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Tradução

Degmar Ribas Júnior

Rio de Janeiro

Digitalizado Por

Editado Por

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1TRA  JAACA

 J JA *Yah(weh) JA *Yah(weh) JA *Yah(weh) JA *Yah(weh) Forma reduzida do nomesagrado de Jeová (YAHWEH). É encontradoem algumas versões em passagens poéticascomo nos Salmos 68.4 e 118.4, e em váriasoutras passagens onde, por exemplo, a ver-são KJV utiliza o termo SENHOR. (*N.R.: A expressão JA nada tem a ver com o advérbiode tempo |jáj da língua portuguesa). VejaDeus, Nomes e Títulos de; Senhor.

 AACÃ Um descendente de um clã nômadedos horeus (humanos) do monte Seir quemantinha sua identidade entre os edomitas.Ele era filho de Eser, chamado Jaacã em 1Crônicas 1.42 e Acã (q.v.) em Gênesis 36.27.

O nome também é escrito como Beerote-Benê-Jaacã ou Benê-Jacã em Deuteronô-mio 10.6, onde é revelado que os israelitashaviam permanecido na área dos poços(Beerote) dos “filhos de Jaacã”. Números33.31,32 registra que os israelitas monta-ram tendas em Benê-Jaacã (“filhos deaacã”). Deve ser notado que os horeus são

identificados com um povo culto conhecidocomo humanos, que migraram do sul parao norte da Mesopotâmia em torno de 2000a.

 

C., e depois se espalharam pela Síria ePalestina, de forma que na época de Moisés,os egípcios freqüentemente chamavam estaárea ae Kharu ou de Hurru.

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JAACOBA JAACOBA JAACOBA JAACOBA  JABEZJABEZJABEZJABEZ

 AACOBA Um descendente de Simeão (1Cr 4.36).

-JAAI.A, JAALAUm servo de Salomão cujosfilhos retomaram do exílio na Babilônia sobo comando de Zorobabel (Ed 2.56; Ne 7.58).

 AALAO Filho de Esaú com Oolibama, umamulher hevéia (Gn 36.5). Ele é mencionadocomo “príncipe” ou chefe (Gn 36.18).

 AARÉ-OREGIM Nome dado ao pai deElanã, um belemita que matou o irmão deGolias (2 Sm 21.19). O nome “Jaaré-Oregim”pode resultar de um escriba ter inserido apalavra ’oi*im  da linha seguinte do mesmo

 verso, já que o mesmo homem é também cha-mado de Jair (q.v.; 1 Cr 20.5).

 AARESLAS Filho de Jeroâo, e um chefe benjamita que vivia em Jerusalém (1 Cr8.27)

 

.

 AASA1 Também chamado de Jaasau. Eradescendente de Bani e um dos judeus queexpulsaram suas esposas estrangeiras sob ocomando do conselho liderado por Esdras (Ed10.37)  .

 AASIEL1.  Filho de Abner da tribo de Benjamim eum dos príncipes da tribo (1 Cr 27,21).2.   Jaasiel, o mezobaíta (1 Cr 11,47), um dos

poderosos de Davi. Algumas autoridadesidentificam os dois como uma só pessoa.

 AATE1.

 

Filho de Reaías, da tribo de Judá, e pai de Aumai e Laade (1 Cr 4.2).2.  Filho de Libni da família levítica de Gér-son (1 Cr 6.20,43). Na genealogia de 1 Cr23.7-  11, Jaate consta como filho de Simei (v.10)  , o segundo filho de Gérson (v. 7), mas apassagem não traz maiores detalhes.3.  Filho de Selomite da família levítica deIsar, designado por Davi para o serviço noTemplo (1 Cr 24.22).4.  Um levita da família de Merari, que foidesignado como um dos supervisores dos re-paros do Templo durante a reforma de Josias(2 Cr 34.12).

 AAZIAS Levita, filho ou descendente deMerari, na época de Davi (1 Cr 24.26,27). Háuma questão textual envolvendo esta pas-sagem; na LXX lê-se Ozeiá,  provavelmentesignificando Uzias.

 AAZIEL1  Músico levita que foi designado

por Davi para tocar um instrumento no epi-sódio do retomo da arca, após sua capturapelos filisteus (1 Cr 15.18). Ele também é cha-mado de Aziel (q.v., 1 Cr 15.20), e aparente-mente o mesmo homem é chamado de Jeiel(q.v., 1 Cr 16.5).

 AAZIEL2 1.  Um dos poderosos guerreiros benjamitasque abandonou Saul para se juntar a Daviem Ziclague (1 Cr 12.4).2.  Um sacerdote designado por Davi paratocar a trombeta diante da arca depois dela

ter sido trazida a Jerusalém (1 Cr 16.6).3.  O terceiro dos filhos de Hebrom, o levita,cujo nome é mencionado, e que foi designa-do por Davi para servir no Templo (1 Cr 23.19;24.23)  ,4.

 

Filho de Zacarias da família levita de Asafe. O Espírito do Senhor o inspirou a pro-fetizar a grande vitória de Deus em favor deosafá (2 Cr 20.14-17).

5.  Pai de Secanias, um comandante queretornou com Esdras juntamente com 300homens (Ed 8.5).

 ABAL Filho de Lameque e Ada, e aqueleque introduziu o modo de vida nômade. Tam-

 bém era criador de gado (Gn 4.20).

 ABES1.  Pai de Salum, que matou Zacharias, o reide Israel, e reinou em seu lugar (2 Rs15.10,13,14)  .2.  Uma forma reduzida de Jabes-Gileade(q.v.; 1 Sm 11.1,3,5,9,10; 31.12,13; 1 Cr10.12). 

 ABES-GILEADE Uma cidade em Gileade,

aproximadamente 16 qnilômetros a sudesteda antiga Bete-Seã, cerca de 3 quilômetrosa leste do rio Jordão. Glueck identificou olocal com Tell Abu Kharaz no Uádi Yabis, 3quilômetros a leste do Jordão. Israel logoferiu a cidade com a espada pelo fato de seuscidadãos não terem participado da guerracontra Benjamim (Jz 21.8-15). Mais tarde,Saul resgatou a cidade quando Naás, oamonita, ameaçou arrancar o olho direito doshomens quando eles renderam-se em trocade terem suas vidas poupadas (1 Sm 11.1-11)

 

. Depois da morte de Saul na batalha deGilboa, os filistens o decapitaram e pendu-raram o seu corpo na fortaleza de Bete-Seã,mas os homens de Jabes-Gileade, que esta-

 vam cerca de 15 quilômetros, recuperaramo corpo em um ousado ataque noturno e fi-zeram um enterro honroso com seus restosmortais (1 Sm 31.8-13). Davi enviou-lhesuma mensagem elogiando-os por seu ato (2Sm 2.4-7). Alguns entendem que, atravésdesta atitude, Davi estaria ganhando o apoiodestes homens para o seu reinado.

N. B. B,

 ABEZ1.

 

 Jabez era um descendente da tribo deudá, mas não pode ser relacionado com ne-

nhuma época ou família. Seu breve registroaparece como uma luz brilhante nas genea-logias das Crônicas, tornando-as mais cla-ras. Ele foi chamado de Jabez, um nome que

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JABEZJABEZJABEZJABEZ JACOJACOJACOJACO

Ruínas de um edifício público dos dias de

 Acabe na cidade de Hazor

transmite a seguinte mensagem: “porquan-to com dores o dei à luz”. Ele mantinha asua fé em Deus, buscava a sua bênção, e asua fé triunfou, pois “Deus lhe concedeu oque lhe tinha pedido” (1 Cr 4.9,10).2.

 

Uma cidade, aparentemente em Judá,onde habitavam as famílias dos escribas (1Cr 2,55).

 ABIMDe acordo com W. F. Albright (Yahtveh andthe Gods of Canaan,  Garden City. Double-day, 1968, p. 49, n. 99), este nome é umaabreviatura do longo Yabni-Hadad,  o nomedo rei de Hazor do século XVII a.C. É seme-lhante a Yabni-el,  nome de um príncipe deLaquis do século XIV a.C.1.  Rei de Hazor (q.v.) que fez uma aliançacom vários outros reis para lutar contra osisraelitas, mas que foi derrotado por Josué esuas forças nas proximidades das águas deMerom (q.v.). Após a batalha, Jabim foi as-sassinado e Hazor foi queimada (Js 11.1-14).

2. 

Um rei posterior de Hazor, possivelmenteum descendente do Jabim anterior. Ele opri-miu Israel por vinte anos, durante a épocados juizes. Suas forças, lideradas por Sísera,foram vencidas pelas forças israelitas sob ocomando de Baraque e Débora (Jz 4.1-24).O último nível da grande cidade cananita deHazor pode ser associado ao seu reino. Asescavações arqueológicas de Yigael Yadinindicam que ela foi destruída em aproxima-damente 1230 a.C.

F, 

D.H.

 ABNÉ Veja Jabneel 1.

 ABNEEL1. Uma cidade na fronteira noroeste de Judá(Js 15,11), 6 quilômetros em direção ao inte-rior a partir do mar Mediterrâneo, e 15 qui-lômetros a noroeste de Asdode. Provavelmen-te deva ser identificada como Jabné, umacidade fílistéia capturada por Uzias (2 Cr

26.6). Jabné era chamada de Jamnia nosperíodos grego e romano, e foi nesta cidadeque o Sinédrio foi novamente formado apósa destruição de Jerusalém em 70 d.C,, e ocânone das Escrituras Judaicas foi confirma-

do {aprox. 100 d.C,).2. Cidade de Naftali (Js 19.33), identificadapor alguns como a atual Kirbet Yamma,aprox. 10 quilômetros ao sul do Tiberíades.

 ABOQUF Um afluente leste do rio Jordãode aproximadamente 100 quilômetros de ex-tensão. É agora chamado de Nahr ez-Zerqadevido à aparência azul de suas águas. Elenasce nas proximidades da antiga Rabbath-

 Ammon, a capital amorita. Flui 30 quilôme-tros ou mais ao norte, gradualmente oscilan-do para o oeste, onde desce rapidamente ao

longo de uma garganta íngreme. Isto formauma corrente forte, especialmente na estaçãodas chuvas. Ao alcançar o vale do Jordão, fluipara o sudeste para aesaguar neste rio, qua-se 40 quilômetros ao norte do mar Morto.Era uma fronteira natural entre os reinosde Seom de Hesbom e Ogue de Basâ, antesda conquista de Canaâ, sob o comando deosué (Nm 21.24); e era a fronteira oeste dos

amonitas (Dt 3.16). Mais tarde, formou a fron-teira sul do território da tribo de Manasses(Dt 3.12-17).acó atravessou este rio com sua família,

antes de ali lutar de noite com o anjo que lhedeu o nome de Israel (Gn 32,22-29). Os isra-elitas podem ter nomeado o rio em memóriaa este acontecimento, pois o termo Jaboqueem hebraico é yabboq,  enquanto a expres-são “e lutou...” (Gn 32.24) é  way-ye'abeq, quecontém somente uma consoante adicional,um álefe silencioso.

N. B. B.

 ACA Um chefe gadita, provavelmente che-fe de uma família (1 Cr 5.13).

 ACA Veja Jaacâ. ACINTO Veja Jóias.

 ACÓ Em hebraico, o nome ya‘aqob  significa“apanhador de calcanhar", “malandro” ou“suplantador”. No sul da Arábia e na Etiópia, apalavra significa “que Deus proteja" e vem do

 verbo ‘aqaba,  “guardar”, “cuidar”, ou“proteger”.

 A raiz ‘aqab  é uma palavra semita geral queocorre nos nomes árabes pessoais, em inscri-ções acádias e aramaicas, assim como nos idio-

mas siríaeo e palmireno. O substantivo quesignifica “calcanhar” ocorre em hebraico{'aqeb),  aramaico, siríaeo, árabe, ugarítieo eacádio. O nome de Jacó era, assim, um antigomembro da onomástica do Oriente ao invés deum nome unicamente bíblico.1.  O patriarca. O filho gêmeo mais novo deIsaque e Rebeca; mais tarde chamado deIsrael.

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0 ribeiro de Jaboque, Richard E. Ward

  vida na Palestina  (Gn 25-27). O nasci-mento de Esaú e Jacó está registrado emGênesis 25.21-28. Isaque casou-se comRebeca quando tinha quarenta anos de ida-de (veja este belo episódio em Gn 24). Rebeca,assim como Sara (cf. Gn 11.30; 16.1,2), eraestéril. As orações de Isaque por sua esposaforam ouvidas e atendidas. Ela deu à luz doismeninos gêmeos, que lutaram no útero as-sim como a posteridade de suas nações fezna vida real (veja  no tema Esaú a históriadesta longa e amarga luta). Esaú, o primeiroa nascer, foi assim chamado porque era pe-ludo. O segundo foi chamado de Jacó porquesaiu do útero agarrado no calcanhar de seu

irmão. Os filhos gêmeos de Rebeca herda-ram suas principais características, Esaúherdou sua mente aberta; Jacó, sua astúcia.Esaú tornou-se um hábil caçador, um ho-mem do campo, a quem Isaque amava, por-que este seu filho lhe dava carne de caçapara comer. Em contraste, Jacó era calado,introspectivo, acomodado, um homem ínte-gro vivendo em tendas, amado por Rebeca,sua mãe.Deus prometeu a Abraão que através de suasemente, Isaque, faria deíe uma grande na-ção. Esta promessa foi renovada em Isaque.

 A questão era, através de qual semente, Jacóou Esaú? Esta luta resultou em um conflitodoméstico e forçou Jacó a viver sob constan-te tensão. Gênesis 25.23 declara que pela es-colha divina, Jacó seria o herdeiro da pro-

messa; mas dois eventos interessantes ocor-rem para implementar o propósito divino.O primeiro é a compra do direito de primoge-nitura de Esaú (Gn 25.29-34), Quando Esaú,o caçador, veio do campo faminto e de mãos

 vazias, desejou um pouco daquele guisado vermelho (Gn 25.30, lit.), um cozido que seuirmão pastor, Jacó, estava preparando. Emsua condição faminta, Esaú negociou o seudireito de primogenitura, Jacó insistiu emum juramento, considerado irrevogável (Gn25.33; cf. Js 9.19), Então, através de uma pro-

 vidência sagaz (como quem tira vantagem deuma forma injusta), Jacó adquiriu a reputa-ção de seu nome e ganhou o direito de pri-mogenitura, que a sua ordem de nascimentonão lhe dava. A intenção de Deus (Gn 25.23)

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JJJJAC AC AC AC   JAC

estava tomando-se realidade com a ajuda deacó, embora o Senhor a pudesse realizar de

uma forma diferente e sem a ajuda deste. Dequalquer forma, junto com a boa sorte deacó, sementes de hostilidade que trariam

grandes aborrecimentos futuros a Jacó fo-ram plantadas (Gn 27.41). As tábuas Nuzudescobertas a sudeste de Nínive em 1926revelam que na cultura prevalecente naMesopotâmia na primeira metade do segun-do milênio a.C., o direito de primogeniturapodia ser comprado e vendido. Veja  Primo-gênito; Nuzu.O segundo evento é o roubo da bênção daaliança (Gn 27.1-46), O já idoso ísaque, te-mendo a morte iminente (137 anos de idade- porém 43 anos antes de sua morte), ins-truiu Esaú para que preparasse para ele o

seu prato favorito, para que pudesse trans-mitir ao seu primogênito a bênção patriar-cal contida em sua alma (Gn 27.4). A medi-da que o inocente Esaú estava cumprindo asua tarefa, Jacó cooperou com o plano deRebeca a fim de tomar a bênção para si mes-mo. Com audácia e mentiras grosseiras, Jacóexecutou a fraude conforme havia sido esbo-çado por sua mãe (Gn 27.19,24). Jacó acres-centou blasfêmias chocantes (v. 20: “Porqueo Senhor, teu Deus, a mandou ao meu en-contro”). O fato patético da ocasião toma-seainda mais agravante devido à cegueira de

Ísaque. Tomado de suspeita e dúvida (a vozde Jacó, mas as mãos ae Esaú, 27.22), o paicego finalmente colocou sobre Jacó a sua

 bênção final, já no leito de morte (Gn 27.27-29; cf. 24.1-9; 49.1-33). Por ocasião do retor-no de Esaú, quando ísaque tomou conheci-mento do logro, a bênção não podia mais seralterada nem retirada (27.37,38). Então,nada mais do que uma triste sorte restavapara Esaú (27.39,40).

 A  vida em Harã  (Gn 28-30). Quando a tramatoda foi descoberta, Jacó foi enviado para

unto de seus parentes em Harã. Em sua viagem a partir de Berseba, Jacó, como umexaurido, cansado, e fugitivo pecador, pas-sou sua primeira noite nas proximidades doantigo santuário cananeu de Luz. Em uma

 visão noturna, Deus revelou-se a este pere-grino como o Deus de seu pai. Ele tambémrenovou a bênção da aliança (Gn 12.7; 13.14-17; 26.3-5), prometeu-lhe a terra, deu-lheuma missão universal e assegurou-lhe queteria a orientação divina e uma vida próspe-ra. Jacó respondeu com um voto pessoal echamou o local de Betei (q.v.).

acó chegou a Arã-Naaraim (Mesopotâmia)e a misericórdia do Senhor veio resgatá-lonovamente. Lá, conheceu Raquel, no poço, eeste foi um caso de amor à primeira vista.Ela, por sua vez, levou-o até à casa de seupai, Labão, que era tio dele, e o apresentou(Gn 29.10,11,18,20). O amor de Jacó por Ra-quel garantiu-lhe um emprego permanenteunto a Labão. Jacó trabalhou por sete anos

para tê-la como esposa. Na manhã seguinteà cerimônia de casamento, ele descobriu que,ao invés de ter se casado com Raquel, quetinha uma voz suave, havia se casado comLéia, que tinha uma enfermidade nos olhos.O engodo de Labão era equivalente à ira deacó, por isso, ele concordou em dar-lhe Ra-

quel após as festividades tradicionais de ca-samento que duravam uma semana, se esteo servisse por mais sete anos. Jacó trouxegrande prosperidade a seu sogro (Gn 30.30),e o astuto Labão sempre era capaz de reco-nhecer um bom negócio.

 A prosperidade de Jacó aumentou assim comosua família. Doze filhos nasceram a Jacó naMesopotâmia. Léia era mãe de Rúben,Simeão, Levi, Judá, Issacar, Zebulom, e deuma filha, Diná (Gn 29.31-35; 30.17-21). Da

criada de Léia, Zilpa, ele teve Gade e Aser(Gn 30.9-13). Da criada de Raquel, Bila, nas-ceram Dã e Naftali (Gn 29.31; 30.1,2; cf. 16.2;25.21; 30.3-8). Finalmente, Deus abriu amadre de Raquel e ela teve José, e mais tar-de, em Canaã, Benjamim (Gn 30.22-24; 35,16-18).

 preparação de Jacó para voltar para casa(Gn 31). Jacó desejava retomar à Palestina(Gn 30.25). Labão, percebendo que sua pros-peridade havia sido alcançada por causa deacó, o exortou a ficar (Gn 30.27), e Jacó con-

cordou sob uma condição (Gn 30.29ss.). Mas,

agora, o Senhor havia instruído Jacó para que voltasse para casa (Gn 31.3,11-13). Jacó fa-lou com suas esposas e as lembrou de que seupai Labão havia mudado seus ganhos “dez

 vezes" (Gn 31.4-7). Elas lhe asseguraram aaceitação de seus planos (vv, 14-16).Enquanto Labão estava pastoreando o seurebanho, Jacó com suas esposas, filhos, ser-

 vos e rebanhos partiram rumo à terra de seupai (Gn 31.17-20). Eles cruzaram o rio Eu-frates e seguiram em direção a Gileade. De-pois de três dias, Labão, ouvindo sobre a fuga,

os perseguiu durante sete dias, encontran-do-os na montanha de Gileade a, aproxima-damente, 650 quilômetros de Harã (w. 21-25). Irado, Labão levantou três acusações con-tra Jacó (w. 26-30): (1) que ele fugiu em se-gredo; (2) que sequestrou suas filhas; (3) e,que roubara seus ídolos do lar (terafim; cf.G.  E. Wright, Biblical Archaeology,  p. 44).acó contava com vinte anos de serviço ár-

duo e sofria a constante tentativa de Labãode defraudá-lo em seus ganhos. Depois demuitos discursos bombásticos, nos quais cadaum tentava sobrepujar o outro exagerando

nos erros cometidos pela outra parte, Labãosugeriu uma trégua, que foi marcada peloestabelecimento de uma coluna e um montede pedras, e que culminou em um banquetede aliança que durou a noite toda (w. 31-54).Na manhã seguinte, Labão retornou a Harãe Jacó viajou em direção ao sul.O  retorno  d Palestina  (Gn 32-33). Vinte anoshaviam se passado desde que Jacó havia en-

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ganado Isaque e roubado a bênção de Esaú.Quando Jacó aproximou-se da terra de seucoração, um grupo de anjos veio ao seu en-contro (32.1,2), assegurando-lhe mais uma

 vez a proteção de Deus para recebê-lo, dan-do-lhe as boas vindas por seu auspicioso re-torno. Passando pela parte rasa do ribeiro deaboque (q.v.) para proteger sua família de

Esaú, Jacó encontrou-se com “um varão” quelutou com ele até o romper do dia (v. 24).Embora estivesse com seu quadril ferido,acó foi bem-sucedido e ganhou, do varão

com quem lutou, uma bênção que mudou oseu nome de Jacó (“enganador”) para Israel(“o que luta com Deus”;  vejaIsrael). O estra-nho revelou sua verdadeira identidade aben-çoando Jacó e também mudando o seu nome- Ele era o próprio Eterno (cf. Gn 17.5; 35.9-

15; Is 65.15; Os 2.23; 12.3,4).O próximo obstáculo de Jacó era apaziguarseu ipiuriado irmão Esaú. O encontro de Jacóe Esaú está registrado em Gênesis 33.1-16.Temeroso de que a ira de Esaú ainda fosseintensa, Jacó enviara mensageiros para es-pionar os planos de Esaú, e estes relataramque Esaú estava marchando com 400 ho-mens armados. Então, Jacó, sendo ainda omais astuto, tinha a intenção de fazer as pa-zes com o seu irmão gêmeo e proteger a si eà sua família contra aquele possível ataque(Gn 32.3-8,13-21; 33.1-3). Além desta estra-tégia, ele havia orado (32.9-12) e feito seupedido ao Deus de Abraão e Isaque - Aqueleque combina os eventos passados (32.9), comas necessidades do presente (32.11), e as pro-messas do futuro (32.12). Em meio à confu-são das açóes humanas, Jacó reconheceu anecessidade da ajuda do Senhor. Ele não ga-nhou apenas a gjuda de Deus, mas tambémo coração de Esaú, apesar da presença deseus homens armados. Em uma cena degrande ternura, Jacó encontrou-se comEsaú, e a discórdia foi resolvida, pelo menos

temporariamente, com magnanimidade eafeição.Vivendo pela segunda vez na Palestina (Gn 33.17-

 

^5.5). Esaú foi a Seir e lá formou umanação (Gn 33.16; cf. o cumprimento da pro-messa de Gn 25.23; 27.39-40; 36,1-43). Jacópassou a residir em Canaã para assumir suaherança. Ele agora era de fato um patriarca.

 Após a partida de Esaú, Jacó permaneceu aleste do rio Jordão e acampou próximo aSucote; então foi para Siquém, onde comprouterras e reconstruiu um altar (Gn 33,17-20).Sob a ordem de Deus, foi para Betei e lá o

Senhor renovou as promesaas patriarcais(35.1-5). Jacó e sua caravana seguiram emdireção ao sul, e, durante sua jornada, aamada Raquel morreu no parto (durante onascimento de Benjamim) e foi sepultada nocaminho para Efrata (Belém, 35.16-20). Jacóuntou-se a Esaú em Manre (Hebrom) e, lá,sepultaram seu pai na caverna de Macpela,o sepulcro da família (35.27-29; 49.30,31).

Os anos posteriores de Jacó demonstraramas advertências de Moisés a Israel:"... porémsentireis o vosso pecado...”, ou ainda, comoem outras traduções, “podeis estar certos deque o vosso pecaao vos alcançará” (Nm 32.23).

 As provações domésticas seguiram Jacó até ofinal de sua vida. Primeiro, houve sérios con-flitos entre seus filhos tempestuosos, Simeâoe Levi, com os filhos de Hamor em Siquémdevido ao problema de Diná (Gn 34.1-31).Então, Débora (a ama de Rebeca), a confi-dente e conselheira da família, morreu e afamília inteira foi afetada (35.8). Raquel, ob-eto do amor profundo de Jacó, foi levada poucotempo depois (35.16ss.). “Rúben foi e deitou-se com Bila, concubina de seu pai; e Israelsoube-o” (35.22). José, seu filho predileto, foilevado e afastado dele; e o velho Jacó, já de

cabelos grisalhos, foi tomado pelo sofrimento(37.34ss.). Por fim, opatriarca já idoso foi for-çado a exilar-se no Egito para preservar suaprópria vida e a de sua família (46.3).Os anos finais de Jacó.  Estes anos no Egito(Gn 46.6-50.13) também fazem parte da his-tória de José (Gn 37—50). Veja José.Quando os sete anos de escassez e fome atin-

iram Canaã, Jacó e seus filhos foram para ogito. No caminho, em Berseba, ele foi asse-

gurado do favor de Deus (46.1-4). José fez ospreparativos para que Jacó e sua companhia

se estabelecessem na terra de Gosén, ondepermaneceu até sua morte. Com 130 anosde idade Jacó teve uma audiência com oParaó e o abençoou (47.7-10).

 Antes de morrer com a idade avançada de 147anos (47.28), Jacó concedeu a bênção patriar-cal aos filhos de José, Efraim e Manassés (48.8-20), e subsequentemente a seus próprios fi-lhos (49.1-33). A promessa de Deus a Jacó foicumprida. Em sua morte, os egípcios lhe pres-taram uma grande homenagem. Seus fuhoe,liderados por José, o primeiro ministro do Egi-to, levaram seu corpo de volta a Canaã, e osepultaram em Macpela com Abraão e Isaque(49.29-50.13; cf 25.9-10; 35.28-29), realizandoum desejo comum dos antigos, de serem en-terrados em sua terra natal (cf o Sinuhe egíp-cio, ANET, pp. 20ss.). Viya Era Patriarcal.acó é um típico exemplo da graça redentora

de Deus. Ele era comum, egoísta, intrigantee um trapaceiro impetuoso com capacidadepara os negócios. Mas, em seu coração, tinhatempo para Deus. Sua natureza era sensívelao toque do Senhor, e capaz de alcançar umgrande desenvolvimento. Ele tinha sonhos e

 visões; anjos o visitavam e ele orava. Jacódesejava os melhores dons; ele desenvolveuprincípios religiosos fixos; e, finalmente, tor-nou-se firme em seus hábitos. Mas a vida deacó era repleta de conflitos. A luta em sua

alma foi longa e violenta - mas a graça ven-ceu e por isso Jacó, o “enganador”, tomou-seIsrael, aquele “que luta com Deus”.O uso do termo “Jacó" nas Escrituras.  Onome “Jacó” é mencionado muitas vezes na

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JACJACJACJAC JAFEJAFEJAFEJAFE

Bíblia Sagrada. “Jacó” é retratado como umindivíduo marcado, como um filho favoreci-do (Ml 1.2; Rm 9.10-13), um herdeiro da pro-messa divina (cf. Hb 11.9), e um homem aben-çoado (Hb 11.20,21). Como o terceiro patri-arca notável, Jacó é freqüentemente ligadoa Abraão e Isaque. E assim, o nome do Deusdos três renoinados e célebres patriarcas éEl Shaddai (Ex 6.3) e Yahweh (Ex 3.6,15),aquele que é fiel à sua aliança (Ex 2.24; 32.13;Dt 29.12), e aquele que se compadece de Is-rael (2 Rs 13,23). Os patriarcas judeus habi-tam com Ele (Mc 12,26,27), e sentam-se àsua mesa, em seu reino celestial (Mt 8.11).O portador do nome da nação de Israel, Jacó,aparece freqüentemente nas Escrituras. Is-rael é a “casa de Jacó” (Lc 1.33); o seu Deus éo “Rei de Jacó” (Is 41.21); o Templo do Se-

nhor Deus é a habitação do Deus de Jacó (At7.46). Afigura de Jacó (Israel) é compendia-da no título “servo do Senhor” (Is 41.8;44.1,2,21; 48.20; 49.3), de quem o Messiasera o cumprimento (Is 42.1-7; 49.1-10; 50.4-9; 52.13-53.12; Mt 8.17; 12.15-21; Mc 10.45;Lc 2.30-32; At 3.13,26; 4.27,30; 8.30-35; 1 Pe2,21-25).

 Vejo Servo do Senhor.

Bibliografia.  S. R, Driver, The Book oGenesis, Westminster Commentaries, 9a  ed.,Londres. Methuen Co., Ltd., 1913, pp. 244-

401. L. Hicks, “Jacob (Israel)”, IDB, II, 782-787. William S, Lasor, Great Personalities otke Old Testament,  Nova York. Revell, 1959,pp. 31,39. A. R. Millard, "Jacob”, NBD, pp.593-596. John Muílenberg, “The birth of Benjamin”, JBL, LXXV (1956), 194-200.Martin Noth, The History of Israel,  Nova

 York. Harper, 1958, pp, 1-7, 53-84, 120-126.G.

 

E. Wright, Bíblieal Archaeology,  Filadél-fia. Westminster, 1951, pp. 40-68.

2.  O pai de José. O nome do pai de José,marido de Maria, de acordo com a genealo-

gia de Cristo em Mt 1.15-16. D. W.D,

 JADA JADA JADA JADA Um jerameelita, filho de Onã (1 Cr2.28,32).

 JADAI JADAI JADAI JADAI1111  Filho de Nebo, e um dos que foramcompelidos por Esdras a deixar sua esposaestrangeira (Ed 10.43),

 JADAI JADAI JADAI JADAI3333  Uma das esposas de Calebe, ou (maisprovavelmente) um descendente de Calebecujos seis filhos foram listados em 1 Cr 2.47.

 ADIEL Um líder da meia tribo de Manassesa leste do Jordão (1 Cr 5.24). Ele é menciona-do como um dos “homens valentes”, ou "guer-reiros valentes”, e o líder de nma família,

 JADOM JADOM JADOM JADOM Um meronotita que trabalhou comMelatias, o gibeonita, e os homens de Gibeào

e de Mispa na reparação do muro de Jerusa-lém durante a época de Neemias (Ne 3.7).

 JADUA  JADUA  JADUA  JADUA1.  Um dos chefes do povo que selou a aliançade Neemias, comprometendo-se a manter a

lei (Ne 10.21).2.  Filho de Jônatas e o último dos sumos sa-cerdotes mencionados no Antigo Testamento(Ne 12.11,22), De acordo com os papirosElefantine, escritos na última década do sé-culo V a.C, o sumo sacerdote em 400 a.C eraônatas (Joana), o pai de Jadua. Josefo disse

( Ant. xí. 8. 3-6) que Jadua era o sumo sacer-dote quando Alexandre o Grande foi a Jeru-salém em 332 a.C. Embora isto tenha sido

ossível caso Jadua tenha vivido aproxima-amente 100 anos, é mais provável que este

seja um outro sacerdote com o mesmo nome. JAEL JAEL JAEL JAEL  A esposa de Héber, o queneu, na épo-ca dos juizes (aejo Héber). Os queneus erammidianitas da família da qual Moisés tomouuma esposa para si. Ho Babe, cunhado deMoisés, chegou à terra prometida com Is-rael, e seus descendentes ainda viviam lá,Na batalha entre Hazor e as tribos do norte,Héber, o queneu, não era considerado porabim, rei de Hazor, como um dos inimigos

de Israel. E assim, Sísera, o general deabim, fugindo da sua derrota desastrosa

pelas mãos de Baraque, sentiu-se seguro to-mando certa distância para descanso e refú-gio na tenda de Héber. Jael, tendo dado as

 boas vindas e descanso a Sísera, ficou deguarda na porta da tenda até que o homem,exausto, adormeceu. Então, ela tomou umaestaca da tenda e um martelo e, com algunsgolpes vigorosos, matou o guerreiro adorme-cido. Quando os israelitas perseguidores che-garam, Jael os levou ao seu inimigo derrota-do. Ela foi homenageada, segundo a profe-cia de Débora, como a verdadeira heroína da

 batalha (Jz 4.11-5.31).

P.C. J. JAERA JAERA JAERA JAERA Um descendente do rei Saul atra- vés de Jônatas (1 Cr 9.42). Ao invés destenome, o texto em 1 Crônicas 8.36 traz o nomeeoada (q.v.).

 JAEÉ JAEÉ JAEÉ JAEÉ O terceiro filho de Noé (Gn 10.1), paide cerca de catorze nações que formam afamília indo-germânica, oue original mentehabitava o Cáncaso, espalhando-se pelo les-te e pelo oeste. Seus descendentes forma-ram as civilizações dos medos,e persas, pro-

duziram os jônios do oeste da Ásia Menor, oscapadócios (inclusive os heteus), os cimérios,os citas e os reinos das ilhas do mar Egeu. Naépoca do dilúvio ele estava casado, mas nãotinha filhos.Quando seu pai, Noé, embriagou-se, Jafé ten-tou protegê-lo. Por isto foi abençoado por seupai, que declarou: “habite nas tendas de Sem”.

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JAFJAFJAFJAF JANELA ou GRADEJANELA ou GRADEJANELA ou GRADEJANELA ou GRADE

Isto significava: “encontre proteção e liberta-ção” (Gn 9.27). A bênção de Noé incluía osseguintes pontos: o evangelho, revelado edesenvolvido no mundo judaico, foi escrito emgrego e pregado aos gentios por Paulo, osemita. O evangelho chegou primeiro à Ásia

Menor e depois à Macedônia (cf. At 16.9),Grécia, e finalmente a Roma, e depois a todoo mundo oriental, trazendo um incontávelnúmero de homens e mulheres do povo deafé para as “tendas de Sem”. Assim como a

maldição de Cam, a bênção de Jafé era essen-cialmente religiosa.

H.  G. S

 AFIA1.

 

Rei amorreu de Laquis que se uniu a qua-tro outros reis para fazer oposição a Josué.Eles foram completamente dominados na

 batalha de Gibeão, e mortos após terem ten-tado eseondeT-se em uma cova em Maqnedã(Js 10),2.  Uma cidade na fronteira sudeste do terri-tório de Zebnlom. Tem sido localizada comoa atual Jafa, dois quilômetros e meio a su-deste de Nazaré (Js 19.12).3.  Um dos filhos de Davi nascido em Jerusa-lém; o nome de sua mâe não é mencionado(2 Sm 5.15; 1 Cr 3.7; 14.6).

 AFLETE Um membro da tribo de Aser eda família de Héber (1 Cr 7.32-33).

 AFLETITAS Os descendentes de um cer-to Jaflete; aparentemente não o mesmoaserita mencionado acima. A área de Jafleteé mencionada ao se declarar as fronteirasdos filhos de José. Os jafletitas viviam emuma área a leste de Gezer (Js 16.3).

 AFO Tradução de Jope em Josué 19.46.Pertencia aos filisteus e estava localizada nacosta do mar Mediterrâneo, fazendo frontei-ra com o território dos danitas. Veja Jope.

 AGUR Uma cidade na parte sudeste dendá, nas proximidades da fronteira de Edom

(Js 15.21). O local é desconhecido; de qual-quer forma, pode ser Gur-Baal, a atual TellGhurr, 13 quilômetros a leste de Berseba.

 AIR1.  Filho de Segube, que era da tribo de Ma-nassés por parte de sua mâe, e da tribo deudá por parte de seu pai. Durante a con-

quista da Palestina, Gileade foi dada a Ma-nassés, e Jair ganhou por si inúmeras al-deias na planície de Argobe que se torna-ram conhecidas como Havote-Jair, “aldeiasde Jair” (Nm 32.41; Dt 3.14; 1 Rs 4.13; 1 Cr2.22), 2.  O gileadita que foi o oitavo juiz de Israel edescendente da pessoa mencionada no item 1acima. Embora tenha julgado Israel durante22 anos, nada é conhecido a seu respeito,

exceto que tinha trinta filhos e as trinta cida-des conhecidas como Havote-Jair (Jz 10.3-5).3.

 

Filho de Simei e pai de Mardoqueu, oguardião de Ester (Et 2.5).4.  Pai de Elanâ que assassinou Lami, irmãode Golias (1 Cr 20.5).

 AIRITA Veja Ira.

 AIRO Nome de um dos principais de umasinagoga (Mc 5.22; Lc 8.41), provavelmenteem Cafarnaum. Sua filha foi ressuscitadapelo Senhor Jesus.

 ALEEL, JALEELITAS O terceiro filho deZebulom e fundador da família tribal dosaleelitas (Gn 46.14; Nm 26.26).

 ALOM Descendente de Calebe, o espia, efilho de Ezra (1 Cr 4.17). Este Ezra é chama-do de Esdras em algumas versões.

 AMAI Listado como neto de Issacar e filhode Tola (1 Cr 7.2).

 AMBRES Veja Janes e Jambres.

 AMIM1.  Um filho de Simeão, o segundo filho deacó (Gn 46.10; Ex 6,15; 1 Cr 4.24). Ele foi o

fundador de uma família tribal chamadaaminitas (Nm 26.12).2.

 

Um membro da tribo de Judá e da família

de Jerameel (1 Cr 2.27).3. 

Um dos levitas que, sob a supervisão deEsdras, leu a lei para o povo e o ajudou acompreendê-la (Ne 8.7).

 ANAI ou JANNA1.

 

Um ancestral de Jesus (Lc 3.24).2.  Um chefe da tribo de Gade (1 Cr 5.12).

 ANELA Veja Casa; Janela ou Grade.

 ANELA ou GRADE Tradução de váriaspalavras do AT.1.   Apalavra hebraica ’eshnab_,  “armação”,

“cai- xilho” (Jz 5,28; Pv 7.6), denotando uma pe-quena janela através da qual podemos olharsem sermos vistos.2.   A palavra hebraica harakkim,  “grade” (Ct2,9), significa a abertura da janela que facili-tava a visão.3.   A palavra hebraica $e baka,  “grade” (2 Rs1.2), tem o sentido de uma rede como orna-mentos sobre pilares (1 Rs 7.17), ou de umarede ou armadilha para animais (Jó 18.8).

 Veja Trabalho em Xadrez.4.

 

 A palavra hebraica xtrubba,  “janela”, signi-fica a abertura de uma janela para ventilar afumaça (Os 13.3), as aberturas de um pombal(Is 60.8), ou as janelas do céu em uma tem-pestade destruidora (Gn 7.11; Ml 3.10).5.

 

 A palavra hebraica hallon,  “janela” (Gn8.6; Js 2.15; 1 Sm 19.12; J12.9; 1 Rs 6.4 etc.),

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JANELA ou GRADEJANELA ou GRADEJANELA ou GRADEJANELA ou GRADE JAQUIMJAQUIMJAQUIMJAQUIM

Os piiares Jaquim e Boaz diante deste modelo

do Templo de Salomão no Lebanonorama, nasproximidades de Beirute- HFV

é a palavra comum para uma janela na pare-de externa de um edifício, suficientementelarga para dar passagem a um homem.Ruínas arqueológicas mostram, muitas ve-zes, janelas recuadas com grades de barrascruzadas ou simplesmente barras verticais(veja ANEP #131). Devemos nos lembrar deque as janelas de vidro eram desconhecidasna época da Bíblia Sagrada, e que, devido às

temperaturas do Mediterrâneo, nào seriamnecessárias. Veja Casa.H.  G.S.

 ANES E JAMBRES Estes são citados porPaulo como os dois mágicos egípcios que opu-seram-se a Moisés (2 Im 3.3). A referência éaos incidentes descritos em Êxodo 7.11,12;8.7,18,19; 9.11, onde os nomes dos mágicosnào são citados, nem tampouco de quantaspessoas se tratava. Estes dois nomes apare-cem sob várias formas no Talmude, no

Targum e nos escritos rabínicos. Uma vez queem 2 Timóteo e na literatura da comunidadede Qumran eles são referidos como já conhe-cidos, parece que algum apócrifo judeu relati-

 vo à história deles estava em circulação noséculo I a.C. Esta, ou uma versão cristã dela,era conhecida no início dos séculos cristãos.Certas referências de Orígenes e na lei deGelásio apontam para a existência de um es-crito não canônico descrevendo e condenan-do suas atividades. A tradição cristã é larga-mente dependente de 2 Timóteo, e tem usadoos dois mágicos como símbolo das artimanhas

satânicas e da oposição à verdade.  J. A, R.

 ANGADA A jangada era semelhante a uma balsa. Era formada por troncos de cedroamarrados juntos (1 Rs 5.9).

 ANGADA ou RALSA No texto em 1 Reis5.9 em algumas versões, a palavra ‘janga-da5’ aparece como uma tradução do termo

heb. dobrot,  A versão Berkeley em inglêstraz o termo “flutuador" e esta é de fato umapossível tradução. Outras versões traduzi-ram o termo  rapsodot  como ‘jangadas” em2 Crônicas 2.16. Como nenhuma palavra he-

 braica aparece em outro contexto, é difícil en- xergar alguma diferença entre estes termos. Ambos referem-se a uma certa quantidadede toras de cedro provavelmente amarradasde algum modo com cordas, as quais eramtransportadas flutuando na água por Hirãode Tiro, que as enviava a Salomão. Não existeum exemplo claro da palavra jangada no ATno sentido de transporte aquático.

 ANIM Uma cidade na colina do distrito deHebrom, n§s proximidades de Bete-Tapua(Js 15.53). É possível identificá-la com a mo-

derna Beni Na‘im. ANLEQUE Descendente de Simeão e umpríncipe entre o seu povo (1 Cr 4.34,38).

 ANOA1.  Uma cidade na parte norte de Naftali,próxima a Quedes. Foi tomada por Tiglate-Pileser III da Assíria na época de Peca, rei deIsrael (2 Rs 15.29). A sua localização exata éincerta.2.  Uma cidade fronteiriça em Efraim (Js16.6,7)

 

, Deve ser identificada como Khirbet

 Yanun, cerca de 10 quilômetros a sudeste deSiquém.

 ANTAR Veja Alimentos: Banquete.

 AQUE Pai de Agur, autor das expressõesregistradas em Provérbios 30.1 (veja v.l).

 AQUIM1 1.  Filho de Simeão, filho de Jacó, que foi aoEgito quando Jacó migrou para lá e tornou-se o fupdador da família dos jaquinitas (Gn46.10; Ex 6.15; Nm 26.12). Chamado de Jaribe(q.v.) em 1 Crônicas 4.24.

2, 

 Jaquim e Boaz (q.v.) eram nomes dados aduas enormes colunas de bronze indepen-dentes que ficavam diante do Templo de Sa-lomão (1 Rs 7.15-22; 2 Cr 3.17). Tais pilaresgêmeos e independentes eram uma carac-terística comum dos antigos Templos da

 Assíria ao longo da área Mediterrânea, comopode ser visto nas ruínas arquitetônicas, emmoldes de argila, e por representações emmoedas e selos. Cada nome pode ser a pri-meira palavra de uma promessa de Deusnelas escrita; por exemplo, “Yahweh esta-

 belecerá  \yakin]  o teu trono para sempre”,e “O rei se alegra em tua força [ b‘az], Se-nhor” (cf. SI 21.1; R, B. Y. Scott, JBL, LVIII[1939J, 143ss.; P. Garber, BA, XIV [1951],8). Os imensos pilares e seus capitéis orna-mentados (capitel, q.v.) tinham cerca de 11,5metros de altura e 6 metros de diâmetro.Os capitéis eram cobertos com esculturas

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JAQUIMJAQUIMJAQUIMJAQUIM JASAR, LIVRO DEJASAR, LIVRO DEJASAR, LIVRO DEJASAR, LIVRO DE

em forma de lírios, abaixo dos quais haviauma faixa com duas fileiras de romãs orna-mentais (1 Rs 7.17-22).Com base em recentes estudos arqueológi-cos, Albright sugere que estes eram alta-res de fogo gigantes, como grandes tochasque ficavam diante do Templo de Deus, lem-

 brando o povo da coluna de fogo e da nu- vem que conduziu o„s seus antepassadosatravés do deserto (Ex 13.2 lss.; Albright, rchaeology and the religion of Israel,  pp.

144-148). Yeivin argumenta que a formade “botão de punho de espada” dos capitéisproibia seu uso como lamparinas gigantes,e acredita que os pilares significavam queDeus estava presente em sua habitaçãosagrada (S. Yeivin, PEQ, XCI [1959], 6-22).Veja Templo,3.

 

Um sacerdote que morou em Jerusalémapós o retorno do cativeiro (1 Cr 9,10; Ne11.10)

 

.... 4.

 

Chefe do vigésimo primeiro turno de sa-cerdotes designado por Davi (1 Cr 24.17).

P. C. J.

 AQUIM1 1.  Filho de Simei, um benjamita (1 Cr 8.19),2.  Um sacerdote e descendente de Arão. Suafamília fazia parte do 12° dentre os 24 turnosentre os quais Davi dividiu os sacerdotes (1Cr 24.12).

 ARAUm escravo egípcio a quem o seu se-

nhor, Sesã de Judá, não tendo um filho vivo,deu sua filha como esposa (1 Cr 2.34,35; cf, v. 31). Sesã deve ter primeiramente adotado

ara legalmente devido aos costumes reve-lados nas tábuas de Nuzu (q.v.).

 ARDIM Veja Plantas: Jardim.

 ARDIM DO ÉDEN Veja Éden.

 ARDIM DO REI Veja  Jerusalém: Portase Torres 10.

 ARDINEIRO VVja.Ocupações.

 AREBE Nome, ou epíteto, de um rei assírioque recebeu tributos de Israel (Os 5.13; 10.6).Não é seguro ser dogmático sobre o texto eseu significado. Mas, se considerarmos o tex-to atual, deveremos entender Jarebe comoum apelido dado por Oséias ao rei assírio,que indicava o amor que este rei tinha pelosconflitos. Então, a expressão “rei Jarebe”, éequivalente a “rei guerreiro”, ou “rei luta-dor”. Há versões que traduzem esta expres-são como “poderoso rei”. As evidências lin-guísticas e históricas da atualidade são con-

trárias à idéia de que Jarebe seja um nomeapropriado para um monarca assírio.

 AREDE Um patriarca que viveu antes dodilúvio, e que pertencia à linhagem de Sete.

Ele era filho de Maalalel e pai de Enoque(Gn 5.15-20; Lc 3.37). Seu nome tambémaparece em 1 Crônicas 1,2.

 ARIBE1.  Filho de Simeào e fundador de uma famíliatribal (1 Cr 4.24). Ele é chamado de Jaquim

(q.v.) em Gênesis 46.10; Êxodo 6.15; Núme-ros 26.12.2.  Um dos líderes que ajudou Esdras a colo-car os ministros do Templo em segurançaantes do retorno à Palestina (Ed 8.16).3.  Um sacerdote que havia se casado comuma mulher estrangeira, e que foi compeli-do por Esdras a despedi-la (Ed 10.18).

 ARMUTE1.  Uma cidade dos cananeus na Sefelá cujorei foi derrotado, capturado, e morto porosué (Js 10.3,5,23; 12.11). Depois de domi-

nada, a cidade foi designada a Judá (Js15.35) e foi habitada depois do cativeiro (Ne11,29). É identificada com a atual Khirbet

 Yarmuk, cerca de 13 quilômetros ao nortede Beit Jibrin e 28 quilômetros a sudeste deerusalém.

2.  Uma cidade de Issacar que foi dada aoslevitas gersonitas (Js 21.29), Corresponde aRamote (1 Cr 6,73) e a Remete (Js 19.21), A sua localização exata é desconhecida.

 AROA Um descendente de Gade atravésde Buz (1 Cr 5.14).

 ARRETE, JARRETAR Na pata posteriorde um quadrúpede, é a junta entre o joelho eo machinho. O verbo significa “cortar o ten-dão do jarrete de um animal”, dessa formaaleijando-o permanente mente. A palavra“jarretar” aparece em Josué 11.6,9; 2 Samuel8.4 e 1 Crônicas 18.4. Há versões que trazemo termo “jarretaram” em Gênesis 49.6, en-quanto outras apresentam a expressão “ar-rebataram bois”.

 ASAR, LIVRO DE O livro de Jasar (lit., “Li-

 vro dos Justos” ou “Livro do Reto”) pertence auma antiga coleção de canções nacionais, ago-ra perdidas, das quais os escritores bíblicostiraram uma parte de seu material (veja tam- bém  Guerras do Senhor, Livro das). Há duasreferências conhecidas sobre Jasar na Bíblia:osué 10.12,13 (o evento em que o sol e a lua

pararam sobre Gibeão), e 2 Samuel 1.17-27(o lamento de Davi sobre Saul). Um terceirosuposto extrato aparece em 1 Reis 8.12,13.Outras passagens podem ser Êxodo 15.lss.;Números 21.17ss.; Números 21.27-30. Se adata assumida estiver correta, o material deste

livro é muito antigo. Como uma coleção, en-tretanto, é provável que ele date do períodoentre 1000 e 800 a.C. Um outro ponto de vistarelaciona o Livro de Jasar à Era Heróica doleste do Mediterrâneo (séculos XV a X a.C.).Seus cânticos devem ter sido usados como

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JASAR, LIVRO DEJASAR, LIVRO DEJASAR, LIVRO DEJASAR, LIVRO DE JAZA JAZA JAZA JAZA 

arte do treinamento müítar. O texto em 2amuei 1.18 podería ser: “Ele os instruín paraque treinassem os filhos de Judá no uso doarco. O poema para este treinamento estáescrito no Livro de Jasar” (R. K. Harríson,

IOT, Grand Rapids. Eerdmans, 1969, p. 670).R. A.M.

 ASÉM Pai de um dos valentes de Davi (2Sm 23.32). Na lista paralela em 1 Crônicas11.  34, ele aparece como Hasém, ogizoníta.Veja Hasém.

 ASIEL Veja Jaasiel.

 ASOBEÃO1.  Filho de Zabdiel, o hacmonita, chefe dostrinta valentes de Davi. Era conhecido como

um grande guerreiro que lutou com sua lan-ça contra 300 homens de uma só vez e matoua todos (1 Cr 11.11). Ele pode também ter sidoum dos três heróis, cujos nomes não forammencionados, que romperam as barreiras emBelém para levar a Davi água do poço da cida-de (1 Cr 11.15-19). Quando o rei Davi organi-zou o seu exército, Jasobeão era o chefe deuma unidade do exército que tinha 24,000 ho-mens em serviço no primeiro mês (1 Cr 27.2,3).O texto hebraico paralelo em 2 Samuel 23.8é muito obscuro, mas parece referir-se aomesmo homem. Há versões (como por exem-plo, a RSV em inglês) que o traduzem comoosebe-B asse bete, o taquemonita que ma-

tou “oitocentos'’ homens. Alguns equívocosdos escribas ao receberem as informaçõeshistóricas têm confundido o texto. Na passa-gem em 1 Crônicas 11.11, alguns manuscri-tos da Septuaginta (LXX) citam seu nomecomo Isbaal, que possivelmente era a formaoriginal. Veja  também Hacmoni; Josebe-Bassebete.2.  Um guerreiro que se uniu a Davi emZielague; da família levítica de Corá(l Cr 12.6),

residindo em território benjamita (v. 2). Tal- vez ele seja a mesma pessoa citada acima.P. C. J.

 ASOM Um morador de Tessalônica quehospedou Paulo e Silas. Como conseqüênda,os cidadãos atacaram sua casa e o lançaramna prisão por não terem encontrado seushóspedes. Mais tarde Jasom foi solto (At17.5-9).O Jasom que enviou saudações em Roma-nos 16.21 era um parente ou um compatrio-ta de Paulo, isto é, um judeu. Se este for o

mesmo indivíduo mencionado em Atos 17.5-9, podemos concluir que Jasom tinha entãose mudado para Corinto.

 ASPE Veja Jóias.

 ASUBE1.

 

Um dos quatro filhos de Issacar e o funda-dor de uma família tribal chamada jasubitas

(Nm 26.24; 1 Cr 7.1). Ele é chamado de JSem Gn 46.13.2.  Um filho de Baní, que depois de retornardo exílio foi persuadido por Esdras a despe-dir a sua esposa estrangeira (Ed 10.29).

3. 

Em Isaías 7.3, este termo é parte do nomeSear-Jasube.

 ASUBE-LEÉM Um membro da família deSala, e da tribo de Judá (1 Cr 4.22). Algu-mas versões trazem o texto: “ficaram mo-rando em Belém”.

 ATIR Uma cidade levítica nas montanhasdo snl de Judá (Js 15.48; 21.14; 1 Cr 6.57).Era uma das cidades com as quais Davi com-partilhou o espólio quando chegou a Zielague(1 Sm 30.26,27). O local é identificado comoKhirbet ‘Attir, cerca de 20 quilômetros asudeste de Hebrom.

 ATNIEL O quarto filho de Meselemias, dacasa de Corá (1 Cr 26.2). Ele era um portei-ro do Templo.

 AVA Este nome refere-se a um dos descen-dentes de Jafé (Gn 10.2; 1 Cr 1.5), de quem opovo da terra da costa originou-se (Gn 10.5),do noroeste da alta Mesopotâmia e da Síria(veja  nações). O termo heb. ya wan  aparececomo yamanu  nas inscrições cuneiformes deSargão II da Assíria e de Dario I da Pérsia, e

está sem dúvida relacionado aos iaones(jônios) da Híada de Homero (xiii.685). Háreferências aos jônios nos registros egípciosda época de Ramsés II (aprox. 1300 a.C.). A conexão de Javâ (Grécia) com o mercado deescravos (cf. Ez 27.13; Joel 3,6) talvez sejailustrada por uma inscrição sul-arábica quetraz Yumm  como um dos países nos quais asfreqüentadoras femininas do Templo eramprotegidas (cf. ANET 2, p, 508). Javâ (ouGrécia) era um dos quatro grandes impériosde Daniel (Dn 8,21; 10,20; 11.2) e um dia

receberia a declaração da glória de Deus (Is66.19; cf. também Zc 9.13).Em Ezequiel 27,19 na Septuaginta, lê-se yyn(“vinho”) para ywn (“Grécia”; cf,; v. 18).

R. Y.

 AVALI Veja Animais 11.22.

 AZA Este nome ocorre em várias passa-gens: Josué 13.18; 21.36; Jeremias 48.21; 1Crônicas 6.78.aza era uma cidade nas planícies de Moabe,

onde Seom, o rei amorreu, foi derrotado porIsrael (Nm 21.33; Dt 2.32; Jz 11.20). Na dis-tribuição da terra, ela passou a pertencer aRúben (Js 13.18) e foi designada aos levitasmeratitas (Js 21.34,36). A área na qual Jazaestava localizada foi, depois, perdida paraIsrael, mas Onri a reconquistou. A PedraMoabita (linhas 18-20) indica que a cidade foifinalmente tomada por Mesa, rei de Moabe,

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JAZA JAZA JAZA JAZA  JEBUS, JEBUSEUSJEBUS, JEBUSEUSJEBUS, JEBUSEUSJEBUS, JEBUSEUS

e acrescentada aos seus domínios. Ela per-tencia a Moabe na época de Isaías e deeremias (Is 15.4; Jr 48.21,34). Jaza prova-

 velmente ficava ao norte de Arnon e não es-tava distante do sul de Hesbom, mas a sualocalização é incerta.

 AZANIAS O nome ocorre em um selo heb.de ágata, “Jazanias, servo do rei", encontra-do em Tell-en-Nasbeh, e em uma das cartasde Laquis.1.  Filho de Hosaías, o maacatita. Era um dosoficiais do exército judeu que restaram de-pois da destruição de Jerusalém pela Babi-lônia. Com os outros líderes, ele garantiu seuapoio a Ge da lias, e depois do assassinato deGedalías, perseguiu e derrotou Ismael, re-cuperando todos os cativos. Todos os coman-

dantes buscaram a direção de Deus em Je-remias, mas o desconsideraram quando eleos aconselhou a permanecerem na terra econfiarem em Deus, Jazanias finalmenteaparece com outro “homem insolente" rejei-tando a vontade de Deus e preparando-separa ir para o Egito, esquecendo-se do con-selho recebido (2 Es 25.23; Jr 40.8; 42.1; 43.2-5), Em Jeremias, o nome é escrito comoezanias, e em Jeremias 43.2, ele é chama-

do de Azarias.2.  Líder dos recabitas (q.v.) na época de Je-remias, quando o profeta os tentou com o

 vinho, para que se tomassem um símbolo defidelidade para Judá (Jr 35.3ss,).3.  Filho de Safa, contemplado por Ezequielem uma visão adorando coisas abomináveisna companhia de outros anciãos de Israel (Ez8.10-13).4.  Filho de Azur, um príncipe de Judá, con-templado por Ezequiel em uma visão ado-rando o sol, de costas para ao Templo (Ez11.  1-4).

P. C. J.

 AZEEL JAZEELITAS O filho primogênitode Naftali e fundador de uma família tribal(Gn 46.24; Nm 26.48). Em 1 Crônicas 7.13ele é chamado de Jaziel.

 AZEIAS Filho de Ticva e um dos quatrohomens mencionados em ligação com a con-trovérsia sobre as esposas “estranhas” (ouestrangeiras; Ed 10.15). Existe uma discus-são sobre o apoio ou a oposição de Jazêias eseus companheiros a Esdras.

 AZER Este nome ocorre em Números

21.32; 32.35. Era uma cidade localizada aleste do Jordão, pertencendo originalmenteao reino amorreu de Sião, conquistado pelosisraelitas (Nm 21.32), e mais tarde entregueà tribo de Gade (Js 13.25). Ela provia e equi-pava guerreiros para Davi (1 Cr 26,31; 2 Sm24.5). Foi capturada pelos moabitas no sé-culo VIII a.C. (Is 16.8,9; Jr 48.32). No séculoII a.C., foi capturada e destruída pelos

macabeus (1 Mac 5.7,8). O local pode serKhirbet Jazzir nas proximidades de es-Salt,aprox. 20 quilômetros a noroeste de Amâ.

 AZERA Um sacerdote da família de Lmer(1 Cr 9.12), e um ancestral de um sacerdote

entre os exilados que retornaram. Este nomeé um paralelo a Azai em Neemias 11.13.

 AZIZ Um hagerita que era um servo do reie o responsável pelos rebanhos de Davi (1Cr 27.31).

EALELEL Esta palavra significa “ele develouvar [ou louvará] a Deus”.1.

 

Nome de um membro da tribo de Judá (1Cr 4.16).2.

 

Um levita, descendente de Merari (2 Cr29.12).

EARIM Montanha na fronteira norte deudá, identificada com Quesalom (Js 15, J0)

nas proximidades de Quiriate-Jearim. E aatual Kesla.

EATERAI Um descendente de Gérson, fi-lho de Leviíl Cr 6.21). No verso 41 ele é cha-mado de Etni.

EBEREQUIAS Pai de Zacarias, um ami-go de confiança de Isaías, que viveu na épo-ca do rei Acaz (Is 8.2).

EBUS, JEBUSEUS No Antigo Testamen-to, o termo Jebus refere-se ao nome de Jeru-salém antes do reinado de Davi (Js 15.8;18.28; Jz 19.10; 1 Cr 11.4). É derivado donome do clã que ocupou o local durante amaior parte do segundo milênio a.C. (embo-ra a designação “jebuseu” também seja usa-da para os seus descendentes em épocas pos-teriores; cf, 1 Rs 9.20,21; 2 Cr 8.7,8; Ed 9.1).Os habitantes de Jebus eram classificadoscomo cananeus (Gn 10.15,16; 1 Cr 1.13,14),mas somente no sentido geográfico (compa-

re Josefo,  Ant.  vii.3.1), já que em outras pas-sagens eles são cuida dosa mente distingui-dos dos cananeus no sentido étnico (porexemplo, Gn 15.21; Êx 3.8,17). Seu gover-nante, Adoni-Zedeque, consta como um doscinco reis amorreus que faziam parte da ligacontra Josué (Js 10.5). Melquisedeque, emGênesis 14.18, também era um nomeamorreu ( Malkisaduqa). O único nome outítulo puramente jebuseu no Antigo Testa-mento era o não semítico Araúna (Omã; cf.2 Sm 24.16,18; 1 Cr 21.15,18,28; 2 Cr 3.1). Osestudiosos acreditam que Araúna seja umtítulo hurriano ou heteu que significa “se-nhor” ou “nobre”. O príncipe de Jerusalémmencionado nas cartas Am ama (aprox. 1375a.C.) também tinha um nome não semitaheteu (‘Abdu-Heba, AN ET, pp. 487ss.). Estesdetalhes estão de acordo com a declaraçãode Deus sobre Jerusalém, de que a sua po-

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JEBUS, JEBUSEUSJEBUS, JEBUSEUSJEBUS, JEBUSEUSJEBUS, JEBUSEUS JEDUTUMJEDUTUMJEDUTUMJEDUTUM

pulaçâo aborígene consistia de amorreus ede heteus (Ez 16.3,45).ebus estava localizada na região montanho-

sa (Js 11.3) entre os vales de Cedrom e Tiro-peano, em um longo e estreito contraforte

(cf. Js 15.8; 18.16) que se estende ao Sul daárea posterior do Templo, e que é natural-mente fortificada por precipícios íngremes emtodos os lados, exceto ao norte. Situada nafronteira entre Judá e Benjamin, Jebus sedefendia com êxito contra ambas as tribosdurante o período da conquista e depois dela(Js 15.63; Jz 1.21). Apesar de sua ostensivaforça, da qual se vangloriava, a cidade fmal-mente sucumbiu a Davi (2 Sm 5.6-9; 1 Cr 11.4-8) e se tomou a capital de seu reino. Davi foiclemente para com os jebuseus, mas Salomãoos sujeitou ao serviço escravo (1 Rs 9,20-22).

Eles parecem ter siao finalmente absorvidosem meio à população israelita.R. Y. e J. R.

ECABZEEL Uma cidade na parte sul deudá (Ne 11.25), provavelmente a cidade de

Cabzeel (q.v.).

ECAMEAO Filho de Hebrom, um descen-dente de Leví (1 Cr 23.19; 24.23).

ECAMIAS1.  O quinto filho do rei Jeconias, um descen-dente de Salomão (1 Cr 3.10,18).2.

 

Um homem de Judá, filho de Salum (1Cr 2.41).

ECOL1AS Esposa do rei Amazias e mãe de Azarias (Uzias), rei de Judá (2 Rs 15.1-22).Em 2 Crônicas 26.3, seu nome é mencionadocomo Jecolias.

ECONIAS Outra forma de Joaquim (q.v.).O nome também é contraído como Conias. Onome Jeconias é encontrado em 1 Crônicas3.16,17; Ester 2.6; Jeremias 24.1; 27.20;28.4; 29.2; Mateus 1.11,12.

ECUTIEL Filho de Merede com sua espo-sa judia (1 Cr 4.18),

EDA AS1.  Filho de Sinri e pai de Alom, ele faz parteda genealogia dos simeonitas que se estabe-leceram no vale de Gedor na época de Eze-quiasd Cr 4,37).2.

 

Filho de Harumafe, um daqueles que tra- balharam com Neemias na reconstrução domuro de Jerusalém (Ne 3.10).3.  Um sacerdote da época de Davi, chefe do

segundodos 24 turnos de sacerdotes (1 Cr 24,7).4.

 

Nome de um sacerdote que retornou doexílio com Zorobabel, e cujos descendente^são mencionados até a época de Joiaquim, Edifícil dizer se este se trata de um ou de vári-os sacerdotes com o mesmo nome (1 Cr 9.10;Ed 2.36; Ne 7.39; 11.10; 12.6,19).

5.  Um outro sacerdote pós-exflieo. Ele apa-rece na mesma lista do homem mencionadono item 4 acima, mas como uma pessoa dife-rente (Ne 12.7,21).6.  Um dos exilados levados por Zacarias como

testemunha da coroação simbólica de Josué.Ele pode ser a mesma pessoa mencionadaem 4 ou 5 (Zc 6.10-14).

P. C. J.

EDIAEL1.  Um dos três filhos de Benjamim. Ele foiancestral de uma grande família, cujos mem-

 bros eram renomados guerreiros, possuindo17.200 homens “que saíam no exército à pe-leja [ou guerra]” na época de Davi (1 Cr7.6,10,11).2.  Filho de Sinri, é listado como um dos va-

lentes de Davi (1 Cr 11.45).3. 

Um dos homens da tribo de Manassés quedesertou Saul e se juntou a Davi em Ziclague.Ele pode ter sido o mesmo homem listado noitem 2 acima (1 Cr 12.20).4.  Filho de Meselemias, da família levíticade Corá, que foi designado por Davi comoporteiro do Templo (1 Cr 26.2).

EDIAS1.  Um descendente de Moisés na época deDavi, Ele era filho de Subael (1 Cr 24.20; cf.23.16).

2. 

 Jedias, o meronotita que era responsávelpelos jumentos de Davi (1 Cr 27.30).

EDIDA A mãe do rei Josias do Reino do Sulde Judá. Ela era filha de Adaías deBozcate(2Rs 22.1).

EDIDIAS Davi chamou seu segundo filhocom Bate-Seba de Salomão; mas o profetaNatã recebeu a palavra de Deus de que acriança deveria ser chamada Jedidías, quesignifica “Jeová é um amigo” ou “amado poreová”, talvez para indicar o perdão divino

(2 Sm 12.24,25).EDUTUM Um levita que era um dos gran-

des músicos de Israel. Ele foi designado porDavi junto com Asafe e Hemã para cuidar damúsica do Templo, e continuou a servir naépoca de Salomão. Os seis filhos de Jedutume seus descendentes são mencionados, al-guns dando continuidade à herauça musicalque receberam, e outros servindo ao Senhorcom outras habilidades (1 Cr 16.38,41,42;25.1,3,6; 2 Cr 5.12). Os descendentes de Je-dutum são mencionados como ativos na re-

forma de Ezequias (2 Cr 29.14). Na época deosias, a liturgia do Templo que fora prepa-rada por três grandes músicos ainda estavasendo utilizada (2 Cr 35.15). Os descenden-tes de Jedutum ministraram uma vez maisapós o retorno do exílio (1 Cr 9.16; Ne 11.17).

s  anotações editoriais dos Salmos 39, 62 e77 os relacionam a Jedutum.

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JEEZQ1JEL ou JEEZEQIIELJEEZQ1JEL ou JEEZEQIIELJEEZQ1JEL ou JEEZEQIIELJEEZQ1JEL ou JEEZEQIIEL JEFTJEFTJEFTJEFT

EEZQUEL ou JEEZEQUEL Um sacerdo-te da época de Davi que foi designado para o

 vigésimo turno de serviço (1 Cr 24.16).

EFONÊ1.  Pai de Calebe, um dos dois espias fiéis de

Canaã (Nm 13.6). Veja Quenezeu.2.  Um aserita, filho de Jéter (1 Cr 7.38).

EFTE Um dos líderes importantes do perío-do dos .juizes (Jz 11.1-12.7). Ele era da regiãode Gileade e era filho de um homem chamadoGileade. Sua mãe era meretriz, de forma queos filhos legítimos de Gileade afastaram Jeffcéde sua casa. Ele foi viver em Tobe, possivel-mente a leste de Ramote-Gileade. Lá ele reu-niu em tomo de si um grupo de homens decaráter duvidoso, porém de grande coragem,que vivia saqueando outros grupos. Jefté era

um guerreiro poderoso, um líder carismáticocheio do Espírito do Senhor (11.29), que se or-gulhava de ser justo e honesto em seu tratopara com as pessoas.Quando a área de Gileade teve problemascom Amom, seus líderes israelitas não fo-ram capazes de lidar com a situação. Pordezoito longos anos, eles sofreram a doraguda da cruel sujeição aos amonitas. Fi-nalmente imploraram a Jefté que os aju-dasse, já que tinham ouvido falar de suagrande coragem. Sem dúvida seus irmãos

estavam no grupo dos anciãos de Gileade,porque após nma amarga denúncia, ele con-cordou em se tornar o líder de seu clã, A história sugere que eles sentiram que Jeftéera uma pessoa especial mente próxima aDeus, porque devem ter notado como ele en-sinou a sua fé à sua filha.Quando Jefté se tomou juiz, pediu que atribo de Efraim o ajudasse a derrotar os a-monitas, mas eles o ignoraram. Antes que oresultado da batalha estivesse definido, Jeftéfez um voto de que, se tivesse êxito, sacrifi-caria a primeira coisa que saísse de sua por-

ta ao seu encontro, por ocasião de seu re-tomo. Alguns acreditam que este foi um voto precipitado, feito em um momento deêxtase ou de desespero, e que ele não ima-ginava o que poderia realmente acontecer.Outros sentem que ele tinha realmente cons-ciência das prováveis conseqüências de seuato. Alguns aceitam a tese de que ele espe-rava até mesmo fazer um sacrifício huma-no, considerando a alternativa do sacrifíciode um animal. Não há razão para acreditarque um líder como Jefté mantivesse em suacasa animais que ele considerasse válidosara serem sacrificados como cumprimentoe seu voto. Neste caso, aqueles que assimpensam, consideram que a vitória lhe erasufi ciente mente importante para justificaruma retribuição de alto preço, mesmo setratando de uma vida humana.De qualquer modo, ele venceu os amonitas, equando retornou à sua casa, foi saudado por

sua jovem e amável filha. Esta tragédia qua-se partiu o coração de Jefté, mas ele foi leal aseu voto. Sua dor e o ato de fé da jovem sãoregistrados de forma belíssima pelo narradorhebreu (11.34-40). Ela se retirou para as mon-tanhas, onde passou dois meses orando e selamentando por sua virgindade. Este pode tersido um modo delicado de deixar o final dahistória por conta da imaginação do leitor, oudeve ter sido o modo dela dizer que não tinhamarido nem filhos para defendê-la e proibireste terrível ato. A história pode ter sido umreconhecimento do fato de que os vizinhospagãos faziam sacrifícios humanos, mas oshebreus não. Como o voto era sagrado, talvezefté realmente a tenha sacrificado (2 Rs

3.27)  . Ele também pode tê-la redimido comdinheiro (Lv 27.1-8), e então tê-la separado

para viver o resto de sua vida no celibato. Esteepisódio pode ter dado início ao costume dasmulheres de Israel ficarem afastadas por qua-tro dias do ano, para lamentar o triste desti-no daquela jovem (Jz 11.40).

 As vezes, a idéia apresentada é a de que Jeftéa tenha entregado ao Tabernáculo, onde elateria passado o resto de sua vida trabalhan-do como serva do sacerdote, nunca vindo a secasar; e assim seria dedicada aos deveres sa-

"ados da religião como uma virgem santa (ef. x 38.8; 1 Sm 2,22). De qualquer forma, não

existe um exemplo específico no Antigo Tes-tamento para o conceito do celibato femininono serviço do Templo, embora muitas mulhe-res tenham desempenhado diversas funçõesreligiosas. Historicamente, esta interpretaçãoaparentemente surgiu de explicações alegó-ricas dos rabinos Kimchi nos séculos XI e XIIEsta interpretação foi subseqüentemente ado-tada por muitos cristãos expositores, mas tempouca base bíblica.Uma campanha final de Jefté está relacio-nada, desta vez, contra os efraimitas. Eles oacusaram de não convidá-los para partici-par da batalha contra os amonitas (Jz 12.1-6). Parece ter havido um ressentimento pornão lhes ter sido dado um lugar importantena campanha contra os amonitas, já que elesreivindicaram a liderança das tribos do nor-te, e assim consideraram o tratamento rece-

 bido como uma questão de honra. Eles exigi-ram uma explicação imediata, e ameaçaramqueimar a sua casa. Ele entrou em guerracontra eles e alcançou outra vitória. Osefraimitas foram dispersados, e quando al-guns daqueles que escaparam tentaram ir

para casa atravessando os vaus do Jordão,foram inquiridos pelos homens de Jefté seeram efraimitas. Se dissessem que não, ofamoso teste chibolete/sibolete seria aplica-do. Se pudessem dizer a palavra corretamen-te, poderíam seguir adiante, Se não, seriamimediatamente executados.efté julgou Israel durante seis anos (Jz 12.7).

Samuel o usa como ilustração de como Deusestabeleceu um líder para libertar Israel dos

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JEFTEJEFTEJEFTEJEFTE JEJUAR, JEJUMJEJUAR, JEJUMJEJUAR, JEJUMJEJUAR, JEJUM

problemas (1 Sm 12.11). Ele foi incluído entreos heróis da fé em Hebreus 11.32.

 A. W. W.

EGAR-SAADUTA A palavra significa“multidão de testemunhas1' ou “monte de tes-

temunhas”, e se refere ao monte de pedraslevantado por Labão e Jacó como sinal desua aliança (Gn 31.47). Labão o chamouegar-Saaduta, enquanto Jacó se referiu a

ele como Galeede. A designação de Labão éaramaica e a de Jacó, hebraica. Ambos ostermos têm o mesmo significado.

EIÀS Um dos dois guardiões da arca quan-do esta foi levada por Davi a Jerusalém (1Cr 15.24),

•JEIEL1 

1. 

“Pai” ou fundador de Gibeâo, marido deMaaca e pai de vários filhos (1 Cr 9.35), in-clusive de Quis, pai do rei Saul (w. 36,39).2.

 

Filho de Hotão, o aroerita. Jeiel foi umdos valentes de Davi (1 Cr 11.44), junto comseu irmão Sarna.3.

 

Um músico levita que foi designado comoutros para tocar diante da arca quando estafoi trazida por Davi a Jerusalém U Cr15,18,20). Mais tarde, ele foi designado parao ministério permanente da música ne san-tuário (1 Cr 16.5).4.  Um levita, fdho do gersonita Ladã. Ele eraresponsável pelo tesouro do Templo, um ofí-cio que parece ter continuado em sua famí-lia (1 Cr 23.8; 29.8). Também escrito comoeieli (q.v.) em 1 Crônicas 26.20-22.

5. 

Filho de Hacmoni que, com Jônatas, tiode Davi, “era do conselho, homem sábio etambém escriba”. Foi designado para estarcom os filhos do rei, provavelmente comotutor (1 Cr 27.32).6.  Um dos filhos de Josafá. Ele e cinco ir-mãos foram assassinados por Jeorão quan-do este se tornou rei (2 Cr 21.2-4).

7. 

Um levita da família de Hemã; juntamen-te com outros, ele se dedicou à limpeza doTemplo na época de Ezequias (2 Cr29.14ss,).Pode ser o mesmo levita que foi designadopara supervisionar a recepção e a distribui-ção das ofertas sagradas (2 Cr 31.13ss.).8.

 

Um dos oficiais-chefes do Templo que con-tribuiu com muitos sacrifícios para o cultoda grande Páscoa de Josias (2 Cr 35.8),9.

 

Pai de Obadias, que com 218 membros dafamília de Joabe retornou do exílio com Es-dras (8.9),10.

 

Um dos filhos de Elão, pai de Secanias,que propôs que as esposas dos gentios, quehaviam afastado os judeus do Senhor seuDeus, deveríam ser expulsas (Ed 10.2). Opróprio Jeiel foi um dos que se separaramde suas esposas (Ed 10.26).11.  Um sacerdote dos filhos de Harim queexpulsou a sua esposa pagã (Ed 10.21).

P. C. J.

EIEL2 1.  Um chefe rubenita na época em queTiglate-Pileser levou as tribos transjordania-nas ao cativeiro (1 Cr 5.7).2.  Fundador da cidade israelita de Gibeâo.Pai de Ner, que era avô do rei Saul (1 Cr 9.35).3.

 

Filho de Hotâo, o aroerita, um dos pode-rosos de Davi (1 Cr 11.44).4.  Um levita designado por Davi como portei-ro e músico (1 Cr 15.18,21). Ele foi participan-te no ministério da música diante da arcaquando esta foi trazida a Jerusalém (1 Cr 16.5).5.  Um levita, bisavô de Jaaziel, que profeti-zou a vitória de Josafá (2 Cr 20.14ss.).6.  Um escriba que cuidava dos registros dosnúmeros do exército de Uzias (2 Cr 26.11).7.  Um levita, filho de Elizafa, que ajudavana retirada da impureza do Templo sob o co-

mando de Ezequias (2 Cr 29.13; em algumas versões ele é chamado de Jeuel).8.  Um dos principais levitas que tomou par-te na grande Páscoa de Josias (2 Cr 35.9).9.  Um dos descendentes, “filhos”, de Adoni-cão que retomou com Esdras (Ed 8.13; emalgumas versões ele é chamado de Jeuel).10.  Filho ou descendente de Nebo que haviase casado com uma estrangeira na época deEsdras (Ed 10.43).

EIELI Um filho de Ladã, o gersonita, cujosdois filhos eram responsáveis pelos tesouros

do Templo (1 Cr 26.22). Vejo Jeiel 4.EIZQUIAS Um efraimita na época de Acaz

que se opôs à escravização dos cativos deudá, declarando que o julgamento de Deus

cairía sobre o Reino do Norte, caso procedes-sem desta forma (2 Cr 28.12,13).

EJUAR, JEJUM O jejum na Bíblia impli-ca em total abstinência (q.v.) de toda comi-da por um certo período. Sua duração varia-

 va de algumas lioras durante o dia (“jejua-ram aquele dia até à tarde”, Jz 20.26) a até

40 dias, como no caso de Moisés, Elias e Je-sus. As pessoas também jejuavam em meioà necessidade durante uma escassez de co-mida (At 27.21,33-36), por causa da falta deapetite resultante de profundas emoções(como Ana e Jônatas, 1 Samuel 1.8,18; 20.34), ou por motivos religiosos.

 As palavras heb. são surn  (verbo) e som (subs-tantivo) - nâo encontradas no Pentateuco.Os termos gr. correspondentes são  nesteuoe  nesteia,  da raiz cujo significado é “fome”.Outras expressões usadas no AT são “nãocomer pão” (1 Sm 28.20; 2 Sm 12.17) e “afli-gir a alma de alguém”. Esta última é umafrase na lei mosaica que pode ter incluído oejum (Lv 16,29,31; 23.27,32; etal.),  e signifi-ca rebaixar-se ou humilhar-se pela autone-gação como uma expressão própria de arre-pendimento.

 A origem da prática religiosa do jejum estáperdida em um passado obscuro, mas esta

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JEJUAR, JEJUMJEJUAR, JEJUMJEJUAR, JEJUMJEJUAR, JEJUM JEJUAR, JEJUMJEJUAR, JEJUMJEJUAR, JEJUMJEJUAR, JEJUM

disciplina foi disseminada por todas as reli-giões d a Antiguidade. Em culturas de arma-zenamento de alimentos (em oposição aocultivo de alimentos), o jejum era freqüen-temente compulsório devido à incerteza dese obter comida. É possível que a ignorân-cia supersticiosa interpretasse a escassez degrãos silvestres, frutas e caça como uma ex-pressão da vontade de Deus, e assim os ho-mens tenham começado a considerar o je-um como um dever religioso. Pensando queos deuses estivessem enciumados pelos pra-zeres desfrutados pela raça humana, os ho-mens talvez tenham presumido que a absti-nência iria alcançar o favor destes. Por ou-tro lado, a inclinação natural de privar-sede comida durante a dor da perda, pode terfeito com que o jejum tenha se originado de

um sinal de luto.O jejum aparece pela primeira vez no ATcomo um ato voluntário de piedade indivi-dual. Moisés por duas vezes jejuou 40 dias e40 noites na presença do Senhor, no monteSinai, não provando nem comida nem água(Dt 9.9,18; Ex 34.28). Enquanto a comidapode não ter estado disponível, a abstinên-cia de água durante estes períodos era pro-

 vavelmente voluntária, pois há um pequenopoço ou uma nascente em uma fenda que está30 metros abaixo do topo de Jebel Musa.Contudo, Moisés deve ter sido sobrenatural-mente sustentado, porque o corpo humanonão pode resistir à falta de água por tantotempo. Sob condições ideais, um homem je-uou abstendo-se de toda comida por 90 diase sobreviveu, de acordo com o Dr. HerbertM. Shelton, que supervisionou mais de 40.000ejuns (Fasting Can Save Your Life, Chica-go. Natural Hygiene Press, 1964, p. 57). Nãoestá especificamente declarado que Elias (1Rs 19.8) e o Senhor Jesus (Mt 4.2) não te-nham bebido água durante seus respectivosejuns de 40 dias. O fato de eles poderem

continuar ativos e nâo se tornarem enfraque-cidos é o aspecto extraordinário de seus ca-sos (cf. SI 109.24).Em longos períodos de jejum, a fome geral-mente cede no final do terceiro dia e nãoretoma até que as reservas de alimento ar-mazenadas nos tecidos do corpo sejam con-sumidas (“E,. depois teve fome”, Mt4.2). Istopode levar 40 dias ou mais; somente entãotem início o processo de inanição (Shelton,pp. 15,23,29-32). Antes deste estágio, o je-um possui muitos efeitos benéficos permi-tindo ao corpo assegurar um descanso fisio-

lógico e ser restaurado à saúde {ibid.,  pp.36-40,48-52).Na maioria dos casos na Bíblia, o jejum podeser visto como um resultado normal e volun-tário do estado de espírito do homem. Emsua primeira estada prolongada no monte,Moisés estava completamente arrebatadopela espantosa presença de Deus, e absorvi-do demais com as revelações divinas que lhe

foram dadas para que sentisse vontade co-mer. Em seu retorno, ele caiu prostrado di-ante de Deus, com o coração partido por cau-sa da rebelião do sen povo (Dt 9.18). Os mo-radores de Jabes-Gileade e Davi pratearame jejuaram após a derrota de Saul, Jõnatas eseu exército (1 Sm 31.11-13; 2 Sm 1.12; 3.35),O jejum parecia naturalmente reforçar a ati-tude de arrependimento e a confissão since-ra, assim como quando alguém se vestia desaco e cinzas (1 Sm 7.6; SI 69.10,11; Jn 3.5,8;Dn 9.3-5; Ez 10.1,6; Ne 9.1,2). Após a repre-ensão de Elias, o rei Acabe se arrependeu docrime que praticara contra Nabote (1 Rs21.27-29). Perplexidade, medo e aflição evo-caram, da mesma forma, uma resposta se-melhante (Jz 20.26; Et 4.3).Como um acompanhamento à oração, o je-

um é freqüentemente algo desejável ao ho-mem piedoso, e nâo meramente uma ques-tão de rigorosa autodisciplina. Durante umejum, as faculdades mentais e espirituais dapessoa parecem mais alertas e mais sensí-

 veis ao Espírito de Deus, e a intercessão pa-rece mais fácil, mais eficaz. Assim Davi je-uou enquanto orava por seu filho doente (2Sm 12.16-23), e até mesmo por seus adver-sários, quando estavam enfermos (SI 35.13).Neemias também jejuou quando intercedeupor Israel (Ne 1.4-11).Os primeiros cristãos pensavam que o jejumera benéfico enquanto buscavam a vontadee a direção de Deus (At 13.2,3; 14.23). Du-rante um período de três semanas de auto-quebrantamento, e buscando entender o fu-turo, Daniel não comeu nenhum “manjardesejável”, isto é, iguarias, nem carne nem

 vinho (Dn 10.2,3). Tal jejum parcial pode seruma ajuda eficaz para a concentração espiri-tual e para a oração. Pode ser aconselhávelpara aqueles que precisam se manter ativos,ou para aqueles que sejam fracos demais parasuportar um jejum total.

Parece que Deus nunca ordena que o seupovoiejue regularmente, a menos que a “afli-ção da alma” no Dia da Expiaçâo inclua oejum (Lv 16,29). O AT enfatiza, antes, o de-leite positivo de Deus e de suas bênçãos comalegria de coração (Sl 4.7; Pv 15.13; 17.22;Ec 3.13; 9.7-9), Deus não se impressiona como jejum, especialmente quando este não sig-nifica uma mudança de comportamento emrelação à discórdia ou à opressão (Is 58.3-5).O jejum só ó aceitável se resultar em atosde justiça social e verdadeira caridade, e so-mente se o motivo da auto negação for oriun-

do do amor e do desejo de ajudar os pobres(w, 6-11), Entretanto, em tempos de emergência na-cional, reis e líderes espirituais proclama-

 vam dias especiais de jejum para buscar aajuda do Senhor. Quando a invasão da par-te leste do mar Morto era iminente, o reiosafá convocou todo o povo de Judá a jeju-

ar (2 Cr 20.3). Após os desastres das pragas

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JEJUAR, JEJUMJEJUAR, JEJUMJEJUAR, JEJUMJEJUAR, JEJUM JE0AQU1MJE0AQU1MJE0AQU1MJE0AQU1M

do gafanhoto e da seca, Joel recebeu or-dens para determinar que os sacerdotes san-tificassem um jejum (J1 1.14; 2.11,15), em-

 bora ele tenha insistido que a principal ne-cessidade era o arrependimento interior -

que eles rasgassem os seus corações e nãoas suas vestes (2.13). Jeremias aproveitouum dia de jejum para ler a Palavra do Se-nhor ao povo (Jr 36.6,9). Esdras proclamouum jejum para orar por uma viagem seguraa Jerusalém ÍEd 8,21,23). A rainha Esterpediu que Mardoqueu e os judeus orassemcom ela três dias e três noites antes queabordasse o rei Assuero (Et 4.16). Posteri-ormente, um jejum nacional que servia comouma preparação para a observância doPurim seguiu este padrão (Et 9,31).Quatro jejuns anuais surgiram durante o

exílio na Babilônia, mas foram aparentemen-te observados sem a autorização divina. Atra- vés de seus profetas anteriores, Deus já ha- via expressado o seu pensamento com rela-ção à mera adoração cerimonial. A ênfasesobre uma comunhão saudável e positivacom Deus é claramente ouvida em sua de-claração de que os quatro jejuns do exílio setornariam “gozo, e alegria, e festividadessolenes” (Zc 8.19; cf. 7.3-10; Jr 14,12).O valor da disciplina do jejum é mostrado ffe-qüentemente na literatura intertestamentá-ria judaica, embora nenhuma menção espe-cífica do jejum religioso possa ser encontradanos manuscritos de Qumran publicados atéesta data, O Manual de Disciplina declara ape-nas que ofensas graves poderíam ser puniaasreduzindo a porção da ração de comida de ummembro da comunidade (1Q S vi. 25). No pró-prio Templo, Ana, uma mulher temente e obe-diente, servia ao Senhor com jejuns e ora-ções (Lc 2.37). Os fariseus jejuavam muito, econsideravam esta prática como uma obra lou-

 vável. Tornou-se costume destes religiosos je-uar às segundas e às quintas-feiras (Lc 18.12).

Se um homem começasse a jejuar, o seu je-um teria prioridade sobre a prática de fazerofertas sacrificiais, e seria considerado um atomais eficaz do que dar esmolas. Veja  Festivi-dades: Períodos sagrados judaicos extrabibli-cos subordinados.esus nunca pediu que seus discípulos jeju-

assem. A expressão “e jejum” não é encon-trada nos melhores manuscritos gregos emMarcos 9.29 (nem em At 10.30; 1 Co 7.5);Mateus 17.21 é inteiramente omitido nosmelhores textos. Contudo, enquanto denun-ciava a hipocrisia dos fariseus, Jesus

enfatizou que o jejum feito em segredo, emmeio à verdadeira devoção a Deus, seria re-compensado (Mt 6.16-18). O Senhor estavacerto de que, após sua ascensão, seus segui-dores sentiríam necessidade de jejuar, assimcomo faziam os discípulos de João Batista(Mc 2.18-20). Não se sabe se os jejuns dePaulo eram voluntários ou resultado da faltade comida (2 Co 6.5; 11.27). A ausência de

qualquer questão relacionada ao jejum nascartas de Paulo sugere que isto não era algoroeminente nas igrejas gentílícas. Porém,e acordo com o Didaquê (8.1), no ano 100d.C. os cristãos podem ter sido exortados a

ejuar duas vezes por semana - às terças eàs sextas-feiras! Nos séculos II e III os jejunsanteriores à Páscoa e ao batismo vieram aser largamente praticados.

Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia.   Johannes Behm, “Netis  etc.”,TDNT, IV, 924-935. Arthur Wallis, God’sChosen Fast,  Fort Washington, Pa.: Christi-an Literature Crusade, 1968.

 J.  R.

EMIMA A mais velha das três fdhas de Jó,todas belíssimas, nascidas após a restauraçãode sua prosperidade (Jô 42.14). Seu nome tal-

 vez signifique “pomba” em uma alusão à tar-taruga marinha egípcia, ou à expressão “casalde pombinhos” no sentido de namorados.

EMUEL, O filho mais velho de Simeâo (Gn46.10; Ex 6.15). A mesma pessoa é mencio-nada com o nome de Nemuel (q.v.) em Nú-meros 26.12; 1 Crônicas 4,24.

EOACAZ1.  Forma contraída de Joacaz ou Acazias

(q.v.), filho mais novo de Jeorão, rei de Judá(2 Cr 21.17).2.  Rei de Israel, filho de Jeú, que reinou du-rante 17 anos em Samaria (2 Rs 13.1-9).Esteve sujeito a Hazael, rei da Síria, ao lon-go de todo o seu reinado. Ele seguiu as prá-ticas religiosas de Jeroboão I3.  Rei de Judá, filho de Josias. Embora nãofosse o mais velho, foi escolhido pelo povo (2Rs 23.30,31). Ele governou sob as trágicascircunstâncias da morte de Josias, que colo-cou um ponto final na esperança de um gran-

de império da linhagem de Davi. Depois deapenas três meses, foi deposto pelo FaraóNeco e levado acorrentado para o Egito (2Rs 23.32,33; Jr 22.10). O povo lamentou asua morte, o primeiro rei de Judá a morrerno exílio.

EOADA Esposa de Joás e mãe de Amazias,ambos reis de Judá (2 Cr 25.1; 2 Rs 14.1,2).

EOADA Filho de Acaz, um descendente deSaul através de Jônatas (1 Cr 8.36). A mes-ma pessoa é mencionada em 1 Crônicas 9,42como Jaerá (q.v.).

EOAQUIM Rei de Judá, filho de Josias comsua esposa Zebida. Ele foi primeiramentechamado de Eliaquim, mas depois de deporeoacaz, o Faraó Neco o estabeleceu no trono

de Judá e mudou seu nome para Jeoaquim,no final da segunda metade de 609 a.C. (2 Rs23.34,36). Ele esteve subjugado ao Egito porquatro anos, e exigia a cobrança de altos im-

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JEOAQUIM JEOSEBA 

postos de seu povo. A batalha de Carquemisem maío-junho de 605 a.C. colocou um pontofinal no domínio do Egito.Nabucodonosor entrou em Jerusalém, rece-

 beu a submissão de Jeoaquim (2 Rs 24.1; Jr46.2) e levou para a Babilônia alguns cativos,

incluindo Daniel e seus três amigos, alémdos vasos de ouro do Templo (Dn 1.1,2,6).Nabucodonosor havia acorrentado Jeoaquim

Ê ara levá-lo junto com os outros para aabilônia (2 Cr 36.6), mas evidente mente o

soltou depois de ter a certeza de sua lealdadecomo vassalo. Judá iniciou um período dedecadência moral e religiosa. BaaleAstaroteeram adorados até mesmo nos portões doTemplo, e os insanos sacrifícios podem tersido retomados no vale de Hinom. A corrup-ção, a crueldade, e a opressão eram fatos

comuns na cidade.eremias escreveu um protesto em um rolo,expressando daramente como o julgamentodivino certamente chegaria a Judá (Jr 36); maso rei, depois de ler algumas partes, pegou suaíaca e cortou o rolo em tiras, e em seguida oqueimou. Depois de três anos, Jeoaquim im-pulsivamente se rebelou contra a Babilôniaenquanto Nabucodonosor estava ocupado de-mais com batalhas em outros lugares para quetomasse qualquer atitude na ocasião.eoaquim morreu em 10 de dezembro de 598

a.C., de acordo com os cálculos baseados na

crônica babilônica. O povo nâo lamentou asua morte, e ele evidentemente recebeu umenterro vergonhoso conforme Jeremias ha-

 via profetizado (Jr 22.18ss.; 36.30). Seu jo- vem filho Joaquim (q.v.) herdou o seu tronoe todos os problemas que ainda não haviamsido resolvidos.

 A. W, W.

EO S Forma alternativa de Joás.1, Filho de Acazias, rei de Judá (2 Rs 11-

12)  . Veja Joás 7.2.  Filho de Jeoacaz e pai de Jeroboão II, reisde Israel (2 Rs 13.9-14,16), veja Joás 8.

EOIARIBE1  Este nome também aparececomo Joiaribe tanto em hebraico quantoem português. De qualquer forma, é difícildizer se o nome refere-se a um indivíduoou a um membro de algum turno sacerdo-tal.1. Um sacerdote, o chefe do primeiro dos24 turnos do sacerdócio na época de Davi(1 Cr 24.7).2. Um sacerdote que retornou com os primei-ros exilados da Babilônia (1 Cr 9.10).

EOIARIBE2 1. Sacerdote da época de Davi (1 Cr 24.7).2. Um dos “sábios” ou mestres enviados porEsdras a Casifia para exigir qne ministrosdo Templo fossem enviados para os acompa-nhar a Jerusalém (Ed 8.16,17).3.  Filho de Zacarias da tribo de Judá cujos

descendentes residiam em Jerusalém naépoca de Neemias (Ne 11.5).4.

 

Pai de Jedaías e fundador de uma das ca-sas sacerdotais depois do exílio (Ne 11.10;12,19; 1 Cr 9.10).5.

 

Um dos principais sacerdotes que retorna-

ram a Jerusalém com Zorobabel, Seu filhoMatenai foi contemporâneo de Joiaquim (Ne12.6,19). Provavelmente o mesmo que 4.

EORAO O mesmo que Jorâo (q.v.), que é enma forma abreviada deste nome,1.

 

Filho de Acabe (2 Rs 3.1), rei de Israel, qua-se contemporâneo do rei de Judá que tinha omesmo nome. Ele sucedeu seu irmão mais

 velho Acazias. Jeorâo destruiu a imagem deBaal que seu pai havia feito (3.2), mas conti-nuou a sustentar a adoração ao bezerro queeroboão I havia instituído. Israel e Judá eram

nações amigas e aliadas durante o seu reina-do, como resultado da aliança entre Acabe eosafã. Juntos, eles dominaram a revolta do

rei Mesa de Moabe (2 Rs 3.1-27). O registrofeito por Mesa da campanha é encontrado naPedra Moabita (q.v.). Jeorão deve ter sido orei não identificado de Israel a qnem Naamãfoi enviado para ser curado de lepra (2 Rs 5.1-8); a quem Eliseu revelou os movimentos doexército assírio; qne enviou as tropas inimi-gas derrotadas a Damasco depois de alimentá-las (2 Rs 6.8-23); e que testemunhou o cercode Samaria pelos assírios (2 Rs 6.24-7.20).Ferido na batalha de Ramote-Gileade contraHazael da Síria, Jeorão (ou Jorâo) foi a Jezreelpara buscar a cura (2 Rs 8.28,29), mas ao in-

 vés disso foi assassinado por uma flecha doarco de Jeú; assim terminou a dinastia de Onrina própria terra que Jezabel havia consegui-do para Acabe através do assassinato Nabote(1 Rs 21).2.

 

Filho de Josafá, que serviu como regentede seu pai por cinco anos antes de sucedê-lono trono de Judá em 848 a.C, com 32 anos deidade (1 Rs 22,50; 2 Cr 21.1,3,5). Para forta-

lecer a aliança política de seu pai com Israel(2 Cr 18.1), ele se casou com Atalia, mais ve-lha, filha de Acabe e Jezabel, qne evidente-mente o influenciou a permitir a adoração aBaal-Melcarte (2 Rs 8.18). Ele assassinou osseus irmãos e alguns dos príncipes de Judá(2 Cr 21.4). Jeorão lutou contra os filisteus eos árabes (2 Cr 21.16,17), os quais captura-ram suas esposas e todos os seus filhos, exceto

 Acazias (Jeoacaz). Em 841 a.C., ele morreude uma doença prolongada e dolorosa, masnão houve lamento (2 Cr 21.18-20).3.  Um sacerdote designado pelo rei Josafá

para ensinar a lei (2 Cr 17.8). A. W. W.

EOSBATE Veja Jeoseba.

EOSEBA Também chamada de Jeosebate(2 Cr 22.11).

 Jeoseba era filha do rei Jeorâo de Judá e

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JHOSEBA JHOSEBA JHOSEBA JHOSEBA  JEREMIASJEREMIASJEREMIASJEREMIAS

irmã do rei Acazias. Provavelmente não foifilha da esposa infame de Jeorão, Atalia, masdescendente de uma outra esposa. Ela eraesposa de Joiada, o sumo sacerdote na oca-sião em que Atalia tentou matar todos osherdeiros de Acazias (que havia sido assas-

sinado) para usurpar o trono. Jeoseba sal- vou o pequeno Joás e o protegeu por seis anosaté que a rainha tirana pudesse ser segura-mente vencida, e o pequeno Joás proclama-do rei (2 Rs 11.1-3).

EOVÁ Veja Deus; Deus, Nomes e Títulos de,

EOVÁ-JIREH. A frase significa “Jeová[Yahweh] vê” ou “Jeová [Yahweh] proverá”.Este termo se refere ao lugar assim chamadopor Abraão onde lhe apareceu um carneiro emum mato, que foi sacrificado no lugar de Isaque

(Gn 22.14). Veja Deus, Nomes e Títulos de.EOV -NISSI A frase significa “Jeová

[Yahweh] é minha bandeira’ e é o nome doaltar que Moisés construiu depois de venceros amalequitas em Refidim (Ex 17.15). VejaDeus, Nomes e Títulos de.

EOVÁ-SHALOM A frase significa “Jeová[Yahweh! é paz”. É o nome do altar queGídeão construiu em Ofra afim de transfor-mar em um memorial as palavras da men-sagem de Deus: “Paz seja contigo” (Jz 6.23,24).

Veja Deus, Nomes e Títulos de.EOZADAQUE Uma forma alternativa deozadaque. Veja Jozadaque.

ERÁ Filho de Joctâ (Gn 10.26; 1 Cr 1.20),presumivelmente a origem de uma triboárabe.

ERAMEEL1.  Filho de Herzom e neto de Judá (1 Cr 2.9).2.  Filho de Quis, um levita (1 Cr 24.29).3.  Um dos oficiais enviados pelo rei Jeoaquimpara prender Baruque (Jr 36.26).

ERAMELEUS Este nome é um substanti- vo coletivo usado antes de um nome próprio.Refere-se à tribo das pessoas que foram ata-cadas por Davi quando este estava fugindode Saul e havia se refugiado com Aquzs, ofilisteu (1 Sm 27,10).

EREDE Filho de Merede com a sua espo-sa judia (1 Cr 4.18).

EREMAI Um dos hebreus a quem Esdraspersuadiu a se divorciar de sua esposa pagã

(Ed 10.33).EREMIAS

1.  Chefe de um clã na tribo de Manassés (1Cr 5.24),2,

  3 e 4. Três guerreiros que se uniram a

Davi em Ziclague. O segundo e o terceiroeram gaditas U Cr 12.4,10,13).5.  Um israelita residente de Libna, cuja filhaHamutal tornou-se esposa do rei Josias e mãedos reis Joacaz e Zedequias (2 Rs 23.31; 24.18;r 52.1),

6. 

Um recabita e pai de Jazanias, um con-temporâneo do profeta Jeremias (Jr 35.3).7.

 

Um sacerdote que retomou da Babilôniacom Zorobabel (Ne 12.1,12).8.  Um dos sacerdotes que assinaram a ali-ança de Esdras para guardar a lei (Ne 10.2).9.  Um oficial de Judá que se juntou à ceri-mônia de dedicação do muro de Jerusalémsob o comando de Neemias (Ne 12.34).10.  O principal profeta durante o período dodeclínio e da queda de Judá nos séculos VIIe VI a.C.Seu nascimento.  Na última parte do século

 VII a.C., Judá teve quatro profetas: Jeremi-as, o humanista; Sofonias, o orador; Naum,o poeta; e Habacuque, o filósofo. O maiordeles, e o que exerceu a atividade proféticapor mais tempo, foi Jeremias.O local de seu nascimento é Anatote, umpequeno vilarejo cravado na cordilheira depedra calcária, aproximadamente três qui-lômetros a noroeste de Jerusalém. Jeremiasnasceu em aprox. 650 a.C, (Jr 1.1,6), duran-te o período final do reinado de Manassés(aprox. 695-642 a.C.),

 Aproximadamente setenta anos antes destadata caiu Samaria, a capital do Reino do Nor-te; e 65 anos depois desta data caiu Jerusa-lém, a capital do Reino do Sul. Pouco antesdo nascimento de Jeremias, o Egito e os pe-quenos estados da Palestina formaram umacoalizão para se livrarem do jugo da assíria;e assim havia uma ameaça de guerra pai-rando sobre o horizonte. Este tumulto inter-nacional pode ser responsável pelo nome doprofeta. Como no caso de Isaías, há duas for-mas hebraicas de se escrever o nome Jere-mias - a mais longa yirmsyahu,  e a forma

mais curta yirnfya  (em gr., Ieremías,  e na Vulgata, Jeremias). Existem dois prováveissignificados para o nome hebraico: “o Senhor[Yahweh] edifiea” ou “estabelece”; e, “aqueleque o Senhor [Yahweh] arremessa” ou “lan-ça”. Se a última interpretação for aceita, ne-nhum nome podería ser mais descritivo docaráter ou da missão do profeta de Anatote.De fato, ele foi um míssil espiritual, lançadoem um mundo de trevas. O nome de seu paiera Hilquias (Jr 1.1) - um nome hebraicocomum que significa “o Senhor [Yahweh] éa minha porção”. Ambos os nomes (Jeremiase Hilquias) sugerem que a família era fiel aoDeus de Israel durante o remado tirânico dorei pagão Manassés. ,Seus anos de formação.  E provável que afamília de Jeremias tenha descendido deEli, porque Abiatar, o último descendente aexercer um ofício sacerdotal, possuía umapropriedade recebida por herança em Ana-

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JEREMIASJEREMIASJEREMIASJEREMIAS JEREMIASJEREMIASJEREMIASJEREMIAS

tote, onde ele passou a viver como um apo-sentado depois de ser destituído por Salomão(1 Rs 2,26). E assim, Jeremias tinha como

 base as melhores tradições religiosas e cres-ceu na atmosfera de um lar hebreu tementee obediente ao Senhor. Tudo o que havia de

 bom na vida hebréia fazia parte de sua he-rança intelectual, moral, e espiritual.Os primeiros escritos de Jeremias refletemum completo conhecimento e compreensãodas profecias de Amos, Oséias e Isaías, O pro-feta Oséias gerou uma marca indelével noovem profeta (Jr 2-4). Porém, quando Jere-mias começou a profetizar, ele demonstroulogo de início uma consciência do conheci-mento divino e da chamada divina. Comotodos os grandes profetas (cf, Paulo no NovoTestamento), Jeremias libertou-se de todasas fontes secundárias e humanas de inspira-ção. Ele sabia em seu coração que Deus ohavia chamado, porque tinha ouvido a vozdo Senhor: “Antes que eu te formasse no

 ventre, eu te conheci; e, antes que saísses damadre, te santifíquei e às nações te det por

rofeta” (Jr 1,5).lesde a época de Davi, Anatote, o local de

nascimento de Jeremias, era a residência dossacerdotes (Jr 1.1; 29.27; 32.7). Ela é conhe-cida hoje como Ras el-Kharrubeh, aproxima-damente a três quilômetros a noroeste deerusalém, em uma colina de onde se avista

o vale do Jordão. Sua ampla extensão e apaisagem árida eram um bom berço para umprofeta. Jeremias refletia o ambiente de seupaís: o deserto quente, os rebanhos nos

 vilarejos, as colinas ressecadas, os animaisselvagens etc. A cidade estava localizada noterritório de Benjamim, a tribo do dementeSaul e do blasfemo Simei. Seu solo era duroe espinhoso, o que requeria que fosse aradode forma profunda. Os homens fortes são fre-quentemente oriundos deste tipo de solo. “Oque vocês podem cultivar aqui?”, perguntou

um cavalheiro inglês em visita à Nova In-glaterra, observando pela primeira vez o seusolo pedregoso. A resposta orgulhosa foi:“Aqui... nós criamos homens!” (G. A. Smith,eremiak, pp. 67ss.).

Como Jerusalém ficava a menos de uma horade caminhada a pé de Anatote, Jeremias es-tava próximo do coração da nação e do pulsardo mundo. Todas as notícias políticas e soci-ais chegavam aos poucos ao vilarejo do profe-ta, e também a repercussão das campanhasincitadas pelos assírios, citas e babilônios.eremias não era recluso. Ele era um homem

tanto do campo quanto da cidade. Ele estavaatento aos acontecimentos e a sua alma sen-sível sentia a impressão do Deus eterno. Je-remias possuía uma destreza para a triviali-dade. A natureza imprimiu uma marca inde-lével em sua vida. Ele observou o fazendeirono campo (Jr 4.3), as crianças na rua (6.1), osrefinadores de prata e os oleiros trabalhando(6.28,30; 18.3,6). Também conhecia em pri-

meira ruão as desavenças entre credores edevedores (15.10), a humilhação dos ladrõesquando eram presos (2.26), as lamentaçõespelos mortos (16.4), e a alegria das festas dasnoivas e dos casamentos (2.32; 7.34). Maistarde, a sua própria alma refletira estas mu-

danças de disposição e de humor.sua chamada.  Manasses morreu quandoeremias tinha cerca de dez anos de idade.

 Amom, filho de Manasses, governou por doisanos (642-640 a.C.). Então, o jovem rei Josias(640-609 a.C.) assumiu o trono de Judá comapenas oito anos de idade. Treze anos de-pois, em aprox. 627 a.C. (Jr 1.2), durante oreinado de Josias, Jeremias foi designadopelo Senhor para ser o seu profeta para asnações da época.O ano 627/626 a.C foi um ano memorável nahistória mundial. Assurbanipal, o últimogrande rei assírio, morreu; e Nabopol assar,o primeiro grande rei neobabilônio, assumiuo trono da Babilônia. Dez anos depois, os

 babilônios e os medos, junto com os citas,deram inicio a um ataque combinado aNínive. O ruído da morte já podia ser detec-tado na garganta da soberana do mundo.Durante esta instabilidade das nações, a mãode Deus permaneceu sobre Jeremias no se-reno caminho da vida, e o habilitou confor-me está registrado no capítulo 1. Por trásdesta chamada estava a herança, a tradição

e o treinamento; mas a experiência em si foirepentina, abrupta, e repleta de um incrívelpeso e significado. Jeremias também tinhauma consciência estupenda e estava consci-ente de que Deus era o dono de todo o seuser. A partir daquele dia, Jeremias passoupara um outro estágio da história, como umaalma possuída por Deus.Seu aprendizado,  O ministério profético deeremias começou em Anatote, e ele aparen-

temente permaneceu ali por vários anos,como se fosse um profeta insignificante. Em622-621 a.C., ocorreu uma reforma religio-

sa. Josias havia tomado as rédeas do gover-no e decidido restaurar a fé no Deus de Isra-el. No 18“ ano de seu reinado, ele emitiu umdecreto para que o Templo fosse reparado.No processo de limpeza do entulho do Tem-plo, o livro da lei foi encontrado pelo sacer-dote Hilquias. Ele imediatamente o envioua Josias, que o leu e “rasgou as suas vestes”.O jovem rei decidiu fazer com que a vida re-ligiosa da nação passasse a estar em confor-midade com as leis do livro recém-encontra-do. Então ele deu início ao seu grande movi-mento de reforma, com a intenção de trazerum avivamento nacional da verdadeira reli-gião. Toda a adoração religiosa deveria sercentrada no Templo. Todos os altos ou outroslugares considerados “sagrados”, onde narealidade se praticavam abominações, deve-ríam ser destruídos. Jeremias provavelmen-te se lançou a este movimento de renovação,e partiq em jornadas de pregação itineran-

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tes. Porém mais tarde ele rompeu com o mo- vimento, porque este não mudou a vida inte-rior da nação. Ele compreendia a religiãocomo algo do coração (veja J. Skinner,Prophecy and Religion, pp. 89-107).Sew início como profeta,  Há um estranho

período de silêncio de aproximadamente 13anos (621-609 a.C.) em relação à vida de Je-remias. Evidentemente, durante este perío-do, ele mudou a sua base de operação de

 Anatote para a capital, Jerusalém. Ele tor-nou-se o profeta respeitado do estado.Com a morte de Josias em 609 a.C. na bata-lha de Megido, o povo da Judéia ignoroueoaquim, o filho mais velho de Josias, e co-

locou Jeoacaz (que reinou apenas três me-ses) no trono de Judá. Este foi deposto peloFaraó Neco do Egito, e Jeoaquim (609-598a.C.) foi posto no trono de Judá como umamarionete do Egito. Jeremias imediatamen-te se opôs a este tirano, egoísta, mimado eambicioso, filho do harém de seu pai, quecobriu o seu palácio com painéis de cedro (Jr22.13,14) . O famoso sermão do Templo (7.1—8.3), foi pregado durante o início do reinadode Jeoaquim. Como resultado, Jeremias foi

 banido ao Templo e quase perdeu a vida (cf.r 7 com 26).

Em 612 a.C,, Nínive caiu diante dos babilô-nios e, em 605 a.C., na batalha de Carquemis(Jr 46.2), os babilônios derrotaram a coalizão

combinada do exército restante da assíria edo Egito. Agora os babilônios se tomaram,no cenário mundial, aqueles que possuíamuma incontestável superioridade.eoaquim se tornou vassalo de Nabucodo-

nosor (605-562 a.C.); Judá foi reduzida a um vassalo tributário da Babilônia. Jeoaquimpermaneceu leal à Babilônia durante algunsanos. Então, o Faraó Neco do Egito o enco-rajou a se unir aos países do Oeste em umarevolta. Então, em 598 a.C., o rei de Judá serebelou e se recusou a pagar o tributo anuala seu senhor babilônio. O exército babilônio

marchou prontamente em direção a Jerusa-lém para suprimir a revolta. É provável queeoaquim tenha sido morto fora dos muros

de Jerusalém, recebendo um sepultamentoinfame de uma pessoa ignóbil, exatamentecomo Jeremias havia previsto (Jr 22.18,19;36.30). Joaquim, seu filho de 17 anos, subiuno trono de Judá. Em três meses ele capitu-lou incondicional mente a Nabucodonosor. Os

 babilônios não destruíram Jerusalém, maslevaram consigo 3.000 cativos, o rei, a mãedo rei, e toda a corte do rei para a Babilôniacomo reféns. Zedequias foi designado comorei de Judá, e Jeremias continuou a pregarsobre o mesmo tema, que os babilônios eraminstrumentos do juízo de Deus sobre Judá,pelos pecados que haviam praticado. Seriainútil resistir! Submeter-se era a atitudemais sábia, e o único meio de sobreviver! Aosolhos de Jeremias, o Senhor havia ordenadoque a Babilônia invadisse Judá; então, dian-

te do rei, dos sacerdotes, dos profetas e dopovo, ele se opôs a qualquer aliança com oEgito, previu a supremacia da Babilônia, ea destruição do estado judeu. Jeremias tam-

 bém percebeu que a esperança da futuranação de Israel estava exclusivamente rela-

cionada aos judeus cativos na Babilônia (Jr31), e não a Jerusalém. Aqueles que foramdeixados na cidade-capital não formavam o

 verdadeiro remanescente.Seus anos finais.  Em 588 a.C., Zedequias,que há muito tempo vinha conspirando con-tra a Babilônia, se rebelou abertamente con-tra o seu senhor babilônio. A vingança

 babilônica foi rápida e final. Eles marcha-ram através de Judá e Jerusalém em 588a.C. Em julho de 586 a.C., após um longo eterrível cerco de 18 meses, a cidade foi to-mada. A paciência de Nabucodonosor haviase esgotado, e ele então ordenou a destrui-ção sistemática da cidade. O Templo foi sa-queado e demolido. O rei foi levado paraRibla acorrentado, seus filhos e seus minis-tros foram assassinados, seus olhos foramcauterizados, e muitos judeus foram levadospara o cativeiro - somente as pessoas maispobres foram deixadas para trás para serem

 vinhateiros ou agricultores.eremias foi solto da prisão por Nabucodo-

nosor e deixado em Jerusalém para ficar como povo da terra (Jr 39.11-14). Seu amigo

Gedalias foi designado como governador daprovíncia da Judéia. Jeremias influenciou ogovernador e este começou a “reedificar” e a“replantar” a nação (veja 1.10).Em 581 a.C., Gedalias foi assassinado porum fanático judeu, Ismael, que tambémmassacrou os partidários de Gedalias. Istotrouxe o exército babilônico de volta à Pales-tina. No decorrer deste retorno, o povo ficouem pânico temendo a represália da Babilô-nia, e fugiu para o Egito. Os babilônios se-qüestraram Jeremias e o levaram consigo(43.1-7). Nas margens do Nilo ele pregou

contra a adoração fanática praticada pelasmulheres judias à “Rainha dos Céus” (44.15-30). E provável que o profeta de Anatote te-nha perdido a vida sob uma avalanche depedras lançada pelos maridos destas mulhe-res idólatras.Sua personalidade.  Jeremias tinha uma per-sonalidade complexa - expressou protesto eagonia. Nosso conhecimento da história pes-soal de Jeremias é mais extenso do que a dequalquer outro profeta do Antigo Testamento.Baruque, seu escriba, registrou extensivamen-te as batalhas espirituais de Jeremias.eremias era também um homem honesto,

de forma que as suas declarações expunhamos sentimentos de sua alma diante de Deus.Espalhados ao longo dos caps. 1-20 de seulivro, estão fragmentos que compõem o coti-diano de sua vida interior, os quais são fre-üentemente chamados de “as confissões deeremias” (Jr 1; 4.10,19; 6,11; 11.10-23; 12.1-

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3,5-6; 14.17; 15.10-21; 17.9,10; 18.18-23; 20.7-18). Estas profecias revelam os conflitos querepetidamente acometiam a alma dos profe-tas, quando procuravam lutar com os pro-

 blemas de sua época.Embora estivesse certo do poder do Senhor

eová (Jr 1.8,17ss.) para o ministério profé-tico, quando Jeremias enfrentou a persegui-ção e o abuso, sentiu-se profundamente per-turbado. Ele era alvo de riso e zombaria to-dos os dias, um objeto de escárnio (20.7,8);seus inimigos o feriam com suas línguas(18.18)  ; todos o amaldiçoavam (15.10). Eleestava só e foi rejeitado pelos seus compatri-otas (15.17; 16.18). Até mesmo os seus conci-dadãos conspiraram para assassiná-lo(18.18,22; 20.10). A sua reação foi de ressen-timento, e ele proferiu imprecações contraos seus inimigos (11.20-23; 15.15; 17.18;20.11,12). Ele foi perseguido e atormentadopor um aparente fracasso, e era um homemconstantemente pressionado; “Eis que elesme dizem. Onde está a palavra do Senhor?

 Yenha agora!” (17.15; cf. também 15.15; 20.8). As vezes a sua comunhão com Deus era umafonte de profunda alegria espiritual (15.16),porém em outras ocasiões ele experimenta-

 va uma profunda depressão espiritual, ima-ginando que o Senhor o havia abandonado(15.17.18)  . Porém, ele deveria prosseguir(20.7,9) porque o Senhor era mais forte do

que ele, sempre venceu e sempre vencerá!eremias era um homem de oração, porémfalava pouco sobre a oração; ele simplesmen-te orava! Ele derramava as aflições de suaalma na presença daquele que vê e ouve emsegredo, mas que recompensa publicamen-te. Ele orava pela cura (17.14) - a cura espi-ritual de seu coração enfermo (17.9) - e pelaremoção de complexos que o bloqueavam econsumiam a sua energia física. Ele oravapara que fosse livre de seus adversários, pelacausa à qual estava dedicando a sua vida, epela vingança contra os seus perseguidores

(18.18-23). As suas orações eram mais do quepedidos, Elas eram uma comunicação comDeus na qual a sua vida interior ficava ex-posta, com suas frustrações, lutas, tentações,e pecados. Era o exercício de sua alma, atra-

 vés do qual ele se aliviava das pesadas car-gas da vida (15,15-18).Mas Jeremias era um profeta, um porta-vozdo Senhor. Enquanto Isaías era um voluntá-rio (ele aceitou a sua missão e a assumiucom entusiasmo), Jeremias foi um escolhi-do. Ele se retraiu, protestou e almejou partirpara se aposentar. Ele sentiu incisivamenteo seu próprio senso de inadequação dianteda ordem de ser “um profeta para as nações”.Porém, em meio à pressão dos acontecimen-tos exteriores, e de seus próprios tumultosinteriores, ele era a voz do Senhor - um ho-mem possuído por Deus, controlado por Deuse dirigido por Deus. A palavra de Deus eraum fogo aceso em seu coração (6.11; 20.9);

ele pregava por uma compulsão interior. Je-remias se posicionou como uma pedra dian-te dos falsos profetas na Babilônia e em Je-rusalém (23,9-40).eremias também era um analista moral, um

analista dos pensamentos, dos motivos e dos

atos dos homens (5.1-5; especialmente 6.27;“Por torre de guarda te pus entre o meu povo,por fortaleza, para que soubesses e exami-nasses o seu caminho”). Ao examinar a soci-edade, ele se auto-analisava (12.3; 15.10,IS-IS; 17,16; 18.20).Mas Jeremias era também um cruzado. Oque Lutero foi na Dieta de Worms, Jeremiasfoi para Israel em seu famoso sermão doTemplo de 609/608 a.C. (o cap. 7 traz o con-teúdo, e o cap. 26 a narrativa). APalavra doSenhor vinha a Jeremias, e ele tinha quedar o golpe fatal para a destruição da supers-tição do Templo, e o esvaziamento do forma-lismo; estes erros estavam substituindo a

 verdadeira religião, que é algo que se devepraticar de coração.Finalmente, Jeremias era um otimista. Eleacreditava que Deus seria vitorioso. Quan-do olhou para as gerações, ele foi pessimis-ta. Mas quando olhou para os séculos, ele foiotimista, e assim falou de um novo Rei, deum Bom Pastor, e de um descendente Justode Davi (Jr 23.5).De acordo com o conceito que Jeremias ti-

nha da justiça de Deus, ele sabia que a na-ção estava arruinada, que o exílio era certo,e que uma nova ordem era inevitável. En-tão, no livro da esperança (Jr 30-33, especi-almente 31,31ss.), um novo dia iria raiar, umnovo Israel iria retornar, e Deus iria reali-zar o seu propósito através do Israel de ama-nhã. Neste dia, a Palavra de Deus seria es-crita nos corações dos homens. Os crentesfeeriam experiências diretas com o Deus vivoe verdadeiro. Esta é a concepção do novonascimento no Antigo Testamento.Pelo fato de Jeremias ter amado tanto a ci-

dade de Jerusalém, e se aliado ao propósitode Deus, surgiu a tradição de que Jeremiasressuscitaria dos mortos. Os patriarcas daIgreja reportam a crença de que ele foi ape-drejado pelos judeus até à morte em Tafnes.

 Alguns esperavam que ele aparecesse e res-taurasse o Tabernáculo, a arca, e o altar doincenso que ele supostamente teria escondi-do em uma caverna (2 Mac 2.1-8). Assim,uando o Senhor Jesus pediu que os seusiscípulos lhe respondessem uma perguntafundamental, “Quem dizem os homens ser oFilho do Homem?”, eles responderam; “Unsdizem... Jeremias...” (Mt 16.13-14).

D. W. D,

EREMIAS, LIVRO DE O livro de Jeremi-as começa com a chamada do profeta (cap.1) e se encerra com a queda de Jerusalém(cap. 52). Ele compreende o período históri-co entre 626 e 581 a.C.

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JEREMIAS, LIVRO DEJEREMIAS, LIVRO DEJEREMIAS, LIVRO DEJEREMIAS, LIVRO DE JEREMIAS, LIVRO DEJEREMIAS, LIVRO DEJEREMIAS, LIVRO DEJEREMIAS, LIVRO DE

O Enigma CronológicoO livro de Jeremias é formado por discursosproféticos, materiais biográficos, e narrativashistóricas que não são colocados em uma se-quência estritamente cronológica. Ilustrações

 vividas são os caps. 21 e 24, que datam do

período do reinado do rei Zedequias (597-586a.C.), mas o capítulo 25 data da época do rei-nado de Jeoaquim (608-597 a.C.). Os caps. 27e 28 são da época do remado de Zedequias,enquanto os caps. 35 e 36 pertencem à épocado reinado de Jeoaquim. E assim, todos osesboços de Jeremias são, de alguma forma,arbitrários.Como Jeremias tinha um secretário fiel,Baruque, seria normal que se esperasse umaordem mais precisa. Qual é  o motivo da faltade uma ordem cronológica? Uma explicaçãoplausível é que o material do livro de Jeremi-as circulou originalmente na forma de rolosseparados, cada um ilustrando um de seusensinos (cf. F. M Wood, Ftre in My Bonés, pp.9-11). Mais tarde, estes rolos organizados portópicos foram comprimidos e estão contidosno atual livro de Jeremias. Entre os váriosrolos, várias narrativas têm sido misturadascom a bibliografia de Jeremias. Sete rolosprincipais poaem ser identificados;1.   As primeiras profecias de Jeremias,

caps. 1-62.   A falsa e a verdadeira sabedoria, caps.

8.4-10.253. 

Mensagens de desencorajamento, caps.11-20 

4.  Condenações contra os reis e os profe-tas, caps. 22-29

5.  O livro da esperança, caps. 30-336.  Seção histórica, o cerco de Jerusalém e

a fuga para o Egito, caps. 37-447.  Oráculos contra as nações estrangei-

ras, caps. 46-51O famoso sermão do Templo (7.1-8.3) foi in-serido em meio ao 1° e ao 2o  rolo; e entre o 3o

e o 4° rolo há uma narrativa (eap. 21) conten-

do o conselho de Jeremias durante o cerco dacapital. Três narrativas (caps. 34-36) relati-

 vas à recepção da Palavra do Senhor por par-te de Israel fornecem a ligação para os rolos 5e 6. O conselho de Jeremias para o desenco-rajado Baruque (cap. 45) une a seção históri-ca às profecias estrangeiras. Os oráculos dospoderes estrangeiros aparecem nos caps. 46-51 (cf. livros de Isaías e Ezequiel para seçõessemelhantes), e são seguidos por um apêndi-ce histórico (cap. 52), possivelmente extraídode 2 Reis 25. Como Jeremias passou a sua

 vida advertindo a cidade de Jerusalém, este éum clímax adequado para o romântico minis-tério do profeta de Anatote. Portanto, esta éuma explicação para a ausência de uma or-dem cronológica (veja C. F. Francisco, Studiesin Jeremíah, p. 13).

 A ComposiçãoO ponto inicial da escrita do livro de Jere-

mias é narrado novamente em 36.1-8. A datado ponto central do rolo era 605 a.C. Jeremi-as estava sob a interdição do Templo quandoproferiu o “sermão do Templo* em 609/8 a.C.No quarto ano do reinado de Jeoaquim (605a.C.), a Palavra do Seuhor veio a Jeremias e

ele ditou a mensagem a Baruque, que a re-gistrou em um rolo de um livro. Então Baru-que o levou para a área do Templo, e leu osermão durante várias das festas anuais. Orei ouviu falar da mensagem e pediu o rolo.Depois de ouvir as palavras de advertência,ele o cortou em tiras com um canivete (36.9-26). Baruque reportou o fato a Jeremias. Maistarde, o Senhor ordenou a Jeremias que di-tasse um outro rolo e acrescentasse muitasoutras palavras a este (Jr 36.27-32). Estesegundo rolo, aparentemente a primeira edi-ção da profecia existente, provavelmentecontinha o âmago dos caps. 1-25, isto é, asprofecias de Jeremias que se deram duranteo período profético de 626-605 a.C,

 As confissões de Jeremias estão intercaladasnesta seção (Jr 1.4 ss.; 4.10,19; 6.11; 11.18;12.6; 15.10-16; 17.14-18; 18.23; 20.7-18) e ex-põem a alma do profeta. O mundo bíblico temuma dívida para com o fiel amanuense deeremias, Baruque, por ter registrado estas

sombras passageiras de uma grande alma.Mais tarde, o seu fiel escriba, que acompa-nhou Jeremias passo a passo ao longo de sua

peregrinação profética, acrescentou as bio-grafias de Jeremias (25.45) e também a vidado profeta que despontou durante a crise ju-daica, de 604 a 581 a.C,Também pode ter sido Baruque quem regis-trou os caps. 46-51 à medida que Jeremiasos ditava. Talvez estes oráculos às naçõesestrangeiras tenham circulado entre os po-

 vos vizinhos, além de terem sido lidos pelosudeus. Esta seção pode ter sido escrita du-rante o cerco de Jerusalém (588-586 a.C.).Estas profecias estrangeiras consistem deoráculos contra o Egito (cap, 46), a Filístia

(cap. 47}, Moabe (cap. 48), Amom (49.1-6),Edom (49,7-22), Síria (49.23-27), Arábia(49.28-33), Elão (49.34-39), e Babilônia (cap.50-51).E possível que Jeremias e seu escribaBaruque tenham feito uma revisão do livromais de uma vez, de modo que este tenhapassado por sucessivas edições. Esta conclu-são depende, em parte, das evidências daSeptuaginta (LXX).

O Relacionamentocom o Texto da Septuaginta

Uma comparação dos manuscritos gregos ehebraicos revela algumas dificuldades textu-ais. A LXX (traduzida entre 250 e 100 a.C.)difere consideravelmente do Texto Heb.Massorético (TM). Faltam-lhe 2.700 palavrasquando comparada ao TM, isto é, aproximada-mente 120 versículos, o equivalente a quatroou cinco capítulos de tamanho médio; o texto

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JEREMIAS, LIVROJEREMIAS, LIVROJEREMIAS, LIVROJEREMIAS, LIVRO DEDEDEDE JEREMIAS, LIVRO DEJEREMIAS, LIVRO DEJEREMIAS, LIVRO DEJEREMIAS, LIVRO DE

grego tem aprox. 100 paJavras que não sãoencontradas no TM. Onde ocorrem passagensparalelas, o significado pode ser frequentemen-te entendido ae uma forma diferente.

 Várias explicações têm sido oferecidas pararesolver estas diferenças: a LXX não é uma

tradução literal do texto hebraico e, além dis-so, os manuscritos eram frequentemente ile-gíveis. Muitos erros eram cometidos de for-ma inconsciente pelos copistas. Sem dúvida,algumas destas mudanças eram intencionais(veja G. A. Smith,  Jeremiah,  pp. 11-14).Estas apologias levam em conta diferentesleituras, mas nenhuma das duas discrepân-eias mais evidentes entre a LXX e o TM: aausência, no grego, de passagens que apare-cem no TM, e o rearranjo dos oráculos queforam dirigidos às nações estrangeiras. NaLXX, os caps. 46-61 estão entre os versículos13 e 15 do cap. 25. O verso 14 está ausentena versão grega. Evidentemente, os tradu-tores do grego estavam usando um textohebraico que era diferente do TM atual.G. L Archer sugere que a LXX representa umaedição anterior, compilada durante a vida dopróprio profeta e circulada primeiro no Egi-to. Então, após a morte de Jeremias, Baruqueteria preparado uma coleção mais completados sermões de seu mestre, que teria chega-do às mãos dos judeus que retornavam doexílio na Babilônia - o Texto Massorético

(SOTI, pp. 349ss.). Outros acreditam que ha- via duas compilações que continuaram atéaproximadamente 200 a.C., ambas vindo deuma única fonte. Desde a descoberta dos ro-los de Qumran, os textos questionáveis po-dem ser estudados à luz da LXX, do TextoMassorético, e dos rolos de Qumran.

 A Análise Literária A Análise Literária A Análise Literária A Análise LiteráriaDesde 1901, o livro de Jeremias se tornouuma base interessante para a análise literá-ria dos estudiosos. Naquele ano, B. Duhmdesignou ao próprio Jeremias apenas 60 poe-

mas curtos. Ele argumenta que as palavrasoriginais de Jeremias eram todas escritas naforma poética de Qinah  (3.2 ritmo) em apro-

 ximadamente 280 versos. A biografia de Ba-ruque também conta com aproximadamente200 versos. Em termos aproximados, portan-to, Duhm atribuiu algo em torno de dois ter-ços do livro a editores posteriores e suple-mentadores (veja A. S. Peake, The NewCentury Bible,  I, 48-57). Estudiosos menosradicais atribuem quase todos os capítulos aeremias e seu eseriba Baruque. Felizmente,

os estudiosos não destroem a mensagem. Para

uma pesquisa mais completa sobre as váriasposições críticas, veja R. K. Harrison, Intro-duction to the Old Testament,  pp. 809-817.Ele conclui que o processo de transmissão doslábios do profeta à forma presente do livroera consideravelmente menos complexo doque a maioria dos escritores liberais assumiu,e que foi concluída em 520 a.C.

O Testemunho das EscriturasO Testemunho das EscriturasO Testemunho das EscriturasO Testemunho das Escrituras A versão grega do Antigo Testamento atri- bui o livro de Lamentações a Jeremias. Masos poemas em si não reivindicam a autoriade Jeremias. Ele é citado em 2 Crônicas 36.21-23 eEsdras 1.1,2, Siraque 49.6,7 reflete pas-

sagens tanto de Jeremias como de Lamenta-ções. Daniel (9.2) refere-se ao “que falou oSenhor ao profeta Jeremias” (Jr 25.12), e 2Mac 2.1-8 contém ecos do livro de Jeremias(cf. a relação de Jeremias 33.15 com Is 4.2;11.

 

1; 53.2; Zc3.8; 6.12).Os escritores do Novo Testamento mostramque o livro de Jeremias era muito apreciadoe respeitado, sendo também consideradocanônico, além de frequentemente citado ereferido (cf. a nova aliança em Jr 31.31ss.com Hb 8,8-13; 10,15-17; Jr 31.15 com Mt2.17ss.; Jr 23.5 com Lc 1.32ss,; Jr 11.20 e17.10 com Ap 2.23; Jr 51.7-9 com Ap 14.8;17.2-4; 18.3-5; Jr 10.7 com Ap 15.4; Jr51.6,9,45 com Ap 18.4; Jr 51.63ss. com Ap18.21ss; Jr 25.10 com Ap 18.22ss.; Jr 9.23ss.com 1 Co 1.31; Jr 7.11 com Mt 21.13; Jr 22.5com Mt 23.38).

Os EnsinosOs EnsinosOs EnsinosOs Ensinos natureza e o caráter de Dem, O Senhor Deus

é único, íntegro e justo, puro e santo, miseri-cordioso e cheio de graça, paciente. Porém,pune aqueles que fazem o mal e pecam.

 mensagem de adevertência para Israel.1.

 

Israel possui um relacionamento especialcom o Senhor (Jr 2.2,3; 7.23; 11.2-5; 13.11).Oséias e Jeremias usaram metáforas sobreo casamento e a relação filial para refleti-rem este relacionamento (Os 2.2; Jr 31.9).2.  Israel foi infiel e era culpada de apostasia(Jr 2.5-8,13,28; 3,1; 5.11,23,24; 6,7; 7.30).3.   A nação de Israel era autocomplacente econfiava cegamente nas formalidades reli-giosas exteriores (Jr 6.20; 7.4,9,11; 8.8,12;16.10-12).4.

 

 A ameaça do julgamento de Israel devido

aos seus pecados (Jr 4.3,4; 6.8; 7.16-20;14.11,15.1-9). mensagem de esperança.  A restauração

futura era certa. A nação política de Judá

Êoderia perecer, mas o povo escolhido deleus sobrevivería. Os propósitos eternos de

Deus seriam realizados (cf. o livro da espe-rança, caps. 30-33). Os elementos da glóriafutura são:1.

 

 A preservação de um remanescente (Jr4.27; 5.10,18; 29.11; 30.11; 46.28).2.  O retorno do exílio (3.11,21,22; 16.14,15;25.11-14; 30.7-11; 31.23).3.   A nova Jerusalém (33.16, deve ser associa-do à expressão: “O Senhor E Nossa Justiça”).4.  O governante ideal (23.4-6; 30.9,21).5.   A nova e duradoura aliança (31.31-34;32.40; 33.8).6.   A espiritualidade da religião (24.7), demodo que os exilados na Babilônia (ou emqualquer outro lugar), separados da adora-

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JERICJERICJERICJERIC JERICOJERICOJERICOJERICO

 Vista aérea da Jericó do Antigo Testamento

 vantagem distinta, a cultura posterior comoum todo foi extremamente inferior. No en-

tanto, é atribuído a este grupo um tipo deartes plásticas semelhaute, embora diferenteem outros aspectos, quando comparado à artedo crânio com argamassa do grupo anterior.Uma espécie de ídolo era feita com argamas-sa besuntada em uma base de juncos ao invésde um crânio. O formato é  de um disco acha-tado sobre o qual estão moldadas feições im-reeisas, ornadas com cabelos e barba pinta-os, e olhos, novamente feitos de conchas.Estas pessoas cavaram buracos em pedrei-ras no nível pré-cerâmico para obter barropara seus próprios tijolos de construção, fei-tos em um distinto formato de pão. Pouco,porém, é conhecido desta cultura neolíticado quinto milênio a,C., porque nenhuma se-pultura foi descoberta. Houve duas fasesdesta cultura, sendo que a segunda possuíauma cerâmica melhor, feita a mão, o que pelaprimeira vez pode ser ligado com outra ce-râmica neolítica de lugares como Biblos, aonorte de Beirute, e Sha’ar ha-Golan, na jun-ção dos rios Jarmuque e Jordão. Certamen-te, estes rudes camponeses em Jericó fazi-am parte de um grande e largo movimento

de pessoas por todo o Crescente Fértil e es-tavam fazendo progressos em relação à ida-de do metal, e ao início da história.Uma conhecida cultura calcolítica chamadaGhassulian, que foi divulgada em toda a Pa-lestina no quarto milênio a.C., está completa-mente ausente em Jericó, Após um períodosem ocupação (parte do quarto milênio),ericó recobrou a vida em aprox. 3200 a.C.

Mas o povo era provavelmente seminômadeporque a evidência vem em sua maior partede tumbas em rochas com pouquíssimostúmulos na cidade. A cerâmica destas tumbasé de vários tipos, cada um dos quais pode serassociado a locais separados no montanhoso

campo palestino. Conseqüentemente, no fi-nal ao quarto milênio, a Palestina estava re-cebendo vários povos novos. Muitos delesentraram através de Jericó vindos do leste,uma experiência repetitiva desta antiga cida-de. Este foi um período de fusão de culturasrecém-chegadas na Palestina, que colocou osalicerces para a forte civilização urbana da-quela que seria a Primeira Idade do Bronze.Durante a Primeira Idade do Bronze (aprox.2900-2300 a.C.), Jericó emergiu como uma ci-dade fortificada. A sua sucessão de defesasmostra a constante luta com os nômades oci-dentais e possivelmente a disputa com outrascidades-estado como Jerusalém, Bete-Seá eMegido, que também ajudou a criar esta erade urbanização. Os muros de Jericó, da Pri-meira Idade do Bronze, dão evidências dramá-ticas de muitas destruições pelo fogo. Outrascausas eram a erosão disseminada dos tijolosde barro dos quais estes muros eram feitos, edos terremotos a que esta área está sujeita.Entre 1930 e 1936, escavadores de Jericó (diri-gidos por Garstang) pensavam que dois destesmuros eram um muro duplo do final da Idade

do Bronze, destruído sob a liderança de Josué. A obra de Kenyon provou que os dois murosnão eram contemporâneos, mas que amboseram da Primeira Idade do Bronze.Inovações arquiteturais interessantes apare-cem em Jericó neste período: o uso de umfosso simples e às vezes duplo do lado de forados muros para torná-los menos acessíveis, eo uso abundante de madeira nos muros paralhes conferir mais estabilidade, mas tambémcomo vigas e suportes dos telhados nas casas

Palácio herodiano na Jerico doNovo Testamento

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JERICO JERO OJERO OJERO OJERO O

solo com grãos carbonizados ainda em gran-des jarros. Pesos de tear feitos de barro teste-munham a atividade de tecelagem. Uma úni-ca residência, com dezenas de moinhos, talvezfosse o local de trabalho de um comerciante.

 As provas de que esta Jerico tinha fortes con-

tatos com o Egito vem da presença de escara- velhos do tipo dos hicsos, mas também demóveis do tipo egípcio nas tumbas de famíliaque eram abastecidas com comida e instru-mentos para a vida após a morte. Artigos pe-recíveis como, por exemplo, longas e estrei-tas mesas de madeira, banquetas, travessas,uma cama, caixas, cestos, esteiras etc. repre-sentam a divergência mais incomum em re-lação à arqneologia palestina, onde a umida-de geralmente coloca rigorosos limites àquiloque poderia ser encontrado. É provável queos gases vulcânicos tenham interrompido adecomposição nestas tumbas seladas.Sobre o importante tema da Jerico da Idadedo Bronze Final e da conquista de Josué, aescavação de Kenyon gerou poucas infor-mações. As provas de uma ocupação entreos séculos XV e XIV são mostradas nas tum-

 bas. Quanto ao monte, a erosão é novamen-te extensiva, Mas, na encosta leste, a ero-são foi interrompida durante 150 anos atra-

 vés da cidade do Bronze Final de aprox. 1400a.C. De acordo com Kenyon, não resta ne-nhum vestígio dos muros da época de Josué.

 A razão para isto parece ser que os muroseram de tijolos de oarro, como era a maiorparte dos muros de Jericó, e sujeitos à ero-são bem como aos séculos de extração departes dos tijolos de barro deteriorados, fei-tas por outros povos que se seguiram, A presença da moderna estrada sobre o lugarmais provável, onde o desgaste da erosãopodería ser encontrado, parece ser uma ra-zão adicional para encontrar-se evidênciasesparsas do Finai da Idade do Bronze. Tam-

 bém deve ser lembrado que as escavaçõesde Garstang (1930-36) forneceram um con-

siderável material não controverso do Bron-ze Final com pouca ou nenhuma cerâmicamieênica que já estava entrando na Palesti-na em 1400 a.C. Contudo, grandes quanti-dades desta cerâmica foram recentementeencontradas em Deir Allah e em Tell es-

 Ashdiyeh, 48 quilômetros na subida do Jor-dão. Dessa forma, Garstang datou a con-quista de Jericó como um evento que ocor-reu, no máximo, em 1385 a.C. Kenyon da-tou a vitória de Josué sobre Jericó em aprox.1350-1325a.C. (Digging up Jericho,  pp. 261-63).

Veja Êxodo, O: A Epoea.

 A maldição de Josué (Js 6.26-27) foi cumpri-da sobre Hiel, o beteiita, que reconstruiuericó (1 Rs 16.34) nos dias de Acabe (aprox.

800 a.C.). A maior parte desta camada da Ida-de do Ferro também sofreu erosão, sendoque as ruínas mais antigas mostram umacomunidade próspera no século VII a.C., quefoi posteriormente destruída pelo exército de

Nabucodonosor e reconstruída na época deEsdras e Neemias (cf. Ed 2.34; Ne 3.2; 7.36).

 As escavações de J. L. Kelso e J. B. Pritchardem 1950 e 1951 descobriram um palácio deinverno de estilo romano de Herodes o Gran-de em um local onde já houve uma cidade,

localizada pouco mais de um quilômetro asudoeste da colina do AT. Esta era a Jericóonde Zaqueu (q.v.), o principal cobrador deimpostos, vivia na época de Jesus (Lc 19.1,2).Ela dependia das águas trazidas pelos ma-nanciais no Uádi Qeüt, nas proximidades dolocal onde a estrada romana seguia paraerusalém. Outros judeus estavam eviden-

temente vivendo em uma aldeia tambémconhecida como Jericó, mas muito mais pró-

 xima desta fonte abundante, pois Mateus eMarcos relatam que o cego Bartimeu (q.v.)foi curado à beira do caminho quando Jesusestava deixando Jericó (Mt 20.29-34; Mc10.46-52). Lucas, porém, declara que Jesusestava se aproximando de Jericó naquelemomento (18.35). A mudança da Jericó me-dieval e da Jericó moderna para uma locali-zação um quilômetro e meio mais próximado Jordão deve nos fazer lembrar de que elaera um oásis, e não apenas uma colina do

 AT que recebeu o epíteto “Jericó” - prova- velmente, este nome foi, em sua origem, umareferência ao deus-lua que era, ali, adoradopelos antigos habitantes cananeus.

Bibliografia.  John e J. B. E. Garstang, TheStory of Jericho,  Londres. Marshall, Morgane Scott, 1948. Kathleen M. Kenyon, Diggingup Jericho, Londres. Ernest Benn, 1957;“Jericho”, TAOTS, pp. 264-275. Leon T. Wood,“Date of the Exodus”, NPOT, pp. 69-73.

E.  B,S,

ERIEL Um homem da tribo de Issacar, fi-lho de Tola (1 Cr 7.2).

 JERIOTE JERIOTE JERIOTE JERIOTE Uma das esposas de Calebe, fi-lho de Hezrom (1 Cr 2.18).

 JEROÃO JEROÃO JEROÃO JEROÃO1.

 

Filho de Eliú e pai de Elcana, o pai deSamuel (1 Sm 1.1; 1 Cr 6.27,34).2.  Um benjamita, pai de vários filhos, que vi-

 veu em Jerusalém depois do exílio (1 Cr 8.27).3.  Pai de Ibnéias, um chefe de Benjamimdepois do exílio (1 Cr 9.8). Possivelmente amesma pessoa mencionada no item 2 acima.4.  Um sacerdote cujo filho Adaías residiu emerusalém depois do exílio (1 Cr 9.12; Ne11.12). 5.

 

 Jeroâo de Gedor, uma aldeia de Judá. Seusfilhos Joela e Zebadias se juntaram a Daviem Ziclague (1 Cr 12.7).6.  Pai de Azarei, chefe da tribo de Dâ na épo-ca de Davi (1 Cr 27.22).7.  Pai de Azarias, um dos capitães que aju-daram Joiada a levar Joás ao trono de Judá(2 Cr 23.1),

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JEROBO OJEROBO OJEROBO OJEROBO O JEROBO OJEROBO OJEROBO OJEROBO O

Betei, onde Jeroboão estabeleceu um deseus centros de adoração ao bezerro, HFV

EROBO O Dois reis de Israel tinham estenome. O nome aparece em um selo de jaspeencontrado em Megido com a inscrição"Sema, servo de Jeroboão”, provavelmenteum oficial de Jeroboão II1. Jeroboão I (931-910 a,C.), da tribo deEfra-im, filho de Nebate e Zerua. Sua energia ehabilidade foram reconhecidas por Salomãocom relação à construção da torre de Milo, eele foi colocado como encarregado dos con-

 vocados efraimitas. A profecia de Alas de

que Jeroboão se tornaria rei das dez tribosdo norte, ao invés de Roboão, o filho de Sa-lomão, chegou aos ouvidos do rei, e Jero-

 boão fugiu para o Egito, por segurança (1Rs 11.26-40). Retornando para a Palestinaapós a morte de Salomão, ele chefiou a de-legação das tribos do norte buscando deRoboão um alívio das opressões praticadaspoT seu pai. Quando isto foi recusado, astribos do norte se afastaram da casa de Davie estabeleceram Jeroboão como rei (1 Rs12.2-15,19,20),eroboão reconstruiu Siquém de Efraim, a

qual Abimeleque, filho de Gideão, haviadestruído, e fez dela a residência real. Emseguida ele construiu Penuel na TVansjordâ-nia (1 Rs 12.25), que serviu como uma resi-dência de inverno ou como uma capital al-ternativa por causa da campanha ao FaraóSisaque em 926 a.C. Ele fmalmente mudousna residência real para Tirza (q.v.; 1 Rs14.17), uma cidade a noroeste de Siquém.Seu treinamento sob o governo de Salomãoo tomou um grande construtor. Ele é conhe-cido principalmente como ‘'Jeroboão, filho de

Nebate, que fez pecar a Israel”. Seu pecadofoi erigir Dezerros em Dã e Betei, estabele-cendo em Israel a adoração ao bezerro queeles sem dúvida haviam visto no Egito. Seupropósito era político, para manter o povoafastado do Templo de Jerusalém, onde seuscorações poderíam ser atraídos de volta paraa casa de Davi, Os sacerdotes e levitas cujascasas estavam em seu território não recebe-

ram nenhum lugar na nova adoração, sendooutros escolhidos indiscriminadamente parao sacerdócio. Ele não foi dissuadido de seupropósito pelas advertências do profeta deudá, cujo nome não foi mencionado (1 Rs

12.25-13.10,33,34).

Embora seu reinado tenha sido próspero, seupecado lhe trouxe o severo juízo de Deus, vis-to na morte de seu jovem filho Abias, e notrágico final de sua dinastia na segunda ge-ração (1 Rs 14.1-20).2. Jeroboão II (782-753 a.C.), filho de Joás,e terceiro na sucessão de Jeú. A duração de

 A Esteia de Arurith, Síria, do século VI a.C, >ilustra como os pagãos da área oriental do

Mediterrâneo viam frequentemente seus deusescomo estando de pé sobre as costas dos animais.

 Alguns pensam que Jeroboão procurou fazer comque os israelitas imaginassem o Senhor

invisivelmente de pé ou sentado sobre seus bezerros de ouro. LM

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JEROBO OJEROBO OJEROBO OJEROBO O JERUSAL MJERUSAL MJERUSAL MJERUSAL M

seu reinado, apresentada em 2 Reis 14.23(41 anos), inclui uma eo-regência com senpai de aproximadamente 12 anos, 794-782a.C. Seu reinado foi de grande prosperida-de, militarmente e economicamente. Elecontinuou com as conquistas que seu pai

eoás havia começado, restaurando as fron-teiras de Israel que haviam sido invadidaspelos sírios e, na verdade, subjugando Da-masco. Assim como seu pai havia recebido oencorajamento de Eliseu neste assunto,eroboão foi encorajado pelo profeta Jonas.

Foi um período de grande riqueza. Extrava-gâncias e luxos abundaram, como foi verifi-cado nas escavações da capital Samaria (q.v,);contudo, os pobres eram oprimidos, e ospadrões morais estavam se degenerando ra-pidamente. O livro de Amós apresenta um

 vivido retrato da paixão ímpia aos prazeresnos dias de Jeroboão. Embora fosse exteri-ormente próspero, seu reino estava naiminência de ser desintegrado. Por um iado,eroboão foi um salvador de Israel (2 Rs

14.27)  , mas, por outro, seu longo reinadolevou a nação à beira do juízo. Cerca de 30anos após a sua morte, o reino de Israeldeixou de existir.

 J. C. M.

ERUBAALO nome significa “Que Baal sedefenda”, e foi o nome dado a Gideão por seupai Joás quando o primeiro destruiu o altarde Baal (Jz 6.32; 7.1). Veja Gideâo.

ERUBESETE Um nome para Gideão emsubstituição a Jerubaai, usado para evitarligar Gideão à adoração a Baal (2 Sm 11.21).Veja Gideão.

 JERUEL Uma seção do deserto de Judã,

acima e a oeste dos penhascos com vistapara o mar Morto (2 Cr 20.16), entre Tecoae En-Gedi.

ERUSA A mãe de Jotão, esposa do reiUzias, e filha de Zadoque (2 Rs 15.33; 2 Cr

27.1).ERUSALEM Esta cidade tem sido apro-

priadamente chamada de “capital espiritualdo mundo”, uma sentença sublinhada pelaresolução de 1947 das Nações Unidas paradesigná-la como uma cidade santa interna-cional. Para os estudantes da Bíblia e de his-tória, ela talvez seja a comunidade mais fas-cinante do mundo, sendo uma das cidadesmuradas mais bem preservadas, e sagradapara os três principais tipos de fé monoteís-tas - judaísmo, cristianismo e islamismo.

NomeNomeNomeNome A idéia de que o nome veio originalmente dohebraico ‘lr Shalem ,  significando “cidade depaz”, parece agora ser insustentável. As car-tas de Amama (q.v.) escritas em acãdio cu-neiforme possuem a palavra Urusalim;  nasinscrições assírias de Senaqueribe está es-crito ÜrusaUmmu;  e hieróglifos egípcios (sé-culos XIX-XVIII a.C.) possuem o equivalen-te de Urushamem.  Estudiosos modernos en-tendem que estas palavras significam “fun-dada pelo deus Salém”, um deus dos amor-

Museu Arqueológico da Palestina em Jerusalém, onde muitos dos tesouros escavados

na Palestina têm sido guardados, HFV

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JERUSAL MJERUSAL MJERUSAL MJERUSAL M JERUSAL MJERUSAL MJERUSAL MJERUSAL M

ainda transporta a água para o Tanque deSiloé no topo sudeste do cume (2 Cr 32.3,4,30;Is 22.11; Jo 9.7).Uma fonte conhecida como Bir Eyyub, a En-Rogel bíblica ÍJs 15.7; 1 Rs 1.9), foi logo esca-

 vada a sudeste da cidade, onde os vales de

Cedrom e Hinom se encontram. Nos temposromanos, a água era transportada por umaqueduto construído por Pi ia tos a partir dos"Tanques de Salomão”, ao sul de Belém, epor um aqueduto de alto nível (165 d.C.) de

 Arrub, em direção a Hebrom. Nos temposmodernos, a água é bombeada de mananci-ais abundantes do norte de Anatote e de Rasel-‘Ain na Sefelá a oeste.

Os Muros de JerusalémOs muros originalmente incluíam a peque-na e prolongada “cidade de Davi” na colina

sudeste. Posteriormente, eles foram esten-didos para incluir a cidade expandida e a áreado Templo. As principais fontes do conheci-mento atual dos muros antigos são Neemiase Josefo. No tempo do Senhor Jesus, o murosul atravessava o vale Tiropeano e abrangiatanto a cidade de Davi quanto a cidade alta,onde agora existe uma igreja. O primeiromuro norte se estendia diretamente para ooeste a partir da área do Templo. O disputa-do “segundo muro” de Josefo se estendia apartir das redondezas da Porta de Jope aonorte, e então a leste para unir-se à fortale-za de Antônia a norte do Templo. O “terceiromuro”, qne começou, de acordo com Josefo,em 42 d.C., está situado sob o muro norteexistente, ou pode ser a série de pedras ma-ciças afastadas para o norte do muro atual,entre o Consulado Americano e a Escola

 Americana de Pesquisa Oriental. Os murosatuais são os de Suleiman, construídos em1542 d.C., e provavelmente seguem os mu-ros romanos de Aelia Capitolina.

 As Portas e Torres de Jerusalém As portas e as torres do muro da cidade, na

Nòvàs escavações nas proximidades domuix> ocidental do Templo, HFV

O muro ocidental do Templo ( Muro dasLamentações). HFV

época de sua reedifícação, durante o gover-no de Neemias, são citadas em ordem, come-çando com a Porta das Ovelhas, perto da es-quina nordeste da área do Templo, e prosse-guindo no sentido anti-horário em tomo dasfortificações (Ne 3). Quer ligadas à inspeçãopreliminar de Neemias, à noite, ou à dedica-ção do muro de Jerusalém, a maioria dasportas é mencionada novamente (Ne 2.12-

15; 12.27-39). 1. 

Porta das Ovelhas  (on Porta do Gado; Ne3.1,32; 12.39). Picava no lado norte da cida-de, entre a Torre dos Cem (ou Torre de Meã)a oeste, e a Porta de Mifeade (ou Porta daGuarda) a leste, que era próxima à “câmarado canto” ou “eirado da esquina”, provavel-mente significando a câmara do telhado naesquina nordeste da cidade (Ne 3.31). É pro-

 vável que o “mercado das ovelhas” perto doTanque de Betesda (Jo 5.2) seja, na verda-de, a Porta das Ovelhas, e qne a palavra

“mercado” tenha sido acrescentada pelos tra-dutores da versão KJV em inglês. As com-pras e as vendas eram freqüentemente rea-lizadas na área da entrada dos portões dascidades antigas.2.

 

Torre de Meã  (Ne 3,1; 12.39), As versõesmodernas a traduzem como Torre dos Cem.3.  Torre de Hananel (Ne 3.1; 12.39; Jr 31.38).Esta torre e a Torre de Meá guardavam aárea do Templo ao norte, como o “castelo”forte on a Torre de Antônia construída pelorei Herodes no período do NT (At 21.34 etc.; veja Castelo).

4. 

Porta do Peixe (Ne 3.3; 12.39; 2 Cr 33.14; S1.10)  , Mencionada primeiramente em cone- xão com o muro exterior construído por Ma-nassés, esta porta no muro do norte deve terestado perto da atual Porta de Damasco, ondeo muro atravessa a parte superior do valeTiropeano. O nome provavelmente veio dofato de que peixes do mar da Galiléia entra-

 vam através dela, ou por causa de um merca-

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do de peixes localizado perto dela. Esta pode-ría ser a Porta do Meio mencionada em Jere-mias 39.3, onde os príncipes babilônios se sen-taram, enquanto o rei Ezequias fugia pelaporta que estava no lado sul da cidade (39.4).5.

 

Porta Velha (Ne 3.6; 12.39). A partir deste

ponto até a Porta da Fonte, a linha que asfortificações seguiam é muito incerta, poisos arqueólogos ainda não foram capazes deescavar suficientemente a colina oeste paradeterminar qne partes dela, e em que perío-dos, estavam incluídas dentro do muro dacidade durante os tempos do AT. A versãoNEB em inglês translitera o nome desta por-ta como a Porta de Jesana, e sugere em umanota de rodapé que ela era a porta da cidadeantiga. Dependendo da extensão da cidade,ela pode ter feito parte do lado de dentro daárea chamada Ofel, ou da área do Templo noseu lado oeste, perto da extremidade lestedo Arco de Robinson. Por outro lado, uma

 vez que Neemias não menciona a Porta daEsquina (2 Rs 14.13; 2 Cr 25.23; 26.9; Zc14.10)  , este pode ser um nome alternativopara a Porta Velha. A Porta da Esquina podeter se situado perto da atual fortaleza e Por-ta de Jaffa, onde o palácio de Herodes se si-tuava nos tempos do NT.6.

 

Porta de Efraim  (2 Rs 14.13; 2 Cr 25.23;Ne 8.16; 12.39). A localização desta porta daerusalém pré-exílica é dada em 2 Reis 14.13

e 2 Crônicas 25.23 como 400 côvados, ouaproximadamente 180 metros da Porta daEsquina. Por causa de sen nome, é possívelque estivesse localizada em direção ao nor-te, voitada ao território de Efraim, servindodessa forma ao mesmo propósito da atualPorta de Damasco. O texto em Neemias 8.16se refere a um lugar amplo defronte da por-ta, dentro dos muros da cidade, onde caba-nas foram construídas para a observânciada Festa dos Tabernáculos. Aparentemen-te, esta porta havia sido reconstruída antesde Neemias retornar a Jerusalém, visto que

nâo é mencionada em Neemias 3, mas o tex-to em Neemias 12.39 fala a seu respeito,Nos tempos do NT, a porta que Josefo cha-mou de Genate ("jardim”) ficava neste localou perto dele (Wors v.4.2). Jesus pode tersido conduzido por esta porta, carregando asua cruz (Mt 27,31,32), uma vez que existiaum jardim próximo ao local da crucificação(Jo 19.41).7.

 

 Muro Largo (Ne 3.8; 12.38). Escavações re-alizadas em 1970 descobriram uma seção domuro da cidade com 35 metros de comprimen-to, provavelmente construído por Ezequias(aprox. 700 a.C,) na colina ocidental. A sua es-pessura incomum de sete metros sugere queele pode ter sido o Muro Largo, ainda parcial-mente em pé depois das destruições de Nabu-codonosor em 586 a.C. Porém, este fica muitomais a leste do que o atual muro oeste cons-truído porSuleiman em 1542 d.C., a seção re-centemente descoberta com aprox. 275 me-

tros a oeste do recinto do Templo e a 400 me-tros a leste da Porta de Jaffa - a atual Tel Aviv(N. Avigad, “Exeavations in the JewishQuarter”, IEJ, XX [1970], 129-135).8.  Torre dos  Fomos (Ne 3.11; 12.38). Estatorre pode ser uma daquelas que foram

construídas durante o reinado de Uzias, tal- vez a torre para fortificar a Porta do Vale (2Cr 26.9). Os “fornos” podem se referir aosfornos para cerâmica que estavam provavel-mente localizados perto da “Porta do Oleiro”(ou “Porta do Sol”) de Jeremias (Jr 19.2), aPorta do Vale.9.  Poria do Vale (Ne 2.13; 3.13; 2 Cr 26.9). A 

 versão KJV em inglês traduz o termo hebraicosha'ar kaharsit  em Jeremias 19.2 como “Por-ta Orientar. Outras versões o traduzem comoPorta do Oleiro, onde as cerâmicas quebra-das dos oleiros eram jogadas fora no vale deHinom, nos monturos. À Porta do Vale deveter ficado no alto da colina ocidental e de fren-te para o sudeste, uma vez que ela ficava 1.000côvados (aprox. 450 metros) a oeste da Portado Monturo (Ne 3.13).10.  Porta do Monturo  (Ne 2.13; 3.13,14;12.31). Esta porta recebeu este nome por-que o lixo da cidade era levado através delapara ser queimado no vale de Hinom. Josefoa chamou de Porta dos Essênios (Wars v.4.2),

 A sua localização pode ter sido no topo sul dacidade murada ou perto dele, um pouco ao

sul do Tanque de Siíoé, onde o muro deve teratravessado a foz do vale Tiropeano. Ruínasde uma antiga porta foram encontradas aqui.Na época de Jeremias, a porta nesta seçãofoi descrita como “a porta que está entre osdois muros” (2 Rs 25,4; Jr 39.4; 52.7), atravésdo qual o rei Zedequias fugiu em direção ao

 vale do Jordão. Perto desta porta ficava o“jardim do rei” (2 Rs 25.4; Ne 3.15).11.  Porta da Fonte  (Ne 2.14; 3.15; 12.37).Estaporta pode ser localizada muito perto, uma

 vez que estava próxima ao Tanque de Siloé

ou ao Tanque ao Rei, dentro da cidade, elevava diretamente às “escadas da Cidade deDavi” (Ne 12.37). As ruínas de uma escadacortada na rocha, subindo do vale de Cedrom,mostram que a Porta da Fonte ficava exata-mente ao norte da esquina sudeste da cida-de. Seu nome pode indicar que ela se abriapara a “Fonte do Dragão” (Ne 2.13), a fontechamada En-Rogel (2 Sm 17.17; 1 Rs 1.9),descendo ligeiramente o vale de Cedrom.12.  Porta das Águas (Ne 3.26; 8.1,3,16;12.37)  . Sem dúvida alguma esta porta, que

era voltada ao oriente, fornecia, nos temposde paz, uma rota de superfície para se des-cer até à fonte de Giom, ao pé da colina.Quando a cidade estava sob cerco, os defen-sores muravam a foz de Giom, e as suaságuas fluíam através do túnel de Ezequiasaté o Tanque de Siloé. A porta pode ter sidosituada consideravelmente ao norte de Giom,porém, muito mais próxima do Templo, comoNeemias 8.1-5 pode sugerir. Os muros entre

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JERUSAL MJERUSAL MJERUSAL MJERUSAL M JERUSAL MJERUSAL MJERUSAL MJERUSAL M

as Portas da Fonte e das guas devem terestado em condições extremamente ruins, a

 A senhorita Kenyon concluiu, através desuas escavações, que os terrenos que apoia-

 vam as casas dentro do muro pré-exílico ha- viam se desgastado pela erosão e desmoro-nado após a destruição de Jerusalém pelaBabilônia. Ela também descobriu que o muronorte da cidade jebusita encurvou-se do de-clive não distante do norte de Giom até o topodo cume, na direção noroeste. O muroisraelita ligando esta parte da cidade à coli-na do Templo se estendia ao longo do picoleste em um curso nordeste, formando umângulo reto com o muro da cidade onde elecomeçava (cf. 2 Cr 26.9; Ne 3.19,2Q,24,25).Nas proximidades da Porta das Águas foiconstruída a “torre grande e alta* (Ne 3,27),uma grande torre que se projetava adjacen-te ao muro que guardava o lado leste de Ofel,a porção da cidade que estava ao sul da áreado Templo.13.  Porta dos Cavalos (Ne 3.28; 2 Es 11.16; 2Cr 23.15; Jr 31.40). Á rainha Atalia foi mor-ta na Porta dos Cavalos, que naquela épocaconduzia do Templo ao palácio (2 Cr 23.15).Na época de Jeremias, uma porta da cidadecom este nome marcava o limite oriental dacidade, provavelmente um pouco ao norte da

“esquina" (Jr 31.40) onde o muro da cidadetornou-se o muro leste do recinto do Templo.14.  Porta Oriental  (Ne 3*29). Uma vez quenão foi dito que a Porta Oriental foi restau-rada na época de Neemias, ela pode ter sidoa porta oriental do Templo (cf. Ez 10.19; 11.1),

ue já havia sido reedificado sob o governoe Zorobabel. Ela ficaria do lado oposto do

edifício do Templo, um pouco ao sul da atualPorta de Ouro murada. Quanto à “Porta doOleiro" (ou “Porta do Sol") de Jeremias 19.2, veja a Porta do Vale no item 9 acima.15.

 

Porta de Mie fade  ou Porta da  Guardo

(Ne 3.31). Há versões que traduzem estenome como “Porta das Tropas", “Porta da Ins-peção”, “Portão da Guarda”, “Porta deHamifecade”. Esta pode ter sido a Porta deBenjamim de Jeremias 20.2; 37.13; 38,7 eZacarias 14.10, que parece certamente tersido adjacente ao Templo e localizada nasproximidades da esquina nordeste da cidade,conduzindo ao território de Benjamim. A“por-ta superior de Benjamim" onde Jeremias foipreso (Jr 20.2) era provavelmente uma por-ta do Templo, talvez a Porta da Guarda (2 Rs

11.19). A Porta de Micfade deve ter se situadono local da atual Porta de Ouro ou perto dela,O Senhor Jesus pode ter entrado em Jeru-salém através desta porta ou pela Porta doOleiro em sua entrada triunfal. Exatamenteao norte da Porta de Micfade ficava a esqui-na da defesa da cidade, onde o muro se volta-

 va à direção noroeste, tendo nesta seção aPorta das Ovelhas.

16.  Portas do Templo.  Além das portas domuroda cidade, certas portas do Templo são chama-das de (1) Porta Sur   (2 Rs 11.6) - Poria doFundamento  (2 Cr 23.5); (2) Porta dos daGuar-

da  (2 Rs 11.6,19; Ne 12.39, “Porta da Prisão”;cf. Jr 20.2); (3 )Porta [de j Salequete  (1 Cr26.16),no lado oeste da área do Templo que se abrepara o vale Tiropeano; (4)Poria Nova (Jr 36.10);(5) Porta  Formosa (veja  Porta Formosa; At3.10),talvez a Porta de Nicanor do Mishnaic tractateMiddoth, no lado leste do pátio das mulheres(cf. Josefo, Wars v.5.3); (6) a Porta do Oleiro(veja 14 acima).

Escavações

O capitão Charles Warren, um engenheirode mineração britânico, foi o primeiro ho-mem a conduzir qualquer tipo de investiga-ção científica em Jerusalém. Em 1867-70, eleescavou ao redor dos muros da área do Tem-plo, examinando os quatro lados do Haramesk-Sherif,  com um sistema de covas e tú-neis. F. J. Bliss e A. C. Dickie exploraram aextremidade sul da colina ocidental em 1894-97 e encontraram um grande muro do outrolado da entrada do vale Tiropeano. Embora omuro nunca tenha sido datado de forma exa-ta, não parece ser da época do AT. Em 1909-11 Montague Parker, com a ajuda de Père L.H. Vincent, explorou e interpretou o labirin-to de túneis que conduzem ao manancial deGiom, explicando assim como osjebuseusobtinham água durante um cerco. Raymond

 Weill escavou partes da colina sudeste em1913-14 e demonstrou de uma vez por todasque este era o local da cidade dos jebuseusque Davi capturou e chamou de Sião.Depois da Primeira Guerra Mundial duran-te os anos 20, Weill conduziu outras escava-ções no pico sul da cidade antiga. J. Garrow

Duncan e R. A. S. Macalister investigaram0000  cume e o declive acima de Giom. Eles da-taram uma parte do muro como sendo daépoca dos jebuseus, mas em 1961 foi prova-do que esta pertencia ao século II a.C. Doisoutros arqueologistas britânicos, J. W.Crowfoot e G. M. Fitzgerald, cavaram umatrincheira na área de Ofel no topo da colinaebusita abaixo de sua ladeira oeste e atra-

 vessando o vale Tiropeano. Eles descobri-ram uma porta e um muro da cidade, ambosmaciços, neste lado da colina sudeste, pro-

 vando que ela havia sido rodeada por mu-

ros no período macabeu. Bem ao norte daantiga cidade murada, E. L. Sukenik e L. A.Mayer descobriram seções de um muro apa-rentemente construído por Herodes Agripa1111 

(40-44 d.C.).Em escavações que se estenderam entre 1934e 1948, C. N. Johns realizou exames extensi-

 vos da fortaleza. O muro da cidade se encurva- va por aqui a partir do cume acima do vale de

 

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 Algumas cerâmicas do século VII a.C. foramencontradas na área da fortaleza. Uma partede um muro pré-asmoneano, provavelmenteisraelita, construído com blocos de pedra qua-drados, porém grosseiros, foi encontrada sob atorre herodiana conhecida como Fasael em es-

cavações posteriores a partir de 1967.Depois da Segunda Guerra Mundial e do iní-cio do Estado de Israel em 1948, nenhumaescavação de larga escala foi empreendida emerusalém até 1961. Naquele ano e ao longo

de 1967, Kathleen A. Kenyon e Pere R. de Vaux dirigiram campanhas anuais para in- vestigar várias áreas de Jerusalém, usandoas técnicas estratigráficas mais atuais. Es-tas escavações estabeleceram com razoávelcerteza a posição da cidade mais antiga e seumuro. As defesasjebusitas foram construídas

 bem abaixo da ladeira do vale de Cedrom afim de proteger a entrada para o túnel quelevava para a cova acima da gruta do manan-cial de Giom. Desde a sua origem, em aprox.1800 a.C., o muro da cidade esteve localizadonesta posição, pelo menos até o século VII a.C.,entrando no período israelita.Desde a Guerra dos Seis Dias em 1967, ar-queólogos israelenses dirigidos por Benja-mim Mazar têm escavado o sul e o sudestedos arredores do Templo. Uma rua herodianalindamente pavimentada foi encontrada juntoaos muros ao sul e a oeste do Templo de

Herodes. As ruínas da grande ponte atraves-sando o vale Tiropeano, da área do palácio àcolina ocidental até o Pórtico Real, na áreado Templo (ligando-se ao “Arco de Robinson”),foram investigadas. Ao invés de uma sériede arcos, o viaduto de quase 16 metros delargura se estendia por aprox, 13 metros aci-ma da rua até um cais finamente construídono lado oeste do vale. Quatro salas peque-nas, que provavelmente serviam como lojas,foram construídas dentro do cais e ficavamde frente para a avenida herodiana. Debaixodas lajes pavimentadas corria um grande

aqueduto talhado em um leito rochoso pelostrabalhadores de Herodes (BA, XXXIII[1970], 47-60), Foram descobertas escadasmonumentais que levavam da antiga cidadede Davi para uma das portas de Hulda, nomuro sul do Templo de Herodes. Debaixo deuma destas portas foi encontrado um túneltalhado na rocha que, de acordo com oMishnah, pode ter seivido para o acesso sa-cerdotal ao santuário.Outras escavações descobriram várias tum-

 bas judaicas, incluindo um cemitério do sé-culo I d.C. ao norte da cidade antiga. Em umadestas tumbas havia ossos de um jovem ju-deu que havia sido crucificado {veja Cruz),

História A pré-história de Jerusalém remonta pelomenos ao início da Idade do Bronze, quandotribos nômades acamparam na colina sudes-te, e deixaram panelas de cozinha e ferra-

mentas de pedra para fazer fogo em uma ca- verna, em aprox. 3000 a.C. Ela deve ter sidoconsiderada uma cidade santa nos tempos pa-triarcais, pois foi registrado que Abraão pa-gou o dízimo a Melquisedeque (q.v.), seu ini-gualável sacerdote-rei (Gn 14.18-20). Ela foi

habitada durante o período de afluência dosamorreus à Palestina, citados como “Ausha-mem” nos textos de execração egípcia (aprox.1900 a.C.), que agora estão no Museu deBerlim (ANET, p. 329).Na época da invasão israelita (aprox. 1400a.C.), Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, li-derou uma coalizão que em vão desafiou oavanço de Josué (Js 10.1-26). Durante o pe-ríodo Amam a, seu governante, ‘Abdu-Hebaescreveu várias cartas ao Faraó solicitandoajuda militar (ANET, pp. 487ss.), Depois dis-so, os israelitas capturaram a cidade fora dosmuros e a incendiaram (Jz 1.7,8); porém elesaparentemente não ocuparam a fortaleza,pois foi registrada como uma cidade dosebuseus não conquistada (Jz 1.21; 19.10-12).Devido às suas defesas naturais, os jebuseusmais tarde se sentiram suficíentemente for-tes para desafiar Davi e seus homens. E bas-tante provável que Joabe e seus guerreirostenham conseguido o acesso à fortaleza atra-

 vés do grande túnel de água que vinha dafonte de Giom (2 Sm 5.6-9; 1 Cr 11.6).Em 1867, Charles Warren descobriu um poço

 vertical com aprox. 12 metros de altura den-tro da colina. Ele permitia que os morado-res tirassem água de um reservatório queera abastecido por meio de um túnel hori-zontal que voltava à fonte. Havia uma pas-sagem irregular que ia do topo do poço até asuperfície. A entrada para a passagem esta-

 va situada dentro do muro da cidade, queficava a 50 metros do cume das montanhase que foi originalmente construída na IdadeMédia do Bronze II (aprox, 1800 a.C,).Com a captura da cidade por Davi, Jerusa-lém entrou na esfera da história mundial. A 

sua escolha de uma capital foi uma atitudecom prova damente sábia. Ela era uma cida-de pagã, não reivindicada anteriormente pornenhuma das tribos de Israel e, portanto, nãopoderia ser uma fonte de ciúme. Ficava nafronteira de Judá e Benjamim, adjacentetanto à tribo de Davi quanto à de seu prede-cessor. Além destas vantagens políticas daépoca, havia os patrimônios de longo prazode um local facilmente defensável, um su-primento de água seguro, e um clima saudá-

 vel. Com uma elevação de 850 metros, ela

permanece como uma das principais capitaisnacionais do mundo. Mesmo durante o ve-rão as noites são bastante frescas por causada elevação e da brisa.O primeiro ato de Davi foi reforçar as fortifi-cações da cidade pela construção do Milo(q.v.), talvez uma fortificação do mesmo cumee ao norte da “cidade de Davi” na área cha-mada Ofel (Ne 3.26,27). A senhorita Kenyon

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acredita que o  núllo  ou “aterro” era uma sé-rie de eirados com subestruturas maciças naladeira oriental, construídas para aumentara área residencial da populosa cidade. Com aascensão de Salomão, extensivas operaçõesde construção transformaram a colina norte

de Ofel em uma das maravilhas arquitetôni-cas do mundo. Naquela colina foi erigido oTemplo de Salomão, sobre o provável localdo sacrifício de Isaque, que seria oferecidopor Abraão (Gn 22), e o local da eira de

 Araúna, ojebuseu (2 Sm 24.16-25), Os imen-sos muros construídos durante a época deSalomão estão provavelmente enterradossob o atual Haram esh-Sheríf,  o cercado emtorno do Templo de Herodes cujas dimen-sões ele havia praticamente dobrado em re-lação ao seu tamanho anterior.erusalém passou por várias vicissitudes

após a “era de ouro“de Salomão. Em aprox.926 a.C., Si saque invadiu Judá e ameaçouerusalém (1 Rs 14.25,26), mas ficou satis-

feito por extorquir um pesado tributo. Du-rante o reinado de Jeorào, a cidade foi ataca-da pelos filisteus e pelos árabes (2 Cr21.16,17). Quando Amazias reinou, uma por-ção do muro da cidade foi destruída por Jeoásdo Reino do Norte, e muito despojo foi toma-do (2 Rs 14.8ss.). Durante o reinado de Uzias,porém, a cidade foi grandemente edificada efortificada, e seu prestígio, em grande parte,

restaurado (2 Cr 26.7,8). Uma outra crise nahistória da cidade ocorreu quando Acaz esta- va no trono na época da guerra siro-efraimita(cf. Is 7.1-9); então a nação foi ameaçada poruma coalizão de Israel e Síria (2 Rs 16.5,6),Uma grande crise ocorreu em 701 a.C. Osassírios, sob o governo de Senaqueribe, in-

 vadiram Judá e cercaram Jerusalém (Is 36-37). Apesar de extensas precauções toma-das por Ezequias - fortificando os muros eprotegendo o suprimento de água - a cida-de só escapou da destruição por uma inter-

 venção divina, como é declarado em 2 Reis

18.13-19.37 (cf. Is 22.1-14). O filho idólatrade Ezequias, Manassés, posteriormente for-tificou as defesas (2 Cr 33.14), e assim elaera agora uma das cidades mais invencíveisdo mundo.No entanto, o início do fim pode ser visto naocupação da cidade por Nabucodonosor em597 a.C., quando ele levou para o cativeiroseus melhores cidadãos e seu tesouro (2 Rs24.10-16). A tragédia final ocorreu em 587/6a.C. com a completa destruição da cidade, ea transferência da maior parte dos cidadãos

e artefatos para a Babilônia. A gravidadedesta ruína mal pode ser estimada, e a pro-funda cicatriz jamais será apagada (Lm 1.1-19; SI 79.1-9). A arqueologia confirma o re-lato bíblico da totalidade aa destruição tan-to da cidade como do campo.Porém, a esperança não morreu com a cida-de. Após a ascensão de Ciro (539 a.C.), osemigrantes judeus receberam permissão para

 voltar e reconstruir. Um de seus primeirosatos foi colocar as fundações do segundoTemplo. Após um período de 20 anos de ne-gligência e apatia, a casa do Senhor foi ter-minada e dedicada em 516 a.C. A cidade eseus arredores mantiveram uma existência

precária depois disso, com apenas um vestí-gio de sua glória e influência anteriores (Es-dras, Neemias, Ageu;  veja  Restauração e Pe-ríodo Persa).No século II a.C., uma outra grande crisesurgiu quando os selêucidas da Síria ganha-ram o controle da Palestina dos ptolomeus,e Antíoco IV começou uma campanha paraforçar o helenismo sobre os judeus. Na lutaresultante, Jerusalém foi capturada em 168a.C., e seu Templo profanado. Mas ela foirecapturada em 165 a.C. por patriotas ju-deus liderados pela família macabeana decinco irmãos. O Templo, purificado e nova-mente dedicado na Festa das Luzes, conti-nuou a servir como o foco da vida religiosa epolítica judaica até os tempos do NT.Pompeu, o general romano, chegou a Jerusa-lém em 63 a.C. a convite de uma das facçõesantagônicas dos fariseus. O governo romanopermaneceu na Palestina depois disso até queo Império Bizantino se tornou dominante.Durante estes anos, Jerusalém permaneceucomo o centro religioso dos judeus, tanto daPalestina quanto da Dispersão. Aqui, em oca-

siões da Páscoa e outras festividades, multi-dões de peregrinos convergiam para a cida-de. Nestes momentos, ela frequentemente setornava um cenário de violência, como na as-censão do sucessor de Herodes, Arquelau(quando 3.000 pessoas morreram), na mortedo Senhor Jesus, e quando Paulo foi resgata-do em meio a um grande tumulto (At 21.30).O Templo de Herodes, que no modo de pen-sar dos judeus ainda era o segundo Templo,embora aumentado e completamente refor-mado, foi iniciado em 19 a.C. e terminado em64 d.C., seis anos antes da total destruição da

cidade em 70 d.C., seguindo uma rebelião dequatro anos contra Roma.erusalém foi destruída após a segunda re-

 volta judaica sob Bar Kochba em 134 d.C. ereconstruída por Adriano (Públío Hélio, im-perador de Roma) como uma cidade pagã cha-mada Aelia Capitolina. Os cristãos se torna-ram cada vez mais numerosos na cidade; asigrejas cristãs foram erigidas ali a partir do3éculo IV d.C. até a conquista muçulmanaem 637 d.C. A influência muçulmana tem sidodominante na cidade a partir de então (e até

o presente) com exceção do período do ReinoLatino (1099-1188 d.C.) e outros breves in-tervalos durante as Cruzadas. A Palestina foiocupada pelo Império Otomano durante qua-tro séculos (1517-1917).Desde o último trimestre do século XIX, aimigração judaica de todo o mundo tem au-mentado grandemente o tamanho da cida-de, sendo que até o presente momento exis-

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te uma população de cerca de 300.000 judeuse 80.000 árabes.

 Após o término do governo otomano na Pa-lestina pela Primeira Guerra Mundial, a Grã-Bretanha deteve da Liga das Nações ummandato sobre a Palestina por 30 anos. Quan-

do este terminou em 1948, árabes e judeuslutaram por uma pausa ao longo das linhasdo armistício que dividiu a cidade até 1967.

 Após a Guerra dos Seis Dias em 1967, Israelanexou a cidade santa e declara que não de-sistirá da seção oriental independentementeda decisão que for tomada sobre os outrosterritórios ocupados.Enquanto as capitais dos impérios poderosos- Tiro, Tebas, Nínive, Babilônia - permane-ceram em ruínas durante milênios, Jerusa-lém sobrevive como um centro comercial epolítico, ruas acima de tudo como um museudo passado e um símbolo de esperança parao futuro.

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G.   A. T.eJ. R.

ERUSALÉM, NOVA ANova Jerusalém (Ap3.12; 21.1,10) foi aguardada por Abraão (Hb

11.10,16), prometida por Cristo (Jo 14.2,3),referida como o  monte Sião e a cidade doDeus vivo (Hb 12.22), aludida por Paulo (G14.26), empregada como um incentivo (Ap3.12), e descrita em Apocalipse 21.1-22.5. Elanão é idêntica à Jerusalém terrestre do Mi-lênio, nem é equivalente ao novo céu. Estacidade descerá do céu, vinda de Deus depois

do Milênio, e será o centro da nova ordem.Ela é a habitação de Cristo e da Igreja, e éacessível às nações salvas.

 A cidade é descrita primeiro do ponto de vistade sua população, a Igreja (Ap 21.1-9); e en-tão do ponto de vista de suas proporções ma-

teriais, um cubo de 2.400 quilômetros de cadalado, feita de ouro e pedras preciosas (Ap21.10-23); e finalmente do ponto de vista desuas provisões eternas (Ap 21.24-22.5). Estaconquista arquitetônica divina possui uma re-alidade material - os santos ressurretos eCristo habitarão nela com corpos fisicamentereais, embora seus detalhes simbolizem gran-des realidades espirituais. Veja  Cidade deDeus; Cidade Santa; Céu; Sião.

H.   A. Hoy

ESAÍAS

1. 

Filho de Hananias, filho de Zorobabel (1Cr 3.21).2.

 

Um levita, um dos filhos de Jedutum. Eleera um harpista e foi designado por Davi comoo cabeça ao 8° turno aos músicos (1 Cr25.3,15).3.  Um levita, filho de Reabias. Um de seusdescendentes, Selomite, foi encarregadodos tesouros que eram compostos pelascoisas que foram consagradas ao Senhorpor Davi e outros líderes (1 Cr 24.21, Issias;26.25,26).

4. 

Filho de Atalias, chefe da família de Elão. Eleretomou a Jerusalém com Esdras (Ed 8.7).5.  Um levita da família de Merari. ComHasabias e 20 filhos e irmãos, ele juntou-sea Esdras em Aava no caminho para Jerusa-lém (Ed 8.19).6.  Um benjamita, pai de Itiel, cujos descen-dentes habitaram em Jerusalém após o exí-lio (Ne 11.7).

ESANA Uma das cidades tomadas pelo rei Abias de Judá em uma guerra com JeroboãoII (2 Cr 13.19). Várias versões traduzem

esana como Sem em 1 Samuel 7.12, A loca-lização mais provável é Buri el-Isaneh, cercade 5 quilômetros ao norte de Jifiieh.

ESARELA Um músico dentre os filhos de Asafe durante a época de Davi (1 Cr 25,14).Ele é chamado de Asarela no v.2.

ESEBEABE O líder do 14° turno dos sa-cerdotes (1 Cr 24.13).

ESER Um filho de Calebe (1 Cr 2,18).

ESIAS

1. 

Uma variação de Issias (q.v.). Um dos va-lentes de Davi quando ele estava em Ziclague(1 Cr 12.6).2.  Um levita, filho de Uziel (1 Cr 23.20).

ESIMIEL Um príncipe da tribo de Simeão(1 Cr 4.36).

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ESIMOM1.

 

Um lugar deserto na extremidade nordestedo mar Vermelho a leste do Jordão (“Jesi-mom”; “deserto”). O monte Pisga e o montePeor o vislumbram do alto; é mencionadoem relação à viagem de Israel para Canaã

(Nm 21.20; 23.28).2.  Um lugar ao norte do outeiro de Haquila edo deserto de Maom, e ao sul de Hebrom. Tra-duzido geralmente como “Jesimom” ou “de-serto”. Aparentemente parte do deserto geralde Judá, no qual Davi foi um fugitivo quandoSaul o estava perseguindo (1 Sm 23.19,24;26.1,3).

ESISAI Um membro da tribo de Gade, umdescendente de Buz (1 Cr 5.14).

ESOA AS Um príncipe simeonita (1 Cr

4.36).ESSÉ Um descendente de Obede, o filho

de Boaz e Rute (Rt 4.17,22), no clã de Nasom,chefe da tribo de Judá na época de Moisés.essé teve oito filhos (dos quais Davi foi o

mais novo), e duas filhas (1 Sm 17.12). Asfilhas eram de uma outra esposa, e não damãe de Davi. Jessé viveu em Belém, e obti-nha seu sustento do pastoreio de ovelhas eda criação de cabras.

 A posição humilde de sua família é aludida

elo epíteto injurioso “filho de Jessé” dado alavi por aqueles que não gostavam dele (por

exemplo, 1 Sm 20.27,30; 22.7; 25.10; 2 Sm20.1). Jessé buscou refúgio em Moabe du-rante o período em que Davi foi obrigado afugir de Saul (1 Sm 22.3,4). As expressões“brotará um rebento do tronco de Jessé” e“raiz de Jessé” em Is aí as 11.1,10, que indi-cam o passado insignificante e humilde dalinhagem real de Davi, tomaram-se símbo-los de messianismo.

F. E. Y.

ESUA1. Um sacerdote na época de Davi a quem o9o turno foi atribuído através de sortes (1 Cr24.11)  . Os descendentes da casa de Jesuaretornaram do exílio (Ed 2.36; Ne 7.39).2. Um levita designado por Ezequias paradistribuir as ofertas entre os seus irmãos (2Cr 31.15).3.  Um levita cujos descendentes, “os filhosde Jesua”, retornaram com Zorobabel (Ed2.40; Ne 7.43). Talvez a mesma pessoa men-cionada no item 2 acima.

4. 

O filho de Jozadaque, que retornou comZorobabel para Jerusalém como sumo sa-cerdote. Ele tem uma importância históricacomo um líder sob o qual o Templo foi reedi-fieado e a adoração restaurada. Dele descen-deram 14 sumo sacerdotes sucessivos. Jesuaé mencionado com o príncipe Zorobabel comoalguém do mesmo nível, não apenas no tra-

 balho do Templo, mas nas relações dos ju-

deus com outros povos (Ed 2.2; 3.1,8,9ss.; 4.3;5,2; 10.18; Ne 7.7; 12.1,7, 10,26). A palavrado Senhor através do profeta Ageu foi dirigidaa Zorobabel e Jesua (chamado de Josué em

 Ag 1.1,11,14; 2.1,4). Ele é usado por Zacariascomo um símbolo do remanescente restau-

rado e perdoado, “um tição tirado do fogo”(Zc 3.1-3), e também como uma tipificaçãode Cristo, o “Renovo” e o “sacerdote no seutrono” (Zc 3.6ss.; 6.11-13).5.  Pai de Jozabade, o levita, designado porEsdras como um daqueles que estavam en-carregados de receber o tesouro entreguepara o Templo (Ed 8.33).6.  Da cidaae de Paate-Moabe. Seus descen-dentes são mencionados juntamente comoabe entre aqueles que retomaram com

Zorobabel (Ed 2.6; Ne 7.11).7.

 

Ezer, filho de Jesua, maioral de Mispa,ajudou na reparação do muro de Jerusalémcom Neemias (Ne 3.19).8.  Um levita proeminente durante a época deNeemias. Jesua, filho de Cadmiei, ficou comEsdras quando ele leu a lei e ajudou a explicá-la ao povo (Ne 8.7,8). Ele participou da gran-de oração de confissão^ na Festa dosTabemáculos (Ne 9.4,5). E citado entre oscabeças das casas de seus pais entre os levi-tas (Ne 12.8,24).9.

 

 Josué, o filho de Num. Em algumas ver-sões é chamado de Jesua em Neemias 8.17.

10. 

Um levita, filho de Azanias, que selou aaliança de Neemias (Ne 10.9). E difícil distin-gui-lo da pessoa mencionada no item 8 acima.11.  Uma cidade de Judá habitada após o exílio(Ne 11.26).

P. C. J.

ESU1 Filho de Aser, também chamado deIsvi (Nm 26.44). Veja Isvi

ESURUM Um termo poético para Israelsignificando “aquele que está no prumo”. Sea terminação -um  for um diminutivo, ele sig-

nifica “pequenino que está no prumo” (Dt32.15; 33.5,26; Is 44.2).

ESUS CRISTO Sob vários aspectos, JesusCristo é uma pessoa singular, sendo que omais importante é que Ele centraliza o evan-gelho da graça de Deus. Ele mudou a face dahistória, pois através dele a eternidade inva-diu o tempo. Deus se fez homem e a vidahumana adquiriu, por meio de sua reden-

âão, um significado que a eleva acima da or-

em natural e a apropria para a comunhão ea obra de Deus.Mas será que tal vida é possível? Um filósofopodería estar inclinado a dizer que não, to-mando como base o conceito de que o abismoexistente entre Deus e o homem é tão grandeque não podería ser transposto por um únicoser, e que os elementos envolvidos são dema-siadamente distintos para serem combinadosem uma única personalidade. No entanto, os

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Local tradicional da manjedoura em que Jesus nasceu, no interior da igreja daNatividade, Belém. Giovanni Trimboli

registros dos Evangelhos nos apresentam talpersonalidade. Temos a opção de escolherentre a suposição de um milagre literário fun-damentado na imaginação ou aceitar um mi-lagre histórico baseado na soberana obra doDeus Supremo, adequadamente comprovadapor competentes testemunhos. Veja  Cristo,Divindade de; Cristo, Humanidade de; Cristo,Humilhação de; Cristo, Pureza de.Um historiador poderia sentir-se impossibi-litado de dispensar Jesus Cristo como uma

figura não histórica em vista do substancialcaráter de todas as provas, entretanto ele sereconhece apreensivo perante a realidade demuitos elementos históricos presentes emnossas fontes. Afinal de contas, os primeirosEvangelhos surgiram cerca de 30 anos de-pois dos últimos eventos que lá estão relata-dos, Embora exista esse intervalo, ele nãoestá totalmente vazio. Um grande númerode recordações de Jesus de Nazaré perma-neceu em centenas de vidas e essas recorda-ções foram mantidas vivas através de fre-qüentes reminiscências estimuladas pelameditação e por sua proclamação.Embora o Senhor Jesus nada tenha deixa-do escrito para a posteridade, Ele transmi-tiu aos seus mais próximos seguidores a cer-teza de que o Espírito de Deus teria umaparticipação especial em seu ministério delevar às mentes desses homens a lembran-ça das coisas que Ele havia dito (Jo 14.26).Mesmo que não levássemos em conta estaajuda espiritual, os discípulos nunca pude-ram se esquecer das cenas dramáticas quecompartilharam com o Mestre. Alguns inci-

dentes envolviam apenas a pessoa de Je-sus, tal como o da tentação, mas não exis-tem razões para supor que Ele tivesse seisolado a ponto de não os informar sobre oque havia acontecido.Não é possível demonstrar que as matériasdos Evangelhos estejam sempre organizadasdentro de uma ordem estritamente cronoló-gica. Mas está claro que todos os registros

preservam uma ordem de acontecimentosue, procedendo daqueles que fizeram parteo início do ministério, vão até os que carac-terizam o seu término, de modo que existeum sentido de progressividade e também desimetria. Ninguém poderia ficar com a im-

pressão de que houvesse alguma coisa erra-da, ou de uma composição imaginária,O cenário para essa vida, a maior de todasas vidas, é a terra da Palestina em uma épo-ca em que Roma havia estabelecido a suasoberania sobre a maior parte do OrientePróximo. Funcionários do governo, militarese coletores de impostos exibiam a realidadeconstante e desagradável de que Israel nãoera uma nação livre. A inquietação, princi-palmente entre os zelotes, estava gradual-mente se avolumando em direção a uma vi-sível revolta. Em uma tal atmosfera não se-ria fácil desempenhar um ministério funda-mentado em considerações espirituais. Osensinos e as alegações pessoais de Jesus po-diam ser facilmente mal interpretados. Qual-quer assertiva pessoal sobre direitos reaisestaria sujeita a ser distorcida por algunscomo uma tentativa de assumir algum po-der temporal. Qualquer comentário sobreliberdade seria imediatamente isolado de seucontexto de escravidão ao pecado e aplicadoà situação política reinante. Foi somente comgrande dificuldade que os doze apóstolos fo-

ram afastados dessas noções e, na época emque esse ajuste havia sido concluído (Atos1), Jesus estava prestes a partir desse mun-do. Dessa forma, mesmo que o conceito tem-poral do reino de Deus houvesse persistido,a ele teria faltado qualquer possibilidade derealização, pois o Mestre estaria ausente des-se cenário. Sob o controle do Espírito Santo,a Igreja conseguiu caminhar apenas ao lon-go das linhas estabelecidas por Jesus — umreino livre de razões e métodos mundanos.Roma não precisava temer nenhuma com-petição exercida por este.

Uma mesquita em Beerote, a um dia de viagem de Jerusalém, onde se acredita que José e Maria descobriram que Jesus estava

ausente de sua companhia no retomo doTemplo para Nazaré (Lc 2X HFV

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Local tradicional do batismo de Jesus. HFV

Embora Jesus tenha passado os seus dias naterra sob a égide da águia romana, a sua vidaera muito mais influenciada pela herançaudaica. Tendo nascido de mãe judia, e sendocriado em um lar repleto de conceitos religi-osos, possivelmente às portas da pobreza, Elefoi estimulado a amar as Escrituras e treina-do na adoração e nas instruções da Sinago-ga. Ele aprofundou sua mente na história enas tradições de seu povo. A facilidade comque podia mencionar as Escrituras, assim

como a fidelidade de suas referências, servepara atestar um prolongado e cuidadoso es-tudo. O desenvolvimento de sua infância, aolongo dessa linha, ficou oculto para nós; maso que ficou bastante claro é que Ele procu-rou a Palavra não só como alimento espiritu-al, mas também para encontrar as indica-ções necessárias à sua própria missão (Lc4.18,19; 22-37; 24.44-47). Desprovido de umtreinamento rabfnico formal, Ele foi capazde determinar as necessidades espirituais desua nacâo de maneira independente, e indi-car os diferentes caminhos pelos quais os lí-

deres haviam desviado o seu povo. Todo esteraciocínio retrata a humanidade do Senhoresus Cristo; porém não podemos nos es-

quecer de que Ele era simultaneamente Deuse que estava consciente disto o tempo todo,Essa habilidade de pertencer ao judaísmo, eao mesmo tempo de se colocar contra ele,está refletida em uma certa dualidade quepermanece constante no ministério de Je-sus, principalmente quando se trata da leal-dade a Israel (Jo 4.22; Mt 10.6; 15.24), daadmiração pela fé daqueles que estavam afas-

tados da nação da aliança divina (Mt 8.10), dacompaixão pelos seus compatriotas (Mt 23.37)e de uma direta previsão de que outros iriamassumir a herança de Israel (Mt 8.11,12). Dediferentes maneiras, Jesus, o judeu, era omenos judeu dos homens. Ele era, na verda-de, um homem universal. Talvez isso repre-sentasse exatamente parte daquilo que Eleprocurava transmitir ao se intitular Filho do

Homem (veja  Filho de Homem). Na verda-de, Ele era filho de Davi e Abraão (Mt 1.1),mas também era filho de Adão (Lc 3.38).Não havería nada de surpreendente nisso,pois Ele veio para cumprir a promessa feitaaos pais e também assegurar que os gentios

também poderíam ser capazes de glorificara Deus pela sua misericórdia (Rm 15.8,9).Veja Messias.Nascimento e Infância. Herodes o Grande ain-da reinava quando Jesus nasceu (Mt 2.1). Suaciumenta apreensão fazia com que os judeusficassem temerosos de mostrar grande entu-siasmo pela anunciada chegada de seu pro-metido Rei. No entanto, a resposta dos pasto-res (Lc 2.8-18) pressagiava uma majestosarecepção de caráter divino por parte dias pes-soas comuns, embora os magos constituíssemas primícias dos gentios.

 As circunstâncias que cercavam a concep-ção de Jesus podiam levantar entre os in-crédulos judeus rumores desagradáveis nosentido de que Ele seria um filho ilegítimo.Lendas judaicas medievais desenvolverammuito essa idéia. O relado feito por Mateussobre a natividade parece destinado a res-ponder a muitas dessas interpretações er-rôneas, e trata desse assunto particular-mente do ponto de vista de José, enquantoo relato de Lucas, provavelmente contadopela própria Maria, apresenta a maneira

especial pela qual o Senhor a tratou. Podemter sido feitas insinuações ocasionais con-tra Jesus durante sua vida (cf. Jo 8.41). Orelato da natividade deu à Igreja tudo queela precisava conhecer sobre esse assunto.Embora a doutrina da virgindade tambémtenha encontrado seu lugar no Credo dos

 Apóstolos, não fazia parte das pregaçõesapostólicas na medida em que foi reveladapelos registros. Veja Encarnação.Poucas informações chegam até nós a res-peito da infância de Jesus, e esse fato realçaa verdade de que os Evangelhos não tinham

a intenção de ser biografias no verdadeirosentido dessa palavra. Embora forneçam al-

Moderna Caná, possivelmente no mesmolugar da cidade bíblica onde Jesus realizou

seu primeiro milagre. HFV

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Igreja de São Pedro do Canto do Galo, quecobre o local tradicional do palácio de Caifás.Esta foto foi uma cortesia da própria igreja

gumas matérias sobre a vida de Cristo, elesnão foram escritos sob um ponto de vista

 biográfico, mas tiveram a finalidade de for-necer informações que pudessem levar a ummelhor entendimento da própria mensagemdos Evangelhos, O silêncio relativo a esseperíodo da vida de Jesus é atenuado pelo re-lato da visita qne Ele fez ao Templo aos dozeanos, precedida e seguida de um resumo dosacontecimentos sobre o sen desenvolvimen-to (Lc 2.40-52), Em suas discussões sobre asEscrituras, o jovem Jesus aparece como umouvinte da Palavra, e em sna contínua obe-diência aos pais, no lar de Nazaré, Ele é vistocomo aquele que as cumpria.Preparação para o ministério.  Segundo a

providência de Deus, João Batista era umarauto qne preparou o caminho para Jesus.oão Batista, plenamente consciente do im-

pacto que Jesus estava tendo sobre Israel,proclamou publica mente que alguém maiorhavia chegado, alguém que seria ao mesmotempo o Salvador (Jo 1.29) e o Juiz (Mt 3.12),e qne os homens deveríam se arrependerde seus pecados por causa da proximidadedo reino (Mt 3.2). Anúncios semelhantesforam feitos pelo próprio Senhor Jesus.Embora ambos fossem muito diferentes emhábitos e aparência, eles eram muito seme-

lhantes ao contar com grande número deseguidores e criaT opositores nos principaiscírculos do judaísmo, uma oposição que nãose contentou apenas em tirar as suas vidas(Mt 17.12).O batismo de Jesus, pelas mãos de João, mar-eou o abandono da vida de isolamento emNazaré e a assunção de seu papel como oServo de Yahweh (Mt 3,17; cf. SI 2.7; Is 42.10).

 Ao prepará-lo para essa missão, o EspíritoSanto desceu sobre Ele e o céu o reconhe-ceu. O detalhe principal dessa missão estava

 baseado na insofismável prontidão do Filhoem identificar-se com a nação peeadora queEle havia vindo para redimir (Mt 3.15). Aple-

na implicação dessa identificação se tomariaaparente em seu batismo de sangue na cruz(Mc 10.38; Lc 12.50).O Filho de Deus ainda não estava pronto parase lançar ao trabalho, embora tivesse a apro-

 vação divina e o equipamento necessário paraacrescentar a sua própria dedicação a essatarefa. Primeiro, Ele deveria se sujeitar a umaexaustiva tentação nas mãos de Satanás. Je-sus teria que lidar com mentes que o demô-nio havia cegado, com pessoas cujos corposestavam ligados a ele e reduzidos a uma vir-tual inoperância, com vidas obscurecidas etorturadas pelos seus emissários de espíritosimundos. Ao enfrentar todas as provas domaligno, Jesus ganhou o direito de expulsaros demônios e livrar os homens do seu terrí-

 vel domínio. Ele podia desafiar a influência doreino de Satanás porque derrotou o príncipedesse mnndo, desviou todos os dardos contraa armadura da fé e impediu qualquer movi-mento do seu adversário através da espadado Espírito e da Palavra de Deus. Através da

Degraus romanos que levam à igreja de SãoPedro do Canto do Galo, sobre os quais Jesus

pode ter caminhado. HFV

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JESUS CRISTOJESUS CRISTOJESUS CRISTOJESUS CRISTO JESUS CRISTOJESUS CRISTOJESUS CRISTOJESUS CRISTO

 Jardim do Getsèmani com a igreja de Todasas Nações (ao centro), que cobre a

tradicional rocha da Agonia. GiovanniTrimboli

experiência da tentação, Ele alcançou o mo-delo de uma resoluta dependência de Deus,que permaneceu como umst  constante carac-terística de seu ministério.Local e duração do ministério.  Está faltan-do uma crônica diária das atividades de Je-sus. Existem informações ocasionais sobretempo e lugares, porém sáo insuficientespara proporcionar mais do que o esboço deum cenário. A partir dos Sinóticos, está cla-ro qne grande parte do ministério do Se-nhor teve lugar na Galiléia, com um consi-

derável itinerário de viagens entre cidadese vilas. Cafamaum mostrou ser um localadequado para o quartel-general por causade sua situação central. Certa ocasião, uma

 viagem a Tiro e Sidom levou Jesus e seusdiscípulos para fora dos limites da Palestina(Mc 7.24). Outra viagem levou-os atravésde um setor da região de Decápolis, que con-sistia de um grupo de esparsas comunida-des gregas localizadas a leste do mar deGaliléia (Mc 7.31). Além disso, houve umaretirada para o Norte, para Cesaréia de Fi-lipe (Mc 8.27), e alguma atividade desenvol-

 vida na Peréia, um território a leste do rioordão (Mc 10.1),Por outro lado, a partir do Evangelho se-gundo João, ficamos sabendo pouco sobre aobra de Jesus na Galiléia, pois a maior par-te da narrativa está centrada em visitas aerusalém, especialmente em conexão com

as várias festas anuais dos judeus, como aPáscoa (Jo 2.23; 6.4; 13.1), Tabernáculos(7.2), Dedicação (10.22) e uma festa de nomeignorado (5.1). Os Sinóticos mencionam ape-nas uma Páscoa, a ocasião da paixão. A par-

tir de Atos 10.37 é possível entender queesus exercia o seu ministério em outroslugares da Judeia, além de Jerusalém e suas

 vizinhanças.Com a ajuda dessas referências a festas fei-tas por João, podemos calcular muito ligeí-ramente a duração do seu ministério. Eladeve ter excedido dois anos on aproximada-mente três. Alguns defendem um período

de quatro anos (E. Stauffer,  Jesus and HisStory, pp, 6-7).Ensinos de Jesus.  Os escritores dos Evange-lhos nos proporcionam muitos quadros de nos-so Senhor cercado por grandes multidões, emantendo a atenção destas pessoas através de

seus fascinantes ensinos. As pessoas ficavamimpressionadas pela maneira como Ele falava- com autoridade (Mc 1,22), Ele não mencio-nava as citações dos rabinos e colocava as suaspróprias afirmações ao lado dos ensinos do AT,sobrepujando muitas vezes até as declaraçõesdo passado que tinham autoridade (Mc 7.9-14;Mt 5.33,34,38,39). Ao contrário da maioria dosmestres de seu povo, Ele náo se perdia em umemaranhado de detalhes inconseqüentes nemrecorria a excessivas minúcias, mas limitava oseu discurso a verdades essenciais. Uma gran-de simplicidade caracterizava as suas afirma-

ções, e esta era auxiliada por sua aversão atermos técnicos e pelo uso frequente de ilus-trações especialmente relacionadas com  asparábolas. Ele sabia como levar as pessoas doconhecido até o desconhecido.Seus ensinos eram desenvolvidos em várioscenários - sobre o declive de uma monta-nha, à beira de um lago, nos lares, nas sina-gogas e no Templo de Jerusalém. Tudo esta-

 va aberto ao público (Jo 18.20). O fato de Eleensinar durante muitas horas de cada vezdeve ter levado a um severo esgotamento de

suas energias, pois o seu corpo eratotalmentehumano (Mc 4.36-38).Em seus ensinos públicos, Jesus podia se apoi-ar no fato de que seus ouvintes eram crentes

Capela da Ascensão no cume do montedas Oliveiras. HFV

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JESUS CRISTOJESUS CRISTOJESUS CRISTOJESUS CRISTO JESUS CRISTOJESUS CRISTOJESUS CRISTOJESUS CRISTO

em Deus e muito familiarizados com o AT.Provavelmente por essa razão Ele dispensa-

 va uma instrução menos formal sobre a na-tureza de Deus, o que em outras circunstân-cias talvez fosse necessário. A verdade de queDeus é Espírito foi revelada a um samaritano,

e não a um judeu (Jo 4.24). O Senhor Jesusdedicava uma considerável atenção à bonda-de divina (Mt 5.45; 7.11; 19.17), ao cuidadoque Ele tem para com os seus filhos (Mt6.26,30,32) e à perfeição de seu amor (Mt 5.46-48). Ele dava a segurança do perdão divinoàqueles que erravam em meio ao seu povo(Mc 11,25), e garantia a todos que estava sem-pre disposto a ouvir a oração que fosse feitacom fé (Mc 11.22-24). Sua equidade é reco-nhecida (Mt 6.33) e também o seu trabalhocomo Juiz (Mt 10.28). Mas acima de tudo, Je-sus estabelecia Deus como Pai. A linguagempaterna havia sido usada no AT com o sentidode um Criador  (Is 64.8), mas Jesus transmitiaa seus ouvintes uma grande riqueza de inter-pretações até então desconhecidas, especial-mente na área dos relacionamentos pessoaisdos quais podia falar com imediato e íntimoconhecimento (Mt 11,27). Com muita graçadivina, Ele convidava seus verdadeiros segui-dores a passar a fazer parte da família celes-tial, o que os capacitaria também a chamarDeus de seu Pai (Mt 6.9). Veja Deus.Um ponto central nos ensinos de Cristo era

a sua exposição sobre o reino de Deus. Aque-les que participam desse reino não são ospoderosos desse mundo, nem os farisaicos,mas os pobres de espírito e os perseguidos(Mt 5.3,10). Na veraade Cristo, como Rei,exibe os mesmos traços exigidos de seus sú-ditos (Mt 11.29; 21.5). Poderiamos dizer queEle é  o reino em sua essência. Através de sua

 vinda a esse mundo, o seu reino tambémadquiriu um sentido inicial. Em seus ensinosforam revelados os princípios desse reino.Depois de sua partida, o reino continuou afazer o seu apelo (At 28.31) e, de acordo com

a sua previsão, será consumado em poder eglória por ocasião de sua volta (Mt 25.31-34).Veja Reino de Deus.

 A avaliação do homem, feita por Jesus, nãodeve ser apreendida apenas através das pa-lavras que disse, mas de sua disposição desacrificar sua própria vida para proporcio-nar a sua salvação à humanidade. Obvia-mente a humanidade deve, com toda a fé,ser declarada pecadora por aquele que co-nhece os corações melhor que ninguém (Mt7.11)  . A corrupção vem de dentro e não de

influências exteriores (Mc 7.18-23).Dois defeitos da sociedade daquela época eramparticularmente angustiantes para o Mestre.Um deles resultava de fatos religiosos cen-trados nos escribas e nos fariseus. Por causade sua escrupulosa atenção às minúcias da leie das tradições dos anciãos, e a comparativanegligência quanto às questões mais gravesda justiça e do amor, esses líderes cegos esta-

 vam sufocando os impulsos religiosos da na-ção da aliança. O povo era como um rebanhosem pastor. Outra característica preocupante,muito influenciada pela primeira, era o des-

 vio do homem comum em direção ao materi-alismo. Por demasiadas vezes, muitos havi-

am se inclinado a servir Mamom, imaginandoque podiam se dedicar à avareza e ao mesmotempo honrar a Deus de uma forma apenastolerável. Jesus precisava prevenir as pessoassobre o perigo de perder a alma na vã tentati-

 va de ganhar o mundo (Mc 8.36,37).Ninguém conseguia ouvir Jesus sem perce-

 ber nele um tremendo entusiasmo sobre a vida e a maneira como deve ser vivida. Ela éo vestíbulo da eternidade. Para Ele, o céu e oinferno eram solenes realidades. Ele desafi-ava seus ouvintes a considerar o destino queteriam à luz de suas crenças e práticas. Milagres de Jesus.  Não existe qualquer dú- vida de que, juntam ente com os seus ensi-nos, as poderosas obras de nosso Senhorforam muito influentes para despertar o en-tusiasmo popular, especialmente no auge dacampanha da Galiléia. Ele não podia se es-conder, Onde quer que fosse, as multidõeso cercavam. Não seria possível estabelecerum modelo consistente do relacionamentoque existia entre os seus ensinos e os mila-gres, nesse aspecto de atrair os seguidores;mas tendo Mateus 4.24-5.1 como guia, po-

demos razoavelmente concluir que as mul-tidões estavam frequentemente inclinadasa assegurar a cura para si próprias e seusentes queridos e, quando isso era alcança-do, um grande número de pessoas perma-necia para ouvir os ensinos do Senhor. Algoque se desprendia do mesmo poder sobre-natural, revelado nas obras de cura, se irra-diava dos ensinos. Uma atividade comple-mentava a outra.Será que esses milagres podem ser consta-tados? Por serem prevalecentes nas narrati-

 vas dos Evangelhos, torna-se extremamen-

te difícil considerá-los como piedosas criaçõesdos escritores. Os milagres foram obviamen-te verídicos. Devemos ponderar sobre o fatode que a igreja primitiva, de acordo com otestemunho do livro de Atos e das epístolas,gozava do mesmo poder miraculoso que éatribuído ao Senhor Jesus Cristo (At 4.10;9.34; Rm 15.18,19; Hb 2.4). Nossas fontes dãotestemunho da transformação espiritual deum grande número de pessoas, inclusive dosapóstolos. São as mesmas fontes que procla-mam o poder miraculoso de Jesus e de seus

seguidores. Como seria possível ter ao mes-mo tempo a verdade e a mentira? O quadrogeral deve permanecer ou então se desinte-grar em termos não de um único ingredien-te, mas de todos. As vidas qne foram trans-formadas não são menos maravilhosas queos sinais e os milagres, e sem estes a Igrejanão poderia ter aberto o seu caminho nessemundo. Devemos também nos lembrar de

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JESUS CRISTOJESUS CRISTOJESUS CRISTOJESUS CRISTO JESUS CRISTOJESUS CRISTOJESUS CRISTOJESUS CRISTO

que os milagres foram tâo patentes, que nãoforam questionados na época de Jesus; nemmesmo por aqueles que se encontravam en-tre os seus inimigos (Mc 3,22; Mt 27.42).Existe, por detrás desses fatos, um propósitointencional e motivador sugerido por um dos

termos utilizados para os designar. Eram ossinais. Isso significa que os sinais visavam dartestemunho sobre o Senhor que os realizava,ou sobre a verdade que Ele proclamava. Eramcalculados para assegurar, àqueles que osexperimentavam ou testemunhavam, que oUngido de Deus estava trabalhando no meiodeles (veja Lc 4.16-21). Visavam aumentar opeso da palavra falada, que convidava os ho-mens a se livrarem de seus pecados e volta-rem-se para Deus com arrependimento e fé.O fato disso nem sempre acontecer logo apósos milagres serem realizados, demonstra a

indiferença do coração humano (Mt 11.20,21).Um dos Evangelhos faz uma conexão explíci-ta entre a inclusão de certos sinais de Jesusem seus registros, e a expectativa de que, comoresultado, a fé nele, que é o Cristo, o Filho deDeus (Jo 20.30,31) seria fortalecida.Seria extraordinário esperar esse resultadoda leitura dos Evangelhos se, com efeito, aspessoas não tivessem sido previamente leva-das a essa fé através do testemunho dessessinais durante o ministério do Senhor Jesus.Mas insistir nesse propósito, como uma úni-ca reação aos milagres, não deixaria de seruma atitude unilateral que pouco explicariasobre a cura de todos os necessitados queconstantemente se encontravam com Je-sus. Mostrar o seu poder sobre alguns teriasido muito apropriado como demonstraçãode sua missão apostólica. Não podemos ig-norar a clara insinuação feita pelas Escritu-ras da presença de um outro motivo, NossoSenhor estava tão imbuído de compaixãopelas vicissitudes daqueles que a Ele afluí-am que não podia deixar de ajudá-los. Comodisse Pedro: “O qual andou fazendo o bem e

curando a todos os oprimidos do diabo’’ (At10.38) 

. Portanto, os milagres são justamen-te considerados como revelações do amorde Deus em Cristo, assim como símbolos deum compromisso divino. Veja  Milagres.Resposta ao ministério. Assim evoluiu o espec-tro de uma feroz oposição a uma adorável de-

 voção. Os principais adversários eram osescribas e os fariseus. A princípio contentavam-se em observar as suas ações, mas logo fize-ram ouvir suas vozes através de desafios rela-tivos a uma variedade de acusações. Ficaramofendidos quando Ele os acusou de ignorar osmandamentos de Deus em favor de suas tradi-ções (Mc 7.9). Sua censura era particularmen-te difícil de ser suportada porque Ele, não ten-do sido treinado para ser rabino, tomava a li-

 berdade de praticar julgamentos sobre eles. Atritos também surgiram por causa da insis-tência de Jesus de também praticar seu minis-tério de cura nos sábados, além dos outros dias

(Mc 3.1-6). Aos olhos do Senhor, qualquerpostergação do alívio do sofrimento humanocarecia totalmente de sentido. Mas os líderesreligiosos não tinham a mesma opinião sobreesse assunto. Ficaram tão furiosos que resol-

 veram condenar Jesus à morte. Outra razão

de afronta era a sua afirmação de poder per-doar os pecados. Aos seus opositores, isso re-presentava uma blasfêmia absoluta, pois sig-nificava que Ele estava assumindo uma prer-rogativa que pertencia exclusivamente a Deus(Mc 2.7). Essa acusação de blasfêmia agigan-tou-se perante os olhos do Sinédrio, especial-mente por envolver a admissão, por parte deesus, de sua filiação divina (Mc 14.61-64).

Entre as pessoas, em geral, as respostas vari-avam da indiferença a uma fé genuína. Talveza característica mais frustrante para o nossoSenhor fosse a absoluta motivação egoísta de

muitos que o seguiam. Certa ocasião Ele acu-sou a multidão de o estar seguindo meramen-te por aquilo que Ele podia lhes proporcionarsob a forma de bens materiais (Jo 6.26).No entanto, havia naqueles dias alguns que,de bom grado, esqueceram-se de suas pos-ses, objetivos de lucro, lares e entes queri-dos a fim de se tornar seus íntimos seguido-res (Mt 19.27). Seria demasiadamente preci-pitado afirmar que os doze apóstolos erammais dedicados que os outros, tendo especi-almente em vista O ministério desempenha-

do por certas mulheres (Lc 8.1-3) e os laçosde amizade que ligavam Jesus a seus amigosem Betânia(Lc 10.38-42; Jo 11). No entanto,os Evangelhos enfatizam a fidelidade dosapóstolos e a correspondente atenção queesus lhes dedicava na preparação de seu

futnro trabalho como líderes da Igreja. Aliexistia um ministério dentro de outro minis-tério. Jesus lhes ensinou a confiar no Pai eorar a Ele pelas suas necessidades, a olharcom compaixão os sofrimentos e as adversi-dades daqueles que os rodeavam, e cultivarseu apostolado com permanente e profunda

compreensão de suas implicações. Quantomais claramente fossem capazes de enten-der, através do ministério de Jesus, as linhasmestras de seu próprio ministério, mais sig-nificativa se tornaria sua chamada.Para esses homens foi um verdadeiro choqueouvir dos lábios de Jesus que Ele deveria ir aerusalém para ser rejeitado e condenado à

morte (Mt 16.21,22). E todas as demais ins-truções sobre esse assunto deixaram a todosperplexos e perturbados, porém eles não aban-donaram sua causa. Foi somente com muitadificuldade que Jesus lhes comunicou a natu-reza básica de sua missão - a obediência aoPai e a entrega total até se oferecer comopreço do resgate de muitos (Mc 10.45).Naturalmente, os doze apóstolos enfrenta-

 vam dificuldades na área da própria humil-dade até serem capazes de aceitar a inter-pretação do ministério do Senhor e se ajus-tar a ele. Mas foi uma lição difícil de enten-

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der. Pouco antes daquelas sagradas horasfinais da Ceia, ainda estavam disputando en-tre si quem seria o maior (Lc 22.24). Mas

 vendo o Senhor inclinar-se para lavar os pésde cada um, ouvindo-o falar mansamentesobre seu grande amor por eles, e sua ora-

ção para que fossem um nele, e depois de vê-lo submeter-se tranquilamente à prisão porseus algozes, e se dispor a beber do cáliceque o Pai lhe havia oferecido - tudo isso lhescausou uma profunda impressão. Juntamen-te com a tristeza pelas suas numerosas fra-quezas, inclusive pela deserção na hora dacrise, estava sen pesar pela prisão, crucifica-ção e sepultamento do Mestre.Mas desse abismo de penitência e pesar veioo renascimento da alegria e um novo sensode prestação de serviços ao seu Senhor, quan-do o acompanharam em sua ascensão. A elesrestou serem cheios com o Espírito Santo afim de serem preparados para a obra apostó-lica. Jesus havia sido pai e amigo,  mestre etambém crítico. Agora que Ele deveria serreconhecido como o Senhor universal, a fi-delidade e a paciência demonstradas peloSenhor nos dias do treinamento se avolu-mavam na mente dos discípulos. Que privi-légio é servir a alguém como Ele! Veja Após-tolo; Discípulo.O clímax do ministério.  Assim como Cesa-réia de Filipe representou uma pedra de

moinho no progresso espiritual dos discípu-los, ela também foi um ponto culminantena carreira terrena do Senhor Jesus (Mt16.13-21). A partir desse local a paixão tor-nou-se difundida, não como uma tentativa,mas como alguma coisa já determinada eacatada. A partir desse momento o Senhorretornou mais de uma vez ao assunto, mos-trando que ele estava monopolizando o seupensamento.

 A transfiguração, por todo o mistério quecobre o relato da glória visível da pessoa doSalvador, deve ser entendida em íntima re-

lação com Cesaréia de Filipe. A voz divina,com sua grave advertência aos discípulospara que ouvissem atentamente ao Filho (Mt17.5), encontra sua explicação na audácia dePedro ao censurar Jesus por ter mencionadoo assunto da cruz (Mt 16.22,23). Moisés eElias haviam falado exatamente sobre issono monte. A glória estava presente, também,com a finalidade de dramatizar a verdadeda ressurreição e o triunfo que viria a se-guir. Mais significativo ainda, para vinculara transfiguração à lembrança do ministériode Jesus, temos a observação de Lucas deque logo depois o Senhor se mostrou deter-minado a ir para Jerusalém (Lc 9.51). Jesusá estava prevendo o final, a despeito daquiloque ainda faltava para preencher esse ínte-rim, Ele desejava apressar o seu batismo desangue (Lc 12.50).O período gue decorreu entre a transfigura-ção e a paixão apresenta vários problemas

assim que alguém procura traçar os movi-mentos de Jesus. Basta dizer que parte des-se intervalo foi passada ao longo da frontei-ra entre a Galiléia e a Samaria, e parte emPeréia. Grande parte daquilo que é peculiara Lucas (9.51-19.27) pertence a esses luga-

res. Gradualmente, o Senhor preparou o seucaminho para Jerusalém. Crescentes multi-dões o cercavam (Lc 18.36; 19.3) de umamaneira que faz lembrar os seus dias maisocupados na Galiléia.Dois tópicos parecem dominar os seus ensi-nos à medida que a hora da paixão se aproxi-mava (Jo 12.23-27). Um deles é a rejeição peloseu próprio povo, e o outro é o seu regressocoberto de glória. Ele é o nobre que visita ocampo para se apossar de seu reino e depoisretoma. Os cidadãos o odeiam e insistem quenão querem que ele os governe (Lc 19.14).Ele é o filho e herdeiro cujos súditos campesi-nos desejam matar para poderem se apossarde sua  herança, mas com isso só consegui- ram destruir a si próprios (Mt 21.33-41). Ele éa pedra que foi rejeitada pelos edificadores(Mt 21.42). Ele é o filho do rei, cujos convida-dos para o casamento rejeitam o convite a fimde darem prosseguimento aos seus própriosinteresses (Mt 22.2ss.). Ele é o noivo que es-pera que haja vigilância em vista de seu re-tomo (Mt 25.1ss.). Ele é o Senhor que verifi-cará a fidelidade de seus servos quando vier

outra vez (Mt 25.14ss.), e o rei que irá julgaras nações (Mt 25.31ss.),Se as palavras do profeta da Galiléia podiamser consideradas provoeadoras pelos judeus,seus atos não eram menos causadores derovocação - a audaciosa caminhada pela ci-ade, acompanhada pela entusiasmada acla-mação do povo, a corajosa atitude de expul-sar do Templo aqueles que comercializavamem seus pátios e o ofendiam, sendo casa deoração; e tudo isso acontecendo em plena luzdo dia, sob os olhares dos sacerdotes que es-tavam se aproveitando desse comércio.

 As perguntes dirigidas a nosso Senhor, du-rante a semana santa, refletem a ira e frus-tração dos líderes judeus. Pensar que umforasteiro pudesse invadir o seu territóriodessa maneira e perturbar a situação rei-nante! Isso era desesperador! No entanto,não eram capazes de fazer com que Ele seconfundisse em um debate para dessa formadesacreditá-lo. Desesperadamente, delibera-ram e confessaram a sua impotência. Apa-rentemente, o único caminho que se abriapara eles era aceitar a sentença do sumo sa-

cerdote Caifás, proferida algum tempo an-tes, de que essa vida devia ser sacrificadapara que toda a nação não fosse mergulhadaem tumulto e revolução. Ele havia faladoalém de seu próprio conhecimento e, dessaforma, cumpriu a profecia da morte do Sal-

 vador (Jo 11.49-51). Mesmo assim, os gover-nantes dos judeus estariam perdidos, semsaber como implementar essa decisão sem

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incorrer na ira do povo, caso Judas não ti- vesse se adiantado com a oferta de trair oMestre (Mt 26.2-5,14-16),Consciente da intriga de Judas, o Senhoresus não ihe contou o lugar onde encontra-

ria os discípulos para comemorar a Páscoa

e, dessa forma, foi capaz de gozar um perío-do sem interrupções ao lado de seus compa-nheiros na Ceia. As palavras pronunciadasnessa ocasião (Jo 13-16), bem como a suaoraçáo (Jo 17), fazem parte da mais preciosacoleção que nos foi deixada, de todo o seuministério. Elas trazem a marca da pressão eda situação “patética” da hora que se aproxi-mava para Jesus, mas também possuem atranqüila segurança da vitória que Ele con-quistaria e comunicaria para o benefício da

 vida e da obra daqueles que o serviam, nosdias que se seguiríam.

Então se seguiu a luta da alma no jardim deGetsêmani (q.v.). O fato de Jesus precisaragonizar para fazer a vontade do Pai, é anossa melhor indicação da severidade de seuconflito. A cruz, como instrumento de tortu-ra, pouco pode responder por isso, mas a cruzcomo foco do pecado de todas as eras sobre oCrucificado, nos fornece a chave necessáriapara a solução desta questão. Somente umaalma totalmente livre de pecado podería sentirtamanho horror, como sentiu Jesus, ao to-mar sobre si os pecados do mundo.Não se passaram muitas horas e Ele estavasobre a cruz. Depois de prendê-lo, as autori-dades judaicas passaram o resto da noite emdeliberação e, no início da manhã, decreta-ram sua condenação sob a acusação de havercometido uma blasfêmia (Mc 14,60-64). Le-

 vando-o às pressas até Pilatos, o governadorromano, antes que a cidade tivesse desperta-do completamente, os principais sacerdotesestavam assegurando a sentença que se ba-seava ostensiva mente na acusação de queesus havia se declarado Rei dos Judeus (Mc

15.26; cf. Jo 19.21). Por volta das nove horas

daquela manhã, Ele estava pendurado nomadeiro maldito. Veja  Cristo, Paixão de; Cruz.De seus lábios não foi pronunciada nenhu-ma execração, mas uma oração pelosalgozes. Seus acusadores continuaram in-flexíveis, mas outros foram para casa ba-tendo nos peitos (Lc 23.48). Cheio de admi-ração e espanto, o centurião exprimiu seussentimentos de que Aquele homem só po-dería ser o Filho de Deus (Mc 15,39). Umdos ladrões descobriu que Jesus tinha a cha-

 ve do Paraíso, e que a sua própria morte emuma cruz não representava uma barreirapara a participação em suas alegrias (Lc23.39-43). Não demorou muito para que opoder salvador do crucificado Filho de Deusse pronunciasse. Veja Expiação.Como Jesus já havia afirmado (Jo 10.18), Elemorreu voluntariamente, entregando o seuespírito a Deus (Mt 27.50; Jo 19.30). Seráque Ele seria capaz de conceder o pedido de

seu companheiro de voltar à vida novamen-te? O paradoxo é que os discípulos, apesardos diversos pronunciamentos que prometi-am a ressurreição, não a estavam esperan-do, enquanto os inimigos de Jesus, basean-do-se em muito menos, estavam determina-

dos a não oferecer nenhuma base para essaafirmação (Mt 27.62-66). O primeiro gruponão duvidava de que Deus pudesse ressusci-tá-lo, mas não esperava que o fizesse, en-quanto o último contava apenas com a inici-ativa humana, pela remoção do corpo, for-necendo assim uma base bastante ampla paraa afirmação da ressurreição. O primeiro gru-po, tomado de alegre surpresa, deu graçaspela ressurreição porque amava o seu Sal-

 vador. O outro grupo tomou-se o protótipodaqueles que negam esse grande evento epermanecem alheios a esse poder transfor-

mador. Veja Ressurreição de Cristo. As aparições que aconteceram após a ressur-reição representavam ocasiões de renovadacomunhão entre o Senhor e os seus discípu-los, mas também davam uma oportunidadepara a explicação daquilo que havia aconteci-do segundo os termos das profecias do AT, epara a incumbência dos apóstolos de pregar oevangelho em todos os lugares através daautoridade universal do Senhor (Lc 24.44-49;Mt 28.18-20). Veja  Comissão, A Grande. Es-sas aparições terminaram com a Ascensão

(veja  Ascensão de Cristo) que, por sua vez,deu início a uma nova era caracterizada pelapresença do Senhor no céu em benefício deseu povo (Hb 9.24). Como Cabeça da igreja,Ele continua a nos dar a sua verdadeira pre-sença e poder sobre a terra, e sem dúvidacumprirá a sua promessa de retornar e con-sumar todas as coisas. Veja  Cristo, Vinda de;Escatologia; Jesus, Ofícios de.

Bibliografia.  William Barclay, The Mind oesus,  Nova York; Harper, 1961. G. C.

Berkouwer, The Person of Christ,  Grand

Rapids. Eerdmans, 1955. Alfred Edersheim,The Life and Times of Jesus the Messiah, 2 vols., 8a  ed. rev., Nova York; Longmans,Green & Co., 1901. Werner Foerster,“lesous",  TDNT, III, 284-293. Everett F. Har-rison, Short Life of Christ,  Grand Rapids;Eerdmans, 1968. A. M. Hunter, The Workand Words of Jesus,  Filadélfia. Westmins-ter, 1950. T. W. Manson, The Servant- Messiah,  Cambridge. Univ, Press, 1953. G.Campbell Morgan, The  Crises ofthe Christ,Nova York. Revell, 1936. A. T. Olmstead,esus in the Light of History,  Nova York.

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JESUS CRISTOJESUS CRISTOJESUS CRISTOJESUS CRISTO JETLA JETLA JETLA JETLA

sus, Londres. Macmillan, 1953. Howard F, Vos, The Life of Our Divirte Lord,  GrandRapids. Zondervan, 1958. John. F. Walvoord,esus Christ Our Lord,  Chicago, Moody,

1969 (com extensa bibliografia).E. F, Har.

ESUS, OFÍCIOS DE As funções de Jesus,o Ungido de Deus, têm três aspectos: c deum profeta, sacerdote e rei. Essas eram astrês funções entre os israelitas do AT cujosocupantes recebiam investidura pela unçãocom óleo (profeta, 1 Rs 19.16; sacerdote, Êx29.7; 30.25,30; rei, 1 Sm 9.16; 16.1,13).Calvino foi o primeiro teólogo a reconhecer aimportância de distingui-las e dedicar um ca-

iítulo a elas em sua obra Institutes. Teólogosnteranos foram um pouco relutantes e vaga-

rosos em adotar essas tríplices funções. Elesaceitavam as funções proféticas e reais deCristo, mas tinham a inclinação de rejeitarsua função sacerdotal. Teólogos liberais, comoum todo, colocam tamanha ênfase em Cristocomo mestre, que suas outras funções per-dem todo valor. Os bartianos reinterpreta-ram a função profética de Cristo através desua visão de uma revelação existencial, aquie ali, pela audição ou leitura de uma “Bíbliacontraditória e falível” ou por um sermão, deforma que as funções de Cristo ficam grande-mente absorvidas na de um divulgador.Cristo como Profeta. A função de profeta exi-gia que a pessoa fosse; (1) O porta-voz deDeus, seu comunicador junto aos homens. Oministério de profeta é encontrado em Êxodo7.1, onde Deus disse: “Eis que te tenho postopor Deus sobre Faraó; e Arão, teu irmão,será o teu profeta”. O profeta devia ouvir apalavra de Deus ou ter uma visão e comunicá-la (Dt 18.18). Seu ministério era ao mesmotempo passivo ao receber, e ativo ao procla-mar. Mas não era meramente passivo, pois

 Abimeleque, o Faraó e Nabucodonosor tam-

 bém receberam revelações e não foram con-siderados profetas. (2) Um prenunciador dofuturo. O profeta fazia revelações relaciona-das a eventos futuros. Ele previa o futuro.Cristo exercia essas duas funções, mas de talmaneira que, em geral, elas se confundiam.Seu ministério como porta-voz e mestre foimais claramente descrito por Ele mesmo emoão 8, onde o próprio Senhor Jesus diz que

fala o que ouviu do Pai (v. 26), o que viu (v.38), o que lhe foi ensinado pelo Pai (v. 28) eque o próprio Pai está com Ele <v. 29). Seuministério de prever o futuro pode ser encon-

trado em Mateus 24.2-31 e 25.31-46 (cf. Lc21.6-28). _

 As Escrituras do AT prevêem que o Messiasdeveria ser um profeta (Dt 18.15; cf. At3,22,23)

 

. Jesus falou sobre si mesmo comoum profeta (Mt 13.57; Lc 13.33) e afirmouter uma mensagem do Pai (Jo 8.26-28;12.49,50; 14,10). O povo o recebeu como pro-feta (Mt 21.11,46; Lc 7.16; 24.19; Jo 3.2; 4.19;

6.14; 7.40; 9.17). Veja  Profecia; Profeta,Cristo como  Sacerdote. O AT prevê seu mi-nistério sacerdotal (SI 40.6-8; 110.4). A fun-ção sacerdotal requer a oferta de sacrifícios(Hb 5.1-3), bem como a prática da interces-são (Dt 5.5; 9.18; 1 Sm 7.5 etc.), e o Senhor

esus exerce estas duas funções. Entretan-to, o sacrifício que Ele ofereceu nâo era detouros ou cabras, mas de si próprio, de seupróprio corpo (SI 40.6-8; Hb 10.5-14; cf. Hb9.25-28). A intercessâo que Ele faz nâo érealizada em um Templo terreno, mas nopróprio trono de Deus (1 Jo 2.1,2; Rm 8.34;Hb 7.25; 9.24). O sacerdócio e os sacrifíciosdo AT eram apenas tipos de Cristo e de seusacrifício no Calvário, e o representavamcomo o Cordeiro de Deus (Jo 1.29).Cristo como Rei.  A terceira função é a de reie governante. Cristo já exerce essa funçãosobre todos os membros de sua Igreja, e aexercerá de um modo mais amplo sobre todaa terra em sua segunda vinda (Zc 14.9,16,17;

 Ap 19.6; 20.4ss.). A ordem dos eventos quelevam ao seu domínio final é; (1) A promes-sa da aliança de Davi (2 Sm 7.16; SI 89.20-27; cf. Is 11.1-16; 55.3,4). (2) Sua proclama-ão e nascimento como rei (Mt 2.2; Lc.32,33). (3) Sua rejeição como rei (Mc15.12,13; Lc 19.14), Sua morte como sacrifí-cio para satisfazer a justiça divina (Is 53.11),e ainda como rei (Mt 27.37). (5) Sua volta

em glória para reinar como rei em Jerusa-lém (Mt 24.27-31; 26.64; Zc 14.8,9,16,17). Seusoberano reinado durará para sempre (2 Sm7.15,16; SI 89.36,37; Is 9.6,7; Dn 7.13,14).

R. A. K.

TER „1.  O mesmo que Jetro, sogro de Moisés (Êx4.18, heb.).2.

 

Filho primogênito de Gideâo. Instado pelopai para matar Zeba e Zalmuna, príncipesmidianitas prisioneiros, Jéter que era muitoovem não concordou (Jz 8.20). Provavelmen-

te morreu na conspiração de Abimeleque,quando todos os filhos de Gideão foram as-sassinados (Jz 9.18).3.  Pai de Amasa, comandante do exército de

 Absalão que foi feito capitão das forças deDavi depois da rebelião. Jéter era marido de

 Abigail, irmã de Davi. Em 2 Samuel 17.25,ele é chamado de Itra, o israelita. Provavel-mente essa seja uma variação do nome deéter, o ismaelita (1 Cr 2.17; 1 Rs 2.5,32),

4. 

Filho de Jada da família de Hezrom deudá (1 Cr 2.32).

5.  Filho de Ezra da genealogia de Judá (1 Cr4.17). . .6.  Principal príncipe e guerreiro da tribo de

 Aser (filhos de Jéter; 1 Cr 7.38,40).

ETETE Chefe de um clã dos edomitas (Gn36.40; 1 Cr 1.51).

 JETLA O mesmo que Itla. Cidade da tribo

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de Dã (Js 19,42), provavelmente nas imedia-ções de Aijalom.

ETRO Também foi aparentemente chama-do de Renel (Êx 2.18) e Hobabe on Raguel (Nm10.29). Era um sacerdote dos nômades midia-

nitas (qv.) que residiam nas proximidades domonte Sinai (Êx 2,16; 3.1; 4.18). Era descen-dente de Abraão com Quetura (Gn 25.1,2) e,por conseguinte, possuía os vestígios do verda-deiro conhecimento de Jeová (Êx 18.10-12).Moisés se casou com Zípora, uma das setefilhas de Jetro, durante os 40 anos que per-maneceu ao lado deste homem (Ex 2.22; 4.20;18.3,4; At 7.29). Moisés pediu e recebeu deetro a permissão para retornar ao Egito (Êx

4.18-20). Foi acompanhado por Zípora e seusdois filhos, porém Moisés mandou-os de vol-ta a Jetro por alguma razão desconhecida

(Êx 4.24-26; 18.2).Depois do êxodo do Egito, e enquanto os is-raelitas estavam nas proximidades do monteSinai (cf. Êx 3.12 com 19.2,3), Jetro trouxeZípora e seus dois filhos de volta para MoisésG8.1-6). Jetro fez coisas notáveis nessa reu-nião: (1) iniciou e observou, junto com oslíderes de Israel, o sacrifício de ação de gra-ças pela recente libertação do Egito (18.10-12); (2) sabiamente aconselhou Moisés a fa-zer certas mudanças em seu penoso sistemade julgar as pessoas que, aparentemente,foram adotadas imediatamente (18.13-26).Veja Juiz. Jetro então retornou à sua pró-

ria terra (18.27).eus futuros contatos com os israelitas es-

tavam ligados ao problema quase insolúvelrelacionado à identidade de Hobabe, men-cionado em Números 10.29. Ele podia seretro, seu filho, ou seu neto, de qualquer

forma um parente de Moisés. Os descen-dentes dessa família viviam entre osisraelitas depois da conquista de Canaã (Jz1.16; 4.11; 1 Sm 15.6). Veja  Hobabe; Reuel,(Veja também W. F. Albright, Yahweh and

the Gods of Canaan,  Garden City; Double-day, 1968, pp. 38-40; Wick Broomal, "Jet.hro. Wise Counselor”, The Presbyterian

ournal, September 29, 1965, pp. 16-18). W. B.

ETUR Um dos filhos de Isamel, fundadorde uma tribo (Gn 25.15; 1 Cr 1.31; 5.19). VejaIturéia,

EÚ1.  Um servo de Davi nascido em Anatote, umdos principais arremessadores (com funda)

de Davi que o encontraram em Ziclague (1Cr 12.3).2.

 

Um profeta, filho de Hanani, que profeti-zou contra o rei Baasa(l Rs 16.1,7,12), e quemais tarde Tegistrou os acontecimentos doreino de Josafá nas crônicas de Jeú, mencio-nadas em 2 Cr 20.34.3.  Um homem da tribo de Judá, filho deObe-

 Jeú prestando homenagem a Salmaneser III,um painel do Obelisco Negro de Salmaneser

de, descendente de Jerameel (1 Cr 2.38).4.  Um homem da tribo de Simeão, filho deosibias (1 Cr 4.35).

5.0 décimo rei de Israel, filho de Josafá, netode Ninsi (2 Rs 9.2), o primeiro rei da quartadinastia de Israel (841-814 a.C.).

 Antes de se tornar rei, Jeú se mostrou calmoe subordinado a Acabe, Acazias e Jorão. Suaposição militar anterior conhecida era a de

guarda-costas de Acabe; por esta razão eleestava presente no encontro de Acabe comElias na vinha de Nabote, bem como na exe-cução “legalizada1' deste homem e seus filhos(2 Rs 9.25,26; cf. 1 Rs 21.15,16). Sob o coman-do de Jorão, ele foi capitão do exército de Is-rael na defesa de Ramote-Gileade (2 Rs 9,1-5). Durante a luta contra os sírios na Trans-ordânia, Jorão foi forçado a voltar a Jezreeldevido a graves ferimentos (2 Rs 8.28,29; 9,15),deixando Jeú no comando da cidade sitiada.Sua unção.  O profeta Eliseu reconheceu anatureza estratégica das circunstâncias. Elese lembrou de que seu predecessor, Elias,havia sido encarregado ae ungir Jeú como ofuturo rei de Israel. A razão para tão longademora não é mostrada nos registros bíbli-cos. Agora as condições eram adequadas parauma revolução bem sucedida contra a casade Acabe. Eliseu enviou um mensageiro paraungir Jeú como o novo rei. O jovem mensa-geiro de aparência selvagem (2 Rs 9.11) der-ramou secretamente um frasco de azeite sa-grado sobre a cabeça de Jeú (w. 6-10). Con-tudo, o segredo não durou muito porque Jeú

logo revelou a missão do jovem profeta. Oentusiasmo dominou os soldados, levando-os a lançar as suas vestes aos pés de Jeú;soaram suas trombetas e o proclamaram rei(w. 12,13).Seu golpe súbito.  Jeú não desperdiçou tem-po na questão do ataque à casa de Acabe.Certificando-se de que ninguém avisaria Jo-rão, ele reuniu um pequeno grupo de ho-

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JEJEJEJE JEUBA JEUBA JEUBA JEUBA

mens e partiu em direção a Jezreel. Jorão, vendo as tropas se aproximarem, envioumensageiros que não retornaram. Então elee Acazias, rei de Judá, questionaram a vindade Jeú a Jezreel. A pergunta de Jorão, “Hápaz?", foi respondida pela furiosa denúncia

contra Jezabel. Com tranqüilidade e positi- vismo, Jeú deu início ao sangrento massacre

?,ue continuou por vários dias. Jorão foi per-úrado pela flecha de Jeú enquanto os ho-

mens de Jeú feriam Acazias mortalmente. A caminho de Jezreel, Jeú ordenou que doisservos jogassem Jezabel da janela do palá-cio. Ele e seus homens consumaram a mortedesta mulher com as rodas de suas bigas (2Rs 9.14-37).

 A seguir, Jeú desafiou os cidadãos líderes aconstituir um dos príncipes em oposição ao

seu governo. Uma vez que estes se subme-teram a Jeú, ele ordenou que provassemsua lealdade comparecendo no dia seguintecom a cabeça dos setenta herdeiros de Aca-

 be. As cabeças foram então empilhadas emambos os lados do portão de Jezreel comoum lembrete a qualquer pessoa queporventura ainda estivesse inclinada a re-sistir (2 Rs 10.1-11).

 A implacável matança continuou com a mor-te de 42 homens dentre os parentes de

 Acazias que, para sua própria desgraça, fo-ram visitar Judá nesta ocasião. O banho desangue finalinente terminou com a decapi-tação em massa de todos os adoradores deBaal que estavam reunidos, e a erradicaçãodo culto estrangeiro a Baai. Jeú mostrou seulado astucioso e calculista ao fingir ser leala Baal. Convocou uma assembléia solene e,liderando o ritual, retirou-se silenciosamen-te enquanto 80 de seus guardas de confian-ça mataram todos que haviam aceitado o seuconvite (2 Rs 10.12-28).Sua  política exterior.  Embora Jeú tivesseeliminado cruelmente seus inimigos poten-

ciais, ele logo descobriu que não tinha ami-gos. Ele havia rompido completamente coma Feníeia assassinando a nobre rainha mãe,e arruinado a inspirada adoração feníeia. Eledestruiu todas as esperanças de ter laçoscom Judá quando matou Acazias e seus pa-rentes próximos. Como Acabe já havia rom-pido os laços com a Síria e obrigado sua na-ção a servir à Assíria, Jeú não tinha muitasescolhas em relação à sua política estran-geira. Durante o primeiro ano do reinadode Jeú, 842 a.C, Salmaneser III dirigiu umacampanha triunfante contra Hazael de Da-

masco. Foi oportuno, senão corajoso, paraeú seguir uma política de vassalagem em

relação à Assíria. O Obelisco Negro de Sal-maneser, encontrado por Layard em Ni-mrud descreve esta submissão em palavrase figuras. Ele fala do tributo pago por Jeúassim como pelos habitantes de Tiro e Sidom- ouro, prata, vasos de metal e objetos demadeira (ANET, pp, 280ss.). Também for-

necem uma representação literal dos israe-litas oferecendo seu tributo ao monarcaassírio. Esta é a representação artística maisantiga que se conhece de um israelita (ANEP,#351, 355).Nos anos que se seguiram, Israel foi cons-

tantemente ameaçada pela Síria, já que a Assíria falhou em manter os sírios afasta-dos. Hazael foi capaz de ganhar poder sufici-ente para tomar todo o território de Israelue estava a leste do Jordão (2 Rs 10.32,33).eu zelo religioso.  É difícil desvendar e es-clarecer os vários motivos que estavam portrás dos atos de Jeú. De qualquer forma, umaprofunda motivação religiosa ó óbvia, já quea revolução foi inspirada pelos verdadeirosprofetas do Senhor. Embora Elias não esti-

 vesse mais em cena, seu nome estava asso-ciado ao movimento através da memória daspalavras que disse a Acabe na vinha deNabote. Jeú tornou-se aquele que cumpriríaa profecia de Elias, deixando o corpo de Jorãona vinha de Nabote e, também, cumprindo apromessa profética relativa a Jezabel. Onome de Elias estava inseparavelmente li-gado à rebelião de Jeú, por ter ordenado aunção dojovem líder.Na fase final de seus planos, Jeú se uniu aum outro elemento da herança religiosa deIsrael. Ele levou Jonadabe, o recabita, con-sigo para Samaria como seu associado na

erradicação dos adoradores de Baal (2 Rs9.15,16,23)  . Mesmo tendo o endosso dame-lhor tradição profética na pessoa de Elias ede Eliseu, eie poderia reivindicar a sançãodo grupo mais fanático - os recabitas.Embora houvesse um apoio profético emrelação à revolução, os escritores posterio-res censuram a natureza extremista dasações de Jeú. O escritor de 2 Reis 10.29-31enxerga os eventos à luz de sua tolerânciaquanto aos cultos religiosos estabelecidospor Jeroboão I em Betei e Dã. Oséias tam-

 bém critica a violência e o derramamentode sangue (Os 1.4).Seu caráter.  Jeú era um homem possuídopor traços de personalidade dominantes. Napreparação da condução de seus propósitos,ele era prudente, calculando todos os seuspassos com maestria e ambição. Ao execu-tar os seus planos, ele era audacioso, ousa-do, impetuoso e severo. Seu zelo se aproxi-mava do fanatismo cruel. Ele parecia care-cer das qualidades da magnificência que ins-piram o respeito, a confiança, e o apreço.

Sua política extrema alienou amigos e ini-migos, precipitando a derrota de Israel. Ofato de ter permitido a continuidade da iden-tificação de bois sagrados com a adoraçãoao Senhor, sugere que seu zelo proféticopor Deus foi provavelmente contaminadopor um zelo ambicioso por si mesmo.

K. M. Y.

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JE DEJE DEJE DEJE DE JEZRA ASJEZRA ASJEZRA ASJEZRA AS

E DE Uma cidade no território da tribo deDã na época de Josué. Sua localização pare-ce ser aproximadamente 11 quilômetros aleste de Jope, nas proximidades da atual ci-dade de Tel Aviv (Js 19.45).

EUDIA palavra refere-se a um homem deudá, um judeu, Ele era o mensageiro do reieoaquim (Jr 36.14,21,33) enviado a

Baruque para pedir que ele trouxesse o roloà presença do rei. Após Jeudi ter lido algu-mas folhas, o rei cortou e queimou o rolo.

EXJDIA Na versão KJV em inglês o termoeudia parece constar como um nome próprio,mas é um adjetivo que significa “judia”. Otermo é usado como uma referência à espo-sa judia de Merede, e a distingue de sua es-posa egípcia (1 Cr 4.18).

EUEL Relacionado como chefe de uma dasfamílias de Judá que retomaram a Jerusalémdepois do exílio (1 Cr 9.6). Veja também Jeiel 7(escrito como Jeuel na versão RSV em inglês).

EUS ou JEUZ Quinto dos sete filhos do benjamita Saaraim e sua esposa Hodes. Seusfilhos são chamados de “chefes dos pais” (1Cr 8.10), isto é, chefes de famílias.

EÚS ^ ^1.  Filho de Esaú com sua esposa hivitaOolibama, nascido na terra de Canaã. Foi

um dos primeiros chefes ou xeiques edomitas(Gn 36.5,14,18; 1 Cr 1.35).2.

 

Um benjamita filho de Bilã, da família deediael (1 Cr 7.10).

3.  Um benjamita filho de Eseque, descenden-te de Saul (1 Cr 8.39).4.  Um levita da família de Gersom, filho deSimei. Ele e seu irmão Berias foram conta-dos como uma só família na “casa de seuspais” ou em seu clã, porque não tiverammuitos filhos (1 Cr 23.10,11).5.  Filho do rei Roboão por intermédio de suasegunda esposa, Abiail, filha de Eliabe, ir-mão de Davi (2 Cr 11.18,19).

EZABEL Esposa de Acabe, rei de Israel (874-853 a.C.), era filha de Etbaal, rei dos sidônios.ezabel foi uma devota de Baal-Melcarte, o

deus da Fenícia (1 Rs 18.19). Ela encorpou Acabe a construir santuários para o culto aesse deus, e trouxe centenas de sacerdotes eprofetas dessa religião para Israel. Ela per-seguia os profetas do Senhor, e mandavamatar aqueles que falassem contra seus atosde idolatria (1 Rs 18.4). Parece que tinha

grande influência sobre Acabe, pois este per-mitia que ela fizesse tudo que desejava. Criouseus dois filhos para observar as mesmaspráticas, e sua filha Atalia (2 Rs 8.18) atélevou suas idéias para Judá quando se casoucom o filho de Josafá.O principal oponente de Jezabel em Israel

era o profeta Elias (1 Rs 18.21-46), que reali-zou uma disputa no monte Carmelo pararovar quem era o verdadeiro Deus. Depoise seu sucesso, ele foi ameaçado por Jezabele precisou fugir para o monte Horebe. Suafalta de respeito pela propriedade alheia está

demonstrada pela história de Nabote. A prin-cípio, Acabe respeitou o desejo de Nabote demanter a terra de sua herança, mas Jezabelapossou-se dela de forma impiedosa.Quando Jeú ascendeu ao trono, limpou a casade Acabe do reino. Jezabel foi lançada da tor-re do palácio e atropelada pela sua carrua-gem. Mais tarde, ele enviou seus servos paraenterrá-la, mas os cães já haviam se lançadosobre seu corpo, dando cumprimento, dessaforma, à profecia de Elias (2 Rs 9.30-37).Em Apocalipse 2.20, o nome Jezabel é dadoa uma profetisa ou a um grupo da igreja emTiatira que encorajava a idolatria e a imo-ralidade. Evidentemente, esse nome já eraum símbolo de apostasia.

 A. W. W.

EZANIAS Veja Jazanias.

EZER, JEZERITAS O nome parece seruma forma contraída de Abiezer (q.v,; Js17.2). E o nome de um clâ de Gileade (Nm26.30) e é chamado Iezer em algumas ver-sões.

EZER O terceiro filho de Naftali. Foi o che-fe do clã dos jezeritas (Gn 46.24; Nm 26.49;1 Cr 7.13).

EZIAS Forma de Izias na versão KJV eminglês. Israelita da família de Parós, ele foium daqueles obrigados por Esdras a expul-sar sua esposa pagã depois do exílio (Ed10.25).

EZIEL Filho de Azmavete e um dos habi-lidosos arqueiros e atiradores que deserta-ram Saul para se juntar ao grupo de Daviem Ziclague (1 Cr 12.3).

EZLIA As versões ASV e RSV em inglêstrazem o nome Izlías. Filho e descendente deElpaal, um benjamita que vivia em Jerusa-lém (1 Cr 8.18).

EZOAR As versões ASV e RSV trazem onome Isar.1.  Filho de Hela, esposa de Asure pai (funda-dor) de Teco a (1 Cr 4.7). Um dos descenden-tes de Judá. Veja também Zoar.2.  Pai de Corá (Nm 16.1). Era um levita des-cendente de Coate, e cujos descendentesformaram uma família na tribo de Levi (Êx6.18,21; Nm 3.19,27; 1 Cr 6.18,38). Tam-

 bém foi chamado de Aminadabe em 1 Crô-nicas 6.22.

 JEZRAÍAS Supervisor dos cantores que se

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JEZRA ASJEZRA ASJEZRA ASJEZRA AS JO

Uma visão do valo de Jezreel mostrando ariqueza do solo e seu potencial agrícola. IIS

apresentavam na purificação do povo porocasião das reformas de Neemias (Ne 12.42),Veja Ipraias,

EZREEL1.

 

Cidade na região montanhosa da Judéia(Js 15.56), Era o lar de Ainoã, a jezreelita(q.v,), qne foi uma das esposas de Davi (1 Sm25.43). Trata-se, possivelmente, da cidadede Kliirbet Tarrama, cerca de 10 quilôme-

tros a sudeste de Hebrom.2.  Um descendente de Judá (1 Cr 4.3) qnepode ter sido um antepassado com o mesmonome de Jezreel em Judá.3.  Uma cidade de Issacar (Js 19.18) na árealocalizada ao sul da fronteira com o territó-rio de Manasses, Foi identificada com a mo-derna Zer‘in, cerca de 16 quilômetros a lestede Megido, uma cidade situada aos pés docontraforte noroeste do monte Gilboa, comuma ampla vista da planície de Jezreel (veja4). Na Antiguidade, estava situada na inter-seção das rotas comerciais que vinham da

costa do Mediterrâneo até o vale do Jordão,e daquelas que vinham do sul até o norte daPalestina, Salomão escolheu essa cidade comoum dos seus doze centros administrativos, eBaaná foi o seu primeiro governador resi-dente (1 Rs 4.12). Acabe fez dela uma de suasresidências reais, pois era especialmenteagradável no inverno (1 Rs 18,45,46). Foi olocal do horrível assassinato de Nabote, per-petrado por Jezabel (1 Rs 21). Jorão buscourefúgio nessa cidade depois de ter sido feridona batalha contra Hazael da Síria (2 Rs 8.29;

2 Cr 22,6). Ela foi testemunha de excessivosderramamentos de sangue durante a revol-ta de Jeú (2Rs9.1-10.11).A torre de Jezreel(2 Rs 9.17) era uma torre ou fortaleza queprotegia a entrada da cidade de Jezreel.4.  Uma planície fértil que separava a Galiléiade Samaria (veja Js 17.16; Jz 6.33; Os 1.5).Era uma bacia geológica imperfeita cobertapor uma profunda superfície de sedimento

aluviano, bem irrigada e, portanto, bastan-te fértil. Em algumas fontes posteriores,Esdraelom foi designada como a porção oci-dental dessa planície, e Jezreel a sua porçãooriental. Toda essa planície foi ocupada pe-los cananeus, instalados principalmente em

Megido, antes da conquista israelita. Dessamaneira, a porção ocidental é, às vezes, cha-mada de vale de Har Megido (“monte deMegido”) on Armagedom (q.v.). Veja  Pales-tina II.B.2 b. 5.  Nome do primeiro filho de O sé ias, Essenome foi dado como símbolo do derramamen-to de sangue cometido em Jezreel, por Jeú,para se apossar do trono do Reino do Norte(2  Rs 9.17-10.11), assim como uma profeciado juízo divino sobre a dinastia de Jeú porcausa desses assassinatos (Os 1.4,5).

H.E.Fi.

EZREELITA' Nome aplicado a Nabote, umresidente nativo da cidade de Jezreel (1 Rs21.1,4,6,7,15,16; 2 Rs 9.21,25).

EZREELITA* Nome usado por Ainoã, umadas duas primeiras esposas de Davi, umanativa da cidade de Jezreel em Judá (1 Sm27.3; 30.5; 2 Sm 2.2; 3.2; 1 Cr 3.1).

IDLAFE Filho de Naor e Milca (Gn 22.22).Tornou-se o principal ancestral de um clãnaorita.

 JIGDALIAS O pai de Hanã, o profeta (Jr 35.4).

IMMA, JIMNAH. Veja Imna.

O A despeito do caráter quase poético do pró-logo e do epílogo do livro de Jé, e da poesia dodiscurso central sugerirem que nem todas ascaracterísticas de sua história tenham sidodescritas de forma absolutamente literal, anarrativa de Jó e snas experiências represen-tam uma história verídica, e não uma ficção.Essa conclusão é necessária devido às refe-rências feitas a Jó em outras passagens

 bíblicas (veja Ez 14.14,20; Tg 5.11), e é con-firmada pela finalidade desse livro, que é a

 Vale de Jezreel a partir dascolinas de Nazaré

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JO J , LIVRO DE

de exaltar o nome de Deus e suas soberanasrealizações na história.O lar de Jó estava localizado em algum lugarsituado a leste da Palestina, nas proximida-des da fronteira com o deserto. Existem vá-rias indicações de que ele viveu na era patri-

arcal: sua longevidade (Jó aparentemente vi- veu cerca de dois séculos); o florescimentoda verdadeira religião apoiada em uma divi-na revelação fora da comunidade da aliançade Abraão; e certas características sociais eétnicas primitivas como a condição de nôma-des dos caldeus e a forma patriarcal de pres-tar culto e oferecer sacrifícios. Além disso,ele tinha um nome usado por um grandenúmero de semitas da região ocidental noinício do segundo milênio a.C., mas que nãoé encontrado no primeiro milênio. Esse nomeaparece nos textos de Execração de Berlim,

do Egito, como Ayyabum (ANET, p. 239), enas cartas de Amarna, como Ayal (ANET, p.486), assim como nos textos acadianos aeMari eAlalakh.Materialmente próspero e genuinamente pie-doso, Jó viveu talvez durante 70 anos sob omanifesto favor dos homens e de Deus. Então,uma repentina e quase total reversão de todasas suas circunstâncias terrenas introduziu agrande crise que deu à sua vida um significadoespecial para a história da redenção (Jó 1 e 2).

 A partir da agonia e do enigma de seus sofri-

mentos levantou-se a queixa de Jó (Jó 3), euma discussão longa e formal entre ele e seustrês amigos filósofos (Jó 4-31). Esse debateserviu para mostrar a insensatez da sabedoriatradicional do mundo, que levou os amigos deó ao juízo totalmente falso de que seus sofri-

mentos eram uma condigna conseqüência deum radical abandono do temor a Deus.Mas foi necessária a revelação da voz dopróprio Senhor saindo do rodamoinho, umarevelação preparada pelo ministério de seuovem servo Eliú (Jó 32-37) para levar oatormentado sofredor de volta à paz de uma

humilde e confiante devoção ao Senhor (Jó38.1-42.6). Dessa forma, e ao contrário dasalegações do adversário maligno, ele foisubmetido à prova para ser um troféu dagraça divina.Como um pedido de Jó perante os olhos deseus acusadores humanos, Deus coroou a

 vida terrena de seu servo com um duplores tabele cimento.

M. G. K.

 JÓ, LIVRO DE JÓ, LIVRO DE JÓ, LIVRO DE JÓ, LIVRO DE

CenárioCenárioCenárioCenárioExiste uma rica literatura antiga dedicadaa investigar o mistério da vida humana e,particularmente, a relação existente entrea fidelidade religiosa e a prosperidade ma-terial. O motivo do virtuoso sofredor foitratado na literatura sumeriana, desde oano 2000 a.C. Um texto babilônio, da época

dos cassitas (1600-1150 a.C.), com o título“Louvarei o Senhor da Sabedoria1’ é mui-tas vezes chamado de “Jó Babilônico”.Esse tema tem uma presença predominanteno livro de Jó e, embora subordinado a umgrandioso tema de interesse teocêntrico, é

tratado dentro do contexto da realidade his-tórica do pecado do homem e da dispensaçãoredentora de Deus, que leva a respostas to-talmente diferentes daquelas que sãosugeridas nos poemas pagãos.

____ Data e AutoriaData e AutoriaData e AutoriaData e AutoriaE muito difícil determinar quando o livro deó foi escrito. As datas que variam desde o

período mosaico até o período persa continu-am a encontrar adeptos entre os modernosestudiosos do AT. A escola conservadora temapresentado a tendência de associar a com-

posição desse livro ao florescimento da Lite-ratura de Sabedoria bíblica da época de Salo-mão. Embora a maior parte de importantesinvestigações críticas tenha favorecido umadata anterior ao exílio, uma significativa mi-noria tem argumentado a favoT de uma ori-gem no segundo milênio a.C.Grande parte dos estudiosos não acreditaque um único autor tenha sido responsávelpela elaboração de todo o livro. Há trechosmuitas vezes considerados como adições pos-teriores à obra original: a seção de Eliú, opoema sobre a sabedoria no capítulo 28 e

parte dos discursos do Senhor. A integrida-de do prólogo e do epílogo também são discu-tidas. Entretanto, as evidências para essasdúvidas são completamente subjetivas. Poroutro lado, será compatível com a própria

 visão das Escrituras reconhecer que o inspi-rado autor do livro canônico de Jó fez uso deuma tradição (provavelmente bastante ex-tensa) relacionada com a vida do autor, quepode ter sido oral ou escrita.[Para que esse livro tenha sido aceito comocanônico em Israel, seu autor deve ter sido

reconhecido como um israelita, segundo atradição profética. Ele foi um poeta de rarainspiração, com uma alma profundamentesensível. Afim de escrever, da maneira comoo fez, ele mesmo deve ter sofrido intensa-mente. Estava bem familiarizado com o Egi-to, assim como com os caminhos do deserto ea sabedoria e a erudição do antigo OrientePróximo. Portanto, desde José até Moisés eSalomão, tem sido sugerido que cada israelitaque conhecesse o Egito e possuísse extensoscontactos e grande habilidade pessoal seriacandidato a autor do livro de Jó. - Ed.]

EsboçoEsboçoEsboçoEsboçoI.  Desolação: A Provação da Sabedoria de

 Jó, 1.1-2.10II.

 

Queixa: A Perda do Caminho da Sabe-doria, 2,11-3.26

III.   Juízo; O Caminho da Sabedoria Obscu-recido e Iluminado, 4.1-41.34

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J , UVRO DEJ , UVRO DEJ , UVRO DEJ , UVRO DE JOA JOA JOA JOA 

 A,  Os veredictos dos homens, 4.1-37.241. Primeiro cicio de debates, 4.1-

14.222. Segundo ciclo de debates, 15.1-

21.343. Terceiro ciclo de debates, 22.1-

31.404. 

Ministério de Eliú, 32.1-37.24B.   A voz de Deus, 38.1-41.34

IV.  Confissão: O Caminho da SabedoriaRecuperado, 42.1-6

.  Restauração: O Triunfo da Sabedoria de Jó, 42.7-17

PropósitoPropósitoPropósitoPropósitoLiteratura de Sabedoria, isto é, a finalidade

do livro de Jó, é exaltar a Deus, o Criador,como o Senhor da Sabedoria e, particular-mente, louvar a divina sabedoria revelada no

poder redentor pela qual Deus liberta os es-cravos do poder do pecado e da falta de espe-rança da sepultura, e os estabelece como suapropriedade em um triunfante serviço de puradevoção. Como um corolário, o livro inculca otemor a esse Deus de toda a sabedoria como oerdadeiro caminho do conhecimento para o

homem. Veja Literatura de Sabedoria.

ConteúdoConteúdoConteúdoConteúdoO Prólogo revela como foi concedida uma de-monstração do poder salvador de Deus atra-és de Jó e seus sofrimentos. Deus declarou

que Jó era seu servo, mas Satanás quis con-tradizer a divina afirmação. Um teste de forçarevelaria se Deus ou Satanás teria direito àfidelidade do coração de Jó. Portanto, é nessaterrível tentação que deverá ser encontrado osignificado da sua firmeza, na moldura legaldesse sofrimento e através da provaçãoestabelecida entre Deus e o Acusador (.Jó 1-2).

  doxologia de Jó marcou o início do fim paraSatanás, mas antes de seu esmagamento fi-nal, Jó deveria ser totalmente subjugado peloobscuro mistério de sua experiência. A che-gada de três amigos, das fileiras dos sábios,precipitou o processo de filosofar que atraiuó para longe da simplicidade da fé. Temero-

so agora de ter perdido o favor de Deus, elecomeçou a se queixar (Jó 3).Respondendo à sua queixa, Elifaz, Bildade eZofar procuraram defender a honra de Deus.Mas seu compromisso com a sabedoria tradi-cional do mundo, e sua doutrina da propor-cionalidade do pecado e do sofrimento nessaida, resultou na condenação do sofredor e,

portanto, na defesa da causa de Satanás.Embora Jó conseguisse silenciar os três filó-

sofos, e, no processo, alcançar novas visõesda suprema beatitude daqueles que reconhe-cem a Deus como o seu Redentor, a queixacontinuou a acompanhar o seu lamento e oseu desejo de uma imediata audiência pe-rante o Grandioso Juiz tornou-se cada vesmais devastador (Jó 4-31).

tranqüilidade do inflamado espírito de Jó

devia preceder o desejado julgamento. Eesse foi o serviço prestado por Eliú que, an-tecipando o juízo de Deus, censurou seusamigos e levou Jó ao silêncio e à humildadeapropriada ao seu iminente confronto comDeus (Jó 32—37).

 A voz do Tbdo-Poderoso convocou Jó para esseulgamento, que se transformou numa novaprovação. E era através da vitória nesta ques-tão de Jó que Deus se propunha a aperfeiçoaro seu triunfo sobre Satanás. A luta com Deustomou a forma de um torneio de sabedoria, eó se viu incapaz de responder a qualquer

uma das perguntas feitas pelo seu Criador(Jó 38.1-41.34).Em sua confissão de arrependimento, embo-ra ainda sem a insinuação de uma restaura-ção terrena, havia uma confirmação final da

 veracidade de sua consagração. Dessa for-

ma, Satanás ainda ficou exposto como men-tiroso, mas o nome e a palavra de Deus fo-ram honrados (Jó 42.1-6).

 A restauração de Jó, descrita no Epílogo,defende o servo de Deus contra a desperce-

 bida reivindicação do Diabo, e serve comoum sinal da validade da esperança da justifi-cação final e da paz a que Jó havia se apega-do pela fé (Jó 42.7-17).

Bibliografia.  Franz Delitzsch,  Job,  KD,1869 (reimpresso em 1949). E. Dhorme,  ACommentary on the Book of Job,  trad. porHarold Kníght, Londres. Nelson & Sons,1967. H. L. Ellison, From Tragedy toTriumph. The Message of the Book of Job,Grand Rapids. Eerdmans, 1958; “Job”, “Job,Book oP, NBD, pp. 635-637. Robert Gordis,The. Book of God and Man. A Study of Job,Chicago. Univ. of Chicago, 1965. W. H.Green, The Argument of the Book of JobUnfolded,  Nova York, Carter, 1881. A Guillaume, Studies in the Book of Job,Leiden. Brill, 1968. R. K. Harrison, Introduc-tion to the Óld Testament,  Grand Rapids.

Eerdmans, 1969, pp. 1022-1046. Meredith G.Kline, “Job”, WBC, pp. 459-490. Marvin H.Pope, “Job, Book oP, IDB, II, 911-925;  Job,

 Anchor Bible, Garden City. Doubleday, 1965.Nathan M. Sarna, “Epic Substratum in theProse of Job”, JBL, LXXVI (1957), 13-25.Elmer B. Smick, “Mythology and the Book of Job”, JETS, XIII (1970), 101-108. NormauH.  Snaith, The Book of Job. Its Origin andPurpose, Naperville. Allenson, 1968. 

M. G. K.

O 1 

I. 

Filho de Asafe, cronista da corte de Eze-quias. Era membro da delegação que deixouerusalém para negociar com Eabsaqué,

emissário de Senaqueribe (2 Rs 18.18,26; Is36.3,11,22).2.  Um íevita, filho de Zima, da femília de Gér-son (1 Cr 6.21); ele é chamado de Etã no v. 42.Tomou parte na purificação do Templo du-

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JOA JOA JOA JOA  JOANJOANJOANJOAN

rante a reforma de Ezequias (2 Cr 29.12ss.).3.  Terceiro filho de Obede-Edom, nomeadoporteiro do santuário na época de Davi (1Cr 26.4).4.  Cronista do rei Josias, nomeado como umdos diretores da obra de reparos do Templo

(2 Cr 34.8).OA'

1. 

Filho de Berias, relacionado na genealogiada tribo de Benjamim (1 Cr 8.16).2.  Um tizita incluído, junto com seu irmãoediael, entre os 30 poderosos de Davi (1 Cr

11.45),

OABE1.

 

Filho de Zeruia, meia irmã de Davi (2 Sm2.18), e irmão de Abisai e Asael. A única in-formação conhecida sobre seu pai é que o seu

túmulo estava em Belém (2 Sm 2.32). A primeira referência sobre as atividades deoabe é a batalha realizada entre os homens

de Davi, liderados por Joabe, e as forças deIsbosete, sob a liderança de Abner, nas pro-

 ximidades do poço de Gibeão. Os homens deoabe venceram os de Abner. Quando Abner,

relutantemente, assassinou Asael, irmãomais novo de Joabe (2 Sm 2.23), desenvol-

 veu-se uma vingança sangrenta entre os doislíderes que, em primeiro lugar, levou à mor-te de Abner (2 Sm 3.26,27), e depois à sen-tença de morte de Davi sobre Joabe por cau-

sa dessa morte (um crime duplamente infa-me porque Hebrom era uma cidade levíticade refúgio, 2 Samuel 3.28-39).

 A captura da cidade jebusita de Jerusalémlevou à sua nomeação como comandante-em-chefe dos exércitos de Israel (1 Cr 11.6).Naarai de Beerote era o seu principal pajemde armas (2 Sm 23.37) e dez ajudantes carre-gavam os seus equipamentos (2 Sm 18.15).oabe também era o superintendente do pro-

grama de reconstrução de Davi em Jerusa-lém (1 Cr 11.8). Ele liderou os exércitos deDavi na guerra contra a Síria, Amom (2 Sm10.7—

 

11.1; 12.26) e Edom (2 Sm 8.13,16).Suaexagerada crueldade contra os edomitaspode ser entendida como uma tentativa deeliminar todos os edomitas do sexo masculi-no (1 Rs 11.15,16). Ele também liderou asforças de Davi na eliminação da revolta de

 Absalão (2 Sm 18) e Seba (2 Sm 20). Suahabilidade militar e suas estratégias cruéiseram evidenciadas pela maneira como elimi-nava todas as barreiras ao sucesso de seuchefe, Davi. Joabe desejava que Davi fosse o

primeiro, e nos momentos mais difíceis sem-pre trabalhou para ser o segundo no coman-do. Abner e Amasa, potenciais ameaças à po-sição de Joabe, foram sumariamente execu-tados de acordo com o modelo típico dos

 beduínos.O maior erro de Joabe foi colocar-se ao ladode Abiatar na campanha de Adonias para setornar o próximo rei (1 Rs 1.7,19,41). Em seu

O tanque de Gibeão, onde oa homens de

 Joabe e Abner lutaramleito de morte, Davi nomeou Salomão comoseu sucessor, e Joabe fugiu para o refúgio deGibeão em busca de asilo. Lá ele foi executa-do de acordo com um decreto real de Benaia,chefe da guarda real, o homem que veio aocupar a sua posição (1 Rs 2.28-35). A vida deoabe terminou no mesmo lugar onde sua

carreira começou - em Gibeão!2.  Filho de Seraías, descendente de Quenaz(1 Cr 4.14; Ne 11.35), um “pai” ou fundadorudaíta de Ge-Harasim, isto é, do vale dos

 Artífices.3.  Fundador de uma família relacionada en-tre os que retomaram do exílio com Zoroba-

 bel (Ed 2,6; Ne 7.11).F. E, Y.

OACAZ1.

 

Pai de Joá, cronista do rei Josias 12 Cr34.8).2.  Forma alternativa de Jeoacaz (q.v.).

OANA Esposa de Cuza, oficial de Herodes Antipas, uma das mulheres que serviam a

esus (Lc 8.3) e que acompanhou as outrasmulheres da Galiléia até o túmulo de Jesus(Lc 23.55-24.10).

OAN1,  O sexto filho de Meselemias, um levita daépoca de Davi. Ele foi designado para o ofíciode porteiro ou guardião da porta do Templo (1Cr 26.3).2,  Um dos principais generais do exército deudá na época de Josafá. Ele comandava

uma tropa de 280.000 homens (2 Cr 17.15).Provavelmente foi seu filho, um outro solda-

do, que apoiou Joiada na derrota da perver-sa Atalia, colocando o menino Joás no trono(2 Cr 23.1).3.  Um israelita da época de Esdras que ha-

 via se casado com uma mulher gentia, daqual se divorciou na época da reforma (Ed10.28)  .4.  Um sacerdote da família de Amarias, na

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JOANJOANJOANJOAN JOAO, 1, 2 eJOAO, 1, 2 eJOAO, 1, 2 eJOAO, 1, 2 e 3  EP STOLAS DEEP STOLAS DEEP STOLAS DEEP STOLAS DE

época de Jeoaquim. Amarias havia retorna-do do exílio com Zorobabel (Ne 12.13).5.  Um sacerdote na época de Neemias. Elefoi listado entre aqueles que tomaram partena dedicação do muro de Jerusalém após aconclusão da obra (Ne 12.42; talvez o mes-

mo que 4). P. C. J.

 JOANà JOANà JOANà JOANÃ1.  Um dos capitães dentre os remanescentesque permaneceram em Judá depois da quedade Jerusalém. Era líder daqueles que preve-niram Gedalias que aua vida corria perigo porcausa de Ismael. Depois que o governador foiassassinado, Joanã liderou o exército que per-seguiu Ismael e recuperou os prisioneiros.Temeroso daquilo que os babilônios poderí-am fazer para se vingar do assassinato, Joanã

e os outros capitães procuraram o conselhode Jeremias. Quando o profeta íhes disse queera vontade do Senhor que permanecessemna terra e confiassem na proteção de Deus,oanã e “todos os orgulhosos” rejeitaram esse

conselho e levaram as pessoas restantes parao Egito, de onde ele desapareceu dos regis-tros (2 Rs 25.23; Jr 40-4.3).2.  Filho mais velho do rei Josias. Ele prova-

 velmente morreu muito jovem porque não hánenhuma outra menção de sua pessoa (1 Cr3.15),3.

 

Filho de Elioenai, um descendente deZorobabel, depois do exílio (1 Cr 3,24).4.  Sacerdote, filho de Azarias e pai de outro

 Azarias (1 Cr 6,9,10).5.  Guerreiro benjamita que se juntou a Daviem Zielague (1 Cr 12.4).6.  Poderoso guerreiro gadita que se juntou aDavi no deserto (1 Cr 12.11,14).7.  Pai de Azarias, um dos efraimitas que in-sistiram em devolver os cativos de Judá quehaviam sido aprisionados por Peca (2 Cr18.12).8.  Filho de Hacatã, um dos descendentes de

 Azgade, que retornou a Jerusalém comEsdras (Ea 8.12).9.  Um dos principais sacerdotes nos dias deEsdras e Neemias. Esdras retirou-se para osaposentos de Joanã para chorar e se lamen-tar por causa dos casamentos mistos (Ed 10.6;Ne 12.22,23).10.  Filho de Tbbias, o amonita. Casou-se coma filha de Mesulâo, o sacerdote (Ne 6.18),11.  Um ancestral do Senhor Jesus (Lc 3,27).

P. C. J.

 JOÀO JOÀO JOÀO JOÀO Esse nome, em sua forma hebraica

yohanan,  era antigamente muito comumentre os judeus (veja  Joanã). Pelo menosquatro homens chamados João sâo mencio-nados em 1 e 2 Macabeus. Os seguintes apa-recem no NT:1. João, pai de Simão Pedro (Jo 1.42;21.15,17). Jesus chamou Pedro de SimãoBarjonas (Mt 16.17), que em aramaico seria

“filho de Jonas”. Não está claro se “Jonas” e“João" representam duas formas gregas domesmo nome hebraico, ou se são dois nomesdiferentes do pai de Pedro.2.

 

 João Batista (o.v.).3.   João, o apóstolo (q.v,),

4. 

 João Marcos (veja Marcos).5. 

Um sacerdote judeu que ficou conhecidoapenas por participar do interrogatório dePedro e João (At 4.6).

 JOÃO, 1,2 e 3 EPÍSTOLAS DE JOÃO, 1,2 e 3 EPÍSTOLAS DE JOÃO, 1,2 e 3 EPÍSTOLAS DE JOÃO, 1,2 e 3 EPÍSTOLAS DE Essas epís-tolas são descritas muitas vezes como uni-

 versais, ou como epístolas gerais, mas essadesignação está um pouco errada porque asegunda e a terceira carta sâo dirigidas a si-tuações locais, enquanto a primeira é desti-nada aos crentes de uma área limitada, pro-

 vavelmente uma porção da Ásia menor que

tinha Efeso como sua cidade central.i 

 JoãoPropósito.  Essa carta foi escrita parcialmen-te para instruir e encorajar os leitores e en-focava temas fundamentais como luz, ver-dade, conhecimento (verbo), crença (verbo),amor e justiça. Estes temas não foram de-senvolvidos um depois do outro, de formasistemática, mas entrelaçados de tal formaque aparecem repetidos pelo próprio autor.Não é difícil detectar, ao longo desse propósitopositivo, o desejo de advertir contra os falsos

ensinos (por exemplo, 2.26). O erro particu-lar em vista é um tipo de gnosticimo (q.v.) decaráter judaico, que negava que Jesus era oCristo (2.22) e que tinha vindo sob a formahumana (4.2,3). Os gnósticos tendem a serorgulhosos e exclusivistas, proclamam seuscritérios como se fossem superiores, e por essarazão instigaram o fogo do autor ao insistirque os verdadeiros crentes não são deficien-tes em conhecimento (2.20,21,27). Nem sãodeficientes no amor, em contraste com osmentirosos (4,20). E demoníaco afirmar pos-suir um conhecimento superior e viverem umplano morai e ético inferior (3.7-8).

utor.  A partir de várias referências dos pa-triarcas da Igreja, sabemos que a igreja pri-mitiva atribuía essa epístola a João, o após-tolo (q.v.). Compatível com essa identificaçãoé a semelhança entre a introdução (1.1-4) de1 João e o prólogo do Evangelho ae João. Gran-de parte do mesmo vocabulário é encontradanas duas obras. Existem diferenças, é claro,mas elas são naturais em vista da diversidadeda natureza das duas obras.Destinatários.  Os leitores dessa epístola não

podem ser identificados com segurança. Se apalavra “ídolos”, em 5.21, for interpretada li-teralmente, então os leitores eram cristãosde origem gentílica. Mas seria mais lógicoentender essa palavra em um sentido maisamplo por causa da fascinação provocadapelos falsos ensinos e pelas fantasias que osacompanham. De qualquer forma, a proemi-

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JO O, 1,2 e 3 EP STOLAS DEJO O, 1,2 e 3 EP STOLAS DEJO O, 1,2 e 3 EP STOLAS DEJO O, 1,2 e 3 EP STOLAS DE JOÃO,JOÃO,JOÃO,JOÃO, 1111,,,, 2222 e 3 EPÍSTOLAS DEe 3 EPÍSTOLAS DEe 3 EPÍSTOLAS DEe 3 EPÍSTOLAS DE

nêneia reservada à confissão de Jesus comoo Cristo (2.22) sugere que os leitores eramcristãos de origem judaica (cf. Jo 20,31),Data.  A data exata da escrita desse livro nãopode ser fixada. Podemos admitir que tenhasido elaborado na última década do primeiro

século.Características.  A simplicidade da linguageme a estrutura das sentenças são característi-cas próprias desse livro. Seu desafio resideem um claro enunciado dos ensinos sobre anatureza da vida cristã. Ou caminhamos naluz com Deus, ou nas trevas sem Ele. Pro-fessar uma coisa, mas ser outra, é a marcados mentirosos. Nenhum homem pode viverna virtude se não tiver nascido de Deus (2.29;3.9; 4.7; 5.4). A ênfase doutrinária está cen-tralizada principalmente na cristologia - naunidade do Filho com o Pai (1.2,3; 2.23), em

sua encarnação (1.2; 4.2), expiação (1.7; 2.2;3.5), vitória sobre o maligno (3.8), e em suafutura volta (3.2). O Espírito também rece-

 be atenção particularmente pela capacida-de de ser testemunha da verdade (5.7,8; cf.4.2) e pela sua divina presença interior nocrente (3.24; 4.13). No Evangelho segundooão o mundo, eticamente considerado, está

retratado como pecador e, portanto, deve serevitado (2.15,17; 3.13; 4.5; 5.4,5,19).

EsboçoEsboçoEsboçoEsboçoI.

 

Introdução, 1.1-4II.

 

Comunhão com Deus (Andar na Luz),1.5-2.28Provada por;1.  Uma vida justa, 1.8-2.62.   Amor pelos irmãos, 2.7-173.  Crer em Jesus como o Deus encar-

nado, 2,18-28III.  Filiação Divina, 2.29-4.6

Provada por:1.   Justiça, 2.29-3,10a2.

 

 Amor, 3.105-243.  Fé, 4.1-6

IV. 

O Mandamento do Amor Cristão, 4.7-21 V. 

 A Necessidade da Fé Cristã, 5;1-12 VI.   As Certezas da Vida Cristã, 5.13-20 VII.  Exortações Finais, 5,21

2222   João João João JoãoO autor intitula-se apenas como “o ancião” (oupresbítero). Isso era suficiente, pois o destina-tário, identificado como “senhora eleita”, eraevidentemente um amigo próximo. O anciãoestava acompanhando fielmente o desenvol-

 vimento espiritual de seus filhos e esperava vir visitá-los muito em breve. Outros acredi-

tam que o termo “senhora” esteja se referindoa uma igreja local ou a uma comunidade cris-tã, talvez em Pérgamo, cujos membros são cha-mados de “seus filhos”. Veja  Senhora Eleita.Se alguma razão especial existisse para es-crever essa pequena carta, ela provavelmen-te podería ser encontrada no conselho paranão receberem mestres visitantes que não

estivessem à altura da confissão da Igrejaem relação à encarnação do Senhor (vv. 7-11). O ancião não pôde deixar de ressaltartambém a necessidade de um contínuo amorpara com os santos (w. 5,6).

 Várias características dessa carta sugerem

que João, o apóstolo, foi seu autor. Exemplo:a ênfase na verdade e no amor e, especial-mente, na insistência sobre a encarnação.Outros itens, no mesmo sentido, são a men-ção ao Anticristo (v. 7; cf. 1 Jo 2.18,22; 4.3) eà palavra “perseverar” (ou permanecer; v. 9).Seria um grande equívoco alegar que o termo“ancião” excluísse a sua condição ae apóstolo(cf. 1 Pe 5.1). A igreja primitiva, em geral,aceítoii qne esse livro havia sido escrito poroão. provável que o destinatário vivesse

muito próximo a Efeso (v,12), e a carta deveter sido escrita no final do primeiro século.

EsboçoEsboçoEsboçoEsboçoI.  Elogio pela Fidelidade à Verdade, 1-3II.  O Mandamento de Andar em Amor, 4-6UI. Importância de Permanecer na Doutri-

na de Cristo, 7-9IV.  Recusa à Comunhão com os Falsos Mes-

tres, 10-11 V.  Conclusão, 12-13

3333   João João João JoãoEssa pequena missiva, assim como aqueladirigida “aos anciãos”, foi endereçada a um

certo Gaio, um crente fiel (v.3) e líder de umaigreja local. Ele se distinguia pela hospitali-dade aos obreiros cristãos viajantes (vv. 5-6),em contraste com Diótrefes, que pertencia àmesma igreja ou a outra igreja próxima. Essehomem havia não só recusado receber osirmãos que João havia enviado (desejando,aparentemente, mostrar sua autoridade so-

 bre a situação local ao rejeitar a recomenda-ção do ancião, contida nessa carta) como ti-nha ido longe demais a ponto de expulsar daigreja aqueles que recebessem esses visitan-tes (v. 10). Nessa carta o ancião escreve aGaio fazendo-lhe um apelo para ajudar osmissionários, mesmo correndo o risco de atra-ir para si a ira de Diótrefes.

Ruínas da igreja de São João em feso, HFV

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JO O, 1, 2 e 3 EP STOLAS DEJO O, 1, 2 e 3 EP STOLAS DEJO O, 1, 2 e 3 EP STOLAS DEJO O, 1, 2 e 3 EP STOLAS DE JO OJO OJO OJO O BATISTA BATISTA BATISTA BATISTA 

Essa carta traz sinais de semelhança com 2oão, não só na pessoa do autor como na

acentuada ênfase sobre a verdade e a prefe-rência a uma visita pessoal, ao invés de umacomunicação por carta (v. 13).Com toda probabilidade, a data dessa carta

é aproximadamente a mesma de 2 João, eseu destino deve tçr sido algum lugar nãomuito distante de Efeso.

EsboçoEsboçoEsboçoEsboçoL Introdução, 1-4LL Elogio à Bondade para com os Irmãos

 Viajantes, 5-8UI. A Condenação de Diótrefes, 9-11IV.   A Recomendação de Demétrio, 12

 V.  Conclusão, 13-14

Bibliografia.  Donald W. Burdick, The

Epistles of John,  Chicago. Moody Press,1970. Robert S. Candish, The First. Epistleof John,  Gvand Rapids, Zondervan, s.d. C.H. Dodd, The Johannirie Epistles, Nova York.Harper, 1946. George G. Findlay, Fellowskipin tke Life Eternal, Londres. Hodder & Stou-ghton, s.d. Robert Law, The Tests of Life, AStudy of the First Epistle ofJohn, Edinburgh.T. & T. Clark, 1909. Alexander Ross,Commentary on the Epistles of   James andohn,  NIC, Grand Rapids. Eerdmans, 1954.

Charles C. Ryrie, “I, II and III John”, WBC,pp. 1463-1485. John R. W. Stott, The Epistles

of John,  TNTC, Grand Rapids. Eerdmans,1964. B. F. Westeott, The  Epistles of John,Cambridge. Macmillan, 1892. Reginald E, O,

 White, Open Letter to Evangelicals, ADevotional and Homiletic Coininentary onthe First Epistle of John,  Grand Rapids.Eerdmans, 1964.

E. F. Har.

OÃO BATISTA Nasceu (aprox, no ano 7a.C.) de pais idosos, Zacarias e Isabel, ambosdescendentes de uma família de sacerdotes.oão cresceu no deserto da Judeia (Lc 1.80),

onde (em aprox. 27 d.C.) recebeu o chamadopara seu profético ministério (Lc 3.2). Pode-mos apenas especular sob quais influênciasele viveu durante os anos de sua formação.Mesmo se tivesse tido alguma associação comos essênios no deserto (de Q uniram ou ou-tros;  veja  Essênios; Rolos do Mar Morto) foiuma nova experiência espiritual que o lançounessa especial tarefa de “preparar ao Senhorum povo bem disposto” (Lc 1.17), o que, pro-

 vavelmente, provocou uma ruptura com suasamizades anteriores. Ele rapidamente con-

quistou a fama de ser um pregador do arre-pendimento. Um grande número de judeusse reunia no deserto para ouvi-lo, vindos daudeia ou das regiões vizinhas. Muitos rece-

 biam dele o batismo do arrependimento norio Jordão, confessando seus pecados.

 A atitude de João em relação às “leis” judai-cas daquela época era de radical condena-

Em Kerçm> lugar de nascimento de JoãoBatista, com a igreja de São João erguidasobre seu local tradicional de nascimento

ção. A ordem existente não podia ser refor-mada. O machado já estava sendo posicio-nado para cortar a árvore pela raiz (Mt 3.10;Lc 3.9). Ele denunciou os fariseus e outroslíderes religiosos da nação como uma raçade viboras, tentando escapar das chamas douízo divino que os estava alcançando. Elese negava a atribuir qualquer valor aosmeros descendentes naturais de Abraão, eexigia um recomeço. Do povo judeu em ge-ral, ele chamava um remanescente leal e

arrependido que deveria estar pronto parao iminente advento de Alguém maior do queele mesmo, e que daria início à obra de juízo.oão referia-se a si mesmo como alguém

que estava preparando o caminho para esse Alguém que viría, por quem se declaravaindigno de executar até a mais humilde dastarefas. Seu próprio batismo nas águas se-ria seguido por um batismo mais poderosocom o Espírito e com fogo, realizado por

 Aquele que viria.Fica implícito que os convertidos de João for-mavam um grupo distinto em Israel, tantopelo quarto Evangelho, com referências aosdiscípulos de João, como por Josefo quandoregistra que João convidou seus ouvintes a“reunirem-se através do batismo” (Ant.

 xviii.5.2.). É provável que Josefo esteja que-rendo dizer que João fez nascer uma comu-nidade religiosa através do batismo do arre-endimento. Mas quando Josefo representaoão ensinando que “o batismo era agradá-

 vel a Deus desde que fosse realizado não paraprover a remissão dos pecados, mas para apurificação do corpo, quando a alma já havia

sido anteriormente purificada pela justiça”,o seu relato se afasta da doutrina dos auto-res dos Evangelhos e, provavelmente, refle-te a doutrina batismal dos essênios com osquais Josefo tinha alguma familiaridade.

 Aqueles discípulos que procuravam orien-tação prática, João ensinava algumas re-gras simples de caridade e justiça, que nãodemandavam o abandono de sua vocação

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JO O BATISTA JO O BATISTA JO O BATISTA JO O BATISTA  JOAO, EVANGELHO DEJOAO, EVANGELHO DEJOAO, EVANGELHO DEJOAO, EVANGELHO DE

normal, diferente do código essênio que evamuito mais rigoroso.esus estava entre aqueles que receberam o

 batismo de João. Por ocasião de seu batismo(que foi realizado a seu pedido), João reco-nheceu nele o Alguém que deveria vir e de

quem havia falado - embora mais tarde, du-rante a sua prisão, ele tenha começado a le- vantar alguns questionamentos e precisouser tranquilizado de que as características doministério de Jesus eram precisamente aque-las que os profetas haviam dito que inammarcar a era da graça.oão exerceu o ministério do batismo em

Samavia, e Enom próximo a Salim (Jo 3.23),assim como no deserto da Judeia. Esse mi-nistério, que provavelmente foi de curta du-ração, podería explicar algumas característi-cas que surgiram subseqüentemente na re-

ligião samaritana e também as palavras deesus aos seus discípulos em João 4.35-38

uando se referiu às atividades desenvolvi-as naquela região: “Outros trabalharam, e

 vós entrastes no seu trabalho”. A última fase de sua carreira foi passada naregião da Peréia, que fazia parte datetrarquia de Herodes Antipas. João levan-tou a suspeita de Herodes por ser líder deum movimento popular que podería ter im-plicações políticas. Ele também provocou aanimosidade pessoal de Herodias, esposa de

Herodes, ao denunciar a ilegalidade de seucasamento. Por esse motivo ele foi detido eaprisionado na fortaleza de Herodes naTransjordânia, chamada Macaero (q.v.), onde,alguns meses depois, foi decapitado (aprox,em 29 d.C.). Seus discípulos preservaram asua identidade durante algumas décadas de-

P ois de sua morte.ara os escritores do NT, a principal impor-

tância de João reside no fato dele ter sido umprecursor de Cristo. Durante algum tempo,o seu ministério foi simultâneo ao de Cristo

(Jo 3,22ss.). Sua prisão foi o sinal para o iní-cio do ministério de Cristo na Galiléia (Mc1.14)  , e seu batismo marcou o ponto de par-tida para a pregação apostólica (At 10.37;13.24ss.). Jesus declarou que ele era o pro-metido Elias de Ml 4.5,6 (Mc 9.13; Mt 11.14;cf. Lc 1.17), o último e o maior dos profetas{Le 7.24-28; 16,16). Seu ministério concluiua responsabilidade da revelação divina sob aantiga ordem: “A Lei e os Profetas duraramaté -João; desde então, é  anunciado o Reinode Deus”. Mas, embora insuperável quanto àestatura pessoal, João era inferior quantoaos privilégios, disse Jesus, ao mais humildeno reino de Deus. Como Moisés que do mon-te Pisga avistou a terra prometida, João per-maneceu como um arauto no limiar da novaera, mas nela não penetrou em vida.

Bibliografia.  W. H. Brownlee, “John theBaptist in the New Light of Ancient Scrolls”,The Scrolls and the New Testament, ed. por

K. Stendahl, Londres. SCM, 1958, pp. 33ss.C. H. Kraeling,  John the Baptist,  Nova York.Seribners, 1951. J. A. T. Robinson, TwelveNew Testament Studies, Londres. SCM, 1962,pp. llss. J. Steinman, Saínt John the Baptistand the Desert Tradition,  Londres. Long-

mans, 1958. F. F. B.

OÃO, EVANGELHO DE Quarto Evange-lho do NT, considerado por muitos como omais profundo de todos os livros. Simples nalinguagem e na estrutura, porém é uma ex-posição profundamente perceptiva da pes-soa de Cristo em seu contexto histórico.

TemaTemaTemaTemaDa mesma forma que os Evangelhos Sinóti-cos ( veja  Evangelhos Sinótieos) o Evangelho

de João tem como tema a apresentação doministério de Jesus Cristo à sua própria na-ção, inclusive a sua preparação por João Ba-tista, a reunião dos discípulos à sua volta, arealização de milagres, o incitamento à oposi-ção por parte dos líderes religiosos de Israel ea sua condenação à morte pelo conselho su-premo dos judeus, implementada porPilatos,o governador romano. Tudo isto levou à cru-cificação, ressurreição e às suas aparições, járessuscitado, aos discípulos amados.

PropósitPropósitPropósitPropósitoooo

O propósito do autor está claramente especi-ficado: levar as pessoas à fé em Jesus como oCristo, o Filho de Deus, para que a vida lhesseja transmitida através de seu nome (20.31).Nâo a vida em algum sentido abstrato, mas a

 vida divina comunicada àqueles que se mos-tram desejosos de receber o Messias. Como anação como um todo não estava disposta afazê-lo (1.11; 18.35), ela foi abandonada aosseus próprios pecados. Apesar da fascinaçãode suas festas, do valor de sua lei e da auto-confiança de seus líderes, o judaísmo mostra-

 va como a sua cegueira era patética. Aquele

povo se recusava a reconhecer o seu Messias,privando-se de toda e qualquer reivindicaçãode um genuíno conhecimento do Deus que ohavia enviado (capítulo 8).O apelo do livro é principalmente dirigido àDiáspora Judaica, àqueles que por residi-rem fora da nação não tinham a oportuni-dade de um contato imediato com o Senhoresus. Será preciso fazê-los ver claramente

a solenidade das questões envolvidas e es-colher a vida no Filho e não a condenaçãoque aguarda aqueles que o rejeitam. Um

fato impressionante é que, apesar do “aquem possa interessar” do convite dos Evan-gelhos, o termo “gentios” não apareça se-quer uma vez nesse livro - embora o termo“gregos” em 7.35 esteja, aparentemente, sereferindo aos gentios, e os gregos que vie-ram visitar Jesus (12.20) fossem, sem dúvi-da, prosélitos dos gentios.

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JO O, EVANGELHO DEJO O, EVANGELHO DEJO O, EVANGELHO DEJO O, EVANGELHO DE JO O, EVANGELHO DEJO O, EVANGELHO DEJO O, EVANGELHO DEJO O, EVANGELHO DE

Fragmento John Rylands de João 18,31-33,Biblioteca John Rylands

 Autoria Autoria Autoria Autoria e DataDataDataDataQuem escreveu esse “Evangelho Espiritu-al”, assim chamado por Clemente de Alexan-dria? A reposta tradicional é: João, filho deZebedeu. Irineu foi o principal escritorpatrístico a fazer essa afirmação, pois gozavade uma posição muito favorável por causa deseu contato com Policarpo e Potino, que esti-

 veram associados a João na Ásia Menor du-rante os últimos dias de sua vida. Outras tes-temunhas do segundo século eram Teófilode Antioquia, autor do Canon Muratorium,e Clemente da Alexandria,Esses testemunhos têm sido ampla mentedesafiados nos tempos modernos, em dife-rentes bases, como o silêncio de Inácio sobreoão quando escreveu à igreja efésia no ini-

cio do segundo século, a afirmação de queum efésio com o mesmo nome, João, o Àn-cião, poderia ter sido o autor, ou que regis-tros de um imediato martírio de João elimi-nam a possibilidade de sua autoria, Essas

objeções são facilmente respondidas.Mais graves são as alegações de que um pes-cador não teria condições de exibir tal enten-dimento do conceito teológico como foimanifestadamente demonstrado pelo autor(cf. At 4.13). Também parece estranho queum galileu desse uma atenção tão superfici-al ao ministério de Jesus na Galiléia. E se oautor fosse membro do círculo apostólico, por

que deixaria de registrar uma descrição datransfiguração e da agonia do Senhor Jesusno Getsêmani, das quais teria sido uma pri-

 vilegiada testemunha?Diante de tais questões, muitos concluíramque embora João tivesse fornecido a maior

parte do material dos Evangelhos, outro - eprovavelmente um de seus discípulos maispróximos - tenha sido o seu verdadeiro au-tor. Entretanto, ainda é possível sustentar aautoria de João porque nenhum argumentodecisivo foi até agora apresentado, e nenhu-ma alternativa satisfatória tem sido ofereci-da. O autor estava familiarizado com Sama-ria (cf. 3.23; 4.5-12) e com Jerusalém antesde sua destruição em 70 d.C., conhecia seusdetalhes, como foi verificado através de des-cobertas arqueológicas feitas no poço deBetesda (5.2) e no Tribunal (19.13). Pareceque ele foi testemunha ocular de muitosacontecimentos (por exemplo, 6.10; 19.31-35),e era versado na terminologia religiosa cor-rente entre os judeus piedosos da Palestina,antes do ano 68 d.C,, de acordo com a litera-tura Qumram.Durante anos foi algo popular, de acordo F.C. Baur, da Escola de Tübingen na Alema-nha, insistir que o Evangelho de João eraum produto da metade do segundo séculod.C. Mas o fragmento John Rylands ÍP6£) deum texto de seu Evangelho, encontrado no

Egito na época moderna, e datado pelospaleógrafos da primeira metade do segundoséculo, ajudou a determinar a elaboraçãodo quarto Evangelho como próxima ao pri-meiro século, O uso de João como Evange-lho autorizado, juntamente com os outrostrês, foi atestado pelo Papiro Egerton 2, umtratado datado de antes de 150 d.C., publi-cado na obra Fragments of an UnknownGospel and Other Early Chrtstian Papyn,por H, í. Bell e T. C. Sheat (1935), Além dis-so, o quarto Evangelho parece ter sido cita-do pelo escritor gnóstico Vaiêncio, em seu

Evangelho da Verdade, originalmente com-posto em aprox. 140 d.C. (veja  Gnosticismo).Nas catacumbas de Roma também existempinturas de Cristo como o Bom Pastor, e daressurreição de Lázaro, que podem ser da-tadas de aprox. 150 d.C. Dessa forma, a ori-gem do Evangelho de João pode ser datadaaproximadamente da última década do pri-meiro século, embora alguns possam acei-tar uma data anterior, tendo Efeso como oprincipal local de seus escritos.

EsboçoEsboçoEsboçoEsboçoI.

 

Prólogo, 1.1-18II.  O Filho de Deus Trabalhando e Teste-

munhado entre os Homens, 1.19-12.50III.

 

O Filho de Deus Ensinando sobre Si,13.1-17.26

IV.  O Filho de Deus Glorificando ao Pai emSua Morte e Ressurreição, 18.1-20.31

 V.  Epílogo, 21.1-25

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JO O, EVANGELHO DEJO O, EVANGELHO DEJO O, EVANGELHO DEJO O, EVANGELHO DE JO O, O AP STOLOJO O, O AP STOLOJO O, O AP STOLOJO O, O AP STOLO

Diferenças em RelaçãoDiferenças em RelaçãoDiferenças em RelaçãoDiferenças em Relaçãoa outrosa outrosa outrosa outros EvangelhosEvangelhosEvangelhosEvangelhos

Embora a natureza geral desse Evangelhoseja semelhante aos Sinóticos em um amploaspecto, ela difere deles em muitos aspectos.Cerca de nove décimos de seu material não é

absolutamente encontrado nos Sinóticos, emuito maior ênfase é colocada no ministériode Jesus na Judeia do que na Galiléia. OSenhor é representado como tendo ido a Je-rusalém em diversas ocasiões, especialmen-te para as festas do calendário judeu. Base-ando nisso, será possível afirmar que o seuministério deve ter durado cerca de três anos,enquanto os itens incluídos nos Sinóticos nãodevem cobrir mais do que um ano, e apenasuma Páscoa é mencionada.Sentimos falta das parábolas tão abundantesnos ensinos de Jesus, tais como foram regis-

tradas nos Sinóticos. A matéria dos ensinosocorre principalmente nos discursos e não estácentralizada no reino de Deus, como nos ou-tros Evangelhos, mas na pessoa de Cristo, Éaqui que as expressões “Eu sou” devem serencontradas. Com muita freqüência, são in-troduzidos diálogos entre Jesus e várias pes-soas, como no caso de Nicodemos e da mu-lher samaritana. Também foi incluída umalimpeza do Templo, logo no início do Evange-lho, e nada é mencionado em seu final, ondeos Sinóticos a colocaram. A ressurreição de

Lázaro, que não aparece nos Sinóticos, éintroduzida em conexão com o agravamentoda oposição ao Senhor Jesus. De forma maisaguda que nos Sinóticos, a questão de seumessianismo se torna o foco das discussões.Na auto-revelacão do Senhor Jesus, como foiaqui apresentada, a característica mais notávelé a sua relação de Filho de Deus Pai. Ele estáconsciente de sua pré-existência (17.5) e afirmaa sua igualdade com o Pai (10.30; 5.23), Noentanto, ao lado dessa importante afirmação,acontece um reconhecimento muitas vezesrepetido de sua subordinação e dependência do

Pai: suas palavras (14.24) e suas obras (14.10) vêm do Pai. Sua glorificação não lhe foireservada simplesmente pela ressurreição epelo que veio a seguir (12.16; 7.39), mas inclui,na verdade, a sua morte (12.23; 13.31), pois elaé o cumprimento da vontade do Pai.O fato de um Evangelho com esse caráterter sido escrito no princípio da Igreja, e pos-teriormente aceito apesar de essa e de ou-tras diferenças dos Sinóticos, sugere a varie-dade e a riqueza das tradições cristãs, comoforam mencionadas por aqueles que haviamacompanhado o Salvador. É totalmente im-provável que esse Evangelho tenha sido es-crito para substituir os Sinóticos, pois é mui-to diferente deles. Embora pudesse ter sidodestinado a suplementar os outros relatos,ele parece se colocar à parte, como se tivessese originado de uma fonte que dispunha deinformações independentes. Veja  Evange-lhos, Os Quatro.

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E. F. Har.

OÃO MARCOS Veja Marcos.

OÃO, O APOSTOLO De acordo com o teste-munho do NT e da igreja primitiva, o apóstolooão foi um dos principais líderes que deram

forma ao curso do cristianismo, seja pelassuas obras (o quarto Evangelho, três epísto-las e o Apocalipse), como pelo seu trabalho

Túmulo tradicional de João dentro da igrejade São João em Éfeso, HFV

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JO O, O AP STOLOJO O, O AP STOLOJO O, O AP STOLOJO O, O AP STOLO JO O, O AP STOLOJO O, O AP STOLOJO O, O AP STOLOJO O, O AP STOLO

pastoral e missionário e a sua defesa da fécontra as ousadas investidas das falsas dou-trinas dos gnósticos.História pessoal.  Os registros da Bíblia Sa-grada fornecem consideráveis informaçõessobre ele, pelo menos mais do que está dis-

ponível sobre a maioria dos apóstolos. Seuaí era Zebedeu (Mc 1.2) e sua mãe eraalomé (Mc 15.40; Mt 27.56). Fazendo umacomparação com João 19.25, é provável queSalomé tenha sido irmã de Maria, a mãe deesus. provável que João fosse mais novo

que seu irmão Tiago, pois com exceção dealgumas passagens de Lucas (Lc 8.51; 9.28;

 At 1.13), o seu nome vem geralmente depoisdo nome de Tiago. A família se dedicava àatividade da pesca, e havia servos que ajuda-

 vam ao pai e seus filhos (Mc 1.20). Uma soci-edade havia sido formada com outra dupla

de irmãos, Simão Pedro e André (Lc 5.10), ecomo os últimos viviam em Betsaida, na praiaao norte do mar da Galiléia (Jo 1.44), pode-mos concluir que este também era o lugar damoradia de João.Embora o nome de João seja freqüentemen-te mencionado nos Evangelhos Sinóticos, es-pecialmente em Marcos, isso não acontececom o quarto Evangelho, que pouco se refe-re aos filhos de Zebedeu (Jo 21.2). Entretan-to, existem várias referências ao discípulo “aquem Jesus amava" (Jo 13.23; 19.26; 20.2;

21.7,20) e a “outro discípulo" (Jo 18.15), quelevou Pedro ao pátio da casa do sumo sacer-dote. Como o companheiro de Pedro, algumtempo depois, era o discípulo amado (Jo 20.2),e como João está intimamente associado aPedro, tanto nos Evangelhos Sinóticos comoem Atos, seria razoável supor que o discípuloamado fosse João. Essa teoria pode ser apoi-ada ao considerarmos que a ausência donome de João no quarto Evangelho, em vis-ta de sua proeminência nos Sinóticos, podeser mais bem explicada pela suposição de tersido ele o autor do quarto Evangelho e que

por alguma razão, provavelmente por mo-déstia, tenha preferido manter o seu próprionome fora dos registros (em João 21.24 oescritor do Evangelho se identifica como ocjíscípulo amado).E bastante provável que João fosse aquelediscípulo anônimo que, em companhia de

 André, passou várias horas ao lado de Jesus,depois que João Batista o indicou (Jo 1,35-40). Se assim for, isso significa que ele e al-guns dos outros discípulos de Jesus tinhamsido seguidores de João Batista antes detransferir sua dedicação ao Nazareno. En-tretanto, o apelo mais definitivo aodiscipulado veio um pouco mais tarde, naGaliléia, quando João e seu irmão Tiago fo-ram convocados a deixar as suas redes e setornarem pescadores de homens (Mc 1.19).

 Ainda mais tarde, quando 12 homens foramescolhidos para ser apóstolos, João foi inclu-ído entre eles. Ele aparece como pertencen-

te ao círculo mais próximo formado pelos três(Pedro, Tiago e João) que estavam com Je-sus quando Ele ressuscitou a filha de Jairo(Mc 5.37), na ocasião da transfiguração (Mc9.2), e na noite da vigília no Getsêmani (Mc14.33). Em outra ocasião, André esteve pre-

sente com os três (Mc 13.3). Junto com Pe-dro, João recebeu o encargo de preparar afesta da Páscoa para Jesus e os demais após-tolos (Lc 22.8).Se a referência em João 18.15 às relaçõesexistentes entre um certo discípulo e o sumosacerdote realmente se refere a João, entãoparece bastante natural que ele não seja con-siderado apenas um simples pescador. E bempossível que a família de João possuísse al-guns recursos. Provavelmente, sua mãe eramembro daquele grupo de mulheres que for-neciam a Jesus os meios para a sua subsis-

tência (Lc 8.2,3; cf. Jo 19.25). Em João19.26,27, temos a impressão de que a famíliamantinha uma casa na área de Jerusalém.esus sabia que ao entregar a sua mãe aos

cuidados de João, Ele estava assegurando oseu conforto assim como o seu alívio espiri-tual. Embora estas sejam apenas conjetu-ras, podemos concluir que talvez tenha sidodurante os dias de João na Judeia, como dis-cípulo de João Batista, que ele tenha se esta-

 belecido em Jerusalém e também tenha fei-to amizade com o sumo sacerdote. Ele dese-

ava estar o mais próximo possível do novodespertarmento que estava centralizado noministério de João Batista,Características. Uma parte do caráter de Joãopode ser vislumbrada através do epíteto queo Senhor deu a ele e a seu irmão Tiago.Embora o nome de “filhos do trovão” nãopossa ser explicado através do texto, ele pa-rece se referir à disposição ou ao zelo dessesirmãos, ou a ambos. Felizmente, alguns epi-sódios registrados podem preencher essequadro. João, por iniciativa própria, proibiuum homem de continuar a expulsar demô-

nios em nome de Jesus, sob a justificativa deque ele não pertencia ao seleto grupo dosdiscípulos do Senhor. Cristo não desejava queseus discípulos se comportassem com tama-nha mesquinhez, e por esta razão não dei-

 xou de censurá-lo (Lc 9.49,50).Em outras duas ocasiões, João se aliou aoirmão Tiago na exibição de indesejáveis tra-ços de caráter. Usando a mãe como uma in-termediária, eles solicitaram lugares exclu-sivos de honra ao lado de Jesus quando o seureino de glória chegasse (Mc 10.35; Mt 20.20).

 Ainda não tinham aprendido a crucificar asua egoísta ambição. Em outra ocasião, acaminho de Jerusalém, os irmãos oferece-ram-se para fazer cair fogo do céu sobre umacidade ae Samaria que havia recusado hos-pitalidade a seu Mestre. Aparentemente nãoentendiam que, para aquele que os haviaconvocado ao seu serviço, o uso do podermiraculoso para uma vingança era uma ati-

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JO O, O AP STOLOJO O, O AP STOLOJO O, O AP STOLOJO O, O AP STOLO JOAQUIMJOAQUIMJOAQUIMJOAQUIM

tude completamente estranha e inaceitável(Le 9.51-55). Eles eram, realmente, “os fi-lhos do trovão*.

 Apesar de sua fraqueza, e, talvez, até mes-mo por causa dela, foi permitido a João de-senvolver um íntimo relacionamento com o

Senhor como o “discípulo amado", aquele quese reclinou sobre o peito do Senhor na últi-ma ceia. Ele foi o primeiro do grupo apostóli-co a acreditar na ressurreição, baseado na-quilo que viu no túmulo vazio (Jo 20.8). Foi asua percepção que o levou a entender o Se-nhor ressuscitado como o responsável pelagrande coleta de peixes (Jo 21.7). Referindo-se a ele, o Senhor indicou que um futurototal mente diferente poderia lhe aguardar,diferente daquele que estava reservado aSimão Pedro (Jo 21,22).Depois do Pentecostes.  As informações so-

 bre João, relacionadas ao período posteriorao Pentecostes, estão centralizadas em suaassociação com Simâo Pedro. Regularmen-te, ele assumia um papel secundário, con-tentava-se em deixar a iniciativa do discursoe da ação por conta do amigo. Por causa desua participação na cura do paralítico (At 3.1,4,11)

 

, ele foi levado ao Sinédrio juntamentecom Pedro, e é quase certo que tenha feitoalguma declaração, porque a coragem deambos impressionou o Conselho (At 4.13; cf.

 v. 19). Esses dois apóstolos foram encarrega-

dos pelos demais de ir a Samaria e verificaros resultados dos trabalhos que Felipe haviarealizado ali (At 8.14).

 Algum tempo depois, quando seu irmão Tiagofoi decapitado por ordem de Herodes AgripaI, e seu amigo Pedro foi aprisionado com aperspectiva do mesmo destino, João não foiincluído na perseguição. Gradualmente, atradição adotou a idéia de que ele sofreu omartírio, principalmente com base (pode-sesupor) na profecia de Jesus (Mc 10.39); masLucas não tinha conhecimento disso, e as-sim essa tradição posterior pode ser segura-

mente descartada. Nossa última visão de Joãona área de Jerusalém é fornecida por Paulo,uando se encontrou com Tiago, irmão doenhor, e também com Pedro e João, paradiscutir a natureza do evangelho e o relacio-namento deles com este, como servos deCristo (G12.9). Nessa ocasião, João foi consi-derado como uma coluna da Igreja de Jeru-salém. Pode ser que João tenha permaneci-do nessa cidade até os dias tumultuosos queantecederam o sítio da cidade pelos exércitosromanos, sob o comando de Tito, embora elenão tenha sido mencionado em conexão coma última visita de Paulo (At 21).

 A partir do segundo século, os escritores cris-tãos falam sobre o trabalho de João na ÁsiaMenor, principal mente em Éfeso. De acordocom Apocalipse 1.9, João foi exilado na ilhade Patmos por causa de seu testemunho aoevangelho. Irineu afirma que isso aconteceuperto do final do reinado ae Domiciano, que

terminou em 96 d.C. (Eusébio, HE iii.18.3).O mesmo autor alega que João ainda viveudurante o reinado de Trajano, que começouno ano 98 d.C. (Agamsf Heresi.es  iii.3.4).oão pode muito oem ter supervisionado o

trabalho realizado nas várias igrejas da Ásia

Menor, como aquelas que foram citadas em Apocalipse 2-3. Clemente de Alexandria in-forma uma variedade de ministérios nessaárea, mesmo depois do retorno de João dailha de Patmos, quando já devia ter uma ida-de avançada, inclusive uma emocionante his-tória de sua preocupação pastoral com umovem que caiu em um comportamento ímpiodepois de seu batismo. João se deixou captu-rar pelos ladrões, dos quais esse jovem era onovo chefe, aconselhou-o, orou com ele e olevou de volta ao Senhor e à Igreja (The Rich Man’s Salvation, p, 42).

Naquela época, o gnosticismo (q.v.) estavaganhando terreno, desafiando seriamente afé apostólica. João mostrou que era capaznão sé de manifestar amor pelos seus irmãoscomo ainda era, de alguma forma, o filho dotrovão. Irineu relata que, ao entrar em umacasa de banhos em Éfeso, ele saiu correndodela, clamando: “Vamos sair da casa rapida-mente pois ela pode cair, porque Cerinto, oinimigo da verdade, está lá dentro” (AgainstHeresies iii.3.4).

 Veja a bibliografia em João, Evangelho de.

E. F. Har.OAQUIM Também chamado Jeconias (1 Cr

3.16-17; Et 2.6; Jr 24.1; 27.20; 28.4; 29.2) eConias (Jr 22.24,28; 37.1). O texto em Ma-teus 1.11,12 usa a forma grega Jeconias.Filho de Jeoaquim, Joaquim tomou-se reide Judá em dezembro de 598 a.C. Quandotinha dezoito anos de idade (a frase “idade deoito anos* de 2 Crônicas 36.9 tem sido con-testada por alguns que a consideram um errode algum escriba), iniciou seu reinado, quedurou três meses e dez dias (2 Rs 24.8). Ele

subiu ao trono quando Judá estava sofrendoataques de povos vizinhos que foram incita-dos por Nabucodonosor devido à precipitada

 busca de independência por parte deeoaquim (2 Rs 24.1-7).

O breve reinado de Joaquim foi uma peque-na amostra do tipo de rei que ele seria, porémfoi acusado de fazer o mal, como seu pai (2 Rs24.9). Quando Nabucodonosor terminou aguerra com o Egito, ele mobilizou o seu exér-cito para invadir Judã, e Joaquim foi forçadoa capitular. Uma tábua cuneiforme na sériedas crônicas da corte dos reis babilônios de-

clara a data exata em que Nabucodonosor olevou como cativo, e esta é equivalente a 16de março de 597 a.C. Em 22 de abril ele dei-

 xou Jerusalém para dar início a seu exílio naBabilônia junto com 10.000 outros, incluindosua mãe, os líderes e as mulheres de Judá,tais como Ezequiel, o profeta, e os tesourosreais. Restou apenas um pobre e fraco rema-

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JOAQUIMJOAQUIMJOAQUIMJOAQUIM JO S, JEO SJO S, JEO SJO S, JEO SJO S, JEO S

nescente que foi deixado para trás, sem lide-rança ou proteção (2 Rs 24.10-16).oaquim foi mantido cativo durante a maior

parte do resto de sua vida. Pelo menos duastábuas babilônicas datadas de 592 a.C. trazemoaquim e seus cinco filhos entre aqueles que

receberam as suas rações do rei na Babilônia(ANET, p. 308). Ele parece ter gozado uma certaliberdade dentro da cidade nesta época, masdepois foi preso, talvez durante o cerco final deerusalém. Depois de aprox. 36 anos, Evil-

Merodaque o libertou da prisão e fez com queele se sentasse à sua mesa (2 Rs 25.27-30).oaquim permaneceu como uma figura da

esperança nacionalista para o seu povo du-rante o seu longo cativeiro, uma vez que eraum legítimo rei davídico, sendo até mesmochamado de “rei de Judá”. Durante o tempoem que viveu, ele manteve o espírito nacio-

nalista de seu povo de forma muito fervoro-sa. Impressões em argila do selo de seu ser-

 vo Eliaquim foram encontradas em Tell BeitMirsim e Bete-Semes na Palestina CVBW, II,297). Isto sugere que as propriedades de Jo-aquim não foram confiscadas durante o seuexílio, e continuaram a ser administrados emseu nome por seu principal servidor. A datade sua morte é incerta. Ele foi o último rei dalinhagem de Salomão, conforme o que fôrapredito por Jeremias (Jr 22.30), e a sucessãopassou para a linhagem de Nata.

 A. 

 W. W.

OÁS, JEOÁS Dois diferentes nomeshebraicos aparecem como Joás. O primeiro,yo’ash,  significa “dado por Jeová” e é umaforma abreviada de Jeoás (q.v.). Pelo menosseis pessoas trazem esse nome hebraico no

 AT. Ele aparece como 5”wsh  nos fragmentosde cerâmica da cidade hebraica de Laquis. Ooutro nome hebraico é yo‘ash,  que significa“Jeová ajudou” ou “Jeová sustenta”. Umnome com a mesma ortografia também apa-

rece nos fragmentos de cerâmica de Sama-ria. O nome hebraico yo‘ash  se refere aosnomes 3 e 5 abaixo; enquanto yo’ash  se refe-re aos demais nomes relacionados.1.

 

Pai de Gideão, da tribo de Manasses (Jz6.11)  . Joás deve ter sido um homem abasta-do e de certa posição porque Gideão coman-dou dez servos para destruir o altar de Baal e

 Asera, erguidos pelo seu pai (Jz 6.27-34).2.  Um filho de Sela, de Judá (1 Cr 4.21,22}.3.  Um benjamita do clã de Bequer (1 Cr 7.8).4.  O segundo no comando daqueles que seuntaram a Davi em Ziclague (1 Cr 12.3).

5. 

Oficial de Davi encarregado do armazena-mento de óleo de oliva (1 Cr 27.28).6.

 

Filho deAcabe, rei de Israel. Quando Micaíasprofetizou perante Josafá e Acabe, esse últi-mo ficou desgostoso e enviou o profeta paraoás, seu filho, para ser levado à prisão e re-

ceber rações limitadas a pão e água (1 Rs 22.26;2 Cr 18.25).7.  Um filho de Acazias, rei de Judá, e sua

esposa Zíbia (2 Rs 11.2; 12.1; 2 Cr 24.1); tam- bém chamado de Jeoás. Nasceu durante umperíodo de excessivo derramamento de san-gue real em Judá. Seu avô Jeorão havia man-dado matar seis de seus irmãos (2 Cr 21.2-4),enquanto seus outros filhos foram mortos

pelos árabes. Apenas Acazias ficou vivo, e rei-nou durante um ano (2 Cr 21.16ss,; 22.1ss.).Quando Acazias foi assassinado por Jeú, doReino do Norte (2 Rs 9.27ss.), a rainha mãe,

 Atalia, aproveitou a oportunidade para usur-par o trono mandando matar todos os filhosde Acazias. Entretanto, o infante herdeirooás foi salvo por sua tia Jeoseba, esposa do

sumo sacerdote Joiada. Essa criança foi es-condida durante seis anos no Templo, até serestabelecida uma boa resistência à cruel rai-nha. No sétimo ano (835 a.C.), Joiada organi-zou uma conspiração com súditos leais à fa-mília de Davi que, com bastante sucesso, pro-clamaram Joás como rei e condenaram Ataliaà morte (2 Rs 11.1-16; 2 Cr 22.10-23.15).Sob a liderança de Joiada, o reino de Joás foi

 bom e seguiu princípios de fidelidade ao Se-nhor. A adoração a Baal foi destruída, o Tem-lo foi reparado e o retorno a Jeová difundi-o entre o povo.Com a morte de Joiada, que era um homem deDeus, Joás mudou radícalmente. Influenciadopelos príncipes mundanos, ele se esqueceu doSenhor e se voltou à idolatria e à adoração aos

aserins. Chegou a mandar apedrejar até àmorte, no pátio do Templo, o seu primoZacarias, filno de seu salvador Joiada, porqueele o havia censurado. Mas o castigo de Deuscaiu sobre ele rapidamente. Os sírios, sob a

 bderança de Hazael, invadiram suas terras,tomaram Gate, e somente foram convencidosa não destruir Jerusalém em troca do imensotesouro do Templo (2 Rs 12,17-18). Mais tarde,Hazael entrou em Jerusalém, massacrou ospríncipes e feriu gravemente o rei Joás (2 Cr24.23,24). Seus próprios servos conspiraramcontra Joás e o assassinaram. Em um derra-

deiro gesto de desprezo, recusaram-se aenterrá-lo junto aos reis (2 Cr 24.23-25), Am- bos os nomes, Joás e Jeoás, são usados de modointercambiável em 2 Reis 11-12 e 2 Crônicas23-24. Ele também é um dos três reis omitidosda genealogia real em Mateus 1.8,  Filho de Jeoacaz e pai de Jeroboão II, reisde Israel. Como terceiro rei da dinastia deeú, ele governou de 798 a 782 a.C. Joás

subiu ao trono de Israel em uma época emque a nação estava completamente destruí-da. As repetidas derrotas sofridas nas mãosde Hazel e Ben-Hadade II, reis da Síria, du-rante os dias de Jeoacaz, fizeram com que aaação sofresse uma grande redução de suasforças (2 Rs 13.1-7). A glória de Joás foi ter,durante os seus 16 anos de reinado, capitali-zado sobre a morte do poderoso Hazael (aprox.800 a.C.); ele recuperou a posição e o poderde Israel e preparou a nação para a sua má-

 xima prosperidade que ocorreu sob o reina-

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JO S, JEO SJO S, JEO SJO S, JEO SJO S, JEO S JOELJOELJOELJOEL

do de Jeroboão II Embora tenha promovidoa idolatria, Joás talvez pudesse ter feito coi-sas ainda maiores se a sua fé fosse igual à deEliseu, que o exortou a lançar repetidas fle-chas ao solo como símbolo das vitórias sobre0  inimigo sírio (2 Rs 13.14-25).

De certo modo a contra gosto, Joás tambémfoi à luta contra o presunçoso e talvez ciu-mento rei Amazias de Judá. Joás derrotou

 Amazias, embora nesta batalha tenha des-truído totalmente uma parte dos muros deerusalém e levado consigo muitos reféns e

muitos tesouros (2 Rs 14.8-16; 2 Cr 25.17-24). Talvez o próprio Amazias tenha estadoentre esses prisioneiros. Joás morreu demorte natural e foi sepultado em Samaria.De acordo com um monolito escavado em1967 em Tell al-Rimah, no Iraque, o rei assírio

 Adade-Nirari III (810-783 a.C.) recebeu tri-

 butos de Ia’asu (Joás), o samaritano ijraq, XXX [1968], 139-153; VT, XIX [1969],483ss.).Esse texto fornece a primeira menção co-nhecida de Samaria, com esse nome.

S. J. S. e P. C, J.

OBABE1.  Pilho de Joctã da famflia de Sem (Gn 10.29;1

 

Cr 1.23).2.  Filho de Zerá, um dos primeiros reis deEdom (Gn 36.33,34; 1 Cr 1.44,45).3.

 

Rei de Madom, cidade cananéia do norte.Foi aliado de Jabim de Hazor contra Josué

(Js 11.1; 12.19).4.

 

Filho do benjamita Saaraim com a suaesposa Hodes (1 Cr 8,8,9).5.  Outro benjamita, filho ou descendente deElpaal (1 Cr 8.18).

OCDEÃO Cidade não identificada na regiãomontanhosa de Judá, relacionada ao lado deMaom, Carmelo e Zife em Josué 15.56.

OCMEÃO Cidade em Effaim designada aoslevitas coatitas (1 Cr 6.66,68), talvez a mesmaQuibzaim de Josué 21.22. Na versão KJV em

inglês, em 1 Reis 4.12 esse nome está escritocomo Jocneào. Essa passagem indica queocmeào está ao sul de Abeí-Meolá, no vale

do Jordão, provavelmente em Tell el-Mazarno lado sul do Uádi Far‘ah, em frente a Adã(Tell ed-Damiyeli).

OCNEÃO Cidade real cananita (Js 12.22)destinada aos levitas meraritas (Js 21,34).Localizada no lado oeste do ribeiro de Quisom,aos pés da cadeia de montanhas do Carmelo,na fronteira com Zebulom (Js 19.11), foi ago-ra identificada como Ttell Qeimun, 20 quilô-

metros a sudoeste de Nazaré e 10 quilôme-tros a noroeste de Megido. Esse local guardao extremo leste da passagem mais ao norte emais baixa através da cadeia do Carmelo, eliga a planície de Sarom ao vale de Jezreel.ocneãoé a cidade n" 113 na relação das cida-

des capturadas por Tutmósis III

OCS Um filho de Abraão e Quetura, eancestral de Seba e das tribos de Dedã da

 Arábia (Gn 25.1-3; I Cr 1.32) A suposição deque a palavra Jocsã deva ser identificadacom Joctã (Gn 10.25; 1 Cr 1.20) não tem su-porte histórico ou filo lógico.

OCTÃ Descendente de Sem, filho de Ébere irmão de Pelegue (Gn 10,25; 1 Cr 1.19).Era pai de 13 filhos ou grupos tribais semíti-cos que habitavam o sul da península da

 Arábia (Gn 10.26-30; 1 Cr 1.20-23).

OCTEEL1.  Cidade não identificada na região da Sefe-lá, próxima a Laquis (Js 15.38).2.  Nome dado a Sela, agora Petra, depois deser capturada do domínio dos edomitas pelorei Amazias de Judá (2 Rs 14.7).

ODE A décima letra do alfabeto hebraico.Esta letra consta no início de cada versículo dadécima seção do poema acrósticono Salmo 119.Ela possui o valor numérico de 10. Uma vezque esta é a menor letra no manuscritoaramaico ou manuscrito quadrado do alfabetohebraico, e é equivalente ao grego iota,  mui-tos acreditam que o Senhor Jesus se referiuao yod em sua declaração de que nenhum jota(gr. iota) ou til da lei cairía, mas que tudo seriacumprido (Mt 5.18). Veja Jota; Alfabeto,

ODE Décima letra do alfabeto hebraico. Veja Alfabeto. Essa letra é usada na versão KJVem inglês como título da décima seção do Sal-mo 119, no qual cada verso começa com ela.

OEDE Um benjamita que vivia em  Jerusa-lém durante a época de Neemias (Ne 11.7).

OEIRAR Veja Agricultura.

OEL Esse nome, que significa “Jeová éDeus”, era muito popular entre os hebreus.1.  Profeta que escreveu o livro de Joel (1.1;

 At 2.16). Não existe nenhuma referência

feita a ele nos livros históricos do AT, masseus escritos indicam que era filho de Petuele vivia em Judá, provavelmente em Jerusa-lém. Sua época depende da data de seu livro(veja  Joel, Livro de), talvez cerca de 835 a.C.

 Alguns o consideram como não pertencen-te à história e que o seu nome indica apenaso tema da jorofecia (2.26,27). Como isso édesnecessário e o NT faz referência a umpersonagem histórico, ele deve ser assimconsiderado.2.  Filho mais velho de Samuel (1 Sm 8.2) epai de Hemã, o cantor (1 Cr 6.33; 15.17), Há

 versões que trazem o nome “Vasni” em 1Crônicas 6.28, uma transliteração da pala- vra hebraica que, provavelmente, significa“e o segundo”; as versões ASV e RSV eminglês também fazem essa tradução e acres-centam a palavra “Joel” com base na revisão

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JOELJOELJOELJOEL JOEL, LIVRO DEJOEL, LIVRO DEJOEL, LIVRO DEJOEL, LIVRO DE

de Lúcia tio da LXX, em Siríaco, v.33 e em 1Samuel 8.2. Ele e seu irmão mais novo, Abias,foram nomeados por Samuel para seremuizes em Berseba. A perversão ae suas fun-ções precipitou a exigência, por parte dosanciãos, de um rei para Israel.

3. 

Príncipe dos simeonitas que emigrou para0   vale de Geder, em aprox. 715 a.C. (1 Cr 4.35).4.  Um rubenita (1 Cr 5.4,8).5.

 

Um chefe gadita em Basã (1 Cr 5.12).6.   Ancestral da pessoa mencionada no item 2acima, e de Samuel, filho de Azarias epai deElcana (1 Cr 6.36).7.  Cliefe em Issacar, filho de Izraías, na épo-ca de Davi (1 Cr 7.3).8.  Um dos poderosos de Davi (1 Cr 11.38),irmão de Natã (em 2 Sm 23.36 ele é chama-do de Igal e mencionado como “filho'").9.  Chefe gersonita dos levitas (filho de Ladã,

Cr 23.8), nomeado por Davi para ajudarno retorno da arca da casa de Obede-Edom(1 Cr 15.7,11) e guarda do tesouro do Templo(1 Cr 26.22),10.

 

Filho de Pedaías, e o principal chefe no-meado por Davi para governar a tribo oci-dental de Manassés (1 Cr 27.20).11.

 

Um levita coatita que ajudou Ezequiasna restauração dos serviços do Templo (2Cr 29.12).12.  Filho de Nebo, relacionado como um da-queles que prometeram expulsar as esposas

pagãs (Ed 10.43; também mencionado em 1Esdras 9.35).13.  Um filho de Zicri, e supervisor dos ben-amitas pós-exílicos em Jerusalém, em aprox.456 a.C. (Ne 11.9).14.  Filho de Bani (chamado de Uel em Esdras10.34, mas de Joei em 1 Esdras 9.34) na mes-ma relação mencionada no item 12, acima.

 Às vezes, 4 e 5 são considerados como umúnico homem, e 9 como dois.

 W. A. A.

OEL, LIVRO DE

 AutoriaSeu autor nâo pode ser identificado com ne-nhum dos outros personagens do AT que tra-zem esse nome, e nada se sabe sobre a suapessoa além desse livro. Dessa maneira, suaidentificação varia entre saber se esse nomeé histórico ou simbólico (veja  Joel). Emboraseu nome (“Jeová é Deus”) seja a expressãode sua mensagem, ele é geralmente aceitocomo histórico. Era filho de Petuel (1.1; LXX,Betuel) e Pedro fala a seu respeito como oautor desse livro (At 2.16).

DataDispondo apenas de evidências internas, émuito difícil precisar a data desse livro. Assugestões variam entre os séculos X a II a.C.,sendo que 830 e 400 a.C. são as mais comuns.Embora a data anterior seja mais caracterís-tica dos conservadores, e a última a dos libe-

rais, essa falta de concordância parece sermais o resultado de uma honesta dúvida so-

 bre as possibilidades históricas do que umapredisposição teológica. Os mesmos dados sãoapresentados em favor das duas datas. Seráque os sacerdotes estariam de acordo (1,13ss.;

2.12-17) porque ainda não tinham caído emdesgraça ou será que já desfrutavam nova-mente de uma posição de graça? É bastantesignificativo que nenhum rei seja menciona-do. Isso implicaria uma regência sob Joiada, osacerdote ao início do reinado de Joás (835-796 a.C.), ou o período pós-monárquico de-pois do exílio. A presença de sacerdotes eanciãos como líderes podería indicar tantouma data anterior quanto uma data posteri-or. Um cenário pós-exílico para ambas pode-ría parecer mais correto. Qualquer menção à

 Assíria ou Babilônia podería indicar uma dataposterior, mas o silêncio relacionado com es-sas nações também pode ser admitido para aproposta de uma data anterior, antes que es-sas nações começassem a importunar o reinode Judá.Povos dispersos, terras divididas (3.2ss.) e apresença de povos gregos (3.6), sem mencio-nar o Reino do Norte e uma suposta Línguado período pós-exílico, favorecem a opiniãode uma data posterior. Mas nenhuma dessashipóteses é conclusiva, e cada uma delas le-

 vanta problemas adicionais, embora todas

possam ser explicadas. A presença de feníci-os, filisteus, egípcios e edomitas (3.4,19)como inimigos antigos, e Amós parecendousar Joel (por exemplo, Joel 2.1,10; 3.16 com

 Amós 5.18,20; 8.8; 1.2; 9.13, respectivamen-te) também favorecem fortemente a opiniãode uma data anterior. Ainda mais conclusivaé a sua antiga posição no cânon, que quaseobriga um estudioso exigente a aceitá-la con-forme seu valor de face até que evidênciascontrárias o obriguem a mudar de opinião.Sugerimos aqui que as evidências para umadata anterior - embora não conclusivas - são

suficientes para se aceitar o antigo entendi-mento, e que os argumentos a favor de umadata posterior - embora substanciosos - nãosão suficientes para exigir uma renúncia.

 Além disso, a mensagem de Joel parece fa-zer sentido como uma afirmação anterior,que foi posteriormente desenvolvida pelosprofetas posteriores (por exemplo, o con-ceito do dia do Senhor, cf. Sofonias; Joel3.10, cf Isaías 2.4; Miquéias 4.3). Portanto,a data de aproximadamente 830 a.C. pareceser a mais provável para o livro de Joel; dessamaneira ele pode ser considerado como umdos profetas mais antigos. Pode ter sido umdos profetas mencionados em 2 Crônicas24.19 que Deus mandou para advertir Judáe Jerusalém depois do ressurgimento da ido-latria que se seguiu à morte de Joiada.

Ocasião e PropósitoOcasião e PropósitoOcasião e PropósitoOcasião e PropósitoEmbora uma recente praga de gafanhotos e

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JOEL, LIVRO DEJOEL, LIVRO DEJOEL, LIVRO DEJOEL, LIVRO DE JOEL, LIVRO DOJOEL, LIVRO DOJOEL, LIVRO DOJOEL, LIVRO DO

uma seca fossem certamente incluídas comoexemplos, a ocasião da mensagem proféticade Joel deve ser mais propriamente conside-rada sob as condições espirituais daquelesdias. As pessoas tinham a necessidade de umreavivamento espiritual à luz da proximida-

de da vinda do dia do Senhor, da divina dispo-sição climática do universo, e da sociedadehumana. Nada existe sobre a amarga conde-nação pelos espalhafatosos pecados e pelagrosseira corrupção encontrada em profetasposteriores, porque na época de Joel o povode Judá havia simplesmente se afastado, enão se rebelado contra Deus. Embora conti-nuassem a observar os mecanismos do anti-go pacto, eles haviam permanecido indife-rentes ao seu entendimento e descuidadosna sua prática. Tinham ficado espiritualmen-te infecundos - assim como a terra depois do

recente ataque de uma praga de gafanhotos.Essa situação não podia ser tolerada pormuito tempo, e disso Joel estava convenci-do, porque o dia do Senhor estava chegando,quando Deus determinaria o destino final deudá. Ele não só chamou a atenção para as

presentes necessidades espirituais e a seve-ridade do dia Senhor relacionada a elas,como também enxergou um glorioso futuroreservado àqueles que se voltassem ao Se-nhor. O propósito dessa profecia, portanto,era convocar Judá a voltar-se para Deus,

antes da chegada do dia do Sennor, e asse-gurar o retorno das bênçãos e da promessade uma futura restauração e justificação.

Estrutura e EstiloEstrutura e EstiloEstrutura e EstiloEstrutura e EstiloO texto hebraico é composto por quatro ca-pítulos. Os dois primeiros capítulos hebrai-cos são considerados pertencentes princi-palmente ao momento presente, enquantoos dois últimos tratam apenas do futuro.No texto em inglês, a passagem em 2.28-32corresponde ao capítulo 3 do texto hebraico,e o terceiro capítulo em inglês corresponde

ao quarto capítulo do texto hebraico. Portan-to, o texto em 2.28 na versão inglesa é umponto divisório para a análise do texto, e amaioria dos estudiosos o utilizam deste modo.Outra maneira de resumir o livro faz uma di-

 visão maior antes de 2.18,19, onde o verbohebraico indica um tempo passado. Porém o

 verbo traduzido como “farei partir”, em 2.20,está em um tempo imperfeito, indicando umtempo futuro, de forma que os versículos 18 e19 podem ser interpretados como perfeitamen-te proféticos e predizendo um período futuro,como nas versões KJV e NASB em inglês. Por-

tanto, tudo que existe a partir de 2.18 até 3.21representa o futuro na Era Messiânica.Estudiosos mais liberais, considerando que asegunda divisão (por ser apocalíptica e não his-tórica) é marcadamente diferente da primei-ra, começaram anos atrás a sugerir que foiescrita por outro profeta bastante posterior.Mas nenhum outro fator sugere uma dupla

autoria, e isso é adequadamente comprovadopelo duplo aspecto do juízo de Deus com a pro-messa de bênçãos futuras para aqueles que searrependessem, depois da presente ameaça docastigo. Portanto, o valor de face da unidadedo livro fica por si só oomprovado.

O estilo de Joel, clássico entre os primeirosprofetas escritores (cf. Amós, Oséias eMiquéias), incluí uma propositada estrutu-ra, vividas ilustrações e uma linguagemfinamente trabalhada, A maior parte desselivro é  constituída por poesia métrica comuma breve seção em prosa (3.4-8).

EsboçoEsboçoEsboçoEsboçoIntrodução, 1.1

I.  Declínio da Prosperidade de Judá,1.2-2,11

 A.  Descrição da crise atual, 1.2-20

Reunam-se e clamem ao Senhor,porque a praga de gafanhotos dei- xou a sua terra sem frutos e a suacasa sem ofertas - e o dia do Senhorestá próximo.

B.  Descrição do dia do Senhor, que estápróximo, 2.1-11O dia do Senhor está se aproximan-do com um terrível exército, e comuma inigualável destruição.

II. 

O Retorno do Senhor e de suas Bên-çãos, 2.12-27

 A.  As condições para o retomo, 2.12-17

Que todo o povo se volte ao Senhorcom arrependimento - talvez Ele te-nha compaixão e abençoe o povo.

B.  A resposta do Senhor, 2.18-20Com ciúmes de sua terra e piedadepara com o seu povo, Jeová prome-teu abundância de alimentos e a eli-minação da censura estrangeira e doinimigo do norte.

C.  O cântico de regozijo do profeta, 2.21-24Não temas ó terra, regozija-te e ale-

gra-te porque o Senhor fará descera chuva como antes.D.  A restituição do Senhor ao seu povo,

2.25-27“E restituir-vos-ei os anos que foramconsumidos pelo gafanhoto, e a lo-custa, e o pulgão, e a oruga, o meugrande exército que enviei contra vós.E comereis fartamente, e ficareis sa-tisfeitos, e louvareis o nome do Se-nhor, vosso Deus, que procedeu paraconvosco maravilhosamente; e o meupovo não será mais envergonhado”.

III. 

Reconstituição da Sociedade, 2.28-3.21 A.  O Espírito do Senhor e a salvação,2.28-32

 Antes do dia do Senhor haverá umasnblevação cósmica, e acontecerá quederramarei o meu Espírito sobre todaa carne. E todo aquele que invocar onome do Senhor será salvo.

B. 

Ojulgamentodo Senhor sobre todas

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JOEL, LIVRO DEJOEL, LIVRO DEJOEL, LIVRO DEJOEL, LIVRO DE JOEL, LIVRO DEJOEL, LIVRO DEJOEL, LIVRO DEJOEL, LIVRO DE

as nações, 3,1-15 Julgarei todas as nações pela suaopressão a Judá quando vierem siti-ar Jerusalém.

C.  Avindicação do Senhora Judá, 3.16-21E o Senhor bramará de Siâo para

expulsar as nações inimigas e guar-dar Judá na prosperidade.

Os GafanhotosOs GafanhotosOs GafanhotosOs Gafanhotos A despeito da sua simples função como instru-mento, os gafanhotos são descritos de formatão dramática que às vezes sua importânciapode parecer exagerada. As palavras hrbeh,ozam, yeleq  e hasil  referem-se a diferentes

insetos, variedades ou estágios; mas, de qual-uer modo, elas indicam o efeito cumulativoe seus ataques incessantes. Veja  Animais;Locusta 111.38. Embora as referências imedia-

tas sejam literalmente feitas a insetos no capí-tulo 1, toma-se difícil ter certeza se eles oucavalos estão sendo retratados em 2.1-11, poisa cabeça de um gafanhoto assemelha-se à ca-

 beça de um cavalo em miniatura. A narrativapode estar descrevendo igualmente bem, nu-

 vens de gafanhotos fazendo aquilo para o queforam criados, ou esquadrões de cavalaria cum-prindo de maneira obediente as instruções quereceberam durante o seu treinamento. As ca-racterísticas escatológicas dessa passagem quetrata do dia do Senhor levaram muitos comen-taristas a fazer uma ligação com os gafanhotosdemoníacos de Apocalipse 9.1-11. Veja HobartE.  Freeman, An Introduction to the Old Tes-tament Prophets, Chicago, Moody Press, 1968,p. 150-154 para argumentos em favor do sim-olismo apocalíptico em 2.1-11.

O Dia do SenhorO Dia do SenhorO Dia do SenhorO Dia do SenhorEsse é um evento de suma importância quefoi anunciado com alarde e descrito comouma grande e tenebrosa destruição (1.15;2.1,11)

 

, mas esse aspecto negativo fica equi-librado através do brilhante retrato da res-tauração (3.1,18). E a era na qual Deus dei-

 xa de limitar a plena execução de seu juízo einterfere diretamente na sociedade huma-na, e até no cosmos, de acordo com a análi-se da santidade e nos termos da execuçãoda justiça. Embora o lado negativo seja re-alçado porque Judá precisava muito ser ad-

 vertida, o lado positivo está presente comoum encorajamento aos fiéis remanescen-tes, e uma maior motivação àqueles que fo-ram advertidos. Entretanto, por mais obs-curo que seja o entendimento teológico daseqüência temporal dessa profecia, sua im-

plicação prática é bastante clara: o juízo deDeus está prestes a chegar. Existe tempo sufi-ciente para um efetivo arrependimento, masinsuficiente para um seguro adiamento.

O Derramamento do EspíritoO Derramamento do EspíritoO Derramamento do EspíritoO Derramamento do EspíritoTanto Pedro no Pentecostes (At 2.21), comoPaulo aos Romanos (10.13), citam Joel 2.32.

Entretanto, coube a Pedro fazer dele o má- ximo uso (At 2.17-21) ao citar Joel 2.28-32. Ao corrigir aqueles que pensaram que osdiscípulos de Jerusalém estavam embriaga-dos por causa de sua glossolalia, (Veja  Lín-guas, Dom de), Pedro disse: “Mas isto é o

que foi dito pelo profeta Joel” (At 2.16). Oapóstolo podería estar fazendo uma refe-rência especifica somente àquela porção quefala do derramamento do Espírito e seu con-seqüente dom de profetizar, pois os eventosdo dia de Pentecostes parecem não ter cum-prido a profecia como um todo. O efeito des-sa referência parece mostrar que aquelasituação era parte ou apenas o início daqui-lo que Joel tinha em mente. A partir dessedia, que representava a inauguração públi-ca da Era Messiânica que continuará até odia do Senhor, o prometido Espirito Santoserá derramado sobre os crentes de todasas idades, raças, e de ambos os sexos (At2.38,39). Dessa maneira, Joel foi o primeiroprofeta a ligar o derramamento do Espíritocom a vinda do Messias (cf. Is 11.2; 32.15;42,1; 44.3; 59.21; 61.1-3; Ez 36.27; 39.29; Zc12.10). Veja Freeman, op. cit.,  pp. 154-156,para a discussão das várias opiniões sobre ocumprimento da profecia de Joel 2.28-32.

O Apocalipse e aO Apocalipse e aO Apocalipse e aO Apocalipse e aRestauração de IsraelRestauração de IsraelRestauração de IsraelRestauração de Israel

á indicamos que os dois últimos capítuloshebraicos de Joel (que em nossa Bíblia estãocontidos em 2.28-3.21) são claramenteapocalípticos. A derradeira restauração deIsrael na terra é óbvia, mas sua exata natu-reza e a ordem dos eventos são menos cla-ros. O apocalipse de Joel é uma significativaafirmação da progressão da profecia escato-lógica, e não podemos formular a doutrinados acontecimentos futuros sem a inclusãodesses dados. Essa profecia oferece uma cor-reção necessária àqueles que são ingenua-mente otimistas a respeito da paz mundial

por causa de suposições baseadas na pro-messa de que os homens ÍTào um dia “con- verter suas espadas em enxadões e as suaslanças em foices” (Is 2.4; Mq 4.3). Joel convo-ca as nações a fazer exatamente o oposto(3.10) porque o dia do Senhor virá sobre oecado que praticaram e a impiedade queemonstraram. Então, a promessa de Deusatravés de Isaías e Miquéias só será cumpri-da depois que a sua ameaça através de Joeltiver sido experimentada.

Importância

O significado e a importância contemporâneae escatológica da profecia de Joel é muito gran-de: primeiro, porque o povo de Judá de seusdias era muito parecido com os cristãos atu-ais, e, em segundo lugar, porque uma partede sua profecia ainda não se cumpriu. Suamensagem deve prevenir os cristãos, que es-tão começando a se afastar espiritualmente,

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JOEL, LIVRO DEJOEL, LIVRO DEJOEL, LIVRO DEJOEL, LIVRO DE JOGOSJOGOSJOGOSJOGOS

de que as consequências já foram determina-das; e que caso se mantenham fiéis, as bên-çãos de Deus podem ser revividas em sua vidae que eles podem aguardar bênçãos aindamaiores nos dias que virão.

Bibliografia.  J. A. Brewer, ICC. J. T. Carson,“Joel", NBC, Grand Rapids. Eerdmans, 1953.S. R. Driver, Catnbridge Bible,  1934. A. S.Kapelrud,  Joel Studies,  Uppsala. UppsalaUniv., 1948. E. B. Pusey, The Minor Prophets,

 Vol. I, Nova York; Funk &  Wagnalls, 1885. G. A. Smith, The Expositor’s Bible, ed. rev., Nova York. Harper, 1928.

 W. A. A.

OELA Um dos filhos de Jeroão de Gedorque se aliou às forças de Davi em Ziclague (1Cr 12.7).

OELHO A palavra heb. como um verbo sig-nifica “ajoelhar-se” (2 Cr 6.13), bem como“abençoar” ou “pronunciar uma bênção”, por-que a pessoa abençoada se ajoelha. Dessemodo, ela é usada como uma referência afazer os camelos curvarem os joelhos paradescansar (Gn 24.11). Ela é usada em rela-ção aos homens bendizendo a Deus (Gn24.48; 1 Rs 1.48); Deus abençoando aos ho-mens (Nm 23.20), e homens abençoando ou-tros homens (Gn 14.19; 27.4).

 A palavra também significa “saudar”, e estárelacionada com abençoar (1 Rs 1,47; SI49.18; 62.4). Curvar os joelhos ou ajoelhar-se era um ato de adoração (1 Rs 8.54; 19,18;Ed 9,5). Ajoelhar-se era uma postura de ora-ção (Dn 6.10; Lc 22.41; At 9.40; 20.36; 21.5;Ef 3.14), No entanto, Elias colocou a suaface entre os joelhos: em oração (1 Rs 18,42).

 A fraqueza do corpo frequentemente apare-ce primeiramente nos joelhos: “Os joelhosdesfalecentes fortificaste” (Jó 4.4; cf. Is 35.3;Ez 7,17; 21.7; Hb 12.12). O bebê recém-nas-cido era colocado sobre os joelhos do pai (Jó

3.12, “Por que me receberam os joelhos?”),ou da esposa de direito (Gn 30.3), ou aindade um parente adotivo (Gn 50.23; Rt 4.17)para significar a paternidade legal, visto queos joelhos estavam o mais próximo possívelda fonte da vida.

 Veja Adoração.E. C. J.

OELHOS VACILANTES Aidéia expressanestas palavras é encontrada três vezes naBíblia Sagrada (Jó 4,4; Is 35.3; Hb 12.12).

Em Jó, a palavra heb. é kara’  e fala de do- brar os joelhos pela fraqueza. Não há indi-cação da causa, se por doença ou cansaço.Isaías usa o termo kashal,  que significa va-cilar em seus tornozelos, mas nenhuma cau-sa é indicada. Na carta aos Hebreus, a pala-

 vra é  paralelurnena,  Ela indica um tipo deparalisia resultante de uma interrupção daforça vital. Em todos os usos, a idéia parece

ser mais figurativa do que literal, sugerindocansaço e desânimo.

 Veja Desanimado.

OEZER Um coraíta que se aliou ao exérci-to de Davi, enquanto Davi estava exilado emZiclague (1 Cr 12.6). Seu nome foi inscritoem um antigo selo hebraico como Yhvfzr. 

OGBEÁ Cidade fortificada de Gade (Nm32.35). Gideão passou a leste dessa cidadequando atacou os midianitas (Jz 8.11). Elacorresponde à moderna cidade de Jubeihât,aprox. 10 quilômetros a noroeste de Amã.

OGLI Pai de Buqui, um chefe danita (Nm34.22).

OGOS Parece que os hebreus não estavaminteressados no atletismo como esporte. Nãoexistem referências a quaisquer competiçõespuramente atléticas no AT, tão abundantesna literatura greco-romana. Mesmo a refe-rência encontrada no Salmo 19.5, “se alegracomo um herói a correr o seu caminho", nãoestá necessariamente falando de uma com-petição. Os povos semíticos, ao contrário,gostavam de se divertir e expressavam suadisposição através do canto e da dança (cf.ó 21.11,12). Veja Dança; Música.

Sansão organizou um concurso para a solu-ção de um enigma, para entreter os convida-dos em um casamento (Jz 14.12). Veja  Enig-mas. A horrível e repugnante disputa comespadas entre soldados escolhidos das tropasde Abner e Joabe não pode ser classificadacomo um jogo (2 Sm 2.12-17). No fim dostempos, as ruas de Jerusalém ficarão reple-tas de meninos e meninas que nelas farão

 várias brincadeiras (Zc 8,5), como, por exem-plo, cabo-de-guerra, já conhecido no Egito(ANEP #216, 217).

 A luta (q.v.) era um esporte comum no anti-go Oriente Próximo, como atestam figurasde barro e pinturas em sepulcros. Belíssimostabuleiros esculpidos com motivos de jogos,alguns incrustados com marfim, conchas,ouro e vidros azuis foram encontrados emUr, Megido, em outras cidades da Palestina eem túmulos egípcios. (ANEP #212-215; R. F.

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JOGOSJOGOSJOGOSJOGOS JOGOSJOGOSJOGOSJOGOS

Posições cie largada para corredores dos Jogos Píticos no estádio de Delfos, Grécia

Sehnell, “Games, Old Testa ment",  IDB, II,352ss.). Bonecas de barro, brinquedos, e pe-ças de mobília conseguiram sobreviver à de-astação do tempo para indicar que a vida

de uma criança não era sempre totalmentemonótona.Os jogos tinham uma grande importâneia,mas apenas no mundo greco-romano. Os gre-gos tornaram-se notáveis pelos seus jogos

públicos, cujos nomes ainda permaneceminesmo no contexto moderno: Olímpicos,istmicos, Nemeus, Píticos. Os Jogos Olímpi-cos representavam o principal festival nacio-nal dos gregos, e eram celebrados em honra aZeus, na cidade de Olímpia, a cada quatroanos, e abrangiam principalmente a ginásti-ca, embora competições equestres e musicaistenham sido posteriormente acrescentadas.Os Jogos Istmicos eram realizados em Corinto,em um bosque dedicado a Posêidon, no se-gundo e no quarto ano de cada Olimpíada. Osogos Nemeus eram realizados no vale de

Nemea em honra a Zeus, no final do primeiroe do terceiro ano de uma Olimpíada, e consis-tiam de provas de ginástica, eqüestres e mu-sicais, da mesma maneira que os outros. Osogos Píticos vinham depois das Olimpíadas

em importância e eram realizados no terceiroano de cada Olimpíada, em Delfos. O prêmiopara os vencedores eTa apenas uma coroa defolhas como, por exemplo, de oliveira ou lou-o, mas grandes honras lhes eram prestadas

pelos seus concidadãos.Entre os romanos, o número de jogos foi cres-

cendo até o final do império. Existiam setegrupos de jogos que ocupavam um total de65 dias. Por volta da metade do século II daera cristã, um total de 135 dias do ano eradedicado a esses jogos, e no ano 354 d.C, elesocupavam 175 dias por ano.Os principais jogos romanos eram o LudiRomani, o mais antigo, comemorado em honraa Júpiter; o Ludi Plebes, que incluía espetáculos

teatrais; o Ludi Cerealis, em honra à deusaCeres; o Ludi Apollinares, em honra a Apoio; oLudi Megalenses ,em honra à Grande Mãe; e oLudi Floralis. O Ludi Circenses e o Ludi

 Augustales eram celebrados durante o períododo império em honra a César Augusto. Essesogos estavam intimamente ligados ao culto re-ligioso e eram dedicados a deuses e deusas. Es-tavam, freqüentemente, sob a direção de sa-

cerdotes que faziam a supervisão dos jogos por-que, em cada ocasião, serviam a um deus.Nos jogos que o governo dedicava aos deuses,as despesas eram cobertas pelo tesouro pú-

 blico. As vezes, as demandas do público eramtão extravagantes que o imperador precisa-

 va custear uma parte considerável das des-pesas com os jogos públicos utilizando fundosdo tesouro imperial. Não somente Roma, comotambém outras cidades e vilas importantescomo Efeso, sofriam um considerável gastofinanceiro relacionado aos jogos celebradosnessas localidades e que, de certa forma, re-presentavam os jogos de Roma.

 Além dos jogos públicos que envolviam toda apopulação, eram celebrados muitos jogos par-ticulares oferecidos por indivíduos ou organi-zações em ocasiões de especial significadocomo nascimentos, casamentos e até fune-rais. Enquanto a admissão aos jogos públicosera sempre livre, os jogos particulares cobra-

 vam ingressos, e com freqüência eram usa-dos por sociedades para levantar fundos. As

 vezes, esses jogos particulares eram ofereci-dos ao público por cidadãos abastados com a

expressa finalidade de ganhar a boa vontadeda população. Os custos, tanto dos jogos pú- blicos como particulares, se elevaram a pro-porções assustadoras na época do NT.Os jogos de atletismo eram especialmentepreferidos pelos gregos e menos pelos roma-nos. Os romanos preferiam aqueles comba-tes que envolviam perigo e derramamentode sangue. Havia corridas, lutas, arremesso

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JOGOSJOGOSJOGOSJOGOS JOGOSJOGOSJOGOSJOGOS

O estádio em Rodes, do século II a.C.,reconstruído pelos italianos antes da Segunda

Guerra Mundial

de disco e dardo e, naturalmente, as lutas de boxe. Entre os romanos, as corridas de car-ruagem no circo eram muito mais popularesque as corridas de atletismo. A grande arenade corridas em Roma, o Circus Maximus,podia provavelmente acomodar 250.000 es-pectadores. Durante o decorrer da disputa, amultidão qnase enlouquecia e os tumultoseram frequentes. Grandes somas de dinhei-ro trocavam de mãos, uma vez que o povoapostava em um ganhador. Este ganhadorpoderia amealhar grandes fortunas.Entre todos os jogos, os espetáculos com

gladiadores, que alcançaram grande popula-ridade entre os romanos, eram os que maisrecebiam a objeção dos cristãos. Tais comba-tes vieram a fazer parte de importantes oca-siões públicas. Em um dos festivais, JúlioCésar apresentou um combate com mais de300 gladiadores, enquanto Trajano, cheio deúbilo por sua vitória na Dácia, apresentouum conjunto de 10.000 gladiadores. A gran-de maioria desses gladiadores era formadaor prisioneiros de guerra on escravos, em-ora ocasionalmente os criminosos tambémfossem condenados a lutar na arena. Na Es-

panha, África, Gália e no Oriente havia umapaixão semelhante à de Roma por essas lu-tas. Entretanto, elas nunca foram popularesna Grécia, exceto em Corinto, que era umacolônia romana na época do NT.Geralmente os jogos romanos eram realizadosem um estádio ou na grande arena de um circo.

 Alguns tinham uma natureza temporária, ou-tros eram permanentes; até hoje podem ser

 vistos nas ruínas das antigas civilizações. O an-fiteatro ou arena circular era destinado aos com-

 bates de gladiadores e animais selvagens, e foi

usado pela primeira vez na Itália, Por fim, todacidade grande também tinha o seu anfiteatro.O mais famoso deles estava na própria Roma.Conhecido como Coliseu, sua construção foi ini-ciada por Vespasiano, consagrado por Tito (noano 80 d.C.) e concluído por Domiciano. Tinhacerca de 50 metros de altura, e podia acomodarmais de 50,000 espectadores. Nessa arena, gran-des grupos se envolviam em batalhas fictícias,

lutas contra animais selvagens eram represen-tadas e, ocasionalmente, a arena era inundadapara que pequenos barcos pudessem represen-tar batalhas navais sob os olhos da multidão.

 AAntiguidade também tinha vários jogos so-ciais que alcançavam grande popularidade.

Tanto os gregos como os romanos tinham jo-gos com bolas. Também existiam entre elesogos populares de azar que empregavam da-dos, Havia um jogo muito semelhante ao xa-drez, praticado sobre um tabuleiro divididoem espaços, e os movimentos sobre o tabulei-ro eram feitos com pedras. JJm jogo muitopopular era chamado “Par e ímpar” (em gre-go artiasmos,  e em latim ludere par   impar),no qual moedas, pedras ou nozes eram es-condidas na mâo; o adversário precisava adi-

 vinhar se o seu número era par ou ímpar.Os líderes das primeiras igrejas cristãs conde-navam as formas de entretenimento associa-das à religião pagã, e que negavam a ética cris-tã. Nos tratados atribuídos a Cipriano foramcondenados os jogos e os entretenimentos desua época, pois se acreditava que a participa-ção nestes envolvia a idolatria. Por causa daidolatria, falta de modéstia e crueldade dos jo-gos, Tatian, Tertuliano e Clemente os conde-naram juntamente com as demais formas deentretenimento. Na verdade, foi a oposição porparte do cristianismo que pôs fim a estes jogos.São muitas as referências feitas nas epísto-

las de Paulo comparando a vida cristã à tra-etória de um atleta. Ele fala sobre a necessi-dade de autodisciplina e obediência às regraspara aqueles que desejam ser vencedores (1Co 9.24ss.). O apóstolo fala sobre a vida e oministério como uma carreira que deve sercorrida (At 13,25; 20.24; Fp 3.14; 2 Tm 2.5;4.7)  , e sobre correr em vão (G1 2.2) oucorrer

 bem (G1 5.7). O autor de Hebreus comparaaté mesmo o Senhor Jesus Cristo a um cor-redor que já cumpriu a sua carreira antes denós (HD  12.1ss.). Mesmo hoje, essas referên-

cias a combates de for a e erseveran a nos

Um jogo talhado no piso da sinagoga deCafarnaum

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JOGOSJOGOSJOGOSJOGOS J IASJ IASJ IASJ IAS

 Jóias da rainha Shubad de Ur, de aprox.2500 a.C. BM

estimulam a correr “com paciência, a carrei-ra que nos está proposta .

Bibliografia.  A. C. Bouquet. Everyday Lifein New Testament Times,  Nova York.Scribner’s, 1953, pp. 180-190. JeromeCarcopino, Daily Life in Ancient Rome, NewHaven. Yale Univ. Press, 1940. Henri Daniel-Rops, Daily Life in the Time of Jesus, Nova

 York. Hawthome, 1962. E. Norman Gardiner,Greek Athletic Sports and Festivais, Londres.Macmillan, 1910. E. W. Heaton, Everyday Lifein Old Testament Times,  Nova York. Scri-

 bner’s, 1956, pp. 75ss., 80, 91-94. HaroldMattingly, Roman Imperial Civilieation, Nova

 York. Doubleday, 1959. Madeleine S e J. LaneMiller, Encyclopedia ofBibleLífe,  Nova York.Harper, 1944, pp. 391ss.

H. L. D.eP, C. J.

IA DE NARIZ Uma argola, usada nor-malmente pelas mulheres como enfeite nonariz, geralmente feito de ouro ou prata (Gn24.47; Is 3.21). Tinha cerca de uma a trêspolegadas de diâmetro e era passada pelanarina direita. Veja Amuleto; Jóias; Anel.

ÓIAS O amor aos adornos tem sido expres-

sado através do uso de pedras preciosas e dafabricação de jóias desde o início da histó-ria. A prática ae enterrar tais tesouros comos restos de seus proprietários tem sido deinestimável ajuda para os arqueólogos tra-çarem a história e a cultura de raças e civili-

zações desaparecidas.Termos usados nas Escrituras.  As seguintespalavras foram traduzidas como “jóia” nasEscrituras:1.0  termo hebraico hali  significa “ornamen-to” e provavelmente vem do aramaico “ador-nar”. Representa um colar ou jóia sem va-lor, um símbolo de graça e beleza, um orna-mento (Ct 7.1; Pv 25.12).2.0  termo hebraico helya  significa ama peçade joalheria, provavelmente um colar ou or-namento feminino (Os 2.13).3.  O termo hebraico k‘li  significa um artigo,utensílio ou vaso de qualquer tipo. Quandousado no sentido de jóia, refere-se a um arti-go de prata ou de outro metal precioso (Gn24.53; Êx 3.22; 11.2; 12,35; Nm 31.50,51; 1Sm 6.8,15; Pv 20.15), dinheiro (Jó 28.17) ouornamento de vestuário (Is 61.10; Ez 16.17,39; 23.26).4.  O termo hebraico  nezeni  significa um anelque é sempre de ouro quando o material émencionado. Foi geralmente traduzido como“brinco” (Gn 35.4; Ex 32.2; Ez 16.12), mastambém como um brinco de nariz (Pv 11.22;

Is 3.21). Portanto, trata-se de um termo es-pecífico. Entretanto, não foi declarada a par-te do corpo onde é usado. Veja Brinco.5.  O termo hebraico s‘gulla  refere-se a algode  valoT (Ml 3.17) ou a um tesouro peculiar,uma referência utilizada no relacionamentoentre Deus e o seu povo escolhido, Israel (Ex19.5; SI 135.4).Conforme indicado, somente a palavra  nezemé específica, enquanto as outras são de cará-ter geral. A versão KJV em inglês, por exem-plo, geralmente traduz os tipos peculiares dasóias com seus próprios termos, como brace-

lete, colar, brinco, brinco de nariz etc. O ter-mo “pedras preciosas” Ceben  y qara)  ocorre13 vezes no AT, assim como outras expres-

Coiares da rainha Hatshepsut dó Egito, deaprox. 1500 a.C-, como retratados na parede do

templo de Karnak, Luxor, Egito. HFV

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sões como “pedras aprazíveis” (Is 54.12) e“pedras de uma coroa” (Zc 9.16). Materiais.  As jóias e outros materiais usadosem sua fabricação eram feitos com as pedraspreciosas e os metais disponíveis. Muitos dostermos hebraicos e gregos são difíceis de

identificar porque alguns representam pala- vras estrangeiras emprestadas, e tambémporque os antigos descreviam suas pedrasde acordo com a sua cor e dureza, e não deacordo com a sua estrutura química. A obrade Plínio, Natural Hístory  (de 77 d.C.), quedescreve várias pedras de acordo com seunome grego e está próxima da época em queoão escreveu o livro do Apocalipse, é uma

ajuda de valor inestimável neste assunto. Agata (she bo,  Êx 28.19; 39.12; kadkod,  Is54.12; Ez 27.16 (“iaspe vermelho” na versãoNEB em inglês). Dentre as muitas varieda-des de quartzo, a ágata se distingue pela suaforma criptoeristalina translúcida com cer-tas características distintas, geralmente soba forma de camadas de cores variadas. O ter-mo ágata é usado de maneira intercambiá-

 vel com a calcedônia. Esse material foi am-plamente usado desde a época do sumérioscomo jóia e como talismã por causa de seusuposto podeT mágico. Peças de ágata pude-ram ser reunidas em certas áreas desértieasdo Egito. O kadkod,  cognato do árabekadkadatu,  isto é “vermelho reluzente”, deve

ser usado nos muros da futura Sião. Issosugere que o jaspe vermelho era usado pelosassírios em suas construções.

 Ametista ('ahlama,  Êx 28.19; 39.12; ame-thystos,  Ap 21.20). Uma variedade de cristalde quartzo de cor roxa clara, que varia de umtom quase imperceptível até o roxo intenso.Plínio observou sua ocorrência no Egito, masas melhores ametistas vinham da índia e doCeilão. ^Berilo ou Turquesa (tarshish,  Êx 28.20; Ct5.14; Ez 1.16; 28.13; Dn 10.6;  beryllos, Ap21.20)

O berilo silicato de alumínio, um mineral, cor-responde a um cristal de estrutura hexago-nal, com dureza igual a 8. A cor serve paradistinguir as variedades dessa pedra; esme-ralda - verde; água marinha - azul claro; berilodourado - amarelo. Somente o berilo verdeera usado no Egito na época de Moisés, sendoque a água marinha e os berilos amarelos e

 brancos não eram conhecidos.O tarshish  pode ter sido outra pedra, entre-tanto o nome hebraico é o mesmo utilizadopara a terra da Espanha; portanto, ele podeter significado a “pedra da Espanha”. Dentreas várias sugestões para a tarshish,  vemosque a Espanha produz somente a “crisólita”,de acordo com Plínio (Natural History,

 xxxvii, 43), um cristal de rocha amarelo ouquartzo na forma citrina.Carbúnculo ( bareqet, Êxodo 28.13,17,’eben 'eqdah.  Is aí as 54.12), De forma geral,qualquer uma das várias pedras vermelhaspreciosas e semipreciosas, como por exem-

plo a granada vermelha. necessário es-tar atento para não confundir o  bareqetcom as  nophek  na relação das pedras dopeitoral dos sumo sacerdotes para não in-

 verter o seu significado. Portanto, o termo bareqet  deve ser traduzido como “esmeral-

da”, ou mais corretamente como “berilo verde”, porque a verdadeira esmeraldanunca foi encontrada entre as muitas pe-dras preciosas do Egito antigo.Cornalina Variedade translúcida dacalcedônia sem a forma de cristal, geralmen-te de cor vermelha, embora às vezes possaser de cor vermelho-laranja ou vermelho-marrom. Uma das pedras encontradas commaior freqüência nas escavações da Palesti-na. Eram amplamente usadas para selos,colares e escaravelhos. Um túmulo ricamen-te decorado dos séculos XIII e XII a.C., des-

coberto em 1964 em Tell es-Sa‘idiyeh, nasproximidades de Sucote, no vale de Jordão,continha o esqueleto de uma mulher usandoum colar com 670 pedras de cornalina cor delaranja e 72 de ouro. O colar dourado daRainha Shubad de Ur (aprox. 2500 a.C.) eraformado por triângulos alternados decornalina e lápis-lazuli. A versão NJPS eminglês identifica esse colar com o termohebraico ’odem,  o sárdio mencionado em ou-tras versões (Êx 28.17; 39.10; Ez 28.13). Osdesertos da Arábia e do Egito eram fontes

de excelentes cornalinas.Calcedônia (gr. chalkedon,  Ap 21.19). Vari-edade criptoeristalina translúcida de quart-zo. No uso comum, a calcedônia é de cor bran-co-leitosa, cinza claro on azul claro. Os espé-cimes com características especiais são ge-ralmente conhecidos como ágata, enquantoas variedades avermelhadas são chamadasde cornalina, sárdio ou sardo. Era muito usa-da nos trabalhos em que havia pedras in-crustadas, especial mente pelos gregos nosséculos V e IV a.C., e é uma das pedras usa-das como alicerce nos muros da Nova Jeru-

salém. Outra interpretação da palavra gregaé que a pedra se referia ao diopsídio verde(silicato de cobre) das minas de cobre daCalcedônia, na Ásia Menor.Crisólito. (gr. chrysolithos,  Ap 21.20). O sig-nificado moderno desse termo correspondeà variedade de pedra do mineral chamadoolivina, um peridoto. Sna composição quími-ca é silicato de magnésio ferroso, com índicede dureza igual a 7. O peridoto é muito vali-oso por causa de sua dureza, transparência ecor verde a amarelada. De acordo com o seunome grego, essa antiga pedra era uma “pe-dra de ouro”, provavelmente o nosso topázioou alguma outra pedra de cor amarela, comoo berilo ou o zircònio. Há versões (por exem-plo, as inglesas NEB e NJPS) que traduzemo termo hebraico  pWda,  a segunda pedra dopeitoral dos sacerdotes (Êx 28.17, “topázio”),como crisólito. O nome hebraico parece seruma palavra emprestada do indiano por cau-

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sa de seu cognato sânscrito  pita,  “amarelo”. A versão RSV em inglês traduz o termohebraico tarshísk  como crisólito em Ezequiel1.16; 10.9; 28.13.Crisópraso (gr. chryeoprasos,  Ap 21.20). A moderna crisoprase é uma variedade cor

 verde-maçã da calcedônia colorida pelo oxi-do de níquel. Seu nome grego sugere umapedra de cor de ouro ou verde. Pode ser es-culpida como delicados camafeus e existe naforma de placas sufi ciente mente grandespara a confecção do tampo de pequenas me-sas. Ela é a 10a  pedra dos fundamentos dosmuros da Nova Jerusalém.Coral (heb.  ra’mot,  Jó 28.18; Ez 27.16). Essesólido esqueleto calcário é secretado por umaclasse de minúsculos animais marinhoscelenterados. Sua cor varia entre o branco e

o vermelho e vai até o raro coral de cor pretaque vem do Oceano Índico. Foi recentemen-te encontrado no golfo de Acaba. A palavracoral negro aparece na versão NEB em in-glês como a tradução da palavra  ra’mot.  Ocoral de cor rosa escuro ou vermelha era tãoapreciado no antigo Oriente Próximo que eraconsiderado uma pedra preciosa. A traduçãoda versão NEB em inglês para a palavrahebraica  pf  ninin  (na versão KJVem inglês,“rubis”) é “coral” ou “coral vermelho” (porexemplo, Jó 28.18; Pv3.15). O cognato árabefananu,  “ramo(s)”, sugere que a palavra

hebraica significa algo que possui ramos,como o organismo do coral (Lm 4.7). A su-perstição dizia que o coral, quando usadocomo amuleto, conferia benefícios mágicosao seu portador. Veja Animais.Cristal (heb. zekokit,  Jó 28,17; qerah,  Ez1.22; em grego, krystallos, Ap 4.6; 22.1). Essequartzo, transparente e incolor (dióxido desílica), com dureza igual a 7 e resistente aosácidos, não se quebra ao sofrer um impacto.O cristal era preparado para muitos usosdiferentes, como jóias de adorno, esferaspara serem admiradas e outras finalidadesmágicas, e também como preciosos utensí-lios para o serviço de mesa. Os romanos es-culpiam blocos de cristal na forma de gran-des bacias ou vasos, assim como de peque-nos cálices e taças para beber. Apalavra he-

 braica zekokit  pode não significar cristal, esim vidro. Por volta de 2000 a.C. os egípciosestavam fazendo vasos de vidro opaco colo-rido e, antes ainda, já faziam colares de cris-tal. A palavra qerah  deve ser traduzida como“gelo", como em Jó 6.16; 37,10; 38.29 e Sal-mos 147.17. Entretanto, a sexta pedra do

peitoral (em hebraico yaka-lom,  “diaman-te” na KJV) é provavelmente um cristal derocha, porque a palavra hebraica significauma pedra suficientemente dura para su-portar o golpe de um pesado machado. Po-rém, o verdadeiro diamante era desconhe-cido no antigo Oriente Prgximo.Diamante (heb. yahalom,  Ex 28.18; Ez 28,13;shamir, Jr 17,1). Esse mineral composto por

carbono puro é a substância natural mais duraue se conhece e recebe o grau 10 na escalaa dureza. Antes dos tempos modernos, asúnicas fontes de diamante estavam na índiae Boméo. Seu conhecimento na índia ante-cede a história escrita. O famoso diamanteKohinoor tem a reputação de ter pertencidoa um rei da índia, cerca de 5.000 anos atrás. A palavra hebraica traduzida como “diamante”significa “duro” e pode se referir a outras pe-dras de igual dureza (veja  Jóias: Cristal; Mi-nerais: Diamante). A ponta de diamante daferramenta de esculpir de Jeremias era qua-se certamente o coríndon (Jr 17.1). No mun-do mediterrâneo as descrições detalhadaspara identificar positivamente os diamantesdatam do século I d.C.Esmeralda (heb.  nophek,  Êx 28.18; Ez

27.16; 28.13; gr. smaragdos,  Ap4.3; 21,19). Variedade de berilo verde brilhante e trans-parente, colorida por minúsculas quantida-des de óxido de cromo. São extremamenteraros os espécimes perfeitos e de boa COT,  O

que contribui para estabelecer a esmeraldacomo a mais preciosa de todas as pedras. Asmais famosas vêm da Colômbia, onde eramextraídas pelos incas, É provável que a ver-dadeira esmeralda não fosse conhecida naépoca do AT, pois nenhuma foi encontradaem antigos túmulos ou ruínas. A palavrahebraica  nophek,  pode ser comparada à pa-

lavra egípcia  mfk33t,  que provavelmente sig-nifica turquesa, a pedra semi preciosa decor azul esverdeada extraída na penínsulado Sinai na época do AT; portanto, a versãoNJPS traduz  nophek.  Alguns estudiososacreditam que  bareqet,  a terceira pedra dopeitoral (Ex 28.17), deveria ser traduzidacomo “esmeralda” (versão NJPS) ou “felds-pato verde” (versão NEB). Muitas das pe-dras chamadas de “esmeralda” na joalheriaegípcia são, na verdade, feldspato verde,embora os colares e os escaravelhos fossem

esculpidos a partir de uma matriz de esme-ralda. Cleópatra usou esmeraldas das mi-nas do Egito Superior, portanto a palavragrega smaragdos pode significar uma esme-ralda verdadeira. Por outro lado, a palavrarega provavelmente incluía todas as pe-ras de cor verde, desde a esmeralda até oaspe verde e o crisópraso.Granada. O grupo de minerais de nome gra-nada contém várias espécies com dureza emtorno de 7. A melhor pedra desse grupo é opiropo, um silicato de alumínio e magnésio,notável por sua profunda cor de vinho tinto.

Ela pode ser a granada oriental relacionadanas Escrituras. Os colares da granada, des-cobertos pelos arqueólogos no Egito, eramfabricados com pedras nativas e translúcidasda cor vermelho escura on vermelho-mar-rom. A versão NEB em inglês traduz a pala-

 vra hebraica  nophek,  a quarta pedra do pei-toral, como “granada roxa”.acinto (gr. hyakinthos, Ap 9.17; 21.20). O

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acinto moderno é um zireônio colorido etransparente, geralmente de cor vermelhaou vermelho-marrom. A pedra mencionadano livro de Apocalipse era, certamente, umapedra azul, possivelmente a água marinha,turquesa (versões NEB e TEV em inglês) ou

ametista (Plínio, Natural History,  xxxvii,41).aspe (heb. yash‘peh,  Êx 28.20; Ez 28.13; gr.

iaspis, Ap 4.3; 21.11,18,19). É a calcedôniatornada opaca pela inclusão de óxidos de fer-ro coloridos e brilhantes, com sombras demarrom, amarelo, vermelho ou verde, A úl-tima da relação de pedras do peitoral é, qua-se certamente, um jaspe, Foi a primeira pe-dra dura esculpida pelos babilônios; ela erageralmente verde e, às vezes, até transpa-rente. O jaspe do NT era “claro como cristal”(Ap 21.11), istoé, ao menos translúcido. Por-

tanto, o jade que havia sido sugerido (nefritaou jadeita) foi uma possibilidade excluída,LiguroLiguroLiguroLiguro (heb. leshem, Êx 28.19; 39.12). A iden-tidade dessa pedra do peitoral de Arão é pro-

 blemática. O âmbar e o jacinto podem serduas fortes possibilidades. A safira dourada,o zireônio laranja, a turquesa, a ágata e aopala também foram sugeridos. O jacintoamarelo ou o zireônio laranja são as duaspossibilidades mais prováveis.Onix ouououou Sardônica (heb, shoham,  Gn 2.12;Êx 28.9,20; 1 Cr 29.2; Jé 28.16; Ez 28.13).

 Variedade não transparente de ágata,

estruturada com camadas paralelas de co-res alternadas, como vermelho e branco,marrom e branco ou preto e branco. O ônixtem sido usado há muito tempo para escul-pir “olhos” de ágata, formas redondas quetêm um olho em um lado ou em lados opos-tos. Os camafeus são esculpidos sob uma for-ma que lhes dá o desenho de uma cor sobreum fundo de outra cor. Como a Vulgata tra-duz, a décima primeira pedra do peitoral eraprovavelmente uma sardônica, uma varie-dade vermelha e branca. A versão NEB eminglês traduz shoham  como “eomalina” (ver-melha), uma pedra favorita do mundo anti-go que podia ser recolhida no deserto, comosugere a sua presença na “terra de Havilá”(provavelmente o norte da Arábia, Gn 2.12).Tanto o ônix como a eomalina eram muitousados para fazer selos, onde as pedras eramlavradas com uma inscrição (escultura en-talhada, o oposto de camafeu). As duas pe-dras do ombro do éfode do sumo sacerdoteeram feitas desse material, com a inscriçãodos nomes de seis das tribos em cada umadelas (Êx 28.9-12).

Pérola ( heb. gabish, Jé 28.18; gr. margarites,Mt 7.6; 13.45 etc.). Densa e lustrosa massaesférica iridescente de carbonato de cálcio,formada no envoltório de muitas espécies demoluscos. As melhores pérolas sempre vie-ram de algumas espécies de ostra. Sempreforam muito apreciadas, ao longo de todo oregistro da história. Por sua beleza, raridade,simetria de cor e calor e, por uma variedade

de razões supersticiosas. Embora seja maisprovável que  gabish  seja alabastro (confor-me, por exemplo, a tradução da versão NEBem inglês em Jó 28,18,  phurun  (“rubis” na

 versão KJV em inglês) eram pérolas do mar Vermelho, onde uma encantadora pérola rosa

é às vezes encontrada. Veja Pérolas.Rubi Essa pedra preciosa transparente, decor vermelho escuro e extremamente dura, éuma variedade de óxido de alumínio (corín-don) colorido por traços de cromo. Um rubirealmente precioso é tâo raro que vale maisque um diamante com o mesmo peso. Nessesentido, o rubi não era conhecido no mundo

 bíblico até o século III a.C. Portanto, os rubisdo AT (em hebraico  pPiinin)  eram provavel-mente pérolas de cor rosa do mar Vermelhoou corais vermelhos do mesmo mar (Jó 28.18;

Pv 3.15; 8.11; 20.15; 31.10; Lm 4.7).Safira (heb. sappir, Êx 24.10; 28.18; Jó 28.16;Ez 28,13; em grego sappheiros,  Ap 21.19).Conhecida nos tempos modernos como umapedra transparente de uma variedade decoríndon de qualquer cor. A aplicação maiscomum desse nome descreve a safira comouma pedra de cor azul escuro e confere ou-tros nomes para outras cores. O óxido de alu-mínio, normalmente incolor, torna-se colori-do devido a traços de ferro ou titânio. O ATfaz referências a esse nome como sendo o deuma pedra opaca salpicada de azul escuro,

chamada de lápis-lazúli. Em Jó 28.6, encon-tramos uma indicação para a identidade des-se mineral que era extraído das montanhas:“As suas pedras são o lugar da safira e têmpós de ouro”. Essa pedra azul contém pigmen-tos dourados que são piritas de ferro. É  umsilicato de cálcio, alumínio e sódio.Objetos feitos com lápis-lazúli têm datas an-teriores a 3500 a.C., no antigo Oriente Mé-dio. Molduras de madeira para harpas, in-crustadas com lápis-lazúli, foram encontra-das entre os preciosos tesouros recuperadospor Leonard Woolley em um cemitério realem Ur, e datam de 2500 a.C. Um carneirodourado, de pé junto a uma árvore, tinhasua crina, barba e o cilindro do selo da rai-nha feitos do mesmo material. Essa pedrarelativamente macia (dureza igual a 5,5) po-dia ser facilmente esculpida e, portanto, eramuito procurada para incrustações, móveise esquifes. A máscara de ouro de Tutanca-mom, assim como o interior do sarcófago desna múmia, estavam decorados com lápis-lazúli, cornalina e turquesa, e cada barbapostiça era feita de sólido lápis-lazúli. Outros

faraós do Egito também empregavam, emuma grande escala, essa pedra preciosa. Seuuso em uma estatuária intensamente deco-rada foi sugerido em Cantares 5.14: “As suasmãos são como anéis de ouro que têmengastadas as turquesas; o seu ventre, comoalvo marfim, coberto de safiras”.O fato admirável a respeito dessa pedra, é queseu único depósito conhecido, do qual era extra-

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ida no antigo Oriente, fica em Badakshan nonorte do Afeganistão. A descoberta de objetosfeitas cam lápis lazuli, em locais do Oriente Mé-dio e nas lousas sumerianas, aponta para essafonte e também testemunha seu intenso comér-cio no mundo antigo (V. I Sarianidi, “The Lapis

Lazuli Route in the Ancient East”, Archaeology, XXTV [1971], 12-15; G. Hermann, “Lapis Lazuli.The Early Phases ofits Trade”, Imq, XXX [1968],21-57; Joan C. Payne, “Lapis Lazuli in EarlyEgypt”, Iraq, XXX [1968], 58-61).Sárdio, Sardônia (em hebraico, ‘odem,  Êx28.17; Ez 28.13; em grego, sardion, Ap 4.3;21.20)  . Atualmente, essa pedra, chamadasárdio ou sardônica, é  uma variedade claraou translúcida do quartzo da calcedônia, cujacor varia de um vermelho-alaranjado escuroaté um vermelho com uma tonalidade quetende ao marrom. E provável que o sardo daBíblia incluísse o jaspe vermelho-sangue, osárdio e a cornalina (Veja  Jóias; Cornalina).O nome hebraico ’odem  representa uma pe-dra avermelhada ou vermelho-rubro que po-dia variar de um profundo marrom castanhoa um vermelho sangue. Junto com a cornali-na, o sárdio tem sido frequentemente encon-trado em túmulos escavados e em cidades doEgito, da Palestina e da Babilônia. E provávelque essas pedras fossem extraídas de peda-ços de calcedônia existentes na superfície dosdesertos vizinhos. Acredita-se que os raios

ultravioletas do sol produzem uma cor maisprofunda porque afetam os sais de ferro in-cluídos como impurezas nesse mineral.Sardônjca (em grego, sardonyx, Apocalipse21.20)

 

. E formada por camadas paralelas decalcedônia vermelha e branca. Adécima pri-meira pedra do peitoral (Ex 28.20, em he-

 braico shoham)  era, provavelmente, umasardônica (Veja Jóias: Onix).Topázio (heb.  pitada,  Èx 28.17; Jó 28.19; Ez28.13; gr. topazion,  Ap 21.20). Esse mineralatualmente conhecido como topázio é umfluorosilicato de alumínio que tem formas decor amarelo-marrom com cristais translúcidosde dureza igual a 8.0 topázio do século I d.C.,e de uma época anterior, era um material umpouco mais macio que “cedia ao fio” (Plínio)possivelmente um crisólito amarelo (Veja Jói-as; Crisólito) Plínio dizia que o topázio vinhadas ilhas do mar Vermelho,Turquesa É um mineral formado pelo fos-fato de alumínio de cobre de cor verde e azul,encontrado na água, de dureza igual a 6. Temsido, de longa data, muito valorizado por sua

 beleza e por supostos benefícios mágicos que

concede ao seu portador. Como a turquesaera uma das pedras favoritas entre os egíp-cios, e por ser facilmente obtida das minas doSinai naqueles dias, parece provável que umadas pedras do peitoral de Arão fosse umaturquesa, A quarta pedra pode ser, prova-

 velmente, mais facilmente identificada comuma turquesa, em hebraico  nophek  (tradu-zida como “esmeralda” na versão KJV em

inglês). As esmeraldas eram desconhecidasna época de Moisés. A versão NEB em inglêstraduz o jacinto azul de Apocalipse 21.20 como“turquesa”. As famosas minas de turquesano Uádi Maghara e em Serabit el-Khademforam exploradas pelos egípcios desde as épo-

cas anteriores às dinastias até a vigésima di-nastia. Nesse último local havia um Temploda deusa Hator com muitas inscrições. Estasincrições também foram encontradas nasentradas das minas (ANET, pp. 229ss.). Al-gumas delas são as chamadas letras do alfa-

 beto Proto-Sinaítico escritas e datadas doséculo XV a.C. Manufatura.  O método de fabricar jóias de-pendia da localização geográfica e da civili-zação. No Egito, a perfeição nessa arte foialcançada muito cedo. A elegância do tesou-ro em jóias da 12a  dinastia ultrapassa osmelhores trabalhos em pedras da Antigui-dade. As jóias encontradas no túmulo deTutancamom, da 18a  dinastia, eram mag-níficas. Embora a maioria dos túmulos ti-

 vesse sofrido a ação dos ladrões da antigui-dade, grandes quantidades de jóias foramencontradas nesse local, depois que foi abertoem 25 de novembro de 1922. Entre os tesou-ros, havia três sarcófagos com múmias usan-do máscaras mortuárias, jarros de alabastropreciosamente esculpidos, arcas trabalhadascontendo vestuários, jóias ou cosméticos. A 

cadeira do trono, ornamentada, com seu en-costo cheio de jóias, retratando o rei e a rai-nha. E muitos anéis de ouro, colares e brace-letes cravejados de turquesa, pérolas,cornalina, feldspato verde, ametista, lápislazuli, vidro e pasta de vidro colorido. A for-ma da joalheriâ egípcia que mais conhece-mos é o selo em forma de escaravelho feitocom pedra esculpida ou os artigos de vidro.Embora fossem úteis como seios, eles tinhampropósitos religiosos e também significavama crença na existência eterna.Os artesãos fenícios e cananeus da Palesti-na eram provavelmente itinerantes, mas ti-nham lojas nas principais cidades (1 Rs20.34), além de venderem seus artigos nosdiversos povoados e cidades. Mesmo atual-mente, esse costume pode ser observado noOriente, onde os artífices fa2em suas jóias apartir de moedas entesouradas pelo povoem suas fornalhas e cadinhos portáteis. Jóiasde pessoas abastadas foram encontradas emUgarite e nos túmulos reais de Bibíos. Ou-tras jóias exibidas no Museu Nacional doLíbano são evidências da habilidade dos

fenícios. Uma grande quantidade de ouro eóias feitas a partir de um composto de ouroe prata, e pertencentes aos séculos XIV e

 XIIC a.C,, foi encontrada por Petrie nostúmulos de Tell el-‘Ajjul, nas proximidadesde Gaza (ANEP, #74-75).

 As jóias dos assírios e babilônios geralmentenão eram tão graciosas ou delicadas como asdo Egito; ao contrário, eram grandes, pesa-

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das e pomposas. Entretanto, os suntuososinstrumentos musicais e as coroas ou grinal-das do túmulo da rainha Shubad em Ur(aprox. 2500 a.C.) representam uma exce-ção. Muitos dos vasos de ouro sâo verdadei-ras obras-primas de desenho e harmonia.

Colares de eomalina e contas de lápis-lazúlidescobertos em Mari são exemplos do tipo deóias, usadas por Sara e Reboca. Os “cilin-dros caldeus", ou selos rolantes, eram popu-lares em todo o Oriente Próximo e foramencontrados nas escavações feitas na Pales-tina. Eles eram principalmente usados parafins ornamentais. Heródoto menciona queeles faziam parte do guarda roupa dos ho-mens da Babilônia (cf. Gn 38.18).E provável que os israelitas tenham apren-dido a fazer jóias com aqueles que exerce-ram sobre eles o domínio e a influência, sen-do que, os primeiros, foram os egípcios. Oartesanato associado ao Tabernáculo, espe-cialmente com o peitoral do sumo sacerdote,tinha provavelmente um estilo e caráteregípcio. Em um período posterior, os israeli-tas ficaram sob o domínio dos fenícios e, fi-nalmente, sofreram a influência dos caldeus.Na Antiguidade, as pedras não eram lapidadasem facetas, mas na forma de cabochão,  isto é,em formas arredondadas com superfícies con-

 vexas lisas ou polidas, não facetadas. Dessaforma, não havia, como hoje, a demanda por

pedras transparentes capazes de emitir um da-rão brilhante produzido pela reflexão ou refra-cão da luz sobre as numerosas faces.Usos. As Escrituras mencionam várias ma-neiras diferentes pelas quais as jóias eramusadas. Elas incluem: (1) adorno pessoal eornamentação (Êx 11.2; Is 3.19,20); (2) pre-sentes ou símbolos de amizade (Gn 24.21,53;Ez 16.11); (3) adorno de ídolos (Jr 10.4); (4)cerimônias políticas e religiosas de terras es-trangeiras (Gn 41.42; Dn 5.7,16,29); e (5) comosímbolo daqueles que são preciosos aos olhosdo Senhor - as jóias sacerdotais (Êx 28 e 39).

O peitoral de Arão. O “peitoral do juízo” (Êx28.15,30) era uma bolsa extremamente or-namentada para guardar as pedras sagra-das, como o Uriin e Tumim (q.v,), com asquais era feito o julgamento em certos ca-sos. O “peitoral” era feito com uma peça re-tangular de linho ricamente tecido. Quan-do dobrado em dois, ele formava um qua-drado de um palmo (aprox. 23 centímetros)de cada lado. Era preso por cordões de ouroàs duas peças do ombro do manto do sumosacerdote e, pela base inferior, era preso

por um cordão azul às campainhas do pró-prio manto. Na frente do peitoral forammontadas quatro fileiras de pedras precio-sas em engastes de ouro, e cada uma dessasfileiras tinha três pedras. As pedras eramlapidadas em forma de cabochão  e cada umadelas tinha gravado, como se fosse um selo,o nome de cada uma das 12 tribos de Israel.Descrevemos abaixo a tradução da versão

KJV em inglês para o nome hebraico dessaspedras e, provavelmente, seu verdadeirosignificado e cor aproximada:

Fileira 1: Sárdio - ’odem, eomalina ou sardo; vermelho alar aiqj ado.

Topázio - pifda,  crisólito; amarelo.Carbúnculo -  bareqet,  berilo ou fel-dspato; verde.

Fileira 2: Esmeralda-nophek, turqueza; azulesverdeadoSafira - sappir,  lápis-lazúli; azul ce-leste.Diamante -yahalom,  cristal de ro-cha; transparente, incolor.

Fileira 3: Liguro - leshem, jacinto ou zircônio;âmbar amarelo ou cor de laranja.

 Ágata-she bo, ágata; de cores vari-adas, preta e branca.

 Ametista - 'ahlama, ametista; roxo.Fileira 4: Berilo - tarshish. quartzo de citrina;amarelo.

Ônix - soham, sardônica; cores va-riadas de vermelho e branco.

 Jaspe - yask‘peh, jaspe; verde.

Ornamentos.  Além das jóias empregadas nascerimônias de adoração, os israelitas usavamuma variedade de outros tipos de jóias na

 vida cotidiana. Muitos homens de negóciousavam um anel ou sinete que servia comoa sua assinatura pessoal (Gn 38.18; Ct 8.6;Lc 15.22). Geralmente eles eram usados namão direita ou pendurados no pescoço comum cordão. Veja  Selo, Sinete. Entretanto, aposição do homem (príncipe etc.) exigia às

 vezes alguma coisa além da simples exibiçãode jóias (2 Sm 12.30).

 As mulheres se enfeitavam de forma maiselaborada e usavam vários tipos de ornamen-tos (Ez 16.10-13). Os brincos faziam partedestes e ergm universalmente usados pelasmulheres (Ex 32.2; Ez 16.12). Eram feitos deossos, chifres ou metais e alguns entre os que

foram encontrados são bastante grandes (comdiâmetro de cerca de quatro dedos). Algumasmulheres furavam o lóbulo da orelha com omaior número possível de orifícios e, em cadaum deles, colocavam um brinco. Veja  Brinco.Os brincos nasais também eram apreciadose usados desde o início da Antiguidade (Gn24.21,47), Eram feitos de marfim ou metal e,muitas vezes, decorados com jóias preciosas.Os homens, às vezes, também usavam brin-cos na orelha ou no nariz (Jz 8.24).O colar era um ornamento favorito entre asmulheres e também era usado por homens

de alta posição e governantes de países es-trangeiros (Gn 41,42; Pv 1.9; Dn 5.29). Oscolares eram feitos com metais preciosos,muitas vezes encravados com pedras precio-sas ou pérolas ou contas penduradas em umcordão. Outros artigos de luxo eram, às ve-zes, entremeados nos colares como meias-luas ou crescentes (Is 3.18), caixas de perfu-

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me (Is 3.20) e pregos de prata (Ct 1.11).Outro artigo favorito entre as mulheres da

 Antiguidade eram os braceletes ou pulseiras(Gn 24.22,30,47). Também eram usados porpríncipes e nobres de alta posição (2 Sm 1.10).Eram feitos de marfim, metais preciosos,

chifres, cordas ou correntes. Podiam ser usa-dos nos dois braços e alguns cobriam desde opulso até o cotovelo.Uma argola era usada em volta do tornozelo(Is 3.18) e arranjada de maneira a emitir umsom de campainha ou sino ao caminhar parachamar a atenção para a sua portadora, etomá-la orgulhosa (Is 3.16). As vezes, peque-nas correntes eram amarradas de um torno-zelo ao outro a fim de assegurar um passomais elegante (Is 3.20). Isaías relaciona essesornamentos, assim como outros artigos deenfeite ao censurar as mulheres de Jerusa-lém (Is 3.18-26). Os nobres egípcios, assimcomo o povo em geral, tinham uma profusãodesses ornamentos, que foram exigidos pelosescravos israelitas quando partiram no Êxodo(Êx 11.2; 12.35,36). Esses artigos de ouro eprata forneceram material suficiente parafabricar os utensílios sagrados para o Taber-náculo (Êx 35.4-29). Veja Minerais e Metais.

Bibliografia.  Howard Carter, The Tomb oTut-ank-Amen, 3 vols, Londres. Cassell, 1923-1933. A. Paul Davis,  Aa.roiTs Breastplate,  St.

Louis. A. P. Davis, 1960. G. R. Driver, “Jewelsand Preeious Stones”, HDB rev., pp. 496-500.Paul L. Garber e R. W. Funk, “Jewels andPreeious Stones'’, IDB, II, 898-905. John S.Harris, “An Introduction to the Study oPersonal Ornaments of Preeious, Semi-Precious and Imitation Stones UsedThroughout Biblieal History”,  Aíinual ofLeedsUniuersity Oriental Society, IV (1962-63), 49-83; “The Stones of the High Priest’sBreastplate”, ALUOS, V (1963-65), 40-62.Ruth V. Wright e R. L. Chadbourne, Gemsand Minerais of the Bible, Nova York. Harper

& Row, 1970. E.C.J., G. H. H.eJ. R.

OIADA1.

 

Filho de Paséia que ajudou Neemias a re-construir o muro de Jerusalém (Ne 3.6).2.  Sumo sacerdote e bisneto de Jesua (Ne12.10,221. Um de seus filhos se casou comuma filha de Sambalate e por essa razãoNeemias o expulsou do sacerdócio (Ne13.28)  .

OIADA

1. 

Pai de Benaia, o general de Davi (2 Sm8.16,18; 20.23) que sucedeu Joabe depois deservir sob o comando deste (1 Rs 4.4), e sobSalomão (1 Cr 11.21,24). Ele é  provavelmen-te o mesmo que levou muitos descendentesde Arão a unir forças com Davi em Hebrom(1 Cr 12.27).2.  Filho de Benaia, um dos conselheiros de

Davi que sucedeu AitofeI (1 Cr 27.33,34), edeste modo um neto daquele citado acima,embora alguns acreditem que se trate damesma pessoa.3.

 

O sumo sacerdote durante a época em que Atalia usurpou o trono de Judá. Ele a remo-

 veu do trono e estabeleceu o jovem rei Joás(2 Rs 11.4-21). Joiada fez uma aliança entreo Senhor e o rei de Judá (2 Rs 11.17), o quelevou a algumas reformas religiosas e o ca-pacitou a servir como conselheiro do rei. A esposa de Joiada era filha do rei Jorâo e irmãdo rei Acazias. Assim, o sacerdote era tio doovem rei a quem ajudou. Joiada viveu atéos 130 anos, e foi homenageado por seu ser-

 viço à nação através de seu sepultamentoentre os reis de Judá na antiga cidade deDavi (2 Cr 24.15,16). Sem a valiosa influên-cia de nm homem temente e obediente aoSenhor, Joás rapidamente inclinon-se paraa idolatria, e matou o filho de Joiada (2 Cr24.1,17-

 

22).4.  Um Sacerdote durante a época de Jere-mias, que foi sucedido por Sofonias comosupervisor do Templo (Jr 29.26).5.  Um homem que ajudou a reparar o antigoportão de Jerusalém (Ne 3.6).

 A.   W. W.

OIAQUIM Filho de Jesua, o sacerdote que

retomou com Zorobabel (Ne 12.10,11,26).OIO Veja Plantas.

ONÃ Ancestral de Cristo (Lc 3.30) que vi- veu cerca de 200 anos depois de Davi. O nome

onã está escrito corretamente com base napalavra grega lanam. 

ONADABE1  Ele é mencionado em 2 Samuel13; 2 Reis 10.15,23 e Jeremias 35. Existe nohebraico uma certa variação neste nome, po-rém as versões em português trazemonadabe.

ONADABE2 1.  Filho de Siméia e sobrinho de Davi (2 Sm13.3,5,31,35). Homem ardiloso, sugeriu a

 Amnom como poderia estuprar sua meiairmã Tamar. Mais tarde, revelou ao rei Davios detalhes da morte de Amnom. Pode tersido o mesmo, ou irmão de um homem cha-mado Jõnatas, filho de Siméia, que assassi-nou um dos gigantes gititas (2 Sm 21.21).2.  Filho de Reeabe e chefe titular dos reca-

 bitas (q.v.), um clã que observava os princí-pios rígidos da vida nômade e a abstinência

de vinho em obediência aos ensinos de senpai Jonadabe (Jr 35.6-19). Ele acompanhoueú a Samaria e com ele participou da des-

truição dos adoradores de Baal (2 Rs10.15,23)

 

, Deve ter ficado conhecido pela suapiedade e fidelidade a Deus, pois foi convi-dado por Jeú para examinar os adoradoresde Baal, reunidos no Templo a fim de ter a

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JONADABEJONADABEJONADABEJONADABE JONAS, UVRO DEJONAS, UVRO DEJONAS, UVRO DEJONAS, UVRO DE

certeza de que nenhum seguidor do Senhorestava com eles. A árvore genealógica dacasa de Jonadabe pode ser identificada atéos queneus (1 Cr 2.55).

ONAS Esta é uma forma do nome João

(Jo 1.42) e que se harmoniza com Barjonasem Mateus 16.17.

ONAS Filho de Amitai, de Gate-Hefer emZebulom, que profetizou a restauração dasfronteiras de Israel, o que foi cumprido poreroboão 11 (782-753 a.C.; 2 Rs 14.25), e he-

rói do livro que traz o seu nome (1.1). Comoonas provavelmente falou palavras relati-

 vas a Jeroboão em aprox. 790 a.C., durantea co-regência desse último com seu pai Jeoás,é quase certo que Jonas tenha conhecidoEliseu (falecido em 797 a.C.) e pode ter sido

um dos “filhos dos profetas1

’ treinados porele (cf. 2 Rs 6.1-7).Estudiosos mais liberais negam que os even-tos de Jonas tenham realmente acontecido, etambém que ele tenha escrito esse livro. Elesalegam que a história foi inventada por umescritor anônimo do século IV a.C., pois noinício Jonas tinha um espírito exclusivamen-te nacionalista, muito comum entre os judeusdo período pós-exílico; portanto, ele serviacomo um exemplo muito conveniente.De acordo com o livro de Jonas, o Senhorordenou que ele fosse a Nínive e clamasse“contra ela”. Entretanto, o profeta foi paraope onde embarcou em um navio que ia

para Társis, que era talvez a Córsega ou par-te da Espanha; estas cidades estavam a oes-te de Israel, enquanto Nínive estava no ex-tremo leste. Quando o Senhor enviou umagrande tempestade que ameaçava o navio, ocapitão encontrou Jonas adormecido e orde-nou-lhe que invocasse o seu Deus na espe-rança de que todos pudessem ser poupados.

 Ao lançarem sortes, Jonas foi declarado cul-pado daquela calamidade; ele mesmo man-

dou que os homens o lançassem ao mar, poisera o responsável pela tempestade. O Se-nhor havia preparado “um grande peixe, paraque tragasse a Jonas”, para dessa formasalvá-lo. Ele permaneceu no ventre daquelegrande peixe durante três dias e três noites.Depois que Jonas orou um salmo de ação degraças, o peixe o vomitou numa praia, pro-

 vavelmente muito distante na costa da Síria.Deus novamente ordenou que ele fosse aNínive. Dessa vez. Jonas obedeceu e ali pre-gou: “Ainda quarenta dias, e Nínive será sub-

 vertida!” Como o povo se arrependeu e o rei

proclamou um jejum, Deus suspendeu a ca-lamidade; mas Jonas ficou muito zangado.Nesse ponto o motivo de Jonas ter saído dacidade foi revelado, isto é, ciúmes ou antipa-tia em relação ao povo pagão que era inimigode seu próprio país. Ele disse que sabendoque Deus era bondoso, Ele desistiría do cas-tigo sobre Nínive se as pessoas se arrepen-

Cidade de Jope (moderna JafaX de onde Jonas começou sua viagem marítima, MPS

dessem, e pediu ao Senhor que tirasse a sua vida. Deus fez crescer uma planta que deusombra à sua cabeça enquanto observava acidade à distância. No dia seguinte, Deus ra-idamente destruiu a planta, de forma queonas ficou zangado novamente e mais uma

 vez pediu para morrer. Usando como exem-plo a piedade de Jonas para com a planta,pela qual ele não era responsável (em con-traste com a sua completa falta de piedade

para com as pessoas a quem havia sido de-signado para ajudar), o Senhor lhe ensinouque era moralmente correto que Ele tivessepiedade do povo de Nínive.

 A história de Jonas termina abruptamentee não existe mais nenhum registro no AT aseu respeito. Podemos assumir que eleaprendeu a lição, pois a sua história foi es-crita. O Senhor Jesus Cristo referiu-se aostrês dias de permanência de Jonas no ven-tre do peixe, e também ao arrependimentode Nínive (Mt 12.39-41; 16.4; Lc 11.29-32).

 W, A. A.

ONAS, LIVRO DE Colocado em quinto lu-gar entre os escritos dos doze Profetas Meno-res, o livro de Jonas é, talvez, o mais conheci-do de todos. Ele é, ao mesmo tempo, o maisapreciado e também o mais controvertido.

HistóriaHistóriaHistóriaHistóriaO principal problema da crítica desse livro é asua historicidade. De forma quase unânimeele é proclamado pelos conservadores e ne-gado pelos liberais, e é da solução desse pro-

 blema que depende a maioria dos outros pro-

 blemas desse livro. O fato é que o estilo e alinguagem usados fornecem todas as provasde uma narrativa histórica e tanto os judeus(cf, Tobias 14.4ss.; Jos  Ant.  ix.10.1) como oscristãos compreenderam esse sentido recen-temente. A identificação de Jonas com o pro-feta histórico (2 Rs 14.25;  veja  Jonas) servecomo outra indicação, assim como o testemu-

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JONAS, LIVRO DEJONAS, LIVRO DEJONAS, LIVRO DEJONAS, LIVRO DE  JONAS, UVRO DE

nho de Jesus Cristo (Mt 12.38-41; 16.4; Lc11.29-32). A história dos três dias e três noitesde Jonas no ventre do grande peixe, e o arre-pendimento de Nínive, eram fatos aceitos nãosó por Jesus, que a eles referiu-se, mas tam-ém pelos escribas e fariseus com quem Ele o

mencionou como sendo um sinal.alegação de que Jesus estava sendo com-placente com a ignorância histórica de suaaudiência não é muito convincente, pois issoresultaria no argumento cíclico que diria queesus não poderia estar certificando sua his-

toricidade se este nâo tivesse sido um fatohistórico. Além disso, deve-se ignorar o fatode que um “sinal” de ficção provavelmentenunca seria oferecido por Jesus como respos-ta suficiente aos escribas e fariseus que exi-giam dele esse sinal. Entretanto, essa histo-ricidade foi contestada pelos liberais, que seasearam nos elementos miraculosos, nas

declarações sobre Nínive, na linguagem, naforma, e no aspecto político.Embora esse livro tenha sido rejeitado comomitológico, simbólico ou fictício, seu caráteralegórico e parabólico tem sido sugerido mui-tas vezes pelos não historicistas. De acordocom a interpretação alegórica, toda caracte-rística tem um elemento correspondente naexperiência de Israel, Jonas representa a na-ção, sua fuga representa a negação de suamissão junto aos povos, o navio no mar é o

navio da intriga diplomática no mar do mun-do, os marinheiros são os gentios, a tempes-tade é a transferência do poder da Assíriapara a Babilônia, o peixe é o exílio e o vômitode seu corpo é o seu retomo. Muitos liberaisacreditam que uma interpretação alegórica“depende demasiadamente das fantasias daimaginação do intérprete”, e por esta razãotêm afirmado que se trata de uma simplesparábola, com uma analogia mais geral, doque um paralelismo preciso.

 Autoria Autoria Autoria Autoria

queles que reconhecem a historieidade des-se livro geralmente aceitam que Jonas foi oautor de sua própria história. Embora todo olivro, exceto o salmo (2.2-9) tenha sido escri-to na terceira pessoa, isso pode apenas signi-ficar que, caso o próprio Jonas não seja oautor, uma outra pessoa (até mesmo umamanuense) o encomendou, porém os fatosrealmente vieram de Jouas. Também é pos-sível que este fosse um artifício literário usa-do por Jonas, característico da narrativa his-tórica (Moisés sempre usava a terceira pes-soa quanto fazia referências a si mesmo em

Êxodo e Deuteronômio). O salmo pode tersido uma unidade literária do poeta, no quala primeira pessoa foi conservada por causade sua especial natureza pessoal. Entretan-to, muitos liberais acreditam que o salmo te-nha vindo de uma pena completamente dife-rente da do autor anônimo. O suposto autorsugerido é um escritor do século IV a.C. que

teria simplesmente usado uma figura histó-rica anterior como um pretexto sobre o qualpoderia apoiar a sua imaginação.

DataDataDataDataParece que a aceitação da historicidade de

onas exige que se date os eventos do livrodurante o reinado de Jeroboão II (782-753a.C.). É provável que esse livro tenha sidoescrito antes de 745 a.C., quando os assírios,sob Tiglate-Pileser III, recuperaram o domí-nio sobre o Oriente Próximo. R Dick Wilson,G. L. Archer (SOTI, pp. 300ss.) e outros mos-traram que certas palavras pouco comuns eprováveis aramaismos não provam uma dataposterior ao exílio. Entretanto, os nãohistoricistas entendem que a maior parte dosescritos seja do final do século IV a.C., e queo salmo tenha sido acrescentado no século II

a.C. Aqueles que negam a historicidade des-ta obra nunca atribuem o livro a uma dataanterior ao exílio, enquanto aqueles que aaceitam não encontram razões para colocá-lo como uma obra posterior.

Estrutura e EstiloEstrutura e EstiloEstrutura e EstiloEstrutura e Estilo Ao contrário dos demais Profetas Menores,esse livro apresenta uma narrativa inteira-mente histórica, e não uma coletânea deoráculos proféticos. Na verdade, a única afir-mação profética no livro é: “Ainda quarentadias, e Nínive será subvertida” (3.4b). So-

mente o fato de Jonas ser reconhecido comoum verdadeiro profeta pode explicar suainclusão no canônico Livro dos Doze. Suanarrativa é vivida, mas não complicada, e aação se desenrola sem descrições desneces-sárias. Aestrutura é extremamente simples,com quatro capítulos onde cada um contémuma unidade distinta de pensamento. A úni-ca complicação dessa estrutura de quatrocapítulos é o fato de que a passagem em1.17 do texto inglês corresponde a 2.1 dotexto hebraico.

Ocasião e PropósitoOcasião e PropósitoOcasião e PropósitoOcasião e PropósitoDurante o período do renascimento nacional,Israel precisava saber qual seria a atitude deDeus em relação aos outros. Embora aevangelização estrangeira nâo fosse a principalmissão de Israel como povo escolhido (VejaFreeman,  An Introductian to the Old  Tesía- ment Propkets, p. 163), eles precisavam apren-der que o Senhor ainda amava as outras na-ções, e desejava trazer a elas a salvação através(ou, pelo menos, por cansa) do seu povo escolhi-do. Obviamente, esse livro estava dirigido ao

Reino do Norte de Israel e, nesse sentido, assu-me o seu lugar junto com Oséias e Amós.

EsboçoEsboçoEsboçoEsboçoI.   A Recusa a Obedecer a Ordem de Deus, ou

a Luta contra a Vontade de Deus, 1.1-16 A. Fuga por mar, 1.1-6

Quando o Senhor lhe ordenou que pre-

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JONAS, LIVRO DEJONAS, LIVRO DEJONAS, LIVRO DEJONAS, LIVRO DE JONAS, UVRO DEJONAS, UVRO DEJONAS, UVRO DEJONAS, UVRO DE

gasse contra a iníqua Nínive, Jonas to-mou um navio para Târsis a fim de fu-gir da presença de Deus, e depois teveque enfrentar sua ameaça contra to-dos aqueles que estavam a bordo.

B.  Lançado ao mar, 1.7-16

Reconhecendo a divina vingança porcausa da fuga de Jonas, os marinhei-ros procuraram escapar da tempes-tade e, em seguida, lançaram Jonasao mar.

O. Submetendo-se à Vontade de Deus,1.17-  2,10

 A.  Arrependimento, 1.17—2.1Quando Jonas foi engolido por umpeixe divinamente preparado, eleorou a Deus.

B. 

Oração, 2.2-9

“Na minha angústia, clamei ao SE-NHOR, e ele  me respondeu; do ven-tre do inferno gritei, e  tu ouviste aminha voz... eu te oferecerei sacrifí-cio com a voz do agradecimento”.

C.  Libertação, 2:10O Senhor fez com que o peixe vomi-tasse Jonas.

UI. Fazendo a Vontade de Deus, 3.1-10 A.  Uma profecia eficaz, 3.1-5

Obedecendo à segunda ordem deDeus para ir a Nínive, Jonas profeti-zou sua destruição e as pessoas cre-

ram em Deus.B.  Um arrependimento eficaz, 3.6-10O rei se arrependeu e decretou:“Todo homem deve se arrepender”;assim Deus não enviou o castigo queplanejara.

IV.  O Egoísmo em Relação às Bênçãos deDeus, ou Entendendo a Vontade deDeus, 4.1-11

 A.  Objeção de Jonas à compaixão deDeus, 4.1-5Irado, Jonas orou: “Sabia que és Deuspiedoso”; mas Deus o censurou e eleaguardou do lado de fora da cidade,

B. 

 A ilustração de Deus sobre a neces-sidade de compaixão, 4.6-11O Senhor preparou uma planta paradar sombra a Jonas, e depois a des-truiu. Em seguida, o Senhor, emoutras palavras, fez a seguinte per-gunta a Jonas: Como você pode tercompaixão de uma árvore e negar aminha piedade ao povo de Nínive?”

 A Questão do A Questão do A Questão do A Questão do MilagreMilagreMilagreMilagre

O milagre tem sido considerado muitas ve-zes como o maior problema. Os estudiososteologicamente conservadores têm cometi-do o erro muito freqüente de estarem de-masiadamente preocupados em provar, atra-és de paralelos históricos, que o peixe en-

goliu Jonas. Embora a sobrevivência a talexperiência esteja bem documentada emrelação ao peixe, ela é desnecessária, pois

1.17 deixa claro que o Senhor preparou “umgrande peixe”.Também existem milagres no arrependimen-to de Nínive e na planta. Todos eles estãoenvolvidos em um complexo de milagres. A confiabilidade de qualquer milagre depende

da habilidade de Deus ae realizá-lo, e não dohomem ao explicá-lo. Jonas profetizou pró-

 ximo à época de Eliseu e Elias no Reino doNorte, cujos contatos com a Fenícia (1 Rs17.9-2Í4) e a Síria (2 Rs 5) eram, da mesmaforma, acompanhados por milagres.

 A Questão do Salmo A Questão do Salmo A Questão do Salmo A Questão do SalmoO salmo (2.2-9) projeta-se no decorrer daprosa do livro e apresenta não só um proble-ma literário como também um problema ló-gico. Embora muitos comentaristas tenhamcitado uma variedade de salmos individuaisque poderíam ter sido citados, suas palavrasnão se coadunam suficientemente bem paralevar à conclusão de que fossem citações es-pecíficas. Muitos salmos, provavelmente, es-tavam na mente de Jonas e podiam ser li-

 vremente enunciados a fim de se ajustaràquela situação particular, e de maneira aexpressar apropriadamente as suas emoções.Novamente, os não historicistas atribuemessa porção a um autor do segundo séculoa.C., que teria vindo até mais tarde que oanônimo autor da narrativa.

Mesmo quando entendido como uma compo-sição de Jonas, e formando uma unidade como restante do livro, O problema continua exis-tindo. Será que Jonas estava agradecendo aDeus por tê-lo livrado do mar através de umpeixe? Será que um homem podería orar demaneira tão eloqüente no meio de uma expe-riência tão traumática? Talvez Jonas orassedo peixe, agradecendo a Deus por tê-lo salva-do do mar e, com base nessa salvação inicial,ele estivesse contemplando a sua conclusão.

 Além disso, o salmo encontrado no texto poderepresentar, em geral, os seus pensamentos

naquele momento, e teve o seu estilo poetica-mente aperfeiçoado mais tarde depois de al-guma reflexão.

 As Questões de Nínive As Questões de Nínive As Questões de Nínive As Questões de NíniveSe esta história tiver sido a criação de umescritor do quarto século, ele foi tolamentedescuidado ao elaborar as suas referênciasa Nínive, porque deixou que muitos pontosficassem expostos e sujeitos a críticas. Al-guns alegam que a cidade nunca teve um“rei” (3.6); que Nínive nunca foi tão grandepara que uma pessoa levasse três dias paraatravessá-la a pé (3.3); e Jonas nunca pode-ría ter falado sua própria língua ao pregar,porque não seria razoável que uma cidadese arrependesse tão facilmente, e porquenão existe nenhum registro secular dessefato. Além disso, o tamanho da cidade é men-cionado no tempo passado (3.3).O termo “rei de Nínive” (3.6) é uma metoní-

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JONAS, LIVRO DEJONAS, LIVRO DEJONAS, LIVRO DEJONAS, LIVRO DE J NATASJ NATASJ NATASJ NATAS

mia com um adequado precedente no AT; porexemplo, havia reis em cidades como Sama-ria (2 Rs 21.1), Damasco (2 Cr 24.23), Salém(Gn 14.18) e Sião (Jr 8.19). Além disso, comoNínive ainda não era a capital da Assíria, oautor pode ter usado a palavra  melek  (“rei”)

como uma transliteração da palavra aeádia, malku, que significa “governador”.O tamanho da cidade podería se referir aoseu perímetro, assim como ao seu diâmetro;a área metropolitana da cidade podería in-cluir as cidades vizinhas imediatamente pró-

 ximas (por exemplo, Calá, Reobote-Ir eResém de Gênesis lO.llss.), ou a “viagem”podería ter sido uma caminhada quando pre-gou sua mensagem nos domínios da cidade.O aramaico já estava se tornando uma lín-gua comercial bastante difundida (cf. 2 Rs

18.26), o que Jonas provavelmente já sabia eda qual já teria suficiente conhecimento paratransmitir sua mensagem a Nínive. A ques-tão deveria estar centralizada naquiio queDeus podia fazer, ao invés daquilo que o pro-feta não podia fazer.

 As severas pragas de 765 e 759, e o eclipsetotal de 763 a.C., poderíam ter sido usadospor Deus para alertar o povo sobre as neces-sidades que tinham; e quando combinadoscom o trabalho do Espírito de Deus, atravésde seu profeta, certamente havería razãosuficiente para o grande arrependimento que

foi registrado. O fato desse arrependimentonacional não ter sido encontrado nos anaissírios existentes é um argumento a favor dosilêncio. Muitos outros eventos e povos co-nhecidos através da Bíblia têm sido confir-mados apenas recentemente através dasmodernas descobertas arqueológicas. Não éde admirar que esse arrependimento obvia-mente não tenha durado e isso fornece umarazão a mais para os assírios não o teremmencionado em seus registros oficiais. Omodo passado do verbo relativo às necessi-dades de Nínive significa apenas que os even-tos que ali tiveram lugar estavam no passa-do quando o registro foi escrito.

ImportânciaPoucos livros do AT têm uma aplicação tãoóbvia na igreja contemporânea. Eles podemser usados para ajudar os cristãos a superara barreira de sua estranheza quanto à mis-são evangelística, à medida que são informa-dos e assegurados do amor de Deus pelo mun-do e do seu desejo de usar os salvos paraalcançar todos os que se encontram perdi-

dos. Mas o livro de Jonas não ensina a sim-ples disposição de ir a um país estrangeirocomo missionário em busca da recompensapela obediência. Na verdade, essa é uma dasdeficiências que o livro procura corrigir. Não

 basta obedecer a uma ordem; devemos sen-tir simpatia por ela. A evangelização é umaobra que é  realizada em benefício dos perdi-dos, e não do evangelista. Devemos obede-

cer a Deus - mas pelas verdadeiras razões. A finalidade das missões é o reconhecimentoda vontade de Deus - e também obediência eaceitação.

Bibliografia.  G. C. Aalders, The Problem o

the Book of Jonah,  Londres. Tyndale Press,1948. J. A. Bewer, ICC, Hobart E Freeman, n Introãuction to the Olã Testament

Prophets,  Chicago. Moody Press, 1968, pp.160-171. Frank E. Gaebelein, Four Minor Prophets,  Chicago; Moody Press, 1970. Don

 W. Hillis, The Book of Jonah,  Grand Rapids.Baker, 1967. James H, Kennedy, Studies inthe Book of Jonah,  Nashville. BroadmanPress, 1956. G. Herbert Livingston, “Jonah”,

 WBC, pp. 843-850. E. B, Pusey, The Minor Prophets,  Grand Rapids. Baker, 1960(reimpresso). George L Robinson, The Twelve Minor Prophets,  Grand Rapids. Baker, 1962(reimpresso).

 W. A. A.

ÕNATAS1  Esse nome ocorre frequente-mente na literatura bíblica.1.  Filho de Gérson e neto de Manassés (Jz18.30). Os eseribas massoréticos incluíramum  n inun)  acima da linha do nome deMoisés, de forma que a escrita hebraica pas-saria a ter Manassés (m-n-sk-s)  em lugar deMoisés (m-sh-h).  Dessa forma estariam pou-pando Moisés da desgraça de ter um netoque se tomou um sacerdote idólatra. Jõnatasera um levita de Belém, considerado comopertencente à tribo de Judá provavelmentepelo lado materno (Jz 17.7). Ele trabalhavacomo sacerdote local no santuário fundadopelo efraimita Mica e, mais tarde, fundou osacerdócio que serviu aos danitas (Jz 17.18).2.  Filho mais velho do rei Saul de Israel.Sua bravura militar.  Depois da decisiva vitó-ria sobre os amonitas (1 Sm 11), o rei Saulseparou o seu exército em duas divisões; cer-ca de 2.000 homens ficaram estacionados em

Micmás sob as suas ordens, e cerca de 1.000ficaram acampados sob as ordens de seu fi-lho Jõnatas, a aprox. 8 quilômetros ao sul deGibeá. Entre esses dois acampamentos mili-tares ficava um posto avançado dos filisteusem Geba. Jõnatas matou o chefe (ou gover-nador) local, o que os filisteus interpretaramcomo uma revolta das forças israelitas (1 Sm13.3). Decidiram atacar imediatamente, obri-gando Saul e abandonar Micmás. O rei seretirou para Gilgal para recuperar as forçase, em seguida, retornou à região montanho-sa para estabelecer base em Geba (1 Sm13.16). Jõnatas realizou um ataque surpresacontra os filisteus que estavam guardando apassagem ao sul de Micmás e, sozinho, ma-tou a todos (1 Sm 14.6-14). Deus acompa-nhou o feito de Jõnatas com um terremoto eos filisteus fugiram tomados de pânico. Osisraelitas, que dispunham apenas de rudesinstrumentos agrícolas (1 Sm 13,20), perse-

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J NATASJ NATASJ NATASJ NATAS J NATASJ NATASJ NATASJ NATAS

guiram o inimigo até derrotá-lo de formacompleta.Essa vitória foi maculada pelo rei Saul que,tomado de superstição religiosa, ordenou a to-dos os guerreiros que jejuassem até o anoite-cer (1 Sm 14.24). Quando Jônatas, de forma

desavisada, deixou de cumprir essa ordem, orei ordenou que o príncipe fosse executado.Mas o povo, lembrando sua bravura militar,interveio e salvou a sua vida (1 Sm 14.25-45).Sua amizade com Davi.  A amizade entreônatas e Davi representa um épico inspira-

dor. Depois que Davi matou o gigante filisteuGolias, e conquistou para si um lugar per-manente na corte do rei, Jônatas passou aamar o jovem pastor com toda a sua alma.Ele reconhecia que Davi era um homem es-colhido para o trono de Israel. Aceitando essefato, estabeleceu um pacto com Davi e, comopresente, deu-lhe suas próprias vestes depríncipe e sua armadura (1 Sm 18.1-4).Entretanto, o meteórico progresso da famamilitar de Davi, e a estima que gozava porparte do povo, estavam além do que o reiSaul podia suportar. Ele não só planejoumatar Davi como tentou pressionar Jônatase seus cortesãos a empunhar a lança contraseu potencial substituto. Não levou muitotempo para Saul afastar Davi, da corte.ônatas ficou desgostoso com o comporta-

mento do pai e interveio garantindo a Davi

permissão temporária para que retornasse àcorte de Saul (1 Sm 19,1-7). Essa trégua ter-minou abruptamente quando Saul sofreu umataque de melancolia e lançou a sua lançacontra Davi; este fugiu para Naiote, emRamá. Durante a festa da lua nova, Jônatasdescobriu que a ira de seu pai contra Daviera permanente e relatou essa triste notíciaao amado amigo através de uma seta lançadaa um ponto combinado (1 Sm 20).

 A última conferência entre os amigos teve lu-gar no deserto de Zife, ao sul de Hebrom, ondefizeram um pacto de que, quando Davi se tor-nasse o próximo rei, Jônatas seria o seu pri-meiro ministro e também renovaram o pactode sempre proteger a posteridade de ambos (1Sm 23.16-18; cf. 1 Sm 20.12-17,42; 2 Sm 9.1).Sua história final.  Durante os dias em queSaul perseguiu Davi, Jônatas permaneceuna retaguarda - evidentemente, ele se recu-sava tomar parte nessa fútil caçada. A ativi-dade dos filisteus obrigou Saul a encerrar aperseguição a Davi e dirigir suas energias à

 batalha contra o perpétuo inimigo de Israel.Essa batalha foi curta e decisiva - Saul per-

deu! E Jônatas, Saul e seus outros filhos Abinadabe e Malquisua foram mortos. Nodia seguinte, seus corpos foram roubados eexpostos pelos filisteus em um muro em fren-te à praça pública de Bete-Seã (2 Sm 21.12).Os jabes-gileaditas, cheios de gratidão por-que o rei Saul, no inicio de seu reinado, ha-

 via salvado a sua cidade, atravessaram o Jor-dão, invadiram Bete-Seã e recuperaram os

corpos e os sepultaram em Jabes (1 Sm 31; 1Cr 10.1-12; cf. 2 Sm 2.5-7).Quando as tristes informações sobre o de-sastre chegaram a Davi, ele pronunciou umaemocionante elegia lamentando a morte deSaul e a perda de seu verdadeiro amigo Jô-

natas (2 Sm 1). Mais tarde, Davi transferiuos restos de Saul e de seus filhos para asepultura de Quis, pai de Saul, em Zela, noterritório de Benjamim (2 Sm 21.12-14).Seu caráter.  Jônatas tinha, sem dúvida, umadas maiores almas de todos os tempos. Seucaráter era firme como granito, era atléticoe corajoso (1 Sm 14.13; 2 Sm 1.22,23). Rápidocomo a águia e forte como o leão, esse prín-cipe israelita inspirou e orientou osrenomados flecheiros benjamítas na arte daguerra. Quando o segredo era obrigatório,ele conseguia manter os lábios cerrados!Sempre podia analisar uma situação, plane-ar uma estratégia e agir no momento maisfavorável. Era também um grande amante.Seu irrestrito amor por Davi: no meio de pres-sões tão adversas da corte de seu pai, justifi-cou a elegia de Davi; “Mais maravilhoso meera o teu amor do que o amor das mulheres”(2 Sm 1.26).Sua árvore familiar.  Jônatas teve um filho,cujo nome era Meribe-Baal (Mefibosete). Ti-nha apenas cinco anos de idade quando acon-teceu o massacre em Gilboa (2 Sm 4.4). Davi,

honrando o juramento que havia feito comônatas, assegurou a esse sobrevivente o di-reito de receber a herança de Saul, assimcomo a sua participação na corte real e a pro-teção à sua vida (2 Sm 9; 21.7). A posteridadede Jônatas, que se prolongava através dessepríncipe defeituoso, continuou por várias ge-rações (1 Cr 8.33-38; 9.40-44; 2 Sm 9.12).

 A mãe de Jônatas era Ainoà (filha de Aimaás),e foi caracterizada por Saul durante um deseus ataques temperamentais como uma mu-lher “perversa em rebeldia” (1 Sm 20.30). Alémde Abinadabe e Malquisua, ele tinha outro ir-mão, Ish-baal (Isbosete ou Isvi, uma provável

 variação de Ishyahu, 1 Sm 14.49) e duas irmãs,Merabe e Mical. A primeira foi prometida aDavi, mas quem a recebeu foi Adriel, omeolatita (1 Sm 18.17-20); Mical, ao contráriode sua irmã, casou-se com Davi por um dote decem prepúcios de filisteus (1 Sm 18.20ss.).

lealdade à sua família.  A solidariedade dafamília hebraica permaneceu intacta na fa-mília de Saul. A independência e a capacida-de de Jônatas de tomar suas próprias deci-sões naturalmente entravam em conflito com

a impetuosidade e a extravagância de seupai, Saul. Mas, em meio a essas adversas pres-sões, o príncipe lutava para se adaptar o má-

 ximo possível aos fortes desejos do rei. Jôna-tas procurou, convencido da importante pro-messa de Davi e consciente da reação de Saul,ser o mediador entre a força irresistível e oobjeto imóvel, e saiu parcialmente vitorioso(1 Sm 19.6). O dever filial, supremamente

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J NATASJ NATASJ NATASJ NATAS J0NATEJ0NATEJ0NATEJ0NATE----ELEMELEMELEMELEM----REC0QU1MREC0QU1MREC0QU1MREC0QU1M

O monte de Bete-Seã, onde os corpos de Jônatasê  do resto da família de Saul foram expostos á

ridicularização pública. As ruínas de um grande

teatro romano podem ser vistas à direita

testado pela sua conduta em relação aos doishomens, era inquestionável. Quando Saul,sob grosseira provocação, contestou a honrade sua mãe e pensou até em matar o próprioônatas, a lealdade do príncipe se abalou tem-

porariamente. Entretanto, esse desentendi-mento teve curta duração e Saul e Jônatascontinuaram a ser unidos na vida e na morte(2 Sm 1.23) - pai e filho caíram juntos!3.

 

Pilho de Abiatar e sumo sacerdote do con-selho de Davi que permaneceu leal ao senrei durante a rebelião de Absalão (2 Sm15.27,36; 17,15-22), Abiatar e Zadoque foramenviados a Jerusalém para ajudar Husai aneutralizar a traição ae Aitofel, Ao receberimportantes informações de Husai, eles re-

 velaram os segredos aos mensageiros Jôna-tas e Abiatar, respectivamente, que estavamaguardando em En-Rogel. Os jovens, por sua

 vez, deveríam transmitir essas informaçõesao rei Davi (2 Sm 15.24ss.). Quando esse atode espionagem foi descoberto, eles fugiramcom a mensagem para prevenir Davi em seu

acampamento na margem ocidental doordão (2 Sm 17.15-21).Durante os últimos dias de Davi, quando seusherdeiros estavam fazendo as suas mano-

 bras para conseguir o trono, Jônatas junta-mente com seu pai Abiatar aliou-se ao planode Adonias para conseguir se apoderar dotrono israelita. Foi triste a sina de Jônatasde levar as frustrantes noticias à interrom-ida festa real em En-Rogel, de que Salomãoavia sido nomeado, em Giom, o rei de Israelcom as bênçãos e pelas fortes mãos de Davi(1 Rs 1.42-48). Aparentemente, esse envol-

 vimento marcou Jônatas como um homemdispensável e, provavelmente, ele foi exiladounto com seu pai quando Abiatar foi despo-ado do sumo sacerdócio e banido para

 Anatote por Salomão (1 Rs 2.26,27).4.  Filho de Siméia, irmão de Davi, que matouo gigante filisteu que escarnecia dos israeli-tas em Gate (2 Sm 21,21; 1 Cr 20.7).5.  Filho de Sage, o hararita, que foi um dos

heróis de Davi (os poderosos de Davi, co-nhecidos como “os trinta'’, 2 Sm 23.32; 1 Cr11.34).6.  Filho de Jada e pai de Pelete e Zaza, mem-

 bros da família de Jerameel da tribo de Judá(1 Cr 2.32,33).

7. 

Tio de Davi, sábio e confiável conselheiroe também escriba real (1 Cr 27.32).8.  Filho de Uzias que exercia a supervisãosobre os armazéns do rei Davi nas cidades,aldeias e vilas fora de Jerusalém (1 Cr27.25)  .9.  Escriba em cuja casa Jeremias foi aprisio-nado durante o cerco de Jerusalém pelos

 babilônios (588-586 a.C.), auando os inimi-gos do profeta o acusaram ae ter-se juntadoaos inimigos (Jr 37,15,20; 38.26).10.  Filho de Careá, um capitão de campo daudéia, que se estabeleceu com Gedalias em

Mispa, depois da queda de Jerusalém em 586a.C. (Jr 40.8; há várias versões que, de acor-do com o Texto Massorético, relacionam tan-to Joanã como Jônatas; enquanto outras ver-sões trazem apenas o termo Joana. E prová-

 vel que o nome Jônatas tenha uma grafiasemelhante, pois foi omitido pela versão LXXe na passagem paralela em 2 Rs 25.23).11.

 

Pai de Ebede que, juntamente com 50membros de sua família, retornou comEsdras em 457 a.C. (Ed 8.6).12.

 

Sacerdote descendente de Maluqui du-

rante o sumo sacerdócio de Joiaquim (Ne12.14)  .13.  Filho de Joiada e um dos sumo sacerdo-tes durante o período pós-exflico. Seu filhoera Jadua, o último sacerdote mencionadono AT (Ne 12.11). No texto danificado pelotempo é provável que estivesse escrito Joanãou Jeoanã (Ed 10.6; Ne 12.22,23).14.  Filho de Semaías e pai de Zacarias quefoi o sacerdote que tocava a trombeta duran-te a convocação de ação de graças na novadedicação dos muros de Jerusalém, sob ogoverno de Neemias (Ne 12.35).

15. 

Filho de Asael, durante o período de Es-dras, que se opôs à nomeação da comissãodos casamentos em Jerusalém para investi-gar os judeus que haviam se casado com es-posas pagãs (Ed 10.15).

D.   W.D.

 JÔNATAS JÔNATAS JÔNATAS JÔNATAS1111 1.  Filho de Uzias e um supervisor dos te-souros ou dos depósitos do rei Davi (1 Cr27.25)  .2.  Um dos levitas enviados pelo rei Josafá àscidades de Judá para ensinar a lei do Senhorao povo (2 Cr 17.8,9).3.

 

Um sacerdote, chefe da família de Semaías,na época de Neemias (Ne 12.18).

ONATE-ELEM-RECOQUIM Essa tradi-cional frase hebraica das versões KJV e ASVem inglês, e título do Salmo 56, talvez signi-fique “a pomba dos longínquos terebintos”

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J0NATEJ0NATEJ0NATEJ0NATE----ELEMELEMELEMELEM----REC0QU1MREC0QU1MREC0QU1MREC0QU1M JORD OJORD OJORD OJORD O

(ef, SI 55.6,7) e pode ser entendida de umaou todas as seguintes maneiras: (1) refe-rência enigmática a Davi entre os filisteusem Gate (1 Sm 21.10-15); (2) referênciamística a Israel ou ao povo de Deus, geral-mente exilado de seu verdadeiro lar (cf. Fp

3.20; Hb 11.8-10,13-16); (3) frase técnica queindica o ritmo ou a melodia do salmo.

 JOPE JOPE JOPE JOPE  A moderna cidade de Jafa, único portomarítimo da costa da Palestina, entre Haifae o Egito, está agora situada no setor sul deTel Aviv, Ela foi mencionada nas cartas Tellel-Amama. Foi designada à tribo de Dã, nadivisão das terras depois das conquistas deosué (Js 19.46), embora os israelitas nunca

tenham realmente tomado posse dela. A madeira para a construção do Templo deSalomão era colocada a flutuar desde Tiro

até Jope (2 Cr 2.16), e também para a cons-trução do segundo Tfemplo durante a restau-ração (Ed 3.7). Na época do reino dividido,essa cidade era controlada pelos fenícios eonas fugiu de Israel via Jope (Jn 1.3).

Na época do NT, foi em Jope que Pedro oroue Dorcas teve a sua vida restituída (At 9.36-43). Pedro permaneceu na casa de Simão, ocurtidor, onde recebeu a visão que o convo-cava a pregar na casa de Cornélio, o gentio(At 10.1-23).

 A cidade foi construída sobre cumes rochososacima da baía, formada por um quebra-mar depedras. No primeiro século a.C., ela foi suces-sivamente conquistada pelos sírios, macabeus,romanos e piratas que a transformaram emum centro da pirataria. A baía também é muitoperigosa para a marinha mercante moderna,e não é muito usada atualmente.

M. C. T.

 JOQUEBEDE JOQUEBEDE JOQUEBEDE JOQUEBEDE Esposa de Anrão (q.v.) e mãede Moisés, Arão e Miriâ (Êx 6.20; Nm 26.59).

 A fé, a coragem e o desembaraço de Anrão eoquebede não só preservaram a vida de

Moisés como sua mãe obteve da filha doFaraó a permissão de amamentá-lo e cuidarde seu próprio filho (Êx 2.1-10; Hb 11.23).oquebede era tia de Anrão, irmã de seu pai

(Êx 6.20). O casamento entre parentes pró- ximos era proibido pela lei mosaica (Lv 18.12;20.19), mas parece que não havia nenhumalei contra isso nessa época, e parentes aindamais próximos se casavam (Gn 20.12).O nome hebraico de Joquebede, yokebed,  sig-nificando “Yah é glória", revela que o nomede Jeová era conhecido e respeitado antesda experiência de Moisés, na ocasião da quei-

ma da sarça, quando Deus revelou o seu di- vino nome (Ex 3.1-15).

 JOQUEM JOQUEM JOQUEM JOQUEM Filho ou descendente de Selá, filhomais novo de Judá (1 Cr 4.22).

ORA Chefe de uma femíhade israelitas queretomaram da Babilônia com Zorobabel (Ed

O Nahr Hasbani, uma das nascentes do Jordão.HFV 

2.18). Chamado de Harife em Neemias 7.24.

 JORAI JORAI JORAI JORAI Um dos sete chefes gaditas descen-dentes de Abiail (1 Cr 5.13,14).

 JORAO JORAO JORAO JORAO Forma abreviada de Jeorão (q.v.).1.  Filho de Toí, rei de Hamate (2 Sm 8.9,10).Também chamado de Hadorão (1 Cr 18.10).2.  Rei de Judá, filho e sucessor de Josafá (2Rs 8.21-24; 1 Cr 3.11; Mt 1.8). Também cha-mado Jeorão (Veja Jeorão 2).3.  Rei de Israel, filho de Acabe e sucessor deseu irmão Acazias (2 Rs 8.16; cf. 1.1,17). Tam-

 bém chamado de Jeorão.4.  Levita descendente de Eliézer, filho deMoisés (1 Cr 26.25; cf. 23.15,17).

 JORDÃO JORDÃO JORDÃO JORDÃO Em hebraico, o nome do rio maisfamoso da Bíblia é yarden,  Amaior parte dosestudiosos considera essa palavra como sen-do de origem semítica, derivada da rai2“yarad”  ou “descender". Portanto, o nomesignifica “descendente”, que é uma fiel des-crição desse rio. Outros especulam que apalavra pode ter uma origem indo-ariana, enesse caso seu significado seria “rio perene”.

 A forma mais antiga desse nome é encontra-

 Aa fontes de Banias, que dao origem a outranascente do Jordão

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O rio Jordão, queílui domar da Galiléia emsua extremidade sul. HFV

da como ya-ar-du-na,  em registros da Déci-ma Nona Dinastia do Egito (Simon Cohen,“Jordan”, IDB, II, 973),Uma série de gigantescas falhas na crosta daterra provocou um desmoronamento na re-gião que agora forma o vale do Jordão, Dessaprofunda depressão, chamada mar Morto (omar de Sal do AT), a terra se eleva tanto parao norte como para o sul. Ela vai desde aproxi-madamente 860 metros abaixo do nível domar, nas profundezas do mar Morto, até umaaltitude superior a 260 metros em um dospicos na Arabá (uma área ao sul do mar Mor-to) e atinge uma altitude de aprox. 3,000 me-tros no monte Hermom, ao norte. Essa falha

teológica se estende através do mar Verme-ho até o interior da África oriental.

distância aérea desde as nascentes do Jor-dão até o mar Morto é de aproximadamente130 quilômetros, mas o próprio rio tem maisde 300 quilômetros de extensão por cansa deseu curso sinuoso entre o mar da Galiléia e omar Morto. Pode-se dizer que o vale começaao norte, na Bacia Huleh, uma área de cerca 5quilômetros por 15, que culminava, antes deser recentemente drenada, em um pântano eem um lago pouco profundo, criaao por umreservatório formado por rochas naturais.O súbito declive, de aprox. 530 metros dealtitude em Merj ‘Ayun até 75 metros acimado nível do mar na Bacia Huleh, permite adois pequenos riachos, Nahr Bareignit e NahrHasbani, despejar suas águas nessa bacia.

s duas principais nascentes do Jordão flu-em das rochas como consideráveis cursos deágua sobre as encostas do monte Hermom.O rio Nahr el-Leddan se origina de fontes

que nascem do solo em  Tel el-Qadi, local daantiga Dã, cidade mais ao norte do pais (aantiga Laís, Jz 18.7-27). O rio Nahr Baniastem a sua origem em uma grande gruta lo-calizada mais acima da encosta, em uma vilachamada Banias (Paneas) cujo nome derivado deus romano Pan. Na época do NT, essacidade tinha o nome de Cesaréia de Filipeem honra a César e também porque estavana tetrarquia de Filipe. Nessa região, Jesus

perguntou aos seus discípulos: “Quem dizemos homens qne eu sou?” (Mc 8.27-29), e acon-teceu a transfiguração perante três deles emalgum lugar do monte Hermom (Mc 9.2). Trêsdesses rios se encontram mais adiante, cer-ca de 3 quilômetros ao sul de Dã e, em segui-

da, dividem-se novamente para penetrar naBacia Huleh como apenas dois cursos deágua, o Tur‘ah e o Jordão.Em um planalto que contempla a Bacia Hulehencontram-se as ruínas da cidade do AT cha-mada Hazor (recentemente escavada), e asda cidade de Corazim (Khirbet Kerazeh) doNT. O rio Jordão corre a partir de Huleh por3 quilômetros até a “Ponte das Filhas de Jacó”,onde os viajantes que percorrem a estradaentre a Galiléia e Damasco podem atravessá-lo a pé. Depois desse ponto, o rio entra em

uma garganta, flui com mais vigor até, final-mente, deixar esses paredões e suavementepenetrar no mar da Galiléia, em uma altitu-de de aprox. 230 metros abaixo do nível domar. Esse mar é, na realidade, um lago qua-se totalmente cercado por colinas, mas aquie a li essas colinas se afastam criando algu-mas planícies, como a famosa planície deGenesaré, na margem noroeste, nas proxi-midades de Cafamaum. Além da ainda desa-

 bitada Tiberíades, várias cidades bíblicas po-dem ser identificadas à beira dos lagos, istoé, Cafamaum em Tel Hum, a noroeste, e

Magdala em Majdal, na margem oeste, ao pédo “vale dos Ladrões". Na época do AT, apar-te norte da região do rio Jordão era controla-da por uma liga de dez cidades independen-tes chamada Decápolis. As cidades situadasno vale desse rio ou nas suas proximidadeseram Citópolis (Beisan ou Bete-Seâ), Gadara(Uram Keís) e Pella (Fahil) do outro lado dorio em frente a Citópolis.Nos primeiros 18 quilômetros, desde o marda Galiléia, o vale do Jordão nunca atingeuma largura maior que aprox. 6,5 quilôme-tros. Acredita-se que a cidade de Betânia, dooutro lado desse rio, onde João batizava (Jo1.28)

 

, ou Bete-Bara (q.v.) devia estar nessas vizinhanças, aprox. 18 quilômetros ao sul dolago. Se Eliseu (q.v.) vivia em Suném, nomonte Carmelo ou em Dotã na época da visi-ta de Naamã, é provável que o general síriotenha sido enviado a esse curso do Jordãopara mergulhar sete vezes em suas águaslamacentas (2 Rs 5.10,14). Na planície deBete-Seã, o vale vai se alargando até atingir9 ou 10 quilômetros, elevando-se no ladooeste em planaltos em direção ao nível da

planície de Esdraelom.O próprio Jordão não é mais que um sulcorecortado no leito desse vale que, segundo di-zem, seria um antigo leito oceânico. Seu fluxonão parece rápido, mas pode ser traiçoeiro, coma água despencando no lado norte cerca de 10metros por quilômetro, embora a média dessaqueda esteja por volta de 2 metros. A formidá-

 vel barreira criada pelo rio resulta de outros

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fatores além da sua largura e rapidez das águas.Na verdade, ao norte o rio não forma uma

 barreira porque as características distintas do vale são menos pronunciadas. O próprio valerepresenta a verdadeira barreira que consistede três interessantes aspectos. Ghor ou terras

 baixas, Qattara ou colinas estéreis de calcário,e Zor ou densa vegetação.Ghor é a própria superfície do vale, cercadapor montanhas ou elevadas planícies emcada um de seus lados, onde existem cama-das de depósitos de aluvião que exigem ape-nas alguma irrigação para se tornar uma ricaregião agrícola, O resultado dessa irrigaçãopode ser visto atualmente ao longo do ladooriental de Ghor, onde existe disponibilidadede água. Falhas geológicas encontradas emuma das extremidades de Ghor ajudam a for-mar os rios que se juntam ao Jordão. No ladooriental, o rio tem dois importantes afluen-tes, o Jarmuque (ou Yarmuk) e o Jaboque.O Jarmuque, ao sul do mar da Galiléia, des-peja tanta água como o próprio Jordão. Nolado norte da garganta aesse rio, aprox. 10ou mais quilômetros da sua confluência, exis-te a antiga el-Hammeh, uma famosa fontede águas quentes. Nesse local, desenvolveu-se uma elevada cultura desde o quarto milê-nio a.C., e suas famosas águas curativas têmsido muito populares ao longo da história.Entre o Jarmuque e o Jaboque, outros nove

riachos fluem, do leste, para o Jordão. Essa bem irrigada área explica porque muitas co-lônias se desenvolveram no lado oriental deGhor, cidades como Pella, Jabes-Gileade,Zafom, Zaretã (ou Sartã) e Adã.Depois de correr através da planície de Bete-Seâ, cerca de 20 quilômetros do mar da Gali-léia, o rio Jalud junta suas águas, do oeste,ao Jordão. Nesse ponto, o Ghor aumenta asua largura até cerca de 11 quilômetros, parase fechar novamente mais ao sul ao passarpelas colinas da Samaria, Também mais aosul, o Uádi Fari‘a junta as suas águas a oes-te, assim como o Jaboque, a leste, nas proxi-midades de Sucote. Foi desse local que ospatriarcas entraram em Canaã, vindo deHarã e Padã-Arã mais a noroeste (Gn 12.5,6;32.22; 33.17,18). Perto dali, os midianitas de-

 vem ter fugido através do Jordão com Gideãoem sua perseguição (Jz 7.24; 8.4,5). O terre-no se alarga novamente até atingir quase 13quilômetros e continua a se alargar atê pou-co mais de 22 quilômetros em Jericó. ‘AinFarí’a, na parte superior de seu canal, nasproximidades da ciaade de Tirza do AT, pro-

duz uma rica quantidade de água, porém so-mente uma pequena quantidade desta che-ga até o Jordão. O mesmo acontece com oUádi Qelt, qne ajuda a criar o verdejante oá-sis de Jericó. A irrigação da terra precisa fluirde riachos de água doce antes de atingir oordão, porque esse rio também recebe sais

minerais qne tornam aa suas águas cada vezmais impróprias para a irrigação.

Nas proximidades de Gilgal, a noroeste deericó, existia uma passagem ou um vau muito

conhecido que Davi usou quando fugiu de Absalão (2 Sm 17.22-24), e em seu vitoriosoretomo (19.15-40). Talvez esse seja o mesmolugar onde Elias e Eliseu atravessaram o

ordão antes da transladação de Elias (2 Rs2.7,8,13,14)  . Foi também nessa região do bai- xo Jordão que os dois espias israelitas prova- velmente atravessaram o rio, que estava emplena estação de cheias (Js 2.1,23) e logo de-pois toda a nação miraculosamente atraves-sou sobre o leito seco do rio (Js 3-4).

 A Bíblia utiliza vários termos para descrevero Ghor. Muitas vezes, ele é chamado sim-plesmente de ‘emeq,  isto é vale ou terras bai-

 xas, como em Josué 13.19,27. Mas em Deu-teronômio 34.3, o Ghor é descrito como“o kikkar,  o  biqw‘a de Jericó”. Kikkar   signifi-ca um circuito e  biq ‘a  significa um amplo

 vale. Em Jericó, o Ghor tem pouco mais de22 quilômetros de largura. O termo ‘aruba,que significa “uma planície"’, também é usa-do para o vale do Jordão. O lado oriental doGhor, do outor lado de Jericó, era chamadode “campinas de Moabe” (Nm 22.1), uma área

 bem irrigada e habitada desde a Era do Co- bre, como em Teleilat Ghassul. As vezes, aregião do Ghor era tão densamente habita-da que Gênesis 13.10 nos conta que Lô “le-

 vantou os seus olhos e viu toda a campina doordão, que era toda bem regada... e era comoo jardim do Senhor”. Quando alguém visitaessa região, especialmente no verão, podeficar impressionado com sua aridez. Entre-tanto, ela foi não só uma das primeiras regi-ões colonizadas do país, mas em uma certaocasião uma das regiões mais ricas de toda aantiga Palestina. Nelson Glueck descobriupelo menos 70 lugares onde, na Antiguida-de, as pessoas tinham vivido e trabalhado no

 vale do Jordão, ao sul da Galiléia.Cerca de 30 a 50 metros abaixo do solo do

 vale principal, existe uma depressão com onome árabe de Zor, por onde flui o própriorio Jordão. Essa depressão pode chegar a terquase 2 quilômetros de largura quando o riofaz uma volta sobre si mesmo, embora a sualargura seja de apenas 30 a 35 metros, comuma profundidade de 1 a 4 metros. Esta de-pressão sempre represa as águas do rio quan-do ele extravasa na primavera (Js 3.15; 1 Cr12.15), mas, ao contrário do que acontececom o rio Nilo, a inundação é violenta, levan-do a superfície do solo e deixando para trás

uma grande quantidade de entulho, de for-ma que os viçosos tamarindeiros, oleandros,salgueiros, arbustos e vinhas que ali se de-senvolvem recebem o apropriado nome deZor ou bosque. O AT descreve Zor como  ge’onhay-yarden  ou “a selva do Jordão” (“Eis que,como leão, subirá da enchente [ou selva] doordão...” ‘Jr 49.19; cf. 12.5; 50.44; Zc 11.3),

Na verdade, o Zor estava infestado de leõesna Antiguidade, e de elefantes na época pré-

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histórica e era, até pouco tempo, o abrigo dosporcos do mato ou javalis. Por causa datortuosidade do curso do Jordão, a selva deZor se tomou uma formidável barreira ondese incluem colinas estéreis de calcário argi-loso da “qattara”, que separa Ghor de Zor.

Quando o NT fala do Jordão como uma bar-reira, está certamente incluindo todo o com-plexo do vale, e não apenas o pequeno rio.osué 22.25 expressa seu receio de que

Rúben, Gade e metade da tribo de Manassespoderíam se tomar alienados por causa dafronteira natural formada pelo vale: “Pois oSenhor pôs o Jordão por termo entre nós e

 vós, ó filhos de Rúben e filhos de Gade; nâotendes parte no Senhor”. Curiosamente, é

 verdade que não só na época do AT, mas tam- bém hoje, existe um curioso espírito de alie-nação entre aqueles que vivem de cada ladodo vale do Jordão.O rio Jordão flui para o mar Morto em umacondição de aproximadamente 430 metrosabaixo do nível do mar. O mar Morto temcerca de 70 quilômetros de comprimento por15 de largura, e é invadido por uma saliênciade terra em sua margem oriental. Em umacerta época ela formava seu limite sul, mascomo o mar não tem nm escoadouro, ele seelevou continuamente e cobriu cidades anti-gas localizadas em sua margem sul, incluin-do provavelmente Sodoma (q.v.) e Gomorra.

O próprio mar Morto é composto por um ter-ço a um quarto de sais minerais provenien-tes em grande parte de muitas fontes de águafria e quente que se alinham no vale. Comopoderiamos esperar, toda essa região formauma área com atividades sísmicas acima donormal, com uma média de quatro terremo-tos por século. As encostas orientais do mar,assim como o deserto da Judéia, são quasetotalmente desprovidos de chuvas para o su-primento de água, exceto algumas fontes sub-terrâneas (por exemplo, ‘Ain Feshkha nasproximidades de Qumran e En-Gedi, a lestedo Hebrom).Veja  Arabá; mar Morto; Galiléia, mar da; Pa-lestina: II.B,3.4; Rio.

Bibliografia.  Denis Blay, The Geography othe Bible,  Nova York. Harper, 1957, pp. 14-26, 193-216. Nelson Glueck, The Riuer ordan,  segunda edição, Nova York,

MeGraw-Hill, 1968, Karl H. Rengstorf,"Poíamos.../orcí<mes”,TDNT, VI, 608-623;

E.  B. S,

 JORDÃO, DALÉM DO, DALÉM DO RIO JORDÃO, DALÉM DO, DALÉM DO RIO JORDÃO, DALÉM DO, DALÉM DO RIO JORDÃO, DALÉM DO, DALÉM DO RIO A  

fenda profunda do rio Jordão divide a Pales-tina em leste e oeste. A expressão hebraica“dalém do Jordão” é usada inúmeras vezespara se referir à região a leste do rio (Dt 1.1;3.8)  e também, várias vezes, para referir-seà região a oeste do Jordão (Dt 3.20,25; 11.30).

 A frase assim adquire um sentido técnico sig-nificando algo como “Jordânia”. Na versão

KJV em inglês, a mesma frase hebraica é às vezes traduzida como “deste lado do Jordão”(Dt 1.1; 3,8 etc). Enquanto alguns sustentamqne o termo indica a proximidade geográficado autor, é uma suposição razoável que afrase tenha se tornado uma designação pa-

drão para o território a leste do Jordão, inde-pendentemente de onde o autor estivesse(SOTI, p. 244). Nos casos em que a expres-são se refere à área oeste, ela deve ser en-tendida literalmente, e não como nm termotécnico.No NT, a expressão grega “dalém do Jordão”é traduzida inúmeras vezes como o territó-rio leste do Jordão conhecido como Peréia(por exemplo, Mateus 4.25; 19.1) e apenasuma como a região que fica no lado oestedeste.

 A expressão “dalém do Jordão” é a designaçãopersa para a terra a oeste do Eufrates, e noreinado de Dario I incluía a Palestina-Síria en-tre as suas fronteiras (cf. Ed 4.10-20; 5.3; Ne2.7,9; 3.7). Esta é a mesma expressão hebraicaque é traduzida em algumas versões da BíbliaSagrada como “deste lado do rio”.

 W. G, B. e A. F. J.

 JORIM JORIM JORIM JORIM Um ancestral de Cristo (Lc 3,29) edescendente de Davi.

 JORNADA DE UM DIA JORNADA DE UM DIA JORNADA DE UM DIA JORNADA DE UM DIA Veja  Pesos, Medi-das e Moedas.

 JORNADA DE UM SÁBADO JORNADA DE UM SÁBADO JORNADA DE UM SÁBADO JORNADA DE UM SÁBADO Veja  Sába-do, Jornada de um,

 JORQUEÃO JORQUEÃO JORQUEÃO JORQUEÃO Fiiho de Raão e descendentede Calebe (1 Cr 2.44). Duas suposições sãofeitas em relação a esse nome: (1) que ele serefere a um local na tribo de Judã; (2) quedeve ser identificado com Jocdeão (q.v.) emosué 15.56.

 JOSA JOSA JOSA JOSA Chefe simeonita que, juntamente comoutros, invadiu o vale de Gedor na época do

rei Ezequias e lá destruiu os nativos descen-dentes de Cam (1 Cr 4.34-41).

OSAFÁ'1.  Cronista de Davi e Salomão. Filho de Ailude(2 Sm 8,16; 20.24; 1 Rs 4.3). Ele é listado comoum dos principais oficiais do reino.2.  Um dos sacerdotes durante o reinado deDavi, designado para tocar a trombeta dian-te da arca quando esta foi trazida da casaObede-Edom para a cidade de Davi (1 Cr15.24; heb. Yoshpat). 3.  Um dos 12 oficiais administrativos de Sa-

lomão cuja responsabilidade era fornecer ali-mentos para o rei e seus funcionários porum mês em cada ano. Ele era encarregadoda coleta de impostos do distrito de Issacar (1Rs 4.17).4.  Rei de Judá (873-848 a.C), filho de Asa eseu sucessor. Com 35 anos de idade ele se

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tornou o co-regente com seu pai Asa, até amorte deste em 870, e governou por 25 anos(1 Rs 22.42). Sua mãe era Azuba, filha deSili. Ele foi contemporâneo de Acabe,

 Acazias, e Jeorão de Israel. Fez uma aliançacom Israel casando seu filho Jeorão com

 Atalia, a filha de Acabe e Jezabel (2 Rs 8.18). Apesar deste ato ter aberto a porta à adora-ção a Baal no reino de Judã, ele foi conside-rado um bom rei.No terceiro ano de seu reinado, ele conduziualgumas reformas para melhorar a situaçãoreligiosa, instruindo pessoalmente o seu povoe enviando levitas com os livros da lei paraensinar nas cidades de Judá (2  Cr 17.7-9).Os filisteus e os árabes lhe pagavam tribu-tos (w. 10-11), e ele mais tarde fortificou ascidades de seu reino (w.12-19).Em 853 a.C, Acabe o persuadiu a se juntar aIsrael em uma tentativa de desarraigarRamote-Gileade da Síria, Acabe foi mortal-mente ferido, mas Josafá sobreviveu (1 Rs22.1-38; 2 Cr 18.1-34). Ele foi severamentereprovado pelo profeta Jeú por ter se associ-ado ao rei Acabe (2 Cr 19.1,2). Judá ocupouuma clara posição subordinada, mas a ali-ança foi, temporariamente, a fonte da forçade ambos os reinos. Em seu retorno, Josafánovamente encorajou a adoração ao Senhoreová (1 Cr 19.4).

Ele havia previamente fortalecido as defe-

sas de Judá e trazido Edom ao seu controle(2 Cr 17.1-2; 1 Rs 22.47). Isto lhe deu o co-mando das rotas de caravanas da Arábia elhe trouxe uma riqueza adicional (2 Cr 17.5;18.1), Josafá tentou construir uma frota denavios em Eziom-Geber com a cooperação de

 Acazias, rei de Israel, mas os navios foramdestruídos. Josafá recusou quaisquer novasparcerias, provavelmente com medo da in-

 vasão de seu território e pelo fato de ter sidorepreendido por se unir a Acazias (1 Rs22.48-49). Josafá introduziu importantesmudanças administrativas (2 Cr 19.5-11) de-signando juizes nas cidades fortificadas deudá com a finalidade de substituir os anciãos,

e estabelecer uma corte final de apelaçõesem Jerusalém composta por levitas e sacer-dotes, tendo o sumo sacerdote na liderança.Mais uma vez o rei de Israel, desta vez Jeorão,persuadiu Josafá a um novo empreendimen-to, na tentativa de fazer com que Moabe setomasse tributária a Israel, mas teve apenasum êxito parcial (2 Rs 3.5-7). Próximo ao finalde seu remado, os amonitas, os edomitas e osmoabitas uniram forças para invadir Judã

cruzando o que é atualmente o mar Mortoem direção a En-Gedi. Josafá buscou ao Se-nhor e acatou as palavras do profeta Jaaziel,não se precipitando, mas acalmando-se e con-templando a salvação do Senhor a seu favor.Na confusão causada pelos cânticos de louvorde Judá, os inimigos começaram a emboscaruns aos outros até se destruírem mutuamen-te (2 Cr 20.1-30).

Durante os últimos cinco anos de seu reina-do, Josafá teve seu filho Jeorão reinando jun-to a si (2 Rs 8.16 com 1.17). Josafá morreucom sessenta anos de idade, e foi sepultadona cidade de Davi (1 Rs 22.50).5.  Pai de Jeú, rei de Israel. Ele viveu no sé-

culo IX a.C. (2 Rs 9.1,14).  A, W. W.

OSAF 5 1.  Um mitenita entre os poderosos de Davi (1Cr 11.43).2.

 

Um dos sete sacerdotes que tocavam astrombetas perante a arca na época de Davi(1 Cr 15.24), de acordo com a lei de Moisés(Nm 10.8).

OSAF , VALE DE Um vale no qual o Se-nhor reunirá todas as nações para o julga-

mento (J1 3.1,12). Este nome em si é impor-tante, e significa “Jeová julga”.É chamado de vale da Decisão (v.14), signifi-cando a decisão judicial para determinar apunição, e não uma oportunidade para crere ser salvo. O evento histórico de 2 Crônicas20.20-26 parece ter sido usado aqui comosímbolo de um acontecimento escatoíógico(veja  Armagedom), Nenhum vale recebeueste nome na Antiguidade pré-cristã. Desdeo século IV d.C., a tradição cristã o tem iden-tificado como o vale de Cedrom (entre Jeru-salém e o monte das Oliveiras). Alguns o iden-tificaram com o vale de Beraca, nas proximi-dades de Belém. É provável que nenhumadas duas opções seja correta.

 A localização geográfica exata do vale noqual os inimigos de Josafá foram destruídosnão pode ser afirmada. Deve ter sido em al-gum lugar no deserto de Judá aos pés dosmontes de Tecoa (2 Cr 20.20), na direção deEn-Gedi (v. 2), e provavelmente deva seridentificado com o vale da “ladeira de Ziz”(veja  Ziz) nas adjacências do deserto de“Jeruer (veja Jeruel; 2 Cr 20.16).

 A. F. R.OSAVIAS Filho de Elnaão, relacionado

entre os poderosos de Davi (1 Cr 11.46).

OSBEC ASA Membro da casa de Hemã quechefiou o 17° turno de músicos nomeados porDavi para os serviços do santuário (1 Cr25.4,24).

OSÉ1. Décimo primeiro filho de Jacó, e primeirofilho com sua esposa favorita, Raquel, depoisque sua irmã Léia já lhe havia dado seis fi-lhos e uma filha. Estéril há muito tempo, edesejosa de ter filhos, Raquel chamou seuprimeiro filho de José, em hebraico, yosepou yekosep,  que significa “Que Ele acrescen-te”; e como ela explica, “O Senhor me acres-cente outro filho” (Gn 30.24).

 José era o único filho de Raquel na época do

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tos. Os sonhos eram geralmente considera-dos presságios no Oriente Próximo. Um pa-piro hierático relacionado com a interpreta-ção de sonhos mostra a data da 19a  Dinastia,podendo abranger até mesmo o Reino doMeio. Ele faz alusões através de um jogo de

palavras, o que era típico da literatura egíp-cia e que também ocorrem em Gênesis 40como uma característica local, Como a habi-lidade de José de interpretar sonhos era umdom de Deus, não existe nenhuma relaçãoentre esse papiro e José (veja ÂNET, p. 495).Embora o copeiro fosse perdoado e o padeiroexecutado, José permaneceu na prisão porpelo menos mais dois anos (41.1). Quando osestranhos sonhos do Faraó não puderam serinterpretados pelos especialistas egípcios, ocopeiro se lembrou de José que foi, então,convocado à corte do rei. Antes de compare-cer à presença do rei, José se barbeou (41.14)de acordo com a boa tradição egípcia (veja

NET, p. 22). Em baixos-relevos e pinturas,emos a figura de egípcios bem barbeados

contrastando fortemente com os asiáticos, queusavam longas barbas. Muitas lâminas dearbear foram encontradas nas escavações

realizadas no Egito. Os sonhos do Faraó in-cluíam o sempre presente rio Nilo, o gado quepastava ao longo de suas margens e os grãosque fizeram daquele país o celeiro do mundoMediterrâneo. A interpretação de José indi-

cava que sete anos de fartura seriam segui-dos por sete anos de escassez. O Nilo era muitoregular em suas inundações anuais íueja Nilo).Entretanto, havia algumas exceções a essaregra, e textos antigos guardam declaraçõesde funcionários gabanao-se de ter tomadomedidas para os necessitados nesses anosmagros (veja ANET, pp, 31-32).osé então sugeriu que deveríam ser feitas

provisões para os anos ruins recolhendo-seum quinto de toda produção obtida nos anosde abundância. Essa proposta foi bem rece-ida pelo rei e seus conselheiros, e por isso

osé recebeu uma posição que estava logoabaixo da autoridade real. Essa função é bas-tante conhecida pelos documentos encontra-dos no Egito e, geralmente, ela recebe noOriente Próximo o titulo de “vizir”. O vizirera o principal funcionário administrativo eseus deveres eram muito variados: ele eraencarregado do tesouro, da justiça e da exe-cução de todos os decretos reais.osé recebeu um nome egípcio (veja Zafenate-

Panéia) e se casou com Asenate, filha dePotííera, sacerdote de Om, o centro da religião

solar, melhor conhecido como Heliópolis (vejaOm). Durante os anos de prosperidade, Asenateteve dois filhos, Manassés e Efraim, que maistarde assumiram o lugar de representantes deosé entre os filhos de Jacó (Israel).osé fez os preparativos adequados para os

anos de escassez, de modo que não só o Egi-to como também os povos das terras vizi-nhas vinham comprar grãos de suas mãos.

nesse ponto que as antigas profecias dossonhos de José tornaram-se visíveis (42.9),pois entre aqneles que vieram comprar ce-reais estavam seus irmãos (42.5). José osreconheceu, mas eles não (42.7,8). Por estarazão, ele estava em condições de sujeitá-

los a uma série de testes. Foram interroga-dos, acusados de serem espiões e, finalmen-te, enviados à prisão por três dias. Comoprova de sua honestidade, José exigiu quedeixassem um deles como refém e voltas-sem a Canaã para buscar Benjamim, o ir-mão mais novo, que, segundo afirmavam,ainda vivia lá. Os versos 21 e 23 descrevemos mecanismos da consciência dos irmãosde José ao argumentarem entre si. Simeãopermaneceu no Egito enquanto os outrosretornaram à Palestina.Para aumentar a perplexidade dos irmãos,

osé fez com que lhes fosse devolvido o di-nheiro gasto na compra dos grãos, dentro desuas próprias bolsas. Isso só foi descobertoquando já estavam a caminho de Canaã. Elestransmitiram ao idoso Jacó um relato de suasaventuras. O patriarca foi, assim, forçadopelas circunstâncias a concordar com a ne-cessidade de levarem Benjamim consigoquando voltassem ao Egito para buscar maisgrãos. Todos os esforços foram feitos paraassegurar o favor do vizir, e Israel enviouseus filhos ao Egito abençoando-os e confi-

ando em Deus (43.14).Porém, muitos outros testes esperavam osirmãos de José (43.18). Foram convidados acomer em sua companhia, embora ele mes-mo se servisse conforme o costume egípcio(43.32). A prova final constava de uma acu-sação de roubo, que trouxe os irmãos de vol-ta ao Egito depois de terem iniciado o seuretorno à Palestina (capitulo 44). Como ataça de prata supostamente roubada foi en-contrada no saco de grãos de Benjamim, caiusobre eles a mais terrível angústia.Por fim, José revelou sua identidade, e isso

foi feito com uma considerável emoção desua parte; ele chorou tão alto que todos osegípcios o ouviram (45.2; cf. 42.24; 43,30,31).Podemos observar claramente o sensível ecompreensivo caráter de José pela seguran-ça que deu aos irmãos, mostrando que osnavia perdoado e estava preocupado com oseu bem estar. Além disso, José viu a mão deDeus em sua carreira, pois o Senhor o haviaescolhido com a finalidade de preservar Is-rael através de sua pessoa (45.7,8).Em seguida, José tomou providências parainformar seu pai sobre o feliz desenlace dosacontecimentos e mudar toda a família parao Egito. Os títulos que José deu a si mesmo,“pai de Faraó, senhor de toda a sua casa, eregente em toda a terra do Egito” (45.8) são

 bastante típicos de um oficial egípcio de suacategoria. O Faraó ficou satisfeito com o re-lato da chegada dos irmãos de José e sugeriupessoalmente as medidas para trazer a sua

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JOSJOSJOSJOS JOSEJOSEJOSEJOSE

família para a melhor parte do país 145.16'20). Foram providenciados os meios de trans-porte, sob a forma dos tradicionais e pacien-tes burros, que carregavam presentes e su-primentos, e de carroças destinadas ao trans-porte de pessoas. Nas cenas dos túmulos, pa-

rece que as carroças eram desconhecidas noEgito, e talvez fossem uma concessão devidoà origem asiática da familia de José. Algunsconsideram as referências feitas a carroçase bigas (41.43) como a indicação de que Joséhavia sido vizir durante o governo dos hicsos.acó respondeu favoravelmente ao convite

e também foi orientado por Deus a ir ao Egi-to, de onde Deus faria de Israel uma grandenação (46.2-4).osé foi a Gosén para encontrar o seu pai

(46.29) e, depois, iniciou os planos para esta-

 belecer os seus parentes naquela área (vejaGosén). Devido à antipatia que existia entrecriadores de gado e pastores de ovelhas, Joséaconselhou sua familia a mencionar seu gado(veja 46,6) quando fossem questionados peloFaraó a respeito de suas ocupações (46.31-34), mas, apesar disso, seus irmãos falaramprincipalmente dos rebanhos (47.3,4). OFaraó os recebeu cordialmente, confirmousua localização em Gósen e solicitou que oshomens capazes dentre eles fossem designa-dos para tomar conta de seu gado (47.6). Jacófoi apresentado ao rei e quando respondeu à

pergunta do Faraó, disse ter 130 anos ida-de, porém comparaou-a com os anos de seusantepassados: “poucos e maus foram os diasdos anos de minha vida” (47.9).Como a escassez continuava, José trocougrãos por terras, de forma que o trono se tor-nou o dono virtual de todo o Egito, com exce-ção das terras que pertenciam aos sacerdo-tes (47.20-22; veja Breasted, History oEgypt.pp. 229,238,244), Tem sido admitidoue, por alguma razão, durante o reinado deesóstris III (1878-1843 a.C.), as provínciase seus nobres foram destituídos ae seus di-reitos tradicionais e funcionários nomeadospassaram a ser seus administradores (WilliamC. Hayes, “The Middle Kingdom in Egypt”,CAH, ed. rev., fase. 3, pp. 44ss.). Os favoresoferecidos pelos reis aos sacerdotes (47.22)ficaram bem conhecidos através de documen-tos antigos, tais como o longo Papiro HarrisI, que relaciona os presentes de Eamsés IIÍaos Templos (veja ANET, pp, 260-62;Breasted, ARE, IV, §§ 151-412).Depois de morar durante 17 anos no Egito,acó ficou muito doente. Eleja havia exigido

de José a promessa de ser enterrado na se-pultura tradicional da família em  Canaã(47.29-31). E também deu uma bênção espe-cial aos filhos de José (Gn 48) e individuali-zou bênçãos proféticas a cada um de seuspróprios filhos (Gn 49; quanto a José, veja os

 versículos 22 a 26). José cumpriu a promes-sa feita ao pai, mandou mumificar o seu cor-po segundo o costume egípcio (50.2-13, veja 

Embalsamar) e o enterrou na cova de Mac-pela, nas proximidades de Hebrom. Depoisda morte de Jacó, os irmãos de José ficaramtemerosos de que ele podería tentar se vin-gar, mas novamente foram assegurados deue Deus em sua providência, havia planeja-

o tudo isso somente para o bem.osé morreu no Egito com a idade ideal egíp-

cia de 110 anos (veja ANET, p. 414, n.33). Eletambém foi mumificado e colocado em umsarcófago ou caixão de madeira para múmi-as (50.26). Ele havia pedido que, quando osisraelitas deixassem o Egito, levassem consi-go os seus restos mortais (50.25). Isso foi fi-

t lmente executado por Moisés na época doixodo (Êx 13.19). Veja Êxodo, O. José foi

sepultado em Siquém, em um pedaço de ter-ra que Jacó havia adquirido (Js 24.32).osé não é mencionado nos registros egípci-

os. Entretanto, é interessante observar queosé-El aparece como o nome de um lugar

palestino na relação das cidades conquista-das por Tutmósis III (veja ANET, p. 242; J.Simons, Egyptian Topographical Lists,  pp.112, 118, 127-128). Veja  Cronologia do AT;Gênesis; Era Patriarcal.

Bibliografia.  K. A. Kitehen, “Joseph”, NBD,pp. 656-660. H. H. Rowley, From Joseph tooshua,  Londres. British Academy, 1950. J.

 Vergote,  Joseph en Egypte,  Louvain,Publications Universitaires, 1959. W. A,

 Ward, “Egyptian Titles in Genesis 39-50”,BS, CXIVT1957), 40-59; “The Egyptian Officeof Joseph”, JSS, V (1960), 144-150.

2.  Os descendentes da pessoa mencionadano item 1 acima (Gn 49.22; Dt 33.13; Jz1.22,23 etc.).3.

 

Pai de Igal ou Jigeal, um dos espias envia-dos por Moisés, da tribo de Issacav (Nm 13.7).4.  Filho de Asafe, cujo nome aparece duas

 vezes na descrição dos serviços religiosos sobDavi (1 Cr 25.1,9).5.

 

Homem da família de Bani (Binui) que secasou com uma estrangeira, mas despediu-aem resposta a um reavivamento religioso (Ed10.41,44).6.  Sacerdote da época de Joíaquim, da famí-lia de Sebanias (Ne 12.14).7 a 9. Três homens relacionados na genealo-gia de Lucas 3.24,26,30.10. O marido de Maria, mãe de Jesus. Suagenealogia é apresentada em Mateus 1 (cf. Lc3.23-38). Ele era um carpinteiro (Mt 13.55;Mc 6.3) que vivia em Nazaré (Lc 2.4). Mas,

como descendente de Davi, sua casa ances-tral estava em Belém. Estava noivo de Mariana época em que Jesus foi concebido peloEspírito Santo (Mt 1.18; Lc 1.27; 2.5). Ao sa-

 ber que Maria estava grávida, quis evitar queela fosse exposta à vergonha pública, emboracogitasse divorciar-se e despedi-la secreta-mente. Mas em um sonho foi informado porDeus que a concepção de Maria era divina e

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JOSJOSJOSJOSEFO, FL V10EFO, FL V10EFO, FL V10EFO, FL V10 JOSIASJOSIASJOSIASJOSIAS

sua natureza naturalista e antimito lógica,ao descrever os milagres do AT. Tambémtinha esperança de recuperar o favor deseus compatriotas que não depositavamnele confiança. O relato termina da mes-ma forma que a obra anterior, The Jewish

 Wor, isto é, com a derrota de Jerusalém,mas começa com a criação do mundo. Apoi-ando-se nas Escrituras hebraicas para odetalhamento da historia primitiva, Josefoincorpora posteriormente outras fontes, in-clusive a Apócrifa e demais tradições popu-lares, porém com uma pequena referênciaao NT. Em muitos aspectos, o “Testimo-nium Flavianum” (Ant.  xviii.3.3) encontraem Josefo a mais significativa testemunhado cristianismo. Sua autenticidade tem sidoseriamente questionada. Nesse testemu-nho muito celebrado e debatido fora do cris-tianismo da Antiguidade, Cristo é descritocomo “um homem sábio, se na verdade al-guém pudesse lhe chamar de homem”.Como essa grave afirmação judaica não foiconfirmada pelos escritores cristãos antesde Eusébio (History of the ChristianChurch,  i.ll.7ss.), ela poderia dar a idéiade não ser genuína. Entretanto, apesar dis-so, A. von Harnack, Rendei Harris e outrostêm defendido a sua originalidade. Embo-ra muitos estudiosos acreditem que ela sejaespúria em sua presente forma, alguns se

convenceram de que ela contém um ingre-diente que é puramente de Josefo.

Bibliografia.  Norman Bentwich,  Josephus,Filadélfia. Jewish Pub. Society, 1914, Willí-am R. Farmer,  Maccabees, Zealots andosephus,  Nova York; Columbia Univ.

Press, 1956. Frederick J. Foakes-Jaekson,osephus and the Jews,  Nova York. R. R.

Smith, 1930. J. Rendei Harris,  Josephus andHis Testimony,  Cambridge, 1931. Hugh W.Montefiore,  Josephus and the New Testa  - ment,  Londres. A. R. Mowbray & Co., 1962.

Henry St. John Thackeray,  Josephus the Man and the Historian,  Nova York. KtavPub. House, 1968, Solomon Zeitlin,  Josephuson Jesus, Filadélfia. Dropsíe College, 1931.

 J. H. G.

 JOSÉS JOSÉS JOSÉS JOSÉS Possivelmente uma forma grega deosé, embora o nome loses  também esteja

presente em inscrições gregas.1.  Um irmão de Jesus (Mc 6.3). Chamado de“José” em Mateus 13.55 de acordo com amelhor evidência dos manuscritos.2.  Filho de Maria de Cléopas (ou Clopas con-

forme o melhor manuscrito grego em João19.25) e irmão de Tiago, o menor (Mt 27.56de acordo com TR; chamado “José” nas ver-sões RSV e NASB em inglês, de acordo comum texto grego diferente. Marcos 15.40,47tem o genitivo de loses  em quase todos osmanuscritos).3.  Nome dado a Barnabé por ocasião de seu

nascimento. Ele foi um proeminente missio-nário e antigo companheiro de Paulo (At 4.36;é chamado de José nos mais antigos manus-critos gregos). Veja Barnabé.

 JOSIAS JOSIAS JOSIAS JOSIAS

1. 

Neto de Manassés, filho e sucessor de Amom como rei de Judá. A principal infor-mação bíblica relacionada com ele se encon-tra em 2 Reis 22 e 23; 2 Crônicas 34 e 35, emeremias (muitas referências) e em Sofonias.

Seu nascimento e nome foram previstos deuma forma sobrenatural na época de Jero-

 boão I (1 Rs 13,2). Foi um dos bons reis deudá que liderou uma reforma. Foi colocado

no trono pelo “povo da terra” com a idade deoito anos e reinou de aprox. 639 a 609 a.C.No oitavo ano de seu reinado (com 16 anosde idade) ele “começou a buscar o Deus de

Davi, seu pai” (2 Cr 34.3). No décimo segun-do ano de seu reinado, deu início às suasreformas em Judá e Jerusalém e, evidente-mente, também no norte de Israel (Jeremi-as recebeu o chamado para o seu ministérioprofético no décimo terceiro ano de Josias,em aprox. 626 a.C.).No seu décimo oitavo ano (621 a.C.) Josiasprovidenciou os reparos necessários ao Tem-plo, e foi nessa época que aconteceu o even-to mais importante de seu reinado. Hilquias,o sumo sacerdote, encontrou o “livro da lei”no Templo. Se essa obra não pode ser identi-ficada exclusivamente com o livro do Deute-ronômio, é bastante certo que ela pelo me-nos incluiu esse livro, ou partes dele. Esselivro da lei foi responsável pela renovação daaliança e por outras reformas, que certamen-te se estenderam até Betei e Naftali, Apa-rentemente, o controle dos assírios estavasuficientemente enfraquecido a ponto depermitir uma limpeza e eliminação da idola-tria daquela terra. Ao fazer isso, Josias cen-tralizou a religião do povo em Jerusalém. Eletambém fez a maior celebração da Páscoa de

que se tem conhecimento desde a época dosuizes. Mas apesar de tudo isso, Jeremias (porexemplo, Jeremias 2-6 e 11) deixou bem cla-ro que as reformas de Josias eram apenassuperficiais, externas e temporárias. Estaobra não trouxe como resultado nenhum ar-rependimento genuíno, e nenhuma mudan-ça duradoura interior nas pessoas.osias adotou uma política contrária aos

assírios e, por esse motivo, padeceu umamorte precoce em 609 a.C., por ter impru-dentemente liderado um pequeno exércitocontra Neco II, rei do Egito. Na verdade,esse último estava liderando uma marchapara ajudar os assírios em sua última trin-cheira contra os babilônios em Harã. Josiasfoi morto no início desse confronto contra oexército egípcio em Megido. Sua reformareligiosa foi logo esquecida e três mesesdepois o reino de Judá perdeu a sua inde-pendência política para o Egito.

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J0S1ASJ0S1ASJ0S1ASJ0S1AS JOSUJOSUJOSUJOSU

No entanto, Josias foi o último rei bom esanto de Judá, antes da destruição de Jeru-salém e do cativeiro na Babilônia. O melhortributo lhe é rendido em 2 Reis 23,25: “Eantes dele não houve rei semelhante, quese convertesse ao Senhor com todo o seu

coração, e com toda a sua alma, e com todasas suas forças, conforme toda a Lei deMoisés; e, depois dele, nunca se levantououtro tal".2.  Um filho de Sofonias que retomou do exí-lio com outros judeus (Zc 6.10).

K. L. B.

OSIBIAS Um simeonita (1 Cr 4.35).

OSIFIAS Pai de alguém que retomou àPalestina com Esdras (Ed 8.10),

OSUE Líder dos israelitas em sua conquis-ta da terra prometida. Seu nome completo“Jehoshua” (Nm 13.16) significa “Jeová ésalvação" e tem a mesma forma grega donome de Jesus (At 7.45; Hb 4.8). Seu nomeestá escrito como “Josué" em Neemias 8.17,mas seu nome original era Oséias (Nm 13.8).osué era filho de Num, da tribo de Efraim

(Nm 13.8). Depois de dirigir a distribuição deterras, ele se instalou nas terras altas deEfraim em Timnate-Sera, onde foi sepulta-do ÍJs 19.50; 24.30).Como tinha mais de 40 anos de idade quando

deixou o Egito, e parecia bem qualificado paraassumir o comando das forças israelitas quelutaram contra os amalequitas em Refidím(Êx 17.8-16), é possível que tivesse sido trei-nado pelo exército do Faraó. Durante aqueleano, no monte Sinai, Josué serviu como au-

 xiliar direto de Moisés quando esse últimorecebeu as leis, e todas as vezes que ia àtenda onde encontrava e ouvia o Senhor (Êx24.13; 32.17; 33.11). Mesmo depois de deixaro Sinai, Moisés considerava Josué como um“moço” e achava necessário censurá-lo porproibir dois anciãos do acampamento de pro-

fetizar (Nm 11.27-29). Além dos possíveis contatos que pode tertido antes ao Êxodo com Canaâ e seus habí-

 A colina de Gibeâo, com cujos antigos habitantescananeus Josué fez um tratado. HFV

Ruínas de uma ca&a do período israelita em EtTell> geralmente identificada como AÍ. HFV

tantes, que vinham comercializar com osegípcios, ou mesmo que pudesse ter viajadoao Egito em alguma campanha militar,osué adquiriu experiência dessa terra por

ser um dos doze espias. Foi escolhido paraser o representante da tribo de Efraim (Nm13.8)

 

. Eles exploraram cuidadosamente des-de o Neguebe até Reobe, perto de Lebo-Hamate (Lebweb, pouco mais de 20 quilô-metros a noroeste de Baalbek, entre os li-mites do Líbano). Como Josué e Calebe seopunham ao difamatório relatório da maio-ria, e insistiam que os israelitas deviam en-trar na terra que era “muito boa” (Nm 14,7)ao invés de se rebelar contra o Senhor, elescresceram em sua estatura espiritual. Osoutros dez que não creram na promessa daterra, que fora feita pelo Senhor, morre-ram devido à praga (Nm 14.36-38). Dos queiniciaram a jornada, somente Josué, Calebee aqueles que tinham menos de 20 anos per-maneceram vivos ao final dos 40 anos, ereceberam permissão para entrar em Canaâ(Nm 26.65; 32.12; Dt 1.34-40),

O Senhor ordenou a Moisés que desse aosué o encargo de ser o novo pastor de seupovo, quando o legislador entendeu que logomorrería ao invés de entrar em Canaâ (Nm27.12-23; Dt 3,21-29). Moisés solenementeinvestiu Josué com honra e autoridade pe-rante Eleazar, o sumo sacerdote, e toda acongregação, e compartilhou o espírito desabedoria ao impor as mãos sobre ele (Nm27.18,23; Dt 34,9). Como parte dos preparati-

 vos finais de Moisés para a continuidade daaliança, ele publicamente advertiu Josué aser corajoso e forte a fim de levar Israel à

terra de sua prometida herança (Dt 31.3,7,8).Quando Moisés e seu sucessor se dirigiram àporta da tenda, Deus comissionou Josué deuma forma direta (Dt 31.14,15,23). Depois damorte de Moisés, o Senhor bondosa menterepetiu essa ordem particularmente a Josué,aumentando as suas promessas com a finali-dade de encorajá-lo na véspera da invasãode Canaâ (Js 1.1-9).

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JOSUJOSUJOSUJOSU JOSUJOSUJOSUJOSU

 Acampado a leste do Jordão, Josué enfren-tou dois imensos problemas: (a)  como cruzaro rio transbordante; e (6) como vencer osadversários cananeus. Será que estariamesperando na margem oposta com espadasdesembainhadas? Ele enviou dois espias para

fazer o reconhecimento da fortaleza de Jericoe ordenou-lhes que mantivessem a missãoem segredo caso seu relatório pudessedesencorajar o povo, como os dez espias an-teriores haviam feito (Js 2; cf. Nm 13; 14).Deus lhes deu a vitória sobre os dois obstá-culos, enchendo de terror os habitantes daterra (Js 2.9-11) e interrompendo as águasdo Jordão, quando o povo marchou cheio defé em sua direção e na hora em que os sacer-dotes que carregavam a arca pisaram emsuas águas (3.14-17).Obedecendo ao Senhor, Josué ordenou acircuncisão de todos os homens que havi-am nascido no deserto (5.2-9). A nação es-tava novamente disposta a caminhar pelafé com Jeová, o seu Deus, nas promessasda aliança que havia sido feita com Abraão,e se submeter à circuncisão, que era o si-nal desta aliança. Dessa forma, Deus eli-minou toda reprovação e desgraça que fo-ram trazidas pelo comportamento idólatrae sensual que haviam demonstrado no Egi-to (5.9),osué demonstrou ser possuidor de grande

disciplina ao obedecer às inusitadas táticasde Deus para vencer Jerico. Ele ordenouaos sacerdotes e ao povo que marchassemem volta da cidade e ignorassem os gritos eas réplicas mordazes cheias de visível debo-che dos defensores cananeus (6,6-10).Exceto no caso de Acã, as tropas israelitasseguiram suas ordens de não saquear asruínas em benefício próprio. Sentindo-sepessoal mente responsável, Josué teve umgrande sofrimento pela derrota e pela per-da de 36 de seus homens em Ai, e prostrou-se sobre a sua face, desesperado, perante oSenhor (7.6-9).Os detalhes do segundo ataque a Ai demons-tram o cuidadoso planejamento e a estraté-gia que estavam presentes nas campanhasde Josué, Ele era cuidadoso e decisivo emsuas atitudes, como mostra a marcha no-turna de Gilgal para aliviar o cerco de Gibeâo(10,9). Quando as fileiras dos amorreus fo-ram rompidas, ele induziu o seu exército aprosseguir rumo às vitórias (10.19,20), Josuéhavia pedido que Deus o qjudasse a destruir,em campo aberto, o potencial de luta do ini-

migo e, depois da saraiva que fora divina-mente enviada, ele coatinuou a utilizar a vantagem alcançada, enquanto os exércitosamorreus fugiam para fortalezas situadas a30 quilômetros de distância (10.10-14).Com incrível velocidade, ele atacou as prin-cipais fortalezas do sul, uma após outra, como objetivo maior de matar as tropas e não deocupar e dominar as cidades (10.28-43). Ele

contava muito mais com a direção e o supor-te divino (10.25,30,31,42; 11.6-9,15), com asurpresa e a astúcia, a disciplina e o incenti-

 vo aos seus homens e com o colapso moraldo inimigo, do que com a superioridade e aquantidade das armas e homens. Como o sen

exército havia sido formado no deserto, e nãoestava treinado para operações de cerco, elenão podia se arriscar a ficar atolado do ladode fora de uma cidade murada. E provávelque muitos cananeus tenham fugido para asmontanhas e cavernas, para depois retomare reocupar as suas cidades. Outras cidades,como Gibeâo e seus aliados, capitularam ime-diatamente. Dessa forma, exceto no caso deericó, Ai e Hazor, que Josué incendiou

(11.13), os arqueólogos podem esperar en-contrar poucas e claras evidências da des-truição ae uma cidade por causa das incur-sões de Josué. Ele subjugou o pais como umtodo, e promoveu a necessária segurançapara permitir que cada tribo entrasse e re-clamasse a herança que lhe fora destinada.Gradualmente se seguiram a instalação dosisraelitas e a construção dos edifícios duran-te o período.que decorreu desde os juizes atéDavi, Veja Êxodo, Oosué possuía as qualidades de um verdadei-

ro líder. Exibiu grande coragem desde a pri-meira batalha contra os amalequitas emRefidim, mantendo-se firme todas as vezes

que começavam a prevalecer, até o seu ata-que coatra a associação de reis cananeus jun-te às águas de Merom. Era rápido ao recebere obedecer às ordens de seu divino Coman-dante-em-Chefe (por exemplo, 5.13-6,5), esuficientemente humilde para reconhecersua constante necessidade de depender doSenhor - embora tenha deixado de buscar aDeus na questão da identidade dos enviadosde Gibeâo (9.14,15). Josué era um homemde honra. Ele cumpriu o acordo feito com osdois espias sobre o lar de Raabe, e poupou afamília desta mulher quando a cidade deericó foi derrotada (6.22-25). Também não

invalidou o tratado feito pelos príncipes isra-elitas com os gibeonitas (9.18-26).Porém, a melhor qualidade que ele demons-trava era a sua total devoção à lei de Deus.Saturava a sua mente e o seu coração com aPalavra do Senhor, Dessa maneira, a naçãoconfiava em suas decisões (veja 1.13-18;11,11,15; 14.1-5). Em meio às suas primeirascampanhas, Josué dedicou tempo ao estabe-lecimento da aliança de Israel com a nova leida terra em seu próprio centro, em Gerizim

e Ebal (8.30-35). Em seu discurso de despe-dida apelou ao povo, pedindo que cada umrenovasse o compromisso de sua aliança como Senhor, exortando-os a guardar e a fazer“tudo quanto está escrito no livro da Lei deMoisés” (23.6).Seu santo exemplo de temor e obediência aoSenhor continuou a influenciar a nação mes-mo depois de sua morte, e durante o período

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JOSUEJOSUEJOSUEJOSUE JOSEIE, LIVRO DEJOSEIE, LIVRO DEJOSEIE, LIVRO DEJOSEIE, LIVRO DE

dos anciãos que a ele sobreviveram (24.31). Veja a bibliografia em Josué, Livro de,

 J, D.

OSUÉ, LIVRO DE O sexto livro do AT, eprimeiro dos livros históricos, recebeu o nome

de seu principal personagem, Josué. Sob aorientação de Deus, ele dirigiu a nação deIsrael através do Jordão na conquista deCanaã, na ocupação dos territórios das tri-

 bos e na renovação do compromisso de suaaliança com o Senhor. Segundo a tradiçãoudaica, esse livro é o primeiro dos Profetas,a segunda maior divisão da Bíblia hebraica,que encabeça a subdivisão conhecida comoos Primeiros Profetas ou os Profetas Antigos(Josué, Juizes, 1 e 2 Samuel e 2 Reis).

Posição no CânonPosição no CânonPosição no CânonPosição no Cânon

Em 1792, Alexander Geddes propôs a teoriade que Josué era o sexto livro de uma cole-ção judaica posterior que os críticos moder-nos haviam intitulado de Hexateuco. Desen-

 volvendo essa opinião junto à teoria docu-mental do Pentateuco (JEDP), alguns estu-diosos como Bleek, Knobel e Nõideke argu-mentaram que deve haver uma conclusãomais adequada à história dos primórdios deIsrael descrita nos cinco primeiros livros do

 AT. Como a terra que Deus jurou dar aospatriarcas está mencionada na divina pro-messa desde Gênesis 12 até Deuteronômio

34, o cumprimento da promessa divina nãoteria sido possível sem Josué, Aqueles queanalisaram as fontes acreditam poder detec-tar os estilos das supostas fontes pentateueasnesse sexto livro.Entretanto, não existe qualquer evidência natradição judaica ou nos manuscritos de queosué tenha alguma vez formando uma uni-

dade com os cinco livros da lei para consti-tuir o assim chamado Hexateuco. A lei sem-pre se distinguiu dos outros livros. Josefodeclara textualmente que os judeus de sua

época tinham cinco livros de Moisés, 13 li- vros dos profetas que escreveram o que foifeito em sua época, desde a morte e Moisésaté o reinado de Artaxerxes, e 4 outros livrosque continham hinos a Deus e preceitos paraa vida cotidiana (Josefo,  Apion  1.8). Nemqualquer porção de Josué havia sido incluídaalguma vez nos sistemas anuais e trienais dainterpretação publica da lei.O argumento mais incisivo contra umHexateuco é que os samaritanos considera-

 vam como canônicos apenas os cinco livrosde Moisés, e jamais o livro de Josué. No en-

tanto, esse livro contém várias característi-cas que poderíam ser úteis para a causa dossamaritanos sectários. Tanto o monte Geri-zim (Js 8.33), onde os samaritanos posterior-mente adoravam, como Siquém (Js 20.7; 24;1,32), que era o local onde viviam (Josefo, nt.  xi.8.6), são mencionados sem qualquer

insinuação de que Jerusalém se tornaria o

centro da adoração de Israel. Portanto, comonão havia razão para rejeitar o livro de Josué,e muitas razões para conservá-lo, Josué nãopodería ter feito parte da Torá na época daseparação dos samaritanos (veja G. L. Archer,SOTI, p, 253). 

Mais recentemente, Martin Noth (Das Buchoshtta,  1938) e outros afirmaram que exis-tia em Israel uma história teológica que seiniciou com Deuteronômio e continuou atra-

 vés de 2 Reis. Embora existam algumas se-melhanças de estilo entre Deuteronômio eosué, deve-se reconhecer que na históriaudaica o livro de Deuteronômio sempre foiconsiderado como parte da Tbrã, como umdos cinco livros da lei. Deuteronômio 24.16 émencionado em 2 Reis 14.6, indicando umfato que foi “escrito no livro da lei de Moisés”.Tanto o Senhor Jesus como os apóstolos ci-tavam ou se referiam a trechos de Deutero-nômio como fazendo parte dalei(cf. Mt 22.36-38 com Dt 6.5; Mt 19.8 com Dt 24.1-4; At 3.22com Dt 18,15; 1 Co 9.9 com Dt 25.4; Hb 10.2$com Dt 17.6; 19.15; Hb 10.30 com Dt 32.35,36).Certamente, ninguém na igreja primitivaduvidava da inspiração do livro de Josué. EmHebreus 13.5, a passagem em Josué 1.5 écitada como a Palavra de Deus. Numerosasoutras referências podem ser encontradas noNT a pessoas e eventos que constam no livrode Josué, mostrando que os seus registros e

acontecimentos são autênticos. Autoria e Data Autoria e Data Autoria e Data Autoria e Data

Esse livro parece ser uma unidade literáriaque foi composta por um único autor. Estu-diosos e críticos, entretanto, mantêm uma

 variedade de opiniões que levam à conclu-são geral de que é uma obra composta por

 vários documentos de origem posterior, quedepois foram compilados e editados pela es-cola Deuteronômica. Alguns acreditam en-contrar neles traços dos escritores Elohistas(E) e Yahwistas (J), e afirmam que houve

uma importante revisão Deuteronômica (D)durante o reinado de Josias, em que Sacer-dotes escritores (P) acrescentaram a maio-ria do conteúdo dos capítulos 13-22 na épocade Esdras. Outros estudiosos liberais, comoMartin Noth e John Bright (IB, II, 541-548),rejeitam essa análise e reconhecem apenaso estilo deuteronômico nesse livro.Não resta dúvida de que foram usadas vári-as fontes nos escritos de Josué. O autor serefere especificamente ao livro de Jasar, tam-

 bém conhecido como Justo(s) ou Reto (Js10.13)  , e menciona que Josué havia ordena-do que se fizesse a descrição da terra porescrito (18.8,9). O próprio Josué escreveu “nolivro da lei de Deus” as determinações para arenovação da aliança como parte da cerimô-nia em Siquém (24.25,26).No entanto, Josué não poderia ter sido o au-tor final do livro que leva o seu nome, por-que ele faz o registro de sna morte (24.29,30).

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 JOSU , LIVRO DE  JOSU , LTVRO DE

 Além disso, vários eventos foram registra-dos e, aparentemente, só aconteceram de-pois de sua morte: a conquista de Hebrompor Calebe (Js 15.130,14; cf. Jz 1.1,10,20), A conquista de Debir por Otniel (Js 15.15-19;cf Jz 1.1,11-15) e a migração dos danitas para

Lesém (Js 15.17; 19.47; 24.31; cf. Jz1.1,17.18). O nome Horma foi usado para acidade de Zefate (Js 12.14; 15,30; 19.4), masele somente foi mudado na era seguinte (Jz1.1,17). Mas o autor foi um contemporâneode Josué e participou da travessia do Jordão(“[nós] passamos”, Js 5.1). Raabe tambémestava viva na época desses escritos (6.25).O livro dá outras provas de ter sido escritoantes de 1200 a.C., porque os fílisteus sãoraramente mencionados (somente em Josué13.2,3) e certamente ainda não haviam sidoconsiderados uma ameaça. O autor só os co-nhecia como habitantes do “sul” do Neguebe,unto com os gesuritas e os aveus, e o terri-tório como um todo era considerado cananeu.Ramsés III (1198-1166 a.C.) se vangloriavade ter esmagado uma frustrada invasão doEgito por terra e mar feita pelos fílisteus eseus aliados do Egeu em seu oitavo ano dereinado (ANET, pp. 262ss.). Desde essa épo-ca, os remanescentes foram obrigados a seinstalar na planície costeira da Palestina, Poroutro lado, a frase “toda a terra dos heteus”(Js 1.4; e não em Dt 11.24!), ao se referir à

Síria e ao Líbano, não teria sido historica-mente precisa até que o rei heteu Suppilu-liumas (1380-1346 a.C.) esmagasse osMitanni na Síria, em aprox. 1370 a.C. Alémdisso, esse termo pode ter sido menos signi-ficativo depois do tratado entre Ramsés II eHattusilis III, em aprox. 1284 a.C. Todo o dis-seminado controle dos heteus havia desapa-recido totalmente do sul da Síria antes de1200 a.C.Se o próprio Josué nâo escreveu a maior par-te desse livro, ao qual foi acrescentado um

 breve apêndice após a sua morte, então um

possível autor seria o sumo sacerdote Pinéias,a última pessoa a ser mencionada nessa obra(24.33). Ele, ao invés de Josué, seria a pessoaproeminente na resolução da disputa sobre oaltar que foi construído pelas duas tribos emeia na fronteira do Jordão (Js 22,10-34).Outra possibilidade seria a de um sacerdoteanônimo, intimamente relacionado comFinéias, mas que residia em Judá. A longarelação de fronteiras e cidades de Judá (15.1-63) pode indicar que ele havia se instaladonesse território. Em comparação, as frontei-

ras de Efraim e Manassés são descritas ape-nas brevemente, embora tenham abrigado osimportantes centros religiosos de Siló e Si-quém (Js 16-17). Pode ser percebido um inte-resse especial pela cidade de Hebrom (14.6-15; 15.13-14; 21.11-13) sugerindo, talvez, queeia fosse a cidade onde o autor vivia.Dados bíblicos, assim como descobertas ar-queológicas, fornecem provas com as quais

podemos chegar a uma data para o xodo e,dessa forma, para a Conquista (Veja Êxodo,O: A Época). Se Moisés liderou os israelitasatravés do mar Vermelho, em aprox. 1445a.C., 480 anos antes de Salomão começar aconstruir o Templo (1 Rs 6.1), então a inva-

são de Canaã por Josué aconteceu emaprox. 1405 a.C., no final da Idade do Bron-ze I (1550-1400 a.C.). A divisão da terra co-meçou 45 anos depois de Moisés ter prome-tido uma herança a Calebe, em Cades-Barnéia (Js 14.1-10), portanto em aprox.1400 a.C. Depois de fazer a designação àstribos, Josué viveu até 1390-1380, ou atémais tarde. Portanto, é provável que o livrotenha sido escrito no início do período dosuizes, em aprox. 1370-1350 a.C. De acordocom a teoria de uma data posterior do Êxodoe da Conquista, os israelitas devem ter cru-

zado o Jordão em aprox. 1250-1230 a.C., ouaté mesmo após este período. Entretanto,seria difícil conciliar essa opinião com umadata anterior a 1200 a.C. para a época dosescritos de Josué, que parece ser a preferi-da como foi discutido acima: em aprox. 1200a.C. os fílisteus vieram com toda força so-

 bre a Palestina, e o império dos heteus en-trou em colapso.

PropósitoPropósitoPropósitoPropósitoParece que o livro de Josué foi escrito comoum registro oficial da providencial lideran-ça de Deus no triunfo e estabelecimento deIsrael na terra que Ele havia prometido aseus antepassados. Portanto, esse registrofoi, sem dúvida, acrescentado aos papirosda lei já existentes e guardados na arca noTabernáculo (Dt 31.9,24-27). Samuel, porexemplo, escreveu o material adicional “numlivrcr (1 Sm 10.25) e o apresentou ao Se-nhor. Como parte das Escrituras reconhe-cidas e aceitas, o livro de Josué deveria serlido periodicamente nas festas anuais e nasocasiões especiais da renovação da aliança

(por exemplo, Neemias 8-9).O livro de Josué declara a fidelidade do Se-nhor para com a aliança que fez com os pa-triarcas e com a nação, através da mediaçãode Moisés. Deus é mostrado como Aquele quemantém todas as suas promessas (Js 21.43-45). De sua parte, as futuras gerações sãoencorajadas a renovar o seu compromissocom a aliança e a imitar a fé, a unidade e aelevada moral da era de Josué.

EsboçoEsboçoEsboçoEsboçoI.

 

Entrada na Terra Prometida, 1.1-5.12

 A. 

 A ordem de Deus a Josué, 1.1-9B.  A mobilização de Josué para cruzar o Jordão, 1,10-18

C.  Missão dos espias, 2.1-24D.   A travessia do rio Jordão, 3.1-5,1E Renovação da circuncisão e a come-

moração da Páscoa, 5.2-12II.  Conquista da Terra Prometida, 5.13-12.24

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 JOSU , UVRO DE  JOSU , LIVRO DE

 A.  Aparição do divino Comandante-em-Chefe, 5.13-6.5

B. 

 A campanha central, 6.6-8.291.  Captura de Jericó, 6.6-272. Rejeição a Ai por causa do pecado

deAcã, 7.1-26

3. 

Segundo ataque e o incêndio de Ai, 8.1-29C.  Estabelecimento da aliança de Israel

como a lei da terra, 8.30-35D.

 

 A campanha do sul, 9,1-10.431. Tratado com a tetrápolis gibeonita,

9.1-272.

 

Derrota e enforcamento dos cincoreis amorreus, 10.1-27

3.  Ataque às cidades e destruição detoda resistência, 10.28-43

E.  A campanha do norte, 11.1-15F.  Resumo da conquista, 11.16-23G.

 

 Apêndice; catálogo dos reis derrota-dos, 12.1-24

m. Distribuição da Terra Prometida, 13.1-22.34

 A.  A ordem de Deus para dividir a ter-ra, 13.1-7

B.  Território das tribos da Transjordânia,13.8-  33

C. 

O inicio da divisão de Canaã, 14.1-15D.  O território da tribo de Judá, 15.1-63E.  O território das tribos de José, 16.1-

17.18

F. 

Os territórios das sete tribos restan-tes, 18.1-19.51G.  A herança de Levi, 20.1-21.42

1. Distribuição das cidades de refu-gio, 20.1-9

2, Designação das cidades aos levi-tas, 21.1-42 

H. 

Resumo da conquista e da distribui-ção, 21.43-45

I.   Apêndice: Reconciliação com as tri- bos da Transjordânia, 22.1-34

IV. Convocação Pinai à Lealdade à Aliançana Terra Prometida, 23.1-24.33

 A. 

Discurso de despedida de Josué aoslíderes de Israel, 23,1-16B.  A grande assembléia para renovação

do compromisso da aliança emSiquém, 24.1-28

C.  Apêndice: A morte de Josué e a con-duta subseqüente de Israel, 24.29-33.

EnsinosEnsinosEnsinosEnsinos e ImportânciaImportânciaImportânciaImportânciaosué é o primeiro dos livros da história

profética que descreve o relacionamentode Deus com o povo escolhido depois damorte de Moisés, o mediador da aliança doSinai. Existe um forte senso de continui-dade histórica no fato de Deus, em fideli-dade à sua aliança com os patriarcas e asnações teocráticas, conduzir Israel à terra da

 bênção e estabelecer as tribos em sua terraprometida. Através de atos reais e poderososde redenção, Ele exibe a sua presença e po-der. Esses atos são, ao mesmo tempo, reais e

proféticos do segundo Josué, isto é, do Se-nhor Jesus Cristo, o nosso Salvador.

 A era de Josué representa o ápice da fé con-unta e da fidelidade no AT. E, como tal, elatambém é profética em relação à fé dos re-manescentes de Israel no final dos tempos,

que irão triunfar sobre os seus inimigos nodia do Senhor. Da mesma forma, o livro deosué ilustra o atual conflito do povo de Deus

contra os poderes malignos - contra os iní-quos reis e príncipes do mundo invisível, osgovernantes cósmicos dessa era de trevas,as hostes espirituais da maldade na esferasobrenatural - e contra o próprio Satanás(Ef 6.10-18). Essa guerra espiritual é enfren-tada quando o crente se esforça fervorosa-mente para possuir tudo o que Deus lhe pro-meteu em Cristo (Ef 1.3). Como em Josué10, todas as fortalezas devem ser destruídase todo pensamento levado cativo à obediên-cia a Cristo (2 Co 10.4,5), Essa guerra é

 vencida pela fé na completa obra redentorade Cristo e em sua autoridade atual (Ef 1.19-22), da qual os crentes compartilham quan-do são conjuntamente entronizados com Eleno reino sobrenatural (Ef 2.6). Dessa forma,o livro de Josué está repleto de lições espiri-tuais sobre como o crente pode viver uma

 vida vitoriosa, e como poderá entrar na terrado repouso de Hebreus 3-4. Nessa passa-gem do NT, o repouso em Canaã, das vãs

lutas inglórias, é descrito como típico do atu-al repouso espiritual à medida que os cren-tes obedecem a Cristo. Foi Ele que realizou acompleta expiação, e está constantementeintercedendo pelo crente para torná-lo ca-paz de dominar a si mesmo e a Satanás.O livro de Josué não retrata apenas a fideli-dade e o poder salvador miraculoso de Deus,mas também sua santidade pode ser vistaem seu juízo contra os iníquos cananeus, eem sua insistência de que ao fazer uma guer-ra santa contra estes, Israel deve tambémlançar fora tudo o que for iníquo em sua pró-

ria vida e costumes. O ensino relacionado aerem ,  ou o “anátema” (Js 6.17-21; Dt 7.2-26), significa que cada pessoa ou coisa hostilà teocracia por estar associada a alguma ou-tra divindade, deve ser dedicada ao Senhor,quer para ser completamente destruída, querpara ser retirada do uso comum e dedicadaapenas ao uso sagrado.

Conteúdo e ProblemasPara discussões específicas sobre a carreirade Josué,  veja  Josué; e sobre os vários pro-

 blemas arqueológicos, teológicos e exegéticos

desse livro,  veja  Guerra, na parte que tratado extermínio dos cananeus e a guerra san-ta; Jericó; Ai; Siquém; Hazor;  veja  a referên-cia a Josué 10.12-14 no tópico Sol.

Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia.  Carl Armerding, The Fightfor Palestine írt the Days of Joshua, Whea-ton. Van Kampen Press, 1949. William G.

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 JOSU , LIVRO DE  JOZABADE

Blaikie, “Joshua”, ExpB, Hugh J. Blair,“Joshua”, NBC. John Bright, “Joshua”, IB,“Conquest”, CornPBE, pp. 230-236. John J.Davis, Conquest and Crisis,  Grand Bapids.Baker, 1970. John Garstang,  Joshua-udges. tke Foundation of Bible History,

Nova York. Richard Smith, Inc., 1931; Irvingensen,  Joshua. Rest-Land Won,  Chicago.Moody Press, 1966. Yehezkel Kaufmann,Tke Biblical Account of the Conquest oPalestine.  Jerusalém. Magoes Press, 1953.Carl F. Keil, “Joshua”, KD. WOham S. LaSor,Great Personalities of the OT,  Westwood,NJ.: Revell, 1959, pp, 69-77. George E.Mendenhall, Law and Covenant in Israeland the Ancient Near East,  Pittsburgh. TheBiblical Colloquium, 1955, F. B. Meyer,oshua and the Land of Promise,  Londres.

Morgan & Scott, s.d. John Rea, “Joshoa”, WBC. Alan Redpath, Victorious ChristianLiving. Studies in the Book of Joshua,Revell, 1955.

 J. R.

 JOTA JOTA JOTA JOTA Palavra usada em Mateus 5.18 pararepresentar o termo grego iotu.  O termoíota  foi usado aqui para designar yod,  amenor letra do alfabeto hebraico e, portan-to, para estabelecer a indestrutibilidade dalei em seus menores detalhes. A inviolabili-dade de toda a revelação de Deus nas Escri-turas fica, da mesma forma, mantida. A im-portância de um detalhe táo mínimo comoyod  pode ser levada em conta apenas quan-do se reconhece que Cristo considerava cadapalavra das Escrituras como inspirada erevestida de autoridade, pois a mudança deuma letra pode muito bem mudar todo oseu significado.

 As versões inglesas modernas oferecem umagrande variedade de traduções do termo iotaem Mateus 5.18: “jot” (ASV), “iota” (Montgo-mery, Moffatt, Berkeley, RSV), “menor le-tra” (Weymouth, NASB), “pingo do i”

(Goodspeed, Williams), “único pingo”(Phillips), “letra" (NEB), “último ponto”(Today’s English Version) etc.

 JOTÃO JOTÃO JOTÃO JOTÃO 1. Um rei de Judá, filho de Azarias(on Uzias) e pai de Acaz (2 Rs 15.5,7,30-38; 2Cr 27.1-9). Foi co-regente ao lado de seu pai,em aprox. 750-742 a.C., porque este sofriade lepra e estava incapacitado de adminis-trar eficientemente os negócios do reino.Reinon sozinho, no período de 742-735 a.C.,dando continuidade à política antiassíria deseu pai {veja  Uzias). Abdicou do governo em

favor de seu filho Acaz, que era a favor da Assíria, e morreu em 731 a.C.otão conquistou uma vitória militar sobre

os amonitas (2 Cr 27.5). Também foi respon-sável por vários pTojetos de edifícios. Porexemplo, construiu a Porta Alta do Templo(isto é, a porta norte do pátio interno), forti-ficou o muro de Ofel em Jerusalém, cons-

truiu cidades na região montanhosa de Judáe estabeleceu fortes e torres sobre as colinas(2 Rs 15.35; 2 Cr 27.3). Podemos corretamentesupor, a partir de todas essas atividades, queeste foi um período de prosperidade, o quetambém foi confirmado pelas descobertas

arqueológicas.Um anel sinete foi encontrado em Eziom-Geber (Elate) com a inscrição: “pertence aotão”. Esse Jotão foi identificado como sen-

do filho de Uzias. O fato de ter sido desco- berto em Eziom-Geber evidente mente in-dica que naquela época o controle de Judáse estendia até aquele porto marítimo nogolfo de Acaba.2.  Filho mais novo de Gideão que escapou domassacre de seus 70 filhos, ordenado por A-

 bimeleque (Jz 9.5). Depois de sua fuga, e de-pois que Abimeleque foi feito reipelo povo deSiquém, ele apareceu no monte Gerizim pararotestar contra seus atos, relatando a pará-ola das árvores que escolheram o espinhei-ro para ser seu rei (cuja “honra” o cedro, aoliveira e a vinha já haviam recusado). Des-sa forma, ele advertiu os de Siquém contra

 Abimeleque e pronunciou uma maldição con-tra eles, que se cumpriu três anos mais tarde(Jz 9,57).3.

 

Um filho de Jadai e descendente de Calebe(1 Cr 2.47).

 JOTBÁ JOTBÁ JOTBÁ JOTBÁ Cidade onde viveu Mesulemete, mãedo rei Amom de Judá (2 Rs 21.19). Sua loca-lização exata é desconhecida, embora tenhasido identificada por alguns com Khirbetefat, conhecida como Jotapata na época ro-

mana, uma cidade próxima a Caná da Gali-léia. Josefo tentou sem sucesso defender essacidade contra o exército de Vespasiano (Jo-sefo, Wars iii.7).

 JOTBATÁ JOTBATÁ JOTBATÁ JOTBATÁ Local ou distrito onde Israelacampou duas vezes em sua peregrinaçãopelo deserto (Nm 33.33,34; Dt 10.7). As duas

referências representam o início e o términodo período da peregrinação pelo deserto. Esselocal é geralmente identificado com algum

 vale ou leito de rio (Dt 10.7, “terra de ribeirosde águas”), ao norte do golfo de Ácaba, talvez

 Ain el-Ghadian, 40 quilômetros ao norte deEziom-Geber, em Arabã. Outra possível lo-calização é o luxuriante oásis em Taba, 10quilômetros a sudeste de Eilat, na margemocidental do golfo (Beno Rothenberg, God’sWilderness,  Londres. Thames & Hudson,1961, pp. 163ss.),

 JOTBATE JOTBATE JOTBATE JOTBATE Veja Jotbatá. JOZABADE JOZABADE JOZABADE JOZABADE1111 1.  Filho de Somerfou Sinrite), nmamoabita.Foi um dos dois servos de Joás, de Judá, queassassinou o rei na casa de Milo (2 Rs 12.20,21; 2 Cr 24.26).2.  Um levita, o segundo filho de Obede-Edom.

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 JOZABADE  JUD

Ele foi designado por Davi como porteiro doTemplo (1 Cr 26.4).3.  Um soldado da tribo de Benjamim. Ele foium dos generais de Josafá, comandando180.000 homens (2 Cr 17.18).

OZABADE-1. Voluntário de Gedera, no exército de Daviem Zielague (1 Cr 12.4).2  e 3. Dois capitães manassitas do exército deDavi em Zielague (1 Cr 12.20).4.

 

Supervisor levita sob o rei Ezequias (2 Cr31.13)  .5.  Um dos principais levitas sob o rei Ezequi-as (2 Cr 35.9).6.  Sacerdote que se divorciou de sua esposanão judia (Ed 10.22)7.  Um levita, filho de Jesua (Ed 8.33).8.  Sacerdote que se divorciou de sua esposa

não judia (Ed 10.23).9.  Um levita, comentador da Lei (Ne 8.7).10.  Um chefe dos levitas (Ne 11.16). A mesmapessoa pode estar representada em 7 a 10.

OZACAR Filho de Simeate e um dos doisassassinos do rei Joás de Judá (2 Rs 12.21),identificado como Zabade em 2 Crônicas24.26.

OZADAQUE Pai de Josué e sumo sacerdo-te durante a era pós-cativeiro (Ag 1.1,11,14;2.1,4; Zc 6.11; Ed 3.1,8; 5.2; 10.18; Ne 12.26).

Esse homem, levado prisioneiro para aBabilônia por Nabucodonosor (1 Cr 6.14,15),provavelmente exerceu a função de sumosacerdote durante a maior parte do cativeirona Babilônia. Seu pai, Seraías, o último sumosacerdote que oficiou no Templo antes de suadestruição em 586 a.C., foi assassinado pelosabilônios (2 Rs 25.18-21).

UBAL Filho mais novo de Lameque comda, que foi o primeiro a tocar harpa e flau-

ta. E possível que ele tenha sido o inventordesses instrumentos musicais (Gn 4.21).

UBILEU. Veja Festividades.

UCAL Filho de Selemias que foi enviadopor Zedequias, rei de Judá, para rogar a Je-remias que orasse a seu favor (Jr 37.3). De-pois de tê-lo ouvido, Jucal (dentre outros)encorajou o rei a ordenar a morte do profe-ta, pois a sua mensagem de juízo e destrui-ção estava minando a segurança da cidade(Jr 38.1-6).

UDÁ1. O quarto filho de Jacó cuja mãe foi Léia(Gn 29.35). Ele se casou com uma cananéia,filha de Sua, deAdulão, e tiveram três filhos,Er, Onã e Selá. Por causa de sua maldade edesprezo para com Deus, os dois filhos maiselhos foram mortos pelo Senhor (Gn 38.1-

10). Através de engano, Judá também se tor-

nou pai de gêmeos (Gn 38.11-30), Perez eZerá, de Tamar, viúva de Er. Deve ser obser-

 vado que através de Perez, Judá se tomou oancestral tanto de Davi (Rt 4.18-22) quantodo Senhor Jesus Cristo (Mt 1.3,16).udá foi o líder dos filhos de Jacó. Ele propôs

que José fosse poupado ao invés de morto, eque ele fosse vendido como um escravo aoscomerciantes midianitas que o levaram parao Egito (Gn 37.12,13,18-28). Judá pleiteoucom o vi2ir do Egito (que ele nem sequersuspeitava ser José) que ele fosse mantidoprisioneiro no lugar de Benjamim. Esta ati-tude fez com que José se fizesse reconhecera seus irmãos (Gn 44.33,34; 45.1). Jacó esco-lheu Judá para ser o líder que mostrasse ocaminho para Gésen (Gn 46.28), e concedeuo privilégio do direito de primogenitura (in-cluindo a genealogia do Messias) a Judá, aquem ele escolheu dentre os seus três ir-mãos mais velhos (Gn 49.8-12).2. O nome da tribo que descendeu de Judá(Nm 26.19-21). Os homens de Judá não de-sempenharam nenhum papel muito impor-tante no êxodo do Egito e nas peregrina-ções pelo deserto, exceto que eles lidera-ram na vanguarda (Nm 2.9). Eles totaliza-ram 74.600 pessoas (Nm 1.26,27) no primei-ro censo no Sinai; e no segundo censo rea-lizado em Sitim antes de entrarem emCanaã, eles haviam, em 40 anos, aumenta-

do apenas para 76.500 (Nm 26,22). Quandoas tribos se encontraram no monte Geri-zim, Judá deveria permanecer ali para aben-çoar o povo (Dt 27.12).udá foi a primeira tribo autorizada a tomar

posse do território que lhe foi conferido apósa conquista inicial de Canaã (Js 14.6-15.63).Eles continuaram a expulsar os cananeus desuas cidades e do campo montanhoso (Jz 1.1-20). Calebe, um dos 12 espias, era da tribo deudá e, com a ajuda de Otoniel, seu sobri-

nho, ele garantiu a sua parte. O territórioque Judá ocupou foi um dos maiores, medin-do desde o oeste do mar Morto até o marMediterrâneo cerca de 50 quilômetros. Dafronteira norte, que se estendia da extremi-dade norte ao oeste do mar Morto por todasas montanhas e pelo deserto montanhosoara incluir o Neguebe, seu comprimento erae aproximadamente 130 quilômetros. O ter-ritório de Simeão estava incluído no de Judá.Durante o período dos juizes, Judá freqüen-temente era excluída das outras tribos pelospovos pagãos restantes, tais como os gebeo-nitas, jebnseus etc., habitando na parte nor-

te de sua porção que lhe coube na distribui-ção das terras.Durante o período final dos juizes, eles es-tavam em constante conflito com os filis-teus que viviam ao longo da costa e na Sefelá(Jz 3.31; 10.7; 13.1). Os homens de Judá seuniram na formação do reino das triboscombinadas de Israel. Depois que o rei Saulmorreu, eles se voltaram para Davi e o co-

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 JUD  JUD , REINO DE

roaram rei, com a capital em Hebrom. Vejaudá, Reino de.

3.  Um levita (ou levitas) que era um dos su-perintendentes dos trabalhadores de reedi-ticação do Templo (Ed 3.9).4.  Um levita que expulsou sua mulher es-

trangeira (Ed 10.23).5.  Um benjamita, o segundo governante deerusalém na época de Neemias (Ne 11.9).

6. 

Um levita, um dos diretores do coral queretomaram com Zorobabel (Ne 12.8).7.  Um homem que marchou no desfile na de-dicação dos muros restaurados de Jerusalém(Ne 12.34). Ele também pode ter sido um mú-sico (v. 36).8.  Um ancestral de Jesus na linhagem deMaria, várias gerações depois de Davi (Le 3.30).

C. L. F. e E. L. C.

UDÁ, REINO DE Somente na época de Davié que a proeminência de Judá profetizada poracó (Gn 49.10) começou a alcançar o seu

cumprimento. Após sete anos e seis mesesem Hebrom (2 Sm 5.5), Davi tomou Jerusa-lém dos jebuseus e fez dela a sua capital e ocentro de adoração. Mas Jerusalém e a casade Davi experimentariam a amargura da di-

 visão. O rei Salomão, apesar de toda a suagenialidade administrativa, apenas aprofun-dou a desconfiança entre o norte e o sul, e seufilho, por insensatez, consumou a divisão por

 volta de 931 a.C. (lRs 12).Os reinos de Judá e Israel lutaram duranteos primeiros 60 anos após a divisão (1 Rs14.30) até que Josafá ajudou Acabe com suasguerras contra Damasco. Infelizmente, istoresultou na tolerância da adoração a Baalem Judá. Sob o governo de Josafá, Judá foiforte o bastante para controlar Edom, masorão, seu filho, perdeu tanto as minas de

cobre como Elate, o porto marítimo no golfode Acaba, para os Tevoltosos edomitas.Este mesmo Jorão se casou com Atalia, a fi-lha de Acabe e Jezabel, cuja impiedade qua-

se trouxe um fim à casa de Davi. Acazias, ofilho desta união maligna, foi morto no ex-termínio que Jeú promoveu contra a casa de

 Acabe, e foi impiedosamente morto com oseu primo Jorão, rei de Israel. Atalia usoueste incidente para usurpar o trono e matartoda a semente davídica, exceto o meninooás, que foi salvo por sua tia e escondido

por seis anos. Um plano de Joiada, o sacer-dote, provocou a morte de Atalia, e o jovemoás governou sob uma regência. Joás por

um lado restaurou o Templo, mas por outrodeu como tributo a Hazael da Síria muitosdos tesouros santificados da Casa do Senhor.

 Amazias, que ascendeu ao trono por volta de800 a.C. teve um sucesso limitado na ques-tão da restauração dos bens de Judá. Com aajuda de mercenários, ele recuperou a cida-de de Sela dos edomitas (2 Rs 14.7), mas oseu reinado foi manchado por um desafioinsensato a Joás de Israel, que saqueou Je- 1 

rusalém. Azarias (Uzias) recuperou o portomarítimo de Elate para Judá e o reconstruiu.O reinado indistinto de Jotão foi seguido peloorgulhoso Acaz. Acaz reagiu infielmente auma situação política desfavorável. Rezim daSíria e Peca de Israel estavam em uma dis-

puta contra ele. Apesar dos pedidos e adver-tências de Isaías, Acaz firmou um tratado como rei assírio, Tiglate-Pileser III, criado paraprotegê-lo contra seus vizinhos do norte.Tiglate-Pileser logo atacou a cidade de Da-masco e colocou Samaria sob um pesado tri-

 buto, mas então invadiu Jerusalém e exigiuum grande resgate (2 Cr 28.16-21).O bom rei de Judá, Ezequias, realizou umreavivamento espiritual. Ele finalmentemostrou o seu desprezo pelo poder assírioquando Senaqueribe entrou em Judá pela

primeira vez em 705 a.C. Ezequias provavel-mente pagou tributo desta vez, mas o reiassírio Senaqueribe tinha problemas emmuitas partes de seu reino e deixou Judá.Sabaco, o etíope que uniu o Egito, e Meroda-que-Baladã, o caldeu na Babilônia, encoraja-ram Ezequias a desprender-se do jugo assírio.

 Assim, em 701 a.C., mais uma vez Senaqueri- be levou sua horda para o campo de Judá. Eletomou Laquis e muitas outras cidades e usouuma guerra psicológica contra Ezequias (2 Rs18; Is 36); mas, por intervenção divina, comopredito por Isaías (Is 37.21-38), o exército de

Senaqueribe estava tão enfraquecido que teveque desistir do cerco e partir novamente.Ezequias envolveu-se em atividadesmissionárias na metade norte da terra, O cro-nista nos conta que estas atividades tiveramalgum sucesso na Galiléia, mas não em Efraim(2 Cr 30,1-11).O poder assírio era tão completo que foi di-fícil para Judá escapar de sua influência.Conseqüentemente, Manasses, o filho de E-zequías, rendeu-se ás forças gentílicas econstruiu altares para adoração a Baal e,até, estabeleceu a prática da idolatria nacasa do Senhor. Ele fez seus filhos passa-rem pelo fogo, usou feitiçaria e lidou comespíritos familiares, e a tradição diz que elemartirizou o profeta Isaías. Depois da mor-te de Assurbanipal (aprox. 630 a.C.), o po-der assírio começou a declinar.osias, o novo rei de Judá, ascendeu ao trono

com um forte instinto de realizar uma refor-ma. Ele também estendeu o seu reavivamen-to para onorte, especialmente para a Galiléia.

 Ao manter as instruções do livro da lei queHilquias, o sacerdote, encontrou, Josias man-

teve a Páscoa e destruiu o culto em Betei queestava em ativa competição com o Templo.osias também vislumbrava a restauração da

soberania política de Judá sobre toda a terra.Então, quando o Faraó-Neco marchou pelaterra para ajudar as brasas extinguíveis doImpério Assírio, Josias o desafiou em Megido,mas perdeu a sua vida na batalha.O filho de Josias, Jeoacaz, foi deposto pelo

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 JUD , REINO DE  JUDAS

Faraõ-Neco, que estabeleceu Jeoaquim comoum rei “marionete”. Jeoaquim tornou-se

 vassalo do novo monarca babilônio, Nabuco-donosor. Em uma atitude esperada ele serebelou contra os ealdeus, mas logo morreu,e seu filho de 18 anos, Joaquim, foi levado ao

cativeiro por Nabucodonosor. Os babilônioslevaram 10.000 cativos, todos os homens va-lentes de valor, os artífices e ferreiros, dei-

 xando apenas os mais pobres da terra (2 Rs24.14)

 

.Nabucodonosor, agora, estabeleceu Zede-uias, o tio de Joaquim, como rei. Este estavaestinado a ser o último rei da casa de Davi.Provocado por uma outra rebelião, Nabuco-donosor atacou a cidade de Jerusalém, e no11° ano de Zedequias, a fome prevaleceu tãoseveramente que Zedequias fez uma tentati-

 va de fuga. Ele foi capturado e testemunhoua morte de seus filhos antes que seus própri-os olhos fossem arrancados. A casa do Senhore toda a cidade foram queimadas. Nem se-quer uma cidade importante de Judá foi pou-pada; todas foram queimadas.Em Laquis, pedaços quebrados de cerâmicaforam encontrados, estando inscritos commensagens de vários oficiais do exército, etrazem indicações das restrições ao movi-mento experimentado pelo exército de Judádurante os anos que precederam a queda deerusalém (ANET, p. 321). Documentos ad-

ministrativos encontrados na porta de Ishtar,na Babilônia, revelam como Joaquim e seuscinco filhos e outros cativos com ele foramsustentados pelos babilônios (ANET, p. 308).Na verdade, a comunidade judaica pós-exíliea na Babilônia passou bem por muitosanos e se tornou uma comunidade judaicamuito mais importante do que aquela queestava na Judéia.Com a queda de Jerusalém em 586 a.C., Judádeixou de ser um reino e tornou-se uma pe-quena província da satrápia Arabaia do Im-pério Persa. Mais tarde, Zorobabel, um des-

cendente de Davi, se tornou o governantecivil desta província; porém nunca mais umrei de Judá, da casa de Davi, governou nova-mente em Jerusalém. Na época do NT, a es-perança messiânica de restauração da mo-narquia sob a casa de Davi ficou em evidên-cia, mas o NT ensina que este aspecto dapromessa de Deus a Davi ainda aguarda oseu cumprimento (Lc 1.32,33; At 2.30,31;15.15,16; Rm 11.26).Veja Cronologia do AT, Judá; Israel, Reino de.

E,  B.

S.UDAICO Pertencente a um judeu (em he-

 braico, y’hudith,  advérbio que significa “emudaico”, ou “na linguagem de Judá”), Palavrausada para a língua dos judeus ou para o povode Judá que residia em Jerusalém quando osrepresentantes de Ezequias imploraram aosassírios para não falarem ao povo em sua pró-pria língua (2 Rs 18.26,28; 2 Cr 32.18; Is

36.11,13) , e novamente em Neemias sobre osfilhos dos remanescentes que retomaram enão podiam falar a sua própria língua (Ne13.24). Paulo empregou esse termo uma vezquando falou sobre as fábulas judaicas (Tt 1.14).

UDAIZANTES Um termo extrabíblieo de-signando àqueles que agiam como judeus e/ ou buscavam assim influenciar outros, base-ado na acusação de Paulo de que a atitude dePedro forçaria os gentios a “judaizarem-se”(gr. ioudaizein,  “viver como judeus”, G12.14).Os comentários referem-se a homens comoudaizantes que buscavam impor a circunci-são judaica e outros legalismos sobre os gen-tios como, por exemplo, os “falsos irmãos”que queriam levar toaa a igreja para a escra-

 vidão da lei (G1 2.4), e aqueles que ensina- vam; “Se vosnão tircuncidardes... não podeis

salvar-vos” (At 15.1ss.). Paulo atacou os ju-daizantes na Galácia que obrigavam os no-mens ase cireuncidar (G16.12). Em algumaspassagens (At 11.2; G1 2.12; Tt 1.10), a ex-pressão “os da circuncisão” parece referir-senão aos judeus de forma geral, mas especifi-camente aos judaizantes (cf. “o partido [ougrupo) da circuncisão”, conforme a citaçãoda versão RSV em inglês).Eles podem ter ensinado que a pessoa tinhaque se tomar legalista no sentido judaico parareceber a graça, e também que era necessá-rio viver de forma legalista apesar da graça. Oconcilio de Jerusalém (At 15; e talvez G1 2.1-10) apoiou Paulo contra aqueles que deseja-

 vam chegar ao extremo de se judaizarem. W. A. A.

UDAS10 nome é escrito deste modo no NTdevido ao termo gr. Ioudas,  que representa onome heb. Judá (q.v.). Judá vem da raiz heb.yada, significando “dar graças, elogio, louvor”.1.

 

 Judá o filho de Jacó e pai da tribo que eraconhecida por este nome (Gn 35.23; Mt 1.2,3).2.   Judas, um dos quatro irmãos de Jesus,

citado juntamente com Tiago, José e Si-

O tradicional Aceldama ou campo de sanguecomprado com o dinheiro da traição de Judas (At

1,19), Está localizado a leste de Jerusalém aolongo do Cedrom, HFV

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 JUDAS  JUDAS

69.25; 109.8)? Judas agiu com total liberda-de, Ele escolheu roubar os recursos destina-dos a suprir as necessidades do grupo; esco-lheu trair o seu Mestre por 30 moedas deprata, que era o valor pago por um escravo(Êx 21.32). Ele já devia conhecer a profecia

de Zacarias (Zc 11.12). Se a conhecia, a igno-rou. Deus previu esta ação da parte de Judase escolheu deixá-lo agir de acordo com a sualiberdade caída - Deus predestinou que fos-se assim. Não houve, portanto, nenhuma re-dução da liberdade de Judas ou de sua res-ponsabilidade, assim como não há no caso dequalquer outra pessoa.O fim de Judas.  Antes da ceia, o Diabo jáhavia colocado no coração de Judas que traís-se a Jesus (Jo 13.2) e assim que Judas tomouo bocado “entrou nele Satanás1’ (Jo 13.27).Correndo para os principais sacerdotes, eledisse que os levaria até Cristo e o identificariacom um beijo. Uma vez que conhecia o segre-do do jardim, ele foi capaz de levar uma gran-de multidão com espadas e varapaus dos prin-cipais dos sacerdotes, e aproximando-se deesus “o beijou” (Mt 26.49; Mc 14.45). Jesus

lhe dirigiu uma última palavra de amor e dis-se; “Amigo, a que vieste?” (Mt 26.50).Depois que Judas viu Jesus ser condenado àcrucificação, ele se encheu de remorso (Mt27.3ssj, e dirigindo-se aos principais sacer-dotes e anciãos, confessou o seu pecado, di-

zendo: “Pequei, traindo sangue inocente” (v.4). Então ele saiu e cometeu suicídio, enfor-cando-se. Quando Pedro diz: “Ora, este ad-quiriu um campo com o galardão da iniqüi-dade e, precipitando-se, rebentou pelo meio,e todas as suas entranhas se derramaram”(At 1.18), podemos aceitar a conciliação deEdersheim dos dois relatos de Mateus e Atos.Em um sentido figurado Judas comprou ocampo; os judeus o consideraram o compra-dor, uma vez que ele forneceu o dinheiroque eles utilizaram para a compra (Life andTimes of Jesus the Messiah,  II, 575 ss.),

Muitas razões têm sido cogitadas para asações de Judas, como por exemplo: (1) Elefoi uma vítima das circunstâncias. (2) Eleestava predestinado para esta ação e foraescolhido para este ato; portanto, era impo-tente. (3) Ele era uma alma desiludida quepensou que através da traição poderia for-çarJesus a exercer o seu poder miraculosoe tomar o controle. (4) Ele era um verdadei-ro amigo de Jesus tentando mera mente de-siludi-lo de suas reivindicações messiânicas.(5) Ele era um patriota judeu que pensou

ser melhor que um homem morresse pelanação, para que esta não perecesse. (6) Eleera um verdadeiro herói que, como amigode Cristo, tentou salvá-lo ae uma lealdadeequivocada para com o Deus do AT (cf. E. S.Bates, The Friend of Jesus,  Nova York.Simon & Schuster, 1928). Todas estas ex-plicações sâo inadequadas ou contêm errose nos deixam insatisfeitos.

udas tomou sua decisão livremente, comoqualquer outro homem. “O amor do dinheiro éa raiz de toda espécie de males” (1 Tm 6.10), ea cobiça como seu pecado dominante o levoudo roubo à hipocrisia e, finalmente à traição doSenhor da Glória por um punhado de dinheiro.

Uma coisa mais deve ser dita; Karl Barthargumenta a favor da salvação final deudas, alegando que embora ele tenha pe-

cado, não pecou de forma mais grave do quePedro ao negar a Cristo três vezes. Afinal,Barth continua, ele arrependeu-se, comodescreve o relato bíblico, e isto é tudo o queé exigido do pecador (Church Dogmatics,Edinburgh. T. & T. Clark, 1957, Vol. II, 2,458-506). Por que Barth raciocina desta ma-neira quando as Escrituras dizem que elefoi para o seu próprio lugar (At 1.25), e osalmista pronuncia sobre ele a mais hor-renda maldição emitida contra o ímpio re-gistrada na Bíblia (SI 109.6-20)? De acordocom Barth, a predestinação  não é uma  ques-tão individual. Está inteiramente centradaem Cristo. Ele é o rejeitado e o eleito, etodos são tanto rejeitados como eleitos nele!Se Judas estivesse perdido, particularmen-te quando “se arrependeu”, então a eleiçãocristocêntrica teria falhado.O cristão evangélico deve rejeitar tal argu-mento favorável à salvação de Judas, vistoque ele entra em conflito com a maldição

profética sobre Judas no Salmo, remove todaa necessidade de se crer em Cristo para sersalvo, e leva à falsa doutrina da salvação detodos os homens, chamada de salvação uni-

 versal ou reconciliação final. Além do mais,o arrependimento envolve uma “conversão”e, no caso de Judas, o “remorso” pode sim-plesmente descrever uma reviravolta rela-cionada a um ato repreensível, sem, neces-sariamente, um comprometimento pessoalcom Cristo.Quanto ao termo “filho da perdição" aplicadoa Judas Iseariotes, veja Perdição.

Bibliografia.  A. B. Bruce, The Training othe Twelve,  Nova York, Armstrong, 1902,Cap. XXIII Alfred Edersheim, JTie Life andTimes of Jesus the Messiah, 2  voís., Nova

 York. Longsmans, Green & Co., 1901.R. A. K.

UDAS* admirável o fato de que o escri-tor da última carta do NT, uma epístola quetrata da apostasia, deva ter o mesmo nomedo traidor e maior apóstata, e seja o últimodos Doze a ser citado (Mt 10.4).

Como “irmão de Tiago”, o irmão do Senhor(Jd 1; G1 1.19), Judas também foi um irmãodo Senhor, um dos “filhos de minha mãe” (SI69.8)  que são citados em Mateus 13.55 e Mar-cos 6.3, Portanto, ele não deve ser confundi-do com o Judas de João 14.22 (cf. Lc 6.16), queé chamado de Tadeu e Lebeu em Mateus 10.3.

 Ao lembrar as palavras dos apóstolos (Jd 17),

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JUDASJUDASJUDASJUDAS  JUDAS, EP STOLA DE

ele deixou implícito, porém de forma clara,que não era um deles.udas era caracterizado, pela humildade, rei-

 vindicando ser apenas o irmão de Tiago e umservo (lit.) de Jesus Cristo; pela diligência (v.3), que pode ter sido uma razão pela qual o

Espírito Santo o escolheu; por um conheci-mento da verdade revelada (w. 5-7,11,17), epor ter sido escolhido como vaso da verdadenão registrada anteriormente pela pena dainspiração (w. 9,14,151,

S. M. C.

UDAS, EPÍSTOLA DE Aúltima epístola doNT foi escrita por Judas (gr.), o irmão de Tiago.Eles provavelmente eram os irmãos de nossoSenhor (Mt 13.55; Mc 6,3;  veja  Judas; Tiago).E uma coincidência que o nome do autor, comouno título, apareça como a primeira palavra

do único livro inteiramente dedicado ao temada apostasia, uma vez que Judas também foio nome do maior apóstata.

Data e Destinatários A semelhança da epístola de Judas com 2Pedro 2 levanta a questão da dependêncialiterária. Se aceitarmos 2 Pedro como umescrito genuíno de Pedro (veja  Pedro, Segun-da Epístola de), então Judas é provavelmenteposterior, depois da queda de Jerusalém (v.17 refere-se aos apóstolos no passado). Masnão é provável que Judas seja diretamente

dependente de 2 Pedro 2. E muito provávelque as duas epístolas derivem de uma tradi-ção comum da pregação contra os falsos mes-tres. Dois netos de um certo Judas (prova-

 velmente este Judas) foram convocados peloimperador Domiciano (81-96 d.C.) após esteter sido informado que eles pertenciam àdinastia de Davi. Ele os dispensou quandodescobriu que eram simplesmente lavrado-res pobres, e não representavam nenhumaameaça para Roma (Eusébio, Hist. Ecl. iii.19.1-20.6). Este evento sugere a importân-

cia de Judas antes do reinado de Domiciano,uma vez que ele mesmo não estava envolvi-do no interrogatório do imperador.[Parece claro que este livro foi escrito maisespecificamente aos leitores cristãos judeusdo que 2 Pedro. O Êxodo (v. 5) e figuras do

 AT como Miguel, Caim e os filhos de Corá(w. 9,11) são mencionados em Judas, masnão em 2 Pedro. O apocalipse judeu do pri-meiro livro de Enoque também é citado comoprofecia (vv.14,15). Portanto, como Reicke(p. 191) argumenta, o público que Judas ti-nha em mente era provavelmente formado

por cristãos de origem judaica. - Ed.]PropósitoPropósitoPropósitoPropósito

 Assim como o livro de Atos dos Apóstolos re-lata o inicio da história da Igreja na terra,udas, nos “Atos dos Apóstatas”, lhe dá um

desfecho, e prepara o leitor para os juízos dolivro de Apocalipse.

 A inspiração da epístola está declarada no v.3. Enquanto o autor estava se preparandopara escrever sobre nossa salvação comum,uma compulsão divina veio sobre ele paraescrever, ao invés disso, sobre a peleja da féapostólica contra uma forma antinomiana

primitiva de gnosticismo (q.v.). A palavra“obrigado” (v. 3) é traduzida como “obriga-ção” em 1 Coríntios 9.16.

ConteúdoConteúdoConteúdoConteúdoUm movimento extraordinário de revelaçãomove o leitor do pecado, no início da históriahumana (v. 11), para seu futuro juízo porocasião da volta de Cristo (v.15). Ele fala domar e das estrelas (v. 13), do fogo eterno edas trevas sem fim (vv.7,13), do invisívelmundo da atividade angelical (w. 6,9).

 As novas verdades reveladas através de

udas incluem detalhes sobre o pecado dosanjos caídos (v. 6), a disputa de Miguel como Diabo (v. 9), e a profecia antidiluviana deEnoque (vv. 14,15). Ao citar o livro de Eno-que e ao se referir ao combate de Miguel,que só era conhecido pela ascensão de Moi-sés, Judas não estava endossando uma lite-ratura pseudoepfgrafa. Antes, estava citan-do uma literatura usada pelos falsos mes-tres em questão, a fim de silenciá-los pormeio de seu próprio material. Judas sim-plesmente defendeu que as passagens quecitou contém vestígios de verdade (cf. Pauloem At 17.28; G1 3.19; 2 Tm 3.8; Tt 1.12ss.).Veja Miguel.O assunto é agrupado de maneira ordenadasobre um centro comum. A saudação combinacom a bênção. Para que os crentes não temamque eles também possam se afastar da verda-de, palavras de amor afetuoso e segurançaaparecem nas sentenças de abertura e de en-cerramento. A salvação é o tema dos w. 3 e 23.

 A luta pela fé (v. 3) coloca-se em contraste coma edificação na fé (v. 20). “Lembrai-vos do AT”,é o sentido da seção que começa com o v, 5;

“lembrai-vos do NT”, é o sentido da seção quecomeça com o v. 17. A apostasia no reino so- brenatural (v. 9) é comparada com a apostasiano reino natural (w. 12-13).No coração de Judas (v. 11) aparece um an-tigo trio de homens que ilustram perfeita-mente as três características notáveis daapostasia descrita nos w. 4,16,19, que sãomais adiante ilustradas por três exemploscorporativos nos versos 5 e 7. O verso 11 étípico do progresso do pensamento encon-trado ao longo da epístola toda. Os apóstatasentram por um caminho errado, se precipi-tam por este, e perecem em seu final. O ca-minho errado começa com a divagação, e ter-mina com uma rebelião aberta (v. lí). A  vere-da  de Caim contrasta com Cristo, que é oCaminho; o erro  de Balaão contrasta comCristo, que é a Verdade; a destruição  de Coré(ou Corá, q.v.) contrasta com Cristo, que é a

 Vida (Jo 14.6).

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 JUDAS, EP STOLA DE  JUD IA

 A regra quádrupla para o viver eristão ex-pressa nos w. 20 e 21 liga Judas a outroslivros do NT. O cristão deve estar edificando,orando, perseverando e vigiando, A ajudapara os ganhadores de almas é encontradaem uma classificação tripla de pessoas não

salvas (w. 22,23), Alguns precisam de ternu-ra misericordiosa porque têm dúvidas since-ras; alguns exigem uma ousadia urgenteporque estão próximos do fogo; alguns preci-sam de uma ministração cautelosa para quea sua forma de pecado não contamine os ou-tros crentes.Em uma bênção gloriosa, Judas sugere oarrebatamento da Igreja passando repenti-namente da possibilidade do tropeço no pre-sente, no caminho de sua peregrinação, paraa apresentação do povo de Deus, por seuSalvador e Senhor, diante da presença de suaglória no céu (v. 24).

EsboçoI.  Saudação, 1-2II.

 

Ocasião e Propósito: Exortação à Defe-sa da Fé, 3-4

IH. Ilustrações da Necessidade de se Defen-der a Fé, 5-16

 A Três exemplos históricos de juízo naapostasia coletiva, 5-7B. Exemplos históricos e descrições defalsos mestres, 8-16

IV, 

Exortação para os Cristãos Verdadei-ros: Como Defender a Fé, 17-23

 V. 

Conclusão: Uma Doxologia, 24-25

Bibliografia.  Charles Bigg, The Epistles oSt. Peter and St. Jude, ICC, Nova York.Scribner’s, 1901. F. F. Bruce, “Jude, Epistleof’, NBD, pp. 675ss. J. B. Mayor, Epistle oSt. Jude anã the Second Epistle ofSt. Peter,Londres. Maemillan, 1907, James Moffatt,The General Epistles,  MNT, Garden City.

Doubleday, Doran & Co., 1928. Bo Reicke,The Epistles of   James, Peter, and Jude, Anchor Bible, Garden City. Doubleday, 1964,pp. 189-219. Robert Robertson, ‘The Gene-ral Epistle of Jude”, NBC, pp. 1161-1167.

S. M. C.

UDÉIA No tempo dos persas, a Judéia erauma pequena província da satrapia Arabaiasituada ao sul de Samaria e correspondendoaproximadamente ao primeiro reino de Judá,exceto que as cidades costeiras estavam ex-cluídas. O termo Judéia (loudaia)  representa

o processo helenizador que ocorreu após asconquistas de Alexandre o Grande. Uma sé-rie ae cidades helenísticas rodeava a provín-cia da Judéia e, pouco a pouco, enquanto anação era helenizada, as cidades assumiramnomes gregos; muitos da classe superior, eudeus de educação elevada encorajaram esteprocesso. O texto em 2 Macabeus 6.8 fala decidades helenísticas dentro dos limites da

O deserto da Judéia

udéia. Não é de se surpreender, então, en-contrar o próprio território chamado Judéia,um equivalente grego da palavra aramaieapara Judá, y ehud. Geograficamente o território tem limites na-turais de todos os lados exceto no norte, Noleste está a elevação íngreme do Jordão e omar Morto com solo argiloso árido formandoo deserto da Judéia ou Jesimom. No oeste, oscontrafortes da Sefelá se juntam com os de-clives das montanhas centrais na depressãoem forma de vala, que continua pela extremi-dade sul da Judéia, para juntar-se ao desertode argila no leste. Ao sul há uma queda re-pentina de aprox. 200 metros a meio caminhoentre Hebrom e Berseba. Nos dias de Judas

Macabeus (165-161 a.C.), a praça-forte emBete-Zur era a fronteira sul, até que ele to-mou Hebrom e de forma geral derrotou osidumeus (1 Mac 5.3,65). A fronteira norte eraainda menos definida, pois ali não havia ne-nhum vale protetor. Desde os tempos antigosdo AT a pequena tribo de Benjamim marcavaa fronteira norte da Judéia (Judá).Os macabeus, sob o governo de Jônatas,estenderam estes limites em todas as dire-ções de forma que quando Pompeu, o con-uistador romano, entrou no território ju-eu, a cidade no extremo norte no controle

udaico estava em Koraea no Uádi Farfa.Os romanos designaram vários governan-tes asmoneus sobre a Judéia até He rodeso Grande, que em aprox. 40 a.C. foi decla-rado pelo senado como sendo o rei daudéia. Seguindo-se a morte de Herodes, audéia, até 64 d.C., esteve sob procurado-

res romanos (governadores imperiais)exceto pelo breve reinado de Herodes

 Agrípa (At 26), que foi proclamado rei porCláudio César em 41 d.C.O termo Judéia pode ocasionalmente ser usa-do para representar toda a região ocupadapela nação judaica. Várias das referências deLucas parecem ser as mais conclusivas, porexemplo: “por toda a Judéia, começando des-de a Galiléia” (Lc 23.5; cf. At 10.37). O textoem Atos 26.20 podería ser mais bem traduzi-do como “toda a nação judaica”, enquantoMateus 19.1 (cf. Mc 10.1) não deve ser toma-do para sugerir que houvesse qualquer ter-

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 JUDEIA  JUGO

ra a leste do Jordão que fosse consideradauma parte da Judeia. Esta passagem deveriaser traduzida da seguinte forma; “no territó-rio da Judéia adjacente ao Jordão”. O senti-do mais amplo para Judéia, isto é, incluindoSamaria e Galiléia, parece ser empregado

por escritores seculares dos tempos do NT,entre eles Strabo, Tácito e Filo.Veja Judá, Reino de.

E. B. S.

UDEU O nome hebraico yhudi  refere-seespecificamente a um descendente de Judá;esse nome é aplicado a todos os membros datribo que leva esse nome, ou àqueles queeram da terra de Judá (2 Rs 16.6; 18.26,28;25.25; 2 Cr 32.18; Et 2.5; 3.6; Jr 32.12; 38.19;52.28 etc j. O texto em 1 Crônicas 9.3 indicaue havia membros das outras tribos resi-entes em Jerusalém, em Judá. Muitos doreino separado do Norte foram para Judápara adorar ao verdadeiro Deus (2 Cr 11.13-16; 15.9; 30.1-181.Os judeus que terminaram a reconstruçãodo Templo, no reinado de Darío I, pTOvavel-mente incluíam membros de várias tribos,pois sacrificaram 12 cabritos para as 12 tri-

 bos (Ed 6,14-17), Portanto, depois do cati- veiro da Babilônia, esse termo foi usado paratodos os israelitas, pois Judá incluía, na oca-sião, a maior parte dos que haviam retorna-

do (2 Mac 9.17; Mt 2.2; 27,11; Jo 4.9; At 2.5,8-10; 10.28 etc,).Como descendentes de Abrão, o hebreu (Gn14.13), os judeus também eram chamados dehebreus; é por isso que Paulo, apropriada-mente, se intitulava dessa maneira (Fp 3,5).Veja Povo Hebreu; Israel.

R. A. K.

UDEUS Tradução do termo aramaicoyehud, a nação j*udaica, isto é, o reino de Judá(Dn 5.13), e no NT é a tradução do termogrego loudaia,  Judéia, em contraste com a

Galiléia (Lc 23.5; Jo 7.1).UDIA Mulher nascida judia ou convertida

ao judaísmo. A mãe de Timóteo era de ori-gem judaica e seu pai era grego (At 16.10).Drusilla, a esposa de Félix, governador ro-mano que tremeu perante a pregação dePaulo, era judia (At 24.24).Ela era descendente de Herodes o Grande,que também era descendente de converti-dos ao judaísmo. Veja Drusila.

UDITE O nome beb. yehudith  significa

“judia”, e é uma forma feminina de ye

hudi,“judeu”.1.  Uma das mulheres de Saul e filha de Beeri,o heteu (Gn 26.34); talvez também chamadade Oolibama em Gênesis 36.2.2.

 

 A heroína do livro apócrifo de Judite (8.1;9.2)  . Uma vez que seu nome significa“judia”,ele sugere a personificação da piedade em

reiação à lei mosaica, e a devoção à causa desua nação.

UGO Uma estrutura de madeira colocadano pescoço do animal ou no pescoço de doisou mais animais (Nm 19.2; Dt 22,3). O jugo

(heb.‘o/) era amarrado com cordas nos ani-mais selecionados e também a uma barra ouhaste (Lv 26.13; Ez 34.27) que era presa àestrutura de um equipamento para arar aterra ou carroça (1 Sm 6.7), Eram então pu-

 xados pelo ombro do animal (ou dos animais).Houve diferentes fabricações de jugos parapropósitos diferenciados dependendo dequantos animais seriam utilizados, por exem-plo, um, dois, ou quatro.

 Apalavraheb. semeei, um casal ou par amar-rados juntos, significa uma ‘junta” ou grupode animais (1 Sm 11.7; lRs 19.19,21; Jó 1.3).Por duas vezes, semed  foi traduzido como“jeira” (1 Sm 14.14; Is 5.10), significando aquantidade de terra que um par ou junta de

 bois podia arar por dia. Jugos (heb.  mota,“barra/trave”) também eram utilizados empessoas quando aprisionadas (ís 58.6,9; Jr28.10,12), e na maioria das vezes colocava-seum jugo sobre os escravos (gr. zygos) parareprimi-los (1 Tm 6.1).Em um sentido figurado, uma pessoa queestá sobrecarregada por impostos está sobum jugo (1 Rs 12.11,14). Quando uma nação

era dominada por outra, era consideradacomo estando sob o jugo da escravidão (Jr17.8)  ; e quando uma nação estava prontaparase livrar da servidão, a situação era entendi-da como “quebrar o jugo” (Is 9,41. No sentidoreligioso, uma pessoa podia ser submetidaao jugo “juntando-se” a Baal, o que era con-siderado um pecado (Nm 25.3,5), enquantoapostatar de Deus em rebelião é uma atitudeconsiderada como a quebra de seu jugo (Jr5.5). A soberania de Deus pode ser relacio-nada, por exemplo, à quebra de jugos (ou

seja, ao seu poder, Ézequiel 30.18), como nocaso de Israel no Egito. Uma marca do ver-dadeiro valor espiritual é o poder que alguémtem de quebrar o jugo da impiedade e deixarque os oprimidos sigam livres (Is 58.6).Submeter-se ao jugo de Cristo em obedi-ência ê  uma carga fácil e leve (Mt 11,29,30 ),mas estar sob o jugo do legalismo é escra-

 vidão (G15.1; At 15,10). Os cristãos são acon-selhados, “Não vos prendais a um jugo de-sigual com os infiéis” (2 Co 6.14; cf. Dt22.10). Finalmente, um crente em Cristo

que sirva junto a alguém como uma unida-de, é considerado um companheiro de jugo(Fp 4.3). Alguns acreditam que Paulo este-a aqui se referindo a Lucas, que a princí-pio havia servido ao Senhor com os apósto-los em Filipos.

Bibliografia,Bibliografia,Bibliografia,Bibliografia,  G. Bertram e K. H. Rengstorf,“Zygos”, TDNT, II, 896-901.

L. 

Go 

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JUIZ, JULGANDOJUIZ, JULGANDOJUIZ, JULGANDOJUIZ, JULGANDO  JUIZ, JULGANDO

Cena de nm julgamento»“pesagem do coração”após a mortef  do Livro

dos Mortos egípcio,conforme retratado em

um antigo papiro,ORINST

 JUIZ, JULGANDO JUIZ, JULGANDO JUIZ, JULGANDO JUIZ, JULGANDO

Deus como JuizDeus como JuizDeus como JuizDeus como JuizDeus é o Juiz supremo e absoluto de toda aterra (Gn 18.25; SI 94.2; Em 3.6). O direitoque Deus tem de ser Juiz é baseado primei-ramente em três atributos divinos; (1) Deusé a justiça absoluta (SI 9.8; 96.13; 98.1,9); (2)o conhecimento infinito de Deus sobre ossegredos da vida do homem (Jó 34.21-28; Is28.17; Rm 2.16); (3) o poder irresistível deDeus para conceder recompensas ou infligirpunições (SI 11.5-7; Rm 2.1-16).O trono de Deus está eternamente estabele-cido para julgar a humanidade “de formausta'’ (SI 9.4,7,8; 89.14; 97.2). Seu caráter

irrepreensível toma qualquer tipo de erroem seu julgamento totalmente impossível(Gn 18.25; Dt 32.4; Jó 8.3; 34.10,12; Rm 3,5).Deus sempre julga “segundo a verdade” (Rm2.2)  . Ele “recompensará cada um segundosuas obras” (Rm 2.6; Ap 20.12). Seu julga-mento não está contaminado por defeitoshumanos como o favoritismo (Rm 2.11; 1 Pe1.17), a aparência superficial (1 Sm 16.7; Jo7.24), os padrões carnais (Jo 8.15), ou o su-

 borno (2 Cr 19.7). Portanto, a vontade deDeus, não a do homem, toma-se o padrão detodo o julgamento. Veja  Vontade de Deus.

Embora possa parecer que os ímpios escapampor um momento do justo juízo de Deus (SI 10;73) ao ignorarem a bondade atual de Deus emfavor deles (Rm 2.3,4; At 14.16,17), contudo háum dia inexoravelmente estabelecido no pla-no divino (Rm 2.1-16) para o julgamento detodos os homens (Mt 11.22-24; 25.31-46; At17.31; 2 Pe 2.9; 3.7; Ap 20.11-15).Exemplos dos juízos de Deus podem ser vis-tos nos seguintes casos: (1) o juízo pronunci-ado sobre Adão e Eva e sobre toda a huma-nidade no Éden (Gn 3; Rm 5,12); (2) a des-truição do mundo antigo pelo dilúvio (Gn 6-8; Lc 17.26-27; 2 Pe 2.5; 3.5-6); (3) a destrui-ção de Sodoma e Gomorra (Gn 19; Lc 17.28-30; 2 Pç 2.6); (4) a destruição do exército doEgito (Ex 14); (5 (os castigos lançados sohreIsrael no Sinai (Ex 32), no deserto (Nm 14;16; 25), e em mnitos momentos subseqüen-tes em sua história; (6) o juízo definitivo so-

 bre Israel pela rejeição de seu Messias (Lc

21.20-24; 1 Ts 2.14-16); (7) o castigo final so- bre todos aqueles que rejeitam o Senhor Je-sus Cristo (Jo 3.36; 5.24; 2 Ts 1.8,9; Hb 10.26-

31; 12,25; 2 Pe 2.1-10; 3.7).O Juiz no SistemaO Juiz no SistemaO Juiz no SistemaO Juiz no Sistema

 Judiciário de Israel Judiciário de Israel Judiciário de Israel Judiciário de Israel As seguintes etapas de desenvolvimentopodem ser claramente vistas na história deIsrael:O  período patriarcal.  As funções judiciaisestavam em sua maior parte nas mãos do chefeda família durante este período (Gn 21-22;38.24). No entanto, a lei de Deus, embora nãopromulgada oficialmente como no Sinai, eraconhecida pelos patriarcas. Este conhecimen-

to era derivado do conhecimento geral da von-tade de Deus mostrado a toda a humanidade(Rm 1.18-23), da lei de Deus escrita no cora-ção do homem (Rm 2.14,15), e da legislaçãoespecífica dada ao homem (por exemplo, Gn9.5,6). Desse modo, o chefe da família tomou-se o principal agente no plano de Deus para atransmissão dos conceitos a respeito da reti-dão e da justiça de uma geração para a outra(Gn 18.19). Por trás de tudo isto havia a con-

 vicção permanente de que o Juiz de toda aterra sempre faria o correto (Gn 18.25).

O primeiro período mosaico. Moisés, total-

mente preparado por seu grande conhecí-

 À entrada da basílica no fórum de Pompéiacom suas colunas, onde as audiências civis e

comerciais eram realizadas

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 JUIZ, JULGANDO JUIZ, JULGANDO

 A basílica Júlía ezn Corinta, ondeprovavelmente os cristãos abriam processos

 judiciais contra outros cristãos. HFV

mento dos assuntos terrenos (At 7.21,22),estava pronto para o ofício de juiz que logodevería recair sobre ele como líder do povode Deus, redimido do Egito. Mesmo enquan-to no Egito, porém, ele foi acusado de assu-mir este ofício presunçosamente ao procu-rar fazer justiça com as suas próprias mãos(Êx 2.11-15; At 7.23-28,35). Entretanto, oêxodo do povo de Israel do Egito lhes impôs anecessidade imperativa de um juiz autoriza-do para julgar processos judiciais e disputas.Esta necessidade foi totalmente suprida por

Moisés, que era universalmente reconheci-do pelos israelitas como o porta-voz de Deus,isto é, como o agente através do qual a vori-tade de Deus era conhecida pelo povo (Ex18.15; Nm 9.8; 27.5). Assim, depois do padrãode Moisés, a magistratura em Israel foiinvestida de direitos divinos que constituía ouiz humano como o representante da justi-ça de Deus sobre a terra (cf. Ex 21.6; 2 Cr19.6; SI 82.1,6; Jo 10.34).O episódio de Jetro no  Sinai. Jetro, o sogrode Moisés, instintivamente sentindo o far-do de que a natureza humana não poderiaresistir por muito tempo sem ajuda, fez al-gumas sugestões muito sábias a Moisés parao aprimoramento do sistema legal entre osisraelitas (Ex 18.17-26), Os elementos bási-cos na revisão proposta por Jetro eram es-tes: (1) Uma série de tribunais ascenden-tes; (2) Uma “suprema corte” implícita (nopróprio Moisés); (3) O acesso aos tribunaispara todas as pessoas em “todas as instânci-as"; (4) Um programa instrucional com res-peito à natureza e conteúdo das leis; (5) A qualificação para cada um daqueles a quem

foi confiado o ofício de juiz.Moisés enxergou imediatamente a sabedo-ria das sugestões de Jetro; todas elas foramadotadas como partes integrais do sistemade jurisprudência de Israel. A história e alegislação subseqüentes, mesmo enquantono Sinai, simplesmente snpriram os detalhesdo memorável e sábio conselho de Jetro.

 A legislação do Sinai. A lei do Sinai fortale- 11 

ceu as revisões sugeridas por Jetro das se-guintes maneiras: (1) destacando mais es-pecificamente as qualificações dos juizes (Dt1.13-18; 16.18-20); (2) dando preeminêndaà tribo de Levi como guardiões e intérpretesda lei (Dt 17.8-13,18-20); (3) fornecendo prin-

cípios específicos para o direcionamento dotribunal para se dar um veredicto (Dt 19.15-21; 21.1-9; 25.1-3).No entanto, deve ser admitido que havia

 variações permissíveis no sistema de juris-prudência de Israel. Houve casos, por exem-plo, quando a congregação de todo Israel tor-nou-se o juiz absoluto (Nm 35.11,22-28). Pos-teriormente, até mesmo o povo podia vetarum juramento insensato de seu rei (1 Sm14.24-46). Parece bem certo, em períodos dahistória de Israel posteriores ao Sinai, queos fatores históricos e políticos influenciavammaterialmente o tipo de justiça dominanteem qualquer área em particular.O  período dos juizes.  Este período descritono livro de Juizes (q.v.), constitui uma tran-sição do governo de Moisés e Josué para ogoverno dos reis de Israel. Durante este pe-ríodo, Deus levantou pessoas especialmen-te dotadas para julgar uma parte ou todo oIsrael (Jz 2.16-23; 3.9,10; 1 Sm 12.9-11; 2Sm 7.11). As seguintes declarações podemser feitas a respeito destes juizes: (1) Eramlevantados por Deus em tempos de crise (Jz

2.16-23; cf. Sl 106.43-45; At 13.20). (2) Eramespecialmente capacitados pelo Espírito San-to (Jz 3.10; 13.25; 14.19; cf. Nm 11.25-29;24.2)  . (3) Continuavam no ofício até a horade sua morte (Jz 2.19; 1 Sm 4.18; 7.15), (4)Rejeitaram a tentação de estabelecer umgoverno hereditário sobre Israel (JzS. 22,23). (5) Consideravam as suas funçõesudiciais como estando envolvidas em umaliderança espiritual sobre o povo (1 Cr 17.6;cf. 2 Sm 7.7).Os períodos dos reinos unidos e divididos. Écertamente difícil localizar qualquer siste-

ma de jurisprudência consistente durante olongo período a partir de Samuel, o últimouiz, até o final da dispensaçâo do AT. Mui-tos dos protetores na legislação do Sinai con-tra a perversão da justiça foram sem dúvidaalguma negligenciados sob o governo de reisímpios ou em tempos de declínio religioso.Os profetas frequentemente reclamaramcontra tais perversões (Is 1.23; 5.23; 10.1,2;

 Am 5,12; 6.12; Mq 3.9-11; 7.3).Embora Samuel tivesse impecavelmente rea-lizado os seus deveres como juiz, e tivesse até

estabelecido um sistema de tribunais itineran-tes (1 Sm 7.15,16), seus filhos corromperam austiça (8.1-3) e, assim, deram um peso adicio-nal ao desejo do povo de mudar da magistratu-ra para a monarquia (8.4-22; 12.1-25).No entanto, mesmo depois que os reis setornaram os juizes absolutos, depois doprecedente fixado por Samuel, tribunaislocais ou subordinados foram estabelecidos

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JUIZ, JULGANDOJUIZ, JULGANDOJUIZ, JULGANDOJUIZ, JULGANDO  JUIZ, JULGANDO

por Davi e Salomão (1 Cr 23.3,4; 26.29-32).Foi para o crédito de Salomão que ele sen-tiu a necessidade de ter a sabedoria divinaao julgar Israel (1 Rs 3.9). Esta sabedoriafoi logo manifestada em um dos casos maisdifíceis de julgamento que foi trazido pe-

rante ele (1 Rs 3.16-28). Entretanto, algunsreis foram notadamente ímpios na execu-ção da justiça (1 Rs 21.1-16; 2 Rs 21.16). A impiedade surgiu espontaneamente nestestempos (He 1.2-4).Tanto Davi (2 Sm 1.15,16; 4.9-12) como Sa-lomão (1 Rs 2,5-9,13-46) pronunciaram sen-tenças e executaram os transgressores deuma maneira muito decisiva. O precedenteestabelecido por estes dois notáveis reis,provavelmente se tornou o padrão de justi-ça ao longo da maior parte da história do

 AT (por exemplo, 2 Reis 11.12-20), mesmono caso de julgamentos injustos (por exem-plo, 1 Reis 21.7-16).Parece que Josafá foi o rei mais eficiente,pelo sistema de jurisprudência que estabe-leceu por todo o seu reino (2 Cr 19.4-11). Éaté mesmo provável que os tribunais queele colocou “em todas as cidades fortes, decidade em cidade” (v.5) fossem o que cha-maríamos hoje de tribunais superiores. Nes-te sistema, a própria cidade de Jerusalémtornou-se uma espécie de suprema corte,tendo Amarias, o sumo sacerdote, como o

principal juiz (vv.8-11). Desse modo, Josafáconcluiu, em grande parte, o sistema judici-al do AT, um sistema que encontrou o seucumprimento final no Sinédrio judaico daépoca do NT (por exemplo, At 5.27-41; 6.10-15; 23.1-10).

Cristo como JuizCristo como JuizCristo como JuizCristo como JuizOs vários aspectos da magistratura de Cristopodem ser apresentados da seguinte maneira:Como messianicamente dotado.  Os profetasretratam o futuro Messias como possuindotodos os atributos de um verdadeiro juiz (SI

89.14; 97.2; Is 11.1-5). Este Messias estavadestinado a trazei a “justiça eterna” (Dn 9.24)a um mundo onde a justiça dificilmente po-dería ser encontrada (Is 59,1-21).Como legislador de um juízo verdadeiro.Um dos primeiros atos a ser executado porCristo depois que a sua missão na terrativesse siao inaugurada, seria apresentaro verdadeiro significado da lei de Deus. Istofoi feito em seu Sermão da Montanha (Mt5-7), no qual Ele categoricamente corrigiuos falsos dogmas dos judeus impostos so-

 bre a lei de Deus. Todo o ministério de Cris-

to foi o de julgamento sobre os judeus porsua perversão da lei de Deus (por exemplo,Mateus 15.1-20).Como não-participante nos litígios dos ho- mens.  Cristo recusou-se a se tornar um juizem questões que afetavam as posses materi-ais dos homens (Lc 12.13,14). Mesmo quan-do estava perante Pilatos, Ele se manteve

afastado de qualquer envolvimento nas acu-sações que lhe eram contrárias, pois o seureino “não era deste mundo” (Jo 18.33-39).Como o  refinador de falsos juizes.  Esta im-plicação da magistratura de Cristo teve an-tecedentes proféticos (Ml 3.1-6). Com toda a

paixão de um verdadeiro juiz, Cristo pronun-ciou juízos devastadores contra os fariseus eoutros líderes dos judeus como falsos juizesassentados “na cadeira de Moisés” (Mt 23; Lc12.57-59; Jo 7.24).Como enviado para salvar ao invés de jul-ar, A  vinda de Cristo à terra foi planejada

para trazer a salvação aos homens, e nãopara julgar os homens (Jo 3.16-21; 12.46,47).Isto não significa, porém, que Cristo se recu-se a julgar o mal no presente (Jo 8.15,16).Mas o tempo presente é definitivamente o“dia da salvação” (2 Co 6.2).

Como guardião do julgamento do Pai. O Se-nhor Jesus Cristo ensinou abertamente quetodo o juízo havia sido entregue a Ele porseu Pai Celestial (Jo 5.21,30). Mesmo agora,antes dos juízos futuros, há um exercíciodecisivo do juízo definitivo de Cristo contraaqueles que se recusam a aceitá-lo comoMessias e Senhor (Lc 19.41-44; 21.20-24; Jo9.39). Tais homens já estão julgados ou con-denados (Jo 3.18; 5.24).Como o juiz final. Cristo será o juiz de toda ahumanidade (Mt 7.21-23; 25.36-46). O pró-

prio Cristo será o justo juiz (2 Tm 4.8) na-quele último dia quando a sua Palavra seráa base do julgamento do homem (Jo 12.48),O Senhor Jesus foi constituído por Deus Paicomo “Juiz de vivos e de mortos" (At 10.42;cf. 17.31; 2 Tm 4.1; 1 Pe 4.5).

O Cristão como Juiz e como JulgadoO Cristão como Juiz e como JulgadoO Cristão como Juiz e como JulgadoO Cristão como Juiz e como JulgadoOs vários aspectos deste assunto podem serresumidos da seguinte forma:ulgamento severo.  Este tipo de crítica vem

sob a proibição expressa por Cristo em Mateus7.1-  4 e Lucas 6.37-42. “Não julgueis" (o

impe-rativo negativo aorista no grego) declara umaproibição definitiva contra o hábito pernicio-so de criticar os outros, enquanto se ignora ospróprios defeitos (cf. Tg 4.11,12).Litígios civis.  Dois lados deste assunto sãoapresentados no NT. Por um lado, Paulo es-tava certamente justificado ao exigir comoum direito civil perante as autoridades ro-manas a sua completa defesa contra as fal-sas acusações dos judeus (At 25.9-12). Istoera ao menos um benefício mínimo de suacidadania romana (At 16.37-39; 22.27-29; cf.

Rm 13.1-7). Por ontro lado, os cristãos sãoexortados a sofrer injustiças ao invés de seenvolverem em processos judiciais contraoutros cristãos perante descrentes (1 Co6.1,5-8). O caso de Panlo diante das autori-dades romanas foi inteiramente diferente dasituação existente entre os crentes na Igrejade Corinto. O apelo de Paulo para César lhefoi imposto como a úuica alternativa para a

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 JUIZ, JULGANDO JUIZ, O

morte quase certa em Jerusalém. Os cris-tãos em Corinto não estavam em uma situa-ção tão difícil.Questões de consciência-  Os seguintes prin-cípios podem esclarecer esta área um tantodifícil da conduta cristã: (1) A liberdade do

novo homem em Cristo deve ser mantida(Jo 8.31,36; Rm 8.15; G1 2.4; 5.1,13; Cl 2.16-23). (2) Esta liberdade, porém, não pode sedegenerar em licença ou licenciosidade (G15,13; 1 Pe 2.16; 2 Pe 2.7,10,14; Jd 4). (3) A área às vezes dúbia ou contestável entre aliberdade e a licenciosidade pode ser limitadapelo amor cristão para com “o irmão maisfraco” (Rm 14.1-23; 1 Co 8.9-13; 10.23-33; G15.13-15), por uma preocupação adequadapela própria fraqueza de uma pessoa ÍG16.1),pela predisposição em relação à superiorida-de (Tg 2.8-13), e por uma aplicação adequadada ordem “não julgueis” de Cristo ÍMt 7.1-5;cf.Tg4,ll,12).ulgamento próprio.  O cristão é convocado

a não somente julgar ou examinar a si mes-mo (2 Co 13.5), mas também a percebeT queo próprio Deus é o Examinador (1 Ts 2.4; cf.SI 139.1-6,23). Este julgamento próprio deveser umaparte da preparação espiritual paraa Ceia do Senhor (1 Co 11.27-34). Quandoconduzido adequadamente pela assistênciado Espírito Santo (Rm 8.26,27), este auto-exame coloca a Ceia do Senhor em sua pers-

pectiva verdadeira, e assim evita o julgamen-to divino que vem sobre aqueles que falhamem distinguir entre a refeição comum e aCeia do Senhor.ulgamentos a respeito da fé e da prática.

Os cristãos são solicitados a examinar tudoe reter o bem (1 Ts 5.21). Eles também sãoobrigados a provar se os espíritos são de Deus(1 Jo 4,1). Mesmo nas reuniões cristãs elesdevem “julgar” o que ouvem (1 Co 14.29). Oscrentes eoríntios receberam ordens para jul-gar imediatamente a imoralidade existenteentre os seus membros (1 Co 5.1-8). Mesmo

o estrangeiro de passagem não deve ser hos-pedado se for verificado que não se trata deuma pessoa alicerçada na verdadeira fé (2 Jo10,11)  . E um anátema (ou maldição) deveser proferido contra aqueles que apresenta-rem um tipo diferente de evangelho (G11.9).O princípio por trás de toda esta diferencia-

â ão espiritual exigida, é que o cristão jamaiseve trazer o juízo do Senhor sobre si, por

causa da doutrina ou das práticas que apro- va (Rm 14,22).

O homem espiritual de 1 Co 2.14,15.  Estehomem está acima do julgamento do homempecador pela simples Tazão de que os doishomens estão em diferentes níveis de inspi-ração e habilidade espiritual. O homem pe-cador está: em uma condição de filho do Dia-

 bo (Jo8.44; 1 Jo 3.10-12), destituído do Espí-rito Santo (Jd 19), espiritualmente morto (E2.1,5; Cl 2.13), es pi ritualmente cego (Mt23.16,24; Jo 9.39-41), e ê um cativo voluntá-

rio do pecado (Rm 6.6,16-23; 2 Pe 2.14). Por-tanto, esta pessoa é moralmente incapaz deulgar um homem espiritual que foi ressus-citado, passando a ter uma nova vida emCristo (Cl 3.1-3), sendo habitado pelo Espíri-to Santo (Rm 8.11) e por Cristo (2 Co 13.5), e

completamente transformado como umanova criatura (2 Co 5.17).ulgamento em expectativa.  Em 1 Coríntios

4.3-5 Paulo fala de três julgamentos: (1) pelo“juízo humano”, isto é, por um dia em qual-quer tribunal humano, ou pela opinião públi-ca do mundo; (2) pela própria consciência, quemesmo que não o condene, é inadequada paraustificar (isto é, aprovar definitivamente) oseu serviço; e (3) pelo Senhor Jesus Cristo,que em sua segunda vinda julgará plenamen-te. Dessa forma, o crente é exortado a nãoulgar nada, isto é, a não julgar o ministériode ninguém, até aquele evento futuro, Todosos fatores desconhecidos que agora motivamas ações do homem serão então revelados peloSenhor; e então cada homem, olhando a jus-tiça do veredicto proferido, terá o seu louvorda parte de Deus (cf. Tg 5,9).O cristão e os julgamentos futuros. As Escri-turas revelam uma relação tripla do crentecom os julgamentos futuros: (1) como alguémque será julgado para a determinação de seugalardão (1 Co 3.11-15; 2 Co 5.10; 2 Tm 4.1,8),mas não dizendo respeito à sua salvação (Jo

3.18; 5.24); (2) como alguém que participarádo julgamento do mundo e dos anjos (1 Co6.2,3; cf. Dn 7.18,21,27; Mt 19.28; Ap 2.26,27;3.21); (3) como alguém que não será julgadocom os ímpios perante o Grande Trono Bran-co de Deus, porque o seu nome está escritono livro da vida (Ap 20.11-15). Veja  Vida, Li-

 vro da; Julgamentos.

Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia.   WilliamA. Beardslee, “Judgíng”,HDB rev., pp. 541ss. A. Marzal, “The Provinci-al Governor at Mari”, JNES, XXX (1971), 186-217. Donald A. McKenzie, “The Judge of Is-

rael”, VT,XVII (1967), 118-121.  W.B.

UIZ, O Um juiz ou magistrado civil é men-cionado pela primeira vez em Israel sob aliderança de Moisés, quando JetTO sugeriuque juizes fossem designados para aliviarMoisés em suas responsabilidades adminis-trativas (Êx 18.13-26), Mais tarde, Israel seorganizou em unidades dentro de cada tri-

 bo com um homem qualificado como juiz.Estes homens deveríam julgar corretamen-te, destemidamente e imparcialmente (Dt

1.16ss.). Somente os casos mais importan-tes eram trazidos diante de Moisés (Dt 1,12-18; 21.2). Observe também a organizaçãode Israel em Números 1-10. Sob a lideran-ça de Josué um plano similaT foi seguido (Dt16.18-20; 17.2-13; 19.15-20; Js 8.33; 23,2;24.1; 1 Sm 8.1).

 A era que se seguiu à morte de Josué re-

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JUIZ, 0  JUIZES, LIVRO DE

O vale dos Dançarinos, onde se presume que os eventos de Juizes 21.21 tenham ocorrido, HFV

trata uma situação modificada como é des-crito no livro de Juizes. Aqui os líderes prin-cipais, ou juizes do povo, eram aqueles quetinham prime iramente a missão de livraros israelitas das nações opressoras (Jz 2.16).Carismaticamente dotados pelo Espírito de

Deus, eles eram “libertadores” (Jz 3.9), ca-pacitados a livrar e preservar Israel (Jz6.34-36).

palavra heb. shopet  traduzida como “juiz”parece ter sido um termo emprestado doscananeus. Ela aparece na literatura ugaríticacomo spt  com o sentido de “governante” ou‘juiz” e um sinônimo para “rei”. Posterior-mente, os principais magistrados de Cartago,descendentes dos fenícios ou cananeus, pos-suíram este título por séculos, e eram co-nhecidos dos romanos como sufetes.  Assim,

o termo heb. corretamente inclui o conceitode líder bem como o de árbitro.Durante a era entre a conquista e a monar-quia em Israel, os invasores opressores fo-ram sucessiva mente mesopotâmios, moabí-tas, cananeus, midianitas, amonitas e filisteus.Os notáveis juizes que foram usados para agircontra estes foram Otniel, Eúde, Débora eBaraque, Gideão e Sansão, conforme narra-do no livro de Juizes. Outros juizes a respeitodos quais pouca informação está disponívelforam Sangar, Abimeleque, Tola, Jair, Ibsã,Elom e Abaom. Veja mais informações sobre

cada um deles nos tópicos que trazem os seusnomes, individualmente. Alguns dos juizesdesta era são mencionados no livro deHebreus (cap. 11) como heróis da fé. Os capí-tulos iniciais de 1 Samuel (cf. 4.18} indicamque Eli serviu como juiz de Israel por 40 anos.Samuel não só guiou os israelitas em umaresistência bem sucedida à opressão dos filis-teus. mas também estabeleceu um organiza-

do tribunal itinerante. Embora ele tenha de-signado seus filhos como juizes, as condiçõesem mudança marcaram uma transição paraum reino organizado çjue trazia a necessida-de da unção de um rei (1 Sm 7.15-8.5).Durante a monarquia, o rei se tornou o su-

premo juiz em assuntos civis (2 Sm 15.2; 1Rs 3.9,28). Os casos eram julgados pelo reino portão do palácio (1 Rs 7.7), mas os tribu-nais locais estavam da mesma forma em fun-cionamento. Davi atribuiu aos levitas o ofí-cio judicial e designou 6.000 homens comooficiais e juizes (1 Cr 23.4; 26.29). Josafá am-pliou o sistema judicial em Judá, designandosacerdotes e juizes em cidades fortificadascom uma suprema corte em Jerusalém, ondeas questões religiosas estavam sujeitas aossacerdotes e as questões civis sujeitas ao prín-

cipe de Judá (2 Cr 19.5-8).Os profetas freqüentemente afirmavam quea justiça estava corrompida pelo suborno epelos falsos testemunhos (Is 1.23; 5.23; 10.1;

 Am 5.12; 6.12; Mq 3.11; 7.3). Os reis eramfreqüentemente injustos em seu modo detratar os profetas que falavam da parte deDeus (1 Rs 22.26,27; 2 Rs 21.16; Jr 36.26).

 Veja também 1 Reis 21.1-13, onde a lei eradesconsiderada por Acabe e Jezabel e falsastestemunhas eram usadas para trazer van-tagens ao rei.

 Vejo também Juiz, Julgando; Juizes, Livro de.

S. J. S. JUÍZES, LIVRO DE JUÍZES, LIVRO DE JUÍZES, LIVRO DE JUÍZES, LIVRO DE O título é derivado dapalavra “juizes” (shopHím, Jz 2.16), uma vezue as atividades dos juizes estão registra-as neste livro. Na seqüéncia histórica, eleabrange o período da história de Israel en-tre Josué e Samuel.

 A era dos juizes foi um período no qual os

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 JUIZES, LIVRO DE  JUIZES, LIVRO DE

israelitas, como povo da aliança de Deus, es-tavam frequentemente precisando dos livra-mentos divinos. Através de Moisés, os israeli-tas haviam experimentado a libertação da es-cravidão egípcia e recebido a revelação divinacomo está registrado no Pentateuco, Sob a

liderança de Josué, a geração seguinte con-quistou e ocupou parcial mente a terra deCanaã, Quando as gerações seguintes sucum-

 biram à apostasia e idolatria que resultaramna opressão, elas rogaram a Deus por livra-mento. Mais uma vez os atos poderosos deDeus foram manifestados quando vários juizes(veja  Juiz, O) responderam ao chamado deDeus para guiar os israelitas em façanhasmilitares a fim de dispersar as nações opres-soras. Estes ciclos religiosos-políticos de peca-do, dor, súplica e salvação, ocorreram repeti-damente, e podem ter sido geograficamentelimitados. Ele também podem ter sido crono-logicamente sobrepostos.

PropósitoPropósitoPropósitoPropósito Assim, o propósito do livro ao apresentar estahistória é definitivamente didático - ensinara retribuição divina sobre um povo pecador,a misericórdia de Deus sobre o arrependi-mento, e a futilidade de governos idólatrasque são centrados no homem.O ministério de Eli e Samuel, registrado nosprimeiros capítulos de 1 Samuel, concluí estaera dos juizes. A religião havia alcançado um

f  jroiundo declínio e Israel era ameaçado pe-os filisteus apesar das proezas de Sansão.

 Apesar da liderança de Samuel, que serviucomo juiz da lei, surgiu um reavivamento deforma que Israel estava suficientementeunificado para resistir aos agressivos ata-ques e à ocupação dos filisteus.

EsboçoEsboçoEsboçoEsboçoI.

 

Condições Durante o Período dos Juizes,1.1-  3.6

1. 

 Áreas desocupadas, 1.1-2.52.  Ciclos religiosos-políticos, 2.6-3,6II. Nações Opressoras e Juizes Israelitas,3.7-16,31

1. Mesopotâmia - Otniel, 3.7-112.  Moabe - Eúde, 3,12-303.

 

Filístia - Sangar, 3.314.  Canaã (Hazor) - Débora e Baraque,

4.1-  5.315.

 

Midiã - Gideão, 6.1-8.356.  Carreira tirânica de Abimeíeque, 9.1-

577.

 

TolaeJair, 10.1-5

8, Amom - Jefté, 10.6-12.79. Ibsã, Elom e Abdom, 12.8-1510.Filístia - Sansão, 13,1-16.31

III.   Apêndices; Resultados da Apostasia,17.1-  21.251. IdolatriadeMicaeamigraçãodanita,

17.1-  18,312. Atrocidade de Gibeá e guerra benja-

mita, 19.1-21.25

CronologiaCronologiaCronologiaCronologia A cronologia do livro de Juizes não é tão sim-ples quanto pode parecer ao leitor casual,Uma simples adição dos anos distribuídospara cada juiz totaliza cerca de 410 anos.Mesmo com uma data antiga (aprox. 1400

a.C.) para Josué, é impossível incluir todosestes anos antes de Davi (aprox. 1000 a.C.) eermitir que haja tempo para Eli, Samuel eaul. Consequentemente, as carreiras des-tes juizes se sobrepuseram ou podem até tersido contemporâneas. Entre vários estudosdesta cronologia está o de J. B. Payne (AnOutline ofHebrew History,  1954, p. 79), queé responsável por esta era começando comOtniel em 1381 a.C. e terminando com a car-reira de Samuel em 1050 a.C. Sansão e Jeftépodem ter sido contemporâneos. Os estudio-sos que defendem uma data de 1300 a.C, oumais tarde para Josué, por necessidade com-primem o tempo para os juizes em dois sécu-los ou menos. As referências em 1 Reis 6.1 euizes 11.26 parecem favorecer a data mais

antiga para Josué, permitindo um períodomaior entre a entrada de Israel em Canaã eo estabelecimento do reino.

 Arqueologia Arqueologia Arqueologia Arqueologia A arqueologia tem oferecido informações sig-nificativas para as cogitações sobre o desen-

 volvimento histórico na Palestina durante operíodo estudado no livro de Juizes. O suces-so inicial de Josué na conquista de Canaãpode ser refletido nas cartas de Tell el-

 Amaraa escritas algumas décadas mais tar-de. Várias cidades-estado foram derrotadase haviam pedido ajuda ao Egito. Este podeter sido o fator responsável pela captura decidades como Laquis e Debír por Josué (aprox,1400 a.C.), sua reocupaçâo pelos cananeus,e sua subsequente destruição pelo fogo(aprox. 1230-1200 a.C.), como indicado pelaarqueologia. Débora e Baraque devem terulgado no século XIII, porque lutaram con-

tra Hazor; a ocupação da imensa cidade bai- xa e do Nível XIII do tell  terminou na segun-da metade daquele século. Abimeíeque, o fi-lho de Gideão, queimou Siquém, e esta des-truição foi datada do século XII a.C. E muitoprovável que o Egito tenha continuado a con-trolar as principais rotas de comércio ao lon-go da costa da Palestina e através da Galiléiaadentrando o século XII. Testemunhas dissosão as inscrições do nome de Ramessés III(1198-1167 a.C.) em cidades como Bete-Seãe Megido. Garstang, em seu estudo (Joshua-udges,  1931), sugere um sincronismo en-

tre o controle egípcio e os períodos de des-canso como indicado no livro de Juizes.

 Autor Autor Autor AutorO autor deste livro é desconhecido. Evi-dências internas apontam para os anos pos-teriores à morte de Sansão e à coroação dorei Saul (Jz 17.6; 18,1; 19.1; 21.25); mas

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 JU ZES, LIVRO DE JULGAMENTOS ou JU ZOS

O tribunal ou bema onde Paulo compareceu perante Gálio em Corinto At 1$

estas evidências indicam que a obra foi es-crita antes da conquista de Jerusalém porDavi (aprox. 1100-1000 a.C.; cf. Jz 1.21; 18.1;19.1)

 

. A afirmação em Juizes 1.29 de queos cananeus ainda estavam no controle deGezer data estes escritos como anterioresà época em que o rei do Egito conquistouesta cidade (aprox. 970 a.C.) e a deu aSalomão. Parte do conteúdo, como o cânticode Débora, reflete a data da composição

como tendo ocorrido na época do evento, Épossível que Samuel ou um de seus discí-pulos tenha compilado a história deste pe-ríodo como apresentado no livro de Juizes.Veja também Rute.

Bibliografia.  Gleason L. Archer, Jr., SOTI,pp. 262-267. C. F. Burney, The Book oudges,  2a  ed., Londres. Rivington, 1930.

 Arthur E. Cundall,  Judges,  e Leon Morris,Ruth,  Tyndale OT Commentaries, Londres.IVCF, 1968. John J. Davis, Conquest andCrisis,  Grand Rapids. Baker, 1970. John

Garstang,  Joshua-Judges,  Londres.Constable & Co., 1931.  Joshua, Judges,Ruth,  KD. C. F. Kraft, “Judges, Book of”,IDB, II, 1013-1023. J. Barton Payne,“Judges, Book of”, NBD, pp. 676-679.Charles F. Pfeiffer, “Judges”, WBC, pp. 233-265, M. B. Rowton, “Chronology. Ancient

 Western Asia”, CAH, 2‘  ed., fascículo # 4,pp. 67ss. G. Emest Wright, Shechem. The  11 

Biography of a Biblical City,  Nova York.McGraw-Hill, 1964, pp. 123-128. Y. Yadin,“Hazor”, TAOTS, pp. 244-263.

S. J. S.

ULGAMENTOS ou JUÍZOS Os principaistermos traduzidos como julgamento” são o heb. mishpat  e os gregos krima  e krisis. Derivadadeshaphat,  “julgar”, a palavra heb. denota umdinâmico “fazer o certo” como resultado de dis-tinguir entre o certo e o errado (1 Rs 3.9).

Entre o povo da aliança de Deus, o julga-mento é baseado em sua revelação e instru-ção (tora)  para eles. Deve ser uma atividadereligiosa (Mq 6.8) para punir o malfeitor, jus-tificar o justo, e livrar o fraco da condenaçãoinjusta, a fim de realizar a verdadeira justiça(Is 1.17; Zc 8.16,17).  Mishpat é  o direito fun-damental, frequentemente ocorrendo nosentido da lei, sendo geralmente traduzido,então, como “ordenança” (2 Rs 17.34,37; Is58.2)  . O juízo de. Deus é perfeitamenteusto,

não arbitrário. E “uma mistura de confiançae misericórdia, de lei e amor” (Morris, TheBiblical Doctrine of Judgment, p. 21), O juízodo Senhor é a operação de sua misericórdiae de sua ira, trazendo libertação para os man-sos (SI 25.9; Dt 10.18; Is 30.18ss.), bem comoa condenação para os ímpios (Dt 32.41). O“conceito de juízo” do AT “bem uma base legalue emerge como aquela atividade judiciale discriminação, de acordo com o direito,

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 JULGAMENTOS ou JU ZOS  JULGAMENTOS ou JU ZOS

rido através de nosso Representante, e res-suscitado com Ele em novidade de vida (Rm5.12ss.; 6.3-5; 1 Co 15.22). Por esta razãolemos em Romanos 8.1: “Portanto, agora,nenhuma condenação [juízo de maldição]há para os que estão em Cristo Jesus”. Como

resultado, o crente nunca mais será julgadopor seus pecados. Deus os lançou para trásde suas costas, e não se lembrará mais de-les (Is 38.17; 43.25; SI 103.12; Jr 31.34; Hb10.17)  . b.

  O juízo do caminhar do crente. Este vemna forma de correção divina e de castigo (1 Co11.30-32; Jo 15.1-8; Hb 12.3-15). Deus o infli-ge sobre o cristão para que este não seja jul-gado com o mundo (1 Co 11.32). Ele pode to-mar a forma de aflições severas nas mãos deSatanás a fim de subjugar a sua natureza car-nal (1 Co 5.5}. Pode terminar com a remoçãodo cristão pela morte, caso ele não se arre-penda (1 Co 11.30). O “pecado para morte”mencionado em 1 João 5.16, porém, é punidocom a morte eterna no caso daquele que deli-

 beradamente continua em pecado (Hb 10.26)e persistentemente nega a encarnação do Fi-lho de Deus (1 Jo 2.22; 4.3; 2 Jo 7) ou a suadivindade. Veja Pecado para Morte.c.

  O juízo das obras do crente. Uma vez que osseus pecados já foram julgados na pessoa deseu substituto, o Senhor Jesus Cristo (Rm8.3; 2 Co 5.21; lPe 2.24), o cristão não é julga-

do novamente por seus pecados junto com omundo (1 Co 5.5). Ele deve, porém, compare-cer ou se apresentar perante o que é chama-do de o tribunal (gr.  bema)  de Cristo (2 Co5.10; Rm 14.10), “para que cada um recebasegundo o que tiver feito por meio do corpo,ou bem ou mal”. Suas obras devem ser mani-festas abertamente no  bema  on tribunal douiz (cf. At 25.6,10,17). Este termo também serefere à base ou à plataforma em um anfite-atro onde os prêmios,eram dados, como emCesaréia (At 12.21). É altamente necessárioque o serviço de cada filho de Deus seja exa-minado e avaliado (Mt 12.36; 2 Co 9.6; G16.7,9;Ef 6.8; Cl 3.24-25). Como resultado deste jul-gamento das obras do crente haverá galardãoou perda dele. Mesmo no segundo caso, sesua obra for queimada, o crente verdadeira-mente nascido de novo “será salvo, todaviacomo pelo fogo” (1 Co 3.12-15).

 Visto que devemos reinar com Cristo e al-guns serão designados governantes de cincoe alguns de dez cidades em seu reino mileniaí,este julgamento deve ocorrer antes do re-torno dos santos para governar com Cristo

(Zc 14.5; Jd 14; Ap 20.4). Este pode ser umprocesso continuo, cada santo sendo julgadopor suas obras imediatamente ao passar des-ta vida para estar com o Senhor (1 Co 3.12-15). Outra possibilidade é que o tribunal deCristo seja estabelecido no céu depois do ar-rebatamento da Igreja e antes da volta glori-osa de Cristo à terra para estabelecer o seureinado em Jerusalém. Veja Tribunal.

d,  O julgamento de Israel. O Senhor julga-

rá a sua nação escolhida, Israel, quando voltar com todos os seus santos, antes deestabelecer o seu reino (Ez 20.33-44; Ml 3.2-6). Esta ação é a etapa final de seu juízocontínuo da nação de Israel, predito com

tanta freqüeneia (por exemplo, Dt 28.15-68;Is 1; 3; 5 etc.; Jr 2-9) e executado de formatão severa na história.e.  O julgamento das nações. Este é oiulga-mento mais difícil de localizar e definir. E men-cionado em duas partes. Primeiro, o juízo der-ramado por Cristo ao vir para punir aquelasnações que se uniram sob o governo do

 Anticristo para destruir Israel (J1 3.12-16; cf.Zc 12.1,9; 14.2ss.). Tal destruição é o clímax dosuízos de Deus contra nações específicas queprejudicaram o seu povo escolhido, Israel, comoanunciado pelos profetas do AT (por exemplo,Is 13-23; Jr 46-51; Ez 25-32). Segundo, umulgamento de todas as nações depois da se-gunda vinda de Cristo (Mt 25.31-46).O Senhor não pode assumir seu governomileniaí sobre a terra sem primeiro julgar asnações pelo que têm feito. Em Mateus 25.32a palavra “nações” é uma tradução do termogr. ethne,  o equivalente do termo heb.  goyim,que também significa “povos”, “gentios”. Aquieles parecem ser todos os povos civis nãomortos na batalha do Armagedom, quandoseus exércitos foram destruídos (Ap 16.14,16;

19.19-21). A base deste julgamento deve sero modo como estes povos, como indivíduos,trataram “um destes meus pequeninos” (Mt25.40), e se refere ao tratamento que dis-pensaram tanto aos cristãos (Hb 2.11-14)como ao povo mais antigo de Deus, Israel (SI22,22; 69.8).O dilema da dificuldade em decidir a natu-reza deste julgamento, reside no fato de elefalar do povo anteriormente perdido receben-do a bênção eterna ou a condenação eternacom base nas suas obras. Visto que nenhumhomem pode ser justificado por suas obras(Rm 3.19,20; G1 2.16), não se pode formaruma parte de nenhum julgamento geral dosustos e dos ímpios. No entanto, por estamesma razão, isto se adequa à situação exis-tente na segunda vinda de Cristo e descreveo juízo devido às “nações” por suas ações emrelação aos crentes e israelitas durante aGrande Tribulação.

 A única dificuldade que permanece com qual-quer interpretação é a declaração de queenquanto os bodes irão “para o tormento eter-no”, os justos irão “para a vida eterna” (Mt

25.46). Se estas passagens forem tomadascomo uma simples referência à entrada noreino mileniaí sem implicar na salvação, en-tão podemos compreender o veredicto. Elapode significar uma vida que conduza à vidaeterna uma vez que é uma e a mesma com oSenhor. A explicação mais provável é que asEscrituras falam de um arrependimento na-cional de todo o Israel naquele tempo (Zc

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JULGAMENTOS ou JU ZOSJULGAMENTOS ou JU ZOSJULGAMENTOS ou JU ZOSJULGAMENTOS ou JU ZOS JURAMENTOJURAMENTOJURAMENTOJURAMENTO

12.10-13.1; Dt 30.1-10; Os 5.15-6.3; Ap 1.7),e da salvação daquela nação em um dia (Is66,8; Zc 3.9; Rm 11.26); o mesmo irá ocorreràquelas nações que trataram bem aos cris-tãos e aos judeus. Tendo a permissão de en-trar no reino, eles irão imediatamente se

arrepender, reconhecer a Cristo, ser salvose.  portanto, podem ser citados por Cristo como

entrando na vida eterna.f.  O julgamento dos anjos. O cristão deverátomar parte neste evento (1 Co 6.3). Pareceocorrer no momento do julgamento de Sata-nás e está ligado ao juízo do Grande TVonoBranco (Ap 20.11ss.; cf. 2 Pe 2.4; Jd 6)..  O julgamento dos ímpios. Nào há nenhu-

ma indicação de algum julgamento dosímpios antes de Apocalipse 20.11, exceto nocaso das nações ímpias em Mateus 25. So-mente os mortos justos serão ressuscitadosno início do reinado milenial de Cristo (Ap20.4), e a segunda morte não terá poder so-

 bre eles. Todos os ímpios, em contraste,chamados de “os outros mortos”, nãoreviverão até que os mil anos tenham ter-minado (v. 5). Eles são os participantes douízo final. Seu julgamento se baseia em duascoisas; em suas obras, que sozinhas nãopodem salvá-los; e na presença ou ausênciade seus nomes no livro da vida. Todos aque-les que não forem encontrados no livro da

 vida deverão ser lançados no lago de fogo

(v. 15).Veja  Crime e Punição; Estado Eterno e Mor-te; Juiz, Julgando; Justiça (de Deus).

Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia. F. Büchsel e V. Hemtrich, “Ermoetc”., TDNT, III, 921-954. Leon Morris, TheBiblical Doctrine of Judgment,  Londres.Tyndale Press, 1960. Norman H. Snaith, TheDistinctive Ideas of the Old Testament, Lon-dres. Epworth Press, 1944, pp, 74-77.

R. A. K. e J. R.

 JÜLIA JÜLIA JÜLIA JÜLIA Uma mulher cristã de Roma a quem

Paulo enviou saudações; provavelmente amulher ou irmã de Fjlòlogo (Rm 16.15).

 JÚLIO JÚLIO JÚLIO JÚLIO Este centurião, citado várias vezesem Atos 27, e uma vez em Atos 28.16 deacordo com alguns manuscritos, mas não nosmelhores textos, foi o homem designadocomo encarregado de Paulo, o prisioneiro,quando ele foi enviado a Roma após apelarpara César. Júlio era supostamente seu nomede família. Não se tem certeza de que ele eraum cidadão romano. Os soldados da Palesti-na não eram membros das forças legionári-

as, mas sim das tropas auxiliares recrutadasdo  peregrini,  ou indivíduos da província. Jú-lio tratou Paulo com bondade (At 27,3) e pou-pou sua vida, quando seus soldados planeja-ram matá-lo antes do naufrágio (At 27.42,43).

 JUMENTO JUMENTO JUMENTO JUMENTO Veja  Animais; Antílope 13.1;13.1;13.1;13.1;  Ju-mento Selvagem 11.24; Onagro 11.30. 11 

 JUMENTO MONT S JUMENTO MONT S JUMENTO MONT S JUMENTO MONT S Veja  Animais: Ona-gro 11.30.

 JUNÇÃO JUNÇÃO JUNÇÃO JUNÇÃO Usada para indicar umão, comonas cortinas do Tabernáculo (Ex 26.4,5;36.11,12,17)  . Uma palavra similar

hebraicarefere-se às vigas usadas para unir as pare-des (2 Cr 34.11) ou aparelhar ferro (1 Cr22.3)  , Veja Juntura.

 JUNCO JUNCO JUNCO JUNCO Veja Plantas: Junco.

 JUNIA ou JUNIAS JUNIA ou JUNIAS JUNIA ou JUNIAS JUNIA ou JUNIAS Um cristão em Roma(muito provavelmente um homem, embora aforma acusativa [Ioynian] em Rm 16.7 sejaambígua quanto ao gênero). Juntamente com

 Andrõnico, ele é saudado por Paulo como umcompanheiro judeu (cf. Rm 9.3), um compa-nheiro de prisão (durante algum período de

prisão desconhecido; 2 Co 11.23), um homem“notável entre os apóstolos” (usando o termo“apóstolos” como uma referência aos mestrese evangelistas cristãos em geral; cf. At 14.4,14;G11.19; 2.9), e um homem que já era cristãoantes da conversão de Paulo.

 JÚPITER JÚPITER JÚPITER JÚPITER Veja Falsos deuses.

 JURAMENTO JURAMENTO JURAMENTO JURAMENTO Um recurso por palavra ouato para confirmar a verdade da declaraçãode uma pessoa ou o cumprimento de umapromessa (Gn 21.23,30; 31.53; G1 1.20; Hb

6.16). Os juramentos nas Escrituras são dedois tipos, aqueles feitos por Deus e aquelesfeitos pelos homens.Os juramentos de Deus são afirmações sole-nes para seu povo, afirmações da aliança daabsoluta verdade de sua Palavra (Nm 23.19)a fim de que possam depositar uma confian-ça implícita em sua palavra (Is 45.20-24). Suaspromessas confirmadas por juramento foramfeitas aos patriarcas (Gn 50.24; SI 105,9-11),à nação de Israel (Dt 29.10-13), à dinastiadavídiea (SI 89.35-37,49), e ao Sacerdote-Reimessiânico (SI 110.1-4; Hb 7.15-22). O fiador

de todas as promessas divinas é  o Senhoresus Cristo, em quem elas encontram o seu

cumprimento (2 Co 1.19ss.).Um juramento feito pelos homens é um re-curso solene a Deus para confirmar a veraci-dade de suas palavras, carregando a implica-ção expressa de castigo em caso de falha emfalar a verdade ou cumprir a promessa. NasEscrituras, os juramentos desempenharamum papel importante em tribunais legais (Ex22.11; Lv 6.2-5) e em transações nacionais (1Rs 18.10; 2 Rs 11.4; Ez 17.16), bem como em

assuntos domésticos e religiosos (Gn 24.37;z 21.5; 1 Rs 2.43; Ed 10.5). O voto de uma virgem estava obrigado se seu pai não o de-saprovasse (Nm 30.3-5); da mesma forma, o

 voto de uma mulher casada dependia da apro- vação de seu marido (Nm 30.6-15). A lei mosaica enfatizou a natureza obrigatóriados juramentos (Nm 30.2), e decretou o casti-

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 JURAMENTO JUSTIÇA JUSTIÇA JUSTIÇA JUSTIÇA 

go para o perjurador, aquele que faz um jura-mento falso (Dt 19.16-19; 1 Tm 1.10). O falsouramento de uma testemunha ou uma falsaafirmação com relação a uma promessa ou aalguma coisa encontrada, exigia uma ofertapelo pecado (Lv 5.1-6; 6.2-6). A lei enfatizou a

seriedade dos juramentos (Ex 20.7; Lv 19.2; Zc8.16,17)  e proibiu o juramento por deuses fal-sos {Js 23.7; Jr 12.16; Am 8.14).

 As Escrituras citam alguns juramentos fla-grantemente pecaminosos, tais como o jura-mento inconsequente de Herodes Antipas (Mt14.6-10), o juramento blasfemo de Pedro (Mt26.72), e o juramento incitado pelo ódio dosinimigos de Paulo (At 23.12-15).Os juramentos eram comumente feitos le-

 vantando-se a mão a Deus (Gn 14.22; Ez20.5ss., Hb 3.18; 6.13; 7.21; Ap 10.5), e emcasos excepcionais colocando-se a mão de-

 baixo da “coxa” ou do escroto daquele a quemo juramento era prestado (Gn 24.2ss.; 47.29).Este era um modo solene de significar que,se o juramento fosse violado, a descendênciada pessoa vingaria o ato de deslealdade (WBC,

28; veja Coxa).s juramentos às vezes eram prestados di-

ante do altar (1 Rs 8.31; 2 Cr 6.22). Os sole-nes juramentos de aliança eram frequente-mente acompanhados por algum ato sétuplo(Gn 21.27-30), ou dividindo-se um animal emduas partes e passando entre as duas partes(Gn 15.8-18).Os juramentos eram feitos pela vida da pes-soa a quem estava sendo dirigido (1 Sm 1.26;17.55; 2 Sm 11,11), pela própria cabeça (Mt5.36), por Jerusalém (Mt 5.35), pelo Temploou por suas diferentes partes (Mt 23.16-22),pela terra ou pelo céu (Mt 5.34ss.), pelo tronode Deus (Mt 5.34), ou pelo próprio Deus (Jz8,19; 1 Rs 18.15). Várias fórmulas eram usa-das, tais como: “Deus é testemunha entre mime ti” (Gn 31.50), ou mais comumente, “Vive oSenhor...” ou “Tão certo como vive o Senhor”

(Jz 8.19; Rt 3.13; Jr 38.16). Geralmente a pe-nalidade invocada pela violação era apenassugerida (Rt 1.17; 2 Sm 3.9; 2 Rs 6.31), mas, às

 vezes, ela era expressa (Jr 29.22).O Senhor Jesus Cristo condenou o usoindiscriminado, leviano ou evasivo de jura-mentos que prevalecia entre os judeus (Mt5.33-37; 23.16-22). Ele ensinou que os homensdeveríam ser transparentes e honestos emseu falar, para que os juramentos entre elesse tomassem desnecessários (Mt 5.34-37). Emseu reino, a honestidade de seus membroselimina o uso dos juramentos (cf. Tg 5.12).

Veja Adjurar; Aliança; Maldição; Voto.Bibliografia.  Marvin H. Pope, “Oaths”, IDE,III, 575-577. Johannes Schneider, “Omnuo”,TDNT, V, 176-185; “Horkos  etc”., TDNT, V,457-467.

D. E. H.

URAR Veja Juramento.

UROS Veja Usura.

USABE-HESEDE Um filho ou neto de Zo-robabel (1 Cr 3.20).

USTIÇA No AT, várias palavras hebraicasestabelecem o conceito bíblico daquilo que é

direito (q,v.). A palavra  vashar   denota o cami-nho “reto, direito, suave” (Pv 9.15; 15.21; Is26.7), e aquilo que é agradável ou satisfatóriopara Deus por ser direito (Dt 12.25,28). Aqueleque segue esse caminho e pratica tais obras échamado de “reto” ou “justo” (Jó 1.1).Espera-se que um juiz (shophet),  ao decidiruma questão e exercer o julgamentoimishpat),  deva ter o atributo do  mishpat,isto é, da “justiça, do direito e da retidão”.eová é  um Deus de justiça (Is 30.18), e seria

inconcebível que Ele, como Juiz de toda aterra, não agisse corretamente ou não prati-casse a justiça (Gn 18.25). O Senhor exigeqne o homem, que foi criado à sua imagem,também procure e pratique a justiça (Is 1.17;56.1; Mq 6.8).Um terceiro termo, sedeq,  designa o que éusto, direito ou normal como pesos e medi-das plenos e justos (Dt 25.15). Deus está sen-tado em seu trono julgando “justamente” ou“retamente” (SI 9.4), de modo que Davi mos-trou confiança ao pedir que o Senhor ouvis-se a sua “justiça” ou a sua “causa justa” (SI17.1). Os julgamentos de Deus são “corretos”

ou justos, executados com fidelidade para onosso supremo bem (SI 119.75).Um cognato dessa terceira palavra é o subs-tantivo s‘daqa,  ou “justiça”. Por causa de seugrande espectro de significados no AT, e deseu uso posterior na literatura intertestámen-tária e rabínica como um termo usado parauma conduta eticamente aprovada, Elizaoethe Paul Achtemeier afirmaram que tanto no

 AT como no NT a ‘justiça” é um conceito derelacionamento e que “aquele que é justo temcorrespondido às exigências que lhe foramimpostas pelo relacionamento no qual está

inserido” (IDB, IV, 80). A pessoa justa pratica o que é direito, justoou necessário para sustentar relacionamen-tos harmoniosos dentro de sua família e dacomunidade (por exemplo, Tamar, Gn 38.26).Ela está preocupada com os direitos dos po-

 bres (Pv 29.7), e fala a favor destes, procu-rando defender a sna causa (Pv 31.8,9). A ustiça está intimamente ligada ao atendi-mento aos pobres (SI 112.9; 2 Co 9.9,10). Osprofetas advertiram continuamente sobre afalta de justiça nos portões (onde os julga-

mentos eram geralmente realizados), poisospróprios fundamentos da vida comunitáriaestavam sendo destruídos (Is 29.21; 59.4,14;

 Am 5.10,11,15; Hc 1.4).Com respeito a Deus, os israelitas eram con-siderados justos quando cumpriam as exi-gências de seu relacionamento pactuai como Senhor. Deus havia escolhido Israel em

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 JUSTIÇA  JUSTIÇA

sua graça, e deu a essa nação a lei no monteSinai afim de guiá-la, porque era o povo desua aliança. Seu propósito era fazer dela umanação santa, da mesma forma que Ele mes-mo, o Senhor seu Deus, é santo (Lv 19.2;20,26; 21.6-8). Portanto, um relacionamentousto com Deus incluía a obediência e o amorà sua lei (Dt 6.25; SI 1). Mas o elemento es-sencial desse relacionamento pactuai era aconfiança no Senhor e a submissão da vidadas pessoas à sua soberania. Dessa forma, orelacionamento pela fé era fundamental (Hc2.4). “Aquele que pela fé não aceita o contex-to da lei e a soberania do Senhor, não podeser justo perante Ele, mesmo que cumpratodos os preceitos da lei” (IDB, IV, 82).

 A justiça de Deus não é uma qualidade ouum atributo abstrato, mas o cumprimento

de sua parte na aliança que Ele celebrou como povo que escolheu (Ne 9.8,32,33; SI103.6,7,17,18). O Senhor sustenta aquele queé correto, e ajuda aqueles que têm seu direi-to suprimido quando julga os iníquos (SI 72.2-4; 94.14-23). Seus justos juízos são julgamen-tos salvadores (SI 36.6), Por ser um Deususto, Ele é o Salvador (Is 45.12). “A salvaçãodo Deus de Israel é a sua justiça, o cumpri-mento de sua parte na aliança que celebroucom essa nação” (IDB, IV, 83). Os “atos deustiça” ou as “justiças” do Senhor, os quaisSamuel discutiu com todo o povo, eram osseus atos de libertação e de redenção quan-do retirou Israel do Egito (1 Sm 12.7; cf, SI65.5; Is 46.13; 51.5,6,8; 62.1). Ele continua apraticar o juízo a favor dos oprimidos, e amostrar o seu amor pelos justos, cujos direi-tos haviam muitas vezes sido suprimidos emcircunstâncias desafortunadas (SI 146.7-9).Entretanto, o povo de Deus não correspondeuem termos nacionais e individuais. Não exis-tia ninguém que fosse verdadeiramente jus-to: “Não há ninguém que faça o bem” (SI14.1-3; cf. Rm 3.10-12; 7.18). “Não há homem

usto sobre a terra, que faça bem e nuncapeque” (Ec 7.20) e Isaías escreveu: “Todosnós somos como o imundo, e todas as nossasustiças, como trapo da imundícia” (64.6).Dessa forma, qualquer justiça que um homempossa ter só será proveniente ae seu relacio-namento com Deus, Ele deve recebê-la deDeus. Os teólogos lhe deram o nome de justi-ça atribuída, e essa doutrina está baseada naexperiência de Abraão em Gênesis 15,6: “Ecreu ele no Senhor, e foi-lhe imputado istopor justiça”. Por ter praticado a fé no Senhore nas suas promessas, Abraão - que de modo

algum era um homem isento de pecados (cf.Gn 20) - esteve em um relacionamentopactuai com Deus. Esse relacionamento, quese originava inteiramente na bondosa eleiçãodivina e em sua chamada (Gn 12.1-3; Js 24.2,3;Ne 9.7,8), chama-se ‘justiça”.De maneira semelhante, todo pecador arre-pendido penetra nesse estado de justiça quan-do, pela fé, aceita a bondosa dádiva de Deus:

“Sião será remida com juízo, e os que voltampara ela, com justiça. Mas os transgressorese os pecadores serão juntamente destruídos;e os que deixarem o Senhor serão consumi-dos” (Is 1.27,28). “Mas a salvação dos justos

 vem do Senhor... porquanto confiam nele”CS137.39,40).E Deus que afirma a sua justiça ao perdoarIsrael. Ele conserva o povo que escolheu den-tro do relacionamento pactuai celebrado con-sigo mesmo, imputando-lhes uma justiça queeles não têm. Isso equivale a conceder-lhes asua salvação (Is 46.12,13). Na nova aliança,Deus compartilha o seu Ser com eles, poisEle será chamado de “O Senhor Justiça Nos-sa” (Jr 23.6; 33.16) e, através dessa justiça,os seus crentes remanescentes serão esta-

 belecidos (Is 54.14).

 J. R.No NT, a palavra grega mais frequente paraustiça é dikmosyne, que é a tradução regularda LXX para a palavra hebraica sfdaqa.  Damesma maneira que no AT, a expressão ‘jus-tiça de Deus” não se refere especificamente àinerente perfeição do caráter divino. Antes,ela fala sobre a sua justa provisão de salvaçãopara os pecadores (Rm 1.17; 3.5,21,22,25,26;10.3; 2 Co 5.21). No evangelho, que é o poderde Deus para a salvação de todo aquele quecrê, foi revelada a justiça de Deus (Rm 1.16,17),Ela se torna efetiva entre os homens que, porcausa de seu pecado, estão sujeitos à ira deDens e muito longe dele. Através da bondosaextensão da justiça de Deus, eles são conduzi-dos a um relacionamento salvador com Ele.

 A justiça de Deus depende, por um lado, doSenhor ser fiel à sua própria natureza - queé  boa e santa - e, por outro, de tratai' suascriaturas com justiça. Na justa provisão divi-na de uma forma de salvação, Ele não podeperdoar o pecado sem satisfazer sua justiça,e manter sua santidade. A justiça de Deus,manifestada em seu justo plano para a sal-

 vação através da morte expiatória e substi-tutiva de Cristo, satisfaz a ambas. A aceita-ção dessa provisão, por parte do pecador, per-mite a Deus atribuir-lhe tudo que Cristo fezpor ele, para alcançar a sua salvação. Nessaaceitação de Cristo, como portador de peca-dos e Salvador pela fé, o homem recebe a“justiça que é pela fé”, uma expressão queexpressa a justiça de Cristo que é atribuídaao crente (Rm 4.5ss.; 9.30; Fp 3.9).Na época do AT, os pecados do crente eramperdoados através da paciência (ou da tole-rância) de Deus (Rm 3.25), pois Deus aplica-

 va a expiacão de uma forma antecipada eproléptica. Na Era do Evangelho, os pecadossão remidos com base na salvação que já foiconsumada no Calvário, Nesses dois casos, austiça e a probidade de Dens foram satisfei-tas, Primeiro, quando Deus aguardava omomento da cruz, e agora, quando Ele a re-corda. Portanto, Paulo escreve a respeito doSenhor Jesus Cristo: “Ao qual Deus propôs

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 JUSTIÇA  JUSTIÇA (ET1CA)

para propiciação pela fé no seu sangue, arademonstrar a sua justiça  pela remissão dospecados dantes cometidos, sob a paciência deDeus; para demonstração da sua justiça  nes-te tempo presente, para que ele seja justo e

ustificador daquele que tem fé em Jesus1

’(Rm 3.25,26; os itálicos foram acrescentadospelo autor).Enquanto Deus Pai é chamado de "JustiçaNossa” no AT (Jr 23.6; 33.16), o Senhor Je-sus Cristo, no NT, é especificado como a nos-sa justiça (1 Co 1.30). Ele é  o ponto principale a consumação da lei, que resulta em justiçapara todo aquele que crê (Rm 10.4), para quetodo aquele que tenha fé possa ser justifica-do. Essa justiça salvadora é imputada quan-do o homem crê, de coração, que Deus res-suscitou Cristo dos mortos (Rm 10.9,10).

Veja Imputação; Justificação; Direito. R. A, K.

Bibliografia.  Elizabeth R. Achtemeier,“Righteousness in the Old Testament”, IDB,IV, 80-85. Paul J. Achtemeier, “Righteousnessin the New Testament”, IDB, IV, 91-99.

 Abraham Cronbach, "Righteousness in JewishLiterature, 200 B.C.-A.D. 100”, IDB, IV, 85-91.David Hill, Greek Words and Hebrew Meanings,Cambridge. Univ. Press, 1967, especialmenteo capítulo sobre díkaiosyne. John Murray, The

Epistle to the Romans,  NIC, 2 vols., GrandRapids. Eerdmans, 1963, 1965. J. BartonPayne, The Theology of the Older Testament,Grand Rapids. Zondervan, 1962, pp. 155-161,415-418. Gottlob Schreuk, “Díkaios  etc.”,TDNT, II, 182-225. Norman H. Snaith, TheDistinctive Ideas of the Old Testament, Lon-dres. Epworth Press, 1944, pp. 51-93,161-173.

USTIÇA ( TICA) Em dois diálogos dePlatão, A República  e Gorgias,  o assunto jus-tiça é discutido em um nível tão fundamen-tal que as opiniões divergentes ocorrem pe-riodicamente em todas as eras subsequen-tes. O conflito reside entre aqueles que di-zem que aqueles que detêm o poder fazem oque é correto, e aqueles que dizem que o po-der pode ser usado de forma justa ou injusta,e que a justiça pertence a uma ordem maiselevada que a utilidade.No século XVII, Hobbes e Spinoza tomaramuma posição semelhante à opinião de que os“poderosos fazem o que é correto”. Em essên-cia, eles defendem que o grupo mais fortenão pode fazer injustiça ao servir aos seus

próprios interesses, e o mais fraco não sofreinjustiça se for inconveniente o bastante parasofrer quando resiste à vontade daqueles quetêm o domínio sobre ele. Para Hobbes (Levia-than ),  a palavra justiça não tem nenhum sig-nificado até que os homens voluntariamenteformem um estado investido de poder sufici-ente para coagir os homens a se submeterema ela, homens que não obedecem às leis civis.De acordo com Spinoza, em um estado natu-

ral nada pode ser chamado de justo ou injus-to, mas apenas em uma sociedade civil. Con-sequentemente, a justiça para o indivíduoconsiste em guardar as leis do estado, e parao estado, ao forçar quaisquer que sejam as

leis que ele tenha, o poder de promulgar nointeresse de sua autopreservaçâo. Esta é aopinião aceita pelos humanistas e naturalis-tas em nossos próprios dias, e colocada emprática pelos ditadores modernos.

 A opinião oposta, à qual todos os cristãos jun-to com muitos outros subscrevem, é que austiça transcende e julga a vontade do esta-do. Isto não nega que a preservação da justi-ça seja a tarefa do estado. Paulo declarouque as autoridades de governo foram insti-tuídas por Deus (Rm 13.1-7; cf. 1 Pe 2.13-17).

 A justiça é o princípio organizador do estado,

o laço que mantém os homens unidos emsociedades civis, sem a qual, como disse Agos-tinho, o estado não é melhor que um bandode ladrões. O princípio de justiça é mais ele-

 vado que a constituição do estado; portanto,a justiça não pode ser entendida como mera-mente certa de acordo com um critério quese baseia apenas no poder daqueles que sãoos responsáveis por ela.

 Aqueles que defendem esta segunda opiniãopensam que há uma justiça natural que trans-cende as relatividades da história e se man-tém para todos os homens em toda parte. Paraos fundadores dos EUA, esta justiça naturalconsistia em certos direitos conferidos peloCriador a todos os homens. Estes direitoseram inalienáveis no sentido de que o estadopoderia garanti-los, mas nunca negá-los. Ofilósofo Locke (On Civil Government)  consi-derava um axioma auto-evidente da razão:todos os homens poderíam desfrutar todas ascoisas em uma medida de igualdade e liberda-de que proíbe o dano ao próximo em termosde vida, saúde e propriedade. Tomás de Aquinoparece considerar esta justiça natural como

uma parte do conceito da lei natural. Analisando o conceito um pouco mais de perto,os pensadores que falam aa justiça como umalei natural da vida humana, consideram-nacomo algo que envolve a obrigação de retri-

 buir ao próximo aquilo que lhe é devido comosendo seu próprio. A idéia de justiça como aretribuição aos outros daquilo que lhes é de-

 vido, reside nas proximidades da idéia deequidade. Este é um termo empregado paradescrever a justiça na economia, quando sefala da troca de mercadorias de acordo comum valor equivalente, e a distribuição demercadorias de acordo com as necessidadese os méritos.Falando desta questão, Aristóteles empregaa noção de igualdade, distinguindo entre aigualdade aritmética (ou simples) e a geomé-trica (ou proporcional). Uma vez que a justi-ça aritmética ou simples inclui a justiçaremediativa ou corretiva, ela pode envolvera remuneração em espécie pela perda ou

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 JUSTIÇA ( TICA)  JUSTIÇA DE DEUS

dano de mercadorias, ou o castigo que é gra-duado em severidade de acordo com a gravi-dade de um crime. Isto é análogo ao lex talí-onís,  uma limitação sobre a vingança semmedida que é expressa em um conceito do

 AT, “olho por olho e dente por dente" Ex21.22-25; Lv 24.17-20).Desde que Marx escreveu a obra Das íCapi-tal, muita atenção tem sido dada aos proble-mas especiais da justiça econômica. ParaMarx este é um principio auto-evidente daustiça; que a riqueza adquirida pela vendade mercadorias aeveria recompensar apenaso trabalho daquele que produziu as merca-dorias. Marx também presume que os ho-mens originalmente possuíam todas as coi-sas em comum e que, portanto, a justiça dis-tributiva exige uma recomposição de toda a

ordem de propriedade privada em termos daposse pública dos materiais e meios de pro-dução, para garantir ao trabalhador os fru-tos totais de seu trabalho. As Escrituras tam-

 bém dizem que o trabalhador é digno de seusalário (Lc 10,7; 1 Tm 5.18); porém mesmona primeira comunidade cristã onde eles vo-luntariamente tinham todas as coisas em co-mum, está claro que o direito de propriedadeprivada jamais foi questionado (Ananias eSafira nâo eram obrigados a vender a suapropriedade e dividir o resultado da venda,

 At 5.1-4), Veja  Comunidade de Bens. Alémdisso, as opiniões marxistas de justiça econô-mica, estruturadas em nome da igualdade,mostraram ser uma ameaça para a liberda-de individual, e a liberdade nunca foi, desdeos dias do Idealismo Grego, algo que perten-cesse à mesma categoria básica do conceitode justiça.Para o cristão, a justiça envolve conformida-de com a lei de Deus como a norma final eimutável das ações corretas, em contrastecom o marxista que está determinado pelapropriedade e controle estatal comunista, e

a opinião evolucionária de que a justiça édeterminada pelo progresso social.Veja Exemplo; Justiça de Deus; Lei.

Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia.Bibliografia.   Aristóteles, Politics,  I, 6; III,13; VI, 3; VII, 2. Agostinho, City ofGod,  XIX,21. Platão, Gorgias-, The Republic, I-II; Laws,IV, X.

P. K J.

USTIÇA DE DEUS Ajustiça é um atribu-to de Deus que manifesta a sua santidade.

 Várias palavras bíblicas são traduzidas como

“justiça”, heb. s‘daqa, sedeq,  gr. dikaiosune,e têm freqüentemente o sentido de "reti-dão”. As palavras heb. às vezes aparecemuntas, logo depois de  mishpat,  um termoque pode ser traduzido como “julgamento”,‘Juízo” ou “justiça” (por exemplo, 2 Sm 8.15).Outras versões a traduzem como “igualda-de e justiça” ou “juízo e justiça” (1 Rs 10.9;r 22.15; 23.5).

Presumindo a doutrina uniforme da Igrejade que Deus é um Ser pessoal, a declara-ção significa “Deus é justo”, e Ele sempreage de uma forma coerente com as exigên-cias de seu caráter, conforme revelado em

sua lei. Ele governa a sua criação com reti-dão, Ele mantém a sua Palavra, retribui atodas as suas criaturas o seu direito. “Jus-to és, ó Senhor, e retos são os teus juízos.Os teus testemunhos, que ordenaste, sãoretos e muito fiéis” (SI 119.137-138). Ajus-tiça de Deus é um correlato necessário desua santidade ou excelência moral. Uma

 vez que Deus é infinitamente perfeito, Eledeve ser imparcial em seus juízos e sempretratar as suas criaturas com equidade. “Lon-ge de ti”, diz Abraão ao Senhor, “que façastal coisa, que mates o justo com o ímpio;

que o justo seja como o ímpio, longe de tiseja. Não faria justiça o Juiz de toda a ter-ra?” (Gn 18.25).

 A doutrina da justiça de Deus tem muitas ra-mificações, mas ela é mais freqüentementediscutida em relação ao pecado do homem, enesta relação é mais próxima em significadoà severidade de Deus. Severidade é o modopelo qual o pecador sente a justiça de Deus.Com o surgimento e a disseminação do libe-ralismo alemão, este aspecto da atitude mo-ral de Deus foi amenizado a ponto de ser

esvaziado de todo o seu significado, A dou-trina da satisfação vicária e especialmentedo inferno eterno, foram repudiados comoresquícios e vestígios do Deus irado do AT,características incompatíveis com o Pai Ce-lestial a quem o Senhor Jesus revelou, queama todas as suas criaturas e que é adoradopelos cristãos. As Escrituras, porém, nãosustentam tal bifurcação. O Deus de Jesuse dos apóstolos é o Deus do AT. O próprioSenhor Jesus teve mais a dizer especifica-mente sobre o inferno do que pode ser en-contrado em todo o AT reunido; provavel-

mente mais do que pode ser encontrado norestante do NT.Quanto à satisfação vicária, ela está no âma-go da interpretação de Paulo do significadoda morte de Cristo. Como o principal pensa-dor teológico da igreja apostólica, ele escre-

 veu um tratado sobre a justiça de Deus(1.16,17) aos romanos, uma epístola que é

 vista, de forma muito justa, como a maiorexposição do evangelho feita pelo apóstolo.

 A respeito da justiça ou retidão de Deus eledeclarou: "Todos pecaram e destituídos es-tão da glória de Deus, sendo justificados gra-tuitamente pela sua graça, pela redençãoque há em Cristo Jesus, ao qual Deus pro-pôs para propiciação pela fé no seu sangue,para demonstrar a sua justiça pela remis-são dos pecados dantes cometidos, sob apaciência de Deus; para demonstração dasua justiça neste tempo presente, para queele seja justo e justifieador daquele que temfé em Jesus” (Ém 3.23-26). Esta passagem

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 JUSTIÇA DE DEUS  JUSTO

tem sido felizmente chamada de a “acrópoledo evangelho”, as boas novas de que  Atra- vés  de Cristo os requisitos da justiça divinaforam atendidos.

 As Escrituras não ensinam que a justiça deDeus seja puramente corretiva, Ela não éuma expressão da benevolência de Deus. É a

qualidade que faz parte de Deus, e que ga-rante a todas as suas criaturas que o pecadodeve ser castigado por causa de sua inerenteapostasia, e que a retidão deve ser reconhe-cida e recompensada por causa do seu méri-to e dignidade intrínsecos.Veja  Deus; Julgamentos; Justificação; Justi-ça; Pecado.

Bibliografia.  J. Barton Payne, “Justice”,NBD,pp, 680-683.

P. K. J.

USTIFICAÇÃO Este é um termo (gr.díkaiosis) que se refere ao julgamento ju-dicial. Não significa tornar reto ou santo,mas anunciar um veredicto favorável, de-clarar ser justo. Este significado é patentetanto no Antigo quanto no Novo Testamen-to {heb. tronco hiphil  de sadaq,  “declararusto”; gr. dikaioo, “vindicar, inocentar, pro-nunciar e tratar como justo”). O ato de “jus-tificar” é contrastado com o ato de “conde-nar” (cf. Dt 25.1; 1 Rs 8.32; Pv 17,15; Rm8.33); e assim como condenar é o meio detornar alguém ímpio, justificar é o meio detornar alguém justo.E esta força declarativa do termo que levan-ta a questão; como Deus pode justificar oímpio? Na justificação que Deus faz dos pe-cadores, há um único ingrediente que nãoaparece em nenhum outro caso de justifica-ção. Esta característica única é que Deus fazcom que a nova relação declarada por Ele setome realidade. Esta operação é expressa-mente declarada nas Escrituras, e é o atopelo qual muitos são constituídos como jus-tos (Rm 5.19), a concessão do dom gratuito

da justiça (Rm 5.17), tornando-nos a justiçade Deus em Cristo (2 Co 5.21). É por estaação que a sentença de condenação (q.v.) soba qual repousamos como pecadores é muda-da para uma ação de justificação; não há,

)ortanto, nenhuma condenação para aque-es que estão em Cristo Jesus (Rm 8.1). Esteato constitutivo é corretamente mencionadocomo a imputação da justiça de Cristo a nós.

 Assim, fica patente oue a sentença de conde-nação não tem nennuma afinidade com o

que é interiormente operado em nós, sejapela regeneração (q.v.) ou pela santificação(q.v.), A imputação é o crédito, em nossa con-ta, de uma justiça que não é a nossa própria,mas que é, na realidade, baseada na obedi-ência de Cristo (Fp 3.9; Rm 5.17,19). Ela é,portanto, distinta do perdão dos pecados,embora o perdão esteja necessariamente in-cluído nela (At 13.38-39).

Como a  natureza  da justificação é, dessemodo, mostrada como declarativa, constitu-tiva e imputativa, assim abuse reside em nadamais além do que a obra realizada por Cristo,a fonte  da graça gratuita de Deus. Somos jus-tificados gratuitamente pela graça de Deus“pela redenção que está em Cristo Jesus” (Rm

3.24). Esta verdade passa à expressão focalna designação “a justiça de Deus” (Rm 1.17;3.21,22; 10.3; 2 Co 5.21; Fp 3.9). A obra deCristo foi a obediência (Rm 5.19; Fp 2.8; Hb5.8,9). Deste modo, ela foi a justiça (Mt 3.15;Rm 5.17,18,21). Foi operada por Ele como oDeus-homem e é, portanto, uma justiça comuma propriedade divina, uma justiça de Deuscontrastada não só com a injustiça  humana,mas com toda a  justiça  humana. Somenteesta justiça atende o desespero da nossa si-tuação pecadora e fica à altura de todas as

exigências da santidade de Deus. Ela não sógarante a justificação de Deus, mas ao serimputada em nossa conta, exige a nossa jus-tificação. A graça reina “pela justiça para a

 vida eterna” (Rm 5.21),Como a justificação é concedida pela graça,ela é recebida pela fé (Rm 1.17; 5.1). A fé écoerente com todas as outras característi-cas. Isto é verdade não apenas pelo fato da féser um dom de Deus, mas porque o caráterdistinto da fé consiste em receber q Cristo epermanecer nele para a salvação. E a quali-dade generosa e autoconfiante da fé que a

torna o instrumento adequado de tudo o maisque envolve a justificação. É pela fé que so-mos justificados e somente pela fé, emboranunca por uma fé que esteja sozinha.

 A justificação é a questão religiosa básica,Não vem agora a simples pergunta: Como ohomem pode ser justo para com Deus? E ain-da a pergunta mais forte: Como o homem,na condição de pecador, pode tornar-se  justopara com Deus? A resposta é: Através da jus-tificação pela graça, por meio da fé.Veja Fé; Perdão; Imputação; Justiça; Salvação.

Bibliografia.  Veja comentários sobre Roma-nos. JonnÁ. Faulkner,“Justification”, ISBE,III, 1782-1788. Leon Morris, The ApostolicPreaehtng ofthe Cross,  Grand Rapids. Eerd-mans, 1956, pp. 224-274. James I. Packer,“Just, Justify, Justification”, BDT, pp. 303-308; “Justification”, NBD, pp. 683-686. GottlobSchrenk, “Dikaíos etc”., TDNT, II, 182-225.

 J.M.

USTO O cognome de três homens do perío-do apostólico:1.

 

 José chamado Barsabás que foi candida-

to, junto com Matias, a assumir a posição dedécimo-segundo apóstolo no lugar de JudasIscariotes (At 1.23).2.  Tito (ou Tício), um romano convertido e te-mente a Deus, que abriu a sua casa (que ficavaperto da sinagoga de Corinto) para Paulo comoum lugar de reunião, quando o apóstolo deixou

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JUSTO KENOSIS

as judeus (At 18.7). A maioria dos manuscritosgregos posteriores traz apenas o nome “Justo”,porém os manuscritos e versões mais antigastrazem “Tito Justo” (ou Tíeio Justo).

3. 

 Jesus (ou Josué) Justo, um judeu provavel-mente de Colossos, que estava com Paulo du-rante a sua primeira prisão em Roma e que,unto com João Marcos e Aristarco, enviousaudações para a Igreja de Colossos (Cl 4.11).

UTA Uma cidade em Judá (agora identifi-cada como Yatta), cerca de oito quilômetrosao sul de Hebrom (Js 15.55), destinada aosfilhos de Arão como uma cidade de refúgio(Js 21.16). Uma lista paralela em 1 Crônicas6.59 omite esta cidade. A conjectura que equi-para esta cidade a “Judá”, em Lucas 1.39, éagora rejeitada, de modo geral, por ser con-siderada linguisticamente indefensável.