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LIPÍDIOS

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  • LIPDIOS

  • LIPDIOS

    1. Indroduo.

    2. Classificao.

    3. Composio e estrutura dos lipdios.

    5. leos e gorduras (acilgliceris).4. cidos graxos.

  • INTRODUO Os lipdios formam juntamente com os carboidratos e as protenas, o grupo de compostos mais importante em alimentos e mais freqentemente encontrado na natureza, tanto em vegetais como em animais.

    As principais fontes de energia utilizadas pelo homem se encontram entre os lipdios: as gorduras fornecem em peso 2,3 vezes mais calorias que os carboidratos e protenas, e apesar desses dois ltimos grupos de compostos se transformarem em gorduras no organismo humano, alguns lipdios tm funes biolgicas especficas.

  • INTRODUO Os lipdios abrangem um nmero muito vasto de substncias, razo pela qual no possvel defini-los exatamente. De uma maneira geral so considerados compostos encontrados nos organismos vivos, geralmente insolveis em gua, mas solveis em solventes orgnicos.

    Todos os lipdios contm na molcula carbono, hidrognio e oxignio; em algumas classes so encontrados fsforo, nitrognio, e s vezes enxofre. Ocorrem em quase todas as clulas animais e vegetais e podem ser facilmente extrados com solventes orgnicos de baixa polaridade.

  • CLASSIFICAO

    LIPDIOS

    Lipdios Simples

    Lipdios Compostos

    Lipdios Derivados

  • LIPDIOS SIMPLES

    So compostos que por hidrlise total so origem somente a cidos graxos e lcoois.

    LIPDIOSSIMPLES

    LEOS E GORDURAS:steres de cidos graxos e glicerol so denominados

    acilglicerois.

    CERAS: steres de cidos graxos e mono-hidroxilcoois

    de alto peso molecular geralmente de cadeia linear.

  • LIPDIOS COMPOSTOS

    So compostos que contm outros grupos na molcula, alm de cidos graxos e lcoois.

    LIPDIOSCOMPOSTOS

    FOSFOLPIDIOS (OU FOSFATDIOS): steres de cidos graxos, que contm ainda na molcula cido fosfrico e um

    composto nitrogenado.

    CEREBROSDIOS (OU GLICOLIPDIOS): compostos

    formados por cidos graxos, um grupo nitrogenado e um

    carboidrato.

  • LIPDIOS DERIVADOS So chamados lipdios derivados as substncias obtidas na

    sua maioria por hidrlise dos lipdios simples e compostos.

    LIPDIOS DERIVADOS

    cidos graxos; lcoois: glicerol, lcoois de cadeia reta de alto peso molecular, esteris; Hidrocarbonetos; Vitaminas lipossolveis; Pigmentos; Compostos nitrogenados entre os quais colina, serina, esfingosina e aminoetanol.

  • COMPOSIO E ESTRUTURA DOS LIPDIOS

    CIDOS GRAXOSSaturados

    Insaturados

    LIPDIOS SIMPLESleos e GordurasCeras

    LIPDIOS COMPOSTOS Fosfolipdios

    LIPDIOS DERIVADOS (ou insaponificveis)

  • CIDOS GRAXOS

    So denominados cidos graxos todos os cidos monocarboxlicos alifticos, ou seja,

    que possuem uma longa cadeia constituda de tomos de carbono e hidrognio

    (hidrocarbonetos) e um grupo terminal, caracterstico de cidos orgnicos,

    denominado carboxila.

  • Os cidos graxos livres ocorrem em quantidades pequenas nos leos e gorduras.

    No entanto, participam da construo das molculas de glicerdios e de certos no

    glicerdios, representando at 96 % da massa total dessas molculas.

    CIDOS GRAXOS

  • Com algumas excees, todos os cidos encontrados na natureza so de alto peso

    molecular, em geral de cadeia linear (denominados tambm cidos graxos normais),

    saturados e insaturados. Podero ter tambm ter substituintes na cadeia, como grupos metlicos,

    hidroxlicos ou carbonlicos.

    CIDOS GRAXOS

    Os principais cidos saturados so o lurico, o palmtico e o esterico, e insaturados o oleico,

    linoleico e o linolnico.

  • CIDOS GRAXOS Gorduras de animais e plantas terrestres tm

    cidos com cadeias de dezesseis a dezoito tomos de carbono, com predominncia destes ltimos.

    cidos com vinte ou mais carbonos so comuns em gorduras de animais marinhos.

    A grande maioria dos cidos graxos encontrados em gorduras naturais tem nmero

    par de carbonos na cadeia, e quando insaturados, na maioria das vezes, tm a configurao cis.

  • NOMENCLATURA DOS CIDOS GRAXOS

    A nomenclatura dos cidos graxos feita simplesmente pela substituio do sufixo O do

    hidrocarboneto com o mesmo nmero de carbonos na cadeia, pelo sufixo OICO.

    CH3 (CH2)4 CH3 CH3 (CH2)4 COOHHexano cido Hexanico

    CH3 (CH2)8 CH3 CH3 (CH2)8 COOHDecano cido Decanico

    CH3 (CH2)14 CH3 CH3 (CH2)14 COOHHexadecano cido Hexadecanico

  • NOMENCLATURA DOS CIDOS GRAXOS Insaturaes, ramificaes ou substituies na cadeia so indicadas de modo anlogo ao

    empregado aos hidrocarbonetos e neste caso a posio das substituies ou insaturaes so

    indicadas a partir do carbono do grupo carboxlicos que recebe sempre o nmero um.

    CH3 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 COOH12345678910

    cido Decanico

    CH3 CH2 CH CH CH2 COOHCH3 CH3

    123456

    cido 3,4-dimetil-hexanico

  • NOMENCLATURA DOS CIDOS GRAXOS

    No caso de cidos insaturados, a posio das duplas ligaes deve ser indicada e neste caso

    tambm a cadeia de tomos de carbono numerada a partir do carbono do grupo

    carboxlico, sendo apenas numerado o tomo de carbono de nmero mais baixo, de cada par de tomos que fazem parte da ligao insaturada.

  • NOMENCLATURA DOS CIDOS GRAXOS

    C CR1

    H H

    R2C C

    H

    R1 H

    R2cis trans

    Alm da posio, deve tambm ser indicada a configurao cis-trans das insaturaes.

  • NOMENCLATURA DOS CIDOS GRAXOS

    Quando os quatro substituintes dos carbonos so diferentes entre si, como no exemplo seguinte:

    C CR2

    R3 H

    R1

    As prioridades so atribudas a cada substituinte, de acordo com o nmero atmico de cada substituinte, a prioridade maior correspondendo ao nmero atmico mais alto, seguindo o procedimento de Cahn-Ingold-Prelog, R/S para carbonos quirais.

  • NOMENCLATURA DOS CIDOS GRAXOS

    Se a direo da diminuio da ordem de prioridade segue a direo dos ponteiros do relgio, a

    configurao R (do latim rectus); se for contrria, ser S (do latim sinister).

    C CR2

    R3 H

    R1C C

    R2

    R3 H

    R

    R S

  • NOMENCLATURA DOS CIDOS GRAXOS

    Se os substituintes de maior prioridade esto do mesmo lado dos sois carbonos, a configurao

    denominada Z (do alemo Zusamenn); se em lados opostos empregada a letra E (do alemo Entagegen).

    No caso da configurao cis-trans ser omitida, adimite-se geralmente para a dupla ligao, a

    configurao cis.

  • NOMENCLATURA DOS CIDOS GRAXOS

    CH3 (CH2)6 C CH H

    (CH2)6 COOH

    CH3 (CH2)4 C CH H

    (CH2)2 C CH

    (CH2)6H

    COOH

    cido hexadeca-cis-8-enico(ou cido 8-hexadenico, nomenclatura mais usualmente empregada)

    cido octadeca-cis-8-cis-12-dienico(ou cido 8,12-octadecadienico, nomenclatura mais usualmente empregada)

  • NOMENCLATURA DOS CIDOS GRAXOS

    A existncia das duplas ligaes pode tambm ser indicada de modo mais completo, da seguinte maneira:

    C 16:1 indica apenas a existncia de cido com dezesseis tomos de carbono e uma dupla ligao.

    A nomenclatura 9-hexadecenico indica, alm do nmero de tomos de carbono na molcula, a posio

    da dupla ligao, sem no entanto indicar a configurao da insaturao, o que feito pela

    indicao 16:1 (9c), ou 16:1 (9t) onde c e t significam respectivamente cis e trans.

  • NOMENCLATURA DOS CIDOS GRAXOS

    O mesmo critrio empregado para os cidos poliinsaturados; por exemplo, o cido linolico com dezoito carbonos na cadeia e

    duas insaturaes, ambas com a configurao cis, indicado por: C18:2 (9c, 12c); C18:2 indica apenas um cido diinsaturado com dezoito tomos de carbono na molcula.

  • Em pequenas quantidades nos leos de amendoim, mostarda, gergelim, colza e girassol

    CH3-(CH2)22-COOH TetracosanicoLignocricoleos de raiz forte, mostarda, colzaCH3-(CH2)20-COOH DocosanicoBe-hnicoleo de amendoimCH3-(CH2)18-COOH EicosanicoAraqudico

    Gordura animal, plantas tropicais (manteiga de cacau)

    CH3-(CH2)16-COOH OctadecanicoEsterico

    leo de sementes de soja e algodo, oliva, abacate, amendoim e milho, manteiga de cacau, toucinho

    CH3-(CH2)14-COOH HexadecanicoPalmtico

    leo de noz-moscada, gordura do leite, leo de coco

    CH3-(CH2)12-COOH TetradecanicoMirstico

    leo de sementes das Lauraceae, gordura do leite

    CH3-(CH2)6-COOH DodecanicoLurico

    Gordura do leite, leos de coco e babau, leo de semente de uva

    CH3-(CH2)6-COOH OctanicoCaprlico

    Gordura do leite, leos de Coco e babau

    CH3-(CH2)4-COOH HexanicoCapricoGordura de leite CH3-(CH2)2-COOHButanicoButrico

    Fonte Frmula NomeSistemtico

    NomeComum

    PRINCIPAIS CIDOS GRAXOS SATURADOS ENCONTRADOS EM ALIMENTOS

  • leos de sementes de soja, grmen de trigo e linhaa

    C17H29-COOH 9,12,15-OctadecatrienicoLinolnico

    leo de amendoim e algodo, gergelim e girassol

    C17H31-COOH 9,12-OctadienicoLinolicoleo de mostarda e colzaC21H41-COOH 13-DocosenicoErcico

    leo de peixes e de animais marinhos

    C19H37-COOH 9-EcosenicoGadolico

    Gorduras animal e vegetal, gordura do leite

    C17H33-COOH 9-cis-OctadecenicoOlico leo de sardinhaC13H25-COOH 5-TetradecenicoFisetricoGordura animalC13H25-COOH 9-TetradecenicoMiristolicoGordura do leiteC11H21-COOH 9-DodecenicoLaurolicoGordura de leite C9H17-COOH 9-DecenicoCaprolico

    Fonte Frmula NomeSistemtico

    NomeComum

    PRINCIPAIS CIDOS GRAXOS INSATURADOS ENCONTRADOS EM ALIMENTOS

  • PROPRIEDADES FSICAS DOS CIDOS GRAXOS

    As propriedades fsicas dos cidos carboxlicos mostram diferenas marcantes em

    relao s mesmas propriedades fsicas dos lcoois de mesmo peso molecular.

    O lcool proplico ferve a 97 oC e o cido actico, composto de mesmo peso molecular, ferve a 118 oC.

    O lcool etlico e cido frmico, ambos com igual peso molecular, tm ponto de ebulio 78 oC e

    101 oC, respectivamente.

  • PROPRIEDADES FSICAS DOS CIDOS GRAXOS A diferena nos pontos de ebulio se deve

    forte polaridade dos grupos carboxlicos, capazes de formar como os lcoois ligaes de

    hidrognio. Porm, os cidos so capazes de formar ligaes de hidrognio duplas, muito mais

    estveis do que os lcoois.

    R CO

    O

    HC R

    O

    O

    H

    ++

    +

    +

  • PROPRIEDADES FSICAS DOS CIDOS GRAXOS

    cidos com at quatro tomos de carbono na molcula se encontram na forma de compostos

    dmeros mesmo em solues diludas de solventes no polares e, em pequenas quantidades, tambm

    no estado de vapor.

    Os pontos de fuso e ebulio dos cidos aumenta de maneira mais ou menos uniforme com

    o aumento da cadeia, e so influenciados pelo comprimento da cadeia, presena de ramificaes

    e substituintes. Nos cidos insaturados tambm pelo nmero e posio da duplas ligaes.

  • PROPRIEDADES FSICAS DOS CIDOS GRAXOS

    cidos insaturados de cadeia linear tm sempre pontos de fuso ou ebulio mais baixo do que os

    saturados, a configurao cis tem sempre pontos de fuso ou ebulio mais baixos do que a

    configurao trans.

    Nos cidos graxos no ramificados com nmero par de tomos de carbono sempre fundem a uma

    temperatura mais alta do que o prximo cido da srie, pelo fato de no estado slido, as cadeias de carbono dos cidos quando estendidas formam um zig-zag.

  • PROPRIEDADES FSICAS DOS CIDOS GRAXOS

    CH2CH2CH3

    CH2CH2

    CH2CH2

    COOH

    CH2CH2CH3

    CH2CH2

    CH2CH2

    CH2COOH

    Nas cadeias com nmero par de tomos de carbono os grupos terminais (metlico e carboxlico) esto

    situados em lados opostos (o que no acontece com as cadeias de nmero mpar de tomos de carbono), se

    ajustando melhor umas s outras e permitindo assim a ao das foras de van der Waals.

  • PONTOS DE FUSO DE CIDOS GRAXOS SATURADOS

  • PONTOS DE FUSO DE CIDOS GRAXOS SATURADOS DE CADEIA RETA

  • PROPRIEDADES FSICAS DOS CIDOS GRAXOS

    Os cidos graxos apresentam o fenmeno do polimorfismo, isto , cristalizam em mais de uma

    forma, com a mesma composio qumica, mas com algumas propriedades fsicas e qumicas diferentes. Este fenmeno muito importante na indstria de leos e gorduras, uma vez que a consistncia de

    gorduras hidrogenadas, manteiga, margarina, gorduras animais, vai depender tambm da forma

    cristalina dos cidos graxos.

  • GOSTO E CHEIRO DOS CIDOS GRAXOS

    Os cidos carboxlicos cuja solubilidade em gua permite uma concentrao aprecivel de prtons

    tm sabor azedo e cheiro acre bem acentuado; os de cadeia com quatro a sete tomos de carbono tm cheiro desagradvel. O cheiro da manteiga

    ranosa e de alguns tipos de queijo causado por cidos volteis, e o cido caprico deve seu nome ao fato de ser encontrados na secreo da pele de cabras. Os cidos de peso molecular alto, devido sua baixa volatilidade, so praticamente inodoros.

  • CIDOS GRAXOS ESSENCIAIS cidos Graxos Essenciais:

    cidos linolico ou araquidnico.

    cidos graxos insaturados: -3, -6 e -9.

    Os animais, incluindo humanos, sem dificuldade sintetizam cidos graxos saturados com at 18

    carbonos. Contudo a insaturao, isto , a insero de ligaes duplas, pode ocorrer somente entre os carbonos 9 e 10, ou raramente em outras

    posies mais prximas do grupo carboxila.

  • Os animais so incapazes de sintetizar o cido linolico; porm, os seres humanos so capazes

    de convert-lo em cido araquidnico.

  • Formao de cidos graxos da srie -3.

  • LEOS E GORDURAS

    leos e gorduras so steres de cidos graxos de alto peso molecular e glicerol; so

    denominados acilgliceris.

    H2CHC

    OHOH

    H2C OH+ R1COOH + R2COOH + R3COOH

    H2CHC

    OOCR1OOCR2

    H2C OOCR3

    Esterificao

    Hidrlise

    Glicerol cidos graxos Glicerdeo

  • LEOS E GORDURAS

    leos e gorduras diferem entre si apenas pelo fato de que, temperatura ambiente, as

    gorduras so slidas e os leos lquidos, o que pouco significativo, uma vez que, dependendo da temperatura ambiente, difcil classificar-se

    um composto como leo ou gordura.

  • ACILGLICERIS

    Acilgliceris, nome mais atual para os glicerdios, so steres de cidos graxos e glicerol, e nesta classe de compostos os

    triacilgliceris (compostos nos quais as trs hidroxilas do glicerol esto esterificadas a cidos

    graxos) so os mais importantes por serem os componentes principais dos leos e gorduras.

  • ACILGLICERIS

    Os triacilgliceris podem ser constitudos por espcies diferentes de cidos graxos, ou por

    cidos graxos da mesma espcie, estes ltimos denominados triglicerdios simples.

    A distribuio de cidos graxos nos triacilglicerispode se dar ao acaso, nas posies um e trs, que

    so idnticas, mas no na posio dois, que a mais impedida estericamente.

  • A orientao das substituies nas diferentes posies determinada pelo comprimento da

    cadeia e pelas insaturaes dos cidos graxos. Na maioria dos casos, cadeias curtas e insaturaes

    dirigem o cido para a posio dois.

    ACILGLICERIS

  • NOMENCLATURA DOS ACILGLICERIS

    Os triglicerdios, nomeados conforme o nmero de cidos graxos existentes na molcula, podem ser designados como monoacilglicerol (um cido

    graxo). Diacilglicerol (dois cidos graxos), triacilglicero (trs cidos graxos). O termo

    acilglicerol reservado para glicerdeos em geral.

  • NOMENCLATURA DOS ACILGLICERIS A nomenclatura dos acilgliceros deve indicar a

    posio e a natureza de cada cido graxo esterificado. Podem ser utilizadas as seguintes designaes:

    ___ (posio do cido graxo na molcula) cido graxo com substituio do sufixo ico por il(1-estearil, 2-oleil, 3-palmitil glicerol). ou omitindo-se o termo glicerol e denominando os cidos graxos localizados nas posies 1 e 2 pela substituio do prefixo ico por o e o cido graxo localizado na posio 3 pela substituio do sufixo ico por ina (1-estearo, 2-oelo, 3-palmitina).

  • CH2 CH O

    O

    CH2 O

    esteariloleilpalmitil

    NOMENCLATURA DOS ACILGLICERIS

    1-estearil, 2-oleil, 3-palmitil glicerol ou1-estearo, 2-leo, 3-palmitina

  • NOMENCLATURA DOS ACILGLICERIS

    CH2 CH O

    O

    CH2 O

    oleiloleilestearil

    CH2 CH O

    O

    CH2 O

    estearilestearilestearil

    Dileo estearina ou estearo dioleina

    Triestearina

  • REAES QUMICAS1. Reao de neutralizao

    2. Reao de saponificao

    3. Reao de hidrogenao

    4. Reao de interesterificao

    5. Reao de halogenao

    6. Rancidez hidroltica ou liplise

    7. Rancidez oxidativa

  • REAO DE NEUTRALIZAO

    A reao consiste na neutralizao do grupamento carboxlico do cido graxo na presena da base forte. A titulao feita

    com NaOH ou KOH, que neutraliza os cidos graxos livres no meio.

    R COOH + NaOH RCOO-Na+ + H2O

  • REAO DE SAPONIFICAO

    A reao de saponificao qualquer reao de um ster com uma base para produzir um

    lcool e o sal alcalino de um cido carboxlico. Neste caso, a reao consiste na

    desesterificao do triglicerdio, na presena de soluo concentrada de lcali forte (NaOH ou

    KOH) sob aquecimento, liberando sais de cidos graxos e glicerol.

  • REAO DE SAPONIFICAO

    CH2

    C

    O C R1O

    HOCO

    R2

    CH2 O CO

    R3

    + 3 NaOHCH2CHCH2

    OHOHOH

    +

    R1COO-Na+

    R2COO-Na+

    R3COO-Na+

  • REAO DE SAPONIFICAO

    As reaes de saponificao e de neutralizao servem de base para importantes determinaes

    analticas, as quais tm por objetivo informar sobre o comportamento dos leos e gorduras em

    certas aplicaes alimentcias, como, por exemplo, estabelecer o grau de deteriorao e a

    estabilidade, verificar se as propriedades dos leos esto de acordo com as especificaes e

    identificar possveis fraudes e adulteraes.

  • REAO DE HIDROGENAO

    A adio de hidrognio (H2) s duplas ligaes dos cidos graxos insaturados, livres

    ou combinados, chamada reao de hidrogenao.

    CH3(CH2)7 CH CH (CH2)7COOH + H2 CH3 (CH2)16 COOH

    cido olicoC 18:1

    Hidrognio cido estericoC 18:0

  • REAO DE INTERESTERIFICAO

    Como o auxlio de catalisadores como zinco, cdmio, seus compostos, ou compostos de metais

    alcalinos ou de metais alcalinos terrosos, possvel mudar a composio de triglicerdios. Esse processo

    muito usado industrialmente para a obteno de gorduras hidrogenadas, com composio similar s

    de ocorrncia natural em alimentos.

    CH2CHCH2

    OOO

    COR1COR2COR3

    +

    CH2CHCH2

    OOO

    COR4COR5COR6

    CH2CHCH2

    OOO

    COR2COR5COR3

    +

    CH2CHCH2

    OOO

    COR6COR1COR4

  • REAO DE HALOGENAO

    As duplas ligaes presentes nos cidos graxos insaturados reagem com halognio (cloro

    e bromo), para formar compostos de adio, mesmo que tais cidos graxos estejam

    combinados como nas gorduras.

    H2C (CH2)6CH CH (CH2)7COOH + Br2 H2C (CH2)6CH CH (CH2)7COOHBr Br

  • RANCIDEZ HIDROLTICA OU LIPLISE

    As ligaes steres dos lipdios esto sujeitas hidrlise enzimtica, estresse trmico ou ao qumica, os quais liberam para o meio os cidos

    graxos dos triglicerdios, que podem ser desejveis ou indesejveis qualidade do

    alimento.

  • RANCIDEZ OXIDATIVA

    A rancidez oxidativa a principal responsvel pela deteriorao de alimentos ricos em lipdios,

    porque resulta em alteraes indesejveis de cor, sabor, aroma e consistncia do alimento.

    A oxidao lipdica envolve uma srie extremamente complexa de reaes qumicas que

    ocorre entre o oxignio atmosfrica e os cidos graxos insaturados dos lipdios. Essa reao

    ocorre em trs estgios: iniciao, propagao e terminao.

  • CERAS

    As ceras so steres derivados de cidos carboxlicos e lcoois de cadeia longa. Diferentemente de gorduras e leos h somente uma ligao ster em cada molcula. As ceras em geral so mais duras e quebradias, menos

    gordurosas do que as gorduras, mais resistentes hidrlise e decomposio, portanto servem de fator de

    proteo, ex.: as folhas e caules de regies ridas, possuem uma camada de cera que as protegem contra agentes externos e evitam a evaporao excessiva de

    gua (ex., cera da carnaba). As ceras so utilizadas para polimentos, cosmticos, velas, etc.

  • R1 CO

    O R2 onde, R1 e R2 so cadeias alqulicas longas

    Ex.:

    C15H31 CO

    O C30H61 palmitato de miricila, principal componente da cra da abelha.ponto de fuso = 72 oC

    C15H31 CO

    O (CH2)15CH3 palmitato de cetila (do espermaceti da baleia)

    CH2(CH2)n CO

    O CH2(CH2)mCH3 HOn = 16-28 m = 30 e 32

    cra da carnaba

    CERAS