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RECICLE INFORMAÇÃO: Passe este jornal para outro leitor ou indique o site Cidadania e Meio Ambiente Formiguinhas do Vale www.formiguinhasdovale.org A Associação tem como princi- pal objetivo interferir nas mudanças com- portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien- tal, sustentabilidade e paz social, refloresta- mento, incentivo à agricultura orgânica, hor- tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta- gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul- gado através deste veículo de interação. Projetos integrados: Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula- res de cada região. Inicialmente iremos for- mar turmas que terão a finalidade de multi- plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti- vas comunidades. Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti- co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ- nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci- mento adquirido em cada comunidade. Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali- dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for- mação de cooperativas ou grupos preserva- cionistas em suas comunidades. Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú- sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen- te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res- ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos. # SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco 0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org Este veículo, transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa Edição 56 Ano V Julho 2012 Distribuição Gratuita Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê Editorial Nossa Saúde Democracia participativa Sala de aula Contos e literatura Educação Educar Cultura brasileira Direitos do cidadão Nosso voto Rio Grande do Sul (RS) Política e educação Cidades Digitais Sociedade Datas importantes JULHO 01 - Dia das Bibliotecas Início da vigência do REAL em 1994 02 - Independência do Estado da Bahia 05 - Dia do Hospital Ocupação de São Paulo pela Coluna Prestes 06 - Criação do IBGE em 1934 08 - Dia da Cultura e da Ciência 09 - Dia da Revolução Constitucionalista SP 10 - Aniversário de Pindamonhangaba - SP 18 - Coroação de D. Pedro II em 1841 20 - Fundação da Academia Bras. de Letras Dia Internacional do Amigo 21 - Criação do FMI no ano de 1944 23 - Proclamação da maior idade de D. Pedro II 26 - Nascimento de Cassiano Ricardo 27 - Aniversário de São José dos Campos 29 - Nascimento da Princesa Isabel em 1846 30 - Nascimento de Mario Quintana em 1906 31 - Incorporação do Uruguai ao Brasil 1821 Nascimento de Ignácio de Loyola Brandão Última página BIBLIOTECAS E LIVROS “Ler ou não ler” é, uma vez mais, a questão. Nas sociedades contemporâneas, a leitura (em contexto escolar, profissional ou de lazer) assume um papel importantíssimo na promoção do desenvolvi- mento cultural, científico, político e, consequentemente, econômico dos po- vos e dos indivíduos. Por isso, tanto se tem refletido sobre a forma de incen- tivar e motivar as pessoas para a leitura, em especial as crianças e os jo- vens, que ainda não criaram e enraizaram esse hábito tão enriquecedor. Interlocutor privilegiado, pelo tempo que partilha com os mais novos, a esco- la pode ajudar a criar e a sedimentar hábitos de leitura quer promovendo e explorando o livro, com temáticas adequadas e atrativas para as correspon- dentes faixas etárias, quer dinamizando atividades inovadoras e interessan- tes com livros na biblioteca escolar, quer propondo a navegação em sites diversificados que põem o aluno em contacto com a leitura de diferentes su- portes, muitas vezes interativos. Estas são, fundamentalmente, as questões sobre as quais nos debruçaremos no artigo que se segue. As crianças e os jovens aprendem muito do que sabem acerca do mundo e da vida espontaneamente, em contextos muito diversificados que abrangem o grupo familiar, o círculo de amigos, as micro-sociedades ou grupos em que se inserem e os meios de comunicação social, desde a televisão até à Inter- net. Mas é, sem dúvida, na escola e, frequentemente, através do livro, que apren- dem de forma mais organizada a sistematizar as informações e os conheci- mentos, a pensar, a olhar com espírito crítico a realidade circundante, a pro- blematizar o mundo, a encontrar resposta para os problemas que enfrentam, a respeitar as diferenças étnicas, sociais e pessoais e, muitas vezes, a interi- orizar os seus direitos e deveres, como pessoas e como cidadãos. Enfim, o contacto com o livro enriquece culturalmente o indivíduo e promove a sua autonomia. Para já não falar, especificamente, da importância do livro e da leitura para o melhoramento da competência linguística oral e para a aprendi- zagem do código escrito da sua própria língua. De ano para ano vamos tendo cada vez a sensação mais nítida de que au- mentam os problemas relacionados com a competência linguística oral e es- crita dos jovens em geral, problemas esses denunciados diariamente pela própria família, pelos meios de comunicação social e, claro, amargamente constatados por todos os professores. É visível e constrangedora a dificulda- de de certos adolescentes em exporem claramente um raciocínio. No âmbito da escrita já não são só os problemas ortográficos, mas é também o domínio deficiente da pontuação, da acentuação gráfica, da própria construção sintá- tica da frase, bem como o da construção de um simples texto. Neste contexto, afigura-se-nos óbvia a importância do livro e da leitura como fonte de saber e de cultura e como meio eficaz de aperfeiçoamento linguísti- co. Todavia, o difícil é ser capaz de conduzir as crianças e os jovens à leitu- ra, quando estão rodeados de tantas e tão diversificadas solicitações e quan- do, por vezes, até o próprio meio familiar parece avesso a esta atividade e a tudo o que com ela diretamente se relaciona (nomeadamente, consagração efetiva de uma parcela do tempo livre à leitura, discussão de aspectos sobre os quais o livro que lemos nos fez refletir, exteriorização do prazer de ler, visita regular à biblioteca e à livraria e aquisição habitual de livros). Não pretendemos refletir aqui sobre as razões sociológicas desta falta de tempo familiar para a leitura, senão mesmo falta de vontade, mas é certo que ela não contribui minimamente para a motivação intrínseca para ler que as crianças e os jovens deveriam ter. Por outro lado, se a própria comunidade escolar (digo, comunidade escolar, e não só professores de Português) não conseguir mostrar aos alunos uma atitude muito positiva em relação ao prazer de ler, quer a finalidade seja in- formativa ou recreativa, e se não encarar a biblioteca como um espaço de cruzamentos curriculares, de modo a que a sua dinamização seja contínua e feita por todos, dificilmente conseguirá cativar os alunos para a leitura. Primeiro de Julho dia Mundial das Bibliotecas. Vamos valorizar? Todos pela dinamização das Bibliotecas Escolares e Públicas. Filipe de Sousa

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A Associação tem como princi-pal objetivo interferir nas mudanças com-portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien-tal, sustentabilidade e paz social, refloresta-mento, incentivo à agricultura orgânica, hor-tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta-gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul-gado através deste veículo de interação.

Projetos integrados: • Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula-res de cada região. Inicialmente iremos for-mar turmas que terão a finalidade de multi-plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti-vas comunidades.

• Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti-co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ-nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci-mento adquirido em cada comunidade.

• Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali-dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for-mação de cooperativas ou grupos preserva-cionistas em suas comunidades.

• Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú-sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen-te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res-ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos.

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0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org

Este veículo, transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”, organização sem fins

lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa

Edição 56 Ano V Julho 2012 Distribuição Gratuita

Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê

Editorial

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Sociedade

Datas importantes JULHO

01 - Dia das Bibliotecas Início da vigência do REAL em 1994 02 - Independência do Estado da Bahia 05 - Dia do Hospital Ocupação de São Paulo pela Coluna Prestes 06 - Criação do IBGE em 1934 08 - Dia da Cultura e da Ciência 09 - Dia da Revolução Constitucionalista SP 10 - Aniversário de Pindamonhangaba - SP 18 - Coroação de D. Pedro II em 1841 20 - Fundação da Academia Bras. de Letras Dia Internacional do Amigo 21 - Criação do FMI no ano de 1944 23 - Proclamação da maior idade de D. Pedro II 26 - Nascimento de Cassiano Ricardo 27 - Aniversário de São José dos Campos 29 - Nascimento da Princesa Isabel em 1846 30 - Nascimento de Mario Quintana em 1906 31 - Incorporação do Uruguai ao Brasil 1821 Nascimento de Ignácio de Loyola Brandão

Última página

BIBLIOTECAS E LIVROS “Ler ou não ler” é, uma vez mais, a questão. Nas sociedades contemporâneas, a leitura (em contexto escolar, profissional ou de lazer) assume um papel importantíssimo na promoção do desenvolvi-mento cultural, científico, político e, consequentemente, econômico dos po-vos e dos indivíduos. Por isso, tanto se tem refletido sobre a forma de incen-tivar e motivar as pessoas para a leitura, em especial as crianças e os jo-vens, que ainda não criaram e enraizaram esse hábito tão enriquecedor. Interlocutor privilegiado, pelo tempo que partilha com os mais novos, a esco-la pode ajudar a criar e a sedimentar hábitos de leitura quer promovendo e explorando o livro, com temáticas adequadas e atrativas para as correspon-dentes faixas etárias, quer dinamizando atividades inovadoras e interessan-tes com livros na biblioteca escolar, quer propondo a navegação em sites diversificados que põem o aluno em contacto com a leitura de diferentes su-portes, muitas vezes interativos. Estas são, fundamentalmente, as questões sobre as quais nos debruçaremos no artigo que se segue. As crianças e os jovens aprendem muito do que sabem acerca do mundo e da vida espontaneamente, em contextos muito diversificados que abrangem o grupo familiar, o círculo de amigos, as micro-sociedades ou grupos em que se inserem e os meios de comunicação social, desde a televisão até à Inter-net. Mas é, sem dúvida, na escola e, frequentemente, através do livro, que apren-dem de forma mais organizada a sistematizar as informações e os conheci-mentos, a pensar, a olhar com espírito crítico a realidade circundante, a pro-blematizar o mundo, a encontrar resposta para os problemas que enfrentam, a respeitar as diferenças étnicas, sociais e pessoais e, muitas vezes, a interi-orizar os seus direitos e deveres, como pessoas e como cidadãos. Enfim, o contacto com o livro enriquece culturalmente o indivíduo e promove a sua autonomia. Para já não falar, especificamente, da importância do livro e da leitura para o melhoramento da competência linguística oral e para a aprendi-zagem do código escrito da sua própria língua. De ano para ano vamos tendo cada vez a sensação mais nítida de que au-mentam os problemas relacionados com a competência linguística oral e es-crita dos jovens em geral, problemas esses denunciados diariamente pela própria família, pelos meios de comunicação social e, claro, amargamente constatados por todos os professores. É visível e constrangedora a dificulda-de de certos adolescentes em exporem claramente um raciocínio. No âmbito da escrita já não são só os problemas ortográficos, mas é também o domínio deficiente da pontuação, da acentuação gráfica, da própria construção sintá-tica da frase, bem como o da construção de um simples texto. Neste contexto, afigura-se-nos óbvia a importância do livro e da leitura como fonte de saber e de cultura e como meio eficaz de aperfeiçoamento linguísti-co. Todavia, o difícil é ser capaz de conduzir as crianças e os jovens à leitu-ra, quando estão rodeados de tantas e tão diversificadas solicitações e quan-do, por vezes, até o próprio meio familiar parece avesso a esta atividade e a tudo o que com ela diretamente se relaciona (nomeadamente, consagração efetiva de uma parcela do tempo livre à leitura, discussão de aspectos sobre os quais o livro que lemos nos fez refletir, exteriorização do prazer de ler, visita regular à biblioteca e à livraria e aquisição habitual de livros). Não pretendemos refletir aqui sobre as razões sociológicas desta falta de tempo familiar para a leitura, senão mesmo falta de vontade, mas é certo que ela não contribui minimamente para a motivação intrínseca para ler que as crianças e os jovens deveriam ter. Por outro lado, se a própria comunidade escolar (digo, comunidade escolar, e não só professores de Português) não conseguir mostrar aos alunos uma atitude muito positiva em relação ao prazer de ler, quer a finalidade seja in-formativa ou recreativa, e se não encarar a biblioteca como um espaço de cruzamentos curriculares, de modo a que a sua dinamização seja contínua e feita por todos, dificilmente conseguirá cativar os alunos para a leitura. Primeiro de Julho dia Mundial das Bibliotecas. Vamos valorizar?

Todos pela dinamização das Bibliotecas Escolares e Públicas.

Filipe de Sousa

JULHO 2012 Gazeta Valeparaibana Página 02

A Gazeta Valeparaibana é um jornal mensal gratuito distribuído mensalmente para download e visa a atender ao Cone Leste Paulista, que é composto pelas seguintes regiões:

Vale do Paraíba Paulista, Serrana da Mantiqueira, Litoral Norte Paulista, Bragantina e Alto do Tietê.

Editor: Filipe de Sousa - FENAI 1142/09-J Diretora Pedagógica dos Projetos: Profª. Elizabete Rúbio

Revisão de textos: Profª. Francisca Alves Veículo divulgar da OSCIP “Formiguinhas do Vale”

CULTURAonline

Gazeta Valeparaibana é um MULTIPLICADOR do Projeto Social

“Formiguinhas do Vale” e está presente mensalmente em mais de 80 cidades do Cone Leste Paulista, com distribuição gratuita em

cerca de 2.780 Escolas Públicas e Privadas de Ensino Fundamental e Médio. “Formiguinhas do Vale”

Uma OSCIP - Sem fins lucrativos www.formiguinhasdovale.org

Editorial

Rádio web CULTURAonline Brasil NOVOS HORÁRIOS e NOVA PROGRAMAÇÃO

Prestigie, divulgue, acesse, junte-se a nós. A Rádio web CULTURAonline, prioriza a Educação, a boa Música Nacional e programas de interesse geral sobre sustentabilidade social, cidadania e nas temáticas: Educação, Escola, Professor e Família. Uma rádio onde o professor é valorizado e tem voz e, a Educação se discute num debate aberto, crítico e livre.

Acessível no links: www.culturaonlinebr.org

Valores

TUDO OU NADA

Ouve-se falar a "quatro cantos", que brasileiro tem memória curta. Será? Pergunte sobre futebol a qualquer cidadão brasileiro

e surpreenda-se, sabem tudo sobre os times e a vida dos jogadores, datas de vá-rios campeonatos e copas, lances que aconteceram nos jogos, procedimentos de juízes e técnicos, placar de partidas recentes e as mais remotas. Lembram-se de novelas antigas, sem falar na série de novelas atuais que invadem a televisão, desde as que "vale a pena ver de novo" na sessão da tarde, das seis antes do jantar, e a imperdível novela das oito. . Há tempos que por dinheiro e interesse políticos, a mídia vem fazendo lavagem cerebral na população através de "talentosos"; atores, cantores, bandas e humoris-tas que apresentam repertórios de banalidades em forma de músicas, rebolados, filmes, cenas impróprias, publicidade enganosa, programas sem conteúdo que incentivam o culto exagerado ao corpo levando à desfiguração e perda de identi-dade da pessoa. Isso tudo, cada vez mais, desvia o interesse do povo da política para futebol, reli-gião, consumismo exagerado de marcas, publicidades que levam ao uso de bebi-das alcoólicas e, ironicamente, campanhas de combate ao mesmo. Alienados, crianças e jovens, partem para as drogas que são facilmente ofereci-das por toda parte e vem comprometendo o senso de responsabilidade e promo-vendo um desaprendizado, favorecendo a expansão do tráfico, crimes e o desa-mor que vem desestruturando as famílias e a uma inversão de valores que hoje se retrata em desapego a pátria e à própria vida. Os mesmos malfeitores têm sido eleitos porque nosso povo não se lembra do pas-sado de nossa história, esqueceram da época "Doem Ouro Para o Bem do Brasil", do tempo da inflação, dos superfaturamentos e desvios de verbas, das dívidas in-terna e externa, da época das censuras, repressão, ditadura. Por essa falta de memória, herdamos desencantos como; casos PC Farias, Pro-consult, Toninho do PT, Celso Daniel, CPI dos Bingos, Francenildo e Palocci, Pita e Maluf, Daniel Dantas, Mensalão, Erenice Guerra, Renan Calheiros, Gover-nador Arruda, Carlos Cachoeira, dentre outros. Confiantes em ídolos gerados pelos meios de comunicação e para infelicidade geral da nação, estão eleitos; jogadores de futebol, artistas, cantores, pastores e um palhaço entre tantos outros que estão nos desgovernando, com interesses pes-soais, falta de caráter e conhecimento e deliberando projetos absurdos e mirabo-lantes. Se nosso povo varonil acreditar, que com esse quadro político, ainda teremos Brasil, os desonestos continuarão no poder, teremos menos escolas, mais igrejas e estádios de futebol, carnaval o ano inteiro, alas mirins nas paradas gays e na marcha da maconha e o presidente poderá até ser um traficante aliado à bandida-gem. E, aí sim, a história do Brasil jamais será esquecida. Nossa bandeira e hino já não têm significado, não valem de nada e, sem lembrar-mos e sem respeitarmos nosso passado, jamais caminharemos para o futuro. Este ano é de eleição. O Brasil dependerá de nossa memória e de nosso voto. Não vamos esquecer, porque agora; SERÁ TUDO, OU NADA! Genha Auga – Jornalista MTB: 15.320

Não importa o que façamos ou com quantos faça-mos, o que vale é a relação do nosso próprio nome

com a qualidade da recepção que obtemos por onde atuamos.

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JULHO 2012 Gazeta Valeparaibana Pagina 03

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Todos sabemos que programas sobre educação onde se abordem verdades e se discuta o assunto de forma imparcial, suprapartidari-amente e com ética são raros na mídia convencional. São raros porque infelizmente não

dão IBOPE e a mídia convencional busca imagem e IBOPE, pois so-mente assim conseguirá patroci-nadores e valorizará seus espaços publicitários.

EDUCAR Uma janela para o mundo

Nosso programa no ar todos os Sábados, das 20h às 22h e, o ou-vinte poderá interagir com suas

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VINAGRE

Vinagre Branco mata as bactérias, fungos e germes. Veja bem, 5 por cento do vinagre que você compra nos supermercados ma-ta 99 por cento das bactérias, 82 por cento dos fungos (MOFO), e 80 por cento dos germes (vírus). O vinagre é fortemente antibacteriano. SPRAY DE VINAGRE: Coloque um pouco de vinagre branco em um frasco de spray, borrife sobre a área mofada e deixe agir sem enxa-guar. ONDE USAR: Nos utensílios de madeira, como co-lheres de pau , tábuas de carne, gela-deira, freezer e o micro-ondas. LAVANDERIA: Coloque num borrifador a mesma quantidade de água e vinagre branco. Aplique sobre manchas nas roupas antes de colocá-las na máquina. Para aumentar o poder de limpeza do seu sabão em pó, espere a máquina de lavar encher e adicione à água uma xícara de chá de vinagre puro. De-pois, deixe lavar normalmente. COZINHA: Esqueceu a panela no fogo? Para re-tirar resíduos queimados do fundo de panelas e frigideiras, encha-as de á-gua e adicione 4 colheres (sopa) de vinagre branco. Leve ao fogo e deixe ferver. Espere esfriar e lave normal-

mente. Mas há mais benefícios do vinagre na cozinha: . para desinfetar a máquina de lavar louças, dê um ciclo de pré-lavar com uma xícara (chá) de vinagre; . para deixar os copos de vidro bri-lhantes, deixe-os de molho numa ba-cia com água e gotas de vinagre bran-co. Depois, lave-os com detergente; . para deixar o fogão novinho em folha após fazer frituras, deixe um pouco de vinagre sobre a gordura 15 minutos antes de começar a limpeza. BANHEIRAS: O ralo de uma banheira exige um sol-vente forte. Tente molhar toalha de papel com vinagre sem diluí-lo e colo-que sobre o ralo. Deixe o papel secar, coloque algumas gotas de vinagre e esfregue com uma esponja. Uma vez por ano, despeje uma garra-fa de vinagre em sua banheira e ligue-a. Isto ajudará a evitar que os jatos sejam obstruídos por resíduos de sa-bonete. CHUVEIROS: Bocais do chuveiro podem ser obstru-ídos por depósitos minerais da água. Remova os depósitos misturando 1/2 xícara de vinagre e 1/4 de litro de á-gua em uma bacia ou balde. Remova o bocal do chuveiro e deixe-o na solu-ção de vinagre por 15 minutos. Para bocais plásticos, deixe-os por 1 hora em uma mistura de 500 ml de vinagre e 500 ml de água quente. Remova a sujeira dos boxes e pare-

des borrifando-os com vinagre e deixe secar, então borrife novamente para umedecer e limpe com uma esponja. Caso necessário, reaplique e deixe por algumas horas. Então umedeça e limpe novamente. Cortinas do box ou revestimentos po-dem ser cobertas por camadas de sa-bonete ou mofo. Mantenha uma gar-rafa de vinagre próxima ao chuveiro e borrife nas cortinas uma ou duas ve-zes por semana. Não precisa enxa-guar. Às vezes, o mofo pode deixar man-chas nas cortinas, caso não seja re-movido rapidamente. Para remover estas manchas, misture bórax com vinagre o suficiente para formar uma pasta. Então, esfregue na área man-chada. PIAS: Água dura e depósitos minerais ao redor da pia e torneiras de banheiras podem ser removidas cobrindo a área manchada com toalhas de papel mo-lhadas no vinagre. Cubra e deixe so-bre a área por 1 hora. Então limpe com uma esponja úmida. VASOS SANITÁRIOS: Despeje vinagre no vaso e deixe por 30 minutos. Então borrife bicarbonato de sódio em uma escova para limpe-za de vasos e esfregue as áreas man-chadas. Dê descarga. PAREDES: Faça uma solução de vinagre e água morna em partes iguais. Aplique-a

sobre riscos de lápis e marcas espa-lhadas pelas paredes. Esfregue o lo-cal com um pano macio até que as manchas desapareçam. ARMÁRIOS: Para eliminar o odor de mofo, esvazie os compartimentos e deixe pernoitar, dentro do móvel, uma bacia ou assa-deira com vinagre branco puro. Em seguida, passe um pano embebido nesse líquido. ODORES DE ANIMAIS: Para eliminar o cheiro de urina e fe-zes dos bichos de estimação, remova a parte sólida dos resíduos. Em segui-da, aplique uma solução de dois ter-ços de água morna e um terço de vi-nagre branco. Logo depois, aplique um pouco de vinagre puro sobre o local e deixe secar naturalmente. DICAS: Mantenha uma garrafa spray limpa cheia de vinagre em sua cozinha, lim-pe sua tábua de carne toda vez que usá-la, limpe seu banheiro, carpete, canil e em fim tudo que quiser. O cheiro do vinagre se dissipa dentro de poucas horas. PS. Sempre uso o vinagre em spray na tábua de carne. Antes de ir para a cama à noite, pulverize um pouco do vinagre e deixe a noite toda.

Pela manhã lave, se for usá-la.

Da redação

CONTATOS: 055 12 9114.3431 - Emails: CONTATO: [email protected] - PATROCÍNIOS: patrocí[email protected]:

A BICICLETA Numa tarde e n s o l a r a d a , João e sua mãe saíram a passeio pelas alamedas da vizinhança em direção à pra-

ça. João se divertia pedalando a nova

bicicleta que ganhara de Natal, enquanto sua mãe admirava-o com orgulho. Lá chegando, a mãe acomodou-se em seu banco predileto enquanto João circu-lava animadamente ao redor da praça. Por alguns instantes a mãe não o enxer-gava, oculto pelas grandes árvores, mas ficava sossegada, pois conhecia a habili-dade de João. Cada vez que passava pelo banco da mãe, João acenava e ela olhava-o envai-

decida. Depois de passar várias vezes pela mãe, o menino resolveu demonstrar aquilo que tinha aprendido. - Olhe, mamãe, estou dirigindo a bicicleta sem uma das mãos! - Muito bem! Alguns minutos depois, o filho volta dizen-do: - Mamãe, sem as duas mãos! E a mãe apreensiva, lhe diz:

- Cuidado, querido, não a deixe embalar na descida. Mais alguns minutos e ela se vira à direita para vê-lo, vindo em sua direção. Agora, equilibrando-se sobre a bicicleta: - Veja, mãe, sem um pé! E na volta seguinte: - Mãããeee, sem os dentes!! Pobre Joãozinho...

JULHO 2012 Gazeta Valeparaibana Pagina 04

O Seppuku, a honra e a política.

Yukio Mishima (nome verdadeiro Ki-mitake Hiraoka) foi um escritor japo-nês três vezes indicado ao prêmio Nobel de literatura. Cometeu haraqui-ri, ou Seppuku em 25 de novembro de 1970, indignado com a Constitui-ção Japonesa que não permitia o re-armamento. Foi o último ritual famoso conhecido de haraquiri. O primeiro foi 1170 quando o samurai Minamoto Tametomo se atirou sobre a própria espada ao perder uma batalha para um clã rival.

O Seppuku, palavra mais nobre para o termo Haraquiri, significa “romper o ventre” e é uma forma de suicídio em nome da honra. A honra é uma quali-dade da personalidade, diretamente relacionada à moral e à ética com as quais é construída.

Ainda que cada religião se afirme co-mo sendo a melhor de todas, com seu Deus diferenciado mais forte e mais tudo, o Japão não é um país muçulmano, cristão ou adventista,

nem judeu ou da Umbanda, mas seu povo adquiriu um senso de responsa-bilidade, de ética e de moral, enfim, da honra, que faz inveja a um esma-gadora maioria de seres humanos que vivem fora do entorno dessa pe-quena ilha do Pacífico.

Essa honra, essa moral, essa ética, são as responsáveis pelo enorme de-senvolvimento japonês, uma tradição ao longo da história, pelo espírito de cooperação entre todos e que nos admira quando olhamos para a sua recuperação da segunda guerra mun-dial, ou de um tsunami que devastou cidades, usinas nucleares. As cida-des já estão recuperadas com ruas e edifícios reconstruídos, as usinas nu-cleares foram encerradas. Em nome do bem estar das populações, o Ja-pão declina da energia nuclear que lhe proporcionava energia elétrica para o seu desenvolvimento.

Não é essa honra, moral e ética que vemos pelo ocidente ou pelo oriente quando analisamos os políticos.

Por aqui, indo aos templos todos os dias, pagando dízimos, benzendo-nos com água benta, lamentando-nos em muros, ouvindo os chamados dos muezins para a oração, não temos esse senso de moral, ética e muito menos de honra. Longe disso. Não que religião tenha algo a haver com estes sentimentos, mas parece que deveria através dos reflexos da religi-ão na educação e na idiossincrasia. Parece que dizemos ser religiosos ou

abraçar religiões, mas temos os ouvi-dos vazados, os neurônios compro-metidos, a consciência manca, a mo-ral estropiada, ética surda e muda, paralítica.

No Brasil, verbas públicas roubadas, desviadas, desaparecidas, somem e jamais voltam aos cofres públicos, no que pese que um ou outro tenha sido indiciado, mas não preso, e se preso ou destituído, já voltou a fazer parte da vida, do governo, onde faz sabe-se lá o quê. Nenhum desses cometeu seppuku. Jogaram os problemas para todos os lados e para debaixo do ta-pete, comeram pizza no senado em meio a festanças de Comissões Par-lamentares de Inquérito regadas a alimentação paga pelos cidadãos e fartas horas extras.

Já ouvimos falar de corrupção em todo o mundo oriental e ocidental, que pode ser avaliada em consultas na NET. Não temos notícias de algum corrupto que se tenha suicidado, ex-ceto o de um norte americano , Budd Dwyer, que em frente às câmaras de televisão, sacou uma arma de um sa-co de papel e atirou em sua própria cabeça. Em compensação, alguns dos que perdem substanciais valores em bolsas de valores, em empreendi-mentos, cometem suicídio, mas não pela ética ou pela moral. Indivíduos “cheios da vida”, desesperados amo-rosos, também. Parece que a moral e a ética sofreram desvios comporta-mentais graves, e o pior, é que quem

padece desses fatores humanos está quase sempre em disputa por cargos políticos, querem o poder a qualquer preço.

,

Notícias do Vaticano nos dão conta de candidatos a Papa que mataram concorrentes, que compraram votos. Também por lá a moral e a ética nem sempre são bem tratadas.

Poderia falar de figuras públicas cor-ruptas de Norte a Sul e de Este a O-este deste planeta, mas diz-nos tudo o relatório da Transparecy Internatio-nal (http://www.dn.pt/DNMultimedia/DOCS+PDFS/Corrupcao_2010/CPI2010_report_embargoed.pdf)

Ninguém dos que contribuíram para a corrupção nestes países cometeu sui-cídio, ou Seppuku. A moral e a ética andam distantes, levadas pelo vento da história. Se os cidadãos não se movimentarem, passaremos o resto de nossas vidas, e nossos filhos e netos a vida inteira, trabalhando para lhes pagarmos impostos e viverem a vida que mais ninguém pode ter: A vida rica e nababesca, de alto consu-mo, com tudo o que o mundo propor-ciona e que está ao seu alcance com os nossos impostos.

A Democracia participativa é uma boa alternativa, porque nela, os políticos não podem absolutamente nada a não ser pensar, propor, e fazer o que os cidadãos lhes determinam que fa-çam.

Rui Rodrigues

Democracia Participativa

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CULTURAonline BRASIL

Em ciência política, chama-se forma de governo (ou sistema político) o conjunto de instituições políticas por meio das quais um Estado se organiza a fim de exercer o seu poder sobre a sociedade. Cabe notar que esta definição é válida mesmo que o governo seja considerado ilegíti-mo.

Tais instituições têm por objetivo regular a disputa pelo poder políti-co e o seu respectivo exercício, inclusive o relacionamento entre aqueles que o detêm (a autorida-de) com os demais membros da sociedade (os administrados).

A forma de governo adotada por um Estado não deve ser confundi-da com a forma de Esta-do (unitária ou federal) nem com s e u s i s t e m a d e g o v e r -

no (Monarquismo, presidencialismo, parlamentarismo, dentre ou-tros).

Outra medida de cautela a ser ob-servada ao estudar-se o assunto é ter presente o fato de que é com-plicado categorizar as formas de governo. Cada sociedade é única em muitos aspectos e funciona segundo estruturas de poder e so-ciais específicas. Assim, alguns estudiosos afirmam que existem tantas formas de governo quanto há sociedades.

Tendo em mente a dificuldade em classificar-se as formas de gover-no, estas são tradicionalmente ca-tegorizadas em: Monarquia República Anarquia (com ausência de Estado, auto-

governo)

Para Nicolau Maquiavel, reconhe-cido como fundador do pensamen-to e da ciência política moderna, as formas de governo são subdivi-didas em 2 grupos, o de "formas puras" e o de "formas impuras":

Formas PURAS de Governo:

Monarquia - governo de um só Aristocracia - governo de vários Democracia - governo do povo

Formas IMPURAS de Governo (governo para o bem individual ou de um grupo):

Tirania - corrupção da monarquia Oligarquia - corrupção da aristo-cracia Demagogia ou Politéia - corrup-ção da democracia Outras formas de Democracia:

Democracia Democracia direta Democracia indireta(ou Democracia representativa) Democracia semidireta Democracia orgânica (podendo ser semidireta em alguns países, mas sempre

com corporativismo) Corporativismo Parlamentarismo Presidencialismo Semi-presidencialismo Democracia: ("demo+kratos") é um regime de governo em que o po-der de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos — for-ma mais usual. Uma democracia po-de existir num sistema presidencialis-ta ou parlamentarista, republicano ou monárquico.

Formas de Governo

JULHO 2012 Gazeta Valeparaibana Página 05

Sala de aula - maternal - Vale a pena ler de novo !

MANIFESTO

Pelo fim da publicidade e da comunicação mercadológica dirigida ao público infantil.

Em defesa dos diretos da infância, da Justiça e da construção de um futuro mais solidário e sustentável para a sociedade brasileira, pessoas, organi-

zações e entidades abaixo assinadas reafirmam a importância da proteção da criança frente aos apelos merca-dológicos e pedem o fim das mensa-gens publicitárias dirigidas ao público infantil.

A criança é hipervulnerável. Ainda está em processo de desenvolvimen-to biofísico e psíquico. Por isso, não possui a totalidade das habilidades necessárias para o desempenho de uma adequada interpretação crítica dos inúmeros apelos mercadológicos que lhe são especialmente dirigidos.

Consideramos que a publicidade de produtos e serviços dirigidos à crian-ça deveria ser voltada aos seus pais

ou responsáveis, estes sim, com con-dições muito mais favoráveis de análi-se e discernimento.

Acreditamos que a utilização da crian-ça como meio para a venda de qual-quer produto ou serviço constitui prá-tica antiética e abusiva, principalmen-te quando se sabe que 27 milhões de crianças brasileiras vivem em condi-ção de miséria e dificilmente têm a-tendidos os desejos despertados pelo marketing.

A publicidade voltada à criança contri-bui para a disseminação de valores materialistas e para o aumento de problemas sociais como a obesidade infantil, erotização precoce, estresse

familiar, violência pela apropriação indevida de produtos caros e alcoolis-mo precoce.

Acreditamos que o fim da publicidade dirigida ao público infantil será um marco importante na história de um país que quer honrar suas crianças.

Por tudo isso, pedimos, respeitosa-mente, àqueles que representam os Poderes da Nação que se comprome-tam com a infância brasileira e efeti-vamente promovam o fim da publici-dade e da comunicação mercadológi-ca voltada ao público menor de 12 anos de idade.

Da redação

Utilidade Pública

NOVO PROCON

"PROCON é coisa do passado. A Revista Exame traz uma re-portagem sobre um site chama-do "Reclame Aqui". A ideia é que seja um mural (ESPÉCIE DE MURO DAS LA-MENTAÇÕES) onde as pessoas expõem suas queixas sobre serviços ou produtos, visível a todos que acessarem o site. O interessante é que, sem buro-cracia, os problemas são solu-cionados com mais rapidez. Quando um consumidor recla-ma de um produto de alguma empresa, essa empresa recebe um e-mail dessa queixa.

E como a empresa preza por sua imagem, ela tende a ser eficiente na solução, que será aberta ao público.

O que tem dado muito certo, já que 70% dos casos são resolvi-dos! E o tempo médio é de me-nos de uma semana, diferente do PROCON que tem a média em 120 dias.

Acesse: www.reclameaqui.com.br

A lição da borboleta

Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo. Um homem sentou e observou a borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer

com que seu corpo passasse através d a q u e l e p e q u e n o b u r a c o . Então pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso.

Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais. O homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o res-tante do casulo. A borboleta então saiu facilmente.

Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observar a bor-boleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar com o tempo.

Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o res-to da sua vida rastejando com um cor-po murcho e asas encolhidas. Ela nun-ca foi capaz de voar.

O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo com que Deus fazia com que o fluído do corpo da borboleta fosse pa-ra as suas asas, de modo que ela es-taria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo. Algumas vezes, o esforço é justamen-te o que precisamos em nossa vidas. Se Deus nos permitisse passar atra-vés de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados.

Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca pode-ríamos voar... Autor: Desconhecido

PAIS EDUCADORES

1) Atualizem -se e estudem com seus filhos. Estimulem-nos a ter seu horá-rio de estudo em casa. A ter disciplina. 2) Perguntem

sempre: o que vocês aprenderam na escola, hoje? Seu filho(a) vai ter que prestar atenção e cumprir com as tare-fas escolares para responder, isto vai ajudá-los a não participarem de confu-são. 3) Dê o exemplo. Mostrem como é legal ler e estudar. Leiam o que eles lêem na escola. 4) Leiam para eles. Esse simples ato evitará a dificuldade de quem ainda está aprendendo a ler. 5 ) Descubram se seus filhos tem algu-ma dificuldade de relacionamento na escola. Incentivem- nos a ser simpáti-cos, fazer amigos, admirar seus pro-fessores, aprender a valorizar um pro-fissional. 6 ) Vão a todas as reuniões de pais e mestres. Participem e dêem a sua opi-nião. 7) Informem -se sobre os problemas da escola: há professores que faltam demais? 8 ) Façam elogios sinceros e reconhe-çam o potencial de seu filho ou filha. 9 ) Jamais permitam que os filhos a-bandonem os estudos ou faltem às aulas sem precisar. 10) Acompanhem a ficha avaliativa dos filhos e comemorem os avanços! O importante é que eles se sintam va-lorizados. 11) Conversem com os dirigentes es-colares e participem do Conselho Es-colar. 12) Dar uma Educação de Qualidade, para cobrar uma educação de qualida-de da escola, isto é papel dos pais. Fonte: http://amagiadeeducar.spaceblog.com.

Diga não ao consumismo

ATENÇÂO

A Gazeta Valeparaibana, um veículo de divulgação da OSCIP “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos, somente publica matérias, relevantes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões den-tro das salas de aulas, tais como: educação, cultura, tradições, história, meio ambiente e sustentabilidade, responsabilidade social e ambiental, além da trans-missão de conhecimento. Assim, publica algumas matérias selecionadas de sites e blogs da web, por acreditar que todo o cidadão deve ser um multiplicador do conhecimento adquirido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e Sustentabilidade, todos devemos nos unir, na busca de uma sociedade mais justa, solidária e conhecedora de suas responsabilidades sociais. No entanto, todas as matérias e imagens serão credi-tadas a seus editores, desde que adjudiquem seus nomes. Caso não queira fazer parte da corrente, favor entrar em contato. [email protected]

ENQUANTO HOUVER AMIZADE...

"Pode ser que um dia deixemos de nos falar. Mas, enquanto houver amizade, faremos as pazes de novo. Pode ser que um dia o tempo passe. Mas, se a amizade permanecer, um do outro há de se lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos. Mas, se formos amigos de verdade, a amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais nos vejamos Mas, se ainda sobrar amizade, recordaremos bons momentos mes-mo distante um do outro...

Pode ser que um dia tudo acabe. Mas, com a amizade construiremos tudo novamente, cada vez de forma diferente, sendo único e inesquecível cada momento..."

Autor desconhecido

JULHO 2012 Gazeta Valeparaibana Página 06

Contos

OLHAR PELA JANELA Genha Auga

Quando se abrem as janelas, sente-se o cheiro da chuva. Uma nuvem cinza paira no céu.

Lá embaixo, homens e mulheres seguem apressada-mente. Crianças a correr prá lá e prá cá, o velhinho a se espreguiçar aos olhares do cão, o gato a espreitar borboletas voando.

Meados de outubro, ao sabor da primavera, o colori-do das flores preguiçosas balançam ao vento quente que sopra brincalhão.

O tempo se vai nesse cenário que tem a magia de nunca ser o mesmo pois a cada momento, a cada olhar, surgem movimentos que desfaz tudo. Vem o escurecer, o pátio ilumina-se de luzes redondas co-mo se fossem luas cheias e na madrugada, com o piscar de luzes a acender, o silêncio é mansamente quebrado pelo sussurrar de um ou outro que na ma-drugada ousam espreitar nas janelas para observar este movimento quase que rotineiro do lugar.

Ali tudo parece ser sempre o mesmo, mas cada olhar certamente não vê igual, cada alma sente diferente, cada pensamento voa, até que todas as janelas se fecham e se apagam.

Ao raiar do sol, num céu azul de nuvens brancas co-mo pedaços de algodão, recomeça o dia e as pesso-as saem para a vida animadamente. Borboletas rea-parecem e junto delas, o beija flor a aguçar o olhar do gato novamente a espreitar, o cão e o velhinho.

Ao olhar por janelas, muitos cenários irão se descor-tinar mas, além desse mundo que a vista alcança, há lugares distantes, onde luzes são bombas, crianças não comem e pessoas vivem com medo. O cenário é modificado pelo barulho das ruas e acon-tecimentos em dias ou noites que, desgraçadamente, acordam pessoas do sono ou dos “sonhos”, fazem-nas lembrar-se das nuvens que ameaçam destruir suas casas, ventos que podem ceifar vidas e da dor que sentem todos os dias.

Dessas janelas, o cenário que se vê é assim; almas num vazio a chorar, gente que não pode enxergar, um lugar onde o progresso parece esquecer-se delas e, quando as janelas se fecham, todos dormem e so-nham outros sonhos. Não podem mudar essa reali-dade. Estão presas...

“A leitura não é uma atividade elitizada, mas uma ferramenta de transformação social dos

indivíduos.” ( Julian Correa )

Literatura de cordel também conhecida no Brasil como folheto, é um gênero literá-rio popular escrito frequentemente na forma rimada, originado em relatos orais e depois impresso em folhetos. Remonta ao século XVI, quando o Renascimento popularizou a impressão de relatos orais, e mantém-se uma forma literária popular no Brasil.

O nome tem origem na forma como tradicio-nalmente os folhetos eram expostos para ven-da, pendurados em cordas, cordéis ou bar-bantes em Portugal.

No Nordeste do Brasil o nome foi herdado, mas a tradição do barbante não se perpetuou: o folheto brasileiro pode ou não estar exposto em barbantes. Alguns poemas são ilustrados com xilogravu-ras, também usadas nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis ver-sos.

Os autores, ou cordelistas, recitam esses ver-sos de forma melodiosa e cadenciada, acom-panhados de viola, como também fazem leitu-ras ou declamações muito empolgadas e ani-madas para conquistar os possíveis compra-dores.

Para reunir os expoentes deste gênero literá-rio típico do Brasil, foi fundada em 1988 a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, com sede no Rio de Janeiro.

HISTÓRIA

A história da literatura de cordel começa com o romanceiro do Renascimento, quando se iniciou impressão de relatos tradicionalmente orais feitos pelos trovadores medievais, e de-senvolve-se até à Idade Contemporânea. O nome cordel está ligado à forma de comercia-lização desses folhetos em Portugal, onde eram pendurados em cordões, chamados de cordéis. Inicialmente, eles também continham peças de teatro, como as de autoria de Gil Vicente (1465-1536). Foram os portugueses que introduziram o cordel no Brasil desde o início da colonização.

Na segunda metade do sécu lo XIX começaram as impressões de folhetos brasileiros, com suas características próprias. Os temas incluem fatos do cotidiano, episó-dios históricos, lendas , temas religiosos, en-tre muitos outros. As façanhas do cangaceiro Lampião (Virgulino Ferreira da Silva, 1900-1938) e o suicídio do presidente Getúlio Var-gas (1883-1954) são alguns dos assuntos de cordéis que tiveram maior tiragem no passa-do. Não há limite para a criação de temas dos folhetos. Praticamente todo e qualquer assun-to pode virar cordel nas mãos de um poeta competente.

No Brasil, a literatura de cordel é produção típica do Nordeste, sobretudo nos estados de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará. Costumava ser vendida em mercados e feiras pelos próprios autores. Hoje também se faz presente em outros Esta-dos, como Rio de Janeiro, Minas Geraise São Paulo. O cordel hoje é vendido em feiras cul-turais, casas de cultura, livrarias e nas apre-sentações dos cordelistas.

O grande mestre de Pombal, Leandro Gomes de Barros, que nos emprestou régua e com-passo para a produção da literatura de cordel, foi de extrema sinceridade quando afirmou na peleja de Riachão com o Diabo, escrita e edi-tada em 1899.

Oriunda de Portugal, a literatura de cordel chegou no balaio e no coração dos nossos colonizadores, instalando-se na Bahia e mais precisamente em Salvador. Dali se irradiou

para os demais estados do Nordeste. A per-gunta que mais inquieta e intriga os nossos pesquisadores é "Por que exatamente no nor-deste?". A resposta não está distante do ra-ciocínio livre nem dos domínios da razão. A primeira capital da nação foi Salvador, ponto de convergência natural de todas as culturas, permanecendo assim até 1763, quando foi transferida para o Rio de Janeiro.

Na indagação dos pesquisadores no entanto há lógica, porque os poetas de bancada ou de gabinete, como ficaram conhecidos os auto-res da literatura de cordel, demoraram a e-mergir do seio bom da terra natal. Mais tarde, por volta de 1750 é que apareceram os pri-meiros vates da literatura de cordel oral. En-gatinhando e sem nome, depois de relativo longo período, a literatura de cordel recebeu o batismo de poesia popular.

Foram esses bardos do improviso os precur-sores da literatura de cordel escrita. Os regis-tros são muito vagos, sem consistência confi-ável, de repentistas ou violeiros antes de Manoel Riachão ou Mergulhão, mas Leandro Gomes de Barros, nascido no dia 19 de novembro de 1865, teria escrito a peleja de Manoel Riachão com o Diabo, em fins do século passado.

Sua afirmação, na última estrofe desta peleja (ver em detalhe) é um rico documento, pois evidencia a não contemporaneidade do Ria-chão com o rei dos autores da literatura de cordel. Ele nos dá um amplo sentido de longa distância ao afirmar: "Um velho daquela épo-ca a tem ainda gravada".

Os poetas Leandro Gomes de Barros (1865-1918) e João Martins de Athayde (1880-1959) estão entre os principais autores do passado. Carlos Drummond de Andrade, reconhecido como um dos maiores poetas brasileiros do século XX, assim definiu, certa feita, a literatu-ra de cordel: "A poesia de cordel é uma das manifestações mais puras do espírito inventi-vo, do senso de humor e da capacidade críti-ca do povo brasileiro, em suas camadas mo-destas do interior. O poeta Cordelista exprime com felicidade aquilo que seus companheiros de vida e de classe econômica sentem real-mente. A espontaneidade e graça dessas cri-ações fazem com que o leitor urbano, mais sofisticado, lhes dedique interesse, despertan-do ainda a pesquisa e análise de eruditos uni-versitários. É esta, pois, uma poesia de con-fraternização social que alcança uma grande área de sensibilidade".

A literatura de cordel apresenta vários aspec-tos interessantes e dignos de destaque: As suas gravuras, chamadas xilogravuras, representam um importante espólio do imagi-nário popular;

Pelo fato de funcionar como divulgadora da arte do cotidiano, das tradições populares e dos autores locais (lembre-se a vitalidade deste gênero ainda no nordeste do Brasil), a literatura de cordel é de inestimável importân-cia na manutenção das identidades locais e das tradições literárias regionais, contribuindo para a perpetuação do folclore brasileiro.

Pelo fato de poderem ser lidas em sessões públicas e de atingirem um número elevado de exemplares distribuídos, ajudam na disse-minação de hábitos de leitura e lutam contra o analfabetismo.

A tipologia de assuntos que cobrem, crítica social e política e textos de opinião, elevam a literatura de cordel ao estandarte de obras de teor didático e educativo.

Fonte: Web e Wikipédia

Literatura de cordel

JULHO 2012 Gazeta Valeparaibana Página 07

Política e Educação POLÍTICA & CIDADANIA

Sabemos que a Ciência Política quando é discutida nos fóruns acadêmicos possui uma amplitude restrita, porém mais focada e aprofundada. Quando sai para os gabinetes do poder, nesse longo caminho entre teoria e práti-ca, as pessoas de mau agouro deturpam tudo e a transformam nisso que vivencia-mos com muito desprezo: maracutaias, conchavos, corrupção, prepotência, etc.

O intelectualismo é necessário à humani-dade, mas a inteligência emocional é mais ainda. Afinal, qual a política ideal? Esta é a pergunta que colocamos.

A nosso ver temos que começar a nos focar mais na raiz dos problemas. A nosso ver este é o foco. Mostrar a raiz dos problemas, na rua, nas nossas comunidades e meios e nas nos-sas redes sociais. A internet é uma ótima ferramenta. No entanto esta discussão deve sair dos pequenos grupos para que alcance o grande público e seus fins, por isso convi-do a todos para ingressarem nesta corren-te global e nos juntarmos aos 1% de indig-nados do mundo. O Brasil merece isso. E o Brasil somos todos nós, nossas famí-lias e nossas comunidades.

Pontos que deveriam ser debatidos.

POLÍTICA 1 – Mudanças do Código Penal 2 – Ajuste do Código Fiscal 3 – Mudanças no Código Eleitoral, respon-sabilizando os partidos pela necessidade de cumprimento de seus estatutos e de sua ideologia. 4 – Obrigação do partido de fiscalizar a idoneidade de seus postulantes a cargos eleitorais e co-responsabilização dos parti-dos pelos atos dos mesmos. 5 – FIM do Fórum especial para todo o funcionário ou ocupante de cargo público. 6 – Fim da contratação de funcionário pú-blico por qualquer outro modelo que não seja o “Concurso público” 7 – Uniformidade nos aumentos salariais concedidos a VEREADORES, DEPUTADOS, SENADORES, SECRETÁRIOS, MINISTROS, e FUNCIONÁRIOS em todos os níveis.

Filipe de Sousa

Caros amigos, Temos vindo a assistir através das mí-dias convencionais a um sem número de denúncias que se repetem periodica-mente, a desmandos e malversações das coisas públicas deste País, sem que se apresentem soluções ou se vejam ações para reverter situações que estão levando os cidadãos a descrerem nas instituições e nos cidadãos que os repre-sentam.

São denúncias de corrupção, de impuni-dade com o envolvimento dos três pode-res, Executivo, Legislativo e Judiciário; São notícias diárias de violência com um grau cada dia maior de agressividade; Menores de idade com atitudes compor-tamentais bárbaras, que dia-a-dia au-mentam em teor de agressividade. Esco-las impossibilitadas de dar uma aula pro-dutiva por absoluta falta de respeito e de controle de seus alunos em sala de aula; São famílias cada vez mais desestrutura-das se ausentando de sua responsabili-dade como Pais.

Nós do Movimento Política e Cidadania achamos que devemos levar estas preo-cupações aqueles que elegemos e que têm por obrigação ouvir e representar o todo ou seja, a sociedade brasilei-ra.Chega de falácias de palanque de promessas não cumpridas e d’Eles tra-balharem em prol daqueles que lhes fi-nanciaram a campanha. Os 99% desta nação se querem fazer ouvir e exigem mudanças. Esta ação é a nossa melhor oportunidade de fazermos chegar ao Congresso Nacional e a todos os candi-datos às eleições municipais de Outubro as nossas propostas e, exigir uma res-posta firme da sua disposição em abra-çar a nossa causa.

Mas precisamos de mais. Se fizermos um gigantesco apelo público agora, os

candidatos que concorrerão às eleições deste ano e os congressistas não terão opção senão se colocarem do nosso lado abraçando as nossas proposições. 1 – JUSTIÇA a) Mais agilidade nos processos, menos possibilidades de recursos e mais auto-nomia para a Justiça Regional. Fim do Fórum Especial em todos os níveis. b) Redução da menor idade penal para 14 anos por um prazo de 5 anos, voltan-do posteriormente a 16 anos e, co-responsabilização dos pais ou responsá-veis pelos atos dos menores sob sua responsabilidade até á idade de comple-tarem 14 anos.

Veja o desabafo de um delegado de polí-cia: http://www.youtube.com/watch?v=tOxNhWEr76E&feature=youtu.be

c) Criar uma Lei Complementar para o artigo 101 e 102 da Constituição Federal que torne o Judiciário absolutamente separado do Executivo e do Legislativo.

2 – ELEIÇÕES e VOTOS

a) Adoção da Democracia participativa em que o voto passe a pertencer ao par-tido e não ao candidato; possibilidade de impugnação do candidato que no de-sempenho de suas funções pratique atos de malversação do erário, improbidade administrativa ou comportamentais que afetem a sua pessoa como exemplo so-cial; fim do voto obrigatório; financiamen-to exclusivamente público das campa-nhas em todos os níveis, municipal, esta-dual e federal.

b) Se Presidente, Governador e Prefeito só pode ser reeleito uma só vez, porque não também Vereadores, deputados e Senadores? Estender esta lei para Vere-adores, Deputados e Senadores nos três níveis da administração pública: Munici-pal, Estadual e Federal.

c) Votar uma Lei em que qualquer repre-sentante popular eleito pelo voto do cida-dão, que cometer qualquer ato de impro-bidade administrativa ou malversação do erário, bem como qualquer ato punível pelo Código Civil ou Penal, se torne im-possibilitado de concorrer a qualquer outra eleição; incluir nessa Lei os corrup-tores para que sejam também punidos Cível e Criminalmente bem como fiquem impossibilitados de voltar a apresentar propostas em concorrências públicas.

d) Tornar obrigatória a renovação de cadeiras de no mínimo 80%, nas Câma-ras Municipais, estaduais e Federais.

e) Todas as eleições devem ser coinci-dentes. Mesma data para Municipais, Estaduais e Federais.

f) Diminuição do número de Vereadores, Deputados e Senadores bem como do número de assessores e um controle rigoroso sobre os salários pagos a seus assessores. Diminuição, revisão e unifor-mização da remuneração do Vereador a nível nacional.

g) Controle e fiscalização rigorosa de ONGs propostas por Vereadores, Depu-tados, Senadores ou seus descendentes até ao 3º. Grau.

h) Obrigatoriedade de apresentação por parte de qualquer candidato a cargo ele-tivo ou funcionário comissionado de a-presentar a ultima Declaração de Impos-to de Renda e a de seus parentes até ao 3º. Grau.

i) Voto aberto em todas as seções de Câmaras ou do Senado Federal. Assine a petição agora e envie para to-dos os seus contatos de email e compar-tilhe conteúdo e link em suas páginas e grupos na internet. Precisamos de 50.000 assinaturas, até Agosto do cor-rente ano, que darão força ás proposi-ções que pretendemos levar a Candida-tos a Vereadores e as Câmaras Estadu-al, Federal e Senado da República. Você está satisfeito com a sociedade que temos? Continua confiando nos políticos que temos vindo a eleger? Está satisfeito com a atuação da justiça no que tange aos atos praticados por alguns de nossos políticos? Você que tanto reclama de corrupção já ouviu falar em corruptores? Você está satisfeito com a Pitzas fabrica-das nas Câmaras, no Senado e no Judi-ciário em todas as suas instâncias? Vamos criar uma onda enorme de poder popular e trazer nossas proposições pa-ra mais perto da realidade. Assine nossa petição e exija que sejam implantadas Leis que na verdade contri-buam para uma verdadeira democracia e não aquela que nos está sendo ofereci-da.

Com esperança e determinação, Filipe de Sousa, Epaminondas, Waldir, Elóidia, Ivete e toda a equipe dos portais Política e Cidadania, Professores e da Associação Amigos da Zona Leste de São José dos Campos.

Sublinhe e cole no seu navegador:

http://www.avaaz.org/en/petition/Mudan-ca_no_Codigo_Eleitoral_Civil_e_Criminal_e_pelo_fim_do_Forum_Previligiado/?cfDWBbb

VAMOS PRESSIONAR. Mudanças já! AGORA é para VALER

Sinceramente, pago para ver até quando iremos bancar todo o desmando que, acontece sob as nossas vistas no Con-gresso Nacional!!

Até quando os "nobres" Parlamentares vão agir como se a população brasileira fosse constituída de palhaços!

Votaram e aprovaram rapidamente e de maneira escandalosa, um projeto de Lei onde se acaba com o teto salarial máxi-mo, exigido para os servidores públicos. Ou seja, equivale falar que um simples e semi-analfabeto Deputado, poderá vir a receber como vencimento, o mesmo valor ou bem mais que um Ministro do Supre-mo Federal!

E por aí vai todo o desmando dessa Lei vergonhosa, fruto das mentes dessa ver-

dadeira máfia instalada no Congresso Nacional!

Não preciso falar do quanto alguém se esforça para chegar a um cargo como Ministro do Supremo, o quanto gastou se estudou ou o que estudou, "queimou as pestanas", para conseguir cada promo-ção que o levou até o Supremo.

E essa corja do Congresso Nacional, de-seja que, até um simples encarregado da garagem do Congresso Nacional, possa ganhar tanto quanto um Ministro!

A pergunta que não que calar é: PARA QUE SERVE MESMO, ESTUDAR NES-SE PAÍS?

Os concursos públicos envoltos a casos de corrupção!

Candidatos que, já fazem uma prova re-provados, mesmo com todos seus esfor-ços!

Outros que, nem fazem as provas e já são aprovados!

Políticos que, sem preparação alguma se elegem e ganham bem mais que um Mi-nistro do Supremo!

Seguem agindo de maneira vergonhosa e CRIMINOSA, fazendo da nação um redu-to de aproveitadores do poder público, em total desrespeito aos outros milhões que, trabalham um ano inteiro, pagando impostos, para bancar essa farra!

Pela democratização dos meios de comu-nicação;

Pelo reconhecimento da dívida histórica social e ecológica;

Pela construção de um país mais justo, de paz e autosustentável.

Pelas alterações propostas aos nossos Códigos.

ACORDA BRASIL!

Movimento Política e Cidadania

Vamos pressionar e nos fazer ouvir! Pre-cisamos usar do nosso dever de cida-dãos atuantes.

A necessidade de reforma de nossos Có-digos; Civil, Penal e Eleitoral além da ur-gência de acabarmos com o Fórum Privi-legiado.

Precisamos de 50.000 assinaturas. Im-possível? NÃO.

Vamos colar este texto em nosso circulo de amizades, páginas de amigos e GRU-POS. A petição foi aceita e agora só de-pende de nós. Mãos á obra e nos ajudem a pressionar pelas mudanças.

Adesões ao movimento: Quero participar! [email protected]

MOVIMENTO “Política e Cidadania”

JULHO 2012 Gazeta Valeparaibana Página 8

Rio Grande do Sul (RS)

RESUMO

O Rio Grande do Sul, o estado mais meridional do país, é o maior e o mais populoso estado da região Sul. Tem como limites Santa Catarina ao norte, o Oceano Atlântico ao leste, o Uruguai ao sul e a Argentina a oeste.

É o quarto estado mais rico do país, superado apenas por São Paulo, Mi-nas Gerais e Rio de Janeiro. É tam-bém o quinto mais populoso e o ter-ceiro no que diz respeito ao IDH (índice de desenvolvimento humano).

Sua economia baseia-se na agricul-tura, pecuária e indústria (alimentícia, têxtil, couro e calçados, madeireira, metalúrgica e química). Além disso, o Rio Grande do Sul possui diversas opções de turismo. As praias do lito-ral norte, como Capão da Canoa, Tramandaí e Torres são as mais co-nhecidas no estado.

As regiões serranas também atraem milhares de turistas, principalmente no inverno e no verão. As cidades de Gramado e Canela são famosas pe-las decorações que realizam nas fes-tas natalinas. -------------------------------------------------- RIO GRANDE DO SUL

O Rio Grande do Sul é uma das 27 unidades federativas do Brasil.

Localizado na Região Sul, possui co-mo limites o estado de Santa Catari-na ao norte, o oceano Atlântico ao leste, o Uruguai ao sul e a Argentina a oeste.

Sua capital é o município de Porto Alegre.

As cidades mais populosas são:

Porto Alegre, Caxias do Sul, Pelotas, Canoas e Santa Maria.

Em1627, jesuítas espanhóis criaram missões, próximas ao rio Uruguai, m a s f o r a m e x p u l s o s p e -los portugueses, em 1680, quando a coroa portuguesa resolveu assumir seu domínio, fundando a Colônia do Sacramento.

Os jesuítas portugueses estabelece-ram, em 1687, os Sete Povos das Missões. Em 1737, uma expedição militar portuguesa tomou posse da lagoa Mirim. Em 1742, os coloni-zadores fundaram a vila de Porto dos Casais, depois chamada Porto Ale-gre.

As lutas pela posse das terras, entre portugueses e espanhóis, teve fim em 1801, quando os pró-prios gaúchos dominaram os Sete Povos, incorporando-os ao seu terri-tório. Em 1807, a área foi elevada à categoria de capitania. Grupos de imigrantes italianos e alemães co

meçaram a chegar a partir de 1824.

A sociedade estancieira passou en-tão a coexistir com a pequena propri-edade agrícola, diversificando a pro-dução. Durante o século XIX, o Rio Grande do Sul foi palco de revoltas federalistas, como a Guerra dos Far-rapos (1835-45), e participou da luta contra Rosas (1852) e da Guerra do Paraguai (1864-70). As disputas polí-ticas locais foram acirradas no início da República e só no governo de Getúlio Vargas (1928) o Estado foi pacificado.

É o estado mais meridional do país, conta com o quarto maior PIB - supe-rado apenas por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais -, o quinto mais populoso e o quinto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais elevado.

O estado possui papel marcante na história do Brasil, tendo sido palco da Guerra dos Farrapos, a mais lon-ga guerra civil do país. Sua popula-ção é em grande parte formada por descenden tes de po r tug ue-ses, alemães,italianos, africanos e indígenas. Em pequena parte por espanhóis, poloneses e france-ses, dentre outros imigrantes.

Em certas regiões do estado, como a Serra Gaúcha e a região rural da metade sul, ainda é possível ouvir dialetos da língua italiana, e do alemão.

Esse estado brasileiro originalmente teve sua economia baseada na pecuária bovina que se instalou no Sul do Brasil durante o século XVII com as missões jesuíticas na América, e posteriormente expandiu-se aos setores comercial e industrial, especialmente na metade norte do Estado.

O nome do estado originou-se de uma série de erros e discordâncias cartográficas, quando se acreditava que a Lagoa dos Patos fosse a foz do Rio Grande, que já era de-monstrado em mapas neerlandeses, décadas antes da colonização portu-guesa na região. Pelo que se sabe até agora, o primeiro cartógrafo dos Países Baixos a registrar a Lagoa dos Patos, ainda considera-da o Rio Grande, foi Frederick de Wit, em seu atlas de 1670. Já o pri-meiro registro cartográfico feito por um neerlandês a mostrar o suposto rio com um formato próximo ao que é conhecido hoje da referida lagoa foi Nikolaus Visscher, em 1698.

Apesar de ele não ter sido o primeiro a mencionar os índios Patos que ha-bitavam suas margens e boa parte do litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, foi ele quem as-sociou o nome à lagoa.

Por volta de 1720, açorianos vindos de Laguna vieram à região de São José do Norte buscar o ga-do cimarrón vindo das missões, pos-sibilitando a posterior fundação da cidade de Rio Grande, no ano de 1737.

A partir do nome do município, surgiu também o nome do estado do Rio Grande do Sul.

Os habitantes naturais do Rio Gran-de do Su l são denomina-dos gaúchos, rio-grandenses-do-sul ou sul-rio-grandenses.

O gentílico no masculino do singular é gaúcho e no feminino do singu-lar gaúcha. É u m a p a l a v r a o r i u n d a do espanhol gaucho, um adjetivo que, aplicado a pessoas pode signifi-car "nobre, valente e generosa" ou "camponês experimentado em pecu-ária tradicional", ou ainda "velhaco, astuto, dissimulado ou ardiloso expe-riente", mas também pode ter o senti-do de "vagabundo, contrabandista, desregrado e desprivilegiado".

OS SETE POVOS

A pressão dos bandeirantes não pôs fim à presença dos jesuítas na mar-gem oriental do rio Uruguai. Retornaram os religiosos cinqüenta anos depois do êxodo, atraídos pelas disponibilidades econômicas da regi-ão, sobretudo pelo gado. Inaugurou-se, na volta ao território perdido, a segunda fase da penetra-ção jesuítica, que na realidade só terminou com a fulminante ação mili-tar de 1801 -- precedida de longas e indecisas ações diplomáticas --, a qual incorporou definitivamente a re-gião ao Rio Grande do Sul.

A segunda fase cifra-se na história dos Sete Povos das Missões, com o marco inicial de 1687 (São Francisco de Borja, São Nicolau, São Luiz Gon-zaga, São Miguel Arcanjo, São Lou-renço Mártir, São João Batista, Santo Ângelo Custódio). O perigo dos pau-listas não cessara, embora se tornas-se menos ameaçador, concentrada a ação do poder dos portugueses na faixa litorânea, de que a Colônia do Sacramento seria o ponto extremo.

Situados em terras de domínio nomi-nal da Espanha, sob o comando de Buenos Aires, os Sete Povos a-brangiam, as extremas dos grandes rebanhos de gado, que se concentra-vam nas vacarias -- as Vacarias do Mar, que alcançavam o extremo sul do atual Rio Grande do Sul, pene-trando em território uruguaio, e a Vacaria dos Pinhais, na região da hoje ainda chamada Vacaria, no nor-deste do estado.

Ao fato da coincidência geográfica do território, acentuado por alguns histo-riadores para vincular a história do Rio Grande do Sul às missões jesuíti-cas, agregam outros estudiosos o motivo econômico, sobretudo basea-do na expansão do gado. As duas fases das Missões assinalam diferen-ças qualitativas. Na primeira predo-minou o zelo evangelizador, integra-tório dos indígenas na civilização es-panhola; a segunda foi marcada pelo fundamento econômico da expansão, de índole utilitária e dominada por preocupações agora marcadamente políticas, de exclusivismo nacional, embora, em certo momento, arredia e até hostil à autoridade espanhola.

O gado, de início aclimatado na mar-gem do rio Uruguai, é de origem pau-lista, introduzido em São Vicente, on-de Martim Afonso estabelecera o principal curral.

Invadindo o Paraguai, depois de pro-liferar, irradiou-se pelas pastagens vizinhas, com a distribuição, pelos jesuítas, de 99 cabeças para cada aldeamento, em 1634. A matança foi proibida nos primeiros anos.

Provavelmente, esse núcleo original se havia ampliado com cabeças vin-das do Peru, já a partir de 1569, a-crescidas das manadas que se proje-taram da atual província de Corrien-tes, na Argentina. A bagualada já campeava livremente nos pampas, trazida pela expedição de Pedro de Mendoza, que em 1535 desembarcou no Prata 72 cavalos e éguas.

Os rebanhos, alimentados pe-las pastagens naturais e protegidos pelos acidentes das florestas e rios (os rincões), proliferaram com abun-dância, espraiando-se nas Vacarias do Mar e prolongando-se na Vacaria dos Pinhais, onde se localizou exten-so depósito de gado para o abasteci-mento das aldeias. Aos currais das aldeias somaram-se os das inverna-das, os campos de cria, alimentados com rebanhos nascidos em regiões mais distantes.

Ovelhas e cabras, de procedências várias, completavam o rico plantel das Missões, que só começou a ser saqueado por elementos estra-nhos, portugueses e espanhóis, de-pois da fundação da Colônia do Sa-cramento, em 1680, e no segundo decênio do século XVIII, com a gente de São Paulo e Laguna, que o explo-rou para satisfazer às necessidades da população de Minas Gerais, du-rante o ciclo do ouro.

A civilização jesuítica, um caso de subcultura regional, mesmo na he-rança fluida e fantasmagórica que deixou ao império lusitano, ao ser incorporada definitivamente em 1801, foi apenas um corpo estranho, jamais absorvido no processo histórico por-tuguês e brasileiro. Tenazmente combatido pelas armas e interior-mente desintegrado, não deixou a permanente junção da continuidade histórica.

As Missões Orientais são um episó-dio malogrado da corrente que procu-rou o Atlântico, de Buenos Aires e, depois, do vice-reinado do Prata.

Tal ponto de vista, acentuando essas razões e desfazendo equívocos, será confirmado em obra de 1945, de au-toria de Serafim Leite, insuspeito de antipatia à causa jesuítica. Para esse historiador, as Missões jesuíticas do Rio Grande do Sul se incluem na his-tória da Espanha e, por via desta, na do Paraguai. Seriam portanto desli-gadas da futura história do extremo-sul, diretamente vinculado ao proces-so civilizatório do Brasil.

O resíduo espiritual das Missões tem significado irrelevante. Ao serem ab-sorvidas pelo Brasil, já se haviam de-sintegrado; o próprio contingente de sua população praticamente nada representava: cerca de 14.000 pes-soas numa área de 170.825km2, em 1801.

Fontes: Web Wikipédia

JULHO 2012 Gazeta Valeparaibana Página 9

Os Poderes do Estado, segundo a clássi-ca definição de Montesquieu, são triparti-dos, de acordo com as funções precípuas inerentes à soberania do ente político. Assim, temos o Executivo (incumbido da administração das coisas do Estado), o Legislativo (cuja principal função é a de editar normas de conteúdo geral e obser-vância obrigatória, visando regular e or-denar a vida em sociedade) e o Judiciário (a quem incumbe compor litígios surgidos na aplicação e interpretação das normas jurídicas). Pese a divisão clássica, é sabido que ela não se mostra absoluta, exercendo cada qual dos Poderes, ainda que em menor grau e de forma subsidiária, funções es-sencialmente de alçada dos demais.

Nos precisos dizeres de Maria Sylvia Za-nella di Pietro:

“A Administração Pública, subjetivamente considerada, compreende tanto os ór-gãos governamentais, supremos, consti-tucionais (Governo), aos quais incumbe traçar os planos de ação, dirigir, coman-dar, como também os órgãos administra-tivos, subordinados, dependentes (Administração Pública em sentido estri-to), aos quais incumbe executar os pla-nos governamentais; ainda em sentido amplo, porém objetivamente considerada, a administração pública compreende a função política, que traça as diretrizes governamentais e a função administrati-va, que as executa.”

Sobre a expressão 'Administração Públi-ca', observa Calil Simão que:

"o caput do art. 37 da CF lhe empresta um sentido mais amplo ainda, pois abran-ge a atividade exercida pelos “Poderes” Executivo, Legislativo e Judiciário, seja no desempenho de funções típicas ou atípicas. Vale dizer, os princípios previs-

tos obrigam todos os 'Poderes' do Esta-do, todas as esferas de governo e todos que exercem, mesmo que transitoriamen-te, parcela de função estatal."

Conceito Conduta incorreta, desonesta, ilegal, abu-siva e com enriquecimento ilícito do A-gente Público, com prejuízo ao Erário ou com infringência aos princípios da Admi-nistração.

Objeto A punição do Agente Público, com a apli-cação das penalidades previstas na Lei de Improbidade Administrativa, sem pre-juízo das sanções penais cabíveis.

Sujeito Ativo A lei define agente público como aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nome-ação, designação, contratação ou qual-quer outra forma de investidura ou víncu-lo, mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta ou indire-ta.

Podem ser praticados por qualquer Agen-te Público, servidor ou não. Assim, busca a lei punir não apenas o corrupto, como o corruptor. Não são todos os Agentes Pú-blicos que podem ser sujeito ativo do ato de improbidade administrativa.

Portanto, é possível a responsabilização de qualquer pessoa, ainda que não seja considerada agente público, quando indu-zir ou concorrer para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficiar de for-ma direta ou indireta (pessoas físicas e jurídicas).

Agente Público Conceito: Todo aquele que exerce, por eleição, nomeação, designação, contrata-ção ou qualquer outra forma de investidu-ra ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na Administração Direta e Indi-

reta. Em caso de enriquecimento ilícito, perderá os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. Com indisponibilidade de bens requerida pelo Ministério Público.

Improbidade administrativa É caracterizada, sucintamente, pela viola-ção aos princípios da moralidade, impes-soalidade e economicidade e enriqueci-mento ilícito no exercício, conforme pre-visto por lei. As disposições desta alcançam todas as pessoas qualificadas como agentes públi-cos , na a dm in is t r ação d i r e -ta, indireta e fundacional, ainda que tran-sitoriamente, com ou sem remuneração. E também as empresas incorporadas ao patrimônio público e as entidades para criação ou custeio o erário haja concorri-do ou concorra com mais de 50% do pa-trimônio ou da receita anual.

São abrangidos ainda aqueles que, mes-mo não sendo agentes públicos, induzam ou concorram para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficiem sob qualquer forma, direta ou indiretamente. Neste sentido, são equiparados a agen-tes públicos, ficando sujeitos às sanções previstas na Lei de Improbidade Adminis-trativa, os responsáveis e funcionários de pessoas jurídicas de direito privado que recebam verbas públicas e promovam o seu desvio, apropriação, ou uso em des-conformidade com as finalidades para as quais se deu o repasse.

Os atos incrimináveis são aqueles que importam vantagem ilícita, ou que cau-sam prejuízo ao erário, ou que atentam contra os princípios da administração pública.

As penalidades envolvem ressarcimento do dano, multa, perda do que foi obtido ilicitamente, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos (de 3 a

10 anos, conforme a hipótese) e proibi-ção de contratar com o poder público.

A Lei 8429/92 estabelece três espécies de atos de improbidade: os que importam enriquecimento ilícito (art. 9o.) os que causam lesão ao patrimônio público (art. 10) e os que atentam contra os princípios da Administração Pública (art.11).

Muito embora tenham penalidades, os atos de improbidade administrativa não são considerados "crimes". Há uma gran-de diferença entre ato de improbidade administrativa e crime, pois se sujeitam a juízos dotados de competências distintas - cível e criminal -, não havendo, quanto à improbidade, a previsão e aplicação de penas restritivas de liberdade.

A lei não prevê punições de caráter pe-nal, mas sim de natureza civil e política, ou seja, incluem a perda da função públi-ca, suspensão dos direitos políticos, mul-tas e reparação do dano.

A Lei nº 9.504/1997 - Lei das Eleições - define, em seu art. 73, condutas vedadas ao agentes públicos nas eleições, sendo que a prática dessas condutas a mesma lei qualifica como atos de improbidade administrativa. Cuida-se de proteger a igualdade das candidaturas e a lisura dos pleitos, mediante o afastamento de inter-ferências decorrentes do uso da máquina administrativa.

A punição desses atos, sob a égide da Lei de Improbidade Administrativa, em respeito à independência das instâncias, não se dá pela Justiça Eleitoral, mas no juízo cível, ordinariamente competente para conhecer e julgar os atos de impro-bidade administrativa.

Fonte: Web e Wikipédia

Edição: Filipe de Sousa

NOSSO VOTO

Probidade administrativa

Quociente eleitoral ou a matemática para reeleger

raposas velhas A cada nova eleição, a grande maioria dos eleitores, cansada de assistir impo-tente os mandos e desmandos de seus políticos que, via de regra, agem em cau-sa própria em vez de representar os an-seios do cidadão por melhorias na socie-dade, anseios que são a razão da exis-tência de seu cargo e de sua eleição, procura, em vão, votar em novos candi-datos e projetos mas, ao abrirem-se as urnas, são cruelmente surpreendidos com a reeleição das mesmas raposas velhas, reafirmando suas descrenças no sistema político.

Mas por que isso acontece quando mais de 75% dos votos válidos são confiados aos candidatos novos que, não raro, fi-cam apenas com 25% das vagas, quando as velhas raposas que tiveram menos de 25% dos votos, ficam em geral, com mais de 70% das vagas?

Isso acontece por uma conta perversa do

sistema eleitoral brasileiro para eleições legislativas (ou proporcionais) chamado quociente eleitoral.

E o que vem a ser o quociente eleito-ral? O quociente eleitoral é um cálculo aplica-do às eleições legislativas (vereadores e deputados) que visa garantir a proporcio-nalidade representativa de partidos nas composições das câmaras e assembléi-as, onde o número de votos válidos (total de votos, excluídos as abstenções, bran-cos e nulos) é dividido pelo número de vagas em disputa e o resultado obtido dessa divisão, dá direito ao partido que, na soma dos votos de todos os seus can-didatos mais os da legenda, indicar o mais votado dos seus candidatos a ocu-par uma das vagas em disputa, somando-se mais vagas, na medida que os votos do partido vai duplicando, triplicando, quadruplicando e assim, sucessivamente, esse resultado obtido.

Exemplo: Imaginemos uma eleição mu-nicipal onde o total de votos válidos para vereador foi de 300.000 votos e estavam em disputa 20 cadeiras de vereador. Divi-dindo os votos válidos pelas cadeiras, chega-se ao número de 15.000 votos, o quociente eleitoral.

Nesta eleição, o partido A, somando os votos de todos os seus candidatos mais os votos de legenda conquistou 43.000 votos, o que lhe garante duas vagas dire-tas e lhe deixa uma sobra de 13.000 vo-tos. Após preenchidas todas as vagas por eleição direta (aquelas que atingiram 15.000 votos ou múltiplos deste) faz-se um novo cálculo para dividir as cadeiras

restantes, onde é dividido o total de votos do partido (no caso do exemplo, 43.000) pelo número de cadeiras conquistadas, mas aquela pleiteada, no caso 3, e esse número, 14.333 vai ser comparado com a realidade de outros partidos, ficando a vaga com aquele que obtiver um número maior de votos na divisão.

Na teoria, a intenção desse cálculo é boa, pois garantiria ao partido político e não ao candidato a representação formal na so-ciedade de sua ideologia, mas como diz o ditado, de boas intenções o inferno está cheio, esta intenção inicial não foge à regra, e acaba na prática, por iludir o elei-tor comum, transferindo seu voto dado num candidato novo para um candidato velho.

Como isso ocorre?

Como foi explicado acima, os partidos atingem o quociente eleitoral pela soma dos votos de todos os seus candidatos em disputa, do mais votado ao menos votado, bastando para se eleger, que o candidato seja o mais votado do grupo de candidatos lançados pelo partido que atingiu o quociente para, na prática levar a reboque os votos de todos os outros candidatos para garantir os votos neces-sários para sua eleição.

Deste modo, sabedores dessa fórmula maquiavélica, as velhas raposas, montam as chapas de vereador e deputado de modo a evitar que candidatos com maior potencial de votos que eles componham e dividam com eles a chapa, garantindo que sejam eles os eleitos mas primeiras posições da chapa, restando aos demais,

viver da esperança de hipotéticas sobras.

Com isso, o seu voto naquele jovem idea-lista de seu bairro com discurso motiva-dor que lhe empolgou e o fez acreditar mais uma vez na política, acaba, no frigir dos ovos, no cesto daquele velho veread-or/deputado assistencialista e corrupto que você queria ver bem longe da câma-ra.

Como evitar que o seu voto no novo reeleja o velho?

A única maneira de evitar que seu voto venha a somar para reeleger um velho político é, antes de decidir seu voto em um candidato novo, buscar conhecer seu partido e os demais candidatos desse partido, afim de não ter surpresas e des-cobrir que no mesmo partido do seu can-didato há uma raposa velha escondida na penumbra esperando seu voto cair no cesto. Se for o caso, procure outro candidato até encontrar um que, em caso de não eleito, seu voto não ajude na eleição ou reeleição de alguém que você despreza.

Assim, fique de olho, antes de votar para vereador lembre que antes de votar no candidato, você está votando no partido dele, veja se está de acordo com as idéi-as desse partido e se na lista de candida-tos que este partido está lhe apresentan-do não há ninguém com chances reais de eleição, como um vereador pelego ou um empresário corrupto, que você não quer ver eleito de jeito nenhum. Só assim você vai ter a certeza de que seu voto bom não ajudou a eleger candidato ruim.

Franklin Fouad Abbas Maciel

JULHO 2012 Gazeta Valeparaibana Página 10

Direitos do cidadão

O Direito à Propriedade e a Renda Mínima,

Um Novo Olhar Imagine a seguinte situação: Um homem de nome João, que nun-ca trabalhou formal ou informalmente na vida, vive da renda oriunda do alu-guel de 10 imóveis herdados de seus pais. Não se sabe se seus pais traba-lharam para adquirir estes imóveis ou se foram adquiridos de forma deso-nesta. A pergunta é: Você acha justo que João, sem nunca ter trabalhado na vida tenha direitos sobre a renda dos aluguéis? A Constituição Brasileira determina que todas as riquezas encontradas em solo brasileiro são de propriedade da União, portanto da nação brasilei-ra (mesmo que você encontrasse pe-tróleo ou uma jazida de ouro embaixo do terreno de sua casa, esta riqueza não é sua, pois a sua propriedade se limita ao uso da superfície segundo a lei). A nação brasileira é o conjunto de todos os brasileiros naturais ou natu-ralizados, assim, toda a riqueza extra-ída do solo brasileiro é herança, patri-mônio, propriedade de todos os cida-dãos brasileiros. Portanto, toda a riqueza oriunda da exploração do solo brasileiro é de propriedade legítima de todo e qual-quer cidadão nacional, à partir do mesmo direito legal que garante a João a legitimidade e direitos sobre os imóveis herdados de seus pais dos quais extrai sua renda e sua so-

brevivência independentemente ou não de ter trabalhado para adquirí-la. Deste modo, assim como é garantido à João o direito de exploração de su-as propriedades herdadas sem lastro de seu trabalho pessoal através da cobrança de aluguel de seus inquili-nos, também é direito de todo cida-dão brasileiro, sócio legítimo da na-ção brasileira, o direito a receber ren-da e porcentagem referentes à sua parte sobre os lucros advindos da uti-lização e exploração das riquezas do país, transformadas em matéria-prima que alimenta todos os setores produtivos, do aço das panelas aos aviões da Embraer, independente-mente ou não deste ser condicionado à trabalhar para fazer juz à este direi-to, exatamente como no caso de Jo-ão e sua renda a base de aluguéis. Este é o princípio legal que norteia todos os programas de transferência direta de renda, como o renda míni-ma, renda cidadã, a devolução de parte dos rendimentos obtidos com a exploração de território nacional que é de propriedade de todos os cida-dãos brasileiros. Dessa maneira, programas como Bol-sa-auxílio e Bolsa-Família tem como vício de origem dar à entender já a partir de suas nomenclaturas que se-riam benefícios concedidos e não di-reitos inalienáveis e assegurados,(os governos em todas as esferas que se valem do discursos de benefícios concedidos e não da devolução de direitos agem de má fé) entretanto, ao contrário do que seus detratores alegam, com seus argumentos pífios de associação à esmolas e manuten-ç ã o d e u m a m u l t i d ã o d e “vagabundos”.

O que estes programas fazem na prá-tica, nada mais é do que devolver a legítima parte desses cidadãos no “arrendamento” das riquezas do país para a utilização privada, ou seja, não é, nem nunca foi nem nunca será es-mola ou benefício, é direito legítimo à propriedade, base da sociedade capi-talista, fundamentada e justificada em garantias de direitos sobre a proprie-dade privada. Ao negar esse direito legítimo à divi-são das riquezas nacionais, proprie-dade de toda a nação, portanto de todo cidadão enquanto sócio, invali-damos juridicamente falando, todas as demais garantias ao direito privado sobre a propriedade, condicionando este direito à renda oriunda da explo-ração da propriedade através da vali-dação por meio de carga de trabalho pessoal compatível. Deste modo, empresários, arrendatá-rios, locadores, e tantos outros que extraem seus excedentes de renda por meio da exploração de seus bens privados como meios de produção, num processo indireto de locação aos portadores da mão de obra, estariam todos condicionados à levar como salário ou renda apenas a quantia adquirida diretamente por seu esforço pessoal traduzido em força de traba-lho, o que ironicamente, os conduziria a uma sociedade socialista. Em verdade, o que se oculta neste discurso fantasioso contrário aos pro-gramas de distribuição direta de ren-da é a tendência de setores dominan-tes da sociedade à hierarquizar direi-tos, separando os membros da nação entre os que tem direitos e os que não tem direitos, entre os que estão sujeitos á lei e os que não estão.

O grave precedente dessa história de tornar “uns mais iguais que outros” é que, uma vez que essa grande parce-la da sociedade se articule e descu-bra que está sendo passada para trás, e que não são atendidas pelos mesmos direitos e obrigações, isto lhes dá a premissa da DESOBEDI-ÊNCIA CIVIL, pois, dentro dessa di-cotomia legal conflitante cria-se juris-prudência para não ser obediente nem a uma nem a outra, afinal, o Bra-sil é uma nação e não duas, confor-me convenientemente vem sendo manipulado há anos pela elite domi-nante e reproduzido em todas as ins-tâncias institucionais afim de que os desfavorecidos dentro do jogo não percebam a manipulação. Em suma, negar ao conjunto da po-pulação os dividendos oriundos da produção de riqueza nacional, condi-cionando seu acesso à comprovação através do trabalho em uma escala mais ampla é negar o direito à propri-edade de todos, portanto legitimar todo e qualquer ato de apropriação ilegal de propriedades privadas no país que não estejam devidamente alicerçadas no trabalho e na compro-vação pessoal deste, em suma, en-dossamos um Estado de Barbárie onde qualquer um pode, através do uso da força ou quaisquer outros mei-os se apropriar de qualquer proprie-dade desde que está não esteja sen-do validada no lastro do trabalho pes-soal e intransferível do proprietário, condição de 99% das situações. E aí João, continua achando injusto o direito à renda mínima? Quem sabe dar exemplo abrindo mão dos aluguéis e pegando no batente? Autor: Josias Franklin Maciel Cientista Social

CULTURAonline BRASIL

O programa do Prof. Antônio Carlos

EDUCAR Quintas-Feiras-20h às 22h

Mais um BLOG retransmitindo Nossa Programação

http://carlos-geografia.blogspot.com.br

JULHO 2012 Gazeta Valeparaibana Página 11

Cultura Brasileira

www.formiguinhasdovale.org /// CULTURAonline BRASIL /// http://www.culturaonlinebr.org

INFLUÊNCIA DOS POVOS NA CULTURA BRASILEIRA

Falta de conhecimento ou discrimina-ção!

Nos livros didáticos consta que a for-mação do povo brasileiro se deu por influência do negro (nativo africano) do índio (nativo americano) e dos portugueses. Posteriormente vieram se somar a nossa população: ale-mães, espanhóis, holandeses, polo-neses, italianos, japoneses, corea-nos, etc.

A impressão que fica é que a influên-cia dos nativos americanos (índios) e nativos africanos (negros) foi menor por se tratar de apenas dois povos!.

Esta impressão é reforçada pelos

grandes meios de comunicação que mostram nossos nativos e os africa-n o s d e f o rm a ho m og ên e a . Os índios são mostrados como fos-sem iguais em todo o território nacio-nal e os negros como se tivessem vindo de um único país com uma úni-ca cultura.

Os escritores, jornalistas e pesquisa-dores que escreveram esses livros não divulgam os índios como partici-pantes de várias nações (tínhamos e ainda temos várias nações indíge-nas) e os negros como povos vindos de vários outros países com idiomas, costumes e religiões diferentes.

Do jeito que a coisa é colocada, fica a impressão que o número de povos brancos influenciaram em maior nú-mero e de maneira mais influente na nossa cultura e ficando oculto a hete-rogeneidade dos povos indígenas e povos africanos

Uma das grandes dificuldades que os negros tinham para se organizar e resistir contra a escravidão era justa-mente, que em uma mesma senzala, eles eram confinados com outros ne-gros de países diferentes e conse-quentemente com dialetos diferentes. Como se organizar se existia a difi-

culdade da comunicação? Além de não conhecerem a região para onde foram trazidos (fugir sem saber para onde!) , tinham o problema de como dialogar e planejar a fuga!!!!

Mesmo nos dias atuais, existe a Or-ganização dos Povos Indígenas, que realizam Congressos, que tratam de assuntos em defesa e divulgação das

causas indígenas e tem como dificul-dade a comunicação entre eles, jus-tamente por pertencerem a na-ções indígenas diferentes com cultu-ras e idiomas diferentes.

Será que essa falha, destas informa-ções, é falta de conhecimento sobre esses outros povos ou é discrimina-ção racial? Seja qual for o motivo, quando da explicação da influência das diversas culturas, destes diversos povos, de-

veriam falar dos povos brancos de o r ig em euro pé ia : po r tug ue-ses, espanhóis, alemães, etc; dos povos indígenas: tupinanbás, guara-nis, xingós, etc e dos povos africa-nos: nigerianos, angolanos, monçam-biquenhos, etc de maneira que fique claro a existência de várias nações de nativos americanos, da existência de vários países dos nativos africa-nos e da mesma maneira que deixam claro a influência de vários povos brancos em nossa cultura.

Antônio Carlos Vieira Professor de Geografia

Textos relacionados: O Povo Brasileiro e sua descendên-cia BIBLIOGRAFIA SENE, Eustáquio de, MOREIRA, Jo-ão Carlos - Geografia Geral e do Bra-sil, Editora Scipione, 1997 - São Pau-lo MAGNOLI, Demétrio, ARAUJO, Regi-na - Geografia Geral e do Brasil - Pai-sagens e Território, Editora Moderna, 1997 - São Paulo Páginas pesquisada (Sites) http://www.linguaportuguesa.ufrn.br/pt_3.3.a.php

Identidade Étnico-Racial no Brasil A formação de cidadãos, mulheres e homens, com diferentes maneiras de ser, viver, pensar, com seus pró-prios pertencimentos étnico-raciais, devem ser discutidos e valorizados, suas experiências e contribuições devem ser prioridades, pois tudo con-tribui para a formação da nação, da nossa cultura e sociedade. Nossa identidade se forma a partir dos dife-rentes grupos étnicos raciais que formam nossa nação, nossa visão de mundo e de valores, de atitudes e posturas, se expressam a partir des-sa vivência com o diverso.

Nossa sociedade sempre foi mul-tirracial, apesar da tentativa de negar a mestiçagem, o branqueamento era uma meta, havia essa tentativa de nos equipararmos aos europeus, es-sa ideia ainda predomina, vivemos em uma crença de que existe uma democracia racial, o que se mostra um equívoco. Tentamos passar a i-deia de uma sociedade que não vê as diferenças. Ao ignorarmos o outro, tentamos passar a ideia de que trata-mos todos com igualdade, sem dis-criminação, mas esse ocultamento do diverso produz um sentimento de não pertencimento a lugar nenhum.

A nossa constituição reconhece que a discriminação existe e a repu-dia quando estabelece, por exemplo, que o racismo é um crime inafiançá-vel e imprescritível. A prática do ra-cismo e discriminação ocorre de ma-neira sutil, às vezes não nos damos conta de que estamos praticando o racismo, essa cultura está tão arrai-gada em nós, nos nossos hábitos, através da história, que acabamos nos convencendo que realmente so-mos um país onde isso quase não existe. A invisibilidade e a negação dificulta o combate ao racismo no Brasil.

Vivemos em uma sociedade com muitas desigualdades raciais, são históricos os problemas que envol-vem inferioridade e superioridade en-tre grupos, decorrem muito da escra-vidão, onde os negros eram tratados como coisas, objetos, sem direitos, propriedade dos homens brancos, existindo apenas para a servidão. A raça é um fator de desigualdade, em-bora tentemos negar a sua importân-cia. O Brasil teve a sua formação ba-seada na escravidão, foi onde surgi-ram as práticas racistas que ainda hoje continuam a existir. A discriminação racial gera muitos problemas, cria desigualdades soci-ais.

O preconceito com o negro per-dura em nossos dias, fruto de uma mentalidade patriarcal e arcádica, herança de nossa colonização euro-peia, essa ideia de que o negro era inferior, servia para o serviço braçal e pesado, era propriedade do senhor de escravos, de alguma forma conti-nua a influenciar as atitudes e os pensamentos predominantes na soci-edade atual.

O preconceito racial continua a existir apesar de todo o nosso pro-gresso, as transformações sociais pelas quais passam a humanidade, não são capazes de eliminá-lo. Tal-vez o preconceito seja algo inerente ao ser humano e prevalece até hoje porque encontra eco, nos teóricos e nos escritos sobre o assunto. Ele continua resistente e nos deparamos com ele a todo o momento. Esse é o racismo chamado de institucional, que não é reconhecido nem admitido. Existe também o racismo invertido ou racismo negro, que é uma reação ao racismo do branco.

O racismo existe. É concreto, se manifesta das mais diversas formas, no âmbito escolar, no trabalho, na sociedade como um todo, é onipre-sente. Preconceito, segregação e discriminação são formas de expres-

sar o racismo, diz-se que preconceito é opinião sem conhecimento, mas é muito mais do que isso, pois ele en-volve uma ideia de valores negati-vos. A discriminação pode gerar vio-lência física, causada pela intolerân-cia, até violência simbólica. O preconceito afeta as vítimas de uma maneira cruel, não só o seu destino mas sua consciência, de ma-neira que passam a achar que ser branco é o certo, que são seres infe-riores, deixando de perceber outros fatores externos importantes, distan-ciando-se assim de sua identidade , de suas origens. O racismo não é apenas contra os negros, se apre-senta contra judeus, árabes, etc, mas principalmente contra os negros, é um tema delicado, apesar de termos aberto mais as nossas mentes para o assunto. Precisamos mudar as tradi-ções, as ações do governo, as políti-cas públicas de inclusão , romper o preconceito pessoal, requer que os negros criem alianças, falem para todas as pessoas, se façam ouvir, não é simples mudar uma mentalida-de de séculos de discriminação. Mariene Hildebramndo de Freitas Professora Especialista em Direitos Humanos

Identidade Brasileira

JULHO 2012 Gazeta Valeparaibana Página 12

Educar Hoje tem lição de casa?

Tem sim senhor!

Não concordo com a lição de casa. Inicio o texto com a certeza de que estou discordando da maioria do público escolar adulto [pais, gestores e professores], leitores deste artigo.

E por que digo isto? Desde que mundo é mundo (sic) todas as crianças, jovens e adultos que frequen-tam a escola realizam diariamente, após o horário de aulas, as atividades de refor-ço educativas, as famosas, lições de ca-sa. Do ponto de vista pedagógico pode até parecer absurdo pensar em não ofe-recer aos alunos uma proposta que com-plemente o ensino oferecido em sala de aula, que potencialize o aprendizado já iniciado, mas seria ela ferramenta indis-pensável para uma aprendizagem efetiva e de qualidade?

Numa das oportunidades em que tive de visitar um Centro Unificado de Educação o CEU, conversei com algumas mães sobre o que elas pensavam sobre o pro-cesso de aprendizagem que estava sen-do oferecido naquele espaço para os su-as filhos e uma das queixas apontadas era justamente a quantidade da lição de casa obrigatória.

Uma dessas mães me relatou, “que o dia a dia das suas filhas na escola era muito estressante”. "Que havia diversas ativida-des, para serem realizadas, além de uma “pressão” por parte da professora, que gritava muito com as crianças para impor a sua dinâmica no ensino”, disse ela.

Quando as crianças chegavam às suas casas, além do cansaço físico e mental das atividades realizadas em sala tinham as muitas lições para serem entregues para o dia seguinte. Muitas delas fora do nível de entendimento e compreensão da própria mãe, que se via limitada na possi-bilidade de colaborar com as filhas na realização das lições.

Outro relato semelhante veio de um dos motoristas da Secretaria de Educação onde trabalho.

A queixa dele é que “a filha de onze anos não tem tempo de ser criança”, “por que a escola em que ela estuda, com a des-culpa de estimular a criança às práticas culturais extra sala, solicita em troca de notas e pontos positivos, diversas leitu-ras, trabalhos, pesquisas exercícios, in-clusive no período de férias”. Ou seja, dos 30 dias de férias que a sua filha teria para viajar com a família, passear e etc., restará menos de 10 dias livres para ser o que ela é: criança!

Será que o aprendizado já não acontece no fato da própria experiência lúdica da criança? Estaríamos enxergando a crian-ça fragmentada, privilegiando apenas o

seu intelecto, em detrimento do restante do seu corpo e emoções?

Mas daí, muitos de vocês vão me pergun-tar como a criança vai aprender se não seguir essa disciplina?

Como vão ser adultos responsáveis se desde logo cedo não entrarem nessa roti-na?

Rotina massacrante, a qual Dalai Lama já nos alertava, quando o perguntavam so-bre o que mais o surpreendia na Humani-dade. E ele respondia: - “Os homens… Porque perdem a saúde para juntar di-nheiro, depois perdem dinheiro para recu-perar a saúde. E por pensarem ansiosa-mente no futuro, esquecem-se do presen-te de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer… e mor-rem como se nunca tivessem vivido.”

Pois então, não estaríamos imponde o mesmo ritmo massacrante da vida mo-derna às crianças, como penalização à ausência de prazer da nossa própria exis-tência sistemática?

Penso que a condição da educação tecni-cista, e o seu incentivo a inserção no mercado de trabalho, acabou por enrije-cer a cerne dos valores do aprender, fa-zendo com que acreditemos, enquanto professores, que educação com prazer é educação para os perdedores. Que uma educação efetiva é aquela repleta de con-teúdos que oportunizam aos alunos se-rem os primeiros, os melhores.

Na mesma medida, podemos refletir fren-te a este assunto nos questionando obje-tivamente, qual é o conteúdo mais impor-tante ou o que no processo educativo deve ser potencializado de fato? Qual seria uma proposta educativa mais coe-rente?

Retomando a queixa da mãe supramen-cionada, onde existirá um profissional para compreender melhor as dificuldades dos alunos quanto aos exercícios propos-tos na escola, estimulando-os a novas descobertas, senão na própria escola?

Se o objetivo da lição de casa é estimular a busca por novos conhecimentos, uma pesquisa, duas vezes por semana já ga-rantiria esse objetivo, até porque o pro-fessor ofereceria a sua aula para a apre-sentação dos conhecimentos adquiridos pelas crianças, que levantariam novas hipóteses e iriam buscar novas respostas e assim sucessivamente.

Talvez, a partir desse paradigma, poderia eu, como pedagoga, entender a utilização da lição de casa, ou seja, pela aprendiza-gem que faz sentido.

Agora, aplicar a lição pela lição, como linha de produção, não garantirá aprendi-zado algum, pelo contrário, muitas das vezes, a criança associará ao aprendiza-do uma emoção negativa, dificultando ainda mais a busca pelo conhecimento.

O filósofo Renato Janine Ribeiro disse

recentemente que “a sociedade [brasileira] é uma sociedade extrema-mente voltada ao prazer e que vê o traba-lho duro de educar, de ser professor, de estudar, de ler, de gostar de ler... tudo isso é impopular no nosso país”. Talvez por que na infância o prazer do conheci-mento, não tenha sido instigado, em con-trapartida a outros meios fáceis de obten-ção de “felicidade” e realização.

Prazeres fáceis, efêmeros, mas que nos são estimulados a todo o tempo pelos diversos veículos televisivos.

No documentário “Criança, a alma do negócio” da diretora Estela Renner, fica muito clara, que a maioria das crianças de hoje, por diversos fatores incluindo o apelo dos pais, das mídias e do mundo capitalista acaba preferindo obter coisas, a tornar-se alguém ou buscar a si mesmo em essência, tendo como companhia predileta os aparelhos eletrônicos, em troca das antigas brincadeiras socializa-das, presenciais, das crianças dos anos 80 e 90.

Muitos professores vêm aderindo, inclusi-ve, à educação tecnológica como aliada na aprendizagem, o que já um ganho importantíssimo no sentido de aproximar a criança daquilo das informações, e do conhecimento, produto da escola que desejamos.

Uma pesquisa da Fundação Instituto de Administração (FIA/USP) realizada com cerca de 200 jovens de São Paulo reve-lou que 99% dos nascidos entre 1980 e 1993 só se mantêm envolvidos em ativi-dades que gostam, e 96% acreditam que o objetivo do trabalho é a realização pes-soal. Na questão "qual pessoa gostariam de ser?", a resposta "equilibrado entre vida profissional e pessoal" alcançou o topo, seguida de perto por "fazer o que gosta e dá prazer".

Então nos perguntamos: Será que as aprendizagens as quais estamos incenti-vando os nossos alunos fazem de fato sentido?

Talvez, portanto, o nosso maior equívoco na prática educativa seja a manutenção teimosa da utilização prática de uma refe-rência de outras gerações, que nem a nós não atende mais, quanto mais a eles. Pois é, mas nós educadores, formados numa visão magistrocêntrica da coisa (sic) ainda insistimos em fazer o movi-mento contrário nas nossas salas de au-la, impondo nossos valores pessoais, sociais e culturais engessando o potenci-al transformador. Continuamos a ensinar de fora verticalizada. “Eu mando, você obedece”!. Faça isso! Faça aquilo!

Tornamo-nos educadores reprodutores de conceitos e manuais, achando que isto basta. Esquecendo–nos da função social do professor, da formação de cida-dãos críticos, reflexivos de valores, e, voltamos a perceber, que nos faltou muita lição de casa da vida real na nossa for-mação pedagógica. O poeta Fernando

Pessoa tem um poema que me agrada muito exatamente por esta perspectiva de pensamento, ele nos provoca da seguinte maneira. “Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da tra-vessia: e, se não ousarmos fazê-la, tere-mos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”.

Somos a construção de nossa experiên-cia, de onde vivemos, do que trouxemos de bagagem, da nossa leitura integral de mundo, portanto pensar no novo a partir de referências antigas é apenas exercício de lamentação e pouca vontade de trans-formação. É preciso buscar outras refe-rências para que o novo possa de fato entrar na nossa alma educadora.

O Bielo-russo Vygotsky já acreditava no início do século 20 numa educação a par-tir do viés sócio-histórico, incentivando uma prática pedagógica espiralada [que acontece a partir da experiência do outro, do mundo do outro, daquilo que significa para o outro]. Incentivou ainda em sua proposta teórica, a troca de experiências como fator importante para o aprendizado e o desenvolvimento.

Voltando à temática da lição de casa, acredito que podemos fazê-la prazerosa, a partir do momento em que nos dispu-sermos a olhar os alunos que temos do jeito que são a partir das suas aptidões, potencialidades e necessidades. É sabido que não há estrutura física para atender as exigências Ministério da Educação na maioria das escolas. Não há material pa-ra todos realizarem as tarefas do conteú-do tradicional, mas há diversas e infinitas possibilidades de desenvolvimento e a-prendizagem humanizada a partir de uma roda de conversa, a partir do contato a-moroso e acolhedor.

Apenas a boa vontade da prática não garante a plenitude de uma educação de qualidade social para todos, mas abre uma possibilidade de, a partir de nós, construirmos um novo paradigma educa-cional, não do que nos impõe, mas sim da forma que acreditamos. Certa vez a poetisa Cora Coralina nos disse, “o saber a gente aprende com os mestres e os livros.

A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes”. Importante reflexão para todos nós, a fim de que compreen-damos quais são esses saberes dos mestres que precisamos incentivar na nossa sala de aula, bem como quais os valores da vida e dos humildes que pode-mos perpetuar. Lição de casa diária para todos nós que nos propomos a educar e fazer a mudança que queremos ver! Até a próxima! Yve de Oliveira Pedagoga, Palestrante e Coach Educacional e-mail: [email protected]

Rádio web CULTURAonline Brasil Prestigie, divulgue, acesse, junte-se a nós. A Rádio web CULTURAonline, prioriza a Educação, a boa Música Nacio-nal e programas de interesse geral sobre sustentabilidade social, cidadania e nas temáticas: Educação, Escola, Professor e Família. Uma rádio onde o professor é valorizado e tem voz e, a Educação se discute num debate aberto, crítico e livre. Acessível no link: www.culturaonlinebr.org

JULHO 2012 Gazeta Valeparaibana Página 13

Educação

CULTURAonline Brasil

A QUEM INTERESSA UMA EDUCAÇÃO SEM QUALIDADE?

Em 2008 o então Ministro da Educa-ção Sr. Tarso Genro, hoje Governador do estado do Rio Grande do Sul; lan-çou, com toda a pompa, o Plano Na-cional de Educação (PNE), para o de-cênio 2010 - 2020. As dezenas de me-tas não alcançadas no primeiro PNE (2000-2010) fizeram com que esse outro plano fosse mais objetivo e en-xuto, ou seja, passível de ser alcança-do.

Entretanto, como estamos em um país em que tudo é demorado, moroso e eleitoreiro, algo tinha que dar errado. Das vinte metas estabelecidas, justa-mente a 20º meta travou todo o siste-ma. Em 16/03/2010 o jornal O GLOBO publicou que em 2008, o investimento público em educação era de 4,7 % do PIB e isso refletia um crescimento de 0,2 % em relação do ano anterior. Na ocasião entidades e especialistas, inclusive a ONU, atra-vés do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), recomendavam que o percentual, deveria ser de 8 % do PIB. Em abril do mesmo ano a CONAE (Conferência Nacional de Educação) se reuniu para tratar das diretrizes no novo PLANO NACIO-NAL DE EDUCAÇÃO (PNE). Espe-culações a respeito diziam que o per-centual deveria ficar entre 10 e 12 pontos percentuais do PIB. Já se fazia sentir, na época, que a defasagem do investimento na educação pública provocaria um déficit educacional gravíssimo caso não fosse o percentu-al melhorado, e bastante. Daniel Cara, então presidente da Campanha Nacio-nal pelo Direito à Educação, defendia um patamar maior do que 6% e o que estava sendo apresentado pelo Minis-tro Tarso Genro não garantia a quali-dade preconizada pela LDB e pela Constituição Federal. Após muitas idas e vindas, o

atual PNE foi apresentado ao Con-gresso em 15 de dezembro de 2010. Porém, o Plano foi gerado na admi-nistração do Sr. Tarso Genro, sendo consumado na gestão do ministro Fer-nando Haddad. De lá para cá muito se tem falado e modificado o plano. O plano foi gerado em 2008, apresenta-do ao congresso nacional em 2010 e estamos em 2012. Ou seja, quatro a-nos se foram sem que o plano fosse rejeitado ou aprovado em definitivo. Apresentaram “N” motivos para tal morosidade na aprovação desse pla-no, e nesse contexto, perguntamos: - A quem interessa que conti-nuemos com os problemas tão decan-tados em verso e prosa nesse país? Se um monte de especialistas e não espe-cialistas em educação sabem onde estão os problemas da educação e co-mo fazer para resolvê-los, porque não é feito? Durante as discussões do PNE vários movimentos sociais discutiram a viabilidade de aplicar-se 10% do PIB nacional, na educação. Ótimo! Aliás, seria ótimo. Se não fosse dois grandes problemas – a má utilização dos recursos públicos e a corrupção. Bem sabemos da ganância dos nossos governantes pela reeleição e pela continuidade dos seus mirabolan-tes planos que nunca resolvem nada é assombrosa. Atualmente somos a 6ª maior economia do mundo e ocupamos a 88ª posição no ranking de educação, segundo avaliações externas. Mas, a sexta posição no ranking dentro de pouco tempo não irá perdurar, pois sem a formação de pessoal capacitado ficará difícil manter essa situação.

Parece-nos que tudo faz parte de um plano muito bem elaborado para manter a população sob o jugo paternalista do governo, pois teremos mais e mais benesses do governo com a finalidade de suprir a falta de capa-cidade das pessoas de se manterem em empregos, ou seus filhos na esco-la, ou de ter acesso à saúde, ou ainda

de ir e vir com segurança. Logo, logo inventarão o Bolsa Segurança, o Bol-sa Saúde ou sabe-se lá mais o quê. Percebam que se isto acontecer os beneficiados acharão tudo lindo e ma-ravilhoso e darão uma solução de continuidade ao processo político e-leitoreiro. Então somos nós do Programa “E agora José ?” que somos intoleran-tes ? Ou chatos? Ou ainda como nos disseram certa vez – “vocês criticam qualquer coisa”. Percebam que ao que tudo indica existe sim uma manobra sórdida por trás desses planos mirabo-lantes. E sempre que muda o governo as políticas educacionais mudam, co-mo se o antecessor nada soubesse de educação. Consideramos o tripé: Educa-ção, Saúde e Segurança como políti-cas apartidárias, ou seja, acima dos interesses políticos. Há um interesse maior do que qualquer partido. É o país. Mas, ao que tudo indica os polí-ticos fogem do povo culto e conscien-te assim como o diabo foge da cruz. Claro, isso é perfeitamente compreen-sível, pois se o povo se tornar culto, consciente de seus direitos e deveres não haverá mais espaço para esses políticos de fachada. Parece-nos que estamos numa sinuca de bico! Se a cada ano que passa, mais e mais jovens são despejados no merca-do trabalhista e notoriamente sem condições de irem adiante em seus estudos. Quando conseguem adentrar a uma faculdade se deparam com um grande e enorme ensino médio que leva o nome de ensino superior. Qual a qualidade desse universitário? Em se tratando de licenciandos qual é prática que ele irá levar aos seus futu-ros alunos? Parece-nos um grande círculo vicioso, ou melhor uma gran-de espiral que gira em descendente sem fim, que discutimos há dois me-ses nesse mesmo jornal (Os professo-res e a lei, Gazeta Vale Paraibana, Ed. 53, Abril/2012, p. 13.).

O que nos deixa pasmos, per-plexos mesmo é o não comprometi-mento dos nossos políticos com o pa-ís. Em momento algum eles esquecem-se de seus partidos políticos, mas raramente se lembram de que o país precisa começar agora a sair dessa espiral que nos arrasta ralo abaixo. Corremos o risco de em breve impor-tamos mão de obra especializada por simples falta de empregados capacita-dos. E não será com planos mirabo-lantes ou com o aumento da parcela do PIB que iremos resolver isso. O problema é bem maior do que isso. Como dissemos não é quantidade de dinheiro e sim como ele é gasto. É na verdade a má administração do di-nheiro público além, claro, da corrup-ção que parece enfronhada na pele dos políticos.

Considerem ainda que nem falamos da falta de um plano de car-reira estimulante para os professores, o que poderia acrescentar pontos po-sitivos na solução do problema. Não falamos dos baixos salários. Não fala-mos da falta de condições de trabalho nas escolas públicas. Não falamos da total falta de infraestrutura das esco-las de período integral e das escolas normais. Como se tudo isso não bas-tasse esbarramos também em maus profissionais.

Mas, nesse momento, não queremos nada disso. Só queremos que o PNE saia do papel logo e come-ce a ser colocado em prática.

Autores:

Omar de Camargo Professor Química [email protected] Ivan Claudio Guedes Professor Geografia e Palestrante [email protected]

Ambos apresentam o Programa E Agora José? Aos domingos das 18h às 20h

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EDUCAÇÃO DE QUALIDADE

Na atual sociedade, promover a “educação de qualidade” não é fácil; e não é para qualquer um!

Podemos considerar Educação, como a promoção do desenvolvimento da capa-

cidade intelectual e moral das pessoas.

A educação é um processo que envolve o desenvolvimento de todas as caracte-rísticas humanas, podendo ser também considerada como cortesia, respeito, co-nhecimento e atitude.

Atualmente, a educação está ligada com conhecimentos. O conhecimento não tem barreiras, é a vontade própria que está movendo as pessoas cada vez mais próximas da educação.

Mas para que todas as razões acima, como respeito mútuo, justiça. Solidarie-dade, igualdade sejam obedecidos, é preciso, sem dúvida de um sistema edu-

cacional eficaz, não de mentira.

Algumas das saídas propostas aqui são:

a) Uma educação gratuita, compulsória e de “qualidade”; b) Melhorar significativamente a educa-ção infantil; c) Aprimorar as necessidades básicas do ensino jovem, por meio de acesso livre a programas de aprendizagens to-talmente apropriados; d) Atingir, o mais rapidamente nível de alfabetização de adultos; e) Melhorar a qualidade da educação no Brasil e facilitar o acesso de todos à educação, seja primária ou secundária.

Talvez esta discussão seja somente uma utopia diante de muitos pensadores, filó-sofos, estudiosos, cientistas, universitá-rios e populares, porém é importante res-saltarmos que uma educação de qualida-de serve para condições básicas e es-senciais para a convivência em grupo, seja familiar, social e no sucesso profis-sional!

“Educação não é algo que se guarda na gaveta de casa, mas este é para a cida-dania.” Autor: Alexandre Vieira Professor Especialista pela UNIFESP - Esco-la Paulista de Medicina

JULHO 2012 Gazeta Valeparaibana Página 14

Sociedade Durante um seminário para casais, pergunta-ram a uma das esposas: Seu marido a faz feliz? Ele a faz feliz de verdade? Neste momento, o marido levantou seu pescoço, demonstrando total segu-rança. Ele sabia que a sua espo-sa diria que sim, pois ela jamais havia reclamado de algo durante o casa-mento. Todavia, sua es-posa respondeu a pergun-ta com um sonoro `NÃO´, daqueles bem redondos! - Não, o meu marido não me faz feliz! (Neste mo-mento o marido já procu-rava a porta de saída mais próxima). Meu marido nunca me fez feliz e não me faz feliz! Eu sou feliz. E continuou: O fato de eu ser feliz ou não, não depende dele; e sim de mim. Eu sou a única pessoa da qual depende a minha felicidade. Eu determino ser feliz em cada situação e em cada momento da minha vida, pois se a minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou circuns-tância sobre a face da Terra, eu estaria com sé-rios problemas. Tudo o que existe nesta vida muda constantemen-

te: O ser humano, as rique-zas, o meu corpo, o clima, o meu chefe, os prazeres, os amigos, minha saúde física e mental. E assim eu poderia citar uma lista interminável. Eu decido ser feliz! Se tenho hoje minha casa vazia ou cheia: sou feliz! Se vou sair acompanhada ou sozinha: sou feliz! Se meu emprego é bem re-munerado ou não: eu sou feliz! Sou casada, mas era feliz quando estava soltei-ra. Eu sou feliz por mim mes-ma. As demais coisas, pesso-as, momentos ou situa-ções eu chamo de experi-ências que podem ou não me proporcionar momen-tos de alegria e tristeza. Quando alguém que eu amo morre eu sou uma pessoa feliz num momen-to inevitável de tristeza. Aprendo com as experiên-cias passageiras e vivo as que são eternas como amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar. Há pessoas que dizem: hoje não posso ser feliz porque estou doente, por-que não tenho dinheiro, porque faz muito calor, porque alguém me insul-tou, porque alguém dei-xou de me amar, porque eu não soube me dar va-

lor, porque meu marido não é como eu esperava, porque meus filhos não me fazem felizes, porque meus amigos não me fa-zem felizes, porque meu emprego é medíocre e por aí vai. Eu amo meu marido e me sinto amada por ele desde que nos casamos. Amo a vida que tenho, mas não porque minha vida é mais fácil do que a dos outros. É porque eu decidi ser feliz como indivíduo e me responsabilizo por minha felicidade. Quando eu tiro essa obri-gação do meu marido e de qualquer outra pessoa, deixo-os livres do peso de me carregar nos ombros. A vida de todos fica muito mais leve. E é dessa forma que con-segui um casamento bem sucedido ao longo de tan-tos anos. Nunca deixe nas mãos de ninguém uma responsabi-lidade tão grande quanto a de assumir e promover sua felicidade. SEJA FELIZ, mesmo que faça calor, frio, mesmo que esteja doente, mesmo que não tenha dinheiro, mesmo que alguém o te-nha machucado, magoa-do, mesmo que alguém não o ame ou não lhe dê o devido valor. Autor desconhecido

como enfrentar este problema!

O Bullying o nome é de origem inglesa, este termo é usado para identificar comportamentos agres-sivos no âmbito escolar, praticado por alunos de ambos os sexos, são agressões que acontecem de formas repetitivas onde os mes-mos ficam impossibilitado de rea-girem !.

É de uma forma natural dos "mais fortes” subjugarem os mais fracos, humilhando. O bullying é praticado em todas as escolas, independente de na-cionalidade, ou classe social o grande diferencial é o modo como cada um resolverá a questão ! .Os estudos apontam que a escola pública é onde os casos mais a-contecem, devido ter a orientação Conselhos Tutelares, Delegacia da Criança e do Adolescente, etc. É muito importante que os educa-dores saibam identificar o prati-cante do Bullying e a sua vítima, os problemas mais comuns são: mudanças de comportamentos,

ansiedade, fobia escolar, desinte-resse pela escola... etc. A criança levará para sua vida es-sa carga negativa! Tendo que en-frentar diversas dificuldades no período adulto, mas não pensem que o bullying só acontece nas escolas muitas das vezes come-çam no próprio lar. É na escola onde os comporta-mentos mais agressivos aconte-cem e cabe ao professor e a direção da escola tomar as devi-das providências, caso passe des-percebido, a escola poderá ser acusado de omissão. Os jovens estão hoje muito indivi-dualistas, as famílias desestrutu-

radas, cheias de conflitos e aca-bam levando para escola e desen-volvendo agressividade. As crian-ças se preocupam muito mais com a aparência e bens materiais do que com valores éticos e prin-cípios . Só nos resta transmitir a estes jo-vens e adolescentes e auxiliá-los nos princípios éticos e cidadania, para que esta nova geração cons-trua um mundo melhor!! Isto cabe a qualquer cidadão de bem !! Não somente aos educadores e famili-ares!! Eloídia Hermano Professora de Português de Escola pública S.P

Bullying

JULHO 2012 Gazeta Valeparaibana Página 15

Cidades Digitais As prefeituras interessadas devem efetuar o cadastro de suas propos-tas no Sistema de Cadastro de Propostas para o Projeto-piloto Cidades Digitais e encaminhar a documentação exigida no edital de seleção das prefeituras.

E-mail: [email protected]

O projeto-piloto Cidades Digitais do Ministério das Comunica-ções modernizará a gestão das cida-des com a implantação de infraestru-tura de conexão de rede entre os ór-gãos municipais e os equipamentos públicos locais, melhorando o acesso da comunidade aos serviços de go-verno.

As cidades selecionadas terão a im-plantação de aplicativos de gestão para os setores financeiro, tributário, de saúde e educação, e os servido-res públicos serão capacitados no uso específico dos softwares e nas Tecnologias de Informação e Comu-nicação (TICs) como ferramentas de uso na gestão para a promoção da cidadania.

Também está prevista a instalação de pontos de acesso à internet para uso livre e gratuito em espaços de grande circulação em locais definidos a critério das prefeituras.

O edital de seleção dos municípios dará preferência às cidades com até 50 mil habitantes, cidades das regi-ões Norte e Nordeste e aos municí-pios com menor Índice Firjan de De-senvolvimento Municipal (IFDM). Ou-tro critério de classificação é a indica-ção de equipe de servidores públicos permanente para o treinamento e gerenciamento do projeto.

O edital atenderá, necessariamente, uma cidade por Estado brasileiro e uma das ações previstas é o desen-volvimento de projetos junto às micro e pequenas empresas, tendo como objetivo o desenvolvimento local.

Resultado de ação transversal de

articulação entre órgãos do Governo Federal, o projeto tem a parceria do Ministério do Planejamento, Orça-mento e Gestão (MPOG), por meio de licitação na modalidade de regis-tro de preço nacional para a aquisi-ção dos aplicativos de softwares pú-blicos básicos.

O BNDES oferecerá linhas de finan-ciamento de kits de sistemas de ges-tão e softwares, bem como para am-pliação das redes digitais das prefei-turas.

Implantação

A infraestrutura de rede de comuni-cação do Cidades Digitais interligará as prefeituras e seus órgãos públi-cos.

Sua implementação será feita por empresa integradora ou consórcios de empresas, contratadas por meio de licitação nacional. Elas serão res-ponsáveis pela instalação, forneci-mento de equipamentos, serviços, suporte técnico e capacitação para operação da rede.

As empresas integradoras também darão operação assistida aos municí-pios por seis meses e garantia de manutenção por três anos. A avalia-ção, aceitação e certificação da rede serão realizadas pelo Inmetro.

Sustentabilidade

O Cidades Digitais é um projeto es-truturante e sustentável. A prefeitura poderá licitar a conces-são da infraestrutura de rede tendo como contrapartida a manutenção da mesma.

O município poderá também firmar convênio, acordo ou termos de par-ceria com órgãos públicos, institui-ções de ensino públicas ou privadas, entidades de classe, clubes de servi-ços e outras entidades do setor para compartilhar os encargos da adminis-tração, manutenção e funcionamento do projeto.

Modelo básico do projeto-piloto Cidades Digitais

O projeto-piloto proporcionará efici-ência na gestão pública, melhor aten-dimento ao cidadão e desenvolvi-mento local em cerca de 80 municí-pios brasileiros.

Ele prevê:

• Modernização da gestão com a im-plantação de infraestrutura de cone-xão de rede entre os órgãos munici-pais e os equipamentos públicos lo-cais e acesso com acesso da comu-nidade aos serviços de governo.

• As cidades selecionadas terão a implantação de aplicativos de gestão para os setores financeiro, tributário, de saúde e educação.

• Os servidores públicos serão capa-citados no uso específico dos softwa-res e nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) como ferra-mentas de uso na gestão para a pro-moção da cidadania.

• Também está prevista a instalação de pontos de acesso à internet para uso livre e gratuito em espaços de grande circulação em locais definidos a critério das prefeituras.

Critérios de seleção

Serão selecionadas até 80 cidades brasileiras por meio de edital público. Dentre os projetos inscritos, serão atendidas, no mínimo, um município de cada Estado.

Alguns critérios de seleção:

• Cidades com até 50 mil habitantes.

• Cidades das regiões Norte e Nor-deste.

• Municípios com menor Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM)

• A indicação de servidores públicos para treinamento e gerenciamento do projeto.

O edital de seleção das prefeituras

A previsão de custos para a implan-tação das cidades digitais é de R$ 40 milhões de reais. O Edital de Chama-mento que selecionará as cidades beneficiadas e o Termo de Referên-cia para licitação mediante de regis-tro preços estiveram abertos para consulta pública entre os meses de dezembro e janeiro deste ano, quan-do foram recebidas 157 sugestões para os textos.

Além da documentação exigida no edital publicado no dia 2 de abril de 2012, no Diário Oficial da União, as prefeituras deverão efetuar o cadas-tro de suas propostas em sistema online do Ministério das Comunica-ções que estará disponível a partir da publicação no DOU.

Veja o edital do projeto-piloto Cidades Digitais

Acesse o Sistema de Cadastro de Propostas para o Projeto-piloto Cida-des Digitais

As propostas recebidas, após exame do atendimento das exigências técni-cas do Edital, serão selecionadas e classificadas por uma Comissão de Avaliação que será instituída pelo Ministério das Comunicações.

As prefeituras selecionadas assina-rão um Termo de Doação de Encar-gos e prestarão contas em prazos determinados por meio de relatórios sobre a execução do projeto.

Parcerias Presidência da República | Secretaria de Relações Institucionais Ministério do Planejamento | Secreta-ria de Logística e Tecnologia da In-formação (SLTI) Telebrás BNDES Inmetro Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) Universidade Federal de Ouro Preto Universidade Federal do Pará Universidade Federal do Paraná

Da redação

www.formiguinhasdovale.org /// CULTURAonline BRASIL /// http://www.culturaonlinebr.org

INCLUSÃO DIGITAL

A inclusão digital é um assunto muito comentado nos meios de comunica-ção, e vem sendo discutido no cená-rio político, fazendo com que ações, projetos e programas sociais sejam elaborados e implantados em diver-sos países no mundo. Ao longo da história, novas tecnologias têm tido o poder de influenciar o comportamen-to da sociedade, assim como os tele-fones, o rádio, a televisão, e agora, com um pouco mais de 1 década, a internet. A nova era que vivemos, a era da informação, possibilita a nós o uso de diversas soluções digitais eficazes que beneficiam muito o nosso dia-a-dia. Porém, milhões de pessoas são

classificadas como excluídos digital, não obtendo acesso às redes de co-municação interativas através de computadores conectados à internet. A Exclusão Digital Para termos uma idéia dos que são excluídos digitais, podemos fazer perguntas tais como: “Num país co-mo o Brasil, quantos domicílios têm acesso a um computador com linha telefônica disponível para acesso a internet?”. Recentemente, segundo o Mapa de Exclusão Digital divulgado no início de Abril/2003 pela Funda-ção Getúlio Vargas (FGV-RJ), junta-mente com outras entidades, aproxi-madamente 12,46% dos brasileiros têm computador em suas residências e pouco mais de 8,31% encontram-se conectados à Internet.

A exclusão digital reflete na socieda-de trazendo consequências culturais, sociais e econômicas, visto que a distribuição desigual da tecnologia, acesso à computadores conectados a internet beneficia apenas um deter-minado número de pessoas. “Três pilares formam um tripé funda-mental para que a inclusão digital aconteça: TIC’s, renda e educação”. (Silva Filho, Antônio Mendes de).

A Inclusão Digital A inclusão digital basicamente é a iniciativa de fazer com que a socie-dade obtenha conhecimento mínimo para utilizar os recursos da tecnolo-gia da informação e de comunicação (TIC), bem como ter e utilizar os re-cursos físicos, tais como os compu-tadores com acesso à internet.

Muitas iniciativas foram tomadas, dentre uma delas, o governo tomou a iniciativa de disponibilizar laborató-rios de informática nas escolas bra-sileiras e o acesso à internet com banda larga. Embora o aumento de computadores nas escolas públicas no Brasil venha aumentando a cada ano, a pesquisadora Neide de Aqui-no Noffs, da Faculdade de Educa-ção da PUC-SP diz que a inclusão digital nas escolas da rede pública ainda não é uma realidade. "O labo-ratório de informática existe, mas não é usado com freqüência. Não é uma atividade rotineira para os alu-nos; não é como a biblioteca, que fica aberta o tempo todo", afirma Noffs.

Da redação

Responsabilidade Social

Edição nº. 56 Ano V - 2012

Sustentabilidade Social e Ambiental - Educação - Reflorestamento - Desenvolvimento Sustentável - Cidadania

O Brasil não deu certo? Por: Dr. João Fabio Bertonha Reflexões sobre o sucesso do

fracasso Nesses últimos tempos, parece que (e este “parece” é simplesmente sinal de otimismo por parte do autor) uma das últimas esperanças de boa parte dos brasileiros para dar um novo sen-tido à sua sociedade está se dissol-vendo. E isso menos pelos escânda-los de corrupção, caixa 2 e outros e mais por uma opção pelo conservado-rismo e/ou falta de interesse ou capa-cidade para enfrentar, ainda que su-perficialmente, as mazelas mais gra-ves da sociedade brasileira. Isso tem levado muita gente a repetir uma das frases que mais sintetizam o que somos e pensamos da nossa pró-pria sociedade, ou seja, “O Brasil não deu certo”. Muitas variantes dessa frase também circulam (como, por exemplo, “O Brasil é o país do futuro que nunca chega”), mas o seu signifi-cado central é claro: nós, brasileiros, queremos construir uma sociedade rica, justa e influente no mundo e não o conseguimos simplesmente por in-competência, corrupção e muitos ou-tros possíveis motivos. Longe de mim dizer que esse país não tem problemas sérios de corrup-ção, incompetência, descaso e ou-tros. Também não seria justo esque-cer os muitos milhões de brasileiros que efetivamente sonham com um país melhor. Mas meu ponto é outro: talvez devêssemos ver o Brasil (e, provavelmente, toda a América Lati-na) como um caso de projeto incrivel-mente bem sucedido e não o contrá-rio. Note-se que não apresento essa tese como criação minha. Inúmeros histori-adores e cientistas sociais (como Ma-nolo Florentino, João Fragoso, Jorge Caldeira e outros) têm trabalhado es-se tópico e é neles que me baseio (sem, evidentemente, concordar com tudo o que eles propõem) para a re-dação desse artigo. O que quero deixar claro é que o mo-mento atual é mais um daqueles em que imaginamos que o motorista está seguindo o caminho errado por des-conhecer a estrada quando, na verda-de, ele o faz simplesmente porque quer. Desde a época da colonização portu-guesa, realmente, as elites brasileiras (ou luso-brasileiras, como se queira) parecem ter elaborado um projeto muito claro do que deveria ser o Bra-sil. Seria uma terra, onde, a partir da exploração intensiva do trabalho dos

pobres e dos recursos naturais e de uma relação patrimonialista com o Estado, seria possível reunir rapida-mente grandes fortunas. Tais fortunas seriam então usadas para reafirmar a hierarquia social através da ostenta-ção e do clientelismo. Ao mesmo tempo, nesse projeto, o Estado seria montado e pensado não como fator de desenvolvimento ou estrutura de representação coletiva, mas simplesmente para manter os privilégios, o poder e a riqueza dos dominantes. Por fim, haveria um ideal aristocrático permeando a sociedade brasileira, pelo qual se busca sempre enriquecer não pelo trabalho, mas pelo rentismo (ou seja, lucro advindo de atividades não produtivas), e sem-pre se procurando manter a maior dis-tância social possível entre ricos e pobres, não apenas como subproduto do modelo, mas como ideal deste. A partir daí, certas derivações óbvias – como a violência para manter a or-dem social e a fratura entre uma elite pouco comprometida com a nação e a população em geral – também apare-cem. É claro que este é um quadro muito simplificado de uma realidade muito mais complexa. Também está claro como tentar manter o grosso das ri-quezas e poder para si é algo que qualquer elite pretende e quer, seja aonde for. O que espanta, no caso brasileiro, é como um projeto inacredi-tavelmente exclusivo e injusto tem conseguido se manter ao longo de tanto tempo. As elites brasileiras, ali-ás, parecem ser mestres na arte de compor, recompor e mudar tudo na aparência sem alterar nada. Realmente, os anos, as décadas e os séculos se sucedem e a essência do país parece continuar. A mão-de-obra tem que ser explorada ao limite e isso se fez/faz com os escravos, os imi-grantes e os mal pagos trabalhadores de hoje. A ostentação é chave e obje-tivo da acumulação do capital e isso se manifestava/manifesta na constru-ção de uma imponente casa grande na fazenda, em viagens a Paris ou a Miami ou em compras na Daslu. O meio ambiente tem que ser destruí-do para gerar riqueza rapidamente e isso aconteceu/acontece no Nordeste, na Serra do Mar e, agora, na Amazô-nia. O Estado deve distribuir favores e is-so ocorreu/ocorre na época colonial, na de Pedro II ou nos escândalos re-centes da República. Passado e pre-sente parecem se confundir em al-guns momentos

Mas talvez nada espante mais do que a capacidade das elites brasileiras em eliminar quaisquer alternativas e/ou adaptá-las para que o projeto maior não seja alterado.Tentou-se, por e-xemplo, manter o país essencialmen-te agrário o quanto foi possível. Quan-do isso não foi mais factível e a mo-dernidade capitalista chegou ao país, no século XX, este se tornou cada vez mais urbano e industrializado. Mas continuamos, até hoje, com os traços do projeto original mais do que presentes, o que se corporifica na ex-ploração de trabalho escravo por em-presas modernas, na distribuição de benefícios do Estado aos “amigos do Rei”, no uso deste para concentrar a renda, etc. É por este motivo que as discussões sobre alguns tópicos, no Brasil, são aparentemente infindáveis e nunca chegam a lugar nenhum, como quan-do se debate a educação, mecanis-mos de distribuição de renda, projetos para viabilizar o crescimento econô-mico acelerado, etc. Discute-se muito, mas, como não se quer realmente mexer nas coisas, não se sai do lu-gar. Realmente, acho que não há ninguém que não saiba e concorde que alguns dos problemas centrais do Brasil são a má distribuição de renda (com con-seqüente falta de um mercado inter-no), a educação de má qualidade e a imensa incompetência e falta de crité-rios do Estado para seus investimen-tos e gastos, entre outros. Ë visível que só com a renda mais bem distri-buída, educação de qualidade para todos e um Estado menos patrimonia-lista que poderemos avançar para u-ma situação de desenvolvimento em que não apenas as elites, mas todos os brasileiros sejam beneficiados. Ou será que os exemplos da Espanha, da Irlanda, do Chile, da Coréia do Sul e outros não podem nos ensinar na-da? O problema é que os que realmente mandam no país (e, na verdade, toda a população, que acaba por absorver e reproduzir esses ideais) não viam, e não vêem, porque avançar na direção dessas iniciativas. Para que, se, como as coisas estão, minha riqueza e po-der continuam crescendo e tudo vai bem? Numa situação de desenvolvi-mento, as elites poderiam ficar ainda mais ricas, mas para que se preocu-par em agir se elas já têm até mais do que conseguem gastar e as massas parecem quietinhas no seu lugar? A-lém disso, numa situação hipotética de desenvolvimento e democracia

plenas, a pobreza e a desigualdade social diminuiriam e isto seria horrível. Afinal, ostentar a própria riqueza no meio da pobreza e deixar claro quem manda é um dos prazeres dos vence-dores dentro do “sistema Brasil” e perder isso seria inaceitável. Enfim, o projeto brasileiro se revelou suficientemente elástico para permitir ao país sair de uma realidade agrícola para uma urbana e industrial, mas sempre mantendo, em linhas gerais, os seus elementos chave. A questão que se coloca, nos últimos anos, é se é possível levar o país ao mundo mo-derno, do consumo de massa, da de-mocracia e da sociedade tecnológica sem romper radicalmente com ele. Creio que não. Portanto, o problema agora é sair de vez do modelo e não, como sempre tem sido feito, adaptá-lo às novas circunstâncias que vão sur-gindo. Espero que tenha ficado claro, ao fim do artigo, como não acredito que a história brasileira seja totalmente ho-mogênea e imutável desde 1500 até hoje, como se o imponderável e as alterações estruturais não pesassem. O Brasil de hoje não é o de 1930 ou de 1780 e não ver as mudanças seria um crime capital para um historiador. Cumpre ressaltar igualmente como, no decorrer da história, muitos grupos (imigrantes, escravos, empresários) conseguiram resistir ao que a socie-dade impunha e defender ao menos em parte os seus interesses. Se não fosse assim, os descendentes de itali-anos ainda estariam nas fazendas, os negros nas senzalas e haveria aristo-cratas no poder, o que, felizmente, não é o caso. O que quero deixar claro é que está mais do que na hora de darmos no-mes aos bois e entender que este não é um país que tentou com vontade e determinação o desenvolvimento e falhou. É um que tenta o desenvolvi-mento, mas desde que não fuja do seu projeto original, o que, no mundo contemporâneo, é sinônimo de fra-casso. Resta esperar que, em algum mo-mento, a pressão interna ou externa seja tão forte que inste nossas elites e nossa população a mudar. O como, o quando e o se isso vai acontecer, é algo que não sei. A única coisa que tenho certeza é que o “projeto Brasil” é inviável para o futuro. Ou rompemos com ele, ou estamos permanente-mente condenados a sermos um país, parafraseando Darcy Ribeiro, que não dá certo porque dá certo demais para as suas elites.

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