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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO NATANAEL DOS SANTOS LOGÍSTICA E PRODUÇÃO: U m estudo sobre a aplicação do Just-in-time e a eficiência do serviço logístico da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos DR PI. Picos - PI, 2011

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU - UFPI

    CAMPUS SENADOR HELVDIO NUNES DE BARROS

    CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAO

    NATANAEL DOS SANTOS

    LOGSTICA E PRODUO: U m estudo sobre a aplicao do

    Just-in-time e a eficincia do servio logstico da Empresa

    Brasileira de Correios e Telgrafos DR PI.

    Picos - PI,

    2011

  • 1

    NATANAEL DOS SANTOS

    LOGSTICA E PRODUO: Um estudo sobre a aplicao da filosofia

    Just-in-time e a eficincia do servio logstico da Empresa Brasileira de

    Correios e Telgrafos DR PI.

    Trabalho de Concluso de Curso TCC -II - apresentado ao Curso de Administrao da

    Universidade Federal do Piau UFPI, Campus Senador Helvdio Nunes de Barros,

    em cumprimento s exigncias legais para

    obteno do Ttulo de Bacharel em

    Administrao.

    Orientador: Msc. Gustavo Picano Dias

    PICOS PI

    2011

  • 2

    Dedico aos meus pais e irmos e a todos que me ajudaram

    direto e indiretamente.

    Obrigado.

  • 3

    Agradeo a Deus por ter me permitido a vida para desenvolver tal trabalho, aos meus pais

    pelo grande incentivo, que mesmo com as muitas dificuldades nunca deixaram de medir

    esforos para me dar auxilio.

    Tambm aos meus irmos em especial minha querida irm (Gabi), a minha famlia em geral e

    a minha 3 famlia os Gonalves pelo acolhimento e considerao destes por mim que

    reciproco.

    Tambm aos meus amigos (as), em especial a Tina, colegas de turma.

    Meus professores orientadores na primeira fase o Luciano, e ao Grande Gustavo Picano, e a

    todos que direto ou indiretamente me ajudaram com materiais dentre outras formas que

    contriburam para o termino deste trabalho, o meu muito obrigado.

  • 4

    Se a vida te presentear com dificuldades, vista-se com a roupa da coragem, seja voc mesmo e ande em frente em busca de seus

    objetivos. Pois os verdadeiros vencedores so as pessoas persistente. (Prprio autor)

  • 5

    RESUMO

    O presente trabalho consiste em um estudo sobre a aplicao do Just-in-time e a

    eficincia do servio logstico da Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos tendo como

    campo de estudo e coleta de dados a Diretoria Regional do Piau - DR PI. Desta forma foi descrita toda a cadeia logstica dos Correios envolvida no processo, desde a postagem ate

    entrega de encomendas na ECT DR-PI, como tambm foi analisado todo o processo de entrada, tratamento dados aos materiais postados e bem como sada desses materiais para

    distribuio. E ainda identificados os benefcios que a filosofia Just-in-time empregada

    propicia para a relao cliente versus empresa no que tange a reduo do lead time, com o

    objetivo de estudar a relao existente entre a aplicao da tcnica e a eficincia do servio

    logstico. Desta forma foi comprovada a real utilizao do just-in-time, como parte essencial

    para consecuo dos objetivos do seu processo logstico, ou seja, captar, tratar e distribuir

    todas as postagens de forma correta e no prazo.

    PALAVRAS-CHAVE: Produo, logstica, just-in-time, correios, distribuio.

  • 6

    ABSTRACT

    The present work consists in a study about Just-in-time application and the efficiency

    of Brazilian Post and Telegraph Company logistic service having as field study and data

    collection the Piau Regional Direction - RD PI. This way was described all Post Office logistic chain involved in the process, since the posting to orders delivery in BPTC RD-PI, as well as was analyzed all entry process, post materials treatment, as well as these materials

    output for distribution. Still identified benefits that Just-in-time philosophy employed

    provides for relationship client versus company in relation to reducing the lead time with the

    aim to study the relationship between the technical application and the logistic service

    efficiency. This way, was proved real use of just-in-time as an essential part to objectives

    achievement of your logistic process, in other words, capture, treat and distribute all the posts

    correctly and within the time.

    KEY-WORDS: Production, logistic, just-in-time, post office, distribution.

  • 7

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1: Viso sistmica dos Correios servios postais convencionais........ pg

    Figura 2: Viso Sistmica do Servio logstico dos Correios.............................pg

  • 8

    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1 Lista dos empregados por funo .......................................................... pag

  • 9

    LISTA DE SIGLAS

    ABM: Associao Brasileira de Marketing

    AR: Aviso de Recebimento

    CAC: Central de Atendimento ao Cliente

    CDD: Centro de Distribuio Domiciliar

    CEDO: Controle Eletrnico de Devoluo de Objetivos

    CEE: Centro de Entrega de Encomendas

    CEP: Cdigo de Endereamento Postal

    CGA: Compagnie Grrale DInterpreses Aronutiques

    CIE: Comunicado de Irregularidade na Expedio

    CTC: Centro de Tratamento de Cartas

    CTCE: Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas

    DR: Diretoria Regional

    DCT: Departamento de Correios e Telgrafos

    ECT: Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos

    ESAP: Escola Superior de Administrao Postal

    GASOP: Gerncia de Atividades de Segurana Operacional

    GCTCE: Gerente Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas

    GCTO: Gerncia de Transporte

    GERAE: Gerncia de Atividades Externas

    GPAC: Gesto da Produtividade Aplicada aos Correios

    GPLAQ: Gerncia de Planejamento e Qualidade Operacional

    GTURN: Gerncia de Atividades de Turno

    IBAMA: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente

    IDO: ndice de Desempenho Operacional

    LOEC: Lista de Objetos Entregues ao Carteiro

    LTA: Linhas Tronco Areas

    LTI: Linhas Tronco Internacionais

    LTN: Linhas Tronco Nacionais

    LTR: Linhas Tronco Regionais

    LTU: Linhas Tronco Urbana

    ME: Mal Encaminhado

  • 10

    MEC: Ministrio da Educao e Cultura

    MP: Mo Prpria

    OTT: Operador de Triagem e Transbordo

    PAC: Prtico Acessvel Confivel

    PPP: Padronizao do Processo Produtivo

    RPN: Rede Postal Area Noturna

    SCOL: Sistema de Coleta

    SEDEX: Servio de Encomenda Expressa Nacional

    SEED: Sistema Especial de Entrega de Documentos

    SEER: Sistema Especial de Entrega Rpida

    SRO: Sistema de Rastreamento de Objetos

    TD: Triagem por Distrito

    TECA: Terminal de Cargas

    TL: Triagem por Logradouro

    UD: Unidade de Distribuio

    UT: Unidade de Tratamento

  • 11

    LISTA DE SMBOLOS

    Kg: Unidade de Massa.

  • 12

    Sumrio

    RESUMO

    ABSTRACT

    LISTA DE FIGURAS

    LISTA DE FIGURAS

    LISTA DE SIGLAS

    LISTA DE SMBOLOS

    1 INTRODUO....................................................................................................

    1.1 Problema de pesquisa............................................................................................

    1.2 Objetivos...............................................................................................................

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    1.2.3 Justificativa ......................................................................................................... 16

    2. REFERENCIAL TERICO.................................................................................

    2.1 Logstica ...............................................................................................................

    2.1.1 Componentes do sistema logstico........................................................................

    2.1.1.1 rea comercial......................................................................................................

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    2.1.1.2 Operao industrial............................................................................................... 20

    2.1.1.3 Fornecedores......................................................................................................... 20

    2.1.1.4 Administrao e finanas .....................................................................................

    2.1.1.5 Distribuio fsica ................................................................................................

    2.2 Atividades logsticas..............................................................................................

    2.2.1 Atividades primrias..............................................................................................

    2.2.1.1 Transportes ............................................................................................................

    2.2.1.2 Manuteno de estoques.......................................................................................

    2.2.1.3 Processamentos de pedidos...................................................................................

    2.2.2 Atividades de apoio...............................................................................................

    2.2.2.1 Armazenagem......................................................................................................

    2.2.2.2 Manuseio de materiais..........................................................................................

    2.2.2.3 Embalagem...........................................................................................................

    2.2.2.4 Suprimentos..........................................................................................................

    2.2.2.5 Planejamento.........................................................................................................

    2.2.2.6 Sistemas de informao........................................................................................

    2.3 Administrao da Produo......................................................................................

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  • 13

    2.3.1 Histrico da funo produo...................................................................................

    2.3.2 Conceito.................................................................................................................

    2.4 Operaes enxuta e Just-in-time.............................................................................

    3. HISTRICO DOS CORREIOS....................................................................................

    4. METODOLOGIA..........................................................................................................

    4.1 Definies............................................................................................ ..................

    4.2 Delineamento da pesquisa...........................................................................................

    4.3 Plano de analise dos dados......................................................................................

    5. ANLISE DE DADOS................................................................................................

    5.1 Apresentao ...............................................................................................................

    5.2 Resultados e referentes anlise das respostas dos entrevistados...............................

    6. CONCLUSO..............................................................................................................

    REFERNCIAS................................................................................................................

    APNDICES.....................................................................................................................

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  • 14

    1 Introduo

    As muitas transformaes ocorridas no mercado mundial relacionadas globalizao e

    ao desenvolvimento de novas tecnologias tm exigido das empresas aes cada vez mais

    urgentes e eficientes na busca por um posicionamento mais competitivo e aprimoramento dos

    processos, voltadas ao atendimento das necessidades do mercado.

    As novas tecnologias tornaram-se novos aliados das empresas no atendimento aos

    desejos e necessidades do mercado. A logstica que trata de todas as atividades ligadas

    movimentao e armazenagem de materiais ganhou com esses avanos tecnolgicos, pois

    com tal evoluo foi possvel o rastrear e acompanhar veculos e cargas, o que dinamizou

    aumentando o controle do processo como um todo. Na rea da Produo alm de novas

    tecnologias foram desenvolvidos novos modelos de produo, com intuito de reduzir ao

    mximo os desperdcios de matria-prima atravs do rigoroso controle de qualidade.

    Aumentando assim a qualidade de seus produtos.

    A Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos - ECT, ou simplesmente Correios,

    empresa estatal do Brasil, operadora dos servios postais, tendo absorvido esses novos

    conceitos e avanos tecnolgicos, buscou adequa-se s grandes transformaes inovando seu

    modelo de prestao de servios conjugando-o com as novas tecnologias. Desde a grande

    transformao sofrida na sua estrutura, com a mudana de Departamento Empresa Brasileira

    de Correios e Telgrafos, a mesma vem inovando e procurando novas formas de atender com

    qualidade aos anseios dos clientes sempre melhorando seus servios.

    Na antiga concepo da empresa, como Departamento de Correios, a prestao de

    servios era enxergada como uma simples sucesso de tarefas sem qualquer conotao de

    agregao de valor, o foco era somente a venda pela unidade de atendimento enquanto que a

    rea de operacional se preocupava com as demais fases do processo. A ECT com a uma nova

    viso de mundo, passou inmeras inovaes e mudanas, com uma nova concepo de fabrica

    de servio. Enxergando a similaridade com as indstrias recebendo os insumos (postagens)

    dos fornecedores (clientes) processando-as ao mesmo tempo acrescentando novos

    componentes, em seguida a entrega concluindo o servio.

    Desta forma o presente trabalho tem como objetivo analisar a relao existente entre

    aplicao do Just-in-time e a eficincia do sistema logstico da Empresa Brasileira de Correios

    e Telgrafos (ECT) Diretoria Regional (DR) do Piau PI.

  • 15

    1.1 Problema de pesquisa

    As organizaes esto em constante mudana e adequando-se as exigncias do

    mercado em que atuam. Dessa forma para ganhar vantagem competitiva s mesmas esto

    investindo maciamente no aprimoramento, criao de novas tcnicas, que agilizem seus

    processos, que possam agregar valor aos seus produtos e servios. Nesse contexto a logstica

    recai como um ponto chave pela busca de vantagem frente concorrncia, visto que os

    clientes hoje esperam ter os seus desejos e expectativas superados de forma tima no que

    tange a qualidade do bem ou servio entregue como tambm tempo de entrega, e local

    disponibilizado, qualquer produto ou servio perde seu valor quase todo quando no esta ao

    alcance dos seus clientes no momento e lugar adequados ao seu consumo (BALLOU, 2006,

    p.37).

    Portanto, a sociedade atual vivencia uma poca de rpidas transformaes no ambiente

    organizacional devido rapidez com que as informaes tramitam, principalmente atravs da

    internet. De certa forma, isto contribui significativamente para as tomadas de decises tanto

    percebidas pelo cliente como pelos fornecedores dos produtos, os quais almejam receber seus

    produtos cada vez mais no menor tempo possvel a custos relacionados a frete e preo final da

    compra cada vez menor.

    As grandes inovaes tecnolgicas trouxeram profundas inovaes no ambiente da

    Administrao da Produo, as novas formas de como produzir em pequenos lotes, por

    encomenda em fim, que foram aos poucos sendo adequados aos novos sistemas produtivos,

    cujos objetivos de evitar desperdcios tendo desta forma um maior controle da qualidade.

    Hoje as empresas procuram entregar da melhor forma possvel seu produto ou servio.

    No obstante a Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos - ECT ou simplesmente Correios,

    buscou na Administrao da Produo tcnicas que foram incorporadas ao seu sistema de

    produo de servios, com finalidade de reduzir ao mximo o tempo de entrega de suas

    postagens, visto que o prazo o seu elemento principal e responsvel por sua credibilidade.

    Ao mesmo tempo aumentar a qualidade de seus produtos/servios, conseguida na entrega de

    postagens, no tempo e local certos. Aumentando assim a sua credibilidade no mercado e

    consequentemente a agregando valor a sua marca. Desta forma o presente trabalhou buscou

  • 16

    analisar qual a relao existente entre a aplicao do Just-in-time e a e a eficincia do sistema

    logstico da Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos- ECT- DR PI?

    1.2 Objetivos

    1.2.1 Objetivo geral

    Analisar a relao existente entre aplicao do Just-in-time e a eficincia do sistema

    logstico da Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos- ECT- DR PI.

    1.2.1 Objetivo geral

    Descrever toda a cadeia logstica envolvida no processo, desde a postagem ate entrega

    de encomendas na ECT - DR - PI.

    Analisar o processo de entrada, o tratamento dado aos materiais postados e bem como

    a sada desses materiais para distribuio;

    Identificar os benefcios que a filosofia Just-in-time empregada propicia para a relao

    cliente versus empresa no que tange a reduo do lead time.

    1.3 Justificativa

    As novas mudanas no ambiente organizacional e social alteram o preo e a viso do

    consumidor aumentando assim suas exigncias com relao produo e a agregao de valor

    aos seus produtos e servios desde o inicio da cadeia ate o final desta, com a entrega

    definitiva.

    Nesse novo contexto vrios paradigmas foram deixados de lado, e a inovao e a

    criatividade tornaram-se ferramentas essenciais para a diferenciao. A Empresa Brasileira de

    Correios e Telgrafos um exemplo desse modelo. Que apesar de ser uma empresa que tem

    como negocio principal o servio Logstico, soube aplicar tcnicas de produo para agilizar o

    seu o processo. A indstria de servios como pode ser chamada, aps a grande mudana

    ocorrida, na qual deixou de ser um simples departamento de correios passando Empresa

  • 17

    Brasileira de Correios e Telgrafos - ECT. Essas mudanas na sua estrutura alteraram tambm

    o seu negocio com a incorporao aos seus servios de um modelo de produo, onde os

    insumos so entregues pelos fornecedores/clientes esses recebem paulatinamente novos

    componentes ate chegar etapa da entrega do objeto postado concluindo assim o processo.

    Desta forma eu como funcionrio e parte dessa grandiosa empresa presente em todo o

    Brasil, vi como vivel um estudo e entendimento da mesma, que soube adequar ao modelo de

    prestao de servios ao modelo de produo de uma indstria utilizando o conhecimento

    terico de sistemas de produo dos princpios de gesto em particular os princpios do

    Sistema Toyota de produo tal como a filosofia just-in-time, que agilizou mais ainda todo o

    seu processo logstico. Capaz de garantir vantagem competitiva, visto que a competitividade

    pelo tempo, isto , a rapidez de respostas aos desejos dos consumidores torna-se um fator

    decisivo de diferencial competitivo entre as empresas (MARTINS; ALT, 2006, p. 373).

  • 18

    2 Referencial terico 2.1 Logstica

    A origem da logstica militar. Foi desenvolvida visando colocar recursos certos no

    local certo, na hora, com um s objetivo: vencer batalhas (MARTINS; ALT, 2006, p.325).

    Segundo Pozo (2007, p.13),

    a Logstica trata de todas as atividades de movimentao e armazenagem, que

    facilita o fluxo de produtos desde o ponto de aquisio da matria prima at o ponto

    de consumo final, assim como dos fluxos de informaes que colocam os produtos

    em movimento, com o propsito de providenciar nveis de servio adequados aos

    clientes a um custo razovel.

    De acordo com Martins e Alt (2006, p.326),

    a Logstica responsvel pelo planejamento, operao e controle de todo o fluxo de

    mercadorias e informaes, desde a fonte fornecedora at o consumidor [...] o bsico

    da atividade logstica o atendimento ao cliente [...] ela comea no instante em, que

    o cliente resolve transformar um desejo em realidade.

    De acordo com Kotler (2006, p.520), a logstica de mercado envolve o planejamento,

    a implementao e o controle dos fluxos fsicos de materiais e de produtos finais entre os

    pontos de origem e os pontos de uso, com o objetivo de atender s dos clientes e de lucrar

    com esse atendimento.

    Essa rea da Administrao de Materiais essencial para as organizaes tornando-se

    indispensveis para o seu desempenho e sucesso. Sua funo principal atender s

    necessidades do mercado de forma gil, e de qualidade ao mesmo tempo a um baixo custo, ou

    seja, providenciar bens ou servios adequados no momento certo, no local exato, nas

    condies estabelecidas (POZO, 2007, p. 33).

    Atravs da Logstica a empresa pode alcanar uma posio acima dos concorrentes

    em relao a conquistar a preferncia do cliente. Ou seja, a Logstica bem desenvolvida pode

    ser uma vantagem competitiva para a organizao (POZO, 2007).

    Para a obteno de melhores resultados e sucesso em seus procedimentos, necessria

    que desenvolva de forma integrada e organizada logstica, a distribuio, transporte e

    armazenagem buscando alcanar os objetivos da empresa e simultaneamente atender

    eficientemente, em questes de tempo e lugar as expectativas do mercado e aos desejos dos

    consumidores. Sempre atento s atualizaes tecnolgicas, e lanando mo de todos os

  • 19

    recursos oferecidos por estes avanos proporcionando um alto grau de qualidade nos produtos

    e servios (MARTINS; ALT, 2006).

    A abordagem do estudo da logstica integra uma gama de funes na sua cadeia de

    suprimentos. O desenvolvimento de objetivos e a formulao de estratgias devem

    contemplar essas atividades. A Logstica como ramo da Administrao contempla ainda as

    funes gerencias, tais como: planejamento, organizao e controle (BALLOU, 2006).

    2.1.1 Componentes do Sistema Logstico

    2.1.1.1 rea comercial

    Segundo Martins e Alt (2006), rea comercial o ponto de partida da cadeia logstica.

    Ainda segundo o mesmo autor, ela, juntamente com a rea de marketing, quem capta o

    desejo latente do consumidor e usa o desejo latente ou j explicito do consumidor e usa dos

    recursos de que dispe para, ao torn-lo realidade, estabelecer uma relao biunvoca

    permanente com ele (MARTINS; ALT, 2006, p.335).

    Este componente tem em conjunto com o marketing, a finalidade de buscar o preo

    que o cliente pode pagar pelo desempenho do produto ou servio, ou seja, o valor percebido

    pelo mesmo. Para Ballou (2006) a logstica controlam dois dos quatro valores (forma, lugar,

    tempo, posse) percebidos pelos clientes, o lugar e tempo. Assim o produto deve estar no local

    e tempo imediato para satisfazer a sua necessidade do cliente, cirando assim o um valor. De

    acordo com Martins e Alt (2006), o valor percebido pelo cliente em relao ao produto

    determinado pela frmula:

    Valor = Desempenho

    Custo

    Assim, para determinarmos o numerador, devemos avaliar os conceitos que

    determinem o desempenho, como a qualidade, confiabilidade, manutenibilidade e valor de

    revenda (MARTINS; ALT, 2006, p.335). Desta forma a qualidade esta ligada satisfao do

    cliente com o produto oferecido ou prestao de servio. E confiabilidade disponibilidade

    do bem adquirido ou servio prestado e a manutenibilidade ligada ao tempo exigido para

    reparos (MARTINS; ALT, 2006). O valor de revenda esta relacionado ao valor pelo qual

    pode ser revendido o produto.

  • 20

    2.1.1.2 Operao industrial

    Quando o cliente deseja um produto ou servio inicia-se um processo de projetao

    para a realizao do mesmo, o local de realizao ou materializao desse desejo a rea

    industrial (MARTINS; ALT, 2006). A rea de operao industrial toda cadeia gerada

    automaticamente aps a deciso do cliente em querer um determinado produto ou servio. Ela

    vai desde o planejamento de recursos de fabricao at a forma como este ser entregue.

    Segundo Martins e Alt (2006, p.337) a operao industrial,

    Ela envolve a escolha dos recursos tecnolgicos mais indicados incluindo conceitos

    que hoje so fundamentais para a competitividade, tais como: Just-in-time (JIT),

    flexible manufacturing system (FMS), computer intregrated manufacturing (CIM),

    total quality control (TQC), total productive maintenace (TPM), e ferramentas

    kanban, robtica, materials requeriment planning (MRP I), manufacturing

    resources planning (MRP II), enterprise resources planning (ERP) e simulao de

    sistemas.

    Isso como afirma Martins e Alt (2006) conjugado com o conceito JIT: material certo,

    na hora certa, no lugar certo, na quantidade certa e com a qualidade certa (MARTINS; ALT,

    2006, p.337). Ou ainda, segundo Ballou (2006, p.344) a programao Just-in-time (JIT)

    uma filosofia operacional que representa alternativa ao uso de estoques para que se possa

    cumprir a meta de disponibilizar os produtos, no lugar certo e no tempo certo.

    2.1.1.3 Fornecedores

    Os fornecedores so peas fundamentais para a consecuo do objetivo das atividades

    logstico, esto estes ligados diretamente empresa (BALLOU, 2006).

    Os fornecedores so os parceiros mais importantes para organizao, pois a atividade

    da empresa, ou seja, a produo em si depende do fornecimento da matria-prima conseguida

    atravs destes, o que exige uma boa comunicao e relacionamento.

    Para Martins e Alt (2006, p.337), o conceito de fornecedor, exige um relacionamento

    aberto, compreende desde o desenvolvimento conjunto do produto ate contratos de

    fornecedores com preos e prejuzos sujeitos a uma mtua administrao, visando a

    conservao do mercado pela continua satisfao do cliente.

  • 21

    Os fornecedores so vistos como parceiros da organizao e desta forma tambm

    ganham com o sucesso da mesma (MARTINS, ALT, 2006).

    2.1.1.4 Administrao e finanas

    As empresas tm enfatizado cada vez mais o fluxo de caixa, o dinheiro que uma

    estratgia gera [...] e este pode ser usado para pagar salrios ou dividendos, ou, ainda, em

    outras reas do empreendimento (BALLOU, 2006, p. 66).

    Com isso as organizaes querem a rpida converso de seus pedidos em faturamento.

    A logstica atravs de suas atividades acelera a gerao de caixa pelas empresas (MARTINS;

    ALT, 2006).

    Segundo Martins e Alt (2006, p.341),

    a rpida transformao de pedidos em faturamento, a reduo do investimento em

    estoques em processos e inventrios finais, a conexo via EDI com os bancos

    agilizando cobranas, a integrao com fornecedores criando condies de um fluxo

    de caixa mais preciso, portanto mais confivel, so investimentos necessrios para

    implantao e funcionamento de sistemas tipo ERP (planejamento de recurso da

    empresa), caminho necessrio para as condies atuais de competio.

    Esses aspectos proporcionam ainda mais a melhoria das operaes de logstica

    favorecendo o retorno do capital investido maior ou igual ao retorno esperado pelo projeto da

    empresa (BALLOU, 2006).

    2.1.1.5 Distribuio fsica

    Trata-se da maneira como o arranjo logstico estar estrategicamente posicionado,

    levando em conta a localizao da fbrica, dos fornecedores, dos depsitos e a estruturao de

    sistemas de transportes (MARTINS; ALT, 2006). As decises sobre localizao envolvem

    determinao do nmero, local e propores das instalaes a serem usadas (BALLOU,

    2006, p. 433).

    Segundo Ballou (2006 p.433), as instalaes incluem pontes nodais da rede, como

    fabricas, portos, vendedores, armazm, pontos de varejo e pontos centrais de servios na rede

    da cadeia de suprimentos em que os produtos pram temporariamente a caminho dos

    consumidores finais.

  • 22

    Hoje o mercado quem molda as instalaes de fbrica de acordo com suas exigncias

    e necessidades. Muito mais que as consideraes sobre incentivos fiscais, importam s

    empresas a agilidade de entrega de seus produtos, sejam eles dirigidos ao consumidor final ou

    a um transformador ou a um montador (MARTINS; ALT, 2006, p. 343).

    As empresas para atingir seus objetivos devem lanar mo de mtodos para estudo a

    melhor estratgia de localizao de instalaes (BALLOU, 2006). Os depsitos regionais

    devem ser localizados de acordo com os transportes disponveis. Os transportes por sua vez,

    devem estar em consonncia com os objetivos logsticos, sendo observados os tipos de

    transporte fsico mais vantajoso e rentvel para concepo dos objetivos traados (MARTINS;

    ALT, 2006).

    2.2 Atividades logsticas 2.2.1 Atividades primrias

    As atividades primariam so as atividades essncias para a consecuo dos objetivos

    logsticos. Pozo (2007, p. 21), identifica as atividades finais como aquelas que so de

    importncia fundamental para a obteno dos objetivos logsticos de custo e nvel de servio

    que o mercado deseja. Estas so essenciais porque coordenam o cumprimento das demais

    alm de representar a maior parcela de custo total. (POZO, 2007)

    2.2.1.1 Transportes

    Transporte essencial para a prestao de servio ao cliente, no que tange s

    exigncias de pontualidade dos servios, na flexibilizao de manuseio dos vrios tipos de

    cargas, tempo de viagem, entre outros diversos riscos correlatos ao lead time (RIBEIRO;

    FERREIRA, 2002). uma das atividades logsticas mais importantes, simplesmente porque

    ela absorve, em mdia, um a dois teros dos custos logsticos (POZO, 2007, p. 22).

    O transporte essencial para a movimentao das matrias-primas ou dos produtos

    acabados para serem levados ao cliente ou consumidor final (POZO, 2007). Segundo Kotler

    (2006, p.524), as opes de transportes afetam o preo, a pontualidade da entrega e as

    condies do produto ao chegar ao destino; todos esses fatores determinam a satisfao dos

    clientes. De acordo com Ballou (2006), h cinco modelos de movimentao de materiais:

    rodovirio, ferrovirio, hidrovirio, dutovirio e o aerovirio. Para uma boa prestao dos

  • 23

    servios de transporte os responsveis pela expedio levam em considerao critrios como

    a velocidade, frequncia, confiabilidade, capacidade, disponibilidade, rastreabilidade e custo

    (KOTLER; KELLER, 2006, p.524).

    2.2.1.2 Manuteno de estoques

    Atualmente as organizaes contam com clientes cada vez mais exigentes. O tempo e

    a disponibilidade passam a serem elementos diferenciadores no que tange satisfao e

    percepo de valores pelos clientes (BALLOU, 2006).

    De acordo com Pozo (2007, p. 22), a manuteno de estoques a atividade para

    atingir-se um grau razovel de disponibilidade do produto em face de sua demanda, e

    necessrio manter estoques, que agem com amortecedores entre a oferta a demanda.

    De acordo com Kotler e Keller (2006, p. 522),

    os nveis de estocagem representam uma importante deciso de logstica [...].

    tomada de decises relativa a estoque leva em considerao quando fazer o pedido e

    quanto pedir. medida que o estoque diminui, a gerncia deve saber em que nvel

    de estoque necessrio fazer um novo pedido. Esse nvel de estoque denominado

    ponto de pedido (ou ponto de reposio).

    O uso de estoque e os transportes tm relao com os dois valores que a logstica

    agrega ao produto. O valor de lugar est associado manuteno de estoques, ou seja,

    disponibilidade destes na hora exata para os pedidos. O tempo relaciona-se com os

    transportes, ou seja, a rapidez com que estes chegam ao seu destino (POZO, 2007).

    importante manter uma quantidade equilibrada de estoque, e ter um planejamento e

    previsibilidade de demandas futuras para destinar na hora exata a quantidade exata de

    materiais exigidos tanto pelo cliente quanto pela empresa (BALLOU, 2006).

    Segundo Kotler e Keller (2006, p. 523),

    as empresa esto reduzindo seus de manuteno de estoque ao tratar cada item de

    estoque de maneira diferente, classificando-os de acordo com seu risco e

    oportunidade [...]. Elas tambm esto mantendo itens de pouca rotatividade em um

    deposito central e itens de grande rotatividade mais prximos dos clientes.

  • 24

    2.2.1.3 Processamento de pedidos

    O processamento do pedido representado por uma variedade de atividades,

    includas no ciclo do pedido do cliente [...]. Especificamente, elas incluem a preparao,

    transmisso, recebimento, expedio do pedido e o relatrio da situao do pedido

    (BALLOU, 2006, p. 122). ponto de partida para todas as atividades logsticas, ou seja,

    onde se projeta toda a atividade que vai desde a preparao do pedido at a entrega ao cliente.

    Como sendo o processamento de pedidos uma atividade logstica primria, sua

    importncia deriva do fato de ser um elemento crtico em termos do tempo necessrio para

    levar bens e servios aos clientes, em relao principalmente perfeita administrao dos

    recursos logsticos disponveis (POZO, 2007, p. 22).

    Segundo Kotler e Keller (2006, p. 522),

    a maioria das empresas est tentando encurtar a o ciclo pedido-pagamento - ou seja,

    o tempo entre o recebimento do pedido, a entrega e o pagamento. Esse ciclo envolve

    muitas etapas, como o envio do pedido pelo, seu recebimento e a verificao do

    crdito do cliente, dos estoques e da programao de produo, o envio do pedido e

    o recebimento do pagamento. Quanto mais tempo levar esse ciclo, menor a

    satisfao do cliente e menores lucros para a empresa.

    2.2.2 Atividades de apoio

    As atividades de apoio so atividades secundrias que do apoio e suporte ao

    desempenho das atividades primrias. Sua finalidade auxiliar na consecuo dos objetivos

    da empreitada organizacional. Elas so as seguintes: armazenagem, manuseio de materiais,

    embalagem, suprimentos, planejamento e sistemas de informao (POZO, 2007).

    2.2.2.1 Armazenagem

    De acordo com Ferreira (2001, p. 66), armazenar guardar em armazm, [...]

    acumular para o uso futuro.

    Armazenagem o

    processo que envolve administrao dos espaos necessria para manter os materiais

    estocados, que podem ser internamente, na fbrica, como em locais externos, mais

    prximos dos clientes. Essa ao envolve fatores como a localizao,

    dimensionamento da rea, arranjo fsico, equipamentos de movimentao,

  • 25

    recuperao do estoque, projeto de docas ou baias de atracao, necessidades de

    recursos financeiros e humanos. (POZO, 2007, p. 23).

    De acordo Kotler e Keller (2006, p.523), a funo estocagem ajuda a atenuar as

    discrepncias entre a produo e a demanda do mercado, ou seja, um armazm deve levar em

    conta e manter estoques, necessrios para o atendimento de todas as suas demandas.

    importante armazenar estrategicamente visando comportar quantidades de produtos

    suficientes ao atendimento das demandas dos consumidores internos e externos, mantendo

    dessa forma o estoque adequado ao atendimento da demanda e ao mesmo tempo otimizando

    os custos gerados pela armazenagem (BALLOU, 2006).

    A complexidade da economia moderna representada pelo rpido avano da

    tecnologia da informao e pela necessidade de diminuir percursos entre a aquisio e a

    distribuio de produtos e servios buscando reduzir custos objetivando o aprimoramento do

    sistema acaba por proporcionar ao termo Armazenagem conceitos mais complexos.

    2.2.2.2 Manuseio de materiais

    Trata-se da forma como so movimentados os materiais nos locais de recebimento,

    armazenamento e despacho. Consiste no transporte a curta distncia que ocorre no interior

    ou prximo a uma empresa ou em um centro de distribuio, armazenagem ou fbrica

    (POZO, 2007, p. 100).

    O procedimento baseia-se em carregar ou descarregar cargas de caminhes,

    contineres, caixas e quaisquer outros sistemas de proteo do produto ou entrega ao cliente

    (POZO, 2007).

    De acordo com Pozo (2007), o manuseio de materiais pautado em cinco objetivos:

    otimizar a utilizao cbica do armazm; otimizara eficincia operacional dos armazns;

    reduzir os custos de movimentao; otimizara carga de cada transporte; e melhorar o

    atendimento ao mercado.

    De acordo com Ballou (2006), a eficincia do manuseio de materiais pode ser

    melhorada seguindo os seguintes aspectos: a unitilizao de cargas e o leiaute do espao, a

    escolha do equipamento de estocagem e do equipamento de manuteno.

  • 26

    2.2.2.3 Embalagem

    De acordo com Kotler e Keller (2006, p.385), a embalagem o conjunto de

    atividades de projeto e produo do recipiente ou envoltrio de um produto. Ou ainda, a

    embalagem um componente protetor do produto que facilita seu manuseio, conservando-o,

    ajudando em sua venda e at mesmo proporcionado benefcios adicionais (POZO, 2007, p.

    98).

    A mesma engloba em seu conceito trs funes fundamentais: proteger o produto,

    facilitar seu manuseio e promover o produto, sendo o primeiro contato do comprador com o

    produto, a embalagem capaz de atra-lo ou afast-lo (KOTLER; KELLER, 2006, p.385).

    No desenvolvimento da embalagem eficaz, que atenda as necessidades da empresa e

    dos clientes devem ser levado em conta e atingido alguns objetivos: identificar a marca,

    transmitir informaes descritivas e persuasivas, facilitar o transporte e a proteo do produto,

    fornecer orientaes sobre a armazenagem em casa, fornecer orientaes sobre o consumo do

    produto (KOTLER; KELLER, 2006, p.386). A embalagem deve apresentar alm dessas

    funes fatores como reutilizao e reciclagem, e apresentar um baixo custo (POZO, 2007).

    2.2.2.4 Suprimentos

    Consiste na atividade que proporciona ao produto ficar disponvel, no momento

    exato, para ser utilizado pelo sistema logstico (POZO, 2007, p. 24).

    o processo de avaliao e escolha dos fornecedores, bem como a definio das

    quantidades de materiais a serem compradas e a forma como eles sero comprados. Tem

    como objetivo analisar a melhor, opo de compra, ou seja, deve casar as necessidades dos

    vrios departamentos, bem prezar pela reduo do preo de aquisio dessas materiais

    requisitados pela empresa em geral (BALLOU, 2006).

    importante e se torna essencial pesquisa em busca do melhor fornecedor e do melhor

    preo e qualidade oferecida, pelos materiais ofertados pelos mesmos.

  • 27

    2.2.2.5 Planejamento

    De acordo com Pozo (2007, p.24) o planejamento refere-se a "primariamente s

    quantidades agregadas que devem ser produzidas bem como quando onde e por quem devem

    ser fabricadas.

    Correspondem s aes que sero desenvolvidas pela organizao, para a programao

    da produo, e eventos que deveram ser percorridos para esse feito. Ela compreende todas as

    decises tomadas para projetar e produzir produto ou servio, formas de destinao quando

    pedidos, o transporte adequado para a carga e acompanhamento durante todo o seu processo

    de entrega ao consumidor, obtendo assim um controle sobre o processo.

    2.2.2.6 Sistemas de informao

    funo que permitira a o sucesso o sucesso da ao logstica dentro de uma

    organizao para que ela possa operar eficientemente (POZO, 2007, p.24).

    Os sistemas de informao possibilitam o acompanhamento e o monitoramento das

    atividades logsticas, o que reduz erros de processamento de pedidos, e de entrega

    contribuindo para a consecuo dos objetivos propostos pelo planejamento atravs do

    monitoramento e o continuo controle das atividades logsticas. Os sistemas de informao

    agilizam as atividades logsticas, dinamizando toda a cadeia envolvida, reduzindo ainda mais

    o lead time, devido uso de suas ferramentas, cada vez mais velozes e com uma capacidade de

    armazenamento e processamento maior contribuindo para agregar valor sustentvel ao

    processo, e conseqente alcance dos objetivos logsticos planejados (BALLOU, 2006).

    De acordo com Pozo (2006, p.24),

    uma base de dados bem estruturados,com informaes importantes sobre os clientes,

    sobre os volumes de vendas, sobre padres de entrega e sobre os nveis dos estoques

    e das disponibilidades fsicas e financeiras que serviro como base de apoio a uma

    administrao eficiente das atividades primarias e de apoio do sistema logstico.

  • 28

    2.3 Administrao da Produo 2.3.1Histrico da Funo Produo

    A funo produo existe desde a origem do homem, dado que este produzia as

    ferramentas e os utenslios necessrios para prover suas necessidades de sobrevivncia. Da

    oficina do arteso at o cho de fbrica a administrao da produo passou por profundas

    modificaes no que diz respeito a forma de produzir produtos ou servios. Com a Revoluo

    Industrial, no final do sculo XVIII, o mercado mundial foi invadido por uma grande

    quantidade de mquinas que aumentaram a produo dos produtos em grande escala

    (CHIAVENTO, 2005).

    Apesar disso, a Administrao da Produo s passou a ser tratada de forma

    sistemtica, racional e cientfica no incio do sculo XX, quando introduzida a noo de

    administrao cientifica por Frederick W. Taylor. Deve-se salientar que, apesar de a

    Inglaterra ser o bero da Revoluo Industrial, durante a maior parte do sculo XX as tcnicas

    da administrao que se tornaram populares surgiram e desenvolveram-se nos Estados

    Unidos. A preocupao original foi eliminar o fantasma do desperdcio e das perdas sofridas

    pelas indstrias, elevando os nveis de produtividade por meio da aplicao de mtodos e

    tcnicas da engenharia industrial.

    No incio da dcada de 1990, o mundo comeou a entrar na Era da Informao,

    totalmente diferente da era anterior. Comea o predomnio de um cenrio de mudana,

    transformao e imprevisibilidade; e de grandes transformaes tecnolgicas agora

    provocadas pelo aumento do uso de computadores e robs nas fbricas. Assim, o trabalho

    humano, desde o tempo das primeiras mquinas continua sendo substitudo por equipamentos

    cada vez mais eficientes, e com isso a produtividade nas fbricas tende a ficar mais rpido,

    melhor e mais barato e com a qualidade.

    Diante das inovaes tecnolgicas, os administradores da produo tiveram que

    enfrentar uma competio acirrada e crescente em um mercado sem fronteiras, tendo que

    desenvolver produtos inovadores com excepcional qualidade, custo baixo, entrega rpida e

    preos para vencer a concorrncia.

    Nesse novo contexto onde a qualidade vista como um preo para a sobrevivncia no

    mercado, o japonese despontam com um sistema de produo que evita as perdas. O sistema

    Just-in-Time, um exemplo bsico do sistema de produo enxuta, concentra-se em reduzir

    ineficincias e tempo improdutivo nos processos, a fim de aperfeioar continuamente o

    processo e a qualidade dos produtos fabricados ou dos servios prestados.

  • 29

    2.3.2 Conceito

    A produo a atividade de transformao (processo) de matria-prima em utilidades

    necessrias ao consumidor. Assim produo a,

    transformao de insumos em produtos ou servios [...] um conjunto de atividades

    que proporcionam a converso de um bem tangvel em outro que tenha uma

    utilidade maior ou mais especfica. Por outro lado tem o significado de utilizar os

    recursos e competncias para oferecer servios de elevada qualidade

    (CHIAVENATO, 2005, p.13).

    A funo de produo consiste em todas as atividades que diretamente esto

    relacionadas com a produo de bens ou servios (TUBINO, 2000, p. 18). Desta forma a

    funo produo consiste em converter insumos em produtos ou servios, adicionando valor

    aos mesmos.

    Na estrutura operacional de uma organizao fazem parte juntamente com a funo

    produo, a funo de marketing e a funo de finanas. A funo de marketing esta

    encarregada de vender e promover os bens e servios produzidos por uma empresa, tomando

    decises sobre estratgias de publicidade e estimativa de preos para os mesmos (TUBINO,

    2000, p. 20). Alm disso, o marketing tambm programa a produo, atravs de pesquisas

    sobre demanda e comportamento dos clientes e procura atravs inovaes nos produtos ou

    servios, despertar o desejo, criando assim uma necessidade nos mesmos (KLOTER, 2006) .

    Em conjunto,

    a funo de finanas esta encarregada de administrar os recursos da empresa e aloc-

    los onde forem necessrios. Com relao a seu envolvimento com o sistema de

    produo e o planejamento e controle do mesmo, Finanas deve providenciar a

    oramentao e o acompanhamento de receitas e despesas, a proviso de fundos para

    atender a esse oramento, e a anlise econmica dos investimentos produtivos

    (TUBINO, 2000, p. 21)

    Portanto, as trs funes devem programar em conjunto o qu? Pra quem? Quanto

    produzir? Assim a administrao da produo seria organizar e coordenar todos os recursos

    disponveis para produzir de maneira eficiente de quantidade e de qualidade bens e/ou

    servios. A administrao da produo a atividade de gerenciar os recursos destinados

    produo e disponibilizao de bens e servios (SLACK, 2009, p.4). Ou ainda a

    administrao da produo a rea da administrao que utiliza os recursos fsicos e

  • 30

    materiais da que realizam o processo produtivo por meio de competncias

    essenciais(CHIAVENATO, 2005, p. 13). Ainda de acordo com Slack (2009, p.26)

    administrao da produo a atividade de administrar recursos que sero destinados

    produo e fornecimento de produtos e servios.

    Desta forma pela administrao da produo que a empresa extrai as matrias-primas

    e transforma-as para produzir o produto acabado ou presta servio especializado ao mercado.

    2.4 Operaes enxuta e Just-in-time

    Operaes enxuta, tratam-se de operaes da produo que tem como objetivo

    principal, de acordo com seu nome enxugar a produo, ou seja, reduzir ou extinguir os

    desperdcios.

    Essa abordagem busca atender a demanda com alta qualidade e sem retrabalhos.

    Segundo Slack (2009, p. 474), a abordagem enxuta de operaes tenta atender demanda

    instantaneamente, com qualidade perfeita e nem desperdcio. Dessa forma a abordagem

    enxuta procura dinamizar a produo, baseada no controle para evitar os desperdcios, com o

    foco na qualidade.

    Ainda de acordo com Slack (2009, p.474), a abordagem que difere das praticas de

    operaes tradicionais na medida em que enfatiza a eliminao de desperdcios e o tempo de

    atravessamento rpido, ambos os quais contribuem para estoques baixos.

    Segundo Ritzman e Krajewiski (2004, p.401) o conceito de sistema de produo

    enxuta centra-se em estratgias de operaes, processos, tecnologia, qualidade, capacidade,

    arranjo fsico, cadeias de suprimentos, estoque e planejamento de recursos. Ou seja, o

    sistema de produo enxuta integra, agrupa e sincronizando a produo controlando-a

    buscando o aumento da qualidade a reduo ou eliminao dos desperdcios.

    O principio chave das operaes enxuta relativamente claro fcil de entender-se

    mover-se na direo de eliminar todos os desperdcios de modo a desenvolver uma operao

    que mais rpida, mais confivel, e produz mais produtos e servios de alta qualidade e

    acima de tudo, opera com custo baixo(SLACK. 2009, p.454).

    O just-in-time tanto uma filosofia quanto um mtodo para o planejamento e controle

    das operaes. De acordo com Slack (2009, p.451), o

  • 31

    just-in-time definido como a movimentao rpida e coordenada de componentes

    ao longo do sistema de produo e rede de suprimento para atender a demanda do

    consumidor [...] operacionalizado por meio de heijunka (nivelamento e suavizao

    do fluxo de itens), kanban (sinalizao de para os anteriores de mais componentes

    sero necessrios) e o negare (posicionamento de processos para alcanar um fluxo

    de componentes mais suave ao longo do processo de produo).

    Seria o just-in-time a ideia e o heijuka,o kanban e o negare as forma de materializar e

    controlar a ideia fazendo com que os processos possam ocorrer como planejado evitando ao

    mximo os desperdcios. O autor ainda comenta sobre a utilizao do jidoka que a

    humanizao do processo onde as prprias pessoas se autorregulam o processo atingindo o

    planejado. O jidoka descrito como a forma de capaz de humanizar a interface entre a

    mquina e o operador (SLACK, 2009, p.451). Ou seja, o jidoka operacionalizado pelo por

    meio das ideias prova de falhas(ou jidoka de maquinas), a autoridade para interromper a

    linha (ou jidoka humano) e controle visual (status visual dos processos de produo e

    visibilidade dos padres do processo) (SLACK, 2009, p.451).

    Nessa viso o homem deve operacionalizar as maquinas que o servem para estender e

    dar mais agilidade s tarefas a serem executadas, sendo o mesmo guiado e supervisionado a

    atingir o planejado, e se possvel podendo ate interferir na cadeia de produo se detectar algo

    fora do padro na tentativa de minimizar os erros. Isso possvel devido o sistema JIT

    controlar a qualidade na fonte, com os prprios funcionrios atuando como seus prprios

    inspetores de qualidade (RITZMAN, 2004, p.402).

    Assim o JIT (ou jus-in-time) significa produzir bens e servios exatamente no

    momento em que e so necessrios no antes, para que no formem estoques, e nem depois,

    para que seus clientes no tenham que esperar (SLACK, 2009, p.452). Alm do elemento

    temporal pode ser acrescida a qualidade e a eficincia. O JIT visa atender demanda

    instantaneamente, ou seja, surgia necessidade inicia-se o processo em busca da qualidade

    perfeita e sem restos. Este sistema,

    concentra-se em reduzir a as infrequncias e tempo improdutivo nos processos, a

    fim de aperfeioar continuamente o processo e a qualidade dos produtos fabricados

    ou servios prestados. O envolvimento dos funcionrios e a reduo das atividades

    que agregam valor so essenciais para o JIT (RITZMAN, 2004, p.401).

  • 32

    Desta forma o conceito de JIT busca simplificar, os processos de produo ou

    prestao de servios atravs da utilizao de todos os recursos em pores mnimas, no

    tempo e local certo. O que requer um planejamento e controle, para que as atividades sejam

    executadas conforme o planejado eliminando os erros aperfeioando todas as tarefas do

    processo aumentando a qualidade da produo. Assim o sistema deve estar em perfeita

    harmonia, ou seja, ser necessrio a flexibilidade dos fornecedores e o envolvimento de todos

    executores das tarefas dos sistemas, e do que mais importante ter quem puxe, isto , quem

    encomende sua produo.

    A no utilizao de sua capacidade total dos seus princpios do JIT, j que o sistema

    presa por no estocar, o que gera tanto mais custos, tanto financeiro do capital investido na

    matria-prima a manuteno e movimentao de estoques, o que requer um espao para a

    guarda destes produtos (SLACK, 2009).

    Dessa forma o seu foco esta em produzir quando solicitado, o que implica em no

    utilizar sua capacidade total, o que no gera assim estoques e facilitando a correo dos

    problemas. A utilizao de lotes pequenos, em vez de acumular um estoque de reserva, reduz

    o estoque cclico o tempo e o espao envolvidos no processo de fabricao e na manuteno

    de estoques (RITZMAN, 2004, p.402). Diferente do tradicional onde h a formao de

    estoques, pois a produo exige a utilizao de toda sua capacidade produtiva, o que gera

    poucas chances de resolver problemas (SLACK, 2009).

    De acordo com Ritzman (2004, p.401),

    as caractersticas do sistema JIT so: mtodo de puxar o fluxo de materiais;

    qualidade alta e consistente; lotes de pequeno tamanho; cargas uniformes das

    estaes de trabalho; componentes padronizados e mtodos de trabalho; relaes

    prximas com fornecedores; fora de trabalho flexvel; fluxos em linha; produo

    automatizada e manuteno preventiva(RITZMAN, 2004, p.401).

    Segundo Ritzman (2004, p.402) as empresas quem tendem a apresentar processos de

    fabricao altamente repetitivos e fluxos de materiais bem definidos usam, os sistemas Just-

    in-time, porque o mtodo de puxar a produo permite maior controle de inventario e da

    produo nas estaes. Atravs da produo de pequenos lotes de produtos, o sistema JIT

    possibilita a eliminao de retrabalhos, a fim de obter uma produo uniforme de materiais

    (RITZMAN, 2004, p.402), gerando consequentemente uma produo de alta qualidade, em

    acordo com o planejado.

  • 33

    De forma geral o termo produo enxuta refere-se gesto das operaes, a forma coo

    elas sero direcionadas as diferentes fases dos processos de produo. Assim o JIT um

    conjunto de tcnicas que apoiam a produo enxuta e que de certa forma iro coordenar os

    demais processos.

    A filosofia da produo enxuta pauta-se em fazer bem as coisas, em faz-las cada vez

    melhor e (acima de tudo) em eliminar os desperdcios em cada passo do processo (SLACK,

    2009, p.454). Ou seja, executar de forma eficiente os pequenos passos da produo,

    procurando melhorar continuamente a sua qualidade, com isso os desperdcios e defeitos

    automaticamente sero drasticamente reduzidos.

    Contudo necessrio o envolvimento de todos e um forte controle da equipe, para

    atingir as metas propostas e aumentar consequentemente a qualidade do produto ou servios

    evitando todos os desperdcios por maio de um melhoramento contnuo do processo.

  • 34

    3 Histrico dos Correios

    A histria postal esta ligada as diversas transformaes histricas do pas. Desde o

    inicio o correios assume o elo de aproximao das pessoas, adequando-se aos perodos de

    progresso e promovendo incessantemente a melhoria dos seus servios e produtos oferecidos

    sociedade.

    Com o descobrimento, ou seja, a chegada dos portugueses ao Brasil em 1500, surge a

    primeira correspondncia oficial do pas, a mesma escrita por Pero Vaz de Caminha. Enviada

    o rei na tentativa de descrever a nova. Foi o registro e inicio dos correios no pas. Na poca

    Portugal no dispunha de um sistema postal bem estruturado, recorrendo a outras naes

    vizinhas para na tentativa de sanar essas deficincias.

    Para manter o intercambio de comunicao entre a nova terra a metrpole criou o

    Correios-Mor, que no foi to eficiente, sendo oficialmente criado em 1798, os correios

    martimos estabelecendo uma ligao direta entre o Brasil e Portugal. Porem devida a nova

    terra ser extensa surgiu a necessidade de expanso para o interior. Onde se iniciou uma nova

    colonizao, sendo criada a primeira agencia postal na cidade de Campos do Rio de Janeiro.

    Com a vinda da famlia Real e sua corte para Brasil, por conta das guerras

    napolenicas em 7 de maro de1808. O servio postal teve um grande desenvolvimento

    ocasionado pelo progresso comercial local onde foi elaborado tambm o primeiro

    regulamento postal do pas, com funcionamento regulado pelos Correios Martimos e emisso

    de novos decretos de para criao de correios interiores.

    Nessa poca o Brasil passou da condio de colnia sede da monarquia lusitana,

    localizada no Rio de Janeiro. No mesmo perodo foi estabelecida a ligao martima entre o

    Brasil e Inglaterra, que se deu no Porto de Falmouth, partindo do Rio de Janeiro passando

    pela Ilha de Madeira, por Pernambuco e pela Bahia.

    Com o retorno de D. Joo VI a Portugal, dcadas depois se iniciou um perodo

    conturbado que culminou na independncia do pas em 1822, os correios teve importncia

    fundamental trazendo informaes e aglutinamentos em prol para o rompimento com

    Portugal. Atravs de mensageiro Paulo Bregrio, considerado o primeiro carteiro e patrnomo

    dos carteiros do Brasil. O qual entregou a D. Pedro I, no dia 7 de setembro de 1822, as

    margens do riacho Ipiranga, correspondncia do imperatriz, o informando das exigncias de

    Portugal em relao ao Brasil.

  • 35

    Durante esse perodo D. Pedro reorganizou os correios independente, e iniciou o

    processo de criao dos correios nas provncias.

    Sob D. Pedro II, as reformas postais instituram o pagamento ou franquia unificada,

    lanamento dos primeiros selos postais (importante frisar que ate ento o pagamento pelo

    servio postal, antes do selo era feito pelo destinatrio o que alavancava um grande prejuzo

    para o governo). A criao do quadro de carteiros, de caixas de coleta e sua a distribuio na

    corte e nas provncias.

    Foi estabelecido o servio Telgrafo eltrico e o Brasil aderiu, por tratados, aos

    organismos internacionais de telecomunicaes recm-criados.

    No Perodo Republicano, nasce o primeiro Museu Postal Brasileiro. No mesmo, ano o

    Brasil se rene com outras naes do continente formando o embrio da futura Unio Sul

    Americana. Houve a aquisio de novas mquinas, ampliao da rea de ao interna e

    externa a evoluo dos transportes e a implantao do correios Areos (1920 realizao do

    primeiro transportes de malotes areos), esse perodo de notrio desenvolvimento, que

    puderam expandir seus servios s populaes de todas as regies do pas, contribuindo para

    integrao nacional.

    Em 1890 foi criado o Ministrio da Indstria, Viao e Obras Pblicas. Ficando os

    Correios e Telgrafos subordinado a mesma. Em 1990 inicia no Brasil o servio de

    encomendas Internacionais (Colis Postaux). E emitida a primeira serie de selos

    comemorativos, alusiva ao quarto centenrio do Descobrimento do Brasil.

    Em 1924 inicia-se o uso da mquina de franquear correspondncia, fabricado pela

    Universal Postal Frankers, de Londres, e inicia-se a utilizao do servio de Expressos

    Internacionais. No ano seguinte transportada a primeira mala internacional pela Compagnie

    Grrale D Interpreses Aronautiques (CGA).

    Em 1927 o transporte de correspondncias via a area regular entre Amrica do Sul e a

    Europa. No mesmo ano no dia 24 de novembro foi recebida, no Rio de Janeiro, a primeira

    mala area, vinda de Natal, conduzida pelo avio 606 da CGA. Dois anos depois entra em

    operao o Graff Zeppelin- o dirigvel que sobrevoava regularmente os cus do Brasil

    transportando, entregando e recebendo correspondncias.

    No mesmo ano o Cdigo Postal Universal, foi elaborado no IX Congresso Universal

    em Londres, 1929, legislando e apresentando solues para os problemas postais modernos

    dando inicio a nova era na historia dos correios.

  • 36

    A Revoluo de 30 trouxe consigo mudanas significativas na estrutura politica

    administrativa do pas e do setor postal. Os correios tiveram que rever sua estrutura e adequar-

    se seus meios e capacidade tcnica para atender a necessidade de comunicao.

    Getlio Vargas o novo presidente, baixou o decreto de 1931 fundindo a Direo Geral

    dos Correios com a Repartio de Telgrafos, originando o Departamento de Correios e

    Telgrafos DCT, subordinada a ao Ministrio da Viao e Obras Pblicas cuja

    administrao, ficou sediada no antigo Pao da Praa XV de novembro, no Rio de Janeiro.

    Ate ser transferida para Braslia em 1975, com decreto as administraes dos correios, passam

    a denominar-se Diretorias Regionais.

    Nesse mesmo perodo criado o Correio Areo Militar que deu origem ao Correio

    Areo Nacional permitindo a remessa de correspondncias chegarem a lugares quase

    inatingveis do territrio nacional.

    Em 1967 o decreto de lei n 200 institui o Ministrio das Comunicaes no ano

    seguinte a DCT passa a subordina-se ao mesmo. Porem com desenvolvimento dos setores

    produtivos do Brasil, viu-se necessrio a reorganizao do servio postal acerca do modelo

    mais moderno que o DCT, que no apresentava infraestrutura compatvel com as necessidades

    dos usurios.

    Nesse perodo foi criada, em 20 de maro de 1969, atravs da Lei n 509, a Empresa

    Brasileira de Correios e Telgrafos ECT, sendo esta vinculada ao Ministrio das

    Comunicaes. A criao da ECT mostrava a preocupao do poder pblico, com relao a

    importncia das comunicaes, principalmente ao servio postal, com o desenvolvimento da

    dcada de 70, estruturou-se e passou a desenvolver e oferecer produtos e servios, de acordo

    com a realidade de sua clientela.

    A ECT passou a atuar consolidando-se como importante agente de ao social do

    governo, efetivando pagamento de penses aposentadorias; na distribuio de livros escolares;

    no transporte de doaes em casos de calamidade; em campanhas de aleitamento materno;

    treinamento de jovens carentes e inmeras outras situaes em que a empresa j demonstrava

    preocupao com o bem estar da sociedade.

    Em 1970 foi criado o Sistema Especial de Entrega de Documentos (SEED); Servio de

    Malote com segurana e qualidade; ainda no mesmo ano feita a substituio do transporte

    rodovirio fretado atravs do estabelecimento das Linhas Tronco, que aceleraram o curso das

    correspondncias. Essa rede de superfcie era composta de: ligao entre todas as capitais

    (Linhas Tronco Nacionais- LTN); ligao entre as capitais estaduais e os centros regionais

  • 37

    (LTR); ligao entre os centros regionais e as pequenas localidades (LTA) e linhas rodoviria

    internacionais(LTI). Ampliao do Servio Especial de Entrega Rpida (SEER).

    Criao do Centro de Triagem Martimo de Santos, So Paulo, destinado ao

    tratamento das Encomendas Postais Internacionais (Colis Postaux). Aumenta o nmero de

    agncias e postos de Correios. Instalao de agncias postais mveis e ampliao do servio

    de Distribuio Domiciliria. Padronizao dos envelopes, conforme recomendaes da

    Unio Postal Universal. Edio do Guia Postal Brasileiro com o Cdigo de Endereamento

    Postal representado por cinco algarismos.

    Em 1974 teve incio, em outubro da Rede Postal Area Noturna (RPN) visando

    atender aos padres de qualidade estabelecidos para as cartas e outros objetos de

    correspondncias urgentes. E tambm lanado novos produtos: Aerograma e Mensagem de

    Natal. A ECT foi agraciada com o Mrito de Marketing de 1974 concedido pela Associao

    Brasileira de Marketing (ABM). Foram instaladas mais de 5.000 caixas de coleta nas capitais

    e nas cidades mais populosas, facilitando, desta forma, o acesso do usurio aos servios

    postais. Ocorreu a busca da modernizao da rede de agncias postais.

    Em 1976 foram instalados Centros de Triagem Automtica, possibilitando maior

    rapidez no encaminhamento de objetos nas cidades de So Paulo, Rio de Janeiro e Braslia.

    Em 1978 com Promulgao, em 22 de junho, da Lei Postal 6.538, que unificava a legislao

    relativa aos Correios e Telgrafos. Criao, no dia 15 de maro em Braslia, da Escola

    Superior de Administrao Postal (ESAP). Inaugurao do Edifcio-Sede da ECT em Braslia

    e o Centro de Triagem de Braslia, em junho.

    Em 1980 inaugurado o Museu Postal e Telegrfico da ECT em Braslia e do

    Edifcio-Sede dos Correios do Rio de Janeiro. Em 1981 se d inaugurao do Edifcio-Sede

    dos Correios na cidade de So Paulo e instituio do servio de Documentos Achados e

    Perdidos. No ano seguinte implantado o Servio de Encomenda Expressa Nacional

    (SEDEX) com prazo mximo de entrega de 24 horas (D+1) entre as principais capitais do

    Pas. Em 1984 a ECT foi apontada como a Empresa de maior credibilidade em pesquisa

    realizada pelo instituto Gallup. Em 1987 o instituto Gallup atestou, em pesquisa, o alto ndice

    de pontualidade e qualidade atingido pelos servios da ECT.

    A ECT alcanou o primeiro lugar em produtividade, conforme a Revista Exame, edio

    Melhores e Maiores. Foi criado o Telegrama Pr-datado. Em 1989 a reformulao da estrutura

  • 38

    organizacional da ECT para tornar-se flexvel e adaptvel s necessidades da clientela,

    enfatizando uma postura de marketing mais agressiva visando cumprir sua meta prioritria: a

    satisfao do cliente.

    Em 1997 foi implantado do Programa de Qualidade Total, com vistas formulao de

    princpios e adoo de uma nova poltica de gesto pela qualidade. Este Programa iniciou uma

    fase de mudanas na busca pela lucratividade e desenvolvimento da Empresa, pautados na

    plena satisfao de seus clientes internos e externos.

    Em 2000 foi inaugurado, em 3 de abril, da primeira agncia do Banco Postal em

    Sooretama-ES, e posteriormente, inauguradas unidades em Primavera e Tacaimb-PE,

    estendendo, assim, a prestao de servios bancrios bsicos a milhes de brasileiros que

    viviam margem do sistema financeiro tradicional. No ano de 2001 foi inaugurado, em

    janeiro, da agncia dos Correios de Rio do Fogo-RN, concretizando-se o ideal de cobertura de

    100% dos 5.561 municpios brasileiros. Nenhuma outra instituio nacional, jamais registrou

    algo parecido em termos de capilaridade. A escolha do Bradesco como parceiro na

    implantao do atendimento bancrio em agncias dos Correios, o Banco Postal.

    Lanamento do Servio de Encomendas Expressas Sedex 10, que veio garantir a

    entrega do objeto at as 10 horas do dia til seguinte postagem. Implantao do Programa

    5S na Administrao Central e em cerca de 60% das unidades dos Correios.

    Logo aps no ano 2002 foi a vez do lanamento do Banco Postal, uma iniciativa

    concebida com a misso de prestar atendimento aos milhes de brasileiros excludos do

    sistema financeiro tradicional. No ano seguinte foi reestruturao do Telegrama para receber

    diferenciais tecnolgicos significativos: as mensagens passaram a ser escritas a laser, sem

    palavras cortadas e com acentuao; o prazo de entrega passou a ser de no mximo duas horas

    e o usurio tambm podia optar pelo telegrama agendado, com data e hora de entrega.

    No de 2004 foi lanado, simultneo, do Sedex Hoje e do Sedex Mundi. O primeiro

    oferecendo entregas no mesmo dia da postagem e o outro, por sua vez, expandindo a atuao

    internacional dos Correios pelo decorrer dos demais anos.

    Hoje os correios encontram-se com 28 DRs, constantemente buscando adequar-se

    inovando seus servios e produtos de forma a atender de forma satisfatria as necessidades do

  • 39

    mercado, e de forma vantajosa conquistar a fidelidade dos clientes a marca e como mostra a

    sua viso ser uma empresa de classe mundial.

  • 40

    4 Metodologia 4.1 Definies

    De acordo com Gil (2006, p. 17) a pesquisa o procedimento racional e sistemtico

    que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que so propostos. Desta

    forma a pesquisa cientfica busca entender, solucionar e explicar um determinado problema

    ou assunto. Assim esta desenvolvida com auxilio de conhecimentos j estabelecidos e

    disponveis obedecendo cuidadosamente a utilizao de mtodos, tcnicas de pesquisa e

    outros procedimentos cientficos (GIL, 2006).

    O mtodo relaciona-se forma como os dados sero coletados e analisados no intuito

    de compreender e/ou resolver um problema. Mtodo um caminho, uma forma, uma lgica

    de pensamento (VERGARA, 2007, p. 12). O mtodo refere-se maneira como ser

    conduzida a pesquisa, ou seja, como sero coletados os elementos necessrios resoluo de

    um problema.

    As pesquisas possuem tipologias que podem ser classificadas base com seus objetivos,

    como tambm pelos meios que se pretender alcana-los (GIL, 2006). De acordo com os fins a

    pesquisa pode ser: exploratria, descritivas ou explicativas. A exploratria tem como

    objetivo proporcionar maior familiaridade como o problema com vistas a torna-lo mais

    explicito ou a construir hipteses [...] tem como objetivo principal o aprimoramento de ideias

    ou a descoberta de intuies (GIL, 2006, p.41).

    J o objetivo da pesquisa descritiva descobrir e observar fenmenos, procurando

    desta forma descrev-los, classific-los e interpret-los, alm de expor as caractersticas da

    populao em estudo. A pesquisa descritiva serve de base para explicao dos fenmenos que

    descreve (VIEIRA, 2002). Na pesquisa explicativa o foco central identificar os fatores que

    determinam ou que contribuem para a ocorrncia dos fenmenos (GIL, 2006, p.42).

    Quanto aos meios ou procedimentos tcnicos a pesquisa pode ser: bibliogrfica,

    documental, estudo de caso, experimental, pesquisa participante, entre outras.

    A pesquisa bibliogrfica inclui o estudo de livros, revistas, jornais, meios eletrnicos,

    ou seja, tudo que seja acessvel ao pblico em geral (VERGARA, 2004). O desdobramento de

    qualquer trabalho acadmico requer uma pesquisa minuciosa e sistemtica. Para isso, fez-se

    necessrio a leitura e estudo de trabalhos cientficos j esboados, com objetivo de dar base e

    credibilidade investigao.

    A pesquisa documental refere-se busca de informaes, atravs de documentos, que

    podem estar, ou no, em poder da empresa estudada. Mattar (1999) chama esses dados de

  • 41

    secundrios internos, e destaca a sua importncia, alm de outras coisas, em virtude do baixo

    custo para se tiver acesso.

    Estudo de caso, que segundo Vergara (2007, p.49), o circunscrito a uma ou poucas

    unidades, entendidas essas como pessoa, famlia, produto, empresa, rgo pblico,

    comunidade ou mesmo pas. Tem carter de profundidade e detalhamento. Pode ou no ser

    realizado no campo.

    Para Roesch (2005), estudos de casos possibilitam examinar o fenmeno dentro do seu

    contexto, e baseiam-se no presente.

    Na pesquisa experimental o objetivo explicar as relaes de causa e efeito entre os

    conceitos envolvidos no fenmeno ou entre fenmenos (ACEVEDO; NOHARA, 2010,

    p.48). A pesquisa participante ou observao participante ocorre quando o observador,

    deliberadamente, se envolve e deixa-se envolver com o objeto da pesquisa, passando a fazer

    parte dele (CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2007, p.31).

    Desta forma, podemos observar que para o desenrolar de uma pesquisa cientifica so

    vrios os mtodos e tcnicas de pesquisa, assim cabe ao pesquisador de acordo com a sua

    problemtica escolher cuidadosamente os procedimentos adequados para solucionar o seu

    problema de pesquisa.

    4.3 Delineamento da pesquisa

    A pesquisa teve abordagem metodolgica qualitativa, onde o seu foco central foi o

    estudo e anlise da aplicao do Just-in-time pelos correios e o impacto desta tcnica no seu

    servio logstico. Desta forma este trabalho envolveu dois mtodos de pesquisa: a exploratria

    e a pesquisa participante. Na fase inicial ou conceitual usou-se da pesquisa exploratria, mais

    especificamente para levantamento bibliogrfico cuja finalidade foi dar um maior

    embasamento e compreenso terica ao autor sobre o tema abordado. Segundo Lakatos e

    Marconi (2006, p.85):

    as pesquisas exploratrias so investigaes de pesquisa emprica cujo objetivo a

    formulao de questes ou problemas com tripla finalidade; desenvolver hipteses,

    aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenmeno para

    realizao de uma pesquisa no futuro mais precisa, ou modificar e clarificar

    conceitos.

  • 42

    Na segunda etapa o estudo valeu-se da pesquisa participante onde o autor funcionrio

    da empresa em estudo, pode observar detalhadamente todo o processo logstico da mesma, e

    analisar criticamente a utilizao de tal tcnica. De acordo com Gil (2006, p.55), a pesquisa

    participante caracteriza-se pela interao entre os pesquisadores e membros das situaes

    investigadas. Em concordncia com Gil, Vergara (2007, p. 49) define que em tal pesquisa,

    no se esgota na figura do pesquisador. Dela tomam parte pessoas implicadas no problema

    sob investigao, fazendo com que a fronteira pesquisador/pesquisado, ao contrrio do que

    ocorre na pesquisa tradicional, seja tnue.

    Desta forma a pesquisa teve como campo de coleta de dados e observao (feita no

    perodo compreendido entre 27 de setembro e 04 de outubro de 2010) o Centro de Tratamento

    de Cartas e Encomendas (CTCE), sediado em Teresina no estado do Piau, onde so recebidas

    e encaminhadas, tanto para estado como para outras regies do pas, todas as cargas postais

    que chegam ou que saem do mesmo. E agncia de Correios de Picos - PI, um importante

    entreposto, que atende a toda macrorregio, como agncia e CDD.

    Os sujeitos da pesquisa, ou seja, os respondentes dos questionrios e entrevistados

    foram funcionrios dos Correios, escalados de acordo com a funo e a hierarquia da DR PI,

    como mostra o quadro a seguir. Onde desta forma os dois primeiros entrevistado por estarem

    no topo, mostrariam a teoria e planejamento, e os dois ltimos a execuo do planejado.

    Quadro 1 Lista dos empregados por funo

    Entrevistado Funo

    1 Gerente do centro de Tratamento de Cartas e Encomendas (GCTCE)

    2 Analista de Correios Pleno

    3 Operador de Triagem e Transbordo (OTT)

    4 Supervisor do Setor de Distribuio

    fonte: elaborado pelo autor

    Os entrevistado 1 e 2, funcionrios dos Correios em Teresina, a entrevista foi feita por

    via virtual, onde atravs de trocas de e-mail os mesmos responderam no perodo de 10 a 20 de

    outubro de 2010, as mesmas questes abertas, as quais serviram de modelo de entrevista

    feita pessoalmente aos entrevistados 3 e 4, funcionrios de Picos, os quais foram entrevistados

    j em 2011, no dia 27 de setembro do corrente ano, assim a observao participante teve

    durao de 01 (um) ano, para um maior aprofundamento.

  • 43

    No presente estudo, os entrevistados, responderam a um questionrio composto por 10

    perguntas subjetivas as quais os respondentes tiveram a liberdade de expressar suas opinies

    da forma que lhe foi mais conveniente, podendo apresentar-se com maior clareza e

    abrangncia.

    4.4 Plano de Analise dos dados

    Para tratamento dos dados a pesquisa valeu-se do mtodo da Analise de Contedo, na

    interpretao e anlise dos dados obtidos atravs das transcries das respostas dos

    entrevistados, o que gerou informaes onde puderam ser identificados e confirmada com a

    observao e participao do autor, a real utilizao da filosofia just-in-time nas operaes

    dos correios no que diz respeito movimentao ao tratamento dos objetos postados tanto na

    chegada, como na sada destes para a distribuio. De acordo com Bardin (1977, apud

    VERGARA, 2008, p. 15) a analise de contedo ,

    um conjunto de tcnicas de analises das comunicaes visando obter, por

    procedimentos sistemticos e objetivos de descrio do contedo das mensagens,

    indicadores (quantitativos ou no) que permitam a inferncia de conhecimentos

    relativos as condies de produo /recepo(variveis) destas mensagens.

    Hoje j se pode dizer que a Anlise Contedo tenha desenvolvido, e tornando-se mais

    abrangente, integrando tcnicas de tratamento de materiais jornalsticos e abraando ate as

    transcries de entrevistas, documentos institucionais entre outros (VERGARA, 2008).

  • 44

    5. Anlise de dados 5.1 Apresentao

    Neste capitulo so apresentados os resultados obtidos pela presente pesquisa que teve

    como problemtica de estudo, descobrir qual a relao existente entre a aplicao do Just-in-

    time e a eficincia do sistema logstico da Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos- ECT-

    DR - PI? Desta forma, de acordo com a observao participante do autor unida a analise das

    transcries das respostas dos entrevistados, conclui-se que o just-in-time e essencial para a

    todo o sistema logstico dos Correios, visto que tal tcnica casa com o objetivo do negcio da

    ECT que entregar os objetos postados com qualidade e nos prazos determinados.

    Assim, este captulo encontra-se estruturado da seguinte maneira: para cada pergunta

    da entrevista feita aos entrevistados, foram ordenadas as respectivas respostas dos mesmos em

    seguida a anlise das mesmas, considerando cada pergunta como um tpico.

    5.2 Resultados e referentes anlise das respostas dos entrevistados

    Questo 1: Como se d o processo logstico dos correios desde a postagem do material at a entrega ao destinatrio?

    O cliente se dirige a uma de nossas lojas, efetua a postagem do objeto; em seguida, ocorre o transporte at uma unidade de tratamento; no processo de tratamento,

    ocorre abertura dos unitizadores, a separao por destino final e a reconsolidao

    da carga; dando sequncia, ocorre mais uma etapa de transporte, desta feita, da

    unidade de tratamento at a unidade de distribuio; a ltima etapa, que a

    distribuio, compreende a abertura dos unitizadores, a separao da carga por

    distritos (zonas da cidade), a separao por logradouro dentro do distrito, o

    ordenamento e a entrega dos objetos aos clientes destinatrios. (entrevistado 1)

    O processo, em geral, se d a partir do: a) Recebimento de correspondncia e encomendas nas agncias;

    b) Transporte at um centro tratamento regional de origem;

    c) Transporte deste centro at o Centro de tratamento regional de destino;

    d) Transporte at um centro de distribuio ou agncia de destino para entrega

    domiciliria.

    e) O transporte realizado utilizando-se bicicletas, motocicletas, furges, caminhes

    e avies. Algumas rotas de distribuio domiciliria podem ser realizadas por

    Carteiros a p, sempre conforme a pertinncia do roteiro a ser cumprido.

    f) a postagem realizada em mais de 5.000 agncias em todo o Brasil. So triados

    em mais de 80 centros de tratamento e entregues em mais de 600 centros de

    distribuio.

    g) Aproximadamente 80.000 operadores so envolvidos neste processo diariamente.

    h) Mais de 6 bilhes de objetos so processados anualmente.

  • 45

    i) No Piau transitam diariamente em torno de 300 mil objetos com

    aproximadamente 1.100 operadores. (Entrevistado 2)

    O processo consiste em quatro etapas fundamentais, captao ou postagem,

    tratamento ou triagem, transporte e finalmente a distribuio.

    - O processo de captao geralmente feito pelo atendente no mtodo convencional

    e, s vezes, pelo carteiro no chamado disk coleta: no mtodo convencional o cliente

    leva a mercadoria/documento ou impresso at os correios e define qual servio ele

    quer utilizar (encomenda expressa, convencional ou simples, carta registrada, sedex,

    impresso etc.) de acordo com a sua necessidade; no disk coleta ou coleta

    programada o cliente/empresa entra em contato com os correios atravs de telefone

    ou pela internet e estabelece um determinado servio, feito isso o carteiro

    correspondente quela regio ir coletar dentro dos prazos estabelecidos;

    - O processo de tratamento ou triagem feito pelo OTT (Operador de Triagem e

    Transbordo) que identifica primeiramente os tipos de encomendas a serem tratadas,

    para que assim possa dar o devido tratamento s mesmas, obedecendo sempre os

    prazos de encaminhamento de cada objeto, por exemplo, ele ir tratar primeiramente

    as encomendas expressas (SEDEX, SEDEX 10, SEDEX HOJE), depois as

    convencionais (PAC, Carta registrada, Malotes), depois as simples. Enfim tratar

    cada encomenda de acordo com o contrato feito junto ao cliente. No meio de todo

    esse processo existe uma ferramenta poderosa de controle e gerenciamento dessas

    informaes, o SRO (Sistema de Rastreamento de Objeto), nele os objetos so

    registrados, desde a captao, passando pelo tratamento at a distribuio.

    - Passada a fase de tratamento, todos os objetos j esto separados por urgncia e

    destino onde sero despachados por via area ou terrestre dependendo do tipo.

    - O processo de distribuio feito pelos carteiros, que separam a carga que chega a

    unidade em trs etapas:

    1 TD Triagem por distrito, cada distrito corresponde a uma rea ou bairro de entrega do carteiro;

    2 TL Separao por logradouros, triagem das ruas do distrito; 3 Coleo Separao por numerao e ordem de entrega nas ruas. Feito isso, cada carteiro ir registrar no SRO os objetos especiais do seu distrito para

    que ele possa colher as assinaturas nas LOECs (Lista de Objetos Entregues ao

    Carteiro) ao entregar as mercadorias e finalizar assim todo o processo.

    Cada processo fundamental para a excelncia do servio.

    (entrevistado 3)

    O processo inicia-se com a postagem da encomendo nas agencias, depois passa pelo

    setor de expedio (tratamento), onde se verifica o destino da encomenda e realiza o

    encaminhamento atreves dos LTR (Linhas Troncos Regionais) e LTN (Linhas

    Tronco Nacional), quando as encomendas so para outros estados, aps a

    encomenda dar entrada na UD (Unidade de Distribuio) ou CDD (Centro de

    Distribuio Domiciliar), realizada uma triagem separando por distrito, aps essa

    triagem o carteiro realiza o ordenamento por ordem de percorrida onde se da

    entrega final do produto. Caso o carteiro no conseguir realizar a entrega da

    encomenda ao destinatrio, ela devolvida ao remetente pelo mesmo processo.

    (entrevistado 4)

    Pode-se observar que o processo logstico inicia-se primeiramente com as postagens

    de correspondncias ou encomendas nas agncias de Correios, internet, caixas de coleta, ou

    em outras unidades. Logo e seguida transportado (pelo transporte terrestre, areo) para uma

    unidade de tratamento, dependendo do objeto pode ser de origem (quando o objeto tratado

    pertence regio da unidade, este fica retido para ser entregue na mesma) ou de destino

  • 46

    (quando o objeto no pertence regio este repassado para um centro de tratamento para ser

    encaminhado ao seu destino). Os centros tratamento podem ser: Centro de Tratamento de

    Cartas (CTC), Centro de Tratamento de Encomendas (CTE) ou simultaneamente de Centro de

    Tratamento de Cartas e Encomendas (CTCE), que recebem os objetos pertencentes a outras

    regies do pas, Centro de Entrega de Encomendas (CEE), o qual trata e distribui os objetos

    de um estado seguem para capital ou interior do mesmo. Terminada a fase de tratamento os

    objetos so transportados para as Unidades de Distribuio, os Centros de Distribuio

    Domiciliar (CDD) ou outras unidades, para ento serem novamente tratados pelos carteiros

    at chegar s mos do seu destinatrio.

    importante perceber-se que h trs fases ou etapas implcitas no processo logstico

    da ECT como mostra a figura abaixo. Desta forma pode-se analisar que a captao seria a

    entrada do objeto no processo logstico, em seguida transportado uma unidade de tratamento

    onde recebe o devido tratamento, se pertencer a regio da unidade fica nos CTCs, CTEs ou

    CTCEs de origem, se no pertencer regio este objeto transportado, recebe outro

    tratamento, sendo transportado ate as unidades de distribuio para entregues aos clientes, ou

    seja, seus destinatrios.

    Figura 1: Viso sistmica dos Correios servios postais convencionais

    Figura 1: Viso sistmica dos Correios- GPAC

    Fonte: Correios (2007, p. 18), adaptado pelo autor.

    CAPTAO

    Unidades de Captao

    Agncias

    Internet

    Caixa de Coleta

    Outras Unidades

    TRATAMENTO Unidades de tratamento

    (De Origem ou de Destino)

    CTC CTC

    CTE CTE

    CTCE CTCE

    Trans

    porte

    DISTRIBUIO

    Unidades de

    Distribuio

    CEE

    CDD

    Outras unidades

    Trans

    porte

    Transpor

    te

    Entrega ao cliente

  • 47

    E importante observar que o processo semelhante ao de uma indstria, os correios

    recebem os insumos, em seguida processa-os na quantidade correta e repassa rapidamente a

    distribuio evitando o acumulo de estoque, pois o prazo de entrega o seu grande diferencial

    para cliente, depois os objetos so transportados para um centro de distribuio, onde so

    novamente tratados e entregues aos destinatrios. Vale ressaltar que as cargas que so

    recebidas ou encaminhadas so divididas em lotes por regio de acordo com o seu Cdigo de

    Endereamento Postal (CEP), isso na primeira fase, chegadas s regies as quais so

    destinadas recebem outra diviso pelo CEP das ruas, depois repassado para cada carteiro e o

    seu respectivo distrito, local ao qual este responsvel pelas entregas dos objetos postados.

    Questo 2: Existe diferenciao de tratamento entre os materiais postados? Quais? E por qu?

    A diferena bsica ocorre entre os dois principais tipos de objetos postais: objetos

    simples e objetos especiais; os objetos especiais, que so objetos com algum tipo de

    registro, so rastreados em todas as etapas do processo (postagem, tratamento e

    distribuio). O fundamento desta medida est na prpria escolha do cliente, que

    pode preferir um controle maior sobre o objeto ou no, sendo que isto implica

    diferena de custo.

    (entrevistado 1)

    Sim.

    a) Encomendas (urgentes e No urgentes),

    b) Mensagens (registradas e no registradas, urgentes e no urgentes);

    c) Telemticos (telegramas e internet);

    d) Mensagens hbridas (parte do processo realizado por via eletrnica);

    e) Programas especiais (livro didtico-MEC, Medicamentos, etc.); O tratamento e o

    transporte podem variar em funo de prioridade, volume e peso.

    (entrevistado 2)

    Sim, os objetos so tratados de acordo com sua urgncia, no urgncia, fragilidade e

    valor, definidos pelo cliente no ato da postagem de acordo com sua necessidade.

    Essa diferenciao e feita no tratamento, no momento do transporte e

    acondicionamento da carga at a distribuio. O motivo da diferenciao o de dar

    prioridade aos objetos de acordo com os prazos estabelecidos.

    (entrevistado 3)

    Sim, a empresa oferece vrios tipos de servios, no qual dado o tratamento de

    acordo com servio, vejamos:

    - Telegrama- o meio mais rpido de mandar uma me