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Manual do Candidato Eleições 2012

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Expediente

Adriana VasconcelosCoordenadora de Comunicação Social da Executiva do PSDB

Olavo SoaresTexto

Equipe da Assessoria de ComunicaçãoRevisão e edição

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Índice

Introdução .......................................................................................................... 07

Palavra do Presidente ....................................................................................... 09

Palavra do Secretário-Geral ................................................................................11

O PSDB .............................................................................................................. 13

As eleições ......................................................................................................... 19

Legislação Eleitoral ............................................................................................ 23

O uso da internet ................................................................................................ 29

Marketing ............................................................................................................ 37

Arrecadação e controle financeiro ..................................................................... 45

Montagem da equipe ......................................................................................... 49

Criação de um banco de dados ......................................................................... 51

Relacionamento com a imprensa ...................................................................... 53

Identidade visual ................................................................................................ 55

Calendário Eleitoral e cronograma .................................................................... 57

Contatos ............................................................................................................. 65

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Prezado (a) candidato (a)

Se você tomou a decisão de se candidatar pelo PSDB, a primeira coisa que temos que fazer é dar-lhe os sinceros parabéns. Nosso partido tem uma história invejável e um presente marcado pela apresentação de propostas que engrande-cem o Brasil. É uma satisfação para nós tê-lo no nosso time.

É, também, um ato de enorme responsabilidade. Afinal, você será o represen-tante de um partido que trouxe conquistas que mudaram a vida dos brasileiros. A população conhece e aprova o trabalho do PSDB – o que, certamente, fará com que todos estejam vigilantes quanto à sua candidatura e ao seu mandato.

Este manual tem como objetivo passar algumas informações e dicas que serão úteis na corrida eleitoral. Abordaremos assuntos que farão parte de seu cotidiano de campanha, como legislação, marketing, dinheiro e outros. Também falaremos sobre o PSDB – é importante que você tenha na ponta da língua as principais realizações e bandeiras do partido – e sobre o próprio mecanismo das eleições.

Boa leitura e boa campanha!

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Palavra do Presidente

A corrida eleitoral está em curso. Cada um de nós está visitando ca-sas e dialogando com eleitores em todo o Brasil. Buscamos cargos de prefeito ou vereador, mas nossa luta é por algo maior – um país mais jus-to, inclusivo, avançado e distante da corrupção.

O PSDB entra na disputa com

força total. Alcançamos, neste ano, o maior número de filiados de toda a nossa história. A organização da nossa lista de apoiadores, in-clusive, é uma tarefa que está em curso no momento – estamos pro-

movendo um recadastramento de todos os nossos filiados, que nos possibilitará ter telefones, endereços e outros dados de quem está junto com o partido. O recadastramento deve ser feito na página do partido na internet, no endereço www.psdb.org.br.

As eleições municipais são o melhor momento para que o Brasil verifique

a capacidade do PSDB. É nas cidades que todos vivem, já dizia um dos nos-sos fundadores, o saudoso Franco Montoro; é nelas, então, que faremos história mais uma vez, e lançaremos as bases para as disputas estaduais e nacionais em 2014.

Esperamos que este manual seja útil para a sua trajetória nas eleições. E, se

precisar de qualquer outro tipo de apoio, não hesite em nos procurar.

Deputado Federal Sérgio Guerra (PE)Presidente Nacional do PSDB

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Palavra do Secretário-Geral

O PSDB fez-se assim: de ideias, lutas e conquistas. Na condução dos rumos, na construção de alternativas de gover-nança ou, mais recentemente, na formula-ção crítica dos acertos e erros do modelo que aí está, o PSDB é o grande agente da história contemporânea do Brasil, res-ponsável pela estabilização da economia e pelo legado da estrutura de grande parte

dos projetos e programas sociais que hoje melhoram a vida das pessoas.

Dirigindo atualmente cerca de novecentos municípios, o PSDB quer chegar a mil nas eleições de outubro próximo. Essa meta se mostra factível, tanto em virtude do exemplo de gestão pública de seus prefeitos e prefeitas, ora em ativi-dade, quanto do criterioso processo de escolha de seus próximos candidatos a prefeito e a vereador. Ética, transparência e compromisso com resultado são as diretrizes maiores do partido e os valores buscados em seus candidatos.

Portanto, você que agora recebe esta cartilha está de parabéns por ter sido escolhido um de nossos candidatos. Ela foi preparada para ajudá-lo a eleger-se, reavivando as principais realizações e bandeiras do partido, buscando orientá-lo em suas estratégias e transmitindo dicas de marketing, orçamento, legislação, montagem de equipe, uso da internet, enfim de tudo que diz respeito ao cotidiano de uma campanha.

Você tem que estar preparado para a disputa, não somente porque ela será acirrada, mas também porque você faz parte de uma agremiação integrada pelos mais completos e qualificados quadros do país, comprometidos com o desafio de melhorar o cotidiano das pessoas.

Tenha sempre a cartilha com você e use-a. É a contribuição da direção do partido que quer estar ao seu lado, nesta corrida eleitoral, e que acredita que é através das prefeituras e câmaras municipais que um partido se fortalece para chegar ao poder máximo de um país.

Deputado Federal Rodrigo de Castro (MG) Secretário-Geral do PSDB

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“O PSDB tem a responsabilidade de oferecer uma alternativa de poder para o País, em 2014. A construção desse projeto de Nação começa agora, nas eleições municipais. E a sua partici-pação é fundamental”

Alvaro Dias (PSDB-PR)Líder do PSDB no Senado

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O PSDB

O PSDB, neste ano de 2012, é um partido que tem, aproximadamente, 1 milhão e 500 mil filiados em todo o Brasil, administra cerca de 900 municípios e é a única legenda com governadores nas cinco regiões do país – Alagoas, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Roraima, São Paulo e Tocantins são comandados pelo partido.

A grandeza atual é resultado de um partido que já nasceu forte. O PSDB foi pensado durante a realização da Assembleia Constituinte, em 1988, e naquele mesmo ano apresentou-se ao Brasil, defendendo as bandeiras da social-demo-cracia. Congregou líderes que se destacaram no combate ao regime militar e na elaboração da Carta Magna brasileira, como Franco Montoro, Mário Covas, Maria de Lourdes Abadia, Fernando Henrique Cardoso, Moema São Thiago, Pimenta da Veiga, José Richa e Tasso Jereissati, entre outros.

Logo no seu primeiro ano de vida, o PSDB elegeu 18 prefeitos – entre eles, o de Belo Horizonte, Pimenta da Veiga.

Em 1989, o PSDB participou das primeiras eleições diretas para a Presidên-cia da República com o então senador paulista Mário Covas como candidato. O quarto lugar – obtido em uma disputa que teve mais de 20 candidatos – foi a indicação de que a mensagem do partido estava sendo bem recebida pelos brasileiros. O que se confirmou no ano seguinte, quando o PSDB elegeu um go-vernador, um senador, 38 deputados federais e 67 deputados estaduais.

O PSDB fez oposição ao governo Fernando Collor desde seu início e foi uma das forças decisivas para o impeachment do ex-presidente, ocorrido em 1992. Com a ascensão de Itamar Franco, o partido juntou forças ao governo federal e o então senador Fernando Henrique Cardoso tornou-se ministro: primeiro das Relações Exteriores, depois, da Fazenda.

Nesta segunda pasta, FHC deu início àquela que seria a maior revolução da história da economia brasileira – a criação do Plano Real. O Brasil convivia com inflação galopante e moeda fraca havia décadas. Planos e mais planos se sucediam na tentativa de corrigir o problema, mas não apresentavam resultados – pelo contrário, prejudicavam ainda mais a vida da população com menor renda. Mas o Real, fruto de muito planejamento e empenho, conseguiu contolar a infla-ção e trazer mais tranquilidade aos brasileiros.

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Em 1994, Fernando Henrique foi eleito presidente. Foi reeleito ao cargo em 1998 – nos dois casos, com vitórias já no primeiro turno das eleições. Seus dois mandatos levaram o Brasil a outra era. A estabilidade econômica se consolidou – a despeito das críticas de muitos, em especial dos petistas, que rejeitaram o Real, chamando-o de “plano eleitoreiro”. A modernização chegou ao país, com a expansão das indústrias e as privatizações, que possibilitaram a todos os ci-dadãos ter uma linha telefônica. O celular, que parecia um objeto inacessível à maioria da população, tornou-se algo rotineiro na vida dos brasileiros. Na saúde, com o ministro José Serra, outra sequência de vitórias, com a implantação dos medicamentos genéricos e dos mutirões.

Transformações também aconteciam nos estados. Mário Covas, em São Paulo, Marcello Alencar, no Rio, Eduardo Azeredo, em Minas, Tasso Jereissati no Ceará e outros administradores protagonizavam a positiva revolução que o PSDB fazia, cuja única beneficiária era a população.

A partir de 2003, o PSDB passou para o campo da oposição no plano fe-deral. O que não quer dizer que tornou-se menos admirado pelos brasileiros – a eleição de congressistas de relevo e as vitórias para os governos estadu-ais são uma mostra do quanto partido e população seguem na mesma sintonia. Sérgio Guerra, Alvaro Dias, Aécio Neves, Beto Richa, Antonio Anastasia, Simão Jatene, Geraldo Alckmin, Arthur Virgílio, José de Anchieta Júnior, Marconi Perillo, Siqueira Campos, Teotônio Vilela Filho e tantos outros seguem dando mostras da capacidade administrativa do partido.

Agora, nos preparamos para que as eleições de 2012 sejam mais um capítulo em nossa riquíssima trajetória de realizações, conquistas e atos em prol do povo brasileiro. Esperamos que você seja o protagonista desses novos capítulos.

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O PSDB defende...

• O Estado eficiente: para o PSDB, governo bom é aquele cujo tamanho é o ideal para atender às necessidades dos brasileiros. Nem pequeno, para não deixar serviços à deriva; nem grande demais, para evitar burocracia, e gastos excessivos.

• A economia livre: o PSDB quer um país em que empresários tenham liberdade para investir e recebam apoio do Estado para empreender.

• A liberdade de imprensa: não existe democracia sem imprensa livre, atuante e fiscalizadora da sociedade. O PSDB respeita, promove e incen-tiva todas as ações que levem ao acréscimo da liberdade de imprensa no Brasil.

• O meio ambiente: o PSDB acredita que não existe desenvolvimento sem que haja a promoção da sustentabilidade.

• O agronegócio: um dos setores mais importantes para a economia nacional, além de responsável por alimentar os brasileiros, tem o apoio do PSDB, que se traduz pelas ações do partido nos estados que administra e no Congresso Nacional.

• O funcionalismo público: o Estado só será capaz de atender os ci-dadãos se seus funcionários forem motivados, respeitados e bem pagos. O PSDB é parceiro dos funcionários públicos.

• A reforma política: defendemos uma reforma que possibilite aos ci-dadãos estarem mais próximos dos seus representantes, além de reduzir os custos das eleições. O voto distrital é uma bandeira do partido.

• A mobilização popular: acreditamos que a política se faz com a pre-sença de todos os indivíduos. O PSDB defende que todos podem se iden-tificar com a social-democracia. Por isso mantemos núcleos ligados ao sindicalismo, aos jovens, às mulheres, aos negros, à diversidade sexual e outros.

• A federação: para o PSDB, o poder público é mais eficiente quanto mais próximo estiver dos cidadãos. Somos favoráveis ao pacto federativo – isto é, ao fortalecimento de cada um dos 26 estados e do Distrito Federal, que compõem o Brasil; e também somos municipalistas. Franco Montoro, um dos fundadores do partido, dizia que ninguém vive no estado ou na União, e sim, no município.

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O PSDB rejeita...

• O aparelhamento do Estado: uma vez que entende que o Estado deve ter o tamanho necessário para atender às necessidades dos cidadãos, o partido jamais concordaria com o que vem sendo adotado nos últimos anos – o poder público transformado em cabide de empregos para amigos do partido que está no poder.

• Qualquer forma de censura: ninguém que se proponha a estabelecer qualquer espécie de controle da imprensa e de manifestações em geral terá o apoio do PSDB.

• A máquina pública defasada: o PSDB acredita que o Estado deve se modernizar, cortando de si elementos que nada agregam ao seu objetivo de servir aos cidadãos.

• A política como cavalo de batalha: para o PSDB, política se faz com troca de ideias, de experiências, e com respeito aos adversários. Conde-namos a transformação do debate político em guerra – bem como qualquer tipo de revanchismo ou de medidas com cunho pessoal.

• O apadrinhamento e o tráfico de influências: o PSDB não está do lado dos que veem o Estado como uma maneira de fazer agrados aos amigos.

• O combate seletivo à corrupção: dizer que é contra a corrupção é algo que faz parte do DNA de qualquer partido político sério. No caso do PSDB, vamos além: condenamos os que criticam a corrupção dos adversários e perdoam a dos aliados. Não existem, para o PSDB, “melhores” e “piores” corruptos.

• As relações internacionais pautadas pela ideologia: o PSDB acredita que o Brasil deve conduzir suas relações com os outros países com base no interesse nacional, e não em ideologias que se mostraram caducas ain-da no século passado.

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O PSDB já fez...

• O Plano Real: a maior revolução da economia brasileira, que trouxe estabilidade e acabou com a inflação, é obra do PSDB.

• As privatizações: o Brasil deu adeus à tecnologia inacessível e a em-presas públicas quebradas. O resultado foi o aumento de empregos, ar-recadação de impostos e oferta de serviços aos cidadãos.

• As melhores rodovias do Brasil: quando estava na Presidência da República, o PSDB transformou o setor brasileiro de logística. Hoje, seus governos estaduais são responsáveis por gerenciar as mais avançadas e seguras estradas do país.

• Os genéricos: se hoje a população tem acesso a medicamentos de custo baixo e qualidade alta, isso se deve à coragem do PSDB.

• Os mutirões da saúde: o PSDB ampliou o acesso dos brasileiros à saúde, aproximando os médicos de quem precisa.

• A Lei de Responsabilidade Fiscal: o PSDB implementou a lei que mu-dou a gestão pública no país. A partir desta legislação, os governantes pas-saram a ter mais responsabilidade na hora de gastar os recursos públicos.

• A universalização do ensino: iniciativas como o Fundef fizeram com que o Brasil registre hoje a presença maciça de suas crianças na escola.

• A campanha anti-aids: o PSDB foi o responsável pela criação e ex-pansão do programa anti-aids brasileiro, reconhecidamente um dos mel-hores do mundo.

• Uma revolução na seguridade social: o Bolsa Família, que tem tirado milhões de brasileiros da miséria, é a junção de programas que o PSDB trouxe aos brasileiros durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso.

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Comparativo – PSDB x PT

Vamos traçar uma comparação entre as gestões de Fernando Henrique Cardoso e Lula na Presidência da República, cada uma com oito anos de duração.

PSDBFernando Henrique Cardoso

(1995-2002)

PTLuiz Inácio Lula da Silva

(2003-2010)

O Índice de Desenvolvimento Humano elevou-se em 7,62% no mandato de FHC.

Com Lula, o acréscimo foi só de 2,91%.

FHC reduziu a mortalidade infantil em 21,94%.

Lula diminuiu o índice apenas em 20,16%.

Na gestão FHC, o total de domicílios com linha telefônica cresceu 224,21%.

Lula expandiu este item em 37,82%.

O número de jovens entre 15 e 17 anos fora da escola diminuiu 51,44% no governo de FHC.

Com Lula, este indicador foi reduzido em 4,32%.

FHC deixou o mandato com uma dívi-da pública de R$ 560 bilhões.

Lula transformou essa dívida em algo próximo de R$ 1 trilhão.

O analfabetismo recuou 27,77% na gestão FHC.

Lula fez o analfabetismo diminuir apenas 15,6%.

FHC fez com que o valor do salário mínimo subisse 206,8% durante seu mandato.

Nos oito anos de Lula, o salário míni-mo elevou-se 155%.

* Fonte: Turma do Chapéu, dados do IBGE e da ONU

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As eleições

Agora que já entendemos melhor a história e as propostas do nosso partido, vamos saber mais sobre a batalha que travaremos nos próximos meses.

As eleições acontecem no mês de outubro – o primeiro turno no dia 7, e o segundo, se necessário, no dia 28. Estarão em jogo os cargos de prefeitos e vereadores, nos mais de 5 mil municípios brasileiros.

As votações para os cargos de prefeito e vereador seguem regras distintas.

A eleição para prefeito é realizada pelo chamado sistema majoritário. Em ci-dades com menos de 200 mil eleitores, tem apenas um turno; o candidato que receber o maior número de votos no dia 7 será o prefeito. Já nas com mais de 200 mil eleitores, pode ocorrer um segundo turno se, no primeiro, nenhum dos candidatos conseguir mais do que 50% dos votos. Caso isso aconteça, os dois candidatos com melhor colocação na primeira etapa vão para a segunda fase da disputa. É uma espécie de eleição nova – quem receber mais votos nesta fase se consagra o vencedor.

Já a disputa para a vaga nas Câmaras, regida pelo sistema proporcional, é um pouco mais complexa.

Para ser eleito vereador, não basta um candidato receber muitos votos. É preciso que os outros candidatos de seu partido e coligação também sejam bem escolhidos. Entra em cena o famoso quociente eleitoral. Ele é calculado de acor-do com três fatores: o número de votos válidos, o total de vagas na Câmara e a votação recebida por cada coligação.

Curiosidade: Há quem diga que o segundo turno é apenas uma formali-dade, já que o candidato que liderou o primeiro turno tende a ser o fa-vorito para a segunda etapa. Este padrão costuma ser mantido, mas há exceções; uma delas aconteceu em São Paulo, nas eleições para o go-verno do estado em 1998. Paulo Maluf venceu o primeiro turno com mais de 1 milhão de votos de vantagem sobre o saudoso Mário Covas. Mas, no segundo, Covas virou o jogo e ganhou a disputa com quase de 2 milhões de votos de diferença sobre o adversário.

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Para compreendê-lo, pense que as vagas dos vereadores não são distribuí-das de acordo com a votação de cada candidato, e sim pelos votos das co-ligações. Quanto mais uma coligação for votada, mais cadeiras ela terá – e aí incluímos como votos da coligação os votos recebidos por cada um dos seus integrantes e também o famoso voto na legenda. A votação individual serve para que se definam quais candidatos ocuparão essas vagas.

É por isso que jamais um candidato do PSDB deve ser interpretado como adversário nesta disputa. Cada voto recebido por um integrante do PSDB irá beneficiar, de forma indireta, outro candidato. Também é por este motivo que buscar o voto na legenda deve ser um objetivo dos coordenadores da campanha. A maneira mais precisa de se conseguir uma bancada forte é conseguindo uma votação massiva no partido. Fortaleça a campanha “Vote 45” em seu município!

Dica: o site do TSE de São Paulo tem uma explicação detalhada e de fácil compreensão sobre o sistema proporcional.

Confira: http://www.tre-sp.gov.br/eleicoes/2004/quociente.htm

Maneira de votar

As urnas eletrônicas estarão presentes, novamente, em todo o país. A popu-lação está cada vez mais habituada com o sistema de votação digital. Ainda as-sim, é importante explicar aos eleitores como se dá a rotina de votação. Enfatize que o eleitor precisará apenas digitar alguns números (serão somente sete neste ano, dois para prefeito e cinco para vereador) e que o mecanismo é muito similar ao de um telefone.

Para votar, o eleitor precisa comparecer à sua seção eleitoral munido de um documento de identificação com foto – o título de eleitor não é obrigatório, mas sua posse é recomendada para que o eleitor saiba com precisão onde deve ir.

Algumas cidades do Brasil já têm o sistema de identificação biométrica, pelo qual o eleitor fará a identificação com a sua impressão digital. A expectativa do TSE é que esse sistema seja aplicado em todo o país ao longo dos próximos anos.

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Coligações

Você, candidato, certamente sabe o que são as coligações. Mas vamos falar um pouco a respeito delas para ver como elas são importantes em uma disputa eleitoral – em especial nas campanhas para a Câmara.

As coligações são as uniões que os partidos fazem para a disputa eleitoral. Seu principal objetivo é proporcionar uma somatória de forças que amplie as pos-sibilidades de vitória.

Nas eleições proporcionais (além dos vereadores, a mesma regra vale para as disputas para a Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas), as co-ligações interferem diretamente no resultado da eleição. Quando o partido A e o partido B se coligam, eles formam um grupo dentro do qual não há distinção de quem recebeu o voto. O quociente eleitoral é atribuído às coligações, e não indi-vidualmente aos partidos. A unidade também acontece em relação ao trato com a Justiça Eleitoral: uma vez coligados, os partidos respondem de forma conjunta pelos seus atos durante a campanha, não mais como agremiações isoladas.

Já nas eleições majoritárias, aplicadas nos pleitos para prefeituras, Presidên-cia da República, governos estaduais e vagas no Senado, as coligações não implicam um vínculo obrigatório entre os partidos. Embora seja muito comum uma divisão de cargos – por exemplo, na coligação entre o partido A e o partido B para a disputa da prefeitura, o partido A indica o candidato a prefeito e o partido B, o candidato a vice-prefeito – ela não é obrigatória.

Também não é obrigatória a “reprodução”, na esfera proporcional, das coliga-ções efetuadas para a disputa majoritária. É muito comum que, quando há uma coligação ampla para o cargo majoritário, sejam formadas coligações menores no campo proporcional.

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“As eleições de 2012 são mais um momento na rotina da con-solidação democrática, mais uma chance para o PSDB apresen-tar ao País as boas práticas políticas que a população espera, além de servir como base para o projeto vitorioso do partido para a eleição de 2014”

Bruno Araújo (PSDB-PE) Líder do PSDB na Câmara

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Legislação Eleitoral

Conhecer a regra do jogo é fundamental para quem quiser vencê-lo. No caso da legislação eleitoral, o domínio das normas pode ajudar o candidato em dois sentidos: evitando o cometimento de falhas e possibilitando a identificação de desvios por parte dos adversários. Esteja sempre atento.

Manter um advogado especializado em direito eleitoral em sua equipe de campanha é um passo vital (assim como um contador, mas falaremos sobre as finanças mais tarde). Cada passo de sua campanha precisa estar baseado nas determinações legais.

Apresentaremos, abaixo, um pequeno resumo do que dizem as leis. Reco-mendamos que você procure lê-las na íntegra. Conheça os textos, faça a sua leitura e consulte o Departamento Jurídico da Executiva Nacional do PSDB (pelo email [email protected]) no caso de dúvidas.

Vamos a um pequeno resumo das questões legais das eleições, mostrado no formato de perguntas e respostas.

Quem pode ser candidato?Os requisitos para uma pessoa disputar uma eleição são: ter a idade mínima

(18 anos para vereador, 21 para prefeito); estar filiado a um partido político com no mínimo um ano de antecedência à eleição; residir na cidade na qual quer se

As leis que você deve conhecer:

• Constituição Federal - http://migre.me/9b0fY• Código Eleitoral - http://migre.me/9b0gR• Lei das Inelegibilidades (atualizada pela Lei da Ficha Limpa) - http://migre.me/9b0hn• Lei dos Partidos Políticos - http://migre.me/9b0hR• Lei Eleitoral - http://migre.me/9b0ii• As Instruções do Tribunal Superior Eleitoral para 2012 - http://migre.me/9b0kb

Todas estão disponíveis no site do TSE: www.tse.jus.br

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candidatar, também com prazo mínimo de um ano; estar em dia com a Justiça Eleitoral, e não ser enquadrado pela Lei das Inelegibilidades.

Atenção: em todas as eleições, há muitos casos de pessoas que têm pro-blemas com a Justiça Eleitoral por estarem filiadas a mais um partido. O erro, comum, é acreditar que a filiação a um partido implica automaticamente a des-filiação do anterior. Sempre que um pré-candidato quiser deixar uma sigla, deve procurar a Justiça para formalizar sua decisão.

Como obter um registro de candidatura?As candidaturas são definidas pelos próprios partidos, em seus diretórios mu-

nicipais. Há duas exigências que os partidos devem respeitar: uma relacionada ao sexo dos candidatos (do total de candidatos, no mínimo 30% deve pertencer a um sexo diferente do da maioria) e outra relacionada à quantidade – um par-tido, isoladamente, pode registrar um número de candidatos que corresponda, no máximo, a 150% do número de vereadores da cidade; caso haja uma coligação, esta pode indicar um montante de candidatos que seja equivalente ao dobro do total de vagas na Câmara Municipal. A pessoa que quiser ser candidata, se respeitar os requisitos estabelecidos pela Justiça, deve procurar o diretório mu-nicipal do partido e requerer sua candidatura.

Como escolher os números da campanha?O número do PSDB é o 45. Os candidatos a prefeito da sigla utilizarão so-

mente o 45 como seus números próprios; já os candidatos a vereador terão cin-co dígitos – o 45 e mais três na sequência (exemplo: 45999). A definição dos números é feita pelo diretório municipal. Costuma-se dar preferência de escolha aos candidatos que disputaram eleições anteriores com os mesmos números.

Aproveitamos para reforçar a importância do voto na legenda. Ajude o PSDB a fortalecer sua presença no Legislativo: defenda o 45!

Quais documentos são necessários para começar a campanha?O registro da candidatura é feito pelo partido político. O candidato deve en-

tregar ao PSDB os seguintes documentos: autorização para registro; endereço e número de fax, para recebimento de notificações da Justiça Eleitoral; declaração de bens; certidões criminais federal e estadual; fotografia 5x7 cm; comprovante de escolaridade; prova de desincompatibilização, se servidor público, membro de

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sindicato ou outra entidade que receba recuroso públicos; cópia oficial do docu-mento de identidade. Após a confirmação do registro, a Receita Federal emitirá um CNPJ do candidato, que será usado para a abertura da conta corrente da campanha.

Como utilizar pesquisas?As pesquisas são uma ferramenta essencial em qualquer campanha. Elas

podem ser feitas livremente por qualquer candidato, bem como serem divulgadas internamente (para militantes, outros filiados e em propaganda intrapartidária). Porém, para que uma pesquisa seja anunciada ao público geral – no horário eleitoral gratuito, em panfletos ou outros meios de divulgação – é preciso que ela esteja registrada na Justiça Eleitoral. Este procedimento cabe unicamente à empresa responsável pelo levantamento, não podendo, assim, o partido político realizar qualquer ação para efetuá-lo; a preocupação do candidato está em veri-ficar o registro antes de anunciar os dados.

O que precisa constar e o que não pode aparecer nos materiais de cam-panha?

Algumas regras devem ser respeitadas na produção dos materiais. Por exemplo, toda propaganda feita por escrito – panfletos, jornais, cartazes, etc – dos candidatos a prefeito deve incluir o nome do vice da chapa. É também obrigatória a presença do nome da coligação, se houver, e de todos os partidos que a compõem, isso para os candidatos da eleição majoritária; no caso dos que querem ser vereadores, a exigência é da citação somente do partido do próprio candidato. Todos os materiais impressos devem trazer o CNPJ da candidatura e também a tiragem da publicação (o que vale tanto para panfletos quanto para revistas e jornais).

Para fazer um ato de rua – corpo-a-corpo, panfletagem, carreata – é preciso pedir autorização?

Não. Com exceção de alguns locais, datas e horários que demandam atenção especial (falaremos sobre eles em breve), as manifestações são livres. Porém, é recomendado que a campanha avise as autoridades quando promover uma car-reata ou algum ato que mobilize um número elevado de pessoas. Assim, conta-se com apoio logístico, o que facilita a ação.

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Agentes públicos – servidores e detentores de mandato (prefeitos, vereadores, deputados e outros) – podem participar da campanha?

Como estamos em uma democracia, qualquer cidadão pode manifestar sua preferência política e, em período eleitoral, pedir votos a um candidato (ou a ele próprio). Porém, cautela é fundamental. Um servidor público não pode, em hipótese alguma, fazer campanha durante o expediente, ou mesmo permitir que o prédio público seja utilizado para finalidades eleitorais – e nisso estão incluí-das até ações aparentemente sutis, como o envio de um e-mail a um colega de trabalho explicando as virtudes de um candidato. Quanto aos detentores de mandato, eles devem estar ainda mais atentos. Não podem confundir suas ações como representantes da população com suas candidaturas. São proibidos, por exemplo, de pedirem votos durante discursos nas tribunas ou quando estiverem falando com a imprensa sobre algo relacionado aos seus mandatos. Os prefei-tos devem estar também atentos quanto à distribuição de bens aos cidadãos – durante o período eleitoral, eles estão proibidos de entregarem cestas básicas, roupas e outros artigos, a não ser que a cidade viva um período emergencial.

Pode ou não pode? Veja o quadro e tire suas dúvidas rápidas!

Pode Não podeUtilizar trios elétricos e demais apa-relhos com alto-falantes, mas ap-enas para a realização de comícios. Restrições: não usar alto-falantes a menos de 200 metros da Prefeitura, da Câmara Municipal, do Tribunal de Justiça, quartéis, hospitais, e, quando estiverem em funcionamento, de es-colas, bibliotecas, igrejas e teatros.

Distribuir brindes que representem alguma vantagem material ao eleitor (bonés, camisetas, cestas básicas e outros).

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Pode Não podeConceder entrevistas a quaisquer veículos de comunicação, ainda que fora do período eleitoral. Deve haver cautela para não se pedir votos e para que o veículo trate os outros candida-tos com isonomia.

Realizar “showmícios” ou outros atos que misturem apresentações musicais com encontros políticos. Se o próprio candidato for artista, ele poderá cum-prir agenda de shows, desde que não peça votos quando estiver se apre-sentando e vice-versa.

Se o candidato for detentor de um man-dato público (buscando a reeleição ou outro cargo), pode produzir e divulgar material sobre suas ações. O proibido, durante o período pré-eleitoral, é fazer material com pedido explícito de votos.

Utilizar outdoors – de nenhuma espé-cie.

Realizar comícios em ambientes públi-cos (ruas, avenidas, praças) entre 8 e 24 horas.

Comprar uma relação de e-mails para envio de mensagens de campanha.

Colocar bonecos e cartazes móveis nas vias públicas, desde que não prej-udiquem a passagem dos pedestres.

Realizar a chamada “campanha de boca de urna”, aquela feita no dia das eleições e próxima aos locais de vota-ção. Fiscalize e denuncie.

Promover atos de rua (comícios, pas-seatas, carreatas) até 24 horas antes do início das eleições.

Promover atos de campanha em pré-dios públicos – Câmaras Municipais, Fóruns, Prefeituras, Se-cretarias e outros. A única exceção são as con-venções partidárias.

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Pode Não podeRealizar manifestações individuais e silenciosas no dia da eleição (por exemplo, usar camisetas e bonés do partido).

Colocar cartazes em postes, árvores, viadutos ou prédios públicos.

Promover campanha pela internet – manter um site, atuar nas redes soci-ais, interagir com eleitores.

Instalar cartazes, de até 4 metros quadrados, em propriedades particu-lares.

Dica: Informações completas sobre o assunto podem ser obtidas por meio do Manual Jurídico do Candidato, também disponibilizado pelo PSDB.

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O uso da internet

Antes de iniciarmos uma abordagem mais detalhada sobre a internet, é pre-ciso que digamos uma coisa: um grande erro que o candidato pode cometer é tratar a internet como se ela ainda fosse uma novidade. Para confrontarmos esta ideia – que ainda vigora na cabeça de muitos -, basta termos em mente que a internet comercial já está difundida no Brasil desde o início da década passada e que na última campanha para prefeitos e vereadores, em 2008, ocupou papel central. Portanto, utilizar a internet não é mais uma “inovação”; é parte obrigatória de qualquer campanha bem estruturada.

Qualquer campanha mesmo, em qualquer cidade: diversas pesquisas mostram que, no Brasil, a internet é utilizada por pessoas de todas as classes sociais, em todas as regiões. A resistência que ainda há aqui diz respeito à faixa etária – os mais velhos fazem pouco uso da rede. Portanto, nada de achar que “internet é coisa de rico” e “meu eleitorado nem sabe o que é isso”. Sabe, sim. E pode se mobilizar em seu torno se você souber usar a rede.

O que há de novo nos últimos anos é a consolidação das redes sociais. Pági-nas como Facebook, Twitter, Foursquare e outras ganharam o mundo por volta de 2005 e, nos últimos anos, deram sucessivas mostras que não se tratam de “modas passageiras”. São ferramentas utilizadas e muito pelos brasileiros – tanto para diversão quanto para realização de negócios e obtenção de informações.

Vamos falar sobre as redes sociais, mas também abordaremos outros aspec-tos do uso da internet que irão contribuir para sua candidatura.

Conhecendo o terrenoAntes de falarmos sobre a exposição de sua candidatura na internet, iremos

a outro ponto. Vamos entender como a internet pode ajudá-lo a obter mais infor-mações sobre sua cidade.

Se você quer ser candidato, é evidente que já conhece – e bem – seu mu-nicípio. Ainda assim, alguns números podem estar distantes de seu dia a dia. E tê-los em mente será muito útil no debate com os eleitores.

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Vamos a um exemplo. Suponha que você é candidato a vereador na cidade de Bento Gonçalves (RS). O município é, hoje, administrado por um partido adversário do PSDB. É, portanto, uma cidade em que nós somos oposição. A oposição que o PSDB faz, você sabe, não é aquela raivosa, feita com o fígado, e sim uma oposição que se baseia em ideias, em dados, em fatos. Portanto, sua exposição para o eleitorado deve ser sustentada por elementos concretos. O que a prefeitura local tem feito de errado? Quais os principais defeitos da administra-ção em curso na cidade?

Essas perguntas são respondidas rapidamente com o uso da internet. A rede nos mostra, por exemplo, que Bento Gonçalves pouco evoluiu na saúde pública nos últimos anos. Das 89 instituições de saúde que atuam na cidade, 61 são par-ticulares. Não há nenhum hospital público que ofereça internação completa na cidade. Na educação, também há pouco avanço: a cidade, que tinha 15 escolas de ensino médio em 2005, passou a ter somente 14 em 2009.

Todos estes dados foram obtidos em fontes oficiais, por meio da internet. Com eles, a discussão vai para outro nível. O candidato deixa de lado o “achismo” e trabalha com fatos concretos. É o tipo de elemento que o eleitor gosta de ouvir – porque diz respeito à realidade dele e também porque demonstra que o candi-dato tem preparação para exercer o mandato.

Conheça algumas páginas com estatísticas interessantes e oficiais sobre as cidades:

IBGE – www.ibge.gov.brDados gerais sobre o Brasil e as cidades. Censo, indicadores econômicos e

outros.

Cidades@ - www.ibge.gov.br/cidadesatHotsite do IBGE com estatísticas específicas sobre cada uma das cidades

do Brasil. Informações sobre educação, saneamento, atividade industrial, distri-buição da cidade por faixa etária e outros.

Dieese - www.dieese.org.brEstatísticas de emprego e produção industrial em todo o Brasil.

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Fundação Seade - www.seade.gov.brInformações segmentadas sobre população e aspectos como economia,

saúde, justiça e outros. Apenas para o estado de São Paulo.

Tribunal Superior Eleitoral – www.tse.jus.brDados precisos sobre as eleições do Brasil de 1994 até os dias atuais. Útil

para compreender o comportamento eleitoral das cidades.

Ministério do Trabalho e Emprego – www.mte.gov.brBalanço sobre a situação do trabalho dos brasileiros – número de desem-

pregados, setores que mais empregam e outros aspectos.

Além destas, há diversas páginas que podem ser úteis, como a do Ministério da Saúde, a do governo de seu estado, instituições de ensino e pesquisa como a Fundação Getúlio Vargas, USP, entre outras.

Atenção: assim como pode ser útil, a internet pode ser uma grande armadi-lha. Muitas informações falsas, desatualizadas ou imprecisas circulam pela rede. Tenha cuidado com estatísticas “fantásticas”. Procure sempre as fontes oficiais.

A leiEm termos jurídicos, a relação da internet com as eleições é ainda um pouco

nebulosa. As regras modificam-se a cada eleição, então é necessário que o can-didato esteja sempre atento – o que vigorará em 2012, por exemplo, será bem diferente do que foi aplicado na última eleição municipal, em 2008.

Um rápido apanhado das regras para 2012:- a propaganda explícita na internet pode ser feita a partir do dia 5 de julho

(mesma data que vale para as outras ações). Antes disso, o candidato pode atuar na rede, mas sem pedir votos.

- pode-se fazer a propaganda pela rede por meio de sites, participação em redes sociais, envio de mensagens a eleitores, manutenção de blogs, desde que a responsável pelas atividades seja uma pessoa física (empresas não podem ser proprietárias de sites de campanha).

- é proibida a reprodução de anúncios de campanha – gratuita ou paga – em qualquer outro tipo de site que não o do candidato e da sua coligação.

- é proibido comprar bancos de endereços eletrônicos.

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- toda mensagem enviada – por e-mail ou rede social – deve conter um campo para descredenciamento. Nenhum eleitor pode continuar recebendo as mensa-gens se optar por deixar de fazê-lo.

As leis para a internet nas eleições de 2012 estão no site do TSE (www.tse.jus.br, ou no link direto http://migre.me/9e21v), a partir da página 10.

O objetivo da atuação Bem, agora vamos à sua atuação propriamente dita. Hora de pensar o

seguinte: para quê você quer agir na internet?

“Para conseguir mais votos e ganhar a eleição”. Essa deve ter sido a sua resposta. Claro! Isso é o que o candidato quer em cada um dos passos que dá durante a campanha. No caso da internet, o foco é pensar como esta meta é alcançada.

Para isso, o que você deve ter em mente é o seguinte: uma boa ação de uma campanha na internet é aquela que faz do candidato uma referência na rede. É simplesmente isso. Não se trata de ser o candidato mais ágil, o mais interativo, o que está presente em mais redes; a questão é que os eleitores vejam aquele perfil como alguém de quem esperam boas coisas, e cujo conteúdo queiram compartilhar.

Pense que isso é ainda mais vital em uma eleição municipal, na qual, na maio-ria das cidades, não existe horário eleitoral gratuito.

Então busque se diferenciar – e faça isso com conteúdo. Exponha sua opi- nião. Os eleitores sabem que um vereador ou prefeito não irá decidir os rumos da relação do Brasil com a China; mas eles querem entender o que o seu candidato pensa a respeito. Fale sobre o PSDB, destacando o que o partido conquistou, acredita e fará pelo Brasil. Utilize os dados oficiais que você pesquisou e o ex-ponha a seu eleitorado. Converse com o público. Dê motivos para que eles quei-ram saber o que você está fazendo!

Sua página pessoalO site do candidato – que pode ter o formato www.candidato.com.br – será

o principal ponto de partida das ações na internet. Deve ser tratado como uma espécie de “comitê virtual”.

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Para fazê-lo, você tem dois caminhos. Um é investir tempo e recursos (vale a pena) e montar um bom portal. Uma página caprichada poderá incluir vídeos, blog, informações sobre sua agenda, biografia, links para as redes sociais e tan-tos outros. Tenha certeza que, se você encontrar o profissional certo, não será um dinheiro mal gasto.

Mas você também pode apostar nas ferramentas gratuitas. Servidores como Wordpress e Blogspot permitem a criação de páginas de fácil uso e com a pos-sibilidade de inserção de uma boa variedade de conteúdos. A inscrição nas redes sociais, sobre as quais falaremos em breve, também pode se fazer sem custos.

Seja como for, é imprescindível que sua página contenha os seguintes itens:- biografia: conte sua história. Diga onde estudou, o que já realizou, qual o seu

vínculo com a cidade pela qual quer trabalhar. - propostas e plano de governo: mostre ao eleitorado o que você quer fazer.

Tente evitar propostas genéricas, do tipo “defendo uma educação mais forte”. Isso todo mundo defende, não é verdade? Dê um passo além: mostre suas ideias para fazer com que a cidade melhore, e demonstre como você é diferente dos outros candidatos.

- material de campanha: inclua no site todos os seus jingles, vídeos e também réplica de seus materiais impressos (cartazes e santinhos). Se possível, coloque-os em um formato que possibilite a impressão. Pense que eleitores que estão do seu lado podem querer imprimir o material para distribuir aos amigos.

- agenda: divulgue seus compromissos de campanha. Mostre onde e quando você estará. Se possível, indique como o eleitor pode chegar aos lugares (por exemplo, “pegue o ônibus circular e desça em frente à igreja”).

- endereços e telefones: facilite os caminhos para que o eleitor integre sua campanha. Aponte o endereço de seu comitê e também um telefone para con-tato. A internet é fascinante, mas há momentos em que o telefone é um canal mais eficaz.

Redes sociaisO Orkut, que tanto sucesso fez no Brasil nos últimos anos, é uma rede em

vias de extinção. Vamos, então nos concentrar em outras que têm mais utilização por aqui.

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FacebookO Facebook é “a” rede do momento. A utilização dele por aqui é tão grande

que o Brasil tornou-se o segundo país com mais usuários da rede no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos.

- busque atuar de maneira agregadora. Compartilhe conteúdos interessantes, que não sejam ofensivos, repetitivos e falsos (mais uma vez: cuidado com os boatos!).

- mostre seu lado “humano”, mas tenha cuidado na hora de se expor. Lembre que tudo na rede fica gravado e pode ser utilizado contra você.

- a ironia é difícil de ser compreendida nos textos escritos. Algumas piadas ou comentários que cairiam bem numa conversa entre amigos podem se tornar fontes de confusões intermináveis na rede. Cautela.

- o aplicativo Instagram é um ponto a ser explorado. Ele possibilita o com-partilhamento instantâneo de fotos, além de efeitos interessantes nas imagens. Boas fotos tendem a ser compartilhadas pelos usuários, o que joga a seu favor.

- dialogue com os usuários. Responda comentários, “curta” o publicado pelos amigos. E proponha debates. Por exemplo, pergunte aos seguidores o que eles acham da saúde pública, ou se têm propostas para a segurança. Mas tome cui-dado com os “trolls”, aqueles usuários que estão na rede apenas para provocar e ganhar atenção. Não os confunda com os eleitores que discordam democratica-mente de suas ideias. Identifique com precisão os “trolls” e os ignore.

FoursquareO Foursquare funciona como uma espécie de agregador dos locais frequen-

tados pelos seus usuários. Cada vez que alguém que está na rede chega a um lugar, “marca” sua presença pelo Foursquare, que pode replicar a informação via Facebook ou Twitter. Assim, os usuários podem trocar informações, combinar encontros e realizar outras atividades.

- Marque seus compromissos no Foursquare. Assim, você deixa um “rastro” de sua campanha e pode comprovar sua presença em diferentes locais da ci-dade.

- Divulgue suas marcações pela rede. Isso pode fazer, por exemplo, com que um internauta que o segue vá a um local no qual você confirmou presença.

- Estimule as pessoas que participam da sua campanha a também fazerem marcações. Com isso, acontecerá mais “barulho” na rede a respeito, o que atrairá atenção para as suas atividades de campanha.

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TwitterUma espécie de mistura de rede social com blog, que só permite postagens

de até 140 caracteres. É caracterizado pela troca imediata de mensagens e pela interação. Pode servir também para a divulgação de links, vídeos e imagens.

- Evite o que se chama de “flood”, que é uma sequência grande de postagens. Isso gera antipatia entre os seguidores. Distribua seus textos pelo tempo.

- Quando for inserir um link, diminua o tamanho dele, para sobrar mais espaço para o texto. O site www.migre.me é um bom caminho para isso.

- Assim como no Facebook, dialogue com seus seguidores. Peça opinião e responda comentários. Mas cuidado com os trolls.

- Use as hashtags – por exemplo, #transporte – para falar sobre determinados assuntos.

YoutubeÉ o principal portal de vídeos do mundo. Sua audiência, hoje, supera a da

grande maioria das redes de televisão. Reúne usuários que procuram todo tipo de conteúdo em vídeo – humor, música, esportes e, claro, política.

- Crie um canal para você, acrescente um bom plano de fundo (que deve ser similar ao do seu site) e o mantenha atualizado.

- Adicione suas inserções partidárias no rádio e na TV. Lembre-se que, no Youtube, elas não têm restrição de tempo, podendo ser expostas a qualquer hora.

- Produza conteúdo. Os usuários estão interessados tanto em coisas mais elaboradas, como um programa longo e com efeitos, quanto em vídeos de aparência simples mas com uma mensagem a ser passada. Inclua discursos, entrevistas ou mesmo vídeos curtos do candidato comentando alguns assuntos.

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“As eleições municipais são fundamentais para a estru-turação de um partido político, e o resultado desta campanha será um prenúncio do que acontecerá em 2014. Certamente, o partido que não conseguir se organizar nos municípios terá um resultado pouco satisfatório nas eleições majoritárias. Em São Paulo, em 2008, lançamos mais de 400 candidatos a prefeito e aproximadamente 6,5 mil candidatos e candidatas a vereador. Elegemos mais de 200 prefeitos. Para 2012, pretendemos am-pliar o número de eleitos”

Mendes Thame (PSDB-SP) Líder da Minoria na Câmara

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Marketing

A expressão “marketing político” adquiriu, no Brasil, um peso diferente do que deveria ter. Tornou-se um sinônimo de truques que os candidatos usam para iludir o cidadão; um somatório entre muito dinheiro, um jingle bonito, uma pu-blicidade bem produzida e um discurso falso, tudo para equiparar o candidato a um produto em uma prateleira de supermercado, apenas à espera do inocente eleitor.

Marketing não é isso. A propaganda eleitoral (aí sim, estamos falando de jingles e cartazes) faz parte do marketing, mas é apenas um entre os outros elementos que o compõem. Marketing é uma prática ligada essencialmente à montagem de uma estratégia. Trata-se de pesquisar para conhecer o terreno, saber onde pisar, o que construir.

A estratégia é o que podemos chamar de síntese do marketing – e é no que iremos nos focar aqui. É necessário que a sua campanha tenha um plano. Com isso, você saberá dar passos mais precisos e adequados, e a sua campanha ficará mais barata.

As campanhas para vereador e prefeito seguem lógicas distintas. Abordare-mos dicas específicas de marketing para cada uma delas. Mas há um conjunto de ações que podem ser adotadas em ambos os casos, e é nelas que nos fo-caremos agora.

Dicas gerais

Tenha uma marcaA construção de uma estratégia passa, definitivamente, pela construção de

uma marca. As perguntas que você deve fazer a si próprio são: por que sou candidato? O que defendo? Quem votar em mim estará escolhendo um político de qual perfil?

Talvez você tenha pensado em respostas como “sou candidato para lutar por mais educação, saúde, emprego e segurança”. O raciocínio está correto, mas... algum adversário seu dirá algo diferente? Você conhece alguém que fale, pu-blicamente, algo do tipo “vou atacar a saúde e a educação!”? Não. A população

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sabe o que quer, e está cansada de políticos que fazem promessas vagas, sem foco específico.

Dê um passo à frente. Mostre que você não diz apenas “quero mais saúde”, e sim que defende – por exemplo – que a cidade invista mais em medicina pre-ventiva. Relembre ao eleitor sua carreira como professor, engenheiro, médico, sindicalista ou qualquer outra para demonstrar que você tem uma trajetória como bom profissional e gestor.

Quando Fernando Henrique Cardoso foi eleito presidente pela primeira vez, em 1994, ele tinha uma forte marca junto ao eleitorado: a do homem que con-seguiu acabar com a inflação no Brasil (como ministro da Fazenda do governo Itamar Franco). Esta imagem deu a ele suas duas vitórias na disputa pelo cargo máximo do país.

Inspire-se neste exemplo e crie sua imagem. Faça com que o eleitor, ao ou-vir o seu nome, pense em um bom exemplo - “é a médica que mais atende os pobres da cidade!”, “este professor educou meus filhos”, “é o cara conhece os problemas do município”. Isso só trará vantagens à sua campanha.

Faça um diagnóstico da cidadeAs pesquisas podem trazer informações muito mais úteis do que as inten-

ções de voto. Elas podem revelar os desejos e anseios dos eleitores. Mostrar quais as carências da cidade – assim como quais são as virtudes dos prefeitos e vereadores em exercício de mandatos.

Faça ou encomende pesquisas (há empresas muito sérias e competentes no mercado – vale pesquisar). Assim, você poderá entender o que o cidadão quer. Se, por exemplo, saúde é uma grande carência e a educação está em ordem, ou o oposto. De posse destas informações, você conseguirá casar seu discurso com a necessidade dos eleitores. Isso lhe será positivo também no exercício do mandato.

Conheça outras campanhasQuando se quer aprender a fazer algo, uma boa tática é conhecer experiên-

cias de quem faz – e bem feito – o que você quer saber fazer. Com campanha eleitoral não é diferente. Use a internet para ler sobre as candidaturas bem-suce-

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didas das últimas eleições. Procure saber sobre as estratégias, os métodos, as iniciativas tomadas pelos candidatos.

Uma boa e gratuita dica é a revista Campaigns & Elections Brasil, que aborda o universo eleitoral e traz reportagens sobre estratégias de campanha. O site da revista é o www.cebrasil.com.

Use o PSDB como referênciaLembre-se, sempre, que você integra um partido que transformou o Brasil e

que é sinônimo de boas práticas de gestão. Apegue-se às ações de Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, José Serra, Geraldo Alckmin, Tasso Jereissati, Aécio Neves e tantos outros. Tenha na ponta da língua o que estes gestores fizeram pelo país.

Dica: acesse o site dos oito governos estaduais administrados pelo PSDB e leia notícias sobre as ações realizadas.

Alagoas - www.agenciaalagoas.al.gov.br Goiás - www.noticias.go.gov.brMinas Gerais - www.agenciaminas.mg.gov.brPará - www.agenciapara.com.brParaná – www.parana.pr.gov.br Roraima – www.rr.gov.brSão Paulo – www.saopaulo.sp.gov.br Tocantins – www.to.gov.br

Mais sobre Fernando Henrique Cardoso você encontra no site do Instituto FHC (www.ifhc.org.br).

Campanha para prefeitoA estratégia da campanha para prefeito nasce de duas perguntas. A primeira

é: você é situação ou oposição ao atual prefeito? E a segunda: o atual prefeito é bem ou mal avaliado pela população?

Cada uma destas quatro possibilidades norteará a campanha de maneiras distintas. Veja, no quadro, como devem ser as ações do candidato:

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O governo /sua condição

Bem avaliado Mal avaliado

Situação

- destacar as boas práti-cas executadas pelo pre-feito

- expressar que você é o indicado para dar con-tinuidade

- fazer uma campanha otimista

- dizer que o bom tra-balho poderá ser perdido

- apesar da baixa avalia-ção, certamente haverá pontos em que a ad-ministração foi bem; en-fatize-os.

- mostre que nenhum problema grande se re-solve apenas em quatro anos, e que é necessário mais tempo de gestão e continuidade.

Oposição

- critique com cautela; não faça com que a po-pulação se volte contra você.

- descubra qual o campo em que o prefeito deixou falhas e faça disso sua bandeira de campanha.

- mostre que você tem como resolver o pro-blema que ainda atinge os cidadãos.

- traga exemplos con-cretos – números, fotos, reportagens etc. - das falhas do gestor.

- diga à população que uma mudança na admi-nistração é essencial para o bem-estar de todos.

- mostre a sua capa-cidade para reverter os problemas.

E aí cabe ressaltar uma coisa: se você for o atual prefeito e estiver disputando a reeleição, o panorama não se modifica muito. Trata-se de destacar suas boas ações e dizer ao eleitor que dará continuidade nos projetos; ou, se sua avaliação não for das melhores, enfatizar as conquistas e dizer que com mais quatro anos de mandato poderá conquistar mais para a cidade.

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Quanto aos demais candidatos, há outro aspecto que precisa ser identificado: a percepção do eleitorado em relação à candidatura. Porque a posição de “can-didato do governo” / “candidato da oposição” nem sempre é clara para o público geral. À medida em que você conduzir sua campanha de governo/oposição, pro-cure saber, por meio de pesquisas, a quem o eleitorado atribui estes postos. É possível que você se considere o verdadeiro candidato da oposição, mas os eleitores vejam outro nome nesta “vaga” - e aí é necessário agir.

Ao contrário do que muitos pensam, eleição não é um jogo imprevisível. Estas variáveis costumam indicar os caminhos pelos quais o pleito andará. As estatísti-cas comprovam.

E seja qual for a sua estratégia, defenda sempre o voto na legenda. Peça, em todas as suas ações, o voto no 45 para vereador. Isso fortalecerá o partido, te dará uma bancada mais favorável e também consolidará o número na cabeça dos eleitores, que poderão replicar o voto na hora de escolherem o prefeito.

Apoios e “transferência de votos”Um candidato que é apoiado pelo atual prefeito tem consigo um grande trunfo,

um elemento do qual não disporão nenhum dos outros candidatos. Como fala-mos há pouco, estar ao lado de uma administração bem avaliada é um grande passo para a vitória.

Porém, precisamos ter em mente o peso real dos apoios nas eleições. Todo apoio é importante e tem sua contribuição, mas há alguns que não causam tanto impacto nos eleitores.

Isso porque a famigerada “transferência de votos” é mais um mito do que uma verdade. O eleitor sabe que existem três esferas da administração, e que elas podem ser comandadas por partidos diferentes – e que isso não necessaria-mente é algo ruim. Portanto, o eleitor médio não se sentirá encorajado a votar em um candidato apenas porque ele é do mesmo partido e é apoiado por um governador ou mesmo pela presidente da República – ainda que o eleitor aprove o trabalho destes gestores.

Resumindo: são poucos os que pensam coisas como “eu gosto da Dilma; já que ela aprova este candidato, vou votar nele para prefeito”.

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Vale pensar nisso tanto no sentido de não contar tanto assim com estes apoios, quanto também como um estímulo para que você não se deixe abater por candidatos que se orgulham de estar do lado do partido da presidente da República.

Campanha para vereadorA disputa por uma vaga na Câmara de Vereadores, em muitos aspectos, pode

ser tratada como uma “mini-eleição” para prefeito, já que por muitas vezes temos candidatos que disputam entre si dentro de um mesmo bairro. A tarefa, então, é vencer a eleição dentro daquele espaço; neste caso, muitos dos conceitos apli-cados aos prefeitos podem ser repetidos aqui.

Porém, há outros modelos de campanha que podemos pensar. O candidato a vereador pode representar determinadas causas – o candidato dos médicos, dos professores, dos negros, dos evangélicos, e assim por diante. Quando isso ocorrer, a campanha não precisa respeitar fronteiras. É melhor procurar pessoas identificadas com a causa do que restringir as ações por um componente geográ-fico. A internet, com as redes sociais, pode ser uma ferramenta essencial. Cabe a você definir qual será a estratégia e conduzir a campanha de acordo com ela.

Independentemente de qual for o seu rumo, há algo que você precisa ter em mente: eleições para vereador podem, sim, ser imprevisíveis e decididas na última hora. Isso porque elas não recebem tanta atenção por parte da imprensa e dos eleitores em geral, e assim não ficam tão presentes na mente do eleitorado. Muitas pessoas decidem os votos com base na opinião de amigos e parentes – e este é um nicho a ser explorado. Melhor do que ser o candidato indicado por um político distante (ainda que bem avaliado!), busque ser o candidato do vizinho do seu eleitor, do melhor amigo dele, do colega de igreja. O número de eleitores in-decisos em relação à sua escolha para o Legislativo costuma ser muito maior do que o registrado na definição do prefeito. O fato de grande parte dos brasileiros esquecerem em quem votaram para deputados e vereadores comprova o fenô-meno. Portanto, jamais desista e se dê por satisfeito com o alcance da sua cam-panha – ele sempre pode ser maior.

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“Gracinha” não ganha eleição

A votação colossal recebida pelo então candidato a deputado federal Tiririca (PR-SP) nas eleições de 2010 – quando o lema por ele usado foi “Vote Tiririca; pior que tá não fica!” - fez com que muitos acreditassem que a receita para ganhar eleições no Brasil fosse apostar na irreverência, na piada e na descrença dos brasileiros com a política.

Isso não procede. A vitória de Tiririca é exceção. A cada eleição, há centenas de candidatos que apostam no ridículo para cativar o eleitorado e acabam se tornando apenas figuras folclóricas, e não recebendo votos.

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“É no município onde se realiza, na prática, a cidadania. Escolher bem é fortalecer a democracia”

Cyro Miranda (PSDB-GO) Vice-líder da Minoria no Senado

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Arrecadação e controle financeiro

Se a sua campanha tiver uma boa estratégia, certamente ficará mais barata do que a de muitos dos seus concorrentes. Ainda assim, dinheiro é indispensável para um bom papel na corrida eleitoral. Vamos conhecer a legislação relacionada à formação de um caixa de campanha, e também apresentar algumas táticas para que você obtenha recursos de possíveis apoiadores.

As normas do TSE para a arrecadação estão na internet e devem ser uma leitura obrigatória para o candidato. Acesse em http://migre.me/9gth1.

Como montar um caixa de campanha?O dinheiro que você usará na campanha pode ser de três vias: recursos

próprios, verbas do partido e doações que você conseguir.

Os recursos próprios podem ser utilizados até o limite máximo de gastos da campanha. As verbas que vêm do partido são transferidas durante a campanha, e seus valores são decididos pelos diretórios municipais.

Quanto às doações, cabe aí muita atenção por parte do candidato. As cam-panhas podem receber recursos de pessoas físicas e pessoas jurídicas. As pes-soas físicas podem doar até no máximo 10% do que arrecadaram no ano ante-rior, tendo como referência a declaração do imposto de renda. Tenha em conta que empréstimos de qualquer espécie – como, por exemplo, carros ou imóveis – também devem ser contabilizado como uma doação. Por outro lado, o volun-tariado não tem qualquer controle. Estimule as pessoas.

Para as pessoas jurídicas, o limite máximo é de 2% do ano anterior – e disso deduzimos que é obrigatório que a empresa já esteja atuante no ano anterior às eleições.

Os candidatos NÃO podem receber doações de:• entidade ou governo estrangeiro, além de ONGs que recebam verbas do exterior;• qualquer braço do poder público, ou empresas, cooperativas, ONGs e OSCIPs que recebam recursos públicos;• sindicatos, igrejas e associações esportivas ou beneficentes.

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Os candidatos podem correr atrás de verbas até o dia das eleições; depois disso, apenas se houver necessidade de quitar dívidas.

Utilizando os recursosTodas - todas - as despesas das campanhas eleitorais precisam ser con-

tabilizadas. É preciso fazer um registro preciso do dinheiro que deixou o caixa, bem como requisitar uma nota fiscal do destinatário de recursos. Nisto incluímos prestadores de serviços de diferentes espécies, como gráficas, funcionários que atuarão na campanha, imobiliárias, postos de combustível e outros.

Também entram nessa lista os responsáveis pela produção de programas a serem veiculados no horário gratuito de rádio e televisão – o “gratuito” deste nome, recordando, se refere à obtenção do tempo nos veículos.

Prestação de contasEis um dos temas mais importantes ligados ao dinheiro nas campanhas eleito-

rais, e que costuma dar trabalho a candidatos e partidos. A prestação de contas é obrigatória a todos os candidatos – mesmo àqueles que desistiram da candida-tura no decorrer do processo, faleceram (neste caso, deve ser feita pelo comitê financeiro do partido) ou conduziram a campanha sem o gasto de recursos.

O comitê financeiro deve ser criado até, no máximo, 10 dias úteis após a con-venção que definirá os candidatos. Pode ser um único para todas as candidatu-ras (prefeito e vereadores) ou dividido entre Legislativo e Executivo; a definição é do próprio partido.

Uma boa prestação de contas passa, essencialmente, pela gestão adequada dos recibos e notas fiscais. Os recibos ser emitidos, como já dito, para cada recurso que entra ou sai do caixa da campanha. O site do TSE (www.tse.jus.br) tem um modelo de recibo.

A prestação deve ser feita no dia 6 de novembro, para os candidatos que participarem apenas do primeiro turno, e no dia 27, para os que estiverem no segundo.

As sobras de campanha, se houver, devem ser informadas à justiça e serão transferidas ao partido.

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DicasA primeira dica para o candidato que quer montar um bom caixa é: dê à ar-

recadação de recursos um papel vital na sua campanha. Monte um plano de ar-recadação e estabeleça metas. Priorize a busca por recursos e seja você mesmo o principal captador de verbas. Não tenha vergonha de procurar o empresariado ou mesmo as pessoas físicas da sua cidade; cada conversa, além de servir para solicitar verbas, será também uma oportunidade para expor seus projetos para a cidade.

Jamais condicione a doação a um “favor” a ser cumprido quando do exercício de mandato. Ao contrário: mostre ao possível doador o que você pretende fazer para a cidade e explique que seus projetos trarão benefícios a todos. Faça, tam-bém, abordagens segmentadas: saiba o que aquele empresário ou cidadão em geral precisa e demonstre seus planos para aquelas causas em especial.

O nome do PSDB pode auxiliá-lo na tarefa. Mais uma vez, lembre-se que não estamos falando de um partido fundado ontem, e sim de uma legenda com diver-sas contribuições para o país. Use isso a seu favor. E mais: procure empresas e pessoas físicas da sua cidade que doaram em eleições anteriores (os dados estão no site do TSE) e veja quais contribuíram com o PSDB. Estas terão mais tendência de apoiar o partido novamente.

É positivo expor ao possível doador as suas intenções para o dinheiro. Por exemplo: diga que precisa de verbas para um anúncio no jornal, um carro de som, combustível, ou outras finalidades. Um doador se sente mais encorajado em contribuir se perceber que seu dinheiro terá uma aplicação direta.

Quanto às pessoas físicas, não subestime doações pequenas, aquelas de cerca de R$ 50. Pense que a pessoa que faz uma doação menor executa a contribuição de maneira sincera, realizando uma espécie de voluntariado em prol da campanha. A eleição de Barack Obama nos EUA, em 2008, foi custeada em grande parte por contribuintes que fizeram doações baixas. A internet é um canal ótimo para isso – e o TSE permitiu a captação de recursos pela rede a partir das eleições de 2010 (elas estavam vetadas em 2008, na última disputa municipal).

Os tradicionais eventos para obtenção de verbas, como jantares e festas, seguem sendo uma boa alternativa. A realização deve ser comunicada à justiça eleitoral com no mínimo cinco dias de antecedência.

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E, terminada a campanha – seja qual for o resultado - agradeça seus doa-dores. Lembre a eles que eles deram uma importante contribuição para a demo-cracia brasileira.

Dica: Informações completas sobre o assunto podem ser obtidas por meio do Manual Jurídico do Candidato, também disponibilizado pelo PSDB.

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Montagem da equipe

É comum vermos campanhas em que o “staff” do candidato é composto por seus amigos e familiares. Essas pessoas devem, realmente, ter protagonismo em nossas candidaturas – afinal, não há como iniciarmos uma trajetória tão com-plexa sem o apoio dos que mais prezamos.

Porém, é necessário que uma campanha seja formada por mais pessoas além das que estão com o candidato por uma relação de amizade. Profissionali-zar é fundamental.

As vantagens de se ter uma campanha profissionalizada são diversas – a começar pelo fato de que o funcionário estará no projeto para cumprir uma missão específica, e não na espera de um favor após o término das eleições. Além disso, o candidato sente-se mais à vontade para cobrar e até mesmo su-bstituir pessoas do grupo.

É claro que muitos candidatos não têm recursos para se cercarem de pro-fissionais de todas as competências possíveis. Mas há muitos que podem ser integrados à campanha com custo relativamente baixo.

Alguns profissionais muito úteis para a campanha:

• Advogado: a presença de um consultor jurídico é imprescindível, tanto para monitorar as ações da candidatura quanto para ajudar nas denúncias de práticas fraudulentas por parte dos adversários.• Contador: para organizar as finanças de campanha e atuar nas presta-ções de contas.• Assessor de imprensa: para intermediar seus contatos com os jornalis-tas.• Assessor geral: ter um “faz tudo” à mão é fundamental. Essa pessoa o apoiará em todas as atividades externas de campanha; ajudará você a cumprir horários, a atender os eleitores, a chegar nos lugares corretos.• Secretária: para agendamento de compromissos e montagem do ban-co de dados (falaremos mais sobre o tema no próximo capítulo).

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A profissionalização da campanha pode acontecer também com a contrata-ção de empresas que cumpram tarefas específicas – a montagem de um site e a confecção de material para propaganda externa (santinhos e cartazes, por exemplo) fica muito melhor a cargo de alguém que é do ramo, ao invés daquele primo que prometeu “dar uma força”.

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Criação de um banco de dados

Em uma campanha eleitoral na qual o tempo é curto e o dinheiro é sempre escasso, otimizar as ações é uma tarefa essencial. E um bom banco de dados é uma importante ferramenta para este objetivo.

E o que é um banco de dados? Trata-se de um registro de todas as atividades da campanha, todas as pessoas que podem colaborar, de todos os eleitores com quem você manteve contato, e assim por diante.

A montagem desse banco não requer muitos recursos financeiros nem tec-nológicos. Acima de tudo, exige dedicação e atenção de quem participa do pro-cesso.

Para produzir um bom banco de dados, adote a seguinte rotina:• Registre, com precisão, os locais visitados por você na campanha.• Anote todas as informações possíveis das pessoas – telefone, e-mail, endereço e dados como religião, profissão, orientação sexual etc - com quem você interagir.• Reproduza estes dados em uma planilha simples de computador, como as do software Excel.

Com a posse das informações, a tarefa passa a ser utilizar estes dados. E é aí que você vai perceber as virtudes da coleta. Mande e-mails segmentados aos eleitores (abordando temas de um determinado bairro, ou focando questões de interesse de um grupo religioso, por exemplo); priorize visitas a regiões em que você tem contatos ou nas que você ainda não esteve presente, de acordo com as necessidades da campanha. Transponha estes raciocínios para as redes sociais – que tal, por exemplo, falar sobre seus projetos para o transporte de maneira direcionada a moradores de um bairro que sofrem com a área?

Esse trabalho deve começar ainda antes de a campanha estar nas ruas, e precisa ser aprimorado com a realização das atividades.

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“No fundo, toda política é local. O recrutamento dos nossos militantes, o despontar dos líderes e seu adestramento para a vida pública e a realização de bons governos na busca de soluções positivas para os problemas concretos dos cidadãos. É no município que essas coisas acontecem. Dizem, com razão, que o município é a base. Base é o começo de tudo: vamos ganhar 2012; levar a social democracia ao maior número de pre-feituras e câmaras municipais e construir o alicerce da nossa vitória, em 2014”

Aloysio Nunes (PSDB-SP)Vice-líder no Senado

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Relacionamento com a imprensa

Comunicar-se bem com os veículos de mídia é obrigação de qualquer candi-dato – ainda que estejamos falando de um que pertença a uma cidade pequena ou que não tenha jornais ou outros meios de comunicação de relevância. Toda cidade tem ao menos um veículo, e é com ele que você precisa se relacionar. O lema é: não desperdice canais para chegar ao eleitor.

Durante o período eleitoral, uma ação útil para o candidato é transformar-se em fonte para a imprensa. Os veículos precisam de gente para entrevistar; busque, então, ser essa pessoa.

Para chegar a este posto, o primeiro passo é definir que conteúdo que você quer transmitir. Crie-o de acordo com a sua estratégia de campanha – lembra dela, da qual falamos no início deste manual? Se você defende a política da prefeitura municipal para a saúde, escreva a respeito e mande um texto para os jornais locais explicando seu ponto de vista; caso você condene as ações do pre-feito para o saneamento básico, mostre, de maneira clara, como se dão as falhas do chefe do Executivo. Jornalistas precisam de informação: transmita a eles.

O PSDB é também outro tema para oferecer aos jornalistas. Nós fazemos oposição ao governo federal. Que tal falar com a imprensa local sobre os pro-blemas do governo de Dilma Rousseff? Ou destacar a importância de Fernando Henrique Cardoso para o país, ou ainda enaltecer o bom trabalho desempe-nhado pelos nossos oito governadores e dezenas de congressistas?

Um bom relacionamento com a imprensa é algo que não se esgota em uma única eleição. Lembre-se que os candidatos já conhecidos pelo público largam na frente. Então, ao ficar em evidência agora, você também colherá frutos para a corrida eleitoral de 2014 ou 2016.

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“As eleições municipais são as mais importantes pois elegem prefeitos e vereadores que convivem com o dia a dia e as neces-sidades da população. O PSDB tem orientado os nossos candi-datos a fazer uma campanha da transparência, da ética e que as promessas sejam promessas possíveis de serem realizadas. Essa é a nossa visão e missão como membros do partido”

Nilson Leitão (PSDB-MT)Vice-líder da minoria na Câmara

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Identidade visual

• Nosso mascote, como você sabe, é um tucano;• As cores do PSDB são o amarelo e azul; combine-as com as cores do seu município. Certamente você chegará a bons resultados!• A fonte do logotipo do PSDB se chama Futura Extra Black. Utilize-a para escrever seu nome nas peças publicitárias.• Faça o download das marcas do PSDB no site do partido: https://www2.psdb.org.br/index.php/biblioteca/download-da-marca/downloads • Lembre-se que o número do partido é o 45: dê destaque a ele em todas as suas peças.

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“As eleições mais cidadãs são as municipais. É no município onde acontece a real política. O estado e o país são uma abs-tração jurídica que está longe das aspirações mais elementares da população. É no município que vivemos. É no município que nascem as demandas mais legítimas da sociedade”

Cesar Colnago (PSDB-ES) Primeiro vice-líder na Câmara

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Calendário eleitoral e cronograma

Estamos a poucos meses das eleições. Muitas etapas obrigatórias já se pas-saram – como, por exemplo, a filiação partidária e o estabelecimento de domicí-lio eleitoral, que devem estar resolvidos, no mínimo, um ano antes da data da votação. Mas até o dia derradeiro da disputa ainda teremos muitos eventos de vital importância para a sua vitória.

Apresentaremos nas páginas seguintes as principais datas que se seguirão até as eleições. Faremos uma combinação entre as datas estipuladas pelo TSE e algumas sugestões nossas para que você programe bem sua campanha.

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Junho

Datas do TSE

10/06• início das convenções• candidatos não podem mais apresentar ou comentar programas televisivos• último dia para fixação da lei que determinará gastos máximos da cam-

panha

11/06• início do prazo para que partidos fixem limite de gastos e o divulguem para

a justiça, quando isso não for determinado por lei

30/06• último dia para realização de convenções

Nossas dicas para o mês• Tenha pronto o seu plano de arrecadação para a campanha: defina quanto quer arrecadar e como vai obter esse dinheiro.• Faça pesquisas para entender melhor o eleitorado.• Corra a cidade: promova reuniões e encontros.• Conheça candidatos do PSDB nas cidades vizinhas e fale sobre planos para a campanha e a gestão. Vocês não são adversários, e um poderá beneficiar o outro. • Tenha sua identidade visual pronta; logotipo, santinho, cartazes e outros.

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Julho

Datas do TSE

05/07• último dia para que partidos apresentem registro de candidaturas no TRE• a partir da efetivação do registro, o candidato deve monitorar a emissão do

CNPJ da campanha, a cargo da Receita Federal; com ele, tem até 10 dias para abrir, em uma agência bancária, uma conta específica para a movimentação dos recursos de campanha.

06/07• início da propaganda eleitoral (inclusive na internet e o uso de carros de

som e alto-falantes)

07/07• a partir desta data, é proibida a presença de qualquer candidato em inaugu-

rações de obras públicas.

Nossas dicas para o mês• Reforce os contatos com a imprensa.• Monitore o trabalho de sua equipe. Veja se está satisfatório ou não. Ainda há tempo de mudar.• Promova um evento para arrecadação. Será uma “largada” de sua campanha.• Fique atento para a montagem do banco de dados.

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Agosto

Datas do TSE

06/08• início do período a partir do qual é necessário que partidos, coligações e

candidatos informem, na internet, a origem e o destino dos recursos da cam-panha

21/08• início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão

Nossas dicas para o mês• Intensifique o diálogo pela internet.• Promova mais visitas a eleitores. Consulte o banco de dados e vá alugares precisamente definidos.

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Setembro

Datas do TSE

02/09• último dia para verificação de fotos e dados que constarão na urna ele-

trônica no primeiro turno; a substituição de dados incorretos poderá ser feita até o dia 6

22/09• Data limite para que partidos e coligações indiquem à justiça o nome de

possíveis fiscais para o primeiro turno

Nossas dicas para o mês• Intensifique o diálogo pela internet.• Promova mais visitas a eleitores, em lugares precisamente definidos.

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Outubro

Datas do TSE

04/10• Término da propaganda gratuita no rádio e na televisão• Último dia para comícios• Último dia para realização de debates em rádio e televisão

05/10• Último dia para veiculação de anúncios em jornais

06/10• Último dia para panfletagens, carreatas e outros eventos públicos

07/10• Primeiro turno das eleições, entre 8 e 17 horas (horário local)

08/10• Início da propaganda relativa ao segundo turno

12/10• Data limite para promulgação dos resultados do primeiro turno

26/10• Último dia para propaganda eleitoral e na imprensa escrita

27/10• Último dia para propaganda de rua: caminhadas, passeatas, panfletagem e outras.

28/10• Segundo turno das eleições, entre 8 e 17 horas (horário local)

Nossas dicas para o mês• É a reta final. Não desista. Foque sua campanha em lugares que ainda pode render. Despreze os eleitores já convictos ou os que o rejei-tam. Sempre há uma grande gama de indecisos (em especial na eleição para vereador).• Faça uso da internet até o último minuto. A rede pode cooptar aquele voto de última hora.

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Novembro

Datas do TSE

06/11• Último dia para prestação de contas, aos candidatos que tenham disputado

somente o primeiro turno• Último dia para que candidatos removam propagandas, também para os

que participaram somente do primeiro turno16/11• Último dia para proclamação dos candidatos eleitos

27/11• Último dia para prestação de contas, aos candidatos que tenham disputado

o segundo turno• Último dia para que candidatos que participaram do segundo turno remo-

vam propagandas

Nossas dicas para o mês• Independentemente do resultado, agradeça seus eleitores e doadores.

Dezembro

Datas do TSE

19/12• último dia para proclamação dos eleitos.

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Contatos

Alguns números para você ter sempre à mão:

Comissão Executiva Nacional do PSDB: (61) 3424-0500Instituto Teotônio Vilela:(Informações sobre cartilhas e programação visual): (61) 3323-7990Tribunal Superior Eleitoral: (61) 3030-7000

Tribunais Regionais Eleitorais:

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Referências

- Cartilha de Marketing Eleitoral. Instituto Teotônio Vilela, 2008.

- No Voto, na Lei: uma leitura fácil da Lei Eleitoral. Instituto Teotônio Vilela, 2012.

- 45 dicas para se fazer campanha municipal na internet em 2012. Turma do Chapéu, 2012.

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