera preocupações, porque a última coisa que desejamos é ter de pagar mais para continuarmos tendo um direito, no caso a aposentadoria. Se fechamos em déficit, tenho certeza de que os dirigentes que nos representam estão buscando soluções. Nós, da ANABB, estamos atentos.

A representação é a marca da ANABB. Defendemos direitos e buscamos estratégias para reverter situações que necessitem de mudanças. Vamos deixar vaidades de lado e nos focar nas questões que realmente são de interesse dos aposentados e dos funcionários da ativa. Parece um clichê, que já foi repetido milhares de vezes, mas continuo acreditando que a “união faz a força”.

Boa leitura!

A segunda edição de 2016 do jornal Ação está, como sempre, focada em assuntos relevantes para os associados. Cassi e Previ estão no cerne das discussões, pois as duas entidades vivem momentos importantes. Na Caixa de Saúde, os associados vão eleger novos membros para compor a Diretoria e os conselhos. Na Previ, por sua vez, temos também eleições e enfrentamos uma situação de déficit, após sucessivos superávits.

Os associados podem se perguntar: como a ANABB vai se posicionar diante desses acontecimentos? Em nome da Diretoria, respondo: a ANABB continuará representando e mantendo informados aqueles que são os legítimos donos de todo o patrimônio, os associados, sobre o desenrolar dos acontecimentos.

Quanto à Cassi, por exemplo, produzimos o jornal Especial Eleições Cassi, conforme determinado pelo Conselho Deliberativo da entidade, e adotamos a atitude de estimular o debate democrático. Nessa publicação, reunimos informações sobre as três chapas inscritas no processo eleitoral e todas elas tiveram espaços semelhantes para divulgar propostas, apresentar candidatos e mostrar o que pretendem fazer para o futuro de nossa Caixa de Saúde. A Diretoria elaborou cinco perguntas sobre a Cassi, cujas respostas também vão ajudar os associados a entender como seus candidatos pretendem colocar em prática os temas de campanha. A iniciativa será repetida nas eleições da Previ.

A Diretoria Executiva entende que esta forma de participação nos processos eleitorais gera equidade entre os concorrentes, propicia ao eleitorado condição ímpar de ter esclarecimentos sobre as propostas das chapas, além de permitir aos associados conhecer o nível de preparo dos candidatos e a sintonia entre o

A UNIÃO FAZ A FORÇAReinaldo FujimotoPresidente

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CAPA

PREVI EM DÉFICIT

Até dezembro de 2014, a Reserva Matemática lembrava um copo cheio de água que transbordava. Havia “líquido” suficiente para pagar todas as aposentadorias e um exce-dente significativo representado pela Reserva de Contingên-cia, na época, de R$ 12 bilhões. De acordo com dados da Caixa de Previdência, em função de uma série de fatores, a situação mudou e o copo, que estava cheio, agora precisa ser reabastecido, pois cerca de 8% da Reserva Matemática foi consumida e a Reserva de Contingência foi zerada.

Quando parte da Reserva Matemática é reduzida, como foi o caso, deixa de haver equilíbrio técnico do plano e confi-gura-se situação de déficit .

De acordo com relatório divulgado pela Pre-vi, o Plano de Benefícios 1 apresentou déficit de R$ 16,13 bilhões. As Reservas Matemáticas somaram R$ 135,86 bilhões, mas o Patrimônio de Cobertura (ati-vos) totalizou valor menor, que foi R$ 119,72 bilhões. Para cumprir os ajustes de precificação nos títulos de renda fixa, conforme prevê a legislação, o déficit foi ajus-tado para R$ 13,91 bilhões.

No caso do Plano 1, o limite de tolerância para o déficit é de R$ 11 bilhões, que corresponde a 8,1% da Reserva Matemática. A Resolução CNPC nº 22/2015 prevê que o que ultrapassar o valor estabelecido deve ser equacionado. Sendo assim, o valor de R$ 2,90 bilhões, resultante da diferença entre o déficit apu-rado e o limite calculado pela legislação, deverá ser dividido entre participantes e patrocinadora, após a realização de um plano de equacionamento feito pela Previ, até o fim de 2016. De acordo com a legislação, esse valor pode ser dividido em 18 anos. O Plano de Benefício 1 possui 115.929 participantes e pagou R$ 9,43 bilhões em benefícios em 2015.

A Caixa de Previdência passa por um momento chamado pelos especialistas de déficit conjuntural. As contas da Previ sofreram impacto de variados fatores, em especial da inflação alta e da forte desvalorização de ativos. Entenda como tudo aconteceu e quais são as consequências para os participantes do fundo Por Josiane Borges e Tatiane Lopes

PLANO DE BENEFÍCIOS 1 – APURAÇÃO DO RESULTADO E DO VALOR A SER EQUACIONADO

* Patrimônio de Cobertura é o total de recursos do Plano 1 que foram acumulados até 2015.Fo

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ENTENDA OS CONCEITOS- Reserva Matemática: é o montante de recursos financeiros que a Previ deve ter aplicado nos di-versos ativos para pagar todos os benefícios até o último participante.- Reserva de Contingência: são os recursos que ex-cederem a Reserva Matemática até o limite de 25%.- Reserva Especial: é constituída pelos valores que excederem a Reserva de Contingência.

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PREVI EM DÉFICIT O CENÁRIO MUNDIAL E O BRASIL O déficit da Previ não pode ser visto isoladamen-

te. Diversos fatores causaram impacto nas principais bolsas do mundo, entre eles o baixo crescimento eco-nômico, a queda nos preços das commodities e a de-saceleração na China. No Brasil, a crise econômica também abalou a estabilidade dos fundos de pensão, em especial a Previ. Internamente, enfrentamos um tumultuado cenário político, a desaceleração econô-mica, a pressão inflacionária, a necessidade de ajuste fiscal e a queda da renda.

O resultado negativo está relacionado a todos esses fatores, em especial à inflação alta e à forte desvalori-zação de ativos provocados pela crise econômica. Am-bos geram muitas dificuldades, principalmente para fundos que investem em renda variável, que é o caso

da Previ. De forma geral, a inflação levou os fundos de pensão a não cumprirem a meta atuarial. As oscilações nas ações da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) e dos títulos públicos prefixados também criaram um cenário bem complicado em 2015. Estes papéis cos-tumam perder valor em momentos de alta de juros e, no Plano 1 da Previ, isso causou forte impacto, uma vez que a alocação em renda variável corresponde a 48% do total de ativos, que somam R$ 148 bilhões. O maior ativo da Previ está em ações da Vale, que em 2015, enfrentou queda relevante em seu valor de mer-cado. Além da Vale, a Previ possui ações na Petrobras, no Banco do Brasil, na Neoenergia e na Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL). A Caixa de Previdência também possui muitos ativos investidos na indústria brasileira, que, em 2015, caiu 6,2%.

ENTENDA O DÉFICIT

Para entender o déficit, é necessário compreender como alguns fatores econômicos causam impacto no resultado:

• Alta do INPC – A atualização dos compromissos dos planos é feita com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O crescimen-to desse índice aumenta e, consequentemente, com ele, a correção dos compromissos da Previ. Os últimos níveis alcançados pelo INPC supe-raram todas as previsões e o índice chegou a 11,28% em 2015, a Reserva Matemática saiu de R$ 122,1 bilhões para R$ 135,9 bilhões. A meta atuarial (INPC mais 5%) foi de 16,84%, o que tor-

nou difícil obter rentabilidade superior a esse percentual em 2015.

• Investimentos – Nos últimos anos, os ativos não conseguiram rentabili-zar o necessário para fazer frente ao crescimento dos compromissos. As perdas verificadas foram significati-vas. O resultado da carteira, negativo em R$ 13,47 bilhões, sofreu impacto de cinco dos principais ativos: Vale (- R$ 7,804 bilhões), Banco do Brasil (- R$ 2,670 bilhões), Neoenergia (- R$ 1,223 bilhão), Petrobras (- R$ 1,155 bilhão) e Bradesco (- R$ 581 milhões).

• Inflação e desaceleração da eco-nomia – Em um fundo de pensão, a pressão inflacionária faz com que a meta atuarial aumente, uma vez que ela é atrelada à inflação (INPC mais 5% ao ano). Se a inflação eleva a meta atuarial, aumenta também o volume de recursos necessários para cobrir os compromissos com os associados, ou seja, a inflação obriga os fundos de pensão a reservar mais dinheiro para o pagamento de benefícios em longo prazo.

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META ATUARIAL VERSUS RENTABILIDADE ACUMULADA (PLANO 1) %

2010 2011 2012 2013 2014 2015TAXA REAL DE JUROS 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00INPC 6,47 6,08 6,20 5,56 6,23 11,28RENDA FIXA 13,74 14,14 17,45 8,07 13,08 14,68RENDA VARIÁVEL 10,78 1,87 8,12 6,36 -4,43 -17,20META ATUARIAL 12,23 11,38 11,51 10,84 11,54 16,84RENTABILIDADE ACUMULADA 12,37 7,70 12,62 7,30 2,55 -2,84

Não é a primeira vez que a Caixa de Previdência pas-sa por situação de déficit. Para o presidente da Previ, Gueitiro Genso, a situação enfrentada em outros perío-dos mostra que é possível reagir. “Entre 2001 e 2002, passamos por déficit e voltamos ao equilíbrio. Estamos passando por um déficit conjuntural e não temos pro-blemas de liquidez. Temos uma carteira de renda fixa robusta e não haverá problemas para pagamento de benefícios”, afirmou.

DÉFICITS EM FUNDOS DE PENSÃODe acordo com a Associação Brasileira das Entida-

des Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), pelo segundo ano consecutivo, a soma dos resultados negativos de fundos de pensão que estão no vermelho superou o total de saldos superavitários. No acumula-do em 2015, até novembro, o déficit foi de R$ 64,9 bilhões e o superávit de R$ 13 bilhões.

Segundo balanço da Abrapp, divulgado pelos prin-cipais veículos de comunicação do Brasil, das 307 en-tidades que administram fundos de pensão no país, 108 apresentaram déficit no ano passado, 115 tive-ram superávit e 84, equilíbrio. O desequilíbrio dos fun-dos atinge principalmente o Postalis (Correios), a Pe-tros (Petrobras), a Funcef (Caixa Econômica Federal) e a Previ (Banco do Brasil).

Segundo José Ribeiro Pena Neto, diretor-presidente da Abrapp, o resultado em 2015 deve-se principalmen-te ao crescimento do passivo e ao desempenho da rentabilidade dos investimentos no ano passado. “O resultado não é rombo e não é necessariamente pro-duto de má gestão”. Para Neto, “isso se deveu, em boa parte, ao tratamento realista que seus gestores deram ao passivo”.

O presidente da Abrapp acrescentou que é impor-tante entender que déficits não interrompem o paga-mento dos benefícios e, há dois anos, os fundos de pensão brasileiros exibiam uma solvência de 107%, percentual que registrava o quanto das obrigações do passivo se encontravam, em 2014, cobertas pelos ati-vos. Mesmo confirmando 90% como o percentual de

fechamento de 2015, ainda assim, o presidente da Abrapp afirma que o sistema brasileiro terá permaneci-do em boa companhia no mundo, porque em situação parecida estão o Canadá e a Irlanda. Além disso, as es-tatísticas mundiais mostram que os fundos de pensão brasileiros estão bem à frente dos pension funds dos Estados Unidos e do Reino Unido.

A longo prazo, segundo José Ribeiro, os fundos de pensão permanecem imbatíveis: entre 2008 e 2015, as entidades brasileiras alcançaram rentabilidade acu-mulada real de 28,56%, conquistando o quinto lugar em um ranking de resultados globais, segundo dados retirados de um estudo da Organização para a Coo-peração e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). “Os fundos de pensão brasileiros aparecem muito bem no mundo”, sintetiza o presidente da Abrapp, que explica a razão disso: “A verdade é que, ao longo do tempo, temos gerado resultados bastante acima da exigência atuarial”.

Essa informação vai ao encontro do que foi divulgado pela Previ, que atua com visão de longo prazo. Por isso, apesar da crise ocorrida em 2008 e dos desafios dos úl-timos cinco anos, a rentabilidade do Plano 1, acumula-da desde 2005, supera a meta atuarial com certa folga.

RENTABILIDADE SUPERA O ATUARIAL E O IBOVESPA

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Fonte Previ

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INVESTIMENTOS DA PREVI A Caixa de Previdência tem seus investimentos alo-

cados em renda fixa, renda variável, imóveis, opera-ções com participantes, investimentos estruturados e no exterior. Grande parte dos recursos do Plano 1 estão aplicados em renda variável, que são aqueles investimentos em que o retorno é pouco previsível por estar sujeito a grandes variações no mercado, como no caso das ações de empresas. Então, quando elas vão mal, direta ou indiretamente, a Previ é atingida.

Um exemplo é a Vale, em que, de acordo com a Pre-vi, possui cerca de R$ 30 bilhões em recursos investi-dos pelo Plano 1.

Em 2015, as ações da Vale tiveram forte queda no mercado. Além da oscilação da economia, a empresa sofria com a queda no preço do minério de ferro e, no fim do ano, as ações caíram um pouco mais, em decor-rência do acidente com a barragem da Samarco, em Mariana (MG). Segundo o diretor-executivo de Finan-ças e Relações com Investidores da empresa, Luciano Siani, “a Vale está em fase de recuperação e os partici-pantes da Previ podem ficar tranquilos, pois a empresa tem solidez para se recuperar. O minério, que já esteve valendo US$ 190,00, hoje está em US$ 40,00 (a tone-lada). Então, é difícil gerenciar uma empresa em que sua principal fonte de receita cai 80%”, afirma.

A alocação em renda variável equivale a, aproxima-damente, 48% de todo o ativo do Plano 1. Entretanto, parte significativa desses ativos – aqueles com liquidez mais restrita, pois são vinculados a acordos de acionis-tas, detidos via fundos – é reavaliada, anualmente, a valor econômico. Esse fato preserva tais ativos das va-riações mais intensas do mercado, como as ocorridas nas crises econômicas mundiais recentes.

IMPACTOS E SOLUÇÕES

Desde 2002, a Previ tem vivenciado superávits su-cessivos. Em 2015, o cenário mudou, fato que atingirá todos aqueles que fazem parte do fundo de pensão. Participantes, assistidos e patrocinadora arcarão com o déficit em suas devidas proporções. O Artigo 21 da Lei Complementar nº 109/2001 afirma que “o resul-tado deficitário nos planos ou nas entidades fechadas será equacionado por patrocinadores, participantes e assistidos, na proporção existente entre as suas contri-buições. O equacionamento referido poderá ser feito, entre outras formas, por meio do aumento do valor das contribuições, da instituição de contribuição adicional ou da redução do valor dos benefícios a conceder, ob-servadas as normas estabelecidas pelo órgão regula-dor e fiscalizador”.

Para o equacionamento do déficit, a legislação es-

tende a possibilidade de o fundo de pensão aguardar mais um exercício, a partir da apuração do resultado deficitário. Sendo assim, a Previ tem até dezembro de 2016 para elaborar um Plano de Equacionamento, que, após aprovado pelo Conselho Deliberativo, deverá ser implementado em 60 dias.

Na apresentação do resultado de 2015, a Caixa de Previdência afirmou, ainda, que não há risco de liqui-dez ou solvência para os planos de benefícios da Previ no curto prazo. Os ativos que compõem as carteiras de investimentos são sólidos, sendo compostos por empresas da economia real, de setores produtivos e de vultosos recursos investidos em seus negócios. Do lado do passivo, a Previ garante estar preparada para gerar um fluxo de caixa suficiente para continuar pa-gando os benefícios aos participantes por muitos anos.

ORIGEM DOS RECURSOS PARA PAGAMENTO DE BENEFÍCIOS EM 2015

Fonte Previ

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8 | Mar-Abr/2016 | Jornal AÇÃO

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS NOS ESTADOS Desde o fim de março, a Previ está apresentando o relatório anual de forma presencial em 12 capitais dos estados

que concentram 85% do total de participantes. Veja, no quadro abaixo, as cidades pelas quais a Caixa de Previdência já passou e as que ainda serão visitadas.

UF MUNÍCIPIO/LOCAL DATA DIA DA SEMANA HORÁRIO

RJ Rio de Janeiro – AABB Lagoa 28/3/2016 2ª 9hDF Brasília – CCBB DF 30/3/2016 4ª 9hMG Belo Horizonte – Auditório Gepes 31/3/2016 5ª 9hSP São Paulo – Ed. Birmann 21 1º/4/2016 6ª 9hBA Salvador – Auditório Gepes 6/4/2016 4ª 9hPE Recife – Auditório Superintendência 7/4/2016 5ª 9hCE Fortaleza – Auditório Superintendência 8/4/2016 6ª 9hPR Curitiba – Auditório Gepes 13/4/2016 4ª 9hRS Porto Alegre – Auditório Superintendência 14/4/2016 5ª 9hSC Florianópolis – Centro de Convenções Centro Sul 15/4/2016 6ª 9hPA Belém – Auditório da Gepes 18/4/2016 2ª 9hGO Goiânia – Auditório Superintendência 20/4/2016 4ª 9h

PREVI FUTURO Diferentemente do Plano de Benefícios 1, que é de

benefício definido, o Plano Previ Futuro configura-se como contribuição definida. O Previ Futuro é um pla-no menor composto por participantes cuja grande maioria ainda está na ativa, contabilizando 86.591 indivíduos. Para a apuração do resultado, o cálculo é efetuado apenas sobre uma parte dos recursos, pois são considerados somente as reservas da Parte 1 (que cobre o pagamento dos benefícios de risco, como pensão por morte e aposentadoria por invalidez)

e os benefícios já concedidos da Parte 2 (que corres-ponde às rendas programadas de aposentadoria). O resultado apresentado, levando-se em conta essas duas partes apenas, foi negativo em 2015, no valor de R$ 57,4 milhões. Entretanto, esse resultado foi coberto pelo Fundo de Gestão de Risco, que tinha sal-do de R$ 66,97 milhões. Assim, o plano manteve-se em equilíbrio técnico e não há necessidade de equa-cionamento.

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JORNAL AÇÃO: Quais fatores levaram à situação de déficit da Previ em 2015?GUEITIRO GENSO: Vivemos, em 2015, um contexto que reuniu, do lado do passivo, um aumento subs-tancial dos compromissos da Previ, grande parte em função da elevação da inflação no período, e, do lado dos ativos, um mercado no qual foi muito difícil ren-tabilizar adequadamente os investimentos, devido ao cenário econômico adverso. Após anos de sucessivos superávits, o Plano 1 sofreu com as adversidades econômicas e registrou seu primeiro déficit acumu-lado na última década: R$ 16,1 bilhões. Esse déficit teria sido maior, se não fosse a gestão ativa dos in-vestimentos, praticada há alguns anos pela entidade, por meio de troca de papéis de renda fixa, compra e venda de ações e otimização da carteira de imóveis, entre outras medidas.

JORNAL AÇÃO: Como o senhor prevê o desempenho da Previ em 2016 ?GUEITIRO GENSO: É difícil fazer projeções em um ce-nário de tantas oscilações do mercado, como temos vivenciado desde a crise de 2008, mas esperamos que haja retomada dos ativos, já que estamos posi-cionados em papéis e empresas de boa qualidade, que têm tudo para recuperar seus valores de merca-do e superar as depreciações de avaliação que estão sofrendo. Para se ter ideia dessa volatilidade, a car-teira de renda variável, impactada negativamente em 2015, nos primeiros meses de 2016, foi valorizada em 14,7%. As ações do BB, por exemplo, que, em 2015, foram desvalorizadas em 33,2%, até 10 de março deste ano, já haviam subido 45,9%. Confiamos na gestão responsável e na estratégia de diversificação dos investimentos que praticamos há mais de uma década e que proporcionou sucessivos superávits ao longo dos últimos anos aos associados do Plano 1 da Previ. É natural a economia viver ciclos de altas e baixas rentabilidades. O importante é pensarmos no longo prazo e nos manter focados nas estratégias tra-çadas para voltar a apresentar resultados positivos.

JORNAL AÇÃO: Até que ponto os associados pre-cisam se preocupar com o resultado auferido em 2015?GUEITIRO GENSO: Os impactos serão pequenos, uma

vez que se trata de déficit conjuntural. Os ativos que compõem as carteiras de investimentos da Previ são sólidos, sendo compostos por empresas da economia real, de setores produtivos e de vultosos recursos in-vestidos em seus negócios. Portanto, têm potencial de recuperar, ao longo do tempo, seus valores de mer-cado habituais. Além disso, não temos investimentos em ativos de alto risco ou baixo potencial de retorno. Em outras palavras, estamos sob uma tempestade, mas a suportaremos bem, pois a Previ tem alicerces sólidos e seguros.

JORNAL AÇÃO: Os déficits de 2015 podem resultar na necessidade de contribuição extra dos partici-pantes? GUEITIRO GENSO: Os impactos dos resultados de 2015 para os associados não acontecerão em 2016. Teremos um ano para fazer o Plano de Equaciona-mento e, caso o mercado de renda variável melhore, como ocorreu nos primeiros dias de março, podere-mos nem precisar implementar o plano em 2017, o que demonstra tratar-se de um déficit conjuntural. Por fim, ressaltamos que a Previ adota como princípio a total transparência com seus participantes e com a sociedade e vem intensificando a comunicação com os participantes, por meio de matérias em nossos veículos institucionais, da divulgação constante dos resultados parciais (Painel Informativo, atualizado tri-mestralmente no site www.previ.com.br/painel), dos encontros presenciais com associados e entidades de representação e da gravação de vídeos com re-presentantes das empresas parceiras para esclareci-mentos aos participantes (os vídeos da Vale e da BRF já estão publicados no site), entre outras iniciativas.

ENTREVISTA EXCLUSIVA COM O PRESIDENTE DA PREVI, GUEITIRO GENSO

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10 | Mar-Abr/2016 | Jornal AÇÃO

Um dos principais serviços da ANABB completa dois anos em 2016. Com cerca de 8,3 mil atendimentos re-alizados desde a criação, o Serviço de Orientação Jurí-dica da ANABB já proporcionou benefício financeiro aos associados na ordem de mais de R$ 7 milhões. Tem-se em conta o custo de cada consulta verbal pela tabela mínima da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do estado do Rio de Janeiro, cujo valor é de R$ 926,60.

O serviço oferecido pela ANABB proporciona aos as-sociados benefícios significativos e direcionados para questões particulares. Em 2014, foram realizados 3.147 atendimentos pela equipe de advogados. Já em 2015, a Orientação Jurídica promoveu mais de 4.386 atendimentos, representando uma significativa eleva-ção de quase 40% nas consultas jurídicas. Em janeiro e fevereiro de 2016, foram realizados 734 atendimen-tos pelos advogados.

De acordo com Hugo Jerke, coordenador do servi-ço, a consulta aos advogados especialistas tem sido fundamental para solucionar conflitos do cotidiano, especialmente no tocante à Previdência oficial (INSS) e à Previ. “Sem dúvida, o benefício da Orientação Jurí-dica da ANABB promove bem-estar aos associados, ao permitir uma consulta rápida, imediata e gratuita com uma equipe de advogados especialistas em diferentes áreas do Direito, com ênfase em questões relativas aos funcionários do BB. A satisfação dos associados é nosso combustível. A cada consulta realizada, senti-mos que nossa atuação contribui sobremaneira para melhorar a vida dos associados”, afirma Jerke.

TEMAS MAIS BUSCADOSPor meio do serviço de Orientação Jurídica, os as-

sociados podem tirar dúvidas e obter esclarecimentos sobre diversos temas do Direito. Entre os assuntos mais questionados estão aposentadoria e a desapo-sentação. A desaposentação é a possibilidade jurídica de o aposentado rever seu benefício do INSS para que sejam consideradas as novas contribuições previden-ciárias realizadas após a aposentadoria.

Para o advogado Hugo Jerke, a desaposentação nada mais é do que a correção de grave injustiça pra-ticada contra o aposentado. “Após a concessão do benefício pelo INSS, o aposentado continuava a exer-cer sua atividade profissional e, portanto, a contribuir para a Previdência oficial sem qualquer vantagem. No direito previdenciário, não se admitem duas aposen-tadorias oficiais. Por isso, até 1994, os trabalhadores já aposentados que seguiam em atividade recebiam suas contribuições de volta quando retornavam à ina-tividade, com juros e correção monetária e com nome de pecúlio. Com a extinção deste direito, constituiu grave lesão a obrigação de contribuição sem qual-quer contraprestação por parte da autarquia federal (INSS)”, afirma.

O Supremo Tribunal Federal (STF) está apreciando o tema. Atualmente, o julgamento está empatado, com dois votos a favor e dois contra, havendo expectativa pelo reconhecimento da possibilidade de desaposen-tação. Se aprovada, a desaposentação poderá bene-ficiar milhares de aposentados. Enquanto não há uma

ORIENTAÇÃO JURÍDICA

Atendimento jurídico, oferecido gratuitamente a todos os associados da ANABB, aumenta 40% e gera mais de R$ 7 milhões de benefício financeiro aos associados Por Josiane Borges

SERVIÇO GRATUITO TEM GRANDES RESULTADOS

10 | Mar-Abr/2016 | Jornal AÇÃO

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decisão, muitos aposentados buscam na Justiça a pre-servação de seu direito, ajuizando ação normalmente contra o INSS.

A desaposentação é aconselhada para aqueles tra-balhadores que não recebem benefício previdenciário oficial no teto (atualmente, o valor do teto do INSS é de R$ 5.189,82) e que, após a aposentadoria, continuaram recolhendo contribuições previdenciárias. É importante ressaltar que, mesmo os sócios de empresas, que rece-bem pró-labore, recolhem contribuições previdenciárias e, com isso, podem pedir a desaposentação.

NOVAS REGRAS DA APOSENTADORIA VERSUS DESAPOSENTAÇÃO

Segundo Hugo Jerke, a nova regra da Previdência irá estimular a desaposentação, pois, em muitos casos, o aposentado que sofreu os efeitos do fator previdenci-ário em seu benefício de aposentadoria oficial poderá postular com as novas regras uma aposentadoria mais vantajosa. “Se uma mulher tem 55 anos de idade e 30 anos de contribuição, ela pode se aposentar porque a soma dos dois dá 85 (55 + 30). Um homem de 58 anos de idade e 37 anos de contribuição pode se apo-sentar (58 + 37 = 95)”, ressalta o advogado.

O principal benefício da mudança do fator previden-ciário é justamente para esta pessoa que começou a trabalhar mais cedo e que, portanto, alcança o tempo

de contribuição antes da idade mínima para aposenta-doria. A nova regra dos 85/95 para a aposentadoria ofi-cial, criada pela Medida Provisória (MP) nº 676/2015, altera a fórmula e passa a variar progressivamente de acordo com a expectativa de vida da população bra-sileira. A regra dos 85/95 tem vigência até 31 de de-zembro de 2018. Depois, vai aumentando até 2022, quando será 90/100.

ORIENTAÇÃO JURÍDICA DA ANABB ESCLARECE DÚVIDAS SOBRE O IR

Os associados que ainda não entregaram a declaração do Imposto de Renda 2016 e têm dúvidas sobre o pre-enchimento do documento podem procurar o serviço de Orientação Jurídica para sanar dificuldades até o dia 29 de abril. Esclarecimentos de como declarar dependen-tes, aposentadoria, bens e direitos, ações trabalhistas, processos judiciais e outras dúvidas podem ser sanadas com os advogados especialistas em direito tributário. Os profissionais também poderão auxiliar na avaliação so-bre a possibilidade de se requerer a isenção do Imposto de Renda, em decorrência de doença grave. O associa-do pode ligar gratuitamente para 0800 023 1542, en-trar em contato pelo telefone (21) 3883 5650 ou enviar e-mail para [email protected]. O atendimento é feito de segunda a sexta, de 14h a 18h.

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12 | Mar-Abr/2016 | Jornal AÇÃO

CONSELHO FISCAL DEFINE DIRETRIZESOs conselheiros fiscais eleitos para a gestão 2016-2020 da ANABB realizaram, em 29/2 e 1/3, a primeira reunião com a nova com-

posição. Williams Francisco da Silva, Anaya Martins de Carvalho, Vera Lúcia de Melo, João Antonio Maia Filho (suplente), Maria Lizete da Silveira (suplente) e Verdi Barros Bezerra (suplente) estiveram na sede da Associação, em Brasília, e aproveitaram para conhecer o trabalho de todos os setores da entidade.

Os membros do Conselho Fiscal reuniram-se com a Diretoria Executiva para conhecer mais sobre a entidade, visto que três dos seis conselheiros assumiram o cargo em primeiro mandato. Eles analisaram o funcionamento das áreas, as atribuições, as responsabili-dades e o trabalho desenvolvido em cada Vice-Presidência. Além disso, os conselheiros definiram as diretrizes e as formas de atuação para os próximos quatro anos, seguindo os normativos da ANABB.

Na posse do Conselho Fiscal, que aconteceu em 15 de janeiro, Williams Francisco da Silva assumiu como presidente e Anaya Mar-tins de Carvalho como secretária.

O Estatuto da ANABB, no Artigo 28, estabelece as funções do Conselho Fiscal como órgão fiscalizador da entidade, cabendo-lhe: • Determinar a contratação de auditoria independente para verificar a exatidão dos registros contábeis e econômico-financeiros

da ANABB.• Emitir parecer sobre balancetes mensais, relatórios financeiros, balanços e demonstrações respectivas, encaminhando-os ao

Conselho Deliberativo, sugerindo, se for o caso, medidas saneadoras em benefício da organização e do desenvolvimento das finanças sociais.

• Requerer ao presidente do Conselho Deliberativo que convoque reunião do Conselho Deliberativo para exame e deliberação, sempre que ocorrerem motivos graves ou urgentes assim previamente definidos e pontualmente identificados por decisão tomada em reunião do Conselho Fiscal.

• Solicitar à Diretoria Executiva, a pedido de qualquer de seus membros titulares, esclarecimentos ou informações, desde que relativos à sua função fiscalizadora.

CONVERSA DE BASTIDOR

ELEIÇÕES CASSIA Diretoria Executiva da ANABB quer, mais

uma vez, contribuir para que os processos elei-torais da Cassi e da Previ sejam democráticos, transparentes e equitativos. Por isso, com a devida anuência do Conselho Deliberativo da entidade, produziu o jornal Ação Especial Elei-ções Cassi como forma de ajudar os associa-dos na escolha dos futuros representantes da Caixa de Assistência. Este jornal possui conteú-do das três chapas que concorrem ao processo eleitoral da Cassi. A iniciativa se repetirá nas eleições da Previ.

CASSI EM DEBATEMais uma rodada de negociação sobre a Cassi entre

o Banco do Brasil e as entidades de representação dos funcionários e aposentados aconteceu no início de março em Brasília. As entidades cobraram informações quanto ao andamento dos projetos de ações estruturantes e tam-bém das propostas para solucionar temporariamente os problemas de caixa e fluxo financeiro. Estas propostas se-riam um paliativo, enquanto a negociação prossegue com o objetivo de formatar uma solução global a ser discuti-da pelas entidades antes de ser levada ao corpo social para consulta. O Banco informou que houve avanço no andamento dos projetos estruturantes, com prospecção e apresentação de projetos às empresas, e que já estaria em fase de pré-licitação para a contratação. Quanto às propostas emergenciais para reforço de caixa, o Banco declarou que elaborou estudos técnicos e está avaliando a possibilidade de fazer a antecipação da parte patronal do 13º salário de novembro. De acordo com os normati-vos, é necessária a tramitação nas instâncias de gover-nança do BB e da Cassi. O Banco também informou que outras propostas continuam sendo debatidas no âmbito da Cassi e que, assim que aprovadas, serão divulgadas às entidades e aos associados.

Membros do Conselho Fiscal da ANABB

Representantes de entidades em reunião sobre a Cassi

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Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2016 | 13

ENCONTRO NACIONAL DOS OBSERVATÓRIOS SOCIAIS Nos dias 10, 11 e 12 de março, foi realizada, em Curitiba (PR),

a sétima edição do Encontro Nacional dos Observatórios Sociais (Enos). O evento reuniu mais de 60 Observatórios Sociais de 11 estados brasileiros. A ANABB participou da abertura do evento, representada pelo vice-presidente de Comunicação, Douglas Scortegagna. A abertura do Enos teve a palestra do jornalista William Waack e do juiz federal Sérgio Moro. Participaram, ainda, do evento o empresário Jorge Gerdau e o administrador Paulo Stark. Os principais temas debatidos foram economia, competi-tividade e corrupção. Também foram realizadas as assembleias de prestação de contas de 2015 e foi eleita a nova diretoria da gestão 2016-2018.

ELEIÇÕES PREVI 2016Além das Eleições Cassi, cujas informações estão detalhadas em jornal especial anexo ao Ação nº 237, as Eleições Previ estão

para acontecer. Para este pleito, foram inscritas cinco chapas. A votação vai de 13 a 27 de maio. O resultado será divulgado no próprio dia 27 de maio. Confira as chapas inscritas, em ordem alfabética:

AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIAConselho Deliberativo Titular: Douglas José Scortegagna Suplente: Celson José Matte Titular: José Branisso Suplente: João BotelhoConselho Fiscal Titular: Ítalo Lazzarotto Júnior Suplente: Claudio Eduardo Cardoso MarraDiretor de Seguridade Sergio Ricardo Freitas de SouzaConselho Consultivo do Plano de Benefícios 1 Titular: Antonio Paulo Ruzzi Pedroso Suplente: Maria do Rosário de Fátima Ferreira DurãesConselho Consultivo do Plano de Benefícios Previ Futuro Titular: Rosinéia Diana Balbino Suplente: Ana Carolina Finóchio da Veiga

HORA DA MUDANÇA NA PREVIConselho Deliberativo Titular: Manoel Pereira de Lima Júnior Suplente: Osmar Antonio Chagas Fernandes Titular: Marcos Antonio Rampazo Morales Suplente: Jesus Nonoai da Silveira CezarConselho Fiscal Titular: Clemiton Alcantara de Araújo Suplente: Nayra de Cassia LacerdaDiretor de SeguridadeAmir Gonçalves dos SantosConselho Consultivo do Plano de Benefícios 1 Titular: Martha Helena Dile de M. e Albuquerque de Morais Braga Suplente: Lilia Maria Freire BarbosaConselho Consultivo do Plano de Benefícios Previ Futuro Titular: Marcio Fumero Fulanetti Hernandez Suplente: Eduardo Salgado de Magalhães

PREVI COMPROMISSO COM ASSOCIADOSConselho Deliberativo Titular: Wagner de Sousa Nascimento Suplente: Rafael Zanon Guerra de Araújo Titular: Carlos Alberto Guimarães de Sousa Suplente: Odali Dias CardosoConselho Fiscal Titular: Rosalina do Socorro Ferreira Amorim Suplente: Fábio Santana Santos Ledo

Diretor de Seguridade Marcel Juviniano BarrosConselho Consultivo do Plano de Benefícios 1 Titular: José Ulisses de Oliveira Suplente: Rita de Cássia de Oliveira MotaConselho Consultivo do Plano de Benefícios Previ Futuro Titular: Deborah Negrão de Campos Suplente: Tânia Dalmau Leyva

PREVI PLURAL E INDEPENDENTEConselho Deliberativo Titular: Humberto Fernandes de Oliveira Suplente: Gilberto Antonio Vieira Titular: Maria das Graças Conceição Machado Costa Suplente: Lissane Pereira HolandaConselho Fiscal Titular: Luciano Silva Reis Suplente: Diórgenes Sebastião RosyDiretor de Seguridade William José Alves BentoConselho Consultivo do Plano de Benefícios 1 Titular: José Rodrigues Pereira Suplente: Irmar de Castro FonsecaConselho Consultivo do Plano de Benefícios Previ Futuro Titular: Vera Neves Mafra Suplente: Adriana Lagares de Souza Cortes

SEMENTE DA UNIÃO NA PREVIConselho Deliberativo Titular: Ebenezer Walter Araújo do Nascimento Suplente: Arnaldo Jose Vollet Titular: Arnaldo Fernandes de Menezes Suplente: Antonio Roberto AndrettaConselho Fiscal Titular: Maria Lizete da Silveira Suplente: Rildo e SilvaDiretor de Seguridade Sergio FaracoConselho Consultivo do Plano de Benefícios 1 Titular: Daisy de Freitas Saccomandi Suplente: Santina SbardellaConselho Consultivo do Plano de Benefícios Previ Futuro Titular: Karen Josete da Silveira Von Mühlen Suplente: Thiago Pereira Almeida

O Vice-presidente de Comunicação da ANABB, Douglas Scortegagna, com representantes de Observatórios Sociais

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Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2016 | 15

Por Godofredo Couto

Falta muito pouco para a ANABB entrar com a ação coletiva que visa corrigir, de forma justa, os índices econômicos aplicados às contas vinculadas ao FGTS desde 1999. Não fique de fora. É muito importante você conhecer os detalhes da ação para participar sem dúvidas e com boa expectativa de vitória.

AÇÃO COLETIVA DE FGTS: PARTICIPE ATÉ ABRIL

AÇÃO FGTS

O QUE É A AÇÃO?O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) perdeu valor durante os últimos 16 anos.

Isso porque a Caixa Econômica Federal (CEF) utiliza a Taxa Referencial para atualizar os valores do FGTS, mas essa taxa não tem refletido nem mesmo a inflação desde janeiro de 1999. Entre setembro de 2012 e julho de 2013, a taxa foi zerada. Com isso, o prejuízo aos trabalhadores foi muito grande. Apesar de não ser possível dar garantias de vitória, como em qualquer ação judi-cial, as expectativas de êxito são boas, pois a tese jurídica tem muito fundamento.

QUEM PODE PARTICIPAR?Se você é associado da ANABB e teve saldos no FGTS a partir de 1999 e está em dia com as

mensalidades da Associação, pode participar da ação coletiva. Pensionistas e herdeiros do sócio que tenha sido titular de conta vinculada ao FGTS também podem participar, caso sejam sócios da ANABB. Os associados podem ampliar o benefício para parentes em até quarto grau de paren-tesco, desde que se tornem associados.

COMO TIRAR O EXTRATO DO FGTS?Para obter o extrato analítico do Fundo de Garantia e saber quanto foi aplicado em sua conta,

siga os seguintes passos:• Tenha em mãos a identidade, o CPF e o número do PIS.• Ligue para 0800 726 0207 e escolha a opção 3 (FGTS).• Solicite ao atendente que gere o extrato completo (analítico) de seu FGTS. • Aguarde o prazo de 5 dias e dirija-se a qualquer agência da CEF. Seu extrato já estará

pronto para impressão.• Os extratos também podem ser impressos no site www.caixa.gov.br/fgts.

QUAIS OS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA PARTICIPAR DA AÇÃO?Os documentos necessários para aderir à ação são os seguintes:• Autorização (Ação Judicial Coletiva de FGTS TR).• Procuração.• Contrato de Prestação de Serviços Advocatícios.• Autorização de Débito e Ciência.• Cópia dos documentos pessoais.Você pode fazer download do kit para a ação coletiva pelo site da ANABB (www.anabb.org.br).

Acesse a aba “Ações Judiciais” e, em seguida, o link “Ações Coletivas”.

ATÉ QUANDO POSSO PARTICIPAR?Fique ligado! A ANABB fixou o prazo de até 29 de abril para receber a documentação dos asso-

ciados que queiram participar da ação.

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16 | Mar-Abr/2016 | Jornal AÇÃO

OPINIÃO

www.anabb.org.br | @anabbevoce | [email protected] | facebook.com/anabbevoce

Pude perceber quantos colegas foram beneficiados com ganho de ações judiciais, cujos valores já ultra-passam bilhões, sem mencionar aqueles que ainda aguardam seu direito ser concretizado pelo Judiciá-rio. O Plano OdontoANABB, oferecido gratuitamente a todo associado, em 8 anos de existência, já prestou 600 mil atendimentos.

Dentro da nova missão que me foi concedida, iniciei os trabalhos para aprimorar os produtos e os serviços já existentes, além de buscar novas oportunidades de tornar a ANABB uma Associação ainda mais presente na vida de seus associados.

Neste primeiro semestre de 2016, ajuizaremos a ação de FGTS correção pelo INPC/IPCA x TR, que tem por fim repor as perdas sofridas nas contas de FGTS pela aplicação da TR. Considerando a abrangência e a impor-tância da ação, certamente fortaleceremos o quadro de sócios, pois buscamos a reparação do patrimônio dos associados da ANABB e também de seus familiares.

Nessa linha, aprovamos um procedimento para análise mais rápida e eficaz das teses de novas ações trazidas à ANABB, mantendo-a atuante na busca e na defesa de direitos dos sócios.

Tenho voltado minha atenção também aos demais produtos, como os seguros, o atendimento jurídico e os convênios. Estamos iniciando um trabalho de ma-peamento dos convênios, a fim de atualizá-los e dar maior divulgação a um atrativo tão importante, que oferece descontos em estabelecimentos comerciais.

Minha preocupação, em sintonia com toda a ANA-BB, está direcionada para a redução de custos ope-racionais e contratuais. Por esse motivo, venho ava-liando e propondo ações para minimizá-los frente ao quadro econômico-financeiro desfavorável que o país está passando, bem como para fazer valer cada cen-tavo pago pelo associado e revertê-lo em seu proveito.

Ao tomar posse em 15 de janeiro de 2016, assumi o compromisso de conduzir minha gestão com o fim único de defender os legítimos interesses dos asso-ciados para que tenham ainda mais orgulho da ANA-BB. Tenho consciência de que a jornada é longa. Há muito o que fazer, mas, com apoio dos meus pares e da qualificada e comprometida equipe de funcioná-rios, já começamos a dar os primeiros passos.

No dia de minha posse e de outros colegas no BB, lembro que nos foi disponibilizada a documentação para assinatura. Junto com a papelada contratual de praxe, assinamos, na ocasião, as propostas de adesão à Previ, à Cassi e à AABB. Naquela data, passamos a fazer parte não só da empresa Banco do Brasil, mas também de um universo maior, de um conjunto de entidades que, como o Banco, te-riam importância ímpar para nós e nossas famílias para o resto de nossas vidas.

Com o passar do tempo, fomos conhecendo e sen-do acolhidos por outras entidades, como a AAFBB, as AFABBs/FAABB, a Fenabb, a ANABB e a Cooperforte.

Sempre admirei a capacidade associativista e cooperativista dos funcionários do Banco. Foram nossos colegas de outrora que, em 1904, ideali-zaram e transformaram a Previ no maior fundo de pensão da América Latina, que vai completar 112 anos e nunca atrasou um dia sequer o pagamento de benefícios contratados. Nossas AABBs mais an-tigas, Belém e Rio de Janeiro, fundadas em 1928, comemoram, em 2016, 88 anos de vida e, com ou-tras 1.200 AABBs, contribuem para a qualidade de vida de seus associados. A Cassi, que completou 72 anos de existência, é um dos nossos maiores orgu-lhos e um dos fatores mais importantes de atrativi-dade da empresa BB para seus funcionários. A Coo-perforte, fundada por 33 colegas em um momento de crise, tornou-se a maior cooperativa de crédito do país, modelo para todo o sistema.

Em 1986, diante de um cenário complexo, com risco de esvaziamento e privatização do Banco, nas-ce a ANABB, a nova entidade nacional que reuniu, ra-pidamente, em torno de si, milhares de colegas com o objetivo de liderar um movimento de proteção do BB, com apoio da sociedade civil. E, assim, a ANABB vem procedendo em seus 30 anos de história.

Há pouco mais de dois meses na Vice-Presidên-cia de Relações Funcionais da ANABB (VIREF), ve-nho descobrindo a grandeza desta instituição e me surpreendendo com ela. Tive o privilégio de assumir a área de maior contato com os associados, razão de ser da entidade, em que cuidamos do atendi-mento e dos benefícios a eles oferecidos.

Haroldo VieiraVice-presidente de Relações [email protected]

A FORÇA DO ASSOCIATIVISMO

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