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    CB4D

    Rio de Janeiro

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    PP Implemento aliado com o qual se revol-via a terra para cobrir excrementos huma-nos para fins sanitrios (Dt 23.13).

    P O AT menciona dois tipos de ps: (1)O termo heb. ya denota um dos utensli-

    os do altar de bronze, usados no Tabern-culo (x 27.3; 38,3; Nm 4.14) e no Templo(1 Rs 7.40,45; 2 Rs 25.14 etc.) para colocar

    termo heb. rahath uma colher de madei-ra larga e rasa usada com um crivo para

    joeirar os gros (Is 30.24),

    PAARAI Nome de um dos 37 poderosos deDavi (2 Sm 23.35,39). Em 1 Crnicas 11.37,

    esse nome aparece como Naarai (q.o.).PAATEPAATEPAATEPAATE----MOABEMOABEMOABEMOABE

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    Um abanado!1cerimonial da tumba do reiTutancamom coberto com ouro. Em tomo das

    bardas da cabea existem furos nos quais eramfixadas penas de avestruz. LL

    mulheres pagas (Ed 10.30). Paate-Moabe um ttulo que significa governador de

    Moabe, sugerindo que ele havia sido umfuncionrio ou um governador em Moabe,talvez durante o reinado de Davi, quandoMoabe estava sob a jurisdio de Israel (cf.2 Sm 8.2).2. Homem que colocou seu selo na renova-o da aliana, evidentemente representan-do o cl de Paate-Moabe mencionado noitem 1acima.

    PACINCIA Na maior parte das vezes, essapalavra um termo do NT encontrado ape-nas trs vezes no AT. Nos Salmos 37.7 e 40.1as palavras hebraicas hui e qawa foram res-pectivamente traduzidas como esperar pa-cientemente e em Eclesiastes 7,8, a palavraarek (anseio) foi empregada para descreveralgum que possui um esprito paciente.No NT, quatro palavras gregas foram tra-duzidas de alguma maneira relacionada pacincia. A palavra grega makrothumia a qualidade de suportar um longo sofrimen-to (Mt 18.26,29). De acordo com Crisstomo,makrothumia descreve o homem que ple-namente capaz de se vingar, mas recusa-se

    a faz-lo. Tambm foi traduzida comolonganimidade como uma qualidade deDeus (Rm 2.4; 2 Pe 3.9) e corno o fruto do

    tir (Hb 12.1), uma qualidade que permiteao homem suportar as adversidades e pro-vaes (Rm 12.12). Enquanto makrothumiaest mais corretamente relacionada s pes-soas, hypomone fala sobre a pacincia emrelao s circunstncias difceis. Essa pa-lavra no retrata uma pacincia submissaou passiva que est irremediavelmente re-signada ao sen destino infeliz; ao contrrio,ela uma resistncia ativa marcada pelaesperana e pela segurana (1 Ts 1.3).Barclay ainda acrescenta que esta a qua-lidade que mantem um homem sobre seusps, com a face voltada para o vento (p. 60).Um exemplo desse tipo de pacincia J,que suportou as aflies que lhe sobrevie-ram (Tg 5.11).

    A terceira palavra traduzida como pacin-cia epieikes(1 Tm 3.2,3), que descreve uma

    atitude bondosa, condescendente, razovele conciliadora, e que no insiste em seus di-reitos (Barclay, p. 38ss,),O quarto termo, anexikakos (2 Tm 2.24), sig-nifica, literalmente, suportar sob o mal e as-sim expressa o tipo de pacincia que suporta omal sem ressentimentos (Arndt).Veja Tolerncia; Longanimidade; Perseve-rana,

    D. W. B.

    PACIFICADORES Aqueles que atravs deum trabalho pessoal e da orao, trazem ou

    executam a paz entre Deus e o pecador. Deusagora est propcio ao pecador, porque Cris-to estabeleceu a paz pelo sangue da suacruz (Cl 1.20), mas o cristo ainda precisasolicitar ao pecador que se reconcilie comDeus (2 Co 5.20). Isto fazer a paz entre ohomem e Deus, e no o contrrio, entre Deuse o homem; o que foi provado pelo fato deque Deus j estabeleceu sua paz atravs deCristo na cruz. Isto no significa paz entrenao e nao, mas entre o homem e Deus;isto fica provado pelo fato de que os pacifica-dores so chamados filhos de Deus, aquelesque so dele atravs do novo nascimento. deles o ministrio da Grande Comisso emMateus 28.19,20.

    PAD Abreviatura (Gn 48.7) de Pad-Ar(q.i>.),

    PAD-AR Uma rea que ocupa grandeparte da regio oriental e norte do rioEufrates Superior em seu fluxo para o sul, eque depois se volta para o leste. Esse distri-to localiza-se em oposio extremidadenordeste do mar Mediterrneo e a leste doTIO Orontes. Har, sua cidade principal, erao lar de Abrao, de onde ele emigrou paraC El i P d A

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    Local tradicional do desembarque da deusaVnus* prximo a Pafos* aps seu

    nascimento no mar, HFV

    (Gn 28.3,5), e casou-se com suas primas Ra-

    quel e Lia e, depois de prosperar, retornoua Cana (Gn 31.18; 35.9,26; 46.15; 48.7). Elesfalavam o aramaico (Gn 31.47) e os habitan-tes eram arameus (Gn 25.20; 28.5; 31. 24;Dt 26.5). VejaMesopotmia; Ar.

    PADEIRO VejaOcupaes.PADEJADORES Este termo usado ape-nas uma vez (Jr 51.2), e ali a traduopadejadores questionvel. A verses ASVem ingls e NTLH em portugus lhe do osignificado de estrangeiros.

    PADOM Um dos netineus cujos descenden-tes retornaram da Babilnia sob a lideranade Zorobabel (Ed 2.44; Ne 7.47).

    PADRO VejaSmbolo,

    PAFOS Cidade localizada na extremidadeocidental de Chipre, e sua capital durante aadministrao romana. Quando Paulo eBarnab terminaram de evangelizar Chipre- desde Salamina, na extremidade oriental,at Pafos, na ocidental - eles pregaram parao governador, Srgio Paulo. Apesar da opo-

    sio feita pelo mgico Elimas, chamado deBarjesus, o governador foi conquistado paraa f em Cristo.

    A antiga Pafos, a 11 quilmetros de distn-cia, foi colonizada pelos fencios, mas a novaPafos da poca de Paulo era grega, como per-manece at hoje sob o nome moderno deBaffa. Essa cidade era um famoso centro deculto deusa Afiodite. Depois de Pafos, Pau-lo e seus companheiros navegaram paraPerge, no continente (At 13.6-13).

    PAGAMENTO VejaSalrio.

    PAGO Veja Gentios; Naes; Disperso daHumanidade.

    so dos combatentes daquela tribo na pocade Moiss (Nm 1.13; 2.27; 7.72-77; 10.26).

    PAI No NT, este termo tem um amplo es-pectro de significados. Estes podem ser divi-didos ein usos literais e figurados.Basicamente, refere-se ao homem que tem

    um filho (Gn 2.24; 22.7; 48.1 etc.). Um dosprimeiros e bsicos preceitos ticos do AT edo NT associado honra e obedinciadevidas aos pais. Esta considerao paracom os pais era uma caracterstica de pie-dade mesmo antes do Declogo ser dado. No

    AT, a autoridade do pai sobre sua famliaera absoluta. Ele podera vender seus filhospara a escravido (Ex 21.7) ou entreg-lospara serem mortos (Gn 22.2-10; cf. 21.9-14).

    A bno ou a maldio de um pai era deespecial importncia e conferia benefciosou danos (Gn 9,25-27; 27.27-40; 48.15-20;49.1-28). O pai tambm tinha a funo desacerdote da famlia, antes da formao deum sacerdcio formal (Gn 8.20; 22.13; J1.5). VejaFamlia.O termo empregado em um sentido literalpara descrever um antepassado. Aqui, o re-lacionamento pode ser mais imediato comono caso de um av (Gn 28.13; 31.42; 32.9) oubisav (1 Rs 15.3; cf. 15.11,24), ou pode serainda mais remoto (Gn 15.15; 2 Rs 15.38;16,2; SI 45.16).Um terceiro significado literal encontrado

    em seu uso para referir-se ao progenitor an-cestral de uma nao ou de um povo, comoSem (Gn 10.21), Abrao (Gn 17.4,5), Moabe(Gn 19,37) etc.E nos significados figurativos que os con-ceitos mais vividos so encontrados. O ter-mo descreve aquele que o autor, realiza-dor, originador ou criador de algo. Deus citado como o Pai de Israel porque Ele for-mou esta nao (Dt 32.6; Is 63.16; 64.8; Jr31.9). Por implicao, Ele o Pai da natu-reza (J 38.28). O homem tambm pode serchamado de pai no sentido de originador,

    como em Gnesis 4,20,21, onde se tem emvista o homem que trouxe existncia umnovo modo de vida.O termo pai tambm usado em um sentidono literal, como um termo que expressa afe-to. Em 2 Samuel 7.14; 1 Crnicas 17.13;22.10 e Salmos 68,5; 89.26, aplicado a Deusem seu relacionamento com o homem. Elesugere que o amor que Deus sente mov-lo- para nutrir e sustentar seus filhos. A pa-lavra tambm aplicada em relao ao tra-tamento de um homem para com outro (J

    29.16; Is 22.21). Embora o afeto ainda este-ja em vista, o couceito de amparo prevalece.O termo pode descrever aquele que um

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    indica respeito (1 Sm 24.11; 2 Rs 5.13; cf. 8.9).Finalmente, ele usado no AT como umareferncia a algum relacionamento no de-clarado, porm intrnseco (J 17.14).Como um termo no NT, pai (pater) tambm empregado com significados literais e me-tafricos. Seu conceito bsico, no que se re-fere ao homem (Veja Pais), visto em Ma-teus 2,22; Marcos 5.40; Joo 4.53 etc. No plu-ral, a palavra pode designar ambos os pais;a me e o pai (Hb 11.23; cf. Ef 6.4; Cl 3.21),No AT ele usado em relao aos antepas-sados genealgicos (Mt 3.9; Lc 1.73; Jo 8.39;Rm 9.10). Em 2 Pedro 3.4 este termo pareceter um sentido tcnico ao se referir a todo ogrupo de patriarcas do AT.Embora os significados figurados da palavrano sejam to amplos quanto os do AT, h al-guns que so essenciais para um entendimen-

    to correto do NT. empregado uma vez emrelao a nm pai espiritual, isto , quele quepor seu testemunho levou outros f em Cris-to (1 Co 4.15). empregado como um temode respeito e honra (Mt 23.9; At 7.2; 22,1). Em1 Joo 2.13,14 ele evidentemente retrata oscristos que amadureceram na f. Figurativa-mente, representa algum que seja um prot-tipo ou arqutipo, algum que origine um gru-po de pessoas que possua um esprito fraterno(Jo 8.38,44; Rm 4.11,13,16; cf. 1 Pe 3.6).

    Apalavra tambm nsada em relao a Deuscomo Criador e Pai. VejaPai, Deus O; Deus.

    Bibliografia. Gottlob Schrenk e GottfriedQuell, Pateretc., TDNT, V, 945-1022.

    S. D. T.

    PAI DE FAMLIAPAI DE FAMLIAPAI DE FAMLIAPAI DE FAMLIA Este temo representa ochefe de uma famlia ou o dono de uma casa.Em 1611, a palavra era utilizada no idiomaingls com o sentido de esposo, como aindaocorre na Esccia. Consequente mente, emProvrbios 7.19, de acordo com o contexto,podemos considerar correta a traduo dapalavra hebraica haish, como o homem, ou

    o meu marido. No Novo Testamento, a pa-lavra grega oikodespotes traduzida comopai de famlia ou senhor da casa emMateus 20,11; 24.43; Marcos 14.14; Lucas12.39; 22.11; e sete outras vezes como donoda casa ou patro, Fica claro que se tratado dono e no apenas do administrador apartir da comparao de Mateus 21.33 comos versculos 37,38, onde seu filho chama-do de herdeiro.

    PAI, DEUSPAI, DEUSPAI, DEUSPAI, DEUS O Em quatro sentidos Deus Pai: como Criador, como Pai de Israel, como

    Pai de Cristo, e como Pai dos crentes.Deus o Pai da humanidade pela criao (At17 28 29; Lc 3 38; cf Gn 1 27; Tg 3 9) A pa

    Deus e/ou por causa de seus laos espiritu-ais com Deus.No AT, Deus especialmente o Pai da naode Israel (Is 63.16; 64.8; Os 11.1). Ele susTtm este relacionamento porque a nao foicriada por Ele (Dt 32.6; Ml 2.10). Israel, comoo primognito de Deus, possui uma posioprivilegiada (x 4,22; Jr 31.9), e como talpossui grandes promessas (Jr 3.19). Comourn filho, Israel deve honrar e servir a Deus(x 4.23; Ml 1,6). Assim como um pai natu-ral educa seus filhos, assim Deus deseja sus-tentar Israel e fazer com que ele cresa (Jr3.19; cf Salmos 103.13; Pv 3.12).Em um sentido muito especial, Deus o Paide Jesus Cristo. Vrios conceitos so revela-dos neste relacionamento. A divindade deCristo especialmente evidenciada (Jo 5.18).Em Mateus 3.17 sua condio de Messias est

    em vista (cf. 17.5; Mc 9.7; Lc 9.35). A igualda-de do Filho com o Pai pode ser vista em seunome Trino (Mt 28.19). O Senhor Jesus cui-dadoso ao manter uma estrita distino en-tre Deus como seu Pai, e Deus como o Pai doscrentes (cf Jo 20.17). Cristo como o Filho deDeus, a revelao do Pai e o caminho deacesso a Deus (Mt 11.27; Jo 10.30; 14.6,7).Na forma de semente, Deus retratado comoo Pai dos santos, individualmente, no AT (2Sm 7.14; Salmos 103.13; Ml 3.17), mas esteconceito encontra sua maturidade no NT coma vinda de Cristo (cf Mt 6.4,6,8,9,32). Pela

    criao, Deus o Pai de todos; pela sua gra-a Ele o Pai espiritual dos crentes. Afiliao no NT retratada em trs aspectos- na regenerao (Jo 1.12,13; 3.6), na ado-o (Rm 8.15,23; G1 4.5; Ef 1.5) e na transfe-rncia para o reino do Filho (Cl 1.13).O relacionamento ntimo dos cristos comDeus pode ser particularmente visto na fr-mula Aba, Pai, que literalmente significa,Papai, Papai (Mc 14.36; Rm 8.15; G1 4.6).O primeiro uma palavra em aramaico quese tomou coloquial em hebraico, expressan-

    do a ligao mais ntima do Filho com o Pai.Ela nunca usada com relao a Deus noAT, e a literatura rabnica raramente refe-re-se a Deus por este nome; ento ele s usado em uma frmula especfica. No entan-to, Cristo ousadamente disse Aba. A segun-da palavra a palavra grega normal parapai. A persistncia da frmula no NT podese dever profunda impresso causada so-bre os discpulos pelo fato do prprio Senhort-la empregado. Ele evidentemente empre-gou tanto o aramaico como o grego.VejaDeus; Deus, Nomes e Ttulos de.

    S. D, T.PAISPAISPAISPAIS Embora as palavras pai e me ocor-

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    Subestrutura do palcio de Domidano (Roma),o imperador que enviou o apstolo Joo para a

    ilha de Patmos. HFV

    tinha 12 anos (Lc 2.41,42). Outras refern-cias aos pais de Jesus rvos Evangelhos usam

    as palavras pai71

    e me.O NT coloca uma grande nfase na obedin-cia e no respeito aos pais. Sem dvida, essa uma parte que o cristianismo herdou dareligio do AT, no qual honrar pai e me oprimeiro mandamento que tem uma promes-sa (x 20.12; cf. Dt 5.16; Pv 1.8; 6.20 etc.).Paulo menciona especificam ente a respon-sabilidade dos filhos em relao aos pais emEfsios 6.1 e Colossenses 3.20, e inclui a de-sobedincia aos pais entre os pecados maisvis (Rm 1.30; 2 Tm 3.2).Paulo tambm insiste na responsabilidade

    dos pais em relao aos filhos. Eles devemprover para estes, e no os filhos para os pais(2 Co 12.14). Alm disso, eles (particularmen-te os pais) no devem provocai seus filhospara que no percam o nimo (Cl 3.21), masdevem cri-los na doutrina e admoestaodo Senhor (Ef6,4).VejaCriana; Famlia; Pai; Me.

    W. W. W.

    PAIXAOPAIXAOPAIXAOPAIXAO1111 Os sofrimentos e a crucificao doSenhor Jesus Cristo (At 1.3). Veja Cristo,Paixo de.

    PAIXAOPAIXAOPAIXAOPAIXAO2222 Uma palavra do sculo XVI usa-da frequentemente com o significado de im-pulso ou agitao mental ou espiritual (HDBIII, 451), No NT este termo encontra-se emRomanos 7.5, onde tem o sentido de motivoou impulso. A palavra gregapathematausa-da nesta passagem significa paixes oudesejos que levam a pecados (cf. G1 5,24).

    PALACIOPALACIOPALACIOPALACIO Traduo de inmeras palavrasdo original hebraico, sendo que algumas fo-ram traduzidas de modo diferente nas vrias

    verses da Bblia Sagrada.1.1.1.1. Palavra hebraica, appeden, emprestadad ti apa dana d di

    2.2.2.2. Palavra hebraica, 'armon, cidadela, cas-telo, palcio, fortaleza, torre de moradia ouedifcio fortificado de pequena base quadra-da com vrios andares (KB, p. 88). Essapalavra encontrada freqentemente nosprofetas, especialmente Ams e Jeremias,fazendo referncia a edifcios que eram ge-ralmente objeto de ataque durante as guer-ras BDB, p. 74). Edifcios reais dos israeli-tas e de outros povos. Nas vrias verses soutilizados os seguintes termos: palcio, for-taleza, cidadela, fortalezas, cidades fortes, ecastelos (2 Cr 36.19; Is 23.13; 25.2; 32.14; Jr6.5; 9.21; 17.27; 30.18; 49.27; Lm 2.5,7; 1 Rs16.18; 2 Rs 15.25; SI 48.3,13; Is 34.13; Os8.14; em Am, 7 vezes, 1.4 etc.). Em Miquias5.5, lemos: Quando passar sobre nossos pa-lcios; h verses, entretanto, que dizem:Conquistarem nossas fortalezas. A verso

    RSV em ingis traduz a LXX: E pisar sobrenosso solo. VejaCidadela.3.3.3.3. Palavra hebraica, bira, fortaleza, pal-cio; palavra emprestada do acdio, birtu,Foiusada em relao ao Templo proposto (1 Cr29.1,19); a um edifcio em uma cidade (Ed6.2) ; a uma cidade principal ou capital -shushan hab-bira(Ne 1.1; Et 1.3,5 etc.; Dn8.2) . Como parte do Templo (Ne 2.8; forta-leza), para a residncia do governador deJerusalm (Ne 7.2; castelo ou fortaleza),e para o lugar onde mais tarde foi construdaa Torre de Antnia (At 21.34).

    4.4.4.4.

    Palavra hebraica bayit, lteralmentecasa, traduzida uma vez como palcio naverso KJV em ingls; o palcio do rei (2Cr 9.11). Tambm foi traduzida como casaou lar (1 Rs 4.6; 2 Rs 10.5; 11.6; 16.18; 2Cr 2.1; no texto hebraico, 1.18); 2.12 (no tex-to hebraico, 2.11).5.5.5.5. Palavra hebraica bitan,palcio, empres-tada do acdio, bitanu (KB, p. 126). Usadapara se referir ao jardim real de Assuero (Et1.5; 7.7,8).6.6.6.6. Palavra hebraica hekal, Templo ou pa-lcio; em ugartico, hkl:em acdio, ekallum,palcio do sumeriano -GAL, grande casa- templo (BDB, p. 228). Usada nos textos

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    originais oom muita freqncia para o localcentral de adorao (1 Sm 1.9; 1 Rs 6.3 etc. -77 vezes; e apenas 11 vezes como uma refe-rncia residncia real). O lugar, ou edif-cio, em Jezreel perto da vinha ae Nabote (1Rs 21.1; palcio); lugar com decoraes emmarfim e instrumentos de corda (Salmos45.8,15); sua grandeza utilizada para re-tratar a grandeza de carter (Salmos144.12); onde at as pequenas, mas sbiascriaturas podem ser encontradas (Pv 30.28);local cujas caractersticas agradveis serotransformadas em desolao e residncia dechacais (Is 13,22); na Babilnia, onde os fi-lhos de Ezequias serviram como eunucos (Is39.7; 2 Rs 20.18) e o edifcio no qual Danielserviu e ganhou o respeito na Babilnia (Dn1.4; 4.4,29; 5,5; 6.18).7.7.7.7. Palavra hebraica harmon, palcio, en-

    contrada apenas em Ams 4.3 na verso KJVem ingls. Seu significado dbio (BDB); noexplicado (KB, p. 243). mais bem entendi-da como um substantivo, isto , um lugar cujalocalizao foi esquecida (BDB, p. 248. cf. asverses RSV e NSB em ingls).8.8.8.8. Em hebraico tira, acampamento; acam-pamento circular das tribos nmades (BDB,pg. 377), acampamento protegido por pa-redes de pedra, (KB, p. 352). As vrias ver-ses trazem os termo palcios, paos, eacampamentos em Ezequiel 25.4 (cf. G-nesis 25.16; Nm 31.10; Salmos 69. 25). Pa-lavra usada figuradamente com o sentido decorreo da falta de atratividade de umadonzela singela em Cantares 8.8,9 - pal-cio e torre nas vrias verses.9.9.9.9. Em grego aule, corte, palcio. Palavrausada quase exclusiva mente para a residn-cia do sumo sacerdote em Jerusalm Mt26.3,58,69; Mc 14.54,66; Jo 18.15) - a ver-so RSV em ingls traz o termo corte ouptio. Tambm tem o significado de resi-dncia de um homem poderoso (Lc 11,21).10.10.10.10. Em gregopraitorium,corte do pretor ou

    raetorium, palavra mencionada em cone-xo com a priso de Paulo (Fp 1.13), VejPretrio.Foram desenterrados no Egito inmeros edi-fcios reais ornamentados (em Amarna,Tebas), na Sria (Mari, Ugarit, Alalakh), noIraque (Babilnia, Cal, Nnive) e na Tur-quia (Boghaz-koi, a antiga capital hitita). NaPrsia, as runas do palcio de Assuero emSus revelaram muitos dados esclarecedo-res, enquanto a maior parte dos muros e co-lunas de Perspolis, cidade preciosa de DarioI, ainda permanece em p. Para uma descri-

    o da Domus Aurea, ou Casa Dourada deNero, vejaRoma.Na Palestina foram escavadas as runas de

    maria. Herodes, o Grande, construiu inme-ros palcios em toda Palestina; dois delesforam desenterrados e parcialmente restau-rados, em Masada, a oeste do mar Morto eem Herodium, nas proximidades de Belm.Tambm foi explorado um outro palcio emMachaerus, a leste do mar Morto.

    As residncias dos reis de Israel e de Juderam essencialmente iguais s de seus vizi-nhos, tanto na construo (veja Arquitetura)como na planta. Tais complexos palacianosgeralmente consistiam de um ptio externo edos aposentos privados do rei e de seu harm,localizados em volta de um ptio interior.O palcio de Salomo, construdo com a aju-da de artesos da Fencia, parece ter tido umestilo semelhante aos palcios bit-hilani dosreinos srio, fencio e neo-hitita dos sculosIX e VIII a.C. A entrada para o palcio era

    feita atravs de um ptio grande (1 Rs7.12), e sob um prtico sustentado por doisou mais pilares de enormes dimenses (v.65), que formavam um dos longos muros docorredor de entrada, o prtico de colunas,com aprox. 25 x 15 metros (v. 6a). Depois deatravessar esse prtico (em seu sentido lon-

    itudinal), o visitante chegava a um corre-or principal anexo, paralelo ao primeiro,

    porm um pouco mais longo. Ao fundo en-contrava-se o grande trono de marfim comseis degraus (1 Rs 10.18-20) de onde Salo-

    mo pronunciava seus julgamentos (1 Rs7.7). m frente ao trono havia provavelmenteuma lareira, ou braseiro, que era acesa noinverno (Jr 36.22). Da sala ao trono abria-seoutra porta para outro ptio por dentro doprtico (1 Rs 7.8) que, por sua vez, davaacesso casa de Salomo ou aos quartos.

    A casa do bosque do Lbano" 1 Rs 7.2-5) pode ter sido um edifcio separado queservia como arsenal ou armazm real (1 Rs10.17,21; Is 22,8), e seu acesso era feito apartir do grande ptio, O conjunto do pal-cio estava sem dvida localizado ao sul doptio do Templo de Salomo.

    Bibliografia, Geoffrey Turner, The StateApartments of Late Assyrian Palaces, Iraq,XXXII (1970), 177-213. D. Ussishkin, KingSolomons Palace and Building 1723 inMegiddo, IEJ, XVI (1966), 174-186.

    H. E. Fi, e J. R.

    PALAL Um filho de Uzai que ajudou a re-parar os muros de Jerusalm, sob a lideran-a de Neemias (Ne 3.25).

    PALAVRA A palavra o meio caracters-tico pelo qual Deus torna sua vontade conhe-cida ao homem A forma pode variar Ela

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    Termos BblicosTermos BblicosTermos BblicosTermos BblicosNo AT, os termos mais importantes vm daraiz hebraica dbr, embora omer, 'irnra emala tambm sejam encontrados. Aetimologia de dbr um ponto de discusso.Provavelmente, seja mais sbio associar araiz com o significado de falar. Uma pala-vra , essencialmente, nm pronunciamen-to. Esta raiz tambm suficiente para ex-plicar as palavras derivativas questo, as-sunto ou coisa, como no caso de uma coi-sa sobre a qual algum fala.Na LXX, os termos remae lagos so os equi-valentes gregos, O Pentateuco usa mais co-mumente rema, enquanto que logos prefe-rido nos profetas. A primeira palavra colocanfase no efeito dinmico da revelao deDeus, enquanto que a segunda enfatiza seucarter e seus meios.

    O termo mais comum no NT Iogas. Logion,um derivado de logosou o adjetivo relaciona-do logios, aparece quatro vezes (At 7.38; Rm3.2; Hb 5.12; 1 Pe 4.11). Em cada caso, eleest no plural e significa orculos. O termogr. rematambm encontrado no NT, e tra-duzido como palavra mais de 50 vezes. Eletambm est relacionado a algunshebrasmos (por exemplo, Lucas 1.37;2.15,19, com o sentido de coisa ou palavra).

    Uso no Antigo TestamentoUso no Antigo TestamentoUso no Antigo TestamentoUso no Antigo TestamentoO termo palavra possui trs usos signifi-

    cativos no AT:1.

    Geralmente, ele ocorre em conexo com arevelao divina. Deus fala e seus profetasouvem. Jeremias, Osias, Joel, Jonas,Sofonias, Ageu e Zacarias, todos comeamsuas profecias com as palavras Veio a mima palavra do Senhor, dizendo... ou algumaligeira variao. Esta expresso aparece cer-ca de 130 vezes no AT.No s a palavra de Deus era dada em vi-ses a seus profetas, mas ela tambm acom-panhava seus atos, para que esses atos nofossem incompreensveis, e para que aqueles

    que as testemunhassem tivessem uma expli-cao autorizada. A Palavra de Deus est, por-tanto, ligada s suas atividades na histria.O propsito desta revelaro fazer conheci-da sua vontade no que diz respeito condu-ta do homem neste mundo. E digno de notaque o contedo da revelao no aiz respeitogeralmente ao etreo, mas ao prtico. No inesperado, portanto, que Deuteronmio18.18,19 exija obedincia palavra profti-ca, e que o contedo da palavra esteja ca-racteristicamente no modo imperativo.

    2.

    A palavra de Deus foi o meio da criao. Acriao de Deus est vivamente contrastadacom a do homem. Os homens devem traba-

    3.

    usada com relao s palavras dos fal-sos profetas (Nm 22-24). O falso profeta di-zia palavras favorveis queles que busca-vam seus servios, enquanto qne o verdadei-ro profeta s podia dizer aquilo que Deusordenava (Nm 22.38; 1 Rs 22.14). Por estarazo, Deus deu a Israel testes para que o

    povo pudesse discernir o que era de Deus, eo que no era (Dt 13.1-5; 18.2-22).

    Uso no Grego NoUso no Grego NoUso no Grego NoUso no Grego No----BblicoBblicoBblicoBblico necessrio examinar o uso gr. no-bblicode logos, porque alguns tm argumentadoque ele lana lnz sobre o uso joanino. Estesso os casos importantes:1. O mais antigo aparecimento de logos estnos escritos de Herclito de Efeso por voltade 500 a.C. Os esticos pensavam que elehavia antecipado sua opinio de que o uni-verso era operado pela razo ou lei",

    Plato, por outro lado, que conhecia o ensi-no de Herclito, no concordava, de formaque bastante provvel qne os esticos ti-vessem lido sua opinio em palavrasadmitidamente obscuras.2. O estoicismo de Zero e seus sucessoresimediatos defendiam uma forma dehilozosmo pantestico". O universo era com-posto de matria, e permeado e controladopor um vapor abrasador que tambm eramaterial, chamado de logos.Posteriormente, o logos perdeu suas associ-

    aes e tornou-se a razo divina que gover-na o mundo. Foi esta segunda idia que in-fluenciou Filo.3. Filo ensinou que o logos era um interme-dirio entre um Deus totalmente transcen-dental e o universo material. Era impensvelque Deus pudesse estar envolvido na ordemcriada. Portanto, Deus concebeu o universoideal que foi o padro seguido na criao domundo atual por seu intermedirio, o logos.O logos tanto o padro como o agente deDeus na criao. Alguns dos ttulos que Filoemprega para descrever o logos so filho

    primognito, imagem, sombra, de Deus,Deus sem o artigo para distingui-lo deDeus, embaixador, suplicante , advoga-do, e sumo sacerdote.No entanto, muito questionvel se Filo realmente uma ponte entre a Literaturade Sabedoria do AT e os escritos de Joo.Joo teve acesso a materiais idnticos aosque Filo tinha, mas, alm disso, ele manti-nha a firme crena de que Deus havia fa-lado, agido e revelado a si mesmo de umanova maneira em Jesus Cristo. Assim, Joovai alm de Filo, que no faz mais do quepersonificar o logos. Ainda que Filo pudes-se ter cooperado na formao do conceitod J b L ( )

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    Bersebaffronteira sul da Palestina nostempos bblicos- IIS

    gerais, como tambm uma funo especfica,como um ttulo para o Senhor Jesus Cristo.

    Seus significados so variados pelas associa-es do AT com dbrao invs de (ogos, que vemdo grego clssico. Os usos importantes so:1.

    Como no AT, a funo mais frequente doNT descrever o meio da revelao divina.Esta revelao contm a vontade de Deuspara a humanidade em geral (Lc 11.28), Is-rael (Rm 9.6) e a Igreja (Cl 1.25-27). Ela podereferir-se a uma revelao escrita, como a leido AT (Mt 15,6; Mc 7.13), ou a uma passagemdo AT em particular (Jo 10.35, referindo-se aSalmos 82.6). A revelao divina tambm vem

    pela Palavra falada pelo Senhor Jesus (Lc 5.1;Jo 5.38; 8.55; 17,6 etc.; At 20.35) e pelos aps-tolos (1 Ts 1.8; 2 Ts 3.1).2. De uma forma intimamente ligada ao t-ico acima, a mensagem crist chamadae A Palavra de Deus (Lc 8.11; At 4,31; 1Co 14.36), A Palavra de Cristo (Cl 3.16; Hb6.1) e de 'A Palavra do Senhor (At 8.25). APalavra contida na mensagem crist ca-racterizada como o Evangelho" (G1 2.2; Cl1.23; 1 Ts 2.9), vida (Fp 2,16), viva e efi-caz" (Hb 4.12), o poder de Deus" (1 Co 1.18)e verdade" (Ef 1.13; Cl 1.5; 2 Tm 2.15).

    3.

    Trs passagens no NT usam logos comoum ttulo para o Senhor Jesus Cristo (Jo 1.1-14; 1 Jo 1.1; Ap 19.13). Vrias verses utili-zam o termo em 1 Joo 5.7; porm, h certosmanuscritos que no reforam esta utiliza-o, A importncia deste ttulo no pode sersuperestimada, pois Paulo coloca em umalinguagem aceitvel aos pagos, judeus ecristos a verdade de que na encarnao,vida, morte e ressurreio de Jesus Cristo,uma nova revelao de Deus havia sido dada(cf, Hb 1.1,2). VejaLogos.

    Bibliografia. A Debrunner, et al., Lego,Logis etc., TDNT, IV, 69-143. C. H. Dodd,The Interpretation of the Fourth Gospel

    PALESTINAPALESTINAPALESTINAPALESTINA

    I.I.I.I. A Geologia da PalestinaA Geologia da PalestinaA Geologia da PalestinaA Geologia da PalestinaA.

    Camadas geolgicasA pequena rea da Palestina exibe umagrande variedade de formaes geolgicas.

    As camadas bsicas formadas por rochasnuas so, de acordo com a ordem cronolgi-ca da mais antiga para a mais recente. Are-nito da Nbia, calcrios das eras cenozicae turoniana, greda da era senoniana, calcriodo perodo eoceno (Perodo Tercirio) ebasalto vulcnico.1.

    As rochas mais antigas. Um granito clas-sificado como da poca pr-cambriana (EraPaleozica) encontrado ao norte do golfode Elate. Na Transjordnia podem ser vis-tas camadas de arenito da Nbia, especial-mente em Edom, com uma espessura esti-

    mada de 825 a 1000 metros,2.

    Perodo Cretceo (Era Mesozica). Mui-tos gelogos acreditam que no assim chama-do Perodo Cretceo existiam vrias incur-ses do mar que se estenderam at a mar-gem oriental ao Jordo. Durante esse pero-do, formaram-se camadas de margas,calcrio e greda por deposio marinha quecobriam especialmente as reas do norte edo oeste. Essas rochas cretceas constituemo elemento mais importante da Cisjordnia,isto , da rea a oeste do Jordo.a. Cenozica. O calcrio da era Cenozica,

    duro e resistente eroso, encontrado nonorte e na Cisjordnia central, em camadasespessas com cerca de 650 metros de espes-sura e em camadas de 330 a 500 metros deespessura ao sul dessa regio. Ela maisdelgada no norte da Transjordnia, e esttotalmente ausente no sul. Este calcrio exis-te, por exemplo, na Galilia superior forman-do o promontrio do monte Carmelo e a es-pinha dorsal de Samaria e da Judeia.h. Turoniana. O calcrio da era Turonianatambm uma rocha dura, porm mais fa-cilmente extrada do que o calcrio Cenozi-co. Muitas sepulturas de Jerusalm foramconstrudas com esse tipo de rocha que tam-bm pode ser encontrada sob a forma de ca-madas nos contrafortes a oeste de Samariae ao longo do sulco central da Judia.e. Senoniana. A greda macia que foi acumu-lada durante a era senoniana exerceu umagrande influncia na histria da Palestina.Por ser excepcional mente porosa e formarsolos infrteis ao desintegrar-se, ela impr-pria para a agricultura. Em Jerusalm, o valede Cedrom serve para demarcar o limite en-

    tre a era turoniana no lado ocidental, e a erasenoniana encontrada do lado oriental, O de-serto estril da Judia, a leste de Jerusalm,

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    Tell Dan, na fronteira norte da Palestina nostempos bblicos. HFV

    Palestina. As passagens de Megido e Jocneo,que atravessam o Carmelo, so de calcrio

    da era senoniaua, assim como numerosos va-les de Samaria. O importante vale de Aijalomque leva a Jerusalm, e o delgado fosso quesepara a Sefel da Judia, tambm so for-mados por esse tipo de calcrio.3. Eoceno. O calcrio Eoceno tambm ou-tra rocha dura que resiste eroso. As re-as mais importantes formadas por esse tipode rocha so as chamadas passagens Sefeldo Carmelo, entre Jocneo e Megido, partesda Samaria, a Sefel da Judia e, na Trans-

    jordnia, a rea ao sul do rio Jarmuque. NaCisjordnia, os depsitos dessa poca tmuma espessura de 200 a 300 metros, sendoque somente na Transjordnia essa espes-sura reduz-se para 100 metros. Grandes re-as das plancies do Neguebe so constitu-das por hamadas (deserto pedregoso) for-madas por calcrio Eoceno,4. Eras Oligocena e Pleistocena. Da era Oli-gocena em diante subsistiram a plancie cos-teira e o vale do Jordo, enquanto a reamontanhosa central elevou-se formando di-ferentes padres de sedimentao. No valedo Jordo, essa sedimentao realizou-se

    em gua salgada e sob condies de aridez.Mais de 900 metros de rocha salina, inter-calados com arenito e dolomitas, foram acu-mnlando-se na rea do mar Morto duranteesse perodo e o incio da era Miocena, Issofoi acompanhado pela deposio de mais de600 metros de xisto e de arenito durante ofinal da era Miocena e durante a eraPliocena. No decorrer dessa ltima, umanica ilha estendia-se desde o mar daGalilia at o mar Morto.5.

    Aluvio recente. As plancies costeiras, ovale de Esdraelom, o vale do rio Jordo e ovale da Arab, ao snl do mar Morto so co-bertos, em sua maior parte, por camadas

    t d l i Al il t

    tes foram formadas com o sedimento do Nilo,depositado pelas correntes do Mediterrneoque penetraram 5 a 7 quilmetros no conti-nente, ao longo da costa da Filstia.B. Fenmenos geodinmicos1. Vulces. As eras Miocena e Pliocena, eespecialmente a era Pleitoscena deixaramtraos de erupo vulcnica no norte da Pa-lestina. As correntes de lava mais recen-tes dessa rea aconteceram aprox. no ano2000 a.C. O basalto vulcnico cobre exten-sas reas a noroeste e sudeste do mar daGalilia, e nas reas a leste do mar, cha-madas Bas e Haur, ainda podem ser en-contradas crateras e cones vulcnicos. OsChifres de Hattin, na Galilia, e o monteMor, em Esdraelom, so de origem vulc-nica. Trechos de basalto tambm ocorrema leste e a sudeste do mar Morto e a noro-

    este do golfo de Elate.2. Fontes de gua quente. Essas fontes po-dem ser encontradas em Tiberades, na mar-gem ocidental do mar da Galilia, e na mar-gem norte do rio Jarmuque. Elas tambmocorrem nas duas margens do mar Morto.Foi nas fontes de gua quente de Callirhoe,localizadas na sua margem oriental, queHerodes o Grande procurou alvio durantesua doena fatal. Nas proximidades do des-filadeiro de Zerqa Ma'in existe uma espeta-cular cachoeira de guas quentes.3.

    Calhas. O vale do rio Jordo faz parte de

    um grande sistema de calhas que se estendealm do mar Vermelho e penetra na frica.So numerosas as calhas transversais quecorrem de leste a oeste na Galilia, incluin-do a formao escarpada que separa aGalilia superior da inferior: calhas oblquasou curvas na direo noroeste-sudeste mar-cam a fronteira sul do vale de Esdraelom, etambm so responsveis pelo Udi Farahque flui desde Samaria at o Jordo.4. Terremotos. Em uma terra caracterizadapor numerosos sistemas de calhas, no de

    admirar que os terremotos sejam um fen-meno constante. A destruio de Sodoma eGomorra (Gn 19) no resultou de uma ativi-dade vulcnica, porque nenhuma atividadedeste tipo foi registrada nesse perodo; mas,de acordo com Harland, este episdio podeter ocorrido devido a um grande terremotoacompanhado por relmpagos que teriam in-cendiado os gases e o betume que se despren-diam do mar Morto.Na poca da incurso de Jnatas a Micms,um tremor de terra deixou o acampamentofilisteu em pnico (1 Sm 14.15). Davi perce-

    beu que os terremotos eram uma conseqn-da da ira do Senhor (Salmos 18.7; cf. J 9.5,6).Um terremoto memorvel aconteceu no scu-

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    Bete-Semes nas colinas da Judia. IIS

    (JosefoAn, xv. 5.2; Wars i. 19.3 . Evidnciasassustadoras desse evento foram descobertasdurante as escavaes de Qumran, Cerca de60 anos mais tarde, a crucificao do SenhorJesus Cristo foi acompanhada por um terre-moto (Mt 27.51-54). Em 1837, um outro ter-remoto fez 4,000 vitimas em Safed e 600 emTiberades. Um srio tremor de terra ocorreuem 1927, destruindo 175 casas em Jerusa-

    lm e fazendo 500 vtimas fatais.C. Produtos geomrfjcos

    1.

    Rochas e minerais. O arenito da Nbia,em Edom e na Arab, contm depsitos decobre (Dt 8.9) que se tornaram minas atra-vs de Salomo. Os antigos mineiros extrai-am o metal a partir de resduos de sul fetode cobre que continham de 40 a 45 por cen-to desse metal. A moderna instalaoisraelita em Timna, na rea da Arab, capaz de extrair cobre a partir do silicatode cobre que contm apenas 2 por centodesse minerai. As camadas da era Cenozica

    e Turoniana forneciam abundante supri-mento de calcrio e de mrmore para asconstrues. Em partes da Galilia, comoCorazim e Haur, basalto vulcnico tam-bm era usado para os edifcios. Na Anti-guidade, o mar Morto era uma fonte de sale betume, e desde a poca do Mandato Bri-tnico tm sido exploradas suas reservas depotssio, bromo e fosfato.2.

    Solos. O basalto da Galilia e de Basdesintegrou-se e formou solos de cor pretae marrom de proverbial fertilidade. O alu-vio de cor escura, que cobre o vale deEsdraelom, tambm forma um solo muitorico. A regio montanhosa central cober-t l d t d

    as para cont-lo. O solo derivado de rochasda era Eocena menos frtil que a terrarosa, e as rochas da era Senoniana facilmen-te sofrem os efeitos da eroso e transfor-mam-se em uma terra infrtil de coracinzentada. A plancie de Sharon (Sarom)

    formada por um barro argiloso que vai dacor laranja at o vermelho brilhante, atu-almente usado para a cultura de frutas c-tricas, mas que na Antiguidade era intilpara a agricultura. Na rea que circundaBerseba, podemos encontrar uma terra ar-gilosa, isto , uma fina poeira de cor mar-rom amarelada levada pelos ventos do de-serto, que pode ser frtil se sufi cientemen-te irrigada e cultivada. Nas proximidadesde Gaza, essa argila apresenta-se mistura-da com auvio, formando um solo frtilpara a cultura de cereais. A maior parte da

    rea situada entre o mar Morto e o golfo deEl ate coberta por solo rido, ressecado, edesertos rochosos.3. Eroso. A eroso do solo um processoconhecido desde os tempos bblicos (J14.18,19; cf. Pv 28.3). Muitas reas de solofrivel so atingidas por uma combinao deviolentas tempestades de inverno, elevadosndices de evaporao, temperaturas extre-mas, fortes ventos e vegetao vulnervel.O homem tem agravado essa situao comsuas destruidoras invases, pela prolonga-da pastagem de animais, e pelo corte de r-vores para fazer carvo.

    II, A Geografia da PalestinaII, A Geografia da PalestinaII, A Geografia da PalestinaII, A Geografia da PalestinaA. Preliminares

    1.

    Designaes. O nome Palestina, que ori-ginalmente derivou dos filisteus, foi usadoprimeiramente por Herdoto (sculo V a.C.),que incluiu nessa designao a rea daFeneia situada ao norte. Josefo usou a pa-lavra grega Palaistine para a rea da costafilistina (Josefo, Ant. i.6.2). Depois da revol-ta dos judeus no ano 135 d.C., os romanos

    substituram o nome latino Judaea por ou-tro nome latino, Palaestina,para designar

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    sua provncia. O AT menciona muitas vezesessa terra como Cana (q.v.).2. Limites. Na prtica atual, a palavra Pales-tina geralmente usada para designar o ter-ritrio atribudo s 12 tribos de Israel somen-te na regio ocidental do Jordo. Ser conve-niente fazer a distino entre as reas a oestedo Jordo, isto , a Cisjordnia e a rea locali-zada do lado oriental ou Transjordnia. Osproverbiais limites norte e sul eram determi-

    nados pelas cidades de D e Berseba (Jz 20.1;1 Sm 3.20), separados por cerca de 240 quil-metros. Limites mais extensos podem ser ima-ginados na descrio de Cana feita por Moissem Nmeros 34, onde a fronteira ao sul en-contra-se em Cades-Barnia, 70 quilmetrosno extremo sudeste de Berseba (Nm 34.4).Nessa passagem, o limite norte est localiza-do na entrada de (Lebo-) Hamate (Nm 34.8).Ele pode ser a entrada para o vale de Beca (ouBekaa), entre a cordilheira do Lbano e a cor-dilheira do Anti-Lbano, ou mais ao norte, paraa moderna Lebweh, 20 quilmetros no extre-

    mo nordeste de Baalbek. Em muitos perodos,a fronteira ao norte era bastante varivel e,em muitos casos, mal definida.3. Distncias. Para o homem moderno acos-tumado com transportes rpidos as distn-cias utilizadas para medir o comprimento ea largura da Palestina podem parecer muitocurtas. Falando em termos de quilometra-gem area, a maior distncia seria de poucomais de 450 quilmetros desde D at Eilat;de D a Berseba seria de 240 quilmetros ede Nazar a Jerusalm, aprox. 90 quilme-tros. So 70 quilmetros ae Jafa, na costa,at Jeric com o eixo do pas estreitando-seem dire|o ao norte e alargando-se na dire-

    4. Tamanho das reas. A importncia histri-ca da Palestina totalmente desproporcionalao seu tamanho. Como a Cisjordnia, de Dat Berseba tem 240 quilmetros de compri-mento e pouco mais de 60 quilmetros delargura, sua rea representa pouco mais de

    14.0

    quilmetros quadrados. O maior tri-ngulo vazio do moderno deserto do Neguebeqne se estende at o golfo de Elate acrescen-ta mais 8.000 quilmetros quadrados. Areada Transjordnia, sob o controle israelitaestende-se por 140 quilmetros desde o rioJarmuque at o rio Arnom. Essa rea temcerca de 40 a 90 quilmetros de largura ecompreende cerca de 10.000 qnilmetrosquadrados. Portanto, a Cisjordnia sem otringulo do deserto do Neguebe, poucomaior que os estados norte-americanos deConnecticut e Rhode Island juntos.

    A Cisjordnia e a Transjordnia israelitas co-brem pouco mais de 25,000 quilmetros qua-drados, uma rea pouco maior que o estadonorte-americano de Vermont e pouco menorque a Blgica.5. Elevaes. Sem contar o monte Hermom(3.000 metros de altitude) com seus picosnevados, e qne se encontra fora de suas fron-teiras, embora seja visvel no norte da Pa-lestina, a maior parie das elevaes no al-cana grande altitude. O pico mais elevadoda Cisjordnia, Jebel Jarmuque, a noroestedo mar da Galilia, atinge aproximadamen-te 1.300 metros de altitude. Em Samaria, omonte Ebal tem 1.017 metros e o monteGerizim, 953 metros.

    A cidade de Jerusalm est situada a 811metros acima do nvel do mar (803 metrosno local do Templo). As montanhas em voltade Hebrom tm uma altitude de cerca de1.0 metros. Os picos mais elevados daTransjordnia, os vrios picos de Jebel Druze(monte Bas, Salmos 68.15), no extremo ori-ental da regio de Haur, atingem 2.000metros e as montanhas de Edom tm altitu-

    des qne variam at 1.800 metros.A Palestina distingue-se por ter as mais pro-fundas depresses do mundo no vale Rift.Enquanto o lago Huleh, agora drenado, ele-vava-se at 70 metros acima do nvel do mar,o mar da Galilia, cerca de 15 quilmetros aosul, est a mais de 220 metros abaixo do n-vel do mar. Jeric est a 270 metros abaixodo nvel do mar. O viajante que vai de Jerica Jerusalm precisa subir mais de 1.000metros em apenas 30 quilmetros. O viajan-te da Antiguidade geralmente levava dois diaspara fazer essa rdua caminhada. O mar

    Morto o ponto mais profundo do mundo, commais de 400 metros abaixo do nvel do mar, el d M t t t i i f i

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    diminuta. Tem sido apropriadamente obser-vado que uma das razes porque a Bblia inteligvel em todas as partes do mundo queela percorre toda a gama das condies davida terrena. A Palestina pode ser divididaem quatro principais faixas longitudinais: (1)

    plancies costeiras; (2) planaltos centrais(Cisjordnia); (3) regio das callias (ou fen-das); e (4) o plat da Transjordnia.1. Plancies costeirasa.

    Baas. A deposio de sedimentos vindosdo rio Nilo, feita pelas correntes do Mediter-rneo, transformou a costa da Palestina emuma praia arenosa e plana, sem baas not-veis ao longo de seus aproximados 300 qui-lmetros. Os poucos ancoradouros dessa cos-ta eram muito inferiores s famosas baasdos fencios, situadas ao norte. Embora exis-tam algumas referncias aos interesses ma-

    rtimos de Zebulom (Gn 49.13), de D e Aser(Jz 5.17), a temerosa meno a mares tem-pestuosos (Salmos 107.23-29; Is 57.20) pa-rece ter sido a mais coerente com a realida-de. Como afirmou G. A. Smith, o mar repre-sentava uma barreira e no uma estradapara os israelitas.Examinando a costa, de norte a sul, a primei-ra delas a baa de Aco, que estava expostas tempestades vindas do sudeste, A maiorparte da rea circunvizinha era formada poruma regio pantanosa. Escavaes revelaramum antigo porto no identificado em Tell AbuHawan, na foz do ribeiro de Quisom, que de-sgua na baa de Haifa. O porto de Dor, situ-ado vinte e cinco quilmetros ao sul do pro-montrio do Carmelo, era o porto mais im-portante nas mos dos israelitas.Entretanto, ele ficava um pouco isolado pelaao dos charcos de Sharon (Sarom), Dozequilmetros ao sul de Dor, o rei Herodes oGrande criou a baa artificial de Cesaria,no sculo I a.C.No limite norte da moderna cidade de Tel

    Aviv, escavadores encontraram um porto em

    Tell Qasileh, prximo foz do regato deYarqon. Logo ao sul de Tel Aviv, o antigo lo-cal de Jope (a moderna Haifa) era um im-portante porto criado pela proteo ofereci-da por uma escarpa rochosa e alguns recifespouco elevados (associado libertao de

    Andrmeda por Perseu).Foi a partir de Jope (Jo 1.3) que Jonas em-barcou em um navio de Trsis. Perto da pe-quena Tell Mor, que serviu como porto para

    Asdode, cidade dos filisteus, os israelitasconstruram uma moderna baa. Ao sul, acidade filistina de Asquelom encontra-se na

    costa sobre em uma seqncia de penhascosbaixos que interrompem as dunas arenosas.Infeli mente para os israelitas com os

    6. A plancie de Aser. A Fenca propriamentedita comeava no branco promontrio de Rasen-Naqurah, a Escada de Tiro, que inter-rompe o trfico por terra ao longo da costa. Aplancie situada ao sul e ao norte do monteCarmelo, ao longo da costa, era a poro de

    terra destinada a Aser que, entretanto, nofoi capaz de conserv-la (Jz 1.31). Mais tar-de, o porto de Aco tornar-se-ia famoso comoPtolemaida de Roma (At 21.7) e o porto de

    Acre dos Cruzados, mas essa regio no re-presentou um papel importante no AT.c.

    O monte Carmelo. Esse ngreme promon-trio, bastante famoso, no mais que a ex-tremidade de uma cadeia de montanhas quese estende desde o interior at o sudeste dolitoral. Sua altura mxima de aprox. 570metros. Como existe apenas uma estreitapraia de aprox. 180 metros em sua base ao

    longo da costa, o Carmelo teria efetivamenteinterrompido todo o trfico por terra se nofosse o percurso aberto por Jocneo e pelapassagem de Megido. Esse monte era cobertode florestas (Ct 7.5) e pouco habitado. A tra-dicional cena da contenda entre Elias e osprofetas de Baal (1 Rs 18) est localizada cer-ca de 30 quilmetros de distncia, sobre acrista do Carmelo e acima de Jocneo.d. A costa de Dor. A plancie costeira de Dor uma rea triangular com cerca de 30 quil-metros de comprimento, circundada pela ca-deia do Carmelo a noroeste e pelos pntanosde Nahr ez-Zerqa ou o rio Crocodilo ao snl. Apartir da narrativa egpcia de Wenamon fi-camos sabendo que aproximadamente no ano1100 a.C,, Dor estava nas mos dos Tjeker,um dos Povos do Mar, que haviam emigradodas reas da Anatlia e do Egeu. Na poca doNT, Dor ainda no havia sido includa na reaconcedida a Herodes o Grande pelos roma-nos, mas encontrava-se afiliada, junto comPtolemaida, ao governo da Sria.e.

    A plancie de Sarom. Essa plancie esten-de-se desde o rio Crocodilo no norte, e conti-

    nua em direo ao sul at o rio Auja (cha-mado pelos israelitas de rio Yarqon), que si-naliza O extremo norte da moderna cidade

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    Teatro romano na moderna Ama. antigaRabate-Amom. HFV

    de Tell- viv. Ela uma plancie estreita comcerca de 15 quilmetros de largura e 80 decomprimento. Cadeias baixas de kurkarbloqueavam a drenagem de cinco rios quecorriam atravs da plancie de Sarom at omar criando reas pantanosas. Alm disso,a rica areia vermelna mousteriana (da eraPleistocena) de Sarom alimentava uma im-penetrvel floresta de carvalhos; na verda-de, Sarom a traduo da LXX para tiramosou floresta. Portanto, essa rea era parca-mente habitada pelos antigos israelitas eusada principalmente para a pastagem 11 Cr5,16; 27.29; Is 65.10). A rosa de Sarom (Ct2.1) era uma delicada flor que nascia em

    meio a imensas rvores.Essa regio adquiriu grande importnciacom a construo de Cesaria por Herodes.

    A importante Via Ma ris (Is 9.1), a principalestrada do Egito que cruzava a Filstia e iaatravs da Galia at Damasco, rodeava ospntanos de Sarom nos contrafortes baixosa leste e penetrava na cadeia do Carmeloatravs da passagem de Megido.f. A Filstia. A costa e a plancie da Filstia,que se estendem ao sul da plancie de Sarom,receberam esse nome por causa dos filisteus,um povo do mar Egeu que se tornou impor-

    tante nessa regio, aprox. no ano 1200 a.C.Essa rea caracteriza-se por ser uma regiolevemente elevada e ter amplos vales. Emuito rica em suprimento de gua, trans-portada por aquedutos vindos das monta-nhas de Hebrom. A diminuio das chuvas,quando nos aproximamos do deserto ao sul,e o fluxo mais rpido que cai das escarpasmais elevadas, impediram a formao depntanos nessa rea. Portanto, a Via Marisno precisa mais se agarrar s escarpas se-cas interiores, como acontece na plancie deSarom. Ela apenas acompanha a costa, ondedunas arenosas tm obstrudo a maior par-te dessa rea, mas onde os filisteus conse-

    chamou Gaza de posto avanado da fricae porta da sia. A exata localizao das duasoutras cidades da pentpolis dos filisteus,Gate (Tell es-Safi?) e Ecrom (Khirbet el-Muqanna?) ainda est sendo discutida.2. Plancies centraisa. A Galilia. costume dividir essa regioem Galilia superior e Galilia inferior, sen-do que essa diviso demarcada por umangreme escarpa que corre ao longo de umalinha entre Aco e Safed. A rea ao norte, aGalilia superior, caracterizada por mon-tanhas cuja altitude varia entre 850 a 1.000metros; ao sul, a Galilia inferior caracteri-za-se por colinas menos elevadas, com me-nos de 650 metros de altitude, e grandesvales. A Galilia superior ainda divididaem rea de florestas ao sul e um espaoso ebaixo plat ao norte, densamente povoado.

    Essa ltima rea corresponde atualmente aomoderno pas do Lbano. Com raras excees,tais como Quedes e Naftali (Js 20.7), aGalilia superior quase no exerceu nenhumpapel no AT.Um clima bastante fresco, pesadas chuvas,e um solo rico favoreceram a Galilia. Elaacomodou uma grande populao que viviaem pequenas vilas. A Galilia inferior, fa-mosa por sua importncia no NT, uma reaparticularmente frtil e atraente, com peque-nas escarpas prprias para uma vida tran-quila e para a prtica das atividades agrco-

    las. Certas reas da Galilia tambm foramexpostas influncia internacional do trfi-co atravs da Via Maris at Damasco. Naregio noroeste estavam localizadas as cos-tas dos feneios pagos e a sudeste, as cida-des da Decpolis dos gentios. Nazar, a ci-dade do Senhor Jesus, estava localizada emuma cadeia de montanhas a 400 metros aci-ma do nvel do mar. Ao sul, existe uma n-greme escarpa que contempla o vale deEsdraelom (Lc 4.29).b.

    O vale de Esdraelon-Jezreel. O nome Es-

    draelom corresponde simplesmente orto-grafia grega da palavra hebraica Jezreel, quesignifica Deus ir semear (ef. Os 2,22,23). o nome do vale por excelncia que estlocalizado entre a cadeia do Carmelo, as co-linas da baixa Galilia, e o rio Quisom cujasguas correm atravs de uma estreita pas-sagem situada a noroeste.Uma tempestade transformou o pequenoQuisom e a plancie vizinha em um charco eermtu que Baraque derrotasse as bigase Ssera (Jz 5.20,21). A plancie de Esdrae-lom fonna um tringulo eqiltero cujos la-

    dos medem aprox. 30 quilmetros de com-primento. Quatro cidades-fortaleza, constru-das em intervalos de cerca de 8 quilmetros

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    rota que apresentava um fcil declive. Tut-msis III (sculo XV a.C.) estava bem cons-ciente da sua importncia quando disse:Conquistar Megiao equivale a conquistarmilhares de vilarejos.Muitas batalhas foram travadas nesse local(por exemplo, 2 Cr 35.22), a ponto de seunome ter se tornado smbolo ao futuro con-flito entre os reis do mundo (ef. o termo gre-go Armagedoncom o hebraico hcir megiddo,

    Apocalipse 16.16). A passagem de Jocneopodia ser utilizada por qualquer pessoa queestivesse viajando entre Aco e Dor. A passa-gem Taanaque era a menos atraente, por nopassar de uma faixa estreita e ngreme. Apassagem de Ibleo, ao sul de Jenin, levavaao frtil vale de Dot. Os midianitas que le-varam Jos para o Egito estavam seguindoessa rota (Gn 37).

    Na extremidade oriental da plancie deEsdraleom existe uma rea situada entre avulcnica colina de Mor, ao norte, e oespigo de calcrio do monte Gilboa, na di-reo sul. ela serviu como campo de batalhaentre Gideo e os midianitas (Jz 7.1) e entreSaul e os filisteus (1 Sm 31.1). Aos ps domonte Gilboa encontra-se a cidade deJezreel, a capital de inverno de Omrides, e olocal onde Jezabel foi assassinada por Je(2 Rs 9.30-37). Tambm na base desse mon-te est a fonte de Harode, onde Gideo expe-rimentou suas tropas e escolheu seu exrci-

    to de 300 homens (Jz 7.1-7). O pequeno rioJalud corre a partir de Ain Harod em dire-o ao leste atravs de um estreito, mas fr-til corredor, at a plancie de Bete-Se noextremo do vale do Jordo, cerca de 130metros abaixo do nvel do mar. Os homensde Jabes-Gileade atravessaram o Jordonesse ponto (que era um vau de fcil traves-sia) at Gileade para resgatar o corpo de Saulde Bete-Se (1 Sm 31.11,12). Na poca doNT, Bete-Se era conhecida como Citpolise era a nica cidade que fazia parte da

    Decpolis na mareem ocidental do Jordo.c.

    Samaria. A regio da Samaria estendia-se por 80 quilmetros ao sul do vale de Es-draleom, e 60 quilmetros de leste a oeste,cobrindo uma rea de 5.000 quilmetros qua-drados. Essa regio foi concedida s tribosdos dois filhos de Jos, Manasses que ficoucom a rea de Siqum ao norte, e Efraim,

    ue ficou com uma rea menor ao sul deietel. O calcrio da era Cenoziea da regiode Efraim havia se desintegrado em terrarosa que permite uma intensa vegetao e

    considervel populao. A rea de Manas-ses era predominantemente da era Eocena,com grandes trechos de greda da era

    tudinal atravessava a bacia fluvial das coli-nas de Samaria, desde Jerusalm ao norte,atravs de Betei e Sil, at Siqum (Jz 21.19),Siqum estava localizada aos ps dos picosgmeos de Ebal e Gerizim, da era Eocena,lugar onde os samaritanos realizavam suaadorao (Jo 4.20). Em Siqum a estradadividia-se na direo nordeste e noroeste. Aestrada nordeste levava a Tirza, a primeiracapital (lRs 14.17; 15.21,33), aos ps doUdiFarah. A estrada noroeste levava novacapital de Samaria, fundada por Onri no s-culo IX a.C. (1 Rs 16.24).O que constitua a fora e a fraqueza deSamaria, especialmente de Manasss, erasua abertura ao comrcio estrangeiro e aosinvasores. Os assrios fmalmente invadirame destruram a cidade de Samaria em 722a. C. (2 Rs 17.3ss,), deportando grande

    n-mero de membros das dez tribos de Israel eimportando estrangeiros da Mesopotmia.

    A populao mista que da resultou formouos samaritanos.d. Jud. A pequena rea de Jud ou Judia,que teve um papel histrico de tanta im-portncia, era, sob alguns aspectos, a me-nos desejada de todas. A partir de sua fron-teira norte, ela estendia-se por 80 quilme-tros at Berseba, no sul. Com uma largurade cerca de 50 quilmetros, ela cobria umarea de aproximadamente 3,800 quilme-

    tros quadrados. Nas encostas ocidentaishavia algumas reas ricas, porm interca-ladas de terra rosa que poderam permitiralgumas colheitas caso fossem protegidaspor terraos. Seu relativo isolamento dasrotas internacionais resultava do fato docomrcio ser encaminhado para a regio emtomo da Judia e no atravs dela. Como,com exceo da regio norte, ela era facil-mente defensvel por todos os lados, estefato ajudava a manter uma estabilidadepoltica que Samaria no tinha condies

    de experimentar.A fronteira ao norte de Jud, finalmenteestabelecida em Geba (1 Rs 15.22; 2 Rs23.8), ficava apenas a oito quilmetros aosnl de Betei. As terras situadas entre Gebae Betei formavam uma verdadeira terra-de-

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    A moderna Jafa e suas runas antigas. IIS

    ningum (2 Cr 13.19; 1 Rs 15.17) disputadapelos reis de Jud e de Israel. Como nessadireo no havia nenhuma barreira natu-

    ral, um poderoso inimigo que estivesse como controle da regio norte, como os assrios,poderia avanar sobre Jud sem encontrarqualquer oposio (Is 10,28-32).

    As cidades mais importantes estavam loca-lizadas sobre a bacia hidrogrfica que cor-ria ao longo do espigo formado pelas coli-nas da Judia. Com suas torres que podemser vistas desde Betei a quinze quilmetrosao norte, a cidade de Jerusalm foi escolhi-da por Davi para unir as tribos do sul e donorte. Sua posio tambm comandava aestrada que corna do leste para o oeste e le-

    vava at Jerico e ao ltimo ponto de traves-sia do rio Jordo, ao norte do mar Morto.Hebrom, a primeira capital de Davi, situa-da 30 quilmetros ao sul de Jerusalm, estmais prxima do centro de Jud. A rea aosul de Hebrom a regio de vastas colinas ede campos amplos e abertos de Zife, Maom edo Carmelo de Jud (1 Sm 25.2), bastanteprpria para o pastoreio dos rebanhos. Oplat judaico, que termina cerca de 24 quil-metros ao sul de Hebrom, vai gradativamen-te transformando-se em estepe e deserto.

    Berseba, 45 quilmetros a sudeste de He-brom, est situada apenas a 300 metros aci-ma do nvel do mar, na fronteira entre a es-tepe e o deserto.Cerca de um tero de Jud, a leste do espigocentral, formado por um deserto, uma reaproibitiva cujas finalidades mais importanteseram a defesa e o refgio. Esse deserto come-a a uma pequena distncia a leste do monteaas Oliveiras, e continua por mais de 15 quil-metros at os limites do vale do Jordo.Ele estende-se por 80 a 100 quilmetros dalatitude de Betei, ao longo dos penhascos do

    lado ocidental do mar Morto. O solo macio daera Senoniana e o fato dessa rea estar situ-ada longe do regime das chuvas contribui-

    lao (1 Sm 23.24). Exceto pelo osis de En-Gedi, na margem ocidental do mar Morto, osnicos locais habitados eram as comunidadesreligiosas em Qumran, as cavernas dos refu-giados e as fortalezas, como Massada.

    A partir de seu lado ocidental, Jud podia

    ser alcanada atravs de vrias estradas; noentanto, suas encostas podiam ser efetiva-mente defendidas contra os inimigos.

    As passagens, que atravs da Sefel levavamda regio da Filstia at Jud, foram o cen-rio de muitas batalhas. Considerando essasrotas, na direo do norte para o sul, um via-

    jante entraria era primeiro lugar no vale deAijalom, que vai at Lode (Lida) atravs deuma subida fcil, passaria sobre a regio su-perior e inferior de Bete-Horom, e poderiavirar a nordeste para Betei ou a sudeste paraJerusalm, via Gibeo. O vale de Aijalom

    uma bacia ampla e frtil, uma verdadeiracalha, que representou a passagem mais f-cil e mais importante para Jud a partir daregio ocidental. Foi atravs desse vale queJosu perseguiu os amorreus (Js 10,10-12) eSaul e Jnatas perseguiram os filisteus (1 Sm14.31) . Mais ao sul de Aijalom, o vale deSoreque aproxima-se de Jerusalm direta-mente da regio ocidental e leva ao vale dosRefains a sudeste da cidade, onde por duasvezes Davi derrotou os filisteus (2 Sm 5.17-25). O vale de Soreque, com as cidades deTimna (Jz 14.1), Estaol e Zor (Jz 13.24,25;16.31)

    , serviu como arena para muitas faa-

    A via Dolorosa, caminho tradicional que Cristopercorreu at o Calvrio- MIS

    nhas de Sanso, Mais ao sul, o vale de Elateleva a Belm a 8 quilmetros ao sul de Jeru-salm Foi nesse vale que o jovem Davi desa-

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    colinas e a plancie filistia. uma rea comcerca de 60 quilmetros de comprimento e12 de largura que se eleva a uma altitude de100 a 450 metros acima do nvel do mar. Esseplat rochoso formado pelo afloramento docalcrio da era Eocena, separado do calcrioda era Cenoziea das montanhas da Judeiapor um estreito vale de greda Senoniana.Essas regies apresentam grandes vales, fr-teis, solos de aluvio e bosques de oliveirase pltanos (1 Cr 27.28). Por causa de suaposio, e por ser um local extremamentecobiado, sempre foi objeto de disputa entrefilisbeus e israelitas (2 Cr 28.18).f. Neguebe. O Neguebe bblico ou terra dosul (literalmente, terra seca) cobria ape-nas uma pequena rea de uma faixa de ter-ra de cerca de 50 quilmetros de largura nadireo norte a sul, centralizada em Berse-

    ba. Essa rea corresponde ao setor habit-vel, isto , ao Neguebe propriamente dito.Trata-se de uma rea cuja altitude variaentre 250 a 300 metros acima do nvel domar e que recebe um volume de chuvas anu-ais que praticamente impede a agricultura(100 a 300 milmetros). Nessa regio so fre-quentes os longos perodos de seca resultan-tes da falta de uma permanente coloniza-o, exceto sob um governo forte e interes-sado. Quando ocorrem inundaes repenti-nas (Salmos 126.4), a maior parte da guaescoa inutilmente para amplos udis e para

    o Mediterrneo.Entretanto, no leito desses udis que seencontram as fontes, e ali que os poos po-dem ser perfurados. No Neguebe oriental, asimportantes cidades de Arade e Horma es-tavam situadas ao longo do Udi Mesash.Como as chuvas eram inconstantes, o resul-tado foi que algumas reas do Neguebe tor-naram-se capazes de produzir colheitas, en-quanto outras sofriam uma terrvel seca. Issopode explicar a mudana dos patriarcas paraGerar, na regio ocidental do Neguebe (Gn20.21,26). Atravs de uma cuidadosa conser-vao da gua, os nabateus do perodo ro-mano, e mais tarde os monges bizantinos,foram capazes de desenvolver a agriculturanos planaltos superiores do Neguebe, 50 qui-lmetros ao sul de Berseba.Por causa de sua longa fronteira com as re-as desrticas, o Neguebe enfrentou frequen-tes incurses de bedunos, como os amale-quitas (Nm 13.29; 1 Sm 30.1). A vasta reatriangular que se estende ao sul at Elate,e corresponde ao moderno Neguebe de Is-rael, era conhecida na Bblia como o deser-

    to de Zim e de Par, A importante rota parao Sinai e para o Egito, conhecida como ca-minho de Sur (Gn 16 7) tomava a direo

    O majestoso monte Hermom com seus picosnevados eleva-se a 3.000 metros acima donvel do mar. O degelo de sua neve d origema vrias nascentes do rio Jordo. Uma delas o rio Nahr Leddan que nasce perto de D.Outra nascente forma o rio que se origina deuma fonte em Banias, cinco quilmetros a les-te de D. Banias, cujo nome vem do deus gre-go Pan, era conhecida desde a poca do NTcomo Cesaria de Filipe (Mt 16.13ss.),b. Lago Huleh. Cerca de 10 quilmetros aosul da confluncia das guas do Jordo, ma-trias resultantes de inundao baslticacriaram um pequeno lago com cinco quil-metros de comprimento, trs de laTgura, eapenas 3 a 5 metros de profundidade, conhe-cido como lago Huleh. Esse lago, que Josefochamou de lago Semechonitis, no aparecena Bblia. Sua bacia era uma regio de cli-

    ma quente que abrigava inmeros animais,aves selvagens e plantas de papiro em suasguas pantanosas. Entretanto, era uma re-gio insalubre para os seres humanos porcausa da malria. Os judeus, que compra-ram essa rea durante o Mandato Britni-co, comearam em seguida a executar tra-balhos de drenagem e criaram em seu lugarnma reserva de vida selvagem e tanquespaia criao de peixes.

    A sudeste desse lago ficava a importante for-taleza de Hazor (Js 11.10), que guardava aprincipal passagem do Jordo, no local cha-mado Ponte das Filhas de Jac. Abaixo des-sa passagem, o Jordo penetra em uma gar-ganta estreita de basalto onde os penhascoselevam-se a 400 metros acima da superfciedo rio. Como o lago Huleh estava localizadocerca de 70 metros acima do nvel do mar, eo mar da Galilia, que est aprox, a 15 qui-lmetros ao snl, encontra-se a mais de 230metros abaixo do nvel do mar, o rio Jordosofre uma queda de aprox. 300 metros entreesses dois pontos.c.

    Mar da Galilia. O encantador mar da

    Galilia, talvez o volume de gua mais co-mentado no mundo, tem a forma de umaharpa antiga, ou de uma lira, com seus 20quilmetros de comprimento por 12 de lar-gura. Suas guas ricas em peixes atingemuma profundidade de mais de 50 metros. Eleficou conhecido na Bblia atravs de nmavariedade de nomes; mar de Quinerete (har-pa, Nm 34.11), mar da Galilia (Mt 4.18),lago de Genesar (Lc 5.1) e mar de Tibera-des (Jo 21.1). Cercado por montanhas, suasguas plcidas podiam transformar-se emum caldeiro violentamente agitado pelas

    repentinas tempestades (Mc 4.35-41),A maior rea plana ao longo de suas mar-gens a plancie de Genesar a noroeste

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    Nazar na Gallia, com o vale deJezreel ao fundo. IIS

    situada na margem ocidental, fundadaaprox. no ano 20 d.C. por Herodes Antipas.

    Era uma cidade habitada quase totalmentepor gentios e que parece no ter sido visita-da pelo Senhor Jesus Cristo.d.

    Rio Jordo. Em uma linha reta, o compri-mento do rio Jordo, desde o mar da Galiliaat o mar Morto de 104 quilmetros; en-tretanto, esse comprimento chega a ser trsvezes maior, isto , 312 quilmetros, por cau-sa de seu percurso sinuoso.

    A partir do mar da Galilia, ele desce cercade 200 metros at o mar Morto, isto , cercade 3 metros por quilmetro. Sua rpida cor-renteza, rodamoinhos, cascatas e curvas pro-

    nunciadas, formam um obstculo ao trficofluvial. Alm disso, na Antiguidade suasguas estavam muito abaixo da plancie cul-tivvel para serem usadas na irrigao. OJordo, que tem cerca de 30 a 35 metros delargura, mas apenas 1 a 4 metros de profun-didade no , na verdade, um rio majestoso,mas apenas um fluxo de gua barrenta (2Rs 5.10-12).O vale do Jordo tem uma largura que variade 5 at um mximo de 22 quilmetros poucoantes de alcanar o mar Morto, Os rabesdividiam esse vale em dois nveis: o Gor ouDepresso do vale principal e, separado delepor um declive de 50 metros, o Zormais pro-fundo, ou mato tranado, formado pela pr-pria inundao da plancie. A rea entre o Zore o Gor caracterizada pela presena deqattaras, isto , colinas de calcrio argilosobastante corrodas pela eroso. O Zor umaregio luxuriante coberta por uma vegetaodensa e entrelaada, com uma largura apro-ximada de 180 a 1.600 metros, que forma umaverdadeira floresta habitada por chacais, lo-bos e lees (Jr 12,5; 49.19; 50.44; Zc 11.3).

    O Jordo alimentado por inmeros afluen-tes, sendo que os mais importantes vm daregio oriental. Na margem ocidental o

    guas um pouco abaixo do mar da Galilia.Embora esse rio contenha um fluxo de guaigual, se no maior que o Jordo, ele no mencionado na Bblia, a no ser que seja oribeiro de Querite de Elias (1 Ris 17.3-7).Cerca de 30 quilmetros abaixo do mar da

    Galilia, o Udi el-Yabs desgua no Jordovindo do leste e, 24 quilmetros mais adian-te, em direo ao sul, o caudaloso rio Jaboquepenetra no Jordo perto da cidade de Adam(na atual Ponte Damiya). Essa uma reaonde, segundo os registros histricos, osdeslizamentos de terra bloquearam vriasvezes o curso do Jordo (cf. Js 3.16).

    As pesquisas de N. Glueck indicam que ha-via 35 reas de colonizao no vale do Jordodurante o perodo israelita. Na margem ori-ental, a norte do Udi el-Yabis, estavam lo-calizadas Jabes-Gileade (1 Sm 11) e Pela, a

    cidade para onde os cristos de Jerusalmfugiram no ano 70 d.C. Entre o Udi el-Yabise o rio Jaboque estava Sucote e Zaret (ouSart). As escavaes sugerem que essa lti-ma pode ser identificada com Tell es-

    Asidiyeh, onde objetos de metal encontrados

    iodem confirmar a descrio bblica desseugar como um centro de metalurgia (1 Rs

    7.46). Entretanto, Aharoni acredita que esseTell era Zafom (Jz 12.1). Na margem ociden-tal, alm da cidade-osis de Jeric, Herodeso Grande construiu ao norte algumas fortale-zas: Archelais, Phasaelis e Alexandrium.e. Mar Morto, Na Antiguidade, o mar Mortoera conhecido por diferentes nomes. No ATseu nome era mar de Sal (Gn 14.3), mardo oriente (Ez 47,18} e mar da Arab (Dt4.49). Os romanos davam-lhe o nome de marde Betume. O termo Mare Mortuum, ouMar Morto, foi usado no sculo II d.C. Paraos rabes seu nome era mar de L.O solo do mar Morto uma depresso dentrode outra depresso. O lugar mais profundodo mundo tem uma superfcie aproximada de

    420 metros (que tem variado um pouco de-pendendo do influxo ou do ndice de evapora-o) e seu ponto de maior profundidade temcerca de 430 metros abaixo da sua superfcie,Ele mede aproximadamente 80 quilmetrosde comprimento por 15 de largura. O terosul desse mar formado por uma baia rasade origem recente, eqja profundidade variade 5 a 12 metros, separada do principal cursode gua pela pennsula de calcrio argilosode Lisan (lngua) que se projeta da costaoriental. A gua contida entre a extremidadede Lisan e a costa ocidental tem uma largura

    de apenas 4 quilmetros e podia ser atraves-sada a p at o ano de 1846. Ramos secos dervores submersas ao sul dessa baa revelam

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    a terra; ele tambm o mais salgado. Porcausa do extremo calor, do rpido ndice deevaporao e da falta de chuvas nessa rea,suas guas contm uma concentrao de 25por cento de sal comum (ou sal de cozinha,que o cloreto de sdio), bromo, cloreto depotssio e clcio. Os peixes que vm do rioJordo morrem imediata mente.Os escarpados rochedos, especialmente dolado oriental, impedem a passagem para omar. Na margem noroeste, os monges ess-nios mantinham um mosteiro em Qumran,nas proximidades da fonte de Am Feshkha.Na margem ocidental, mais ao sul, estava oosis de En-Gedi, famoso por sua hena (Ct1.14) e plantas de opoblsamo. Na extremi-dade sudeste do mar existe uma montanhade sal conhecida como Jebel Usdum, popu-larmente associada ao destino da mulher de

    L (Gn 19.26). Acredita-se que os verdadei-ros locais de Sodoma e Gomorra estejam,agora, escondidos sob as guas rasas da re-gio sul desse mar. Os autores clssicos,Diodoro Siculus (ii. 48.7-9), Strabo (Geogra

    hy xvi, 2.42-44), Tcito (History v. 6.7) eJosefo (Wctrs iv. 8.4) descreveram runas vi-sveis de cidades incendiadas ao sul do marMorto daquela poca.f. Arab. A continuao da calha do rio Jor-do, ao sul do mar Morto, conhecida como

    Arab, uma palavra que tambm sinni-mo de terra deserta. O vale de Arab tem

    170 quilmetros de comprimento e cerca de5 a 15 quilmetros de largura. O solo dessevale eleva-se das profundezas da regio domar Morto at atingir uma altura de 250metros e, em seguida, desce at o nvel domar em Elate. A principal importncia des-se vale reside em seus depsitos de cobre.Os mais antigos trabalhos em cobre desco-bertos at hoje esto em Punon e Ir-nahasli,50 quilmetros ao sul do mar Morto e emTimna, 24 quilmetros ao norte do golfo deElate. Eziom-Geber, nas proximidades de

    Elate (1 Es 9.26), servia como porto para asmisses comerciais de Salomo na Arbia,na frica e possivelmente na ndia.4. Plat da Transjordna. A rea da Trans-

    jordnia corresponde a um planalto nas mon-tanhas, constitudo principalmente porcalcrio da era Cenomaniana e Senoniana, combasalto a leste e a nordeste do mar da Galilia,e com arenito da Nbia e rochas da era pr-cambriana em Edom. Em mdia, as elevaesda TVansiordnia alcanam maior altitude queaquelas da Cisjordnia. A elevao desse platcorresponde, em mdia, de 600 a 800 metros,

    com picos de mais de 1.000 metros em muitospontos, e atingem mais de 1.600 metros emEdom Uma sensvel diferena da Cisjordnia

    a. Bas. A regio de Bas, do AT, correspon-de ao plat norte do Jarmuque. Ela est lo-calizada a leste do mar da Galilia e esten-de-se para o norte at o p do monte Her-mom. Por causa da proximidade com Damas-co, essa regio tomou-se um constante cam-po de batalha entre a Sria e Israel. Esta uma rea de amplas plancies que se elevamentre 500 a 750 metros acima do nvel domar. Como seu basalto desintegrou-se emsolo frtil, e como as baixas colinas situadasdesde a Galilia at a regio ocidental per-mitiram que as chuvas penetrassem no in-terior, sens bem alimentados touros torna-ram-se proverbiais (Salmos 22.12; Am 4.1;Ez 39.18). Bas tambm serviu como umimportante silo para o Imprio Romano, Napoca de Herodes, a regio imediatamente anordeste do mar da Galilia era conhecida

    como Gaulanites (conhecida atualmentecomo Montanhas de Gol).b.

    Haur. Entre Bas e o deserto existe area de Haur, uma plancie que ocupa cer-ca de 80 quilmetros de comprimento por 30de largura, desprovida de vegetao. Na ex-tremidade oriental de Haur est a grandemassa vulcnica conhecida como monteBas, ou Jebel Druze, um local famoso porseus carvalhos (Salmos 68.15; Is 2.13; Ez27.6; Zc 11.2 ). Por causa de sua altitude, essarea tem um bom suprimento de gua, em-bora no inverno seja extremamente fria. A

    regio norte de Jebel Druze conhecida comoel-Leja (o refgio), pois nesse lugar os re-fugiados e os ladres podiam viver uma exis-tncia independente do controle de Damas-co, ao norte. No perodo do NT, a rea geralde Haur era conhecida como uranites e aregio de el-Leja, como Traconites. Essasduas reas, junto com Gaulanites e Batania,foram outorgadas a Herodes Filipe (Lc 3.1).c.

    Gileade. A regio ao sul do Jarmuque, aleste do Jordo e na mesma latitude deRabate-Amom (a moderna Am), mas, sem

    incluir essa ltima, era conhecida comoGileade. Trata-se de uma regio elevada, demontanhas desiguais que alcanam de 1.000a 1.300 metros de altitude. Ela cobre umarea de 60 quilmetros de comprimento por40 de largura, entre o Jordo e o deserto.

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    Parque das Antiguidades em Asquelom, umadas cidades da antiga Filstia-11$

    Geologicamente falando, a cpula de Gileade formada por calcrio ascendente da eraCenozica que foi fraturado pelo rio Jaboque.

    As divises dessa rea eram conhecidas comoGileade do Meio (ou metade de Gileade,Josu 12.3,5). Pelo fato de receberem de 600a 700 milmetros de chuva, elas eram e ain-da so densamente cobertas por florestas (2Sm 18.6,8; Jr 22.6). Seu blsamo era famosoe at mesmo proverbial (Jr 8.22; 46.11), e ascaravanas ismaelitas que levaram Jos parao Egito estavam transportando blsamo de

    Gileade (Gn 37.25).Gileade foi ocupada pela tribo israelita deGade, e pela meia tribo de Manasses, Nosmomentos de perigo, ela servia como um lu-gar de refgio, como por exemplo, para Davi,quando fugiu de Absalo (2 Sm 17.22). Du-rante o perodo do NT, a regio de Gileadeque estava limitada pelo rio Jordo era co-nhecida como Peria, e fez parte da jurisdi-o de Herodes Antipas, que tambm con-trolava a Galilia.d. Amom. O pequeno territrio de Amomestava centralizado em volta da cidade de

    Rabate-Amom e estendia-se em direo aooriente, mas sem alcanar a regio ociden-tal do Jordo at o perodo ps-exlico. Tra-ta-se de um plat elevado e frtil, emboramais rido que Gileade e com rvoresesparsas, Rabate-Amom est localizada emum ngulo ao sul do curso superior doJaboque, quase s margens do deserto. Essacidade dominava a Estrada do Rei e levavapara o norte, at Damasco.e.

    Moabe, Estava localizada na regio ao sulde Amom e Gileade, a leste do mar Morto eao norte do rio Zerede(Nm 21.11,12; Dt2.13),que corre at a extremidade sudeste do marMorto. E uma plancie elevada (600 a 800

    ) d l i d C i b

    largura no topo dos rochedos que se elevam a550 metros de altura acima do solo do rio.Quando os moabitas estavam fracos, o Ar-nom funcionava como sua fronteira ao norte(Nm 21.13,15). Mas quando estavam fortes,no existia nenhuma fronteira natural no

    norte entre Moabe e Amom, ou entre Moabee as possesses israelitas na Transjordnia.Os limites aproximados eram formados poruma linha que corria desde a extremidadenorte do mar Morto entre Hesbom e Medeba.

    A rea de Moabe, ao norte do Arnom, oMishor ou terra plana (Dt 3.10; 4.43) foidisputada durante sculos por Israel eMoabe, Mesa, o rei moabita (2 Rs 3,4), to-mou essa rea dos israelitas no sculo IXa.C., como ele prprio relata em suas impor-tantes inscries, conhecidas como a "PedraMoabita. As principais cidades de Moabe

    estavam localizadas na Estrada do Rei.Medeba no norte, Dibom, a capital de Mesa,e Aroer que guardava a estrada no ponto emque ela cruzava o Arnom (Js 12.2).Moabe, situada ao sul do Amom, era uma re-gio elevada que chegava a 1.300 metros dealtitude. Pouco se sabe a respeito de qualquercidade dessa rea exceto Quir-Haresete ouQuir de Moabe (2 Rs 3.25). Ela foi identificadacom a moderna Kerak, localizada em umamontanha rochosa, 1.100 metros acima do n-vel do mar e que contempla a extremidade suldo mar Morto a 18 quilmetros de distncia.f.

    Edom. A vasta rea ao sul de Moabe e domar Morto, e a leste de Arab ficou conheci-da desde a poca do rei Saul como Edom. Seunome, que significa vermelho, acompanhao vermelho do arenito da Nbia que toproeminente em sua regio ocidental. Devi-do sua altitude, suas encostas recebem umaadequada quantidade de chuvas no inverno.Portanto, Edom foi beneficiada com umadensa floresta de arbustos, que ainda per-manecia preservada at recentemente. Suamadeira era importante, pois era usada como

    combustvel nas fundies de cobre de Arab.Edom lutou contra Israel e Jud no s pelocontrole das minas de cobre e do porto deElate, como pelo controle da Estrada do Reique atravessava seu territrio, Amazias (2Rs 14.7) e seu filho Uzias (2 Rs 14.22) foramcapazes de conquistar a maior parte da reade Edom. Entretanto, Edom conseguiu du-rante a maior parte do tempo gozar de suaindependncia, pois confiava em suas bemdefendidas fortalezas. Foi esse feroz orgulhode Edom que o profeta Obadias condenou.Edom tinha algumas cidades notveis. Tem,

    nas proximidades de Petra, ficou famosa porsua sabedoria (Jr 49.7; cf. J 2,11). Bozra es-tava localizada entre Sela e Punom ao norte

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    transformado em Petra, a capital dos naba-teus. Depois da conquista de Jud pelosbabilnios no ano 587 a.C., os edomitas apro-veitaram-se da situao e mudaram-se paraa rea de Hebrom. Com as incurses dos ra-bes nabateus na regio de Petra, em aprox.300 a.C., os edomitas abandonaram toda aTransjordnia, e ocuparam a rea conhecidacomo Idumia, qne inclua o sul de Jud e aSefel. Herodes o Grande era idumen,

    III.III.III.III. O Clima da PalestinaO Clima da PalestinaO Clima da PalestinaO Clima da PalestinaA. Fatores meteorolgicosVrios fatores influem no clima caractersti-co da Palestina. O pas encontra-se entre alatitude 33 15 em D e 31 15 ao norte emBerseba, que a mesma latitude da regiodo extremo sul da Califrnia. Portanto, elaest localizada no limite norte da zonasubtropical. O mar Mediterrneo a oeste, eos desertos ao sul e a leste representam osprincipais fatores, assim como a grande vari-edade de caractersticas topogrficas. Pode-mos fazer as seguintes generalizaes regio-nais: ( l ) a temperatura diminui com a altu-ra, e aumenta com a profundidade abaixo donvel do mar; (2} os ndices de temperaturaaumentam quando nos afastamos da mode-radora influncia do mar; (3) a chuva tende adiminuir de norte a sul; (4) a chuva diminuido oeste para o leste; (5) a chuva aumentanas regies mais elevadas; (6) como os princi-

    pais ventos que trazem a umidade vm daregio oeste, a chuva precipita-se nas encos-tas dessa rea e deixa as encostas da regioleste apenas com uma leve sombra de chuva.1. Temperaturas (todos os nmeros citadosesto em graus Clsius). A brisa do mar exer-ce um efeito moderador sobre a costa, mas aumidade toma o vero sufocante nessa regio.

    As temperaturas mdia, mnima e mxima emHaifa no ms de janeiro so 7-13-18, e em agos-to 24-28-32. taramente neva no litoral duranteo inverno. Os ndices de temperatura emSamaria e nas colinas da Judia so muitomais elevados. As noites de vero so agrad-veis, mas as de inverno so frias e muitas ve-zes neva. As temperaturas mdia, mnima emxima em Jerusalm em janeiro so 5-8-12,e em agosto 18-24-30. No vale das calhas, astemperaturas so muito mais elevadas duran-te o ano todo, o que torna essa regio conforta-velmente quente no inverno, porm insupor-tvel no vero. A cidade de Jeric, que goza deuma variao entre 20a 28 em janeiro, serviucomo sede para o palcio de inverno deHerodes. Em julho, a temperatura mxima

    nessa cidade atinge 45.0 vero em Elate tam-bm trrido com temperaturas que variamentre 26 a 40. O plat da Transjordnia sofre

    Elseu (2 Rs 4.18-20; ef. Salmos 32.4). O reiJeoaquim sentou-se perante um braseiro emsua casa de inverno (Jr 36.22). Mesmo emabril era necessrio que os servos do sumosacerdote se aquecessem em volta de umbraseiro de carvo durante a noite (Jo 18.18).Os pobres sofriam com o frio porque no ti-nham roupas adequadas (J 24.7).2. Ventos. Durante o vero, a Palestina en-contra-se entre a baixa mono presente so-bre o golfo Prsico, e nma rea de alta pres-so no Atlntico. Portanto, ela goza continu-amente de ventos peridicos que sopram denorte a oeste e de um ensolarado e quase secovero, pois no existem correntes frontais dear frio encontrando-se com massas de arquente. No inverno, entretanto, o ar frio ma-rtimo, impulsionado desde o sul at a baciado Mediterrneo, encontra-se com as aque-

    cidas massas de ar tropical, produzindo umclima mido e tempestuoso (J 37.9).Uma tabulao parcial feita em Jerusalm,de maio a outubro, indica a freqncia devrios tipos de ventos, Da direo noroeste:78,8 dias; do oeste: 27,5 dias; e do norte:26,5 dias, Dnrante os meses chuvosos, ovento sopra do oeste e do sudoeste durante60,7 dias; e do noroeste, leste e sudeste du-rante 67,4 dias.a. Ventos do oeste. Durante o inverno, osventos que trazem a umidade do oeste e dosudeste provocam a precipitao de chuvas

    ao encontrarem uma regio com massas dear mais frias (1 Rs 18.44; Lc 12.54), Duran-te o vero, os ventos mais secos do noroesteencontram apenas uma regio com massasde ar quente, e no provocam a precipitaode chuvas. Entretanto, esses ventos realmen-te aliviam o calor do dia, pelo menos naCisjordnia. Os ventos que sopram do oesteatingem o plat da Transjordnia aproxima-damente s trs horas da tarde, depois doauge do calor do dia e at hoje so usadospara joeirar o trigo (Salmos 1.4).

    b.

    Ventos do norte. Esses ventos so relati-vamente raros e podem apresentar-se sobdois tipos. Principalmente em ontubro, nmyento frio e seco sopra sobre as barreiras da

    sia Central (Sir 43.20) e em maro nmaonda de ar polar sobre os Blcs pode pro-duzir chuvas pesadas (Pv 25.23).c.

    Ventos do sul e do leste. O escaldante ven-to do deserto (siroccOj kharnsin), vindo doleste, sudeste ou sul, era e ainda um fen-meno temvel. Ele sopra durante trs ouquatro dias durante a transio das estaes,entre a estao chuvosa e o vero, isto , na

    primavera, de abril at a metade de junho e,no outono, da metade de setembro at o fi-nal de outubro O vento srocco produz as

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    zindo a disposio das pessoas, debilitandoas energias e causando desidratao. O arfica repleto de uma fina poeira amareladaque cobre o sol e reduz a visibilidade. Os ven-tos srocco do vero so particularmente de-vastadores porque secam a vegetao do in-verno em poucas horas (Salmos 103.15,16;Is 40.6-8; Ez 17.10; 19.12; Os 13.15; cf. Jo4.8). As regies da Transjordnia, do Negue-be e do vale das calhas experimentam amaior fria desse tipo de vento, que conse-gue abater-se em correntes contnuas sobreas encostas a mais de 90 quilmetros porhora, destruindo os navios que se encontramdistantes da costa (Salmos 48.7; Ez 27.26).B. Precipitao1.

    Estao chuvosa. No se pode prever adata exata do incio da estao chuvosa, masgeralmente ela vai da metade de outubro at

    a metade de abril, com talvez um ou dois diasde chuva no ms de maio. Ela inclui os me-ses de inverno do hemisfrio norte, mas tal-vez seja mais duradoura que eles (cf. Ct 2,11).Durante essa estao, trs ou quatro dias deintensa chuva alternam-se com dias secosdurante os quais sopram os frios ventos dodeserto oriental.2.

    Chuvas precoces e tardias. A Bblia fazrepetidas referncias chuva tempor (deoutono1) e serdia (da primavera) emDeuteronmio 11.14; Jr 5.24; Joel 2.23, dan-do origem talvez impresso de que as chu-

    vas acontecem apenas no incio e no final daestao chuvosa. Na verdade, a maior in-tensidade de chuvas acontece em janeiro efevereiro, exatamente no meio dessa estao(Lv 26.4; Ed 10.9,13}. Essas chuvas iniciaise finais so muito enfatizadas por seremcruciais para a agricultura. A chuva que caino final de outubro prepara o terreno paraser lavrado e semeado.

    A chuva que cai em maro e abril necess-ria para fazer o gro crescer e produzir umaboa colheita (Os 6,3; Zc 10.1).

    3.

    Seca e chuvas fora de estao. Se as reasde alta presso sobre a Europa e o norte dasia esto ligadas s altas presses sobre africa e a Arbia, esse fenmeno impedirque as tempestades ciclnicas atravessem aregio de depresso baromtrica existenteno Mediterrneo. Nesse caso, as chuvas po-dem atrasar-se at o ms de dezembro, oualcanar em alguns anos apenas 50 a 75 porcento de sua mdia. Uma seca que durou trsanos e meio foi registrada na poca de El is eu(1 Rs 17.1; Lc 4.25; Tg 5.17; cf. Dt 28.23,24;1 Rs 8.35; Jr 14.3-6). Se as diferenas trmi-

    cas entre as massas de ar frio e quente noforem muito grandes, as nuvens sem chuvairo apenas pairar (Pv 25 14; Jd 12) Em

    indicado em Ams 4.7, existem considerveisdiferenas locais na distribuio das chuvas.

    A regio da Galilia recebe a maior quanti-dade, de 700 a 1.000 milmetros; a costa deHaifa recebe 600 milmetros; Tiberades, de400 a 450 milmetros; e Bete-Se, na calhado Jordo, apenas 300 milmetros. Os contra-fortes da Judia recebem de 400 a 550 mil-metros, e os ndices de Jerusalm variamentre 430 e 700 milmetros, com uma mdiade 630 milmetros. Jerico recebe uma mdiade 100 a 150 milmetros, mas no inverno ex-tremamente mido de 1944 houve um recor-de de 330 milmetros de chuva. A extremida-de sul do mar Morto recebe apenas 50 mil-metros de chuva, enquanto a regio da este-pe em torno de Berseba recebe entre 200 e300 milmetros. As reas ao sul, que recebemmenos de 100 a 200 milmetros so conside-

    radas desrticas, e o mesmo acontece almdo prprio Neguebe. Na Transjordnia. as ci-dades de Gileade e Bas recebem de 500 a700 milmetros, e Moabe cerca de 400 mil-metros. Am, qne est situada na zona da es-tepe, recebe apenas 330 milmetros.5, Orvalho. A seca do vero no causadapela falta de umidade, que na verdade duasvezes mais intensa nessa estao do que du-rante o resto do ano. A falta de tempestadesde vero resulta da ausncia de colises fron-tais entre as massas de ar quente e frio, Aumidade do vero manifesta-se no orvalho

    que condensa durante a noite com oesfriamento do solo. Em Gaza, com suas ex-tremas temperaturas, o orvalho pode formar-se em at 250 noites por ano. Na regio dacosta, o orvalho aparece em cinco ou seis noi-tes durante os meses de agosto e setembro,Gideo pde colher uma taa (ou tigela) cheiada gua do orvalho que estava sobre o veloque havia estendido (Jz 6.38). O orvalho vital para o crescimento das uvas durante overo (Zc8.12). Quando no dispunham nemsequer do orvalho, a seca era considerada

    calamitosa (2 Sm 1.21; 1 Rs 17.1; g 1.10).Seu valor pode ser visto nas numerosas com-paraes da graa e da bondade de Deus, coma bno do orvalho (Gn 27.28; Is 18.4; Os14.5; Mq 5.7; Sir 43.22). Quando o sol apare-ce, a umidade do orvalho eleva-se nos vales,como uma espessa nvoa (Os 13.3).6.

    Granizo e neve. Em contraste com o orva-lho que representa uma bno, o granizoque cai nas tempestades do inverno e da pri-mavera sempre uma calamidade. Ele des-

    enca das chuvas e destri os tenros ramosa vinha (Salmos 78.47; Is 28.2; 30.30; Ez

    13.11,13; Ag 2.17). Houve at ocasies em queas pedras de granizo eram suficientementegrandes para matar homens (Js 10 11)

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    t

    porque havia providenciado roupas quentespara a famlia (Pv 31,21).Na poca de Davi, Benaia matou um leo quehavia vindo do vale do Jordo em um memo-rvel dia em que nevou (2 Sm 23.20). Du-rante a revolta dos macabeus, uma pesada

    neve frustrou a invaso de Trifo (1 Macabeus13.22). Registros de Jerusalm que cobremum perodo de 22 anos mostram que houveoito anos sem neve, cinco anos com neve ape-nas em fevereiro, e os outros anos com pou-ca neve tambm nos outros meses. Uma ne-va sca muito forte acontece, aproximadamen-te, apenas uma vez a cada 15 anos. Em 1920,caram 730 milmetros de neve. Em 1968,pesadas camadas de neve quebraram os ra-mos de muitas rvores em Jerusalm. A neveque cai na Judia logo desaparece, enquan-to aquela que cai na Transjordnia perma-

    nece durante alguns dias. Jebel Druze fica.todos os anos, coberta de neve de janeiro amao. A neve do monte Hermom (Sirion) edas montanhas do Lbano eram um smboloda permanncia (Jr 18.14).7.

    Drenagem e fontes. Cerca de metade dagua que cai nas montanhas perde-se porevaporao. A maior parte dessa gua ra-pidamente drenada atravs do calcrio po-roso das eras Cenozica e Turoniana, e dagreda Senoniana, at alcanar o nvel dasrochas mais duras, e depois ela surge sobreo solo sob a forma de fontes. Embora a Pa-lestina no disponha de rios apropriadospara a irrigao como o Egito e a Mesopot-mia (Dt 8.7), ela conta com suas fontes. Tem-se calculado que existe uma mdia de novefontes por quilmetro quadrado na Galiliasuperior, sete a oito em Samaria, e duas outrs em Jud, Por causa da natureza especi-almente porosa da greda Senoniana do de-serto da Judia, surgem algumas fontesmuito abundantes em sua extremidade ori-ental, isto , Ain es-Sultan, em Jeric.

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