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Ação Maio2007 | 1

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CARTAS

VITÓRIA NA JUSTIÇAAgradeço o recebimento de minha ação de IR - venda de férias, licenças-prêmio e abonos, que veio suprir uma necessi-dade urgente. Parabenizo a ANABB por mais uma conquista para os funcioná-rios e ex-funcionários, que dedicam ou dedicaram sua vida em prol do Banco do Brasil e que, na maioria da vezes, não tiveram o reconhecimento pecuniário à altura de seus esforços. Que Deus con-tinue abençoando todos vocês, dando-lhes sabedoria e discernimento para brigarem cada vez mais por nossos di-reitos.Paulo César Barreto TavaresCachoeiro do Itapemirim – ES

Com especial regozijo, recebi o cheque referente ao Empréstimo Compulsório sobre Combustíveis. A eficiência da ANABB é motivo de especial satisfação. O êxito obtido na ação judicial compro-va a sua dedicação e saudável insis-tência. O governo impôs o Empréstimo Compulsório, e o indivíduo foi coagido a emprestar sem analisar a idoneidade de quem leva o seu “sofrido” dinheiro. Todo devedor zela pelo seu crédito, mas foi preciso acionar a Justiça para que o “devedor exemplar” saldasse seu compromisso. Muito obrigado a todos da ANABB. Creiam, foi uma vitória de especial sabor.Érico Bonifácio LunkesCamapuã - MS

OS DOIS BANCOS DO BRASILDepois de 11.140 dias (30 anos e meio) trabalhados no Banco do Brasil, vejo um companheiro de Banco falar com muita propriedade o que eu sempre quis falar e nunca tive coragem, por não saber expressar tão bem quanto o colega William. Parabéns, senhor William José Alves Bento, pela corajo-sa matéria (Opinião, página 24, jornal Ação 190).Paulo Roberto FigueiredoBelo Horizonte - MG

AUMENTO ABUSIVOFuncionária do BB há quase 20 anos, formada em dois cursos universitários e várias certificações. Meu salário paga: impostos, moradia, escola, livros, rou-pas, alimentos, transporte. Há mais de 15 anos sou comissionada de gerência média e, por quase 10 anos, tive o salário congelado. O salário mínimo no Brasil é de R$ 380. Os 30% de reajuste dos par-lamentares, a verba indenizatória e os auxílios diversos serão aprovados sob o nosso silêncio? Não seremos os respon-sáveis por isso? Não estaremos abrindo mão de nossos direitos constitucionais? Sobrará recurso para o governo investir em saúde, educação, segurança, paga-mento de benefícios sem a necessidade de elevar os impostos?Ana Luiza Costa Rego MathiasRio de Janeiro - RJ

Ação

ANABB - SCRS 507, bl. A, lj. 15 CEP: 70351-510 Brasília/DFAtendimento ao associado: (61) 3442.9696 Geral: (61) 3442.9600Site: www.anabb.org.br E-mail: [email protected] Redação: Ana Cristina Padilha, Mariana Jungmann e Priscila Mendes Arte anúncios: Alisson SakamotoE-mail: [email protected]ção e Editoração: Optare Comunicação Editor e jornalista resp.: Pierre Triboli Revisão: Moema Muniz Perio dicidade: mensal Tiragem:105 mil Capa: Divulgação Impressão: Gráfica Positiva Fotolito: Colorpress

DIRETORIA-EXECUTIVA

CONSELHO DELIBERATIVO

VALMIR CAMILOPresidente

WILLIAM JOSÉ ALVES BENTODiretor Administrativo e Financeiro

DENISE LOPES VIANNADiretora de Comunicação e Desenvolvimento

GRAÇA MACHADODiretora de Relações Funcionais, Aposentadoria e Previdência EMÍLIO S. RIBAS RODRIGUESDiretor de Relações Externas e Parlamentares

ANTONIO GONÇALVES (Presidente)Ana Lúcia LandinAntilhon Saraiva dos SantosAugusto Silveira de CarvalhoCecília Mendes Garcez SiqueiraCláudio José ZuccoDouglas José ScortegagnaÉlcio da Motta Silveira BuenoGenildo Ferreira ReisInácio da Silva MafraIsa Musa de NoronhaJosé Antônio Diniz de OliveiraJosé Bernardo de Medeiros NetoJosé BranissoJosé Sampaio de Lacerda JúniorLuiz Antonio CareliMércia Maria Nascimento PimentelNilton Brunelli de AzevedoRomildo Gouveia PintoTereza Cristina Godoy Moreira SantosVitor Paulo Camargo Gonçalves

CONSELHO FISCAL

Humberto Eudes Vieira Diniz (Presidente)Armando César Ferreira dos SantosSaul Mário MatteiAntônia Lopes dos SantosDorilene Moreira da CostaElaine Michel

DIRETORES ESTADUAIS

Paulo Crivano de Moraes (AC)Ivan Pita de Araújo (AL)Marlene Carvalho (AM)Franz Milhomem de Siqueira (AP)Olivan de Souza Faustino (BA)Francisco Henrique Ellery (CE)Elias Kury (DF)Pedro Vilaça Neto(ES)Saulo Sartre Ubaldino (GO)Joel Duarte de Oliveira (MA)Francisco Alves e Silva - Xixico (MG)Edson Trombine Leite (MS)José Humberto Paes Carvalho (MT)José Marcos de Lima Araújo (PA)Maria Aurinete Alves de Oliveira (PB)Carolina Maria de Godoy Matos (PE)Benedito Dias Simeão da Silva (PI)Moacir Finardi(PR)Antonio Paulo Ruzzi Pedroso (RJ)Heriberto Gadê de Vasconcelos (RN)Valdenice de Souza Nunes Fernandes (RO)Robert Dagon da Silva (RR)Edmundo Velho Brandão (RS)Carlos Francisco Pamplona (SC)Emanuel Messias B. Moura Júnior (SE)Walcinyr Bragatto (SP)Saulo Antônio de Matos (TO)

Este espaço destina-se à opinião dos leitores. Por questão de espaço e estilo, as cartas podem ser resumidas e editadas. Serão publicadas apenas correspondências assinadas e que sejam selecionadas pelo Conselho Edi-torial da ANABB. As cartas que se referem a outras entidades, como Cassi e Previ, serão a elas encaminhadas. Se você quer enviar comentários, sugestões e reclamações envie um e-mail para [email protected] ou uma carta para o endereço SCRS 507, Bl. A, Lj.15 CEP: 70351-510 Brasília/DF

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jornal

A prorrogação da licença-maternidade, dos atuais quatro para seis meses, está sendo discuti-da pelos parlamentares. Os associados da ANABB se manifestaram sobre o assunto, por meio de enquete publicada no site da entidade, entre os dias 29 de março e 9 de abril. A pesquisa contou com a participação de 577 internautas.

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EDITORIAL

O Jornal Ação está de cara nova. A idéia é torná-lo mais interes-sante e de fácil leitura. A partir desta edição, você vai encontrar um visual diferente, com mais fo-tos e ilustrações entre os textos. Esperamos aproximá-lo cada vez mais dos personagens de nossas reportagens. Quem sabe, em algumas

de nossas páginas, você não vai identificar um amigo do Banco do Brasil que não via há algum tempo? Com certeza, você se identificará com pessoas que estão vivendo uma situação similar à sua. E poderá ter respostas para muitas dúvidas sobre as questões relativas ao Banco.

Os temas abordados no Jornal Ação também foram ampliados. Resolvemos trazer para você, associado, além das questões institucionais, assuntos relacionados ao dia-a-dia, como saúde e comportamento. Para começar com chave de ouro, nada melhor que uma reportagem de capa inteirinha dedicada às mães. Afinal, este é o mês delas! Na matéria “As diversas fases da maternidade”, de Mariana Jungmann e Ana Cristina Padilha, você vai ler depoimentos de mães em diversas fases da vida e conhecer a opinião de psicólogos e obstetras renomados, como Içami Tiba e Malcolm Montgomery. E a leitura não é só para as mães. Trata-se de uma boa oportunidade para os maridos e filhos descobrirem um pouco mais sobre o universo feminino e seus sentimentos.

Nesta edição, também foram consultadas autoridades como o advogado Maurício Corrêa, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, e o vice-presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Vladimir Rossi. Eles falam sobre o pagamento de honorários advocatícios

em ações do FGTS, na reportagem “Morosidade na Justiça prejudica associados”, de Priscila Mendes, publicada na página 9.

A coluna Parabólica é outra novidade do jornal. Ela é composta de notas rápidas sobre o BB e seus bastidores, além dos fatos que foram destaque na mídia em diversos assuntos. A coluna é fruto do esforço de jornalistas e cola-boradores do Jornal.

Neste mês, também está disponível o balanço das contas da ANABB, para que você fique por dentro de como seu dinheiro é empregado. Junto com o Ação, segue o encarte “ANABB Especial” em novo formato, que pode ser destacado do jornal. Ele traz as principais informações sobre Cassi e Previ.

Em relação à Caixa de Previdência, não deixe de ler o perfil do coordenador do Conselho Consultivo da Previ Futuro, Humberto Fernandes de Oliveira, na página 8 do Ação. E quem se interessa por investimentos pode consultar as reportagens “Cooperativa ganha espaço”, que traz uma entrevista com o presidente da Cooperforte, José Valdir Ribeiro dos Reis; e “Um Investimento Rentável”, que trata do Clube de Investimentos dos Funcionários do Banco do Brasil (CIN). O objetivo do CIN é indicar um representante do funcionalismo para ocupar uma cadeira no Conselho de Administração do Banco. Ainda no jornal, há informações sobre a posse dos novos delegados e membros dirigentes da COOP-ANABB.

Confira as mudanças do Ação e se informe sobre os assuntos de seu interesse no Banco e fora dele! Queremos também a sua opinião. Envie um e-mail para [email protected] com críticas, comentários e sugestões. Esperamos que você goste!

Um abraço,

Denise Lopes ViannaDiretora de Comunicaçãoe Desenvolvimento

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CAPA

Havia um mês que a dentista Luciana Freitas tinha se mudado, de Aracaju para Brasília, quando descobriu que estava grá-vida da primeira filha, Manoela. O marido, funcionário do Banco do Brasil, pedira trans-ferência para fazer um MBA em marketing. Por causa da gravidez e da mudança, Lu-ciana parou de trabalhar. “Eu me sentia cul-pada por todo o tempo investido em mim, todo o tempo de faculdade em Aracaju, tantos planos... De repente, parar para ser mãe. Foi complicado, porque a gente fica numa sensibilidade, uma vontade de chorar. Em compensação, quando eu sentia mexer dentro de mim aquele bebê, dava aquele conforto. Pensei: daqui a pouco, vou estar vendo a carinha, vou estar junto dela.”

O depoimento de Luciana exemplifica o imenso universo sentimental materno. Ao mesmo tempo em que se espera uma nova vida, deixa-se outra para trás. E as fa-ses mudam à medida que os filhos vão crescendo. “A gravidez funciona para nós, simbolicamente, como espe-rança de futuro. Abre novas possibilidades, como a rela-

ção amorosa por um ser que vai chegar. E a relação amorosa não é fácil de se levar para frente, pois o amor é muito contraditório”, explica o ginecologista e obstetra Malcolm Montgomery, autor do livro A mulher e seus hormônios... Enfim em paz.

O sentimento de culpa, relatado por Lu-ciana, é apenas um, entre tantos que inva-dem as mulheres quando elas descobrem que estão esperando um filho. Responsabi-lidade, insegurança, sensibilidade excessiva, medo. Além disso, uma bomba de hormônios muda tudo no corpo. Segundo Montgomery,

durante a gestação, a mulher passa, geral-mente por três sintomas: ambivalência, re-gressão emocional e crise de identidade. Ela sofre com a contradição entre a felicidade de dar vida a uma criança e uma forte crise de identidade. Essa crise é corporal, por causa das mudanças físicas bruscas; psicológica, em razão da responsabilidade que ela não

Gestação, filhos pequenos, adolescentes ou adultos. As expectativas e preocupações das mães vão se modificando à medida que os filhos crescem.

AS DIVERSAS FASES DA

MATERNIDADEpor Mariana Jungmann e Ana Cristina Padilha

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Luciana Freitas com a filha Manuela. À época, grávida de Maria Eduarda.

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anos depois do nascimento de Manoe-la, Luciana Freitas engravidou de Maria Eduarda, agora com dez meses. Segundo ela, a sensibilidade e a dificuldade de lidar com os sentimentos vieram com a mesma força novamente. Diante do quadro, Luciana reconhece que o marido ficou mais compre-ensivo. “Quando eu chorava, ele sabia que, às vezes, não era nada, era só vontade de chorar - e tinha paciência”, conta.

OS PRIMEIROS PASSOSLuciana já voltou a trabalhar e não se

sente culpada por deixar a filha pequena em casa com a babá. O mesmo aconteceu quan-

do Manoela era bebê e ela precisou voltar ao mercado profissional. “Com dez

meses, ela foi para a escolinha porque eu precisava ir atrás de

trabalho”, diz a dentista. Lu-ciana lembra que, enquanto os filhos estão na escola, a mãe tem um momento de liberdade. “Eu me sentia absolutamente tranqüi-la porque sabia que a Manu estaria segura e eu poderia cuidar dos meus problemas.”

O sentimento de tranqüilidade de Luciana foi o mes-mo que Denise Clemente sentiu

quando teve de levar a filha Ana Bár-

bara, 5, para o colégio, pela primeira vez. En-tretanto, antes dessa fase, Denise, que tam-

bém é mãe de João Vítor, 10, sentiu-se culpada por tra-

balhar e estudar o dia todo, dei-xando a filha com a babá. “Eu e ela sofre-mos muito, ela foi emagrecendo, sentia a minha falta.” Mesmo tendo ficado em

casa com a filha, até quase os 2 anos de idade, Denise

sentiu que pre-cisava abando-nar o curso, que

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consegue dividir com o homem; e social, quando precisa se afastar do trabalho e de outras atividades.

A regressão emocional vem em se-guida, por causa da carência provoca-da por essas situações e pela mudança hormonal da gravidez. “Quando a mu-lher pede para o marido um sorvete de caju da índia, impossível de conseguir, é mais ou menos como se um príncipe tivesse que matar um dragão para sal-var a princesa”, explica o ginecologis-ta. “Então, na verdade, o que ela quer é uma prova de amor.”

Essas dificuldades não se restrin-gem ao primeiro filho. Sete

fazia pela manhã, para voltar a ficar com Ana Bárbara. “O ponto alto do problema foi quando ela quebrou a mãozinha por falta de atenção da babá. Aí, percebi que eu podia voltar a estudar depois, já que ela precisava de mim.”

No caso de Denise, esse fato foi de-terminante para a decisão de abdicar da vida profissional por um tempo. Porém, é importante que, além de ser mãe, a mu-lher procure completar seus outros lados: esposa, profissional, amiga. “O conselho que dou para as mães é se dar o direito de viver”, pondera o psicanalista Içami Tiba, autor de 16 publicações, entre elas Quem, Ama Educa!

ESPAÇO PARA O PAIO sentimento de responsabilidade de

algumas mães pode prejudicar as relações entre pai e filho e entre marido e mulher. É comum elas correrem para cuidar do bebê e da criança, sem deixar espaço para o marido participar. Depois, acabam se sen-tindo sobrecarregadas. “O pai sempre es-teve ausente da criação dos filhos. E a mãe era tão poderosa que cuidava também do marido como se fosse filho”, explica Içami Tiba. Mas as gerações de pais mais novos

Denise Clemente e os filhos João Vitor e Ana Bárbara.

Arquivo pessoal

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têm buscado participar, e elas nem sem-pre sabem dividir o espaço. “Se o homem quiser cuidar da criança, ele só não vai ter seios, mas poderá fazer de tudo. Nesse caso, a mãe se sente rejeitada, como se tivesse perdido seu lugar”, explica.

Em meio à preocupação com os filhos, as mães ainda precisam se lembrar de se-rem namoradas. Muitas vezes, a atenção é tão voltada para a criança, que elas se de-sinteressam das relações sexuais e fazem o marido se sentir abandonado.

ÉPOCA DE MUDANÇASA fase das fraldas e dos brinquedos pas-

sou, e o filho cresceu. Chega, então, a ado-lescência, momento de descobertas: tanto para o filho quanto para a mãe. A psicóloga Meg Santana, especialista em análise do comportamento, com formação em terapia sexual, enfatiza: “nessa fase, são mais mar-cantes as descobertas da sexualidade, a in-dividualidade, como se enturmar, as tribos. São grandes mudanças”.

Mudanças com o filho, novos sentimen-tos da mãe. Foi o que aconteceu com Julia-na Moreira*, de 31 anos, que acompanhou a transição da infância para a adolescência da filha de 15 anos, Paula. “Tive muita difi-culdade em entender que ela havia crescido e queria fazer coisas diferentes”, diz. Juliana relata que o primeiro grande susto com a filha foi quando ela tinha 8 anos e falou que achava gostar de um menino. “Fiquei sem palavras.” Depois, descobriu que a filha, já com 13 anos, namorava escondido. “A gen-te dá uma piradinha”, revela.

Outro ponto preocupante para os pais é o contato com as drogas. No caso de Julia-na, ela encarou essa situação, quando Paula tinha 12 anos. “Fui a festas da escola e fi-quei apavorada. De repente, via todo mun-do fumando maconha, consumindo droga. É esta a realidade do adolescente hoje. Tenho dificuldade em relação a isso.” Diante do problema, Juliana passou a dar mais aten-ção à filha. “A solução foi trazer minha filha para perto, ter tempo para ela. Passei a dar mais atenção e conversava muito.”

Meg Santana confirma que a conversa é a melhor solução, em todos os casos. “É preciso ter um espaço dentro de casa, uma reunião entre a família, sentar todo mundo e conversar sobre o que está acontecendo, tentar abrir o diálogo.”

Além das conversas, preocupações e puxões de orelha, a mãe amiga também é bastante presente na adolescência dos filhos. “Eu sempre falei para ela que prefiro ficar decepcionada a ser enganada. Disse a ela que fale para mim o que acontecer, pois, na maior dificuldade que ela tiver, quem vai ajudar sou eu”, conta Juliana.

A bancária Márcia Ângela Melo, de 36

“Crescer junto com os filhos oferece uma grande oportu-nidade de evolução pessoal: as conversas familiares se enriquecem com os mati-zes dos diferentes pontos de vista; surgem contribuições criativas para enfrentar os de-safios da vida; solidifica-se o alicerce do respeito pelas di-ferenças; aumenta a alegria de descobrir semelhanças. Tudo isso compõe o tecido da solidariedade amorosa da vida em família.”

Maria Tereza Maldonado, no livro Cá entre nós - Na intimidade das famílias.

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A psicóloga Meg Santana lembra que é preciso diálogo.

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anos, também vê, na amizade, o caminho para educar sua filha Amanda, de 14 anos. “Minha filha é minha companheira de cami-nhada. Ela me conta tudo.” Márcia diz que fica tranqüila ao deixar a filha sair sozinha. “A minha criação sempre foi muito presa, minha mãe não me deixava sair. Eu acho que é preciso aproveitar, mas com a gente vigiando. Tudo na base de muita conversa.”

*nome fictício a pedido da entrevistada

OS FILHOS CRESCERAM! E AGORA?A analista de sistemas Érika Silveira

tem 25 anos e saiu da casa dos pais há 10 meses. “Foi algo conversado. Meus pais não gostaram, mas aceitaram. Eu queria saber o que era ter a minha casa, mandar e desmandar”, explica. No entanto, mesmo depois de alugar uma quitinete em Taguatinga (DF), não perdeu o contato com os pais. A mãe, inclusive, tem a chave do local, onde às vezes aparece para dar uma arrumadinha e ver se a filha está bem.

Os filhos crescem, se casam, saem de casa, mas o cordão umbilical nunca é cortado. O modo de encarar o amadurecimento dos filhos varia de mãe para mãe. A psicóloga Maria Tereza Maldonado, autora de mais de 20 livros sobre relacionamento familiar, ressalta que o “crescimento dos filhos vem, inevitavelmente, com o envelhecimento dos pais”. Ela explica que, durante essa fase, é importante a mãe estar bem

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que essa passagem é uma oportunidade de renovar os projetos de vida, de ampliar seus interesses. De viver de uma maneira mais plena e mais rica possível.”

A ANABB vai sortear exem-plares dos livros “A mulher e seus hormônios... enfim em paz”, “Cá entre nós - Na inti-midade das famílias” e “Ado-lescentes: quem ama, edu-ca!”. Para participar, acesse o site www.anabb.org.br e boa sorte! O sorteio ocorre no dia 15/06/07.

CONCORRA A LIVROS!

FELIZ DIA DAS MÃES!Parabéns a todas as mamães do Brasil

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“Começa a felicidade por não aceitar ser maltratada, ofendi-da, abusada: nada que fira in-justamente a auto-estima. A felicidade continua com o não se permitir fazer aos outros o que não quer que façam a si própria.”

Içami Tiba, no livro Adolescentes: quem ama, educa!

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“Antes de ser mãe, a mulher é uma pessoa. Por isso, gosto de usar esse termo mulher-mãe. De certo modo, ele traduz exa-tamente o que é a nova mãe: uma mulher que, além de ou-tras realizações pessoais e pro-fissionais, também se realiza com a maternidade.”

Malcolm Montgomery, no livro A mu-lher e seus hormônios... enfim em paz.

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ão consigo mesma. “Quando a mulher está com dificuldades nessa etapa da sua vida - dificuldades de sentir que pode envelhecer de maneira plena, tem mais dificuldade de admitir o crescimento dos filhos.”

Sair de casa não significa perder o contato. “Gasto mais ou menos 15 minutos de caminhada para a casa dos meus pais. Minha mãe sempre vem aqui e eu almoço lá nos fins de semana”, afirma Érika. Ela conta que ainda mantém os hábitos que tinha na casa dos pais. “Antes de dormir, meus pais têm que me ligar. Se eu vou sair, ligo antes para avisar. Seria estranho para mim se isso mudasse porque mudei de casa”, enfatiza.

O amadurecimento dos filhos e a conseqüente liberdade em relação aos pais podem ser encarados de duas formas: um problema ou a abertura de novas oportunidades. Maria Tereza Maldonado explica que, muitas vezes, ocorre a chamada síndrome do ninho vazio. “A síndrome do ninho vazio reflete mais a sensação de perda, de saudade dos filhos, no cotidiano, da falta do movimento na casa. Porém, o ganho é estabelecer um novo nível de relacionamento com os filhos, de adulto para adultos. O grande ganho é esse cuidado recíproco.”

Mais um ciclo da vida se forma, e esse é o momento de outra renovação. Para Maria Tereza, até as fases mais difíceis devem ser sentidas. “As mães devem tentar entender

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O Supremo Tribunal Federal vem adiando, há vários anos, a decisão sobre o pa-gamento dos honorários advocatícios pela parte perdedora de ações judiciais referentes ao FGTS. A OAB e a ANABB contestam a Medida Provisória n° 2164, editada em 2001, que dispensou a Caixa Econômica Federal de pagar os advoga-dos da parte vencedora.

por Priscila Mendes

MOROSIDADE NA JUSTIÇA PREJUDICA ASSOCIADOS

MOROSIDADE NA JUSTIÇA PREJUDICA ASSOCIADOS

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As ações judiciais referentes às perdas no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) podem demorar mais para serem finalizadas. O problema se deve à Medida Provisória (MP) 2.164-41, de 2001, que dispensou a cobrança de honorários advo-catícios da parte vencida nessas ações. A partir dessa MP, os juízes têm considerado que os advogados dos ganhadores não se-rão remunerados pela parte perdedora. Por conta disso, os advogados estão entrando com recursos contra a decisão, o que alon-ga ainda mais os processos.

Nas ações judiciais promovidas pela ANABB, os associados não pagam os ho-norários advocatícios, pois os convênios firmados entre a Associação e os escritó-rios de advocacia os isentam dessas des-pesas. O volume de autores permitia remu-nerar os escritórios apenas com os valores pagos pela parte perdedora, nesse caso, a Caixa Econômica Federal.

A partir de 2003, com quase a tota-lidade de decisões judiciais isentando a CEF do pagamento dos honorários, a ANABB passou a alertar os associados sobre a possibilidade de virem a arcar com essas despesas. A definição sobre o assunto depende do Supremo Tribu-nal Federal (STF), que avaliará se a MP 2.164-41/01 é constitucional.

Para solucionar o problema causa-do pela MP e agilizar o recebimento das ações, a ANABB tem orientado os associa-dos a efetuar o pagamento dos honorários

advocatícios. “Caso seja revogada a medi-da no STF, a Caixa Econômica Federal será condenada a pagar os honorários devidos, e esses valores serão repassados aos as-sociados que fizeram o pagamento”, afir-ma a Assessoria Jurídica da ANABB.

OAB E ANABB CONTESTAM A MEDIDAPor considerar essa MP inconstitu-

cional, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ajuizou no Supremo, em 3 de outubro de 2002, a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 2736, com pedido de decisão urgente (liminar) contra a medida. Passados mais de quatro anos, o STF ainda não decidiu sobre o tema.

O vice-presidente do Conselho Federal da OAB, Vladimir Rossi Lourenço, afirmou que a entidade vai pedir ao STF agilidade na análise dessa ação. “A sucumbência é um direito dos advogados. Por isso, luta-mos pela manutenção dela”, justifica. O princípio da sucumbência atribui à parte vencida em um processo judicial o paga-mento de todos os gastos decorrentes da atividade processual.

O conselheiro federal da OAB por Mi-nas Gerais Aristóteles Dutra de Araújo Atheniense diz que a MP já deveria ter sido revogada, pois contraria a legislação. “O artigo 20 do Código de Processo Civil diz: aquele que perde uma causa tem de pagar o advogado da parte vencedora.” O conse-lheiro lembra que há milhares de ações re-

“A sucumbência [pa-gamento de honorários advocatícios pela parte derrotada] é um direi-to dos advogados. Por isso, lutamos pela ma-nutenção dela.”

Vladimir Rossi Lourenço, vice-presidente do Conselho Federal da OAB

ferentes ao FGTS, e essa MP desestimula o cidadão a defender seus direitos.

Em parecer emitido em fevereiro de 2003, o então procurador-geral da Repú-blica, Geraldo Brindeiro, afirmou que a MP tem relevância devido ao número crescen-te de ações envolvendo o FGTS. Segundo ele, o pagamento de honorários pela parte derrotada colocaria em risco a viabilidade financeira do fundo.

Em outubro de 2005, a ANABB requi-sitou ao STF sua admissão na ADI como parte interessada no julgamento, de forma a colaborar com informações para que os membros do tribunal formem sua convic-ção. A declaração de inconstitucionalidade da MP é fundamental para que a ANABB possa continuar facilitando o acesso à Jus-tiça para seus associados.

INTERPRETAÇÕES JUDICIAISUma decisão da Turma Recursal dos

Juizados Especiais Federais do Estado

“O Código de Processo Ci-vil diz: aquele que perde uma causa tem de pagar o advogado da parte vence-dora.”

Aristóteles Dutra de Araújo Atheniense, conselheiro federal da OAB-MG

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de Goiás foi favorável ao trabalhador em uma ação judicial referente ao FGTS. O órgão reconheceu a inconstitucionalida-de da regra estabelecida pela MP 2.164-41/01 (transformada no artigo 29-C da Lei 8.036/90). Por conta dessa decisão, a Cai-xa Econômica Federal entrou com recurso no STF. O relator da matéria, ministro Mar-co Aurélio, votou contra o recurso da Cai-xa e teve o respaldo da ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha. O julgamento desse recurso, no entanto, foi adiado em 14 de agosto de 2006, por causa do pedido de vista feito pelo ministro Cezar Peluso, que é relator da ADI ajuizada pela OAB. Até o momento, não há previsão para a decisão final sobre o caso.

O advogado conveniado pela ANA-BB Marcos Zin Romano ressalta que os tribunais não têm prazo para julgar as ações. “Quem tem prazo são os advoga-dos”, afirma.

Como não há consenso entre os juristas sobre a inconstitucionalidade da MP, a expectativa dos advogados é que prevaleça a interpretação dada pelo Código de Processo Civil (Lei 5869/73). Marcos Romano lembra que essa maté-ria é estritamente do Código de Proces-so Civil e não poderia ser regulada ou modificada por medida provisória.

Segundo o advogado Maurício Cor-rêa, ex-ministro do STF, o Supremo está repleto de processos e cada ministro tem “um volume descomunal” de maté-rias para relatar – uma média de 10 mil por ano. “É humanamente impossível analisar tudo isso nos prazos legais e regimentais estabelecidos, que pres-supõem situação de normalidade. O que se espera é que se julgue o mais rapidamente possível a questão, mas é inviável arriscar qualquer previsão”, ressalta.

Maurício Corrêa disse que a ADI está pronta para ser julgada, pois o presidente da República, o advogado-geral da União e o procurador-geral da República já prestaram as informações necessárias.

“A regra sobre o pagamen-to de honorários está no Código de Processo Civil e não poderia ser modificada por medida provisória.”

Marcos Zin Romano, advogado conveniado à ANABB

A declaração de inconstitu-cionalidade da MP é funda-mental para que a ANABB facilite o acesso de seus associados à Justiça. No entanto, aqueles que não querem aguardar a deci-são do Supremo podem efetuar o pagamento dos honorários advocatícios e, posteriormente, aguardar um possível ressarcimento pela CEF.

“É humanamente impossí-vel analisar todas as maté-rias nos prazos legais e re-gimentais estabelecidos, que pressupõem situação de normalidade.”

Maurício Corrêa, ex-ministro do STF

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PREVI

FUTURO PROMISSOR

Coordenador do Con-selho Consultivo da Previ Futuro e funcio-nário pós-98, Humberto Fernandes de Oliveira mostra que, mesmo com pouco tempo de Banco do Brasil, a par-ticipação pode fazer a diferença.

por Priscila Mendes

Os poucos anos de Banco do Brasil não impediram que Humberto Fernandes de Oliveira tivesse uma trajetória de participa-ção dentro de instituições ligadas ao BB. Em apenas cinco anos de trabalho efetivo no Banco, ele foi diretor administrativo e presidente da AABB de Araçatuba (SP) e, atualmente, coordena o Conselho Consulti-vo do plano de previdência Previ Futuro. Os primeiros passos de Oliveira no BB foram como estagiário, em 1998, em Três Lagoas (MS). “Foi nessa época que nasceu o amor pelo Banco do Brasil”, garante. Em abril de 2002, tomou posse no Banco após prestar concurso público. Seu cargo atual é assis-tente de negócios.

No mesmo ano em que ingressou no quadro efetivo do BB, Oliveira associou-se à ANABB. “Na época em que era estagiário, já ouvia falar da Associação. Associei-me porque a entidade atua na defesa dos direi-tos dos funcionários e do próprio Banco do Brasil. Além do mais, a ANABB é a maior associação de funcionários da América La-tina, o que dá a ela uma representatividade

muito grande, em qualquer âmbito”, afirma.O interesse em participar do plano Previ

Futuro se deu com a criação do Conselho Consultivo para os planos da Previ, cuja eleição foi realizada em maio de 2006. De acordo com Oliveira, a implantação de car-gos que contemplem os funcionários do segmento pós-98 viabiliza o engajamento deles em assuntos ligados ao BB. “Nos últimos anos, os funcionários pós-98 têm aumentado a participação nas questões que envolvem sua carreira profissional. Evi-dentemente, há margem para aumentar a atuação desse público, se comparado aos participantes do Plano 1 da Previ.”

O coordenador do Conselho Consultivo da Previ Futuro lembra que a eleição de funcionários pós-98 para os Grupos Temá-ticos da ANABB, realizada no início deste ano, vai propiciar maior participação dessa categoria nas discussões ligadas ao fun-cionalismo. “Acredito que iniciativas como essa, e até mesmo o amadurecimento dos próprios funcionários, façam com que eles participem mais”, avalia.

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR PARA OS PÓS-98

O Previ Futuro é um plano de previdência complementar para funcionários do Banco do Brasil que tomaram posse a partir de 1998. O coordena-dor do Conselho Consultivo, Humberto Oliveira, afirma que são diversas as vantagens dos participantes do plano, sem contar com a credibilidade e a grandeza da Previ. “A Previ se destaca pela solidez, experiên-cia e patrimônio que consolidou durante anos. Quanto ao plano de benefícios, não há uma ins-tituição na América Latina que chegue ao patamar de compe-tência da Previ”, destaca.

Conheça algumas vantagens do Previ Futuro:

• O participante tem a reser-va acumulada em dobro: ele aporta um determinado capital para benefício futuro, e o Banco aporta o mesmo valor. • Empréstimo simples: linha de crédito pessoal disponível para o associado assim que ele forma uma reserva.• Participação na gestão dos planos: os participantes da Previ Futuro podem concorrer a uma vaga no Conselho Con-sultivo e ajudar a desenvolver estratégias para ampliar a participação dos funcionários nas sugestões sobre a melhoria dos planos.• Clube de benefícios: os parti-cipantes têm direito a descon-tos em empresas conveniadas.

Para saber mais sobre o Previ Futuro, acesse www.previ.com.br

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NOTAS

As agências da Caixa Econômica Federal já atendem às solicitações de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por aposentados, na ativa, que continuam no mesmo emprego e sob o

mesmo contrato de trabalho que vigorava até

a conces-são do benefício.

Além dos valores acu-

mulados na conta desde a aposentadoria, esse trabalhador poderá fazer o saque do FGTS mensal depositado pela empresa (8% do salário). A liberação desses recur-sos foi feita em 30 de março, por meio de circular da Caixa, depois que o Supremo Tribunal Federal definiu que a aposentado-ria não extingue o contrato de trabalho.

O interessado que se enquadra nessa condição pode procurar qualquer agência da Caixa. O requisito é apresentar a car-teira de trabalho que comprove a manu-

Os bancos estão obrigados a abrir conta-salário, livre de tarifas, para to-dos os funcionários de empresas com as quais assinaram contrato de pa-gamento após 5 de setembro de 2006. Da conta-salário, o dinheiro pode ser, automaticamente, enviado para uma conta corrente do trabalhador em outro banco, sem CPMF nem taxa de transferência. O trabalhador pode continuar a receber o salário na conta corrente que já tem no mesmo banco ou movimentá-lo, apenas, por meio da conta-salário. Os funcionários de empresas que assinaram contrato de pagamento com o banco até 5 de se-tembro de 2006 – a grande maioria – serão beneficiados com essas regras somente a partir de janeiro de 2009.

CONTA-SALÁRIO

tenção do vínculo empregatício e a data da aposentadoria. Caso tenha o Cartão Cidadão e a senha, o aposentado poderá fazer o saque, no valor máximo de R$ 600, nos terminais de auto-atendimento. Os aposentados ativos que permaneceram no mesmo emprego, mas sob novo contrato, ou assinaram contrato de trabalho com outra empresa após a concessão do bene-fício não têm direito ao saque antecipado da conta vinculada. Nesses casos, a lei só autoriza o saque após a demissão.

APOSENTADO NA ATIVA JÁ SACA FGTS

Agora você pode saber mais sobre o Or-çamento da União no portal da ANABB na internet. Uma parceria com a associa-ção Contas Abertas permite a divulgação de gastos do Legislativo, do Executivo e do Judiciário. São informações que mos-tram como é utilizado o dinheiro recolhi-do pelo governo.A associação Contas Abertas, uma enti-dade sem fins lucrativos, divulga dados do Sistema Integrado de Administração Pública (Siafi), que registra a movimen-tação orçamentária, financeira e contábil nos Três Poderes e em todo o território nacional. Acesse www.anabb.org.br para saber como o poder público gasta o seu dinheiro.

CONTAS ABERTAS

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Ação Maio2007 | 13

ERRATA

Na matéria “Trabalho, Cidadania e

Ressocialização”, do jornal Ação 190,

erramos ao divulgar que o Comitê de Ci-

dadania dos Funcionários do Banco do

Brasil em Pernambuco teria doado os

computadores do telecentro, que fun-

ciona na Colônia Penal Feminina de Re-

cife. Na realidade, as máquinas foram

doadas pelo BB, por meio da Gerência

de Logística Recife. “Não teríamos con-

dições financeiras de doar esses com-

putadores. Então, fizemos uma parceria

com o Banco que, a partir do Núcleo de

Inclusão Digital, doa as máquinas tro-

cadas”, explica o presidente do comitê,

Romero da Silva Melo.

23/05 - Edifício CARJ (rua Ba-rão de São Francisco, 177), às 11h30 e às 14h30.

24/05 - Edifício Sedan (rua Lé-lio Gama, 105), às 11h30 e às 14h30.- CCBB (rua 1º de Março, 66), às 16h.

As coletas de sangue para ca-dastrar os candidatos a doado-res serão realizadas nos dias 29 (Sedan) e 30 de maio (CARJ). Quem não for funcionário do BB e desejar assistir às palestras pode ligar para a GEPES Rio, no telefone (21) 3808-2288 até o dia 22/05.

CALENDÁRIO DE PALESTRAS

CAMPANHA PELA DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA

As superintendências de Varejo e de Gestão de Pessoas no Rio de Janeiro vão conscientizar os funcionários do Banco do Brasil quanto à importância da doação de medula óssea. Serão realizadas palestras para incentivar funcionários, familiares, amigos e integrantes de entidades parceiras a se tornarem doadores.No próprio BB, há funcionários à espe-ra dessa doação. É o caso de William Felix Leite, funcionário da agência BB em Macaé (RJ). Internado há um ano, ele necessita urgentemente do trans-plante de medula óssea.A doação pode ser feita por pessoas entre 18 e 55 anos de idade, quando seu perfil genético coincidir com o do paciente. A quantidade de medula doa-da é apenas 10% do total. Em 15 dias, ela estará recomposta.

As inscrições para o 4º Prêmio Funda-ção Banco do Brasil de Tecnologia Social estão abertas até 15 de junho, no site www.fundacaobancodobrasil.org.br. Oito prêmios serão concedidos, no valor de R$ 50 mil cada um, sendo cinco destinados a projetos regionais e três a projetos voltados para os di-reitos da criança e do adolescente, gestão de recursos hídricos e apro-veitamento/tratamento de resíduos de processos produtivos.O prêmio destina-se a instituições sem fins lucrativos que implementa-ram soluções para problemas referen-tes a água, alimentação, educação, energia, habitação, meio ambiente, renda e saúde.

Ação Maio2007 | 13

PRÊMIO FBBDE TECNOLOGIA SOCIAL

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Os novos delegados da COOP-ANABB também tomaram posse de seus cargos, no dia 30 de março, na sede da ANABB. Os 15 eleitos vão representar o Corpo Social e terão mandato até março de 2011. Inicialmente, os delegados definiram os integrantes do Conselho de Administração (sete titulares e quatro suplentes) e do Conselho Fiscal (três titulares e três suplentes) da cooperativa.

Antilhon Saraiva e Nilton Brunelli assumiram postos no Conselho de Administração e, por isso, renunciaram aos seus mandatos de delegado.

O ato de posse foi realizado após uma reunião extraordinária dos de-legados que cumpriam mandato, na qual foram aprovadas mudanças no estatuto da cooperativa. “Foram mudanças de redação e alguns ajustes que, com a prática, se fizeram necessários”, explica o presidente da COOP-ANABB, Fernando Alberto de Lacerda. Foram alterados 32 artigos do estatuto.

• Armando César Ferreira dos Santos• Arnaldo Fernandes de Menezes• Cecília Mendes Garcez Siqueira• Denise Lopes Vianna• Éder Marcelo de Melo• Elias Kury• Fernando Luiz Delgado Miranda• Francisco Alves e Silva• Inácio da Silva Mafra• Jailson Soares de Melo• Kraus Emílio da Fonseca• Maria das Graças C. Machado Costa• Maria Helena Abonizio Guerreiro• Mércia Maria Nascimento Pimentel• Tereza Cristina Godoy M. dos Santos

Confira os novos delegados da cooperativa

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Titulares: • Valmir Camilo• José Sampaio de

Lacerda Júnior• José Branisso• Antônio Gonçalves• Romildo Gouveia• Antilhon Saraiva• Nilton Brunelli

CONSELHO FISCALTitulares: Ana LandinRonaldo MedeirosSaul Mattei

Veja a composição dos conselhos da COOP-ANABB

Suplentes: • Emílio Ribas Rodrigues• Carminda Werneck• Luiz Antônio Careli• Oswaldo Petersen

Suplentes: Adelaide SeveriniGenildo FerreiraMarilda Carvalho

COOP-ANABB

Delegados da COOP-ANABBtomam posseDelegados da COOP-ANABBtomam posse

• Fernando Lacerda - Presidente• Cláudio Zucco - Diretor de Habitação• William Bento - Diretor Administrati-vo e Financeiro

Diretoria

por Mariana Jungmannpor Mariana Jungmann

A Cooperativa Habitacional da ANABB (COOP-ANABB) já tem nova dire-toria. Os integrantes do Conselho de Administração se reuniram no dia 30 de março e elegeram Valmir Camilo como presidente do conselho e os novos diretores.

A Cooperativa Habitacional da ANABB (COOP-ANABB) já tem nova dire-toria. Os integrantes do Conselho de Administração se reuniram no dia 30 de março e elegeram Valmir Camilo como presidente do conselho e os novos diretores.

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Que tal investir em uma carteira que fechou 2006 com 70% de rentabilidade e, ainda, contribuir para ter um representante do funcionalismo no Conselho de Administração do Banco do Brasil? Atrativo? Pois é, pouca gente sabe, mas o Clube de Investimento dos Funcionários do BB oferece essas possibilida-des com uma cota mínima de R$ 10.

Criado em 1996, com o objetivo de alcan-çar 3% das ações do Banco do Brasil para ter direito de indicar um conselheiro, o CIN já tem patrimônio de R$ 113 milhões. Como o capital social do Banco é de aproximadamente

R$ 11,9 bilhões, o Clube precisaria dobrar o valor que tem, chegando a um patrimônio de R$ 357,39 milhões para atingir sua meta. Como isso ainda não foi possível, o presidente do CIN, Douglas Scortegagna, enviou uma carta ao Conselho de Administração do BB solicitando que haja uma flexibilização nessa porcentagem para permitir que o CIN ingresse no Conselho. “Assim, poderíamos indicar o conselheiro agora e, depois, nos compro-meteríamos a alcançar os 3% exigidos pelo estatuto”, explica Scortegagna. A decisão sobre essa flexibilização deverá ser divulgada durante assembléia do Banco.

VANTAGENSApesar de ainda não conseguir indicar o

seu conselheiro para a administração do BB, o CIN proporciona aos associados diversas vantagens. Quem cuida dos investimentos do clube é a BB Administração de Ativos - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (BB DTVM). As aplicações são feitas, priori-tariamente, em ações do Banco, mas outros

investimentos são feitos para garantir que haja liquidez. Sendo assim, as ações podem sofrer pequenas oscilações negativas, em um curto período, mas a tendência que vem se compro-vando, nos últimos anos, é a de valorização dos títulos. Isso porque a imagem do BB é muito

forte com os investido-res, o que aumenta a cotação dos papéis.

José Sérgio Villares, do Rio de Janeiro, tem alto valor investido no Clube e não pretende

retirar o dinheiro. Mas se diz preocupado com o que chama de “investimento em uma empresa só”. Ele lembra que o Banco está sujeito a interferências do governo, o que pode influenciar a cotação das ações. “Se o Lula pegar dinheiro do BB para emprestar ao Equador, e isso não agradar ao mercado, as ações podem despencar.” Para desfazer essa preocupação, Douglas Scortegagna lembra que o objetivo inicial do Clube é obter os 3% para indicar um representante no Conselho de Administração. “Tão logo isso seja alcançado, o clube é livre para investir em outras ações”, informa.

Essa situação parece não incomodar Ade-mir Andrade, associado do Clube desde a sua

fundação. Ele disse que optou pelo CIN porque era um dos investimentos que mais rendia. “Eu me senti seguro, também, por saber que era um clube fechado”, conta Andrade, que é do município de Monte Santos de Minas (MG). O associado destaca a importância de buscar a indicação de um conselheiro para o BB. “Acho que nós, como funcionários, precisamos ter alguém nos representando na administração do Banco.”

Além de oferecer rentabilidade a seus sócios, o Clube de Investimento dos Funcionários do Banco do Brasil pretende dobrar seu patrimônio e indicar um representante no Conselho de Administração do BB.

CIN

Um investimento rentável

O Clube poderá diversificar sua carteira após obter os 3% de ações do BB e garantir a indica-ção de um conselheiro.

por Mariana Jungmann

Douglas Scortegagna: pedido de flexibiliza-ção ao Conselho de Administração do BB.

Arqu

ivo

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O Banco do Brasil tem intensificado

a terceirização dentro da empresa. A

Contraf-CUT denunciou que essa prática

vem ocorrendo principalmente no Paraná

e em São Paulo, e está em implantação

na Bahia. Além disso, com a contratação

da Cobra Tecnologia, tem-se o objetivo

de terceirizar o processamento dos

documentos de auto-atendimento, já

em fase de implantação em Fortaleza,

Brasília, Belo Horizonte e São Paulo.

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PARABÓLICA

ZERO E DEZ

TERCEIRIZAÇÃO NO BB

PLANO NACIONAL DEEDUCAÇÃO DO GOVERNO

O Plano Nacional de Educação, anun-

ciado pelo governo Lula no fim de abril,

prevê investimentos de R$ 8 bilhões até

2010. O programa contempla desde a

alfabetização até a pós-graduação. A

intenção é dobrar o numero de vagas

nas universidades federais, aumentar

o piso salarial dos professores do nível

básico para R$ 850,00 e adotar um

novo sistema de avaliação de ensino.

Esperamos que essas medidas não

fiquem só na promessa.

PREVI

PILOTO AUTOMÁTICO

No encontro de dirigentes da Contec, o

presidente da ANABB e conselheiro delibe-

rativo eleito da Previ, Valmir Camilo, disse

que a Caixa de Previdência está no piloto

automático. O dirigente não considerou o

comentário uma crítica, apenas lembrou

que tem muito tempo que a entidade não

realiza um grande negócio e está apenas

surfando nos bons resultados dos negócios

realizados no passado.

QUEDA-DE-BRAÇO

A peleja entre a direção da Previ e o governo sobre a concentração de apli-cações em renda variável vem desde o tempo de FHC. A teimosia tem sido uma postura inteligente, uma vez que os juros das aplicações em renda fixa estão des-pencando, e os resultados da bolsa estão turbinando os ativos do fundo.

NO CRAVO E NA FERRADURA

A Amazônia ganha no mês que vem

um novo sistema de monitoramento por

satélite. O Detex (Detecção de Explora-

ção Seletiva) será controlado pelo Inpe

(Instituto Nacional de Pesquisas Espa-

ciais) e deverá flagrar a exploração de

madeira, especialmente nas concessões

federais. O sistema se junta ao Prodes,

que mede a área desmatada, e ao Deter,

que vê desmate em tempo real.

Folha de S. Paulo – 17/04

O presidente da Câmara Federal, Arlindo Chinaglia,

está removendo o comitê dos jornalistas lotados na Casa

do local que ocupam há décadas para uma área bem

distante. E passa seu gabinete para lá, que possibilitará

acesso privativo ao plenário. No projeto original de Nie-

meyer, o gabinete do presidente é distante da entrada,

até por questões de segurança. A nova área do gabinete

do presidente tem vidros que já foram quebrados em

manifestações de protesto. Mas Chinaglia já tem a

solução: instalará vidros blindados, com espessura de quatro centímetros. Se o gabinete

de Lula tem vidros blindados, o dele também pode ter.

Blog do Giba Um – 23/04

A Amazônia ganha no mês que vem

um novo sistema de monitoramento por

satélite. O Detex (Detecção de Explora-

ção Seletiva) será controlado pelo Inpe

(Instituto Nacional de Pesquisas Espa-

ciais) e deverá flagrar a exploração de

madeira, especialmente nas concessões

federais. O sistema se junta ao Prodes,

que mede a área desmatada, e ao Deter,

que vê desmate em tempo real.

Folha de S. Paulo – 17/04

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CASSI

CADÊ O DIPLOMA?

O diretor superintendente da Cassi

indicado pelo BB, Sérgio Vianna, já pode

respirar aliviado. O movimento sindical

dos bancários bateu o pé e não concordou

com uma regra do estatuto da Cassi que

exigia nível superior para que diretores e

conselheiros da Caixa de Assistência ocu-

passem os cargos. Tanto bateu o pé, que

conseguiu. Exigiu uma regra de transição,

o que beneficiou Vianna, que não possuía o

canudo. Essa foi por pouco, hein!

UM VOTO DE CONFIANÇA

Há muito tempo, a Confedera-

ção Nacional dos Trabalhadores

nas Empresas de Crédito (Contec)

não se aliava a outras entidades

em relação a assuntos sobre a

Cassi. Desta vez, a Contec assinou

embaixo na votação da proposta

de mudanças estatutárias da

Caixa de Assistência. Um voto

de confiança!

Os funcionários do Banco do Brasil,

sem filiação partidária, estão revoltados,

insatisfeitos e protestando. Motivo: o plano

de demissão voluntária criado pela gestão

petista tem provocado verdadeira fuga (que

chamam de debandada) de gerentes da

diretoria. Os que aceitam o plano, recebem

um bônus de R$ 800 mil, mais um salário

e meio (do que recebem na ativa) por ano

trabalhado.

Helio Fernandes – Tribuna da Imprensa – 20/04

A bancada feminina na Câmara, composta por

45 deputadas, vai analisar, nos próximos dias, a

possibilidade de entrar com uma representação

no Conselho de Ética contra o deputado Clodovil

Hernandes (PTC-SP) por causa de suas recentes

declarações sobre as mulheres. Ao chegar ao

Palácio do Planalto, no dia 20 de abril, para en-

trevistar a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para o seu primeiro programa na

TVJB (antiga CNT), o parlamentar afirmou que desistiu de criar vestidos para mulheres

porque elas se tornaram “muito vulgares, ordinárias e cheias de silicone”.

Congresso em Foco – 26/04

COMPANHEIROS DO MESMO SEXO

E por falar em estatuto, alguns asso-

ciados têm se manifestado sobre uma

mudança: a possibilidade de incluir como

dependentes os companheiros do mesmo

sexo. Tem gente que resolveu votar “não”

na reforma estatutária somente devido a

essa cláusula.

MEMÓRIA

Conquista permanente

Em setembro de 1995, a ANABB

obteve liminar no mandato de seguran-

ça ajuizado contra a Receita Federal

para impedir o recolhimento do Imposto

de Renda pelo Banco sobre a venda

de benefícios (férias, licença-prêmio,

abonos ou folgas). A partir daí, o IR

passou a ser depositado em juízo.

Em agosto de 1999, os associados

puderam reaver esse dinheiro deposi-

tado. A vitória foi ainda maior! Com o

julgamento, essas verbas passaram a

ser consideradas indenizatórias e, por

isso, definitivamente isentas de IR.

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18 | Ação Maio2007

BALANÇO

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Ação Maio2007 | 19

PARECER DO CONSELHO FISCAL SOBRE O BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM

31.12.2006, NOTAS EXPLICATIVAS E SUAS RESPECTIVAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

No uso das atribuições, que nos foram conferidas pelo Estatuto da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil - ANABB, no seu Artigo 22, inciso II, examinamos o Balanço Geral do exercício de 2006, com os seus respectivos demonstrativos e notas explicativas.

Efetuamos o exame dos documentos através de práticas usuais para esse fim, incluindo-se as provas dos registros e documentos contábeis e a aplicação de outros procedimentos julgados necessários.

À vista dos trabalhos desenvolvidos por este Conselho, somos de parecer que os Registros Contábeis refletem a situação financeira e patrimonial da ANABB, em 31 de dezembro de 2006.

Brasília (DF), 28 de fevereiro de 2007.

HUMBERTO EUDES VIEIRA DINIZ Presidente

SAUL MÁRIO MATTEI Secretário

ARMANDO CESAR FERREIRA DOS SANTOS Conselheiro

ANTONIA LOPES DOS SANTOS Conselheira

ELAINE MICHELConselheira

DORILENE MOREIRA DA COSTAConselheira

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ENCERRADAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006.

NOTA 1 A ENTIDADE E SUAS OPERAÇÕES

A Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil

- ANABB é associação civil, pessoa jurídica de direito privado,

sem fins lucrativos, de âmbito nacional e duração indeterminada,

com sede e domicílio em Brasília-DF. Tem como objetivo zelar

pela integridade do Banco do Brasil, tendo como fundamento a

valorização de seus recursos humanos; constituir-se canal de

comunicação entre associados, órgãos públicos, entidade de

classe, administração e funcionalismo do Banco do Brasil, den-

tre outros; propugnar pelos legítimos interesses dos associados

e dos de suas instituições e representá-los, sobretudo, junto ao

Banco do Brasil, em ação isolada, conjunta ou complementar aos

meios institucionais; estimular a geração de idéias que possibili-

tem constante revisão da estratégia, presente e futura, da atua-

ção do Banco do Brasil e incentivar a divulgação do pensamento

resultante; atuar junto ao Congresso Nacional, órgãos governa-

mentais, imprensa e sociedade, em geral, em defesa do Banco

do Brasil e de seus funcionários, dentre outros.

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis foram elaboradas e estão apre-

sentadas em conformidade com os Princípios Fundamentais de

Contabilidade, sob forma comparativa entre os exercícios 2006

e 2005.

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS

A – RECEITAS E DESPESAS

As receitas e despesas são registradas, obedecendo ao Regi-

me de Competência, exceto as receitas oriundas de dividen-

dos, bonificações de Investimento, que são registradas pelo

Regime de Caixa.

B – INVESTIMENTO EM AÇÕES

A Carteira de ações é composta por ações doadas para aplica-

ção em Projetos de Ensino Profissionalizante; ações do Banco

do Brasil, adquiridas em bolsa de valores; e pela transformação

de ações da Telebrás. Essas últimas foram adquiridas através

da aquisição de linhas telefônicas, atualmente pertencentes a

Tele Norte Leste Participações S.A.. Estão registradas pelo cus-

to de aquisição, ajustadas ao valor de mercado pela média da

cotação das ações na Bolsa de Valores em que a ação tenha

alcançado maior movimento na data do Balanço.

C – ATIVO PERMANENTE

1 - Imóveis

Os imóveis são registrados ao custo de aquisição. A deprecia-

ção é calculada pelo método linear à taxa de 2% a.a (dois por

cento ao ano), pelo tempo de vida útil estimado.

2 - Imobilizado

O imobilizado está registrado ao custo de aquisição. A depre-

ciação é calculada pelo método linear à taxa de 20% a.a. (vinte

por cento ao ano) para os equipamentos de informática, e de

10% a.a. (dez por cento) para os demais bens.

CRÉDITOS

a) Mensalidades a Receber - Correspondem às mensalidades

em atraso de associados - por motivos de inadimplências e/ou

mudança de conta.

b) Conselho Deliberativo - Correspondem aos adiantamentos

a Conselheiros para posterior prestação de contas.

c) Empregados - Correspondem a adiantamento de férias, em-

préstimo especial, empréstimo moradia e abono salarial. O abo-

no salarial, concedido em forma de adiantamento, transitará na

Folha de Pagamento em 03 (três) parcelas iguais e consecuti-

vas, a partir de fevereiro de 2007.

NOTA 2

NOTA 3

NOTA 4

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Ação Maio2007 | 21

d) Adiantamento - Comitês de Cidadania - Inclui-se, nesta ru-

brica, os valores das contribuições voluntárias antecipadas aos

Comitês para aplicação em Projetos Sociais do Programa Brasil

Sem Fome e Ensino Profissionalizante.

e) Reembolsos Advogados-Despesas - Correspondem ao

valor a receber dos advogados, referente aos custos que a

ANABB possui para intermediar as relações entre associados e

advogados, tais como: despesas administrativas, comunicação

e divulgação.

f) Reembolsos Advogados-Processos - Correspondem à liqui-

dação de Processos Administrativos, pagos pela ANABB, com

o ônus para o advogado.

g) Reembolsos Advogados-Custas (Realizável a Longo Pra-

zo) - Correspondem à antecipação aos advogados de custas

adicionais, que serão devolvidas à ANABB, quando da liquida-

ção do processo.

CREDORES DIVERSOS

a) Complemento de Custas Processuais - Correspondem aos

valores recebidos dos associados, para pagamento das custas

processuais e cálculos, ainda não repassados aos advogados.

b) Contribuição Voluntária-Projeto - Valores arrecadados para

aplicação em projetos de ação social contra a fome e em inves-

timentos na educação profissionalizante.

c) Créditos não identificados - Correspondem aos valores depo-

sitados na conta da ANABB, sem identificação do depositante.

PATRIMÔNIO SOCIAL

a) Superávit do Exercício - O resultado operacional, no exercí-

cio de 2006, foi de R$ 2.983.285,93 (dois milhões, novecentos

e oitenta e três mil, duzentos e oitenta e cinco reais e noventa

e três centavos).

NOTA 5

NOTA 6

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Uma empresa da qual você é cliente e, ao mes-mo tempo, também é dono. Achou estranho? Mas é assim que funcionam as cooperativas. E quando se trata de cooperativa de crédito, a situação é ainda mais inusitada. Você pode investir seu dinheiro, tomar empréstimos e, no final, receber pelos lucros gerados.Com a Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Funcionários de Instituições Financeiras Públicas Federais (Cooperforte) não podia ser diferente. Com quase 23 anos de atuação, ela conquistou seu espaço. O número de associados da Cooperforte au-

mentou consideravelmente nos últimos anos. Em 2003, eram 63.710. Hoje, a cooperativa tem quase 86.500 associados.Entre os produtos oferecidos, os mais procu-rados são os empréstimos e as aplicações financeiras. As taxas são consideradas as melhores do mercado, com prazos de paga-mento diferenciados. Para se ter uma idéia, as taxas de juros para empréstimos variam de 1,5% a 2,5% mensais, sendo algumas rea-justadas mensalmente pela TR, dependendo da modalidade de empréstimo escolhida. As aplicações possuem juros de cerca de 1,12%, ao mês, mais a TR. Além disso, a Cooperforte oferece convênios educacionais em cada estado, com descontos que chegam a 50% do valor das mensalidades.Para se associar, o interessado deve ser fun-cionário da ativa, aposentado, pensionista ou viúva de funcionários do Banco do Brasil, do Banco Central, da Caixa Econômica Federal, do Basa, do BNB e do BNDES. A inscrição pode ser feita pelo site www.cooperforte.org.br, e o requisito é uma aplicação inicial de R$ 50,00. Após 30 dias de filiação, o associado poderá

COOPERFORTE

tomar empréstimo, caso necessite.Para saber mais sobre a Cooperforte, o jornal Ação conversou com o presidente da coope-rativa, José Valdir Ribeiro dos Reis.

Ação - Qual é a importância de a Cooper-forte ser uma cooperativa?

Nos últimos dois anos, a Cooperforte recebeu mais de 20 mil novos sócios. Funcionários e aposentados são atraídos por juros baixos em empréstimos, aplicações vantajosas e repas-se de lucros aos associados.

COOPERFORTE GANHA ESPAÇOCOOPERFORTEGANHA ESPAÇO

por Ana Cristina PadilhaFotos: George Gianni

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José Valdir - Em primeiro lugar, a cooperativa não tem finalidade lucrativa. A pessoa que nela ingressa é, ao mesmo tempo, associada e dona. O lucro que a Cooperforte apresenta, que nós chamamos de sobras, é devolvido para o associado. No caso de um banco, o lucro é do banqueiro. Aqui, o lucro volta para o associado. Então, além de praticar os princípios cooperativistas (ajuda mútua, solidariedade, democracia, eqüidade e igual-dade), ela pratica as taxas mais baixas do mercado. E boa parte da receita que exceder as despesas é devolvida ao associado.

Ação - A Cooperforte desenvolveu uma campanha para angariar novos sócios. Como o senhor avalia essa iniciativa?José Valdir - Começamos a campanha mais fortemente em 2005, quando conseguimos 12 mil novos associados. No ano passado,

foram 10 mil novos sócios. Então, em 2005 e 2006, conseguimos 22 mil associados. Só com esse número seríamos uma cooperativa de grande porte e estaríamos entre as cinco maiores do Brasil. Há cerca de 1.400 coope-rativas de crédito no País.

Ação - Como a Cooperforte garante aos associados a segurança em seus inves-timentos?José Valdir - Quem autoriza o funcionamento, regulamenta e fiscaliza as cooperativas de crédito é o Banco Central. A lei obriga a existência de um Conselho Fiscal. E como a Cooperforte entende que a transparência deve vir em primeiro lugar, contratou, espontanea-mente, uma auditoria interna. Outra auditoria é feita por uma empresa externa. Então, temos auditorias externa e interna, Conselho Fiscal e fiscalização do Banco Central.

Ação - E quanto à questão social? Qual é a atuação da Cooperforte?José Valdir - Fizemos o primeiro trabalho de cunho social há cinco anos, o Passaporte do Futuro. É um trabalho de qualificação pro-fissional de jovens carentes, estudantes de escolas públicas, em situação de risco social e de baixa renda. Inicialmente, proporcionamos qualificação e, depois, ajudamos os jovens a se colocar no mercado de trabalho. Esse projeto foi realizado no Distrito Federal e queríamos estendê-lo para outras partes do País. Criamos, então, o Instituto Cooperforte, que é o braço social da cooperativa. Em três anos de existência, o instituto já ofereceu qualificação a mais de 1.800 jovens. Temos obtido, inclusive, parcerias com superinten-

“Além de praticar os princípios cooperati-vistas (ajuda mútua, solidariedade, demo-cracia, eqüidade e igualdade), a Cooperforte tem as taxas mais baixas do mercado. E boa parte da receita que exceder as des-pesas é devolvida ao associado.”José Valdir Ribeiro dos Reis, presidente da Cooperforte

dentes do Banco do Brasil. Quando o BB entra em parceria conosco, o nível de emprego dos jovens é significativamente mais alto. Em Goiânia, a superintendência do Banco nos deu apoio e, ao final do curso, todos os 60 jovens que participaram do projeto já estavam empregados.

Ação - A Cooperforte possui uma estrutura enxuta. Isso não prejudica o atendimento ao associado?José Valdir - A Cooperforte é uma empresa virtual. Possuímos até alguns postos de atendimento no Rio, em São Paulo, Belo Ho-rizonte e Porto Alegre. De Brasília, porém, nós atendemos os associados do Brasil inteiro, com nível de qualidade muito alto. Fazemos pesquisa com associados permanentemente, e o nível de satisfação chega a quase 100%. O atendimento é feito por telefone, por meio da resposta audível, na qual o associado faz todas as alterações sem precisar recorrer a um funcionário da Cooperforte. Ou pela nossa central de atendimento, onde o associado também pode fazer suas alterações.

Ação - Então, o associado pode fazer um empréstimo diretamente pelo telefone?José Valdir - Se ele acordar em um domingo, às 4 horas da manhã, ele faz o empréstimo nesse horário. Se estiver na praia, ele liga ao 0800 e também faz seu empréstimo.

Cooperforte0800 701 3766www.cooperforte.org.br

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Estamos vendo, no dia-a-dia, o cres-cente empenho da sociedade em discutir os processos discriminatórios entre os mais variados segmentos, minimizando as injustiças sociais. Outro dia, conversava com um diretor de recursos humanos da iniciativa privada. Ele falava que a sua em-presa estava preocupada com a vida dos funcionários, os relacionamentos profissio-nais, familiares e sociais. Da base salarial e de outros incentivos partiam cálculos para saber se aqueles valores proporcionavam um viver com dignidade ao funcionário. Uma visão moderna. Acreditando que o comportamento e a convivência com a sociedade agregam poucos ou muitos va-lores, essa visão extra-empresa é impor-tante: a sociedade está clamando por um equilíbrio social. De que valem setores de vasta prosperidade, circundados por po-breza e falta de conhecimento?

Na contramão da história, assistimos à divisão salarial no nosso Banco do Bra-sil. Aos funcionários que entraram desde 1998, é dito: “obrigado pelos excelentes resultados que vocês proporcionam ao Banco. Lamentamos, mas não vamos tra-duzir isso em equiparação salarial”. Ora, instalada está a indignação e o crescente lamento que permeia os ambientes do nos-so pujante banco.

A sociedade vem pressionando. No Congresso Nacional, alguns parlamenta-res entendem que o princípio de isonomia

é uma questão social. De forma efetiva, tramita o Projeto de Lei 77/07, do sena-dor Inácio Arruda (PCdoB-CE). O texto foi apresentado em 8 de março e, se aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, poderá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados. A proposta trata de isonomia salarial, benefícios e vanta-gens dos empregados do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, da Casa da

Moeda, do Banco do Nordeste e do Banco da Amazônia, admitidos a partir das reso-luções nº 10, de 30 maio de 1995, e nº 9, de 8 de outubro de 1996, do Conselho de Coordenação e Controle das Estatais. Sem mudança no conteúdo, tramita na Câmara o PL 6259/05, apresentado por Inácio Ar-ruda, quando era deputado. Esse projeto, agora de autoria do deputado Daniel Almei-da (PCdoB-BA), está na Comissão de Tra-balho e, passando pelas outras comissões, segue para o Senado.

O Código de Ética, no item 4.1 - Comu-

nidade, diz: “O Banco do Brasil e seus fun-cionários defendem os direitos humanos, os princípios de justiça social e o ecossis-tema”. É importante mostrar à comunidade o compromisso institucional da empresa, mas vale lembrar que, para anunciarmos os nossos propósitos, precisamos fazer uma rápida reflexão sobre a isonomia en-tre os funcionários. O Banco, em seu re-latório de sustentabilidade publicado em

27/02/2007, enalte-ce percentuais de mulheres, portado-res de deficiência e negros que exercem cargos de chefia. En-fim, avanços em va-lorização e respeito, reparando injustiças

sociais. No entanto, o BB fere o princípio da “corrente e seus elos”, que dá susten-tação à empresa. Diria que o funcionário continua sendo o elo mais fraco na relação de trabalho, e nenhuma corrente deve ser mais forte do que seu elo mais fraco. To-dos sabem que não implantar a isonomia é fragilizar um elo da corrente. É preciso, po-rém, fortalecê-lo. Alguns elos, reconheço, começam a ser fortalecidos. Cassi e Previ são elos que estão na pauta e, no que de-pender do funcionalismo, serão fortaleci-dos para o bem de todos.

EMÍLIO RIBAS RODRIGUES é diretor de Relações Externas e Parlamentares da ANABB

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OPINIÃO

Justiça social e salarialJustiça social e salarial

O funcionário continua sendo o elo mais

fraco na relação de trabalho, e nenhuma

corrente deve ser mais forte do que seu elo

mais fraco. Todos sabem que não implantar

a isonomia é fragilizar um desses elos.

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ivo