livro digital sebastiana e severin e book
TRANSCRIPT
SEBASTIANA E SEVERINA
Obra do autor e ilustrador André Neves
Uma releitura feita pelos alunos do 5º Ano “A”
Professora Orientadora:
Áudria Eliane – Titular da Sala
Professoras Colaboradoras:
Veruska Granja – colaboradora do 5º Ano “B”
Maria José – Mediadora de Leitura – Biblioteca Poeta Vinícius de Moraes
Jalda Maria– Regente do Laboratório de Informática - Turno Matutino
Na preparação da publicação digitalizada
© 2015 por Laboratório de Informática da
Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes
Professora Regente: Jalda Maria Pinheiro Cavalcante
do BLOG CYBER BRIGADEIRO DIGITAL
2015
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CARO LEITOR
Os livros digitais ou e-books
são mídias textuais equivalentes
aos clássicos impressos a que
estamos acostumados - livros,
jornais e revistas. Há
equipamentos que leem esses
arquivos cooperando para
crescimento cultural.
Então, “bote fé nesse home de
rocha” e leia o livro dos seus
coleguinhas, vice! No micro, no
tablet, no iPhone , no iPad e no
celular !
Obrigado.
Projeto de Leitura:
Tema: Sebastiana e Severina
passeiam pelo folclore
Responsáveis: Audria, Veruska,
Maria José e Jalda.
Objetivo
- Fazer um resgate da nossa
cultura a partir da leitura da
obra Sebastiana e Severina.
Autógrafo:
Obrigado a todos os leitores
que contribuíram para encantar
ainda mais esta história.
Com afeto,
André Neves
Antigamente existiam muitas rendeiras
no Nordeste.
Era assim em Umbuzeiro.
No meio dessas rendeiras vivam
Sebastiana e
Severina, ambas faziam rendas lindas para
vender na festa de são Sebastião.
Se a renda acabar,
por favor, não se preocupe
outras podemos aprontar
Vamos lá fregueses
façam suas encomendas
daqui a alguns meses
entregamos sua renda
Basta fazer o pedido
sem pagar adiantado
mas, depois de pronto não
pense em levar fiado.
Depois que a festa acabava,
tudo recomeçava para as
comadres. Elas pegavam suas almofadas
cobertas com estopa e sentavam-se numa
praça atrás da igreja para rendar.
- Severina! Olha o que aconteceu! Faço
aqui uma rosa.
Não ponteio direito, fico sempre
nervosa!
- Mas, Sebastiana você sempre se
engana, pra fazer com jeitinho passa por
cima e por baixo segurando com o
dedinho.
O problema não é esse!
é muito pior! Passo por cima e por baixo e
não consigo dar nó!
- Boa noite meu Senhor fique a vontade,
por favor!-
- Obrigado, Senhoritas. Que beleza de
renda!
São tão bonitas! -
- Obrigada, meu senhor, fazemos todas
com amor. –
- Como são prendadas, deveriam
procurar bom marido pra casar! -
- Obrigada, meu Senhor já deixou-nos
com rubor. -
- Não foi a minha intenção. -
- E qual foi então? -
- Elogiar as belas rendas. De quem são? –
Fui eu quem fiz, meu Senhor!
Também faço com primor.
Não vou levar agora quero algo especial
venho buscar outra hora.
Sebastiana e Severina, como
quaisquer outras mulheres tinham um
sonho de casar.
Certo ano houve uma festa,
festa de São Sebastião.
Chico naquele dia veio a festa para
passar a noite toda.
Era um homem muito bonito,
alto, inteligente e rico. Houve um boato
que transformou o rapaz num alvo fácil
para os vendedores.
Ele comprou de tudo, cachaça,
Montilha, farinha etc.
Chico escutou a malícia das
rendeiras.
À medida que Chico se afastava elas
ficavam impressionadas com sua simpatia
e começaram a brigar por causa dele.
- Quero casar de véu e grinalda. Que seja
um casamento bonito.
Que encante o corpo e a alma, pois já
arranjei pretendente.
- Sebastiana, minha querida, acha que se
engana. Se estiver pensando em Chico,
creio que será mau marido. -
- Você revelou-se sabida mostrou sua
renda mais bonita, porém seus pontos são
fracos parece material barato.
- Você também foi esperta também se
mostrou sabida, mas, acho que ele não
gosta é de mulher enxerida.
Sebastiana e Severina estavam
rendando quando, de repente, na outra
margem do açude surgiu o forasteiro
Chico.
Quando ele avistou as rendeiras,
gentilmente acenou com a mão fazendo-as
suspirar e sussurrar baixinho.
Dá-me tua mão meu amor, dela fará
bela renda com todo esplendor
para conquistar teu coração com todo meu
ardor.
Sebastiana escutou as súplicas de
Severina, e também revelou seus
sentimentos:
- Que você certeza tenha aqui estou na tua
frente com meu pano de renda a espera da
proposta que de tua boca venha. –
Severina falou mais forte:
- Farei a renda mais bonita e no dia de
São Sebastião a entregarei.
Assim, conquistarei teu coração Não
haverá pessoa no mundo para impedir
nossa paixão. –
Sebastiana replicou:
Com todo sentimento vou rendar para
presentear meu querido.
Ele formalizará nossa união ao olhar o
belo bordado no dia de São Sebastião. –
Sebastiana, descontraída, ficou mais a
vontade.
Agora só precisava saber para
conquistar o que queria.
Na véspera de São Sebastião escreva o
nome do sujeito do lado onde fica o
coração.
Santo Antônio é casamenteiro
conhecido no sertão. Faça uma prece peça
perdão, pois quem vai lhe ajudar é o nosso
padroeiro mártir são Sebastião.
Faça uma prece peça perdão, pois que vai
lhe ajudar é o nosso padroeiro
mártir são Sebastião.
- É só isso? Não? Bote as imagens dos
dois santos juntos, reze dez Pai Nosso e
dez Ave-Marias vai fazer o pedido com
muita alegria.
É mais fácil do que eu pensei! Mas,
não é só isso. Pegue um caldeirão, bote
dez rabos de cavalo, dez cabeças de alho,
dez pus de furúnculo e dez unhas podres.
Sebastiana saiu animadíssima e
preocupada para conseguir os ingredientes
que São Sebastião precisava. Aquela
altura, Severina já havia achado todos os
ingredientes e foi correndo preparar aquela
mistura monstruosa.
Ela só esqueceu as dez unhas podres,
mas, ela colocou em troca pôs dez
chicletes mastigados.
Ferveu e tomou dez goles. No primeiro
gole, ela arrotou e quase voou.
Com a mistura tinha gosto pavoroso!
Depois lavou cuidadosamente,
sua renda no quintal, botando para secar
no varal.
Chegou o dia de São Sebastião.
As rendeiras chegaram a casa de Dona
Zefinha, ao mesmo tempo em que levava
esperança no pensamento e Chico no
coração.
Olharam-se e ficaram tristes e
envergonhadas.
Estavam olho a olho, na frente da casa
da feiticeira.
Foi aí que perceberam haviam
procurado ajuda de forças sobrenaturais
para arranjar marido.
Fingindo não dar importância ao
encontro, bateram boca. Chamaram...
Vasculharam em todo canto, e nada de
Dona Zefinha aparecer.
Mas, Dona Zefinha estava só
enganando as duas porque sabia que Chico
gostava muito de rendas.
Ele pretendia roubar as rendas de
Sebastiana para exibir às margens do
açude.
Enquanto se balançava, a corda
do balanço quebrou e Dona Zefinha
morreu afogada, segurando as rendas.
Chico foi pegar as rendas e também se
afogou, morrendo junto com Dona
Zefinha.
Chico foi pegar as rendas e também se
afogou, morrendo junto com Dona
Zefinha.
Sebastiana e Severina fizeram as
pazes, e dois anos depois se casaram
com outros forasteiros que chegaram a
Umbuzeiro. E viveram felizes para
sempre.
Sobre o Autor
Fonte: http://pedagogiaufcg.blogspot.com.br/2013/08/biografia-do-escritor-e-ilustrador.html -
pesquisa realizada em 24 de agosto de 2015
André Neves
BIOGRAFIA
André Neves nasceu em Recife e mora em Porto Alegre, onde tra-
balha pesquisando, escrevendo e ilustrando livros infantis. Formado em Rela-
ções Públicas e em Artes Plásticas, que começou a estudar em 1995. Desde en-
tão, atua como escritor e ilustrador de suas obras e de outros autores. É arte-
educador e promove palestras e oficinas sobre Literatura Infantil e Juvenil.
Desde 1998, vem desenvolvendo trabalhos como autor, ilustrador e
arte-educador. Participou do curso de ilustração para infância em Sarmede,
na Itália. Em 2002, seu trabalho como ilustrador do livro “Sebastiana e Seve-
rina” foi selecionado para a mostra itinerante “XX Mostra Internazionale d’
Illustrazione per I’infanzia Stepan Zavrel” na Itália, onde percorreu várias ci-
dades para colorir os olhos de muitas crianças. Pelos seus trabalhos, foi agra-
ciado pela FNILJ – Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil com o
Prêmio Luis Jardim (Melhor Livro de Imagem) e recebeu menções de “Alta-
mente Recomendável”
Depois de formado, André Neves viaja por todo o Brasil para desen-
volver sua verdadeira paixão: desenhar para crianças.
Fim