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RECICLE INFORMAÇÃO: Passe este jornal para outro leitor ou indique o site Cidadania e Meio Ambiente Formiguinhas do Vale www.formiguinhasdovale.org A Associação tem como princi- pal objetivo interferir nas mudanças com- portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien- tal, sustentabilidade e paz social, refloresta- mento, incentivo à agricultura orgânica, hor- tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta- gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul- gado através deste veículo de interação. Projetos integrados: Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula- res de cada região. Inicialmente iremos for- mar turmas que terão a finalidade de multi- plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti- vas comunidades. Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti- co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ- nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci- mento adquirido em cada comunidade. Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali- dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for- mação de cooperativas ou grupos preserva- cionistas em suas comunidades. Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú- sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen- te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res- ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos. # SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco 0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org Este veículo, transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela Associação “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos , com ênfase em assuntos pontuais e inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa Edição 66 Ano VI - Maio 2013 Distribuição Gratuita Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê Falta dinheiro para a saúde? Pág.: 03 Tecnologia da educação Pág.: 04 Sobre delinquência Infantil Pág.: 05 Medo da Luz Pág.: 06 Fábrica de doença Pág.: 07 O sapo Gonzalo Pág.: 14 Mãe e Filho Pág.: 13 Democracia Participativa Pág.: 12 Voltar às cavernas Pág.: 11 Ainda Feliciano? Pág.: 10 Professores Pág.: 09 Sobre sair de casa Pág.: 08 Internacional e Lusofonia Pág.: 16 Culturas e estórias Pág.: 15 Datas importantes MAIO 01 - Dia do Trabalho 18 anos sem Airton Senna 03 - Dia Mundial da Liberdade Imprensa 05 - Dia do Expedicionário Dia Nacional das Comunicações Criação Escola Naval no Rio Janeiro 1808 Nascimento do marechal Rondon 07 - Dia do silêncio (reflexão) Morte de Duque de Caxias RJ 1880 10 - Prisão de Tiradentes RJ 1789 12 - Dia das Mães 13 - Abolição da escravatura 1888 Criação da Biblioteca Nacional RJ 1811 15 - Dia Internacional da Família 17 - Dia Internacional das Telecomunicações 18 - Dia Internacional do Museu 20 - Morte de Cristóvão Colombo 1506 21 - Dia da Língua Nacional (Português) 22 - Dia Intern. da Diversidade Biológica 25 - Dia da Industria (Dec. 20983/57) Dia da África 27 - Dia da Mata Atlântica 29 - Dia do Geógrafo 30 - Dia do Geólogo Dia dos Bandeirantes Agora a Gazeta Valeparaibana está online, trazendo diariamente todas as notícias relevantes nas áreas da Edu- cação, Cultura, Meio Ambiente e Sus- tentabilidade Social Confira! www.gazetavaleparaibana.com Dia do Trabalhador O Dia do Trabalhador ou Dia In- ternacional dos Trabalhadores é celebrado anualmente no dia de Maio em numerosos países do mundo, sendo feriado no Brasil, em Portugal e em outros países. 18 anos sem Airton Senna da Silva Para ser honesto, não me sinto o maior ídolo brasileiro. Não me sinto uma pessoa tão importante assim para merecer uma festa durante uma noite toda no Brasil. Frase de Airton Senna após se sagrar Tri-Campeão Dia Mundial da Liberdade de Imprensa O dia 3 de Maio foi declara- do Dia Mundial da Liberda- de de Imprensa pela Deci- são 48/432, de 20 de De- zembro de 1993, aprovada pela Assembleia-Geral das Nações Unidas. 2º. Domingo de Maio Dia das Mães O Dia das Mães é um dia para celebrar e agradecer a todas as mães, para as que ainda estão pre- sentes e para as que já se foram. O Dia das Mães é uma data móvel, ou seja, o dia a ser comemorado depen- de do ano, mas no Brasil é sempre no segundo domingo do mês de Mai- o. Em vários países é comemorado em outras datas, que vão desde março até dezembro. Dia da MATA ATLÂNTICA É impossível falar da Mata Atlântica, uma das florestas mais exuberan- tes do mundo, sem usar superlativos para dimensionar sua importân- cia e evidenciar sua ur- gente proteção. Restam apenas 7% do bioma em seu estado natural e 60% dos animais ameaçados de extinção do país dependem des- se ambiente para sobreviver. Vamos preservar e fazer preservar?

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Cidadania e

Meio Ambiente

Formiguinhas do Vale www.formiguinhasdovale.org

A Associação tem como princi-pal objetivo interferir nas mudanças com-portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien-tal, sustentabilidade e paz social, refloresta-mento, incentivo à agricultura orgânica, hor-tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta-gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul-gado através deste veículo de interação.

Projetos integrados: • Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula-res de cada região. Inicialmente iremos for-mar turmas que terão a finalidade de multi-plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti-vas comunidades.

• Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti-co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ-nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci-mento adquirido em cada comunidade.

• Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali-dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for-mação de cooperativas ou grupos preserva-cionistas em suas comunidades.

• Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú-sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen-te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res-ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos.

# SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco

0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org

Este veículo, transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela Associação “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins

lucrativos , com ênfase em assuntos pontuais e inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa

Edição 66 Ano VI - Maio 2013 Distribuição Gratuita

Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê

Falta dinheiro para a saúde? Pág.: 03

Tecnologia da educação Pág.: 04

Sobre delinquência Infantil Pág.: 05

Medo da Luz Pág.: 06

Fábrica de doença Pág.: 07

O sapo Gonzalo Pág.: 14

Mãe e Filho Pág.: 13

Democracia Participativa Pág.: 12

Voltar às cavernas Pág.: 11

Ainda Feliciano? Pág.: 10

Professores Pág.: 09

Sobre sair de casa Pág.: 08

Internacional e Lusofonia Pág.: 16

Culturas e estórias Pág.: 15

Datas importantes MAIO

01 - Dia do Trabalho 18 anos sem Airton Senna 03 - Dia Mundial da Liberdade Imprensa 05 - Dia do Expedicionário Dia Nacional das Comunicações Criação Escola Naval no Rio Janeiro 1808 Nascimento do marechal Rondon 07 - Dia do silêncio (reflexão) Morte de Duque de Caxias RJ 1880 10 - Prisão de Tiradentes RJ 1789 12 - Dia das Mães 13 - Abolição da escravatura 1888 Criação da Biblioteca Nacional RJ 1811 15 - Dia Internacional da Família 17 - Dia Internacional das Telecomunicações 18 - Dia Internacional do Museu 20 - Morte de Cristóvão Colombo 1506 21 - Dia da Língua Nacional (Português) 22 - Dia Intern. da Diversidade Biológica 25 - Dia da Industria (Dec. 20983/57) Dia da África 27 - Dia da Mata Atlântica 29 - Dia do Geógrafo 30 - Dia do Geólogo Dia dos Bandeirantes

Agora a Gazeta Valeparaibana está online, trazendo diariamente todas as notícias relevantes nas áreas da Edu-cação, Cultura, Meio Ambiente e Sus-

tentabilidade Social Confira!

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Dia do Trabalhador

O Dia do Trabalhador ou Dia In-ternacional dos Trabalhadores é celebrado anualmente no dia 1º de Maio em numerosos países

do mundo, sendo feriado no Brasil, em Portugal e em outros

países.

18 anos sem Airton Senna da Silva Para ser honesto, não me sinto o maior ídolo

brasileiro. Não me sinto uma

pessoa tão importante assim para merecer uma festa durante uma noite toda no

Brasil. Frase de Airton Senna após se sagrar

Tri-Campeão

Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

O dia 3 de Maio foi declara-do Dia Mundial da Liberda-de de Imprensa pela Deci-são 48/432, de 20 de De-

zembro de 1993, aprovada pela Assembleia-Geral das

Nações Unidas.

2º. Domingo de Maio Dia das Mães

O Dia das Mães é um dia para celebrar e agradecer a todas as

mães, para as que ainda estão pre-sentes e para as que já se foram. O Dia das Mães é uma data móvel, ou seja, o dia a ser comemorado depen-de do ano, mas no Brasil é sempre

no segundo domingo do mês de Mai-o. Em vários países é comemorado

em outras datas, que vão desde março até dezembro.

Dia da MATA ATLÂNTICA

É impossível falar da Mata Atlântica, uma das

florestas mais exuberan-tes do mundo, sem usar

superlativos para dimensionar sua importân-

cia e evidenciar sua ur-gente proteção.

Restam apenas 7% do bioma em seu estado natural e 60% dos animais ameaçados de extinção do país dependem des-

se ambiente para sobreviver. Vamos preservar e fazer preservar?

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MAIO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 02

A Gazeta Valeparaibana é um jornal mensal gratuito distribuído mensalmente para download e

visa a atender à Cidade de São Paulo e suas Regiões Metropolitanas.

Vale do Paraíba Paulista, Serrana da Mantiqueira, Litoral Norte Paulista, Bragantina e Alto do Tietê e ABC Paulista. Editor: Filipe de Sousa - FENAI 1142/09-J

Diretora Pedagógica dos Projetos: Profª. Elizabete Rúbio

Revisão de textos: Profª. Francisca Alves

Veículo divulgador da Associação

“Formiguinhas do Vale”

Gazeta Valeparaibana é um MULTIPLICADOR do Projeto Social

“Formiguinhas do Vale” e está presente

mensalmente em mais de 80 cidades do Cone

Leste Paulista, com distribuição gratuita em

cerca de 2.780 Escolas Públicas e Privadas de

Ensino Fundamental e Médio.

“Formiguinhas do Vale” Uma OSCIP - Sem fins lucrativos www.formiguinhasdovale.org

Editorial

Rádio web

CULTURAonline Brasil NOVOS HORÁRIOS e NOVOS PROGRAMAS

Prestigie, divulgue, acesse, junte-se a nós ! A Rádio web CULTURAonline, prioriza a Educação, a boa Música Nacional e programas de interesse geral sobre sustentabilidade social, cidadania nas temáticas: Educação, Escola, Professor , Família e Sociedade. Uma rádio onde o professor é valorizado e tem voz e, onde a Educação se discute num debate aberto, crítico e livre. Mas com responsabilidade!

Crônica

Que mundo é este?

Abril ficou para passado e Maio se inicia com um feriado.

Um feriado que os que carregam o mundo nas costas, escra-vos de uns poucos, e que esses mesmos poucos o intitula-ram de Dia Mundial do Trabalhador.

Como somos dados a mitos...

Nesse dia o mundo deveria dar mais valor

A você que cedo levanta trabalhador

Você! Que muitas vezes trabalha sem comida

Você! Que trabalha toda uma vida

Mas nesse dia, o Trabalhador continua sem valor!

É quem constrói a Nação, mas o que menos tem a receber

É quem dá tudo de si em troca muito pouco ou nada

Trabalhador que planta tem que colher.

Mas trabalhador é classe, e esta é somente usada;

Neste dia, comemora-se no mundo inteiro o dia do trabalho.

Mas o mundo não conhece quem trabalha,

Quem passa uma vida o construindo!

Esse que é o verdadeiro trabalhador.

Aquele que tudo faz calado, obediente;

Ah! Trabalhador!

Sem casa, sem comida sem saúde e sem futuro!

Trabalhador desempregado, desnutrido amiúde

Que vai trabalhar, cantando, rindo e, que sozinho, chora!

Vai comemorar o que nessa hora?

A globalização, a guerra, o desemprego?

Trabalhar onde?

Foge da seca e no desapego

Até da família esquece, vai longe trabalhar

Na esperança de um dia tudo melhorar...

O que podemos comemorar? Se não somente esperança....

Filipe de Sousa

BRASIL um País que quer futuro!

Na medida em que as fartas verbas vão fluindo para a construção de suntuosas arenas, saúde,

educação, segurança e justiça vão se prostrando às evidências.

Um País que ocupa a 85ª posição mundial em educação; um País em que tudo é carência nas

áreas de educação, saúde e segurança, investe o que tem e o que não tem para ser o primeiro

do Mundo em Futebol, ou melhor, tentar ser e com isso sair da 18º lugar no ranking da FIFA.

No que tange à segurança o Governo com toda a certeza irá proporcionar a melhor que tem,

pois se assim não for os verdadeiros donos do Brasil a haveriam de providenciar, o que seria

uma vergonha das grandes, pois que no geral já o é, para quem tenha um pouco de miolos na

cabeça e a mínima responsabilidade social.

Exército, Marinha e Aeronáutica a serviço da FIFA.

Mas a FIFA não está nem ai para o IDH ou para o lugar que o Brasil ocupe na educação; a FIFA

e seus patrocinadores, as grandes corporações mundiais, simplesmente estão interessadas

nos negócios que o amor do Brasileiro ao Futebol, à cerveja e ao carnaval, que será bastante

comemorado com as possíveis fracas vitórias, os empates ou derrotas do Brasil, porque na

verdade, não irão faltar torcedores para as duas situações, que se lambuzarão com cerveja, da

AMBEV.

No que tange aos serviços essenciais que o Governo deveria prestar, que pelo que se paga

teriam de ser de primeiro mundo, no que tange à Saúde, o que temos é gente morrendo na

porta das Unidades Básicas de Saúde, nos precários hospitais que servem à maioria da popu-

lação brasileira; morrendo por falta de remédios; morrendo por falta de ambulâncias, ambu-

lâncias que apodrecem em galpões, por absoluta falta de sensibilidade e de responsabilidade

administrativa. Morrendo por falta de médicos. Servem-nos um SUS, por nós financiado, que

pelo seu sucateamento e má administração atende e muito bem às intenções das Corpora-

ções que atuam no segmento de Planos de Saúde, disfarçadas de Organizações Sociais, que

atende aos ricos e não ás necessidades da grande massa. E pior, o Governo sabe disso.

Ao falarmos em Educação, escolas depredadas com salas de informática abarrotadas de com-

putadores que não funcionam, virando depósito de cadernos e livros didáticos obsoletos,

comprados com o dinheiro do povo e cujo destino é o lixo.

No interior deste País, crianças aprendendo ao relento, em quadros negros improvisados, des-

calços e famintos, cujo único incentivo que têm é a vontade de aprender, de se desprender da

misere vida que este País lhes quer oferecer.

Professores sendo massacrados em sala de aula; um corpo docente doente, desmotivado des-

crente e desprezado. Este é o nosso real quadro no que tange à possibilidade de esperança

em dias melhores, um quadro triste e com perspectivas cinzentas de podermos acreditar em

dias melhores, não se visualizando sequer uma luz no fim do túnel.

No que tange à Segurança, outro dos serviços que deveriam ser função primeira dos Gover-

nos, o quadro então é devastador. Nunca se matou tanto neste País.

Nunca Pais, Mães e Filhos e aqui não existe distinção de classe foram tão agredidos.

Milhares morrem anualmente vitimas de balas assassinas. Muito mais que em qualquer outra

guerra declarada e aqui podemos incluir até como exemplo a Guerra do Iraque.

Justiça é o que se vê. Policial prende, Delegado enquadra, e Justiça solta.

Quantos policiais gritando que seu trabalho é infrutífero e que somente arriscam suas vidas

ao perseguir bandidos, para depois de alguns parcos minutos os verem sair pela porta da fren-

te da Delegacia, sabendo-se que o seu retorno não tardará.

Existem até casos em que a justiça subleva como crime, ou então aplica penas brandas que

somente incentivam a continuidade do crime. Como por exemplo, o roubo sem violência, on-

de o bandido é contemplado com trabalhos sociais ou com o pagamento de cestas básicas e,

por ai vai. O roubo permitido. Por ai vai alimentando quem também se aproveita disso para

ficar mais rico; as nossas mídias escritas e televisionadas.

Enfim... Habemus de Haberer COPA. Mas a pergunta que fica é: Quando “Haberemus” um

País administrado seriamente e com real responsabilidade social?

Filipe de Sousa

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MAIO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 03

Nossa saúde x Políticas Públicas

BARBOSA ITO

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OAB/SP 193.352OAB/SP 193.352OAB/SP 193.352OAB/SP 193.352

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Todos sabemos que programas sobre educação onde se abordem verdades e se discuta o assunto de forma imparcial, suprapartidari-amente e com ética são raros na mídia convencional.

São raros porque infelizmente não dão IBOPE e a mídia convencional busca imagem e IBOPE, pois so-

mente assim conseguirá patroci-nadores e valorizará seus espaços publicitários.

EDUCAR Uma janela para o mundo

Nosso programa no ar todas as Quintas, das 20h às 22h e, o ou-vinte poderá interagir com suas

sugestões, críticas ou questionamentos.

CULTURAonline BRASIL Apresentado pelo

Prof. António Carlos Vieira CONHEÇA TODA A NOSSA

PROGRAMAÇÃO Acesse e ajude a Educação

no Brasil www.culturaonlinebr.org

Edifício Business Center Rua Sebastião Humel, nº.171 5º. Andar - Sala 501 - Centro São José dos Campos - SP CEP 12.210-200 TEL/FAX (0XX12) 3942.6245 / Cel. 9702.8045

Falta de dinheiro para a Saúde pública não existe!

Por: Enio Salu A gente vive escutando que faltam

recursos para a saúde pública, … que os hospitais públicos

‘naturalmente’ assistem mal a popu-lação por causa disso;

… e por isso precisamos pagar o plano de saúde.

Não é verdade – dinheiro tem e muito: o problema é que não chega ao siste-ma de saúde.

Não é uma afirmação leviana, basta analisar os números que nos são apresentados o tempo todo.

Vamos começar com o orçamento pú-blico para a saúde: a constituição e as leis complementares exigem que pelo menos 10 % da arrecadação dos im-postos sejam destinados no orçamen-to para a saúde.

Considerando os repasses do âmbito federal para o estadual (ou distrital), e do estadual para os municípios, de tudo que se arrecada 10 % deve ir pa-ra a saúde.

Parece ‘mixaria’ quando falamos em 10 %, afinal pode-se pensar que 10 % de nada é nada !

Mas se você mora em São Paulo e alguma vez passou pela Rua Boavis-ta, deve ter visto o impostômetro, que estima (por baixo) o quanto o governo arrecadou de impostos até o momen-to, e nesta semana chegou à ‘bagatela’ de R$ 800 bilhões.

Em 2011 foi arrecadado R$ 1,5 tri-lhão !!!!!

Em 2012 se manteve mais ou menos no mesmo patamar. Fazendo ‘conta de padeiro’, o que de-veria ser destinado à saúde são R$ 150 bilhões. Bem … é o que a lei diz.

A ‘pergunta que não quer calar’ é por que este dinheiro não chega à saú-de ?

Tenho que acreditar que não chegou, porque: Daria para construir pelo menos 150 novos hospitais por ano; Daria para pagar salário digno para 1 milhão de médicos (1 médico para ca-da 200 habitantes !!!!!); Poderia comprar medicamentos para curar a humanidade inteira; … é dinheiro ‘a bessa’.

Se você trabalha em plano de saúde: Daria para o governo pagar um plano de saúde para 200 milhões de habi-tantes com um prêmio mensal de 62,50 por mês; Conhece alguma seguradora que re-cusaria uma proposta destas ? … 200 milhões de vidas com ticket de R$ 62,50 !!!!

Já passou da hora de parar de recla-mar que não existe dinheiro – é mais do que evidente que o problema da saúde é a gestão pública que não o faz chegar onde deveria.

Nosso sistema de repasse dos impos-tos é tão confuso que ninguém conse-gue rastrear o que acontece entre a origem e o destino da receita – fica-m o s p e r d e n d o t e m p o c o m ‘formiguinhas’ como a necessidade de controlar o ponto dos servidores e não damos atenção ‘ao elefante’ do con-trole para que tenhamos nossos R$ 150 bilhões na saúde.

Vai construir estádio às custas de i-senção de impostos ? Nenhum problema, desde que aumen-te de 10 % para x % a verba da saúde de modo a garantir nossos R$ 150 bi-lhões. Tire a isenção dos outros gastos do governo e preserve o que seria da sa-úde. Nada contra a construção de estádios, PAC, ou qualquer ação governamental que resulte em beneficio à população e ao crescimento. Desde que fique para a saúde o que é de direito … sem truques !

Sono perturba mais que bebedeira, diz estudo da Efe, em Washington

Logo depois de oito horas de sono profundo, as pessoas enfrentam alguns minutos em que ficam mais perturbadas do que quando estão bêbadas, afirma um estudo sobre o funcionamento da memória publi-cado ontem em uma revista especializada. Segundo a publicação "Jama" (Journal of the American Medical Asso-ciation), uma equipe da Universidade do Colorado em Boulder desco-briu que, ao despertar após oito horas de sono profundo, as pessoas também se sentem mais perturbadas do que quando ficam 24 horas sem dormir. No período de atordoamento, conhecido como inércia do sono, as co-baias do estudo mostraram uma diminuição da memória de curto pra-zo, da capacidade de contar e de outras funções cognitivas, assinalou Kenneth Wright, principal autor do estudo. Os pesquisadores comprovaram que os indivíduos exibiam os efeitos mais graves da inércia do sono nos primeiros três minutos após des-pertar. Tais efeitos geralmente se dissipavam após dez minutos, em-bora em alguns casos possam durar até duas horas. Estas conclusões têm implicações para os trabalhadores da área de saúde, segurança e transporte, frequentemente exigidos a prestar serviços urgentes ao acordar. De acordo com Wright, outros estudos mostraram que as deficiências cognitivas que se seguem à privação do sono por 24 horas são seme-lhantes aos efeitos da intoxicação por álcool. "Esta é a primeira vez que alguém mediu os efeitos da inércia do sono", afirmou. "Descobrimos que a habilidade cognitiva das cobaias do estudo eram piores ao despertar do que após um longo período sem dormir. Embo-ra breves, os efeitos da inércia do sono são tão ruins ou piores que os da bebedeira", comentou o cientista. Após observar pacientes dormirem oito horas a cada noite por um pe-ríodo de seis dias, os pesquisadores os submeteram a testes cogniti-vos, tal como somar números de dois dígitos, disse Wright.

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MAIO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 04

TECNOLOGIA DA EDUCAÇÃO “Mais do que nunca, hoje, pensar sobre a educação é, simultanea-mente, pensar na ciência, na tecnologia, na saúde e, principalmente, na cultura e, tudo isso, de maneira articulada.”(Nelson de Luca Pret-to)

O desafio de hoje é articular, ciência, tecnologia e educação. A in-formação que chega com uma velocidade espantosa, as transforma-ções tecnológicas que acontecem a todo o momento. A expansão da tecnologia na área da informática, da mídia, da telefonia, transfor-mação no uso das tecnologias digitais convivendo com a mídia tradi-cional. O poder sobre toda essa tecnologia nas mãos de poucos. Mesmo ocorrendo toda essa transformação, o acesso a essa ciber-cultura ainda não chega a todas as pessoas. Esse acesso precisa ser democratizado e as formas de produção descentralizadas para que possamos enfrentar os desafios que se tem pela frente.

As redes horizontais são uma boa ajuda, pois elas permitem uma maior interação e colaboração entre as pessoas com objetivos e ide-ais comuns. Nesse caso pensa-se a tecnologia como mais do que apenas ferramentas para a produção de conhecimento, a internet funciona como um espaço social, ela é transformadora, junto com outras ferramentas digitais possibilita o conhecimento, o aprendiza-do, todas as produções culturais e científicas que surgem a todo o momento estão ao nosso alcance.

Com o uso da tecnologia novas linguagens são incorporadas ao co-tidiano dos nossos jovens, como o uso do polegar para escrever mensagens no telefone móvel, o uso de ícones, símbolos e imagens que possibilitam uma nova maneira de interagir e se comunicar. U-ma nova linguagem visual, sites de relacionamento, chats, salas de bate-papo, tudo feito com uma rapidez espantosa e nós professores temos que entrar nesse ritmo, aprender a utilizar toda essa tecnolo-gia disponível na mesma velocidade, sob o risco de ficarmos desatu-alizados. A juventude do século 21 é uma juventude que produz mais e melhor, devido a acessibilidade as novas tecnologias.

Temos muita informação e tecnologia disponível, saber usar isso tudo a nosso favor é importante na construção de novos conheci-mentos. Nos apropriando dos diversos tipos de linguagem estamos trilhando um caminho de mudanças na nossa maneira de trabalhar. Não estamos mais limitados ao aprendizado apenas em sala de au-la, a Educação à distância é uma realidade, e ela está sendo incor-porada a educação tradicional presencial, através do uso da tecnolo-gia.

“A importância da reforma dos sistemas educativos é apontada pelas organizações internacionais como uma prioridade na pre-paração dos cidadãos para essa sociedade pós-moderna”. Não é à toa que a introdução das novas tecnologias digitais na edu-cação apresentou mudanças para a dinâmica social, cultural e tecnológica.”, cultural e tecnológica.” ( revista overmundo)

Está se criando uma nova relação entre alunos e professores, méto-do de ensino e aulas mais descontraídas e atraentes. Com o uso da tecnologia a aprendizagem se torna mais interessante, o professor atua muito mais como um orientador e colaborador nesse processo. Infelizmente essa tecnologia ainda não é acessível a todos.

Os desafios não são pequenos, é necessário que professores e es-tudantes se apropriem dos recursos disponíveis, se aperfeiçoem, utilizem os recursos educativos e tenham uma nova postura que en-volva toda a escola, professores, alunos, gestão escolar, adaptação da parte física da escola se for necessário. Transformar a produção do conhecimento através da tecnologia, dessa nova sociedade da informação, nos relacionarmos com esse novo horizonte de forma a nos apropriarmos dessa nova maneira de ensinar e de aprender também. A ideia geral é de cooperação, novas posturas e repensar a construção de uma nova escola.

Mariene Hildebrando de Freitas Advogada, Professora e especialista em Direitos Humanos

Email: [email protected]

Na ESCOLA

BARBOSA ITO

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A D V O C A C I A

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Homem Ser racional

Dizer que o homem é o único ser que mata outro por maldade, por raiva, por vários motivos, todos fúteis( a maioria), e sem justificativas, é quase como “chover no molhado”. Mas em se tratando de se-res humanos tudo é possível e nada de-veria nos surpreender mais. A verdade é que ainda nos surpreende-mos com o que o homem é capaz de fa-zer em termos de desrespeito a outro ser, não me refiro apenas ao ser humano. Há alguns dias assisti a uma reportagem na televisão que me deixou chocada, me dei conta que ainda não estou insensível a todas as barbáries que presenciamos todos os dias, ainda não estou anestesia-da, a enxurrada de informações desse tipo é tão grande que alguns de nós aca-bam criando uma camada de insensibili-dade como se isso fosse a coisa mais normal do mundo. Assim como eu, muitas pessoas ainda ficam chocadas com certas coisas que o ser humano é capaz de fazer, por pura maldade, por falta de respeito , por não se colocar no lugar do outro, não praticar a alteridade, por egoísmo e insensibilida-de e outras tantas razões que não ser-vem de maneira alguma como justificati-va de nada que possa colocar outro ser (humano/animal) em desvantagem, em situação precária e humilhante, em situa-ção de risco, que comprometa sua inte-gridade física ou mental. E nós ditos seres racionais seguimos surpreendendo, ignorando leis e direitos, ignorando deveres, regras básicas de educação, esquecendo-nos de sermos caridosos, praticarmos a compaixão e o amor. O que me deixou chocada foi a matéria sobre o caso do taxista moçambicano de 27 anos que foi algemado a traseira de um carro de polícia e arrastado pelas ruas na África do Sul, após a discussão com os agentes policiais, sobre estacio-namento numa praça de taxi, e que veio a morrer depois na prisão. Nada justifica essa atitude de desrespeito e desvalorização da vida e do ser huma-no. O homem perdeu a noção dos limites. Vivemos numa sociedade intolerante, violenta, e que não sabe conviver com a diversidade, banalizando o mal e deixan-do a ética de lado. O que dá a certas pessoas o direito de

pensar que podem tudo? Que podem julgar e punir conforme suas crenças? Com certeza a falta de limites é um dos motivos. Existem normas éticas e morais que são universais, direitos humanos que são o fundamento da condição humana, não precisariam estar positivados pelo sim-ples fato que os temos desde sempre, mas eles estão na Declaração Universal dos Direitos Humanos, nas constituições, nas leis, a sociedade garante assim o respeito a dignidade humana. O homem é um transgressor das próprias leis que ele cria, e cria leis porque não consegue viver em sociedade se não houver regras, havendo, já comete trans-gressões inomináveis, sem elas vivería-mos no caos absoluto. O ser racional é cruel. O escritor português Jose Saramago dizi-a que ““O homem é cruel, sobretudo em relação ao homem, porque somos os úni-cos capazes de humilhar, de torturar e fazemos isto com uma coisa que deveria ser o contrário, que é a razão humana.” Não vou entrar na discussão sobre a cru-eldade fazer parte da natureza humana ou ser provocada pelo meio em que se está inserido, isso daria um outro texto, mas não vem ao caso. Aqui quero deixar claro que precisamos repensar o que é viver e fazer parte de uma sociedade. Que valores queremos ver melhorados, que presente queremos construir para os nosso filhos viverem um futuro mais feliz, de respeito, de paz e de comunhão, com um espírito de fraternidade e de união. Onde essas atitudes “desumanas” não encontrem espaço e nem justificativas de quem as comete. Atrocidades são come-tidas contra pessoas e contra animais, e a barbárie humana parece não ter limites. O que não podemos é nos acostumar com esse tipo de notícia, não devemos fechar os olhos e achar que nós não so-mos assim, SOMOS, (nós humanos). Mas acredito que nem tudo está perdido, acredito que exista mais bondade e amor do que maldade e que o ser humano ain-da tem salvação.

Mariene Hildebrando de Freitas Advogada, Professora especialista em Direitos Humanos Email: [email protected]

Saber dizer NÃO é uma fase importante no crescimento pessoal... DICAS:

1. Nunca comece a frase com a palavra NÃO. Embora seja esse o resultado final de sua fala, deixe o outro descobrir por si mesmo, durante seu discurso, que o resultado será NÃO, mes-mo antes de você concluir sua argumentação. 2. Use uma argumentação simples, objetiva mas que, dentro do possível, faça o outro ter a mesma opinião caso estivesse em seu lugar. 3. Jamais demonstre desconforto exagerado ao dizer não; um certo constrangimento é sem-pre desejável mas, exagerar no constrangimento não melhora a sensação de quem recebe o não e pode transmitir a idéia de culpa. 4. Sempre que possível deixe a idéia de que concordaria com o pedido se fosse possível, mas diante desse ou daquele impedimento, INFELIZMENTE, você não poderá aquiescer. Neste quesito pode ser aventada a possibilidade do adiamento, do tipo “...talvez em outra ocasião...” 5. Mesmo depois da negativa, continue tratando o outro com a mesma (ou mais) gentileza com que vinha fazendo. Esse quesito é importante na medida em que algumas pessoas irri-tam-se profundamente com a ousadia dos pedidos dos outros. Não se irrite.

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MAIO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 05

Cidadania Utilidade Pública

NOVO PROCON

"PROCON é coisa do passado. A Revista Exame traz uma re-portagem sobre um site chama-do "Reclame Aqui". A ideia é que seja um mural (ESPÉCIE DE MURO DAS LA-MENTAÇÕES) onde as pessoas expõem suas queixas sobre serviços ou produtos, visível a todos que acessarem o site. O interessante é que, sem buro-cracia, os problemas são solu-cionados com mais rapidez. Quando um consumidor recla-ma de um produto de alguma empresa, essa empresa recebe um e-mail dessa queixa.

E como a empresa preza por sua imagem, ela tende a ser eficiente na solução, que será aberta ao público.

O que tem dado muito certo, já que 70% dos casos são resolvi-dos! E o tempo médio é de me-nos de uma semana, diferente do PROCON que tem a média em 120 dias.

Acesse: www.reclameaqui.com.br

Diga não ao consumismo

COPIE E COLE NO SEU NAVEGADOR - JUNTE-SE A NÓS! [https://www.facebook.com/groups/150403778428664/]

S O B R E D E L I N Q U Ê N C I A I N F A N T I L . É difícil pensarmos que a infância e juventude deste país faz parte da marginalidade mirim. O dicionário Aurélio traz em uma de suas definições o marginal como “aquele que vive fora do âmbito da sociedade ou da lei, como vagabundo, mendigo ou delinquente”. Em todas minhas andanças e tendo trabalhado muito tempo em funções que me colocavam em contato com pessoas que vivem a “margem da sociedade” diria que a grande maioria traz consi-go um histórico que espantaria a muitos.

Ao contrário do que pensa a grande maioria, grande parte dessas pessoas são filhos de famílias estruturadas, e que dentro de suas possibilidades lhes passaram conceitos e valores sim, porém não conseguiram lutar contra o inimigo nº 1, as drogas.

Sempre tive comigo que cada ser humano na face deste mundo de meu Deus faz suas escolhas, o papel dos pais é ori-entar sobre os melhores caminhos e ensinar os valores, porém cada um de nós faz suas escolhas e deve arcar com su-as consequências. Em diferentes pontos ao longo de nossas caminhadas, todos nós fizemos nossas escolhas e para cada escolha tivemos um retorno nos apresentando consequências, cada um de nós enfrentou as consequências e aprendeu com seus pró-prios erros. Há algum tempo atrás, devem se lembrar os mais velhos, um bebê só abria os olhos depois do sétimo dia de vida (quase como acontece com os gatinhos), hoje em dia já nascem praticamente falando. O ECA foi elaborado tentando evitar abusos contra as crianças e adolescentes indefesos, porém foi feito de uma forma que, mais que isso, passou a ser a proteção para a marginalidade mirim. Os pais estão de mãos atadas, antigamente um tapa bem dado na bunda resolvia muita coisa e não aleijava ou maltra-tava ninguém (sou prova viva disso, levei alguns afinal nunca fui de ficar muito quieto quando achava que eu tinha ra-zão), Hoje um tapa na bunda é sinônimo de maus tratos.

Há de se entender que um tapa de pai ou mãe como medida corretiva não é sinônimo de maus tratos, maus tratos é o espancamento, a privação de comida, o abandono, a venda dos filhos para prostituição ou para qualquer outro fim, co-mo por exemplo o caso noticiado essa semana de um pai que entregou a filha de 5 anos para ser abusada por um trafi-cante a quem ele devia dinheiro. A intenção da lei foi excelente mas, acho, s.m.j, que a lei precisa ser revista sim e com urgência. Como disse numa colocação anterior há menores e "menores", o princípio da igualdade previsto em nossa CF deve ser analisado de forma que os iguais sejam tratados de forma igual e os desiguais de forma desigual, na exata medida de suas desigualdades. Quantos "menores" reincidem pela certeza da impunidade? Não acho que os pais ou seja quem for tenha que responder pelos atos que não são seus. Há sim de se fazer com que haja punibilidade legal a eles na mesma proporção de seus crimes. Ah, o sistema penitenciário é falho, não ressocializa ninguém e há superlotação. Se o governo do país não tem condições de resolver esse problema, privatize. Se a custódia de presos é função exclusiva do poder público, não podendo a iniciativa privada administrar presídios, en-tão que o Estado dê conta. O que não se pode mais é a sociedade viver em cárcere enquanto a marginalidade toma conta das ruas.

Da redação

CONTATOS: 055 12 9114.3431 - Emails: CONTATO: [email protected] - PATROCÍNIOS: patrocí[email protected]:

PRESTE ATENÇÃO

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos

acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do fei-jão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e

do remédio dependem de decisões políticas. O anal-fabeto político é tão burro que se orgulha e estu-

fa o peito dizendo que odeia a política.

Não sabe o imbecil que, da sua ignorância nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e

o pior dos bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e o lacaio dos exploradores

do povo. (Brecht).

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MAIO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 06

Educação O MEDO DA LUZ...

Platão disse certa vez que podemos perdoar uma criança que tem medo do escuro, mas

a real tragédia da vida é quando os

homens têm medo da luz. A Cultura do Medo O medo é uma reação que surge a partir do contato com algum es-tímulo físico ou mental que gera um alerta no organismo. Este processo dispara uma res-posta fisiológica que libera hor-mônios do estresse, como adre-nalina e cortisol, preparando o indivíduo para lutar ou fugir. Antes dessa reação temos a an-siedade, onde o individuo teme e sofre por antecipação. Na verdade crescemos familiari-zados com o medo e, desde pe-quenos, nossos pais nos incutem algum tipo de medo, como o me-do do escuro, das pessoas des-conhecidas, do homem do saco, do bicho papão, das bruxas, dos fantasmas e assim por diante. Quando crescemos, continuamos sob a cultura do medo: medo da morte, medo de se perder numa rua vazia, medo do pecado, me-do da inflação, medo de tudo. A cultura do medo é a melhor for-ma de manipular as pessoas e muito utilizada para controle das massas. Já Maquiavel aconse-lhava o Príncipe a instigar o me-do nos seus súditos, porque este era mais potente e duradouro que o amor.

Governar pelo medo! Esta era a sua orientação, sem-pre seguida fielmente pelos tira-nos e opressores. A própria educação se deu histo-ricamente através de castigos e do medo. Na verdade a maior parte do mundo é educada pelo medo, pa-ra o medo e com medo. Uma criança com medo torna-se obediente e incapaz de impor sua vontade e desta forma o medo torna-se uma limitação do seu potencial. Na vida adulta a cultura do medo continua e temos medo de guer-ras, de terroristas, de bandidos, de pessoas mal encaradas, de sair nas ruas. Também temos medo das autori-dades, da policia, da morte, dos castigos divinos, das ofensas aos santos, das blasfêmias, de perder o emprego, de ficarmos doentes e assim por diante. Os governos usam e abusam da cultura do medo e com isso vão restringindo a nossa liberdade, nossa criatividade, nosso questi-onamento e nosso conhecimento. Andamos cheios de medos e es-sa é a melhor forma de sermos manipulados. Basta uma série de reportagens sobre um tipo espe-cial de gripe e no dia seguinte temos filas para tomar vacinas. As noticias sobre atentados terro-ristas, nos fazem ver bombas em

todos os pacotes e isso dá mar-gem a aceitarmos de formas hu-milhantes uma série de imposi-ções das autoridades durante vi-agens internacionais. Na verdade, uma grande parte das noticias têm exatamente a intenção de nos manter em cons-tante medo. Quanto mais medo, melhor. Quanto mais medo, mais fácil de manipular. Nas religiões também é desta for-ma; medo de pecar, medo de fa-zer qualquer coisa que possa provocar a ira divina e como con-sequência, um grande castigo, como ir para o inferno e sofrer penas atrozes pela eternidade. Onde existe o medo não há es-paço para a sabedoria, mas, infe-lizmente, fomos criados para te-mer a tudo. Platão disse que podemos perdo-ar uma criança que tem medo do escuro, mas a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz. A verdade é que a maior parte dos medos desaparece com o conhecimento e, sem medo, co-meçamos a questionar e não mais aceitar muitas das tolices que nos dizem. Por isto, os Príncipes de Maquia-vel espalhados pelo mundo tanto se esforçam na manutenção da ignorância e dos medos. Por: Célio Pezza

Se você tem filhos, conheça aqui um pouco mais sobre

como lidar com isto

Educação tem de vir do berço e cabe à família responsabilizar-se por isso! Se cada família praticasse esta máxima: Educar os filhos dentro de princípios morais e boas maneiras, com certeza não teríamos Professores frustrados e exauridos devido a falta de educação de muitas crianças e jovens.

Todos os dias em milhares de salas de aula espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, crianças e jovens chegam ao ápice da mal criação destilando todo tipo de impropérios nas dependências da Escola e fora dela, comunicando-se uns com os outros aos berros de forma rude e irônica, tratando mal os cole-gas, Professores e demais Funcioná-rios da Escola.

É de conhecimento da grande maioria das pessoas que, devido ao fato da criança ou jovem chegar na escola sem o mínimo de educação familiar, ocorrem uma série de problemas que desencadeiam a indisciplina e tumultu-am o andamento das atividades na sala de aula, e que por esta razão, muitas vezes, inviabiliza que o aprendi-zado ocorra de maneira satisfatória.

Sob este ponto de vista seria apropria-do dizer que, neste caso, os pais são responsáveis pela indisciplina e falta de educação dos filhos e portanto, de-vem ser responsabilizados por isso.

Reflita comigo, se as crianças e jovens chegassem com um mínimo de educa-ção de casa, dada pelos pais, boa par-te dos problemas de indisciplina dentro da sala de aula estariam resolvidos. Esse mínimo de educação envolveria que o aluno soubesse seis questões básicas:

Princípios básicos de boas maneiras que todos devem trazer de casa: 1) Pedir “Por Favor” , diga “Obrigado”, “Com licença “ e manter sempre o con-trole emocional; 2) Falar educadamente, sem usar gí-rias, palavrões, ou expressões de bai-xo calão; 3) Tratar com respeito todos a sua vol-ta e jamais falar de alguém pelas cos-tas; 4) Jamais usar de intimidação verbal ou física (bullyng) para conseguir o que deseja; 5) Ser íntegro: sustentar o que se diz e faz e sempre enfrentar as consequên-cias de seus erros; 6) Jamais usar de mentiras, engana-ção e falsas acusações; Ahhh... Uma última dica: nunca super-proteja os seus filhos e não acoberte os seus erros ou mentiras... Eles, co-mo qualquer outro, são sujeito a falhas e erros e precisam arcar com as con-sequências disto...

CULTURAonline BRASIL

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MAIO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 07

Contos e papos sérios! Fábrica de doença

Por: Renata Dantas Amaral Aos 3 anos de idade foi internada com febre alta. A mãe, Telma, apesar de muito jovem, a acompanhou du-rante todos os exames e período de internação com muito zelo, motivo pelo qual era admirada pelos familia-res, sabedores de que nem toda mãe tem tempo e paciência para acompa-nhar os bons e maus momentos de seus filhos.

Muitas crianças, hoje em dia, vivem sem o amparo físico e emocional dos pais. Esse não era o caso de Rebeca que tinha na mãe uma cuidadora in-condicional.

Telma não desfrutava dessa admira-ção em sua própria casa. O marido era distraído para as coisas do cora-ção. E como não tinha tempo para as pessoas, sua filha voltou-se toda pa-ra a mãe. Esta era não só o porto seguro nos dias doentios, mas também a ajuda nas tarefas escolares, a amiguinha que senta no tapete para brincar; as duas eram a família.

Apesar disso, o ar que se respirava era impregnado de terebintina, o que fazia esse lar tóxico, violáceo, em que doenças e mais doenças e-ram desenhadas nas paredes antes de irem parar no corpinho da menina.

Rebeca recuperou-se da indiagnosti-cada doença e teve alta.

Não se passaram dois meses e a menina retornou ao hospital. Nos e-xames laboratoriais, verificou-se a presença de sangue nas fezes. A criança foi internada com febre de 40˚C.

A mãe desvelava-se a fim de ajudar médicos e enfermeiras no restabele-cimento da filha. Nenhum exame determinara um di-agnóstico definitivo. A mãe sugeria pólipo na luz intestinal ou úlcera gástrica e insistia que de-veriam ser feitos outros exames mais sofisticados. Apesar da opinião médi-ca contrária, a insistência venceu. Ficaram mais de uma semana no hospital, novos exames e nada de diagnóstico. Alta.

Após três meses, fora internada mais uma vez, porém, em outro hospital.

Uma enfermeira desconfiou de que havia algo errado. Quando ela mes-ma punha o termômetro na menina, a temperatura era sempre normal, mas quando a mãe, a sós com a filha, me-dia, sempre acusava febre.

Então, responsabilizou colegas, a cada turno, a medirem, eles próprios, e com termômetros do hospital, a temperatura da criança. Quando retornou no outro dia, apesar de nenhum evento de febre ter sido registrado no prontuário de Rebeca, a mãe mostrou o termômetro mar-cando 39,5˚C, dizendo que não dor-mira com a filha queimando em fe-bre.

A enfermeira ficou aturdida, sua equi-pe não estaria mentindo, nem seria negligente se esquecendo da medi-ção da temperatura, resolveu vigiar Telma. Os exames detectaram hematoquesi-a, sangue nas fezes.

Os médicos suspeitavam que algo muito sério estava acontecendo com aquela menina, até a enfermeira rela-tar sua descoberta de que dois acon-tecimentos se sucediam ao longo dos últimos dias: a mãe solicitava água fervente na cozinha, alegando a necessidade de um chá, minutos de-pois, a enfermaria era avisada de que Rebeca estava com febre.

Contou também que flagrou Telma pondo um termômetro num copo com

água quente, e, logo em seguida, sendo apresentado como prova de que a filha estava com febre.

Depois desses fatos, isolaram o san-gue da amostra de fezes da criança e descobriram que o sangue não lhe pertencia, era sangue menstrual. A mãe estava menstruada naqueles dias, pois havia pedido absorventes à responsável pela limpeza do quar-to. Os elos estavam ligados, era a própria mãe que fabricava a doença da filha, mergulhando o termômetro n’água fervente e acrescentando sangue menstrual à coleta de fezes da menina, que, por conta do seu “estado de saúde” era ultrajada com dolorosas agulhadas de injeção e de soro.

Telma fora encaminhada ao setor de psicologia do hospital, mas ela não ansiava por reflexões nem por luzes que viessem clarear aquela situação pavorosa. Não apareceu mais.

O hospital pôs a família a par dos acontecimentos e a cortina de doçura e zelo com que Telma se cobrira é arrancada, deixando à mostra só sonsidão e doença. Indignação e ó-dio eram os sentimentos de todos para com a outrora mãe zelosa. Como puderam enganar-se tanto? Como uma mãe pode utilizar a pró-pria filha num jogo doentio desse?

Abandonada pelo marido, muda-se de cidade e afasta-se de seus famili-ares, afinal, eles não paravam de in-sistir num tratamento psicológico.

Ela some para ressuscitar em outro hospital, em busca de um novo trata-mento para o problema da filha. Do-ença, dor, seringa e sangue faziam retreta o tempo todo na mente de Telma. Era essa a sua maneira de existir, vinculada ao mal estar. Tinha certeza que suas doenças infantis prorrogari-am a saída de seu pai de casa, por isso, não se importava quando sua mãe urdia cada crise que a fazia pa-rar num hospital.

A doença poderia emendar sua famí-lia rasgada, mas não emendou. Cegamente continua construindo do-enças imaginárias na filha, assim co-mo sua mãe lhe fazia. Em seus ra-ros momentos de reflexão, acha seu comportamento estranho, mas não sente culpa, afinal, aprendera que amar é cuidar e ser cuidada. Foram nesses momentos convalescentes que sentia como era amada por sua mãe. Rebeca cresceu e suas peregrina-ções por clínicas e hospitais torna-ram-na exímia nos procedimentos médicos e no jargão próprio a esse meio. Então, discutia com desenvol-tura o tratamento de seu abscesso no seio e se punha, com satisfação, diante de cada exame, por mais dolo-roso ou invasivo que fosse. Tinha uma satisfação mórbida em saber-se doente, já que ser cutucada por pro-cedimentos médicos tornava seu cor-po real.

Não, ela não poderia fazer isso com ela mesma. Eu não quero dizer que ela mesma criou esse tumor, aplican-do uma seringa repleta de fezes no próprio seio.

Não, ela não fabricaria abscessos. Mas com a carne repartida, sofrida, Rebeca sentia-se viva, ainda que com veias fuziladas.

Estas clamam por picadas e inva-sões e se arriam sob pedaços de pe-le e músculo, já abatidos no chão de sangue negro e pisado, porque anti-go. Nas paredes internas do seu seio o pus ganha forma, agiganta-se, a-fastando os tecidos bons. Que fi-quem a ferida, a dor e o inchaço e que invadam todo o ser.

O tumor é ostentado na esperança de que ele supra suas carências. Do-ente, certamente, será amada por alguém.

Suas memórias pueris atestam que sempre fora assim e que se deve en-frentar problemas de saúde impavi-damente, porque, de uma maneira ou de outra, recompensas virão.

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Um homem idoso estava cami-nhando na praia, quando perce-beu um menino alimentando um cachorro magro e abatido, com pedaços de pão.

Ele foi até o menino e perguntou por que ele estava compartilhan-do o pão com os cães.

O menino respondeu: "Porque eles não têm nada. Sem lar, sem

família, e se eu não alimentá-los, eles vão morrer."

"Mas há cães abandonados em todo lugar", respondeu o velho. "Então, seus esforços não fazem a menor diferença"

O menino olhou para o cão e o acariciou. "Mas para ele, para este pequeno cão aqui, faz toda a dife-rença no mundo."

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MAIO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 8

Sociedade TEM DIAS QUE É MELHOR FICAR

EM CASA Genha Auga – Jornalista MTB: 15.320

Tem dias que metade da cidade parece estar nos supermercados num empurra, empurra de carrinhos, olhares feio, ninguém pede li-cença ou agradece, seguem passando por cima dos pés uns dos outros.

Filas homéricas! Não respeitam quem está comprando até dez produtos e passam com carrinhos transbor-dando, como se pudessem usar o caixa com até dez carrinhos cheios.

Nos dias em que anunciam produtos em pro-moção, saem em disparada desesperados, se espremem e se jogam para alcançar o produ-to em oferta como se tivesse anunciado a ter-ceira guerra mundial.

Verdadeiro terror; crianças correm, choram, esperneiam. Homens mal-humorados e falando alto com latinhas de bebidas na mão. Mulheres apertam e experimentam frutas, a-brem salgadinhos e jogam em qualquer lugar as embalagens do que comeram para não ter que pagar.

No estacionamento lotado, buzinam apressa-dos, fazem gestos lindos com a mão - um cír-culo e três dedos erguidos. Não respeitam as vagas dos idosos, deficien-tes e ainda deixam o carrinho que usaram pa-

ra as compras encostado na traseira ou na porta do carro de outra pessoa.

Aproveitam oportunidades para mostrarem-se espertos, passar a perna no outro e estar na frente custe o que custar como se essas atitu-des fossem exemplares ou sinal de respeito.

Muitos seguem esse rumo; trocam e vendem sua dignidade por qualquer coisa que lhes o-fereçam, preços baixos e mercadorias geral-mente de baixa qualidade, vencidas ou com prazo de validade curta e, nas datas especi-ais, mesmo que o valor esteja alto compram e compram sem pensar e assim, não percebem que estão nos dois lados da mesma viagem.

E esses que reclamam e se acotovelam nos sacolões dos supermercados porque não tem dinheiro para comer do bom, esperam ansio-sos pela copa, pela construção e reformas de estádios onde os governantes gastam o di-nheiro dessa mesma gente com futebol e ar-tistas caríssimos para o grande “show de bo-la”.

E depois que tudo acabar, o que sobrará para esse povo varonil e gentil?

As pessoas pedem paz, harmonia, um futuro melhor e mostram-se firme nesse propósito. No entanto, temos mortes no trânsito, assas-sinatos todos os dias, numa proporção pior do que a carnificina dos países em guerra.

Então, não adianta pedir, melhor seria atirar-se à luta em busca de dias melhores do que permanecer sem nada fazer.

Como conhecer a vitória sem batalha, mesmo que seja com sacrifício e dores, mas que nos traga de volta a honra e, aí sim, terá valido a pena sofrer, tornar-se um verdadeiro cidadão e conquistar uma vida digna.

Há tempos não se constrói novas escolas, hospitais, habitação, estradas.

Há tempos estamos abandonados, sem quem cuide das nossas crianças, dos idosos, dos excluídos e menos favorecidos.

Enquanto políticos tramam, desviam verbas e não se preocupam com os problemas que se apresentam a eles há anos: atentados à natu-reza, maltrato aos animais, famílias inteiras morando nas ruas, sangue que se esparrama no asfalto todos os dias, pedofilia, prostitui-ção, crimes hediondos coma impunidade de-cretada e os “invisíveis” jogados nas ruas que ninguém mais enxerga até que sejam espan-cados ou queimados vivos.

Esqueceram que foram eleitos por promessas que não cumprem, iludem quem lhes deu vo-tos de confiança com campanhas hipócritas contra as drogas, enquanto o tráfico está a céu aberto e usuários jogados de um lado ao outro, lançam propostas para beber com mo-deração e ao mesmo tempo propagandas com ídolos do futebol e famosos bebendo.

Parece que os que conclamam para darmos o melhor de nós, também não conseguem ser vistos, nem ouvidos e então, segue essa vida morna, estampada na falsa alegria, na distân-cia e na frieza dos sorrisos, na falta do abra-ço, na indiferença. As pessoas mal se falam ou ouvem sequer um bom dia, divertem-se com besteiras.

Sem arte, nem cultura e educação vivem das opiniões publicadas e de programas de televi-são a serviço da imbecilidade humana e en-quanto se distraem, “outros espertos” ganham dinheiro.

O país virou uma bagunça, mas o crime,cada vez mais organizado, agora está no comando e sabe-se lá até quando...

Só dizer que brasileiro é guerreiro porque en-frenta trabalho duro e faz mágica com o salá-rio mínimo não adianta, pois o “Estado” não é justo.

Unir-se e ser suficientemente forte é o que poderá trazer mudanças e bons resultados.

Ou, será que Deus está levando os bons e reformando o paraíso, deixando aqui os maus para fundar a nova sede do inferno?

CONTATOS: 055 12 9114.3431 - Emails: CONTATO: [email protected] - patrocí[email protected]

O Brasil é a maior nação neolatina do mundo. Temos tudo para sermos também a maior civilização dos trópicos, não imperial, mas solidária com todas as nações, porque incorporou em si representantes de 60 povos que para aqui vieram. Nosso desafio é mostrar que o Brasil pode

ser, de fato, um pedaço do paraíso que não se perdeu.

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MAIO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 9

E agora José?

PORQUE O PROFESSOR

PRECISA ESTUDAR?

Corintiano, palmeirense, são paulino, santista, flamenguista, gremista... Quando se pergunta ao cidadão “qual é o seu time?” Todo mundo sabe res-ponder. Católico, evangélico, umbandista, kardecista, mulçumano... Quando perguntado sobre a religião, sempre está na ponta da língua. E o professor? Quando perguntam sobre qual filoso-fia da educação, ou qual “ideologia pedagógica” este representa? Ai faltam palavras. Palavras e conhecimento. Salvo os cursos de Pedagogia, os cursos de formação de professores não abordam essa discussão em sala de aula. Consequentemente os professores acabam por serem empurrados para a “filosofia dominante”: A da classe dominante! Luckesi (1994) apresentou três gran-des correntes da Filosofia da Educa-ção: A educação enquanto redentora da sociedade (acredita que a educação pode exercer domínio sobre a socie-dade, compreendida como as peda-gogias liberais); A educação enquanto reprodutora da sociedade (que a percebe como re-produtora de um modelo social vigen-te) e, a educação enquanto transfor-madora da sociedade (com uma pos-

tura crítica às duas anteriores e con-siderando o papel social e político da educação). Longe de querer esgotar o assunto, este breve comentário tem como ob-jetivo trazer ao debate a falta de em-basamento filosófico e pedagógico dos professores especialistas (e por-que não também de pedagogos?) que atuam na educação básica e no ensino superior. Aprendemos a dar aula tomando co-mo exemplo os nossos professores do passado, entretanto, salvo algu-mas exceções, os nossos professo-res também aprenderam com os seus professores do passado. A essa transmissão de valores, sem espaço para reflexões e debates filo-sóficos sobre a educação, costuma-mos chamar de “senso comum”. En-tão, pensando na formação de pro-fessores para trabalhar com a “massa”, somos, por natureza, repro-dutores da sociedade. Frisamos que, se realmente quere-mos mudar o caminho da sociedade, devemos aproveitar os espaços de Hora Atividade, Planejamento e Re-planejamento para discutir (com um pouco mais de embasamento) sobre “qual é a função da escola?”. Se acharmos que está tudo bem e que não precisamos fazer nada, en-tão podemos continuar entregando os planejamentos iguaizinhos ao que recebemos do sistema público de en-sino ou idênticos aos dos livros didáti-cos. É só copiar, mudar o ano e entregar. Discute-se sobre planejamento, sobre ava l iação, sobre aprovação-reprovação, sobre regimento escolar, sobre normas de conduta, mas não se discute “qual é a função da esco-la”. Como prover o objetivo da escola (considerando que o questionamento anterior foi discutido e compreendi-do)?

Além do mais, o próprio professor não se discute enquanto professor e perde-se no seu papel. O senso comum nos leva a práticas pedagógicas nem sempre corretas, mas que estão em uso e são transmi-tidas entre os entes constituintes de uma sociedade chamada corpo dis-cente. A sociedade é, em muitos casos, a-crítica, pois não discute, não questio-na os rumos da educação propostos pelos governantes, mesmo porque foram formados dentro de uma escola reprodutora da própria sociedade, ou seja, que trabalha na manutenção dos status vigente, que por sua vez, atualmente, é proveniente de um sis-tema neoliberal cuja política é a sub-serviência das classes não dominan-tes. Então, o fato de se não discutir e não refletir sobre quais são os objetivos da escola, e mesmo dos professores, nos leva a reproduzir uma política educacional e outras políticas que não atendem aos anseios de uma sociedade menos subserviente, dota-da de uma quase ampla liberdade de apropriação do conhecimento (via Internet). Aqui, talvez caiba um parêntesis so-bre os alunos questionadores e tidos como indisciplinados pelo sistema atual. Será que o professor, cria da escola reprodutora, sabe lidar com esse tipo de comportamento? Ou é mais fácil excluir esse aluno para que ele não cause problema à sociedade? Lembre-se que o sistema não suporta pessoas críticas e questionadoras, pois isso é ameaça à classe domi-nante. Estamos nos aproximando de uma encruzilhada onde a apropriação dos saberes está diretamente relacionada com os objetivos a serem atingidos e nós, professores, gestores, pedago-gos e outros, teremos que nos decidir para que lado deveremos andar e essa decisão só será possível de ser

tomada se houver conhecimento dos processos pedagógicos que poderão ser úteis à transformação da socieda-de. Por isso novamente frisamos a impor-tância de se compreender o processo histórico em que se deu o desenvolvi-mento da escola e os seus diferentes objetivos. O professor neste processo é uma peça central, pois é o executor das tarefas pedagógicas. Sendo as-sim, se continuarmos trabalhando dentro de um processo “senso co-mum”, vamos continuar formando alu-nos “senso comum”, para uma socie-dade “senso comum” executora de tarefas. Se considerarmos a escola como um aparato de controle de massas (tal como entende Althusser e Foucault), conceito esse que, ao que parece, está sendo usado pelos neoliberais com o intuito de produzir seres produ-centes, mas não questionadores, po-deremos sim conduzir a massa a uma revolução; a revolução do saber, on-de o conhecimento terá tanto valor quanto o mais fino ouro. O difícil é deixar ser um professor “senso comum”, pois fomos educados dessa forma, mas em algum momen-to esse ciclo deve ser quebrado, e só será quebrado se nos debruçarmos sobre os estudos filosóficos pedagó-gicos que tratam a essência dessa nossa profissão, por isso precisamos estudar mais, não só para apreender “metodologias inovadoras” ou “formas diversificadas de avaliações”, mas para saber porque estamos traba-lhando em sala de aula. Omar de Camargo [email protected] - Técnico Químico – Professor em Química. - Pós Graduado em Química. Ivan Claudio Guedes [email protected] - Geógrafo e Pedagogo. Especialista em Gestão Ambiental, Mestre em Geociên-cias e doutorando em Geologia. - Articulista e palestrante.

CONTATOS: 055 12 9114.3431 - Emails: CONTATO: [email protected] - patrocí[email protected]

CULTURAonline BRASIL

Apesar da pobreza e da marginalização, os pobres sabiamente inventaram caminhos de sobrevivência. Para superar esta anti-realidade, o Estado e os políticos precisam escutar e valorizar o que o povo já sabe e inventou.

Só então teremos superado a divisão elites-povo e seremos uma nação una e complexa.

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MAIO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 10

Políticas sociais

EDUCAR - CULTURAonline BRASIL — todas as Quinta-Feira — 20 horas

AINDA FELICIANO?

Por: Caetano Veloso

Por que mentir tão descarada-mente sobre fatos conhecidos?

Nem estou acreditando que volto ao assunto do Pastor/deputado/

presidente da CDHM.

Mas, como muitos devem ter visto, ele mentiu reiterada e estridente-mente sobre mim. Há um vídeo no YouTube em que Feliciano, esbra-vejando de modo descontrolado, diz-se com Deus contra o diabo e, para provar isso, mente e mente mais.

As pessoas religiosas deveriam observar o quanto ele está domina-do pela soberba.

Faz pouco, ele se sentiu no direito de julgar os vivos e os mortos, ex-plicando por meio de uma teologia grotesca a morte dos garotos dos Mamonas e sagrando-se justiçador de John Lennon. Agora, aferra-se à mentira.

Meu colega Wanderlino Nogueira notava, com ironia histórica sobre as espertezas da igreja católica, que a mentira não está entre os

sete pecados capitais.

Mas sabemos que “levantar falso testemunho” é condenado pelo Deus de Moisés. Por que mentir tão descaradamen-te sobre fatos conhecidos?

Será que minha calma observação, aqui neste espaço, de que sua per-sona pública é inadequada ao car-go para o qual foi escolhido (matizada pela esperança no papel das igrejas evangélicas) o ameaça tão fortemente?

Eu diria a pastores, padres, rabinos ou imãs — sem falar em pais de santo e médiuns espíritas, que são diretamente agredidos por ele — que atentassem para o comporta-mento de Feliciano: como pode fa-lar em nome de Deus quem mente com tão evidente consciência de que está mentindo?

Sim, porque não há, dentre aque-les que prestam atenção no meu trabalho, quem não saiba que, ao cantar a genial canção de Peninha “Sozinho” num show, eu indefecti-velmente dizia não apenas que me apaixonara por ela através das gra-vações de Sandra de Sá e de Tim Maia: eu afirmava que cantá-la ao violão era só um modo de chamar a atenção para aquelas gravações.

Como pode Feliciano dizer que “a imprensa foi rastrear” e descobriu que a música já tinha sido gravada por Sandra e Tim?

Essas duas gravações eram su-cessos radiofônicos.

E como pode ele, sem piedade da-queles que com tanta confiança o ouvem em seu templo, afirmar que eu disse em entrevista coisa que nunca disse e nunca diria, ou seja, que o êxito inesperado de minha

versão de “Sozinho” se deveu a eu ter mostrado a faixa a Mãe Menini-nha e esta ter-lhe posto uma bên-ção que, para Feliciano, seria tra-balho do diabo?

Mãe Menininha, figura importante da história cultural brasileira, já ti-nha morrido fazia cerca de dez a-nos quando gravei a canção.

É muita loucura demais. E muita desonestidade.

Aprendi com meu pai os gestos da honestidade — e tomei o ensina-mento de modo radical. Me enoja ver a improbidade.

Feliciano sabe que eu nunca dei tal entrevista. Mas não se peja de im-pressionar seus ouvintes gritando que eu o fiz.

Ele, no entanto, não sabe que eu jamais sequer mostrei qualquer canção minha à famosa ialorixá.

Nem a Nossa Senhora da Purifica-ção eu peço sucesso na carreira. Nunca pedi. Nem a Deus, nem aos deuses, e muito menos ao diabo. Decepciono muitos amigos por não ser religioso.

Mas respeito cada vez mais as reli-giões. Vejo mesmo no cristianismo algo fundamental do mundo mo-derno, algo inescapável, que é pa-no de fundo de nossas vidas.

Mas não sou ligado a nenhuma instituição religiosa. Eu me dirigiria aqui àqueles que o são.

Os homens crentes devem tomar atitude mais séria em relação a e-pisódios como esse.

O que menos desejo é ver o Brasil dividido por uma polaridade idiota, em que, de um lado, se unem os que querem avanços nos costu-

mes, e de outro, os que necessi-tam fundamentos de fé, ambos gri-tando mais do que o conveniente, e alguns, como Feliciano, saindo dos limites do respeito humano.

Eu preferiria dialogar com crentes honestos (ou ao menos lúcidos).

Não aqueles que já se põem a uma distância segura da onda neopen-tecostal.

Eu gostaria de dialogar com um Silas Malafaia, de quem tanto dis-cordo, mas que respeita regras da retórica e da lógica.

Marina Silva seria ideal, mas pou-pemo-la.

Não é preocupante, eu perguntaria a alguém assim, que um dos seus minta de modo tão escancarado?

É fácil provar que nunca fiz aque-las declarações e é fácil provar que Sandra e Tim tiveram êxito com a obra-prima de Peninha.

E que eu louvei esse êxito ao can-tar a canção.

Foram dezenas de milhares de brasileiros que ouviram.

Se Feliciano precisa, para afirmar sua postura religiosa, criar uma ca-ricatura caluniosa dos baianos e da Bahia, algo é muito frágil em sua fé.

A maré montante do evangelismo não dá direito à soberba irrefreada.

O boneco tem pés de barro. E cai-rá.

Eu creio na justiça e na verdade.

Esses valores atribuídos a Deus têm minha adesão irrestrita.

Não sei que Deus sustenta a injus-tiça e a mentira. Ou será que é aí que o diabo está?

UTILIDADE PÚBLICA

Durante o churrasco, Inês caiu.

Queriam chamar uma ambulância mas ela insistiu que estava bem e que só tropeçara por causa dos sapatos no-vos. Ela estava um pouca pálida e tre-mia. Inês passou o resto da noite bem disposta e alegre.

Mais tarde, o marido dela telefonou a informar, que a mulher fora internada no hospital. Às 23 horas falecera. Ela tinha tido um AVC durante o churras-co. Se os outros soubessem reconhe-cer os sintomas do AVC, ela poderia ainda estar viva. Algumas pessoas não morrem logo mas ficam durante muito tempo sujeitas a apoios e numa

situação de desespero.

Um neurologista disse, se ele conse-gue chegar ao pé de um individuo que sofreu um AVC, ele pode eliminar as sequelas de um AVC. Ele disse, o tru-que é diagnosticar e tratar a pessoa durante as primeiras 3 horas.

Como reconhecer um AVC?: Há 4 passos que devem ser seguidos para reconhecer um AVC. 1 - peça à pessoa para rir (ela não vai conseguir).

2 - Peça à pessoa para dizer uma fra-se simples (por exemplo: hoje está um dia bonito). 3 - Peça à pessoa para levantar os dois braços (não vai conseguir bem). 4 - Peça à pessoa para mostrar a lín-gua (se a língua estiver torta ou virar dum lado para o outro, é um sintoma).

Se a pessoa tem alguns destes sintomas chamar imediatamente o médico e descrever os sintomas ao

telefone.

Quando a Sagrada Família fu-gia para o Egito, com medo das espadas dos soldados do rei Herodes, muitas vezes pre-cisou se esconder no campo, quando os perseguidores che-gavam perto.

Numa dessas vezes, Nossa Senhora, escondendo o Divino Piá, pediu a todos os bichos que fizessem silêncio, que não

cantassem, porque os solda-dos do rei podiam ouvir e dar fé.

Todos obedeceram prontamen-te, mas o Quero-quero, não: queria-porque-queria cantar.

E dizia: Quero! Quero! Quero!

E tanto disse que foi amaldiço-ado por Nossa Senhora: ficou querendo até hoje...

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MAIO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 11

Análises

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Não saberíamos mais voltar as cavernas ?

Frio cortante de outono as pala-vras rasgam como facas afiadas em nossa mente para tornar-se idéias.

E tudo se liga … e as palavras sa-em gritadas … Na busca de uma gramática perfeita embora em nossa pressa de escrever acaba-mos estragando as palavras? E as ideias não amadurecem é a vida. A vida nunca é perfeita.

Na verdade cometemos erros a todos os momentos. E não dá pa-ra ter tanto remorso assim cabe a nós adentrar aos livros e aprender com os mestres da escrita.

Devemos escrever tanto assim?

Estas dúvidas estão sempre pre-sentes para mim. Mas vivemos com tantas informações e emo-ções o tempo todo.

Estes dias andando pelas ruas vi-am textos fáceis carregados de emoções baratas.

Textos para desestabilizar gover-nos. Se é que algum escritor de-sestabilize governos? Para que escrever tantas criticas assim?

E se eu você estivéssemos gover-nando uma cidade, um pais? Ou fôssemos grandes empresá-rios afinal faríamos diferente? Temos todo este poder assim para mudar o rumo do planeta? Do mundo?

Se não damos conta nem das nos-sas atividades diárias. Enfim usur-pamos nossa ética a todo momen-to. Nunca sabemos se realmente es-tamos certos? Nem sei se estou certo de minha gramática. Me perco nas virgulas e pontos. Perco-me na matemáti-ca.

Já me esqueci do básico e ai ?

Então para que serve a educação as artes. Se não chegarmos a sa-bedoria nunca servirá para nada? Tento vivenciar o que escrevo. Ou escrever o que vivencio.

Hoje fiquei feliz ao saber numa conversa ao telefone que estou completamente desligado de um monte de coisas que fiz no passa-do.

Já não sou tão articulado. E sinto-me feliz por estar desarticulado. Não precisamos de muito. A pou-co tempo tentei deixar aberto o msn de meu face. Não consegui as vezes é cinco pessoas ao mes-mo tempo.

E pessoas que nunca irei conhe-cer pessoalmente?

Tudo parece diferente e continua sempre igual de verdade temos no máximo dez amigos para a vida toda e esta é à realidade.

E para dizer nas linhas filosóficas e espirituais que dizem que não conhecemos nem a nós mesmos.

Hoje alguém me falou num papo mais profundo sobre um dos mui-tos interpretares da palavra fé. Que segundo esta pessoa que ou-viu de outra e por ai vai que fé sig-nifica FORÇA ESPIRITUAL fui no dicionário e não bate. Mas sempre precisa bater?

Que significado belo Força Espiri-tual. Enfim força do espírito que há em nós. Assim livremente interpre-tado.

E temos sim o direito e o dever de pensar por nós mesmos. E ai esta também o sentido de escrever quase diariamente registrar nosso pensar e compartilhar com quem queira nos ler. Sem medo de errar. Gostei muito de umas criticas num texto que fiz sobre o debate da diminuição da idade penal.

Escrevemos para acertarmos ou errarmos. Sem nenhuma vergonha ou medo. Quanto a gramática com muita leitura,atenção e revisão va-mos consertando.

Falta professores de gramáticas e matemática que nos estimule e a aprender e em breve enfrentarei

este desafio de uma sala de aula enquanto educador.

É a vida como diria um canal de TV sem nenhum roteiro. E muita e muita rotina que a mim não mais afeta. Quero só o tempo para refletir pa-ra que estou neste planeta. E vive-mos a respirar e amar.

Não saberíamos mais voltar as cavernas. Eu não saberia voltar a escrever em cadernos e sonhar em criar jornais impressos esta-mos na era do livro digital.

E também dos livros impressos tudo se faz somar. As letras, as filosofias e a vida política deve es-tar presentes em nossas vidas … Quem dirá termos caminhado lado a lado com Sócrates e Platão. Eu sempre caminho para refletir sobre o mundo. Nem sempre devemos nos fechar em nossas cavernas.

Devemos tentar ver o mundo além dos olhares da mediocridade co-mum de nossa civilização hiper-moderna.

Vamos além.

E só o próximo pode nos ajudar a dar um passo a mais. Enfim precisamos uns dos outros. JOKA João Carlos Faria

PRÉ-SAL

Produzir petróleo a 7 mil metros de profundidade é resultado de muita pesquisa e de nossa experi-ência em águas profundas. Hoje o pré-sal é uma realidade, que nos levou a uma posição estratégica

frente à grande demanda de ener-gia mundial das próximas déca-das. No pré-sal, desde que começamos a produzir, em 2008, superamos 100 milhões de barris de petróleo. Diariamente são mais de 300 mil barris, nas bacias de Santos e de Campos. Em 2017, estimamos al-cançar 1 milhão de barris por dia. Para conseguirmos descobrir es-sas reservas e operar com eficiên-cia em águas ultra profundas, de-senvolvemos tecnologia própria e atuamos em parceria com univer-sidades e centros de pesquisa. Contratamos sondas de perfura-ção, plataformas de produção, na-vios, submarinos, em recursos que movimentam toda a cadeia da in-dústria de energia. Por isso, nos-sos investimentos na área do pré-sal se ampliam cada vez mais e

chegarão a US$ 52,2 bilhões até 2017, de acordo com nosso Plano de Negócios. Como parte desse investimento, criamos uma série de ações estra-tégicas que garantem o desenvol-vimento de toda a cadeia de bens e serviços, trazendo tecnologia, capacitação profissional e grandes oportunidades para a indústria. Empresas que fazem parte da nossa cadeia de suprimentos, por exemplo, podem se beneficiar com o Programa Progredir, que facilita o acesso ao crédito bancário, e com os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), um financiamento exclusivo. Tam-bém participamos de importantes iniciativas para atender à crescen-te demanda por mão-de-obra, co-mo o Prominp (Programa de Mobi-lização da Indústria Nacional de

Petróleo e Gás Natural), que já qualificou mais de 88 mil profissio-nais.

A expectativa é que mais de 200 mil profissionais sejam capacita-dos com o programa, em 185 ca-tegorias nos níveis médio, técnico e superior.

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MAIO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 12

Política e Cidadania

Acreditamos na humanidade. Não acreditamos que a humanida-de seja pecadora desde a nascen-ça.

Acreditamos na boa vontade entre homens e mulheres,

Não acreditamos que a violência possa resolver algum conflito, por-que nada nesta vida é eterno. A história Universal é prova do que dizemos.

Não representamos nenhuma ide-ologia em particular, nem partido político, nem nenhum político, filó-sofo, religião, empresa ou nação. Nem a nós mesmos nos represen-tamos. Pelo contrário, cada um de todos nós, que compomos a humanida-de tem a sua consciência do que

deseja de bem para si mesmo e para a humanidade.

Acreditamos que o progresso do mundo, sem guerras nem violên-cia de qualquer natureza, sem par-tidarismos, sem excessos, pode ser muito maior e proveitoso se os recursos dos impostos puderem ser canalizados para as maiores necessidades da população: - Infraestruturas, Saúde Pública, Trabalho, Transportes, Saúde, Pesquisa, Sustentabilidade, Edu-cação.

Tem sido enorme o desperdício de verbas em corrupção e guerras

que atrasaram o progresso e a e-volução da humanidade.

Não vemos outra forma efetiva de melhorar o mundo senão através da palavra de cada ser humano expressa pelo voto instantâneo, dado ou retirado a qualquer ins-tante, podendo eleger/deseleger e aprovar/desaprovar.

Ideologias, algumas extremistas, e líderes que as seguem mais ou menos estritamente, demonstra-ram ao longo da história que não conseguiram resolver qualquer problema sério da humanidade.

ATENÇÂO

A Gazeta Valeparaibana, um veículo de divulgação da OSCIP “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos, somente publica matérias, relevantes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões dentro das salas de aulas, tais como: educação, cultu-ra, tradições, história, meio ambiente e sustentabilidade, respon-sabilidade social e ambiental, além da transmissão de conheci-mento.

Assim, publica algumas matérias selecionadas de sites e blogs da web, por acreditar que todo o cidadão deve ser um multiplicador do conhecimento adquirido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e Sustentabilidade, todos devemos nos unir, na busca de uma sociedade mais justa, solidária e conhecedora de suas responsabilidades sociais.

No entanto, todas as matérias e imagens serão creditadas a seus editores, desde que adjudiquem seus nomes. Caso não queira fazer parte da corrente, favor entrar em contato.

[email protected]

A importância da Internet para a Democracia Participativa

Uma Democracia Direta é qual-quer forma de organização na qual todos os cidadãos possam partici-par diretamente no processo de tomada de decisões. No sistema tradicional de Democracia Indireta (ou democracia representativa), os cidadãos elegem representantes, os quais serão responsáveis pela tomada de decisões em seu no-me. Este é o processo mais co-mum de tomada de decisão nos governos democráticos, como o brasileiro e por isto é também cha-mado de mandato político.

O termo Democracia Participativa (ou Semi-Direta), entretanto, pode ser usado para descrever siste-mas mistos, onde Democracia Di-reta e Indireta coexistem. Nesses sistemas de Democracia Semi-Direta, além da existência de re-presentantes eleitos que tomam a maior parte das decisões em no-

me dos cidadãos, o povo também têm a oportunidade de influenciá-las através de iniciativas popula-res, plebiscitos, recall e referendos (ratificação de decisões de repre-sentantes).

Apesar de já existirem em nosso ordenamento constitucional, os instrumentos de Democracia Parti-cipativa, como os mencionados acima, estamos vivendo um novo momento mais intenso de partici-pação popular no cenário político.

A mídia, a imprensa e principal-mente a INTERNET, tem tido um papel fundamental para esta nova safra de cidadãos antenados e dispostos a discutir e até determi-nar ações.).

Muito se fala em campanha eleito-ral pela Internet, uso de ferramen-tas sociais para mobilizar pessoas em função de uma candidatura, informação em tempo real, doa-ções individuais via internet e etc.. Porém, pouco está sendo discuti-da o Pós-Eleição. Caso o candidato ganhe, como fica a massa mobilizada?; Como ficam as cobranças em rela-ção ao proposto ou prometido?; Como manter os eleitores informa-dos?; Como dar a sensação de uma par-ticipação ativa no mandato?).

Pois é, este é o ponto crucial que precisa ser debatido com preocu-

pação e atenção, porque após es-sa eleição com campanhas eleito-rais baseadas na Internet, os elei-tores virtuais vão querer participar muito mais e de alguma forma do mandato do político escolhido.).

Recentemente vimos a força da Internet e da mobilização virtual no Projeto Ficha Limpa, milhares de assinaturas pedindo que o projeto fosse votado no congresso.).

A chamada Web 2.0 pode ser a-pontada como ponto propulsor da participação política de cidadãos através da internet. Uma pesquisa do DataSenado aponta que a grande rede é a segunda mídia mais utilizada para aquisição de informação sobre política no Bra-sil, perdendo somente para a tele-visão.

A era do Eleitor Virtual redesenha as coisas. A democracia eletrônica ou demo-cracia digital, reforça a participa-ção do eleitor e pode acabar se tornando em deliberações públi-cas, onde o dono do mandato se-gue o que foi decidido por seus “mobilizados”, “simpatizantes virtu-ais” ou até “militantes” (como quei-ram chamar). Inúmeras ferramen-tas da Internet, como: Twitter, Or-kut, Youtube, Facebook, chats, Blogs, salas de conferências, fó-runs, mailing list, entre muitas ou-tras, permitem um debate instantâ-

neo e uma interação entre aqueles que pretendem e podem decidir.

A internet já é hoje um mecanismo que aumentou o controle e a vigi-lância sobre as ações governa-mentais, na verdade já se verifica em todo mundo uma maior trans-parência nos vários poderes medi-ados pela internet. Os cidadãos têm assim maior possibilidade de acompanhamento, por exemplo, das contas públicas, de atos e da informação.

O meio OnLine já é uma das prin-cipais ferramentas para as defini-ções políticas e de governos colo-cando a opinião popular como par-te principal do processo de toma-da de decisão.

Portanto, os “estrategistas digitais” que aconselham seus candidatos, tem que ficar atentos com a legião de “mobilizados” em função das propostas apresentadas, pois fa-talmente o político vai ser cobrado e acompanhado a cada segundo pro resto da sua vida pública. Ca-so o eleitor virtual perceba que foi enganado, o político será execra-do pela internet, na mesma veloci-dade com que conseguiu se ele-ger.

Por: João Kepler

Rádio web CULTURAonline Brasil Prestigie, divulgue, acesse,

junte-se a nós. A Rádio web

CULTURAonline BRASIL, prioriza a Educação, a boa Música Nacional

e programas de interesse geral sobre sustentabilidade social,

cidadania nas temáticas: Educação, Escola, Saúde,

Cidadania, Professor e Famí-lia.Uma rádio onde o professor é

valorizado e tem voz e, a Educação e o Brasil se discute num debate

aberto, crítico e livre, com conhecimento e responsabilidade!

Acessível no link: www.culturaonlinebr.org

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MAIO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 13

Nossas crianças

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MÃE E FILHO

Por: Genha Auga Na gravidez inicia-se o primeiro relacionamento entre mãe e filho com aquelas conversinhas “virtuais” e que o bebê responde com movimentos dentro da barri-ga que cresce com o amor e se torna inexplicável.

Quando descobre qual será o se-xo, a mamãe vai à procura dos enfeites, das cores adequadas

para as roupinhas, dos brinque-dos e a conversa toma outro ru-mo, pois com menina é uma coisa e com o moleque o papo é outro e fica sonhando, esperando, aguar-dando pacientemente e sem me-dir esforços para que tudo saia a contento, feliz da vida. Os filhos com certeza adoram es-ses momentos e devem sentir-se seguros. Nem todos têm a sorte de serem frutos de um relacionamento ma-ravilhoso e de uma noite de amor inesquecível. O mundo mudou e muito... Mas no primeiro encontro após o parto, entre a euforia e o cansaço, o atordoamento da anestesia e o alívio das dores já quase esqueci-das, surge um pequenino ser, um presente de Deus que vem pelas mãos do obstetra. Os dois se olham, estreitam seus laços pelo cheiro, pelo choro, pelo leite materno e fica inconfundível o reconhecimento de mãe e filho.

E esse contato, cada vez maior, embora sem o vinculo do cordão umbilical cortado, cria-se um cor-dão invisível entre eles, fica de-marcado esse sentimento univer-sal, mas que ninguém além deles sabe o que é. Um amor singular e de tamanho que não se mede. Quando um filho clama pela mãe e chora à procura dela em deses-pero, é porque a quer sempre ao seu lado, ela corre ao seu encon-tro e lhe dá consolo. Mãe não suporta ver filho sofren-do, pois ela sente essa dor e só as suporta quando por circunstân-cias da vida, então o acalenta, o ama, sente a dependência do filho e o quanto ela precisa dele tam-bém. Nos momentos de mau humor e de mal-estar, chora, se irrita e mesmo que por vezes fique impa-ciente ou chateada faz o que pode para que aquela “pessoinha” sen-tir-se feliz e vem à tona seu dom

especial que como numa magia, o faz sorrir novamente. Nenhuma mãe sabe como será o futuro do filho e espera o tempo passar para vê-lo crescer pedindo aos céus que lhe dê essa chance. Mãe nunca quer errar na educa-ção de seu filho, mas a vida às vezes toma outros rumos, ela po-de faltar, ele pode sofrer influên-cias e tudo mudar e quando isso acontece ela sofre, não julga, prossegue e tenta desviar os obs-táculos que lhe colocaram à prova mas jamais o abandona. Embora não pareça, mãe não é perfeita e nem santa, pode falhar ouse enganar e tudo que espera é que seu filho a compreenda, não se desvie do bem e prossiga sem se desculpar com a culpa dela ou de quem quer que seja. Se ela falhar, não a cobre.

Não a culpe. Apenas a perdoe!

FRASES SOLTAS

Acreditar que basta ter filhos para ser um pai é tão absurdo quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser músico. Mansur Chalita

Se acredito na vida após a morte? Não sei nem se acredito na vida antes da morte! Acho que acredito na morte durante a vida Groucho Marx

Tudo na vida acontece em função do melhor! Acredite, a sua amargura de hoje é, com certeza, a sementinha da sua alegria de

amanhã! Mariluci Carvalho

OS DOIS SAPOS

Vivia um sapo ─ no fundo do po-ço. Lá nascera, lá vivera, de lá nunca saíra ─ e lá esperava morrer. O seu horizonte era de um metro e meio de largura ─ o diâmetro do poço. A profundidade de sua vida era de três palmos ─ como as águas do poço. Para além da borda do poço ─ nada mais existia para ele... Certo dia, tombou no fundo do po-ço ─ um sapo de outras regiões... Vinha de longe, de muito longe ─

das praias do mar... Com secreto rancor, viu o primeiro invadido pelo segundo o seu es-paço vital. Mas, como o segundo era mais forte, resolveu o primeiro não guerrear ─ e limitar-se à defesa passiva... Depois de três dias de silêncio re-cíproco, travou-se entre os dois batráquios o diálogo seguinte: ─ Donde vens tu, estranho inva-sor? ─ Das praias do mar, ignoto ermi-tão. ─ Que coisa é o mar? ─ O mar?... O mar é uma grande planície d'água. ─ Tão grande como esta pedra em que pousam minhas pernas gentis? ─ Muito maior. ─ Tão grande como esta água que reflete o meu corpo esbelto? ─ Maior, muitíssimo maior. ─ Tão grande como este poço, minha casa?

─ Mil vezes maior. Milhares de poços destes caberiam no mar que eu vi. O mar é tão grande que sempre começa lá onde acaba. É tão grande que todo o céu cabe nele, e ainda sobra mar. Todos os sapos do mundo, pulando a vida inteira, não chegariam ao outro lado ─ tão grande é o mar à cuja margem nasci e vivi. ─ Safa-te daqui, mentiroso! ─ exclamou o batráquio do poço. ─ Coisa maior que este poço não pode haver! Mais água que esta água é mentira!.. Desde então viviam os dois em pé de guerra, no fundo do poço. Não diz a história se algum deles, super-sapo, venceu nesta luta fe-roz... Nem diz se um deles, batráquio genial, convenceu o outro da ver-dade de suas idéias... Consta apenas que, desde esse tempo, vivem no mundo seres que só crêem em si mesmos... Seres que sabem tudo o que os

outros ignoram... Seres que tacham de loucos os que afirmam o que eles não com-preendem... Seres de tão vasto saber que con-sideram desdouro aprender... Deixa viver no poço ─ quem no poço nasceu! Horizonte de metro e meio, água de três palmos de fundo, pedra de meio palmo ─ que mais quer o batráquio de um poço? Deixa ao ignorante a sua feliz ig-norância! Não fales em mares a quem para um poço nasceu! Cada qual com o seu igual... (Huberto Hoden)

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MAIO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 14

Fala sério! O sapo Gonzalo em:

Viajante espacial

Por: Luiz Bernardo Pericás.

Muito tempo atrás, num brejo perdido em algum lugar da Argentina, o sapucho Gonzalo, ainda um caçoti-nho ingênuo e pueril, olhava todas as noites para o céu e sonhava com as estrelas.

Naquela época, ele lia as edições ama-re ladas da Amazing S to r i -es, emprestadas por seu tio, que cole-cionava a revista desde o final da dé-cada de vinte; acompanhava regular-mente as aventuras de Buck Rogers e Flash Gordon, em belos álbuns enca-dernados de quadrinhos desenhados em nanquim; e devorava todos os li-vros de Ray Bradbury que chegavam às livrarias. Alex Raymond e Stan Lee eram seus ídolos de então. Ele fantasiava com uma viagem espa-cial e imaginava como seriam os plane-tas e asteróides vistos de perto, a i-mensidão negra repleta de astros cinti-lantes, de cometas e poeira cósmica. Alguns anos mais tarde, iria se encon-trar frequentemente nos boliches da capital e das províncias com seu amigo de infância, o Eternauta, para sorver o vinho tinto de Mendoza que tanto apre-ciava e falar dos anseios e aflições da juventude. Os dois conversavam por horas sobre o colega Surfista Prateado,

Aquele trotamundos intergaláctico sempre, sempre solitário, que passava a vida cruzando o universo na su-a longboard, vez ou outra se desvian-do, com agilidade, de meteoros e ne-bulosas… Por onde andaria naquele momento? Será que viria para a Terra em breve? Saudades do companheiro, que sumira de vista há uns bons anos… Décadas atrás, o infinito parecia pronto a ser conquistado. Gonzalo se emocionou quando soube dos primeiros sapos no espaço. Isso foi em março de 1961, quando a União Soviética enviou alguns batráquios na Vostok 3A. Eram seus irmãos de sangue frio e pe-le esverdeada, uns anfíbios pequeni-nos e saltitantes como ele! Uns pionei-ros! Os russos, de fato, estavam à frente na corrida espacial. Afinal, foram os primeiros a colocar um satélite no espaço, o Sputnik 1, em outubro de 1957. E também os primei-ros a lançar um cachorro do cosmódro-mo de Baikonur, em novembro daquele mesmo ano, numa cápsula presa num ICBM SS-6 convertido em foguete es-pacial, a célebre cadela Laika (que in-felizmente não sobreviveu, para triste-za de todos os animalejos de nossa galáxia, como Gonzalo). Outros bichos entrariam na história por sua bravura: macacos e ratos seriam alguns deles. Mas os camaradas caninos se desta-cariam! Em 1960, os cães Bars e Lisi-chka perderiam a vida tragicamente quando seu propulsor explodiu. Mas em seguida, no dia 19 de agosto, dois pulguentos heróicos, Belka e S-trelka, finalmente conseguiriam chegar às alturas, no Sputnik 5, fazendo uma viagem orbital e retornando sãos e sal-vos para a URSS (hoje, Belka está ta-

xidermizado e exibido numa redoma de vidro no Museu Memorial da Astronáu-tica em Moscou e Strelka, igualmente empalhado, continua passeando como sempre, em exposição itinerante por vários países). Verdadeiros desbravadores! Mas os feitos soviéticos não parariam por aí. No dia 12 de abril de 1961, Yuri Gagarin seria o primeiro homem no espaço (em torno de um mês depois dos sapos)! Aos 27 anos de idade, ele gritaria, no momento da decolagem da Vostok 1, que o levaria para a gló-ria: “Poyekhali!” Sua aventura durou 108 minutos. Ao retornar, já na atmosfera, foi ejeta-do de sua cápsula, de paraquedas, tocando o solo pouco depois, perto da vila de Uzmoriye (ao lado do rio Volga), para a total surpresa de uma campone-sa e sua filha, que viram aquele ho-mem pequeno de roupa laranja e capa-cete branco, e acharam que era um extraterrestre! Gagarin teve de explicar que era apenas um cosmonauta russo que acabara de voltar à sua pátria. E pediu para que as duas o levassem o quanto antes a um telefone! Afinal de contas, tinha de avisar às autoridades onde estava! A URSS continuava adiante. E em 16 de junho de 1963, os soviéticos man-dariam na Vostok 6 a primeira mulher (e civil) ao espaço, Valentina Vladimi-rovna Tereshkova, de 26 anos de ida-de, trabalhadora de uma fábrica têxtil, que daria 48 voltas em torno do plane-ta durante dois dias, 23 horas e doze minutos (os norte-americanos só envia-riam sua primeira astronauta ao espa-ço em 1983, ou seja, vinte anos mais tarde). Não custa lembrar que o primeiro ho-mem a andar no espaço, Alexei Leo-nov (tripulante da Voskhod 2), em 18 de março de 1965, e que a primeira representante do sexo feminino a fazer

o mesmo, Svetlana Savitskaya, em 25 de julho de 1984 (na missão Salyut 7), também eram soviéticos… É verdade que os Estados Unidos che-garam antes à lua, em 1969. Mas no ano seguinte, a URSS mandaria uma nave para lá, o projeto não-tripulado Lunokhod (o primeiro robô movido a controle remoto a percorrer a superfície de outro corpo celestial), que serviria como a experiência pioneira que inspi-raria a atual missão dos Mars Ro-vers da NASA. Aparentemente nas duas visitas feitas ao satélite natural (iniciadas respecti-vamente em 1970 e 1973), os veículos Lunokhod 1 e 2 iriam desenhar, com as marcas de suas rodas, um “oito” no solo lunar, em homenagem ao dia in-ternacional da mulher! Ninguém segurava os russos naquela época. Nem hoje em dia. Afinal, apesar de todos os problemas econômicos e das camarilhas e máfias políticas que governam o país, a Rússia ainda é a principal nação a levar o homem ao espaço sideral. Tudo aquilo vol tava à mente de Gonzalucho. Tempos de gente co-rajosa, inovadora, pioneira. Tempos em que se podia sonhar. E que agora estavam no passado re-moto. Atualmente o que prevalece é o dinhei-ro, a alienação e o individualismo exar-cebado. Gonzalo colocou as mãos atrás da nu-ca, esticou as pernas e, do terraço de um antigo edifício de tijolos vermelhos, no meio da cidade suja e barulhenta onde morava, ficou olhando, em silên-cio, para as estrelas…

CONTATOS: 055 12 9114.3431 - Emails: CONTATO: [email protected] - patrocí[email protected]

Mate amargo (sem açúcar) que se toma numa cuia de porongo por uma

bomba de metal. Atribuem-se ao chi-marrão propriedades desintoxicantes, particularmente eficazes numa ali-mentação rica em carnes.

A tradição do chimarrão é antiga. Soldados espanhóis aportaram em Cuba, foram ao México "capturar" os conhecimentos das civilizações Maia e Azteca, e em 1536 chegaram à foz do Rio Paraguay. No local, impres-sionados com a fertilidade da terra às margens do rio, fundaram a primeira cidade da América Latina, Assunción

del Paraguay.

Os desbravadores, nômades por na-tureza, com saudades de casa e lon-ge de suas mulheres, estavam acos-tumados a grandes "borracheras" - porres memoráveis que muitas vezes duravam a noite toda. No dia seguin-te, acordavam com uma ressaca pro-porcional. Os soldados observaram que toman-do o estranho chá de ervas utilizado pelos índios Guarany o dia seguinte ficava bem melhor e a ressaca sumia

por completo. Assim, o chimarrão começou a ser transportado pelo Rio Grande na garupa dos soldados es-panhóis.

As margens do Rio Paraguay guar-davam uma floresta de taquaras, que eram cortadas pelos soldados na for-ma de copo.

A bomba de chimarrão que se conhe-ce hoje também era feita com um pe-queno cano dessas taquaras, com alguns furos na parte inferior e aberta em cima.

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MAIO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 15

Culturas e histórias

CARTA de um cão

Querido "dono", Consegui que escrevessem esta car-ta por mim. Você nem sabe a alegria que sinto por poder comunicar-me contigo. Todos os dias, desde aquele dia em que você me colocou a corrente no pescoço e me prendeu neste espaço, eu sonho que venha me visitar e fa-zer festinhas, como me fazia quando eu era um bebê.

Eu sonho que venha conversar comi-go, não entendo muito bem o que você me diz, mas nem imagina como adoro ouvir o som da tua voz! Eu sei que fiz algo de errado, senão certamente não me teria colocado aqui. Desculpa! Não quero ser exi-gente mas começa a doer ter esta corrente atada ao meu pescoço. Às vezes tenho o pescoço dormente, e outras vezes tenho muito comichão e nem consigo coçar! Sinto o seu pe-so todos os dias, o peso da solidão que me prende. Tenho vontade de esticar as pernas e correr...e como eu gostava de po-der fazer isso com você! Adorava quando você me atirava umas bolas, aí eu podia te mostrar como sou rápi-do pra correr e como trazia as bolas rapidamente. Gostava de poder ver o que você vê.. o mundo lá fora é muito grande? E existem outros como eu? Às vezes tenho sede e alguma fome mas eu aguento em silêncio porque sei que assim que puder virá me dar

comida e água, sei que você faz o que pode, eu não quero incomodar, mas sabe, por vezes gostava de ter um pouco da tua companhia. Sei que talvez alguém tenha dito a você que eu não tenho sentimentos, mas olha que é mentira! Você nem imagina quanta alegria sinto quando alguém me toca ou se dirige a mim. Nem sabe quanta tristeza e solidão pesa em mim nas longas horas que não vejo ninguém. Nem sabe o medo que por vezes sin-to no inverno aqui sozinho, e tenho tanta vontade de estar perto de você. No outro dia passaram aqui umas pessoas estranhas e ficaram olhando aqui para dentro e a apontar para mim, riam e atiravam umas pedras na minha direção. Queriam vir fazer mal pra você. Acertaram-me na pata e ontem não consegui me levantar, mas eu man-dei logo elas embora com o meu la-drar.

Eu não quero que ninguém te venha fazer mal…e não quero que você se zangue comigo. Eu prometo fazer melhor por você. Eu sou o teu amigo mais fiel, nunca te irei trair, não guardo rancor, e não tiro nunca o lugar de ninguém, será que você tem mais amigos assim no teu mundo? Só queria um pouco mais da tua a-tenção e amor, uma cama quente no inverno, um local fresco no verão, e o teu cheiro a entrar-me nas narinas todos os dias, seguido de um sorriso e uma festa no meu velho lombo. Eu sei que um dia você irá chegar aqui e tirar a corrente, e me dar tudo isso, até lá eu fico quieto, à espera. Só não demore muito meu "dono", porque estou ficando velho e começo a ver e ouvir mal. Me faltam forças e não quero ir, sem viver um pouco junto com você. Do teu "cão".

www.formiguinhasdovale.org /// CULTURAonline BRASIL /// http://www.culturaonlinebr.org

Escola da Ponte Corro o risco de chover no molhado, mas assisti a uma palestra emocio-nante de mais de três horas de dura-ção, com José Francisco Pacheco. Ele é um dos criadores da Escola da Ponte em Portugal, que há vários anos mora no Brasil e veio nos falar de suas experiências de vida em Portugal, mostrando que algumas utopias são prováveis e podem acon-tecer. Nós que estudamos a educação e a praticamos no chão da escola, preci-samos deste momento de reflexão para entender o que estamos fazen-do. Algo ficou bem claro, para qualquer projeto de transformação social, ne-cessita-se trabalho em equipe. Um ser humano só, não transforma sua realidade, mas a partir de uma mu-dança pessoal podemos irradiar mu-danças. Espero ver de perto o trabalho que Pacheco desenvolve em Cotia, na grande São Paulo. Estava imaginan-do ir a Portugal e já não preciso, há vários projetos neste pais. Quando penso em transformar a e-ducação, penso nas imensas redes públicas de estados e municípios deste pais. Acredito que para mudarmos algo, precisamos nos transformar primeira-

mente, seja tentando fazer o melhor que pudermos num curso universitá-rio, tentando desbravar as teorias dos mestre da educação e de outros campos do conhecimento humano. A academia nos apresenta os pensa-dores da educação e devemos des-vendá-los, para chegar a práxis, sem nenhum trauma. A teoria nos dá os fundamentos, mas a educação deve estar atenta a buro-cratização e ao comodismo por isto palestras, ler livros e assistir docu-mentários é fundamental. Como é fundamental criar grupos de estudos das teorias, sem o compro-misso com a Academia e a necessi-dade de fazer provas e apresentar teorias. Nada contra continuar a vida acadê-mica, mas o homem precisa da liber-dade dos artistas e filósofos para re-fletir e fazer acontecer, sem amarras. Senti em Pacheco uma bela visão Libertária, pelos pensadores que ci-tou, muitos já li e outros que ainda chegarei. Enfim nos deu uma aula de vida que em nenhuma crônica seria registra-da. Anseio por outros encontros com Pacheco no chão de suas escolas. Enfim, não devemos desprezar as bases teóricas e sim discuti-las, tirar as dúvidas, estudá-las para colocá-las em prática.

Assim em qualquer escola, ONGs e projetos fazer uma educação com amor ao próximo. Ele nos traz uma ponte, diferente do Grito de Edward Munch, nos traz a possibilidade de uma educação que nos transforme. E se nos transfor-marmos ajudaremos a transformar a realidade de nossos alunos. A vida é cheia de espinhos e por en-tre espinhos, as rosas. E Pacheco é uma destas rosas, que nos presen-teia com a Utopia e a possibilidade de transformação humana. João Carlos Faria

Rádio web CULTURAonline Brasil Prestigie, divulgue, acesse,

junte-se a nós. A Rádio web CULTURAonline

BRASIL, prioriza a Educação, a boa Música Nacional e

programas de interesse geral so-bre sustentabilidade social, cida-dania nas temáticas: Educação,

Escola, Saúde, Cidadania, Professor e Família.

Uma rádio onde o professor é valorizado e tem voz e, a

Educação e o Brasil se discute num debate aberto, crítico e livre,

com conhecimento e responsabilidade!

Acessível no link: www.culturaonlinebr.org

Uma mulher se levanta pela ma-nhã, acorda o seu marido e lhe diz: - "Amor, tive um sonho maravi-lhoso. Sonhei que você me dava um colar de diamantes no meu aniversário. O que será que isso quer dizer?" No que o marido responde: - "Você vai saber no dia do seu aniversário." Chega o aniversário da esposa e o marido entra em casa com um pacote na mão. A mulher emocionada não conse-gue parar de tremer as mãos, rasga nervosa o papel, abre rapi-damente a caixa e encontra um livro intitulado: "O Significado dos Sonhos".

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Responsabilidade Social

Edição nº. 66 Ano VI - 2013

Sustentabilidade Social e Ambiental - Educação - Reflorestamento - Desenvolvimento Sustentável - Cidadania

O fado fúnebre que ensurdece o Brasil

Por: Saul Leblon A ortodoxia está matando nações na Europa.

O desemprego passa de 17 milhões de pessoas. Na Espanha, 26% da infância encon-tra-se enredada na teia da pobreza, que avança sobre a 4ª maior econo-mia do euro. O jornal 'El Pais' informa que os ban-cos de alimentos já não dão conta de atender a demanda: estima-se que 1,3 milhões de espanhóis dependem de ajuda para comer. A cada 15 minutos uma família é des-pejada em Madrid, Barcelona ou em algum outro ponto do país . Dizer Estado mínimo é suavizar a montanha desordenada de ruínas a-cumuladas nas diferentes dimensões da vida coletiva. O que restará depois dos sucessivos e inalcançáveis ajustes serão talvez protetorados, enclaves, colônias. Resíduos de nações expropriadas pelos mercados. O que é uma Nação sem o patrimônio comum que a unifica? O uso de viaturas em muitas reparti-ções portuguesas passou a depender da vaquinha dos funcionários para a gasolina. Papel higiênico deve ser trazido de casa. Tatcher, o símbolo disso tudo, foi en-terrada no dia 17 de Abril. A lógica que encarnou enfrenta o seu crepúsculo, mas usa as próprias cin-zas para tornar irrespirável a vida da sociedade, que ainda não se apode-rou de novas referências históricas.

No Brasil, lamenta-se que Dilma não seja a ‘ladra do copo de leite', a e-xemplo da ‘Dama de Ferro', que sub-traiu a merenda da escola pública in-glesa, em 1970, como ministra da e-ducação. O governo se recusa a trazer a crise para dentro do país. Inconsolável, o rentismo exige o ‘laissez-passer' para legitimar a ‘purga' que inveja na Europa. Desdenha-se do ‘efeito provisório' das linhas de passagem erguidas pa-ra atravessar um cerco que se aperta. Como se o estado de exceção da de-sordem neoliberal pudesse ser en-frentado com as ferramentas da roti-na. De cada três palavras difundidas pelo noticiário uma é juro. Colunistas se ressentem de demis-sões frescas. Implora-se por números azedos para servir no café da manhã. É preciso abrir espaços à incerteza no jantar. Professores-banqueiros e candidatos à Presidência tem um prazo de vali-dade contratado. A crise deve aportar antes que o PAC, a reindustrialização do pré-sal e a indução do investimento surtam e-feito. Um centímetro de chão sólido atrapa-lharia tudo. Abengalados ora no quilo do tomate, ora na novena pervertida em prol da seca nos reservatórios, seu futuro pressupõe que o emprego, a casa, a comida, o salário e o crédito sejam tragados em uma gigantesca restau-ração rentista, que solde a economia ao comboio do abismo. Do governo o que se exige é que en-grosse o fado fúnebre, a adestrar o país para ser um imenso Portugal.

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Chissano considera Lusofonia

uma “utopia útil” A lusofonia é “uma utopia útil”, que assenta numa língua comum, mas

não pode “sufocar as culturas dos povos” dos países que a partilham, afirmou esta segunda-feira o ex-presidente moçambicano. Durante uma das conferências em Lisboa que assinalam o quadragési-mo aniversário do semanário portu-guês, Expresso, Joaquim Chissano não poupou criticas e deixou dúvidas e provocações a Portugal. Sem arriscar dizer que um dia a luso-fonia poderá deixar de ser utopia, Chissano questionou o termo e o con-ceito, falando na inculturação do es-paço lusófono “por um dos povos”, leia-se Portugal. Aliás, disse, “em Portugal, não se en-contram as culturas” dos outros de-signados países lusófonos, são “visitantes” apenas, comparou. Ou seja, o conceito de lusofonia pode significar uma “exclusão da diversida-de”, realçou. Os “maiores desafios” são, disse, saber “como usar para interesse comum as capacidades de todos” e, antes disso, “definir o que é o interesse comum”. Fonte: NAM _______________________

Confiança na economia da zona do euro registra queda em Abril

A confiança dos investidores na eco-nomia da zona do euro caiu mais que o esperado em Abril, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pela Comissão Europeia. É a segun-da queda consecutiva, o que poderia influenciar na política econômica.

Os dados decepcionantes destacam a dificuldade da zona do euro para sair da recessão e o declínio do hu-

mor entre empresas e consumidores desde Março, depois de um começo de ano otimista.

A expectativa é que o BCE (Banco Central Europeu) reduza as taxas de juros para ajudar a melhorar o cená-rio econômico.

Segundo o relatório, a confiança eco-nômica nos 17 países que usam o euro caiu para 88,6 em Abril ante 90,1 dos dados revisados de Março. Economistas consultados pela agên-cia de notícias Reuters esperavam uma queda para 89,3.

De entre os países que registraram queda, estão a Alemanha, maior eco-nomia da Europa, onde a confiança econômica caiu 2,3 pontos. O índice teve redução também na França e na Itália, a segunda e terceira maiores economias da zona.

A medida da Comissão do ciclo de negócios da zona do euro recuou pa-ra -0,93 em Abril, ante -0,75 em Mar-ço e abaixo do nível de -0,89 espera-do por economistas. Com os resulta-dos, a expectativa dos economistas é que o BCE reduza na próxima quinta, 02, a sua taxa básica de juros para 0,5%, ante os atuais 0,75%, chegan-do a um novo recorde mínimo.

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Desfile de dança da Rua em Lisboa

A dança invadiu Lisboa. A ideia é da Associação de Dança de São Vicente para comemorar o mês da dança.

Neste espetáculo de 60 minutos vão desfilar danças de todo o tipo: desde os tradicionais, à lambada, kuduro, hip-hop, salsa, merengue e vários outros estilos, com grupos da ilha.

Da redação

CONTATOS: 055 12 9114.3431 - Emails: CONTATO: [email protected] - patrocí[email protected]