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MMAACA1. Um dos quatro filhos de Naor com sua con-cubina Reumá. Não existem indicações so- bre o fato de ser um filho ou uma filha (Gn22.24).2. A filha de Talmai, rei de Gesur. Ela eracasada com Davi e era mãe de Absalão (2Sm 3.3; 1 Cr 3.2).3. Uma cidade e um pequeno reino síro (ouarameu) ao norte do mar da Galiléia, pertoda ladeira ao sudoeste do monte Hermom. Aliou-se aos outros siros na luta contra Davi12 Sm 10.8; 1 Cr 19,6,7), porém, mais tarde,alguns de seus homens foram para o exérci-to de Davi.Veja Maacatitas.4. O pai de Aquis, rei de Gate (1 Rs 2.39),chamado de Maoque em 1 Samuel 27.2. Doisdos escravos de Simei fugiram para o rei daFilístia. Em épocas anteriores, Aquis haviafavorecido o exército de Davi.Veja Aquis.5. A esposa de Roboão e mãe do rei Abias.Ela era neta de Absalão 11 Rs 15.2), filha deUriel (2 Cr 13,2, onde ela é chamada deMícaía) e evidentemente de Tamar, a filha

única de Absalão (2 Sm 14.27). Como Maacaera a esposa favorita de Roboão, ele desig-nou seu filho como príncipe chefe para asse-gurar que ele seria o próximo rei (2 Cr 11.20-22). Em 1 Reis 15.10,13 ela é chamada de“mãe" do rei Asa. Este termo, provavelmen-te, significa “rainha-mãe”, uma posição queela deve ter mantido até depois da morte deseus filhos. Portanto, Asa destituiu sua avóda posição de influência de rainha ou rai-nha-mãe, por causa de sua idolatria (2 Cr15,16; 1 Rs 15.13).6. A concubina de Calebe, filho de Hezromque deu à luz vários filhos (1 Cr 2.48).

7. A esposa de Maquir, príncipe de Manas-sés na época de Moisés. Não está claro, noentanto, se Maquir também tinha uma irmãchamada Maaca ou se sua esposa Maaca erairmã de Hupim e Supim 11 Cr 7.15,16),8. A esposa de Jeiel que era o “pai”, ou seja,“fundador” do acampamento israelita deGibeão, e o bisavô do rei Saul (1 Cr 8.29; 9.35).9. O pai de Hanã, um dos valentes de Davi11 Cr 11.43).10 O pai de Sefatias, governante da tribo deSimeão na época de Davi 11 Cr 27.16).

P. C, J.

MAACATITAS, MAACATEUS Os habitan-1

tes do pequeno reino arameu de Maaca, quefica ao norte e a oeste de Gesur, no territóriouma vez dominado por Jair iDt 3.14; 2 Sm10.8; 1 Cr 19.6,7). Veja Maaca 3. O territó-rio de Israel dos dias de Josué foi geralmen-te descrito como “até ao termo dos,,, maaca-teus” IJs 12.5; 13.11,13). Maacate juntou-se aoutros arameus, e se opôs a Davi quando o seuexército veio se vingar dos insultos proferidospelos embaixadores de Hanum, o amonita (2Sm 10.6-8; 1 Cr 19.6,7). Mais tarde, um maa-catita é encontrado entre os valentes de Davi12 Sm 23.34). Estemoa, o maacatita, era umdescendente de Calebe (1 Cr 4.19). Um maa-catita era o pai de Jazanias, um dos líderesque restou após a queda de Jerusalém 12 Rs25.23; Jr 40.8). E possível que o nome fosse otítulo de uma classe de guerreiros, e não deuma nacionalidade.MAADAI Um israelita da família de Banique concordou em despedir sua esposa es-trangeira nos dias de Esdras (Ed 10.34).MAADIAS Um sacerdote que retornou doexílio com Zorobabel (Ne 12.5), MaaséiasíNe10.8) e MoadíaslNe 12.17) são provavelmen-te variantes do mesmo nome.MAAI Um músico que participou da dedica-ção do muro de Jerusalém após a sua recons-trução (Ne 12.36).MAALAVeja Macia.MAALALEELVeja Maalalel,MAALALEL1, Um patriarca da mesma linhagem de Sete,aparentemente o bisavô de Sete (Gn 5,12-

17; 1 Cr 1.2; Lc 3.37).2. Um ancestral de Ataías, um dos descen-dentes de Judá que morou em Jerusalémapós o retorno do exílio (Ne 11.4).MAALATE1. Uma das esposas de Esaú, filha deIsmael (Gn 28.9), chamada Basemate emGênesis 36.3.2. Uma das 18 esposas de Roboão e neta deDavi (2 Cr 11.18).3. Um termo musical encontrado nos títulos dosSalmos 53 e 88, O seu significado é incerto.

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MAALEH-ACRABBIM MAATE

MAALEH-ACRABBIM Também subida de Acrabim.Veja Acrabim,MAANAIM Nome dado por Jacó ao localonde ele viu os anjos de Deus (Gn 32.1,2).Provavelmente ficava ao sul de Jaboque, umpouco ao sul da fronteira entre Gade e Ma-

nassés (Js 13.26,30; 21,38), a muitos quilô-metros ao sul de Peniel (Penuel, Gn 32.22-31), em Tell el-Hajjaj, a uma altitude em quese podia avistar o vale do Jordão. A sua lo-calização exata, no entanto, é desconhecida. Josué o apontou como uma residência paraalguns dos levitas meraritas (Js 21.34-38; 1Cr 6.77-80). Após a morte de Saul, Maana-im se tomou a sede do breve reinado de seufilho Isbosete (2 Sm 2.8,12,29). Davi fugiudaqui por ocasião da revolta de Absalão (2Sm 17.24,27; 19.32; 1 Rs 2.8). É mencionadopor último como a residência do sétimo ofi-cial comissário do reiSalomão (1 Rs 4.14).MAANE-DA “Acampamento de Dã”. Localnão identificado que está por detrás deQuiriate-Jearim, ou seja, a oeste de Quiriate- Jearim, onde os 600 danitas acamparamantes de se estabelecerem em Laís(Jz 18.12). Aqui, também, entre Zorá e Estaol, o Espíri-to do Senhor começou a impelir Sansão (Jz13.25 ). Este deve ter sido o local onde Sansãofoi sepultado (Jz 16.31).MAARAI Um dos “valentes” de Davi (2 Sm23.28; 1 Cr 11,30). Ele era um dos 12 capi-tães do reino de Davi, servindo no décimo

mês (1 Cr 27.13). Ele era da família de Zera,e veio de Netofa, em Judá.MAARATE Uma aldeia localizada na regiãomontanhosa da Judéia, mencionada em Josué 15.59. Algumas identificações possí- veis são Khirbet Qufin ou Beit Ummar nas vizinhanças de Bete-Zur, a aproximadamen-te onze quilômetros ao norte de Hebrom,MAASÉIAS1 Nome comum em Israel e ates-tado em selos hebraicos antigos.1. De acordo com diversos manuscritos he- braicos, e com a LXX, um ancestral de Asafe(1 Cr 6.40), ortografado como Baaséias (y.i>.)em todas as versões em inglês, conforme oTexto Massorético.2. Um dos músicos levitas que acompanhouDavi quando ele trouxe a arca de volta dacasa de Obede-Edom (1 Cr 15.18,20).3. Um dos capitães que ajudou Joiada nacoroação de Joás (2 Cr 23.1).4. Um dos oficiais que assistiu Jeiel, ochanceler, na organização do exército do reiUzias (2 Cr 26.11).5. Um príncipe real morto por Zicri, deEfraim, na invasão de Judá por Peca, rei deIsrael (2 Cr 28.7).6. Um governador de Jerusalém sob o gover-no de Josias (2 Cr 34,8), e designado por ele

para cooperar com Safà e Joá na restaura-ção do Templo.7. Um dos filhos dos sacerdotes que havia secasado com uma esposa gentílica, e que adeixou após a ordem de Esdras (Ed 10.18).8. Um filho de Harim que deixou sua esposagentílica (Ed 10.21). Acredita-se que este sejaaquele mencionado como membro do coro quecantou quando os muros da cidade foram fi-nalizados (Ne 12.42).9. Um sacerdote dos filhos de Pasur que sedivorciou de sua esposa gentílica (Ed 10.22).Talvez um dos tocadores de trombeta quecelebrou o término dos muros de Jerusalém(Ne 12,41).10. Um membro da família de Paate-Moabeque deixou sua esposa gentílica após o Exí-lio (Ed 10.30).11. Pai de Azarias, um dos construtores domuro da cidade após o retorno da Babilônia(Ne 3.23).12. Um dos que ficaram do lado direito deEsdras durante a leitura da lei (Ne 8.4).13. Um dos sacerdotes que esclareceu a leiao povo à medida que era lida por Esdras, eajudou o povo a entendê-la (Ne 8,7).14. Um dos “chefes do povo” que participouda renovação da aliança sob a direção deNeemias (Ne 10.25).15. Um habitante de Jndá que viveu em Jeru-salém após o cativeiro (Ne 11.5); acredita-seque este seja Asaías (1 Cr 9.5).Veja Asai as 4,16. Um benjamita filho de Itiel cujos descen-dentes habitaram em Jerusalém após o ca-tiveiro (Ne 11.7).17. Um sacerdote no reino de Zedequias epai de Sofonias que entrevistou o profeta Jeremias durante a invasão de Nabucodo-nosor (Jr 21.1; 29.25; 37.3).18. O pai do falso profeta Zedequias que pro-fetizou falsamente a Judá (Jr 29.21).19. Um filho de Salum e guarda do vestíbu-3o do Templo durante o reinado de Jeoaquim(Jr 35.4).20. O pai de Nerias e avô de Baruque eSeraías (Jr 32.12; 51.59).

R. H.B.

MAASÉIAS2 Vejo Maazias.MAATE1 Um filho de Matatias e pai deNagai na genealogia do Senhor Jesus (Lc3.26). Uma vez que o nome nâo aparece emnenhuma genealogia do AT, acredita-se quehouve uma interpolação acidental de Matatedo versículo 24, mas talvez esta seja umaexplicação desnecessária.MAATE2 1. Um descendente de Coate, filho de Levi, eum ancestral de Samuel o profeta, e deHemã, o cantor levita no tempo de Davi (1

Cr 6.35).2. Um levita, supervisor dos dízimos e dascoisas sagradas no Templo no reinado de

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MAATE MACABEUS

Ezequias (2 Cr 31.13). Provavelmente devaser identificdo com o Maate de 2 Crônicas29.12, o filho de Amasai, um descendente deCoate, uma vez que as duas referências per-tencem à época de Ezequias.MAAV1TA Título dado a Eliel, um dos va-lentes de Davi (1 Cr 11.46), talvez para dis-tingui-lo do Eliel do versículo seguinte. Otermo é plural no hebraico, e o seu significa-do é desconhecido.MAAZ O filho mais velho de Rão, um des-cendente de Judá. Ele é mencionado em 1Crônicas 2.27.

MAAZLASMAAZLASMAAZLASMAAZLAS1. O chefe da 24a divisão de sacerdotes, con-forme a organização de Davi (1 Cr 24.18).2. Um dos sacerdotes que assinou a aliançacom Neemias (Ne 10.8. Também chamado deMaaséias em algumas versões). Aparente-mente cada nome representava “chefe defamílias” como as listas em Crônicas e Nee-mias parecem indicar.MAAZIOTE Um dos 14 filhos de Hemâ quefoi estabelecido sobre o serviço de música noreino de Davi, e líder do 23° turno de canto-res do Templo (1 Cr 25.4,30).MAÇÃVeja Plantas.MAÇA DO AMORVeja Plantas: Mandrá-gora.

MACABEUSO Nome

A derivação do nome é incerta. Makkabaiosfoi originalmente o sobrenome ou apelido de Judas, um dos cinco filhos de um sacerdoteudeu chamado Matatias e líder da guerraudaica pela independência que teve inícioem 168 a.C.Cada um dos filhos tinha este sobrenome ícf.1 Mac 2.2-5), mas como Judas foi o primeiroe melhor dos heróis da família, seu nome foiusado para designar toda a família. Makka- baios é mais comumente relacionado à pala- vra hebraica maqaebeth, “martelo", e por isso

este nome de Judas coincidiría em seu sig-nificado com o de Carlos Martel, avô deCarlos Magno. O maqaebeth, no entanto, nãoé um instrumento de batalha, mas uma fer-ramenta de trabalho humano comum (cf. Jz4.21; 1 Rs 6.7; et al.), e deve-se lembrar que Judas aparentemente recebeu este nomeantes de sua bravura na guerra ter sido de-monstrada. Embora alguns (por exemplo,Zeitlin) tenham considerado esta designaçãodevido à forma da cabeça de Judas, é aomenos provável que o termo tenha vindo dashabilidades de Judas como um jovem car-pinteiro. Para uma lista de várias outras

etimologias e interpretações de nomes, vejaR. H. Pfeiffer,History of New Testament Ti- mes, pp. 461ss. A solução final para estaquestão pode ser o resultado do estudo dosnomes dos outros quatro irmãos de Judas.

ARevolução dos MacabeusRevolução dos MacabeusRevolução dos MacabeusRevolução dos Macabeus A maior fonte de informação para este perío-do da história judaica é o livro apócrifo de 1Macabeus. Informações adicionais sãofornecidas por 2 Macabeus e por JosefoÍAnt. xii.5-xiii.7, e Wetrs i.l-ii,2). O contexto daguerra foram os conflitos entre o Judaísmoe o Helenismo que vieram à tona no iníciodo século II a.C, A iniciativa para a Heleni-zação parece ter vindo dos “iníquos” que ha- via entre os próprios judeus, que construí-ram um ginásio grego em Jerusalém e repu-diaram a circuncisão e a aliança (1 Mac 1.11-15). Ao mesmo tempo, existiu uma lutaamarga e sem escrúpulos entre as duas fac-

ções e o sumo sacerdote, Jasão e Menelau, eseus seguidores (2 Mac 4.7—5.10). Antíoco Epifânío IV, ou Epífanes, rei gregodo Império Selêucida (que naquele tempo in-cluía a Babilônia, a Penícia, a Síria e a Pales-tina), interpretou estas desordens como umarevolta aberta contra o seu governo. Eleretornou de uma campanha no Egito parasaquear Jerusalém e profanar o Templo, ti-rando seu altar de ouro, o candelabro e todaa decoração de prata e ouro. Dois anos maistarde, Antíoco promoveu um massacre em Jerusalém e estabeleceu uma cidadela (o Acro) em frente ao Templo, uma “armadilha

contra o Templo, e uma ameaça contínua paraIsrael” (1 Mac 1.36). A adoração judaica e acircuncisão foram proibidas, a idolatria foiordenada e todas as cópias da lei que poderí-am ser encontradas foram queimadas (1 Mac1.41- 64), Sob o altar judeu de ofertas quei-madas, foi construído um altar pagão menor,que o escritor de 1 Macabeus considerou comoa “abominaçâo da desolação" (1.54), o cum-primento de Daniel 9.27; 11.31 e 12.11. A resposta dos judeus devotos a estas blas-fêmias começou a tomar forma em uma pe-quena cidade de Modin, a noroeste de Jeru-salém. Um sacerdote chamado Matatias de-safiou os emissários do rei ao se recusar aoferecer sacrifícios aos ídolos. Quando umoutro judeu começou a condescender com odecreto real, Matatias matou-o no altar eescapou para as montanhas com seus cincofilhos (1 Mac 2.15-28).Neste momento, os fiéis de Israel enfrenta-ram uma luta com a própria consciência.Milhares deles foram mortos porque se re-cusaram a se defender no sábado. Mas o pa-cifismo e a quietude logo deram espaço àdedicação ao conceito de “guerra santa” e àdefesa pessoal até mesmo no sábado (1 Mac2.29- 48). Judas, o Macabeu, assumiu a lide-rança após a morte de seu pai. Ele foi cele- brado como alguém que “era como um leão”

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MACABEUS MACABEUS

em suas obras, que “exterminou os injustos”e que “afastou de Israel a ira divina” (veja 1Mac 3.1-9). A campanha de guerrilha empreendida por Judas rapidamente pagou gTandes dividen-dos. Enquanto Antíoco estava ocupado naPérsia, Judas e seu grande exército tiveram

uma sucessão de vitórias sobre as forçasselêucidas, de modo que, por volta de 165a.C., ele foi capaz de resgatar o monte Sião erestaurar e rededicar o Templo. O decretoque proibia a prática do judaísmo foi revo-gado; a liberdade religiosa foi reconquista-da; e os propósitos iniciais da revolta foramalcançados (1 Mac 4.36-61; 2 Mac 10.1-8;11.13-33). Esta vitória é comemorada naFesta de Hanukkah, ou da Dedicação (Jo10.22), Muitos dos “devotos” (Chasidim) en-tão baixaram os seus braços, mas Judas eseus irmãos sentiram que a guerra tinha queprosseguir em busca da independência polí-tica. A Judeia ainda estava sob o governoselêucida, e os judeus eram ainda uma mi-noria perseguida em várias cidades. Até em Jerusalém a Acra continuou a ser o símboloda dominação gentílica.O restante de 1 Macabeus narra a guerrados Macabeus como se tivesse se desenvol- vido sob Judas (5.1-9.22) e seus irmãos Jônatas (9.23-12.53) e Simão (13.1-16.16). Judas venceu diversas batalhas notáveis,culminando na grande vitória sobre o gene-ral selêucida Nicanor em 161. Mas no mes-mo ano Judas morreu lutando contra as for-ças do novo rei Demétrio.O período da liderança de Jônatas foi mar-cado pelo extensivo envolvimento na lutapelo trono selêucida entre Demétrio e umretendente chamado Alexandre Balas,ônatas se esforçou para estabelecer umaaliança com Balas, e até mesmo recebeu deleo título de sumo sacerdote em Jerusalém (1Mac 10.1-21). Tal atividade, no entanto, nãofoi isenta de riscos. Jônatas foi final mentetraído e executado por Trífão, um novo pre-tendente ao trono.Simão fez uma aliança com o rival de Trifão,Demétrio II, e finalmente reconquistou a Acra (13.51) que havia resistido aos ataquesde Judas (6.18ss.) e Jônatas (11.20ss.). Esteevento marcou a obtenção da independência.Os documentos passaram a ser datados apartir do “Ano um de Simão, o sumo sacer-dote” (142 a.C), o ano que viu “o jugo dosímpios... ser tirado de Israel” (13.41ss.), Operíodo da independência que se estendeude 142 a 63 a.C. é chamado de Era Asmone-ana devido a Hashmôn (gr. Asamonaios) umdos ancestrais de Matatias (Josefo, Ant. xii.6.1; xiv.16.4).

A Interpretação da A Interpretação da A Interpretação da A Interpretação daGuerra dos MacabeusGuerra dos MacabeusGuerra dos MacabeusGuerra dos Macabeus

Duas interpretações conflitantes da revoltados Macabeus são representadas em 1 e 2

Macabeus, Apesar de seus nomes, estes livrosnão estão em uma ordem seqüencial. Enquan-to 1 Macabeus cobre todo o período macabeu,2 Macabeus fala somente sobre a vitória de Judas sobre Nicanor em 161 a.C, portantouma época paralela a 1 Macabeus 1-7.Primeiro Macabeus é uma peça fina da es-

crita histórica, remanescente de um textogrego que é aparentemente uma tradução deum original hebraico. As palavras conclusi- vas do último capítulo sugerem que o reinode João Hircano podería não ter chegado aofim. “Os outros atos de João... estão escritosno livro das, atas do seu sumo sacerdócio..."(16.23,24). E improvável que o escritor tives-se ignorado as conquistas dos anos seguin-tes de João se tivesse tomado conhecimentodelas. Na verdade, 1 Maeabeus pode ser otrabalho de um historiador da corte Asmo-neana, escrevendo sobre a metade do reinode Hircano, Embora sua história seja muitoobjetiva para a época, o autor demonstrauma clara simpatia pelos Macabeus. O pro- blema que recaiu sobre Israel foi a iniqüida-de do “ramo perverso”, Antíoco Epifânio (1Mac 1.10), e dos homens iníquos que o se-guiram, Foi uma guerra do bem contra o mal,e a família de Matatias foi o instrumentodivinamente escolhido para trazer o triunfodo bem. Quando dois tenentes de Judas ata-caram os gentios por iniciativa própria, oautor atribuiu seu fracasso ao fato de que“nâo eram da descendência dos homens des-tinados a libertar Israel” (5.62). Simão, es-pecialmente, o fundador da dinastia asmo-neana, deveria ser obedecido (2.65; 14.41-45). A continuidade entre os Macabeus e osgrandes heróis bíblicos do passado é frequen-temente enfatizada. Ainda não se sabe ao certo, no entanto, se oautor realmente acreditou que a “históriasanta” estava sendo desenvolvida. Ele evitaqualquer menção direta do nome de Deus.Ele parece acreditar que a profecia haviacessado (4.46; 14.41), e também não se re-corda de milagres físicos. Mas estes pontosnão são conclusivos. O livro bíblico de Estertambém é falho quanto às referências dire-tas a Deus, ainda que em ambos, Ester e 1Macabeus, o trabalho providencial de Deusseja muito evidente.E mesmo no período bíblico existem indica-ções de que certos modos de revelação sacer-dotal haviam terminado ícf. 1 Mac 4.46 e14.41; Ed 2.63 e Ne 7.65). Embora não hajaevidências de que o autor de 1 Macabeus te-nha pensado que estivesse redigindo escritu-ras, não se pode negar que ele teve uma fir-me convicção de que o Deus do AT ainda es-tava trabalhando, e que os Macabeus esta- vam tão certos de que haviam sido escolhidospara exterminar os seus inimigos, quantoMoisés ou Josué o foram em sua época.Segundo Macabeus, embora historicamen-te menos confiável, é de um interesse teoló-

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MACABEUS MAÇANETA

Harper, 1954. C. C. Torrey, The ApocrypkalLiterature, New Haven. Yale, 1945. A F. Walls, “Maccabees”, NBD, pp. 762sa.

J. R. M.

MACACOVeja Animais: Pavão III,48.

MACAERODescrição e história. Localizada a aprox. 6,5quilômetros a leste do mar Morto e a 22 qui-lômetros a sudoeste da foz do Jordão,Macaero era a fortaleza mais intransponívelda Palestina, nas proximidades de Jerusa-lém (Plínio, Natiuvl History, XVI2.40), e deacordo com Josefo (Ant. xviii.5.2) foi o cená-rio do aprisiona mento e execução de JoãoBatista. A cidadela foi construída por Ale- xandre Janeu em uma cordilheira naturalque se eleva a aproximadamente 1150metros acima do mar Morto, e é inacessívelpor três lados (Josefo, Wars vii.G.lss.). De-

pois de ser destruída por Gabínio, Herodes oGrande a restaurou, construindo um mag-nífico palácio em seu lugar. Como Macaeronão é mencionada pelo nome nos Evangelhos,a presença dos nobres da Galiléia (Mc 6.21)levou alguns a pensar que a festa de aniver-sário de Herodes foi realizada em Tibería-des, na Galiléia, e não em Macaero (cf., noentanto, A. H. M’Neile,The Gospel Aecordingto St. Matthew, p. 210).Durante a Guerra Judaico-Romana, Macae-ro, junto com Herodium e Massada(q. v.) con-tinuaram a resistir até mesmo depois daqueda de Jerusalém. Os defensores judeusfinalmente se renderam (em aprox. 72 d.C.)porque não podiam suportar ver seu compa-triota heróico chamado Eleazar crucificadodiante deles por cercar os Romanos (Josefo,Wars vii.6.4).Exceto pela disputada menção de Makwar naliteratura rabínica, Macaero ficou esquecidaaté que V. J. Seetzen a redescobriu em 1907.O nome antigo é preservado na vila deMukâwer, a aprox. 800 metros a leste do pico,atualmente chamada de Qas?r el-Mishneqeh.Para uma descrição inicial do local, veja H.B. Tristram, The Land ofMoab (Nova York.Harper, 1873, pp. 271ss.; mapa da p. 274).Para uma fotografia de Macaero, veja a obraDenis Baly,The Geography ofthe Bible (Nova York. Harper, 1957, p. 251),

E, M. Y.Escavações. Em junho de 1968, Jerry Var-daman começou o trabalho arqueológico emMacaero, patrocinado pelo Departamento de Antiguidades do Jordão, e pelo Seminário Te-ológico Batista do Sul. As escavações foramconcentradas no pico da fortaleza. A expedi-ção pesquisou a fortaleza e percebeu traçosde paredes cireunvaladas, os acampamentosRomanos, e o agger (rampa de cerco) cons-truídos pela Décima Legião sob o comandode Sextus Lucilius B as sus.Foi descoberto um sistema de aquedutos,

incluindo os grandes reservatórios no topoda montanha e morros mais baixos (a sudo-este e a nordeste) da fortaleza. A águamantida no reservatório dos morros mais baixos era filtrada inicialmente em um de-pósito sedimentar localizado em uma mon-tanha ao sudoeste de Macaero. A partir dali,

ela prosseguia por um aqueduto de 200metros de comprimento, construído 20metros acima da união destes dois pontos. Assim, pela primeira vez desde Josefo, quefaz uma breve alusão a estes detalhes, ométodo de suprimento de água da fortalezae seu armazenamento tornou-se claro. Josefo, mais tarde, descreveu a ocupação deMacaero pelos Zelotes, e é importante que19 óstracos (escritas em gr., aramaico, heb.ou latim) foram descobertas, e muitas delasmencionam os nomes pessoais dos Zelotesque defenderam a montanha contra Bassus.Os nomes destes Zelotes (por exemplo, João,

Zebedeu, Simeão, José, Isaque, Eleazar eSalum) se harmonizam com os nomes dosudeus conhecidos do século I d.C, a partirde fontes como as obras de Josefo, os papi-ros, o NT, os ossuários, etc.Um texto se refere a “(Bete-) Peor”, e esta foia primeira vez que tais documentosepigráfieos a respeito deste local bíblico fo-ram descobertos. Outros documentos men-cionam um “Eleazar (=Lázaro) filho de José",mas não se pode saber ao certo se esta pes-soa é o Eleazar cuja captura foi mencionadapor Josefo. Um texto abreviado parece sereferir à “(Décima?) Legião*, e, juntamentecom outros resquícios da ofensiva romanaque foram descobertos (incluindo uma cercade fogo sob todo o topo da montanha e mui-tos mísseis balísticos, alguns dos quais pe-sando quase cinco quilos), dá uma clara evi-dência de que as declarações de Josefo a res-peito da queda da fortaleza diante do ata-ue de Bassus foram bastante precisas,al confirmação surpreendente dos relatosde Josefo sobre a captura de Macaero porBassus certamente adiciona um grande pesoao registro do aprisionamento de João, e àsua morte neste local isolado. Josefo estavaobviamente mencionando informações sobrea história de Macaero, de uma forma total-mente independente dos autores do NT. Por-tanto, estou convencido de que as referênci-as de Josefo a João Batista são basicamentegenuínas, e que as narrativas do NT sobre aprisão e a morte de João podem ser ligadasaos registros de Josefo, cujas fontes históri-cas eram pratica mente contemporâneas aosregistros do NT.

E. J. V.MAÇANETA Do heb.kaphtor , uma partedo candelabro de ouro no Tabernáculo, Pa-rece ter sido um suporte Rara os ramos e paraas flores ornamentais (Ex 25.31-36; 37.17-22). Em Amós 9.1a mesma palavra heb. sig-

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MAÇANETA MACPELA

nifica a coroa ou capitel de uma coluna(“lintéis”).MAÇANETA, ALDRAVA Palavra encon-trada apenas em Cantares 5.5 como parteda fechadura de uma porta. A maior diver-sidade de cabos do antigo Oriente Próximo éencontrada nos jarros de argila: por exem-plo, cabos redondos, cabos laterais, e cabosperfurados em geal, sendo que os cabos dosgrandes cântaros eram uma característicaao Início da Era do Bronze. Cabos de ossos,na forma de cintas e estribos podem ser vis-tos em utensílios do final da Era do bronze.Veja Cerâmicas.MACAZ Uma das torres a noroeste de Judáde onde Ben-DequeT, nm oficial de Salomão,retirou suprimentos para fornecer víveres aorei e à sua casa, durante um mês no ano (1Rs 4.9). Houve tentativas de identificá-la comKhirbet el-Mukheizin, que fica 10 quilôme-tros a noroeste de Bete-Semes, e 4 quilôme-tros ao sul de Gezer.MAC B AN AI Um dos poderosos homens deguerra da tribo de Gade que se juntou a Daviem Ziclague enquanto Davi estava no exí-lio, no território filisteu (aprox. 1015 a.C.),antes de se tornar rei em Hebrom (veja 1Cr 12.13).MACBENA Filho de Seva, mencionado naslistas genealógicas de Judá, e mais especifi-camente na da família de Calebe (1 Cr 2.49). Alguns identificam o nome como um local ao

invés de uma pessoa, e observam que a pa-lavra vem da mesma raiz de Cabom (Js15.40), uma torre perto de Eglom, possivel-mente a moderna Khirbet Hebrah.MACEDÔNIA A Macedônia, um reino cujasfronteiras variaram com o decorrer dos sé-culos, estava localizada na extremidade no-roeste do Egeu. Sua capital era Pela, 38 qui-lômetros a noroeste de Tessalônica. Sob Fi-lipe II (359-336 a.C.), a Macedônia passou aincluir a Trácia, e a dominar toda a Grécia.

Moeda de Filipe 11 da Macedônia, Gleason Archer, foto de W, LaSor

O rio Strímom em AnfTpolis

Sob o governo de Alexandre o Grande, aMacedônia conquistou todo o Império Persa.Quando a Macedônia tornou-se uma provín-cia Romana em 148 a.C., e durante a maiorparte do século I d.C., as fronteiras dos ter-ritórios estavam bem fixadas. A Macedônia

na qual Paulo ministrou, tinha uma linhade fronteira que se estendia de um pontoperto do rio Nestos, na Grécia do leste, até omar Adriático, por volta da latitude deTirané, a moderna capital da Albânia; en-tão até o sul, à fronteira norte de Epiro, quemargeava o final do seu extremo sul e se vi-rava a leste, ao golfo de Volos (a antiga Pé-gaso). Portanto, pode-se concluir que a pro- víncia incluía não somente a maioria da par-te norte da Grécia moderna, mas tambémporções da Bulgária e Iugoslávia e aproxi-madamente metade da Albânia. A bjacedô-nia foi uma rota importante entre a Ásia e oOeste. As cidades desta área que estavamincluídas no itinerário Paulino eram:Neápolis, Filipos, Anfípolis, ApolÔnia,Tessalônica (a capital) e Beréia.

H. F. V.MACLA1. A mais velha das cinco filhas de Zelofeade.Pelo fato de seu pai - um descendente deManassés, filho de José — não ter tido filhos,ela e suas irmãs pediram a herança de seupai, e se casaram com os filhos de seus tios,e obtiveram sucesso (Nm 26.33; 27.1; 36.11).2, Outro descendente de Manassés, cujonome da mãe era Hamolequete (1 Cr 7.18).MACNADEBAI Um filho de Bani, que aten-deu ao chamado de Esdras para deixar suaesposa não judia, durante o extensivo esfor-ço empreendido por Esdras (458-457 a.C.),para evitar que os judeus que haviamretomado do cativeiro fossem tragados poruma população paga e não judia (Ed 10.40).MACPELA Um campo com árvores e umacaverna (ou cova) perto de Manre, compradopor Abraão de Efrom, o heteu, para ser o lo-cal do sepultamento de sua esposa Sara (Gn

23.9,17,19). Atualmente está localizado nocentro da moderna cidade de Hebrom.

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MACPELA MACHADO

A mesquita em Hebrom sobre o localtradicional da caverna de Macpela. HFV

Abraão foi sepultado aqui por seus filhos I-saque e Ismael (Gn 25.9,10)- A caverna foicoberta por uma igreja cristã, porém maistarde foi convertida em uma mesquita pelosmuçulmanos, O controle árabe desta áreaimpediu por muito tempo que os cristãos vi-sitassem este antigo relicário. Esta restri-ção foi finalmente quebrada, quando no dia07 de abril de 1862, o príncipe de Gales teveautorização para visitar o que é agora conhe-cido como a Mesquita dos Patriarcas. A mesquita é rodeada por um muro antigofeito com a alvenaria típica das ruínas queestão ao redor da área do Templo de Jerusa-lém, e que datam do período de Herodes oGrande. Dentro da mesquita, perto do ladonoroeste, há uma abertura redonda no soloque guia à caverna que está embaixo, ondese acredita que os patriarcas estejam sepul-tados. Em honra àqueles que estão sepulta-dos neste subsolo (Abraão, Sara, Isaque,Rebeca, Léia, Jacó, Gn 49.31) foram erigidoscenotáfios no solo desta mesquita. Um delesé dedicado a José, embora ele tenha sido se-pultado em Siquém (Js 24.32).

H. A. Han.MACTES Um local em Jerusalém onde osmercadores estrangeiros reuniam-se e, pro- vavelmente, por esta razão, fosse assim cha-mado (maktesh significa “um gral”), porquetinha a forma de bacia (Sf 1.11). E mencio-nado junto à cidade baixa ou segunda parte(heb. mishneh), e à Porta do Peixe (v, 10),ambas a oeste da área do Templo. A maioriados estudiosos pensa que este termo refere-se à parte do vale Tiropeon onde comercian-tes de prata e ouro conduziam seus negóci-os. Por causa do elevado valor da prata, é bem possível que suas lojas estivessem den-tro dos muros da cidade, e não fora da Portado Peixe (na área do atual Portão de Damas-co) como alguns imaginaram.

MACULA 1 Essa palavra ocorre muitas ve-zes na Bíblia Sagrada, principalmente em

Levítico, Números e Ezequiel e representatrês palavras hebraicas e duas gregas. Daspalavras hebraicas, tamin significa “inteiro’’ou “completo”, portanto, “sem mácula”. Emhebraico, me’um, mum, significam “algumacoisa manchada”, “marca” ou “borrão”. A ter-ceira palavra, teballul (usada apenas em

Levítico 21,20) denota uma mancha brancano olho que provoca uma visão obscurecida,provavelmente, catarata (veja Doenças). Apalavra mácula ocorre apenas três vezes noNT, e em todas elas a palavra grega momostem o significado de borrão ou “defeito” (ou,negativa mente, “sem defeito”).Para resumir, os sacrifícios do AT deviam ser“sem mácula”; Cristo era um sacrifício “semmácula”, “imaculado” (1 Pe 1,19); e a igrejaum dia deverá ser “sem mácula” (Ef 5.27).MACULA 2 No AT essa palavra está inti-mamente ligada ao conceito de puro e im-

puro (veja Impureza) e às leis a ele relacio-nadas, assim como à contaminação do Tem-plo de Deus (Lv 15,31; 20.3; Nm 19.13; SI79.1; Ez 5.11) e da terra (Jr 2.7; 3.9; 16.18).No cerimonial do NT, a palavra mácula apa-rece apenas como uma mácula moral e aque-les que elevam o cerimonial acima da mo-ral são condenados por Cristo (Mc 7.1-23).Os extremos aos quais chegavam os judeusao limpar as xícaras, potes, mesas e a sipróprios eram condenados por Cristo. Nadaque entra no corpo pode macular, mas ape-nas o que é feito e dito (v. 15). A sutilezadessa questão é revelada pelo fato da co-

nhecida divergência entre João Batista eos judeus estar relacionada com a purifi-cação (Jo 3.25). Por ser um levita, e per-tencer à ordem sacerdotal, o seu batismolevantou essa questão.Pedro precisou aprender, através de umarevelação especial, que nada é verdadeira-mente impuro em si mesmo (At 10.9-48).Paulo também enfatizou este ensino, embo-ra apenas por uma razão de conveniênciatenha tomado parte de uma cerimônia judai-ca de purificação. Entretanto, deve-se obser- var que essa foi a causa de sua imediata pri-são em Cesaréia (At 21.26ss.).

R. A, K.MACHADO Os machados estavam entre asferramentas mais comuns da Palestina (Is10.15). Com outras ferramentas semelhan-tes, eles exigiam um trabalho árduo (2 Sm12.31; 1 Cr 20.3).Quanto ao material, as ferramentas de cor-te mais antigas eram feitas de ossos, peder-neira ou pedras, posteriormente de bronze,e por volta de 1200 a.C. começaram a utili-zar o ferro (o “machado” em 2 Reis 6.5 é re-almente de “ferro”, como no v. 6.). Os filisteustentaram impedir que Israel usasse este

metal superior quando eles superabunda- vam nas planícies da Palestina no início da

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MACHADO MAE

Idade do Ferro; pelo menos a passagem em1 Samuel 13.19-22 é interpretada dessa for-ma (G. Ernest Wright, Biblieal Archaeology,ed. rev., Filadélfia. Westminster Press, 1962,pp. 91-94). A extremidade mais grossa da cabeça do ma-chado poderia ser perfurada para receber uma

correia pela qual era amarrada ao cabo demadeira. O homicídio acidental previsto emDeuteronômio 19,5 e a perda ao machadoemprestado em 2 Reis 6.5,6 sugerem que oferro freqüentemente trabalhava solto.O formato do machado variava, de formaque as sete palavras hebraicas diferentesque a versão KJV em inglês traduz como'“machado” também poderíam ser traduzi-das como picareta ou enxó (com uma bordacortante no ângulo certo até o cabo), podei-ra, cinzel, alviâo - todas elas ferramentasde corte, grande parte utilizada para ma-deira, às vezes para pedra (na Palestina

especial mente calcário). Abimeleque e seus homens cortaram ramosde árvores com machados para atear fogo àtorre de Siquém (Jz 9.47-49). Atacantes decidades cortaram árvores (Jr 46.22) paracercos, um propósito para o qual nenhumaárvore frutífera poderia ser tirada (Dt20.19,20). Um machado poderia ser usadocomo uma lâmina para moldar o centro demadeira de um ídolo, para ser revestido commetais preciosos (Jr 10.3,4). Os inimigos deIsrael quebraram as decorações de madeirado Templo com machados (SI 74.4-7). Pica-retas ou buris foram empregados para cor-tar pedras para os altares (mas os altaresde Israel deveríam ser somente de pedrasnaturais, Êxodo 20.25), ou para o Templo deSalomão, cujas pedras, algumas de tama-nhos tremendos, eram todas pré-trabalha-das (1 Rs 6.7; 7,9-11).O machado é mencionado no NT nas pala- vras de João Batista (Mt 3.10; Lc 3.9), queilustram um juízo ameaçador por um ma-chado posto à raiz de uma árvore frutífera,pronto para cortá-la se ela fosse comprova-damente inútil.

W. G. B.

MACHO Uma palavra que se refere ao gêne-ro masculino de seres humanos e de animais,ocorrendo mais de 70 vezes no AT e quatro vezes no NT. A palavra hebraica predominan-temente usada no AT é saltar, do verbo raiar,“lembrar-se”. Um possível significado da pa-lavra zakar é: “Aquele através do qual a me-mória dos pais tem continuidade”, ou “aqueleque é competente para se lembrar ou invocara divindade em adoração”.MADAI Terceiro filho de Jafé (Gn 10.2; 1 Cr1.5). Os descendentes de Madai eram os me-dos, um povo ariano, primeiramente mencio-

nado por Salmaneser III (aprox. 886 a.C.). Adade-Nirari III (aprox. 800 a.C.), Tiglate-

Pileser III (743 a.C.) e Sargão II (716 a.C.)conquistaram suas terras. Aliados aos babilônios, liderados por Nabopolassar, elesajudaram a destruir a Assíria em 612 a.C.Eles mantiveram o seu império a leste daBabilônia durante os dias de Nabucodonosor(605-561 a.C.), e se tornaram parte do Impé-

rio Persa após a ascensão de Ciro, o Grande,em 559 a.C.Veja Elâo (País); Média.MADEIRAVeja Plantas.MADEIRA DE EFRAIMVeja Efraim, Ma-deira de.MADEIRA DE GOFERVeja Plantas.

MADEIRA DE SÂNDALOVeja Plantas: Almugue.MADMANA Uma cidade calebita no sul de Judá perto de Ziclague (Js 15.31; 1 Cr 2.49)talvez seja Bete-Marcabote (Js 19.5). É pro- vavelmente a moderna Umm Deimneh,aprox. dezesseis quilômetros a nordeste deBerseba.MADMÉM Uma cidade em Moabe cuja des-truição foi prevista por Jeremias í Jr 48.2).Pode haver um jogo de palavras aqui dandoa idéia de “tu cidade do silêncio [heb. madmen] deverá permanecer em silêncio [dedamam, estar em silêncio]”. Foi por diver-sas vezes identificada como sendo KhirbetDimneh, treze quilômetros ao norte deKerak.

MADMENA Uma cidade ao norte de Jeru-salém, mencionada somente nas descriçõesde Isaías sobre o avanço assírio em Jerusa-lém (Is 10,31). Sua exata localização é des-conhecida.MADOM Uma cidade real dos cananeus aonorte, cujo rei, Jobabe, foi confederado com Jabim, rei de Hazor. Ambos foram mortosna batalha com Josué nas águas de Merom(Js 11.1; 12.19), Foi identificada com QamHattin (“chifres de Hattin”) nos altos, oitoquilômetros a noroeste de Tiberíades. A Sep-tuaginta, no entanto, traz o termo Marrort,que pode indicar que se deseja mencionarMerom (q.v.). MAE As Escrituras dão uma posição muitomais alta às mulheres, especialmente àsmães, do que as religiões da maioria das ter-ras orientais. As mulheres do AT, às vezes,ocuparam posições importantes, como Miriâe Débora. O pai e a mãe eram juntamenteclassificados e honrados. O conselho de Re- beca parece ter pesado mais para o seu filho Jacó do que para Isaque, O filho que agredis-se ou amaldiçoasse seus pais era punido coma morte (Êx 21.15,17). O último capítulo de

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M AG Dl EI MAGISTRADO

Edom, descendente de Esaú (Gn 36.43; 1Cr 1.54).MAGIA, MÁGICO Estas palavras vêm donome de uma classe de sacerdotes da IdadeMédia, “os magos” ou “sábios” (Mt 2.1,7), quenão eram apenas sacerdotes sacrificiais, e simhomens que interpretavam o significado defenômenos dos céus e sonhos e seus impactosnas atividades humanas. Veja Magos.Magia, adivinhação, feitiçaria, encantamen-to, e bruxaria estão todos ligados à crença nosobrenatural ou em forças ocultas, e são for-mas pelas quais os homens têm procuradoobter o conhecimento sobre o futuro, e ajudapara as questões da vida, tanto lhes benefici-ando quanto prejudicando os seus inimigos. A classe de profissionais adivinhos ou mági-cos era abundante no Egito (Gn 41.8,24; Ex7.11,22; 8.7,18,19; 9.11) e na Babilônia (Dn1. 20; 2.2,10,27; 4.7,9; 5.11). A magia era

tam- bém praticada pelos cananeus e outros povos,como é indicado pelos amuletos, talismãs,arrecadas (Is 3.20) e outros objetos comuns àarte da magia, encontrados em escavações naPalestina. Ezequiel fala sobre as mulheres“que cosem almofadas para todos os sovacose que fazem travesseiros para cabeça de todaestátua, para caçarem as almas!” (Ez 13.18).Existiam também os encantadores de cobras(Sí 58.4,5; Ec 10,11; Jr 8,17), assim comomédiuns espíritas que procuravam lidar comespíritos familiares (Is 19.3; ef. 8.19). Veio Astronomia; Belomancia; Demonologia; Adi-

vinhação; Encantamento; Espírito Familiar;Necromancia; Feitiçaria; Terafms, A atitude da Bíblia Sagrada para com amagia é claramente hostil (Dt 18.9-14; 2 Rs21.6; At 8.9-24; 13.6-12). A Babilônia foimotivo de escárnio por sua confiança nas fei-tiçarias e nos encantos mágicos ou encanta-mentos (Is 47.9,12,13). Os mágicos ou feiti-ceiros judeus, como Simão (At 8) e Elimas(At 13), eram considerados escravos da ini-quidgde e instrumentos do Diabo.Em Efeso, como resultado da expulsão de de-mônios através do ministério de Paulo, “mui-tos dos que seguiam artes mágicas trouxeramos seus livros e os queimaram na presença detodos” (At 19.19). A soma do valor de seuslivros de encantamentos mágicos foi extrema-mente alta, 50.000 peças de prata, provavel-mente o equivalente ao pagamento por mui-tos dias de trabalho. Veja Artes mágicas.Paulo lista pharmakeia, a “feitiçaria”, ime-diatamente após a idolatria em Gálatas 5.20,classificando-a, deste modo, entre os princi-pais pecados da carne. O final daqueles queprosseguem na prática da feitiçaria será olago de fogo (Ap 9.21; 21.8; 22.15).Bibliografia. ComPBE, “Magic, Divination

and Superstition”, pp. 503-509. G. Delling,“Magof , TDNT, IV, 356-359. Kurt E. Koch,Chrístian Counseling and Oceultisrn, Grand

Rapids. Kregel, 1965. Merrill F. Unger,Bihlical Demonology, 2° ed., Wheaton. VanKampen Press, 1953. J. Stafford Wright eK. A Kitchen, “Magic and Sorcery”, NBD, pp.766-771, Roy B. Zuck, “The Practice o Witchcraft in the Scriptures”, BS, CXXVIII(1971), 352-360.

S. F. B. e J. R.MÁGICO Esta palavra, encontrada em Atos 8.9, significa, propriamente, “espan-tar", “iludir , “pasmar”, “admirar”, e é as-sim traduzida em várias versões da BíbliaSagrada. A palavra grega baskaino emGálatas 3.1 significa “fascinar” ou “enga-nar”. Os judaizantes haviam encantado oscristãos gálatas a ponto de fazer com queparassem de raciocinar.MAGISTRADO* A palavra traduzida como“magistrados” ou “pretores” em Atos 16.35,38 é literalmente “portadores de varas”, osoficiais chamados de “litores” pelos romanos.Estes eram assistentes dos principais ma-gistrados, e tinham como sinal de seu ofícioum fardo de varas em torno de um macha-do, A tradução “polícia” na versão RSV eminglês é um bom equivalente moderno.MAGISTRADO2 A tradução de uma varieda-de de termos hebraicos e gregos na Bíblia Sa-grada, que se refere a um oficial civil público.Por trás de seu uso em Juizes 18.7 existe umsignificado de possuir autoridade. Em Esdras7.25 o termo “magistrado” (ou regedor) traduza palavra (shapetin), que é normalmente in-terpretada como “juizes”. Esta também é a in-terpretação de várias versões do termo tiptaye’(magistrados ou oficiais) em Daniel 3.2,3.Em Lucas 12.11 o termo “magistrados” (ou“governadores”) representa a palavra gregageral (arcke), que se refere a poderes gover-nantes; estes poderes podem ser humanos (Tt3.1) , divinos, ou mesmo demoníacos (Em8.38;Ef3.10; Cl 2.10). Da mesma forma, em Lucas12.58, o termo “magistrado" traduz a pala- vra grega aivhon (aquele que rege), uma pa-lavra usada para designar diversos tipos deoficiais. Por exemplo: juizes civis (At 16.19);o chefe ou príncipe da sinagoga (Lc 8.41); osudeus influentes (Lc 14.1; 24.20); o sumo sa-cerdote (At 23.5). O Senhor Jesus Cristo éassim designado (Ap 1.5), e traduzido como“príncipe” em várias versões. Satanás tam- bém é chamado de príncipe (Mt 9.34). A mesma raiz faz parte de Tito 3.1, onde

eitharchein (com o sentido de obedecei aosmagistrados) também podería ser traduzi-do simplesmente como “ser obediente"(Amdt,p. 644).O principal uso de “magistrado” se encontraem Atos 16 para strategoi, também designa-

do como “governadores”(archontas) em 16.19.O termo grego strategos mais propriamentedesigna o “comandante de um exército”, mas

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MAGISTRADO MAGOS

no NT é limitado aos oficiais civis. Em Filipos(At 16.20,22,35,36,38) estes eram os oficiaisde nível mais elevado da colônia Romana, epossuíam o poder para administrar justiça emcasos de menor importância. Eram geralmen-te dois, mais exatamente chamados em latimde duumvirí ou pmetores.

P. G, C.MAGISTRADO3 Um dos oficiais represen-tados no distinto grupo que Nabucodonosorhavia reunido para a dedicação de sua ima-gem de ouro (Dn 3.2).MAGNIFICAT Este termo significa Cânti-cos do Advento. Veja Poesia,

MAGOGUE Um descendente de Jafé (Gn10.2; 1 Cr 1.5). De acordo com Ezequiel 38,2,um povo cujo território será futuramentegovernado por Gogue (q.v,). Em 38.2, lê-seliteralmente: “Firma bem a tua face contraGogue, contra a terra de Magogue...” Josefo(Ant. i.6.1) comparou Magogue aos citas, umpovo bárbaro peregrino, que Heródoto men-cionou como vivendo ao norte da Criméia.Gogue liderará uma horda do norte em umainvasão contra Israel (Ez 38.8-12), mas oSenhor fará com que os seus exércitos retro-cedam, e enviará uma saraiva de fogo na ter-ra de Magogue e nas áreas ao redor dela(39.6). Veja também Rôs.

Após o reino milenial de Cristo, Satanásserá libertado de seu aprisionamento noabismo. A mudança da rápida reunião dosexércitos ao cerco à “cidade amada”, e a con-seqüente destruição sobrenatural pelo fogo,são um retrato do episódio de Gogue eMagogue (Ap 20.7-9),MAGOR-MISSABIBE Um nome que signi-fica “terror por todos os lados” dado por Je-remias a Pasur, filho de Imer, um sacerdotena Casa do Senhor, que torturou Jeremias eo colocou no tronco após o profeta ter previs-to a queda de Jerusalém. Pasur, cujo nomesignifica “amplitude de todos os lados”, setornaria “terror por todos os lados” (Jr 20.1-6) . A mesma expressão é utilizada emdiver-sas passagens, embora não como nm nomepróprio (Si 31.13; Jr 6.25; 20.10; 46.5; 49.29;Lm 2.22).MAGOS Uma classe de homens estudiososoriginários da Pérsia ou da Babilônia, queeram peritos nas tradições e ciências de seusdias e em interpretações de sonhos. Comolidavam com o aprendizado oculto, seus no-mes ganharam a conotação do termo moder-no “mágico”. Em princípio não eram trapa-ceiros. Heródoto, um antigo historiador gre-go, afirma que eles eram uma classe ou cas-ta de medos, que exercia funções sacerdotais,e que eram renomados por seu aprendizado.Eles estavam entre os homens sábios da

Babilônia na tradução da Septuaginta (LXXde Daniel 2.2,10, onde o paralelo em portu-guês pode ser “encantadores” ou “sábios”.0 título se tornou um termo geral descritivode todos aqueles que possuíssem conheci-mentos extraordinários ou ocultos. No livrode Atos é aplicado a Simão em Samaria (At

8.9-24), que procurou comprar de Pedro opoder de realizar milagres, e a Elimas, umudeu em Pafos, em Chipre, que se esforçoupara alcançar o patronato do procônsul ro-mano, Sérgio Paulo (At 13.6-11). Nem todosos magos eram charlatães, pois em diversosexemplos os escritores da Antiguidade, comoCícero (On Divination I, 91) e Filo de Alexandria (Every Good Man Is Free 74),indicam que eles eram realmente científicosem temperamento, e possuíam um genuínoaprendizado. Veja Magia, Mágico.Os magos ligados ao relato de Mateus sobreo nascimento do Senhor Jesus eram prova- velmente estrangeiros da Mesopotâmía ouda Arábia que conheciam as previsões do ATsobre a vinda do Messias, e que observavamo céu em busca de algum fenômeno astralque pudesse prenunciar o seu advento. Épossível que eles conhecessem a profecia deBalaão - “Vê-lo-ei, mas não agora; contem-plá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela pro-cederá de Jacó, e um cetro subirá de Israel,que ferirá os termos dos moabitas e destrui-rá todos os filhos de Sete” (Nm 24.17) - eque a tenham aplicado de forma literal,aguardando assim uma estrela especial queanunciaria o nascimento do Rei. E mais pro- vável, no entanto, que esta interpretaçãotenha surgido mais tarde entre os cristãos,do que entre os próprios magos. A consternação que a visita dos magos pro-duziu em Jerusalém pode ser explicada pelofato de que a Pártia, que controlava o Lestenaqueles dias, era a principal rival de Roma. A guerra estava constantemente emiminência entre Roma e Pártia, e no mínimoem duas ocasiões os arqueiros partos esma-garam as invasões romanas. Herodes, comorei da Judeia, um estado tampão entre Romae Pártia, tinha razões em dobro para temerquando os delegados do Leste chegaram per-guntando: “Onde está aquele que é nascidorei dos judeus?” (Mt 2.2). Para Herodes, suapergunta implicaria em um sucessor que nãofosse da mesma linhagem que ele, e que des-tituiría seus filhos de suas heranças, e quepoderia buscar uma aliança partiana ao in- vés de uma romana. Herodes, uni idumeu denascimento, sabia que era odiado pelos ju-deus, e temia que, se tivessem um rei, pode-ríam iniciar uma revolução com o apoio daPártia. Os magos tinham influência políticae acadêmica, e podiam até ter sido os emissá-rios oficiais da corte da Pártia para investi-gar o advento de um novo poder judaico. A lenda que diz que os três reis magos se cha-mavam Baltazar, Melquior, e Gaspar, cujos

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MAGOS MAL AQUI AS

corpos TO umi ficados foram preservados emConstantinopla até serem transferidos à Ca-tedral de Cologne, é infundada. Mateus dizque eles retomaram ao seu próprio país, e nãodiz mais nada sobre o seu destino subseqüen-te. Na literatura dos Evangelhos, eles repre-sentam para Jesus a resposta da classe eru-

dita dos pagãos, assim como os pastores deLucas representam a resposta dos campone-ses judeus. Embora tennam surgido váriaslendas sobre os magos, sua visita foi sem dú-

vida histórica.Veja Astronomia; Estrela.‘ M. C. T.

MAGPIAS Um dos chefes do povo que selouo pacto com Neemias (Ne 10.20).MAL O mal é o oposto do bem (Gn 2.9,17),Não sendo o bem, sempre se mostra prejudi-cial e causa perdas e sofrimento.Podem ser diferenciados diversos tipos demales: religioso, moral, social e natural. Omal religioso ou espiritual ó o oposto da jus-tiça: é pecado (Ez 20.43; 33.11-13; Mc 7.21-23), Este mal pode estar no coração do ho-mem, até mesmo sem nenhum ato de trans-gressão por parte dele (Gn 6.5; Mt 5.28), Naspalavras das Escrituras, os pensamentos, osdesejos, a consciência e o coração podem sermaus. O único antídoto para esse mal é aobra purificadora de Cristo.O mal moral depende dos costumes de umacultura, dos tabus ou proibições específicosde uma sociedade ou de uma comunidade.Pode ser punido como crime pelas autorida-des civis (Mt 27.23; At 23.9; Rm 13.4). Podeser algo que pareça moralmente injusto, econtrário ao que alguém julga ser correto (Ec2.18-21; 5.13-17; 6.1,2; 10.5-7). Pode ou nàoser um pecado, segundo a Bíblia, uma vezque pode ser somente um julgamento huma-

no da conduta de outra pessoa.O mal social pode ser visto em problemascomo o alcoolismo, o trapacear nos negócios,a corrupção na política, oportunidades ina-dequadas de educação, pobreza por falta deempregos, discriminação racial e guerra (Zc7.9,10; 8.16,17). Existem também diversosgraus de responsabilidade moral e espiritu-al envolvidas nesses problemas, tanto cole-tivamente quanto individualmente.O mal natural, ou calamidade, está relacio-nado com a destruição, a perda e o sofrimen-to causado por terremotos, escassez de ali-mentos, incêndios, enchentes e doenças. Eum mal desse tipo que Deus diz que criou (Is45,7; Am 3.6).Nem todo o mal é desejado pelo homem, oupode ser controlado por ele. O mal, no seusentido mais amplo, não pode ser compara-do com o pecado (Ec 12.1),Veja Maligno; Iniquidade; Pecado (como bi-

bliografia); Maldade.

T. W.B.MALAQUIAS Este é o último dos profetas

hebreus, assim como o último livro do AT emportuguês. A profecia representa um chama-do de Israel ao arrependimento e à obediên-cia, com um rigoroso aviso de julgamentopara os desobedientes e rebeldes. O livrocoloca uma ênfase considerável no “dia doSenhor” (3.2,17; 4,1,3,5) fechando o período

do AT com uma promessa final do adventodo Messias. Autor

O nome Malaquias não aparece em outraspassagens nas Escrituras levando, portanto,os estudiosos críticos a pensar que o termo maFaki, que em heb, significa “meu anjo” ou“meu mensageiro”, é um apelativo e nào umnome próprio (cf. 3.1), e assim o livro seriauma profecia anônima, Esta teoria, assimcomo a conjetura do Targum de queMalaquias é um pseudônimo para Esdras, éenfraquecido pelo fato de que isto constitui-ría uma exceção única na literatura proféti-ca, uma vez que todos os livros proféticos le- vam o nome do antor como um sinal de au-tenticação de seu conteúdo. Sem dúvidaMalaquias é uma contração de maVakiyah,“mensageiro de Yahweh”, assim como o nome Abi representa uma forma contraída de Abias.O estilo de Malaquias é direto e conciso. Umacaracterística marcante é seu freqüente usoda questão retórica e das respostas (porexemplo, 1.6,7; 3.7,8). A unidade do livronunca foi seriamente questionada, emboraalguns críticos sem qualquer justificativaimaginaram a ocorrência de pequenas adi-

ções editoriais (viz., 2.7,11,12; 4.4-6).Data

Com base em evidências internas, o livro éclaramente pós-exllieo. Os judeus estavam sobo governo Persa (1.8); o Templo havia sidoreconstruído e a adoração levítica retomada(1.6ss,; 2.1ss.; 3.1,8,10); e as ofensas morais ereligiosas que eram condenadas, assim comoas reformas solicitadas, retratavam o perío-do de Esdras-Neemias. Uma data entre a vin-da de Esdras (457 a.C.) e a segunda visita deNeemias (432 a.C.) é a mais provável.

EsboçoI. O Amor de Deus por Israel, 1.1-5II. A Denúncia dos Sacerdotes, 1.6-2.9III. A Denúncia de Divórcios e Casamen-

tos Impróprios, 2.10-16IV. A Vinda do Juízo de Deus, 2.17-3.18 V. O Dia do Senhor, 4.1-6

ConteúdoTrês capítulos na Bíblia hebraica sâo dividi-dos em quatro na Septuaginta (LXX) e na Vulgata, e o mesmo ocorre em português. Olivro reflete uma triste cena da decadênciaespiritual que estava tomando lugar. Elecomeça com a declaração do amor de Deuspor Israel, demonstrado em sua opção de ele-

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MALAQUIAS MALD1ÇA0

ger Jacó, e não Esaú (1.1-5). No entanto, Is-rael foi desleal em sua resposta, à medidaque os sacerdotes primeiro ofenderam aoSenhor, poluindo o seu altar através da ofer-ta de sacrifícios indignos (1.6-2.4). Além dis-to, eles levaram o povo a se desviar, dandoinstruções equivocadas sobre a lei, e perver-

tendo a justiça (2.5-9). Os homens eram cul-pados de profanar o pacto mosaico ao se di- vorciarem de suas esposas e se casarem commulheres pagas e idólatras (2.10-16).O capítulo 3 (que realmente começa com asacusações e questões de 2.17) apresenta Deuscomo alguém que virá julgar. O povo foi com-placente em seus pecados, que incluíam oceticismo e as murmurações, como tambéma negligência a dizimar e a ofertar. O Se-nhor enviará o seu mensageiro para prepa-rar o seu caminho diante dele, após o qualEle virá inesperadamente ao seu Templo. Elepunirá os ímpios, e executará um rápido jul-

gamento dos transgressores, e só pouparáaqueles cujos nomes estiverem escritos no“memorial”; assim o Senhor purificará a suaterra. O profeta concluí com uma admoesta -çâo final ao arrependimento e à obediênciaà lei antes da vinda do grande e terrível diado Senhor, no qual os ímpios serão consumi-dos como restolho, mas os justos receberão olivramento (cap. 4).

H. E. Fr.MALCÃ1. Um benjamita, uni dos filhos de Saaraimcom sua esposa Hodes (1 Cr 8.9).

2.

Uma forma hebraica que pode significar“seu rei”, e que é assim traduzida em várias versões em Amós 1.15 e Jeremias 49.1,3. Em Jeremias 49.3 é evidente que se refere a umfalso deus, como em Sofonias 1.5. Maleã eraum dos deuses dos moabitas e amonitas,possivelmente idêntico a Moloque. Veja Fal-sos deuses.MALCO Um servo do sumo sacerdote Caifás(Jo 18.10). Sendo o primeiro entre aqueles quecapturaram o Senhor Jesus Cristo no jardimdo Getsêmani, ele foi ferido pela espada doapóstolo Pedro, que cortou sua orelha direi-

ta. Todos os quatro autores do Evangelhomencionam o incidente (Mt 26.51; Mc 14.47;Lc 22.50), porém João incloi mais detalhespessoais sobre o ocorrido e o homem. Somen-te ele chama Malco pelo nome (Jo 18,10). Joâonos conta que ele próprio era, de alguma for-ma, conhecido de Caifás (18.15). Somente João identifica o homem da espada comoPedro. Malco teve um parente que mais tar-de perguntou a Pedro sobre sua ligação com Jesus (Jo 18.26). Talvez João, escrevendo per-to do final do século I, tenha se sentido livrepara citar nomes sem embaraço, pois tantoPedro quanto Malco já seriam falecidos na-

quela época. No entanto, somente Lucas, omédico, registra o fato de que Jesus “tocan-

do-lhe a orelha, o curou" (Lc 22.51). A partirdestas palavras alguns imaginam que a ore-lha não fora totalmente arrancada, mas exis-tem debates sobre esta questão. Foi o últimomilagre de cura de nosso Senhor que ficouregistrado. Sentimo-nos curiosos para saberse ao final este incidente ineomum ocasionou

qualquer impressão espiritual em Malco, masas Escrituras se mantém em silêncio quantoà continuidade de sua história.

G. C. L.MALDADE Em hebraico, o termo roa‘ sig-nifica “maldade”, “perversidade de coração”(1 Sm 17.28); o termo hawwa, “perversida-de, maldade, desobediência” (Pv 11.6; 17.4).Em grego, kakia, “maldade, perversidade,malícia” (Tg 1.21).MALDIÇAO As várias palavras hebraicase gregas para maldição, denotam a expres-são de um desejo ou oração para que o malsobrevenha a alguém. Esta idéia encontrouuma grande variedade de usos na vida deIsrael, e era universalmente conhecida en-tre os seus vizinhos. Os termos de um con-trato ou tratado eram protegidos pelas mal-dições ou imprecações dirigidas a qualquerum que violasse o acordo no futuro (veja ANET, pp. 205ss.). Medidas semelhantes desegurança são encontradas nas inscriçõesreais, onde maldições eram pronunciadassobre qualquer um que pudesse alterar oudestruir a inscrição (ANET pp. 267ss.). Mal-dições também eram dirigidas contra assas-sinos (Gn 4,11,12), assim como contra os ini-migos que no futuro pudessem prejudicaralguém (2 Sm 18.32), ou que já estivessemrejudieando alguém (Jr 12.3), Na verda-e, as maldições eram empregadas ondequer que estivessem faltando as medidaspunitivas e protetoras, ou onde estas esti- vessem presentes porém fossem considera-das inadequadas.Quando se trata de Deus, amaldiçoar é umtermo antropomórfico que expressa o desa-grado divino on uma justiça vingadora (porexemplo, Gn 3.14-19; 5,29; 12.3). A antítesenatural de todas estas maldições é a bênção.

A eficácia da maldição dependia basicamen-te da aprovação e execução divina. Na mentehebréia, a maldição falada era consideradacomo o agente ativo do prejuízo, vestida como poder da alma que a levava adiante. Masapenas o indivíduo que era um servo fiel de Jeová tinha uma verdadeira fonte de poder:daí por diante era o próprio Senhor, o Deus vivo, que tinha e tem a última palavra quan-to ao poder da maldição ou da palavra profe-rida por alguém. Portanto, uma maldição (ou bênção) uina vez expressa de uma forma sen-sata não podería ser revogada ou anulada (Gn27.27-40; cf. 1 Sm 14.24-30,43-45).

A lei mosaica proibia que uma pessoa amal-diçoasse o próprio pai ou a própria mãe (Ex

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MALD1ÇA0 MAL1GN1DADE

21.17) sob pena de morte, ao príncipe do povo(Êx 22.28), e àquele que fosse surdo (Lv19.14). Blasfemar ou amaldiçoar a Deus erauma ofensa capital (Lv 24.10-16). Mas asmaldições pronunciadas contra os indivídu-os por homens de Deus (por exemplo, Gn9.25; 49.7; Dt 27.14-26; 2 Sm 3.29; 39; Js

9.23) não eram expressões de paixão, impa-ciência, ou vingança; elas eram previsõesproféticas ou estatutos do decreto divino e,portanto, não eram condenadas por Deus.Os Salmos que trazem súplicas ou os queamaldiçoam alguém são aqueles em que osalmista lança uma maldição sobre os ini-migos de Israel (SI 83.9-17) ou sobre os seusoponentes ou opressores pessoais (SI 69,21-28). Para entender estas orações, que são tãoestranhas ao Novo Testamento, é necessá-rio nos lembramos de que a revelação do Antigo Testamento era a preparação para arevelação que viria no Novo Testamento e,

portanto, estava incompleta. Além disso, amaldição no antigo Oriente Próximo, inclu-indo Israel, era considerada um meio legíti-mo de defesa. A linguagem do Oriente eratambém mais comovente, e, para o israelita,mais concreta do que a nossa.No Novo Testamento, amaldiçoar os inimi-gos ou perseguidores é uma atitude proibi-da pelo exemplo e pela palavra de Jesus (Lc23.34; Mt 5.44). Paulo, entretanto, amaldi-çoou aqueles que não amassem a Cristo (1Co 16.22) ou que pregassem um Evangelhodiferente daquele que ele pregava (G11.8ss.).O próprio apóstolo desejaria se tornar umamaldição, se preciso fosse, para que o seupovo aceitasse a Cristo prontamente (Rm9.3). A “maldição da lei” era a sentença decondenação pronunciada contra o transgres-sor (G1 3.10), e da qual Cristo nos redimiuquando se fez maldição por nós (G1 3.13).Veja Maldito; Anátema; Devotado; Dedica-do; Juramento.Bibliografia. Herbert C. Brickto, TheProblem of “Curse” in the Hebrew Bible, JBL Monograph Series XIII, 1963, Chr. Senft,“Curse", A Companion to the Bible, J. J. von

llmen, ed., Nova York. Oxford Uniu. Press, 1958. N H. Smith, “A Study of the Words‘Curse’ and Righteousness’”, The BibleTransia tor, III (1952), 111-114.MALFEITOR* Duas palavras gregas sãousadas nas Escrituras: kakopoios, “um malfeitor” ou seja, um ímpio ou criminoso (Jo18.30; 1 Pe 2.12,14; 3.16,17; 4.15), ekakour-os, i‘um transgressor” (Lc 23.32,33,39; 2 Tm

2.9). “A primeira descreve o sujeito como fa-zendo ou realizando o mau; a segunda, comocriando ou originando o mau, e então desig-na o início do tipo de criminalidade maisenergético e agressivo” (ISBE). A palavra é

geralmente associada aos dois indivíduos queforam crucificados com o Senhor Jesus Cris-

to, para os quais o termo grego mais forte foiutilizado, embora somente Lucas se refira aeles como malfeitores. Mateus e Marcos cha-mam-nos de “salteadores”; João diz “outrosdois”. O penitente foi salvo na décima pri-meira hora pela fé no Salvador.Veja ímpio.MALFEITOR2 Em hebraico, esta palavraé a forma do particípio de um verbo que sig-nifica “quebrar ou partir em pedaços^’. Con-sequentemente, um malfeitor é aquele queparte em pedaços, destrói, causa o mal nãoimporta o que faça, age com maldade e afli-ge os demais. Assim, em Salmos 26.5;37.1,9; Isaías 1.4 e em outras passagens, osescritores estão descrevendo aqueles queofendem a lei de Deus, assim como aquelesque ofendem os seus companheiros pesso-almente. Veja Criminoso.MALHO A palavra hebraica rnepís vem deuma raiz que significa quebrar em pedaços,referindo-se, portanto, a uma arma; por exem-plo, machado, maça ou clava de guerra (Pv25.18). Em Jeremias 51.20 a expressão “mar-telo e armas de guerra” (q.v.) é a tradução deuma palavra hebraica semelhante, mapes. MALI ,1. Um filho de Merari e neto de Levi (Ex 6.19;Nm 3.20; 1 Cr 6.19,29; 23.21; 24.26; Ed 8.18).Ele fundou uma família tribal (Nm 3.33;26.58). Seus netos se casaram com os seusprimos, aparentemente para evitar aextinção do nome de sua família (1 Cr 23.22).2. Um filho de Musi, irmão de Mali, possui omesmo nome (1 Cr 6,47; 23.23; 24.30).MALÍCIA Esta palavra, representando “aprópria essência ao mau no coração" (Crabb)é a tradução das palavras gregas kakia (Rm1.29; 1 Co 5.8; 14.20; Ef 4.31; Cl 3.8; Tt 3.3;1 Pe 2.1,16), e poneria (Mt 22.18). A expres-são “palavras maliciosas [poneroís]” ocorreem 3 João 10. Algumas versões também uti-lizam o termo “malícia” como a tradução deshe’ap (“apesar do desprezo”) em Ezequiel25.6,15; e como a tradução de ra‘(“mal”) nosSalmos 41.5; 73.8. Os homens não regenera-dos não estão somente “cheios de” malícia(Rm 1.29), mas também “vivem em” malícia(Tt 3.3). Por outro lado, os cristãos são acon-selhados a “deixar” definitivamente (tempoaorista) este mal iqato (Ef 4.31; Cl 3.8; 1 Pe2.1) . Veja Pecado; ímpio.MALIGNIDADE Uma palavra que signifi-ca “mau caráter, depravação de coração e vida” (Thayer, p. 320,kakoetkeia), usada porPaulo para descrever a natureza dos gentiosque se recusaram a ter o conhecimento deDeus (Rm 1.29). Esta característica é espe-cialmente manifestada na sutileza e astúciamaliciosa, com um desejo insano e doente de

ferir outros ou de vê-los sofrer.

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MALIGNO MAMOM

MALIGNO Um dos nomes dados a Satanás. As parábolas sobre o reino de Deus em Ma-teus 13 mencionam duas formas que Sata-nás usa para se opor ao evangelho. Na pará- bola do semeador, “o maligno” (ou “o iníquo”)arrebata as palavras semeadas nos coraçõesdaqueles que não compreendem o evangelho

(v. 19). Na parábola do joio e do trigo, Sata-nás coloca os seus próprios filhos entre osfilhos de Deus, onde eles irão permanecer atéa colheita no fim dos tempos (w. 36-42).O “iníquo”, como uma personalidade, é semdúvida mencionado por Jesus em sua ora-ção. (“livra-nos do mal”, Mt 6.13), e na suaoração sumo sacerdotal (“...que os livres domar, João 17,15).Veja Demônio; Mal; Satanás,MALITAS Descendentes de Mali(q.v.) umfilho de Merari (Nm 3.33; 26.58).

MALOM O filho mais velho de Elímelequee Noemi (Rt 1.2). Ele foi o primeiro maridode Rute, a moabita, e morreu em Moabe semdeixar filhos (Rt 1.5; 4.9,10).MALOTI Um dos 14 filhos de Hemã, desig-nados ao serviço da música no reinado deDavi. Através do processo de lançar sortes,este homem se tornou o líder do 19'* turno decantores (1 Cr 25.4,26).MALQUIAS1 Este nome aparece apenas Jeremias 21,1. Aqui é o nome do pai de Pasurque junto com o sacerdote Sofonías foi envi-ado pelo rei Zedequias ao profeta Jeremiaspara perguntar ao Senhor sobre o sítio de Jerusalém. A mesma pessoa é mencionadaem Jeremias 38.1.MALQUIAS2 1. Um levita, descendente de Gérson, ances-tral do cantor Asafe (1 Cr 6.40).2. Um sacerdote, pai de Pasur, que era proe-minente nos dias de Jeremias. Seus descen-dentes retornaram a Jerusalém nos dias deNeemias (Jr 21.1; 38.1; Ne 11.12; 1 Cr 9.12).3. Um sacerdote no tempo de Davi, chefe doquinto turno (1 Cr 24.9).4. Um Israelita, descendente de Parós naépoca de Esdras, que deixou a sua esposagentílica (Ed 10.25).5. Outro descendente de Parõs que se divor-ciou de sua esposa gentílica (Ed 10.25).6. Um filho de Harim que ajudou Neemias nareconstrução do muro, e que também deixoua sua esposa gentílica (Ed 10.31; Ne 3.11).7. O filho de Recabe, o maioral do distrito deBete-Haquerém, na Judéia. Sob o comandode Neemias, ele foi o responsável por reparara Porta do Monturo de Jerusalém (Ne 3.14).8. Filho do ourives que reparou parte domuro de Jerusalém (Ne 3.31).9. Um daqueles que ficaram ao lado de Es-dras durante a leitura das Escrituras dian-

te do povo de Jerusalém (Ne 8.4),10. Um sacerdote que selou a aliança feitapor Neemias (Ne 10.3).11. Um dos sacerdotes designados para can-tar em ações de graças na dedicação do muroreconstruído de Jerusalém, Possivelmente amesma pessoa mencionada no item 10, aci-

ma (Ne 12.42), P. C. J.MALQUIEL Filho de Berias e neto de Aser(Gn 46.17; Nm 26.45; 1 Cr 7.31), e fundadorde uma família tribal (Nm 26.45).MALQUIRÃO Um filho de Jeconias (rei Joaquim) e, portanto, um descendente deDavi (1 Cr 3.17,18).

MALQUISUA Um dos filhos de Saul (1 Cr8.33; 9.39), morto pelos filisteus no monteGilboad Sm 31.2; 1 Cr 10,2).

MALUQUE1. Um levita da família de Merari, e um an-cestral de Etã, um músico dos dias de Davi(1 Cr 6.44).2. Um indivíduo da família de Bani, que dei- xou sua esposa gentílica após o retorno daBabilônia (Ed 10.29).3. Um dos filhos de Harim que se divorcioude sua esposa estrangeira (Ed 10,32).4. Um sacerdote que selou a aliança de Nee-mias (Ne 10.4). Parece incrível que ele tenhasido o mesmo sacerdote que retornou comZorobabel (Ne 12.2), porém esta possibilida-de ainda é sugerida pela inclusão de algunsdos mesmos nomes em ambas as listas.5. Um dos líderes do povo que selou a alian-ça de Neemias (Ne 10.27).MALVAVeja Plantas: Malva.MAMILOVeja PeitoMAMOM O termo aparece quatro vezes (Mt6,24; Lc 16.9,11,13). E uma transliteraçâodo aramaico mamon, que significa “proprie-dade", “bens terrenos”, “riqueza” ou “dinhei-ro”. Os textos em Mateus 6.24 e Lucas 16.13são paralelos, e neles o Senhor Jesus Cristoensina que a riqueza requer o coração e oserviço do indivíduo; consequentemente nãose pode servir a ambos, a Deus e à riqueza.Em Lucas 16.9,11 este termo é também des-crito como “riquezas da injustiça” no sentidode adquirir posses desonestamente, o quecorresponde às ações do mordomo da pará- bola. Em conclusão, a riqueza é juntada pelohomem, às vezes por meios injustos, com oerrôneo propósito de segurança (Lc 12.15),pois o resultado é a eseravização a ela, e nãoo serviço a Deus.

Bibliografia. F. Hauck, “Mamonas”, TDNT,IV,388-390. J. Jeremias,The Parables of

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MAMOM MANASSES

esus, 6a ed., trad. por S H. Hooke, Nova York. Scribner’s, 1963, pgs 45-48.MANAVeja Alimentos; Plantas.MANAATE1. Um dos filhos de Sobal e neto de Seir, ohoreu (Gn 36.23; 1 Cr 1.40).2. Um lugar em Jndá, mencionado nas car-tas Amarna (q.v.) como Manhate, para ondecertos benjamitas de Geba foram levadoscativos (1 Cr 8.6). Pode ser que os filhos deSalma, da família de Calebe, da tribo de Judáconstituíssem metade da população deManaate (1 Cr 2.54), A Septuaginta (LXX)adiciona o nome da cidade ao texto hebraicode Josué 15.59, localizando-a, deste modo,na região montanhosa. Ela pode, então, seridentificada com Malha, uma cidade moder-na, 5 quilômetros a sudoeste de Jerusalém.MANAÉM Um dos cinco profetas e mestres

na Igreja de Antioquia e irmão de criação{syntrophos) deHerodes, o tetrarca (At 13.1),isto é, Antipas (4 a.C.-37 d.C.). Esta últimadesignação pode indicar que ele foi criado eeducado com este Herodes. Alguns especu-lam que ele era o filho ou pelo menos umparente de Manaém, o essênio que previupara Herodes o Grande, quando criança, queele se tornaria rei dos judeus. Quando estaprofecia se cumpriu, Herodes colocou Mana-ém, o essênio, e toda a sua seita em umaposição deelevada consideração (Josefo, Ant. xv.10.5). E possível que o Manaém de Atos13.1 tenha sido adotado por Herodes o Gran-de, e feito companhia para um de seus filhos.O termo syntrophos, entretanto, pode sim-plesmente significar um amigo íntimo ou“membro da corte'’,MANASSÉS O nome Manassés significa“aquele que faz esquecer". O uso desse nomepor José para seu primogênito reflete o efei-to que o nascimento da criança teve em suaatitude em relação às provações no Egito (Gn41.51). O uso posterior foi meramente comoum nome retirado da lista de ancestrais, con-forme indicado pelos registros.1. O filho primogênito cie José. O texto em

Gênesis 48.8-22 recita a bênção de Jacó dadaaos dois filhos de José. Ele deu a bênção pre-ferencial a Efraim, mas adotou a ambos, co-locando-os no mesmo nível de seus própriosfilhos. Muitos dos intérpretes modernos ex-plicam esta versão como etiológica e não his-tórica. Por outro lado, deve-se lembrar queesta descrição da bênção de Jacó está emharmonia com a bênção de Abraão a Isaqueem detrimento de Ismael, com a bênção deIsaque dada a Jacó em detrimento de Esaú,e com a bênção de Jacó dada a Judá e Joséem detrimento de Rúben. A prática comumde dar a bênção preferencial ao primogênitofoi quebrada por repetidas vezes na linha-

gem dos patriarcas, fazendo da fé em Deus eda obediência a Ele os fatores determinantesna bênção. Manassés, o primogênito, rece- bería uma bênção menor que Efraim porqueo seu serviço seria menor.2, A tribo de Manassés. No Sinai e na jornadapelo deserto, Manassés era uma das 12 tribos,

de acordo com Números 1.34,35; 2.20. Ao dis-tribuir o território entre as 12 tribos, Moisésassegurou uma parte a leste do Jordão à me-tade da tribo de Manassés, sob os descenden-tes de Maquir, primogênito de Manassés (Dt3.13,15). Para a outra metade, Josué conce-deu uma parte a oeste do Jordão (Js 22.7). A parte oriental cobria parte de Gileade e toda aregião de Basã, sendo posteriormente expan-dida para o norte, por Jair (IH 3.14). A parteocidental se estendia ao norte de Efraim e aosul de Zebulom e íssacar (Js 17.1-12), Cincofilhos de Manassés, ainda vivos, receberamsuas heranças lá. O sexto filho, que morreudurante as jornadas no deserto, foi represen-tado pelas cinco filhas de seu filho Zelofeade.Deus ordenou, através de Moisés, que elas de- veríam receber a parte dele, Esta ação deu iní-cio a um conjunto de leis inteiramente novasque controlavam a herança das posses perten-centes a alguém que morria sem deixar umherdeiro do sexo masculino (Nm 27.1-11), Den-tro desta parte ocidental estavam fortes cida-des cananéias, incluindo Megido, Taanaque,Ibleâo e Bete-Seâ. Estas nunca foram destru-ídas, embora tenham sido forçadas a pagartributos. Nos tempos dos juizes, líderes dasforças de combate de Israel surgiram dentreos descendentes de Manassés em várias épo-cas. Gideão veio da parte ocidental (Jz 6.15), e Jefté da oriental (Jz 11.1). As genealogias em Números 26.28-34; Josué17.1-3; 1 Crônicas 2,21-23; 7.14-19 não po-dem ser reconciliadas na sua presente for-ma. Podem, entretanto, se as sugestões fei-tas por R. J. A. Sheriffs (“Manasseh”, HBD)relativas a 1 Crônicas 7.14,15 forem aceitas;“E provável que as palavras ‘Hupim e Supim’sejam uma interpretação no verso 15 a par-tir do verso 12, e que a palavra ‘Asrief con-tenha uma variação de escrita". A maiorparte desta tribo foi levada ao cativeiro na Assíria.Veja Maquiritas.3. O rei de Judá. Manassés, filho de Ezequi-as e Hefzibá (2 Rs 21.1; 2 Cr 33.1), tornou-serei aos 12 anos de idade e reinou por 55 anos.E. R. Thiele (The Mysterious Numbers oHebrew Kings, pp. 154ss.) avalia essa épocacomo 696- 642 a.C., é nos primeiros dez anosele teria sido co-regente com seu pai.Manassés reverteu as políticas de Ezequiasreferentes à idolatria. Ele foi longe a pontode colocar um ídolo no próprio Templo e ofe-recer sacrifícios humanos (2 Rs 21.1-9). Suasabominações foram citadas pelos profetascomo a “causa clímax" pela qual Deus selouo julgamento de Jndá com o cativeiro (2 Rs21.10-15). Além disso, a Bíblia diz que “Ma-

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MANASSES MANJEDOURA

nas sés derramou muitíssimo sangue inocen-te" (2 Rs 21.16).De acordo com 2 Crônicas 33.10,11, a obsti-nada recusa de Manasses em dar atençãoàs admoestações dos profetas, levou à suadeportação para a Babilônia. Arrependi-mento e orações “ao Senhor, seu Deus” são

citados como a causa de sua restauração (2Cr 33,12,13). Alguns intérpretes duvidaramdessa versão do arrependimento ícf. “Ma-nasseh” em HBD). Entretanto, a presençade seu nome encontrada em anos recentesem arquivos de Esar-Hadom e de Assurba-nípat como um dos 22 tributários da Assí-ria (ANET, pp. 291, 294), e uma analogia àcaptura e libertação de Neco I, rei do Egito(ANET, p. 295), por Assurbanipal, dâo umforte suporte à versão bíblica. Contudo, asreformas a ele creditadas não foram dura-douras (2 Cr 33.17). Ele não conseguiu de-ter a onda de corrupção liberada pela suainfluência (2 Rs 21.19-21; 2 Cr 33.21-23). J. W. W.MANATITAVeja Man a ate 2.MANCHA A palavra hebraica mum signifi-ca uma falha ou defeito, que pode ser físico(Lv 21.17ss.; Nm 19.2; 2 Sm 14.25; Ct 4.7;Dn 1.4) ou moral (Pv 9.7; Já 11.15; 31.7; Dt32.5). Outros usos no NT são traduções li- vres: esse termo em Jeremias 13.23 signifi-ca “de cores variadas”, “sem mancha” (emhebraico tamim); em Números 19.2 signifi-ca simplesmente “perfeito". Para o caso dasmanchas da lepra (Lv 13), veja Doença.No NT a palavra gregaspilos é usada comosinal de pecado (2 Pe 2.13; Ef 5.27). Judas(v.23) fala de uma “roupa manchada da car-ne”, mas no v. 12 essa palavra pode signifi-car “rochas escondidas” ou “recifes” onde asondas se quebram.Sua forma negativa (aspilos) ocorre em 1Timóteo 6.14; 2 Pedro 3.14; Tiago 1.27 empassagens que exortam o cristão a se man-ter moralmente sem pecado, e em 1 Pedro1.19 em uma referência a Cristo como nmsacrifício imaculado.Veja Mácula.

MANDAMENTOS, DEZ Vejo Dez Manda-mentos, Os.MANDÍBULA Três palavras hebraicas sãousadas em conexão com a palavra “mandí- bula:" (1) lehi, significando “face”, ou “ossomal ar” (Jz 15.15-17,19; Jó 41.2; Is 30.28; Ez29.4; 38.4; Os 11.4); (2) malqoah, significan-do “mandíbula” (SI 22.15); (3) nVftalleot, sig-nificando “dentes da mandíbula" (Jó 29.17;Pv 30.14). A palavra mandíbula é usada de forma figu-rada. (1) em uma referência ao poder do male à imposição da disciplina divina (Jó 29.17;Pv 30.14; Is 30.28; Ez 29,4; 38.4); (2) emnma

referência ao trabalho humano e ao alíviodivino das provações, pela bondade do Se-nhor (Os 11.4).MANDRÁGORA Veja Plantas.MANE Medida de peso entre os hebreus (Ez45.12) chamado de mina em muitas versõesmodernas. Sessenta manes valiam um talen-to. Na Babilônia e na Assíria, 60 siclos valiamum mane, enquanto na Palestina um mane valia 50 siclos.Veja Pesos, Medidas e Moedas.MANGEDOURA Um cocho de comida paraos animais (Pv 14.4; Is 1.3; Jó 39.9), Os está- bulos do governo em Megido durante a épo-ca dos reis possuíam manjedouras escava-das nos blocos de pedra.MANHA Oito palavras hebraicas diferentessão traduzidas como manhã no AT, na ver-são KJV em inglês. Não há dúvidas de que a

mais comum (utilizada 180 vezes) é boqer, quesignifica “o romper da aurora”, “a dissípaçãoou a penetração na escuridão”. A segundapalavra mais freqüentemente utilizada éshahar, que significa “amanhecer”. No NT, ostermos proí e proia significam “cedo”, mas sãotraduzidos como “manhã", “na manhã”, ou atémesmo “de manhã bem cedo” (através da uti-lização do termo proi duas vezes). Eles nor-malmente se referem ao romper da aurora.Orthros é traduzido com o sentido de “bemcedo” em todas as três ocorrências (Lc 24.1; Jo 8.2; At 5.21). Os orientais normalmenteacordavam cedo. Veja Tempo, Divisões do.

Figurativamente, a “manhã” pode indicar adireção leste (SI 139.9, “se tomar as asas daalva”). A beleza da manhã é uma compara-ção apropriada para os enamorados (Ct 6.10),e seu súbito e amplo surgimento é uma com-paração apropriada para a rápida invasãode um grande exército (J1 2.2), As “pestanasda alva” ou alvorada (Jó 41.18), no sentidode um brilho vermelho envolvendo o sol nas-cente, descreve os olhos avermelhados docrocodilo submerso aparecendo sobre a su-perfície. A Bíblia diz que a vinda do Senhoré certa como a alva (Os 6.3).

R. E.MANJARES, OFERTA DEVeja Sacrifícios.MANJEDOURA Em Lucas 2.7,12,16, é olugar no qual o menino Jesus é colocado, eem Lucas 13.15 é o estábulo onde o boi e oumento ficam presos. No grego clássico, osignificado do termo era “estábulo”. No NTsignifica um pátio aberto delimitado por umacerca onde o gado era trancado para passara noite. As pessoas no oriente alimentavamseus animais de carga através de sacos pre-sos ao focinho, e não através daquilo que éconhecido em nosso país como manjedoura.Veja Estábulo.

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MANDRE MANSO, MANS1DAO

MANREMANREMANREMANRE1. Um dos três irmãos amorreus que se alia-ram a Abraão na luta em que libertaram Lóe outros dos seus captores {Gn 14.13,24).2. Um lugar a três quilômetros ao norte deHebrom (q.v.), chamado hoje de Ramet el-Khalil. Abraão viveu ali, em tendas (Gn

13,18; 14.13). A palavra traduzida como “pla-nície” na expressão “a planície de Manre”também pode ser traduzida como “earva-lhais”. O lugar parece ter tomado esse nomede Manre, o amorreu, o dono naquela época(Gn 14.13). Abraão foi visitado, em Manre,por três mensageiros celestiais que lhe pro-meteram um filho (Gn lB.lss). A leste desselugar, ele adquiriu uma propriedade, emMacpela, onde sepultou Sara (Gn 23.17-19;49.30; 50.13).Isaque passou os seus últimos anos emManre onde Jacó veio visitá-lo (Gn 35.27), eevidentemente morreu ali. Por causa de suas

associações patriarcais, os israelitas constru-íram neste local um santuário cuja pavimen-tação datada dos séculos IX-VIII a.C. foi des-coberta. Herodes o Grande ergueu uma mu-ralha que foi destruída em 70 d.C., e maistarde reconstruída por Adriano. Um vene-rável carvalho e um poço são apontados, hoje,como pertencentes a Abraão.

N. B. B,MANSÃOMANSÃOMANSÃOMANSÃOEsta palavra consta em João 14.2em várias versões, e parece ter sido trazidada Vulgata Latina como a tradução do termo mansiones, significando “locais de habitação”.

Com o passar do tempo, o termo mansão pas-sou a trazer uma idéia de grandiosidade, nãopretendida pelo original grego, nem pela tra-dução latina. O verdadeiro significado do ter-mo grego (monai) é “locais de habitação”, “re-sidências” ou “moradas”. Aparentemente, oensino é de que há muitos lugares para osdiscípulos na casa do Pai. Talvez a tradução“quartos” que consta em algumas versõesdeva ser a preferida, pois na casa do Pai ha- verá abundância de aposentos para todos oscrentes na vida futura.MANSIDÃOMANSIDÃOMANSIDÃOMANSIDÃO Este termo indica moderaçãonas ações, requinte nas atitudes e disposi-ção; a ausência daquilo que é precipitado erude. O termo hebraico correspondente é‘ona, e tem o significado básico de “inclinar”,“condescender”. Cf. a clemência de Deus emrelação à humanidade (SI 18.35). Quatro ter-mos são usados para bondade no NT.1. A palavra gregachrestotes (Tt 3.4; Rm 2.4;2 Co 6.6; Ef 2.7; G1 5.22; Cl 3.12), tem o sig-nificado geral de “benignidade”, “doçura”,“bondade potencial”, “bondade moral e inte-gridade”. Josefo atribui a bondade de Isaqueà sua natureza. O velho vinho sazonado erachamado de ckrestos. Os pagãos pareciam

confundir chrestos com o nome de Cristo,Christos, o que não podia ser considerado

O poço de Abraào dentro do templo de Adriano em Manre, HFV

como um erro total “à luz da natureza deCristo. Ele próprio fala sobre o seu jugo (Mt11. 30) como sendo chrestos, isto é,aquele quenão irrita, pTeocupa ou atormenta, mas ésuave e sereno. Portanto, esse termo sugereaqnela bondosa natureza que é jovial e que,de outra forma teria sido dura e austera.2. A palavra grega prautes quer dizer “man-sidão”, “suavidadeVmeiguice”, “paciência”(1 Co 4.21; 2 Co 10.1; G1 5.22,23). Esse ter-mo parece também especificar cortesia, con-sideração e um espírito humilde e modesto(2 Tm 2.25).3. A palavra gregaepios quer dizer “afável”,“boudade em relação a alguém” (1 Ts 2.7; 2Tm 2.24).4. A palavra gregaepíeikeia indica a pessoaque é justa, bondosa, brauda, compassiva,conveniente e de bom senso (Fp 4.5; 1 Tm3.3;Tt3.2).Éo contrário de discórdia e ego-ísmo, e foi definida por Aristóteles como“equidade” ou “espírito justo”. Portanto, nãoé de admirar que Paulo especificasse essapalavra como sendo uma das qualidades ne-cessárias de um oficial da igreja.Existe ainda outro termo semelhante philantropia) que embora não seja traduzi-do como mansidão traz em si o conceito bá-sico de “cortesia”, “bondade” ou “amor a umsemelhante” (At 27.3; 28.2; Tt 3.4).

R. E. Pr.MANSO, MANSIDÃOMANSO, MANSIDÃOMANSO, MANSIDÃOMANSO, MANSIDÃONo AT o substantivopara “mansidão” (‘anawa) vem da raiz de um verbo que significa “estar curvado, aflito” que,por sua vez, veio a significar “ser despreten-cioso, submisso”. Os mansos são pessoas po- bres e aflitas, muitas vezes ignoradas pelosricos ou pelos líderes (Am 2.7; cf. SI 147.6; Is11. 4). Esse substantivo ocorre em 2Samuel22.36; Salmos 18.35; 45;4; Provérbios 15.33;18,12; 22.4; Sf 2.3. O uso desse substantivodo gênero feminino no AT mostra que ele émuito semelhante à humildade, embora o con-ceito de uma paciente submissão tambémesteja às vezes incluído. Moisés demonstrougrande mansidão quando foi atacado pesso-

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MANSO, MANS1DAO MANUSCRITOS DA B BLIA

Sumo sacerdote samaritano - o PentateucoSamarítano. HFV

contra-atacar (Nm 12.1-3).No NT, o termo ‘‘mansidão” corresponde àtradução de prautes e praotes que, ali, ocor-rem 11 vezes. Este termo transmite basica-mente a idéia de uma atitude interior desubmissão a Deus e a sua Palavra (Tg 1.21).Embora esse substantivo também transmi-ta a idéia de bondade, expressa em um atoexterior, ele não incluí a timidez, A mansi-dão não significa fraqueza, pelo contrário, elasugere o controle e a restrição da força. Ou-tros adjetivos que também podem descreveressa qualidade são: “atencioso”, “modesto”,

“cortês” e “humilde”. Ela transmite a idéiade submissão sem luta, de santa bondadeperante a ira ou situações onde alguém estáexperimentando maus-tratos ou injustiça.Dessa forma, os mansos são elogiados nas“Bem-aventuranças" (Mt 5,5). Uma boa ilus-tração pode ser vista em 2 Coríntios 10.1,onde Paulo faz referência à mansidão deCristo, O Senhor qne era “manso e humilde”Mt 11.29; cf. 21.5) obviamente possuía uma

grande autoridade; no entanto, quando ex-perimentou graves injustiças Ele manteve oseu poder sob controle (cf, Mt 12.14-21).Durante o seu julgamento, Ele se colocou

perante os acusadores sem uma palavra deameaça ou de autojustificação.S. D.

MANTO Veja Vestuário; Vestes; Sumo sa-cerdote: Vestes.MANUÁ Mais conhecido como o pai deSansão; sem dúvida, toda menção a ele nasEscrituras está ligada ao nascimento, à vidaou à morte de Sansão (Jz 13.2-16.31). Zorá,uma cidade fronteiriça entre Dã e Jndá, eraseu lar e ele era membro da tribo de Dã (Jz13.2). Ele viveu em um tempo de decadênciaespiritual em Israel, pela qual Deus haviapunido a nação, permitindo que se tomassetributária dos filisteus.Foi em meio a esta situação que o Anjo doSenhor apareceu à até então estéril mulherde Manuá, para revelar-lhe que ela daria àluz um filho. Este seria criado como umnazireu e se tornaria o libertador de Israel. A pedido de Manuá, o mensageiro reapareceucom instruções relativas ao futuro da crian-ça. Sansão, o filho nascido a Manuá, julgou

Israel por 20 anos e quando morreu foi sepuj-tado com seu pai (Jz 16.31). Manuá é descri-to como um homem temente a Deus que criana oração e procurava dissuadir seu filho decasaT-se com uma mulher pagã, estranha àaliança que tinham com o Senhor (Jz 14.3).

S. N. G.MANUSCRITO Em Colossenses 2.14, o ter-mo grego “cédula” ou “escrito” (em gregocheirographon) é um documento escrito àmão, encontrado muitas vezes nos papirosgregos, com a finalidade específica de certifi-car uma dívida ou título. Nessa passagem, otermo presumidamente se refere à lei mosaicaescrita. Seus decretos e obrigações que se re- velavam “contra nós” foram cumpridos porCristo, e depois cancelados e eliminados atra- vés da sua crucificação. Veja escritos.MANUSCRITOS DA BÍBLIA

O Antigo TestamentoOs manuscritos (MSS) originais do ATiautographa) não estão disponíveis, mas otexto hebraico é amplamente representado

E elos manuscritos pré e pós-cristãos.O Número de Manuscritos Hebraicos do ntigo Testamento

A primeira coleção de MSS hebraicos feitapor Benjamin Kennicott (1776-80 d.C.),publicada pela Oxford, listava 615 MSS do AT. Posteriormente Giovannide Rossi(1784-88) publicou uma lista de 731 MSS. As prin-cipais descobertas de MSS nos tempos mo-dernos são as de Cairo Geniza (aprox. 1890s.)e os Rolos do mar Morto (DSS) (em 1947s.).Só no depósito no sótão da sinagoga do Cai-ro foram descobertos cerca de 200.000 MSSe fragmentos (Paul E. Kahle, Cairo Geniza,p. 13; Emest Wiirthwein,The Text of the OldTestament, p. 25); cerca de 10.000 deles são bíblicos (Moshe Goshen Gottstein, “BiblicalManuscripts in the United States”, Textus

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MANUSCRITOS DA B BLIA MANUSCRITOS DA B BLIA

[1962], p.35). De acordo com J, T. Mílík, frag-mentos de cerca de 600 MSS sâo conhecidosa partir dos DSS, porém nem todos são bí- blicos. Gottstein estima que o número totalde fragmentos de MSS hebraicos do AT es-palhados por todo o mundo chegue a deze-nas de milhares (Gottstein, op. cit., p. 31).

II.

As Principais Coleções de Manuscritosdo ntigo Testamento

Dos 200.000 fragmentos de MSS de CairoGeniza, cerca de 100.000 estão guardados emCambridge. A maior coleção organizada deMSS hebraicos do AT no mundo é a Segun-da Coleção Firkowitcli em Leningrado. Elacontém 1.582 itens da Bíblia e Massora (veja V. Natureza dos MSS do AT, 3) em pergami-nho, 725 em papel, mais 1.200 fragmentosadicionais de MSS hebraicos (a Coleção Antonin, Würthwein, op. cit., p. 23). O catá-logo do Museu Britânico lista 161 MSS he- braicos do AT. O catálogo da BibliotecaBodleian lista 146 MSS do AT, cada um con-tendo um grande número de fragmentos(Kahle, op. cit., p, 5). Gottstein iop. cit., p.30) estima que somente nos Estados Unidosexistam dezenas de milhares de fragmentosde MSS semitas, cerca de 5 por cento dosquais seriam bíblicos (mais de 500 MSS).III. Descrição dos Principais ManuscritosHebraicos ao Antigo Testamento0 MSS hebraico mais significativo do ATdata de entre o século III a.C. e o século XIVd.C, (Para termos e nomes pertinentes aosMassoretas veja V. Natureza dos MSS do AT, 3).1. Bolos do mar Morto (DSS). Os mais notá- veis MSS são os dos DSS (veja Rolos do marMorto) que datam do século III a.C. ao século1 d.C. Eles incluem um livro completo do AT(Isaías) e milhares de fragmentos que juntosrepresentam cada livro do AT exceto Ester.2. Papiro Nash. Além destas descobertasincomuns, que são cerca de mil anos maisantigas do que a maioria dos primeiros MSShebraicos do AT, há uma cópia sobreviventedo Shema, que está jianificada (de Ex 20.2ss.;Dt 5.6ss. e 6.4ssj. E datado entre o século IIa.C. (William F. Albright, “A BiblicalFragment from the Maccabean Age. TheNash Papyrus”, JBL, LVI [1937], 145-176),e o primeiro século d.C. (Kahle).3. Oriental 4445 (Or 4445). O manuscrito(MS) do Museu Britânico é datado porGinsburg entre 820 e 850 d.C. (Introducti■

on, pp. 249ss, 269ss), as notas Massora fo-ram acrescentadas um século depois. MasKahle (op. cit., p. 118) argumenta que tantoos textos hebraicos consonantais quanto aspontuações (os pontos adicionais ou marcasnas vogais) são do tempo de Moses ben Asher(século X). Uma vez que o alfabeto hebraicoconsiste apenas de consoantes, a escrita he- braica normalmente mostra apenas essasletras, com algumas das letras sendo usa-das em graus variados para representar al-

guns dos sons voeálicos, Este MS contém deGênesis 39.20 a Deuteronômio 1.33.4. Códice Cairensis. Um códice é um manus-crito no formato de livro com páginas. Deacordo com um colofão ou inscrição no finaldo livro, este Códice do Cairo foi escrito eontuado nas vogais em 895 d.C, por Moses

en Asher em Tiberíades, na Palestina(Würthwein, op. cit., p. 25). Ele contém osPrimeiros Profetas (Josué, Juizes, 1 e 2 Sa-muel, 1 e 2 Reis) e os Profetas Posteriores(Isaías, Jeremias, Ezequiel e os Doze). E sim- bolizado com a letra C na Biblia Hebraica(BH) de Kittel.5. Códice Aleppo de todo o AT. Foi escrito porShelomo ben Baya’a (Kenyon,Our Bible andthe Ancient Manuscripts, p. 84), mas de acor-do com um colofão ele foi pontuado (isto é, asmarcas de vogal foram acrescentadas) porMoses ben Asher em aprox. 930 d.C. E umcódice modelo, e embora não tenha sido per-mitido copiá-lo por bastante tempo, e tenhasido até considerado como destruído (Wür-thwein, op. cit., p. 25), ele foi contrabandeadoda Síria para Israel. Agora ele já foi fotografa-do e será a base da nova Bíblia hebraica a serpublicada pela Hebrew University (Gottstein,op. cit., p. 13). Esta é uma sólida autoridadepara o texto de Ben Asher.6. Códice Leningradensis (B 19 A). De acordocom um colofão ou nota no final, foi copiadona Cairo Antiga por Samuel ben Jacob em1008 d.C. de um manuscrito (agora perdido)escrito por Arão ben Moses ben Asher em 1000d.C. (Kahle, op. cit., p. 110), e Ginsburg con-siderou que este foi copiado do Códice Aleppo(pp. 243ss). Ele representa o mais antigo MSdatado da Bíblia hebraica completa que é co-nhecido (Kahle, op. cit., p. 132). Kittel o ado-tou como base paia a sua Bíblia Hebraica(BH) da terceira ed. em diante, onde este érepresentado sob o símboloL. 7. Códice Babilônio dos Profetas Posteriores(MS heb. B 3). Este é às vezes chamado deCódice Leningrado dos Profetas (Kenyon,op.cit., p. 85) ou o Códice de [Sâo] Petersburgo(Würthwein, op. cit., p. 26). Ele contém Isaías,

Um dos documentos mais Importantes dosRolos do Mar Morto é o manuscrito completo deIsaías ílQIs0), que data de um período anteriora 100 a,C, Cortesia da Biblical Arckacologist

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MANUSCRITOS DA B BL1A MANUSCRITOS DA B BU

O fragmento de John Eylands de Joao 18.31-33. Biblioteca John Rylands

Jeremias, Ezequiele os doze. datado de 916d.C., mas a sua principal importância está nofato de que através dele, a pontuação acres-centada pela escola babilônica de Massoretesfoi redescoberta. Ele é simbolizado como V(ar)11 na Bíblia hebraica (BH).8. Códice Reuchlin dos Profetas, datado de1105 d.C., agora em Karlsruhe. Como o MSdo Museu Britânico Ad. 21161 (aprox. 1150d.C.), este contém uma revisão de texto de BenNaftali, um massoreta tiberiano. Este foi degrande valor para estabelecer a fidelidade dotexto de Ben Asher (Kenyon,op. cit., p. 36).9.0 manuscrito (MSS) Cairo Geniza. Dos cer-ca de 10.000 MSS bíblicos e fragmentos deGeniza (depósito de antigos MSS) da sinago-

ga do Cairo agora espalhados por todo o mun-do, Kahle identificou mais de 120 exemploscopiados pelo grupo babilônico de Masoretes.Na Coleção Firkowitch são encontrados 14manuscritos hebraicos do AT, datando entre929 e 1121 d.C. Ele também argumenta queos 1.200 MSS e fragmentos da Coleção Anto-nin vêm de Cairo Geniza (Kahle,op. cit., p.7) . Kahle forneceu uma lista de 70 destesMSSno prefácio da BH, 7a ed.Existem outros MSS Geniza espalhados pelomundo. Alguns dos melhores nos Estados Uni-dos estão na ColeçãoEnelow Memorial e estão

guardados no Seminário Teológico Judeu, emNova York (cf. Gottstein,op. cit., p. 44ss).10. Códices Erfurt (E 1, 2, 3). Estes códicesestão listados na Biblioteca Universitária em

Tübingen como manuscritos orientais 1210/ 11, 1212,1213. Sua peculiaridade é que elesrepresentam mais ou menos (mais em E 3} otexto e Masora da tradição de Ben Naftali.E 1 é um manuscrito (MS) do século XIV con-tendo o AT hebraico. E 2 também é do AThebraico, provavelmente do século XIII. E 3

é o mais antigo, sendo datado por Kahle eoutros como um manuscrito anterior a 1100d.C. (cf. Würthwein,op. cit., p. 26).11. Alguns códices perdidos. Há várioscódices importantes, mas agora perdidos,cujas leituras peculiares estão preservadase são mencionadas na Bíblia hebraica (BH).O Códice Severi (Sev.) é uma lista medievalde 32 variantes do Pentateuco (cf. CA a Gn18.21; 24.7; Nm 4.3), supostamente basea-da em um MS levado para Roma em 70 d.C.,o qual o imperador Severo (222-235 d.C.)mais tarde doou para uma sinagoga que elehavia construído. O Códice Hillel (Hill.) foisupostamente escrito em 600 d.C, pelo RabbiHillel ben Moses ben Hillel. Diz-se ter sidoum documento bastante preciso, que foi usa-do para revisar outros manuscritos. Leitu-ras deste MS são citadas pelos Masoretesmedievais e são usados no aparato crítico(CA) da BH em Gênesis 6.3; 19.6; Ex 25.19;Lv 26,9 (cf. Würthwein, op. cit., p. 27). Umaparato crítico lista as leituras variantes aotexto que o editor considera significativaspara os tradutores, ou necessárias para es-tabelecer o texto.12. Pentateuco Samaritano. A separação dossamaritanos dos judeus foi um evento impor-tante na história do período pós-exílico do AT.Ela provavelmente ocorreu durante os sécu-los V ou IV a.C., e foi a culminação de um

O papiro Bodmer mostrando João 1.1-14.Biblioteca Bodmer

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MANUSCRITOS DA B BLIA MANUSCRITOS DA B BLI

longo processo. Na época deste cisma poderi-amos suspeitar que os samarítanos levaramconsigo as Escrituras, na forma que elas exis-tiam, e, como resultado, poderia ter vindo asurgir uma segunda revisão hebraica ou umtexto revisado do Pentateuco. Este Pentateu-co Samaritano (SP) não é uma versão no sen-

tido estrito da palavra, mas sim uma porçãode um manuscrito do próprio texto hebraico.Ele contém os cinco livros de Moisés e é redi-gido em uma escrita paleo-hebraica bastantesemelhante àquela que é encontrada na Pe-dra Moabita, na Inscrição Siloé, na Carta deLaquis e, em particular, em alguns dos ma-nuscritos bíblicos mais antigos de Qumran.Pelo fato do manuscrito samaritano ser umderivativo do manuscrito paleo-hebraico quefoi novamente considerado importante na eramacabéia do arcaísmo nacionalista, e por cau-sa da completa ortografia do Pentateuco Sa-maritano (SP), Frank M. Cross, Jr., acredita

que o SP tenha se tomado um ramo do textopréouproto-massorético no século II a.C. (The ncient Library of Qumran, Garden City.

Doubleday, 1958, pp. 127ss).Os samarítanos eram os descendentes dosmembros das dez tribos que não foram de-portados pelos reis assírios em sua conquis-ta do reino de Israel. Depois que a capital deSamaria caiu sob Sargão II em 722 a.C., estegovernante afirma ter levado 27.290 de seushabitantes (ANET, pp. 284ss). Ele trouxecolonizadores gentios de outras partes de seuimpério, que acabaram casando-se com osisraelitas que restaram. O Sambalate Sama-ritano (q.v.) se opôs às medidas libertadorasde Neemias, porque anteriormente Zoroba- bel havia recusado deixar que os samarita-nos ajudassem a reconstruir o Templo em Jerusalém. A desavença entre os judeus e ossamarítanos aumentou, o que é muito evi-dente nos Evangelhos que descrevem a épo-ca de Cristo. Alexandre o Grande lhes deupermissão para que construíssem seu pró-prio Templo no Monte Gerizim (posterior-mente destruído por João Hircano em 128a.C.), e eles fizeram sua própria revisão doslivros hebraicos de Moisés, introduzindomodificações para que tivessem autoridade bíblica para adorar na montanha. Veja Sa-rna ritanos. A forma do texto do Pentateuco Samaritano(SP) parece ter sido conhecida pelos primei-ros patriarcas da Igreja como Eusébio deCesaréia e Jerônimo. Ele só se tomou dispo-nível aos estudiosos no ocidente em 1616,quando Pietro delia Valle descobriu um ma-nuscrito do SP em Damasco. Uma grandeonda de entusiasmo surgiu entre os estudio-sos bíblicos. O texto foi publicado em umaporção antiga do Poliglota de Paris (1632) emais tarde no texto do Poliglota de Londres(1657). Ele foi rapidamente consideradocomo sendo superior ao MT; mas tornou-serelegado a uma relativa obscuridade depois

A primeira página de Efésios, de umpapiro Beatty-Miehigan. Biblioteca da

Universidade de Miehigan

que, em 1815, Wilhelm Gesenius condenou-o a ser praticamente inútil para a crítica tex-tual. Em tempos mais recentes o valor do SPfoi reafirmado por A. Geiger, Paul E. Kahle,Frederic Kenyon, eíal. Pelo que se sabe, nenhum manuscrito do SPé anterior ao século XI d.C. Embora a comu-nidade samaritana considere um rolo que rei- vindicam ter sido escrito pelo bisneto deMoisés, 13 anos depois da conquista de Canaã,a sua autoridade é tão espúria que a reivin-dicação pode seguramente ser desconsidera-da. O códice mais antigo do SP contém umanota sobre a sua venda em 1149-50 d.C., maso próprio manuscrito é muito mais antigo. Ummanuscrito foi copiado em 1204, enquanto um

outro datado de 1211-12 está agora na Bibli-oteca John Rylands em Manchester e, ainda,um outro, datado de 1232, está na BibliotecaPública de Nova York. A edição impressa padrão do SP está conti-da em cinco volumes preparados por A vonGall, Der Hebrãisehe Pentateuch der Sarna- ritaner (1914-18). Ele fornece um textoeclético baseado em 80 manuscritos e frag-mentos medievais recentes, Embora o textode Gall esteja em caracteres hebraicos, ossamarítanos o escreveram em um alfabeto bastante diferente do quadrado hebraico. Noentanto, assim como no caso do hebraico, o

seu manuscrito descende dos antigoscaracteres paleo-hebraicos.Existem, no total, cerca de 6.000 desvios do

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MANUSCRITOS DA B BLIA MANUSCRITOS DA B BLI

d.C.) com a pequena Massora de Ben Asherna margem.18. Bíbtia Hebraica (1951) 7“ ed. inclui, pelaprimeira vez, variantes dos manuscritos deísaías e Habacuque. V. Natureza dos Manuscritos do Antigo Tes-tamentoEmbora o texto oficial do AT tenha sidotransmitido com grande cuidado, era inevi-tável que certos erros por parte dos copistasfossem introduzidos nos textos durante ascentenas de anos de transmissão em milha-res de manuscritos (MSS).1. Tipos de erros dos MSS. Há vários tiposde erros de copistas que produzem varian-tes textuais (cf Archer, SOTI, pp, 48-50); (o)Haplografia é a escrita de uma palavra, le-tra ou sílaba apenas uma vez quando deve-ria ter sido escrita mais de uma vez. (6)Ditografia é escrever duas vezes o que deve-ria ter sido escrito apenas uma. (c) Metáteseé inverter a posição correta de letras e pala- vras. (d) Fusão é a combinação de duas pa-lavras separadas em uma única, (e) Fissão éa divisão de uma única palavra em duas. (f)Homofonia é a substituição de uma palavrapor uma outra que tem a mesma pronúncia,(g) Erro de leitura de letras que possuemformas semelhantes, (h) Homoeoteleutoniaé a omissão de uma passagem interveniente,porque o olho do escrevente se dirigiu de umalinha para um final similar em uma outralinha mais abaixo na página, (i) Omissõesacidentais onde nenhuma repetição está en- volvida. (j) Erro de leitura de vogais, trocan-do-as por consoantes.2. RegTas para a crítica textual. Os estudio-sos desenvolveram certos critérios para de-terminar qual leitura é a correta ou a ori-ginal. Sete podem ser sugeridas (cf. Archer,op. cit., pp. 51-53): (a) O texto mais antigodeve ser preferido, uma vez que está maispróximo do original. ( b) A leitura mais difí-cil deve ser preterida porque os escribas erammais aptos para facilitar leituras difíceis, (c,i A leitura mais curta deve ser preferida por-que os copistas eram mais aptos para inse-rir um novo material do que omitir parte dotexto sagrado, (d) A leitura que melhor ex-plica as outras variantes deve ser preferida,(e) A leitura que possua o mais amplo supor-te geográfico deve ser preferida, uma vez queassim se reduz a possibilidade de um ma-nuscrito ou versão ter influenciado outros.if) A leitura que aparentemente tenha o es-tilo habitual do autor deve ser preferida, (g) A leitura que não reflita uma tendência dou-trinária deve ser preferida. (Consulte a obrade Wúrthwein, op. cit, pp. 80-81, para co-nhecer mais principios textuais).3. História do texto do AT. Os Soferins (dohebraico, significando “escribas”) eram es-tudiosos e guardiões judeus do texto do ATentre os séculos V e III a.C., cuja responsa- bilidade era padronizar e preservar o texto

do AT. Eles foram seguidos pelos Zugotes(“pares”, ou estudiosos textuais) nos séculosII e I a.C. O terceiro grupo era o dos Tanains(“repetidores” ou “professores”) que se esten-deram até 200 d.C. Seu trabalho pode serencontrado no Midrash (“interpretação tex-tual”), Tosefta (“adição”), e Talmud (“instru-

ção”) que mais tardde foi dividido em Mi&hnah (“repetições”) e Gemara (“o assun-to a ser aprendido”). O Talmude foi gradual -mente escrito entre 100 e 500 d.C.Entre 500 e 900 d.C. os Massoretas acres-centaram a pontuação de vogais e marcasde pronúncia ao texto hebraico consonantalrecebido dos Soferins, baseado na mosora(“tradição”) que lhes havia sido entregue. OsMassoretas foram escribas que codificarame escreveram as críticas e as observaçõesorais sobre o texto hebraico. Havia auasgrandes escolas e centros da atividade ma-sorética, cada uma grandemente indepen-dente da outra; a babilônica e a palestina.Os Massoretas mais famosos eram os estu-diosos judeus que viviam em Tiberíades naGaliíéia, Moses ben Asher (com seu filho Aaron) e Ben Naftali, no final do século IX eno século X d.C. O texto Ben Asher é o textopadrão para a Bíblia hebraica, que hoje émelhor representada pelo Códice Leningra-densis (B 19 A) e o Códice Aleppo.4. Famílias dos textos do AT. Apesar das variações menores dentro do Texto HebraicoMassorético (MT), ele representa uma am-pla família textual, mesmo que todos os ma-nuscritos (MSSj não possam ser registradoscomo um único arquétipo (como Kahle argu-mentou que eles não o podem ser). As outras duas famílias básicas de varian-tes similares são a LXX e o PentateucoSamaritano (SP). Graças à descoberta dosRolos do mar Morto (DSS) há agora manus-critos hebraicos que representam todos ostrês tipos de texto: (o) O tipo de texto Proto-Massorético é representado pelos manuscri-tos encontrados - de Isaias, Ezequiel e dosDoze, e pela maioria dos manuscritos daCaverna IV de Qumran. (6) O tipo de textoProto-Septuaginta, que frequentemente va-ria em seu uso dos números do TextoHebraico Massorético (MT), é representadopelos manuscritos de Samuel (4Q Sam “■ *),Êxodo (4Q Ex “) e Jeremias (4Q Jer °) que éum oitavo mais curto na LXX. (c) O tipo detexto Proto-Samaritano também é represen-tado pelos DSS paíeo-hebraicos, pelo manus-crito de Êxodo (4Q Ex b ) (cf. Patrick W.Skehan. “Êxodo ua Revisão Samaritana deQumran”, JBL, LXXIV [1955], 182-287), eum de Números (4Q Num6 na escrita “qua-drada”),5. Qualidade do texto do AT. O que a com-paração das variantes textuais do AT entreas três famílias textuais revelam sobre o es-tado do texto do AT? O SP contém 6.000 va-riantes do Texto Massorético (MT), mas a

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MANUSCRITOS DA B BLI MANUSCRITOS DA B BU

maioria delas são uma questão de ortogra-fia (soletração etc). Cerca de 1.900 destas variantes concordam com a LXX (por exem-plo, nas idades dadas para os patriarcas emGênesis 5 e 10). Algumas das variantes doSP são sectárias, tais como a ordem paraconstruir o Templo no monte Gerizim, e não

em Jerusalém (por exemplo, Ex 20.17). Deveser notado, porém, qne a maioria dos ma-nuscritos do Pentateuco Samaritano sâoposteriores (séculos XIII e XIV, Veja a obrade von Gall,Der hebrãische Pentateuch derSamaritaner, 1914-18) e nada é anterior aoséculo X (Kenyon,op. cit., p. 93). Muitas das variantes da LXX do MT são uma questãode números, como por exemplo em Êxodo1.5 onde se diz “75 almas” (na LXX) ao in- vés de “70 almas” (no MT). A LXX é agoraapoiada por fragmentos do DSS (cf. MillarBurro ws, The Dead Sea Scrolls, Nova York. Vicking Press, 1955, e AforeLight on theDead Sea Scrolls, Nova York. Viking Press,1958, caps. 13-14).Com a descoberta dos Rolos do mar Morto(DSS), os estudiosos passaram a ter manus-critos hebraicos mil anos mais antigos do queos manuscritos do Texto Massorético (MT),o que lhes permite verificar a fidelidade dotexto hebraico. O resultado de estudos com-parativos revela que há uma identidade pa-lavra por palavra em mais de 95 por centodos casos, e que os 5 por cento de variaçãoconsistem em sua maior parte de deslizes dapena dos escribas e de erros de gTafia(Archer, op. cit., p. 19). Para ser específico, orolo de Isaías (1Q Isa) de Qumran levou ostradutores da versão RSV em inglês a fazerapenas 13 mudanças em relação ao TextoMassorético, das quais oito eram conhecidasde versões antigas, sendo que poucas são sig-nificativas (cf. Burrows, The DSS, p. 320).Mais especificamente, das 166 palavrashebraicas em Isaías 53, apenas 17 letrashebraicas em 1Q Isí’ diferem do MT. Dez le-tras são uma questão de ortografia, quatrosão mudanças ae estilo, e as outras três com-põem a palavra para “luz” (acrescente no v.11) o que praticamente não afeta o signifi-cado (Laira Harris, “How Reliable Is the OldTestament Text?” Can I Trust My Bible?Chicago. Moody, 1963,p. 124). Além disso,esta palavra também é encontrada neste versículo na LXX e em 1Q Is".Podemos concluir então com Kenyon que “ocristão pode tomar toda a Bíblia [veja adi-ante os comentários sobre o Novo Testamen-to] em suas mãos e dizer sem temor ou hesi-tação que ele tem nela a verdadeira palavrade Deus, transmitida de geração a geraçãoao longo dos séculos, sem nenhuma perdaessencial” (op. cit., p. 55).

O Novo TestamentoO Novo TestamentoO Novo TestamentoO Novo TestamentoOs manuscritos (MSS) originais do NT nãoestão disponíveis mas, como no caso do AT,

estão representados por uma abundância decópias de manuscritos.I. O Número de Manuscritos Gregos doNovoTestamentoEm 1964 havia conhecimento de 4.969 MSSgregos do NT. 76 papiros, 250 escrituras

unciais, 2.646 minúsculas e 1.997 MSS con-untos de passagens para serem lidas nasigrejas (Metzger, The Text ofthe New Testa- ment, pp. 31-33). Mas deve ser lembrado queeste total aumenta a cada ano à medida quenovos MSS sâo encontrados. Cerca de 95 porcento deles datam do século VIII até o sécu-lo XIII (Greenlee,Introduction to New Tes-tament Textual Criticism, p. 62). Isto signi-ficaria que há aprox. 250 MSS do século IIaté o século VIIComparados com outros livros do mundoantigo, as épocas e os números dos MSS doNT são notáveis. Algumas obras antigas so- brevivem em um único MS, como por exem-plo o compêndio da história de Roma de Velleius Paterculus, que foi perdido no sé-culo XVII Até mesmo os primeiros seis livrosdos Anais de Tácito são conhecidos atravésde um MS que data do século IX. AIlíada deHomero sobreviveu por meio de 647 MSSComparada com quase 5.000 manuscritos doNT, a evidência de outras obras mais anti-gas é insuficiente. Natural mente que a mai-oria destes MSS são apenas porções do NT;cerca de 50 deles são do NT completo. O úl-timo livro bem atestado do NT, o Apocalipse,está preservado por cerca de 300 MSS gre-gos, dos quais apenas dez são escriturasunciais (Metzger,op. cit., p. 34).II. Natureza e Data dos Manuscritos Gregosdo Novo TestamentoOs críticos textuais atualmente classificamo text» grego de todos os MSS do NT em qua-tro tipos ou famílias principais, de acordocom a similaridade das leves variações daspalavras: alexandrino, cersariano, ocidentale bizantino (Greenlee, op. cit., pp. 117ss).Esta classificação diz respeito à caracterís-tica dos textos gregos contidos nos MSS. Masquando considerados em termos de aparên-cia e data, os MSS do NT são divididos emtrês grandes grupos, todos em forma decódice com páginas - papiros, escriturasuniciais, e minúsculas. A. Papiros Manuscritos. Os MSS dos sécu-los II e III foram assim chamados por teremsido escritos em um material feito da medu-la do junco do papiro. Dos 76 papiros MSSdo NT, os seguintes são os mais antigos e osmais significativos.1. Fragmento P 52, John Ryland (117-138d.C.). Contém João 18.31-33,37,38 e é o maisantigo fragmento conhecido do NT. Por cau-sa de sua data antiga e de onde foi encontra-do (Egito) ele tende a confirmar que o Evan-gelho de João foi uma composição do século I2. Papiro P 66, 72, 75, Bodmer (de aprox. 200d.C.). O P 66 contém a maior parte de João

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MANUSCRITOS DA B BU MANUSCRITOS DA B BUA

(em uma mistura dos tipos de texto alex. eocid.). O P 72 é a mais antiga cópia conhecidade Judas, 1 Pedro e 2 Pedro (semelhante aotipo alex.). O P 75 contém as cópias mais an-tigas de Lucas e João (tipo alex. como B).3. Papiro P 45,46, 47, Chester Beatty (aprox.250 d.C.). Juntos contêm a maior parte do NT.

O P 45 consiste de 30 folhas dos Evangelhose Atos (em sua maioria tipos de texto alex. eocid.). O P 46 tem 86 folhas das epístolas dePaulo (em sua maioria tipos de texto alex.). Eo P 47 contém dez folhas do livro de Apocalip-se (tipo de texto alex.).B. Escrituras Unciais (Maiusculas) Manus-critas. São MSS dos séculos IV a IX, assimchamados porque as letras gregas foram for-madas ou impressas como letras grandes eseparadas chamadas “escrituras uniciais”.1. B, Códice Vaticanus (325-350 d.C.). Esteé o mais antigo MS uncial existente, em pa-pel pergaminho. Contém tanto o AT (LXX)

como o NT, exceto Gênesis (1-46), parte deReis (10-13), Salmos (106-138) e Hebreus 9até Apocalipse. Marcos 16,9-20 e João 7.53-8.11 são intencionalmente omitidos do tex-to. Este é um bom exemplo de um texto dotipo alexandrino.2. Aleph, Códice Sinaítico (340 d.C.). Por cau-sa de sua antiguidade, precisão e totalidade(todo o NT e metade do AT), é um dos maisimportantes de todos os MSS bíblicos gregos.Ele também exclui Marcos 16.9-20 e João7.53-8.11. E de forma geral um texto do tipoalex., com leituras de estilo ocid.3. C, Códice Ephraemi Rescriptus (aprox. 345d.C.). Neste manuscrito falta a maior partedo AT, e no NT faltam 2 Tessalonicenses e 2

João além de partes de outros livros. E umpalimpsesto (“apagado”) rescriptus (“reescri-to”). Por exemplo, o códice no qual o texto gre-go da Escritura foi originalmente copiado, foimuito depois apagado por Ephraem, que es-creveu seus sermões naquelas páginas. Atra-

vés de reativação química, Tiscnendorf foicapaz de decifrar as quase invisíveis escritasoriginais. O tipo de texto é uma mistura detodos os tipos principais, mas freqüentemen-te concorda com o bizantino.4. A, Códice Alexandrino (aprox. 425 d.C.).Este MS em pergaminho continha original-mente toda a Bíblia em grego mais 1 e 2 Cle-mente e os Salmos de Salomão, Falta-lhe, doNT, as seguintes passagens: Mateus 1.1-25,6;

Jo 6.50-8.52; e 1 Coríntios 4.13-12.6. O tex-to é escrito em duas colunas na página. ,como seu nome sugere, um texto do tipo alex,5. D, Códice Bezae (aprox. 450 ou 550 d.C.).Este é o mais antigo MS bilíngüe conhecido(grego e latim) do NT. Contém os Evange-lhos, Atos e 3 João 11-15 com grande núme-ro de pequenas omissões (apenas no latim).E representante do tipo de texto ocid., mastem uma notável variação em relação ao tipode texto habitual do NT.6. D3, Códice Claromontanus (aprox. 550

d.C.). Também é bilíngue e contém muito doNT faltante no Códice D, com leituras dis-tintamente ocid.7. E, Códice Basiliensis (século VIII) é umMS dos quatro Evangelhos com um tipo detexto bizantino.8. E3, Códice Laudianus (século VI ou VII) é

o mais antigo MS com Atos 8.37. O textotem estilo misturado, mas em sua maiorparte é bizantino.9. H3(ouH>), Códice Coislinianus (século VI)é um importante códice das epístolas de Pau-lo com um tipo de texto alex.10. I, Códice Washingtonianus II (século Vou VI) tem porções de todas as epístolas dePaulo e Hebreus exceto Romanos com um bom texto alex. lembrando Aleph e A11. L, Códice Regius (século VIII) é uma có-pia mal escrita com um bom tipo de texto,ífeqüentemente como B. Contém dois finaispara Marcos, um mais curto (veia as notas

de rodapé da versão RSV em inglês referen-tes a Marcos 16.8) e um mais longo (vv. 9-20da versão KJV em inglês).12. PT Códice Porphyrianus (século IX) temtodo o NT exceto os Evangelhos (com algu-mas omissões). Um dos poucos unciais quecontêm o livro de Apocalipse. O tipo de textoé mesclado.13. W, Códice Washingtonianus I (século IVou V). Contém os Evangelhos, porções de to-das epístolas de Paulo, exceto Romanos (comalgumas omissões). Marcos tem uma inserçãodiferente após o longo final (veja Metzger,op.cit., p. 54). O texto é uma mistura de tipos.24. Teta, Códice Korídethi (século IX)é timMS dos Evangelhos, em sua maior parte bizantino, com a exceção de que Marcos lem- bra o texto dos séculos III ou IV usado porOrígenes e Eusébio, um tipo de textocesariano.Deve ser observado que dos muitos MSSunciais do NT, os mais importantes (Aleph,B, A e C) não estavam disponíveis para ostradutores da versão KJV em inglês antes de1611. O único uncial disponível para a KJVera D, e foi usado apenas superficialmente.C. Minúsculos MSS. Estes MSS do NT dosséculos IX a XV são assim chamados porqueo estilo de escrita à mão usado era cursivomodificado (pequenas letras que eram às vezes ligadas e capazes de ser escritas rapi-damente) chamado “minúsculo”. Embora osMSS minúsculos sejam posteriores, algunsdeles têm valor como cópias de textos bons eanteriores. Destes, as seguintes famíliaspodem ser mencionadas.1. A família alex. representada pelo MS 33,“a rainha dos cursivos”, que contém todo oNT exceto Apocalipse. em sua maior partealex. com traços de texto bizantino.2. O tipo de texto eesariano é representadopela família 1 que inclui MSS 1, 118, 131 e209 (ão século XII ao XIV), Marcos é similarao Teta (è), um tipo de texto cesariano.

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MANUSCRITOS DA B BLIA MANUSCRITOS DA B BLI

3. Uma subfamília italiana do cesariano (sé-culos XI-XV) é representada pela família 13incluindo os MSS 13, 69, 124, 230, 346, 543,788, 826, 828, 983,1689 e 1709 (antigamen-te pensava-se que os quatro primeiros MSSfossem do tipo de texto sírio). Uma caracte-rística interessante dos MSS da família 13 é

que eles contêm a passagem da mullier quefoi surpreendida em adultério (Jo 7,53-8.11),além de Lucas 21.38. Alguns outros MSS dignos de nota. O MS 28(século XI) é dos Evangelhos, tendo muitasleituras cesarianas dignas de nota em Mar-cos. O MS 16 (século XV ou XVI) é de todo oNT e o primeiro contendo 1 João 5.7, a única base sobre a qual Erasmo relutantementeinseriu esta passagem duvidosa em seu NTgrego (1516 d.C.) e que também faz parte da versão KJV em inglês. O MS 81 (1044 d.C.)de Atos é um dos minúsculos mais impor-tantes, concordando freqüentemente com otipo de texto alexandrino. O MS 565 é muito bonito; tem letras douradas em pergaminhopúrpura. Possui todos os quatro Evangelhos,e é bastante semelhante ao Teta em apoioao texto cesariano. O MS 579 (século XIII)dos Evangelhos é um bom texto alex., excetoem Mateus, que freqüentemente concordacom Aleph, B e L O MS 700 (século XI ou XII) possui cerca de 2.724 desvios do textorecebido, 270 dos quais não são encontradosem outros MSS (ef. Metzger, op.cit., p. 64).O MS 1739 (século X) é uma importante eó-pia do tipo aíex. do séeulo IV com notas mar-ginais de Orígenes, Ensébio, eí ai.O espaço não permite uma listagem descri-tiva dos lecionáríos (conjunto de passagensda Sagrada Eseritura para ser lido na igre-a), geralmente dos Evangelhos e às vezesde Atos ou das epístolas. São conhecidos cer-ca de 2.000 lecionáríos gregos, a maioriadeles datando dos séculos VII a XIIIII. História e Edições do Novo Testamen-to Grego A. Período de redação ou composição (séculoI). A maior parte se não todos os livros doNT foram redigidos entre 50 e 100 d.C. Al-guns autores defendem que Gaiatas e Tiagoforam redigidos antes disso (veja Merrill C.Tenney, NT Survey, Eerdmans, 1962, pp.262-268).B. Período de reduplicação (séculos II e III),Durante este período os livros do NT eramgeral mente copiados muito cuidadosa mentepor escribas profissionais, mas às vezes deforma precipitada e imperfeita, freqüente-mente por causa da perseguição. Por estarazão, surgiu uma multiplicidade de varian-tes antigas no texto. E embora os estudiososcristãos em Alexandria tenham tentado fa-zer uma primeira crítica e edição do textogrego, os erros textuais despercebidos queeles herdaram, mais os erros não intencio-nais que criaram na revisão e na edição, fo-ram transmitidos para os MSS que manda-

ram redigir. Assim surgiu a base dos proble-mas textuais que os estudiosos das épocasposteriores teriam que enfrentar.C. Período de padronização (séeulos IV a XV).Começando com Eusébio, houve uma novaera de cópia mais cuidadosa e mais fiel dotexto do NT. Mas a comparação crítica e a

revisão do texto eram raras. Ao invés de crí-tica houve um processo de padronização, deforma que no século VIII os tipos de textomais antigos (alex., cesariano, e ocid.) forampadronizados e substituídos pelo bizantino.Como resultado, a massa dos MSS do NTproduzida entre os séculos VIII e XV (95 porcento de todos dos MSS do NT) são em suamaioria do tipo bizantino.D. Período de cristalização (séculos XVI e XVII). Com a invenção da imprensa vieramalgumas revisões eaitoriais do texto grego,mas esta era basicamente uma questão decristalizar de forma impressa o que já eraabundante em formas de MS (isto é, o texto bizantino posterior). O que anteriormentehavia sido padronizado agora se tornou es-tabelecido.1. O Poliglota Complutenciano (1514 d.C.) doCardeal Ximenes foi o primeiro a ser impres-so, mas não foi aprovado pelo papa para pu- blicação até 1520. A base do MS nunca foi de-terminada, embora o autor reivindicasse queeram antigos MSS que lhe haviam sido em-prestados pelo papa (ef. Metzger,op. cit., p. 98).2. O NT grego de Erasmo (1516 d.C.) foi o pri-meiro a ser publicado. A fim de superar o Car-deal Ximenes, Erasmo fez uma rápida edição baseada em cerca de meia dúzia de MSS gre-gos (séeulos X-XII), sendo que apenas um de-les não era bizantino (MS 1), mas este foi omenos utilizado. Em sua terceira edição, eleincluiu 1 João 5.7 com base no MS 61. Na quar-ta e na quinta edições ele omitiu este versícu-lo e usou MSS melhores, porém a terceira edi-ção, por ser mais barata e mais popular, tor-nou-se a base para o posterior “texto autênti-co” outextus receptus (TH), o texto grego sobreo qual presume-se que a versão da KJV de 1611tenha sido fundamentada.3. Robert Estiene (latinizado como Estéfanode Paris) publicou quatro edições do NT gre-go (1546, 1549, 1550, 1551). A terceira ed.foi o primeiro NT grego a ter um aparato crí-tico (CA), usando 14 códices incluindo o D eo Poliglota Complutensiano. A sua terceiraed. seguiu a quarta e a quinta edição de Eras-mo quase que exatamente. O texto da quar-ta edição de Estéfano (1551) é o mesmo desua tereeira ed., mas pela primeira vez o tex-to foi dividido em versíeulos numerados. A obra de Estéfano é a que foi considerada oTR (Textus Receptus = Texto Autêntico) naGrã-Bretanha e na América (Greenlee, op.cit., pp. 70-71). O primeiro NT em inglês (Ge-nebra, 1557) a ineorporar as divisões moder-nas de capítulos e versículos foi baseado emsua quarta edição.

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MANUSCRITOS DA B BUA MANUSCRITOS DA B BLIA

4. Theodore Beza publicou quatro edições doNT grego (1565, 1582, 1588-89, 1598) maiscinco reimpressões. Embora Beza tenha ano-tado sua obra com vários MSS gregos queele havia colecionado, incluindo D e D2, bemcomo os MSS conferidos por Henry Stepha-nus (filho de Robert S), o texto que ele im-

primiu tinha poucas diferenças em relaçãoao de Estéfano (1551). O NT de Beza teveêxito em popularizar o TR, e os tradutoresda versão KJV em inglês fizeram grande usode suas duas últimas edições.5. Os irmãos Elzevir (Bonaventure e Abraão)publicaram sete edições do NT grego entre1624 e 1678 d.C. (Greenlee, op. cit., p, 71).Seus propósitos eram mais comerciais do quecríticos, e sua segunda edição (1633) foi tãolargamente vendida que se tornou o textogrego aceito na Europa continental.E. Período de crítica (séculos XVIII a XX).Com o NT grego largamente disponível, o in-teresse erudito no melhor texto possível au-mentou e novos MSS se tomaram conhecidos.O objetivo era produzir um texto crítico edi-tado do NT grego que, por uma comparação eavaliação crítica ae todas as evidências dosMSS, se aproximaria mais daquilo que esta-

va nos MSS autografados ou originais.1. O Dr. John Fell publicou um NT grego(1675) retirado do NT de Elzevir (1633) quereivindicava ter usado pela primeira vez

variantes de 100 MSS e antigas versões in-cluindo as versões gótica e boaírica.2. John Mill publicou um NT grego em 1707usando o texto de Estéfano de 1550, mas in-cluindo uma prolegomena e um índice usan-do aproximadamente 100 MSS e 32 ediçõesimpressas do NT. Mill se refere a 3.041 dosquase 8.000 versículos do NT, coletando cer-ca de 30,000 variantes.3. Richard Bentley não publicou um NT, masum prospecto (1720) para um trabalho queele nunca terminou; este continha um exem-plar de Apocalipse 22 que abandona o TRmais de 40 vezes.4. Daniel Mace publicou anonimamente TheNew Testament in Greek and English (1729),escolhendo do CA de Mill as variantes que o

bom senso lhe diziam ser melhores que o TR;assim, ele frequentemente antecipava as lei-turas de estudiosos muito posteriores.5. Johann Albert Bengel publicou um NTgrego (1734) que imprimiu o texto do TR com

variantes preferidas na margem, escolhidasde acordo com o princípio textual de que “aleitura difícil deve ser preferida em relaçãoà leitura fácil”. Bengel também foi o primei-ro a classificar os MBS em dois granaes gru-pos: o asiático e o africano.6. Johann Jacob Wettstein publicou o TR(1751-52) com as leituras preferidas no CA,argumentando que “os manuscritos devemser avaliados por seu peso, não por seu nú-mero”. Ele foi o primeiro a designar unciaispor letras romanas maiusculas, e minúscu-

las por números arábicos - um sistema usa-do até o hoje.7. Johann Salomo Semler (1725-91) não pu- blicou um NT grego, entretanto mais tardedesenvolveu a classificação de Bengel dasfamílias MS em três revisões de texto: alex.,ocid. e oriental.

8. William Bowyer Jr. produziu uma ediçãocrítica do NT grego Í1763) seguindo em gran-de parte o julgamento de Wettstein, agru-pando passagens familiares que careciam deum bom apoio textual (como Mt 6.13; Jo7.53-8.11; At 8.37; 1 Jo 5,7).9. Johann Jacob Griesbach publicou trêsedições do NT grego (1774-1806), confrontouum grande número de MSS, categorizou asfamílias como alex,, ocid. e bizantino, e de-senvolveu 15 cânones de crítica, dos quais oseguinte é uma amostra; “A leitura maiscurta... deve ser preferida à mais prolixa” (cf.Metzger, op. cit., p. 120), Por causa de suainfluência, os estudiosos começaram a aban-donar o TR.10. Karl Lachmann publicon o primeiro NTgrego (1831) cujo texto baseava-se inteiramen-te em princípios críticos. Uma segunda ediçãoseguiu-se (1842-50) na qual ele explicou seusprincípios e silenciou algumas críticas.11. Constantin von Tisehendorf publicou oitoedições do NT grego (1841-1872) mais 22 vo-lumes de textos dos MSS do NT, o mais im-portante dos quais foi Aleph, que ele haviadescoberto no mosteiro de Santa Catarina nomonte Sinai. Sua oitava edição do NT grego(1869-72), baseada primeiramente em Aleph,difere em 3.572 lugares de sua sétima ediçãoe contém um CA completo com todas as vari-antes conhecidas até a sua época.12. Samuel P. Tregelles publicou seu NT gre-go crítico (1857-72) baseado em princípiostextuais sólidos; ele é responsável por afas-tar a Inglaterra do TR,13. Em 1881-82 B. F. Westcott e F. J. A Hortpublicaram a obra The New Testament in tkeOriginal Greek, mas esta foi usada anteci-padamente pelos tradutores da ERV (1881). A obra de Westcott e Hort (WH) era tão ex-tensa e eficaz, que o TR ficou superado. Com base em seu estudo, eles formularam quatrofamílias ou grupos similares dos MSS. sírio(manuscritos A e minúsculas), ocidental (D,D2), alexandrino (C, L) e neutro (Aleph, B).14. John W. Burgon (1813-88) e F. H. A Scrivener conduziram uma batalha fútil con-tra o texto WH (o texto de B. F. Westcott e F. J. A Hort descrito acima) a favor do TR.15. Bernhard Weiss editou um NT grego(1894-1900), usando uma probabilidade in-trínseca como um guia, concluindo que B é omelhor e resultando em um texto como o WH.16. O NT grego de Alexander Souter (1910)reproduziu o do Arquidiácono Edwin Palmer,que está por trás do ERV (1881), mas acres-centou um CA Na edição de 1947, foram acres-centadas evidências ao papiro Chestor Beatty.

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MANUSCRITOS DA B BLIA M O

17. O NT grego de Von Soden. (1913) é base-ado em princípios diferentes do WH e resul-ta em um texto mais próximo ao TR do quequalquer outro texto cntico moderno, mas quegeralmente confirma o texto WH. Ele classi-fica todos os MSS em K (grego come ou sírio),H (hesychian do Egito) e I (Jerusalém ou pa-lestino). Todas as três revisões de texto são baseadas em um arquétipo perdido usado porOrígenes e corrompido antes dele por Márcione Tatiano. Outros estudiosos sentem que eledeu muito valor a K e que I é heterogêneodemais (Metzger,op. cit., pp. 142-143).18. Estado atual do texto do NT. Recente-mente, o Canon Streeter rejeitou o WH“neutro” e descobriu uma nova família, acesariana, levando desse modo a uma re-classifieação das famílias em ordem de pre-ferência: alexandrina (incluindo WH "neu-tro”), cesariana, ocidental e bizantina (an-teriormente "síria”).De 1898 até recentemente o Novttm Testa- mentum Graece de Erberbard Nestle foi o NTgrego crítico mais largamente utilizado, Eleé baseado em uma combinação de textos de WH, Tischendorf e Weiss. Foi superficial-mente revisado para a Sociedade BíblicaBritânica e Estrangeira por G. D. Kilpatrick (1958). As Sociedades Bíblicas Unidas pu- blicaram o The Greek New Testament (1966),editado por Kurt Aland, Matthew Black,Bruce Metzger e Allen Wikgren, que pelaprimeira vez inclui leituras de 52 importan-tes MSS lecionários (séculos IX a XIV).IV. Natureza dos Manuscritos do Novo Tes-tamento1. John Mill reuniu cerca de 30.000 varian-tes nos MSS do NT em 1707 d.C.2. F. H. A. Scrivener contou aproximadamente150.0 variantes em 1864 d.C. E estimadoque até o presente existam cerca de 200.000(Nail R Lighfcfoot,How We Got the Bible,GrandRapids. Baker, 1963, p. 53). Superficialmente,este parece ser um número enorme; mas é umafigura enganosa, pois as variantes ocorrem emapenas 10.000 passagens diferentes no NT (porexemplo, se uma palavra é escrita de formaerrada em 2.000 MSS, isto é contado como2. variantes). Além disso, o grande núme-ro de variantes não afeta o significado de umapassagem (veja Geisler e Nix,General Intro-duo tion to the Bible, pp. 360-367).3. WH estimou que apenas um oitavo de to-das as variantes tiveram qualquer peso e queapeuas cerca de um dezesseis avos superamas “trivialidades” e podem ser chamadas de“variações substanciais”. Isto deixa o textocom uma pureza e originalidade superior a98 por cento.4. EzraAbbot estimou que dezenove vinte avos(95 por cento) das variantes eram leituras “va-

riadas” ao invés de leituras “rivais” e quedezenove vinte avos (95 por cento) das leitu-ras “rivais” fazem pouca diferença no sentidodas passagens.

5. Philip Schaff calculou que das 150.000 variantes conhecidas em sua época, apenas400 afetariam o sentido, apenas 50 seriamde real importância, e nenhuma delas afe-tou qualquer artigo de fé.6. A. T. Robertson disse que a verdadeira pre-ocupação é de cerca de um milésimo do texto(isto é, o texto é 99,9 por cento puro em rela-ção a variações significativas). Quando esteé comparado com a llíada de Homero onde 5por cento do texto está em dúvida, ou com aobra Mahabharata que tem 10 por cento decorrupção, pode ser seguramente concluídoque, além de ser a obra de maior importân-cia, a Bíblia é a obra mais corretamentetransmitida do mundo antigo (cf. Metzger,Chapters in the History of New TestamentTextual Critíeism, pp, 144ss),Bibliografia. Norman L. Geisler e WilliamE. Nix, AGeneral Introduction to the Bible,Chi-cago. Moody Press, 1968. Herold J. Greenlee,Introduction to New Testament TextualCntieism, Grand Rapids. Eerdmans, 1964.Paul E Kahle, Cairo Geniza., 2a ed., Oxford,Blackwell, 1959. Frederíc Kenyon,Our Bibleand the Aneient Mamiscnpts, 5a ed., rev. por A. W. Adams, Nova York. Harper, 1958. BruceM. Metzger,The Text of the New Testament,Nova York. Oxford Univ. Press, 1964. Bleddyn J. Roberts, 77te O kl Testament Text andVersions, Cardiff. Univ, of Wales Press, 1951.Bruce K. Waltke, "The Samaritan Pentateuchand the Text of the Old Testament”, NPOT,pp. 212-239. ErnstWürthwein,The Text of theOld Testament, trad. por Peter R. Ackroyd,Oxford. Blackwell, 1957.

N. L. G.MANUSCRITOS DO MAR MORTOVejaRolos do mar Morto.

MÃO A mão é o principal órgão do tato emembro do corpo usado princípalmente parao serviço ativo. Como tal, ela é símbolo dasações humanas. Ter mãos puras quer dizerraticar ações puras, enquanto mãos cheiase sangue simbolizam atos de iniquidade (SI

90.17; Jó 9.30; 1 Tm 2.8; Is 1.15), Lavar asmãos era sinal de inocência, penitência esantificação (SI 26.6; 24.3,4). Veja Ablução;Mãos, Lavagem das.Levantar as mãos era sinal de oração (1 Tm2.8; Jó 11.13,14). Provavelmente tendo essesentido em mente, o termo yad foi usado emrelação a um monumento (2 Sm 18.18; Is56.5). Esse pilar de pedra, esculpido comduas mãos erguidas aos símbolos divinos, foiencontrado na Hazor cananita eni 1955. Le- vantar a mão direita (cheir) era, evidente-mente, o método usado para votar nas as-sembléias (cf, cheirotoneo] “ordenado”, Atos

14.23; “escolhido”, 2 Co 8.19). Uma mão le- vantada (Ex 14.8) posicionando o punho os-tensivamente significava um gesto de desa-

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M O MAOM

fio (Nm 15.30; Dt 32.27; Is 10.32; Atos 13.17). A mão, especialmente a mão direita, eraum emblema de poder e força. Segurar coma mão direita significava proteção e favor(SI 28.2,5). Dar a mão, como a um mestre,era sinal de futura obediência (2 Cr 30.8;SI 68.31). Beijar a mão era um ato de ho-

menagem (1 Rs 19.18; Jó 31.27). Despejarágua nas mãos de alguém significava ser- vir a tal pessoa (2 Rs 3.11). Selar as mãosera interromper o trabalho de um homempor causa do gelo e da neve do inverno (Jó37.7) . Marcas ou cicatrizes nas mãos oupunhos eram a marca de um servo.Taismarcas mostravam uma devoção pagã aosfalsos deuses (Zc 13.6), Permanecer à mãodireita de alguém significava ajudar ousustentar esta pessoa (SI 16.8. 109.31). A mão direita estendida significava imedia-ta demonstração de poder (Ex 15.12) e, às vezes, de misericórdia (Is 65.2; Pv 1.24).

Estar à mão direita de uma pessoa signifi-cava ocupar o principal lugar de honra,dignidade e poder (SI 45.90). Tal lugar ouposição ao lado de Deus Pai pertence aopróprio Cristo, e mostra a sua peeminência(SI 110.1; Rm 8.34; Hb 1.3). A mão de Deus, como um antropomorfismo,é seu instrumento de poder. Refere-se àquiloque pertence apenas ao próprio Deus (Jó27.11; At 4.28; 1 Pe 5.6). A mão do Senhorsobre alguém revela o seu favor (Ed 7.6,28; At 11.21) e contra alguém denota disciplina(Êx 9.3; Am 1.8; At 13.11). A mão de Deussobre um profeta demonstrava a capacitaçãodeste pelo Espírito Santo (1 Rs 18.46; Ez 8,1).O dedo de Deus designava o seu poder ou oseu Espírito (Lc 11.20; cf. Mt 12.28) e falavasobre uma obra que somente Ele pode ri arealizar (Êx 8.19). A imposição das mãos identificava um indi- víduo e o separava para o serviço ao Senhor(Nm 27.18,19; At 8,15-17; 1 Tm 4,14; 2 Tm1.6). Podemos ver uma perversão dessa dou-trina quando Simâo ofereceu dinheiro paraobter um dom para si, a fim de vender o pró-prio dom ou os seus poderes, a outros (At8.18); daí vem o termo “simonia”.Veja Mãos,Imposição de.

E. C. J.MÃO DIREITA As palavras hebraicasyamin, “mão direita”, e ymani, como a “di-reita”, oposta à direção esquerda, ocorremaprox. 170 vezes no AT. O termo grego cor-respondente dexios aparece mais de 50 ve-zes no NT. Como os israelitas ficavam defrente para o leste ao considerar a direçãoprincipal, o termo yamin às vezes indica osul (1 Sm 23.19,24; SI 89.12) e a palavra maiscomum para sul têman, é derivada de yamin.Veja Esquerda; Canhoto,Essas palavras hebraicas e gregas são usa-das muitas vezes com um sentido figurado. A mão direita é a mão da força, da habilida-

de e da autoridade (Jó 40.14; SI 45.4; 89.42;137.5; Pv 27.16; Mt 27.29; Ap 1.16), a mãodo amor e da ternura (Ct 2.6; 8.3), aquelaque distribui as maiores bênçãos (Gn 48.13-18; Ap 1.17), o lugar de maior favor, honraou influência (1 Rs 2.19; Mt 25.33; SI 45.9;109.6). Sendo a mão ou o lado mais impor-

tante, é por ela que uma pessoa é dirigida(SI 73.23) quando está em perigo (Jó 30.12;SI 91.7), ou quando é acusada (SI 109.6. Zc3.1) , e onde o seu protetor deve se colocarpara ajudá-la (SI 16.8; 109.31; 121.5; Is41.13; 63.12). A “mão direita de Deus” é uma expressão fa- vorita do AT para seu supremo poder na cria-ção (Is 48.13) e para a guerra e a libertação(Êx 15.6,12; SI 17.7; 18.35; 20.6; 44.3; 78.54;98.1; 118.16; 139,10) assim como para Suasoberana beneficência (SI 16.11; 48.10; 80,15,17). Estar sentado à mão direita de Deus sig-nifica uma posição da maior honra, reserva-

da apenas para a real figura do Messias (SI110.1) . “Disse o Senhor ao meu Senhor. As-senta-te à minha mão direita, até que ponhaos teus inimigos por escabelo dos teus pés”.Esse versículo é citado e a ele são feitasmuitas referências no NT, mais do que aqualquer ontro, mostrando que a exaltaçãode Jesus Cristo para reinar em poder e gló-ria à mão direita do Pai é o cumprimentodireto deste Salmo profético (Mt 22.44; 26.64;Mc 16.19; At 2,34,35; 7.55,56; Rm 8.34; 1 Co15.25; Ef 1.20; Cl 3.1; Hb 1.3,13; 8.1; 10.12,13; 12.2; 1 Pe 3.22).Veja Mão; Profecia, Cumprimento da.

J. R.MAOL Pai de Hemã, Calcol e Darda, trêshomens notados por sua sabedoria, emboraultrapassados neste caso por Salomão (1 Rs4.31). Alguns descrevem os sábios mencio-nados acima como “filhos da dança”, uma vezque a palavra mahol é encontrada em Sal-mos 149.3; 150.4, onde é traduzida como“dança” ou “flautas”. Neste caso, esta sabe-doria pode ter sido inicialmente notada atra- vés da habilidade que possuíam para com-por músicas acompanhadas por danças. Deacordo com a versão JerusB, eles devem ter

trabalhado como cantores ou líderes decânticos sagrados.MAOM1. Uma cidade na região montanhosa de Judá (Js 15.55) e lar de Nabal, o grande se-nhor dos rebanhos (1 Sm 25.2), O local sechama, agora, Tell Ma‘in, 13 quilômetros aosul de Hebrom. Foi no deserto de Maom aleste da cidade que Davi e seus homens es-tavam se escondendo, quando sua presençaah foi revelada a Saul pelos zifeus (1 Sm23.24,25). Somente um ataque dos filisteussalvou Davi de Saul naqueles dias.

2.

Um descendente de Calebe, filho de Samai,fundador de Bete-Zur (1 Cr 2.45).

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MA0N1TAS MAQIIEDA

Uma grande bacia de ablução na entrada dotempJo heteu do deus da tempestade em

Boghazkõy. HFV

MAONITAS Um povo mencionado comoopressor dos israelitas nos tempos anterio-res a Jefté (Jz 10.12). Eles dificilmente seri-am os calebitas de Maom em Judá, pois es-tes eram poucos para figurarem como peri-gosos inimigos. A palavra deve provavelmen-te ser vocalizada como Meunim (q.vj, umatribo edomita do território de Ma‘an, na re-gião do monte Seir; é possível que o seu povodeva ser entendido como sendo os midiani-tas, conforme a Septuaginta (LXX).MAOQUE Pai de Aquis, vei da cidadefilistéia de Gate. Davi fugiu para Aquis epermaneceu com ele enquanto tentava esca-par de Saul (1 Sm 27.2).

MÃOS, IMPOSIÇÃO DE Esse é um ato re-ligioso que significa a concessão de uma bên-ção especial. Veja Mão. Era usado para sepa-rar os levitas para o seu ofício especial (Nm8.5-20) e para dedicar animais (Lv 1.4). Foiassim que Isaque abençoou os filhos de José(Gn 48.14-19) e Jesus abençoou os pequeninos(Mc 10.16). Jesus curou os enfermos impon-do as mãos sobre eles (Lc 4,40; 13.13).Os sete diáconos de Jerusalém foram assimseparados pelos apóstolos (At 6.6) e o mes-mo ocorreu com Bamabé e Paulo em Antio-quia (At 13.3). Pedro e João impuseram asmãos sobre certos samaritanos e eles “rece-

beram o Espirito Santo” (At 8.14-17). EmEfeso, Paulo fez o mesmo, obtendo o mesmoresultado (At 19.6). Aqui os crentes recebe-ram o dom de linguas e puderam profetizar.Timóteo (1 Tm 4,14; 2 Tm 1.6) recebeu umdom especial quando Paulo estendeu as mãossobre ele. A esse ato está associada a inten-ção de abençoar, curar e consagrar. Ãtualmente, o ato de impor as mãos nas igre-as é usado nas ocasiões oficiais de ministé-rio público, tais como batismo, confirmaçãoe ordenação. Na Igreja Católica Romana oato de impor as mãos é considerado um sa-cramento através do qual é conferida acapacitação necessária para o desempenhode uma função.

Calvino (Institutes, IV, 19, 6) proibiu o exem-plo dos apóstolos de impor as mãos porque,em sua opinião, “esses poderes e manifesta-ções milagrosos, que eram dispensados atra- vés da imposição das mãos, cessaram; e elesduraram, corretamente, apenas uma certaépoca”. A Apologia Luterana da Confissão de Augsburg permitia que esse ato fosse cha-mado de “sacramento” se ele se referisse aoensino do Evangelho, e à administração dossacramentos.

C. S, M.

M OS, LAVAGEM DAS A lavagem cerimo-nial do corpo é universalmente reconhecidacomo um símbolo religioso ou um efetivo sa-cramento, que tem a função de purificar apessoa da contaminação e da culpa do peca-do. No AT, era colocada uma pia de cobre en-tre a tenda da congregação e o altar doTabemáculo do Templo, para que os sacerdo-

tes que estavam ministrando ao Senhor pu-dessem lavar as mãos e os pés (Èx 30.17-21).O batismo de João era um símbolo da purifi-cação dos pecados que acompanha o arrepen-dimento (Mt 3.6-11). Pilatos, o governador,mandou buscar água e lavou as mãos peran-te a multidão como se isso fosse absolvê-lo daculpa da crucificação de Cristo (Mt 27.24).Os fariseus, em seu zelo pela lei, haviamdeduzido inúmeras maneiras pelas quaisuma pessoa poderia entrar em contato coma profanação cerimonial, o que, embora nãosendo um ato pecaminoso, tornava o levitaimpuro e incapaz de se aproximar de Deus

com uma atitude de adoração. Da mesmamaneira, haviam desenvolvido um elabora-do programa de purificação para combateressa profanação. Por causa das mãos de seusdiscípulos, que não estavam lavadas, a dis-cussão travada com Jesus estava relaciona-da com esse ato cerimonial, e não com a pu-rificação habitual relacionada à higiene. Je-sus condenou os fariseus porque, através deinúmeros detalhes que eram como um jugosobre os homens, haviam obscurecido tantoa vontade quanto a Palavra de Deus. “Por-que, deixando o mandamento de Deus,

retendes a tradição dos homens” (Mc 7.1-9).Eles haviam transformado em obrigaçãomoral aquilo que era apenas simbólico e ce-rimonial (para uma descrição detalhada des-te assunto, veja a obra de Edersheim, Lifeand Times of Jesus the Messiak, II, 9ss.) Veja Ablução; Mão.

P. C. J.

MAQUEDA Uma cidade cananéia real quefica na Sefelá de Judô (Js 15.41) peito de Azeca (Js 10.10), aprox. 32 quilômetros asudoeste de Jerusalém. É listada por Tut-mósis III entre as suas cidades conquista-das (ANET, p. 243), e também provavelmen-te por Sisaque. Josué dominou a cidade edestruiu imediatamente os seus habitantes,

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MAQ1JEBA MAR

fazendo ao seu rei o que ele havia feito ao reide Jericô (Js 10.28; 12.16). Aqui os cinco reisamorreus escaparam de Josué e procuraramse refugiar 11a caverna de Maquedá, onde,sob as ordens de Josué, eles foram bloquea-dos com grandes pedras. Mais tarde, os pri-sioneiros reais foram trazidos mortos edependurados em árvores até o pòr-do-sol, edepois levados de volta à caverna que foinovamente bloqueada com pedras (Js 10.16-27). A localização de Maquedá é incerta, po-rém Khirbet el-Kheislium, 3 quilômetros aonorte de Azeca, combina bem com a locali-zação dada por Eusébio. Sugestões alterna-tivas são Telí Maqdüm (que fica bem próxi-ma), e Tell es-San, que foi identificada poroutros com Libna ou Gate, 11 quilômetrosmais adiante, a oeste.

S. F. B.MAQUELOTE Um dos locais de acampa-mento dos israelitas no deserto, não identi-ficado, entre o Sinai e Cades-Barnéia; sua21a parada a partir do Egito (Nm 33.25,26).MAQUI Pai de Geuel, que Moisés designoucomo representante da tribo de Gade, paraespionar a terra de Canaâ antes dos hebreusentrarem à força (Nm 13.15). Ele estava en-tre a maioria dos dez que advertiram a nãotentar entrar por cansa da força dos habi-tantes e suas fortificações (aprox. 1440 a. C.). Veja Números 13.26-33.MAQUIR1. O neto mais velho de José e Asenate, o fi-lho de Manasses e a concubina síria (1 Cr 7.14;Gn 50.23). Este nome está sempre ligado àidéia de força, coragem e feitos ousados. Osdescendentes de Maquir tornaram-se forteslutadores e líderes ferozes entre os clãs deManassés. Eles viviam em ambos os lados do Jordão e pareciam constituir uma forte uni-dade na confederação do norte. Na guerra com Jabim, os filhos de Maquir tornaram-se luta-dores valentes e se distinguiam dos outros por

O Mediterrâneo em Cesaréia com ruínas daépoca de Herodes o Grande, que ainda podemser vistas na água

sua bravura e coragem diante do fogo (Jz5.14). E possível que os descendentes deMaquir tenham se mudado para 0 outro ladodo rio para se tornarem a força dominanteem Gileade (Nm 32.39,40; 1 Cr 2.21-23). Defato, o registro fala sobre Maquir como0 paide Gileade (Nm 26.29; 1 Cr 7.146). VejaMaquiritas; Gileade; Manassés.2. Outro Maquir é mencionado nos dias deDavi como um seguidor leal que trouxe ali-mento e refrigério ao velho rei quando eleestava sendo perseguido por Absalão (2 Sm17.27-29). Sua casa ficava em Lo-Debar, per-to de Maanaim (2 Sm 9.4,5).

K. M. Y.

MAQUIRITASOs descendentes militares de Maquir, o fi-lho mais velho de Manassés, filho de José.Estes Maquiritas eram guerreiros potentesque possuíam qualidades que lhes ajuda- vam a administrar as tribos vizinhas e go- vernar pessoas em áreas amplas. Eles for-mavam um clã agressivo e de liderança nalinhagem de José. Como eram homens deguerra, eles conseguiram conquistar e as-segurar 0 território de Gileade e Basâ (Js17.1) . Rúben e Gade também haviam rece- bido aquela boa terra de pastagens (Js 12.6;13.15-31; cf. Dt 3.15-17) e procuraramguardá-la para si. Os homens de Maquirderrotaram tanto a estes quanto aos amor-reus, pois haviam herdado algumas carac-terísticas do espírito que caracterizara os

seus pais. Os maquiritas eram invencíveis,e se mantiveram, por gerações, no controleda região sudoeste da Palestina, Em Núme-ros 26.29 está registrado que “Maquir ge-rou a Gileade”. Em outra passagem foi ditoque “os filhos de Maquir, filho de Manas-sés, foram-se para Gileade e a tomaram; edaquela possessão lançaram os amorreus,que estavam nela. Assim, Moisés deuGileade a Maquir, filho de Manassés, o qualhabitou nela” (Nm 32.39,40; cf, Js 17.1,3; 1Cr 2.21,23; 7.14-17; Dt 3.15; Js 13.31). Osdescendentes de Maquir tornaram-se a fa-mília manassíta dominante.Veja Maquir.

K. M. Y.MAR Esta palavra é aplicada a vários e di-ferentes ajuntamentos de águas no AT, in-cluindo até mesmo lagos e grandes rios. “Omar” mencionado na Bíblia Sagrada é geral-mente 0 Mediterrâneo (Nm 13.29). Ele tam- bém é chamado de “mar Grande” (Ez 47.10),“mar dos filisteus” (Ex 23.31), e “mar impe-dido” isto é, o mar ocidental em contrastecom o “mar antigo” que é o mar Morto (Zc14,8) . Veja mar Grande.O nome mar Morto (q.o.) é snbstitnído pelo

nome “mar de Sal” (Gn 14.3), “mar oriental”(J1 2.20) e “mar da arabá" (2 Rs 14.25). Olago da Galiléia(q, v.) ê também chamado demar e é conhecido or vários nomes:

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MAR MAR GRANDE

O “mar Grande". MIS

“Quinerete” (Nm 34.11), “Genesaré" (Lc 5.1)e “Tiberíades" (Jo 6.3),O mar Vermelho (q.v.; Êx 10.19) é tido por al-guns estudantes como o “mar de junco”. Em Isa-ías 18.2 é feita uma clara referência ao Nilo atra-

vés do termo “mar", e em 21.1 tanto o rio Eufra-tes quanto o mar árabe estão em questão.

A palavra é também freqüentemente utili-zada em sentido figurado. A palavra heb.yam é usada aprox. 70 vezes como um termopara “o ocidente” (por exemplo, Gênesis12,8) . A grande dimensão da bacia no Tem-plo de Salomão levou os sacerdotes a cha-marem-no de “mar de bronze” ou “mar defundição” (1 Rs 7.23-26). Para os hebreusamantes da terra, o mar era um local peri-goso e tempestuoso, e trazia em si uma se-melhança bastante apropriada com a almaproblemática e cansada do pecador (Is 57.20),e também com as nações rebeldes e pertur-

badas do mundo (Dn 7.2; Mt 13.47; Ap 13.1). A declaração em Apocalipse 21.1 de que nomundo vindouro não existirá mar, provavel-mente se refere a esta figura de falta de re-pouso e privação da presença de Deus, e nãoao mar em si.

P. C. J.MAR DA GALILÉIA,Veja Galiléia, mar da.

MAR DE BRONZEVeja Tabemáculo: Vasode Latão para Abluções.

MAR DE FUNDIÇÃOVeja Tabemáculo:Pia para Abluções.

MAR DE QUINERETEVeja Galiléia, mar da,MAR DE SALVeja mar Morto.MAR DE TIBERÍADESVeja Tiberíades,mar de; Galiléia, mar da.MAR DE VIDRO As cenas do Apocalipseonde ocorre a expressão “mar de vidro” (Ap4.6; 15.2) possui paralelos com as visões do

AT. Os paralelos mais impressionantes e se-melhantes são Ezequiel 1; Êxodo 24; Daniel7; Isaías 6. Todos estes postulam a realida-de de um mundo invisível e sobrenatural queo homem pode experimentar. Aabertura dosolhos possibilita ao homem ver e ouvir asrealidades sobrenaturais (2 Rs 6.17; 2 Co

12.2-4; Ap 4.1,2). O fato de as visões do tro-no, no Apocalipse, terem semelhanças comas outras visões correlacionadas, contribuicom a opinião de que se trata essencialmen-te de uma única realidade revelada aos pro-fetas e apóstolos.O paralelo verbal mais próximo do m.ar de vidro é a “obra de pedra de safira” de Êxodo24.10. Em Ezequiel 1.22-26, existe nm espa-ço retratado como “cristal terrível”, no qualhavia um trono de safira. Estas visões po-dem ser consideradas semelhantes à visãodo Apocalipse, o trono de safira é compara-do ao trono circundado por um arco celeste

de cor semelhante à esmeralda (Ap 4.3), re-lâmpago e fogo (Ez 1.4,13 com Ap 4,5; 15.2),as quatro criaturas víventes (Ez 1.5-12; Ap4.6-8) e o Majestoso que veio diante do trono(Dn 7.13,14; Ap 5.5-8). Todos estes detalhesdeixam claro que João está vendo as mes-mas verdades sobrenaturais que foram re- veladas a Moisés, Isaías, Ezequiel e Daniel. A menção do mar de vidro em Apocalipse 4nos capacita a identificar o contexto do “marde vidro misturado com fogo” de Apocalipse15.2. Aqueles que são vistos às margens domar são os santos na glória, mais provavel-mente aqueles que foram participantes doarrebatamento da Igreja. A menção do marganha a sua importância a partir do parale-lo evocado (1) pela menção de sua vitóriasobre a besta e sua imagem, e (2) por entoa-rem o cântico de Moisés. Assim como o povode Israel cantou uma canção de triunfo aochegar a salvo do outro lado do mar (Êx 15),estes estavam em pé ao lado do mar de cris-tal, em glória, para cantar uma canção delouvor e libertação.

W, B. W.MAR GRANDE O grande corpo de água queconhecemos como o mar Mediterrâneo (Nm

34.6; Js 1.4; 9,1; 15.12,47; Ez 47.10 etc.). Eletambém é chamado de o “mar extremo” ou o“mar último”, isto é, o mar ocidental (Dt 11.24;34.2; J1 2.20; Zc 14.8), o “mar dos filisteus”(Êx 23.31), o “mar de Jope” (Ed 3.7), ou sim-plesmente “o mar” (Nm 13.29; Ez 26.5,16-18;27.3 etc.; Jn 1.4; etc.; At 10.6,32; 27.30 etc.).Com cerca de 3.600 quilômetros de extensão,ele era o principal mar conhecido pelos israe-litas. De acordo com alguns comentadores, aexpressão também pode ser usada figurati- vamente em Daniel 7.26-28 referindo-se àsmultidões da humanidade. Veja Mar.Os ventos violentos do nordeste tomavam anavegação insegura durante os meses de in- verno de outubro até fevereiro ou março (At

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MAR G RAM DE MAR MORTO

27.14- 28.11). Bancos de areia e recifes ro-chosos eram perigos constantes. Por estarazão os capitães hesitavam em deixar deenxergar a terra. Modernas expedições demergulho encontraram naufrágios de mui-tos navios antigos com suas cargas de vasosde vinho ou lingotes de cobre ou ainda colu-

nas de mármore que se destinavam às cida-des da região da Grécia e de Roma. A partir de 3000 a.C. os egípcios carregavammadeira de cedro em seus navios mantendo-se perto da costa do Mediterrâneo, a partir deBiblos (veja Geball no Líbano até o delta doNilo. Comerciantes minoanos de Creta e maistarde os gregos mieenos dominaram o Medi-terrâneo durante o segundo milênio a.C. Portodo o primeiro milênio a.C. os fenícios de Tiroe Sidom navegaram as suas águas e coloniza-ram as suas praias. Sem nenhum porto natu-ral, os hebreus nunca se tornaram um povonavegador; consequentemente eles dependiam

dos navios e marinheiros fenícios para o co-mércio marítimo, bem como para as viagenspor mar. Salomão empregou as habilidades dosmarinheiros de Hirão (1 Rs 9.26-28; 10.11,22).

Jonas embarcou em um navio fenício navegan-do de Jope para Társis na Espanha.Na época do NT, o Mediterrâneo havia setomado virtualmente um lago romano (mare

nostrum) para ligar Roma a muitas partesde seu vasto império e para transportar grãose outros produtos das províncias para a ca-pital. Um porto foi construído em Aco no pe-ríodo helenístico e rebatizado de Ptolemaida(At 21.7), e Herodes o Grande haviaconstruído instalações portuárias artificiaisem Cesaréia (q.o.). Assim, a Palestina en-trou em comunicação direta com o mundoocidental, e desde então tem estado na en-cruzilhada de três continentes.

J. R,MAR MEDITERRÂNEOVeja Mar Grande.

MAR MORTO Chamado no AT de mar deSal (Gn 14.3; Nm 34.12; etc.), de mar daCampina ou Arabá além de mar Salgado (Dt3.17; 4.49; etc.) e de mar do Oriente ou marOriental (Ez 47.18; J1 2.20; etc,). Está situa-do na grande fenda do vale do Jordão, e re-sultou de uma grande convulsão que abaloua face da terra no período pré-histórico. Nes-sa época, a montanha que limitava o Líbanoe o anti-Líbano se elevou acima da grandeplanície que cobria toda a área do Líbano,Síria, Palestina e Transjordânia, formandouma grande cavidade entre elas que se es-tendia desde os contrafortes das montanhasde Amano, através da Coele-Síria, o vale do

Jordão, o mar Morto e o mar Vermelho, es-tendendo-s,e em direção ao sul até o LagoNyasa na África Central.Sua superfície está, em média, 425 metrosabaixo do nível do mar, e seu local mais pro-fundo, próximo ao ponto extremo do lado nor-

O mar Morto

deste, atinge cerca de 430 metros abaixo donível do mar. Atualmente, esse mar tem cer-ca de 80 quilômetros de comprimento e 15quilômetros de largura. É alimentado, prin-cipalmente, pelo rio Jordão, mas inúmerosriachos e regatos, em ambas as margens, tam- bém contribuem com suas quotas de água. Èum mar fechado e seu nível de evaporação étão grande que o afluxo de água é apenas ca-paz de manter o nível da superfície aproxi-madamente constante. Dessa maneira, osdepósitos de sal e de potássio (25 por centoda água) se tomam mais concentrados do queem qualquer outro mar ou lago do mundo. A gravidade específica da água é maior do quea do ser humano, e é impossível que alguémconsiga se afogar no mar Morto. A área mais rasa, ao sul da península de El-Lizan, onde provavelmente estavam locali-zadas as cidades de Sodoma e Gomorra, às vezes era formada de terreno seco como pro- vam alguns tocos de árvore submersos. Ruí-nas de um forte edomita, na praia do ladosudoeste, foram inundadas pelo menos duas vezes desde o ano 1000 a.C. Entre os dias de Abraão (Gn 14.3) e os de Moisés, o mar Mor-to deve ter se elevado para cobrir a área deSodoma e de outras cidades da planície.Existe uma camada de betume no leito domar, da qual muitas vezes se soltam gran:des pedaços que ficam flutuando na superfí-cie (cf. Gn 14.10). Os gregos e os romanosdavám-lhe o nome de mar de Betume porcausa dessa característica. Entretanto, apro- ximadamente no século II depois de Cristo,esse mar já havia adquirido seu nome maiscomum pelo fato de que nenhum peixe ououtro animal marinho podia viver em suaságuas. Veja Palestina; II.B.o.e. A área em volta do mar Morto tem sido ha- bitada pelo homem desde o períodoNeolítico. Em ambos os lados, campos aci-dentados têm oferecido refúgio e proteção,em numerosas ocasiões, a pessoas ou gru-pos que estavam sendo perseguidos. Davi,fugindo de Saul, abrigou-se em um regato

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MAR MORTO MARAMATA

conhecido pelo nome de águas de En-Gedi(1 Sm 23.29-24.11). Durante sua primeirarevolta, os judeus instalaram seu quartelgeneral na estratégica posição de Massada,acima do mar Morto, onde foram persegui-dos pelo general romano Silva. Da mesmaforma, Herodes o Grande havia refortificado

uma fortaleza em Macaero acima de snapraia oriental. Quando ele morreu, esta for-taleza passou a pertencer a Herodes

Antipas, e foi lá que ele assassinou JoãoBatista. Abaixo de Macaero existe uma fon-te de água quente, que na antiguidade erachamada de Callirrnoé por causa de suaspropriedades medicinais.

A uma pequena distância, ao norte do marMorto, em um local chamado Ghassul, en-contram-se as ruínas de uma vila que datada Idade do Cobre, Esse local tem sido esca-

vado nos últimos anos e produzido algumasevidências que mostram ter sido ocupado

entre os anos 4000 e 3200 a.C., em uma épo-ca em que a cidade de Jerico parece ter sidoabandonada.Nos últimos anos, foram descobertas as ruí-nas de um acampamento comunal que per-tencia aos essêníos em Qumram, acima damargem ocidental do mar Morto. Nas caver-nas próximas, foram descobertos papiroscujas datas variam entre os séculos II antesde Cristo, ao século I depois de Cristo.VejaRolos do mar Morto.

D, C. B.MAR ORIENTALMAR ORIENTALMAR ORIENTALMAR ORIENTALO mar Morto, na frontei-

ra leste de Canaâ e Israel, é chamado de mardo Leste em Joel 2.20; Ezequiel 47.18;Zacarias 14.8.Veja Mar Morto.MAR VERMELHOMAR VERMELHOMAR VERMELHOMAR VERMELHO Ao contrário de seunome, este mar tem uma cor tão azul quan-to qualquer outra parte da superfície do oce-ano. A origem da palavra “vermelho” nestenome é incerta. Há várias possibilidades: (1)O reflexo das montanhas avermelhadas degranito na superfície que cerca partes domar. (.2) A pele cor de cobre dos edomitas,himiaritas e fenícios que certa vez habita-ram áreas ao longo de suas praias. (3) Os

corais avermelhados que podem ser encon-trados ao longo de suas praias,O mar Vermelho em si tem cerca de 2.400quilômetros de comprimento e uma largu-ra média de 240 quilômetros. Na extremi-dade norte ele termina em uma formaçãoem “Y” - cada ramificação formando um gol-fo. A ponta oriental tem cerca de 160 quilô-metros de comprimento, e é conhecida comoo golfo de Ácaba e se junta ao Arabá (valeque leva ao mar Morto). A Arábia Sauditafaz fronteira com ele a leste, e com a penín-sula do Sinai a oeste. Na sua extremidadenorte ficava a cidade de Elate, que agora

está passando por um desenvolvimento euma modernização promovidos pelo estado

de Israel. um terminal de um oleoduto depetróleo, e um ancoradouro para cargaspesadas. Na margem próxima a Eziom-Geber (q.v.), a alguns quilômetros a leste,em Arab Jordão, estão as ruínas arqueoló-gicas do porto de Salomão. Elate e Èziom-Geber eram cidades portuárias para os na- vios de Salomão (1 Rs 9.26). A ponta ocidental (com aprox. 288 quilôme-tros de comprimento por 32 quilômetros delargura) é conhecida como o golfo de Suez, eforma a extremidade sul para o canal deSuez. Nos tempos pré-históricos ele se esten-dia muito além ao norte e provavelmente in-cluía o que é agora conhecido como o lagoTimsah e os lagos Amargos. As praias deambos os lagos abundam em juncos e podemser responsáveis pelo termo hebraico yamsuph, frequentemente traduzido como ‘‘marde juncosAO mar foi atravessado pelos israelitas, sob a

liderança de Moisés íEx 14.15ss.). E bempossível que o ponto da travessia tenha ago-ra sido coberto pelas areias que estão emconstante deslocamento. A opinião de mui-tos estudiosos, porém, é que o mar Verme-lho atravessado pelos israelitas tenha sido ogolfo de Suez, mas provavelmente nas redon-dezas dos lagos Amargos para o qual o golfoentão se estendia. Atualmente, um vento for-te sopra do norte para o sul durante aproxi-madamente nove meses do ano. Portanto, o vento oriental que dividiu o mar para Moisésera incomum, e deve ser verdadeiramenteconsiderado como um ato de Deus (Êx 14.21),

Veja xodo, O H. A. Han.MARA MARA MARA MARA1.0 novo nome, significando “amargura, tris-teza, mágoa", que Noemi escolheu para si aoretornar de Belém, para expressar o amargorde suas experiências em Moabe (Rt 1.20),2. Uma fonte de águas amargas no oásis dodeserto de Snr que os israelitas alcançaramtrês dias após cruzarem o mar Vermelho (Ex15.23; Nm 33.8,9). Quando o povo murmu-rou contra Moisés, ele jogou uma árvore (ouum lenho) nas águas, e estas se tornaram,

ainda que temporariamente, miraculosa-mente doces. Na rota tradicional para o mon-te Sinai, o oásis de ‘Ain Hawaran, aprox, 75quilômetros a sudeste de Suez, é comumen-te identificado com Mara. Sua fonte forneceágua salobra devido aos sais do solo das ter-ras vizinhas.MARALAMARALAMARALAMARALAUma cidade na fronteira oeste deZebulom (Js 19.11).

MARANATAMARANATAMARANATAMARANATA A palavra foi utilizada em 1Coríntios 16.22. O termo aramaico de que elase origina é formado por duas palavras quepodem ser divididas em maran atha ou marana tha. A primeira possibilidade signi-

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MAR AN ATA MARCA (SINAL)

fica “nosso Senhor chegou” ou “veio”, referin-do-se, portanto, à encarnação, e serve comouma refutação ao pensamento de que o Mes-sias ainda não tinha vindo. A segunda possi- bilidade significa “Venha, nosso Senhor!” Em vista do contexto em que a palavra ocorre coma precedente anátema ou maldição, e em vis-

ta da crença da igreja primitiva na iminenteesperança do retomo de Cristo, dá-se prefe-rência a este último significado. Amensagem,portanto, é a de que quando o Senhor, o Justo Juiz, vier, o anátema será retirado.MARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAMARAVILHAEssa palavra, na forma ver-

bal, ocorre ao menos três vezes no AT emalgumas versões (Gn 43.33; SI 48.5; Ec 5.8).Ela se origina da palavra hebraica tamahque significa “admirar” ou “pasmar”. O ver- bo hebraico pala’, isto é, “ser difícil, extraor-dinário, encantador, maravilhoso", foi tradu-zido uma vez como “farei maravilhas’’ emÊxodo 34.10 e muitas vezes como o adjetivo“maravilhoso” (por exemplo 1 Cr 16,12,24;Mq 7.15) ou como o advérbio “maravilhosa-mente” (por exemplo, Jó 37.5; 2 Cr 26.15).Na versão KJV em inglês, a palavra “"mara- vilha” ou “maravilhoso” ocorre 37 vezes no AT, originando-se da palavra gregathaumazo que significa “admirar, maravi-lhar”. Veja Maravilha ou Maravilhoso.MARAVILHA ou MARAVILHOSOMARAVILHA ou MARAVILHOSOMARAVILHA ou MARAVILHOSOMARAVILHA ou MARAVILHOSOEntre osmuitos termos bíblicos que expressam a gran-deza de Deus, está a palavra “maravilhoso”.Este é um dos nomes do Messias. “O seu nomeserá. Maravilhoso, Conselheiro...” (Is 9.6), ou,como algumas versões traduzem,,“Maravilho-so Conselheiro” (cf. Is 28.29), E também amaneira pela qual o anjo do Senhor se reveloua Manoá: “Por que perguntas assim pelo meunome, visto que é maravilhoso?” (Jz 13.18). OSenhor é o Deus que faz “maravilhas” (SI77.14), que é o único que “faz maravilhas” (SI72.18; cf 136.4). O Senhor se refere a um juízomiraculoso que Ele executará contra o Egito,e às poderosas ações de livramento a favor deIsrael como as suas maravilhas (Êx 3.20; cf. SI106.7). Veia Milagres. A raiz hebraica mais freqüentemente usadasignificando “maravilha” é pala’. Ela indicaalgo incomum (um voto “singular”, Lv 27.2),extraordinário (o amor de Jônatas por Davi, 2Sm 1.26), algo além do poder ou das condiçõesde uma pessoa, e consequentemente algo mui-to difícil (2 Sm 13.2; Zc 8.6), ou algo difícil deser entendido (Jó 42.3; SI 139.6; Pv 30.18).Quando usada em relação a Deus, ela fala deseus atos sobrenaturais e de sua onipotência. Jeremias conhecia a Deus suficientemente bem para dizer: “Eis que tu fizeste os céus e aterra com o teu grande poder e com o teu bra-ço estendido; não te é maravilhosa demais coi-sa alguma” (Jr 32.17,27; Gn 18.14).

A palavra hebraica mopet significa uma ma-ravilha, um sinal ou prodígio (Is 20.3; Zc 3.8),

ou um presságio de um acontecimento futuro(1 Rs 13.3,5), Como “maravilha” ela apontapara uma exibição especial de poder sobrena-tural realizada diretamente por Deus (Êx 7.3;11.9; J12.30), por um de seus servos (Êx 4.21;11.10), ou por um falso profeta (Dt 13.1,2), Elaé geralmente traduzida na Septuaginta pelotermo grego feras, um estranho fenômeno quedeve ser vigiado ou observado. No NT, estapalavra sempre aparece no plural, e ligada aotermo “sinal” (semeia). Veja Sinal.

J. RMARCA (SINAL)MARCA (SINAL)MARCA (SINAL)MARCA (SINAL)Um termo utilizado em

várias versões para traduzir cinco palavrashebraicas e três gregas, Essas oito palavraspodem, de imediato, ser colocadas em duascategorias gerais: uma marca que se desejaatingir, ou algo que serve como sinal. Na pri-meira categoria estão alguns termos: o heb. mattara, um alvo (1 Sm 20.20; Jó 16.12); oheb. mipkga 1 , um objeto de ataque (Jó 7.20);e o gregoskopos, um objetivo (Fp 3.14). A segunda categoria, uma marca como umsinal ou identificação é a mais comum,aquela em que se pode observar quatro usosdistintos: (1) o heb. ’oth - uma marca espe-cial, por exemplo, sobre Caim (Gn 4.15), Nãose sabe ao certo de que se tratava, mas eracom certeza alguma identificação visível oualgo que de alguma outra forma indicavainfâmia ou proteção; (2) o heb. taw - umselo ou sinal de propriedade. Este é o sím- bolo para proteção colocado na testa dosustos (Ez 9.4,6; cf. Ap 7.2,3; 14.1; 22.4). Ê

traduzido como “defesa assinada” ou sim-plesmente “assinatura” nas várias versõesem Jó 31.35; (3) o heb. qa‘aqa'\ o gr. stigma- uma marca ou selo, cortado ou feito sobtemperaturas elevadas. A marcação não eraincomum nos tempos bíblicos. Gado, escra- vos e até soldados eram marcados com onome de seus donos ou senhores. Os israe-litas eram proibidos de selar ou marcar (ta-tuar) a si próprios (Lv 19.28). De acordo com3 Mac 2.29, os judeus eram marcados coma folha da figueira de Dionísio por PtolomeuFilopátor. Paulo, considerando-se como umservil escravo de Jesus Cristo, considerou

suas cicatrizes corporais como o sinal depropriedade de seu Senhor (G1 6.17; cf. 2Co 11.23-27); (4) o gregocharagma - o ter-mo técnico para o selo oficial de documen-tos comerciais, inscrito com os detalhes doimperador reinante. Como sinal, ele podiaser aceito ou rejeitado. O termo é usado oito vezes no livro do Apocalipse, sempre se re-ferindo à marca da besta, É algum sinal vi-sível recebido na mão direita ou na testapor aqueles que adoram a besta (Ap 13.16).Sem este sinal, será impossível comprar ou vender (Ap 13.17), mas ele será uma mal-dição que trará o juízo sobre os seus porta-dores (Ap 14.9-11; 16,2). H. D,

F.

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MARCO MARCOS (PESSOA)

Uma pedra fronteiriça da Babilônia, datandoaproximadamente de 1200 a.C. LM

MARCOMARCOMARCOMARCO uma marca, guia ou sinal colo-cado ao longo de um caminho ou estrada.Montes ou pedras eram geralmente utiliza-dos como marcos. Jeremias encorajou os exi-lados a marcarem a sua rota ao exílio paraque pudessem retomar a Israel pela mesmaestrada (Jr 31,21). Em Ezequiel 39,15 um“sinal” foi usado para marcar os ossos quenão foram sepultados.MARCO DIVISÓRIOMARCO DIVISÓRIOMARCO DIVISÓRIOMARCO DIVISÓRIOGrande parte da cul-tura do Ocidente Próximo, era orientadapara a propriedade de terras. Este é clara-mente o caso na cultura israelita, conformeindicado pela importância que se dava amanter um pedaço de terra dentro do clã (Nm

27.1-11; 36.7; cf. 1 Rs 21; Ez 46.18), bem comoas injunçóes legais contra a alteração dasfronteiras de tal propriedade (Dt 19.14;27.17). Na propriedade do antigo OrientePróximo, o limite era comumente demarca-do com pequenas pedras semelhantes a pi-lares com elaboradas inscrições de palavrase desenhos. No idioma heb., o termo gebul,geralmente traduzido como “marco”, signifi-ca literalmente “fronteira”. Este termo erausado para os marcadores de pedra ou mes-mo sulcos que indicavam uma fronteira. Sa-lomão denunciou a anarquia de alguns queousavam infringir estes direitos e assim de-sobedeciam às injunçóes contra tal prática(Pv 22.28; 23.10).

MARCOS (PESSOA)MARCOS (PESSOA)MARCOS (PESSOA)MARCOS (PESSOA)Filho de Maria (At12.12), parente de Bamabé (Cl 4.10), coopera-dor de Paulo (Fm 24) e Pedro (1 Pe 5.13), eautor do segundo Evangelho. Como muitosoutros judeus de sua época, ele tinha assumi-do um sobrenome latino (Marcos, “um grandemartelo”) além de seu nome hebraico, João,Seu pai não é mencionado noNT, mas sua mãeparece ter sido uma mulher proeminente e umtanto abastada, membro da Igreja de Jerusa-lém (At 12.12). Conjecturou-se que Marcos te-ria sido o jovem que fugiu durante o incidenteda prisão de Cristo (Mc 14.51,52), e que eleera o homem com o cântaro a quem os discípu-los deveríam seguir (Mc 14,13).Marcos foi a Antíoquia com Paulo e Bamabé(At 12.25), e em seguida os acompanhou naprimeira viagem missionária até Perge, daPanfília (At 13.5,13). Qualquer que tenha sidoa razão para a deserção de Marcos, Paulo atomou como a base para recusar-se a levá-loem sua segunda viagem missionária (At15.37-39). Bamabé,ao contrário, ficou ao ladodele, como havia ficado, anteriormente, aolado de Paulo (At 9.26,27), e levou Marcospara Chipre. Cerca de dez anos depois, du-rante a prisão domiciliar de Paulo em Roma,Marcos aparece novamente como umcooperador do apóstolo (Fm 24), que estava aponto de viajar para a província da Ásia (Cl4.10). Quando Pedro escreveu a sua primeiraepístola (5.13), Marcos estava com ele naBabilônia (Roma, se interpretado de manei-ra codificada). Na época do segundo aprisio-namento de Paulo (por volta de 66-67 d.C.),

Marcos, que estava então em Éfeso, provousua utilidade de tal maneira que Paulo soli-citou que ele fosse a Roma (1 Tm 4.11).Parece razoavelmente certo, de acordo comafirmativas dos patriarcas da Igreja, queMarcos serviu como “intérprete” de Pedro, eque estava em Roma com Pedro e Paulo. ÁliMarcos teria escrito o segundo Evangelho.Veja Marcos, Evangelho de. Uma tradiçãomenos confiável considera-o como o funda-dor e bispo da igreja em Alexandria, onde sediz que ele foi martirizado no oitavo ano deNero (61-62 d.C.).

D, W, B.

Um muro com pilhas de pedras servindo comoum marco divisório perto de Samaria. HFV

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MARCOS, EVANGELHO DE MARCHAS NOTURNAS

MARCOS, EVANGELHO DEMARCOS, EVANGELHO DEMARCOS, EVANGELHO DEMARCOS, EVANGELHO DEO segundoEvangelho, conforme a ordem da Bíblia emportuguês.

Autor Autor Autor AutorEmbora o Evangelho seja anônimo, há ra-zões adequadas para atribuir o livro, comcerteza, a João Marcos, o cooperador de Pe-dro. A autoria de Marcos encontra seu pri-meiro atestado nos escritos de Pa pias, doinício do século II, e é adicional mente con-firmada por Irineu, Clemente de Alexandria,O rí genes, Jerônimo e pelo Prólogo Anti-Marcionita. Evidências internas revelam afamiliaridade do autor com a Palestina(11.1); com o aramaico, idioma da Palestina(5.41; 7.34); e com as instituições e costumesudaico (1.21; 7.2-4). Estas característicassugerem a autoria de um judeu palestino,como Marcos (At 12.12). Além disso, a im-pressionante semelhança entre as linhasgerais do segundo Evangelho e o sermão dePedro em Cesaréia (At 10.34-43) é consisten-te com as indicações do NT de que Marcos ePedro mantinham um relacionamento mui-to próximo (1 Pe 5.13).

DataDataDataData A maioria dos intérpretes mais novos dataeste Evangelho entre 65 e 70 d.C. A melhor base para a datação do livro são as informa-ções dos patriarcas da Igreja. Irineu e o autordo Prólogo Anti-Marcionita, localizam os es-critos de Marcos após a morte de Pedro e dePaulo, o que exigiría uma data posterior a 67d.C., o provável ano do martírio de Paulo. Poroutro lado, o silêncio a respeito da destruiçãode Jerusalém, o cumprimento de Marcos 13,pode indicar uma data anterior a 70 d.C. A data mais provável, portanto, para a escritado Evangelho parece ser 67-70 d.C. As afir-mações ao Prólogo Anti-Marcionita, de Cle-mente de Alexandria e de Irineu, indicamRoma como o local de origem.

CaracterísticasCaracterísticasCaracterísticasCaracterísticasTem sido opinião quase unânime que o Evan-gelho foi direcionado à mentalidade roma-na. O hábito de Marcos de explicar os ter-mos e costumes judeus aponta para leitoresgentios (5,41; 7.2-4). Que eles eram roma-nos é indicado pela ocorrência, no livro, decertos latinismos, bem como pela afirmaçãode Clemente de Alexandria ae que os cris-tãos romanos que ouviram a pregação dePedro, foram os que requisitaram que oEvangelho fosse escrito. Várias peculiaridades surpreendentes da versão de Marcos tornam-na única entre osEvangelhos. O estilo de escrever foi descritocomo vivido, vigoroso e dramático. Um rea-lismo vivo caracteriza tanto o estilo de Mar-cos como o seu relato não rebuscado dos fa-tos. Os acontecimentos são descritos semalteração ou interpretação extensiva, e sua

apresentação é marcada por uma qualidadeobjetiva encontrada nos relatórios de teste-munhas oculares. Um vigor e tom de urgên-cia podem ser sentidos em qualquer partedo texto. A palavra característica deste Evan-gelho de ação é eutkys, que ocorre 41 vezes eé traduzida nas várias versões como “dire-ta mente”, “imediatamente”, “em seguida”, e“logo”. Tempos verbais gregos e palavras deraro vigor são usados com efeito impressio-nante e dramático.

EsboçoEsboçoEsboçoEsboçoI. Título, 1.1II. Preparação para o Ministério de Cris-

to, 1.2-13IIL O Ministério de Cristo na Galiléia,

1.14- 6.30IV. As Ocasiões em que o Senhor Jesus

Cristo se Retirou da Galiléia, 6.31-9.50 V. O Ministério de Cristo em Peréia, 10.1-

52 VI. A Conclusão do Ministério de Cristo em

Jerusalém, 11.1-13,37 VII. A Paixão e a Ressurreição de Cristo,

14.1-16.20Veja O Evangelho de Marcos, sob o título

“Evangelhos, Os Quatro”.Bibliografia. R. A. Cole,The Gospel Accor-ding to St. Mark, TNTC, Grand Rapids, Eerd-mans, 1961. “Mark, Gospel oP, NBD, pp. 781-785. Ralph Earle, The Cospe/ According to Mark, The Evangelical Commentary on theBible, Grand Rapids. Zondervan, 1957, Mark. The Gospel ofAction, EBC, Chicago.Moody, 1970. R C. H. Lenski,The Interpre-tation of St. Mark, Columbus. Wartburg,1946. G. Campbell Morgan,The Gospel Ac-cording to Mark, Nova York. Revell, 1927. James Morison, APraetical Commentary ortthe Gospel According to St. Mark, 6a ed., Lon-dres. Hodder & Stoughton, 1889. A. T.Robertson, Studies in Ma.rks Gospel, Nova York. Macmillan, 1919. H. B. Swete,TheGospel According to St. Mark, 3a ed. Londres.Macmillan, 1927, e Grand Rapids. Eerd-mans, 1956 (reimpressão) - provavelmenteo comentário mais técnico e mais profundosobre Marcos, e um texto grego com notas. Vincent Taylor, The Gospel According to St. Mark, Londres. Macmillan, 1952.

D. W.B.

MARCHAS NOTURNAS Para fugir do ca-lor do deserto, ou evitar os inimigos, os isra-elitas às vezes marchavam durante a noiteem sua peregrinação do Egito até Canaã (Êx13.21; 14.19-23; Nm 9.21). Josné liderou seuexército em uma exaustiva caminhada des-de Gilgal para libertar os sitiados gibeonitasao amanhecer (Js 10.6-9), Abraão resgatouLó perseguindo os reis da Mesopotâmia du-rante a noite (Gn 14.15). Gideão atacou eperseguiu os aterrorizados midianitas à noite

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MARESSA MARFIM

destruição da frota mercante criada por Josafá e Acazias em Eziom-Geber (2 Cr20.37). Miquéias previu a captura de Mares-sa (Mq 1.15).No início do período intertestamentário, sobo nome Marisa, tornou-se uma das capitaisdos idumeus. Foi posteriormente colonizada

pelos sidônios e subseqüentemente captura-da por João Hircano, Pompeu devolveu-a aosindumeus, mas César a incorporou ao terri-tório da Judeia. Os partos foram seus des-truidores definitivos em 40 a.C.O lugar é conhecido agora como TeO San-dahannah, O mais interessante período ar-queológico escavado aqui foi a cidadeintertestamentária, que forneceu um exce-lente exemplo de uma pequena cidadehelenista com suas tumbas pintadas. Umanova cidade, Eleuterópolis (Beit Jibrin), amenos de três quilômetros ao norte, substi-tuiu Maressa,

2. O nome Maressa em 1 Crônicas 2.42 e 4.21apresenta difíceis problemas de exegese, queainda não foram resolvidos. Ambas as pas-sagens ocorrem na genealogia de Judá. Naprimeira, Maressa parece ser uma pessoa, o

£ ai ou o colonizador de Hebrom. Em 4.21,ada é chamado de pai ou fundador de

Maressa. J. L. K.

MARFIM A palavra heb.shen, traduzidacomo “marfim'’, significa “dente”; e a pala- vra composta shenhabbim, também tradu-zida como “marfim”, significa “presa de ele-fante”. Veja Animais: Elefante 11.16.O marfim é mencionado várias vezes na Bí- blia, em primeiro lugar com referência ao rei-nado de Salomão, quando ele o transportoupor navio através ae seu porto do mar Ver-melho em Eziom-Geber, e decorou o seu tro-no com marfim marchetado (1 Rs 10.18,22).É muito provável que Salomão tenha impor-tado o seu marfim de Punt (no leste da Áfri-ca), para onde os egípcios enviavam expedi-ções comerciais através do mar Vermelhopara obter marfim. Em sua linda canção deamor, ele compara o corpo do noivo e o pesco-ço da noiva ao marfim branco (Ct 5.14; 7.4). A Bíblia registra que Acabe construiu uma“casa de marfim” (1 Rs 22.39), sem dúvidasignificando que as paredes, portas e tambémos móveis de seu palácio eram incrustadoscom painéis e entalhes de marfim ief. SI 45.8). Amós condenou as casas e camas de marfimuntamente com os outros luxos da realeza eda nobreza do Reino do Norte (Am 3.15; 6.4).Um grande número de peças de marfim foiencontrado nas escavações de Samaria. Elasaparentemente datam do reinado de Acabeno século IX a.C. Alguns são painéis enta-lhados com moldura e espiga na lateral, para

se juntar à estrutura de madeira. Os merca-dores de Tiro se vangloriavam de incrustaro convés de seus navios com marfim (Ez

Pequeno painel de marfim com uma cenaegípcia* de um palácio assírio em Nimrud,,

Assíria, BM

27.6) , que eles recebiam em forma de presasdo Sudão através dos comerciantes de Dedã,na Arábia (27.15). Em Apocalipse 18.12 osartigos de marfim são listados entre as car-gas trazidas para a Babilônia escatológica.Tanto os textos egípcios como os assírios fre-qiientemente listam cadeiras e sofás deco-rados com marfim que eram tomados comodespojos (ANET, pp. 237, 282, 288). Escava-ções arqueológicas de muitos locais do Ori-ente Próximo, de Chipre até Ur na baixaMesopotâmia, descobriram primorosos obje-tos de marfim. Um catálogo publicado em1957 listou 1.271 peças separadas, como fi-gurinos de deuses e animais, placas, pentes,tabuleiros de jogos, ferramentas cosméticase caixas de jóias (R. D. Barnett, A Catalogueof Nimrud Ivones and Other Exemples o neient Near Eastern Ivories; veja também

ANEP, # 58, 67, 69, 70, 125-132, 203, 213-215, 290, 293, 332, 464, 566, 649, 663). As coleções mais importantes do trabalho emmarfim palestino vieram de Samaria e Megido.Um tesouro de 383 peças datando de 1350-1150 a.C. foi descoberto em Megido. Nimrud(a Calá bíblica) produziu a coleção mais finade todas. Alguns de seus marfins são tão simi-lares em técnica aos de Samaria, que pode serpresumido que os mesmos artífices fenícios fi-

zeram as peças destes dois grupos. A maiorÍtarte do marfim usado na Assíria, Síria e Pa-estina veio dos elefantes asiáticos que habi-

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MARFIM MARI

Planta do palácio de Mari. JR

tavam os pântanos ao longo do Eufirates supe-rior. Eles foram caçados até a extinção em al-gum momento após 850 a.C. J. R.MARI A antiga cidade de Ma-ri (a modernaTell Hariri) fica nas proximidades do rioEufrates, onze quilômetros a norte-noroestede Abu-Kemal, junto à fronteira da Síria edo Iraque. A. Parrot, do Louvre em Paris,fez escavações neste local em 1933-64, des-cobrindo Templos incluindo os do deusDagom (veja Falsos deuses: Dagom) e dadeusa Ishtar, além de um imenso palácio commais de 270 quartos cobrindo uma área deaproximadamente 60.000 metros quadrados, bem como antigas ruínas e uma torre-Tem-plo. Mais de 20.000 tábuas de barro com ins-crições - ura quarto das quais são cartas doantigo período babilônico ide aprox. 1750a.C.) - ilustram as narrativas patriarcais.Embora Mari não seja mencionada no AT, osachados e especial mente os textos ajudam aexplicar muitos costumes do período patriar-cal, e sâo escritos em um dialeto semita donoroeste, “virtualmente idêntico’’ àquele queera falado pelos hebreus de Gênesis 12-35.Os tratados e os pactos eram ratificados coma morte de um jumento, como no pacto entreos siquemitas (B"nê Hamor, “filnos de umasno”, Josué 24.32) e Jacó (Gn 33.19; 34.1-3; ANET, pgs 482-3). Outros tratados mostrama forma e a prática das alianças no AT (MNoth, Mari and Israel, 1953), bem como osprocedimentos da diplomacia internacional. As tribos seminômades vagavam livremen-te entre as grandes cidades como fez Abraão,e é surpreendente que os sutu, habiru {vejaPovo Hebreu) e os Ben-Yamini (“benjami-tas”) sejam mencionados, embora estes no-mes não correspondam exatamente os seusequivalentes bíblicos. Entre os nomes de lu-gares da Palestina, somente Hazor é menci-onado; entretanto, aldeias próximas aHarran (a Bíblica Harã), como Nahur ÍNaor).Tuhari (Tera) e Sarug (Serugue) são listadas

(cf. Gn 11.23,24). As tábuas de barro indi-cam que, em Harran, havia um Templo dodeus-lua, Sin, provavelmente uma das divin-dades pagas adorados por Tera (Js 24.2). Osnomes semitas ocidentais utilizados parapessoas incluem Aríukku (Arioque, Gn 14.1)e formas como Abraão e Jacó. A ocorrência

de Dawidum (“chefe”) está, agora, sob sus-peita, sendo talvez uma palavra para “der-rota” ao invés de um precursor do nome Davi(BA, XI, 2; cf. JNESXVII [19581,130). Ater-ra tribal, assim como para os hebreus, erainalienável, e a herança passava apenas paraos membros da mesma família.Em Mari, o censo tinha uma importânciareligiosa e ritualística, bem como política eeconômica (cf. 2 Sm 24). As cartas falam so- bre as atividades de diversas classes de ofi-ciais e sacerdotes. Cada deus tinha o seuprofeta, um homem a quem ele enviava parafazer proclamações em seu nome. Quando

Zímri-Lim falhou em se reportar regular-mente a seu deus Dagom, em Terqa, foi-lhe

Estatueta de um adorador de Mari. doterceiro milênio a,C. LM

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MAR1 MARIA

dito em uma revelação em sonho que se eletivesse agido de forma correta, este deus te-ria entregado os benjamitas em suas mãos.Os textos fornecem uma visão detalhada da

vida cotidiana e dos costumes da região, bemcomo da história da cidade. A referência maisantiga a Mari data do 3o milênio a.C., quan-

do são encontradas as primeiras inscriçõessemitas. Ela foi conquistada por Sargão de Acade por volta de 2250 a.C., e, portanto,comandada por governadores dependentesde Ur, até ser libertada pelo amorreu Ishbi-Irra. Yahdun-Lim governou até ser assassi-nado em uma revolução do palácio. O tronofoi tomado por Shamshi-Adad I, da Assíria,que entregou Mari a seu filho Yasmah-Adad.No entanto, quando seu pai morreu, ele foiexpulso por Zimri-Lim, um filho de Yahdun-Lim que ali governou até que Hamurabi, daBabilônia, capturou a cidade em 1761 a.C.Dois anos depois, Mari foi destruída. Ao lon-

go destes reinados havia constante troca decorrespondências entre os reis de Alepo,Qatna, Carquemis, Assíria e Babilônia.Veja

Arqueologia; Era Patriarcal.Bibliografia. Herbert B. Huffmon,“Prophecy in the Mari Letters”, BA, XXXI(1968), 101-124. George E Mendenhall,“Mari’', BA, XI (1948), 1-19. J. M Munn-Rankin, "Diplomacy in the Western Asia inthe Early Second Millennium B.C.”, Iraq,

XVIII (1956), 68-110.D. J. W.

MARIA O nome Maria é encontrado no NT,e é a forma grega do nome hebraico Miriâ.Na versão LXX, o nome da irmã de Moisésaparece como Mariam ( veja Miriã).1. Maria, a mãe do Senhor Jesus.Referências bíblicas. A primeira referênciaà mãe do Messias está no protevangelium,em Gênesis 3.15, indicando que o destruidorde Satanás seria a semente de uma “mulher".Isaías 7.14 foi interpretado por Mateus(1.22,23) como uma profecia de que o nasci-mento messiânico viría de uma virgem. A encarnação (q.v.) de Deus, através de umnascimento virginal, foi prometida à casa deDavi como um sinal miraculoso. O cumpri-mento dessa profecia aconteceu na vida deMaria de Nazaré, uma virgem prometida emmatrimônio a um carpinteiro chamado José(Le 1.26,27). Embora tenha se assombradoquando o anjo lhe anunciou que ficaria grá-

vida antes de conhecer o esposo José, elaaceitou essa assustadora dignidade com hu-mildade (Lc 1.38). A genealogia real de Ma-ria está descrita em Lucas (3.23ss.), Suasraras aparições durante a vida de seu Filhorevelam a bondade e também a sua imper-feição quando deixou de compreender os atosde seu Filho de 12 anos (Lc 2.41ss.). Mais

tarde, ela se apoiou na autoridade e julga-mento do Senhor Jesus (Jo 2.3) quando Ele

Reconstrução do lar tradicional de Maria, amãe do Senhor, em Éfeso

expressou uma terna censura peía sua arro-gância (2.4), mas foi amorosamente recomen-dada ao apóstolo João pelo Senhor JesusCristo (Jo 19.25-27) em meio ao seu sofri-mento. Por último, é mencionada ao juntar-se aos discípulos para aguardar a vinda doEspírito Santo (At 1.14).Tradição eclesiástica. Embora a narrativa bíblica seja tão reservada como a própriaMaria, a mariologia eclesiástica pode serapenas tecnicamente distinguida da mario-latria. Por outro lado, os primeiros ensina-mentos cristãos sobre Mana começaram coma preocupação sobre a glória de seu Filho e,através de todo o seu desenvolvimento tra-dicional, eles incidentalmente enaltecerama divindade de Cristo.(1) Gr. Theotokos. Quando no século IV d.C.Nestório se afastou da ortodoxia do Conciliode Nicéia, e desejou negar a divindade deCristo na encarnação, ele insistiu em chamarMaria de Christotokos (portadora de Cristo),e não de Theotokos (portadora de Deus). Cirilode Alexandria e outros ortodoxos reconhece-ram que Maria concebeu somente a humani-dade de seu filho, mas (como a encarnaçãoaconteceu ao mesmo tempo) carregava oDeus-homem e era, portanto,Theotokos. (2) Gr. Aeiparthenos. Como a doutrina or-todoxa do theotokos estava claramente es-tabelecida, começaram a fazer algumas de-duções. Como Maria era a “mãe de Deus”,no melhor sentido dessa expressão, come-çaram a perceber que seria uma incongru-ência se ela tivesse, subseqüentemente, fi-lhos comuns através de gerações comuns.Como resultado dessa inclinação manique-ísta de pensamento, ela foi declaradaaeiparthenos (sempre virgem) e os outrosfilhos (os adelphoi, ou irmãos de Mateus13.55,56) foram forçosamente entendidoscomo “primos” de Jesus.(3) Concepção imaculada e impecabiíidade.

Parecia necessário que Maria permanecesse virgem e imaculada, não somente antes daencarnação como também depois dela. Isso

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MARIA MARIA

devia começar com sua impecabilidade desdeo nascimento, o que deu razão ao desenvolvi-mento da doutrina da imaculada conceição.Embora Duns Scotus tivesse argumentado noséculo XI n a favor dessa doutrina, Tomás de Aquino e os dominicanos, por diferentes ra-zões, se opuseram a ela. Cristo, diziam eles,

não podia ser o Salvador do mundo, inclusivede Maria, se ela não tivesse pecado e se nãotivesse necessidade de salvação. Mas no sé-culo XVI essas objeções foram superadas e odogma foi ofícialmente promulgado. Por al-guma razão, ou falta dela, nunca pareceu ne-cessário à Igreja Romana discutir a impeca- bilidade dos pais de Maria. Entretanto, se eranecessário que Maria permanecesse imacu-lada para que Cristo não fosse contaminado,por que o mesmo não seria verdadeiro em re-lação aos pais dela?(.4) Ascensão de seu corpo. A tradição sobrea ascensão do corpo de Maria tem sido co-

nhecida desde os primeiros tempos da igre-a. Na verdade, existem duas tradições, umaa favor da ascensão depois da morte e outraa favor da ascensão em vida, Mas foi somen-te depois que a imaculada conceição, a vir-gindade perpétua e a perfeita impecabilidadeforam definidas é que a Igreja Católica Ro-mana proclamou o dogma sobre a morte deMaria. Mas também não ficou claro na bulado Papa Pio XII, Munificentissi»iits Deus (deIo de novembro de 1950) se acreditavam queela havia morrido antes da sua ascensão,embora as implicações das seguintes pala- vras pareçam falar a seu favor: “... quando ocurso de sua vida terrena ter minou, (ela) foilevada de corpo e alma para a glória do céu”.(5) Co-redentora. Depois de desenvolver umacompleta mariologia de sua vida e caráter, aIgreja Romana defmiu no Vaticano II o pa-pel de Maria nos acontecimentos da salva-ção, sua relação com a igreja e sua venera-ção. De acordo com o Concilio do Vaticano,Maria “supera de longe todas as criaturas” eé “um membro proeminente e singular daigreja” e “mãe dos homens, particularmentedos fiéis” (VIII,53-54). P OT ter aceitado onascimento divino através de seu corpo, e porser “cheia de graça e verdade” ela “contri- buiu para a vida” assim como Eva “contri- buiu para a morte” (p. 57). Sua vida foi in-terpretada como totalmente imaculada, A censura de Cristo foi entendida como umcumprimento - querendo dizer que aquelesue fazem a vontade de Deus são como a mãee Cristo, como “aqueles que ouviram e guar-daram a Palavra de Deus, como ela mesmaestava fielmente fazendo” (cf. Lc 2.19,51).Em seguida, vem a exposição sistemática damediação de Maria, Primeiramente, o conse-lho adota uma evangélica insistência sobre aexclusiva mediação de Cristo a fim de que“toda influência salvadora da abençoada vir-gem sobre os homens se origine do prazer di- vino e da superabundância de méritos de Cris-

to”. Sua própria 'Influência salvadora” apa-rece na sua cooperação com Cristo na terra, ena continuação, no céu, de sua intercessâopelos homens. Portanto, ela é invocada como“advogada, auxiliadora, ajudante e mediado-ra, Entretanto, deve ser entendido que essasatribuições não eliminam, nem acrescentam

nada, à eficácia de Cristo como o único Medi-ador” (p. 62). Outros também participam deuma múltipla cooperação, “A própria Igrejase torna a virgem esposa de Cristo, imitandosua virgem mãe” (p. 64).Observamos que o termo “mediadora” foiusado apesar da oposição feita pelo conse-lho, e que foram necessários muitos esforçospara indicar que esse temo não significa oque aparenta ensinar. Insistiram que Cris-to é o único Mediador, embora Maria tam- bém seja mediadora. Não ficou claro porqueRoma, caso quisesse ensinar que existe ape-nas um mediador entre Deus e o homem, não

tenha evitado deliberadamente usar a ex-pressão “mediadora” ao invés de, obstinada-mente, apesar da oposição interna e inde-pendente do conselho, aplicá-la a Maria. Mariolatria. Em 1955, o padre KennethDougherty dos Frades Franciscanos da Ex-piaçâo, de Washington, enviou um questio-nário a 270 ministros de 17 denominaçõesem 29 estados e no Distrito de Columbia.Dos 100 que responderam, 64 por cento dis-seram não acreditar que Maria fosse a Mãede Deus, sendo que os episcopais eram osmais a favor e os presbiterianos os que maisse opunham. As razões para essa descren-ça na doutrina se concentravam em umasuposta tentativa de “divinizar” Maria. OPadre Dougherty percebeu que aqueles quese opunham estavam omitindo a distinçãofeita pela Igreja de Roma entre latreia (ado-ração) e douleia (veneração). Aqueles quese opõem devem reconhecer que Maria foideclarada sem pecado, embora todos os ho-mens tenham pecado através de Adão. Ma-ria não é apenas chamada de Mãe de Deus,mas também foi usada a própria palavra“geradora” em relação a ela; e quando issonão acontece, raramente foi empregado umcuidado maior para explicar em que senti-do Maria não é a Mãe de Deus. Agora ela échamada de redentora, capaz de intercederincansavelmente junto ao Filho; recebe asorações; é adorada e invocada em muitoscasos de maneira mais comum, freqüente eurgente que o Próprio Cristo. O único argu-mento contra essa divinização de Maria éue uma certa palavra (latreia) não foi usa-a. Mas o que existe de importante em umapalavra quando tudo que ela representaestá contido em expressões e rituais alter-q ativos?E verdade que de acordo com a teologia daigreja católica romana, o sacrifício somenteé oferecido a Deus, a mais ninguém, nemmesmo a Maria. Isso, entretanto, deriva da

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MARTA MARINHA

prática litúrgica romana, sem determiná-la,e também virtnalraente implica que em ou-tros assuntos da redenção não existe umadistinção essencial.Os protestantes, de forma geral e histórica,têm se mantido à distância do desenvolvi-mento mariolúgico em Roma, É provável queestejam mostrando um apreço deficiente emrelação à mãe do Senhor em virtude de terhavido uma super reação. Atualmente, asdiscussões ecumênicas revelam, por um lado,uma leve moderação no dogma romano porcausa da influência dos protestantes (cf. Vaticano II) e, por outro, devido a uma mai-or preocupação dos protestantes com amariologia (cf. H. Asmussen).[A oração latina a Maria, conhecida como AveMaria, é uma combinação entre a saudaçãoregistrada em Lucas, e o posterior culto aMaria como mãe de Deus. Em português,esta oração seria: “Ave Maria, cheia de gra-

ça, o Senhor é convosco, bendita sois vós en-tre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus,rogai por nós, pecadores, agora, e na hora denossa morte, amém.” As duas primeiras partes, que ecoam a sau-dação do anjo Gabriel e de Isabel (Lc1.28,42) apareceram primeiramente naobra Liber Antiphonianus, foram atribuídasa Gregório o Grande, e receberam autori-zação para serem ensinadas junto com oCredo dos Apóstolos e a Oração do Senhor,em aprox, 1198 d.C. A terceira parte foiacrescentada no século XV e autorizada pelo

papa Pio V em 1568. A expressão grega de Lucas 1.28 “Salve,agraciada” foi traduzida na Vulgata como“Aoe, gratia plena” (Salve! altamente favo-recida). Os comentaristas católicos-romanosentendem que isso está significando queMaria é cheia dos dons da graça e, por isso,se coloca como mediadora entre Deus e ohomem a fim de conceder esses dons. Entre-tanto, o contexto favorece claramente a in-terpretação de que Maria é a destinatáriado favor de Deus porque foi escolhida paraser a mãe de Jesus. - W. B, W.)2. Maria Madalena foi identificada com aflorescente, porém corrupta cidade de Mag-dala (q.v.), que guardava a junção de umaestrada localizada na planície de Genesaré.Ela é mencionada em Lucas 8.2 como tendosido liberta de sete demônios e isso, junta-mente com sua identificação (embora semqualquer evidência) com a mulher anônimade Lucas 7.37-50 formou a base para a ques-tionável suposição de que ela era uma pros-tituta, Em todo caso, depois de sua conver-são, a sua devoção a Cristo se tornou evi-dente, e pode ser vista em alguns episódi-os, como por exemplo, quando ela aparecedurante o seu ministério e também em suapaixão (Lc 8.1-3; Mc 15.40,41; Jo 19.25). Elafoi a primeira a ver o Senhor ressuscitado

(Lc 24.1ss.; Jo 20.11-18).3. Maria, mãe de Tiago, o Menor, e de José,que acompanharam Jesus na Galléia e o ser- viram (Mc 15.40,41). Ela é mencionada emconexão com todos os eventos que cercam amorte, o sepultamento e a ressurreição deCristo, porém pouco mais pode ser dito comsegurança a seu respeito.4. Maria, esposa de Clopas, que também secolocou ao lado da cruz na ocasião da mortede Jesus (Jo 19.25). A escrita preferível donome de seu marido é Clopas e não Cleopas(Lc 24.18).5. Maria de Betânia, irmã de Marta e Lázaro(Jo 11.1-46) que escolheu a “melhor parte”(ou a “boa parte”) e se sentou aos pés de Je-sus, encantada pelos seus ensinos (Lc 10.39-42). Alguns creem que ela tenha sido aquelaque ungiu os pés de Cristo na casa de umfariseu em Cafarnaum, conforme registradoem Lucas 7.36-50; mas ela é com certeza a

Maria que igualmente serviu Jesus em Be-tânia (Jo 12.1-8; Mc 14.3-9).6. Maria, mãe de João Marcos, em cuja casamuitos se reuniam para orar, e para ondePedro, ao ser libertado da prisão, se dirigiu(At 12,12ss.).Bibliografia. H. Asmussen, Maria die Mutter Gottes, 3d Auflage, Stuttgart, 1960.Donald A. Attwater, Dictionary of Mary,Nova York. Kennedy, 1956. W. GraysonBirch, Ventas and the Virgin; or Jesus, theSon of God and the Children of Joseph and Mary, Berne, Ind.. Berne Witness, 1960.

Walter J. Burghardt, The Testimony of thePatristic Age Coneerning Mary’s Death, Westminster, Md,, Newman Press, 1957. DeEcdesm, The Constitution on the Church oVatican Council II, com prefácio de Abbot B.D. Butler, O. S. B., e comentário de GregoryBaum, OSB., Glen Rock, N. J.: 1965, pp. 52-60,177-190, J. G. Machen,The Virgin BirthofChrist, Nova York. Harper, 1930. Thomas A, 0’Meara, Maiy in Protestant and CatholicTheology, Nova York. Sheed & Ward, 1966. J. Orr, The Virgin Birth ofChrist, Nova York.Scribner’s, 1908. Karl Rahner, Mary, Mother of the Lord, Nova York. Herder & Herder,

1963. A. T. Robertson,The Mother of Jesus,Her Problems and Her Gloi-y, Nova York.Doran, 1925. Edward Schillebeeck, Mary Mother of the Redemption, trad. por N. D.Smith, Nova York. Paulist Press, 1964,

J. H. G.MARIDOVeja Família; Casamento.MARINHA Palavra usada no sentido defrota de navios (1 Rs 9.26). As únicas refe-rências na Bíblia foram aplicadas à mari-nha de Salomão, que tinha a sua base emEziom-Geber, e que trazia artigos de luxoda África e da Ásia para serem trocadosna Fenícia (1 Rs 10.22).Veja Navios.

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MARINHEIRO MAS

Betânia com a igreja de Sáo Lázaro emprimeiro plano e adjacente ao local tia casa de

Marta e Maria. HFV

MARINHEIRO Veja Ocupações: Marinhei-ro; Navios.MÁRMOREVeja Minerais e Metais.MAROTE Uma cicfade em Jutlá, menciona-da uma única vez em Miquéias 1.12, em umapassagem contendo jogos de palavras com osignificado dos nomes dos lugares. Seu nomesignifica “fontes amargas”. O local é desco-nhecido, embora alguns o identifiquem comMara (q.v.). MARROMVeja Cores.MARSENA Um dos sete príncipes de Pérsia

e da Média “que viam a face do rei e se as-sentavam os primeiros no reino” (Et 1.14)indicando que eram conselheiros de Assuero(Xerxes).MARTA Seu nome só é mencionado emLucas e João. Marta era membro do famosogrupo familiar que incluía também a suairmã Maria e o seu irmão Lázaro. Martaaparece em três situações, e em cada umadelas o Senhor também está presente. EmLucas 10.38-42 ela está colocada em um con-traste com Maria. Ela aparece como a irmãmais ativa, senhora da casa e, aparentemen-

te, muito ocupada ao preparar e servir asrefeições, enquanto Maria está sentada aospés de Jesus ouvindo as suas palavras. Quan-do Marta reclama, o Senhor gentilmente acensura e acalma.Em João 11, as duas irmãs estão chorandopela morte do irmão. Quando Jesus chega,Marta lhe diz que se Ele estivesse lá seu ir-mão não teria morrido. O Senhor lhe asse-gura que Lázaro irá viver novamente, o querealmente acontece. O texto em João 12.1-11 diz apenas que Marta serviu a refeiçãoque estava sendo oferecida ao Senhor. Elaera provavelmente a mais velha dos três ir-

mãos. Evidente mente, tinha uma forte in-

clinação à hospitalidade e prazerosamenteatendeu ao Senhor naquilo que podia.

J.A. S.MARTELO Arma de Guerra. Veja Arma-dura.MARTELO Várias palavras hebraicas fo-ram traduzidas como “martelo”. Na época do AT a cabeça do martelo era geralmente fei-ta de pedra dura, e mais raramente de bron-ze ou ferro. O metal tendia a ser demasiada-mente macio, pois esse instrumento era usa-do como uma ferramenta de corte.1. A palavra hebraica pattish se referia aomartelo do ferreiro usado para amaciar osmetais (Is 41.7) enquanto um martelo gran-de era usado para quebrar pedras (Jr 23.29;50.23).2. A palavra hebraica maqqebet designava omartelo menor do lapidador (1 Rs 6.7). Tam- bém era usado pelos artesãos para a manu-fatura de ídolos (Is 44.12; Jr 10.4) e serviucomo um malho para enterrar a estaca datenda de Jael (Jz 4.21). O nome “Maeabeu”,ou “fòrjador”, se origina tradicional mentedessa palavra.3. Na versão poética, o feito de Jael foi exe-cutado com um halmut, um martelo ou ma-lho (Jz 5.26).4. No Salmo 74.6, a palavra hebraicakelap-ot, que vem do termo acadiano kalapati,

poderia se referir a alavancas ao invés demachados,

A. T.P.

MÁRTIR Essa palavra ocorre em Atos22.20; Apocalipse 2,13; 17.6. A palavra gre-ga martus, de onde se origina a palavra “már-tir”, geralmente é traduzida como “testemu-nha”. Nesse sentido, uma testemunha équem faz o registro ou testifica. Esse é o seusentido literal. Em Àtos 22.20 e Apocalipse2.13, lemos “testemunha” em lugar de “már-tir”, mas em Apocalipse 17.6 a palavra “már-tir” é mantida. A LXX traduz a palavra he- braica ‘ed, isto é, “testemunha”, como már-tir, por exemplo em Isaías 43.10. Veja Tes-temunha. As três passagens do NT acima formam, apa-rentemente, a base para a mudança do sig-nificado de “testemunhas” para “mártires”,Para nós, o mártir é uma testemunha doSenhor, que deu a vida pelo seu testemunho,como Estêvão (At 22.20), Antipas (Ap 2.13)e outros “mártires [ou testemunhas] de Je-sus” (Ap 17.6).MAS Um dos quatro filhos de Arã e des-cendente de Sem (Gn 10.23). Na passagemparalela em 1 Crônicas 1.17, o nomeMeseque é usado em lugar de Más. AversãoLXX usa Meseque nas auas passagens. EmGênesis 10.2 Meseque é citado como filho de Jafé. Isso poderia indicar uma mescla da li-

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M S MASS

Massada. IIS

nhagem de Jafé com a de Sem em Meseque.Por outro lado. Más pode se referir ao monteMásio e seus habitantes (também identifi-cado como Líbano e o povo como libaneses[ANET, pp. 88-89] ou a uma cordilheira si-tuada na fronteira norte da Mesopotâmia),ou ainda a uma região e a um povo em umacadeia de montanhas no limite norte do de-serto sírio-arabe equivalente ao “deserto deMás'’ das inscrições assírias (ANET, pp, 283-284, Mas’a, Masai).Veja Nações.MASAI Um dos sacerdotes que viveu em Je-rusalém após o retomo do cativeiro na Babi-lônia. Ele é mencionado em 1 Crônicas 9.12.MASAL Cidade em Aser cujos arredores fo-ram cedidos aos levitas gersonitas (1 Cr6.74). Também é chamada de Misal (q.v.) em Josué 19.26; 21.30.MASALVeja MisalMASMORRAVeja Prisão.MASQUIL Termo hebraico encontrado notítulo de 13 Salmos (SI 32, 42, 44, 45, 52, 53,54, 55, 74, 78, 88, 89, 142), indicando o tipode Salmo, isto é, um poema didático. A mes-ma palavra hebraica é encontrada no Salmo47.7, onde várias versões o traduzem como“inteligência”, “entendimento” (ou “harmo-nioso cântico”). E provável que ele se baseieem um verbo hebraico que significa ajudar,mudar de opinião, ser compreensivo ou pru-dente. Por outro lado, esse termo pode indi-car um tipo especial de execução musical.MASRECA Cidade de um antigo rei edomi-

ta, Samlá (Gn 36.36; 1 Cr 1.47). Sua locali-zação é incerta.

MASSAVeja Alimentos: Pão, Farinha.

MASSÁ1. Um dos filhos de Ismael e descendente de Abraão (Gn 25.14; 1 Cr 1.30). De acordo coma versão RSV em inglês, Agur (Pv 30.1) e orei Lemuel (Pv 31.1) podem ter pertencido aessa tribo árabe. Existem referências aMassá (em aeádío, Mas’a), Tema e Nebaíote(cf. Gn 25.13-15) nas inscrições assírias deTiglate-Pileser III (ANET, pp. 283ss.).2. Um dos nomes (que significam “teste”, “jul-gamento”) dados por Moisés ao lugar ondeos israelitas tentaram ao Senhor dizenclo:“Está Jeová no meio de nós ou não?” (Ex17.7) . O outro nome era Meribá (q.v.) quesignifica “briga”, “dissensão”. Esse inciden-te ocorreu em Refidim iq.v.) perto do iniciodas peregrinações pelo deserto a caminho domonte Sinai. Não navia água para beber e opovo murmurava e lutava contra Moisés.Conforme a ordem de Deus, Moisés golpeouuma rocha em Horebe e dela brotou água (cf.Dt 6,16; 9.22; 33.8; SI 95.8),Em Êxodo 17.7 e no Salmo 95.8, em algumas versões, os nomes Massá e Meribá aparecemuntos e se aplicam ao mesmo acontecimen-to. Em todas as outras passagens esses ter-mos se referem a dois eventos ou lugares se-parados. As águas de Cades-Baméia tambémeram chamadas de Meribá porque ali maisuma vez Israel lutou (contendeu) contia oSenhor. Nesse momento, Moisés cheio de ira

acusou o povo de ter se rebelado contra ele e Arâo e, em seguida, golpeou duas vezes a ro-cha, dessa forma se rebelando contra a ordem

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MASS MATAMA

de Deus (Nm 20.13,24; cf. 27.14; Dt 32.51; SI106.32). A passagem em Deuteronômio 33.8considera os dois eventos; Deus provando atribo de Levi (assim como todas as outras) emMassá e lutando com eles, na pessoa deMoisés, seu líder, nas águas de Meribá.

J. R.

MASSADA Elevada formação rochosa coma forma de um navio, convertida em fortale-za pelo sumo sacerdote Jônatas em algumaocasião depois de 152 a.C. Está localizadaem frente a Lisan (grande península areno-sa que se projeta para dentro do mar Morto,a partir cio leste) no lado ocidental do marMorto, entre a margem e os rochedos quecircundam a bacia desse mar. As faces qua-se verticais dessa rocha têm um declive decerca de 270 metros do lado oriental e 200metros do lado ocidental em relação ao ter-reno que a cerca. A fortaleza de Massada nãofoi mencionada na Bíblia, mas a sua dramá-tica história faz parte do cumprimento daprofecia expressa pelo próprio Senhor Jesusem Mateus 23.37,38.Nos últimos anos de seu reinado, Herodes oGrande construiu um muro ao redor das mar-gens do escarpado planalto de Massada (notopo plano da rocha), e cavou cisternas aolado das rochas para obter o necessário su-rimento de água. Depois que a cidade deerusalém foi derrotada pelos partos (emaprox, 40 a.C.), Herodes fugiu para Massa-da com sua mãe, sua irmã, sua noivaMariane, e também com a mãe e o irmão de

Mariane, chamado José.Herodes preparou a fortaleza como um lu-gar de refúgio por causa do perigo frente aopovo judeu e Cleópatra, rainha do Egito. Omuro de Herodes, que circundava o topo dorochedo (com um perímetro total de cercade 1.400 metros) tinha mais de 6 metros dealtura e mais de 4 metros de largura. Ha- via 37 toTres, cada uma com quase 30 me-tros de altura, O pobre solo que cobria asuperfície da rocha era usado para cultivargrãos e vegetais.Grandes armazéns foram construídos paraguardar trigo, vinho, azeite, cereais e tâma-

ras. A fortaleza dispunha de armas e mate-riais suficientes, inclusive lingotes de ferro,latão e chumbo para armar um exército de10.000 homens.Depois da morte de Herodes, a fortaleza foihabitada por um destacamento romano atéo ano 66 d.C. Durante a Guerra Romana(66-73 d.C,), essa fortaleza, capturada pormeio de um ardil, caiu nas mãos dos Zelotessob a direção de Eleazar, o “Tirano deMassada”.Massada se tornou a última fortaleza dos ju-deus que resistiu aos romanos. No ano 72 d.C,,dois anos depois da derrota de Jerusalém sobTito, o governador romano Flávio Silva reu-niu um formidável exército contra essa forta-

leza. Antes do ataque, ele circundou todo orochedo com um muro de contenção para evi-tar fugas. A Tampa do cerco foi construída nolado ocidental e sobre essa plataforma de pe-dras, de quase 30 metros e altura e 30 de lar-gura, os romanos ergueram uma torre de ob-servação, envolvida em ferro, de cerca de 40

metros de altura. Do topo dessa torre, má-quinas de guerra lançavam setas, tochas fú-megantes e pedras contra seus defensores.Um aríete rompeu uma brecha no muro, noentanto os defensores ergueram um outromuro de madeira. Os homens de Silva ataca-ram o novo muro com tochas acesas. Durantea noite, Eleazar convenceu seus seguidores ase suicidarem para não se entregarem aosromanos. Dos 960 homens, mulheres e crian-ças, apenas duas mulheres e cinco criançassobreviveram. Na manhã seguinte, Silva ins-pecionou as ruínas e retornou a Cesaréia(Josefc, ITars, vii. 8.1-9.2).

Foram feitas escavações em grande escalanesse local em 1963-1965 por meio de umaparceria entre a Hebrew University, a Isra-el Exploration Society e o Israel Departmentof Antiquities, todos sob a liderança de Yigael Yadin. O relato histórico de Josefo foi nota- velmente confirmado. Os arqueólogos encon-traram fragmentos de 12 papiros do século Id.C. em Massada, contendo passagens deGênesis, Levítico e outros livros bíblicos eapócrifos. Veja especialmente a obra de Yigael Yadin, Masada, Nova York. RandomHouse, 1966.

H. A. Han.MASTIQUEVeja Plantas: Bálsamo.MASTROMASTROMASTROMASTROVeja Navios.MATA MATA MATA MATA 1111 Ancestral legítimo de Jesus atravésde José (Mt 1,15), talvez tenha sido o avô de José.MATÃ MATÃ MATÃ MATÃ 2222 1. Sacerdote de Baal que foi morto pelo povode Judá quando Joiada liderou a revoluçãocontra a cruel usurpadora Atalia em nomede seu neto Joás, o legítimo herdeiro do tro-no (2 Rs 11.18; 2 Cr 23.17).

2.

Pai de Sefatías (Jr 38.1). Esse último ealguns outros - aparentemente todos erampríncipes (v. 4.) - exigiram a execução de Jeremias baseando-se na acusação de quesuas declarações não eram patrióticas, masprejudiciais ao bem estar do povo. Jeremiasfoi aprisionado, mas não foi executado.MATANA Acampamento dos israelitas aonorte de Arnom, entre Beer e Naalíel, em suaornada através de Moabe (Nm 21.18,19). Têmsido feitas algumas tentativas para identifi-car esse local com Khirbet el-Medeiyineh, lo-calizada 20 quilômetros a sudeste de Medebae 18 quilômetros a noroeste de Dibom.

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MATANÇA MATEUS

MATANÇAVeja Sacrifícios,MATANÇA DE INOCENTESVeja Inocen-tes, Matança de.

MATANIAS1. Nome originai de Zedequias (q.u), rei de Jndá. Seu nome foi mudado quando Nabu-

codonosor o colocou no trono em lugar de seusobrinho Joaquim. Ele reinou durante 11anos em Jerusalém e foi um rei muito cruel(2 Rs 24.17-20).2. Descendente de Asafe (1 Cr 9.15) e líder docoro do Templo (Ne 11.17; 12.8). Um dos guar-das na entrada das portas (Ne 12.25) e ances-tral de um dos trombeteiros (Ne 12.35). Ele viveu em uma das vilas junto com o restantedos “filhos dos cantores” que haviam construído vilas para seu uso ao redor de Jerusalém (Ne12.28,29). Possivelmente o descendente de Asafe não seja identificado com o músico.3. Um dos filhos de Hemã cuja função eratocar a trombeta no culto no Templo, insti-tuído por Davi. Estava encarregado do nonoturno de 12 levitas que eram muito habili-dosos nos cânticos do Senhor (1 Cr 25.4,16).Pode ter sido o pai de Jeiel, descendente de Asafe e ancestral de Jaaziel, o 1 evita, no rei-nado de Josafá (2 Cr 20.14).4. Descendente de Asafe que ajudou na pu-rificação do Templo quando Ezequias prome-teu limpar a casa do Senhor (2 Cr 29.13).5. Um dos filhos de Elão que expulsou suaesposa pagã depois do cativeiro (Ed 10.26).6. Descendente de Zatu que expulsou suaesposa pagã após o cativeiro, em obediênciaà ordem de Esdras (10.27).7. Habitante de Paate-Moabe que se divor-ciou de sua esposa pagã em obediência à or-dem de Esdras (Ed 10.30).8. Descendente de Bani que expulsou suaesposa pagã em obediência à ordem deEsdras (Ed 10.37).9. Levita, pai de Zacur e avô de Hanâ, queera um dos tesoureiros dos dízimos dos cere-ais, do vinho e do azeite que o povo de Judátrazia à casa de Deus. Era seu dever distri- buir esses alimentos aos seus irmãos. Eleestava dentre os homens que “se tinhamachado fiéis” (Ne 13.13),

R. H. B.MATATA Um dos filhos de Hasum que ha- via desposado uma mulher pagã na época deEsdras (Ed 10.33).MATATE Nome de dois ancestrais de Jesus,um mais próximo (talvez o avô de Maria, Lc3.24) e outro mais remoto (Lc 3.29).MATATIAS Nome de dois ancestrais de Je-sus (Lc 3.25,26). Se não houver nenhumaomissão na genealogia apresentada em Lucas3, o primeiro deles pertencia a oito_gerações

antes de Jesus e o segundo a 14. E notável

como muitos homens dessa linhagem têmnomes semelhantes a esse. No verso 24 exis-te um Matate; no verso 26, Maate; no verso29, Matate novamente; e no verso 31, Matatá.O nome Matatias é comum na Apócrifa do AT. A pessoa mais notável com esse nome erao pai de Judas Macabeu e seus quatro ir-mãos. Esse Matatias foi o líder inicial darevolução judaica contra Antíoco Epifânio eseus sucessores no século II a.C.Em Neemias 8.4, o primeiro homem (cujonome é mencionado) que se colocou ao ladode Esdras quando este leu o livro da lei deMoisés é chamado Matitias (q.u.), o equiva-lente hebraico de Matatias. Sua época deveter sido um pouco anterior à de qualquer dosancestrais de Cristo.

J. A. S.MATENAI1. Um dos filhos de Hasum que havia se ca-sado com uma esposa pagã nos dias deEsdras (Ed 10,33).2. Um dos filhos de Bani que também se ca-sou com uma esposa pagã nos dias de Esdras(Ed 10,37).3. Um sacerdote pés-exílico da época de Joiaquim, filho de Jesua, e representante dacasa de Joiaribe (Ne 12.19).MATEUS Um dos doze apóstolos cujo nomeaparece em sétimo lugar na relação de Mar-cos 5.18 e Lucas 6.15, e em oitavo lugar emMateus 10.3 e Atos 1.13. Além da presença de seu nome nessas rela-ções, apenas dois episódios estão relaciona-dos com Mateus. O primeiro ó sua chamadada função de coletor de impostos, nas proxi-midades de Cafarnaum; a única chamadaindividual a um discípulo, relatada nosEvangelhos Sinóticos. É provável queMateus estivesse a serviço de Herodes, otetrarca da Galiléia e, como publicano(telones), deveria ser uma pessoa culta. Osegundo episódio é a festa oferecida por Levipara a qual muitos “publicanos e pecadores”foram convidados (Lc 5.29,30).O nome Levi (q.v.) não aparece na relaçãodos apóstolos, e nenhum Evangelho usa osdois nomes. No entanto, Levi, filho de Alfeu,deve ser identificado com Mateus, pelo fatode ter recebido o convite quando exercia asua função, e porque o relato da festa emMateus 9.9-13 traz o nome Levi em Marcos2.14- 17 e Lucas 5.27-32. A informação dis-ponível não é suficiente para determinar oseu relacionamento com Tiago, filho de Alfeu(ef. Mc 2.14; 3.18).O NT não diz nada sobre as atividades deMateus depois do Pentecostes. A igreja primi-tiva acreditava que Mateus havia escrito oprimeiro Evangelho. Pápias e Eusébio menci-onaram uma tradição segundo a qual, depois

de ministrar entre os judeus e na iminênciade ir ministrar a outros, Mateus teria escrito

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MATEUS MATEUS, EVANGELHO DE

esse Evangelho para os judeus no dialeto he- braico (Eusébio, HE III 24.6; 39.16). Váriasestórias dizem que Mateus foi à Etiópia, Ma-cedõnia, Síria, Pérsia, Pártia e Média. Umalinha da tradição diz que Mateus morreu demorte natural na Etiópia ou na Macedônia. Asigrejas gregas e romanas, por outro lado, cele-

bram o seu martírio. Essas últimas opiniõesnão têm comprovação histórica.

Bibliografia. E. J. Goodspeed, Mathew, postle and Evangelist, Filadélfia. John C,

Winston, 1959.

J. P. L.

MATEUS, EVANGELHO DEMATEUS, EVANGELHO DEMATEUS, EVANGELHO DEMATEUS, EVANGELHO DE

IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoEntre todos os Evangelhos, o primeiro era omais comumente usado na igreja do século

II d.C. Essa sua popularidade tem continua-do até os nossos dias, pois o Evangelho deMateus é, provavelmente, o que tem o maiornúmero de leitores.O Evangelho de Mateus apresenta uma sériede indicações de ter sido originalmente escri-to na língua grega. Muitas vezes as suas cita-ções têm origem na LXX, e contêm jogos depalavras gregas. Por essas razões alguns es-tudiosos não acreditam que a declaração dePápias (Eusébio, HE III 39.16) - “Mateus es-creveu a logia em hebraico” - possa descre- ver esse Evangelho. Vários esforços têm sidofeitos para identificar a logia de Pápias com

uma coleção de passagens do AT, ou com umacoleção das palavras de Jesus. Mas nenhumdeles foi totalmente satisfatório. Nesse sen-tido, a afirmação de Pápias permanece ummistério. Entretanto, o Evangelho de Mateusfoi claramente escrito para os judeus e nãopara os gentios.Veja Evangelhos, Os Quatro.

DataDataDataDataO livro de Mateus foi escrito entre o tempoda ressurreição e o tempo de Inácio, isto é,entre os anos 30 a 115 d.C. Os esforços paraidentificar mais especifica mente a data des-se livro se originam de pressuposições so-

bre o relacionamento do livro de Marcos eos textos em Mateus 24.25 e 22.7 com aqueda e Jerusalém no ano 70 d.C. As tradi-ções mais antigas afirmavam que o livrohavia sido escrito antes de Mateus deixar a Judéia para pregar em outros lugares, edurante o ministério de Pedro e Paulo emRoma (Eusébio, HE III24.6; Iren. Adv. Haer,IIII), A frase “até ao dia de hoje” (Mt 27.8;28.15) estaria indicando que algum tempohavia se passado desde a morte e a ressur-reição de Jesus. Desde o início, esse livro jáera conhecido na Síria e em Antioquia, masnão se pode dizer que o esforço de Streeter

ara provar que a sua autoria tenha ocorrí-o nesses lugares tenha tido algum suces-so. Outros pensam que qualquer região da

Síria, em geral, poderia ser mais adequa-da, mas nesses assuntos não se pode termuita certeza.

EsboçoEsboçoEsboçoEsboçoI. Histórias do Nascimento, 1.1-2.23II. João Batista, 3.1-17III. Ministério na Galiléia, 4.1-18.35

A. Preparação, 4.1-25B. Sermão do Monte, 5,1-7.29C. Milagres e ensinos, 8.1-18.35

IV. Atividades em Jerusalém e na Judéia,19.1-25.46

V. Paixão, 26.3-27.66 VI. Ressurreição, 28.1-20.

ConteúdoConteúdoConteúdoConteúdoEsse Evangelho descreve a vida de Jesusdesde o seu nascimento até a atribuição daGrande Comissão na Galiléia. A história érelatada com acentuada ênfase no cumpri-mento das profecias do AT. A frase “paraque se cumprisse o que fora dito pelo profe-ta” é usada treze vezes. De um totai de cer-ca de 40 textos de prova, principal mente de-dicados ao nascimento, infância e paixão de Jesus, 36 são baseados em uma Escrituraespecífica. Vinte deles são peculiares aoEvangelho de Mateus. A genealogia de Je-sus é traçada, chegando até Davi e Abraão,sendo que ambos são importantes nas pro-messas do AT (Gn 12.3; 2 Sm 7). O livroparece ter sido escrito para pessoas de for-mação judaica. Jesus é descrito como o novo legislador quetinha vindo para cumprir a lei que fôra dadapor Moisés. Ele é o grande mestre.De um total de 35 milagres de Jesus relata-dos detalhadamente nos Evangelhos, o Evan-gelho de Mateus descreve 20. Três deles - osdois cegos que recuperaram a visão (9.27-31),a cura do homem mudo e endemoninhado(9.32,33) e o dinheiro na boca do peixe (17.24-27) - só aparecem em Mateus. Também exis-tem numerosos resumos de atividadesmiraculosas (4.23; 9.35; 15.30,31; 19.1,2).Veja Milagres.De um total de cerca de 51 parábolas descri-tas nos Evangelhos, 21 são relatadas em

Mateus. Onze delas são exclusivas de Mateus- a das sementes (13.24-30,37-43), a do te-souro escondido (13.44), a da pérola de gran-de valor (13.45-56), a da rede de pesca (13.47-50), a do servo ingrato e mau (18.23-35), ados trabalhadores da vinha (20.1-16), a dosdois filhos (21.28-32), a do casamento do fi-lho do rei (22,1-14; cf. Lc 14.16-24), a dasdez virgens (25.1-13), a dos talentos (25.14-30) e a das ovelhas e bodes (25,31-46).Mateus havia organizado o seu material em blocos de ensinos separados dos blocos de re-alizações. Vemos cinco sessões de ensinos,cada uma delas terminando com uma afir-

mação semelhante a: “acabando Jesus dedizer estas coisas” - (1) o Sermão do Monte

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MATEUS, EVANGELHO DE MATR1

(5.1-7.29); (2) a missão dos discípulos (9.35-11.1) ; (3) parábolas do reino (13.1-53); (4)dis-cipulado (18.1-19.1); (5) as últimas coisas(24.1-26.1). Descrever a denúncia de Cristocontra os fariseus (23.1-39) como o sexto dis-curso, destruiría a analogia que é freqüen-

temente feita com os cinco livros de Moisés.Outras evidências dessa organização esque-mática podem ser vistas na genealogia queestá dividida em três sessões com 14 gera-ções cada; nas sete parábolas do capítulo13; nos 7 “ais" proferidos contra os fariseusno capítulo 23 (o verso 14 não foi encontra-do nos manuscritos gregos mais antigos). Osmilagres nos capítulos 8 e 9 estão dispostosem grupos de três. Existem três homens nasparábolas dos talentos (25.14-30) e três pa-rábolas nesse capítulo. Plummer relacionaum total de 38 exemplos de grupos de trêsnesse livro. Também existem grupos de dois:

os cegos (20.30) e as falsas testemunhas(26.60).Peculiaridades especiais podem ser vistas nomaterial apresentado por Mateus. Quatromulheres: Tamar, Raabe, Rute e a esposa deUrias são mencionadas na genealogia. A ex-pressão “reino dos céus”, que não é encontra-da nos outros livros, é usada 32 vezes; os de-mais Evangelhos utilizam freqüentemente aexpressão "reino de Deus". Mateus é o únicoEvangelho em que aparece a palavra igreja(16.18; 18.17). Várias passagens oferecem umadireção para as situações da igreja. O Sermãodo Monte (Mt 5-7) é três vezes mais longo emMateus do que na narrativa de Lucas (6.20-49), embora ambos comecem igualmente com

bênçãos e terminem com o tema da edificação.Mateus apresenta um número extraordiná-rio de itens que estão de acordo com a litera-tura rabínica e que não foram enfatizadosnos outros Evangelhos. Por essa razão, as-sim como pelo seu contínuo apelo às Escri-turas do AT, esse livro tem sido considerado“o mais judaico de todos os Evangelhos".Bibliografia. W. C. Allen, A,Criticai andExegetícal Commentary on the Gospel

ccording to St. Matthew, Edinburgli. T. and

T. Clark, 1912. Floyd V. Filson,The Gospelccording to St. Matthew, Nova York.Harpers, 1960. A H. McNeile,The Gospel

ccording to St. Matthew, Londres.Maemillan, 1955. A Plummer, AnExegeticalCommentary on the Gospel According to St.

Matthew (1910), Grand Rapids. Eerdmans,1956 (reimpressão).

J. P. L.MATIAS O discípulo escolhido para subs-tituir Judas como o décimo segundo após-tolo. Pedro liderou o grupo de cerca de 120discípulos que tomou essa medida no in-

tervalo entre a ascensão do Senhor Jesuse o Pentecostes (At 1.15-26). Foram pro-postos dois homens que preenchiam certas

condições. Essas condições eram que elesdeveríam ter acompanhado os discípulosdurante todo o ministério de Jesus, desdeo batismo realizado por João até a sua as-censão ao céu; portanto eles deveríam sercapazes de testemunhar a ressurreição.Depois da oração lançaram sortes, e a es-

colha recaiu sobre Matias. Assim, ele “foicontado com os onze apóstolos" (At 1.26).É bem possível que, segundo escreveu oantigo historiador Eusébio, ele tenha sidoum dos 70 escolhidos pelo Senhor (Lc 10.1).Matias não foi mencionado em nenhumaoutra passagem do NT. Alguns escritores consideram que Pedro tenhasido presunçoso ao tomar a iniciativa de subs-tituir Judas - que ele e os demais deveríamter esperado pela escolha do Senhor, isto é, oapóstolo Paulo. Entretanto, os discípulos en-tenderam que seriam dirigidos pelo Senhorapós a oração. Lançar sortes era um método

aprovado, que tinha a sua origem no AT (porexemplo, Levítico 16.8; Pv 16.33).Veja Sorte(lançar sortes). Não existe uma idéia de críti-ca a essa atitude em todo o NT. O próprio após-tolo Paulo escreve que Jesus apareceu “aosdoze” depois de sua ressurreição, aparente-mente incluindo Matias nesse grupo como al-guém que havia sido finalmente agregado aosoutros onze (1 Co 15.5). Se depois disso Matiascaiu no esquecimento, seu destino pode serconsiderado igual ao de outros dentre os doze. Várias tradições estão ligadas ao seu nome.Uma delas diz que ele estava pregando na Judeia e foi apedrejado pelos judeus. Outradiz que evangelizou na Etiópia, e até mesmoum Evangelho espúrio lhe foi atribuído.

N. B. B.MATITIAS1. Levita, filho de Salum, da família de Corá,que “tinha cargo da obra que se fazia emassadeiras” (1 Cr 9.31).2. Levita nomeado guardião dos portões naépoca de Davi. Era também músico e tocavaà frente da arca e no Tabernáeulo (1 Cr15.18,21; 16.5). Era, provavelmente, filho de Jedutum (1 Cr 25.3), chefe do 14° turno (1Cr 25.21).

3. Israelita dos filhos de Nebo que expulsousua esposa pagã depois do exílio (Ed 10.43).4. Um dos homens proeminentes que ficouao lado de Esdras na ocasião em que ele lena lei (Ne 8.4).MATREDE De acordo com o Texto Masso-rétieo hebraico, era a sogra de Hadar (Gêne-sis), ou Hadade (Crônicas), o último dos an-tigos reis de Edom (Gn 36.39; 1 Cr 1.50). Na versão LXX e Peshita de Gênesis, Matrede éo filho de Me-Zaabe e não a filha.MATRI Família da tribo de Benjamim daqual vieram Quis e seu filho Saul (1 Sm10 .21 ).

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MATU SALEM MEDEBA

O mapa de Medeba. Irmãs de Siao, Jerusalém

MATU SALEM Forma grega de Metusalém(q.o.; Lc 3.37). MAZAROTE Essa palavra só é encontradaem Jõ 38.32. De acordo com algumas inter-pretações, ela se refere aos ‘‘signos do Zodía-co” e equivale à palavra mazzaroth, ou “pla-netas”, em 2 Reis 23.5. Outros entendem quea passagem paralela em Jó 9.9 sugere que mazzaroth seja uma constelação ou agrupa-mento de estrelas no lado sul do céu,MEÁ, TORRE DE,Veja Jerusalém: Portõese Torres 2.MEARA Cidade, distrito ou lugar que per-tencia aos sidônios e que ainda precisava serconquistada pelos israelitas durante a velhi-ce de Josué (Js 13.4). A palavra hebraica me‘ara. é frequentemente encontrada no ATcomo um substantivo comum que significa“caverna” (por exemplo Gn 19.30; 1 Sm24.3,7) . Portanto, Meara provavelmentepode ser identificada com as cavernas cha-madas Mughar Jezzin, a leste de Si dom,MEBUNAI Um dos 37 poderosos de Davi (2Sm 23.27). Em outra passagem ele é chama-do de Sibecai (2 Sm 21,18; 1 Cr 11.29; 20,4;27.11) e é mencionado como o assassino deum gigante filisteu, e capitão do oitavo den-tre os 12 turnos mensais que serviam ao rei.MECONA Cidade com vilas adjacentes epeTto de Ziclague, que foi reocupada por al-guns dos filhos de Judá depois do retorno docativeiro na Babilônia (Ne 11.28), Não foiidentificada. Também chamada de Meconá.MECHAVeja Pavio.

MEDA Filho de Abraão com Quetura e ir-mão de Zinrã, Jocsã, Midià, Isbaque e Suá,

ue se tornaram ancestrais das tribos doeserto (Gn 25.2; 1 Cr 1.32). A palavra he-

braica para “medanitas” ocorre em Gênesis

37.36, mas é traduzida na maioria das ver-sões como “midianítas". Medã é uma pala- vra desconhecida em outras passagens bíbli-cas. Como as consoantes “rn e “b" são mui-tas vezes intercambiadas na língua árabe, épossível que a tribo de Badana, conquistadapor Tiglate-Pileser III da Assíria (ANET, pp.

283ss.), possa ser identificada com Medã.MEDADE Homem associado a Eldade querecebeu o Espírito do Senhor sem uma orde-nação formal. Quando foi informado queMedade estava profetizando sem ter sidoaprovado oficialmente, Moisés uão fez ne-nhuma objeção, mas expressou o desejo deque todo o povo do Senhor também pudesseprofetizar: “Tomara que todo o povo do Se-nhor fosse profeta, que o Senhor lhes desseo seu Espírito!” (Nm 11.26-29).MEDEVeja Madai.

MEDEBA Cidade em Moabe, a leste do marMorto, cerca de 25 quilômetros a leste-su-deste da foz do Jordão, e 30 quilômetros asul-sudeste de Amã (antiga Filadélfia), ca-pital da moderna Jordânia. Os israelitas atomaram do rei amorreu Seom, que por sua vez a havia tomado de Moabe (Nm 21.21-30 ).O território destinado por Moisés à tribo deRúben incluía todo o planalto de Medeba (Js3.9,16). A posse dessa terra foi muitas vezesdisputada pelos rubenitas, amonitas e moa- bitas. Entretanto, Rúben logo desapareceude cena e depois da época de Josué essa tri- bo só foi mencionada três vezes.Na época de Davi, parece que a cidade esta- va nas mãos dos amonitas, pois seus alia-dos, os sírios, acamparam nessas terras an-tes de serem derrotados por Joabe (1 Cr19.7) . A Pedra Moabita (q.o.) diz que o reiisraelita Onri havia reconquistado Medeba,provavelmente de Moabe, e Israel lá perma-neceu durante o seu reinado e até a metadedo reinado de seu filho, isto é, 40 anos. O reiMesa de Moabe recapturou esse local e o re-construiu, juntam ente com as cidades dessaárea (ANET, pp. 320ss.). O texto em Isaías15.2 dá a impressão de que Medeba aindaestava nas mãos dos moabitas no século VIIIa.C. Veja Mesa; Moabe. A moderna Madaba (antiga Medeba) tornou-se famosa quando, no processo relacionadoàs construções em 1896, foram encontrados vários mosaicos utilizados como pisos dasigrejas dos séculos V e VI d.C. O mais famo-so deles era um grande mapa da Terra San-ta, feito de mosaicos, com a localização dasprincipais cidades e um detalhado mapa dacidade de Jerusalém. Nessa época, Medebaera a sede de um bispado. Nenhuma ruínaanterior ao período bizantino foi encontradaaté o momento.

L. LW.eD.C.B.

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MEDIAÇ O, MEDIADOR MEDITAÇ O

MEDIAÇ O, MEDIADOR Embora a pala- vra mediador (gr. mesites) ocorra apenas emalgumas referência bíblicas (G13.19,20; lTm2.5; Hb 8.6; 9.15; 12.24) o tema da mediaçãopermeia as Escrituras como um todo. O me-diador é aquele que se coloca entre duas par-tes a fim de estabelecer relações amigáveis.Isso geralmente pressupõe que a situaçãoexistente entre elas é de uma alienação queo mediador tenta superar. O conceito demediador aparece no particípio hebraico mokiah ou “árbitro” (Jó 9.33; Berkeley; JPS, JerusB); cf. w. 32-35. O mesmo verboihiphüde yakah) ocorre em Gênesis 31.37; Jó 16.21;Is 2.4; 11.3-4) em contextos que podem in-cluir uma idéia de arbitramento.Essa é a situação que já existia entre Deus eo homem como resultado do pecado de Adâoe Eva. O pecado do homem provocou a ini-mizade do Deus santo e rompeu sua relaçãode amizade com Ele. O homem, que havia se

rebelado, precisava se reconciliar com Deuse ser libertado do poder e dos efeitos do pe-cado. Deus, cuja ira havia sido provocadapela desobediência do homem à sua santi-dade ao pecar, exigia uma reparação (Opini-ões modernas sobre a expiação que negamseu objetivo e seu caráter substitutivo con-siderarão a mediação de um modo diferen-te; cf. Edwin C, Blaekman, “Mediator,Mediation”, IDB, III, 320-331).Havia formas preliminares e incompletas demediação entre Deus e o homem no AT - an-os e profetas que falavam aos homens repre-sentando a Dens, sacerdotes que representa-

vam os homens perante Deus, reis que gover-navam sobre os homens em lugar de Deus.De todos esses, talvez Moisés tenha represen-tado melhor o trabalho de um meçliador aoreceber a lei de Deus para Israel (Ex 20.19-22; Dt 5.4-5; G1 3.19) e, mais tarde, ao inter-ceder por Israel (Êx 32.11-14,30-34).Entretanto, nenhum deles foi capaz de desem-penhar plenamente a função de mediador,nem de combinar em si mesmo as inúmerasfunções exigidas de um efetivo mediador en-tre Deus e o homem. Havia necessidade dealguém que pudesse representar tanto Deuspara o homem, como o homem para Deus. Além disso, ele precisava ser imaculado, deoutra forma também precisaria de um me-diador e estaria, portanto, desqualificadopara desempenhar essa função. Finalmen-te, havia necessidade de um indivíduo quetivesse todos os poderes para fazer o que fos-se preciso para restaurar as relações entreas partes alienadas; Deus e o homem.E era somente Jesus Cristo, o Deus encar-nado, o Deus-homem, que reunia essas qua-lificações. Dessa forma, Paulo diz que existeum mediador entre Deus e o homem, o ho-mem Cristo Jesus (1 Tm 2.5; esse mesmopensamento está implícito nas passagens emhebraico). Os aspectos das suas funções demediador podem ser vistos de forma

inseparável e ligados à sua pessoa, obras eofício. Sendo Deus (Jo 1.1), Ele pode repre-sentar e revelar Deus ao homem (Jo 1.18.Hb 1.1,2) cumprindo assim o seu ofício deProfeta. Como o único homem que jamaispecou (Hb 4.15; 7.26; 1 Pe 2.22), Ele poderepresentar o homem perante Deus, e pode

fazê-lo de forma eficaz, porque também éDeus. Dessa forma, Ele cumpre sua funçãosacerdotal com tudo aquilo que ela envolveem relação ao sacrifício, à substituição, àreconciliação, à propiciação, à satisfação e àpresente intercessão (Hb 9.15; 7.21-25; 2.11-18; 4.14-16; Jo 3.16,17; Rm 5,1-11; Ef 1.7; ClI. 20; 1 Jo 4.9). Resumindo, somente Cristo,como aquele que é o Deus-homem, pode atu-ar como Mediador para produzir a salvaçãoe a conseqúente restauração à comunhão comDeus. Finalmente, como o Deus-liomem, Eleé aquele que está qualificado para reinarcomo o Rei Mediador do homem na história

do mundo, quando ela se consumar na Erado Milênio (SI 2; Ap 19.6-20.6). Assim sen-do, o Deus-homem no papel de Mediador pre-enche as funções de Rei, Sacerdote e Profe-ta. Veja também Expiação; Intercessão.Bibliografia. Louis Berkhof, SysteniatícTheology, Grand Rapids. Eerdmans, 1959,pp. 282ss. Lewis Sperry Chafer, Systemutic Tlieology, Dallas. Dallas Seminary Press,1948, VII, 234ss. Charles Hodge,Systema-tic Theology, Grand Rapids. Eedrmans, s.d.,II, 455-543. Leon Morris, “Mediation, Medi-ator”, BDT, pp, 346ss, John F. Walvoord,

esus Christ Our Lord, Chicago. MoodyPress, 1969, pp. 136ss., 240-250.S. N. G.

MEDICINAVeja Doença.MEDICOVeja Ocupações: Médico.MEDIDA, LINHA DEVeja Pesos, Medidase Moedas.

MEDIDAVeja Pesos, Medidas e Moedas.MEDIR, CANA DEVeja Pesos, Medidas eMoedas.

MEDITAÇÃO Os termos para meditaçãonas línguas originais da Bíblia sâo encon-trados quase que exclusivamente nos Sal-mos e no NT. Os principais verbos hebrai-cos são haga e siah. O primeiro tem uma variedade de significados, e é usado em pas-sagens como Josué 1.8; Salmos 1.2; 63.6;77.12; 143.5; Isaías 33,18 no sentido de“meditar” (isto é, “falar consigo mesmo”) ou“sussurrar”. O segundo termo aparece empassagens como Salmos 119.15,23,48,78,148 e 143.5 no sentido de “meditar so- bre coisas divinas” (veja Meditar). O subs-tantivo baseado na primeira raiz verbal

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MED1TAÇA0 MEDOS, MEDIA

Cabeça de um medo, Persépolis. ORINSTacima aparece em passagens como Salmos5,1; 19.14; 49.3, enquanto o substantivo baseado na raiz do segundo verbo apareceem Salmos 104.34; 119.97,99.Os dois exemplos do NT são Lucas 21,14, ondeo termo grego promeletcio dá basicamente aidéia de “premeditação” ou “tomar cuidadoantecipadamente”; e em 1 Timóteo 4.15, onde meletao ou “meditar” traz basicamente a idéiade “assistir cuidadosamente” ou “ser diligen-te em". Não devemos desprezar as passagensrelacionadas com esses significados, comoFilipenses 4.8 e Colossenses 3.2. A passagemem Filipenses nos dá nâo só uma clara enu-meração dos itens que merecem um lugar nasmeditações como também o termo logizornai,ou “pensar”, que transmite um significado adi-cional de “considerar interiormente”, “pesar

as razões de”, “deliberar", “meditar sobre”. A passagem em Colossences usa o termohroneo com um duplo significado: “dirigir a

mente para” e “lutar por”.Um cuidadoso estudo das Escrituras serve

Ê ara encorajar a meditação a respeito de'eus, a respeito de sua lei, de suas obras edas coisas que são Celestiais e que trazemum enlevo à alma.

R. E, Pr.MEDITAR O termo hebraicooeiah significa“conversar ou falar” (Jó 12.8; Pv 6.22) e “con- versar consigo mesmo”, “queixar-se”, “con- versar” (SI 77.3-6); “meditar” (Gn 24.63; SI119.15; 145.5). Ele é traduzido como “medi-tar” em Salmos 143.5. Outra palavra do he-

braico, haga, é traduzida como “meditava”em Salmos 39.3.Veja Meditação.MEDO Habitante ou nativo do país da Mé-dia. Sob essa forma, a palavra ocorre somen-te em Daniel 5.31 e foi traduzida como“Medo”.Veja Dario, o Medo; Média.MEDOS, MÉDIA O povo ariano do elevadoplanalto a leste do rio Tigre e ao sul do marCáspio, que tem o nome de Madai(q.v.) emGênesis 10.2, governou o reino de Média. Suaterra natal estava localizada a leste e ao suldo lago Urmia.Nos antigos documentos, uma das primeirasreferências existentes sobre os medos é en-contrada nas crônicas de Salmanezer III,onde ele registra ter recebido impostos dosmedos em 836 a.C. Um certo Deioces foi oprimeiro chefe a unir as tribos de Madai emuma nação. Mais tarde, seu rei Cyaxares Ipagou tributos a Sargão II que consumou aderrota da Samaria e deportou milhares deisraelitas para a Média (2 Rs 17.6; 18.11).Em seus registros, Sargão também afirmaque se apoderou de cavalos como tributo deMadai, que era conhecida pela excelentequalidade destes animais.O império medo só começou depois da épocade Phraortes (675-653 a.C.), que transformouos persas em seus vassalos e formulou umaforte política contra os assírios. Seu filhoCyaxares II (635-585 a.C.) aliou-se a Nabo-polassar, da Caldéia, e com a ajuda dos citascapturou a poderosa capital assíria de Níniveem 612 a.C. Cyaxares II assumiu o controleda terra dos assírios e continuou ajudando aderrotar os remanescentes assírios em Harã.Em seguida, ele marchou para a Anatóliapara lutar contra os lidianos, mas foi forçadoa assinar um tratado no rio Halys,O filho de Cyaxares, Astyages (585-550 a.C.),den uma de suas filhas, Amyitis, em casa-mento ao famoso Nabucodonosor II qne cons-truiu para ela os famosos Jardins Suspensosda Babilônia. Ele casou a sua outra filha,Madane, com o persa Cambises I e o filhodeles, Ciro II, tornou-se o grande conquista-

dor de todos. Em 550 a.C., os persas se rebe-laram contra o domínio medo e Ciro II, reide Aiishan, tornou-se o rei da Medo-Pérsia.Depois da morte de Alexandre o Grande, aMédia passou primeiramente para o domí-nio dos selêucidas, mas depois foi agregadaao Império Parto (At 2.9).Em Isaías 13.17,18 e Jeremias 51.11,28, foipredito o papel que os medos iriam desempe-nhar na queda da Babilônia, embora nessaépoca os persas estivessem dominando.Daniel também atribui aos medos um papelimportante na queda da cidade da Babilônia(Dn 5.30-31). Talvez em 539 a.C. os exércitos

de Ciro o Grande fossem dirigidos por umDario, o medo, que “ocupou o reino, na idade

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MEDOS, M DIA MEFIBOSETE

de sessenta e dois anos” (v. 31). Entretanto, édifícil identificar esse Dario, o medo. O estu-dioso J. C. Whitcomb Jr. acredita que era oGubaru das Crônicas de Nabonido(Darius the Mede, Grand Rapids. Eerdmans, 1959).O reino medo é mencionado simbolicamenteem Daniel 8.3-7,20, onde o primeiro chifre

do carneiro de dois chifres se refere à Mé-dia. O segundo chifre é a Pérsia, que apare-ce depois e é maior; na verdade, o ImpérioPersa ultrapassou a Média e tornou-se do-minante no mundo bíblico até a época de Alexandre o Grande. Em uma tábua de fun-dação encontrada em Persépolis, o rei persa Xerxes (485-465 a.C.) coloca a Média em pri-meiro lugar em uma relação de nações “so- bre as quais”, ele diz, “Sou rei sob a sombrade Ahuramazda, sob cuja influência estou, eestão me trazendo tributos,,. e obedecem àsminhas leis” (ANET, p. 316). Veja Pérsia.

E. B.

S.MEDULA Essa palavra ocorre cinco vezes na versão KJV em inglês como tradução de quatropalavras hebraicas e uma grega. Ela se refereao material mole e adiposo que preenche ascavidades dos ossos (Hb 4.12) para fortalecê-los e alimentá-los (Jó 21.24; Pv 3.8). Portanto,ela significa a mais interna, essencial e especi-al região do ser vivo. A palavra,£medula” tam- bém pode ser um sinônimo de “gordura”, usadafigurativamente para as únicas coisas que po-dem satisfazer a alma humana (SI 63.5; Is 25.6).Também parece que está implícito a abundân-

cia ou riqueza da satisfação.MEETABELMEETABELMEETABELMEETABEL1. Esposa de Hadar ou Hadade, um rei edo-mita, e filha de Matrede (Gn 36.39; 1 Cr 1.50),2. Avô daquele Semaías que foi contratado porSambai até e Tobias para dar falsos conselhosa Neemías, afim de assustá-lo (Ne 6.10).MEFAATE Antiga cidade amorita naTransjordânia designada por Moisés à tribode Rúben (Js 13.18) e citada junto comQuedemote e Quiriataim. Junto com seus

Estábulos de Salomao em Megido. ORINST

arredores, foi chamada de cidade levítica eatribuída aos filhos de Merari (Js 21,37; 1Cr 6.79). Aparentemente se tornou posses-são de Moabe, porque é mencionada comocidade moabita em Jeremias 48.21, onde oprofeta de Deus retrata o castigo que cairásobre ela. Têm sido feitas tentativas de

identificá-la com TteU ej-Jawah, dez quilôme-tros ao sul da moderna cidade de Arnã.MEFIBOSETEMEFIBOSETEMEFIBOSETEMEFIBOSETE1. Filho de Saul com a sua concubina Rispa,filha de Aiá. Davi o entregou aos gibeonitaspara ser enforcado (2 Sm 21.8ss.).2. Filho de Jônatas, neto de Saul, e sobrinhodo Mefibosete mencionado acima. A tragé-dia e a frustração marcaram a sua vida. Ti-nha apenas cinco anos quando recebeu de Jezreel a notícia da morte de seu pai e deseu avô. Quando sua ama fugiu apressada-mente, o menino caiu e ficou aleijado dos dois

pés (2 Sm 4.4). Foi levado para Lo-Debar,em Gileade, onde ficou sob os cuidados deMaquir, filho de Amiel (2 Sm 9.5). Mais tar-de, Mefibosete, também chamado de Meribe-Baal (“Baal contende” ou “aquele que lutacom Baal”; 1 Cr 8.34; 9.40) teve um filho cha-mado Mica (2 Sm 9.12).Quando Davi já havia se estabelecido como rei,perguntou se havia alguém da família de Saula quem pudesse demonstrar a sua bondade emnome de Jônatas. Ziba, servo da casa de Saul,informou-lhe sobre Mefibosete. Davi mandou buscá-lo imediatamente, deu-lhe as proprie-dades de Saul, mandou que Ziba fosse seu ser-

vo e permitiu que ele comesse diariamente àmesa do rei (2 Sm 9),Quando Davi fugiu de Absalão, Ziba foi aoencontro de Davi com muitas provisões (queeram tão necessárias naquele momento) e,falsamente, acusou Mefibosete de cobiçar oreino. Davi acreditou nessa mentira e deu aZiba tudo que antes pertencia ao acusado (2Sm 16,1-4). Por fim, o inocente Mefiboseteteve oportunidade de se defender. QuandoDavi retornou, depois da morte de Absalão,Mefibosete foi ao seu encontro. Tinha esta-do se lamentando profundamente por Davi,o que se podia facilmente comprovar porquenão havia tomado banho, nem lavado suasroupas, nem aparado a barba. Ao ser per-guntado porque não havia acompanhadoDavi, Mefibosete relatou a mentira de Ziba- ele havia pedido que um jumento fosse se-lado para poder viajar, mas Ziba o deixoupara trás. Davi acreditou nele, mas se recu-sou a fazer mais do que dividir as proprie-dades entre os dois (2 Sm 19.24ss.).Mais tarde, Mefibosete foi poupado por Daviquando sete membros da família de Saul fo-ram entregues aos gibeonitas para sofreremas consequências de um erro de Saul, e tam- bém para que se findasse a epidemia de fomeque esse erro havia causado (2 Sm 21.1-9).E. W.

C.

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MEG1D0 MEGIDO

O grande altar cananita em Megido. HFV

MEGIDOLugar e Localização. A cidade de Megido (aatual Tell el-Mutesellim) tem o mesmo nomedo famoso campo de batalha do Armagedom(uma transliteração grega da palavra hebrai-ca Har-M‘gíddo[n], ou “monte de Megido”).Esse monte consistia de uma cidadela depouco mais de 52.000 metros quadrados(ANBP #708, visão aérea), e de um planoinferior que, durante o Meio e o Final da Ida-de de Bronze, cobria mais de 40.000 metrosquadrados (IEJ, XVII [1967], 121). A cidadeestá localizada na extremidade sudeste daplanície de Esdraelom, adjacente à cadeia doCarmelo, na interseção do principal desfila-deiro norte-sul que constituía parte da prin-cipal rota entre a Mesopotâmia e o Egito. Essaposição estratégica transformou a cidade emum importante centro comercial e militardurante as Idades do Ferro e do Bronze.Referências Bíblicas. O lugar ocupado porMegido nas Escrituras é muito pequenoquando comparado à importância de outrascidades bíblicas onde tiveram lugar aconte-cimentos de grande importância teológica.Entretanto, as referências bíblicas feitas aessa cidade realçam seu papel de cidade for-taleza de importância estratégica e militar,e também como centro administrativo.O rei de Megido está incluído entre os 31 reisconquistados por Josué (Js 12.21). O nomeda cidade vizinha, Taanaque, está associa-do a ela nessa mesma passagem, como cons-ta de Josué 17.11, onde Taanaque, Megido esuas cidades dependentes foram atribuídasà tribo de Manasses, apesar da incapacida-de dos israelitas de expulsar os cananeus (Jz1.2; 1 Cr 7.29). Na época de Débora e Bara-ue, a força militar cananéia, sob as ordense Jâbim, rei de Hazor, se reuniu nas vizi-nhanças de Megido e a batalha de Taana-que “junto às águas de Megido” (Jz 5.19) foi

celebrada em um famoso cântico.Entretanto, foi no início da monarquia quea supremacia israelita em Megido se tomou

um fato consumado. Essa cidade dividia comTaanaque a honra de ser a capital adminis-trativa de um dos 12 distritos de Salomão, ese estendia até Bete-Seã (1 Rs 4.12). A referência mais interessante a Megido éencontrada em 1 Reis 9.15-19, onde são men-cionadas as intensas atividades de constru-

ção do rei Salomão. Megido está relaciona-da como uma de suas cidades fortaleza para bigas e cavalos. Assim ela formava, junta-mente com Hazor, Gezer, Bete-Horom infe-rior, Baalate e Tamar no deserto, uma se-qüência de cidades de bigas que continhamo núcleo do exército de Salomão com o pro-pósito de defender a região essencial do ter-ritório israelita.Quando Jeu foi indicado para ser rei de Is-rael em 841 a.C., ele imediatamente foi a Jezreel e matou Jorão, o rei israelita queestava no poder. O rei Acazias, da Judeia,em uma visita oficial a Jorào foi ferido nasproximidades de Ibleão e fugiu para Megido,onde morreu (2 Rs 9.27).O valente, porém imprudente rei Josias, ten-tou interceptar o Faraó Neco em Megido noano 609 a.C. Neco estava a caminho paraajudar os assírios e, cheio de esperança,embora prevendo sua próxima derrota, Josias considerou que Judá estaria mais se-gura logo que o poder assírio fosse finalmentedestruído, mas foi morto no primeiro com- bate que aconteceu na planície, diante dacidade (2 Rs 23.29,30; 2 Cr 35.22-24). A última referência do AT a Megido é umasimples alusão literária sem qualquer sig-nificado profético (Zc 12.11), mas a passa-gem seguinte realmente se refere a um en-contro apocalíptico. A batalha escatológicade Apocalipse 16.16 está relacionada com aplanície de Megido ou o Armagedom (q.o,),que se tornou o lugar de encontro para a batalha final entre Cristo e a Besta (Ap17.11-14; 19,11-21).Essas breves informações bíblicas contamapenas parte da história da longa carreirade Megido. Felizmente para a nossa recons-trução da história bíblica, existe uma gran-de quantidade de novas informações obtidasatravés de intensas investigações arqueoló-gicas realizadas nesse local, e também decartas e textos históricos egípcios (veja refs.em ANET).Referências egípcias. A mais antiga e famo-sa batalha travada em Megido foi a primei-ra a ser registrada com tantos detalhes queaté hoje suas táticas podem ser estudadas. Aproximadamente no ano 1482 a.C., Tutmó-sis III (1504-1450), um dos grandes conquis-tadores egípcios, iniciou uma campanha paradominar seus vassalos em Retenu (Palesti-na). Os reis de Cades e Megido se colocaramà frente dos rebeldes. Depois de uma mar-cha de dez dias de Sur até Gaza, e de outrosonze dias até Yehem, na Planície de Sharon,os egípcios estavam prontos para avançar até

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MEGIDO MEGIDO

Megido. Os cananeus, aparentemente pen-sando que o inimigo chegaria através de ujnadas rotas lógicas, via Taanaqne ou Jocneão,haviam dividido o seu exército em setoresnorte e sul e prepararam emboscadas com bigas. No entanto, abandonaram a passagemestreita através do Uadi ‘Arah que levava

diretamente à desprotegida Megido.Quando Tutmósis, em uma corajosa atitudecontra o conselho de seus oficiais, avançouatravés do desfiladeiro e surpreendeu a cida-de, a batalha se transformou em uma com-pleta derrota para os habitantes de Megido.Os cananeus que fugiam eram perseguidostão de perto pelos egípcios, que os portões deMegido não puderam ser acertos e, com apressa, tiveram que pular sobre os muros. Osegípcios se apoderaram de 924 bigas comoparte do despojo de guerra. Tudo isso estáregistrado em uma inscrição feita nos murosdo Templo de Karnak (ANET, pp. 234-238). Alguns anos mais tarde, Amenotep II tambémmencionou Megido em suas campanhas mili-tares, e parece que essa cidade se tomou umcentro administrativo egípcio durante a mai-or parte do século XV a.C. Quase cem anosdepois da conquista de Tutmósis, o Faraó Amenotep IV (Akhenaton) gradualmente reti-rou o domínio egípcio de sobre a Palestina, oca-sião em que deixou de atender aos desespera-dos apelos de ajuda de seus vassalos. Biridiya,rei de Megido, enviou seis cartas ao rei egípcio(cf. ANET, p. 485) pedindo, entre outras coi-sas, 100 soldados para ajudar a proteger a ci-dade. Essas cartas foram escritas na línguaacadiana (que era a língua da diplomacia naépoca) em tábuas de argila e foram encontra-das no palácio do Faraó em Tel] el-Amama em1887 a.C. Vejo Amama, cartas de. A importância de Megido corno base militartem sido demonstrada repetidamente atra- vés da antiguidade, e chegou até o nosso sé-culo, quando os exércitos turco e britânicose encontraram nesse local na 1“ GrandeGuerra. Depois disso, as forças árabes e is-raelenses têm aproveitado a utilidade estra-tégica dessa área.Evidências arqueológicas. As ruínas dessemonte foram escavadas primeiramente porG. Shumachev, para o Deutsche Orient-Gesellsehaft, de 1903 a 1905. Uma das prin-cipais descobertas foi o selo de “Shema, oservo de Jeroboão” (ANEP #276), que prova- velmente pertencia a um oficial do rei Jeroboão II.O Instituto Oriental da Universidade de Chi-cago iniciou uma longa série de campanhasem 1925. C. S. Fischer dirigiu os trabalhosdas duas primeiras fases de escavação, masfoi obrigaao a se retirar dessa área por causade problemas de saúde. Ele foi sucedido porP. L. O. Guy, que continuou os trabalhos até1935, seguido por Gordon Loud, que perma-neceu até o final das escavações em 1939.Os recursos do Instituto Oriental permiti-

ram a execução de um trabalho mais abran-gente em Megido do que em qualquer outraruína palestina. Esse fato, ao lado da utili-zação da cronologia das ruínas de BeitMírsim, desenvolvida por Albright, trans-formou essa cidade no sítio arqueológicoclássico padrão para a Palestina.

Os escavadores dividiram a história deMegido em 20 períodos que correspondemaos 20 níveis mais importantes encontradosdesde o topo do monte até o leito rochoso. A cidade havia sido ocupada desde o Períododo Cobre (antes de 3300 a.C.) até o final daIdade do Ferro III (aprox. 350 a.C.), quandoo domínio persa sobre a Palestina estavachegando ao fim, e o período helenístico ain-da não havia começado.No Nível XVII (de aprox. 2500 a.C.) foi en-contrado um Templo cananeu com um altarcircular bastante alto. Esse imenso altar foireconstruído na Camada XVI com pedras brutas e um lance de escadas (cf. Êx 20.25).Ele tinha pouco mais de 8 metros de diâme-tro. O período de 1150 a.C. foi consideradocomo a data do fabuloso sistema de águasubterrâneo que consistia de uma profunda vala que corria dentro da cidade e um túnelno leito rochoso, que se estendia até uma fon-te localizada fora da área fortificada. Outrasdescobertas significativas incluíram monu-mentos egipcios e 282 fragmentos de escul-turas de marfim do século XIII a.C.Entretanto, no Nível IVB foram feitas as des-cobertas de maior interesse para a história bíblica. Uma passagem, com três câmaras decada lado, semelhante à porta oriental do Tem-plo descrita em Ezequiel 40.6-13, foi encontra-da e datada da época de salomão (ANET #721).Passagens semelhantes foram encontradasmais tarde em Hazor e Gezer, duas das outrascidades Salomônícas de bigas da mesma épo-ca, Muros em forma de casamata, a área deum “palácio” e o que era ainda mais significa-tivo, duas séries de edifícios descritos como es-tábulos também atribuídos ao mesmo perío-do. Cada ‘‘estábulo” podia, aparentemente,abrigar 24 cavalos, em um total aproximadode 450 animais. Em seu todo, essas evidênci-as reproduzem claramente o quadro de umacidade fortaleza e de um complexo adminis-trativo do início da monarquia, que servia como base para o desenvolvimento das bigas a par-tir da época de Salomão. A data das estruturas, chamadas de “Salo-mônieas” pelos escavadores, tem sido discu-tida pelo arqueólogo israelita Yigael Yadindesde as suas pesquisas nesse local, realiza-das no final de 1950. Considerando que o Ní- vel IV cobre o período 1000-800 a.C., ele temprocurado determinai a data das principaisestruturas desde a época de Acabe e não daépoca de Salomão. Nas controvérsias que seseguiram, outro arqueólogo israelita, Yohanan Aharoni, defendeu veementemen-te a conclusão original dos excavadores de

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MEGIDO MELEA

O rio Yarkon, ao norte da antiga Jope,deságua atualmente no Mediterrâneo nos

arredores de Tel Avív

Chicago. Essa questão ainda está um poucoobscura, mas o peso das evidências encon-tradas nos textos bíblicos favorece a inter-pretação de que a porta, os muros, o palácioe os estábulos sejam real mente do Nível IVB,e construídos na época de Salomão. A afir-mação explícita de 1 Reis 9.15-19 apõia cla-ramente essa opinião. Ignorar esse testemu-nho é deixar de usar plenamente as fonteshistóricas. Aparentemente, essas estruturascontinuaram em uso (apesar da invasão deSisaque) até a época de Acabe, menos de umséculo mais tarde.Recentemente, J. B. Pritchard desafiou a opi-nião de que as ruínas dessas estruturas, in-terpretadas como estábulos, seriam realmen-te estábulos. Ele sugere que os cavalos eramsempre mantidos em recintos abertos, e queos edifícios em questão podem ter sido ar-mazéns ou alojamentos (“The MegiddoStables: A Reassessment”,Near Eastern Ar-chaeology in the Twentieth Century [Glueck Festschrift], J, A Sanders, ed., Garden City.Doubleday, 1970, pp. 268-276). Armazénscom idêntico formato, do século VIII a.C.,encontrados por Y. Aharoni nas proximida-des do portão da cidade, em Berseba, podemdar suporte a essa afirmação (BA, XXXVU972], 122ss.).É provável que o Nível IVA tenha sido des-truído por Tíglate-Pileser III durante a sua

invasão, em aprox. 732 a.C. (2 Rs 15.29;cf. 16.9). O nível seguinte tinha ruínas deuma cidade planejada de uma forma dife-rente, com um pátio central, de acordo como estilo assírio. Esse deve ter sido o localdo trono dos governadores assírios, que daliadministraram uma província assíria du-rante aproximadamente um século. Umdesses governadores se chamava Ishtu- Adadaninu, e reinou sobre Megido (do acá-dio, Ma-gídu[n«]) em 679 a.C. O Nível IInão tinha muros, mas possuía uma amplaresidência extremamente fortificada, pro- vavelmente datando da época do rei Josias

(640-609 a.C.).O Instituto Oriental publicou dois volumesque contêm os textos oficiais relacionados às

escavações, um volume sobre inscrições/ilus-trações, e monografias sobre os túmulos, osistema de água, os marfins e as seitas deMegido. A este importante material pode-seagora acrescentar um amplo estudo, do qualapresentamos apenas uma pequena parte na bibliografia a seguir.

Bibliografia. C. S Fisher, The Excavationof Armageddon, Chicago. Univ. of ChicagoPress, 1929. P. L O Guy, New Light from rmageddon, Chicago, 1931, R S Lamon, 77ic

Megiddo Water System, Chicago, 1935. H. G.May, Material Rernains ofthe Megiddo Cult,Chicago, 1935. P. L O Guy, Megiddo Tombs,Chicago, 1938. G. Loud,The Megiddo Ivories,Chicago, 1939. R S Lamon, G. Shipton, Megiddo I, Chicago, 1939. G. Loud,et. al., Megiddo 11, 2 vols., Chicago, 1948. Yohanan Aharoni, “The Stratification oIsraelite Megiddo”, JNES,XXXI (1972), 302-

311. R M Engberg, “Megiddo - Guardian othe Carmel Pass”, BA, III (1940), 41-51; IV(1941), 11-16. J. N Schofield, “Megiddo”,TAOTS, pp. 309-328. Yigael Yadin, “NewLight on Solomon’s Megiddo”, BA, XXIII(1960), 62-68; “Megiddo of the Kings of Isra-el”, BA, XXXIII (1970), 66-96,

J. E. J.MEIA-NOITEVeja Tempo, Divisões do.MEIDA Pai ou fundador de uma família denetineus que retornou a Jerusalém depoisdo cativeiro babilônico (Ed 2.52; Ne 7.54).

MEIO-DIAVeja Tempo, Divisões do.MEIR Descendente de Judá, filho deQuelube e sobrinho de Suá (1 Cr 4,11).ME-JARCOM Local ou característica geográ-fica no território de Dà, nas proximidades de Jope (ou Jafo; Js 19.46). Este provavelmenteseja o nome de um rio chamado, em árabe,Nahr el-‘Auja, e que corre para o Mediterrâ-neo cerca de sete quilômetros ao norte de Jope,e nasce no interior, a 16 quilômetros de dis-tância, em Ras el-‘Ain(veja Antipátride; Afeca3). Trata-se de um dos cinco riachos perenesque drenam a planície de Sharon e que, emcertas épocas, adquire uma coloração verde-amarelada devido ao solo por onde corre, o queexplica o seu nomeyarqon (“verde claro”).MELVeja Alimentos.MELÃOVeja Plantas: Melão,MELATIAS Gibeonita que ajudou a repa-rar o muro de Jerusalém sob a liderança deNeemias (Ne 3.7).

MELE A Descendente de Davi e ancestral de Jesus (Lc 3.31).

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MELEQUE MELQUISEDEQUE

MELEQUE Filho de Mica e bisneto de Jônatas, filho de Saul (1 Cr 8.35; 9.41).MELICUVeja Maluque.MELITA Comumente conhecida como Mal-ta (At 28.1), essa pequena ilha (245 quilô-metros quadrados), aproximadamente 100quilômetros ao sul da Sicília, foi o local donaufrágio de Paulo. Durante sua permanên-cia de três meses, ele curou pessoas enfer-mas, foi considerado um deus, e conquistouinúmeros convertidos (At 28.1-10). Atual-mente, muitas igrejas locais prestam-lhehomenagem.Ocupada pelos Fenícios desde o início do sé-culo X a.C., essa ilha se tomou uma provín-cia romana e, aparentemente, seus habitan-tes não falavam a língua grega (veja At 28.4,“bárbaros").MELODIAVeja Música.MELQUI Nome de dois ancestrais de Jesus,de acordo com a genealogia de Lucas. Umdeles era da quarta geração antes de José eMaria (Lc 3.24) e o outro era da terceira ge-ração antes de Zorobabel (Lc 3.28).MELQUI SEDE QUE Em hebraico malki-$edeq ou “rei da justiça”, é mencionado emGênesis 14.18; Salmos 110.4; Hebreus 5.6,10;6.20; 7.1,10,11.15,17. No livro de Gênesis eleé um rei-sacerdote cananeu de Salem (Jeru-salém) que abençoou Abraão quando esteretomou depois de salvar Ló, e a quem Abraãopagou o dízimo do espólio da batalha. Devidoao mistério que cerca seu repentino apareci-

mento no cenário da história, e seu igualmen-

te repentino desaparecimento, ele tem sidoidentificado com um anjo (Origenes), com oEspírito Santo (Epifânio), com o Senhor Je-sus Cristo (Ambrósio), com Enoque (Calmet)e Sem (Targuns, Jerônimo, Lutero) et. al.Quanto à religião, ele era “sacerdote do Deus Altíssimo” Vel ‘elyon), Os textos de RasShamra mostraram que as cidades cananéistinham sumo sacerdotes na primeira meta-de do segundo milênio a.C., e que Idrimi, reide Alalakh, ao norte da Síria, em aprox. 1500a.C., era o representante pessoal de seu deuse aquele que oficiava no santuário. Dessa for-ma, o relato de Gênesis não precisa ser con-siderado anacrônico, Não existe tjualqueTconcordância sobre o fato de Melquisedequeser um adorador de Jeová ou de Baal. Naliturgia de Rás Shamra, Baal é mencionadocomo o “deus supremo”, a suprema divinda-de do panteão cananeu. Assim, alguns en-tendem que Melquisedeque abençoou Abraãoatravés de Baal a quem ele considerava osupremo deus da cidade-esta do de Salém(Eric Voe gel in, Israel and Reuelation, Lon-dres. Oxford Univ. Press, 1956, pp. 191ss.;Ralph H. Elliott, The Message of Genesis,Nashville. Broadman, 1961, p. 115ss.),Gerhard von Rad (Genesis, trad. por J. H.Marks, Londres. SCM Press, 1961, p. 175)diz que a divindade mencionada provavel-mente seja o “Baal do céu”, um deus cananeu,conhecido particularmente na Fenícia e tam- bém em outros lugares longínquos, e queMelquisedeque, ao venerar o “Supremo Deus,Criador do céu e da terra" chegou muito per-to de acreditar no único Deus do mundo a

quem somente Israel conhecia. A opinião tra-dicional diz que Melquisedeque era um ver-dadeiro adorador do Senhor (conforme Jose-

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MEMORIAL MEME, MENE, TEQUEL e PARS1M

24.7-9). Em um sentido mais amplo, toda aPáscoa era considerada um “memorial” (heb.,zikkaron, Êx 12.14).No NT, a ordenança da mesa do Senhor, asanta Ceia ou Comunhão, é ordenada paraque nos lembremos “uma vez mais” do sa-crifício do Mestre (gr. anamncsis, “lembran-

ça” ou “memória”, 1 Coríntíos 11.24,25). Em Atos 10.4, o anjo declara que as esmolas eas orações de Cornélio subiram “parp me-mória diante de Deus”. Os textos em Êxodo3.15 e Oséias 12.5, dizem que o nome espe-cial, pelo qual o Senhor era conhecido pelosisraelitas em sua aliança era Jeová, e erachamado de “memorial de Deus” (emhebraico, zeker) pelo povo. Em todos esses versos, e também em muitos outros, o temaé a forma de culto pela qual o Senhor estásendo lembrado pelo seu povo através deatos de adoração, e do uso de seu nome emorações e atos de amor realizados uns çelos

outros. A lembrança de sua antiga servidão,dos atos salvadores de Deus e de sua alian-ça, era um mandamento chave para Israel,como encontramos em Deuteronômio.Também existem dois lados para essa ver-dade sobre a lembrança das coisas de Deus.Como povo de Deus nos lembramos dele por-que foi Ele quem primeiro se lembrou de nós(Gn 8.1; 19.29; Êx 2.24; 6.5; SI 9.12). Alémdisto, esta é a história do permanente amorde Deus e da resposta humana.

E. B. S,MEMUCÃ Um dos “sete príncipes dos persas

e dos medos, que viam a face do rei e se as-sentavam como os primeiros no reino” (Et1.14). Foi considerado como um dos homenssábios que entendia a época e conhecia a leie a justiça. Quando o rei Assuero pediu a essegrupo para mostrar o tratamento adequadoque deveria ser dado à rainha Vasti, que serecusava a obedecer às suas ordens, Memucãtomou-se o porta-voz do conselho e pleiteouque fosse negada a Vasti a permissão parase apresentar perante o rei, e que sua realposição fosse transferida a outra (Et 1.16-21). E o rei seguiu o conselho de Memucã.MENA Descendente de Davi (bisneto) e an-cestral de Jesus (Lc 3.31). As versões ASV eRSV em inglês mencionam “Menna”.MENAÉM Filho de Gadi e décimo sexto nalinhagem dos reis de Israel (2 Rs 15.14-22).Ele reinou durante apenas dez anos, de 752a 742 a.C., de acordo com os estudos deEdwin R, Thiele sobre a cronologia (The Mysteríous Numbers of fhe Hebivw Kings,ed.revisada, Grand Rapids. Eerdmans, 1965).Entretanto, uma esteia de Tíghate-PileserIII encontrada no Irã e publicada em 1972lista Menaém de Samaria como um tributá-rio. A data de 737 a.C. dessa esteia tem sidodiscutida, pois indicaria que Menaém ainda

estava no trono, ou pelo menos ainda seria orei nesse ano (Louis D. Levíne, “Menahemand Tiglath-pileser; A New Synchronism",BASOR, #206 [1972], 40-42).O assassinato do rei Zacarias por Sal um, emSamaria, proporcionou a Menaém, como co-mandante das forças reais em Tirza, a opor-

tunidade de assassinar Salum e reinar emseu lugar. Com poder incomum, ele reinoucomo monarca absoluto sobre seu reino, co-meçando por subjugar os habitantes deTiphsah e das regiões vizinhas a Tirza, che-gando até mesmo a assassinar mulheres grá- vidas. Mais tarde, quando ameaçado pelo reiPul da Assíria (identificado como Tíglate-Pileser III em 1 Crônicas 5.26), Menaém acei-tou a única alternativa possível para se ren-der, isto é, pagar um pesado tributo de miltalentos (moedas) de prata e transferir seupoder financeiro aos ricos concidadãos. Des-sa forma, poderia manter o direito ao trono,

embora apenas na posição de vassalo até ofinal de sua vida. A política de Menaém mos-trou ser muito prejudicial a Israel, pois le- vou a um completo domínio assírio da na-ção. Ele morreu de morte natural e foi o últi-mo rei de Israel que deveria ser sucedido porseu filho (Pecaías).

H. A. Hoy.MENDIGO A palavra grega ptoehos faz re-ferência à “humilhação” ou à “servidão”, eera atribuída àquele que era um pedinte, ummendigo. De acordo com o MM,Lexicon, elasempre teve um sentido negativo antes do

uso bíblico (nos Evangelhos),No Novo Testamento, um “mendigo” é aque-le que espera conseguir sobras de alimentos(Lc 16.21) ou que pede algum dinheiro (At3.2ss.). A palavra também foi associada aosdiscípulos de Jesus, a quem não era permi-tido portar uma “bolsa de mendigo”, masdeveríam depender das pessoas para obtersustento (Mt 10.10), e também deveríam secontentar em meio às situações de “pobre-za” (“bem-aventurados os pobres de espíri-to...” Mt 5,3).MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM Pa-

lavras aramaicas inscritas na parede do pa-lácio durante a festa de Belsazar, e que sópuderam ser interpretadas por Daniel (Dn5.25) . Dois problemas estão relacionadoscoma explicação dessa desconcertante inscrição;sua forma e seu significado (“ler esta escri-tura e me declarar a sua interpretação”, 5.7).Forma. Talvez os caracteres fossem desco-nhecidos pelos caldeus ou tenham sido colo-cados de forma pouco comum, isto é, no esti-lo de um anagrama, em que cada palavraconsistia de três consoantes. Pode ser signi-ficativo que as palavras específicas não te-

nham sido mencionadas até que Daniel ofe-recesse a sua interpretação.Significado. Se os caracteres eram legíveis,

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MENE, MENE, TEQUEb e PARS1M M NF15

Uma harpista egípcia de aprox, 1200 a.C. BM

então o enigma estava restrito ao seu signi-ficado. As três palavras podem designar pe-sos e dinheiro: mene’, uma mina; teqel, umamina ou um siclo; parsin (do babilônio,arisu), 0 plural de meia moeda ou meiosiclo

(a letra u corresponde à conjunção “e”). A tra-dução resultante seria: ‘‘uma mina, umamina, uma moeda e meias moedas1’. Essessubstantivos, empregando outras vogais(Êxistentes em todas as palavras hebraicase aramaicas) se transformam em verbos quesignificam respectivamente: “numerado”,“pesado” e "dividido”. A riqueza e o orgulho,

tão estimados por Belsazar, tornam-se asrazões para 0 seu julgamento. Dessa forma,Daniel aplica os conceitos verbais, expres-sos na parede, ao rei que está prestes a sersubmetido ao juízo de Deus (w, 26-28). E seureino será, consequentemente, dividido en-tre os Medos e os Persas.Têm sido feitas muitas tentativas para ajus-tar as quatro palavras aos reis babilônios.Daniel aplica todas elas a uma sõ pessoa.Veja Daniel; Pesos, Medidas e Moedas.

J. D. Y.MENESTREL No AT era alguém que tocavaum instrumento de cordas, comum nas cor-tes reais da Assíria, Egito e Palestina. Davi

tocou a sua harpa para acalmar o rei Saul (1Sm 16.23), e Eliseu chamou um menestrel,talvez para acalmar a sua mente para rece- ber a mensagem de Deus (2 Rs 3.15).Uma ocorrência no NT (Mt 9,23) foi traduzi-da em algumas versões como “tocadores deflauta”. Para aqueles que podiam pagar,

como o líder da sinagoga, estes carpideirosprofissionais eram contratados para tocarseus lamentos e tristezas como uma expres-são de sofrimento pela partida do falecido.Veja Música.MÊNFIS Primeira capital do Egito unido.Essa cidade foi tradicionalmente fundadapelo primeiro rei do Egito, Menes (em aprox,3200 a.C.) na margem ocidental do Nilo, aosul do ponto mais alto do seu Delta, cerca de30 quilômetros ao sul da moderna cidade doCairo, Originalmente chamada de “A Pare-de Branca”, mais tarde seu nome ficou asso-ciado à pirâmide de Pepi I, da Sexta Dinas-tia (Men-nefer-Pepi), e desse nome se origi-naram as formas grega e cóptica.Os reis do período arcaico eram, particular-mente, adoradores de Horus; porém o prin-cipal deus de Mênfis, Ptah, foi a figura maisimportante em toda a história do Egito. Deacordo com a teologia.de Mênfis, Ptah foi ocriador do universo. Apis, o boi de Mênfis,era uma manifestação de Ptah e, subseqüen-temente, combinou-se com Osiris para for-mar a divindade Serapis, Na necrópole deSakkarah, a oeste de Mênfis, encontra-se o

Entrada para o Serapeum em Mênfis. HFV

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M NF1S MENTIRA

conhecido local onde os bois pis eram en-terrados, o Serapeum. As únicas referências bíblicas feitas a Mênfisaparecem nas obras proféticas, geralmentechamadas de Nofe (heb. noph, q.v.). Nessesentido, Oséias previu o retorno dos israeli-tas do Egito e mencionou Mênfis (Os 9.6). Ocumprimento dessa profecia foi descrito poroutro profeta, Jeremias, que estava entre osudeus que foram para o Egito depois do as-sassinato de Gedalias (ef. Jr 41.16-18). Mênfisse tomou a residência dos refugiados (Jr 44.1).Tanto Jeremias como Isaías haviam previstoos fatídicos resultados da aliança entre Judáe o Egito, e ambos fizeram referências a essacidade (Jr 2.16; Is 19.13).Sua destruição foi prevista por Jeremias (ef. Jr 46.14,19). Mais tarde, Ezequiel falou so- bre as provações de Mênfis (Ez 30.16) e fezdeclarações específicas ao dizer que o Senhordestruiría os ídolos e faria cessar as imagens

de Nofe (30.13), uma profecia que se cumpriude forma dramática. Muitas pedras de Mênfisforam levadas durante a Idade Média e usa-das para construir a cidade do Cairo. Atual-mente, tudo que os visitantes podem ver nes-sa área não passa de uma enorme estátua deRamsés II caída, uma esfinge e algumas ba-ses de colunas e outras pedras espalhadas pe-los milharais, Essa área tem sido pesquisadae escavada por mais de um século e arqueólo-gos alemães têm desenvolvido pesquisas naprópria cidade durante as últimas décadas,mas seus achados ainda não foram totalmen-te interpretados ou publicados.

C. E. D.MENIVeja Falsos deuses.MENINA Esta palavra aparece pelo menosduas vezes no Antigo Testamento (há, porém, versões em que chega a constar por 12 ve-zes; J1 3.3; Zc 8.5), em ambas as ocasiões emassociação com meninos. A palavra pode sig-nificar criança, moça, namorada ou até mes-mo jovem, como em Gênesis 34.4.MENINO São utilizadas duas palavrashebraicas para rapaz.yeled, “nascido” (J13.3;Zc 8.5 ), e na‘ar, “jovem” (Gn 25.27), usada

para Esaú e Jacó. A última palavra cobre operíodo que vai do infante (1 Sm 4.21) até oguerreiro, como Absalâo (2 Sm 18.5,12), comênfase na juventude,MENSAGEIRO1. Embora o termo hebraico maVak tenhasido traduzido como aggelos na LXX, ele foitraduzido mais de 100 vezes como “mensa-geiro” em várias versões, como por exemplona KJV em inglês. Na maioria das vezes, eleé usado para se referir a um mensageiro deDeus, mas também se refere a um mensa-geiro enviado por um ser humano, ou até por

Satanás. Somente uma vez o AT faz referên-

Ruínas recentemente escavadas na antigaMênfis. HFV

cia a um profeta como sendo mensageiro (Ag1,13), mas o nome do profeta Malaquias sig-nifica “meu mensageiro”. No NT, a palavragrega apostolos foi traduzida como “mensa-geiro” (2 Co 8.23; Fp 2.25). No NT, a palavragrega aggelos (anjo) também foi traduzidacomo ‘‘mensageiro” em referência a JoãoBatista (Mt 11.10), aos mensageiros de João(Lc 7.24), àqueles enviados por Cristo (Lc9.52) e aos espias recebidos por Raabe (Tg2.25) . Veja Arauto; Anjo.2. Hebraico ms, “condutores de correspon-dência oficial”. Na realidade, eram os mem- bros da guarda do rei, disponíveis para quais-quer serviços (2 Cr 30.6,10). A velocidadecaracterística do correio é a base da metáfo-ra de Jó (9.25). Os mensageiros persas an-davam a cavalo (Et 8.10,14).

H, G. S.

MENTIRA Falsa declaração ou informaçãodelibera d amente transmitida como se fosse

verdade. Qualquer coisa que tenha a inten-ção de enganar. Veja Engano.Satanás foi o pai da mentira (to pseudos) emsua apostasia original (Jo 8.44; cf. Is 14.12-20; Ez 28.1-19). Da mesma forma, o homemem sua apostasia preferiu “a mentira” (toseudos) à verdade de Deus (Rm 1.25; cf. Gn

3,1-7). Na apostasia final, pouco antes dosegundo advento, o mundo irá receber “amentira” (to pseudos) do Anticristo (2 Ts2.11,12; cf. 1 Jo 2.22; 4.3; Ap 13.1-18). Osfalsos profetas (q.v.) logo se tomam adeptosde Satanás (cf. 2 Co 11.13-15) enganando aspessoas com mentiras contra a verdade de

Deus (Is 9.15,16; 30.9,10; Jr 23.14,25,26,32),Homens não regenerados, como seu pai es-piritual (Jo 8.44), falam mentiras desde

MENTA Vejo Plantas.

MENTE SÃVeja Sóbrio.

MENTIRVeja Mentira.

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MENTIRA MERATA1M

muito cedo (SI 58.3), e fazem delas o seu re-fúgio (Is 28.15, 17; 59.3,4) até se juntarempara sempre aos mentirosos (Ap 21.27;22.15), Mentirosos de toda espécie, junta-mente com outros pecadores incorrigíveis,estarão no lago de fogo (Ap 21.8).E claro que Deus não pode mentir (Nm 23.19;Tt 1.2). Sua verdade é incompatível com amentira (1 Jo 2.21,27). A mentira era proi- bida pela lei de Moisés ( x 20.16; Lv 19.11).Os cristãos devem, assim como Deus (Pv6.16-19; 12.22), detestar completamente amentira (Ef 4.25; Cl 3.9; cf. SI 31.6;119.29,163; Pv 13.5). A mentira aparece na vida de Caim (Gn 4.9),de Jacó (27,19), dos irmãos de José (37.31,32),de Geazi (2 Rs 5.20-27), de Pedro (Mt 26.69-75), e de Ànanias e Safira (At 5,1-11).

W. B.MEOLATITA Habitante ou nativo de Meolá. Adriel, filho de Barzilai, que se casou comMerabe, filha do rei San), era assim designa-do (1 Sm 18,19; 2 Sm 21.8), Meolá pode tersido o mesmo que Abel-Meolãiq.v.), cidadenatal de Eliseu (1 Rs 19.16) identificada poralguns com Tell el-Maqlúb, 20 quilômetros asudeste de Bete-Seã a leste do Jordão, e poroutros com Khirbet Tell el-Hilu ou Tell el-Hammi, ao sul de Bete-Seã e a oeste do Jordão.MEONENIM Nome de um lugar que podiaser visto desde as portas de Siquém (Jz 9.37). A versão KJV em inglês fala solore “a planíciede Meonenim”. Na versão ASV em inglês lê-se "carvalho de Meonenim”, e as versões RSVe NASB, também em inglês, traduzem a ex-pressão como “carvalho dos Adivinhadores”.Esta era, aparentemente, uma árvore sagra-da onde se sentavam os videntes, encantado-res e adivinhadores para praticar as suas ar-tes mágicas.Veja Adivinhação.MEONOTAI Descendente de Judá e pai deOfra (1 Cr 4.14). De acordo com a Septua-ginta (LXX) e a Vulgata, Meonotai tambémera considerado filho de Otniel (1 Cr 4.13).MEQUERATITA Parente de Mequerá pornascimento ou residência, mas essa pessoae esse lugar são desconhecidos. Essa é a des-crição de Héfer, um dos poderosos dos exér-citos de Davi (1 Cr 11,36). Alguns acreditamque seja um erro de ortografia de “maacati-tã” em 2 Samuel 23,34.MERABE Filha mais velha de Saul. De acor-do com o relatório do acampamento (1 Sm17.25) , a filha do rei deveria ser entregue aoherói que matasse Golias. Parece que issonão aconteceu, embora Saul tivesse realmen-te prometido a Davi que lhe daria Merabecomo esposa se continuasse a lutar valoro-samente contra o inimigo (1 Sm 18.17). O

propósito de Saul era expor seu jovem rival

aos perigos e assim ficar livre dele, Quandoseu estratagema falhou, Saul quebrou a pro-messa e Merabe se casou com Adriel (1 Sm18.19) . Mais tarde, quando o país sofreu ocastigo de Deus porque Saul havia rompidoo trato íeito com os gibeonítas, os cinco fi-lhos de Merabe foram condenados à morte

pelo pecado de seu avô (2 Sm 21). (Em al-guns textos hebraicos falta a expressão irmãde Mical em 2 Samuel 21.8, que pode ser con-siderado um antigo erro de ortografia ou umesquecimento por parte dos escriba).MERAÍAS Um dos sacerdotes sob Joiaqnim(Ne 12.12).MERAIOTE1. Sacerdote, filho de Zeraías, que viveu eserviu enquanto a arca de Deus estava emSiló (1 Cr 6,6,7,52). Ele pertencia à linha-gem de Arão até Esdras, de acordo comEsdras 7.3,4.2. Sacerdote cujo pai era Aitube ecujo filhoera Zadoque (1 Cr 9.11; Ne 11.11), Aparente-mente serviu cerca de meio século antes doexílio. Esses nomes podem designar o mesmoindivíduo colocado em diferentes seqüênciascronológicas e em diferentes fontes,3. Esse nome sobreviveu ao exílio e aparececomo sendo de um sacerdote “nos dias de Joiaquim”. Talvez fosse descendente de seuantepassado (Ne 12.15).MERARI Terceiro filho de Levi, e irmãomais novo de Gérson e Coate (Gn 46.11; Ex6.16; Nin 3.17; 1 Cr 6.1). Seus filhos, Mali eMusi (Ex 6,19. Nm 3.20; 1 Cr 6.19), eramdescendentes dos meraritas, uma das trêsgrandes divisões dos 1 evitas.Os meraritas carregaram através do deser-to as tábuas, varais, colunas e conexões doTabernãculo, e as bases, estacas, pinos e cor-das do pátio (Nm 3.33-37). O número daque-les que realmente serviam (com idade entre30 e 50 anos) chegava a 3.200 pessoas (Nm4.42- 45). Receberam 12 cidades nos territó-rios de Rúben, Gade e Zebulom (Js 21.7).Os meraritas estavam presentes quando Davitrouxe a arca para Jerusalém (1 Cr 15.3,6). Alguns se tomaram cantores no Templo, li-derados por Etã, também chamado Jedutum(1 Cr 6.31,44; 25.1,3). Outros eram porteiros(1 Cr 26,10-19). Os meraritas ajudaram a lim-par e reparar o Templo durante as reformasde Ezequias e Josias (2 Cr 29.12; 34.12), ealguns serviram sob Esdras e Neemias (Ed8.18,19; Ne 11,15 com 1 Cr 9.14),

L. L. W.

MERARITASVeja Merari; Levitas.MERATAIM Palavra usada apenas em umsentido duplo. Em Jeremias 50.21, ela repre-

senta um jogo de palavras com o nome apli-cado ao sul da Babilônia, mat marrati, ou

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MERATA1M MEREMOTE

terra “da dupla rebelião’’, ou ainda “terraduplamente rebelde”, outra designação paraa Babilônia.MERCADO ou PRAÇA No AT era um lu-gar para vender mercadorias (Ez 27.13,17,19,25; 27.15), Estava geralmente locali-zado em um lugar aberto, dentro da cidade,logo após o portão, para onde as ruas con- vergiam. Era aqui, também, que as pessoasse reuniam para trocar informações e opini-ões, e para fazerem seus contatos sociais. NaPalestina, os doentes eram deixados no mer-cado para que o Senhor Jesus os curasse (Mc6.56); as crianças brincavam ali (Mt11.16,17); e as pessoas ociosas costumavamficar perto destes locais (Mt 20.3). Osescribas e os fariseus gostavam de se mos-trar andando de modo pomposo, e de seremsaudados como “rabr nos mercados (Mt23.6,7) ; e depois de ficarem por lá, eles sen-tiam a necessidade de se purificaremritualmente antes de comerem (Mc 7.4).Enquanto entre os judeus um mercado eraquase que unicamente um centro comercial,entre os gentios ele estava associado ,a ou-tras funções da vida pública. Uma Agoragrega ou um fórum romano era uma áreaaberta cercada por edifícios comerciais, Tem-plos, um palácio da justiça e edifícios públi-cos (senado, arquivos públicos etc). Tambémhavia ali um rostrum ou bema, de onde osoficiais do governo podiam falar a multidõesreunidas, e até mesmo realizar julgamentos(por exemplo, o local onde Paulo compare-

ceu perante Gálio em Corinto, Atos 18.12-16; e perante os oficiais em Filipos, Atos16.19) . Em Atenas, Paulo argumentou nomercado (ou praça) com aqueles que deseja- vam falar com ele (At 17.17,18).

N. B. B. e H. F. V.MERCADORIA, MERCADORVeja Co-mércio; Ocupações; Mercador.

MERCADOS Embora “mercados” seja umapossível tradução da palavra heb. ‘izzabon,ela é traduzida em versões posteriores como“mercadorias”, “produtos”. O uso da palavrapor Ezequiel parece indicar que ela poderiasignificar o lugar onde o comércio era prati-cado, ou ainda os objetos que eram comerci-alizados (Ez 27.12,14,16,19,27).MERCENÁRIOS Soldados cuja única preo-cupação em uma guerra ou conflito era o di-nheiro que recebiam. Os soldados gregos ti-nham a reputação de ser grandes guerreirose, quando não estavam envolvidos em suaspróprias guerras, eram contratados por outrasnações. Os gregos foram mercenários nos exér-citos egípcios durante a época de Cambises. Alexandre tinha 5.000 mercenários sob seucomando {Encyclopaedia Britannica, 9a ed.,II,561, 564). Veja Soldado.

Ruínas do mercado de Trajano, Roma,Trajano foi o imperador romano no período

de 9Ô-117 d.C. HFV

MERC RIOVeja Falsos deuses: Hermes,

MEREDE Um dos filhos de Ezra, descen-dente de Judá através de Calebe, filho de Jefoné. Merede casou-se com a filha do Faraó(1 Cr 4,17,18).

MEREMOTE1. Sacerdote que retornou à Palestina comZorobabel em aprox. 536 a.C. (Ne 12.3). Al-guns traduziram este nome como Meremoteao invés de Meraiote (em Ne 12.15), basean-do-se na LXX e na versão Siríaca.2. Sacerdote da época de Esdras e Neemiascuja família podia ser rastreada até Coz (vejaEd 2.61; Ne 3.4). Depois que a sua deseen-

Um soldado mercenário grego contratadopelos selèncidas, encontrado em Sidom,Museu de Istambul

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MEREMOTE MERETRIZ, PROSTITUTA

dência sacerdotal havia sido determinada,ele foi capaz de assumir o papel de líder napesagem dos tesouros devolvidos ao Templo(Ed 8.33). Durante a reconstrução do murode Jerusalém, Meremote ajudou a reparar aPorta do Peixe (Ne 3.3,4). Também trabalhoucom Barrique, filho de Zabai e outros da casa

de Eliasibe, o sumo sacerdote (Ne 3.20,21)no acabamento de outra parte do muro. Eleestava aparentemente entre aqueles que co-locaram a sua assinatura (ou selo) na reno- vação da aliança (Ne 10.5).3. Um filho de Bani. Um “filho de Israel” oudos leigos, que estava entre aqueles que secasaram com mulheres pagãs e juraram ex-pulsar as esposas não israelitas como resul-tado da reforma de Esdras (Ed 10.36).

H. E. Fi.MERES Um dos sete príncipes e conselhei-ros de Assuero, rei da Pérsia e Média, que“viam a face do rei” livremente e se assenta- vam como os primeiros no reino (Et 1.14;HDBIII, 346),MERETRIZ, PROSTITUTA Mulher culpa-da de relações sexuais ilícitas.. Normalmen-te é mencionada nas versões da Bíblia comouma rameira, meretriz ou prostituta, sendoque as duas últimas designações são usadasnas versões mais recentes.Nos tempos bíblicos, o meretrício era prati-cado com finalidades mercenárias e religi-osas. Esse fato deve ser observado no usodas várias palavras hebraicas que se refe-rem a uma meretriz. A palavra hebraicazona normalmente se refere a uma mulherque se ocupa dessa prática com finalidadesmonetárias. A prostituta religiosa era nor-malmente chamada de q‘desha, palavra quedesignava uma mulher pertencente a umaclasse especial de indivíduos religiosamen-te consagrados. Tanto na época do AT comodo NT, era muito comum que os sistemasreligiosos pagãos empregassem regular-mente prostitutas em seus rituais religio-sos nos santuários de seus ídolos, e as reli-giões cananéias não faziam exceção a essecostume. Era um sistema que endeusava osórgãos e as forças reprodutoras na suposi-ção de que a reprodução e a fertilidade danatureza eram controladas pelas relaçõessexuais entre deuses e deusas. Nesses san-tuários, os adoradores dessas seitas parti-cipavam de relações sexuais com prostitu-tas religiosas (do sexo masculino e femini-no) do santuário acreditando que elas iri-am induzir os deuses e as deusas a fazer omesmo trazendo, dessa forma, fertilidade eprodutividade à família, aos campos e aosrebanhos. Veja Seitas.Uma vez que as práticas idólatras dos cana-neus penetravam sorrateiramente no culto

ao Deus único e verdadeiro, não devemos nossurpreender ao encontrar algumas indica-

ções no AT de que havia sido feita uma ten-tativa de sincretismo entre esses rituais defertilidade e o culto ao Senhor (Am 2.7; Os4.13ss.; Jr 3.1,2).Duas outras frases ocorrem no texto hebrai-co de Provérbios fazendo referência às me-retrizes, isto é, 'ishsha nokriya (mulher es-

trangeira) e 'ishsha sara (mulher estranha).Por causa da freqüência desses termos emProvérbios podemos concluir que durante aépoca de Salomão a influência estrangeira àqual a nação de Israel estava sujeita causouum aumento da prostituição, sendo que mui-tas dessas prostitutas eram estrangeiras.No NT grego a única palavra que designa aprostituta é porne. Embora ela não ocorra commuita freqüência no NT, essa palavra eramuito comum; outras palavras etimologica-mente relacionadas a ela, dois substantivos eum verbo, tinham uma freqüência maior. A Bíblia defende consistentemente a pure-

za moral e mantém uma posição firme con-tra a prostituição de qualquer tipo. Vá ri asproibições podem ser encontradas na leimosaica (Lv 19.29; 21.7,14; Dt 22.21). O li- vro de Provérbios está repleto de advertên-cias àqueles que desejam procurar prosti-tutas. Os mesmos riscos eram enfrentadospelos crentes do NT, pois vários cultos dafertilidade ainda prevaleciam no ImpérioRomano e o aspecto geral da moralidade norimeiro século era bastante baixo. A proi-içào contra a prostituição seria incluídanas proibições gerais sobre os relacionamen-tos sexuais ilícitos, claramente expressas no

NT. Veja Fornicaçâo. As palavras para meretriz e o conceito demeretrício também têm um emprego figura-do muito significativo nas Escrituras, no qualaqueles que pertencem, supostamente, aopovo de Deus, mas que também são culpa-dos de apostasia, são considerados culpadosde prostituição. Existe uma dupla razão paraesse uso figurado, Primeiro, a apostasia po-dería na verdade envolver alguém no tipo deprostituição religiosa que já foi descrita. Maso segundo aspecto é, provavelmente, maisimportante, O relacionamento entre Deus eo seu povo é comparado, nas Escrituras, aorelacionamento do matrimônio; e este envol- ve uma união com fidelidade mútua. Dessamaneira, quando o povo de Deus comete umaapostasia, está, em sentido figurado, sendoculpado de praticar a prostituição, poistransgrediu aquele relacionamento comDeus que se assemelha ao matrimônio <cf.Nm 25.1,2. Jz 2,13-17; 8.27,33; Jr 3.1-6; Ez6.9; Os 4.12; 1 Co 6.15; Ap 2.21,22).Em Apocalipse 14.8 e 17.1-19.2, a meretrizchamada Babilônia representa um futurosistema religioso apóstata que é ao mesmotempo infiel e hostil a Deus.

Bibliografia. Wiliiam F. Albright, Archae-ology and the Religion of Israel, Baltimore.

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MERETR1Z, PROSTITUTA MEROZ

Johns Hopkins Press, 1953, pp. 74-78, 93,114ss., 158ss.; Yaweh and the Gods ofCana-an, Garden City, NY.; Doubleday, 1968, pp.119-152, Friedrick Haucke Siegfried Schulz,"Porne etc.", TDNT, VI, 579-595.

S. N. G.MERIBA1. O segundo dos dois nomes dados porMoisés a um lugar próximo a Refidim, du-rante a viagem de Israel para o Sinai. Porcausa da falta de água, o povo contendeucontra Moisés até que Deus providenciasseágua (o episódio em que Moisés feriu a ro-cha). Esse lugar recebeu o nome de Massa,“tentação”, e Meribá, “disputa” ( x 17.7) ou"provocação” (Hb 3.8). Veja Massa.2. Em Cades, quase no final das peregrina-ções no deserto, o povo de Israel novamentecontendeu com Moisés por causa da falta deágua. Embora Moisés tenha agido de formarebelde, a água foi providenciada, e recebeuo nome de “águas de Meribá” (Nm 20.1-13),que se distingue pela adição de Cades (Nm27.14; Dt 32.51), No entanto, Moisés e Arãoforam punidos pelo seu pecado (Nm20.12,24) , Veja Cades-Barnéia.MERIBÁ-CADESVeja Meribá.MERIBE-BAALVeja Mefibosete.MERODAQUE Veja Falsos deuses:Marduque

MERODAQUE-BALADÃ Esse nome é ge-ralmente escrito como Merodaque-Baladã (Is39.1) , mas em 2 Reis 20.12 algumas versõestrazem Berodaque-Baladã. Este pode tersido um erro de ortografia do copista ao re-presentar um som aproximado entre a letraraea letra b em acádio. O nome assírio sig-nifica “Deus deu um filho”.Merodaque-Baladã era um caldeu, filho deBaladã. Era um rei insignificante, mas po-deroso e valente, líder de um povo que vi- via nas terras pantanosas ao sul do Iraque.Sua capital era Bit Yakin. Em 722 a.C.,Merodaque-Baladã se rebelou contraSargão II, rei da Assíria, e foi por este re-conhecido como rei da Babilônia. Ele rei-nou durante 11 anos.Em 710 a.C., Merodaque-Baladã enviou umgrupo de embaixadores a Jerusalém para con-gratular Ezequias por ter se recuperado deave enfermidade (2 Rs 20.12-19; Is 39.1-8).as o verdadeiro propósito da embaixada eraalistar Ezequias em uma trama juntamentecom outras nações, contra a Assíria. Sargãofoi informado de tal conspiração, capturou aBabilônia e destronou Merodaque-Baladã deseu pequeno reino de Bit Yakin. Depois damorte de Sargão II (705 a.C.), ele recapturoua Babilônia em 703, mas não reinou por mui-to tempo, pois Senaqueribe, que era filho e

sucessor de Sargão II, expulsou-o da Babilô-nia e ele fugiu para Elão à procura de refú-gio. Embora tivesse deixado de governar aBabilônia, o seu povo (o povo caldeu) se tor-nou a casta reinante daquele país (cf. Ed 5.12;Dn 2.2,10; 5,7),

V. G. D.

MEROM As margens do Merom, Josué der-rotou os exércitos unidos da Galiléia (Js11.5-7). A localização dessa batalha aindaé discutida. O termo “águas de Merom” nãoindica o antigo Lago Huleh, mas uma nas-cente (cf. Js 15.7,9; 16.1; 19.46; Jz 5.19). Eledeve se referir à fonte da cidade de Meromonde Josué reuniu suas forças cananéias.Esse lugar aparece nos registros egípcioscomo mrÉm (no. 85 de Tutmósis III) e como mrm (Ramsés II). A forma assíria dessenome era Marum (Tíglate-Pileser III). Ge-ralmente, a cidade de Meirun é sugeridacom sendo a localização de Merom, mas essacolonização não é suficientemente antiga enesse local seria impossível o uso de bigas. As evidências atuais estão a favor de Tellel-Khirbeh, um pouco mais ao norte, aos pésde Jebel Marun. Foi uma cidade muito im-portante na Idade do Bronze, e o Uédi Fara,nas proximidades, é conhecido pelo grandenúmero de fontes. A planície que fica emseu lado oriental poderia ter sido um cená-rio adequado para uma batalha. Esse localestá situado cerca de 10 quilômetros a oes-te-noroeste de Hazor. A LXX usa o termo Marron tanto paraMerom como para Madom (Js 11.1-12;12.19) , cujo rei também veio para essa guer-ra. Portanto, é possível que Madom possa seridentificada com Merom e nào com KhirbetMadin, nas encostas de Qurn Hattin a oestedo mar da Galiléia.Bibliografia. Yohanan Aharoni, The Landof the Bible, Filadélfia. Westminster, 1967,pp. 205, 206, 210.

A. F. R.MERONOTITA Habitante de um lugarchamado Meronote, mencionado no AT. Ocontexto de Neemias 3.7 sugere que estavalocalizado nas vizinhanças de Gibeào eMispa. Duas pessoas têm o nome de“meronotita”. Jedias, que estava encarrega-do das jumentas de Davi (1 Cr 27.30), e Jadom, um dos repara dores do muro, sobNeemias (Ne 3.7).MEROZ Cidade ao norte do monte Tabor,perto do lago de Merom. Meroz não veio emauxílio de Israel contra os cananeus, e foiamaldiçoada pela profetiza Débora (Jz 5.23).Foi sugerido que, como os cananeus recebe-ram refúgio em Meroz, a cidade era uma co-munidade cananéia que vivia de acordo comuma aliança estabelecida com Israel.

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M S MESEQUE

M S Veja Calendário; Festividades; Tempo,Divisões do.MESATradução de sete palavras hebraicas e gregas.1. O termo heb. luah, “tábua” ( x 24.12;31.18),se refere às tábuas de pedra sobre as quais oSenhor escreveu os Dez Mandamentos. Elasforam colocadas na arca (Dt 10.5). O coraçãodeve ser como uma mesa, mas sensível, nãoduro como pedra, para que Deus possa impri-mir nele a sua lei de forma a governar a vidada pessoa (Jr 17.1).Veja Tábua.2. O termo heb. mesab, “mesa redonda” (Ct1,12) .

3. O termo heb. shulhan, “mesa”, a palavrahabitual do AT, designando a mesa dos pãesda proposição, isto é, o pão da “Presença” (Êx25.23ss.), uma mesa cerimonial no Taberná-culo, no Lugar Santo (Êx 26.35). Salomão fezdez mesas como esta para o Templo (2 Cr 4.8);o Templo de Ezequiel possuía 12 (40,39-43).Uma mesa idólatra para Gade, o deus da for-tuna, é condenada em Isaías 65.11, A mesade Malaquias 1.7 é o altar do Templo, umuso figurativo. As mesas dos reis são nota-das; Adoni-Bezeque (Jz 1.7), cujos inimigosestavam debaixo dela, a mesa mais antigamencionada na Bíblia Sagrada; a do rei Saulna qnal muitos comeram e que era, portan-to, grande (1 Sm 20.29,34); a comida da mesade Salomão despertou a admiração da rai-nha de Sabá (1 Rs 10.4,5); Davi foi o anfi-trião para várias pessoas em sua mesa (2 Sm9.7) , como também foram Jezabel (1 Rs18.9)e Neemias (Ne 5,17). As pessoas comuns pos-suíam mesas (1 Rs 13.20), e uma mesa foiprovidenciada para Eliseu (2 Rs 4,10).4. O termo grego anakeimai, “reclinar-se”,“mesa” (Jo 13.28), uma espécie de cama daaltura da mesa, que indica a postura habi-tual de se reclinar para comer. A mesa ti-nha freqüentemente a forma da letra U, coma finalidade de permitir o acesso dos servos(cf. também Lc 7.38; Jo 13.23), Geralmenteera suficientemente alta de forma que os cãespoderiam estar debaixo dela (Mt 15.27).5. O termo grego kline, “cama reclinável'’,“mesa” (Mc 7.4).6. O termo grego pior, "mesa”, “laje”, “tábua”(2 Co 3,3; Hb 9.4). Este é o equivalente gre-go para 0 termo hebraico mencionado no tó-pico 1 acima.7. O termo grego trapeza, “mesa”, com qua-tro pernas, usada para as refeições (Mt 15.27;Mc 7.28); aquelas que eram utilizadas peloscambistas no Templo (Mt 21.12; Mc 11.15);a mesa da última ceia (Lc 22.21); a mesa dacomunhão (1 Co 10.21), nina figura da pro- visão de Deus para a alma. Veja L Goppelt,

“Trapeza”, TDNT, Vllf, 209-215. H. G. S.MESA1. Rei de Moabe, nos reinados de Acabe,

Acazias e Jeorão (ou Jorão) de Israel, Na épo-ca de Onri e de Acabe, ele havia sido súditode Israel, mas se rebelou depois da morte de Acabe (2 Rs 1.1; 3.4,5) e se livrou do jugo is-raelita quando Jeorão subiu ao trono, depoisdo curto reinado de Acazias. Quando Jeorão,rei de Israel, Josafá, rei de Judá e o rei deEdom combinaram snas forças para invadirMoabe, Mesa sacrificou o seu próprio filho nosmuros de Quir-Haresete (q.u.) durante o cer-co daquela cidade moabita (3.9-27).Em 1868, a Pedra Moabita (q.u) foi desco- berta em Dibom, a capital do reino de Moabe.Ela foi evidentemente erigida em aprox. 830a.C.; contém uma inscrição de Mesa e foi es-crita no dialeto cananeu, semelhante aohebraico. Mesa menciona que Onri humilhouMoabe durante muitos anos e quando seu“filho” tentou fazer o mesmo, Mesa triunfousobre ele e sua família (isto é, família ou di-

nastia). Como F. M. Cross e D. N. Freemanexplicam (Early Hebrew Orthography, NeHaven. American Oriental Soc,, 1952, pp. 39-40, nota de rodapé), o termo “filho” aqui devesignificar “neto”, como acontece muitas ve-zes em outros registros, porque a Bíblia ex-plica ciar a mente que a revolta aconteceudepois da morte de Acabe.2. Filho primogênito de Calebe (1 Cr 2.42).3. Um benjamíta (1 Cr 8.9).4. Um dos limites do território dos joctanitas(Gn 10.29,30).

K. L.B.

MESA DE ESCRITAVeja Tábua; Escrita,MESA DOS PÃES DA PROPOSIÇÃOVeja Tabernáculo.MESAQUE Nome dado pelo chefe doseunucos de Nabucodonosor a Misael, um dostrês companheiros de Daniel (Dn 1,7; 2.49;3.12-30).Na língua hebraica, seu nome quer dizer“Quem é igual a Deus?” Dessa forma, temsido conjeturado que seu nome em acádiopode ter sido Mi.shaaku ou “Quem é igual a Aku [deus sumeriano da lua]?” Entretanto,

não se conhece nenhum nome babilônio iguala esse. Mas a mudança de nomes era muitocomum e isso geralmente significava o iní-cio de um novo estado na vida. Isso aparen-temente não implicava nenhuma desonra.Veja Abede-Nego; Sadraque.MESELEMIAS Nome de um membro datribo coraita, cujo filho Zacarias era portei-ro do Tabernáculo (1 Cr 9.21; 26,1). Tambémé chamado de Selemias (1 Cr 26.14).MESEQUE1. Um filho de Sem (1 Cr 1.17), provavelmen-te uma variação ortográfica de Más(q.v.; Gn10.23).2. Sexto filho de Jafé (Gn 10.2; 1 Cr 1.5) e

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MESEQUE MESOPOT MIA

ancestral de um povo mencionado por Eze-quiel e pelo Salmo 120.5, O Mushki das ins-crições assírias, primeiramente mencionadopor Tiglate-Pileser I (em aprox. 1100 a.C.), emais tarde por Salmaneser III (859-824 a.C.; veja Western Asiatic hiscriptions, I, 60ss.;Luckenbil], Ancien t Records of Assyria and

Babylon, II, 61), estava localizado entre aCilícia e o mar Cáspio. Na época de SargãoII (722-705 a.C.) esse povo havia se mudadopara a Frigia \q. v.) no norte da Anatólia e setornado um inimigo terrível, ctno rei Mitafoi mencionado nos registros de Sargâo. Umséculo mais tarde, Meseque (Frigia) é men-cionado junto com Javã (os gregos) e Tubalnos mercados de Tiro como comerciantes deescravos e vasos de bronze (Ez 27.13), Fo-ram relacionados como os “Moschoi” dentreos 19 sátrapas de Dario (Herõdoto iii. 94). Xa época de Herõdoto, eles se mudaram paraas montanhas a sudeste do mar Negro. Na

época greco-romana, eles viviam entre os riosCiro e Phasis (Strabo, xi, 2, 14, 16).Em Ezequiel 38.3 e 39.1, foi predito que essepaís seria aliado de Gogue (Ú.IJ.) e Magoguecontra Israel, e que compartilharia a destrui-ção pelo fogo (Ez 39.6).

H. G. S,MESEZABEL1. Descendente de Mesulão que ajudou a re-parar o muro de Jerusalém (Ne 3.4).2. Pessoa ou família que selou a aliança comNeemias (Ne 10.21)3. Pai de Petaías, um oficial que servia ao

rei (Ne 11.24).Esses nomes podem ser de duas ou três pes-soas, ou de um simples indivíduo.MESILEMITE Ancestral do sacerdote Adaías (1 Cr 9.12).MESILEMOTE1. Um eframita cujo filho e três outros che-fes da tribo se opuseram á escravização dopovo judeu que estava cativo (2 Cr 28.12).2. Um sacerdote chamado Azarei que foi de-signado como “filho de Azai, filho deMesilemote, filho de Imer” (Ne 11.13).

MESMAS PAIXÕES O termo “paixão” in-dica a presença de fortes emoções que se ori-ginam de uma condição da mente; a expres-são “semelhante a paixões” significa “damesma natureza humana”. Em Atos 14.15,os missionários rejeitaram a divindade queo povo desejava lhes atribuir, e em Tiago 5.17é provável que esteja sendo feita uma refe-rência especial às enfermidades emocionaise humanas de Eli seu,MESOBABE Um dos simeonitas relaciona-dos em 1 Crônicas 4.34, que eram chamadosde príncipes em suas famílias, e que ocupa-

vam um povoado de Cam, perto de Gerar.

Austen H. Layard, arqueólogo mesopotãmiopioneiro, vestido com roupas Bakhtiyari,retratado em sua obra Early Adventures

MESOPOTAMIA A palavra Mesopotâmia vem do grego e significa “entre rios”. Essesrios eram o Tigre e o Eufrates. No AT essapalavra é usada apenas cinco vezes e podeser assim entendida através da expressãohebraica 'aram nakarayim (veja o título doSalmo 60), que significa literalmente “Ara dosdois rios”. O povo chamado’aram em hebrai-co foi chamado de sírio em várias traduções.Havia um grande número de enclaves ondemoravam sírios e arameus, mas a área maisimportante estava localizada na região nor-te e leste do Eufrates, de onde se originou onome “Arã dos dois rios”. Na verdade, essaé a área a que o AT se refere quando utilizao termo Mesopotâmia, Lá viveram os an-cestrais de Abraão, na região de Harã (Gn11.316), e de lá partiu o servo de Abraãopara a cidade de Naor, até a casa de Labão,para conseguir Rebeca como esposa paraIsaque (Gn 24.10). Balaão, o falso profetade Números 22-24 veio de Petor, na Meso-potâmia (Aram-nuharaim, Dt 23.4). No NT,o termo grego tem um sentido mais amplo eabrange o território da antiga Babilônia eda Suméria, incluindo tanto a cidade de Urdos caldeus (At 7.2), como também a Síria,Os “moradores da Mesopotâmia’', presentesem Jerusalém para a Festa do Pentecostes(At 2.9), incluíam os judeus da Babilônia,Nipur, Ctesiphon e outras cidades próximasonde existiam comunidades judaicas.

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MESOPOT MIA MESOPOT MIA

A Mesopotâmia teve uma história complica-da que envolvia muitos grupos étnicos. De

uma forma geral, as tribos de beduinossemi ticos do sul e do oeste se estabeleceramnas terras férteis existentes entre os doisrios, enquanto os nômades não semitas (indo-europeus em sua maioria) se mudaram paraa mesma área vindos do norte e do leste.Essas culturas se fundiram na região cha-mada Mesopotâmia. O texto em Juizes 3.8-10 retrata uma época em que um elementonão se mítico estava governando esses povos.Na época dos juizes, Cusã-Risataim foi pro-

vavelmente um rei cassita cujo povo haviagovernado a '‘terra entre os rios” durantemuitos séculos. Mas os cassitas formavam

um povo culturalmente inferior àqueles queos precederam, como os amorreus, sob seufamoso rei Hamurabi.

Um leão em tijolo esmaltado da porta deIshtar, Babilônia. LM

Por razões de conveniência, a Mesopotâmiapode ser dividida nas regiões suí, média e

norte. Na região sul, os sumerianos nãosemitas foram o primeiro povo do períodohistórico a governar essa terra. Eles deixa-ram marcas permanentes em todas as cul-turas que se seguiram por terem inventadoo sistema de escrita que continuou a preva-lecer na Mesopotâmia ao longo do período bíblico. Veja Sumérios. Um povo de menorimportância, que influenciou o sul da Meso-potâmia, era formado pelos elamitas nãosemíticos (q.i.1.). No norte, os povos nãosemíticos hurrianos (veja horeus), cassitas,urartianos e proto-háticos prevaleceram emdiferentes épocas. Mas coube aos semitas

desenvolver os reinos mais fortes e contri- buir para a cultura da Mesopotâmia duran-te a maior parte de sua história.Isso começou com o reino dos acadianos quesurgiram nessa região por volta do ano 2500a.C., e adotaram grande parte da cultura su-meriana. Os amorreus (ou proto-arameus) vieram do deserto sírio-árabe em aprox. 2000a.C, Esses povos falavam uma língua semíticaocidental semelhante à língua hebraica e ara-maiea. Ficaram conhecidos através de milha-res de documentos de argila da cidade de Mari(q.e. veja também Amorreus) da média Me-sopotâmia. Da fusão desses e de outros ele-

mentos surgiu o povo que veio a ser conheci-do como os Dabilõnios, cujo nome se originada capital, Babilônia, enquanto ao sul surgia

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MES0P0TAM1A MESSIAS

o povo chamado assírio, nome de sua capitalao norte do Tigre, que também tinha o nomedo seu deus, Assur. Veja Assíria; Babilônia.Em aprox. 1000 a.C., surgiu uma tribo desemitas que tinham o nome de caldeus (vejaCaldéia). A princípio, eles somente pertur- bavam os seus senhores assírios, mas depois

esse grupo ajudou a derrubar esses gover-nantes, no que foram ajudados pelos nôma-des do norte, chamados citas e por duas tri- bos árabes do leste, chamadas medos epersas. Em seguida, surgiu um reinoneobabílônio de curta duração, governadopelos caldeus no século VI a.C. Na metadedo século VI a.C., esses persas, sob o gover-no de Ciro o Grande, se estabeleceram comogovernantes supremos não somente da Me-sopotâmia, como também de todo o OrientePróximo até as conquistas de Alexandre oGrande. Veja Nações.

Bibliografia, J. J. Finkelstein, “Mesopotâ-mia”, JNES, XXI (1962), 73-92. Roger T.0’Callaghan, Aram Nakaraim, Roma.Pontificium Institutum Biblicum, 1948. A Leo Oppenheim, Ancient Meaopotamia, Chi-cago. Univ, of Chicago Press, 1964. GeorgesRoux,Ancient/rog, Nova York, World, 1964.

E. B. S.MESSIAS A palavra “Messias”, como umatransliteração da palavra hebraica mashiach vem do aramaico mashicha e do grego mes-sias. Sua origem hebraica é encontrada no verbo mashach, isto é, “ungir”, que foi tra-duzido muitas vezes como “o ungido”. Na ver-são KJV em inglês, o termo “Messias” só apa-rece como uma transliteração em Daniel9.25,26 e em João 1.31; 4.25. A palavra Mashiach ocorre 37 vezes como “o ungido”na versão KJV em inglês. Dessas 37 ocor-rências, 4 referem-se ao sumo sacerdote comosendo um ungido de Deus (Lv 4.3,5,16; 6.22),porque o óleo da unção era derramado sobreo sumo sacerdote em sua consagração, e 33se referem ao rei. Parece que as referências bíblicas feitas ao rei como “ungido do Senhor”se originam do profundo respeito de Davipelo rei como representante de Jeová. A

maior parte das primeiras ocorrências des-sa palavra vem das referências feitas porDavi a Saul e as demais ao próprio Davi enão a qualquer outra pessoa, embora ela te-nha sido usada para outros reis, até para orei Ciro da Pérsia (Is 45.1) e para os patriar-cas em retrospecto (SI 105.15; cf. 1 Cr 16.22).Na literatura intertestamentária, a palavra“Messias” não é encontrada nos Apócrifos,mas ocorre em alguns livros pseudoepígrafos(Salmos de Salomão 17.32; 18.5, 7; Enoque48.10; 52.4; 2 Esdras 7.28,29; 12.32; e 2 Ba-ruque 38.7; 40.1; 70.9; 72.2). Também ocor-rem referências na literatura de Qumran,

nos Targum aramaicos, no Talmude e em al-gumas antigas orações hebraicas.

No NT, a palavra gregaC risíos tem o mes-mo significado de “ungido”, assim como étransmitido pela palavra hebraica mashiach. A idéia messiânica do AT não está especial-mente associada ao rei que está temporari-amente no trono, embora a palavra seja usa-da muitas vezes dessa maneira, mas a um

rei escatológico e a um reinado de caráterutópico. A idéia do Messias e de seu papelmessiânico é muito mais ampla do que o usodesses termos, embora ela esteja certamen-te centrada em tomo do conceito de um rei-nado davídico como sendo o ideal em termosde um futuro rei e reinado maiores e maisperfeitos. Em Davi se encontra a fonte, ouas fontes, dos conceitos messiânicos; no en-tanto, as expectativas da providência espe-cial das bênçãos de Deus ao seu povo encon-tram, em seu reinado, um centro em tornodo qual podem ser expressas de forma con-creta. A profecia de Natâ (2 Sm 7,4-17) for-ma uma base sólida para a expressão daspromessas e expectativas escatológicas atra- vés da linhagem de Davi. A idéia do Messias não pode ficar estrita-mente confinada ao ensino que está orien-tado ao rei escatologicamente ungido. O ter-mo Messias tem descrito todos os ramos dasprofecias do AT que falam daquele que viráde Deus para cumprir as promessas de li- bertação, e as promessas de um novo esta-do de bênçãos divinas. A natureza dessa li- bertação, assim como a natureza do estadode bênçãos divinas e a natureza do Messi-as, variam imensamente nas diversas fon-tes de promissora esperança que aparecemno AT. De fato, essas profecias variam tan-to que eram aguardados Messias de váriostipos, com uma variedade de nomes descri-tivos, POT aqueles que aceitavam essas di-ferentes concepções, tanto no período inter-testamentário como na época do NT, assimcomo em toda a era cristã, O termo Messiasabrangia outras figuras proféticas do AT,como o Profeta que seria semelhante a Moi-sés, o Servo Sofredor de Is aí as, o Ramo de Jeremias, o Filho do Homem de Daniel eoutras figuras, inclusive a do próprio Senhorcomo o libertador de seu povo. Ahistória das promessas messiânicas, comofoi apresentada nas Escrituras, começa como registro da afirmação de Deus à serpentee a Eva no Jardim do Éden, em relação àdescendência de ambas. A queda de Adão eEva de seu estado imaculado de pureza parao advento do pecado no jardim, através dassedutoras sugestões da serpente, produziua divisão entre as forças do bem e do malque, no final, resultaria na vitória sobre omal por um descendente da prole de Eva.Essa vitória sobre o mal, e o consequenteretorno a uma abençoada existência seja emnível espiritual ou físico, encontra-se sub-acente a todos os conceitos e representa-ções messiânicos. O dia em que a vitória virá

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MESSIAS MESSIAS

é, muitas vezes, mencionado como o dia doSenhor.Uma das primeiras profecias messiânicas éencontrada na bênção de Jacó, quando elediz; “O cetro não se arredara de Judá, nem olegislador dentre seus pés, até que venhaSiló; e a ele se congregarão os povos” (Gn

49.10). A despeito do significado da expres-são “até que venha Siló”, que já teve váriastraduções, nesse caso existe a profecia de umrei da tribo de Judá. Como Siló significa “re-pouso”, muitos acreditam que essa passagemesteja se referindo a uma dinastia em Judáaté a chegada do provedor do repouso. Comuma mudança de vogais (que não constavamdo texto original), essa frase poderia ser tra-duzida como “até que venha aquele de quemela é”. De qualquer forma, um clímax deve-ria vir através de alguma pessoa suprema.O vidente Balaão também previu a vinda deum rei triunfante, como foi registrado em

Números 24,17,19 - “Uma estrela procede-rá de Jacó, e um cetro subirá de Israel... Edominará um de Jacó...” A maioria das profecias sobre o rei messiâ-nico surgiu da idéia de um rei da linhagemde Davi e de seu reino como sendo o reinoideal; sendo assim, elas têm, portanto, umaforma política e nacional, embora o domínionacional fosse considerado universal.Isaías viu o amanhecer de um novo dia atra- vés de um menino de paz, com nomes extra-ordinários que pertenciam a Deus, e que dotrono de Davi exercería um governo eternode expansão ilimitada (Is 9.2-7). As caracte-rísticas de paz, espiritualidade, beneficên-cia, justiça e universalidade que formam asua raiz, e de onde brotarão os rebentos de Jessé, estão magnífica mente enfatizadas emIsaías 11. Jeremias também se refere ao Messias comoo Renovo; “Eis que vêm dias, diz o Senhor,em que levantarei a Davi um Renovo justo;e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, eexecutará o juízo e a justiça na terra" (Jr23.5). No verso seguinte, aquele que virá échamado de “Senhor, Justiça Nossa”,Miquéias refina ainda mais a informaçãoreferente à vinda messiânica ao profetizarque o rei virá de Belém (Mq 5.2), cnamando-o de desbravador (que; Mq 2.13), enquantoEzequiel vê “Davi" vindo como pastor e prín-cipe (Ez 34.23,24) e Zacarias o retrata como“justo e Salvador, pobre e montado sobre umumento” ao entrar em Jerusalém (Zc 9.9).Especialmente notáveis, pelas suas muitasreferências messiânicas, são os Salmos 2,45,72 e 110. A aliança de Davi prometia umafiliação única à linhagem real de Davi, quenão poderia se cumprir totalmente até quea sua dinastia apresentasse um rei quepersonificasse esse relacionamento único efilial com Deus (2 Sm 7.14). O Salmo 2enfatiza esse relacionamento: “Tu és meuFilho; eu hoje te gerei” (v.7). O Salmo como

um todo retrata o caráter universal do reinomessiânico, e o poder que o Messias teriapara subjugar as revoltas. O Salmo 45 mos-tra o rei messiânico como sendo maior do queSalomão, assim como o Salmo 2 representao Messias como maior do que Davi. EsseSalmo também está em linha direta com a

aliança de Davi. A principal ênfase dos ver-sos 6 e 7 está na duração eterna do tronodesse Rei Justo que é chamado de Deus. A fonte original da idéia do reino eterno estáem 2 Samuel 7.13,16. As afirmações contidas no Salmo 89.4 sãoparalelas às do Salmo 45: “A tua descendên-cia estabelecerei para sempre e edificarei oteu trono de geração em geração”, No Salmo89.36,37 lemos: “A sua descendência durarápara sempre, e o sen trono será como o solperante mim; será estabelecido para semprecomo a lua”. No Salmo 72,5 lemos: “Temer-te-ão enquanto durar o sol e a lua, de gera-

ção em geração”, e em Isaías 9.7 lemos; “Doincremento desse principado e da paz, nãohaverá fim...”. Os mesmos sinais de duraçãoeterna e de governo justo que, em toda par-te, são marcos do Messias, e que foram pro-metidos como o ápice da linhagem de Davi,estão aqui evidentes no Salmo do Deus-Rei.No Salmo 72, o sublime caráter do justo ecompassivo Rei-Messias e de seu reino foireunido ao seu domínio universal de eternaduração para nos dar um retrato de um go- verno e de um governante utópicos.O Salmo 110 apresenta o eterno reino deum sacerdote-rei. O salmista canta um orá-culo que Jeová irá cumprir quando a alian-ça de Davi produzir seus frutos através doRei-Messias. O Messias será colocado à mãodireita de Jeová, onde irá permanecer atéque todos aqueles que se opõem a Ele este-am prostrados a seus pés. Um elemento in-teiramente novo foi agora introduzido aoquadro messiânico. Esse Rei Todo-Podero-so também será um eterno sacerdote comdomínio eterno sobre as funções governa-mentais e eclesiásticas.Isaías introduz outro curso ao rio da profeciamessiânica nas passagens do Servo do Senhor(42.1-9; 49.1-6; 50.4-9; 52.13- 53.12), que en-contram o seu ponto culminante em Isaías 53. Aqui, o Servo do Senhor é um líder rejeitadoe sofredor, que experimenta uma mortesubstitutiva pelo seu povo, mas que, no en-tanto, prolonga os seus dias e prospera.Daniel nos oferece ainda outro tributo a essacorrente crescente quando conta suas visõesdo fim dos tempos. Em uma visão crucial elecontempla uma figura “como o Filho do ho-mem" que vinha nas nuvens do céu, receben-do do Ancião de Dias um reino glorioso, uni- versal, eterno e derradeiro (Dn 7,13). Essa visão contém os elementos paradoxais dahumanidade e da divindade nas frases:“como o Filho do homem” e “vinha nas nu- vens”, porque o Filho do homem representa

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MESSIAS MESTRE

o ser humano, e as nuvens do céu eram con-sideradas o veículo de Deus.Embora alguns insistam que essa figura sejaa personalização dos santos do Altíssimo, quemais tarde iriam possuir o reino (vv. 18,22),essa conclusão não é garantida porque emoutras passagens das visões de Daniel, são

feitas referências ao rei e ao reino nas mes-mas figuras (7.17; ef. 23). A diferença entrea representação da visão do Filho do homeme do rei Davídico se encontra nas caracterís-ticas da profecia apocalíptica. O rei Davídicodeveria nascer como um bebê da linhagemde Davi na terra, mas o Filho do homem vemde cima, do céu. O rei Davídico deveria ex-perimentar o crescimento normal de um serhumano e estender o seu controle sobre aterra; o Filho do homem vem rapidamente,como um cataclismo do céu. E os dois reinosdeveríam ser eternos e universais. No perío-do intertestamentário, a figura do Filho do

homem aparece especialmente em 1 Enoque,onde as características da visão de Danielsão evidentes.Outro curso da profecia messiânica tem iní-cio com a promessa de Deus a Moisés, regis-trada em Deuteronômio 18.15, onde estáprometido um profeta semelhante a Moisés.Os samaritanos, em especial, usavam Deu-teronômio 15 como um texto de provamessiânica; portanto não é de surpreenderque a mulher de Samaria, com quem Jesusfalou, dissesse que o Messias lhes anuncia-ria tudo (Jo 4.25). A própria vinda do Senhor contribui paraesse curso messiânico. As referências espe-ciais a Jeová, como aquele que vem comoSalvador e Redentor, representam em Isaíasmais um acréscimo ao retrato messiânico (Is35.4; 40.10; 59.20). Esta é a forma como ocaminho de Jeová está sendo preparado emIsaías 40. o Senhor Deus que deve vir parareinar, alimentar e cuidar de seu rebanho(Is 40.3,4,9-11). Malaquias também predis-se a vinda do próprio Senhor depois que oseu mensageiro tivesse preparado o caminhoantes dele (Ml 3.1).Da literatura intertestamentária, incluindocertos escritos de Qumran, e também do NT,fica evidente que essa rica e variada apre-sentação de alguém que deveria vir para con-duzir o dia do Senhor foi entendida como anoção de diferentes Messias. Só depois que Jesus de Nazaré guiou esse povo a um únicocurso, é que alguém considerou possível har-monizar, em uma única pessoa, todas as es-peranças messiânicas.Ocasional mente, nosso Senhor revelou emuma única afirmação dois ou mais temas daprofecia messiânica do AT como, por exem-plo, quando disse; “Bem como o Filho do Ho-mem não veio para ser servido, mas para ser- vir e para dar a sua vida em resgate de mui-tos” (Mt 20.28; Mc 10.45). Aqui foram reuni-dos o apocalíptico Filho do homem de Daniel,

e o profético Servo do Senhor de Isaías (Is 53), As aparições pós-ressurreição dizem, espe-cialmente, que Jesus ensinou a seus discí-pulos como as profecias do AT se cumpriramem sua pessoa (Lc 24.27,44-47; At 1.3).De acordo com os escritores do NT, muitasdessas profecias se cumpriram no primeiro

advento de Jesus. Outras foram relaciona-das, pelo próprio Senhor Jesus, ao períodoexistente entre os dois adventos ou à épocade sua volta; se não fosse pelo sen cumpri-mento inicial, certamente o seriam pela suaculminação. Portanto, a profecia do Filho dohomem está relacionada a uma época poste-rior à de seu primeiro advento, de acordo comas suas palavras a Caifás (Mt 26.63-64) e amensagem que tTansmitiu aos seus discípu-los em Mateus 24. A responsabilidade do NT é mostrar que Je-sus é o Messias prometido no AT, e que Elepróprio deu aos seus discípulos as indicações

para a interpretação do AT. O Senhor JesusCristo disse aos discípulos na estrada deEmaús: “Assim está escrito, e assim convi-nha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia,ressuscitasse dos mortos; e, em sen nome, sepregasse o arrependimento e a remissão dospecados, em todas as nações” (Lc 24. 46,47).Veja Jesus Cristo.Bibliografia. A. Bentzen, King and Messiah, Londres. Lutterworth Press, 1955.Charles A, Briggs, Messianic Prophecy, Nova York. Scribnerís Sons, 1886.The Messiah othe Gospels, Edinburgh. T. & T. Clark, 1894;

The Messiah of the Apostles, Edinburgh. T.& T. Clark, 1895. A. Edersheim,Prophecyand Histoiy in Relation to the Messiah, Lon-dres. Longmans, Green and Co., 1885. T. F.Glasson, Moses in the Fourth Gospel,Naperville. Alec R. Allenson, Inc., 1963. E W. Hengstenberg, Christolúgy ofthe Old Tes-tament, Washington, D.C.: William H.Morrison, 1836. S. Mowinckel, He TkatCometh, Nova York. Abingdon, s.d. EdwardRiehm, Messianic Prophecy, Edinburgh. T. & T. Clark, 1876. H. Ringgren,The Messiah inthe Old Testament, Chicago. Alec R. Allenson, Inc., 1956. H. H. Rowley, TheRelevcince of Apocalyptic, Londres.Lutterworth Press, 1944; The Servant oftheLord and Other Essays on the OldTestament,Londres, Lutterworth Press, 1952. Wílhelm Viseher, The Witness of the Old Testamentto Christ, Londres. Lutterworth Press, 1949.Edward J. Young,The Messianic Propheciesof Daniel, Grana Rapids. Eerdmans, 1954.

E. S. K.MESTRE Nas Escrituras, essa palavra estágeralmente designando uma pessoa que ésuperior a outras, em poder, autoridade, co-nhecimento ou em algum outro aspecto. Várias palavras são traduzidas como “mes-

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MESTRE METLI SALEM

tre” nas várias versões da Bíblia Sagrada. A palavra hebraica mais frequente, ’adon, sig-nifica “soberano” ou “senhor”. O significadoliteral de várias palavras gregas varia de “ins-trutor” ou didaskalos, como em Mateus 10.24,até “déspota” ou despotes, como em 1 Pedro2.18. Outra palavra grega traduzida como

“mestre”, epistates, significa “alguém nomea-do sobre” outros, como em Lucas 5.5. Aindaoutra palavra grega é, na verdade, hebraica- “rabbi” que significa “meu mestre” (“supe-rior” ou “professor”), como em João 4.31. Umaquinta palavra grega para “mestre” é kunosque geralmente foi traduzida como “senhor”ao longo de todo o NT e significa “supremo”(em autoridade). No sentido mais elevado, otítulo se aplica apenas ao Senhor. Ainda exis-tem outras palavras gregas e hebraicas comdiferentes aspectos de significado que foramtraduzidas como “mestre”.Duas palavras gregas para “mestre” ocorrem

em Mateus 23.8-10, “Vós, porém, não queiraisser chamados Rabi {rhabbi, “meu mestre”, ou“professor”], porque um só é o vosso Mestre[kathegetes, “líder” ou “professor”], a saber, oCristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguémna terra chameis vosso pai porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. Nem voschameis mestres [kathegetes, “líderes”], por-que um só é vosso Mestre, que é o Cristo”.Veja Rabi; Educação; Ensinar.

MESULÃOMESULÃOMESULÃOMESULÃO1. Avô de Safã, o escriba que foi enviado

pelo rei Josias a Hilquias para adminis-trar o dinheiro trazido para reparar o Tem-plo (2 Rs 22.3).2. Nome do primeiro filho de Zorobabel (1Cr 3.19).3. Chefe da tribo de Gade que residia emBasâ na época de Jotão e Jeroboão II (1Cr 5.13),4. Um benjamita, descendente de Elpaal quemorou em Jerusalém depois do retorno daBabilônia (1 Cr 8.17).5. Um benjamita, pai de Saiu que morouem Jerusalém depois do retorno do cativei-ro. Era filho de Joede (Ne 11.7) ou Hodavias(1 Cr 9.7),6. Outro benjamita, filho de Sefatias, que vi- veu em Jerusalém depois do cativeiro (1 Cr9.8) .7. Um sacerdote, filho de Zadoque, cujos des-cendentes moraram em Jerusalém depois doretomo do cativeiro (1 Cr 9.11; Ne 11.11).Ele é provavelmente o mesmo Salum. ances-tral de Esdras. Veja Salum.8. Filho de Mesilemite e ancestral de Adaías.Tornou-se sacerdote depois do retorno daBabilônia (1 Cr 9.12).9. Levita da família de Coate, supervisor dosreparos no Templo na época de Josias (2 Cr34.12) .10. Um dos chefes levitas enviado por Esdras

a Casifia para reunir os levitas e os netineuspara o retomo a Jerusalém (Ez 8.16ss.).11. Um chefe, provavelmente levita, nosdias de Esdras, que ajudou a resolver o pro- blema da dissolução dos casamentos de ju-deus com esposas pagãs. Possivelmente amesma pessoa mencionada no item 10 aci-

ma (Ed 10.15).12. Membro da família de Bani que expulsousua esposa pagã na época de Esdras (Ed 10.29).13. O filho de Berequias que trabalhou naconstrução do muro, sob as ordens de Nee-mias. Sua filha se casou com Joanâ, filho doinimigo de Neemias, Tobias, o amonita (Ne3.4,30; 6.18).14. O filho de Besodias que ajudou a repararo antigo portão de Jerusalém (Ne 3.6).15. Um dos chefes na época de Esdras, quepermaneceu ao seu lado quando o profeta leua lei para o povo (Ne 8.4). Provavelmente omesmo homem que selou a aliança de Nee-

mias (Ne 10.20).16. Sacerdote que assinou a aliança de Nee-mias (Ne 10.7).17. Sacerdote, chefe da casa de Esdras, naépoca do sumo sacerdote Joiaquim (Ne12.13) . Pode ter sido o homem que tomouparte na dedicação do muro (Ne 12.33), mascomo havia muitos que tinham o mesmonome, não é possível determinar especifica-mente quem era.18. Outro sacerdote da época de Joiaquim,chefe da casa de Ginetom (Ne 12.16).19. Um levita que tinha a responsabilidadede ser um porteiro do Templo (Ne 12.25).

P.P.P.P. C. J.MESULEMETE Forma feminina deMesulão. Filha de Haruz de Jotbá (2 Rs21.19), era esposa de Manasses e mãe de Amom, rei de Judá.METAISMETAISMETAISMETAISVeja Minerais e Metais.

METALÚRGICOMETALÚRGICOMETALÚRGICOMETALÚRGICO Veja Minerais e Metais;Ocupações: Ourives, Refinador, Ferreiro.METEGUEMETEGUEMETEGUEMETEGUE----AMA Há AMA Há AMA Há AMA Há versões que tradu-zem essa palavra em 2 Samuel 8.1 como“as rédeas da metrópole”. Essa terminolo-gia se referia a Gade, a capital dos filisteus. Algumas questões estão relacionadas a 2Samuel 8.1. Existe a possibilidade dessenome ter simplesmente caído em desuso.Entretanto, a versão NASB em inglês in-terpreta essa passagem da seguinte manei-ra: “Davi assumiu o controle da principalcidade de...”.METUSAELMETUSAELMETUSAELMETUSAEL Filho de Meujael, descenden-te de Caim e pai de Lameque (Gn 4.18).METUSALÉMMETUSALÉMMETUSALÉMMETUSALÉMPai de Lameque, avô de Noée filho de Enoque. Ele morreu com 969 anos

de idade (Gn 5.25-27), no ano do Dilúvio.

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MEUJAEL M1CA AS

MEUJAELMEUJAELMEUJAELMEUJAELDescendente de Caim através deEnoque e Irade (Gn 4.18).

MEUMAMEUMAMEUMAMEUMAUm dos sete criados (eunucos) queministravam na presença de Assuero, o reida Pérsia (Et 1.10).MEUNIMMEUNIMMEUNIMMEUNIM A LXXigualaigualaigualaiguala os meunim (em he-

braico, m‘‘umm) aos mineus que constituí-am o antigo reino árabe do sul de Maln. Al-guns escritores modernos procuram o lar dosmeunim em Maom (q.v.), a moderna TellMa‘ín, aprox. 15 quilômetros ao sul deHebrom. Entretanto, suas associações como AT apontam, antes, para Ma‘ân, que estáaprox. 20 quilômetros a sudeste de Petra, asua capital. Eles sempre foram inimigos dopovo hebreu, mas foram primeiramente der-rotados por Israel no período pré-monárquico(Ja 10.12, onde são chamados de “maonitas”)e, em seguida por Josafá (2 Cr 20.1 onde deve

ser lido “meunítas” no lugar de “amonitas”),por Uzias (2 Cr 26,7) e pelos simeonitas du-rante o reinado de Ezequias (1 Cr 4.41). Osfilhos de Meunim são relacionados entre osnetineus (ou “os servos do Templo”) que re-tornaram à Palestina com outros exiladosdurante o inicio do período persa (Ed 2.50;Ne 7.52). Eles eram, aparentemente, descen-dentes dos cativos que foram levados duran-te as batalhas mencionadas acima.

R.Y.MEMEMEME----ZAABEZAABEZAABEZAABE Avô de Meetabel, esposa deHadar, oitavo rei de Edom (Gn 36.39; 1 CrI. 50). Alguns sugerem que este seria, pro- vavelmente, o nome de um lugar e não deuma pessoa (HDB 3.357) e seria possívelidentificá-lo com Di-Zaabe (ISBE 3.2045).MEZOBAÍTAMEZOBAÍTAMEZOBAÍTAMEZOBAÍTA Jasiel, um dos valentes deDavi, era designado como mezobaíta (1 CrII, 47). Como não há nenhuma comunidadeconhecida no AT com o nome de M r fsob, tal- vez esse termo signifique “homem de Zobá”.MEZUZAMEZUZAMEZUZAMEZUZA Trata-se de um pergaminho afi-

xado no batente da porta de famílias judiascomo sinal de fé.Veja Filactérios.

MIAMIMMIAMIMMIAMIMMIAMIM Na versão KJV em inglês, essenome foi redigido duas vezes como Miamim(Ed 10.25; Ne 12.5).1. Descendente de Arào e chefe do sexto dos24 turnos nos quais Davi organizou os sa-cerdotes (1 Cr 24.9).2. Membro da família de Parós que havia secasado com uma mulher estrangeira no pe-ríodo pós-exílico (Ed 10.25).3. Sacerdote que assinou a aliança com Nee-mias (Ne 10.7).4. Sacerdote que retomou da Babilônia comZorobabel e Jesua (Ne 12.5, 7).

MIBARMIBARMIBARMIBARUm dos valentes de Davi, filho de

Hagri (1 Cr 11.38). Na passagem paralela (2Sm 23.36) lê-se: “... de Zobá; Bani, gadita",

MIBSÃO1. Filho de Ismael (Gn 25.13; 1 Cr 1.29).2. Descendente de Simeão (1 Cr 4.25), possi- velmente com o mesmo nome do ismaelita

Mibsão.MIBZAR Um chefe de Edom, listado em Gê-nesis 36.42; 1 Crônicas 1.53. Ensébio (ISBE,Driver, Dillman) relaciona Mibzar comMibsara, uma grande aldeia (ISBE III2045).MICA O nome Mica, que significa “Quemécomo Jeová”, era muito comum entre oshebreus, É também uma variante deMicaías.1. Um eframita que viveu na época dos juizes(Jz 17-18). Sua mãe tinha 200 siclos de pratafundidos como a imagem de um ídolo que, aofinal, foi capturado por um grupo de danitas.2. Chefe de uma família de Rúben (1 Cr 5.5).3. Filho de Mefibosete e neto de Jônatas (1Cr 8.34,35; cf. 2 Sm 9.12).4. Levita da família de Asafe (1 Cr 9.15).Talvez seja a mesma pessoa mencionada noitem 3 acima.5. Um coatita (1 Cr 23.20,24,25).6. Pai de Abdom a quem Josias enviou a con-sultar ao Senhor quando o livro da lei foi en-contrado (2 Cr 34.20,21). É chamado deMicaías em 2 Reis 22.12.7. Levita que selou o pacto com Neemias (Ne10 .11 ). 8. Levita que era descendente de Asafe (Ne11.17,22; cf. 1 Cr 9.15). O nome completo,“Micaías”, é usado em Neemias 12.35, 41.Veja Micaías.MICAEL Nome hebraico de 10 personagens bíblicos e que significa: “Quem é como Deus?”1. Pai do espia que representava a tribo de Aser (Nm 13.13).2 e 3. Dois homens de Gade, um descenden-te do outro (1 Cr 5,11,13,14).4. Levita e ancestral de Asafe (1 Cr 6.39,40).5. Um chefe da tribo de Issacar (1 Cr 7.3).6. Um descendente de Benjamim (1 Cr 8.16).7. Guerreiro manassita que estava ao ladode Davi (1 Cr 12.20).8. Homem de Issacar cujo filho foi nomeadopor Davi para governar o território destatribo (1 Cr 27.18); provavelmente a mesmapessoa mencionada em 5.9. Um dos sete filhos do rei Josafá, assassi-nado por seu irmão Jeorão (2 Cr 21.2-4).10. Pai de um líder de 80 pessoas que retor-naram da Babilônia (Ed 8.8),MICAÍAS Às vezes este nome aparece abre- viado, como Mica(q.v.). 1. Mãe do rei Abias (2 Cr 13.2, Micaía), tam- bém chamada de Maaca em algumas versões(2 Cr 11.20).

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MICAiAS MICNE1AS

2. Pai de Acbor (2 Rs 22.12) chamado de Micaem 2 Crônicas 34.20.Veja Mica 6,3. Um dos cinco príncipes enviados por Josafápara ensinar a lei de Deus em toda a naçãode Judá (2 Cr 17.7).4. Ancestral de Zacarias que era trombetei-ro na dedicação do muro (Ne 12.35).5. Um dos sacerdotes que tocavam trombe-tas na dedicação do muro (Ne 12.41),6. Aquele que relatou aos príncipes a leituraque Baruque fez da profecia de Jeremias (Jr36.11-13).7. Filho de Inlá e profeta em Israel durantea época do rei Acabe. O único evento de seuministério, descrito específica mente, é suaprevisão relativa à morte de Acabe e à der-rota de Israel nas mãos dos síros (1 Rs 22.4-28; 2 Cr 18.3-27). Tendo estabelecido umaafinidade com Acabe, Josafá, rei de Judá,concordou em lutar com Israel contra a Síriapor causa de fEamote-Gileade. Entretanto, Josafá queria conhecer, em primeiro lugar,a vontade do Senhor sobre o assunto. Por-tanto, Acabe convocou 400 profetas, distin-ta mente chamados de “seus profetas” (2 Cr18,21,22). Todos, em uníssono, predisserama bênção de Deus para a vítóna de Acabe.No entanto, Josafá ainda não estava satis-feito e solicitou um profeta de Jeová. Comrelutância, Acabe chamou Micaías (cujonome significa “Quem é como Jeová?”), de-pois de declarar seu ódio por este profeta,porque sempre havia previsto o mal a seurespeito. Após a insistente recomendaçãopor parte do mensageiro para que concor-dasse com os 400 profetas, Micaías primei-ramente com espírito de ironia concordou,mas em seguida previu o desastre. Acabeatribuiu isso ao ódio pessoal que Micaíassentia por ele. No entanto, Micaías afirmou,como Palavra do Senhor, que o próprio Se-nhor havia permitido que um espírito men-tiroso falasse através dos profetas de Aca- be, Zedequias, evidentemente um líder dosfalsos profetas, bateu no rosto de Micaías(2 Cr 18.23) e Acabe ordenou que fosse pre-so declarando, como um desafio, que a pro-fecia de Micaías não se cumpriría. Micaías,fiel a Deuteronômio 18.20-22, apostou pu-

blica mente no cumprimento de sua profe-cia. Nada mais se sabe sobre ele nas Es-crituras, mas Acabe teve que aprender quea Palavra do Senhor, através de Micaías,era verdadeira. Apesar de Acabe ter se dis-farçado, “um homem, na sua simplicidade,armou o arco, e feriu o rei de Israel entreas junturas e a couraça” e ele morreu aoanoitecer.

C. J. W.MICAL Filha mais nova de Saul, concedidacomo esposa a Davi por causa de sua notá- vel bravura contra os filisteus (1 Sm 14.49;18.20-25), Ela ajudou Davi a escapar da tra-ma assassina de Saul (1 Sm 19.11-17), Saul

deu Mical como esposa a Palti quando Daviestava fugindo (1 Sm 25.44), mas Davi recu-erou sua esposa depois da morte de Saul (2m 3.13-15). Ela perdeu a consideração deDavi por ter desdenhado sua dança à frenteda arca quando esta foi levada a Jerusalém,Ela não lhe deu filhos (2 Sm 6.16-23).

MICLOTE1. Um filho de Jeiel, um benjamita. Compa-rando 1 Crônicas 8.32 com 9.37,38 pareceque as palavras “e Miclote” também deverí-am fazer parte do fmal de 8.31. Ambas es-tão em 9.37 no Texto Massorético e na Sep-tuaginta (LXX).2. Oficial da segunda divisão da guarda, no-meado por Davi (1 Cr 27.4)MICMÁS Cidade de Benjamim, próxima aGeba (q. o.), cerca de 10 quilômetros ao nor-te de Jerusalém, onde o Senhor salvou Isra-el na batalha contra os filisteus (cf. 1 Sm

14,23). No início, 2.000 homens estavam comSaul em Micmás e 1.000 com seu filho Jônatas em Gibeá (1 Sm 13.2). Então, o exér-cito filisteu atacou em massa em ocupouMicmás. Um destacamento filisteu foi posi-cionado para defender o desfiladeiro de Uádíes-Suwenit, ao sul de Micmás. Sem saber daordem de seu pai, Jônatas e seu escudeirosubiram a íngreme passagem entre as rochasBozez e Sené (1 Sm 14.4), surpreenderam odestacamento, e mataram 20 nomens. Aju-dado por sua coragem e por um terremoto, oexército de Israel derrotou os filisteus com-pletamente naquele dia.

Mais tarde houve uma referência a essa pas-sagem em uma profecia. “Em Micmás, lançaa sua bagagem” (Is 10.28). Exilados do cati- veiro, 122 homens retomaram a Micmás comZorobabel (Ed 2.27; Ne 7.31), No período dosmacabeus, Jônatas Macabeu tinha a sede deseu governo em Micmás (1 Mac 9.73). Naépoca moderna, esse lugar é assinalado pelaaldeia de Mukhmas. Ainda são visíveis al-gumas antigas fundações, grandes pedras ecisternas em forma de arcos.

L. A, L.MICMETATE ou MICMETA Cidade na

fronteira entre Efraim e Manasses, a oestedo Jordão e a leste de Siquém (Js 16.6; 17.1).Tem sido sugerido que o artigo ou a preposi-ção que algumas versões trazem antes destenome podem indicar que não se trata de umnome próprio, mas de uma designação rela-cionada a alguma característica da nature-za. Outros sugerem que esta é uma variaçãodo termo Mukhanah e se refere à planície aleste de Siquém.MIC NE IAS Um dos harpistas que o chefedos íevitas escolheu a pedido de Davi (1 Cr15.18,21). Na versão KJV em inglês parece

que ele também pode ter sido um porteiro; a

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M1CNE1AS MIDRASH

versão ASV em inglês o chama de porteiroda arca, e a versão RSV em inglês se referea ele apenas como músico.MICRI Um benjamita cujos descendentes viveram em Jerusalém (1 Cr 9,8).

MICTAO Seu significado pode ser “poema

dourado’’, ou “um mistério’’, “um canto deprofunda importância”. O Salmo 16 e tam- bém os Salmos 56-60 sâo assim designados.MIDIÃ, MIDIANITAS Midiã, cujo nomesignifica luta ou contenda, foi o quarto dosseis filhos de Abraão com Quetura (Gn 25.2;1 Cr 1.32). Junto com os outros filhos dasconcubinas, ele foi enviado ao deserto levan-do presentes para evitar uma disputa porcausa da herança de Isaque (Gn 25.1-6).Midiã também era uma área ao norte do de-serto da Arábia, além do Jordão, a leste deMoabe e Edom, a leste do golfo de Ácaba, ena parte oriental da península do Sinai. Sãomuitas as referências do AT a essa área. Seuinterior se localizava ao longo da margemoriental do golfo de Ácaba e na ocasião eralimitado por Edom a noroeste. Depois dematar o egípcio, Moisés fugiu para a terrade Midiã (Ex 2.15). Entretanto, W. J.Dumbrell questiona se Midiã foi alguma vezum termo territorial, e acredita que no finalda Era do Bronze (a época de Moisés), essenome se referia a uma grande liga de povosnômades (“The Midianites and TheirTransjordanian Sucessors”, dissertação deTh. D., Harvard Univ,, 1970, resumida em

HTR, LXIII [1970], 515ss.).Os midianitas eram um povo do deserto que vivia em tendas como os nômades (Ex 3.1; Nm10.29- 31), Cinco clãs midianitas tinham os fi-lhos de Midiã como ancestrais (Gn 25.4). Osismaelitas e os midianitas estavam tão inti-mamente associados que seria difícil distinguirum do outro. Evidentemente, todos os filhosexilados de Abraão se casavam entre si. Al-guns dos mercadores ismaelitas de Gileade quecompraram José e o levaram para o Egito (Gn37.25-28) eram midianitas. De acordo comÊxodo 3.1, o sogro de Moisés, Jetro, era umsacerdote de Midiã. Moisés cuidou de suas ove-

lhas durante 40 anos (At 7.30), Em certa oca-sião, os midianitas se associaram aos moabi-tas quando contrataram Balaâo para pronun-ciar uma maldição contra os israelitas. Israelentão declarou guerra a ambos e chegou amatar cinco de seus reis e muitas pessoas deseu povo (Nm 22.4-6; 25; 31). W. F. Albright acredita que os midianitas per-tenciam a várias tribos que controlavam ocomércio feito pelas caravanas de jumentos eque começou no sul da Arábia e no CrescenteFértil em aprox. 1400 a.C., ou talvez um pou-co antes (JBL, LXXXVII [1968], 389ss.). Ob-serve o grande número de jumentos (61.000)e a ausência de camelos nos despojos conquis-

tados dos midianitas (Nm 31.34).Os capítulos 6 e 7 do livro de Juizes regis-tram a opressão de sete anos exercida pelosmidianitas sobre os israelitas. Por causa dopecado de idolatria de Israel, Deus permitiuaos midianitas combater uma efetiva guer-ra contra essa nação. Quando a proteção di- vina foi retirada de Israel, os midianitas seuntaram aos amalequitas e aos filhos doleste para lutar contra Israel. Sua opressãoestava principalmente dirigida aos camposagrícolas, às colheitas e àqueles que os ha- viam semeado. Deus levantou Gideão paralibertar o seu povo, que já havia se arrepen-dido. Os inimigos de Deus e de Israel sofre-ram uma completa derrota e seus dois prín-cipes e dois reis foram mortos (Jz 7.23-8.35;SI 83.11; Is 9.4; 10.26; Hc 3.7). Embora te-nham continuado a existir (veja Is 60.6),Midiã e os midianitas nunca mais forammencionados como opressores de Israel.

R. P. LM1DIM Cidade no deserto de Judá, uma dasseis cidades localizadas no deserto (Js 15.61),cujo local ainda não foi definitivamente es-tabelecido, Se essa palavra for uma varia-ção de Mãrâd, esse local poderia ser KhirbetMird, um platô a sudeste de Jerico. A LXXdestaca Madom como a ortografia correta, elocaliza essa cidade na vale de Acor ondeseria identificada com a moderna Khirbet Abu Tabaq, cerca de seis quilômetros a oes-te de Qumran.Em 1965-66, foram descobertos três sítios daIdade do Ferro ao longo da margem ociden-tal do mar Morto, a meio caminho entreQumran e En-Gedi; um desses poderia, pro- vavelmente, ser Midim(veja Nibsã),MLDRASH Termo judaico oriundo do verbohebraico darash, que significa “procurar”;portanto, pode ser entendido como “expor”,“explicar”, “interpretar”. Trata-se de uma li-teratura judaica que adota a exegese, a ex-posição e as interpretações homilétieas dasEscrituras, e que teve início nas escolas dosrabinos da antiga Israel, durante os perío-dos do Sopherim (400-180 a.C.) e Zugot (sé-culos II e I a.C.). Outros materiais vieramde datas posteriores.Existem dois tipos de Midrash: o halakahque trata dos assuntos legais das Escritu-ras, e o haggadah, que administra as par-tes não legais (por exemplo, a ética e a teo-logia) e é homiíética. Esdras usou esse mé-todo na leitura pública da lei (Neemias 8) eeste se tomou o trabalho básico do Targu- mim (paráfrases aramaicas das Escrituras)e da principal linha de expressão do judaís-mo (Mishnak, Talmud). A principal utilidade do Midrash é dar aoexegeta das Escrituras uma visão mais am-pla da interpretação, a partir de um povomais próximo das origens dos livros do AT,

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M1DRASHM1DRASHM1DRASHM1DRASH M1GUELM1GUELM1GUELM1GUEL

assim como um melhor entendimento de seutexto através da história do povo judeu.VejaTalmude.

L.L.L.L. Go.MIGDALMIGDALMIGDALMIGDAL----ELELELEL Cidade fortificada em Nafta -li, próxima a Irom e Horém (Js 19.38). Sua

localização ainda é um tema de controvérsi-as, Alguns supõem que seja a cidade deMagdala do NT, do lado oeste do mar daGaliléia.MÍGDALMÍGDALMÍGDALMÍGDAL----GADEGADEGADEGADE Cidade mencionada ape-nas em Josué 15.37 ao lado de outras 15 ci-dades em várias partes de Judá, Sua locali-zação exata é desconhecida.MIGDOLMIGDOLMIGDOLMIGDOL O lugar chamado Migdol está re-lacionado a um substantivo comum hebraico, migdal, ou “torre” e é aceito como a indica-ção de um local fortificado. Geralmente, asreferências bíblicas se aplicam a dois luga-res separados no Egito, ambos no Delta, masalgumas autoridades se referem apenas auma cidade (BDB, p. 154; cf. GTT, pp. 239-240, 447-448). Migdol parece ser uma pala- vra emprestada à língua egípcia; ela apare-ce no Novo Reino (1570-1085 a.C,) na formade hieróglifos e, mais tarde, na forma cóptica(A, Erman and H. Grapow, Wõrterbuch der

egyptíschen Sprache, II, 164).1. O livro de Êxodo relata informações so- bre Migdol, a noroeste do mar Vermelho,em conexão com um lugar de parada dosisraelitas (Êx 14.2; Nm 33.7). Os estudio-

sos admitem que foi nas proximidades deMigdol que os israelitas cruzaram o mar eentraram na península do Sinai. Essa tor-re deve ter sido um dos postos de guardaou de controle construídos pelos egípciospara proteger a fronteira noroeste contraas incursões dos asiáticos. Desde o iníciodo Reino do Meio (2160-1785 a.C.) tais pos-tos ou estações foram mencionados na his-tória de Sinuhe (ANET, p. 19; uma refe-rência posterior ao Migdol de Seti Mer-ne-Ptah, ibid,, p. 259).2. Nas profecias de Jeremias, o nome de umacidade egípcia chamada Migdol aparece duas

vezes em relação ao Egito e aos refugiadosudeus que fugiram da Palestina depois doassassinato de Gedalias (Jr 44.1; 46.14).3. Nas profecias de Ezequiel contra o Egito,o nome Migdol é mencionado como o lugarmais ao norte daquele país: “desde Migdolaté Sevene” (Ez 29.10; 30.6). Estava situadono extremo norte do Delta e foi identificadocom a moderna Tell el Heir, perto dePelusium {Westminster Historical Atlas, p.126; E. Kraeling, Bible Atlas, p. 482;Gardiner, JEA, VI [1920], 109-110).Veja Torre; Fortaleza; Êxodo, O; A Rota.

C. E. D.

MIGROMMIGROMMIGROMMIGROMSua provável localização é Ttell

Miryam, a meio caminho entre Miem ás eGeba. Saul e seu exército de 600 homensacamparam nesse local para se prepararpara a batalha contra os filisteus (1 Sm13.23-14.5; talvez se deva entender “Geba”em lugar de “Gibeá” em 14.2), Este local es-tava situado na linha de marcha dos assíriosque atacaram Jerusalém a partir do nortena época de Isaías (Is 10.24-34).MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELO arcanjo Miguel, que no AT é mencionadocom esse nome em Daniel, é descrito comoum dos principais príncipes (10.13), como"vosso príncipe” (10.21), como o "grande prín-cipe” (12.1) e, provavelmente, como o “prín-cipe do exército” (8,11). Em todas essas pas-sagens, Miguel aparece como um anjo guer-reiro agindo como guardião e campeão Ce-lestial de Israel em seu conflito com os pode-res ímpios da Grécia e da Pérsia. Na litera-tura apocalíptica judaica (Enoque 9 e 40),Miguel é retratado como o primeiro dos “qua-tro seres que se colocam perante Deus”(Miguel, Gabriel, Rafael e Fanuel ou Uriel).Outros escritos apócrifos relacionam setearcanjos e Miguel é um deles (Tobias 3.17;12.15; 2 Ed 4.1).No NT, Miguel é descrito como "contenden-do com o diabo e disputando a respeito docorpo de Moisés” (Jd 9). Alguns estudiososencontram a fonte dessa afirmação de Judas no pseudoepígrafo da Assunção deMoisés que atribui o seu sepultamento aMiguel e aos anjos. No Targum de Jônatassobre Deuteronômio 34.6, encontra-se umadescrição semelhante. Uma possível inter-pretação dessa passagem de Judas é aque-la que realça a tarefa do arcanjo comoguardião do corpo de Moisés, já que estefoi provavelmente o mesmo anjo que faloucom Moisés no Monte Sinai (At 7.38). A intenção básica dessa passagem é mostrarque anjos caídos, como o Diabo, continu-am a manter a sua mesma condição e posi-ção, de modo que nem mesmo os seus anti-gos associados podem falar contra elesusando os termos que bem lhes parecerem,mas devem deixar que a condenação finalseja pronunciada pelo próprio SenhorDeus. Veja Judas, Epístola de,Miguel aparece pela última vez nas Escri-turas em Apocalipse 12.7 como líder do exér-cito angelical contra o dragão e seus anjos. Assumindo novamente seu papel de guer-reiro, Miguel derrotou Satanás e o lançoudo céu à terra. De acordo com alguns estu-diosos protestantes, Miguel deve ser iden-tificado com o Cristo encarnado. Estes es-tudiosos citam, como base dessa conjectura,a justaposição do menino nascido em Apo-calipse 12, com Miguel; e também o título e

os atributos de “príncipe” no livro de Daniel.Veja Anjo.F. C. K.

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MILAGRES MILAGRES

MILAGRESMILAGRESMILAGRESMILAGRES A Natureza do Miraculoso A Natureza do Miraculoso A Natureza do Miraculoso A Natureza do Miraculoso

Visto que o termo milagre é popularmenteaplicado a ocasiões incomuns, até mesmo poraqueles que professam não acreditar no so- brenatural, nem sempre é fácil atribuir o ver-dadeiro significado bíblico à palavra. É pro- vável que a definição mais simples seja: “Umainterferência na natureza por um poder so- brenatural” (C. S. Lewis, Mir ades, p. 15). Umadefinição de Machen também é útil. “Um mi-lagre é um evento no mundo exterior, que étrabalhado pelo poder imediato de Deus” (J,Gresham Machen, The Christian Víew o Man, p. 117). Com isto ele quer dizer que umaobra divina é milagrosa quando Deus “não usameios, mas utiliza o seu poder criativo, comoo utilizou quando fez todas as coisas a partirdo nada” iloc, cit). Em outras palavras, ummilagre acontece quando Deus dá um passopara fazer algo além do que podería ser reali-zado de acorda com as leis da natureza, domodo como a entendemos, e que na verdadepode estar em desacordo com elas e ser atéuma violação delas. Além disso, um milagreestá além da capacidade intelectual ou cien-tífica do homem.Quatro palavras gregas aparecem nos Evan-gelhos para descrever as obras sobrenaturaisdo Senhor Jesus: terás (traduzido como “ma-ravilha”) fala do seu caráter extraordinário;semeion (“sinal”) simboliza a verdade celestiale indica a imediata conexão com um mundoespiritual mais elevado; dynamis (“poder”)descreve um exercício de poder divino e de-monstra o fato de que forças superiores pene-traram e estão trabalhando neste nossomun-do inferior; ergon (“trabalho”) se refere aosfeitos miraculosos que Cristo veio realizar. Osprimeiros três desses termos estão reunidosem Atos 2.22: “A Jesus Nazareno, varão apro- vado por Deus entre vós com maravilhas [oumilagres, dynamesi], prodígios [íerasi] e si-nais [semeioís], que Deus por ele fez no meiode vós, como vós mesmos bem sabeis”(veja. W. Gráham Scroggie, A Guide to the Gospels,pp.203-204).

O Propósito dos MilagresO Propósito dos MilagresO Propósito dos MilagresO Propósito dos Milagres Alguns tendem a ver os milagres como even-tos isolados na vida dos profetas ou do Se-nhor Jesus Cristo. Presumivelmente, o de-sespero medonho de uma pessoa, a serieda-de de uma situação, ou a iniciativa de Eliasditaram se um milagre deveria ou não serrealizado. Mas os milagres não estão espa-lhados em uma confusão geral ao longo daBíblia Sagrada. Eles estão caracterizados emuatro períodos na história bíblica: os diase Moisés e Josué, Elias e Eliseu, de Daniel,da igreja primitiva, e do Senhor e Salvador Jesus Cristo e da Igreja primitiva. Em cadacaso, os milagres serviram para dar créditoà mensagem e ao mensageiro de Deus, em

ligações importantes no desenvolvimento datradição judaico-crístã. Eles também preser- varam a verdade de Deus da extinção.Moisés era um estranho ao seu povo e preci-sava de alguns meios para demonstrar qnehavia sido enviado por Deus para guiá-los,tirando-os da escravidão. Além disso, ele pre-

cisava de uma forma de persuadir Faraó alibertar os israelitas escravizados. E é claro,uma vez que Deus guiou os israelitas parafora do Egito, Ele tinha que exercer um po-der miraculoso para passar com milhões de-les pelo deserto até Canaã.Elias e Eliseu ministraram a Israel em umaépoca em que a adoração ao bezerro e a Baalameaçavam exterminar a fé no Deus verda-deiro. Atos milagrosos mostraram que amensagem dos profetas era verdadeira e dig-na de crédito, e que o Deus deles era o únicoDeus verdadeiro. Este fato fica especialmen-te claro no confronto entre Elias e os profe-

tas de Baal no Monte Carmelo.Daniel e seus associados foram impulsiona-dos às posições de liderança, no dia em que oTemplo e o poder político judeu foram des-truídos, e quando uma grande porcentagemde membros e líderes da comunidade hebrai-ca foi exilada da sua terra natal. Muitas ques-tões devem ter passado pela mente dos exila-dos. Deus não existe mais? Ele estava sem-pre com eles? Os assírios e babilônios esta- vam certos quando zombavam, dizendo que odeus deles era mais poderoso do que o Deusdos hebreus? O Deus hebreu era um Deus lo-cal capaz de proteger seus adoradores ape-nas na Palestina? Será qne Deus ainda tinhapoder, agora que o seu Templo estavadestruído, e não tinha mais aonde habitar?Daniel e seus associados estavam enganadosem sua visão a respeito de Deus e de seu po-der? Os milagres realizados na Babilônia res-ponderam várias vezes a todas essas pergun-tas. O Deus do céu era o único verdadeiro,universal em seu poder e amoroso em sua ter-na supervisão para com os seus. Ele honrou otestemunho dos seus servos fiéis; mostrou quea imagem de Nabucodonozor não era nadaquando comparada ao seu poder; Ele abateuBelsazar no exato momento em que este ou-sou profanar as vestes sagradas do Templo eridicularizar a Divindade judaica. Um povotirado da sua terra natal e de seus padrõesnormais de adoração precisava de tal demons-tração de poder para suportar os seus dias decativeiro. O fato dos hebreus não se asseme-lharem à população mesopotàmia, mas man-terem a sua nacionalidade distinta, por si sóé um milagre, É ainda mais notável que tan-tos que vieram à Mespotâmia como prisionei-ros de guerra e escravos, tenham se tornado

Ê roeminentes na sociedade babilônica e persa.descobertas arqueológicas atestam este fato

de uma forma incrível.Durante o ministério terreno de Jesus, Eleusou os milagres para demonstrar a sua di-

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vindade, para provar que era o Enviado deDeus, para sustentar o seu Messianato, paraministrar com compaixão às multidões ne-cessitadas, para guiar seus seguidores à fésalvadora, para evidenciar um renascimen-to espiritual interior (como no caso da curado paralítico, Mc 2.10,11), e como um auxí-

lio na instrução e preparação de seus discí-pulos para o ministério que eles estavamprestes a desempenhar (por exemplo, Mc8.16-21). E também está claro que os mila-gres da encarnação, ressurreição e ascençãosão parte integrante da provisão divina dasalvação para a humanidade.Depois que o Senhor Jesus Cristo ascendeuao céu, os seus discípulos começaram a pre-gar em seu nome, interpretando os aconteci-mentos de sua vida e especialmente de suamorte, escrevendo aos seus convertidos men-sagens que traziam em si a autoridade doEspírito Santo.

Então a questão da comprovação (ou da au-tenticação) surgiu mais uma vez. Eles eram verdadeiros mensageiros de Deus, interpre-tando corretamente a mensagem e a obra deseu Filho? Os seus pronunciamentos deverí-am ser tratados como se fossem inspirados?Os milagres ajudaram a responder estasperguntas de forma afirmativa.

A Plausibilidade dos Milagres A Plausibilidade dos Milagres A Plausibilidade dos Milagres A Plausibilidade dos MilagresO homem que vive na época da ciência temdificuldade de aceitar os milagres. Desde oinício da nossa época de escola, ficamos im-pressionados com a lei natural - com a cons-

tância ou uniformidade das operações douniverso. Quando crescemos e começamos adesenvolver um mundo e uma visão da vidapor nós mesmos, um conflito surge entre esteponto de vista sobre a natureza e o sobrena-tural, Como podemos resolver esta questão?Podemos aceitar os milagres?O fundamento para a solução de qualquerproblema desta natureza é uma visão ade-quada de Deus. Uma forma de começar acnegar a este conceito é através de argu-mentos filosóficos para a existência e a na-tureza de Deus. O primeiro deles é o argu-mento ontológico, aquele que simplesmen-

te afirma e argumenta que o homem temdentro de si a idéia de um ser perfeito. Seeste ser é perfeito, ele deve existir porque aperfeição inclui existência. Alguns filósofosalegam que é impossível discutir a existên-cia real a partir de um pensamento abstra-to; mas Hegel, dentre outros, sentiu que oontológico era o argumento supremo para aexistência de Deus.Kant, por outro lado, acreditava que o argu-mento moral era o mais importante. Come-çando com o “deve” ou com um imperativocategórico no homem, ele defendia a existên-cia ae um ser que tinha o direito absoluto decomandar o homem - um legislador e juiz.Outros expressam este argumento de forma

diferente, e sustentam que a ampla diver-gência entre a conduta do homem e sua pre-sente prosperidade requer um acerto de con-tas no futuro, o que por sua vez requer umuiz absolutamente justo. Contudo, algunsque utilizam o argumento moral enfatizamque a alma ou o espirito religioso no homem

exige um objeto pessoal que seja infinito,ético e que possa ser conhecido.Um terceiro argumento é chamado cosmoló-ico ou argumento da casualidade. Cada

parte do universo é dependente de algo. Nemmesmo o universo é eterno, mas é um acon-tecimento, e por isso deve ter uma causa. Oargumento retorna através da relação decausa e efeito à causa que não foi induzida,e Aquele que é auto-existente. Ao pensarmosna causa do universo, concluímos que; (1)seja qual for a sua causa, o universo é algoreal; (2) o próprio universo é uma grandecausa que pode ser infinita; (3) esta causa

deve ser livre ou autodeterminada; (4) deveser uma causa única ou unificada; se exis-tissem muitos deuses, eles estariam neces-sariamente trabalhando juntos,Um quarto argumento é o teológico. Há umaordem, um ajuste, e um projeto visível emtodos os lugares no universo. Existe a evi-dência de um projetista do universo. A par-tir deste argumento, podemos concluir que:(1) este Criador deve ter um grande poder;(2) Ele deve ter grande inteligência; (3) apartir de uma inteligência tão grande, pode-mos concluir que este Glorioso Ser possui asua personalidade e autoconsciência. Através de uma cuidadosa consideração, po-demos ir mais além nestes argumentosteistas chegando a uma possibilidade, a uma

robabilidade, e até mesmo a uma alta pro-abilidade de um teísmo total: uma crença

em um Deus pessoal, sobrenatural, e onipo-tente. Embora possamos chegar a certezasmorais, não poderiamos chegar à verdadei-ra certeza intelectual sem restar nenhumadúvida intelectual por parte do indivíduo. A certeza intelectual a respeito de um Deuspessoal e ético só pode ser alcançada atra- vés dos fatos da revelação cristã, e, de formaconclusiva, apenas através de uma experi-ência interior com Deus. Não é razoável con-cluir que o onipotente projetista do universonão teria poder para revelar a si mesmo, ouque não teria interesse em se revelar às suascriaturas (isto é, através da Palavra escrita,a Palavra Viva).Uma vez que admitimos a existência deDeus, não podemos negar a sua atividadesobrenatural no universo, no tempo e no es-paço. Boettner comenta: "Se a oposição aosobrenatural for realizada de forma consis-tente, ela não pode apenas negar os mila-gres, mas deve levar a pessoa diretameuteao agnosticismo ou ao ateísmo. A pior e maisacentuada inconsistência para o modernis-ta é admitir a existência de Deus e, contudo,

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nal. Além disso, 1 Coríntios 12 deixa claroque nem todos recebem do precioso Espíritoos mesmos dons, mas são dados dons varia-dos aos diferentes membros do Corpo de Cris-to. Aparentemente, os dons são concedidosde acordo com a soberana vontade de Deus,e não necessariamente de acordo com a

espiritualidade do vaso (veja Dons Espiritu-ais). Deve-se lembrar que alguns dos homensmais espirituais na Bíblia Sagrada - como,por exemplo, Abraão e João Batista (que foicheio do Espírito desde o ventre materno) -não realizaram milagres. E o apóstolo Paulonem sempre realizou milagres; lembre-se deque ele deixou Trófimo doente em Mileto.Fica claro pelas Escrituras, que a realizaçãodos milagres apostólicos em geral está rela-cionada a um programa ou cronograma di- vino. Pode muito bem ser que alguma outragrande manifestação de milagres ocorra nosúltimos dias antes da volta de Cristo. No

Sermão do Monte das Oliveiras, o Senhor Jesus Cristo profetizou que falsos profetas ecristos realizariam milagres, e seriam tãoastutos que, se fosse possível, enganariamaté os próprios escolhidos (Mt 24.24). Outrasindicações semelhantes podem ser encontra-das em 2 Tessalonicenses 2.9 e Apocalipse13.12-15 (cfMt 7.21-23). Se no plano de Deusas falsas operações de milagres deverão serneutralizadas, podemos presumir que Deuspermitirá aos crentes uma nova demonstra-ção apostólica de sinais divinos e maravilhascom esta finalidade específica. Jamais nos esqueçamos de que o Senhor é omesmo ontem, hoje e etemamente, e assim busquemos, recebamos e desfrutemos os seusmilagres hoje.

Fontes NãoFontes NãoFontes NãoFontes Não----Cristãs deCristãs deCristãs deCristãs dePoder para Operar MilagresPoder para Operar MilagresPoder para Operar MilagresPoder para Operar Milagres

Já observamos que, no final dos tempos, osmilagres serão realizados pelo poder demo-níaco. Podemos presumir que o trabalho deSimão, o mágico; e Elimas, o encantador,deveríam ser classificados na mesma cate-oria (At 8.9-24; 13.6-12), assim como no casoos mágicos egípcios que competiram comMoisés (Êx 7-8). Para uma discussão sobre

esse assunto veja a obra de M F. Unger,Biblical Demonology. Os Milagres BíblicosOs Milagres BíblicosOs Milagres BíblicosOs Milagres Bíblicos

Os milagres realizados por Moisés e Josuéodem ser facilmente encontrados e estuda-os nos capítulos iniciais de Êxodo, nos ca-pítulos subseqüentes do Pentateuco e no li- vro de Josué. O trabalho maravilhoso deElias é descrito em 1 Reis 17-2 Reis 2, e o deEliseu em 2 Reis 2-8. Os milagres do perío-do de Daniel estão registrados em sua pro-fecia. Visto que os milagres de nosso Senhor estão

relatados ao longo dos quatro Evangelhos, eque alguns milagres são mencionados em

mais de um Evangelho, pode ser útil obteruma única lista completa. Os milagres rea-lizados pelos líderes da igreja primitiva po-dem ser encontrados no livro de Atos, a par-tir do capítulo 3,Os Evangelhos registram 35 milagres sepa-rados realizados por Cristo; entre estes,

Mateus cita 20; Marcos, 18; Lucas, 20; e João,7. Não se deve concluir, entretanto, que oSenhor só realizou estes milagres. Mateus,

or exemplo, relembra 12 ocasiões em que oenhor Jesus realizou várias maravilhas

(4.23-24; 8.16; 9.35; 10.1,8; 11.4,5; 11.20-24;12.15; 14.14; 14.36; 15.30; 19,2; 21.14). Ob- viamente os escritores dos Evangelhos sim-plesmente escolheram os milagres de acor-do com o seu objetivo, dentre os inúmerosque foram realizados pelo Senhor Jesus. Hámuitas formas de organizar os milagres in-dividuais registrados nos Evangelhos, depen-dendo do propósito do comentarista. Pode ser

de grande valia enumerá-los em sua ordemde ocorrência, tanto quanto for possível.1. A transformação da água em vinho

(Jo 2.1-11)2. A cura do filho de um nobre em Caná

(Jo 4.46-54)3. A cura um paralítico no tanque de

Betesda (Jo 5.1-9)4. A primeira pesca miraculosa (Lc 5.1-11)5. A libertação de um endemoninhado na

sinagoga (Mc 1,23-28; Lc 4.31-36)6. A cura da sogra de Pedro (Mt 8.14,15;

Mc 1.29-31; Lc 4.38,39)7. A purificação de um leproso (Mt 8.2-4;

Mc 1.40-45; Lc 5.12-16)8. A cura de um paralítico (Mt 9.2-8; Mc2,3-12; Lc 5.18-26)

9. A cura de um homem que tinha umadas mãos mirrada (Mt 12.9-13; Mc 3.1-5; Lc 6.6-10)

10. A cura do servo do eenturiâo (Mt 8,5-13; Lc 7.1-10)

11. Jesus ressuscita o filho de uma viúva(Lc 7.11-15)

12. A cura de um endemoninhado cego emudo (Mt 12,22; Lc 11.14)

13. Jesus acalma uma tempestade (Mt8.18.23- 27; Mc 4.35-41; Lc 8.22-25)

14. A libertação de um endemoninhadogadareno (Mt 8.28-34; Mc 5.1-20; Lc8.26-39)

15. A cura da mulher que tinha um fluxode sangue (Mt 9.20-22; Mc 5.25-34; Lc8.43- 48)

16. Jesus ressuscita a filha de Jairo (Mt9.18.19.23- 26; Mc 5.22-24,35-43; Lc8.41, 42,49-56)

17. A cura de dois cegos (Mt 9.27-31)18. A libertação de um mudo (Mt 9.32,33)19. Jesus alimenta mais de 5 mil pessoas

(Mt 14.14-21; Mc 6.34-44; Lc 9,12-17; Jo 6.5-13)

20. Jesus anda sobre as águas (Mt 14,24-33; Mc 6.45-52; Jo 6.16-21)

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MllAGRES MIL NIO

21. Jesus expulsa o demônio da filha deuma mulher siro-fenicia (Mt 15.21-28;Mc 7.24-30)

22. A cura de um surdo-mudo em Decápolis(Mc 7.31-37)

23. Jesus alimenta mais de 4 mil pessoas(Mt 15.32-39; Mc 8.1-9)

24.

A cura de um cego em Betsaida (Mc8.22-26)25. A libertação de um garoto (Mt 17.14-

18; Mc 9.14-29; Lc 9.38-42)26. Encontrando o dinheiro do tributo (Mt

17.24-27)27. A cura de um cego de nascença (Jo 9.1-

7)28. A cura de uma mulher em um sábado

(Lc 13,10-17)29. A cura de um hidrópico (Lc 14.1-6)30. Jesus ressuscita Lázaro (Jo 11.17-44)31. A purificação dos 10 leprosos (Lc 17.11-

19)

32. A cura do cego Bartímeu (Mt 20.29-34;Mc 10.46-52; Lc 18.35-43)33. Jesus amaldiçoa a figueira (Mt

21.18,19; Mc 11.12-14)34. A restauração da orelha de Malco (Lc

22.49-51; Jo 18,10)35. A segunda pesca maravilhosa (Jo 21.1-

11)Veja Doenças; Dons Espirituais; Cura, Saú-de; Jesus Cristo. Milagres de Jesus; Sinais;Maravilhas; Obras de Deus.Bibliografia. Frank G, Beardsley, The Miracles of Jesus, Nova York. American

Tract Society, 1926. John H.H.H.H. Best, The Miracles of Christ, Londres. SPCK, 1937. Alexander B. Bruce,The Miruculous Elementin the Gospels, Londres. Hodder & Stou-gliton, 1886, John Laidlaw, The Miracles oOur Lord, Londres. Hodder & Stoughton,1890. C. S, Lewis, Miracles, Nova York. Mac-millan, 1947. H.H.H.H. van der Loos, The Miraclesof Jesus, 2a ed., Leiden. Brill, 1968. RichardC. TVench,Notes on the Miracles of Our Lord, Westwood, NJ.. Revell, s.d. H.H.H.H. Wace,"Miracle” ISBE, III, 2062-2066,MILALAIMILALAIMILALAIMILALAIUm músico envolvido nas cerimô-

nias da dedicação do muro de Jerusalém (Ne12.36).MILCA MILCA MILCA MILCA1. Filha de Harã e esposa de Naor, irmão de Abraão. Teve oito filnos, dentre eles Betuel,pai de Rebeca e Labâo (Gn 11.29; 22.20,23;24.15, 24,47).2. Quarta das cinco filhas de Zelofeade, deManassés, na época do Êxodo. As cinco fi-lhas nâo tiveram irmãos e seu caso estabe-leceu um precedente em Israel ao receberema mesma herança que apenas os filhos dosexo masculino receberíam (Nm 26.33;27.1ss.; Js 17.3ss.). Havia uma restrição quedeveríam obedecer: só poderíam se casar com

homens que fizessem parte da mesma tribo(Nm 36.6ss.).Veja Zelofeade.MILCOMVeja Falsos deuses: Moloque,MÍLDIO A palavra hebraicayera-qon (cognatoda palavra árabe yernkun, ou “icterícia”) sig-nifica tez amarelada ou palidez. Ela sempreaparece ao lado de shiddaphon, “murchar”,que significa secar ou ressecar o grão ou afruta. O termo míldio pode se referir a qual-quer uma das várias espécies de fungos queaparecem nas plantas e vivem nelas até cau-sar a sua morte (Dt 28.22; 1 Rs 8.37; 2 Cr6,28; Am 4.9; Ag 2.17).Veja Murchar.MILÊNIO Esta palavra vem do latim mille,“um mil”, eannum , “ano”, “mil anos”, e é umtermo teológico baseado nos mil anos men-cionados em Apocalipse 20.2-7. Será umaépoca de bênçãos especiais, durante a qual

Satanás estará confinado, e o evangelho serápropagado sem obstáculos. Existem trêsprincipais visões.Pós-mileniulismo. A segunda vinda de Cris-to ocorrerá depois do Milênio, A pregação doevangelho pela Igreja irá trazer um tempode paz e prosperidade, e o conhecimento doSenhor encherá toda a terra. Considera-se aduração desse período como seudo de apro- ximadamente mil anos. Esta teoria foi pro-mulgada pela primeira vez na Inglaterrapelos ensinos de Daniel Whitby (1638-1726).Ela foi bem popular até que a I Guerra Mun-dial trouxe uma desilusão aos homens, queperceberam que uo final o evangelho nâoseria aceito por todos, e que a humanidadenão estava progredindo moralmente. Recen-temente, ela foi renovada especialmente porLoraine Boettner (The Millennium). milenialismo. De acordo com esta inter-

pretação escatológica nâo haverá nenhumperíodo literal de mil auos de paz. Nem ha- verá um milênio físico durante o qual Cris-to reinará na terra. As passagens que fa-lam de um reino terreno devem ser inter-pretadas como se fossem aplicáveis à Igre-a, e as bênçãos que o Evangelho traz, comopregado no mundo durante a Era do Evan-gelho (Hamilton). Acredita-se que a prisãode Satanás ocorreu na cruz, ua época deCoustantino o Grande, ou em algum perío-do posterior. Muitos amilenialistas consi-deram que Apocalipse 20.4ss. esteja refe-rindo-se ao estado abençoado daqueles san-tos que morreram e foram para o Senhordurante a Era do evangelho (Kuyper,Bavinck). A segunda vinda de Cristoé vis-ta como introdutora de um juízo universalfinal, tanto dos bons como dos maus.Pré-milenialismo. O Milênio é o período doreino literal de Cristo sobre a terra por milanos. Cristo deve voltar antes do Milêniocomeçar (Ap 19.11ss.; 20.4ss.). Nenhum jul-

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MIL NIO M1LO

Um aqueduto e igreja bizantina, Mileto.

ORíNSTnegação das maravilhas ou da eficácia pre-sente do evangelho. Somente na Era Mileni-al aparecerão os efeitos completos da reden-ção de Cristo, na remoção da natureza hu-mana caída dos crentes ressurrectos, damaldição sobre a natureza, e dos efeitos damorte física, Hoje os homens podem rejeitara Cristo por não conseguirem enxergar o sig-nificado da salvação, e tropeçam naquilo queainda Lhes parece ofensivo, como por exem-plo, a natureza caída dos cristãos, a maldi-ção sobre a natureza, e a mortalidade do cor-po. Assim, eles não poderão se desculpar, porcausa destas objeçôes. Para provar sua jus-tiça e amor, Deus não irá colocar ninguémno final e eterno inferno até que Ele tenhamostrado a todos que o homem é tão peca-dor que não crerá - nem mesmo no Milênio — exceto pela sua soberana graça.Veja Dia do Senhor; Escatologia; Reino deDeus; Profecia, Cumprimento da.Bibliografia. Loraine Boettner, The Millenium, Filadélfia. Presbyterian and Re-formed, 1958. Charles L. Feinberg, Premil-lennialism or Amillennialism? 2B ed., Wheaton. Van Kampen, 1954. Floyd E. Ha-milton, The Basis of Millennial Faitk, GrandRapids. Eerdmans, 1942. Alva J. McClain,The Greatn.ess of the Kingdom, Chicago.Moody, 1959. J. Dwight Pentecost, Thingsto Come, Findlay. Dunham, 1958. CharlesC. Ryrie, The Basis of the PremillennialFaith, Nova York. Loizeaux, 1953. John F. Walvoord, The Millennial Kingdom, Findlay.Dunham, 1959.

J. D.P.

MILETO Uma cidade situada no litoral sul

do golfo da Latônia, que penetrava a Cáriaa sudoeste da Ásia Menor, recebendo aságuas do rio Maandro. Como centro cultural

e comercial durante o séc. VII e VI a.C.,Mileto liderou a revolta dos jônios contra aPérsia em 499 a.C., e foi destruída pelaPérsia. Ao se levantar novamente, ela se tor-nou uma cidade de sucesso, com aprox,100,000 habitantes durante o séc. I d.C, Aofinal da sua terceira viagem missionária,Paulo passou alguns dias em Mileto, aguar-dando e encontrando-se com os presbíterosde Éfeso (At 20.15-38). Mais tarde, ele re-tomou rapidamente, provavelmente depoisde ser solto da sua primeira prisão em Roma,sendo forçado a deixar Trófimo doente (2 Tm4.20) . As águas do Maandro obstruíram oolfo da Latônia, e Mileto está agora a 8 kme distância do mar, em meio a um pântanorepleto de malária. Escavações iniciadas em1899 revelaram muito da cidade que Pauloteria conhecido.

H. F. V.

MILHAVeja Pesos, Medidas e Moedas.

MILHAFREVeja Animais: Milhano III. 42.

MILHANOVeja Animais: Milhafre III. 41.MILO O termo significa “cheio”, e provavel-mente era uma represa artificial, terraço, outorre. Desde 2 Reis 12.20 (cf. 2 Sm 5.9; 1 Rs9.24) alguns supõem que “a casa de Milo”(Bete-Milo) fosse um Templo dos jebuseus.Em Siquém, o termo pode estar se referindoa um clã ou dinastia associada a Abimele-que (Jz 9.6,20); ou pode ser o mesmo que a“torre de Siquém”, Migdol-Siquém (9.46-49),

a área sagrada preenchida e construída dafortaleza-templo, escavada em 1955-66 porG. Ernest Wright (Shechem, Nova York.McGraw-Hill, 1965, p.126).Em Jerusalém, seu contexto indica que Miloera uma fortaleza, provavelmente incorpo-rada ao muro. Ela existiu na época de Davi

O templo-fortaleza de Siquém, possivelmente acasa de Milo, HFV

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VIILO MINERAÇ O

(2 Sm 5.9; 1 Cr 11.8) e foi reconstruída porSalomão, talvez para guardar o palácio aosul e o Templo ao norte (1 Rs 9.15), Ezequi-as fortificou Milo “na cidade de Davi” (2 Cr32.5) ao preparar-se para o avanço de Sena-queribe. As escavações feitas por R. A. S. Macalistere J. G. Duncan em 1923-4, no sul da área doTemplo descobriram uma construção que re-monta à época de Davi, temporariamenteidentificada como Milo. A conclusão deMasterman de que ela ficava na Síria, em Acre, entre a área do Templo e a cidade deDavi (Ofel) ao sul, antes que o monte fossediminuído pelos asmoneus (Josefo, Wdrs v.4.1), a colocaria nas proximidades da atu-al mesquita de Al-Aksa. Em 1964 KathleenKenyon escavou um muro pesado de um ter-raço, sobre um monte que estava situado aleste do declive de Ofel. Suas grandes pedraspodem ter sido o enchimento da Milo de Davi,

e as reconstruções subsequentes, como osreparos de Salomão e Ezequias (PEQ. XCVII[1965], 13ss.),Veja Jerusalém.

G. A. T.MINAVeja Pesos, Medidas, e Moedas.

MINEIROVeja Extrativismo.MINERAÇÃO A literatura antiga traz fre-quentes menções a vários tipos de metais eminerais. Detalhes de mineração, entretan-to, ainda são obscuros, visto que poucos lo-cais onde eram desempenhadas atividades

de mineração foram escavados pelos arque-ólogos. Aparentemente, na maioria dos ca-sos os minerais eram obtidos pela minera-ção superficial, que era o método comum atéo período Greco-Romano, quando a minera-ção foi mais amplamente introduzida. A ex-tração do minério era processada em doispassos principais: o esmagamento da terraou pedra, a lavagem com água para separaro mineral (técnica de garimpo); e o processode fundição (<pn.) quebrando o minério atra- vés do aquecimento em fornos. As antigas fontes de cobre e ferro da Meso-otâmia (Anatólia e regiões Armênias-ranscaucasianas) foram esquecidas ou des-truídas pelas atividades modernas. Assim,os quatro maiores complexos conhecidos pornós estão situados na região sul do Crescen-te Fértil, no Egito e em Chipre.1. O ferro (cf. Dt 8.9) parece ter sido extra-ído em Gileade na época do AT, onde váriosdepósitos de minério de ferro são conheci-dos. Ogue, rei Basâ, tinha um “leito de fer-ro” (Dt 3.11), e um rico patrocinadorgileadita de Davi se chamava Barzilai (“ho-mem de ferro”, 2 Samuel 17,27). Em Uádi Arabá (sul do mar Morto) o minério de co- bre (e talvez de ferro) era recolhido em cen-tros de fundição, como Khirbet en-Nahas,el-Gheweibeh, e ei-Jariyeh, 25 a 30 quilô-

metros ao sul do mar Morto, passando poruma fundição inicial, antes de ser transpor-tado até os centros populacionais. Uma ex-ceção é Khirbet Feinan, (veja Punon) ondetanto a mineração como a fundição erampraticadas no início do segundo milênio a.C.Foi descoberta nas proximidades de Feinana única mina vertical desta área (Umm el-‘Amad). Na década de 1960 foi descobertoum centro de mineração operado pelos egíp-cios em Timna, com trabalhadores locais beduínos (edomitas on provavelmente mi-dianitas). Um Templo egípcio, datado dosreinos de Seti I e Ram sés III, foi cercadopelos campos de fundição.2. A mineração dos tempos predinásticosocorreu de forma intermitente no Sinai, deacordo com inscrições e artefatos datados daépoca dos Reinos Egípcios Antigo, Médio eNovo (2800-1100 a.C.). Magharah e Serabitel-Khadem produziam turquesa e cobre, en-quanto o Uádi Nasb e Kharit produziam ape-nas cobre. As minas e métodos do Sinai sãocomparáveis às do Uádi Arabá, porém osminérios tinham uma média de apenas 5 a15% de cobre.3. No Alto Egito as minas de ouro estavamdivididas em 3 áreas: Coptos, nas regiõesmontanhosas ao norte de Tebas e paralelasao mar Vermelho, que também tinham pe-dras de alabastro, diorito e brecha; Wawat,Uádi Allagi, e Cabgaba ao sul de EÍefantinae Assuã; Kush, ao longo do Nilo, de Buhen aSabu. Os dois últimos provavelmente nãoforam trabalhados antes do Reino Médioíaprox. 2000-1800 a.C.), e seu apogeu acon-teceu durante a 18 a Dinastia.

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M1NERAÇA0 MINERAIS E METAIS

4, A exportação de cobre de Chipre foi tãoextensa na antiguidade, que o nome cobrefoi originado de Chipre. Á palavra inglesa“eopper” é derivada do nome grego da ilhaKypros, do latim euprum. Produzido desde oinício do terceiro milênio a.C., o cobre temcontinuado a ser extensamente extraído até

os nossos dias. A passagem bíblica que descreve mais cla-ramente as práticas antigas de mineração,(Jó 28.1-11) é normalmente associada ao Si-nai on ao Uádi Arabah. Ela cita, entretanto, vários tipos deminerais, sugerindo que não se referia a ne-nhum lugar em particular. Outras referênci-as breves à escavação de metais valiosos es-tão em Deuteronômio 8.9, “Terra cujas pedrassão ferro e de cujos montes tu cavarás o co- bre”; e Provérbios 2.4, “Se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a pro-curares, então, entenderás o temor do Senhor

e acharás o conhecimento de Deus”.Veja Minerais e Metais.R. A. M.

MINERAIS E METAISMINERAIS E METAISMINERAIS E METAISMINERAIS E METAIS Um mineral équalquer ocorrência natural mente inorgâ-nica composta, ou elemento caracterizadopor distintivas propriedades físicas e quí-micas. No uso antigo, toda substância eraclassificada como pertencente ao reino ani-mal, vegetal ou mineral. A lista abaixo in-clui vários elementos não minerais no sen-tido estrito da palavra, mas que são mine-rais no sentido mais geral, por pertencerem

ao reino mineral. A humanidade sempre usou os mineraiscomo a matéria prima dos produtos manu-faturados, variando desde instrumentos depedra até naves espaciais. Alguns mineraissão avaliados como uma fonte para os pro-cessos químicos; outros são usados comominérios para metais; há ainda outros quetêm um valor especial devido às suas pro-priedades especiais; e outros (como por exem-plo, o sal), são usados nos alimentos. Outro

O antimònio era normalmente usado noantigo Egito para escurecer as pálpebras. Aqui os olhos estão devidamente maquiados;

da tumba de Tutancamom. LL

uso dos minerais já estabelecido há muitotempo, está relacionado às pedras preciosas.Os fatores que contribuem para o valor dasedras preciosas são beleza, raridade, dura-ilidade, tradição, qualidade, e uma varie-dade de supostos efeitos mágicos que as pes-soas supersticiosas atribuem a certas pedras

(veja Jóias).Pelo menos seis metais e três ligas eram usa-dos na Antiguidade. Os primeiros metais aserem trabalhados pelo homem aparecem noseu estado natural - ouro, cobre e ferrometeórico. O ouro pode ter sido o primeiro,mas o cobre desfrutava a maior importânciaprática e utilidade desde os primórdios, atéa ampla introdução do ferro. Na época deMoisés, estes metais eram usados em maiorou menor escala: prata, eletro (liga de pra-ta-ouro), chumbo, estanho, bronze (liga decobre-estanho); e latão (liga de cobre-zineo),e também eram utilizados na época do NT.

Veja Extrativismo.1. Aço. Aço. Aço. Aço. Uma liga forte, dura e maleável deferro e carbono, contendo entre 0,2 e 1,5%de carbono. Tem sido questionado se o açomencionado na Bíblia era regularmente pro-duzido no AT, Veja 32: Ferro. A palavra apa-rece na Bíblia Sagrada como a tradução dostermos hebraicos nehusha e nehoshet (2 Sm22.35; Jó 20.24; SI 18.34; Jr 15.12) e em cadacaso deveria ser traduzido como “bronze”.Veja 14: Bronze.2. Adamantino. Adamantino. Adamantino. Adamantino. Tradução do termo hebr.Shamír em Ezequiel 3.9; Zacarias 7.12. Éderivada do grego adamas significando “rí-gido” ou “invencível”, ou do latimadamassignificando o metal mais duro. Esta pala- vra se desenvolveu do idioma inglês medie- val adama(u)nt até chegar a “diamante”. A partir daí, este termo passou a fazer partede várias versões inglesas em Jeremias 17.1. Visto que o diamante não era totalmenteconhecido nas terras bíblicas durante o AT,as referências bíblicas de várias versões fa-zem uma analogia entre as pessoas rebeldesou aos corações endurecidos dos judeus, comoutros tipos de pedras duras, assim como opó abrasivo ou coríndon, que é mais duro doque a rocha (Ez 3.9).O coríndon é um mineral composto por oxi-do de alumínio, tem sistema cristalino he- xagonal, e dureza 9, Sé o diamante é maisrígido do que ele. Os cristais vermelhostransparentes são rubis; todas as outras co-res, principalmente o azul, são safiras. Alémdo seu valor como pedra preciosa, o coríndoné usado como abrasivo em ferramentas cor-tanjtes e na lapidação çle outras pedras.3. Ágata. Ágata. Ágata. Ágata.Veja Jóias: Ágata.4. Alabastro. Alabastro. Alabastro. Alabastro. Variedades de gesso compac-to, de sulfato de cálcio hidratado, com dureza2. Alguns, se não a maioria dos “alabastros”(heb. shayish ou shesh) da antiguidade eramde mármore (1 Cr 29.2; Et 1.6), compostos decalcita, com dureza 3. Estes materiais, sendo

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MINERAIS E METAIS MINERAIS E METAIS

macios, são facilmente esculpidos e erammuito usados na escultura de estátuas (Ct5.15), e na fabricação de vasos, frascos, cai- xas ou garrafinhas para perfume ou óleo Mt26,7; Mc 14,3; Lc 7,37).Veja Caixa,Os vasos de alabastro importados do Egitoeram valiosos devido aos veios mais escuros

sobre a cor marfim. Dentre esses vasos, ha- via aqueles que eram feitos localmente, depedras escavadas no vale do Jordão. Muitosdesses tesouros em alabastro foram desco- bertos na tumba do rei Tutancamom.5. Âmbar. Resina fóssil de pinheiros pré-históricos, valiosos por sua transparência, brilho e uma atraente tonalidade amarela-da, ou amarelo amarronzado. A fonte primá-ria do âmbar nos tempos antigos era a re-gião báltica. No segundo milênio a.C., comer-ciantes o trouxeram de Cnossos na ilha deCreta, e de Micenas, na Grécia. Comercian-tes fenícios continuaram a importá-lo no pri-

meiro milênio a.C. De acordo com algumas versões bíblicas, Ezequiel refere-se à cor deâmbar (1.4,27; 8.2). Versões modernas, en-tretanto, traduzem a palavra hebr. hashmalcomo “bronze cintilante”, “metal brilhante”,“latão brilhante”, “metal incandescente” ou“brilho de eletro”, O elektron na Septuagin-ta, e o electrum na Vnlgata, se referem à liga brilhante de ouro e prata.6. Ametista.Veja Jóias: Ametista.7. Antimônio. Um elemento metálico(stibium em latim) com a aparência de esta-nho ou chumbo. A palavra aparece na tra-dução do termo hebraico pitk, nas versõesinglesas modernas de Isaías 54.11, “porei astuas pedras com antimônio”, e como um dosmateriais que o rei Davi utilizou no Templo(1 Cr 29.2).Os antigos trituravam o puk transforman-do-o em um pó preto, formando um cimentopreto, que era usado tanto para esculpir emrelevo as pedras preciosas, como para escu-recer as pálpebras (2 Rs 9.30; Jr 4.30). VejaOlho; Oinos, Pintura dos.O antimônio ocorre na natureza geralmentecomo estíbio, um mineral atraente de cor cin-za chumbo, que forma cristais interessantes. A sua menção escrita mais antiga está emuma inscrição de hieróglifo, que acompanhaa pintura da tumba de Khnum-hotep emBeni Hasan, no Egito (aprox. 1890 a.C.).Ibsha, o líder de uma caravana de 37 asiáti-cos, é retratado levando como presente o valioso antimônio, para a pintura dos olhosde nm nobre - ou de sua esposa (ANEP #3).8. Argamassa.Veja Cal não Adubada.9. Argila. Possui mais de 60 camadas dife-rentes de minerais silicatos, compostos porpartículas minúsculas. O barro é compostoem grande parte por minerais de argila, cujaspartículas em sua grande maioria possuemforte aderência em nma massa seca. Estapropriedade tem sido utilizada antes da his-tória da fabricação dos tijolos de barro ser

registrada. As partículas de argila se fun-dem sob intenso aquecimento; esta caracte-rística é usada para fazer tijolos queimados,cerâmica, e porcelana fma.Para fazer tijolos ou cerâmica, a argila eramisturada com água em uma cova onde pu-desse ser pisada (SI 40.2; Is 41.25; Na 3.14).

Os egípcios aprenderam que deixar a palhade molho na água deixgva a argila maismaleável e aderente (cf. Ex 5.7,12; veja Tijo-lo). Uma fonte útil de argila na Palestina eraa planície do Jordão entre Sucote e Sartã (ouZaretâ; 1 Rs 7.46); Jó 38.14 cita a capacida-de da argila, enquanto ainda macia, de rece- ber a impressão de um seio. O Senhor Je-sus, ao cuspir no chão, formou um emplas-tro de argila que Ele usou na cura do homemcego de nascença (Jo 9.6,11,14,15). As refe-rências à argila como o material do oleiro aser usado no seu trabalho, são mais freqiien-tes (Is 29.16; Jr 18.4,6). Freqüentemente em

sentido figurado, comparando o Criador aooleiro e o povo ao barro (Jó 10.9; 33.6; Is 45.9;64,8) . Veja Cerâmica.10. Asfalto.Veja 13. Betume.11. Bdélio. A identificação desta palavra emGênesis 2.12 e Números 11.7 não é certa. Elatem sido interpretada como uma pedra pre-ciosa, opala, pérola, goma, ou resina. A suainterpretação mais provável hoje é o produ-to da planta (veja Plantas: Bdélio),12. Berilo.Veja Jóias: Berilo13. Betume. Um hidrocarbonato preto vis-coso, extraído das fontes de óleo naturais na Antiguidade, usado paia cimentar ecal afetar. Asfalto, cimento, piche, limo, são outras tra-duções para os termos hebr. hemar, koper, ezepet. Hemar talvez signifique cobertura. A mãe de Moisés “tomou uma arca de juncos ea betumou com betnme e pez; e, pondo nelao,menino, a pôs nos juncos à borda do rio”(Êx 2.3, trad.original). O zigurate em Ur, porexemplo, era de argila pisada com camadasde tijolos, e assentada em argamassa de be-tume (ou asfalto; cf Gn 11.3). Outros deri- vam hemar do verbo hebr. hamar, “ferver”,um indicativo do borbulhamento nos poçosde piche (ou betume).Com a invasão dos reis do leste, os reis deSodoma e Gomorra fugiram para o “vale deSidim íque] estava cheio de poços de betu-me... e caíram ali” (Gn 14.10, lit.). Haviamuito betume ao sul do mar Morto que, semdúvida, era também chamado de “lago Asphaltitis”. Mas as grandes reservas esta- vam no vale do Tigre-Eufrates, perto deKírkuk na Assíria, e em Hit ao longo doEnfrates.Deus disse a Moisés paia fazer a arca e co- bri-la “por dentro e por fora com betume”(Gn 6.14). A palavra usada para piche ou betume com o sentido de cobertura, koper,talvez seja derivada de uma raiz semíticak-p-r, “untar”. De qualquer forma, é mais

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MINERAIS E METAIS MINERAIS E METAIS

Portas de bronze do antigo prédio do senadoem Roma. HFV

certo que esta seja uma palavra empresta-da do acádio, kitpru, “asfalto”. No épicoUtnapishtim de Gilgamesh, o herói babilô-nio do dilúvio usou kupru e ittu (asfalto epiche) para calafetar o seu barco (Tablet XI,11, 65-68, ANET, p. 93).De acordo com Êxodo 2.3, a mãe de Moiséscalafetou seu cesto com betume e “piche”(heb. zepet). Aparentemente derivada doacádio, sippatu é uma palavra que prova- velmente descreva mais o produto da resi-na do abeto ou pinheiro, uma substânciafluida e altamente inflamável. Isaías lan-çou uma maldição sobre Edom, com suas

florestas cheias de pinheiros nos montes daTransjordânia, profetizando que seus riose terras se transformariam em piche arden-te (Is 34.9).

W. G. B.14. Bronze. A Bíblia raramente faz uma refe-rência clara ao bronze como uma liga de cobree estanho, pois as palavras gregas e hebraicasque são traduzidas como “latão” em várias versões significam primeiramente cobre. Maso latão, uma liga de cobre e zinco, não era co-nhecido talvez até a era romana. As. ligas decobre e estanho foram introduzidas na Pales-tina, provavelmente pelos invasores amorreusno final da Idade do Bronze (aprox. 2200 a.C.).Ele era usado para solidificar o cobre a fim defazer ferramentas, armas e objetos de fundi-

ção antes do advento do ferro. Análises químicas de objetos de bronze an-tigo indicam de 2 a 16% de estanho. A únicareferência bíblica clara a esta liga é o uso dotermo chalkolibanon (lit,, “cobre branco”) em Apocalipse 1.15 e 2.18, onde se traduz “la-tão reluzente” ou “bronze polido”. O cobre e

o zinco ocorrem mesclados em um estadonatural, sendo que às vezes o latão era pro-duzido aeidentalmente durante o processo defundição. A distinção química entre o zinco eo estanho não era reconhecida até os temposmodernos.O termo hebraico nehoshet e seus derivados,assim como o grego chalkos, se referem aocobre ou ao bronze em seu estado puro, dosquais se fazia todo tipo de vasilhame, todosos instrumentos sagrados ou profanos, inclu-indo altares feitos de bronze, poTtoes e por-tas revestidos com placas de bronze (Is 45.2),correntes (2 Cr 33.11), adagas, capacetes (1

Sm 17.5), utensílios domésticos e vasos sa-grados (Ap 18.12), ídolos, instrumentos mu-sicais (1 Co 13.1), espelhos (Êx 38.8), alfine-tes e até mesmo moedas (Mt 10.9).O termo hebraico é frequentemente empre-gado em um sentido figurado, podendo se re-ferir à força, como em Jó 40.18 (ossos de hi-popótamo), à obstinação como em Isaías 48.4(testa de Israel), a crueldade do céu (Dt 28.23)ou a improdutividade da terra (Lv 26.19).Os termos aplicados à Idade do Bronze - Antiga (3100-2100 a.C.), Média (2100-1550a.C.) e Recente (1550-1200 a.C.) - continuama ser usados por conveniência no estudo daarqueologia palestina, embora a Antiga Ida-de do Bronze não seja um nome adequadopara aquela terra. Acredita-se que a arte defazer o bronze tenha sido descoberta na Armênia ou na Anatólia no início do terceiromilênio a.C. Objetos de bronze foram encon-trados em Ur, datados de aprox. 2500 a.C. Veja 20: Cobre; 29: Estanho.

^ _ E. B. S.15. Calcário. Uma substância em pó, bran-ca, obtida através do processo em que acalcita (carbonato de cálcio) é submetida àação do calor, formando o óxido de cálcio. A cal era aquecida em um forno que consistiade uma cova de 1 a 1,20 metro de profundi-dade, Alternavam-se camadas de combustí- vel e cal esmagados, iniciava-se o fogo e co- bria-se a cova deixando uma abertura paraa saída do ar. A cal também podia ser pro-duzida da mesma forma, calcinando a gipsita(sulfato de cálcio, gesso natural). A cal (heb. sid) era usada em paredes de ar-gamassa, pisos, cisternas, etc. Veja 8: Arga-massa. Os israelitas devem ter coberto aspedras grandes com gesso (onde nós usaría-mos cal) após entrarem em Canaã, para pre-pararem as colunas para escreverem a lei (Dt27.2-4). A cal de Isaías 33.12 e Arnós 2.1 veioda queima de ossos humanos, como um sinalde total destruição e humilhante derrota.

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MINERAIS E METAIS MINERAIS E METAIS

16. Calcedônia.Veja Jóias: Calcedônia.17. Carbúnculo. Vejo Jóias: Carbúnculo.18. Carvão. Produzido a partir de brasas demadeira ou carvão vegetal (Lv 16.12,SI120.4; Provérbios 25.22; 26.21;et. al.). Nãohá evidências de que as referências ao car- vão feitas pelas Escrituras Sagradas signi-fiquem carvão mineral, isto é, a substânciaorgânica fossilizada, que foi tão amplamen-te utilizada como combustível nos temposmodernos. Veja Brasas.19. Chumbo. Um elemento metálico macio,azul acinzentado, que funde a 327,5°C. Seuprincipal minério, chamado galena (sulfuretode chumbo), foi extraído no Egito, Ásia Me-nor e Espanha (Tarshish; AJÁ, LXXVI[1972], 139; Ez 27,12). Por causa do seu bai- xo ponto de fusão, o homem logo descobriuque a manufatura do chumbo era muito fá-cil, ainda que fosse geralmente umsubproduto da fusão do minério de prata,frequentemente encontrado com a galena (cf.Ez 22.18,20), A presença do chumbo, na ver-dade, ajudava a produzir a prata, porque ochumbo aquecido oxidava e separava as im-purezas (Jr 6.29,30). Veja 46: Prata. A galena era triturada e utilizada como pin-tura de olhos na era pré-dinástica do Egito,antes de 3400 a.C. Na época de Moisés, erausada em pesos para redes de pesca, a basepara a referência às tropas de Faraó na suacanção da vitória. “Sopraste com o teu ven-to, o mar os cobriu; a fundaram-se comochumbo em veementes águas” (Ex 15.10).Era parte dos despojos de guerra tirados dosmidianitas (Nm 31,22). Jó desejava que assuas palavras fossem esculpidas para sem-pre na pedra, com um ponteiro de ferro, eentalhadas com chumbo (Jó 19.24), como nainscrição de Dario 1, em Behistun. Esta foientalhada em uma face vertical elevada, dis-

posta ao lado de uma montanha, e algunscaracteres foram preenchidos com chumbo,

)ara retardar a erosão e aumentar a suaegibilidade. O chumbo também era usado

para tampas pesadas (Zc 5.7,8) e como pesona extremidade de um prumo (q.v.; Am7.7,8) . Os romanos eram os principais usuá-rios do chumbo no mundo bíblico. Dentreoutras coisas, eles faziam moedas de chum- bo e até canos para levar água. No latim, o

termo plumbum significa chumbo, de ondefoi derivada a palavra inglesa“plumber”, ou bombeiro, a pessoa que monta canos de água.20. Cobre. Um elemento metálico marromavermelhado, maleável, flexível e dúctil. Deacordo com os arquivos econômicos de Mari,o seu nome se deve à ilha de Chipre, de ondefoi extraído para exportação no início do sé-culo XVIII a.C. Com exceção das pepitas deouro puro e do ferro meteórico, o cobre foi oprimeiro metal usado pelo homem. Os primei-ros minérios à disposição dos hebreus forama malaquita verde brilhante, a azurita azul brilhante, e pequenas quantidades de cuprita

(um minério de cobre vermelho natural).Sabe-se que no Oriente Próximo o cobre foiusado desde 4500-4000 a.C. O objeto de co- bre mais antigo já encontrado na Palestinaé de Jericó Nível VIII Um assentamento daEra Calcolítica (4500-3100 a.C.) em Teíl Abu Matar, nas margens de Berseba, trazevidências dos mais antigos trabalhadoresem cobre da Palestina. Eles tinham que con-seguir o mineral a pelo menos 100 quilôme-tros de distância em direção ao sul. Sua re-dução preliminar era feita em fornalhasabertas, então ela era derretida em fornosde 30 a 45 cm de diâmetro, cujas paredesespessas de terra eram misturadas compalha. Depois de ser refinado em cadinhos,o cobre era despejado em moldes para fazer

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MINERAIS E METAIS MINERAIS E METAIS

objetos como machados, alfinetes, anéis eoutros ornamentos (K, A. Kenyon, Archae-ology in the Holy Land, Londres. Benn,1960, pp. 79ss.). Em 1961 um notável te-souro aeste mesmo período foi descoberto;foram aprox. 430 objetos de cobre para ri-tuais encontrados em uma caverna nas pro-

ximidades de En-Gedi, Naquele local, umsantuário ao ar livre da Era Calcolítica foiescavado por arqueólogos israelenses.O cobre foi, por várias razões, o metal maisútil para os antigos. (1) Podia ser produzidopelo simples processo de aquecer o minérioda malaquita na lenha ou em brasas de fo-gueira; (2) podia ser moldado, endurecido emartelado a quente ou a frio; (3) podia serenrijecido através de uni reaquecimento, queo tornava menos quebradiço; (4) podia serderretido a 1083°C para ser moldado (a tem-peratura máxima obtida nos fornos antigosera ÍSOÍFC ); e (5) sua maleabilidade permi-

tia que fosse moldado por repetidas vezesatravés da simples utilização de um martelo.O bronze, a liga de cobre e estanho, tem adureza inicial do cobre batido; quando umalâmina de bronze é martelada, sua ponta podese aproximar da dureza do aço leve. O bronzetem uma moldagem superior porque faz ummolde mais limpo do que o cobre, e a umatemperatura mais baixa. Veja 14. Bronze,O cobre parece ter permanecido relativamen-te escasso entre os cananeus no decorrer da Antiga Idade do Bronze. Com a afluência dopovo do norte (provavelmente os amorreus)em 2000 a.C., o bronze foi introduzido e ocobre se tomou mais abundante. Ferreirositinerantes como os queneus, com certezatrabalharam nas minas de Arabá e do Sinai(veja Extrativismo) durante as épocas de ins-tabilidade política. Veja Ocupações: Ferrei-ro. A operação de fundição do cobre na Últi-ma Idade do Bronze foi descoberta em TelZeror ao sul de Cesaréia, e outras fornalhasdos filisteus em Tell Qasile, ao norte de Tel- Aviv (ANEP #134), Tell Jemmeh ao sul deGaza, Bete-Semes e vários locais de fundi-ção em Arabá (anteriormente datados comopertencentes à época de Salomão, mas ago-ra considerados 300 anos ainda mais anti-gos).Veja Fundição.21. Coral.Veja Animais V.2. Jóias: Coral22. Cornalina. Veja Jóias: Comalina.23. Crisolita.Veja Jóias: Crisolita.24. Crisópraso.Veja Jóias; Crisópraso.25. Cristal. Veja Jóias: Cristal26. Diamante. Veja Jóias: Diamante27. Esmeralda. Veja Jóias: Esmeralda.28. Esmeril. Veja Pedra.29. Estanho. Um elemento metálico macio,prateado, usado para revestir outros metaispara evitar corrosão e formar parte de váriasligas como peltre e bronze (veja 14. Bronze),Seu ponto de fusão é 232°C e sua fonte prin-cipal é o minério de cassiterita (óxido de es-tanho), que os antigos escavavam em algum

lugar no Cáucaso e nos montes Zagros, a les-te da Assíria. Os midianitas, cujos camposforam saqueados por Israel, parecem ter sidointermediários no comércio de metais, espe-cía lmente do estanho (Nm 31,22). Mais tardeos fenícios importaram estanho juntamentecom prata, ferro e chumbo, de Társis na

Espanha (Ez 27.12). Sabe-se que os seus na- vegadores iam até Comwall nas Ilhas Britâ-nicas, para proteger o estanho e levá-lo pri-meiro a Gades (atual Cádiz) a sudeste daEspanha, além de Gibraltar. Ali eles faziamo transbordo da mercadoria, despachando-apara vários portos do Mediterrâneo.30. Enxofre.Enxofre.Enxofre.Enxofre. Este termo pode se referir à lavaou cinza derramada por uma erupção vulcâ-nica que emite gases sulfurosos sufocantes,especialmente o dióxido sulfúrico. Após a des-truição vulcânica da ilha de Krakatoa em1883, o odor nauseante de enxofre invadiu aatmosfera, manchando os metais dos naviosda região durante várias semanas, A palavra enxofre aparece 14 vezes na Bí- blia Sagrada, e é usada em cada exemplopara indicar punição e devastação pelo pe-cado, provavelmente por causa da sua cha-ma brilhante. Os homens malignos e suasterras seriam cobertos por enxofre (Dt 29.23;Ez 38.22; Jó 18.15; SI 11.6). No dia da vin-gança de Deus, seu assopro se transforma-ria em enxofre (Is 30.33), assim como o pó(Is 34.9). Sodoma e Gomorra foram destruí-das deste modo (Gn 19.24; Lc 17.29), João viu os idólatras, e aqueles que adoravam aBesta, destruídos pelo fogo e pelo enxofre (Ap9.17,18; 14.10; 19.20). O Diabo e os ímpios

Um forno do forro de Pompéía. HFV

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MINERAIS E METAIS MINERAIS E METAIS

serão lançados no lago de fogo e enxofre (Ap21 .8 ; 20 .10 ). 31. Enxofre em Pedra.Enxofre em Pedra.Enxofre em Pedra.Enxofre em Pedra. Um elemento na-tural macio de coloração amarelo-claro. A suaqueima produz uma fumaça sufocante dedióxido sulfúrico.Veja 30: Enxofre.32. Ferro.Ferro.Ferro.Ferro. Um elemento metálico prateado

e esbranquiçado, maleável e dúctil. Os mi-nérios de ferro - principalmente a hematita(vermelho escuro), a magnetita (preto) e alimonita (marrom amarelado) - são maisamplamente distribuídos na natureza do queo cobre. Mas o ferro é mais difícil de traba-lhar do que o cobre, por causa do seu altoponto de fusão (lõSã^C). A fusão do ferro,entretanto requer um aquecimento maiorpor um período prolongado, e também umacorrente de ar mais forte do que o cobre. Alémdisso, ele deve ser reaquecido para que pos-sa ser forjado, o o cobre e o bronze podem sermartelados a frio. Tudo isto requer um gas-

to de combustível muito maior, portanto eracaro produzir o ferro.Na época do AT, os ferreiros não consegui-am aquecer uma fornalha o suficiente paraproduzir o ferro fundido para os moldes. Oproduto da fornalha era uma massa espon-osa de ferro, escória e cinzas, e tudo istotinha que ser batido para que a escória eas bolhas de ar fossem removidas. Então oferreiro a reforjava a massa até transfor-má-la em ferro fundido (Ecclus 38.28). Maso ferro puro era relativamente macio parafazer boas ferramentas de corte. Emboraos antigos não pudessem produzir um açouniforme, eles aprenderam como carburaros cortes dos equipamentos de ferro, colo-cando-os em nma fornalha de carvão, ondeo ferro absorvia carbono suficiente para en-durecer e tornar-se resistente (veja 51. Aço). Em apvox, 900 a,C,, começaram aresfriar o ferro forjado para obter uma pon-ta mais afiada, mas o tratamento térmiconão era comum até a época dos romanos. Aparentemente as pedras de amolar eramusadas para afiar ferramentas (Ec 10.10),e o ferro (provavelmente algo como umalima de ferro) era usado para afiar o pró-prio ferro (Pv 27.17).0 primeiro ferro conhecido e usado pelo ho-mem não veio do minério, mas de meteoros. Assim, o ferro era às vezes chamado de “me-tal dos céus”. O ferro meteórico pode ser fa-cilmente identificado pelo sen conteúdo de 4a 30% de níquel. O níquel raramente ocorreno ferro terrestre e, assim, quando presente,está apenas em quantidades pequenas. Ascontas (fieiras de metal) foram feitas de ferrometeórico no Egito até a época pré-dinástica,(antes de 3000 a,C.). Tubalcaim, o primeiroferreiro (Gn 4.22), deve ter usado ferro dosmeteoros. Por outro lado, seu conhecimentoprimitivo da metalurgia deve ter sido com-pletamente esquecido em conseqüência doDilúvio e da confusão de línguas na torre de

Babel. Veja Dispersão da Humanidade.Embora o ferro não tenha começado a se tor-nar comum no Oriente Próximo até a meta-de do segundo milênio a.C., é errado con-cluir que todos os objetos de ferro antesdaquela época eram feitos de meteoros. Oferro em pequenas quantidades era produ-

zido a partir dos minerais no terceiro milê-nio a.C. As marcas de ferrugem da lâminade uma adaga de ferro com um cabo de co- bre foram encontradas em Eshnunna (Tell Asmar, 80 quilômetros a nordeste de Bag-dá) e datada de aprox. 2700 a.C. Outra ada-

a de ferro (de aprox. 2450 a.C.) veio de>orak, do noroeste da Anatólia. Um pedaço

de uma ferramenta de ferro enferrujada foiencontrado incrustado na Grande Pirâmi-de (aprox. 2600 a.C.) do Egito, embora pos-sa ter sido deixado ali mais tarde, por umladrão de tumbas. Nenhuma destas peçaspossuía traços de níquel. Outros utensíliosde ferro foram descobertos nas primeirascamadas das escavações de Tell ChagarBazar e Mari, na Mesopotâmia, Além disso, textos cuneiformes babilônicosdo século XVIII, e as cartas de Amama re- velaram que o ferro foi usado no OrientePróximo desde a época dos patriarcas até osuizes. Um estojo, com uma magnífica ada-ga de lâmina de ferro, estava entre os tesou-ros da tumba de Tutancamom (aprox. 1350a.C.). Apesar de haver poucas evidências,elas reagem à acusação de que as referênci-as ao ferro em Números 31.22; 35.16; Deu-teronômio 3.11; 27.5; Josué 6.19,24; 22.8sejam anacrônicas, implicando que estes li- vros tenham sido escritos muito mais tarde,na era do Ferro. Os “carros de ferro” cana-neus (Js 17.16,18; Jz 1.19; 4.3,13), não eramtotalmente feitos de ferro ou protegidos comchapas de ferro, mas evidentemente possuí-am acessórios e detalhes em ferro. Compareos anais de Tutmósis III, em Karnak, ondeele descreveu os carros de defesa de Megidocomo “carros de ouro e prata com pinturas”,e na lista dos despojos constava um ‘‘carrotrabalhado com ouro, com corpo de ouro”(ANET, p. 237).

E quase certo que os heteus da Anatólia fo-ram aqueles que descobriram on, pelo me-nos, desenvolveram a técnica de fundir e tra- balhar o ferro em aprox. 1500 a.C, Esta vi-são é sustentada pelo fato de que a palavrahebraica barzel, a acádia, parzillu, e a uga-rítica brsl são todas aparentemente deriva-das do termo heteu barzillu. Uma carta dorei Hattusilis III (1275-1250 a.C.), mostraque seus homens precisavam de mais tempopara produzir o bom ferro que o remetenteda carta estava solicitando (O. R. Gurney,The Hittites, 2“ ed, Harmondswortn.Penguin, 1954, p. 83). Jeremias preserva

uma lembrança interessante da origem doferro no norte, com a pergunta: “Pode alguémquebrar o ferro, o ferro do Norte, ou o aço?

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(15.12).Existiam depósitos de ferro nos arredores daPalestina (Dt 8.9; Jó 28.2), em Midiã, a lestedo golfo de Ácaba, no Líbano, em Gileade e Arabá (veja Mineração). Os israelitas, entre-tanto, não souberam de início como obter esteferro. Quando os filisteus vieram em grandenúmero em aprox. 1200 a.C., evidentemen-te trouxeram consigo a arte da fundição (1Sm 17.7), originada do contato com os he-teus. Mas eles monopolizaram a indústriado ferro, para impedir que os judeus fizes-sem armas mais modernas (1 Sm 13.19-22). Ao conquistar os filisteus e outras nações,

Davi reuniu uma grande quantidade de bron-ze (2 Sm 8.8) e presumivelmente também deferro, tanto por meio do espólio como dos tri- butos. A partir deste reino, o ferro se tornoumais abundante e pôde ser usado pelos cida-dãos comuns (2 Rs 6.5,6), assim como pelosreis em seus projetos de construção real (1 Cr22.3; 29.2; 1 Rs 6.7). As pesadas travas deferro em forma de barras transversais eramum grande benefício, pois mantinham fecha-dos os portões das cidades, que eram feitosde chapas de bronze (SI 107.16; Is 45.2); esteé provavelmente o significado da ‘‘porta [ouportão] de ferro” em Atos 12.10.

Nas metáforas, o ferro é usado como um sím- bolo de dureza, força e durabilidade (Dt 33.25; Jó 40.18; Jr 1.18; Dn 2.40). A ilustração de um

pescoço com fortes tendões de ferro significa- va obstinação (Is 48.4); um céu como ferro euma terra como bronze ou cobre representavaa falta de esperança (Lv 26.19; cf Dt 28,23); eum jugo de ferro (Dt 28.48; Jr 28.13,14) e cor-rentes de ferro (SI 105.18; 107.10; 149.8) sig-nificavam trabalho forçado e prisão. O Mes-

sias governará a terra com uma vara de ferro(SI 2.9; Ap 2.27; 12.5; 19.15); um governo jus-to, que não permitirá oposição.33. Gesso. Uma substância pastos a usadapara cobrir superfícies, como por exemplo,paredes. É produzido calcinando ou aquecen-do o sulfato de cálcio. Um produto remanes-cente da evaporação de massas de água, agipsita, é encontrado no Jordão e na planí-cie do mar Morto. O gesso também pode serfeito misturando água com cal, obtida dapedra calcárea. Veja 15; Calcário.Os povos mais pobres da Palestina usavamsempre como argamassa ou gesso, a argila

ou a lama, às vezes misturada com palha.Em Levítico 14.42,43,48, não se faz referên-cia aos materiais que eram usados na arga-massa, mas só ao que se pintava nas pedrasou se caiava nas paredes. Porém, em Deute-ronômio 27.2,4 e Daniel 5.5, há uma indica-ção definida de que a cal era uma parte dogesso. No caso anterior, a palavra mostra oefeito efervescente produzido quando a calreage com a água, e no último caso ela indi-ca algo que é aquecido em um forno ou for-nalha. Os monumentos de Deuteronômio 27precisavam de uma boa porcentagem de ar-gamassa, visto que permaneciam ao ar livre. A edificação em Daniel 5 é um palácio real,e por esta razão é de se esperar que ali fos-sem utilizados a melhor mão de obra e osmateriais mais finos.34. Granada.Granada.Granada.Granada. Veja Jóias: Granada.35. Jacinto. Veja Jóias; Jacinto36. Jaspe. Veja Jóias: Jaspe37. Latão.Latão.Latão.Latão. Vejo 14: Bronze.38. Lodo. Uma substância viscosa, possivel-mente lama ou piche de asfalto (Gn 11.3; Ex2.3). Vejo 13: Betume.39. Mármore. Uma pedra metamórfica com-posta por calcita ou dolomita. É dura o bas-tante para resistir à exposição ao tempo emum clima seco, e ainda suficientemente ma-cia para ser facilmente trabalhada. Sua for-ma cristalina pode receber um alto polimen-to. Ela tem cores atrativas, branca, marromclaro e cinza claro. Por estas razões era a pe-dra favorita para prédios e estátuas no mun-do antigo (1 Cr 29.2; Et 1.6; Ct 5.15; Ap 18.12). A gipsita de alabastro também era chama-da de mármore e usada no lugar deste; en-tretanto, por ser macio e nem de longe tãoresistente ao tempo, o alabastro não é tãodurável (veja 4. Alabastro). O calcário Jurássico, um tipo de mármore, era escava-do no Líbano para o Templo de Salomão (1Rs 5.13-18). Os monarcas persas obtinhamo mármore em Elao, para os seus palácios

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MINERAIS E METAIS MINERAIS E METAIS

em Susà e Persépolis. 0 famoso branco nevedas estátuas de mármore gregas vieram dailha de Paros e do monte Pentelikon, ao nor-te de Atenas. Talvez João conhecesse o már-more de carrara, obtido nas escavações emCarrara, na Itália.40. Nitrato. Um mineral branco altamente

solúvel, também conhecido como salitre ounitrato de potássio. Ele queima fortementequando inflamado pelo carvão, e é explosivoquando misturado com substâncias combus-tíveis. Este mineral é às vezes encontradocomo uma crosta, deixada pela evaporaçãoda água nas áreas do deserto. E usado paraconservação da carne, e na medicina. A palavra “salitre'’ (ou nitro, do heb. neter),entretanto, deve se referir ao sódio, na formade carbonato de sódio. Este mineral é um ál-cali ou uma base, e reage com o vinagre que éácido (ácido acético), enquanto que com o ni-trato ou com salitre não há reação (Pv 25.20).

O natro (sódio), importado dos lagos alcali-nos a noroeste do Cairo, no Egito, era mistu-rado com óleo para fazer sabão (Jr 2.22).Outro tipo de sabão era feito de lixívia (umlíquido) ou potassa (carbonato de potássio,um sal), e era um produto obtido pelalixiviação das cinzas da madeira; isto é, emheb. borit, de Jeremias 2.22; Malaquias 3.2,e bor, de Jó 9.30. A potassa (bor) tambémera usada como metal fundente na purifica-ção de metais (Is 1.25), e na produção de al-guns tipos de vidros assim como esmaltesparíç cerâmicas.41. Ônix.Veja Jóias: ônix.42. Ouro. Üm mineral amarelo metálicomacio, que ocorre como um elemento nativo.Portanto, foi provavelmente o primeiro me-tal a ser conhecido pelo homem (Gn 2.11,12).Ele se funde a 1063°C e é facilmente traba-lhado, sendo o mais maleável e dúctil dosmetais existentes. O ouro puro não mancha.O ouro era obtido em partículas de pó e pe-sado em balanças (Jó 28.6), ocasionalmentesurgem pepitas de depósitos aluviais (Jó

Um painel de mármore do Pártenon em Atenas. BM

Um capacete de ouro de Mes-kalam-dug, deUr, aprox. 2500 a.C, BM

22.24) , na Núbia (atual Sudão), no Egito, nodeserto a leste do Nilo, no Sinai, na costaoeste da Arábia, na Ásia Menor, e em outroslugares como Ofiríq.o.). O mineral normal mente ocorre combinadocom pequenas quantidades de prata (umaliga natural chamada eletro), e possivelmen-te com outros elementos como o cobre. Noestado natural, sua pureza pode ser de 70 a95% (onde 100% é ouro puro). Muito do ouroantigo era derretido e usado diretamente,sem o benefício da purificação. Alguns pre-cisavam apenas ser refinados, sendo simples-mente derretidos e removendo-se a impure-za, sem nenhum processo metalúrgico pos-terior (1 Cr 28.18; Pv 27.21; Ml 3.3).O ouro é mencionado centenas de vezes naBíblia, onde pelo menos 6 termos foram usa-dos no hebraico, além de adjetivos que lheconferiam uma qualificação: zahab (mais de360 vezes), beser (Jó 22.24,25), harus (“ourofino”, Pv 3.14; Zc 9.3;et. al.), ketem (“ourofino”, Jó 31.24; Pv 25.12; Lm 4.1; Daniel 10.5;eí. al.; “ouro poro” Jó 28.19),sígor (Jó 28.15),e paz ( “ouro fino”, 9 vezes). Até o período persa, quando os livros de Crô-nicas e Daniel foram escritos, geralmente aprata precedia o ouro, quando os dois forammencionados juntos no AT (por exemplo, Gn13.2; 24.35; Êx 3.22; Js 6.19; 1 Rs 7.51). Por-tanto, acredita-se que antes de 500 a.C.,quando a prata se tornou mais disponível nomercado, sen valor ultrapassou o valor doouro. Só no reino de Salomão a prata foi con-siderada menos valiosa (1 Rs 10.21), pois foidito que ele fez a prata ficar tão comum quan-to as pedras de Jerusalém (10.27). A arte de trabalhar o ouro é muito antiga.Uma cena fascinante da tumba de Mereru-ka da 6a Dinastia (2350-2200 a.C.) no Egitoretrata os ourives pesando e registrando o

ouro bruto, e soprando-o com longos tubospara dentro de uma fornalha a fim dederretê-lo, para que fosse moldado, e para

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registra uma fórmula do século XVII a.C.para fazer vidro usando areia, base alcalinade gramas de charcos salinos, e cal de depó-sitos de pedra calcária. Por volta da 18a Di-nastia (1570-1320 a.C.), uma fábrica de vi-dro em El-Amarna, no Egito, produzia pe-quenos frascos de ungüento girando bastõesde vidro em torno de um centro de areia, efazendo um processo de reaquecimento. Deacordo com o escritor do livro de Jó, as imi-tações de pedras preciosas feitas de frita(pastas de vidro coloridas) tinham um valorigual ao do ouro (Jó 28.17). A faiança egípcia, que era feita misturando-se sódio com quartzo e aquecendo a mistura,era o material esmaltado mais famoso dostempos antigos. Uma palavra para esmalte,

apsg, aparece em um texto ugarítico e ajudaa explicar as palavras hebraicas traduzidascomo “escórias de prata” em Provérbios 26.23(BASOR #98, [1945], pp. 21,24). Com basenesta descoberta, algumas versões apresen-tam parte do versículo da seguinte forma:“Como o esmalte cobrindo um vaso de barro”.Pelo que consta, o vidro transparente lisonunca foi produzido nos tempos bíblicos, deforma que os “espelhos” de Êxodo 38.8 e o “vi-dro” de 1 Coríntios 13.12 e Tiago 1.23 refe-rem-se a espelhos de bronze polido.Pode-se creditar aos fenícios a invenção dométodo de soprar o vidro no séc. I a.C. Muitos

deles eram translúcidos e alguns até trans-arentes (Ap 21.18,21), Sempre havia umrilho como de um vidro intensamente poli-

do, talvez gerando a expressão “mar de vidro”em Apocalipse 4.6; 15.2(veja mar de Vidro),Na época da rebelião de Bar-Kochba (132-135 d.C.l, os vasilhames de vidro substituí-ram muitos estilos de cerâmicas, conformeaqueles que foram encontrados nas caver-nas dos esconderijos dos seus guerreiros ju-deus. Uma fábrica de vidro foi operada pe-los judeus em Bete-Searim, a leste de Haifa,em aprox. 352-382 d.C.Veja Vidro.Bibliografia. L, Aitchison. A History o Metals, Vol 1, Londres. 1960. R. J. Forbes, Metallurgy in Antiquity, Leiden. Brill, 1950.P. L. Garber, “Silver”, IDB, IV, 355ss. J. L,Kelso, “Ancient Copper Refining”, BASOR#121 (1951), pp. 26-28; “Metallurgy", BW, pp.382-388. A. Lucas, Ancient Egyptian Mate- rials and Industries, 4a ed., Londres. Edw. Arnold & Co, 1962. A. Leo Oppenheim,et.al., Glass and Glassmaking in Ancient Me-sopotamia, Corning. Corning Glass Center,1972. A. Stuart, “Mining and Metals”, NBD,pp. 823-825. F. V. Winnett, “Bronze”, ÍDB, I,467; “Iron”, IDB, II, 725ss.: “Metallurgy”,IDB, III, 366-368. R V. Wright e R LChadboume, Gerns and Minerais ofthe Bible,Nova York. Harper & Row, 1970.

G, H. H. e J. R.MXNI Em Jeremias 51.27, o Senhor intimouas nações de Arará, Mini e Asquenaz para adestruição da Babilônia, Visto que Arará

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M1M1 M1W1STRQ ou MINIST RIO

{Urartu, na Assíria, Armênia) e Asquenaz (emassírio, Asguzaya, Ishkuzaya, a região dos ci-tas) são áreas bem conhecidas que se localiza- vam a leste do mar Negro, Mini deve ser a Mannay(a) ou Maneanos dos séculos IX a VIIa.C., de origem assíria, um povo que viveu noCurdistão ao sul do lago Urmía e a leste dosmontes Zagros. Não se pode afirmar, no en-tanto que eles sejam os armênios Minyas(Josefo Ant. i.3.6). Eles estavam linguística-mente relacionados aos urartianos e aoshumanos do norte da Mesopotâmia. Emboratenham sido frequentemente invadidos pela Assíria tempos atrás, eles vieram em socorroda Assíria em 616 a.C., mas foram derrotadospor Nabopolassar da Babilônia (ANET, p,304). Visto que eles pertenceram mais tarde ao Im-pério Medo-Persa, aparentemente participa-ram da gueixa de Ciro contra a Babilônia, como Jeremias havia profetizado.De acordo com textos urartianos e assírios,

a capital Maneana era Izirtu (ainda não des-coberta). A crença geral é que ela estivesselocalizada nas proximidades de Saqqiz. Naregião de Ziwiye, um tesouro de objetos deouro (de aprox. 700 a.C.) foi encontrado em1947. Em 1956 as escavações começaramem Hasanlu Tepe encobrindo a planície suldo Lago Urmia. No século IX a.C., uma for-taleza Maneana sob influência assíria e evi-dentemente saqueada pelos urartianos emaprox. 800 a.C. Um magnífico vaso de ourocom representações hurrianas do início de1200 a.C., e uma taça alta de prata foramencontradas nas ruínas da cidadela de

aprox. 243,000 metros quadrados (RobertH. Dyson, Jr., “Hasanlu and Early Iran”, rchaeology, XIII [1960], 118-129; “Ninth

Century Men in Western Iran”, Archaeolo-y, XVII [1964), 3-11).

R. Y. e J. R.MENLAMIMI. Um levita que distribuía dízimos e ofer-tas na época de Ezequias (2 Cr 31.15).2. Um sacerdote que participou das cerimô-nias de dedicação dos muros (Ne 12.17,41), Veja também Mijamim.MINISTRO ou MINISTÉRIOMINISTRO ou MINISTÉRIOMINISTRO ou MINISTÉRIOMINISTRO ou MINISTÉRIO As palavrasem hebraico e grego para ministro sào usa-das para indicar oficiais de natureza civil ereligiosa. A partir da etimologia das pala- vras e do contexto, fica claro que estas posi-ções envolvem mais responsabilidades doque privilégios.No AT, a palavra comum para ministro é meshuret. Este é um particípio do verbosharat. A expressão pode indicar aquele queassiste uma pessoa de alto escalão, assimcomo no caso de Josué e Moisés (Êx 24.13; Js 1.1), Elias e Eliseu (1 Rs 19.21). Nos es-critos mais recentes, este termo se referiaaos oficiais reais (1 Rs 10.5; 2 Cr 22.8), e atémesmo aos anjos de Deus (SI 104.4). Entre-

tanto, o uso mais característico estava rela-cionado à ministração dos sacerdotes noTemplo (Dt 10.8; 17.12; 21,5; Is 61.6; Ez44.11; J1 1.9,13; Ed 8.17; Ne 10.36).O NT grego emprega 3 palavras para minis-tro: Leitourgos é a primeira, e é usada para mesharet na Septuaginta. Ela se referia a umempregado público, possivelmente um cida-dão rico, que prestava serviços para o estado(Rm 13.3-6). Com o passar do tempo, passoua ter a conotação distintamente religiosa queaparece na Septuaginta (Rm 15.16). Assim,Cristo é o ministro do Templo celestial (Heb8,2) , e Paulo é um ministro de Cristo aolevaro evangelho aos gentios (Rm 15.16).Hyperetes é um termo grego composto quesignifica trabalhador de um navio de escra- vos. Com o tempo passou a significar qual-quer pessoa em uma posição subordinada,um assistente pessoal ou ajudante de um

superior (Lc 1.2; At 13.5; 26.16; 1 Co 4.1).Este termo era a tradução de hazzan, umassistente da sinagoga cuja responsabilida-de era abrir e fechar o prédio, cuidar dos li- vros usados nos cultos, e ajudar o sacerdoteou mestre na adoração. (Lc 4.20).Finalmente, a palavra mais característica doNT para ministro é diakonos, que eram aque-les que serviam as mesas (Lc 12.37; 17.8).Esta palavra enfatiza a submissão do serviçocristão (Mt 20.26; Mc 10.43). Os apóstolos eseus auxiliares são chamados de ministros deDeus (2 Co 6.4; 1 Ts 3.2); de Cristo (2 Co 11.23;Cl 1.7; 1 Tm 4.6); do evangelho (Ef 3.6,7; Cl

1.23); da nova aliança (2 Co 3.6); e da igreja(Cl 1.24,25). Em Atos 6.2,3 sete homens fo-ram escolhidos para ajudar os apóstolos noserviço das mesas. Estes homens serviamcomo um protótipo do diácono, que mais tar-de se tomou um oficial da Igreja primitivamencionado em Filipenses 1.1 e caracteriza-do em 1 Timóteo 3.8ss. Enquanto o termodiakonos está normalmente associado com oministério cristão, a expressão também é usa-da como uma referência aos ministros de Sa-tanás (2 Co 11.13), e possivelmente para mi-nistros do pecado (Gal 2.17),No AT, o ministério se referia primariamen-te aos serviços religiosos realizados pelos sa-cerdotes e levitas. Entretanto, depois da mor-te de Cristo o NT fala de cada crente traba-lhando como um sacerdote diante de Deus (Ap1.6; 1 Pe 2.9). De acordo com Romanos 12.6-8; 1 Coríntios 12.28; Efésios 4.11, todos aque-les que fazem parte do corpo de Cristo rece- beram dons do Espírito Santo, com a finali-dade de estarem envolvidos no ministério.Mais adiante fica claro que não importa oquão insignificante seja o dom, ele deve serexercitado “para aperfeiçoamento dos santos”e “para edificação do corpo de Cristo” (Ef4.12).Lado a lado com a função sacerdotal do cren-te como indivíduo, o NT marca o desenvolvi-mento de um ministério cristão profissional.Durante o ministério do nosso Senhor na

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MINISTRO ou MINIST RIO M1QU 1AS

terra, Ele treinou e enviou os doze (MtlO.lsS-; Ml 6.7ss.; Lc S.lssj. Depois da mor-te de Cristo, Matias foi escolhido para parti-cipar do ministério dos apóstolos (At l,23ss.).Os sete diáeonos foram acrescentados a fimde ajudarem a serviras mesas (At 6.1-8). Naépoca do concilio de Jerusalém, (At 15) o ter-mo apóstolo parece ter ganhado um referen-cial mais amplo. Um apóstolo era alguém quetestemunhou a ressurreição, e recebeu dire-tamente do Cristo ressurrecto a incumbên-cia de pregar (cf.l Co 9.1ss.). Perto do finaldo ministério de Paulo, a liderança da igrejalocal estava nas mãos dos bispos, presbíte-ros e diáeonos. A exata ligação entre esteslíderes tem sido motivo de disputa há muitotempo, Lightfoot, juntamente com Harnack,fazem do bispo e do presbítero uma únicapessoa no NT. O título de bispo enfatiza afunção de supervisão, enquanto o presbíterocaracteriza a dignidade do ofício. Mais tar-

de, os dois se separaram, e o bispo se tor-nou uma ordem distinta, mais elevada doque a do presbítero. Sohm e Lowrie, poroutro lado, sustentam que os dois estavamsempre separados, embora esta distinçãotenha, com o passar do tempo, se tornadomais enfática. A princípio, nem todos ospresbíteros eram bispos, mas todo bispo eraum presbítero. A doutrina da sucessão apostólica apareceuprimeiro no século I d.C., na Carta de Cle-mente. No final do século II d.C., o ensinoparece ter se cristalizado. Entretanto, des-de o início os patriarcas ortodoxos, especial-

mente Irineu (Heresies 3,3,4), rejeitaram estaafirmação, apelando para os ensinos do NT.Veja Liderança, Líder; Serviço.Bibliografia G.Henton Davies, “Miníster inthe Old Testamenf’, IDB, III, 385ss. AdolfvonHarnack, The Constitution and Law of theCkurch in the First Two Centuries, trad. por F. L. Pogson, Nova York. Putnam, 1910, J. B.Lightfoot, “Tire Cliristian Ministry", SaintPauVs Epistle to the Philippians, Londres.Macmillan, 1885 ed., pp. 181-269. WalterLowrie,The Church and Its Organization inPrimitive and Catholic Times, Nova York.

Longmans, Green & Co., 1904. Thomas W,Manson, The Church’s Ministry, Filadélfia. Westminster, 1948. Leon Morris, “Minister,Ministry”, BDT, pp, 355ss. John K. S. Reid.The Biblical Doctrine of the Ministry,Edinburgh. Oliver & Boyd, 1955. Massey H,Shepherd, Jr., “Ministry, Christian”, IDB, III,386-392. H. Strathmann e R, Meyer,“Leitur-eo, etc.’, TDNT, IV, 215-231.

P. D. F.MINITE Uma das cidades famosas nas con-quistas de Jefté (Jz 11.33). Ezequiel fala dotrigo de Minite entre as mercadorias de Tiro(Ez 27,17). Eusébio relaciona Minite comMaanite, na estrada de Rabate Amom a

Hesbom. Acredita-se que este local seja El Yadudeh (Kraeling,Biblical Geography, p. 16).MIQUÉIAS O nome Miquéias, que significa“Quem é como Jeová", era muito comum en-tre os hebreus. Ele foi um profeta, autor dolivro que leva o seu nome (Mq 1.1; Jr 26.18). Viveu em Moresete-Gate (Mq 1.1,14), umacidade em Judá, perto da cidade de Gate dosfílisteus e que, possivelmente, esteve algma vez sob o governo de Gate. Essa cidade esta- va 30 ou 40 quilômetros a sudeste de Jerusa-lém. Eusébio e Jerônimo citam a tradição quecolocou esse local não muito longe do leste deEieuterópolis, que tem sido identificada comBeit Jibrin, situada em um vale que leva daplanície costeira ao interior da Judéia, pertode Jerusalém. Dessa forma, o profeta viveuonde era capaz de observai' a longa estradapor onde, durante séculos, haviam passadoos exércitos invasores, assim como os pionei-ros e as caravanas comerciais.Miquéias foi contemporâneo de Isaías. Elepregou durante os reinados de Jotão (aprox,742-735 a.C.), Acaz (aprox. 735-715 a.C.) eEzequias (aprox. 715-687 a.C.), reis de Judá,e serviu tanto ao reino do norte como ao dosul, e dirigiu-se a Samaria e a Jerusalém.Têm havido discussões a respeito do títulodo livro (1.1), mas seu conteúdo confirmatanto a data atribuída ao profeta como osobjetos de seu ministério, as capitais de Is-rael e de Judá. Enquanto Isaías ministravaem Jerusalém, supõe-se que Miquéias pro-fetizava entre as classes humildes da nação.Mas ele poderia facilmente ter profetizadotambém na capital, pois denunciou os líde-res do reino e, em grande parte, fez de Jeru-salém o centro de suas mensagens.Faltam evidências para consubstanciar a opi-nião de que Miquéias era um homem do cam-po, simplesmente porque residia em uma ci-dade do interior da Judéia. Ele menciona lu-gares do interior (1.10-15), mas também lu-gares em outras partes de ambos os reinos(2.12; 4.8; 5.2; 7.14), Seu estilo não mostraque era uma pessoa rústica. Suas rápidastransições de um tema para outro mostramapenas que tinha um espírito jovial e que pos-

suía uma certa coragem ao falar. As tradi-ções a respeito de sua origem, morte e localde sepultamento são obtidas, em parte, daconfusão feita com Micaías, filho de Inlá, con-temporâneo de Acabe, rei de Israel (1 Rs 22.8).Tem sido conjeturado, a partir de 2.2, queMiquéias era um fazendeiro e que aquela pro-priedade que foi tomada com violência podeter sido sua. Mas Miquéias era capaz de falardiretamente e demonstrar uma forte indig-nação. Era um escritor de grande habilidadee sublimes declarações (6.1-8), assim comoIsaías. Não se pode duvidar que Miquéias,assim como Isaías, exerceram grande influ-

ência sobre o rei Ezequias em sua reforma da vida espiritual do reino (veja Jr 26.18).

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MIQU IAS M1QU 1AS, LIVRO DE

Miquéias era um homem capaz de ter gran-de simpatia pelos oprimidos e sensibilidadepelos sofrimentos de seus conterrâneos, e en-frentava a oposição com evidente coragem.Sua linguagem mostra que deve ter sido umhomem de grande força emocional e eleva-dos ideais de moralidade.

C. L. F.MIQUÉIAS, LIVRO DE Miquéias é o sextolivro dos profetas menores. O estilo de sua pro-fecia é simples e vigoroso. O profeta gostavade perguntas e empregava a metáfora, o jogode palavras e a ironia. Miquéias deixou ape-nas um resumo de suas pregações, mas o queregistrou mostra que era um digno contempo-râneo de Isaías através da precisa denúnciados pecados da nação e de seus lideres, e pelo brilhante fervor de suas profecias messiâni-cas. Ao ministrar no século VIII a.C., ele ob-servou que o poder ameaçador sobre Judá eraa Assíria, o império que havia destruído o rei-no do norte de Israel (5.5ss.). Ele testemunhoua queda de Samaria em 722a. C. A profecia de Miquéias apresenta inúmerassemelhanças com o livro de Isaías. A seme-lhança mais notável é a passagem emMiquéias 4.1ss., onde ele repete quase pala- vra por palavra o que se encontra em Isaías2,2ss, As explicações têm variado entre atri- buir a profecia a Isaías, a Miquéias ou a umprofeta mais antigo, mas nenhum argumen-to tem sido suficiente para satisfazer a mai-oria dos intérpretes. Alguns estudiosos atribuíram certas partesdo livro a outros escritores além de Miquéias.Esses argumentos são puramente subjetivose têm sido habilmente respondidos pelosdefensores da opinião tradicional, isto é, deque todo o livro foi escrito por um único au-tor, Miquéias, o morastita.

EsboçoI. Primeiro Oráculo, Capítulos 1-2

A. Denúncia, 1.2-16B. Ameaça, 2.1-11C. Promessa, 2.12-13

II. Segundo Oráculo, Capítulos 3-5 A. Denúncia, 3.1-11B. Ameaça, 3.12C. Promessa, 4,1-5.15

III. Terceiro Oráculo, Capítulos 6—7 A. Denúncia, 6.1-5B. Ameaça, 6.6-7.6C. Promessa, 7.7-20

ConteúdoQuase todos os intérpretes dividem o livro emtrês seções indicadas pelas palavras da intro-dução “Ouvi todos”. A primeira profecia co- bre os capítulos 1 e 2, e seu tema é o julga-mento de Samaria e Jerusalém, as capitaisdos dois reinos. Esse julgamento está se apro- ximando, por causa dos pecados da nação (1.2-5), e surpreenderá Samaria por seus hábitos

idólatras í 1.6,7). Mas Judá será devastada eseu povo será exilado pelas mesmas ofensas(1.8-16), sendo que o castigo será desenhadocom a figura de um exército destruído. Ades-truiçâo e o cativeiro estavam aguardando oslíderes que haviam oprimido o povo com umtratamento injusto e iníquo (2.1-5) e com fal-sos profetas igualmente culpados por suasprevisões que tranquilizavam o povo e o con- vencia a dormir em sua complacência moral(2.6-11). Em seguida, ele incluí a promessade uma bênção final ao remanescente de Is-rael que irá retornar (2.12,13). A segunda profecia amplia os pecados dospríncipes, dos falsos profetas, dos juizes in-ustos e dos sacerdotes iníquos. Novamente,os líderes políticos e religiosos da nação sãocensurados pelo completo desprezo ao que éusto e pela sua preocupação com o ganhopessoal (3.1-11). Conseqüentemente, o Se-nhor entregará Sião aos seus inimigos (3.12).

Tão potente era esse último discurso, que foilembrado um século mais tarde (Jr 26.18). A última parte da segunda profecia (capítulos4-5) revela que o reino de Deus se estabele-cerá com poder, paz e abundância (4.1-8).Nesse ínterim, somente a tristeza e o cati- veiro aguardam a nação por causa de seuinveterado hábito de pecar (4.9,10), mas seucastigo será seguido pelo juízo de Deus so- bre seus inimigos (4.11-13). Existe um clí-max no anúncio do nascimento, em Belém,do Messias que libertará Sião do domínio dosassírios e pastoreará o seu rebanho (5.1-6).O remanescente não será apenas preserva-

do dos ataques hostis, mas do temor das na-ções inimigas (5.7-9). O Messias estabelece-rá um reino de paz (5.10-15). A terceira profecia apresenta o caminhopara a redenção oferecida por Deus sob afigura de uma controvérsia legal entre oSenhor e o seu povo. As questões apresen-tadas no início estão entre as mais impres-sionantes de toda literatura profética. Oargumento está baseado nos muitos sinaisde bênçãos de Deus sobre Israel e de suaingratidão mostrada através de seus pre- valecentes pecados (6.1-5). São estabeleci-das as exigências básicas para essas bên-çãos (6.6-8) e, em seguida, Miquéias mos-tra que eles não estão cumprindo sequer omínimo necesasário (6.9-7.6). O profetaconclui com a previsão de futuras bênçãospor causa da fidelidade de Deus à sua ali-ança com Abraão (7.7-20), Por fim, a nação,em sua convicção do pecado, se voltará aoSenhor com arrependimento e confissão. Aoconfiar no Senhor, Israel experimentará várias bênçãos que serão por Ele coneedi-das: a compaixão, o restabelecimento deSião com a dominação de todos os inimigos,e a renovação de seus atos sobrenaturaisem benefício do seu povo. O livro terminacom um louvor pela maravilhosa graça deDeus (7.18-20).

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M1QU 1AS, LIVRO DE MISERIC RDIA

Bi iogra ia. Gleason L. Archer, “Micah”,NBC. B. A. Copass e E. L. Carlson, AStudyof ike Prophet Micah, Grand Rapids. Baker,1950. J. Marsh, Amos and Micah. Introduc-tion and Commentary, Londres. SC.M Press,1959. Norman H. Snaith, Amos, Hosea and Micah, Londres. Epworth, 1956. A. S, vander Woude, “Micah in Dispute witli thePseud o-Prophets”, VT, XIX (1969), 244-260.C. L. F.MIRAGEM “Um fenômeno atmosférico nouai o ar parece se mover em ondas as ten-entes, como aquelas que são refletidas so- bre um metal aquecido” (Webster). Um fe-nômeno em que uma imagem é refletida noar quente. Geralmente é uma imagem dis-tante, quase sempre distorcida e frequente-mente encontrada no deserto.MIRIÃ1. Uma descendente de Ezra por parte de

Merede (1 Cr 4.17)2. Filha de Anrão e Joquebede, e irmã de Arão e Moisés ( x 15.20; Nm 26.59). Semdúvida, ela foi a Miriã que protegeu o cestode juncos no qual Moisés foi escondido. Foimencionada pela primeira vez e chamada deprofetisa por ocasião da jubilosa celebraçãoque liderou depois da travessia do mar Ver-melho (Êx 15.20,21). Ela pecou quando foiinsubordinada à vontade de Deus, e incitou Arão contra Moisés. Ela e Arão se opuseramao seu destaque e posição de respeito. Comoresultado do seu envolvimento e liderançada rebelião, Deus a castigou com lepra.Moisés orou por sua recuperação e Deus ou- viu sua oração. Durante o tempo da sua re-cuperação, Israel não prosseguiu em suaperegrinação (Nm 12.1-16). Ela morreu emCades-Barnéia e foi sepultada alí (Nm 20.1).MIRMA Filho de Saaraim, um benjamita (1Cr 8.10).

MIIJRA 1 Uma cidade na Lícia, na costa sulda Ásia Menor, onde Paulo se transferiu paraum navio graneleiro de Alexandria em sua viagem para Roma (At 27.5). Mirra ficava atrês quilômetros do mar por um rio navegá-

vel. Um grande teatro, com mais de 110 me-tros de diâmetro, e belas tumbas, marca atu-almente a sua localização. Nos dias de Pau-lo, seu porto (agora chamado Andriaki) erauma parada importante para os naviosgraneleiros egípcios, que às vezes navega- vam díretamente para Mirra antes de 20 deulho, ou seja, quando os ventos mudassemdo oeste para o noroeste. Mirra é inseridano texto pelo Codex Beza em Atos 21,1; ela éinteira mente omitida pela Vulgata.MIRRA 2 Veja Incenso; Plantas: Mirra.MISÃ Um benjamita, filho de Elpaal. Tam-

bém epônimo de uma família de Benjamim(1 Cr 8.12).MISAEL1. Filho de Uziel, descendente de Coate, filhode Levi (Êx 6.16,18,22). Junto com Elzafã,levou os corpos de Nadabe e Ahiú do Taber-náculo para fora do arraial (Lv 10.1-4).2. Um daqueles que ficaram perto de Esdrasna leitura da lei, quando os ex-cativos daBabilônia retomaram a Jerusalém (Ne 8.4).3. Nome hebreu de Mesaque, companheirode Daniel, da tribo de Judá (Dn 1.6,7). Jun-tamente com Hananias e Azarias, ele foicolocado sob as ordens de Melzar, que pro- videnciava a sua alimentação. Com Daniel,o trio recusou a comida do rei, que era ce-rimônia lineute corrompida. Asúplica diplo-mática de Daniel para um teste, que foi bem sucedido, as segurou-lhes uma dietaespecial de vegetais (ou grãos deleguminosas). Daniel pediu que Misael eos outros dois amigos orassem com ele pe-dindo ao Senhor a interpretação do sonhode Nabucodonosor (Dn 2.17,18). Mais tar-de, os três amigos de Daniel desafiaram orei perante a imagem de ouro e, emboratenham sido lançados na fornalha, saíramilesos por causa da intervenção de Deus(Dn 3.8-27).

H. G,S.

MISAL Também se pronuncia Masal. Umacidade levítica da tribo de Aser (Js 19.26;21.30; 1 Cr 6.74). A sua localização exata édesconhecida.MISERICÓRDIA 1 No NT, a palavra “mise-ricórdia” é a tradução da palavra gregaeleos,ou “piedade, compaixão, misericórdia” (vejaseu uso em Lucas 10.37; Hebreus 4.16), eoiktirmos, isto é, “companheirismo em meioao sofrimento” (veja seu uso em Fp 2.1; Cl3.12; Hb 10.28).No ÁT, este termo representa duas raízesdistintas: rehem, (que pode significar ma-ciez), “o ventre”, referindo-se, portanto, àcompaixão materna (1 Rs 3.26, “entra-nhas”), e hesed, que significa força perma-nente (SI 59.16; 62.12; 144.2) ou “mútuaobrigação ou solidariedade das partes re-lacionadas” - portanto, lealdade. A primei-ra forma expressa a bondade de Deus, par-ticularmente em relação àqueles que estãoem dificuldades (Gn 43.14; Êx 34.6). A se-gunda expressa a fidelidade do Senhor, ouos laços pelos quais “pertencemos” ou “fa-zemos parte” do grupo de seus filhos. Seupermanente e imutável amor está suben-tendido, e se expressa através do termo berit, que significa “aliança” ou “testamen-to” (Ex 15.13; Dt 7.9; SI 136.10-24).VejaBondade.Bibliografia. R. Bultmann, '"Eleos etc.",

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MISERIC RDIA M1SPA

TDNT, II, 477-487. J. Barton Payne, “TheTheology of the Older Testament”, GrandRapids. Zondervan, 1962, pp. 161-164.MISERICÓRDIA 2 O termo grego eusphlan-chnos que é utilizado para misericordiosos emEfésios 4.32 significa literalmente “víscerasgentis” e daí “misericordioso”. Uma expres-são parecida, splanchnaeleous, em Lucas 1.78significa “entranhas de misericórdia ou bon-dade”. As entranhas são consideradas como afonte da bondade e do desejo nas Escrituras(Gn 43.30; 1 Rs 3.26; Lm 1.20; 2.11; Fm 7,12,20; Fp 1.8). Em Tiago 5.11 o termo gregooiktirmon que vem de oi.ktos, “pena” é tradu-zido como “misericordioso e piedoso" (cf. Rm12.1) . As duas palavras gregas são combina-das na expressão “entrannas de misericórdia”(Cl 3.12) e “entranhas de compaixão” (Fp 2.1). Veja Entranhas.MISGABE Um lugar amplo, seguro e prote-gido. Algumas versões traduzem este termocomo cidade, enquanto outras o traduzemcomo “fortaleza” (Jr 48.1),MISHNAVeja Talmude.MISIA Um distrito do noroeste da Ásia Me-nor. As suas fronteiras nunca foram clara-mente definidas. Mísia era uma área mon-tanhosa e densamente florestada. Em 133q.C., tomou-se parte da província romana da Ásia e incluía cidades como Trôade (q.iO, Assôs e Pérgamo. Na Bíblia Sagrada, estenome só ocorre em Atos 16.7,8.

MISMA1. Filho de Ismael, Acredita-se que existiauma tribo árabe chamada Benee Mesma (Gn25,14; 1 Cr 1.30).2. Um descendente de Simeão (1 Cr 4.25).MISMANA Um membro da tribo gadita quese uniu a Davi em Ziclague, como parte dos“varões valentes" (1 Cr 12.10).MISPA Em heb. mispa ou mispeh significauma torre de vigia ou um local elevado, deonde se pode enxergar ao longe e com boaabertura. O termo não implica em uma torre

literalmente construída pelo homem, mas oimportante é a visibilidade oferecida pelo lo-cal (Is 21.8; 2 Cr 20.24). Ele é sempre usadocom o artigo definido, exceto em Oséias 5.1.1, Um monte de pedras que Jacó erigiu emGileade como um marco de sua aliança comLabão, estabelecendo uma fronteira entre osdois (Gn 31.45-49). Labão chamou o local de Jegar-Saaduta, e Jacó o chamou de Galeede(“monte de testemunho”); depois ambos ochamaram de Mispa, isto é, torre de vigia,dizendo: “Vigie o Senhor entre mim e ti...”2. Uma cidade ou lugar em Gileade, o quartelgeneral de Jefté (Jz 10.17; 11.11,34), chama-

da Mispa de Gileade (11,29). provável que

fosse conhecida como Ramate-Mispa(Js 13.26),a Ramote, em Gileade, que era uma cidade derefúgio (Js 20.8; 21.38; 1 Rs 22.4). NelsonGlueck a identificou com Tell Râmith, cercade 50 quilômetros a leste de Bete-Seã (BASOR#92 [1943], pp. 10ss.).Veja Ramote-Gileade.3. A terra de Mispa (Js 11.3,8), um vale ao pédo Monte Hermom, no norte da Palestina.4. Um local em Moabe para onde Davi levouseus pais, a fim de oferecer-lhes segurança(1 Sm 22.3).5. Cidade na Sefelá (ao pé das montanhas)de Judá (Js 15.38).6. Cidade de Benjamim (Js 18.26) nas cerca-

nias de Geba e Ramá (1 Rs 15.22) e Gibeão(Jr 41.12,16). Em várias ocasiões Mispa ser- viu como ponto de encontro para as tribosde Israel (Jz 20.1-3; 21.1; 1 Sm 7.5,6; 10.17),e ah Samuel comparecia anualmente paraulgar Israel (1 Sm 7.17).O rei Asa fortificou Mispa e Geba contra oReino do Norte de Israel, usando as pedras eas madeiras com as quais Baasa edificouRamá (1 Rs 25.22). Mispa serviu como mora-dia do governador Gedalias, escolhido porNabucodonosor para governar o território de Judá depois da destruição de Jerusalém em586 a.C. (2 Rs 25.22-25; Jr 40.6-13). AhGedalias foi assassinado por Ismael, que logodepois matou 70 peregrinos de Siquém e lan-çou seus corpos em uma cisterna governamen-tal construída por Asa (Jr 41.1-19). E prová- vel que esta Mispa tenha sido reconstruída erepovoada depois do exílio, e que alguns deseus habitantes tenham ajudado na recons-trução do muro de Jerusalém (Ne 3,7,15,19). A sua localização tem sido discutida entre osestudiosos, restando duas identificações comoas principais possibilidades. Aprimeira seriaNebi Samwil, um monte proeminente, 8 qui-lômetros a noroeste de Jerusalém, pouco maisde 900 metros acima do nível do mar, e o lo-cal tradicional do sepultamento de Samuel. A localização mais provável é Tell en-

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Ml SP A MIST RIO

Ruínas ck> salão de iniciação aos mistérioseleusianos em Elêusis, Grécia

Nasbeh, 13 quilômetros ao norte de Jerusa-lém, e apenas 850 metros acima do nível domar, porém junto à principal estrada norte-sul que vai de Jerusalém a Siquém e a Sa-maria. Ela foi escavada sob a direção de W.F. Badè de 1926 a 1935. Um dos muros maisfortes (com mais de 4 m de espessura) já en-contrados na Palestina foi construído por vol-ta de aprox, 900 a.C,, tendo 9 ou 10 torresretangulares reforçando o muro em suas cur- vas ou em seus longos trechos Tetos. Seuportão de entrada, com uma torre maciça,estava no lado noroeste do monte. De Tellen-Nasbeh veio um selo que pertenceu a Jazanias (provavelmente o homem de 2 Es25,23; Jr 40.8), mostrando um galo de briga.Também foram encontradas 86 alças de jar-ras com o selo real hnlk, provando que estaera uma cidade de judeus. Não foram encon-tradas outras impressões como esta emBetei, que estava apenas 5 quilômetros aonorte, e do outro lado da fronteira entre Judáe Israel. A maioria das alças de jarras é doperíodo do rei Josias e seus sucessores (640-586 a.C.).Bibliografia. D. Diringer, “Mizpah",TAOTS, pp. 329-342. C. C. McCown,et dl.,Excavatíons at Tell en-Nasbeh (2 vol,), NewHaven, ASOR 1947.

J. R.

MISPARVeja Misperete.MISPERETE Um exilado que retornou comZorobabel (Ne 7.7). Uma variante deste nomeé Mispar (Ed 2.2),MISRAEUS Uma das famílias do períodopós-exílico que viveram em Quiriate-Jearim,das quais vieram os zorateus e os estaoleus(1 Cr 2,53).MISREFOTE-MAIM Um local nas proximi-

dades do mar Mediterrâneo, em que Josuéperseguiu os eananeus depois de derrotá-losnas águas de Merom (Js 11.8). Vários luga-res do extremo norte da planície de Aco,aprox. 20 quilômetros ao sul de Tiro, lem- bram este nome, porém a sua localizaçãoexata é incerta. Pelo fato deste local estar

listado junto com as fronteiras ao norte deIsrael com Sidom (Js 13.6), Yohanan Aharonisugeriu que este era o rio Litaní que fluíapara o Mediterrâneo 8 quilômetros ao nortede Tiro (The Land of the Bihle, Filadélfia. Westminster, 1967, p. 216).MISSÃO DA IGREJAVeja Grande Comis-são, Testemunho.

MISTÉRIO Este termo significativo (gr, mysterion) aparece 27 vezes no NT, e 20 de-las se devem a Panlo. Existe ura considerá- vel debate em relação à sua origem, com al-guns argumentando em favor oe uma fontepagã, e outros de uma judaica. Pode-se ver,entretanto, que ambas as influências podemser percebidas no uso da palavra no NT. Nasrebgiões que envolvem mistérios, o termodescrevia os ensinos esotéricos reveladossomente àqueles que eram iniciados nos ri-tuais sectários.Embora a palavra “mistério' não apareçano AT em inglês, a palavra análoga “segre-do” (heb. sod; aram. raz) ocorre um certonúmero de vezes, e mysterion é usada naLXX em Daniel 2.18,19,27-30,47, O concei-to de segredo no AT é o de conselhos queDeus revela ao seu povo. A literaturaPseudoepígrafa e a de Qumram adicionamas idéias de mistérios cósmicos e mistériosdo mal, que, da mesma forma, só podem ser verdadeiramente conhecidos através da re- velação divina.Destas fontes variadas surge o conceito de mis-tério no NT, como uma verdade divina, antesoculta, mas agora revelada de forma sobrena-tural aos homens, e que só pode ser totalmenteentendida pelos indivíduos salvos através dailuminação do Espírito Santo. O NT usa o ter-mo para se referir ao Evangelho, às vezes noseu sentido mais amplo, incluindo o plano de

Deus de redenção, existente desde tempos eter-nos (Rm 16.25,26; 1 Co 2.7; 4.1; Ef 1.9,10; 6.19;Cl 1.26,27; 4.3; 1 Tm 3.9; Ap 10.7). É tambémaplicável a aspectos específicos do evangelho:aencamaçàoíCl 2.2,9; 1 Tm 3.16); a igreja comoo Corpo de Cristo incluindo os judeus e os gen-tios (Ef 3,3-6,9; 5.32); as características do rei-no espiritual atual (Mt 13.11; Mc 4.11; Lc 8.10);a cegueira temporária de Israel (Rm 11.25) e atransformação do crente na volta de Cristo (1Co 15.51). 0 termo também é usado para sereferir a qualquer verdade oculta que tenha queser entendida de forma sobrenatural (1 Co 13.2;14.2) , à verdade simbolicamente retratada

(Ap1.20; 7.5, 7), e ao mistério da influência do An-ticristo ainda não revelado (2 Ts 2.7).

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MIST RIO MITO ou MITOLOGIA

Bi iogra ia. Raymond E. Brown, T eSemitic Bcwkground of the Term “ Mistery”inthe New Testament, Filadélfia, FortressPress, 1968. G. Bornkamm, “Mysterion”,TDNT, IV, 802-827,

D. W.

B.MISTURA DE POVOS Uma designação(heb. ‘ereb, “uma mistura”) atribuída prima-riamente àquela companhia heterogênea quese uniu aos israelitas na época do êxodo doEgito (Êx 12.38). Eles provaram ser um laçopara os israelitas, por que tiveram “grandedesejo” em Quibrote-Hataavá (Nm 11.4). A identificação deste grupo se mostrou um pro- blema difícil. No Targum, a frase foi traduzidacomo “muitos estrangeiros”. Alguns, entretan-to, sugerem que estas pessoas eram remanes-centes doshicsos ou outro povo asiático estran-geiro que saiu do Egito com os hebreus; outrosconsideram que eles eram nativos egípcios,oprimidos pelo novo Faraó. Há ainda outrosque sugerem que esta seja uma raça híbrida,o resultado de casamentos realizados no Egitoentre os israelitas e os egípcios nativos duran-te a opressão (veja Lv 24.10,11). A expressão também é encontrada de for-ma significativa em Neemias 13,3. Durantea leitura pública da lei, encontraram textosque diziam que nenhum amonita ou moabitadeveria entrar na congregação de Deus. Osudeus responderam com pronta obediênciae separaram a “mistura de gente” ou a “mis-

tura de povos”. O mesmo termo hebraico étraduzido como “povo misto” em Jeremias25.20; 50.37.

D. K. C.MITCA Lugar de parada dos israelitas emsua partida do Egito, perto do Sinai, na re-gião rochosa da Arábia. Seu nome possivel-mente se origina do fato de que suas águaseram praticamente livres de impurezas (Nm33.28,29).MITENITA Josafá, um dos homens de Davi,era chamado de mitenita (1 Cr 11.43). Istoimplica que havia um lugar chamado Mitem,mas não há evidências de sua existência.MITILENE A principal cidade de Lesbos,qma ilha situada fora da costa noroeste da

sia Menor, perto de Pérgamo (no leste) e Alexandria Trôade (no norte). Foi primeira-mente habitada pelos gregos eólios, e nostempos romanos desfrutaram da condição delocal de veraneio. Paulo parou ali rapida-mente em sua viagem da Grécia para Mileto(At 20,14). Mais tarde, um terremoto des-truiu a cidade (151-152 d.C.). Durante a Ida-de Média, este nome foi dado à ilha toda.

1.14; 2 Pe 1.16). Veja Fábula. No koiné, bemcomo no grego clássico, o termo significaaquilo que é ficção, em oposição ao termologos, que tem a conotação daquilo que é ver-dadeiro e histórico. Em linguagem moder-na, mitologia é o folclore, de tribos pagãs enações, que passou de geração a geração.“Uma história, cuja origem foi esquecida,ostensivamente histórica, mas, que de algu-ma forma explica alguma prática, crença,instituição ou fenômeno natural" (Webster,5a ed.). A mais extensiva mitologia é aquelaencontrada nas histórias greco-romanas dedeuses e deusas pagãs.Sabe-se, agora, que muitos dos mitos e ritu-ais gregos primitivos tiveram suas raízes naainda mais antiga mitologia do Oriente Pró- ximo, conforme redescoberto nas literaturasmesopotâmia, egípcia, hitita e cananéia. Várias referências a motivos mitológicos sãoencontradas no AT, usadas como materialilustrativo em passagens poéticas (por exem-plo, a batalha primordial de Yahweli com ummonstro com várias denominações. Leviatâ,Salmos 74.14; Raabe, Jó 26.12; Isaías 51,9;Tannin — isto é, “dragão”, Salmos 74.13, ou Yam - isto é, “mar", Hebreus 3.8). Por cau-sa dessas ocorrências, deve-se questionar seo mito é usado nas Escrituras como um meiodireto de transmitir uma verdade em umapassagem não poética,Na discussão teológica contemporânea, o ter-mo mito alcançou destaque especial em gran-de parte devido ao pedido de Rudolf Bult-mann pela “desmistificação" do NT. De umlado, nos escritos de Bultmann o mítico serefere ao que é miraculosos ou sobrenatu-ral. Em outro sentido, o mito é um artifícioliterário ou simbolismo pelo qual a verdadeeterna ou revelação de Deus foi expressa emtermos acessíveis ao homem. Alguns teólo-gos neo-ortodoxos o confinam à revelaçãoexpressa na Bíblia Sagrada (Barth, Brun-ner); outros o estendem para cobrir a reve-lação progressiva em todas as religiões, eatravés delas (Tillich).

MITO ou MITOLOGIA A palavra grega mythos ocorre cinco vezes no NT, traduzidacomo “fábula" (1 Tm 1.4; 4,7; 2 Tm 4.4; Ti

Teoria da Origem do MitoTeoria da Origem do MitoTeoria da Origem do MitoTeoria da Origem do Mito1. Os estudiosos neo-ortodoxos sustentamque a verdade eterna - a verdade revelada

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MITO ou MITOLOGIA M1ZRA1M

mana, é o meio pelo qual o kerygma podeser revelado.Conforme a conclusão de Otto A Piper, “Aonegar a encarnação e atribuir a Cristo nadaalém de um papel incidental na formação doEvangelho, Bultmann ignora a ênfase espe-cial que todos os escritores do NT depositam

na necessidade de uma redenção divina atra- vés da intermediação de um único homem”(“Myth in the NT”,Twentieth Century Ency-clopedia of Relígious Knowledge, Baker,1955, H, 781). A diferença fundamental, portanto, entre amitologia e a Bíblia, é que a primeira é a ten-tativa do homem de narrar em forma de his-tória sua experiência com as forças da,natu-reza. A segunda é a Palavra de Deus, E a re- velação dada pelo Próprio Criador, Aquele quetambém escolheu agir sobre a história pararedimir o povo com o qual ele fez uma alian-ça. Yahweh, o Deus de Israel, não tem mito-

logia. Ele é o único Deus vivo. Não hápoliteísmo. Os mitos da natureza não apare-cem nas seções narrativas para explicar aexistência do sobrenatural (G. E Wright, TheOld Testament Against Its Envíronmení, Chi-cago. Regnery, 1950, pgs 16-29). A descriçãoda criação e da queda do homem em Gênesis1-3 não é fantasiosa, imaginativa ou mítica;é a revelação da verdade sobre fatos reais,declarada racionalmente em termos simples,compreensíveis às pessoas de todas as ida-des e em todos os locais.Veja Interpretação da Bíblia; Leviatã; Mila-gres; Revelação.Bibliografia. Edwyn Bevan, “The Religious Value of Myths in the Old Testament , naobra de S. H. Hooke, In the Beginning,Oxford. Clarendon Press, 1947. B. S Childs, Myth and Reality in the Old Testament, Lon-dres, S, C. M. Press, 1960. E. Dinkler, “Mythin the New Testament”, IDB, III, 487ss. G.R Driver, Canaanite Myths and Legends,Edinburgh. T. & T. Clark, 1956. T. H. Gaster,“Myth, Mythology", IDB, III, 481-487. S. H.Hooke, Middle Eastern Mythology, Har-mondsworth. Penguin, 1963. G. Stahlin,“Mythos”, TDNT, IV, 762-795.

R. A. K. e J. R.MITRA Uma cobertura ou turbante de li-nho, feita para o sumo sacerdote (exceto emEz 21.26, onde a palavra é traduzida comodiadema ou como turbante, referindo-se àtiara usada pelo príncipe de Israel). A mitraera usada pelo sumo sacerdote no Dia daExpiação (Lv 16.4).

Veja Turbante; Sumo sacerdote; Vestes.

MITREDATE1. O tesoureiro de Ciro, que era responsável

ela devolução, a Sesbazar, dos objetos tira-os do Templo em Jerusalém (Ed 1.8; cf. 1Ed 2.11)

Uríia paleta comemorando uma vitória deNarmer, que possivelmente deve ser

Menes, o rei a quem foi creditado o méritopor ter unido o antigo Egito. LL

2,

Um oficial persa que governou Samaria. Junto com Bislão e Tabeel ele escreveu emaramaico a Artaxerxes Longímano, protestan-do contra a reedificação dos muros de Jeru-salém pelos judeus (Ed 4.7; cf. 1 Ed 2.16).MIZA Filho de Reuel; um descendente deEsaú e Basemate, a filha de Ismael, e chefede um clã ainda não identificado (36.13,17;1 Cr 1.37).MIZAR Não é possível fazer atualmenteuma identificação positiva deste monte, quesó é mencionado no Salmo 42.6. Alguns su-gerem que o salmista tenha utilizado os no-mes Hermom e Mizar apenas de forma sim- bólica. Uma hipótese mais razoável seria ummonte nas proximidades do monte Hermome do Jordão, por exemplo, na Galiléia supe-rior. Outra possibilidade é que este nomesignifique simplesmente “pequeno monte” ese refira ao monte Sião.MIZRAIM Mizraim, em heb. misrayim, éum nome cuja forma e origem não se conhe-ce. É a definição bíblica comum para o Egitoe, consequentemente, a palavra é conside-rada como dúbia refletindo expressões egíp-cias para as “Duas Terras" do Egito, o AltoEgito e o Baixo Egito. Nomes equivalentespara o Egito se encontram em vários idio-

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MIZRAIM MOABE, MOABITA

mas semitas: em ugarítico, mor; em acádio, Musur, Misri (como por exemplo nas tábuasde Amarna); em árabe, Maar, o atual nomepara Cairo e Egito.Na Bíblia Sagrada este nome tem vários usos.1. Primeiro aparece na Tábua das Nações (Gn10), onde Mizraim (ou Egito) está relaciona-

do como um filho de Cam (v, 6; cf 1 Cr 1.8).interesse tendo em vista as relações entre oEgito e Creta.Veja Nações.2. Mizraim é, na Bíblia Sagrada, o nome he- braico comum para Egito, e está sempre tra-duzido deste modo na versão RSV em inglês;(a) Ocorre mais de 500 vezes como um nomepara a terra do Egito e, portanto, é impor-tante como um termo geográfico. Em Isaías11.11, e possivelmente Jeremias 44.15 o ter-mo pode estar sendo utilizado apenas emrelação ao Baixo Egito, visto qne nestas pas-sagens o nome Patros, “Alto Egito”, tambémé encontrado. (6) Em heb. misraym é tam-

bém usado em um sentido étnico e políticopara o Egito e os egípcios (Gn 41.55; Is19.23,25).3. Em algumas referências onde os cavalossão um destaque (1 Rs 10.28,29; 2 Rs 7,6;2Cr 1.16,17), alguns comentaristas, seguindoHugo Winekler usam o nome hebraico comose este se referisse a uma terra chamadaMusri^ou Musur no norte da Síria on sudes-te da Ásia Menor, porém a maioria prefere otermo Egito.Veja Egito.

C. E. D.MNASOM Um dos primeiros discípulos,

mencionado apenas uma vez (At 21,16). Ele

Estação da cheia nas proximidades daspirâmides. LL

veio da ilha de Chipre, assim como Barna- bé. Quando Paulo e seus companheiros fo-ram de Cesaréia para Jerusalém depois daterceira viagem missionária, Mnasom esta- va evidentemente morando em Jerusalém.Paulo e os demais companheiros se hospe-daram com Mnasom ali.MOABE, MOABITA Um país e um povo doleste do mar Morto.

O nomeO nomeO nomeO nome A Bíblia não fornece a origem e a etimologiado nome. Com base em Gênesis 19.30-38,sugere-se uma etimologia popular por causado texto do v,37 da Septuaginta, que acres-centa: 'Talando do meu pai” depois do nomeMoabe, o que baseado nas suas consoantes

pode significar, de acordo com alguns erudi-tos: “do meu pai”. Esta é a única referênciana Bíblia onde o nome Moabe se refere a umapessoa. Em todas as outras passagens, onome se refere a um povo.

A Terra A Terra A Terra A TerraMoabe ocupava um vale de cerca de 1.450metros acima do nível do mar Morto, que eraa sua fronteira ocidental. Moabe estava cer-ca de 1050 metros acima do nível do marMediterrâneo. A leste, Moabe estava limita-da pelo deserto da Arábia e a sul pelo valede Zerede (Uádi Hesa), com a terra de Edomadiante. Sua fronteira ao norte variou emdiferentes períodos, desde o rio Arnom atéum limite incerto ao norte de Hesbom. A extensão do país de norte a sul variava coma sua situação política de 56 a 96 km, en-quanto a sua largura de leste a oeste era deaprox. 40 km. O vale era bem irrigado e pro-duzia as plantações de grãos e uvas, queeram a base da prosperidade de Moabe. A economia também era sustentada pela cria-ção de ovelhas.

O PovoDe acordo com Gênesis 19.30-38, os moabi-tas descendiam de Moabe, filho de Ló, queera sobrinho de Abraão, como resultado deuma relação incestuosa com a filha mais ve-lha de Ló. A narrativa, entretanto, indica queos israelitas e moabitas eram semitas e pa-rentes de sangue, e isto é confirmado pelo fatode que a língua dos moabitas está intimamen-te relacionada à dos hebreus. Os sinais da ins-crição de 34 linhas na Pedra Moabita {q.v.)correspondem aos sinais da inscrição de Siloéde Ezequias, e mostra que as duas línguassão da mesma descendência semítica. Ã si-milaridade de alguns costumes também in-dica o mesmo parentesco. Moabe é represen-

tada em Êxodo 15.15 como já sendo um povopoderoso quando Israel saiu do Egito. A terra que veio a ser conhecida como Moabeera, até onde sabemos original mente, habi-tada por um povo conhecido por sua grandeestatura, que a Bíblia chama de refains (Dt2.10-11). Eles foram citados pelos moabitas,que os expulsaram, como “emins”, os “terrí- veis” ou “ameaçadores”. Eles são citados emGênesis 14.5 como habitantes de Savé-Quiriataim.

Religião A religião e, conseqüentemente, a cultnra dosmoabitas eram muito semelhantes às dos ca-naneus. A fertilidade de Moabe, sua riqueza

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MOABE, MOAB1TA MOABE, MOABITA

em vinho e grãos, seu clima temperado, e ca-lor moderado produziam as condições que de-terminavam a forma de culto. Consequente-mente, a adoração à natureza no culto da fer-tilidade prevaleceu com todos os seus ritu-ais impuros. Orgias sexuais eram uma ex-pressão cerimonial da adoração a Baal-Peor(Nm 25.16). A alusão de Mesa na Pedra Mo-abita a Astar-Quemos (linha 17), uma divin-dade composta, dá a idéia de que havia umconsorte feminino, o que seria natural e es-perado no culto da fertilidade. As estatuetasaa deusa-mãe da fertilidade, Astarte, encon-tradas em Moabe, são similares às estatue-tas dos cananeus, O parentesco das práticasdos cultos da fertilidade dos moabitas e doscananeus é ilustrado mais adiante em no-mes como Bamote-Baal (Nm 22.41), Bete-Baal-Meon (Js 13.17) e Bete-Peor (Js 13.20).Veja Peor.Eram comuns os sacrifícios de bois e ovelhas

sobre os altares de lugares altos, seguidospor refeições de sacrifícios (Nm 22.40-23.2;25.1-3; cf. Ap 2.14). Praticava-se o sacrifíciohumano, e as linhas 11 e 12 da PedraMoabita descrevem como todo o povo de Astarote foi sacrificado ao deus Quemos,Quem os, a divindade nacional dos moabitas,aparece freqüentemente como um elementodo nome deles. Os nomes Quemos-Sedequee Quemos-Yehi são especialmente interes-santes. No culto da fertilidade, o nome com-posto Astar-Quemos está relacionado a Astar, a deusa cananéia da estrela d’alva, Odisco do sol é usado ocasionalmente sobre

brasões com o nome Quemos. O nome tam- bém aparece nas inscrições babilônias, tudoisso indicando seu uso no panteão semíticomais amplo. Embora Quemos fosse um deusda guerra, acreditava-se que ele também seenvolvia nas experiências comuns da vida doindivíduo, para trazer bênçãos oumaldições.Veja Falsos deuses:

História As explorações arqueológicas em Moabe mos-traram que até o final do início da Idade doBronze, em aprox. 2000 a.C,, o país foi habi-tado por um povo altamente civilizado e agrí-

cola. Suas cidades eram muradas e localiza-das estrategicamente com propósitos de de-fesa. Um extenso cemitério fortificado, comaprox. 20 mil tumbas pertencentes à Idadedo Bronze, foi escavado em uma parte de Babedh-Dhra (q.v.), a leste de el-Lisan (a pontada ilha que se projeta para o mar Morto). A cerâmica produzida por este povo é parecidacom a dos cananeus. A importante rota docomércio era a Estrada Real (ou a Estrada dorei), que cortava toda a sua extensão, de nor-te a sul do país. Esta era a rota de Quedorla-omer (Gn 14.5-7), e a destruição deixada pelainvasão do país pode ter sido a causa da eli-minação dos emins, que eram os predecesso-res dos moabitas na região (Dt 2.10,11).

Logo depois do início da Idade Média doBronze, a vida sedentária da área ao sul dorio Jaboque deu lugar a uma cultura maisnômade. O país foi invadido pelos elemen-tos seminômades, geral mente identificadoscom as migrações amoritas, que no finalcompletaram a destruição das cidades e le-

varam a civilização da Idade do Bronze,como um todo, a um fim. Parece que um tipode vida predominante mente nômade conti-nuou por mais alguns séculos. Um destes

rupos era conhecido pelos egípcios comoutu nos textos de Execração de 1900 a.C.

(ANET, p. 329), e sugere “os filhos de Sete”em Números 24.17. De acordo com algunseruditos, a ausência de grandes centrospopulacionais em Moabe, neste período, éuma evidência da data mais tardia doÊxodo.Veja Êxodo, O: A Época.No séc. XIII a.C., perto do término da IdadeFinal do Bronze, a vida nômade foi suplan-tada por uma população mais sedentária, epelo estabelecimento do reino de Moabe. A referência mais antiga a Moabe nas fontesextrabíblicas está nas listas de Ramsés II(1304-1237 a.C.) em Luxor (ANET, p. 243), Antes da chegada dos israelitas na área daTransjordânia, depois do Êxodo, o rei amor-reu Seom venceu os moabitas (Nm 21.26) eocupou o seu território até o sul, até o rio Arnom. Seom era o rei de Hesbom e contro-lava a área do Jaboque até Arnom na épocada chegada dos israelitas (Nm 21.27-30). Osisraelitas foram capazes de vencer Seom, emais tarde dividiram o ex-território moabitaentre as tribos de Rúben e Gade (Dt 2.24-36;Nm 32.2-5, 34-38; Js 13.8-10,15-23).Os israelitas, agora em posição de atacarCanaã, acamparam nas planícies de Moabealém do Jordão, na altura de Jericó (Nm22.1ss.). Balaque, rei de Moabe, enviou seusmensageiros a Balaão em Petor para indu-zi-lo a amaldiçoar Israel (Nm 22-24). O re-sultado foi a benção de Israel ao invés damaldição desejada pelo rei moabita (vejaPeor). Foi durante este período de acampa-mento nas planícies de Moabe, que os israe-litas se envolveram em relações ilícitas com

as mulheres moabitas e seus deuses (Nm25,3) . As tribos de Rúben e Gade reconstru-íram muitas das cidades moabitas (Nm32.34-38). Moisés morreu e foi sepultado“num vale, na terra de Moabe, defronte deBete-Peor” (Nm 27.12-23; Dt 32.48-52; 34.1-8) , Durante o período dos juizes de Israel,em que a nação ficou enfraquecida, os moa- bitas prosseguiram para o norte, a partir dorio Arnom até vários quilômetros ao nortedo extremo do mar Morto, atravessando o rio Jordão até Jericó. Os israelitas foram opri-midos por Eglom, rei de Moabe, durante 18anos até este ser assassinado pelo juiz Eúde

(Jz 3.12-30). As campanhas do rei Saul naTransjordânia incluíram a derrota de Moabe(1 Sm 12.9). Quando Davi fugiu de Saul, ele

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MOABE, MOAB1TA MOABE, MOAB1TA

levou os seus pais até o rei de Moabe, paraque estivessem protegidos. Talvez este sesimpatizasse com Dav] por causa de Rute, a bisavó moabita de Davi. Durante os reina-dos de Davi e Salomão, Moabe esteve sob odomínio de Israel,O período histórico mais importante de

Moabe coincidiu com o período da existên-cia do reino do norte de Israel, isto é, de931 a.C. quando Israel se tornou uma na-ção dividida, até 722/721 a.C., quando oreino do norte foi destruído pelos assírios. A fraqueza de Israel depois da divisão damonarquia capacitou Moabe a alcançar asua independência, mas em aprox. 876 a.C.,durante o reinado de Onrí, ela foi trazidanovamente ao domínio de Israel (2 Rs 3.4).Moabe ficou subordinada a Israel até amorte do rei Acabe, a quem Mesa de Moabepagava tributos. Mesa então dirigiu umaTebeliào (2 Rs 3.5ss.) que foi bem sucedida,

e Moabe se tomou independente de Israel.Mais tarde, entretanto, Israel, Judá e Edomformaram uma coalÍ2âo para atacaT Moabe.Desesperado, Moabe tomou seu filho mais velho e o ofereceu em holocausto sobre omuro. Este ato provocou a retirada dos ali-ados da batalha (2 Rs 3.27), talvez por medode uma retribuição do deus Quemos (G. M.Harton, “The Meaning of II Kings 3.27”,Grace Journal, XI, outono de 1970, #3, pgs34-40), e Mesa reivindicou a vitória. Nosanos subsequentes, os saqueadores deMoabe pilharam Israel constantemente (2Rs 13.20).Pode parecer que mais tarde, na época de Jeroboão II, Moabe tenha se tomado indepen-dente (Am 2.1-3), mas deve ter sentido o pode-rio militar do rei de Israel quando ampliou assuas fronteiras até o mar Morto (2 Rs 14.25).Moabe aparentemente nunca mais conquistoua sua total independência novamente, caindodepois sob o domínio dos assírios. A invasão de Tiglate-Píleser III em Israel em734-733 a.C. levou Moabe, juntamente comoutros estados da Transjordânia, ao domí-nio do Império Assírio. Não havia nenhumatentativa séria da parte dos estados daTransjordânia de libertá-los do governoassírio por causa da prosperidade econômi-ca que eles desfrutavam como parte do gran-de império. A vinda dos babilônios para governar aTransjordânia não envolvia uma mudançasignificativa na condição de Moabe. As tro-pas moabitas estavam no exército babilônioquando a revolta de Jeoaquim de Judá foireprimida (2 Rs 24.1,2; Ez 25.6-8). Mas noquarto ano do reinado de Zedequias, o ulti-mo Tei de Judá, o rei de Moabe participou deuma conspiração contra a Babilônia (Jr 27.3).Não há evidências de que os moabitas te-nham realmente participado da batalha em586 a.C., quando Jerusalém e o Templo fo-ram destruídos.

Em 581 a.C., outra expedição punitiva con-tra Judá e a Transjordânia foi realizada pe-los babilônios. Josefo diz que naquele ano oexército babilônico se levantou contra a Síria, Amom e Moabe(Ant. x,9.7; cf Jr 40.11; 48.7).Não há evidências de que Moabe tenha setomado novamente um reino independente

ou semi-independente depois do período dogoverno babilônico, O texto em Esdras 2.6parece indicar que Moabe se tornou umaprovíncia do Império Persa depois da derro-ta dos babilônios por Ciro, o persa.No período seguinte ao seu aeclínio, Moabeestava fraca demais para resistir, sofrendocom os constantes ataques dos nômades queassolavam a Transjordânia. Muitos moaDi-tas foram levados da região sul de Arnom, eespalhados pelos paises próximos. A popu-lação que permaneceu na terra foi absorvi-da pelas tribos árabes que tomaram possedaquela área. O julgamento vindouro pro-

nunciado por Ezequiel (25.4-10; 35.15) sobreas nações da Transjordânia, é confirmado pe-las pesquisas arqueológicas na área e pre-nunciava a vinda de pastores e nômades doleste. Moabe viveu outro período de prospe-ridade nos períodos helenisticos e romanos,mas naquela época foi vencida e absorvidapelos nabateus (q.v.). A área foi, no final,incorporada à província da Arábia. O lamen-to do Pentateuco pela destruição de Moabe(Nm 21,27-35) está refletido em Isaías 15-16 e Jeremias 48.

Arqueologia

Poucas escavações mais importantes queestivessem relacionadas aos próprios moa- bitas foram realizadas em Israel. As duasexceções estão: (a) em Dibom(q.v.), onde osresultados foram desapontadores porquenenhuma estratificaçâo definida pôde serestabelecida, e (b) em Hesbom (q.v,), onde aescavação na época da publicação ainda nãotinha alcançado as camadas dos moabitas emnenhuma região considerável. Em outroslugares como Madeba, Eleale, Adar, Balu‘ah,e Quir-Moabe (Kerak), explorações e examesde profundidade secundários encontraramalguns sinais da ocupação moabita.

O primeiro achado arqueológico atribuídoaos moabitas é a esteia de Balu‘ah (ANEP#488), uma pedra de basalto negra de aprox.2 metros de altura e esculpida com 3 figurashumanas. Um rei usando barba e um tur- bante, típico dos beduínos shasu, está em péentre um deus e uma deusa com uma carac-terística insígnia egípcia, e pode ser datadado século XII a.C. Uma inscrição ilegível de4 linhas no topo parece ser de um estiloproto-sinaítico, e provavelmente muito maisantigo. Uma outra pedra de aprox. 1 metrode altura foi encontrada a leste do mar Mor-to em 1851. Ela mostra um provável guer-reiro vestido apenas com um saiote curto,segurando uma lança (ANEP #177).

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MOABE, MOABITA MOINHO, PEDRA DE MOINHO

Bibliografia. W. F. Albright, The Archaeo-logy of Palestíne, Baltimore. Penguin, 1960;The Biblical Period from Abraham to Ezra,Nova York. Harper & Row, 1963. Michaeí Avi-Yonah, ed., A History of the Holy Land,Toronto. Macmilían, 1969, CornPBE, pgs528-532. Nelson Glueck, The Other Side o

the Jordan, New Haven. ASOR, 1940;“Transjordan” TAOTS, pp. 445-450. WilliamH Morton, “Dibon", “Moab, Moabites” BW,pgs 200-202, 392-396 F. W. Winnett e W. LReed, The Excavations of Dibon (Dhiban) in Moab, AASOR, XXXVI-XXXVII, New Haven. ASOR, 1964. A H. van Zyl,The Moabites,Leiden. Brill, 1960.

A. C. S.MOABITA Uma pessoa de Moabe. Rute erachamada de “moabita” (Rt 1.22; 2.2 etc). Al-gumas das esposas de Salomão eram cha-madas moabitas (1 Rs 11.1). A mãe de Jozabade, que juntamente com Zabade cons-pirou para matar Joás (2 Cr 24.26), era umamoabita. Veja Moabe.MOAD1ASVeja Maadias.MOAGEM Em Isaías 3.15, “moer as facesdo pobre* significa oprimir ainda mais ospobres por meio de extorsão. “Moa minhamulher para outro" (Jó 31.10) significa “Queela se torne uma escrava moendo grãos paraoutro homem" (cf. Êx 11.5; Is 47.2). Em E-clesiastes 12.3 os “moedores” que “cessampor já serem poucos” retratam os dentes ca-indo grandemente na velhice, ao passo que

no v. 4 os ouvidos, ficando surdos, mal po-dem ouvir o barulho dos moinhos de pedramoendo os grãos (cf. Jr 25.10).Veja Moinho.MOBÍLIA, MÓVEIS Equipamentos para usoao cozinhar e esteiras utilizadas como camasconstituíam a mobília daqueles que eram mui-to pobres. Os móveis aumentavam de acordocom a riqueza dos proprietários. O quarto dehóspedes de Eliseu era um dos quartos mais bem equipados (2 Rs 4.10). Os palácios conti-nham móveis caros e luxuosos (Et 1,6).No AT, o termo “mobília” (heb. comapenas uma exceção, se refere ao altar de

bronze, à pia, à mesa da propiciação, ao al-tar do incenso, ao castiçal, e à arca da alian-ça do Tabernáculo iq.v.: Êx 31.7-9; 35.14;39.33). Em Naum 2.9, a referência é à mobí-lia no palácio de Nínive. Em Gênesis 31.34,o termo “mobília" (kar ) refere-se à sela docamelo de Raquel.

Estrutura de cama de madeira coberta comuma grossa folha de ouro com malha de fios da

tumba de Tutancamom. LL

4.19; Nm 22,22; 2 Rs 4.25, “Geazi, seu moço”),e de um jovem de notável proeza militar (1Cr 12.28). O termo na‘ar abrange desde aidade de um bebê, como no caso de Moisés(Êx 2.6), e também do recém-nascido Icabô(1 Sm 4.21), até os oficiais veteranos do exér-cito assírio(2Rs 19.6, “servos"; cf. 18.17,28).

No NT, os termos gregos equivalentes sãoaídarion (Jo 6.9) e pais (Atos 20.12, “rapaz",“moço”, ou “jovem”).Veja Família.MOCHOVeja Animais: Coruja-de-igreja III.19.

MOCHO ou BUFOVeja Animais; III. 14.MODERAÇÃO Limitação do apetite, dasações ou emoções. A palavra geralmente serefere a ser moderado, significando que apessoa não comete excessos, nem mesmo nos

nãbitos normais, como comer. A palavra nãoaparece no AT, e, no NT ela é usada, porexemplo, em Filipenses 4.5. A palavra gregaque a originou é epieíkes que significa bran-dura, bondade e paciência. Ela expressa aponderação que analisa os fatos de um casode uma forma humana e razoável.

MODERNISMOVeja Liberalismo

MODÉSTIA O termo gr.aido$, “modéstia”,é nm atributo comparado à sobriedade, comouma descrição de Paulo do adorno adequadoàs mulheres que professam ser tementes eobedientes ao Senhor (1 Tm 2.9),MOEDAVeja Pesos, Medidas e Moedas.MOEDA DE PRATA Provavelmente umsido (Is 7.23) conforme várias traduções. “Milsi cios [ou moedas] de prata*. Veja Pesos,Medidas e Moedas.

MOÇO ou RAPAZ No AT o termo heb. na ar geralmente designa uma pessoa jovem, ummenino ou uma criança (Gn 21.12; 22.5; Jz16.26; 1 Sm 2,11,26; 20.21 etc.). Porém, tam- bém pode ser usado para designar um ho-mem casado, como no caso de Benjamim emGênesis 43.8; cf. 46,21; ou um servo (2 Rs

MOINHO, PEDRA DE MOINHO Duaspedras combinadas de forma a se fricciona-rem e esmigalharem os grãos, transforman-do-os em farinha. O método tem uma longa

história, e ainda é usado hoje em alguns lu-gares na Palestina.Progressivamente desde os tempos neolíti-

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MOINHO, PEDRA DE MOINHO MOIS S

cos, a pedra inferior normalmente tinha aforma retangular, variando muito em tama-nho, vazada de forma a deixar um extremode cada lado. A pedra superior era cilíndricaou convexa, para se friccionar para frente epara trás sobre o grão espalhado na pedrade baixo, que ficava fixa. Pequena o sufici-ente para se carregar facilmente, a pedrasuperior era às vezes exigida pelo credorcomo uma garantia (Dt 24,6). Ela tambémpoderia ser utilizada como um míssil paraser atirado contra o inimigo que sitiasse umacidade (Jz 9.53). Quando capturado, Sansãofoi usado pelos filisteus para girar o moinhoda prisão (Jz 16.21), uma tarefa geralmentedelegada a uma escrava (Êx 11.5; Is 47.21. O barulho do atrito das pedras de basalto an-tes do amanhecer de cada dia, caracterizavaas condições normais de paz. (Ec 12,4; Jr25.10; Ap 18.22).Na época do NT, a pedra de moinho maishaixa ou inferior era normalmente circular,e o lado superior tinha uma forma mais oumenos cônica ou convexa. A pedra superiortambém era circular e côncava na parte in-ferior interna, de modo que se encaixava so- bre o cone inferior estabelecendo um bomcontato de atrito. Ela tinha um buraco dotipo de um funil no topo, pelo qual o grãopodia ser despejado. Triturar com o peque-no aparelho do moinho era geralmente tra- balho de duas mulheres, uma virava a pe-dra superior e a outra despejava os grãos (Mt24.41). Nas formas maiores desta combina-ção, a pedra superior tinha um formato que, visto de lado, parecia uma ampulheta. Umpólo paralelo ao chão poderia estar fixadona pedra superior de forma que um animal,como um jumento, poderia ser usado paragirá-la (Mt 18.6; Mc 9.12b

N. B. B.

Pedras de moinho de uma padaria emPompéia. HFV

MOIS SMOIS SMOIS SMOIS S O grande líder e legislador doshehreus, sob cuja mão Deus levou os israeli-tas do Egito às fronteiras da terra prometi-da. Moisés foi a maior personalidade nadispensação do AT, porque foi seu fundadore, como tal, tipificou o Senhor Jesus Cristo(ef. Hb 3.1-6).,

O nome. Em Êxodo 2.10, é feito um trocadi-lho com o nome Moisés: “E chamou o seunome Moisés e disse: Porque das águas o te-nho tirado [meshíti-hu]”. Há uma questãoexegética relacionada à pessoa que deu onome a Moisés. Se foi sua mãe, possivelmen-te a palavra deveria ser explicada como re-lacionada a mashct (“extrair"), uma adapta-ção semítica de uma forma egípcia. Por ou-tro lado, a maioria dos estudiosos pensa quea filha do Faraó escolheu o seu nome, e quea palavra é realmente egípcia, embora exis-tam dificuldades linguísticas em tal opinião.

vida. De acordo com Êxodo 2.1, os pais de

Moisés eram descendentes de Levi, emboranão possamos dizer quantas gerações houveentre Levi e Moisés. A A A A história da infânciade Moisés é bem conhecida. Desafiando aordem do rei de lançar no rio todo meninoque nascesse, os pais esconderam o bebêMoisés em uma arca, uma pequena cesta de bambu, vedada com piche. Veja Arca de Jun-cos. A filha do Faraó foi ao rio se banhar, viua arca, e teve compaixão da criança. A irmãde Moisés, que estava por perto, armou umlano para que a sua mãe tomasse contaele. Assim Deus graciosamente salvou a vida do menino.Com relação à sua vida na corte egípcia, pra-tieamente nada se sabe, salvo que de acordocom Hehreus 11.24, Moisés “recusou ser cha-mado filho da filha de Faraó". Sabemos queele foi “instruído em toda a ciência dos egíp-cios" (At 7.22), Sabemos também que quan-do cresceu, ele demonstrou interesse pelo bem estar do seu povo. Ao ver um egípcioespancando um hebreu, Moisés interveio ematou o egípcio. No segundo dia, quandoMoisés tentou intervir na disputa entre doishebreus, um deles o acusou referindo-se aoassassinato do dia anterior. Moisés percebeuque sua façanha tinha sido descoberta e fu-giu para Midiã, um distrito da Arábia. OFaraó ficou sabendo da sua atitude e procu-rou matá-lo. Ao mesmo tempo, Moisés não temeu a ira dorei (Hb 11.27), mas o desafiou. Em Midiã eleajudou as filhas de Reuel (Jetro) a dar de be- ber ao seu rebanho e mostrou a nobreza doseu caráter ao defendê-las de outros pasto-res, Ele se casou com Zípora, uma das filhasde Jetro. Com relação à sua vida como pastorde ovelhas em Midiã, pouco se sabe, porque opropósito das Escrituras nao é tanto enfocara atenção nos detalhes da vida de Moisés,porém, mostrar seu lugar na obra de liberta-ção e no cumprimento dos propósitos de Deus,No deserto, Deus apareceu a Moisés na sarça

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MOIS S MOIS S

O menino Moisés no palácio do Faraó, pintado por Bonifácio, MM

ardente, pois a obra do Deus da aliança naredenção ê cercada por milagres. Este eventotinha todas as características de um verda-deiro milagre; era um trabalho realizado pelopoder sobrenatural de Deus no mundo exte-rior. Deus fez com que a sarça queimasse deforma que Moisés o visse. Isto parece ter sidocontrário à obra providencial usual do Senhor,e assim atende aos requisitos do termo niflaoth ("maravilhas”"aquelas coisas que sãodistintas”). Além do mais, o evento tmha opropósito de ser um sinal. Ele indicava a pre-sença de Deus como um fogo consumidor, erevelava que a sua presença estava com o seupovo, Este evento mostrava que Ele os liber-taria da escravidão, e que não havia se es-quecido das suas promessas aos patriarcas.Veja Sarça ardente.Moisés estava de alguma forma hesitante emretomar ao Egito para encontrar o Faraó e,

de modo amoroso, Deus tratou com ele, as-segurando-lhe que estaria com ele. O Senhorpermitiu que o irmão de Moisés, Arâo agissecomo intermediário ou profeta, declarandoa palavra de Moisés - a mensagem dada porDeus - ao Faraó.O encontro com o Faraó foi muito interes-sante. Em última análise, ele levou a umacompetição entre Jeová, o Deus de Israel,e o “deus" Faraó, uma representação dospoderes das trevas. Em primeiro lugar,Moisés simplesmente pediu que os israeli-tas tivessem permissão para fazer uma

Êequena viagem ao deserto e adorar ao seuleus. Como seu pedido fora recusado, Deusmostrou seus sinais e maravilhas a Faraó. As pragas tiveram a finalidade de conven-cer os egípcios e os israelitas de que o Deusde Israel era o Deus Todo-poderoso. As pra-gas culminaram com a morte do primogê-nito do Faraó.O relato de Êxodo é transmitido de maneirasimples e direta. Quando os israelitas che-garam ao Sinai, Deus revelou que Ele osnavia escolhido para serem o seu povo, e deu-lhes sua lei, santa e imutável. Moisés deve-ria ser o mediador entre a nação e Deus. As

Escrituras relatam as peregrinações dos is-raelitas até chegarem às fronteiras da Pa-lestina, porém Moisés não foi autorizado aentrar na terra. Ele morreu e foi sepultado

no monte Nebo, e não se conhece a localiza-ção de sua sepultura. Para conhecer maisdetalhes sobre o contexto histórico e a datada vida de Moisés, veja Egito; Êxodo, O A importância. O esboço da vida de Moisés,descrito acima, revela a importância destegrande homem. Sua verdadeira grandeza étrazida, entretanto, em conexão com um epi-sódio que se passou depois que os israelitasdeixaram o Sinai. Miriã e Arâo demonstra-ram ciúme pelo fato de Deus ter dado reve-lações a Moisés. “Porventura, falou o Senhorsomente por Moisés? Não falou também pornós?” (Nm 12.2). Moisés nâo podia falar emsua própria defesa, por cansa da elevadaposição que ocupava no plano divino. Ele

Moisés e a Lei (janela da abadia de Flairgny.Loiraine, século XVI). MM

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MOIS S MOIS S

foi humilde na elevada posição em que foicolocado por Deus, de forma que se etigaj arem uma defesa pessoal teria desviado aatenção da sua posição, e atraído a atençãoara si, pessoalmente. Por esta razão, oenhor interveio subitamente e esclareceuo relacionamento correto entre Moisés, Arão

e Miriã. Para os verdadeiros profetas, Deusse fez conhecer por intermédio de sonhos e visões; mas para Moisés, que era seu servoe fiel em toda a sua casa, o Senhor faloudiretamente e sem a capa da ambiguidade.O mesmo pensamento é encontrado em He- breus 3, onde se faz uma comparação entreMoisés e Cristo. Nesta passagem fica claroque Moisés foi o homem mais exaltado na dis-pensação do AT, e ainda que esta dispensa-ção apontava diretamente para o Senhor Je-sus Cristo, e nele teria o seu cumprimento.Enquanto Moisés, como servo, foi fiel em todaa casa de Deus, Cristo, como o Filho, governaaquela casa. O AT é, em grande parte, o rela-to da dispensação Mosaica. Entretanto, osprofetas e todos os outros como Miriã e Arão,estavam em uma posição inferior à de Moi-sés. Por isso, o pecado de Miriã e Arão era tãoabominável. Miriã, que sem dúvida foi ainstigadora, foi punida com lepra.Moisés, o homem que ocupou esta posição exal-tada no plano divino do AT, era um homem de verdadeira grandeza. Ele viveu pela fé emDeus (cf. Hb 11.27b), e teve uma profunda pre-ocupação pela honra do Deus a quem servia(Nm 14.13ss.). Esta preocupação tambémmanifestava um desejo genuíno de que os pro-pósitos de Deus fossem cumpridos. Uma leitu-ra cuidadosa de Hebreus 11 mostra que Moiséstinha consciência de que era um servo de Deus,a serviço do cumprimento dos seus propósitosde redenção. Moisés chegava a considerar apossibilidade de ter o seu próprio nome risca-do do livro de Deus, para que o seu povo pu-desse ser salvo (Êx 32.32).Só um homem com uma profunda devoçãopodería ter servido ao Senhor em tantas situ-ações como Moisés. Ele se mostrou um ver-dadeira líder do seu povo. Embora tenha pe-cado e, às vezes, demonstrado fraquezas, pros-seguiu em sua tarefa até levar o povo à fron-teira da terra prometida. Na época da gran-de apostasia, no incidente do bezerro de ouro,ele afirmou vigorosamente a sua liderança.O mesmo ocorreu na rebelião de Corá, Data e Abirâo (Nm 16). Só um homem da grandezade Moisés poderia ter trazido a nação de Is-rael do Egito até a terra prometida.Moisés também era um legislador, e será sem-pre lembrado neste aspecto. “A lei foi dadapor Moisés” (Jo 1.17). Israel recebeu mais doque um código de leis tal como o código-lei deHamurabi; na realidade, Moisés era o medi-ador de uma aliança. Um estudo dos trata-dos e alianças feitos pelos antigos heteus in-dica que ao dar a aliança a Israel, Deus em-pregou uma forma que foi bem entendida na

época, o chamado tratado de suserania. En-tre este tipo de aliança e a aliança de Israelhá similaridades formais. Veja Aliança.Entretanto, há uma diferença profunda emrelação ao conteúdo. Os suseranos heteus im-punham uma série de condições que os povosconquistados tinham que obedecer. Entre o reie o povo não havia amor ou afeição especial.No caso de Israel, entretanto, tudo era dife-rente. Israel deveria ouvir a voz de Deus e obe-decê-la, porque Deus era verdadeiramente so- berano. Além do mais, Deus havia manifesta-do o seu amor por Israel através de sua esco-lha e redenção. Israel foi a nação que Deusescolheu dentre todas as nações que estão so- bre a face da terra. Ela seria o seu povo pecu-liar e a proximidade do seu relacionamentocom Deus foram demonstradas através de sualibertação da escravidão do Egito. Israel nãoprestaria uma obediência baseada na força,mas como uma nação santa, sem dúvida ser- viría ao seu Deus em amor, como um reino desacerdotes. Deus se revelou a Israel como Jeová, o Deus da aliança, o Deus da liberta-ção. O homem que foi honrado por Deus comomediador da aliança foi Moisés.Moisés também demonstrou a sua grandezaatravés de suas produções literárias. Comomediador da aliança, o servo fiel na casa deDeus, Moisés foi o autor da lei, os cinco li- vros que falam do estabelecimento da teo-cracia. A questão da autoria Mosaica, então,é fundamentalmente teológica. Os livros deMoisés diferenciam-se de todos os demaislivros do AT, pois mostram o pensamentodaquele homem que foi escolhido por Deuspara ser mediador da aliança, o pensamen-to de um legislador.Isto não sugere que estes livros contenhamalgo imaginário. Moisés sem dúvida empre-gou documentos escritos que foram transmi-tidos de geração em geração; sem dúvidaempregou sua vasta cultura, pois foi um ho-mem criado em toda a sabedoria e conheci-mento dos egípcios (At 7.22), Também não

Íiodemos nos esquecer de que os 5 livros daei são Escrituras; e, assim, ao escrevê-los,

Moisés foi um profeta que revelou as pala- vras de Deus ao povo. Ele se tornou o pa-drão para todos os verdadeiros profetas quese seguiram, culminando no Senhor JesusCristo, o Messias (Dt 18.15,18). Como umescritor das Escrituras, ele estava sob a di-reção do Espírito Santo, de tal forma queescreveu sob a inspiração de Deus (2 Tm3,16; 2 Pe 1.21). Assim, os 5 livros de Moisés,cujo autor humano era um servo de Deus,são também a Palavra de Deus.Moisés e o golpe na rocha. Depois de umalonga jornada pelo deserto, Moisés não tevepermissão paia entrar na terra prometida,

O motivo declarado é que ele golpeou a ra-cha em Cades. Este foi um ato de desobedi-ência, no qual Deus não estava sendo glori-ficado. Golpear a rocha também foi um ato

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MOIS S MOIS S

Esteia do capitel de Amenemhet III, de aprox. 1900 a.C. LM

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MOIS S MONTANHA

As montanhas do Líbano e o rio do Cào. HFV

de descrença por parte de Moisés. Aqui, ogrande líder hesitou; aqui ele renunciou efe-tivamente a tudo que ele mesmo represen-

tava, e mostrou descrença na Palavra deDeus. Por este motivo, não lhe foi permitidoentrar na terra prometida. Este episódio éuma mácula no currículo do servo fiel e con-fiável do Deus da aliança.Bibliografia. Oswald T. AIlis, God Spake by Moses, Filadélfia. Presbyterian & Refor-med Pub. Co. 1951;The Fiue Books of Moses,Filadélfia. Presbyterian & Reforme d Pub.Co., 1943, Martin Buber, Moses, 2” ed. rev,,Heidelberg. Verlag Lambert Schneider, 1952. Jack Finegan, Let My People Go, Nova York.Harper & Row, 1963. Joachim Jeremias,

“Mouses”, TDNT, IV, 848-873. Melvin G.

Kyle, “Moses", ISBE, III, 2083-2091. F. B.Meyer, Moses, the Servant of God, GrandRapids. Zondervan, 1953. Henry S. Noerdlin-ger, Moses and Bgypt, Los Angeles. Univ.oS Calif. Press, 1956. Gerhard von Rad, Moses, Londres. Lutterworth Press, 1960,Edward J. Young, An Introductíon to the OldTestament, Grand Rapids. Eerdmans, 1958,pp. 45-154.

E. J, Y.MOISÉS, LEI DEVeja Lei de Moisés,

MOISÉS, LIVROS DEVeja Moisés; Penta-teuco.MOLADA Uma cidade no Neguebe de Judá(Js 15.26), citada entre os assentamentos deSimeão (Js 19.2; 1 Cr 4,28). Também foi ocu-pada durante o período persa (Ne 11.26). A identificação usual era Tell el-Milh (agoraconsiderada como o local da Arade da Idadedo Bronze), a 20 quilômetros a leste deBerseba. Entretanto, o nome Árabe era de-rivado do hebraico Malhata, que é preserva-do no grego Malatha (Josefo, Ant xviii.6.2) e Malaatha (Eusébio, Onom., 14.3; 88.4;108.3) . Khureibet el-Waten, oito quilômetrosa leste de Berseba, parece ser uma traduçãode Melada, “local de nascimento”. Fragmen-

tos de cerâmicas da Idade do Ferro e poste-riores foram encontrados ali, possibilitandosua identificação com Molada.MOLHO DE CEREAIS Uma pequenaquantidade ou monte de grãos colhidos. Otermo heb. gadish é traduzido como “molho”em Juizes 15.5, “feixe" em Jó 5.26, e “meda”em Êxodo 22.6. Esta palavra heb. é usadapara “túmulo” em Jó 21,32 e “feixe de trigo”sobre a sepultura em Jó 5.26.MOLIDE Um descendente de Jerameel,neto de Perez, filho de Judá (1 Cr 2.25-29).

MOLOQUE, MOLEQUEVeja Falsos deuses,MOMENTOVeja Tempo, Divisões do Tempo.MONOLITO A palavra gregastele designaum poste ou pedra erguidos. Para o arqueó-logo, o monolito é uma rocha, ou uma pedra,

coberta de inscrições como se fosse um mo-numento; por exemplo, a grande pedra como código das leis de Hamurabi(q.v.). O fa-moso monolito de Meniepath (de aprox. 1220a.C.) contém a primeira referência a Israelfora da Bíblia, reivindicando a vitória doEgito sobre essa nação que, na época, esta- va localizada na Palestina (ANET, p, 378). A Pedra Moabita{q.v.) traz a versão moabitada história registrada em 2 Reis 3.4-27. A edra Ebenézer (q.v.) erguida por Samuel (1m 7.12) seria um monolito bíblico, além daspedras sobre as quais foram copiadas as leisde Moisés, e preparadas por Josué no monte

Ebal (Js 8.32; cf. Dt 27.2-4).MONSTRO DO MARVeja Animais: Cha-cal II.11.MONTANHA Dois termos hebraicos e seusequivalentes em grego são muitas vezes tra-duzidos como “montanha” nas versões daBíblia Sagrada: gib‘a (gr. bounos) e har (gr.oros), melhor traduzidos como “colina” ou“montanha”, respectivamente. O primeiro serefere às encostas mais graduais e elevaçõesmenores, e se aplica a partes ou a todo o ter-reno que corre do norte ao sul como a cristacentral das montanhas da Palestina. O últi-mo, geralmente, descreve um tipo de terre-no com pontos mais elevados e encostas maisinclinadas, e também é usado para descre- ver uma única montanha, uma serra, ou atémesmo uma área montanhosa. Veja Colina,País Montanhoso; Palestina: II.A.5; B.l.e. As frequentes referências a montanhas ecolinas são tanto literais quanto figurativas.Deus chama toda a terra de Israel de “mi-nhas montanhas” (Is 14.25; 65.9). As mon-tanhas foram muitas vezes escolhidas comolocais de adoração ou de unia revelação divi-na; por exemplo, Sinai (Êx 19.18-20; 24.9-18), Moriá (Gn 22.2), Siâo (SI 2.6; 48.1,2),

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MONTANHA MONTE DAS OLIVEIRAS

Carmelo (1 Rs 18.19-39). Os altos pagãoseram frequentemente erguidos em topos decolinas abertas (Dt 12.2). As montanhas são lugares que estendem anossa visão (Dt 3.27; cf. Lc 4.5). Elas influen-ciam as chuvas e estão, portanto, relaciona-das com a produtividade (SI 29.3-9; Dt 33.15; J1 3.18). Elas são símbolos de permanência(Hc 3.6) e estabilidade (SI 30.7; 125.1,2; Is54.10). Elas são personificadas para expres-sar emoções humanas: estremecimento porcausa do terrível julgamento de Deus (SI 18.7;97.5) ; regozijo pela redenção de Israel (SI98,8;Is 44.23; 49.13; 55.12); saltar de medo paraescapar à ira de Deus (SI 29.6; 114.4,6); serchamado para testemunhar a contenda deDeus com o seu povo (Mq 6.2) etc.Montanhas são, também, símbolos de calami-dades na jornada da vida (Jr 13.16) e de obs-táculos humanamente insuperáveis (Zc4.7; Mt21.21). Mas estas podem ser movidas pela fé,a despeito de quão pequena seja, desde quedepositada no Deus Todo-Poderoso (Mt 17.20).Bibliografia. Werner Foerster, “Oros”,TDNT, V, 475-487.

H, E. Fi.MONTANHA DOS AMORREUS Um ter-mo geral referente à região acidentada oumontanhosa habitada pelos amorreus nostempos de Moisés e Josué (Dt 1.7,19,20; cf.Nm 13.29; Js 10.6). A área é, aproximadamente, aquela domi-nada por cinco reis amorreus da aliança de Josué 10.3-5. Ela deve ter incluído as mon-tanhas que se erguem no Neguebe, ao nortede Cades-Barnéia (Dt 1.20), toda a cordilhei-ra central de Judá e Benjamim, e talvez osul de Efraim.Veja Amorreus.MONTÃO1. Palavra hebraica gal, designando pedrasamontoadas juntas. Um montão de pedrasera algumas vezes colocado sobre uma pes-soa morta como um lembrete de sua infâmia(Js 7.26; 8.29; 2 Sm 18.17); parece ter sidoequivalente a um sinal de desgraça como a

morte por apedrejamento. Um montão depedras foi usado como testemunha da alian-ça entre Jacó eLabão (Gn 31,44,46-52). Umacidade que se tornou um montão de ruínasfoi um lembrete do juízo de Deus (2 Rs 19.25;Is 25.2; Jr 9.11; 51.37).2. Palavra hebraica 7, um montão de ruínas(SI 79.1; Jr 26.18; Mq 1.6; 3.12) e a palavracognata me‘i (Is 17.1). O nome da cidade de'Ai” deriva dessa palavra.3. Palavra hebraica ned denotando um mon-te ou um muro de água, como se fosse conti-do por um dique invisível (Ex 15.8; Js3.13,16; SI 33.7; 78.13).4. Palavra hebraica 'arema significando qual-quer coisa empilhada, podendo ser grãos oncereais (Rt 3.7; Ct 7.2; Ag 2.16), os produtos da

agricultura (2 Cr 31.5-9), entulho ou escombros(Ne 4.2), ou ainda ruínas de cidades (Jr 50.26).5. Palavra hebraica tel, o monticulo acimado nível das ruínas amontoadas de uma ci-dade (Dt 13.16; Js 8.28; Jr 30.18; 49,2).

F. B. H. eJ. R.

MONTEVeja Montanha.MONTE DA CONGREGAÇÃOVeja Con-gregação, Monte da.MONTE DA CORRUPÇÃOVeja Corrup-ção, Monte da.MONTE DAS BE ATITUDES O vale damontanha onde Jesus pregou o Sermão doMonte tem sido sempre citado como o montedas Beatitudes. Delitzsch chamou o monte dasBeatitudes de o “Sinai do Novo Testamento”.Ninguém sabe a localização exata desta mon-tanha. É mais provável que ela estivsse emalgum lugar ao norte (ou talvez a oeste) deCafamaum, nos altos da Galiléia, emboraseparada da região da costa. G. E. Wright eF, V. Filson afirmam que nenhum dos possí- veis locais são mais prováveis do que as pri-meiras hipóteses (Westminster Histórica!

tlas to the Bible, ed. rev., 1956, p. 94). A tra-dição cristã mais atual estabeleceu um mon-te 120 metros mais alto do que Cafamaum,alguns quilômetros a noroeste, onde osfranciscanos italianos construíram um con- vento e uma capela. Há uma antiga tradiçãodatada da época das Cruzadas que identificao monte das Beatitudes com os Chifres deHattin, a oeste de Magadã. Na planície logoabaixo destes chifres (pequenos picos), os cru-zados sofreram sua derrota decisiva nas mãosde Saladino, o líder saraceno, em 1187 d.C.

D. R. S.MONTE DAS OLIVEIRAS O termo é, às vezes, aplicado a quatro colinas a leste de Jerusalém que formam uma crista que correna direção norte-sul. Popularmente, refere-se apenas ao par central diretamente a lesteda área do Templo. Das quatro colinas, a maisao norte é o monte Scopus, A colina mais aosul fica ao sul da estrada para Jerico e é cha-mada de monte da Ofensa. Era o local dascasas e Templos dos ídolos das esposas es-trangeiras de Salomão (2 Rs 23,13), quandonão ficavam no próprio Monte das Oliveiras. As duas colinas centrais, com uma pequenadepressão entre elas, elevam-se a quase 900metros de altitude. Jerusalém está a aprox.840 metros de altitude. A subida a partir do vale de Cedrom é íngreme, e os ônibus so- bem lentamente em primeira marcha. Info-re-se, a partir do nome, que as encostas jáforam coDertas por uma vegetação. Porémsão, agora, rochosas e desgastadas devido aodesmatamento causado pelas duas guerrasmundiais, com poucas árvores na encosta

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MONTE DAS OLIVEIRAS MONTE SIOM

O monte das Oliveiras visto através da fachada da área do Templo. HFV

oeste, e menos ainda a leste. O nome árabedas colinas é Jebel ez-Zaiton (monte das Oli- veiras) e Jebel et-Tur. O mar Morto é visívela leste, e uma vista imponente de Jerusa-lém abre-se para oeste. Ao norte das duas colinas fica o HospitalLuterano Augusta Victoria com sua torrealta como marco. Ao suí ergue-se a torre daIgreja Russa da Ascensão e outros edifíciosmarcando o lugar tradicional da partida deCristo. Em um rebaixo entre as colinas ficao Convento da Galiléia. A leste, a estradadesce para Betânia e para a estrada de Jericó. Na face oeste há três antigas estra-das, todas possivelmente da época romana,sobre as quais o Senhor Jesus Cristo teriacaminhado. A Igreja de Dominus Flevit (OSenhor Chorou) fica a meio caminho da des-cida. A Igreja de Todas as Nações, com umatradicional rocha do Getsêmani e um jardimde oliveiras, brancas devido à idade, fica pró- xima ao fundo. Muitas igrejas famosas fo-ram construídas no topo e algumas delas fo-ram descobertas e identificadas.O nome Monte das Oliveiras está conectadocom a fuga de Davi de Absalão (2 Sm 15.30),e com o texto em Zacarias 14.4, que fala da vinda do Senhor, ocasião em que o monte separtirá de leste a oeste. Ele é descrito como olocal da partida da presença de Deus de Je-rusalém nos dias de Ezequiel (Ez 11.23), NoNT, é descrito como o local de descanso favo-rito de Cristo quando Ele se retirava de Jeru-salém. Foi o local do início de sua entradatriunfal (Mt 21.1), a cena de sen lamento so- bre Jerusalém (Lc 19.37-41), sua instrução

escatológica (Mt 24-25), sua agonia no Get-sêmani (Mt 26.30), e sua ascensão (At 1.9-12). Será o monte de seu retorno (At 1.11; cf.Zc 14.4).Veja Ascensão; Getsêmani; Cedrom.

R. L. H,MONTE EFRAIMVeja Efraim.

MONTE HOREBEVeja Horebe.MONTE DOS AMALEQUITAS Chamadode “região montanhosa dos amalequitas” em Juizes 12.15. Os amalequitas estão, geral-mente, ligados ao Neguebe onde se localiza- va Cades-Barnéia (Nm 14.25), mas parecia,de acordo com Juizes 5,14, ter havido umacolônia na região montanhosa de Efraim.Veja Amalequitas.

MONTE DO VALE Uma expressão peculi-ar encontrada em Josué 13.19. Aparente-mente, uma colina ou elevação proeminente(heb. har) de onde se pode avistar o vale do Jordão ou o mar Morto (heb. ‘emeq, mesmotermo usado em 13.27 para o vale do Jordão).Nele foi construída a cidade de Zerete-Saar(q.v.), “Zerete do alvorecer” (ou “esplendorda alvorada”), um local que captava os pri-meiros raios do nascer do sol,MONTE SEIRVeja Seir, Monte,MONTE SIOM1. Um dos nomes pelos quais o monte Her-mom era chamado antigamente (Dt 4.48). Os

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MORTAL, MORTALIDADE MORTE

que este corpo será vivificado, já tendo sidoliberto (Rm 6.8), de forma que já não servemais ao pecado, e será transformado em umcorpo gloríficado como o de Cristo.No texto grego de 1 Coríntios 15.53,54 e 2Coríntios 5.4, o termo thnetos não está asso-ciado com um substantivo, que normalmen-te seria modificado por ele; mas, o fato dotermo estar no gênero neutro sugere natu-ralmente o substantivo neutro soma (corpo).Nas duas passagens, entendemos que não éa ressurreição da morte que está em desta-que, mas a transformação instantânea doscrentes que estiverem vivos no momento da volta (ou parousia) do Senhor Jesus Cristo.Em 1 Coríntios 15, Paulo fala sobre a ressur-reição em um esboço compacto de escatologia(w, 20-28). No v.50 é anunciada uma razãoimportante para a ressurreição: carne e san-gue não podem herdar o reino de Deus. Osmortos devem ressuscitar incorruptíveis e oscrentes vivos também devem ser transforma-dos para que se revistam da “incorruptibili-dade” e da “imortalidade” (veja Imortalida-de), O caso especial dos crentes que estive-rem vivos por ocasião da volta do Senhor Je-sus Cristo é destacado em 1 Coríntios15.53,54; 2 Coríntios 5.4; 1 Tessalonicenses4.17. Na transformação instantânea dos vi- vos encontra-se o cumprimento de Isaías 25.8- a morte será tragada na vitória. Em Oséias13.14, a confirmação paralela significa que amorte não tem sequer uma vitória temporá-ria: alguns não foram para a sepultura, masforam “tragados” pela [ressurreição] vida.Também não se pode esquecer que outramudança deve acontecer ao mesmo tempo.Hebreus 12.23 fala dos “espíritos dos justosaperfeiçoados”, completamente santificadosna morte, Estes são os mortos justos que le- vantarão dos seus túmulos primeiro. Nomomento do resgate, esta mudança tambémdeve ser experimentada por aqueles que es-tiverem vivos, aguardando a segunda vindado Senhor Jesus Cristo. Veja Morto, O; Escatologia; Vida.

W. B. W.MORTE (em hebraico mawet e em gregoíhcmaíos). O término da vida natural ouanimal; o estado de ter cessado de viver,aquela separação, violenta ou não, entre aalma e o corpo através da qual termina a vida de um organismo. Portanto, a mortetem sido definida de várias maneiras, comoa “separação do corpo e da alma” - Tertu-liano; “a partida do espírito do corpo” -Cícero; “suspensão da união pessoal entreo corpo e a alma, seguida pela dissoluçãodo corpo em elementos químicos e a intro-dução da alma naquele estado separado deexistência ao qnal poderá ser atribuído por

seu CriadoT e Juiz” - A A. Hodge. A mortepode ser considerada como uma experiên-cia pela qual as conexões da pessoa com o

mundo e a vida estão rompidas ou encer-radas. Teologicamente falando, é o últimoacontecimento na história probatória decada ser humano,Cientificamente falando, a morte é a servada economia natural. Portanto, não é umafalha, mas, um sacrifício que assegura umprocesso mais elevado de vida ou, pelo me-nos, assegura a propagação das espécies. Vejaa observação de Jesus em João 12.24.Segundo as Escrituras, a idéia da morte éusada ou descrita: (1) No sentido do proces-so de morrer (Gn 21,16), (2) Como sinônimopara veneno (2 Rs 4.40). (3) Para descreveralguém em perigo de perecer (Jz 5.18. cf. adeclaração ae Paulo: “Em perigo de morte,muitas vezes”, 2 Co 11.23). (4) Como um re-torno ao pó (Gn 3.19; Ec 12.7). (5) Como aremoção do fôlego da vida (SI 104.29), (6)Como uma partida ou êxodo do corpo (Is38.12; 2 Co 5.1; 2 Pe 1.13-15; cf, também 2Co 5.8,9). (7) Como estar despido das ves-tes terrestres (2 Co 5.3,4; 2 Pe 1.13,14). (8)Como a partida para uma terra de escuri-dão e tristeza (Jó 10.21,22; 38.17). (9) Comoum sono (SI 13.3; Jr 51.39; Jo 11.13ss.; 1 Ts4.15; At 7.60). (10) Como a perda da vidaespiritual (Rm 7.9-13; 8.6; Ef 2.1,5; Cl 2.13; Jd 12). (11) como um evento ominoso que seaproxima, lançando uma sombra profundae agourenta (em hebraico salmawet, “som- bra da [ou, de) morte”, ou “profunda escuri-dão”; Jó 3.5; SI 23.4; 44.19; 107.10,14; Jr2.6; Is 9.2; Mt 4.16; Lc 1.79),

A morte é personificada (Jó 28.22; 1 Co 15.55; Ap 20.14) como um governante, tirano ouinimigo (Jó 18.13,14; SI 55.15; 1 Co 15.26; Ap 6.8); ou como um caçador que lança ar-madilhas para apanhar os homens (SI 18.5;116.3; Pv 13.14; 14.27). A morte aparece constantemente como a for-ma mais grave de punição que pode ser ad-ministrada aos transgressores (Gn 9.5,6; Êx21.12 etc.). Portanto, a pena capital era umaretribuição e não simplesmente uma corre-ção. Servia para eliminaT o mal e advertir anação (Dt 13.5-11). O estado final daquelesque não se arrependerem é chamado de “se-

gunda morte” (Ap 20.14; 21.8), Mas, no senti-do das Escrituras, a morte significa a aniqui-lação do corpo ou a extinção do ser na terra. A morte acontece apenas uma vez para cadaorganismo humano (Hb 9.27) e, embora sejacerta (Jó 14.1,2), ninguém sabe quando elachegará (Pv 27.11); mas ela é universal paraa humanidade (Gn3,19;Rm 5.12; 1 Co 15,22). A sepultura é mencionada como “portas damorte” ou “portas da sombra da morte” (Jó38.17; SI 9.13; 107.18), simbolizando a entra-da na morada dos mortos, e também no lugarde onde a morte exerce a sua autoridade.O homem, no caso de nossos primeiros pais,

foi colocado apenas condjcionalmente sob alei da vida. O Jardim do Éden produzia umarica coleção de frutos para sustentar sua vida

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MORTO, O MUDA DE VESTES

forma como fazia, morreu em paz esperandoacordar em semelhança a Deus (SI 17.15).

A Doutrina do NTEmbora o NT traga mais luz para a condiçãodo morto, ele apenas amplia os ensinamen-tos do AT e claramente ensina sobre uma fu-tura ressurreição. Existem muitas passagensa esse respeito, e a própria ressurreição deCristo é básica para todo esse quadro.Mas atualmente também existe mais luzsobre a condição do morto. Os cristãos “dor-mem em Jesus” (1 Ts 4.14). Isso parece serclaramente um eufemismo que surgiu daaparência de um corpo morto, pois osredimidos em glória são ativos (Ap 6.9ss.) eestão preocupados com os acontecimentos naterra. A cena da transfiguração mostra Moi-sés e Elias falando com Jesus sobre a cruci-ficação que se aproximava (Lc 9.30,31). Ospecadores também estão terrivelmente cons-cientes do que acontece no mundo atual (Lc16.19-31). Alguns têm afirmado que o regis-tro do rico e Lázaro seja uma parábola. Épossível, embora existam diferenças essen-ciais quando este relato é comparado às ou-tras parábolas. Mas em todo caso, as pará- bolas de Jesus eram sempre ilustrações da vida real, e a conclusão é clara: os mortosestão agora em nma bem-aventurança, ouem uma situação de tormento.Esse foi o conforto que Cristo ofereceu aoladrão moribundo (Lc 23.43; a expressão “pa-raíso” é igualada a céu em 2 Coríntios 12.2,4)e Paulo declara que é “muito melhor” partire estar com Cristo ( Fpl .23). Para o cristão,

estar ausente do corpo é estar presente como Senhor (2 Co 5.8). Ao morrer, Estêvão re-cebeu uma gloriosa visão de seu lar celestial(At 7.56) e o mesmo aconteceu com o idosoapóstolo em Patmos (Ap 4.11).Existe uma opinião de que, antes da cruz,havia dois compartimentos no Seol ondeCristo entrou para libertar os redimidosque lá estavam e levá-los para o céu, comoum benefício de sua crucificação. Além deser muito estranha, essa opinião carece defundamento exegético. Efésios 4.9 tambémé citado, mas esse verso pode simplesmen-te identificar o Cristo ascendido com o

Jesus que desceu à terra em suaencarnação. Outra passagem frequente-mente citada é 1 Pedro 3.19,20. Ela podeapenas significar que, nos dias que ante-cederam o dilúvio, Cristo pregou atravésdo Espírito Santo aos contemporâneos deNoé que agora estão “em prisão”. Na ver-dade, e como já foi observado, Cristo nosdisse para onde iria depois de sua morte -para seu Pai e para o paraíso. O NT nosassegura que no momento de nossa mortetambém estaremos lá com Cristo, até queEle venha novamente à terra. Veja essasexpressões especialmente em 2 Coríntios5.8 e Filipenses 1.21-23. Veja Enterro; Mor-

te; Embalsamar; Túmulo; Escatologia; Fu-neral; Hades; Céu; Inferno.Bibliografia. Para o tratamento do cadá- ver e costumes relacionados aos funerais, veja a obra de Roland de Vaux, Ancient Isra-el, trad. por John McHugh, Nova York.McGraw-Hill, 1961, pp. 56-61. Aubrey R Johnson, The Vítahty of the Individual ín theTkought of Ancient Israel, Cardiff. Univ. o Wales Press, 1949, pp.11-14, 71-74, 89-94.

R. L. H.MORTOS, BATISMO PELOSVeja Batis-mo pelos Mortos.MOSA1. O segundo filho de Calebe com suaconcubina Efá (1 Cr 2.46).2. Filho de Zinri, um descendente de Saul e Jônatas (1 Cr 8.36,37; 9.42,43).3. Uma cidade em Benjamim listada apósMispa e Cefira (Js 18.26, Moza em algumas

versões), provavelmente representada porKhibert Beit Mizzeh. O lugar fica nas proxi-midades do vilarejo árabe de Qaluniya, setequilômetros a oeste-noroeste de Jerusalém,próximo à moderna auto-estrada que leva aTel Aviv. O nome Mosa (heb. m-s-h) estavaestampado nas alças das jarras da Idade doFerro encontradas em escavações em Jericóe Telí en-Nasbeh, sugerindo a localização deuma olaria real naquele local.MOSCA, MOSCASVeja Animais; II 1.44.MOSERA Local de parada entre Beerote-Bené-Jaacâ e Gudgoda, nas proximidades dolocal onde Arão morreu e foi sepultado (Dt10.6,7), Mosera pode ser identificada na for-ma plural Moserote (Nm 33.30,31). Moseraficava nas redondezas do monte Hor (q.v.),onde Arão morreu, de acordo com Números20.25-28; 33.38; Deuteronômio 32.50.MOSEROTE Um dos lugares de parada deIsrael no deserto, depois de terem passado oSinai (Nm 33.30,31).Veja Mosera.

MOSQUITO Veja Animais: III.45.

MOSTARDA Veja Plantas.

MOTIVOVeja Intenção.MUDA Partes cortadas de plantas que po-dem ser plantadas. Termo usado em algumas versões em Isaías 17.10 mencionando oreplantio após um julgamento de devastação.MUDA DE VESTES Esta expressão apa-rece em três trechos diferentes no AntigoTestamento (Gn 45.22; Jz 14.12,13,19; 2 Rs5,5, 22,23). Os povos do Oriente Médio gos-tavam de roupas de cores brilhantes e or-

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MUDA DE VESTES MULHER

namentadas, e usavam essas roupas emcasamentos e outras ocasiões festivas. Osreis e homens de posição mantinham umagrande quantidade dessas roupas (cf. 2 Rs10.22), em parte para o seu próprio uso (I*v31.21; Jó 27,16; Lc 15.22), em parte paradar como presentes (Et 6.6-11). Nas longaslistas de presentes trocados entre o Faraóna época de Amarna e vários reis da Babi-lônia, da Síria e da Palestina, se incluemmuitos tipos de roupas, chegando a 41 rou-pas de um determinado tipo (por exemplo,EA #14. 22, 25, 29, 31a, 34). Outra palavrahebraica, mahalasot (“roupas que podemser trocadas” ou “vestes de festa'*, Isaias3.22: “vestes novas”, Zacarias 3.4), é melhortraduzida como “vestes [ou roupas] de fes-ta”. Veja Vestuário.

J. R.MUDEZ A mudez nas Escrituras é atribuí-da a várias causas: (1) falta de habilidadede falar em razão, de uma deficiência física(Mt 15.30,31; cf, Êx 4.11); (2) uma opressãopor um espírito mau que afeta o centro dafala da pessoa (Mt 9.32,33; 12.22; Me9.17,25); (3) um medo de natureza psicológi-ca (Dn 10.15-19), ou um sentimento de cul-pa (SI 39.9-11) ou de inferioridade por nãosaber como se expressar (FV31.8, cf. Ex4.10-16); (4) um julgamento temporário da partede Deus (Lc 1.20; Ez 3.26).MUITOS, OS Este termo, com ou sem o ar-tigo definido, tem um significado teológicoimportante em várias passagens bíblicas(por exemplo, Is 53.11,12; Dn 9.27; 12.3; Mt20.28; 22.14; 26.28 e outras passagens pa-ralelas; Rm 5.15, 19; Hb 9.28).O uso semita de (ha- )rabbin pode significara comunidade inteira composta por muitosmembros, dando ao termo um sentido departicipação total, e não parcial. Os escri-tores do NT, tendo em mente o textohebraico ao invés da Septuaginta (LXX), às

vezes utilizavam o termo grego polloi nosentido mais amplo, abrangendo toda ahumanidade (Joachim Jeremias, “Polloi”,TDNT, VI, 536-545).Nas palavras de nosso Senhor - “Muitos sãochamados, mas poucos, escolhidos” (Mt22.14) - Jeremias argumenta que o termo“muitos” tem de ser inclusivo, isto é, todossão chamados (cf. Jo 1.9; 12,32), Se o termo“muitos” fosse exclusivo, significaria queexistiría uma seleção em ambos os casos.Interpretando “muitos” no sentido amplo,podemos concluir que o Servo de Yahweh le-

vou os pecados de toda a humanidade (Is53.12; Hb 9.28). De maneira semelhante, oFilho do Homem veio para dar a sua vidaem resgate e derramar o seu sangue por“muitos”, ou seja, não simplesmente por al-guns, mas por todos (Mt 20.28; 26.28). Oapóstolo Paulo, usando um termo mais pró-

ximo e mais de acordo com o pensamentogrego, diz que o homem Cristo Jesus “deu asi mesmo em preço de redenção por todos”(pauto») (1 Tm 2.6). A expressão hoi polloi, “os muitos”, ocorrequatro vezes em Romanos 5.15,19. Uma vezem cada verso se faz referência aos muitosque foram feitos pecadores e morreram pelopecado de Adão; de acordo com Romanos3.9,23; 5.12; 2 Coríntios 5.14, “os muitos” sópode significar todos os homens. Portanto,quando Paulo afirma que a graça de JesusCristo abunda sobre “muitos” (Rm 5.15), eque “muitos” serão feitos justos (Rm 5.19; cf.Is 53.11), assim como a justificação da vidafoi um resultado aplicável a todos os homens(Rm 5.18), o teólogo precisa decidir se nesteúltimo caso “os muitos” significa toda a raçahumana, ou simplesmente todos aqueles queestão em união com Cristo.

J. R.MULAVeja Animais: 1.11.MULHER Considera-se que a palavra heb.’íshska, “mulher, esposa”, seja derivada daraiz ’-n-sh, “ser macia, delicada”. Emboraseja similar ao heb. ’ish, “homem”, há umcontraste intencional no significado, pois }ishparece vir da raiz ’-y-$h, “ser forte” ÍBDB,pp. 35, 61). O termo heb. ncqeba, “femea”, éum termo baseado em uma descrição psico-lógica da característica sexual (de naqab,“perfurar”).E importante reconhecer que quando Deus

criou a humanidade (heb. 'adam ), quando fezos seres humanos à sua imagem, Ele os crioumacho e femea (Gn 1.27; 5.1,2; Mt 19.4), euâo “um ou o outro”. Portanto, a imagem deDeus aparece tanto no homem (o macho),quanto na mulher (a femea), e as caracterís-ticas de personalidade peculiares de cadasexo são completamente necessárias paraespelhar a natureza de Deus. A própria pa-lavra ’ishsha para “mulher” sugere as suassensibilidades e dons especiais dados porDeus no campo emocional. Estas caracterís-ticas servem para realçar a humanidade. Amulher possui uma sensibilidade especialpara as necessidades humanas que lhe per-mitem entender intuitiva mente as situaçõese os sentimentos das outras pessoas.Pelo fato da mulher ter sido formada a partirdo homem (Gn 2.21,23) e por causa do homem,a Bíblia designa o homem como o cabeça (1 Co11.7-9). Na ordem divina, a autoridade do ho-mem sobre a sua mulher é baseada na priori-dade da criação, e não em alguma superiori-dade (1 Tm 2.12,13). Como no caso do Filho edo Pai dentro da Trindade, a posição de de-pendência da mulher indica uma diferença defunção, e não uma posição de inferioridade. Amulher foi criada para ser a companheira dohomem, uma “adjutora” ou uma “auxiliadora”para ele (Gn 2.18,20), isto é, uma ajudadora

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MULHER MULHER

“adequada a ele”, literalmente, “corresponden-do a ele". Assim, “ela é o complemento do ho-mem, essencial à perfeição de seu ser.,, O ho-mem e a mulher são dotados para a igualda-de, e são mutuamente interdependentes”(Dwight M, Pratt, “Woman", ISBE, V, 3100).0 governo delegado do homem sobre sua mu-lher tomou-se necessário pela queda, não pelacriação (Gn 3.16; 1 T)n2.14).Na sociedade hebraica, a mulher comum ti-nha uma posição secundária e era legalmen-te considerada parte da propriedade de umhomem (Gn 31.14,15; Rt 4.5,10), Normal-mente, as filhas não recebiam nenhuma he-rança quando o seu pai morria (cf. Nm 27.1-8). Na prática, entretanto, a posição socialda mulher era de dignidade, especialmentecomo uma esposa e mãe dentro do lar (Êx20.12; Lv 19.3; Dt 21.18). O desrespeito emrelação a ela era severa mente punido (Lv20.9; Dt 27.16). Ela também compartilhavaa vida religiosa da comunidade (Dt 12.12,18;1 Sm 1.7-19,24; 2.19). As mulheres participavam das artes, comopor exemplo, do canto e da dança (Êx 15,20; Js 21.19-21; 2 Cr 35.25), assim como da te-celagem habilidosa para o Tabernãculo ( x35.25,26). Elas podiam participar de negóci-os bem como adquirir e vender proprieda-des (Pv 31.16; At 5.1), e também da fabrica-ção e venda de vestes de linho e tendas (Pv31.24; At 16.14; 18.2,3). Algumas até desem-

ienharam um papel importante na vida po-ítica e militar, como, por exemplo, Débora,

Bate-Seba (1 Rs l.líss.), e duas mulheressábias em Israel (2 Sm 14.2-20; 20.16-22).Hulda, a profetisa, foi consultada com res-peito ao livro da lei recém-encontrado, e trou- xe uma mensagem profética ao rei (2 Rs22.14- 20).Somente aos homens em Israel era exigidoque comparecessem às três festas anuais ( x23.17), mas esta ordenança parece ter sidouma concessão humana por causa das incon- veniências do nascimento de crianças e daresponsabilidade da mulher para com os fi-lhos no laT (cf. 1 Sm 1.22). Ela possuía umdireito total de participar, quando sua situ-ação no lar permitia que comparecesse (Nm6,2; Dt 16.11,14). Ela poderia até ir sem oseu marido às ministrações mensais (luanova) e semanais (sábado; 2 Rs 4.23), Asmulheres podiam “levar a notícia" (SI 68.11)ou “anunciar as boas-novas”. A restrição de-las a um “pátio das mulheres”, separado, noTemplo de Herodes (Josefo, Ant. xv. 11.5;Wars v.5.2), era uma inovação intertesta-mentária e não bíblica que se desenvolveu apartir do judaísmo corrompido pelo contatocom o mundo helenista (J. B. Payne, 77ieTheology of the Older Testamento Grand Ra-

pids. Zondervan, 1962, p. 229), Na socieda-de grega antiga, as mulheres eram conside-radas inferiores aos homens, tendo uma po-sição intermediária entre os homens livres

e os escravos. As esposas levavam uma vidade isolamento e escravidão prática, “A casti-dade e a modéstia, a herança de escolha dafeminilidade hebréia eram estranhas para oconceito grego de moralidade, e desaparece-ram de Roma quando a cultura e a frivolida-de grega entraram” (ISBE, V, 3101).O evangelho de Cristo trouxe uma revolu-ção na posição social das mulheres, e o pon-to inicial foi o favor de Deus para com a vir-gem Maria (Lc 1.28,30,42,48). O Senhor Je-sus ensinou as mulheres (Jo 4.10-26; 11.20-27) e recebeu seus atos de bondade e apoiofinanceiro (Lc 8.3; 10.38-42; 23.56). Elas de- vem ser consideradas como espiritual menteiguais em Cristo (G1 3.28). Após a ressurreição de Cristo, as mulhe-res se uniram com os outros discípulos emoração e plena comunhão (At 1.14). Portan-to, elas evidentemente ajudaram a elegerMatias (1.15-26). Elas receberam o podere os dons do Espirito Santo juntamente comos homens no dia de Pentecostes (At 2.1-11,17,18). Na vida das igrejas primitivas,as mulheres estavam sempre entre os pri-meiros crentes (At 5.14; 12.12; 16.14,15;17.4, 34). Algumas como Lídia, Priscila eFebe eram extraordinárias como colabora-doras de Paulo e como mulheres em cujascasas as igrejas se reuniam (Rm 16.1-5).Embora fosse permitido que as mulherescristãs orassem e profetizassem nas reu-niões da igreja (1 Co 11.2-16; At 21.9), oNT não lhes permite usurpar a liderançana adoração pública (1 Tm 2.12) ou exer-cer autoridade sobre os homens na ques-tão relacionada a julgar os profetas (1 Co14.29- 35).Veja Eva; Família; Casamento; Mãe; Véu.Bibliografia. Argye M. Briggs, Christand Modem Woman, Grand Rapids, Eerdmans,1958. C. E. Cerling, Jr., “An AnnotatedBibliography of the New TestamentTeaching About Women”, JETS, XVI (1973),47-53. Jean Danielou, The Ministry oWomen in the Early Church, Londres. FaithPress, 1961. James B, Hurley, “Did PaulRequire Veils or the Silence of Women? AConsideration of 1 Cor 11.2-16 and 1 Cor14.33b-36”, WTJ, XXXV (1973), 190-220. J. Jeremias, Jerusalem in the Time of Jesus,Filadélfia. Fortress, 1969, Apêndice I (pp.359-376 ). L. M. Muntingh, “The Social andLegal Status of a Free Ugaritic Female", JNES, XXVI (1967), 102-112, Eugenia Price,God Speaks to Women Today, Grand Rapids.Zondervan, 1964. Haroíd J. Ockenga,Women Who Made Bible History, GrandRapids. Zondervan, 1962. A Oepke, “Gyne”,TDNT, I, 776-789, Russell Prohl,Women inthe Church, Grand Rapids. Eerdmans, 1957.Charles C. Ryrie,The Place of Women in theChurch, Nova York. MacmiRan, 1958.Krister Stendahl, The Bible and the Role of

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MULHER MUNDO

ffome/j. trad. por E. T. San der, Filadélfia.Fortress, 1966. Clarence J. Vos, Woman inOld Testament Worship, Delft. Judels &Brinkman, 1968.

J. R.MULHER ETÍOPE A mulher cuxita deMoisés é assim descrita em Números 12.1.Miriã e Arão censuraram Moisés por terempensado que possuíam uma autoridade que,na realidade, não possuíam; e criticaram seucasamento com uma pessoa que nâo tinha amesma nacionalidade deles, o que, possivel-mente, diminuiría seu prestígio aos olhos dosseus contemporâneos.Existem duas possíveis soluções para a ques-tão da mulher cuxita. Em primeiro lugar,Zípora, a esposa midianita de Moisés (Êx2.21) pode ter sido assim chamada. O nomeCuxe era aplicado ao território que se esten-dia desde a Assíria para o leste, até a Etiépiapara o oeste e o sul. As façanhas de Ninrode,um descendente de Cuxe, ao edificar Nínive,são descritas em Gênesis 10.8-11. No entan-to, este termo nunca era amplamente apli-cado a todo esse território, A Arábia pode serreconhecida pela palavra Cuxe em 1 Crôni-cas 1.9, e pela palavra Cusã em Habacuque3,7. Dessa forma, a expressão “mulheretíope” pode refletir o fato de que Zípora vi-nha de alguma parte da Arábia.Uma segunda possível solução, é a de que aexpressão “mulher etíope”, como traduzidana versão KJV em inglês, aplicava-se a umasegunda esposa, com quem Moisés teria secasado após a morte de Zípora. Nenhum dosdois eventos, entretanto, encontra-se nasEscrituras, e a sua origem não é conhecida. Josefo afirmou que Moisés casou-se com umaprincesa da Etiópia depois da batalha deSaba (Meroê) e da libertação da cidade(Ant. ii.10.2) . Outra possibilidade é a de que elapode ter estado entre a multidão que acom-panhou os filhos de Israel para fora das ter-ras do Egito (Nm 11.4).

C. M. H.MULTA, MULTAS Veja Crime e Punição.

MUNDO A palavra é usada na Bíblia com vários significados, e é a tradução das seguin-tes palavras: heb. eres, “terra” (aprox. 400 ve-zes), “mundo” (quatro vezes); heb.tebel, “gera-dor de frutos” ou “terra habitável” (35 vezes);gr. aion, “idade”, “dispensação”, “mundo” (32 vezes); gr. ge, “terra” (mais de 150 vezes), “mun-do” (uma vez em Apocalipse 13.3); gr.kosmos,“mundo ordenado”, “sistema do mundo” (maisde 170 vezes); gr.oikoumene, “terra habitada”ou “mundo habitado” (14 vezes). As palavrasgregas demonstram uma importância maior,particularmente as palavras aion e kosmos.Embora o termo gr. aion seja traduzido 28

vezes como “munao” na versão KJV em in-glês, um estudo de seu significado básico,

“século” ou “era”, mais o seu uso em cadacontexto, leva à conclusão de que em maisda metade dos casos a palavra se refere es-pecificamente a um período ou época, e nãoà terra. Por exemplo, os discípulos pergun-taram ao Senhor Jesus Cristo: “Dize-nosquando serão essas coisas e que sinal have-rá da tua vinda e do fim do mundo [aeon]T (Mt 24.3). Visto que o AT e o NT falam deum reinado milenial de Cristo (Is 11; 65,66;Zc 14.9-21; Ap 20.4-6; ef. Rm 8.18-25; 11.26-29), e que os discípulos criam que isto iriaocorrer (At 1.6-8), e ainda que o próprioCristo foi para o céu sem negar de nenhu-ma forma esta verdade quando perguntadosobre o assunto em sua ascensão, 40 diasapós a sua ressurreição, é apenas razoáveltraduzir a palavra aion como “era” em Ma-teus 24.3. Em muitas outras passagens, onso da palavra indica claramente um con-ceito que enfatiza a idéia de um período detempo (cf. Mt 13.40,49; 28.20; Mc 10.30; Lc18.30; 20.35; 2 Co 4.4; G1 1,4; Ef 1.21). Aomesmo tempo, porém, a palavra também éusada sem qualquer conteúdo aparente detempo (cf. Hb 1.2; 11.3). A palavra gr. kosjnos foi usada a partir deHomero em expressões como “um apto e har-monioso arranjo ou constituição, ordem”(Thayer’s Lexicon, p. 356), e também signifi-cava o universo, o mundo. Ela é teologicamen-te importante porque seu estudo no NT reve-la muito a respeito do mundo, da humanida-de, e da condição caída do homem, das tenta-

ções e problemas do cristão, bem como da obrade Cristo em relação ao cosmos caído e a seupríncipe, Satanás. Este assunto pode ser con-siderado sob os seguintes tópicos:1. O mundo físico. O mundo teve um início(Mt 24.21; 25.34). Deus (At 17.24), atravésde Cristo, criou o kosmos, o mundo (Jo 1.3,10;cf. Hb 1.2, “por quem fez também os aeons”).Este kosmos, ou terra, diz Pedro, foi destru-ído pelo Dilúvio nos dias de Noé (2 Pe 2.5;3.6). No entanto, mesmo antes de Deus terformado o kosmos, Ele havia planejado aexpiaçâo pelos pecados da humanidade caí-da (Ef 1.4; 1 Pe 1.20; Ap 13.8).

Quando criada a princípio, a terra era boa;em cada etapa da criação Deus a reexaminoue a considerou boa (Gn 1.4,10,12,18,21,25,31). O princípio do mal entrou nela pela pri-meira vez quando Adão, rebelando-se con-tra Deus, abriu as portas para a entrada dopecado que se originou no céu por culpa deSatanás e de seus anjos caídos (Rm 5.12; cf.Ez 28.12-18). Chegará o dia em que o mun-do criado iktisis) será libertado novamenteda maldição trazida pelo pecado. Hoje, elegeme e suporta as angústias em agonia; masentão, após a ressurreição, ele será novamen-te liberto (Rm 8.21-23; cf. Is 11.6-9; 65.25).2. O mundo da humanidade. Homens e mu-lheres nascem na raça humana ou no mun-do da humanidade (Jo 16.21). Este mundo é

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MURMURAÇAO MURO ou PAREDE

Os muros da cidade antiga de Jerusalém coma porta dourada fechada por blocos, que data

do século XVL MIS

Sua família foi posteríomente contada com osfilhos de Belá (1 Cr 7,7,12).Veja Sufâ.MURMURAÇAOMURMURAÇAOMURMURAÇAOMURMURAÇAOO verbo “murmurar” ser-

ve como tradução para várias palavras emhebraico e grego (gogguzo, diagogguzo,embrimaomai\ e um substantivo grego,oggusmos). Em geral, as palavras signifi-

cam resmungar ou murmurar um discursosubalterno ou se mi-articulado. Envolvidosna murmuração podem estar elementos taiscomo descontentamento, queixa, insatisfa-ção, desacordo, ira, oposição e rebelião, Em-

bora nem sempre seja este o caso (cf, At 6.1),Deus é geralmente o objeto da murmuraçãoque é mencionada nas Escrituras. Por exem-plo, em Êxodo 15-17 e Números 14; 26-17os israelitas descontentes murmuraram con-tra Deus enquanto atravessavam o deserto;eles sem dúvida também murmuraram con-tra Moisés e Arão, mas Deus considerou es-sas murmurações contra seus servos comosendo, na realidade, contra Ele próprio (cf.Ex 16.2,7,8; Nm 14.2,27).

As atitudes e ações dos que murmuram sãoa manifestação de um temperamento incon-

veniente correspondente. Por exemplo: o

queixume e a rebelião dos israelitas no de-serto, a presunção dos escribas e fariseus, aincredulidade do restante dos judeus querejeitavam os ensinos e as reivindicações deCristo, o ressentimento dos empregados, naparábola de Cristo, que se opuseram à gene-rosidade do patrão para com outros, e a im-piedade dos apóstatas na Epístola de Judas.E mais, foi a primeira ameaça à unidade daigreja primitiva, evitando-se a discórdia e adivisão pela designação dos sete diáconospara servir as viúvas de modo eqüitativo (At6.1- 6), Obviamente o murmúrio écompleta-mente estranho ao caráter do povo de Deus.Indubitavelmente, por duas vezes Paulo aler-ta os crentes sobre este perigo - advertindo-os a não murmurar como fizeram os israeli-

tas (1 Co 10.10), e fazer todas as coisas semmurmurações (Fp 2,14).Bibliografia. K. H. Rengstorf, “Gogguzoetc”, TDNT, I, 728-737.

S.N.G.MURO ou PAREDEMURO ou PAREDEMURO ou PAREDEMURO ou PAREDEOs muros das cidades(heb. homa\ gr. teichos) eram utilizados des-de muito cedo na Antiguidade (aprox. 7000a.C. em Jericó) para complementar a fortifi-cação de um local habitado, inicialmente se-lecionado por suas fortificações ou defesasnaturais. Muitos muros de cidades antigasparecem ter sido construídos com tijolos de barro sobre um alicerce feito de pedras in-teiras. Os muros de pedra mais antigos eramgeralmente acabados dos dois lados, comenormes blocos preenchidos com terra com-primida e pedras. No início da Idade do Bron-ze (3100-2100 a.C.) a Palestina exibia maisfrequentemente uma única construção ver-tical sem qualquer revestimento para pro-teção exterior. O muro ao sul de Ãi foi am-pliado diversas vezes até que, ao menos emuma determinada seção, sna largura ultra-passou 20 metros. Durante este período,Megido e Tell el-Far‘ah (Tirza,q.v.) tambémtiveram enormes muros com aproximada-mente 8 a 10 metros de espessura.O período final da Idade Média do Bronze(1900-1550 a.C.) testemunhou a introduçãodos muros em taludes (inclinados). Exemplosclássicos podem ser vistos em Siqném (TellBalatah) e Jericó. A alvenaria ciclópica eraum tipo de muro característico que consistiaem grandes rochas juntas que formavamuma estrutura principal, enquanto pedrasmenores preenchiam as fendas. Os hicsostambém construíam enormes defesas incli-nadas como em Hazor e Asquelom. Duranteo final da Idade do Bronze (1550-1200) omuro duplo de tijolos sobre um alicerce depedras com espaços entre as paredes, quetinha uma largura suficiente para suportarcasas (cf. Js 2.15) estava em destaque.O palácio de Saul em Gibeá é um exemploda inovação da Idade do Ferro (talvez orí-

O muro ocidental (Muro das Lamentações)na área do Templo data da época do Novo

Testamento. HFV

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MURO ou PAREDE M SICA

Orfeu e os animais, mosaico de Tarso, doséculo III d.C. HFV

gin a 1 mente uma invenção hitita) de cons-trução de muros de casas, que consistia em

dois muros paralelos e estreitos unidos pordivisórias transversais. O muro salomônicoda cidade de Megido (cf. 1 Rs 9.15) foi cons-truído com pedras sortidas, umas um pou-co mais à frente ou atrás daquelas que es-tavam a seu lado, de forma uniforme, apre-sentando uma construção forte, formandotambém uma série de pequenas saliênciasou baluartes (heb. pinnot; cf. 2 Cr 26.15)

visando uma defesa mais efetiva. O murode Roboão em Laquis foi construído (emaprox. 920 a.C.) com tijolos de barro secosao sol (cf. 2 Cr 11.5-11). Aos poucos, após aépoca de Salomão e como resultado da in-

fluência fenícia, as pedras cuidadosamentetalhadas se tomaram mais comumente uti-lizadas nas construções de muros (cf. o murode Samaria do século IX), Esta construçãoem pedras é uma obra de arte tão suprema,que até os nossos dias ainda não foi encon-trado na Palestina algo que a supere.O Muro das Lamentações em Jerusalém foiconstruído durante o período do NT porHerodes o Grande, enquanto Herodes

Agripa I foi provavelmente responsável pelochamado Terceiro Muro (cf. Josefo,Wars 4,1- 2, para uma descrição contemporâneados muros de Jerusalém).No início, os muros das casas (heb. qír)eram construídos com tijolos de barro, ge-ralmente sobre alicerces de pedras intei-ras. Mais tarde, os muros ou as paredespassaram a ser feitos de pedras que, nascasas dos ricos, tendiam a ser talhadas erevestidas (cf. 1 Rs 5.17; 7.9). A argamas-sa empregada era de argila ou betume. Osmuros de madeira sobre os alicerces depedras talhadas não eram desconhecidos(cf. 7.12). Os muros eram geralmente pin-tados, cobertos com gesso, ou recebiampainéis (cf. Ag 1.4), ou ainda, em casos ex-tremos, enfeitados com marfim (cf. 1 Rs22.39; Am 3.15).O termo heb. homa é usado de forma figura-tiva em passagens impressionantes como

xodo 14.22,29; Isaías 26.1; 60.18; Jeremi-as 1.18; 15.20; Zacarias 2.5. O termo gr.toichos, “parede” é utilizado como um termoinjurioso em Atos 23.3.Veja Arquitetura; Cidade, Fortificada; For-te, Fortificação, Fortaleza; Portão; Casa;Torre' Jerusalém: Muros e Portões.

R. Y.MURTAVeja Plantas,MUSI, MUSITAS Um filho de Merari, filhode Leví (Êx 6.19; Nm 3.20; eíai). Seus des-cendentes eram chamados musitas (Nm3.33).

MÚSICAHistória da Música

A música é tão antiga quanto a raça huma-na, e desde o princípio foi empregada a ser- viço da religião. Os israelitas consideravam

a música como o veiculo apropriado paraexprimir a gratidão e a devoção que sentiampor Deus, Eles não eram, entretanto, o úni-co povo que usava música na adoração. En-tre as mais antigas amostras existentes deliteratura pagã, particularmente aquelas naprimitiva linguagem sumeriana, há hinos delouvor aos deuses. A origem da música vocal não é conhecida,mas de acordo com o Pentateuco a músicainstrumental teve sua origem com Jubal, umdos três filhos de Lameque (Gn 4.21). Ficaclaro, a partir das palavras de Labão, sogrode Jacó (Gn 31,27), que instrumentos de vá-

rios tipos eram de uso comum, há muito tem-po, entre os povos antigos que viviam alémdo Eufrates e que deram origem à nação he-

Uina cena da tumba de Nakht, oficia) dofaraó Tutmósis IV (de aprox. 1450 a.C.),mostrando uma liarpa, uma flauta dupla eum instrumento semelhante ao alaúde. LL

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M SICA MUSiCA

mulheres de Israel cantando em resposta aMoisés e aos homens (Êx 15). O canto emduas vozes também é claramente indicadoem muitos salmos (por exemplo, SI 107 e136). Foi utilizado na dedicação dos novos

muros de Jerusalém quando, sob a direçãode Jezraías, os cantores foram distribuídosem duas grandes companhias ou corais nacasa de Deus, e cantaram em voz alta (Ne12.31,40-42). Este tipo de canto, com acom-panhamento orquestral apropriado, forne-cería a variedade requerida para tornar pmúsica em uníssono comovente e bela. E

bastante provável que a palavra “selá”, tan-tas vezes presente nos Salmos fosse usadapara indicar um interlúdio orquestral nocanto do coral. Nesses instantes, poderiahaver uma mudança de tom, embora issoseja incerto. Veja Cantor; Canção.

Instrumentos MusicaisInstrumentos MusicaisInstrumentos MusicaisInstrumentos MusicaisOs instrumentos musicais hebraicos podemser divididos em três grupos: cordas, instru-mentos de sopro e percussão.Cordas. Talvez os mais numerosos e maisimportantes instrumentos no AT fossem osinstrumentos de corda. O nome comum he-

braico é ne ginoth (da raiz nagan, “tocar ou bater”), mas existia uma grande varieda-de de tipos de instrumentos de corda. Osdois principais grupos eram a harpa ou lira(heb. kinnor), e o saltério ou alaúde (heb.

nebel). A harpa foi o instrumento inventado por Jubal e referenciada por Labâo (Gn 4.21;31.27). Foi usado pelos filhos dos profetas

em suas escolas (1 Sm 10.5). O kinnor, pos-suindo de três a 12 cordas dedilhadas comos dedos ou com uma palheta, era um ins-trumento no qual Davi era um mestre e queele tocava com notável efeito (1 Sm

16.16,23). Não se sabe se este instrumentoera de fato uma harpa com as cordas livresem ambos os lados, ou uma espécie de liracom parte das cordas presas sobre uma cai- xa sonora e, portanto dedilhada por um sólado. Isto faz pouca diferença, pois a lira éapenas uma modificação da harpa e o mes-mo nome pode ter sido usado para os doistipos de instrumentos.Existiam pequenas harpas para uso indi- vidual. Estas eram leves e portáteis e eramtocadas enquanto carregadas. Harpas mai-ores usadas, muitas vezes, em conjunto nosserviços do Templo eram colocadas sobre ochão enquanto tocadas. Estas forneciamum som mais poderoso. As numerosasilustrações de harpas encontradas em mo-numentos assírios e egípcios e as peças en-contradas nas tumbas egípcias deixam cla-ro que as harpas das antigas nações eramextremamente variadas em tamanho, es-tilo e potência. A Septuaginta (LXX) muitas vezes traduzkinnor como o termo grego kithara, citara,um instrumento com 10 a 20 cordas, quese parece bastante com uma harpa ou lira.O gr. lyra, conforme sabido a partir de pin-turas em antigos vasos gregos, consistia deuma moldura em forma de ferradura comuma barra atravessando o lado aberto paraprender as suas cinco ou mais cordas, A

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MUSICA M SICA

Dançarinos báquicos com címbalos em ummosaico da Selêucias porto de Antioquia da

Síria. Museu de Antioquia

kithara é uniform emente traduzida comoharpa em suas ocorrências no NT (1 Co14.7: Ap 5.8; 14.2; 15.2).O saltério é um instrumento difícil de seidentificar com exatidão. Alguns insistiramque era um alaúde; outros estão igualmenteconvencidos de que era um saltério. As me-lhores evidências indicam que seria um ins-trumento bastante semelhante à harpa. Jo-sefo diz que ele teria 12 cordas, mas há men-ções no Salmo 33.2 e Salmo 144.9 de uma variedade que tinha somente dez cordas. Emtempos antigos, as cordas eram feitas a par-tir do intestino delgado das ovelhas ou deoutros animais. As cordas eram dedilhadas(Is 23.16), nunca tocadas com um arco. Algumas palavras hebraicas foram conside-radas por certos estudiosos como sendo no-mes de instrumentos musicais; por exemplo,ittií, rnahalat e ‘alarnot. Essas palavras são

encontradas em títulos de salmos (por exem-plo, Salmos 81; 53; 46, respectiva mente) eem outras passagens doAT. Concorda-se, emgeral, que eles não eram efetivamente ins-trumentos e sim designações de canções bemconhecidas ou tons nos quais as canções de- veria m ser cantadas,Daniel 3.5,7 fornece uma lista de instru-mentos com os nomes em aramaico. Algunsdeles são instrumentos de corda. O

qaythros(“harpa”) era uma citara ou o mesmo que ohebraico kinnor. O aramaico pesanterin(“saltério”) era quase certa mente o mesmoque o hebraico nebel, um saltério propria-mente dito. Um terceiro instrumento de cor-da na lista é a “sambuca”, em aramaicosabb r ka\ traduzido como “trompete” (uminstrumento de sopro) na versão KJV eminglês; na verdade era um instrumento deforma triangular com cordas passando so- bre um cavalete. Isto o distingue de umsaltério, que não possuía um cavalete parasuas cordas. O saltério, no entanto, era o

instrumento mais comum nos antigos paí-ses do Oriente Próximo.

Todos os instrumentos de corda eram usa-dos para acompanhar a música vocal (1 Rs10.12). Eles também eram tocados em com- binações orquestrais ou como instrumen-tos solo. As cordas eram especialmente po-pulares porque somente apoiado nelas enas flautas se podia executar linhas meló-dicas. Tais instrumentos, muitas vezes, for-

neciam a música em banquetes (Is 5.12; Am6.4,5) . O som deles estava associado com aalegria e o regozijo (Is 24.8; 2 Cr 20.27,28).Durante seu cativeiro na Babilônia, oshebreus se recusaram a atender ao pedidode seus aprisionadores paia que tocassemsuas harpas; ao invés disso, em sua triste-za, eles as penduraram nos salgueiros (SI137.1- 4).Instrumentos de sopro. Estes eram dividi-dos em duas classes gerais: as gaitas ouflautas, e as trombetas. A palavra hebraicatraduzida como “flauta” em Gênesis 4.21(“órgão”), que também aparece em Jó 21.12;30.31; Salmos 150.4, é

l

ugab, sem dúvidaum termo geral para instrumentos da vari-edade da flauta. Instrumentos específicosdeste tipo eram o halil, possivelmente umclarinete primitivo (1 Sm 10.5; 1 Rs 1.40; Is5.12; 30.29), capaz de produzir sons lasti-mosos (Jr 48.36); o mashroqita (“flauta”) en-contrado em Daniel 3,5, que pode ter sidouma espécie de instrumento de sopro feitode madeira; e o sumponyah (“saltério” nãoé a melhor tradução), também encontradoem Daniel 3.5, o qual era, provavelmente,um tipo de gaita de foles, O gr.aulos, men-cionado em 1 Coríntios 14.7 como uma “flau-ta” era semelhante ao halil. As flautas eram feitas de madeira, ossoscana e marfim. Elas eram às vezes simples,e às vezes duplas com embocadura simples.Elas eram instrumentos extremamente po-pulares, em parte porque eram fáceis defabricar. Eram usadas não apenas na ado-ração ao Senhor, mas também na diversãodoméstica (Mt 11.17; Lc 7.23). Nos fune-rais os “instrumentistas” ou “tocadores deflauta” forneciam o acompanhamento àscostumeiras mulheres carpideiras (Mt9.23; cf Jr 9.17),Quase tão antigas quanto as flautas eramas trombetas ou buzinas com as extremi-dades voltadas para cima (heb. yobel eshophar). Em Josué 6.4,5, as duas expres-sões, shophar hayyobel e qeren hayyobelsão usadas alternadamente, mostrandoque se referem ao mesmo instrumento. Oqeren era o chifre natural de boi selvagem, bode (Dn 8.5) ou carneiro (Gn 22.13). Oyobel (Ex 19.13) era especificamente umchifre de carneiro. A palavra shophar ori-ginalmente significava o chifre curvado deum carneiro ou ibex, mas no AT sempre sereferia a um instrumento musical. Seuprincipal uso era na guerra, para dar umalarme ou sinal (Jz 7.8,16; Jó 39.24,25; Os

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MlISICA MUSICA

8.1). traduzido de 4 a 26 vezes como “cor-neta’’ nas várias versões da Bíblia Sagra-da. Inicialmente o shophar era feito do chi-fre de um animal, mas depois foi imitadoem vários metais, especialmente bronze elatão. Esses instrumentos tinham um som bonito e claro, e eram utilizados para anun-ciai eventos especiais como o início do anodo jubileu ÍLv 25.9).Havia, também, as trombetas longas e Te-tas com a boca larga (heb. hasos‘rot). Quan-do aparecem com o shophar , este é traduzi-do como “corneta” ou “buzina” para distin-gui-lo Í1 Cr 15.28; 2 Cr 15.14; SI 98.6; Os5.8) . Esses instrumentos eram sempre fei-tos de metal. Aqueles que Moisés fez paraos sacerdotes eram de prata batida (Nm10.2) . Veja Buzina, As trombetas foram inicialmente usadas so-mente em datas especiais de sacrifício sole-ne, mas durante a época de Davi e Salomãoseu uso foi grandemente expandido. Na de-dicação do Templo de Salomão, pelo menos120 sacerdotes tocaram suas trombetas du-rante o período de sacrifício (2 Cr 5.12; 7.6). A trombeta ígr. salpigx) mencionada no NTera muito provavelmente o shophar , poissempre aparece em situações marciais ouapocalípticas ao invés de litúrgicas. Algumas versões o traduzem como “clarim” ou “cor-neta” em 1 Coríntios 14.8 (G. Friedrieh,“Salpigx etc,”, TDNT, VII, 71-88).Percussão. Os israelitas usavam três tiposprincipais de instrumentos de percussão. Oprimeiro era o adufe, tamboril, pandeiro outamborim (heb. topk), que era um círculode madeira coberto com um pedaço de cou-ro esticado, atrás do qual finos pedaços demetal ou sinos eram frouxamente fixados.Os árabes, hoje, têm um instrumento queeles chamam de doff que possui exatamen-te a mesma natureza. Na sociedade hebrai-ca era tocado principalmente pelas mulhe-res, e era usado para marcar o tempo nadança ou em procissões solenes (Ex 15.20; Jz 11.34; 1 Sm 18.6; Jr 31.4; SI 150.4; ciai). Os egípcios e os assírios tinham tam- bores que mais se aproximam daqueles quesão utilizados no mundo ocidental atual.Esses podem ter sido utilizados tambémpelos hebreus, mas não existe prova espe-cífica de que o fizessem. O toph é o únicoinstrumento semelhante ao tambor que era,reconhecidamente, de uso comum.O segundo tipo de instrumento de percussãoera o par de címbaios de bronze ou prata(heb. selsjim ou nfsütayim). O nome só éencontrado na forma plural ou dupla, o queindica que o instrumento tinha mais de umaparte. Na arte assíria, dois tipos são descri-tos: os de grandes discos de metal presoshorizontal mente, que nos são familiares, e

os de pequenas taças de forma cônica comum cabo de madeira fixado vertical mente.Os cím baios são primeiramente menciona-

dos em 2 Samuel 6.5. Outras referências aeles estão em 1 Crônicas 15.16,19; 16.5;Salmos 150.5. Esta última passagem indi-ca que podem ter existido dois tipos, osmaiores e mais ruidosos e os menores comum tom mais alto. Eles provavelmenteeram usados para marcar o compasso paraos corais levíticos. As representações artísticas dos címbalos doantigo Egito, descobertas nos monumentose nas pinturas das tumbas, indicam que eleseram bastante similares aos címbalos mo-dernos. Além do gongo de bronze conhecidona literatura rabínica, Paulo menciona ocímbalo em 1 Coríntios 13.1. A traduçãofornecida aqui pela versão KJV em inglês nãoé a melhor, pois ela se refere aos címbalosestridentes e tocados por impacto e não aosde toque. A palavra “impacto” dá uma idéiada qualidade retumbante do som que eramais barulhento do que expressivo.O terceiro instrumento de percussão queos hebreus usavam era o xilofone (heb. Mena‘an‘ím), mencionado apenas uma veznas Escrituras (2 Sm 6,5), Era, aparente-mente, um instrumento de agitação em for-mato oval ou de U, com 40 ou 45 centíme-tros de comprimento, Era formado por umcabo preso a um quadro metálico em for-ma de laço, atravessado por três varetasfrouxamente presas que continham argo-las móveis feitas do mesmo metal do ins-trumento. Quando o instrumento era sa-cudido, as argolas produziam um ruído ti-nido e penetrante. A tradução da versãoKJV em inglês, “cornetim”, não é a melhordesignação para este instrumento. A tra-dução “castanholas”, embora mais próxi-ma, também não representa o instrumen-to com precisão.

A Música no Novo Testamento A Música no Novo Testamento A Música no Novo Testamento A Música no Novo TestamentoNão há registro, no Novo Testamento, do usode instrumentos na adoração musical daigreja cristã. Neste aspecto, os crentes pri-mitivos seguiram a prática da música doshebreus nas sinagogas. Cantar em louvor aoSenhor continuava sendo parte proeminen-te de cada culto de adoração. O próprio Se-nhor Jesus cantou um hino (o Hallel - Sal-mos 113-118) com os seus discípulos ao en-cerrar a celebração da primeira Ceia.O apóstolo Paulo, escrevendo pela inspira-ção do Espírito Santo, encorajava os cris-tãos a se aconselharem mutuamente “comsalmos, hinos e cânticos espirituais; cantan-do ao Senhor com graça em vosso coração"(Cl 3.16). Tem-se sugerido que essas trêscategorias de canções eram direcionadas acada um dos membros da Trindade: “sal-mos” seriam os odes do AT; “hinos” seriamnovas expressões da fé em Cristo, muitos

dos quais podem ser encontrados nas epís-tolas; e “canções espirituais” seriam possi- velmente canções em êxtase, em línguas

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M SICA NAAMA

estranhas, improvisadas na experiência daadoração e, portanto, relacionadas a can-tar em línguas ou no Espírito (1 Co 14.15).Bibliografia. CornPBE, pp. 537-542. CurtSachs, The History of Musical Instruments,Nova York; W. W. Norton, 1940. O. R. Sellers,

“Musical Instruments of Israel”, BA, IV, Se-

tembro de 1941. Howard F. Vos, “The Musicof Israel”, BS, Out.-Dez. de 1949, e Jan.-Mar.de 1950. Eric Wemer, “Music”, IDB, III, 457-469; “Musical Instruments”, IDB, III, 469-476.

R. G. R.

MÚSICO Veja Ocupações: Músico; Música;Menestrel.