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RECICLE INFORMAÇÃO: Passe este jornal para outro leitor ou indique o site Cidadania e Meio Ambiente Formiguinhas do Vale www.formiguinhasdovale.org A Associação tem como princi- pal objetivo interferir nas mudanças com- portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien- tal, sustentabilidade e paz social, refloresta- mento, incentivo à agricultura orgânica, hor- tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta- gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul- gado através deste veículo de interação. Projetos integrados: Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula- res de cada região. Inicialmente iremos for- mar turmas que terão a finalidade de multi- plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti- vas comunidades. Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti- co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ- nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci- mento adquirido em cada comunidade. Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali- dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for- mação de cooperativas ou grupos preserva- cionistas em suas comunidades. Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú- sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen- te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res- ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos. # SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco 0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org Este veículo, transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa Edição 48 Ano IV Novembro Distribuição Gratuita Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê O petróleo é vosso... Ídolos que são exemplos Nossos filhos Autoridade Educação I Educamos para quê? A família no século XXI Pais e filhos Comprometimento social Constituição Educação pública Educação II BRASIL - Guerra de gente grande NOVOS AUTORES (regulamento) Nós professores e educadores A arte de saber escutar Valores éticos e sociais A arte de educar Por: Isabel C. S. Vargas Educar requer uma grande dose de paciência, sabedoria, amor, per- severança e coerência, para conseguirmos estabelecer limites sem podar a criatividade nem sermos autoritários em demasia, dar amor sem que com isto e em seu nome nos tornemos por demais permis- sivos, dar liberdade para que seja exercido o livre arbítrio de cada um, de modo que haja responsabilidade pelas escolhas e pelos atos praticados. É importante corrigir, sem ser excessivamente crítico, de modo a humilhar e desvalorizar, estabelecer regras que devem ser cumpri- das, sem que sejamos tiranos, saber ser flexível, quando a situação requer, sem com isto estimularmos a impunidade. É importante indicar caminhos, sem que com isto queiramos percor- rer caminhos alheios, posto que a vida se faz a cada passo, a cada momento, a cada opção feita, a cada ato praticado, cada palavra dita (ou omitida), cada mão estendida, cada sorriso dado, a cada lágrima derramada, seja de alegria ou de dor. Quando uma criança chega à escola, já leva uma bagagem de emo- ções, de sentimentos, de orientações recebidas, hábitos adquiridos pela educação que recebe na família na qual está inserida. Como vivemos em um mundo globalizado, aonde a informação chega a cada casa com uma incrível velocidade, por vezes tudo que se tenta passar para uma criança, parece ser algo em desuso, sem valor, frente ao que é visto através da imprensa ou da mídia televisiva. Educamos através de coisas simples, que são reforçadas no dia a dia, como ao orientar para cuidar do que lhe pertence, não pegar nada do colega sem pedir permissão, não dizer palavrão, não men- tir, exigir respeito aos mais velhos, que seja educado, gentil, que use palavras “mágicas” como Bom Dia, Com licença, Obrigado; fale sem que precise gritar, não jogue lixo na rua e uma série de outras regras básicas de boa, pacífica e respeitosa convivência. Hoje temos que ser verdadeiros artistas, sem sermos palhaços (digna profissão, aliás), para conseguir formar um cidadão de bem, sem corrermos o risco de sermos taxados de alienados diante da realidade que nos é mostrada, onde parece que prevalece a impuni- dade, a falta de caráter, de respeito e de limites. Proclamação da república Dia de finados 7 bilhões de almas no mundo 01 - Dia de todos os Santos 02 - Dia de Finados 03 - Instituição direito ao voto da mulher 04 - Dia da ciência e da cultura - Dia do inventor 07 - Dia do radialista 11 - Dia do soldado desconhecido 12 - Dia do diretor de Escola 14 - Dia nacional da alfabetização 15 - Proclamação da República 16 - Semana da música 17 - Dia da criatividade 19 - Dia da bandeira 20 - Dia nacional da consciência Negra 21 - Dia do músico 25 - Dia Nacional do doador de sangue 28 - Dia Nacional de ação de graças Você sabia ? 1 - O Corpo humano tem em média de 5 a 6 litros de san- gue. 2 - Que os vampiros assopram e jogam um ventinho com as asas sobre suas vitimas na hora do suga suga? Hum, isso parece com tantas coisas por ai não é? 3 - Há uma espécie de macaco que a mãe é tão amorosa que abraça tanto o filho que o mata sufocado? O mata de amor.. 4 - Você já percebeu que a América se encaixa perfeita- mente sobre a África? 5 - Que Israel sobreviveu sem pátria por 1878 anos? 6 - Que a índia é o pais mais religioso do mundo e lá exis- tem 3 milhões de deuses que são adorados? 7 - A indústria que mais cresce no mundo é a do entreteni- mento. Sugira um tema entre os acima para desenvolvermos Datas comemorativas NOVEMBRO Paraíba (PB) >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 08

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Meio Ambiente

Formiguinhas do Vale www.formiguinhasdovale.org

A Associação tem como princi-pal objetivo interferir nas mudanças com-portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien-tal, sustentabilidade e paz social, refloresta-mento, incentivo à agricultura orgânica, hor-tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta-gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul-gado através deste veículo de interação.

Projetos integrados: • Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula-res de cada região. Inicialmente iremos for-mar turmas que terão a finalidade de multi-plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti-vas comunidades.

• Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti-co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ-nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci-mento adquirido em cada comunidade.

• Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali-dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for-mação de cooperativas ou grupos preserva-cionistas em suas comunidades.

• Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú-sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen-te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res-ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos.

# SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco

0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org

Este veículo, transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”, organização sem fins

lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa

Edição 48 Ano IV Novembro Distribuição Gratuita

Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê

O petróleo é vosso...

Ídolos que são exemplos

Nossos filhos

Autoridade

Educação I

Educamos para quê?

A família no século XXI

Pais e filhos

Comprometimento social

Constituição

Educação pública

Educação II

BRASIL - Guerra de gente grande

NOVOS AUTORES (regulamento)

Nós professores e educadores

A arte de saber escutar

Valores éticos e sociais

A arte de educar Por: Isabel C. S. Vargas

Educar requer uma grande dose de paciência, sabedoria, amor, per-severança e coerência, para conseguirmos estabelecer limites sem podar a criatividade nem sermos autoritários em demasia, dar amor sem que com isto e em seu nome nos tornemos por demais permis-sivos, dar liberdade para que seja exercido o livre arbítrio de cada um, de modo que haja responsabilidade pelas escolhas e pelos atos praticados.

É importante corrigir, sem ser excessivamente crítico, de modo a humilhar e desvalorizar, estabelecer regras que devem ser cumpri-das, sem que sejamos tiranos, saber ser flexível, quando a situação requer, sem com isto estimularmos a impunidade.

É importante indicar caminhos, sem que com isto queiramos percor-rer caminhos alheios, posto que a vida se faz a cada passo, a cada momento, a cada opção feita, a cada ato praticado, cada palavra dita (ou omitida), cada mão estendida, cada sorriso dado, a cada lágrima derramada, seja de alegria ou de dor.

Quando uma criança chega à escola, já leva uma bagagem de emo-ções, de sentimentos, de orientações recebidas, hábitos adquiridos pela educação que recebe na família na qual está inserida. Como vivemos em um mundo globalizado, aonde a informação chega a cada casa com uma incrível velocidade, por vezes tudo que se tenta passar para uma criança, parece ser algo em desuso, sem valor, frente ao que é visto através da imprensa ou da mídia televisiva.

Educamos através de coisas simples, que são reforçadas no dia a dia, como ao orientar para cuidar do que lhe pertence, não pegar nada do colega sem pedir permissão, não dizer palavrão, não men-tir, exigir respeito aos mais velhos, que seja educado, gentil, que use palavras “mágicas” como Bom Dia, Com licença, Obrigado; fale sem que precise gritar, não jogue lixo na rua e uma série de outras regras básicas de boa, pacífica e respeitosa convivência.

Hoje temos que ser verdadeiros artistas, sem sermos palhaços (digna profissão, aliás), para conseguir formar um cidadão de bem, sem corrermos o risco de sermos taxados de alienados diante da realidade que nos é mostrada, onde parece que prevalece a impuni-dade, a falta de caráter, de respeito e de limites.

Proclamação da república

Dia de finados

7 bilhões de almas no mundo

01 - Dia de todos os Santos 02 - Dia de Finados 03 - Instituição direito ao voto da mulher 04 - Dia da ciência e da cultura - Dia do inventor

07 - Dia do radialista 11 - Dia do soldado desconhecido 12 - Dia do diretor de Escola 14 - Dia nacional da alfabetização 15 - Proclamação da República 16 - Semana da música 17 - Dia da criatividade 19 - Dia da bandeira 20 - Dia nacional da consciência Negra 21 - Dia do músico 25 - Dia Nacional do doador de sangue 28 - Dia Nacional de ação de graças

Você sabia ?

1 - O Corpo humano tem em média de 5 a 6 litros de san-gue. 2 - Que os vampiros assopram e jogam um ventinho com as asas sobre suas vitimas na hora do suga suga? Hum, isso parece com tantas coisas por ai não é? 3 - Há uma espécie de macaco que a mãe é tão amorosa que abraça tanto o filho que o mata sufocado? O mata de amor.. 4 - Você já percebeu que a América se encaixa perfeita-mente sobre a África? 5 - Que Israel sobreviveu sem pátria por 1878 anos? 6 - Que a índia é o pais mais religioso do mundo e lá exis-tem 3 milhões de deuses que são adorados? 7 - A indústria que mais cresce no mundo é a do entreteni-mento.

Sugira um tema entre os acima para desenvolvermos

Datas comemorativas NOVEMBRO

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Novembro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 02

A Gazeta Valeparaibana é um jornal mensal gratuito distribuído mensalmente para download e

com visa a atender ao Cone Leste Paulista, que é composto pelas seguintes regiões:

Vale do Paraíba Paulista, Serrana da Mantiqueira, Litoral Norte Paulista, Bragantina e Alto do Tietê.

Editor: Filipe de Sousa - FENAI 1142/09-J

Diretora Pedagógica dos Projetos: Prof. Elizabete Rúbio

Revisão de textos: Prof. Francisca Alves

Veículo divulgar da OSCIP

“Formiguinhas do Vale” CULTURAonline

Gazeta Valeparaibana é um MULTIPLICADOR do Projeto Social

“Formiguinhas do Vale” e está presente

mensalmente em mais de 80 cidades do Cone

Leste Paulista, com distribuição gratuita em

cerca de 2.780 Escolas Públicas e Privadas de

Ensino Fundamental e Médio.

“Formiguinhas do Vale” Uma OSCIP - Sem fins lucrativos www.formiguinhasdovale.org

O Petróleo é vosso... Por: Emanuel Cancella

No Brasil, quando a sociedade foi às ruas na campanha “O Petróleo é Nosso!”, nas décadas de 40 e 50, foi para garantir que o petróleo fosse realmente nosso. A socie-dade brasileira não disse que o petróleo era somente dos fluminenses e capixabas. O petróleo é nosso, de todos os brasileiros! Na discussão dos royalties criou-se uma baita confusão. A lei que garantiu o paga-mento de royalties foi estabelecida em 1997, Lei 9478. A mesma legislação que ga-rantiu o pagamento dos royalties substituiu, de forma criminosa, a Lei 2004 de 1953, extinguindo assim o monopólio estatal do petróleo, criando a Agência Nacional do Pe-tróleo e os leilões de petróleo. FHC substituiu “o petróleo é nosso” pelo “o petróleo é vosso”, ou seja, a partir da mu-dança, quem extraísse o óleo no Brasil era dono do hidrocarboneto. Essa lei fere a Constituição Federal que expressa que toda a riqueza do subsolo pertence à União, mas a alteração de FHC de forma inconstitucional diz que o petróleo pertence a quem o produz. Também não creio que seja covardia como diz o governador Sergio Cabral tirar o di-nheiro dos royalties do Rio de Janeiro e do Espírito Santo e levar para os demais es-tados e municípios brasileiros. A verdadeira covardia não está sendo revelada pelo Congresso Nacional e pelos governantes brasileiros. Vamos nos transformar num grande exportador de petróleo , pela vontade do governo federal e pela omissão do Congresso Nacional. Ao invés de aplicar todo esse petróleo para resolver os problemas do país vamos ex-portá-lo como fizemos com o pau-brasil, com a borracha, com os minérios e com o ouro. No caso do petróleo, a situação é mais grave porque ele acaba diferentemente do etanol que tem origem vegetal e se renova sempre. Vamos continuar sendo um mero fornecedor de matéria prima para o mundo. Vamos continuar a brigar internamente para saber quem leva mais dinheiro dos royal-ties que representa no máximo 15% do petróleo? Enquanto isso, a maior parte do nosso petróleo vai ser exportado para resolver o pro-blema de abastecimento dos EUA e da Europa e ajudar a administrar os efeitos da crise financeira internacional. E o Brasil, se depender da atual classe política, vai continuar a ser o país do futuro. E o presente nunca chega! No âmbito interno, entendemos que os royalties devam ser pagos a todos os estados e municípios sem prejuízo daqueles que o produzem. E mais, cobrar dos governos onde aplicaram e onde vão aplicar o dinheiro dos royalties. Também é covardia não dizer qual a destinação dos recursos e, no caso da ameaça de perda, usar o argumento de não pagamento das aposentadorias. Quanto ao debate dos royalties entre governadores, prefeitos e parlamentares, basta saber qual sua origem, se for do Rio ou Espírito Santo é contra a divisão dos royalties, se for de outros estados é a favor. Todos eles estão preocupados na verdade com sua eleição. O que a sociedade quer saber é quem vai defender os interesses da nação brasileira e lutar para que o petróleo seja tratado como um recurso público estratégico e capaz de transformar radicalmente a vida do nosso povo?

Fonte: Emanuel Cancella é diretor do Sindipetro-RJ/Agência Petroleira de Notícias.

Rádio web

CULTURAonline

Prestigie, divulgue, acesse, junte-se a nós. A Rádio web CULTURAonline, priori-za a Educação, a boa Música Nacional e programas de interesse geral sobre sustentabilidade social, cidadania e nas temáticas: Educação, Escola, Professor e Família. Uma rádio onde o professor é valorizado e tem voz e, a Educação se discute num debate aberto, crítico e livre.

Acessível nos links: www.gazetavaleparibana.com www.formiguinhasdovale.org

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Novembro 2011 Gazeta Valeparaibana Pagina 03

Ídolos que são exemplos Foi inaugurado o monumento nacional em homenagem a Martin Luther King Jr. O Pre-sidente Barack Obama falou sobre o Dr. King: “Se esti-

vesse vivo hoje, creio que nos lembraria que o tra-balhador desempregado tem todo o direito de de-nunciar os excessos em Wall Street, mas sem de-monizar aqueles que trabalham ali”.

A inauguração oficial ocorreu no momento em que o movimento “Ocupemos Wall Street” soma cada vez mais adeptos e se transforma em um fenôme-no mundial. O que Obama não disse é que se King estivesse vivo provavelmente estaria se manifes-tando contra as políticas de seu governo.

A poucos passos da cerimônia de inauguração, Cornel West, pastor, acadêmico, escritor e ativista foi preso nas escadas da Suprema Corte dos Esta-dos Unidos. Antes de ser enviado à prisão, disse: “Queremos registrar hoje que conhecemos a rela-ção existente entre a cobiça empresarial e o que acontece frequentemente nas decisões da Supre-ma Corte.

É significativo que neste dia de homenagem a Mar-tin Luther King Jr. alguém seja enviado a prisão porque Martin King estaria aqui, disposto a lutar conosco e o faria pelo seu profundo amor.”

O professor West, que foi preso junto a outras 18 pessoas, declarou: “Estamos aqui para expressar nossa solidariedade com o movimento de protesto em todo o mundo porque amamos os mais pobres, amamos os trabalhadores e queremos que Martin Luther King Jr. saiba que não esquecemos de sua luta e sorria de sua tumba”.

Durante esse mesmo fim de semana, a campanha de ataques com aviões não tripulados das forças armadas estadunidenses e a CIA, sob as ordens do Comandante-Chefe Obama, lançou o que foi chamado pelo Escritório de Jornalismo Investigati-vo (BIJ, sigla do nome original em inglês, uma or-ganização independente sem fins lucrativos com sede em Londres) de “o ataque de número 300”

com desses aviões, o 248º desde que Obama as-sumiu a presidência.

Segundo a dados , das 2328 pessoas mortas pelos ataques, entre 386 e 775 são civis, entre elas, 175 crianças. Imagine como iria responder King, Prê-mio Nobel da Paz assim como Obama, a estas ci-fras cruas.

Em 1963, King publicou uma recopilação de ser-mões intitulada “A força de amar”. O prefácio co-meça assim: “Nestes dias de revoltas e incertezas, os gênios malígnos da guerra e da injustiça econô-mica e racial ameaçam inclusive a sobrevivência da raça humana”. Três dos 15 sermões foram es-critos nos cárceres da Georgia, entre eles “Sonhos destroçados”.

Nele, escreveu: “Cooperar passivamente com um sistema injusto converte o oprimido em um ser tão malvado como o opressor”. King retomou a ideia dos sonhos destroçados quatro anos mais tarde, e oito meses antes de ser assassinado, em seu dis-curso chamado “Para onde vamos”. “Em certas ocasiões, nossos sonhos serão destroçados e nos-sas esperanças etéreas, quebradas.

Quando nossos dias se tornarem tristes e nos inva-dir uma nuvem de desesperança, e quando nossas noites se tornem mais obscuras que mil meias-noites, lembraremos de que há uma força criativa do universo que trabalha para derrubar as enormes montanhas do mal, um poder que é capaz de supe-rar qualquer obstáculo e converter o passado obs-curo em radiante porvir. O arco do universo moral é amplo, mas se inclina para o lado da justiça”.

Nesse mesmo ano, 1967, um ano antes de ser as-sassinado, King fez seu discurso “Muito além do Vietnã” na Igreja Riverside da cidade de Nova York, onde proclamou: “Descobri que nunca mais vou poder lançar minha voz contra a violência dos oprimidos nos bairros marginais sem antes falar do principal responsável pela violência do mundo atu-al, meu próprio governo”.

Essas palavras e esse discurso marcaram o estado de ânimo que iria caracterizar o último e fatal ano da vida de King. Apesar das ameaças de morte e do conselho de seus assessores para que não fos-se a Memphis, King participou da marcha em soli-dariedade aos garis dessa cidade. No dia 04 de

abril de 1968, morreu assassinado de um disparo no balcão do Motel Lorraine.

Dois jovens daquela época, que foram profunda-mente afetados pelo assassinato de King, permiti-ram-nos percorrer o caminho que vai do arco de justiça moral do Dr. King até o movimento “Ocupemos Wall Street”.

Um deles é John Carlos, um velocista olímpico es-tadunidense. Carlos ganhou a medalha de bronze na corrida de 200 metros do atletismo nos Jogos Olímpicos de 1968 na Cidade do México. Carlos e seu companheiro de equipe, Tommie Smith, que ganhou a medalha de ouro, voltaram mundialmente famosos por terem feito a saudação do Poder Ne-gro no pódio.

Ambos subiram para receber suas medalhas sem sapatos, um sinal de protesto pela situação de po-breza das crianças afrodescendentes nos Estados Unidos.

Em meados de Outubro, John Carlos se manifes-tou no “Ocupemos Wall Street”. Em seguida me disse: “Estou tão feliz de ver tantas pessoas aqui, reunidas para dizer: ‘Não pedimos mudanças. Exi-gimos mudanças’”.

O outro é o Reverendo Jesse Jackson, que estava junto a King quando o assassinaram. Na segunda-feira de madrugada, o Departamento de Polícia de Nova York parecia tentar avançar sobre a barraca de primeiros socorros do “Ocupemos Wall Street”. O Reverendo Jackson estava ali. Apenas dias de-pois de completar 70 anos, Jackson se somou aos jovens manifestantes para enfrentar a polícia. A polícia se retirou e o arco do universo moral se in-clinou um pouco mais para o lado da justiça. Que isto nos sirva de exemplo e de como nos mobilizar-mos para as mudanças que queremos.

Nosso Betinho poderia ser o nosso King? Podia ser nossa referência de paz. Na falta de outros exem-plos e de outros líderes verdadeiramente compro-metidos com a cidadania, em VEZ do seu time fa-vorito; jogador favorito, big brothers da vida, e etc.

Bem que o brasileiro podia ter o Betinho como ído-lo nacional, ao invés das boçalidades da vida que tanto nos querem mostrar como exemplos a seguir, numa atitude delineada e orientada para a manipu-lação das massas sociais.

Filipe de Sousa

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Todos sabemos que programas sobre educação onde se abordem verdades e se discuta o assunto de forma imparcial, suprapartidari-amente e com ética são raros na mídia convencional. São raros porque infelizmente não

dão IBOPE e a mídia convencional busca imagem e IBOPE, pois so-mente assim conseguirá patroci-nadores e valorizará seus espaços publicitários.

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Novembro 2011 Gazeta Valeparaibana Pagina 04

A figura paterna Hoje nem é dia dos pais nem nada, mas essa é uma observa-ção que venho comprovando por experiência pró-pria – se é que se aprende algu-

ma coisa de outra forma, por experi-ência alheia, por exemplo – e percebi que grande parte dos casos de delin-quência juvenil tem por detrás um pai ausente. E por pai ausente entenda-se aquele que sumiu, morreu, não-fede-nem-cheira ou que foi rejeitado como modelo pelo filho.

Os números da delinquência são crescentes e a sociedade costuma culpar o governo pelas más condi-ções de vida e falta de oportunidades para as classes mais pobres, mas acredito que a principal causa da de-linquência esteja dentro da própria família e não em fatores externos. Basta ir a uma delegacia (como fui algum tempo atrás) e observar os menores que ali estão. Em sua gran-de maioria quem comparece para representar o menor é a mãe ou ou-tra pessoa da família, quase nunca o pai. E o fato de o pai estar presente em pessoa não significa necessaria-mente que represente uma figura importante na educação do filho. Mães que também se tornam pais de seus filhos há muitas, mas quando nos arvoramos em pai e mãe de nos-

sos filhos acabamos na verdade nos tornando meio-pai e meia-mãe por-que somos apenas uma pessoa e não é possível nos desdobrarmos em duas. E também o que faz falta é a “figura” do pai, um homem que o jovem admire e, portanto, queira imi-tar.

Por mais que nós mães tentemos ser o pai de nossos filhos ou suprir sua falta, acabamos por nos tornarmos pais indulgentes e dóceis demais, e por outro lado mães duras e frias em demasia. Acabamos não desempe-nhando nenhum dos dois papéis da forma ideal, e isso acaba afetando o desenvolvimento emocional e o cará-ter de nossos filhos.

Isso não equivale a dizer que TO-DOS os jovens criados sem a figura do pai presente e atuante estão ine-xoravelmente fadados a tornarem-se delinqüentes ou marginais, mas se houver em sua personalidade traços mais fracos ou indesejáveis, com certeza sem um pai essas caracterís-ticas serão muito mais difíceis de se-rem contornadas ou abolidas na for-mação do caráter do jovem.

Por outro lado, se o pai é um modelo e uma figura admirada pelo filho, a necessidade de aprovação por parte do pai fará com que o filho aja de forma muito mais consciente e equili-brada, mais de acordo com os parâ-metros desejados para fazer dele um “cidadão de bem” no futuro.

(Zailda Coirano)

Comunicar-se é sempre um

desafio!

Às vezes, precisamos usar métodos diferentes para alcançar os resultados que buscamos e atingir o público alvo esco-lhido de uma forma objetiva e, que ao mesmo tempo, se apresente perante o ou-vinte ou o leitor como honesta e verdadeira, a informação ou a opinião.

Por quê?

Porque a bondade que nunca repreende não é bondade: é passividade;

Porque a paciência que nunca se esgota não é paciência: é subserviência;

Porque a serenidade que nunca se desmancha não é serenidade: é indiferença;

Porque a tolerância que nunca replica não é tolerância: é imbecilidade" http://www.culturaonlinebr.blogspot. com Porque a verdade tem que ser norma !

Filipe de Sousa

Segundo um ór-gão da imprensa que teve acesso ao relatório final da polícia sobre a morte de um aluno de nove anos em uma escola adventis-ta da Grande São Paulo. O documento afir-ma que o meni-no foi baleado

por um colega, mas como a arma não foi encontrada, a Justiça ar-quivou o caso. Em depoimento, o menino disse que seus pais não têm arma em casa, mas a mãe de Miguel contou à polícia que o filho chegou a comentar que um amigo iria lhe dar de presente uma bala de revól-ver. A polícia também se baseia em relatos de crianças que viram Miguel e o colega indo sozinhos para a sala de aula momentos an-tes de ouvirem o tiro. Apesar da Justiça não ter aberto processo criminal, a promotoria da infância e da juventude continua acompanhando o caso. O menino apontado pela polícia como autor do disparo recebe acompanhamento psicológico. O estatuto da criança e do adolescente não prevê medidas puniti-vas para quem tem menos de 12 anos. Este é somente mais um caso, dos chamados REIZINHOS. Aque-les que tudo podem fazer, a quem tudo é permitido e a quem não se pedem deveres ou responsabilidades. Impunidade e irresponsa-bilidade, se aprende, e se estimula, no Brasil, desde pequeno.

Filipe de Sousa

Nossos Filhos Autoridade Hoje em dia parece que os pais têm medo de exer-cer sua autoridade, como se fosse vergonha ser o adulto da casa, o que to-

ma as decisões e também o que é res-ponsável por qualquer problema mais sério que aconteça.

Se nós somos o esteio da família, que a suprimos de tudo o que é necessário para a convivência e o desenvolvimen-to físico, mental e emocional de nos-sos filhos, é justo também que queira-mos estabelecer regras, que são fun-damentais para que as coisas andem a bom termo.

Há alguns pais que tratam seus filhos como se fossem amiguinhos de esco-la, talvez temendo perder o amor de-les caso queiram impor limites. A ver-dade é que a própria criança se sente imatura para tomar decisões, portanto vai se sentir mais segura se um adulto assumir o comando mostrando-lhe o que deve fazer.

As crianças devem ser ensinadas des-de cedo a organizar suas atividades e

horários de forma a poder cumprir to-das no prazo estipulado para não se tornarem adultos que não conseguem fazer nada direito e estão sempre se queixando de falta de tempo.

Percebo que as crianças imitam seus pais e muitos me surpreendem às ve-zes dizendo que “não tiveram tempo” de fazer as tarefas ou de estudar para as provas. Como assim não tiveram tempo? Pergunte se tiveram tempo de entrar no msn ou no orkut e eles certa-mente lhe dirão que para isso arruma-ram tempo. Com certeza não havia nenhum adulto para dosar o uso da internet ou para perguntar-lhes sobre os trabalhos escolares que tinham pa-ra fazer.

Pais que só estão presentes na vida dos filhos para cobrar resultados sem orientá-los sobre a melhor forma de conseguí-los não são de grande ajuda para os filhos porque eles necessitam de orientação e adultos com autorida-de para mostrar-lhes o que fazer e não meros cobradores de boas notas.

(Zailda Coirano)

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Não deveríamos viver pela quantidade imediata dos acertos, mas pela capacidade de entendermos aonde estamos

errando e para onde estamos caminhando, transformando as falhas em ajustes consistentes, feitos no tempo adequado para a manutenção das direções, métodos e pessoas.

Filipe de Sousa

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Novembro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 05

O ministro da Educação, Fernando Haddad, apresentou no PASSADO DIA 21 DE OUTUBRO em Brasília o resultado de uma pesquisa que levou o MEC a avaliar o aumento de até quatro semanas no calen-dário letivo da educação básica do país no sistema público e privado. Atualmente, o Brasil tem 200 dias, como prevê a Lei de Diretrizes e Bases (nº 9.394, de 20 de dezem-bro de 1996) no ano letivo e carga horária de 800 horas. O ministro propõe um amplo debate sobre a ampliação da carga horária escolar para 220 dias ao ano.

“Sempre que o MEC se vê diante de uma evidência forte que algo pode melhorar a partir da desco-

berta de um estudo temos que per-seguir este objetivo”, disse Had-dad. O ministro vai discutir a pro-posta com secretários de educa-ção estaduais e municipais. Ele espera concluir o debate este ano para que a proposta seja encami-nhada ao Congresso Nacional em 2012 para votação. “Nenhum país com bom desempenho tem uma carga horária de 800 horas”, disse o ministro. “O Chile tem carga de 1.200 horas por ano e o nosso de-sempenho hoje é equivalente ao que o Chile tinha no ano 2000.”

A pesquisa coordenada por Ricar-do Paes de Barros, subsecretário da Secretaria de Assuntos Estraté-gicos da presidência, mostrou que

dez dias a mais de aula aumentam em 44% o aprendizado dos alunos e em sete pontos a nota dos estu-dantes no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Essa melhoria pode ser atingida aumen-tando a exposição do aluno ao co-nhecimento.

Segundo o pesquisador, o aumen-to da exposição pode ser feito com ampliação da jornada diária e com a diminuição das faltas dos alunos e dos professores durante o ano letivo. Mas a alternativa mais atra-ente, segundo Barros, é a que tem o menor custo. “Em termos de cus-to é melhor porque na outra alter-nativa (mais horas/aula por dia ou menos alunos por sala) você preci-

sa aumentar o espaço na escola colocando restaurantes e espaços esportivos.”

A outra variável que provoca me-lhora é a qualidade do professor. “Tem um enorme impacto entre se consultar um bom ou um mau mé-dico. Com o professor também é assim, mas a gente não valoriza a profissão e deixa o profissional mais experiente migrar para a rede privada”, destacou o pesquisador. Ainda de acordo com ele, o impac-to no Saeb com professor experi-ente seria de 3,3 pontos. Fonte: Portal do MEC

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Urgente e Atual

O ministro da Educa-ção Fernan-do Haddad s o l i c i t o u uma pes-quisa cien-tífica sobre o aumento do número

de horas do aluno na Escola e sua correlação com o aumento do Ren-dimento Escolar. No dia 21 de se-tembro (21/09/11) ele apresentou os resultados à imprensa, pois deseja um Grande Debate sobre o Assun-to.

A pesquisa realizada pela Secreta-ria de Assuntos Estratégicos do Governo revelou que mais tempo (mais horas) na Escola leva a uma melhoria dos resultados do aluno na aprendizagem e nas avaliações (ENEM, SAEB, etc.).

Até aí nenhuma surpresa, pois vá-rios países desenvolvidos têm uma carga horária anual maior do que a brasileira e têm resultados melho-res. O que vêm a seguir é que é preocupante.

Diante do resultado deste estudo, Ricardo Paes de Barros, subsecre-tário que coordenou a pesquisa a-pontou alternativas (que seriam, na verdade, Propostas) ao ministro:

Alternativa 1

Alternativa 1 – O Estudo de Ricardo Paes de Barros mostrou que um bom professor em sala de aula tem o impacto de 9,6 pontos no Saeb, 20 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e 68% de me-lhoria do desempenho do aluno. Mostrou também que a melhoria dos resultados acadêmicos pode ser feita com a diminuição das fal-tas dos alunos e dos professores durante o ano letivo. Esta proposta implica a) criar programas de for-mação e projetos de incentivo aos docentes, para que mais bem re-munerados, preparados e motiva-dos, possam faltar menos e dar melhores aulas; b) modificar a atu-al LDB, diminuindo o percentual máximo permitido de faltas aos alu-nos (25%); c) Reduzir o número de faltas, abonos e licenças permiti-das por lei aos docentes.

A Alternativa 1 requer modificação na legislação educacional e investi-mentos em Salários e em Progra-mas de Formação Continuada para os Docentes (Formação Profissio-nal, Especialização, Mestrado e Doutorado).

Alternativa 2

Alternativa 2 – Paes de Barros a-ponta que a Diminuição do número de alunos em Sala potencializa o rendimento de todos, ao permitir que os Docentes tenham mais tem-po para auxiliar os alunos que a-presentarem dificuldades. Nesta proposta: a) estabelecer qual é o número mínimo de alunos por sala e série; b) ampliar o número de sa-las e, consequentemente, de esco-las; c) criar incentivos para a car-reira docente, pois mais salas e

mais escolas demandarão mais professores mais bem preparados (hoje, desestimulados, muitos es-tão deixando a carreira docente). A Alternativa 3 demanda investi-mento em infraestrutura e investi-mento no profissional da educação (Salários e Capacitação). Se a car-reira docente for valorizada, atrairá e manterá nela os mais capacita-dos.

Alternativa 3

Alternativa 3 – Aumento do número de horas diárias do aluno na Esco-la. Essa proposta segue o modelo europeu (período integral) e implica em alguns investimentos: a) melho-rar as cantinas escolares para que possam servir almoço aos alunos; b)readequação do currículo para que todo o período de permanência seja bem aproveitado; c) maior nú-mero de salas de aulas (hoje, os alunos do matutino e vespertino utilizam as mesmas salas); d) rea-dequação e aumento da carga ho-rária dos professores (o professor receberia o valor das aulas adicio-nais); e) aumento dos espaços es-portivos e culturais da Escola (necessidades de uma Escola de Tempo Integral).

Ou seja, a Alternativa 3 requer sig-nificativos investimentos em infra-estrutura. Entretanto, o aumento do salário dos professores seria ape-nas em função do aumento do tra-balho (mais aulas, mais remunera-ção) e não de um aumento real no valor da hora/aula. É verdade que a Escola de Tempo Integral é um mo-delo seguido na Europa, mas lá o professor recebe melhores salários (quando comparados com outros

profissionais de formação superi-or) do que aqui. Alternativa 4

Alternativa 4 – Aumento dos dias letivos. Dos atuais 200 para 220 di-as letivos. Sendo subsecretário da Secretaria de Assuntos Estratégi-cos da presidência, Paes de Barros julga ser essa a alternativa mais atraente e interessante ao governo pois praticamente não haverá ne-nhum custo para os cofres públi-cos. Na prática, essa Alternativa levará: a) a um aumento dos dias letivos em detrimento de sábados e feriados; b) aumento da jornada de trabalho (em dias) sem o conse-quente aumento da remuneração (pois o governo já divide o salário anual em doze meses + o décimo terceiro); c) diminuição dos dias de recesso e férias docentes.

A Alternativa 4 não requer do Go-verno praticamente nenhum inves-timento – só uma mudança na Lei. Já para o docente, significa mais dias de trabalho, mais matéria a ser lecionada e mais avaliações, pro-vas e trabalhos para corrigir e ne-nhum aumento ou remuneração adicional. Para o aluno, mais maté-ria, mais pressão por resultados e menos dias livres em casa. Fique Atento e Pense Corretamente

como PROFESSOR.

NÃO ACEITE OS 220 DIAS. Os 220 dias serão um ENGODO

para que o GOVERNO não gaste e não invista mais.

Enviado por: Joyce Recco Tendeiro Professora Coordenadora Pedagógica EPG Vinícius de Moraes - Guarulhos

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Novembro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 06

Educação Pública

VOCÊ CONTRATARIA UM ALUNO DA ESCOLA PÚBLICA SE

SOUBESSE COMO FUNCIONA? Você contrataria um jovem com seus 17 ou 18 anos recém formado do En-sino Médio que apresenta boas no-tas? E se você tivesse melhor clareza so-bre de que forma são compostas es-sas notas? E se você soubesse que o aluno re-cebe nota por estar presente na aula com um fone de ouvido sem atrapa-lhar o professor, e que por isso, rece-beu uma boa nota? E se você soubesse que o simples fato de o aluno entregar qualquer coisa escrita em uma folha de papel serve como critério para nota? Pois é caro amigo, professor. Esta-mos vivenciando uma época em que os alunos são aprovados sem conter o mínimo de conhecimento sobre tudo ou nada. Alunos do ensino mé-dio que não dominam minimamente a tabuada. Não efetuam uma equa-ção, não reconhecem o mapa do Brasil em um mapa mundi, não tem noção do que é fotossíntese, ou mi-tocôndrias... ou seja, não dominam o conteúdo básico das disciplinas es-colares. Os jornais cansam de criticar os índi-ces do IDESP (Índice de Desenvolvi-mento da Educação de São Paulo), da Prova Brasil, do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alu-nos). A grosso modo, não tiro suas razões: Como pode um aluno apro-vado na escola não dominar o míni-

mo do que é cobrado nessas avalia-ções? Vamos ser realistas. Essas avalia-ções (talvez com uma pequena exce-ção do Pisa) não são demasiada-mente criteriosas. Cobram apenas a interpretação de textos claros e obje-tivos. Quando cometemos esse crime pe-dagógico de atribuir nota sem mérito, estamos (alem de rasgando nosso suado diploma) assassinando um potencial bancário, gerente de super-mercado, encarregados de obra, pro-fessor, ou o que quer que seja. A situação nas escolas particulares e nas instituições de ensino superior não é diferente. O aluno tornou-se um aluno consumidor. A educação se transformou em mercadoria, e o aluno que paga, passa! E por qual motivo estamos chaman-do a atenção no título deste artigo sobre a escola pública? Porque é ela quem deve, constitucionalmente, ofe-recer ensino de qualidade para to-dos. Portanto, caro amigo, devemos re-pensar nossos critérios de avaliação e pensar “o que estamos formando e para que (ou para quem) estamos formando”. Com certeza os sistemas de ensino (sobretudo os Federal e Estadual), sabendo disso, procuram a todo cus-to maquiar essa situação investindo nos cursos profissionalizantes. Mas, não atacam a doença no seu cerne, no âmago da questão, pois todos sabemos que esse problema tem nome e sobrenome, ou seja, chama-se APROVAÇÃO AUTOMÁTICA (infelizmente confundida com pro-gressão continuada). Nesse infeliz sistema copiado (e mal interpretado) de países onde a cultu-ra e a consciência já se solidificaram e onde os pais são participativos, as crianças são literalmente enviadas à série seguinte com a seguinte pre-missa: “se não aprendeu nessa irá

aprender na próxima”. E de série em série ele chega ao Ensino Médio. Isso se tornou parte da cultura estu-dantil “estudar não é preciso, para passar de uma série a outra basta ter presença”. O que dizer das bolsas? Algumas delas estão atreladas ao rendimento do aluno? Não, claro que não, pois basta ter presença. PRE-SENÇA!PRESENÇA!PRESENÇA! Isto é o que importa, estar presente. Se o aluno aprende ou não, não tem sido importante. Portanto, investir num ensino profis-sionalizante pode ser uma saída honrosa para um sistema falido. Mas, qual? A quem queremos enga-nar? Um técnico que não sabe inter-pretar um texto? Como ele leria um manual de instruções de um equipa-mento? Que espécie de técnicos es-tamos querendo formar? Na situação atual eu arrisco a dizer que ele a-prenderia sim a apertar porcas para o lado direito, mas não peça a ele que aperte uma porca que tenha a rosca no sentido contrário. É triste? É contundente? É sim! Mas é a reali-dade. Recentemente mudaram algu-ma coisa no ciclo básico de ensino. Colocaram cancelas a mais para que os professores possam segurar quem não está conseguindo acom-panhar. Novamente, temos aí a ten-tativa de estancar a hemorragia pri-vando o paciente do sangue. Não entendemos muito de medicina, mas nos parece que o paciente irá morrer. Nosso aluno irá sofrer (novamente) as consequências da política atabalhoada, do neoliberalis-mo equivocado, do capitalismo de-senfreado. A quem interessa uma Nação sem consciência política, sem seres pensantes, sem professores questionadores, sem cientistas pes-quisadores, etc.? Em compensação temos, como se isso contrabalanceasse alguma coi-sa, políticos cada vez mais corrup-tos, empresários gananciosos, a ex-ploração da mão de obra através de

salários indígnos, falta de respeito e de amor ao próximo, alunos que de-claram sua preferência pelo crime, a crescente violência urbana, a ban-carrota da saúde pública. Quem nun-ca viu nos noticiários os erros médi-cos praticados em hospitais públi-cos? Por quê? Quando foi que nosso país esteve à frente de pesquisas importantes? E se esteve, quando e como foi difundido? Que país é esse? Onde se preocu-pam mais com a construção de está-dios de futebol e hotéis para uma competição mundial, do que com os salários dos professores, que bem ou mal são aqueles que irão dar a esse mesmo país a mão de obra ne-cessária para construir, não só está-dios, mas construir um país inteiro. Construir um país de homens de bem, voltados para o bem público, preocupados com a saúde pública, envergonhados por, talvez, não con-seguirem resolver o problema de vio-lência urbana, legisladores empe-nhados em produzirem dispositivos legais que permitam ao professores fazerem simplesmente o que eles querem fazer e sabem fazer: ensinar e sentir o prazer de ver seus educan-dos com brilhos nos olhos, com o sorriso no rosto, vibrar de alegria quando acertam uma questão pro-posta e assim nunca mais se senti-rem desonrados e derrotados, nunca mais ouvirem de seus alunos que ser criminoso vale mais a pena do que ser honesto. Portanto, colegas, vamos repensar o que estamos fazendo na escola. O fim de ano esta chegando e o assé-dio para mudar as notas do ano todo está crescendo.

Autores: Prof. Ivan Claudio Guedes Geógrafo e Pedagogo Prof. Omar de Camargo Pós graduado em Química

Edição: Filipe de Sousa

Os direitos sociais, assim como os de-mais, são constituí-dos historicamente e, portanto, produto das relações e con-flitos de grupos soci-ais em determina-

dos momentos da história. Eles nasce-ram das lutas dos trabalhadores pelo direito ao trabalho e a um salário dig-no, pelo direito de usufruir da riqueza e dos recursos produzidos pelos seres humanos, como moradia, saúde, alimen-tação, educação, lazer. Esses são, por exemplo, os direitos ratificados na legis-lação trabalhista, como a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT

Para que os direitos sociais sejam esten-didos a todas as pessoas, é preciso, em primeiro lugar, que todos já tenham o direito à vida assegurado. Todas as coi-sas que possuímos, como dinheiro, bens materiais, trabalho, poder e até mesmo nossos direitos, perdem valor quando a nossa vida está ameaçada. Nenhum bem humano é superior à vida, que é o bem maior de qualquer pessoa. Ao valo-

rizar a minha vida e a do outro, estou valorizando a humanidade. Mas, além de garantir a vida, há ainda que se viver com dignidade, o que requer a satisfa-ção das necessidades fundamentais. O trabalho é um direito e um dever de todo cidadão. De certa forma, é pelo tra-balho que construímos grande parte dos bens coletivos, sejam eles de origem manual ou intelectual. É um direito fun-damental, pois é por meio dele que transformamos a natureza e melhoramos nossa qualidade de vida e a de todas as pessoas. É preciso ressaltar que a remu-neração pelo trabalho deveria proporcio-nar aos trabalhadores e suas famílias a satisfação de suas necessidades funda-mentais de alimentação, moradia, saúde, educação, cultura e lazer.

O direito à saúde é um dos direitos fun-damentais dos seres humanos; sem ela ninguém consegue viver com "bem es-tar", nem realizar tudo o que for neces-sário para ser feliz. Por isso, ele deve ser garantido a todos, independentemen-te da condição financeira. Ou seja, esse direito não pode ser consi-derado como um produto comercializá-vel, ao qual somente as pessoas de mai-or poder aquisitivo têm acesso. Além disso, boas condições de moradia, ali-mentação e trabalho devem ser conside-

radas como essenciais para a saúde das pessoas. A Constituição Federal afirma que a edu-cação é um direito de todos e um dever do Estado e da família, que visa ao ple-no desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício da cidadania. No entanto, não basta dizer que todos têm o mesmo direito de ir à escola.

É preciso que tenham efetivamente a mesma oportunidade, independente das condições econômicas de cada um. Cri-anças e adolescentes que têm de ser submetidas ao trabalho precoce para contribuir no orçamento familiar, vêem as suas oportunidades de acesso à edu-cação tolhidas por conta da situação só-cio econômica de suas famílias.

Sobre o direito à educação, o

"Estatuto da Criança e do Adolescen-te" estabelece as seguintes responsa-

bilidades do Estado: - Oferta do Ensino Fundamental, obriga-tório e gratuito, e progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade para o Ensino Médio; Oferta de creche e pré-escola para as crianças de 0 a 6 anos; - Oferta de ensino noturno regular para atender ao adolescente trabalhador;

- Atendimento especializado para porta-dores de necessidades especiais; - Obrigatoriedade dos pais em matricular seus filhos na escola, definindo como direito dos responsáveis participar da definição das propostas educacionais; - Garantia de oferta de ensino de boa qualidade. Os direitos sociais, apesar de expressos em quase todas as legislações nacio-nais, não estão totalmente assegurados a todos, além de ainda corrermos o risco de que sejam retirados das constitui-ções. Exemplo disso no Brasil são os direitos trabalhistas, como a estabilidade no emprego, décimo terceiro salário, li-cença maternidade e férias, entre outros, que podem, de acordo com os interes-ses econômicos, deixar de ser direitos de uma hora para outra.

Ou seja, direitos não são "dados" histori-camente e sim conquistas que resultam de muitas lutas. Ainda hoje, com Constituições modernas e democráticas, é preciso lutar para que sejam efetivamente garantidos na nossa vida cotidiana e, ainda, para que continu-em inscritos nas legislações dos diferen-tes países. Estamos esperando o quê?

Filipe de Sousa

Constituição

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Novembro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 07

Comprometimento Social Por: Monica Holanda

O pensamento de um projeto surgiu nos meados de 2003/2004 quando o Presidente Fernando Baptista conhe-ceu Mayra, hoje com 15 anos e com síndrome de down. Mas em 2009 é que começou a tomar corpo e teve inicio com o Projeto Acreditar Síndro-me de Down. A idéia foi amadurecen-do e em primeiro de dezembro de 2010 foi legalizada como Associação Brasileira de Assistência Social e de-nominada DOWNBRASIL, sendo constituída em 8 de agosto do ano de 2010, como pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, políticos ou religiosos e de duração por tempo indeterminado. Em 23 de agosto do mesmo ano a Aprovação do Estatuto e Eleição da primeira Diretoria Execu-tiva e, do Conselho Fiscal, da “Associação Brasileira de Assistência Social” – DOWNBRASIL. A sede pro-visória esta localizada na Rua Vas-concelos Almeida , 238, Vila Diva, Bairro do Limão – CEP 02556-010, cidade de São Paulo, e foro na Co-marca de São Paulo, Estado de São Paulo, Brasil. – Nextel: 11- 7702 8135

Missão - Contribuir para uma melhor qualidade de vida, trabalhar a auto estima, auto confiança, identificar os medos e ajudar a sanar, desenvolver capacidades e prepara-los para a so-ciedade e o mercado de trabalho, a-gregando valores e rompendo para-digmas tais como preconceito e ex-clusão.

Visão - A associação Brasileira de assistência Social, DownBrasil, pre-tende a partir de 2012 ser uma refe-rência nacional e a partir de 2013 in-ternacional, da sociedade civil, tercei-ro setor , tendo como foco pessoas com Síndrome de Down, acredita que buscando e beneficiando essas pessoas estará ajudando no seu de-senvolvimento como cidadãos e tor-nando-os mais conscientes do papel que deve ocupar e do seu espaço na sociedade, transformando-os em se-res solidários e trazendo a tona suas

competências latentes, e também ser uma Associação promotora de desen-volvimento contínuo, além de primar pela realização destes por meio dos Projetos que atende as necessidades de uma inclusão justa e de integra-ção ao meio social.

Valores - Amor mútuo e generosida-de, iniciativa e responsabilidade, res-peito pelas diferenças individuais e tolerância, verdade e transparência, humildade e simplicidade, comprome-timento ético, igualdade, aceitação e inclusão.

Os Projetos apresentados pela Asso-ciação Brasileira de Assistência Soci-al, denominada DOWNBRASIL, desti-nam-se à assistência e orientação psicopedagógica de crianças, adoles-centes e adultos com Síndrome de Down, com ou sem alterações psiqui-átricas, sensoriais, motoras de origem neurológica ou ortopédica em regime assistencialista e orientar suas famí-lias com informações sobre como li-dar com a SD.

O objetivo maior desta instituição a-través do Projeto Espaço Saúde DownBrasil é dar condições de aten-dimento as pessoas por meio de uma equipe multidisciplinar, constituída por assistentes sociais, pedagogos, psi-cólogos, psicomotricistas, fonoaudió-logos, profissional de educação física, terapeutas ocupacionais, fisioterapeu-tas, nutricionistas, pilates para SD, terapias alternativas entre elas a chi-nesa e de dar andamento aos proje-tos sociais que tem papel fundamen-tal, além de desenvolver física e men-talmente, apoiar e facilitar a inclusão no meio social, entre outros. Este pro-jeto só será possível quando conse-guirmos a sede física.

O pensamento dos que fazem a DOWNBRASIL, como consta nos es-tatutos, é atender pessoas com sín-drome de Down em suas necessida-des e, para tanto, foram desenvolvi-dos vários Projetos Sociais que são oferecidos GRATUITAENTE cujo o

objetivo maior e primordial é a inclu-são além promover outros benefícios. Os projetos em andamento são:

Projeto Dança e transformação, que apresentamos a Dança do Ventre e a dança de salão, futuramente Balé.

Projeto DownBrasil e você, nossa Web Rádio que leva informações a cerca de assuntos ligados a síndrome de Down, depoimentos de pais, pro-fessores e pessoas da área saú-de,transmissão de palestras e simpó-sios, sobre nossos projetos e progra-mas com músicas e poesias.

Projeto Natureza Esporte, Arte de Viver - Judô, promove a saúde física e mental, desenvolve as habilidades motoras, o equilíbrio; promove o de-senvolvimento cognitivo; maturação das estruturas neuromotoras; aprimo-ra o autocontrole; melhora a autocon-fiança; valoriza o respeito e a discipli-na; ensina a importância da hierarqui-a, ajuda na atenção seletiva, percep-ção, programação de ação, organiza-ção de movimento, detecção e corre-ção de erro, mudança de ação como também promove a inclusão.

Projeto Espaço Amizade e lazer DownBrasil, promove o relaciona-mento entre pessoas com SD, pais e amigos, tentando manter um ciclo for-te de amizade, de companheirismo. Realizado através de passeios, tra-zendo o conhecimento e a cultura, beneficiá-los física e mentalmente,

como também possibilitar a troca de experiências.

Projetos Arte e Oficinas e Arte Cê-nica - Ajuda na capacidade de auto-analise e autoconhecimento, na rea-valiação e equilíbrio, a auto-estima, desperta a capacidade de expressão e comunicação. (ainda em elabora-ção)

Projeto ESPAÇO SAÚDE DOWN-BRASIL ligado à assistência social que ocupará um espaço muito impor-tante em nossa futura SEDE FÍSICA, onde serão atendidas crianças, ado-lescentes e adultos com SD por meio de uma equipe multiprofissional, tais como: fisioterapeutas, fonoaudiólogo, psicólogos, TO, entre outros.

Como já descrevemos acima, somos uma Associação sem fins lucrativos e dependemos de doações e/ou patro-cínios para podermos manter vivos e funcionando 100% os projetos sociais e com maior numero de pessoas com SD participando. Até o momento al-guns projetos estão sendo mantidos pelos membros da Diretoria e por pessoas amigas que se engajaram acreditando no nosso trabalho e na causa SD.

Não possuímos ainda uma sede pró-pria o que ajudaria bastante na apli-cação dos projetos na íntegra e que nesse momento estão divididos em outros prédios. Mesmo assim nos uni-mos e colocamos os planos em ação para não deixar morrer um sonho já se realizando grandiosamente.

Editoração: Filipe de Sousa Projetos Amigos

CONTATOS: 055 12 9114.3431 - Emails: CONTATO: [email protected] - PATROCÍNIOS: patrocí[email protected]:

Tudo que somos vem de uma combinação do que conseguimos traduzir em instrumentos facilitadores e os resultados dessa

construção. Cada um de nós tem um estilo próprio, mas num ca-minho aonde estratégias, planos, metas e legislação sempre

estabelecerão as regras do como seguir os passos para os resultados.

Não importa o que façamos ou com quantos façamos, o que vale é a relação do nosso próprio nome com a

qualidade da recepção que obtemos por onde atuamos.

Filipe de Sousa

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Novembro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 8

O Estado da Paraíba situa-se a les-te da região Nordeste, tendo como limites o Rio Grande do Norte ao norte, o Oceano Atlântico a leste, Pernambuco ao sul e o Ceará a o-este.

Em relação ao nome do estado, existem algumas teorias sobre sua origem. Alguns dizem ser um no-me em tupi-guarani que teve ori-gem em para (rio) e a'iba (ruim). Outros acreditam que provém do nome indígena Simabura versico-lor, árvore abundante na região. Outra versão diz que significa "Rio que é braço de mar" (pará-ibá).

A economia do estado é baseada na agricultura (cana-de-açúcar, a-bacaxi, mandioca etc.), na indús-tria (alimentícia, têxtil, sucroalcoo-leira), na pecuária e no turismo.

A Paraíba é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situada a leste da região Nordeste e tem como limites o estado do Rio Grande do Norte ao norte, o Oceano Atlântico a leste, Pernambuco ao sul e o Ceará a oeste. Ocupa uma área de 56.439 km² (pouco menor que a Cro-ácia).

A capital do estado é a cidade de Jo-ão Pessoa, outras cidades importan-tes são: Campina Grande, Santa Ri-ta, Patos, Sousa, Cajazeiras, Guara-bira, Cabedelo, Sapé, Pombal, e Ca-tolé do Rocha. O relevo é modesto, mas não muito baixo, 66% do territó-rio se encontra entre 300 e 900 m de altitude.

Da Paraíba surgiram alguns dos mais notáveis poetas e escritores brasilei-ros como Augusto dos Anjos (1884-1908), José Américo de Almeida (1887-1980), José Lins do Rêgo (1901-1957), W.J Solha (1941 - ) e Pedro Américo (1843-1905) (mais conhecidos por suas pinturas históri-cas).

Na Paraíba encontra-se o "ponto mais oriental das Américas", conheci-do como a Ponta do Seixas, em João Pessoa. Devido à sua localização geográfica privilegiada (extremo ori-ental das Américas), a cidade de Jo-ão Pessoa é conhecida turisticamen-te como "a cidade onde o sol nasce primeiro".

Além disso, é na Paraíba onde reali-za-se todos os anos, na cidade de Campina Grande, "O Maior São João

do Mundo", considerada pela Embra-tur a maior festa junina do país.

Antecedentes da conquista da Paraíba

Demorou um certo tempo para que Portugal começasse a explorar eco-nomicamente o Brasil, uma vez que os interesses lusitanos estavam vol-tados para o comércio de especiarias nas Índias, e além disso, não havia nenhuma riqueza na costa brasileira que chamasse tanta atenção quanto o ouro, encontrado nas colônias es-panholas, minério este que tornara uma nação muito poderosa na época.

Devido ao desinteresse lusitano, pira-tas e corsários começaram a extrair o pau-brasil, madeira muito encontrada no Brasil - colônia, e especial devido a extração de um pigmento, usado para tingir tecidos na Europa.

Esses invasores eram em sua maiori-a franceses, e logo que chegaram no Brasil fizeram amizades com os ín-dios, possibilitando entre eles uma relação comercial conhecida como "escambo", na qual o trabalho indíge-na era trocado por alguma manufatu-ra sem valor.

Com o objetivo de povoá-la, a colônia portuguesa foi dividida em quinze ca-pitanias, para doze donatários.

Entre elas destacam-se a capitania de Itamaracá, a qual se estendia do rio Santa Cruz até a Baía da Traição. Inicialmente essa capitania foi doada à Pero Lopes de Sousa, que não pô-de assumir, vindo em seu lugar o ad-ministrador Francisco Braga, que de-vido a uma rivalidade com Duarte Co-elho, deixou a capitania em falência, dando lugar a João Gonçalves, que realizou algumas benfeitorias na capi-tania como a fundação da Vila da Conceição e a construção de enge-nhos.

Após a morte de João Gonçalves, a capitania entrou em declínio, ficando à mercê de malfeitores e propiciando a continuidade do contrabando de madeira. Em 1574 aconteceu um incidente co-nhecido como "Tragédia de Tracu-

nhaém", no qual índios mataram to-dos os moradores de um engenho chamado Tracunhaém em Pernam-buco.

Esse episódio ocorreu devido ao rap-to e posterior desaparecimento de uma índia, filha do cacique potiguar, no Engenho de Tracunhaém. Após receber a comitiva constituída pela

índia e seus irmãos, vindos de via-gem, após resgatar a índia raptada, para pernoite em sua casa, um se-nhor de engenho, Diogo Dias, prova-velmente escondeu-a, de modo que quando amanheceu o dia a moça ha-via desaparecido e seus irmãos volta-ram para sua tribo sem a índia. Seu pai ainda apelou para as autoridades, enviando emissários a Pernambuco sem o menor sucesso. Os franceses que se encontravam na Paraíba estimularam os potiguaras à luta. Pouco tempo depois, todos os chefes potiguaras se reuniram, movi-mentaram guerreiros da Paraíba e do Rio Grande do Norte e atacaram o engenho de Diogo Dias. Foram cen-tenas de índios que, ardilosamente, se acercaram do engenho e realiza-ram um verdadeira chacina a morte de todos que encontraram pela fren-te: proprietários, colonos e escravos, seguindo-se o incêndio do engenho.

Conquista da Paraíba

Para as jornadas, o ouvidor-geral Martim Leitão formou uma tropa constituída por brancos, índios, es-cravos e até religiosos. Quando aqui chegaram se depararam com índios que sem defesa, fogem e são aprisio-nados. Ao saber que eram índios ta-bajaras, Martim Leitão manda soltá-los, afirmando que sua luta era contra os potiguaras (rivais dos tabajaras). Após o incidente, Leitão procurou for-mar uma aliança com os tabajaras, que por temerem outra traição, a re-jeitaram. Depois de um certo tempo Leitão e sua tropa finalmente chegaram aos fortes São Filipe e Santiago, ambos em decadência e miséria devido as intrigas entre espanhóis e portugue-ses. Com isso Martim Leitão nomeou o espanhol conhecido como Francis-co Castrejón para o cargo de Frutuo-so Barbosa. A troca só fez piorar a situação. Ao saber que Castrejón ha-via abandonado, destruído o Forte e jogado toda a sua artilharia ao mar, Leitão o prendeu e o enviou de volta à Espanha. Quando ninguém esperava, os portu-gueses unem-se aos tabajaras, fa-zendo com que os potiguaras recuas-sem. Isto se deu no início de agosto de 1585.

A conquista da Paraíba se deu no final de tudo através da união de um português e um chefe indígena cha-mado Pirajibe, palavra que significa "Braço de Peixe".

Relevo

A maior parte do território paraibano é constituída por rochas resistentes, e bastante antigas, que remontam a era pré-cambriana com mais de 2,5 bilhões de anos.

Elas formam um complexo cristalino que favorecem a ocorrência de mine-

rais metálicos, não metálicos e ge-mas. Os sítios arqueológicos e pale-ontológicos, também resultam da ida-de geológica desses terrenos.

Hidrografia Na hidrografia da Paraíba, os rios fazem parte de dois setores, Rios Li-torâneos e Rios Sertanejos. O estado encontra-se com 97,78% de seu terri-tório dentro do polígono das secas, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Rios Litorâneos - são rios que nascem na Serra da Borborema e vão em busca do litoral paraibano, para desaguar no Oceano Atlânti-co. Entre estes tipos de rios pode-mos destacar: o Rio Paraíba, que nasce no alto da Serra de Jabita-cá, no município de Monteiro, com uma extensão de 360 km de curso d'água e o maior rio do estado. Também podemos destacar ou-tros rios, como o Rio Curimataú e o Rio Mamanguape. Rios Sertanejos - são rios que vão em direção ao norte em busca de terras baixas e desaguando no litoral do Rio Grande do Norte. O rio mais importante deste grupo é o Rio Piranhas, que nasce na Ser-ra do Bongá, perto da divisa com o estado do Ceará. Esse rio é muito importante para Sertão da Paraíba, pois através desse rio é feita a irrigação de grandes exten-sões de terras no sertão. Tem ain-da outros rios, como o Rio do Pei-xe, Rio Piancó e o Rio Espinhara, todos afluentes do Rio Piranhas. Os rios da Paraíba estão inseridos na Bacia do Atlântico Nordeste Oriental e apenas os rios que nas-cem na Serra da Borborema e na Planície Litorânea são perenes. Os outros rios são temporários e correm em direção ao norte, desa-guando no litoral do Rio Grande do Norte. Economia A economia se baseia na agricul-tura (principalmente de cana-de-açúcar, abacaxi, fumo, graviola, juta, umbu, caju, manga, acerola, mangaba, tamarindo, mandioca, milho, sorgo, urucum, pimenta-do-reino, castanha de caju, arroz, ca-fé e feijão); na indústria (alimentícia, têxtil, couro, calça-dos, metalúrgica, sucroalcooleira), na pecuária (de modo mais rele-vante, caprinos, na região do Cari-ri) e no turismo. Fonte: Wikipédia Formatação: Filipe de Sousa

Paraíba (PB)

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Novembro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 9

A mim me dá pena e preocupação quando convivo com famílias que experimentam a “tirania da liberdade” em que as crianças podem tudo: gritam, riscam as paredes,

ameaçam as visitas em face da auto-ridade complacente dos pais que se pensam ainda campeões da liberda-de. (PAULO FREIRE) Há poucos dias li um artigo o qual a-firmava que: “educar um filho nos dias de hoje é uma tarefa de Hércules”. De fato, a educação do jovem no século XXI tem se tornado cada vez mais complexa. Parece que os filhos não podem ser frustrados, não sabem es-perar, não se sentem realizados ou estão sempre insatisfeitos. Alguns creditam esse fato à ausência de mo-delos e referenciais educacionais; ou-tros dizem justamente o contrário: es-tes são tantos que deixam os pais meio desnorteados. Mas pelo menos uma coisa é unanimidade: O jovem necessita, acima de tudo, de limites. Precisa entender os seus direitos e os seus deveres e compreender até on-de estes chegam. Mas como alcançar essa tal geração tão politizada ? Parti-cularmente acredito que a educação pela e para a afetividade já é um bom começo e somente com uma boa e-ducação familiar e escolar é possível alcançar tal objetivo. E nos tempos atuais, é mais importante a qualidade do afeto que a quantidade de tempo disponível aos filhos. As duas partes

(escola e família) devem ajudar os jovens a se construir como pessoas, não só no que aprendem, mas na ma-neira como agem. Inicialmente, cabe aos pais e respon-sáveis zelar pela condução de princí-pios básicos. É no seio familiar que são construídos os primeiros concei-tos de respeito ao próximo, ética, ci-dadania, solidariedade, respeito ao meio ambiente e auto-estima, os quais levarão as crianças a serem adultos tranquilos, carinhosos, flexí-veis; adultos que sabem resolver pro-blemas e são abertos ao diálogo e às mudanças do mundo. Para que se preserve a harmonia de uma vida em sociedade, é importante uma noção clara de princípios morais e sociais. É imprescindível que os pais saibam promover a reflexão so-bre a ética da convivência e funda-mentalmente sobre o outro, conside-rando-o parte de um mesmo universo e dotado de sentimentos. Isso se a-prende no dia-a-dia, nas conversas do cotidiano, à medida que as coisas acontecem, ou nem é preciso oportu-nidade, esta também pode ser criada desde que a finalidade seja educar. Educar também significa dizer “não” e geralmente este vem seguido do “por quê ?” dos filhos e não devemos ne-gligenciá-lo, eles têm direito a uma resposta. Ratifico que dizer “não” e ensinar limites não significa tirar a li-berdade. Quanto mais cedo, os pais colocarem limites com afetividade e com firmeza de propósitos, menos problemas terão na puberdade e na

adolescência, fase na qual os filhos costumam questionar e transgredir as imposições. Para compreendermos melhor como utilizar os ingredientes dessa “receita”, antes de mais nada precisa-mos aprender a distinguir o limiar en-tre: Disciplina x Castigo :

- Castigo: não educa, estimula a vio-lência e a baixa auto-estima. - Disciplina: Ensina a ser uma pessoa melhor, desenvolve a auto-estima e a ética. Em resumo, ter autoridade, sem ser autoritário. A autoridade torna-se uma manifestação de amor e afeto quando exercida com equilíbrio. O amor tam-bém se demonstra sendo firme no estabelecimento de limites e respon-sabilidades. Como diz Içami Tiba: Se castigo resolvesse todos os filhos se-riam maravilhosos. O que educa é corrigir o erro na base da consequên-cia. Se não aprender, tem que aplicar consequências. Mostrar o que ele provocou por não ter feito algo. Então vai corrigir pra não fazer outra vez. É preciso nunca ceder quando uma de-cisão tiver sido tomada. Os pais não podem jamais se eximir do seu papel de educadores, para essa função não existe férias nem licença, muito pelo contrário, quando a tarefa é educar, devem fazer hora extra se necessário for. Mesmo assim não adianta só falar, é preciso educar pelo exemplo. O educador francês André Bergé, diz que: “Os defeitos

dos pais são os pais dos defeitos dos filhos”. É preciso admitir que a manei-ra como traduzimos o mundo – nos-sas atitudes e noção de valores – fi-cam marcados em nossos filhos para sempre. Lembram dessa frase ? "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço". Com esta, muitos pais repreen-dem os filhos e tentam ensinar-lhes limites, porém não deixam de continu-ar praticando seus atos excessivos. Nesse sentido, Içami Tiba também exemplifica: Se o pai vai ultrapassar alguém no trânsito, ofende e xinga, pode estar certo de que a criança ali atrás já está com ódio do outro. É isso que ele está ensinando. Daí não adi-anta dizer que não pode xingar ... A-cha que por falar corrigiu o erro ? Ele que não fale palavrão, ele que mostre o bom exemplo ! Definitivamente EDUCAR não é uma tarefa fácil, tampouco vem em forma de receita de bolo ou bula de remé-dio. Ninguém descobriu essa fórmula secreta. No entanto, pais têm obriga-ção de, se não souberem, partirem para aprender sempre. Devem ensi-nar a seus filhos que direitos vêm a-companhados de deveres e para ser respeitado, deve-se também respei-tar. Estas sim, são regras universais in-substituíveis as quais irão garantir u-ma plena sensação de missão cum-prida, com sucesso, no futuro. Autora: Christiane Lima Assistente Social, Psicopedagoga e Especialista em Saúde da Família

Relacionamentos > Pais e Filhos

A família no século XXI O SÉCULO XXI O SÉCULO XXI O SÉCULO XXI O SÉCULO XXI

Traz o inédito desafio de um man-damento cultural na contramão da-quele vivido pela primeira família: "crescei pouco e não multiplicai". Isso é vivido não só na esfera inte-lectual de um mundo densamente populado e com graves problemas de fadiga, mas principalmente pela expressão econômica que esta re-alidade gera.

A competitividade e o aumento do custo relativo em todos os níveis para se ter filhos está mudando profundamente a família. Não é difícil perceber esta realidade bio-lógica ou esta lógica da vida em nosso dia a dia. O casamento tar-dio, as famílias alternativas (das

chamadas "produções indepen-dentes" às relações homossexu-ais), os vários casamentos (transformando casamentos em formas de namoro) e tantos outros fenômenos são indicativos da per-da funcional da família em seu as-pecto biológico.

Esta mudança nos fundamentos da família afeta também (e não ao contrário!) os papéis culturais dos homens e das mulheres. Os ho-mens se vêem num processo re-verso aos últimos milênios quando desenvolveram mais do qualquer outra espécie "um investimento paternal" desconhecido na nature-za. Seu papel na sobrevivência dos filhos se tornou "maternal" na medida em que a família o fez in-dispensável.

O século XXI desenha um homem mais dispensável e traz o desafio de recriar sua função e imagem em meio à cultura. A mulher, por

sua vez, busca outra forma de o-cupação e valorização que não seja apenas concentrada na ma-ternidade. Esta projeção da mulher em outros setores da cultura é também uma profunda revolução. Tudo isto apontaria para um fim da família como a conhecemos. No entanto, há forças distintas e pode-rosas no sentido contrário tam-bém. A virtualização das relações, o desenraizamento dos indivíduos e a própria competitividade ren-dem um valor importante aos laços de família. É extremamente atual a inveja daqueles que "não tem fa-mília" em relação aos que "tem fa-mília". E o sonho do casamento, não por motivos de formação de família, mas de encontrar estabili-dade está "em alta".

Acredito que o século XXI é o iní-cio de uma guinada na definição da família e de seus objetivos. De regra biológica fundamental ela está se tornando regra social -- a

tribo mínima e essencial em tem-pos de multidão e de solidão. Seja como for, a família foi indiscutivel-mente o mais importante instru-mento de sobrevivência para espé-cie humana. Suas transformações não repre-sentam o desejo de descartá-la como tal mas, ao contrário, fazer com que se torne ainda eficaz. Afi-nal o modelo antigo da família - que objetiva procriar e ser núcleo segregado de solidariedade - pare-ce não estar dando conta de seu histórico papel de ajudar o ser hu-m a n o a s o b r e v i v e r .

*Nilton Bonder, nasceu em Porto Alegre, em 27/12/57. Ordenou-se Rabino, pelo Jewish Theological Seminary, N.Y, em 1987. Escreveu 14 livros vários deles best-sellers no mercado editorial brasileiro e estrangeiro. Rabino Nilton Bonder

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Novembro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 10

Outubro foi realmente um mês especi-al para a educação, mês em que re-cordamos a função social do profes-sor, da sua importância, da sua mis-são-vocação em prol do desenvolvi-mento dos indivíduos. Pensando nesta perspectiva, qual o tipo de educação que estamos privile-giando para as crianças brasileiras na contemporaneidade? Que tipo de su-jeito, estamos formando, ou (de) for-mando? Sob qual projeto educacional estamos submetidos, e em qual medi-da ele está “nutrindo” os sujeitos da forma que esperávamos? Não é de hoje que acompanhamos o descaso do “Estado”, pela educação, demonstrado pelo uso descabido (desvios de finalidades) dos recursos que deveriam estar sendo investidos na construção de escolas, formação de professores, na aquisição de supri-mentos de apoio pedagógico e etc. Descaso também, pela propositura de um ensino que privilegia apenas os conhecimentos técnicos, “conteúdos frios”, que pouco “significam” para os sujeitos, nada úteis para o seu desen-volvimento integral, focado apenas para a inserção dos educandos no mercado de trabalho. É claro que as oportunidades de a-cesso à escola, bem como a qualida-de dos sistemas de ensino tanto pú-blicos como privados, melhoraram no decorrer dos anos. É inegável a sua evolução, mas sinto que quanto aos parâmetros curriculares muito pouco do que estamos ensinando e apren-dendo na escola impactará na forma-ção de um ser humano cidadão, ético e inclusive, mais feliz!

Quando estava na Faculdade de Pe-dagogia, um professor me fez a se-guinte provocação filosófica: “Hitler foi criança..., George Bush foi criança..., Bin Laden foi criança...”. Parafrasean-do-o proponho: “Wellington Menezes de Oliveira (Massacre de Realengo) foi criança..., Fernandinho Beira Mar foi criança..., José Sarney foi criança..., em qual medida o nosso projeto de educação, conteúdista, massificador continuará a promover uma sociedade doente de valores? Em qual medida esse projeto de educação que desqualifica o ser em sua humanidade não nos atende? Os casos de corrupção nacionalmen-te divulgados, o uso e o tráfico de dro-gas, o bullying, os assassinatos em escolas andam cada vez mais fre-quentes. Estaríamos, pois, educando para a fabricação de “monstros” da moderni-dade? Seremos as próximas vítimas da educação que não refletimos, que não aprendemos, e que, portanto, não vivemos? Quantas questões... Sócrates, pensador grego, já argu-mentava sobre esta temática na anti-guidade, quando refletia o que deveri-a ser imprescindível, no ensino da Paidéia: "Primeiro a educação da virtude e a arte de governar os vícios, a coragem de ser verdadeiro e assim se revelar. Para o conhecimento haverá o resto da vida para isso, mas se você não ensinar ao jovem a arte de ser verda-deiro e a coragem de ser, muito cedo a mentira e a covardia se instalarão e nunca mais você poderá extirpá-las." O que me parece oportuno refletir é por quanto tempo ainda permanece-remos anestesiados, frente a este caos moderno, bem como com o pro-jeto de educação estabelecido nas escolas brasileiras. No art. 1º. a Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB nº.9394/96 dispõe que a educação escolar brasileira “abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos

movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifesta-ções culturais”, demonstrando clara-mente que os processos de ensino-aprendizagem deveriam dar-se além da sala de aula, na perspectiva da integração do meio social, a partir da especificidade do indivíduo, ou seja, que os processos educacionais po-dem e devem ocorrer a partir de todos nós, e que na realidade, somos nós que a constituímos. Já no art. 2º. quanto à finalidade da educação escolar, a LDB argumenta que: “a educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidarieda-de humana, tem por finalidade o ple-no desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cida-dania e sua qualificação para o traba-lho”. Além do notório equívoco de que a educação escolar é primeiramente de responsabilidade da família, quando deveria ser função primeira do Esta-do, notamos a expressão da finalida-de do processo educativo no pleno desenvolvimento dos indivíduos, no preparo da cidadania e tão somente em terceiro plano, o tecnicismo (o preparo para o mundo do trabalho). Analisando por este ponto de vista, salvo exceções, até que dispomos de uma base teórica satisfatória, já que pela sua configuração é preciso de-senvolver todas as dimensões do hu-mano: físicas, emocionais, cognitivas, espirituais, a partir do seu mundo de relação, incluindo a possibilidade de integração entre Família e Estado, oferecendo um preparo de vivência cidadã, além de ferramentas técnicas para o “mundo do trabalho”, parte in-tegrante do “mundo de relação” do ser. Em contrapartida, este entendimento legal, não me parece alcançar a maio-ria dos processos de formação de professores e gestores, sendo notória a carência de subsídios e vivências que lhes oportunizem uma visão mais crítica quanto à sua função social, in-clusive, na perspectiva dos “antigos” e

“novos” modelos educacionais, ora “impostos”(?). Acredito que nosso sistema educacio-nal deveria oportunizar uma educação de valores, provocando as inteligên-cias, incentivando a formação do pro-tagonismo social, instigando “o pen-sar” reflexivo, despertando, por con-seguinte, a consciência crítica nos indivíduos, provocando, na mesma medida, o debate de idéias e instigan-do a expansão do olhar para um novo paradigma educacional, mais solidá-rio, ético e humanizado. Não é fácil ser educador no nosso país, haja vista as diversas faltas de suporte, desde a estrutura física no espaço-escola, à valorização da car-reira e um piso salarial mais digno, mas acredito ser fundamental, que unamos nossos esforços, além das adversidades e desamparo Estatal, para a construção de um novo para-digma educacional, bem como de u-ma sociedade mais sustentável, em todas as suas dimensões, numa con-cepção de educação, em que edu-quemos menos para os “Vestibulares e Enens” e mais para a vida! Entendo esse processo pela ótica do educador brasileiro Paulo Freire quando no seu livro Pedagogia do Oprimido reflete que: “A educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”. (...) “Não é, porém, a espe-rança um cruzar de braços e esperar. Movo-me na esperança enquanto luto e, se luto com esperança, espero.” É importante como educadores que mantenhamos a crença numa possibi-lidade de transformação social. Eu acredito que pela revolução das consciências, possamos ser a alavan-ca propulsora dessa mudança tão ur-gente e necessária! E você? Vamos juntos, pois, unidos pela trans-formação social! Por: Yve de Oliveira Pedagoga, Arte-Educadora, Palestrante e Consultora em proces-sos educacionais transformadores

Educamos para quê?

Não cumpriu com o prometido, respondendo a

processos por improbidade... FORA !

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Novembro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 11

Batalha de ideias Contra-revolução

Apesar das denúncias que estudiosos e a chamada mídia alternativa sempre registram contra os abusos dos grandes veículos de imprensa, insistir em assinalar

suas ‘escorregadas’ segue sendo u-ma tarefa necessária, haja vista a im-portância dos jornais, sites, televisões e rádios na formação do pensamento nacional, mais objetivamente, na “batalha das ideias”.

Dessa forma, vale repassar alguns fatos recentes e as respectivas abor-dagens conferidas pelos veículos de comunicação mais tradicionais, cada vez mais patronais e mercadistas em sua orientação ideológica, ainda que os tempos de crise causada pelo re-ceituário político-econômico que de-fenderam exaustivamente recomen-dassem algum arejamento e reflexão.

São Paulo: um desastre de ‘culpados’ anônimos

Em sua militância partidária, a mídia paulista, especialmente a Folha de S. Paulo, segue empenhada em ofuscar o descalabro que os governos tuca-nos promoveram em São Paulo nos últimos 20 anos.

Principalmente quando se trata de saúde e educação, provavelmente os dois temas mais caros a todos. Prati-ca-se um jornalismo persecutório a educadores, médicos, trabalhadores comuns de repartições públicas, ge-ralmente acompanhadas de informa-ções dando conta de que houve in-vestimento do poder público no local visitado pela reportagem. Ao depararmos com a realidade, en-tretanto, verifica-se somente abando-no e muito voluntarismo de professo-res, pais e profissionais de “baixa pa-tente” do âmbito escolar.

Deseducando o debate e os leitores

Já nas discussões de alteração da carga disciplinar, a reação foi histéri-ca e imediata. Argumentando tortuo-samente a imperiosidade de se ensi-nar o mais necessário à vida real das pessoas e sociedades, desqualificou-se, sem analisar a fundo, todo um projeto que NÃO visa oferecer menos

estudo. O objetivo, muito evidente, seria reformular e tornar mais abran-gentes nossas grades curriculares, indo, quem sabe, em direção à eman-cipação e desenvolvimento de habili-dades e sensibilidades que a escola atual claramente não propicia mais, especialmente aquela a que os po-bres têm acesso.

No entanto, quando um jornal que não critica há décadas os governos responsáveis pela educação pública criminaliza e desqualifica, as lutas dos professores e, defende políticas produtivistas que só precarizam essa nobre profissão, é obrigatório descon-fiar de tamanho interesse pelo futuro de uma educação hoje tão desvalida - que muito obviamente precisa mesmo de reformas e trava intensa luta na-cional pelo aumento do percentual mínimo do PIB investido na área.

Caos na saúde? Culpa dos funcionários.

Na saúde, o mesmo. Com greves e protestos de servidores ao longo do ano, fora as intermináveis denúncias de caos e desespero da população, passa-se a fazer um jornalismo de “busca pelas causas” da barbárie em nossos hospitais, clínicas e afins. Cla-ro que não se trata de emparedar o Secretário de Saúde ou o governa-dor, mas de incriminar trabalhadores comuns, anônimos e muito evidente-mente precarizados – detalhe que, por sinal, ignoram completamente.

Capital > trabalho

Em outros assuntos, segue-se prati-cando um jornalismo unilateral, que permite somente uma interpretação dos fatos do mundo. Outra novidade da Folha é a de inserir as reportagens a respeito de movimentos grevistas no caderno Mercado, decisão editori-al provavelmente sem paralelo no mundo. Como nas recentes greves dos Correios e dos bancários, subli-nha-se basicamente os prejuízos cau-sados à sociedade, os transtornos gerados pela diminuição e inviabiliza-ção dos serviços, a perda econômi-ca...

Até na greve dos miseráveis funerá-rios o jornal fez uma abordagem ne-gativa, destacando azares pessoais pela falta do serviço e ignorando a condição de trabalho insalubre dos coveiros, que certamente não encon-

traria amparo nos estudos de órgãos especializados e trabalhistas, como a OMC, o Ministério e a Justiça do Tra-balho. Mas direitos trabalhistas são um inimigo a ser fervorosamente combatido por essa mídia, sempre entusiasta das flexibilizações, cortes e repressão, jurídica ou policial, a greves.

Contravenção e mentiras

Já a Veja continua superando todos os limites do anti-jornalismo e conta-minando o quanto pode os debates nacionais. Dois fatos recentes refor-çam a pecha de ‘jornalismo de pistolagem’ dos escribas de don Civi-ta. Primeiro, uma (quase) espetacular ação de espionagem do repórter Gus-tavo Ribeiro para destrinchar a vida política atual de José Dirceu e amai-nar um pouco a tara de seus patrões pelo PT. Instalou câmeras em corre-dor de hotel, tentou invadir o quarto, cooptar uma camareira para a em-preitada e agora responderá criminal-mente. Resta saber se a revista, mandante da ação, pagará também, o que de toda forma serve para rea-cender o debate da regulamentação social da mídia.

Além disso, o semanário voltou a mostrar sua falta de compromisso com o público ao colocar na capa de sua edição de 7 de setembro, sob o título “Parece milagre”, o Victoza, u-ma suposta novidade da medicina que ajudaria a perder peso e atingir as formas sonhadas. A ANVISA (Agência Nacional de vigilância Sani-tária) veio a público desmentir tais informações, avisando que o remédio só pode ser indicado para diabetes tipo 2 e não possui qualquer eficácia reconhecida no que se refere a ema-grecimento ou combate à obesidade. Mas apesar das contra-indicações inclusive dentro da ‘reportagem’, in-siste-se descaradamente em *vender *o produto e exaltar seus ‘milagres’. Por fim, negou o espaço pedido pela ANVISA para esclarecer as irrespon-sáveis informações disseminadas.

Primeiro o mercado, depois a mulher

Já no caso do polêmico comercial televisivo em que Gisele Bundchen apresenta a mulher como objeto con-sumista e consumível, causando e-norme repúdio de diversos setores da

sociedade e da Secretaria de Direitos Humanos, o ex-editorialista Fernando Barros e Silva não teve dúvidas: de-sancou a peça publicitária, sob os mais iluministas dos argumentos. Mas duplicou a dose sobre a ministra Maria do Rosário, a quem logo acu-sou de censora e outras monstruosi-dades.

Em nome do pai

Para completar esse exaustivo giro midiático, um vexame que mais faz rir que qualquer coisa, mas reafirma, novamente, o caráter de partido políti-co conservador mencionado no início. Em suas glorificadas turnês mundiais, Lula tem recebido uma série de títu-los Honoris Causa em prestigiosas universidades. Ver o ex-presidente e ex-operário receber tal galardão em Paris, na famosa Escola de Ciência Política, no país da Sorbonne, mexeu com os brios globais. Inconformada, a repórter Deborah Berlinck inquiriu o mediador da gala: “Por que não FHC?”. Além da exposição desnecessária do fanatismo deste setor midiático por seus ídolos neoliberais, foi uma pos-tura que qualquer manual de etiqueta bem lido teria evitado.

Que fazer?

Para isso, o governo pode, se de fato pretende honrar o rótulo “democrático e popular”, dar o seu impulso de di-versas formas, não somente através da regulação social da comunicação, como também pela promoção de no-vos debates entre seus atores, como ocorreu na Conferência Nacional da Comunicação em 2009, a (re)distribuição de verbas publicitárias (que ainda privilegia em muito a

velha mídia) e a regulação de dispo-sitivos desamparados após a revoga-ção de nossa lei de imprensa, como o sagrado direito de resposta e o pró-prio exercício da precarizada profis-são de jornalista.

Aos movimentos e comunicadores populares, fica a outra parte, de cada vez mais articular, promover e refor-çar canais alternativos de informação, que façam frente aos veículos tradi-cionais em qualidade e apresentação da realidade. Com ou sem regulação, estes manterão seu perfil conserva-dor.

Filipe de Sousa

Brasil Guerra de gente grande...

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Novembro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 12

Novos Autores - CULTURAonline

A vida é feita de sonhos A vida é feita de sonhos E sempre que um deles finda Ficamos inconformados Deixamo-nos abater. Porém, a vida prossegue Gira a ciranda do tempo Aos poucos nos refazemos Caímos e nos levantamos O sonho não pode morrer! Se um sonho na vida é desfeito Surge uma queixa plangente Prostrados lamuriamos Sem entendermos que um sonho Não morre completamente. A força divina nos move Sofrer já não faz mais sentido A vida vai seguindo em frente O sonho não está perdido! A vida é feita de sonhos E não de um sonho somente Se hoje um deles se vai Em breve um outro virá Para suprir seu lugar. Ter fé é imprescindível Não podemos nos esquecer De que amanhã, certamente, O sonho irá renascer! Autora: Lourdes Neves Cúrcio

PRAÇA Naquela manhã, sentou-se no banco da praça, e viu nascer os primeiros raios de sol, os passantes com passos apressados, deixavam para trás apenas o ruído e a poeira. Um nada se criou em volta do tempo, e o tempo parou em volta do nada. Pensamentos sem imaginação. O toque A palavra A sabedoria O homem vivido, já castigado pelos anos se manifestou com seus atos de sabedoria. Falou da vida e de algumas conquistas Um olhar penoso, e desejoso por mais anos de vida. O dia estava faceiro, ensolarado O Ar beijado pelo vento No céu, as nuvens corriam Um desejo pelo desconhecido O horizonte não visto Uma conquista além da ideia Naquele banco Passou se uma vida Um momento A manhã fora embora A tarde chegou E se fez longa até o pôr-do-sol. Entardeceu A som do desalento E não se viu mais, a face vivida do homem da praça. Autora: Elizaete Ribeiro

Eterna despedida Procurei-te Pelos campos floridos, Andando em círculos Como uma louca. Lembrei nosso amor em deleite Dos sonhos negros até os coloridos, Olhos vermelhos em almas de vínculos, Minha carne macia nos dentes da sua boca. Rasguei minha roupa em espinhos E fiquei sem voz, Pois gritava teu nome Aos quatro cantos, Apenas o barulho dos trovões Apagavam meu grito de dor. Bebi sangues inocentes como vinhos Por você, num momento feroz, Onde a tua sombra de mim já some, Enterrando-me em prantos... Entre as montanhas dos aldeões, Perguntei pelo nome do seu senhor... Busquei-te em toda floresta E pela porta do cemitério entrei, Os destroços humanos riam Do meu desespero, Meu medo era tão grande... E na loucura da procura, Encontrei-te na sepultura... E antes que se destrua o que me resta, A busca não foi em vão, pelo que eu sin-to e sei... Se houvessem milagres eles fariam, Na morte sem ressurreição de um vam-piro. Sem que ninguém os mande, Vagam pela sombra que segura A dor da sua falta sem ter cura. Chorei lágrimas de sangue Pela dor que senti, Em confirmar que estarei agora Para sempre longe de ti. Mas, longe só na saudade por onde eu ande, E dela jamais me arrependi. No meu coração enfio a estaca que me devora, Em cinzas fico Neste suicídio que por você eu cometi. Autores: Eduardo e Anna Mel

REGULAMENTO

1. Tema: “PALAVRAS NA PRIMAVERA” 2. Objetivo: Repensar a PRIMAVERA, incentivando o jovem a trabalhar a ques-tão sob nova óptica, baseada no valor da vida, no respeito aos di-reitos e à dignidade da pessoa humana. O próprio apelo do tema se mostra vital para construir a compreensão e o respeito pelo es-paço comunitário, que nada mais é do que nosso “Lar social”. Des-tarte, o aprendizado da participação comunitária, da solidariedade, a coordenação das idéias e a expressão dos sentimentos na lin-guagem poético-literária levarão os participantes a reconhecerem e partilhar os dons da vida. 3. Justificativa: Não nos cabe mais manter uma postura contemplativa. A vida mo-derna nos impele a sairmos da reflexão. A busca da participação comunitária na resolução dos problemas sociais que nos afligem é um aprendizado diário que deve ser praticado e incentivado por todos nós, quer na qualidade de cidadãos, quer na de agentes pú-blicos. A cidadania, entendida como o cumprimento dos deveres e o exercício dos direitos de cada um de da sociedade como um todo é um dos aspectos mais marcantes da Democracia. O Concurso de Poesia vem facilitar a prática da participação e fornecer um canal de comunicação ao cidadão, aprisionado pela violência na sua roti-na de vida. A prevenção da violência se faz de modo prático e coe-rente com a necessidade cidadã de expor seus sentimentos usan-do as mais diversas formas de expressão. Ademais, nada como um tema de tal modo abrangente pelo apelo. l 4. Da Participação: Podem participar do Concurso de Poesias, alunos regularmente matriculados em escolas de ensino Médio e Faculdades, cidadãos comuns, poetas e escritores. 5. Da Poesia e Entrega: a. Cada concorrente poderá concorrer com apenas uma poesia, em uma lauda (no máximo trinta linhas) - referência básica; b. A poesia será avaliada quanto à originalidade, criatividade, coe-são e coerência temática; c. Deverão ser enviadas as obras para o email [email protected], com cópia para [email protected] Uma cópia da poesia digitada em Software Word ou mais re-cente, acompanhada de um mini-currículo, em fonte Times New Roman, Tamanho 12, com espaçamento duplo, no Formato de pa-pel tamanho A-4 com identificação do autor/concorrente na parte inferior (nome, endereço, telefone e correio eletrônico). 6 – Da Avaliação: A rádio “CULTURAonline”, a Diretora do Projeto Liane Rochek e o Editor Filipe de Sousa, serão os responsáveis pela ampla divulga-ção do tema, pela orientação e preparação dos autores, pela avali-ação inicial, orientação e pela seleção dos três melhores trabalhos – Posteriormente encaminhados para a redação do jornal Gazeta Valeparaibana, que se encarregará de fazer a publicação. 7 – Do Julgamento: O Coordenador da Comissão de Julgamento será o Jornalista UBI-RAJARA DE OLIVEIRA, Diretor do Jornal da Gente. Um júri composto por todos os profissionais da rádio, se encarre-gará então de decidir quais os classificados na seguinte ordem: 1º. 2º e 3º Lugar. 8 -Prazos e Cronograma: - Dia 03 de Outubro de 2011 - Lançamento do concurso. - Dia 05 de Outubro de 2011 – Início da divulgação do Concurso nos programas da rádio. - Dia 21 de Dezembro de 2011 (Término da Estação Primave-ra) – Data limite para recebimento das obras. - Mês Janeiro de 2012 – Julgamento. - 01 de Fevereiro de 2012 – Divulgação dos vencedores a-través do jornal Gazeta Valeparaibana e entrega das premi-ações. 9. Da Premiação: 1º. Colocado Troféu Formiguinhas do Vale de Literatura. 2º. Colocado uma placa de prata 3º. Colocado uma placa de prata Importante: Os três primeiros colocados ganharão um espaço por doze meses na página “Novos Autores” da Gazeta Valeparai-bana, onde poderão postar mensalmente uma poesia, crônica ou texto de sua autoria, o qual deverá ser aprovado pelo Editor res-ponsável. 10 - Prescrições Diversas: A decisão do júri é soberana, não cabendo recurso em qualquer instância. As poesias inscritas e ou selecionados poderão ser utilizadas pela Comissão julgadora e organizadora do concurso, objetivando a divulgação dos trabalhos comunitários executados, sem fins co-merciais. Os coordenadores do concurso representarão, para todos os fins, os atos referentes ao desenvolvimento do concurso, exposição dos trabalhos, seleção, classificação final e premiação. Poderão ocorrer alterações no decorrer do concurso, desde que haja concordância da maioria dos representantes da comissão e não acarretem prejuízos aos participantes.

Comissão Organizadora

Programa: Novos Autores

Quintas-Feiras 20h às 22h CULTURAonline

www.formiguinhasdovale.org Concurso Literário Emails para envio:

[email protected] [email protected]

Participe !!!

A Caneta é nossa arma.

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Novembro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 13

A arte de saber falar e saber ca-lar na educação é uma questão mais séria do que pensamos. Aprende-se a falar nos primei-ros anos da vi-

da , os pais até se preocupam se o filho não fala. Procuram logo recurso para entender .Porque o filho de “cicrano” tem um ano e já fala, e o nosso com três anos , quase não fala????? É uma pergunta constante entre os pais, quanto ao desenvolvimento dos filhos. Logo estão atrás de psicólogos, fonoaudiólogos e outros, preocupa-dos com o filho(a)... E escutar???? Não se tem a mesma preocupação, é até mais fácil preocupar, e saber como calar o filho , esta é a verdade.... Esta tem sido uma questão preocupante na edu-cação: Falar e escutar eis a questão?????? E na escola ??????? Acontece quase do mesmo jeito, com uma preo-cupação maior, em como fazer ,hoje, para as cri-anças calarem. Na realidade não se preocupam se a criança es-cuta , na verdade preocupam se mesmo, e, é qua-se uma neurose, com o falar... E como as crian-ças falam ..... Será que elas ouvem???? Quem as ouve?????? : Os pais ? Os professores? Elas mesmas? Ninguém, praticamente, ouve ninguém. Todo mundo quer ser ouvido, mas ninguém cala .Por isso falam todos ao mesmo tempo. Assim se todo mundo fala, ninguém escuta, e todos falam ao

mesmo tempo, pronto.O que falta mesmo é saber falar e saber calar. Desde a antiguidade conhecemos este pensa-mento: -”A palavra é de prata ,e o silêncio é de ouro”. A psicologia moderna confirmou plenamente, a-través das suas pesquisas, que de fato muitas vezes, vale mais calar do que falar. Mas não é bem assim que se processa esses hábitos em nossas vidas. A maioria das pessoas pensam que falar: é a melhor maneira de conven-cer os outros de alguma coisa. "Dirigentes de grupos acreditam que, depois de terem feito um longo discurso, durante uma reuni-ão, saem os seus ouvintes perfeitamente imbuí-dos das verdades que proclamaram. O mesmo acontecem com os pais que, diante de um erro qualquer do seu filho(a), afogam nos com severas palavras de repressões. Também os professores, pela própria natureza de seu mister, pensam na sua maioria, que a melhor maneira de ensinar, consiste em falar todo o tempo.(WEIL) Mas os tempos são outros os pais perderam o” trono”, os filhos ditam as regras , e a escola do “cala boca” deu espaço para a escola da criança, enquanto continuidade de casa ,elas são quem ditam as normas. E agora ,como ficamos nesta.????? Como mudar um quadro deste? Temos que repensar que uma confusão generalizou o meio de campo. E é preci-so retomar aos velhos hábitos.

A aquisição da linguagem depende da capacidade de análise auditiva. Toda linguagem social supõe ao menos um indivíduo que fala e outro que ouve. Uma educação da linguagem e de percepção au-ditiva deverá voltar a propiciar às nossas crianças os elementos necessários ao desempenho de am-bos os papéis(falar e ouvir).

E isto tem que começar em casa, sem dúvida.E preciso ,para ,ontem esse exercício de professo-res e pais . Resgatar primeiro em si próprios estes hábitos e trabalhar com as crianças esses velhos hábitos : - Você fala eu vou te ouvir , - e quando eu estiver falando me ouça.

Esta falta de hábito veio gerando aos poucos sé-rios conflitos, brigas e atritos em todos os grupos sociais: entre componentes e equipe de trabalho, casais, pais,e filhos.Muitos desses incidentes po-deriam , normalmente, ser evitados se um dos elementos, usasse o silêncio. “Quando um não quer , dois não brigam” – diz o velho adágio. E isto foi consequência da falta de educação entre os membros, falta de” berço” .Não adianta ,agora colocar pano quente. Perdeu-se o respeito. Confundiu-se a autoridade. -Pais, professores , crianças podem e devem fa-lar ,mas cada um na sua vez. Quando um fala o outro escuta.Isto é sagrado. E reeducar é mais difícil que educar. Muito vai ter que se estudar, tanto os pais quanto os professo-res para regatar esta questão e serem educado-res de bons ouvintes!!!!

“De todos os sentidos, o mais importante para a aprendizagem do amor, do viver juntos e da cida-dania é a audição. “No princípio era o Verbo”;

“Antes do Verbo era o silêncio.” É do silêncio que nasce o ouvir. Só posso ouvir a palavra se meus ruídos interiores forem silenciados. Só posso ouvir a verdade do outro se eu parar de tagare-lar." (Rubem Alves)

Dirce Saléh

A arte de saber escutar

Gazeta Valeparaibana

& CULTURAonline

A Gazeta Valeparaibana, um veículo da OSCIP “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos, somente publica matérias, relevantes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões dentro das salas de aulas, tais como: educação, cultura, tradições, história, meio ambiente e sustentabilidade, responsabilidade social e ambi-ental, além da transmissão de conhecimento.

Assim, publica algumas matérias selecionadas de sites e blogs da web, por acreditar que todo o cidadão deve ser um multiplicador do conhecimento adquirido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e Sustentabilidade, todos devemos nos unir, na busca de uma sociedade mais justa, solidária e conhecedora de suas respon-sabilidades sociais.

No entanto, todas as matérias e imagens serão creditadas a seus editores, desde que adjudiquem seus nomes nas matérias publica-das. Caso não queira fazer parte da corrente, favor entrar em conta-to. < [email protected] > JUNTE-SE A NÓS.

Mensagem do mês

CULTURAonline

CERVEJA

Se... - Se não souber beber nunca beba; - Se for dirigir nunca beba; - Se for falar com seu filho não beba; - Se quer ser exemplo não beba; - Se quer ter uma família não beba; - Se quer ser bem sucedido não beba; - Se quer ser vencedor não beba. - O Brasil não precisa de bebida; - O Brasil precisa de cidadãos sóbrios.

Muitas vezes é melhor viver errando, pois isso é quase sempre sinôni-mo de quem tenta fazer. A grande formação é derivada da quantidade e valorização diante dos obstáculos desafiados, enfrentados e que persistentemente poderão ser superados e vencidos.

CULTURAonline - escutar é preciso !

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Novembro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 14

Nós professores e educadores

Houve um tempo, não muito distante, em que a sociedade respeitava e va-lorizava os professores e as professo-ras, estes profissionais tão importan-tes para a humanidade quanto o ar que respiramos, quanto a terra onde pisamos, quanto a água que bebe-mos, principalmente docentes da e-ducação básica inicial, que desempe-nham inúmeras outras funções além do ato de ensinar. O trabalho com crianças pequenas é extremamente delicado, exigente e necessário para o desenvolvimento cultural de um país. Ouvimos por toda a vida que se não estudarmos, não teremos oportunida-des de bons empregos, que seremos excluídos e marginalizados. E sabe-mos o quanto isto é verdade. Sim, são as professoras e os profes-sores que nos ensinam a enxergar o mundo do conhecimento. Estas pes-soas nos oferecem as chaves que abrem as portas dos caminhos da vida. Trabalham até a exaustão, a-brindo mão de sua própria vida para exercerem a função que nenhuma outra profissão possibilita: o desen-volvimento das habilidades humanas e das potencialidades criadoras que

nos possibilitam engendrar as mais belas e complexas criações. O médico, o engenheiro, o advogado, são profissionais que fazem parte das classes privilegiadas da sociedade. São profissionais valorizados e reco-nhecidos que conseguem manter um padrão de vida estável – que, no mí-nimo, permite um sustento mensal através da sua merecida remunera-ção. Porém, estes nada seriam se não fossem suas professoras e seus professores. No entanto, há um contraste muito grande, uma disparidade, um distan-ciamento enorme entre estas catego-rias e a categoria dos docentes, e não há uma justificativa racional para isto. Ambos lidam com a vida: o médi-co lida com a saúde física do pacien-te, o professor lida com a saúde cul-tural de um país. Estes profissionais educacionais, devido ao descaso e ao abandono social do qual são víti-mas, vêm enfrentando uma série de dificuldades resultando em carências que lhes negam uma qualidade de vida. Um professor é aquele que mostra os caminhos traçados pela civilização, que apresenta as chaves que abrem portas da felicidade, que faz perpetu-ar a cultura humana. Ah, nada mais lindo do que o olhar de uma criança que desperta para a leitura do mun-do. Ah, nada mais sensibilizador do que conviver num mundo de desco-bertas, de encantamento, de possibili-dades, de aprendizados. Essa é uma visão romântica da fun-ção exercida pelo professor, função

esta que é cada vez mais desvalori-zada pela crise social que vivencia-mos. Nós, educadoras e educadores, que convivemos em espaços escolares, sabemos que esse romantismo tem uma outra conotação. Sabemos que, na prática, as coisas são diferentes. Hoje, o professor tem o papel de me-diador que busca reestruturar o equi-líbrio de uma sociedade desajustada, excludente e preconceituosa. É no seio da escola que explodem as bombas armadas pela atual crise, e os professores, como heróis invisí-veis, tentam resgatar valores que fo-ram afogados pela sociedade do con-sumo. Ser professor, hoje, é navegar em um oceano turbulento, é trilhar os caminhos tortuosos da contradição e da falta de valorização. Em ano de eleição é quando mais se ouvem discursos sobre a importância da educação para um país prosperar, vozes que silenciam após as campa-nhas. Mas, será mesmo interessante um país cujo povo pense, tenha sen-so crítico, seja um povo empreende-dor? Temem, os donos do poder, que um povo crítico coloque abaixo toda en-genharia desenvolvida para a exclu-são. Não, infelizmente não há interes-se em valorizar a educação. Mesmo sabendo disto, os professores continuam a existir. Alguns acomoda-dos, que realizam sua tarefa com a-quele olhar rotineiro, romântico e sub-misso, que dão graças a Deus por terem um emprego garantido; porém, há os que têm seus ideais, há os que

lutam, persistem em buscar alternati-vas para que o sistema educacional, arcaico e ultrapassado, mude. O livro de Rubem Alves “Por uma e-ducação romântica”. Nesta obra, o autor aponta diversas feridas educa-cionais que podem ser curadas com amor, com respeito, com criatividade. Porém, a educação romântica de Rubem Alves não é aquela que aceita tudo, que acha tudo lindo, maravilho-so, que serve de máscara. É aquela educação que vem da alma do ser humano, que educa para a sensibilidade, e que questiona cons-tantemente “qual é a função prática do que estou ensinando, para o mo-mento da vida do aluno à minha fren-te?”. Que nossos professores tenham a coragem de trazer para dentro da es-cola os elementos que não fazem parte do currículo, que questionem com seus alunos sobre a vida como ela é, e que tenham a coragem de continuar a serem heróis, mesmo que invisíveis. Porque acima de tudo, de currículos e de normas, são cidadãos e, até pode-se afirmar, responsáveis pela forma-ção e progresso social de nossa soci-edade. Filipe de Sousa

Não esqueça Dia 20 de Novembro na CULTURAonline - Crianças a raiz de nossa futura sociedade - a partir das 10h.

Valores éticos e sociais - Opinião

Desde que há escola que existe um debate em torno da questão: quem deve ensinar os valo-res básicos? A escola ou a família? A resposta é simples: as duas. O problema é quando a família ou a escola se de-mitem de o fazer. Problema também quando os valores enfatizados pela família contradizem os valores escolares.

Recentemente, foi publicado, na Grã Bretanha, o relatório "A Good Childhood".

Conclusões do relatório: quer a família quer a escola estão a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo, o egoísmo e a competição exagera-da.

É certo que há alguns projetos educativos que pro-movem o respeito pelos outros, o apreço pelas re-lações de cortesia, regras de etiqueta social, com-paixão, responsabilidade e solidariedade.

Mas esses projetos são exceções.

A situação ideal seria a existência de uma boa arti-culação entre os valores da família e os valores da escola com as duas instituições a rumarem para o mesmo lado e os pais a reforçarem as atitudes e os valores dos professores.

Errado é os pais entregarem os filhos à escola, demitirem-se dos seus papéis educativos e exigi-rem aos professores que façam milagres.

Pior ainda é quando as políticas educativas desva-lorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opinião pública que os docentes não são dignos de confiança.

O professor é educador e instrutor e deve, portan-to, enquanto educador, deve ensinar também valo-res éticos e sociais. Passando as crianças e os jovens tanto tempo na escola, faz sentido que as-sim seja. Mas sente-se que por um lado, há discre-pância entre os valores da família e os da escola, em alguns casos.

Um dos motivos por que há indisciplina e violência na escola, é porque o processo de socialização primária não foi concluído, porque houve um con-junto de valores que a seu tempo, não foi interiori-zado.

Em alguns casos pode estar relacionado com o pouco tempo que os pais passam com os filhos, por motivos de diversa ordem.

A escola deve sim ensinar valores éticos e sociais e essa é uma questão que deve fazer parte do dia-a-dia escolar!

A minha experiência baseada em diversos depoi-mentos, como o acima mencionado me mostra que na realidade, existe aqui um jogo de empurra em-purra, que da forma que está colocado, nos dias de hoje, não nos levará a lugar nenhum. Filipe de Sousa

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Novembro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 15

Proclamação da República 15 de Novembro

No final da década de 1880, a monarquia brasi-leira estava numa situação de crise, pois representa-va uma forma de governo que não correspondia

mais às mudanças sociais em processo. Fazia-se necessário a implantação de uma nova forma de governo, que fosse capaz de fazer o país progre-dir e avançar nas questões políticas, econômicas e sociais.

Crise da Monarquia

A crise do sistema monárquico brasileiro pode ser explicada através de algumas questões: - Interferência de D.Pedro II nos assuntos religio-sos, provocando um descontentamento na Igreja Católica; - Críticas feitas por integrantes do Exército Brasi-leiro, que não aprovavam a corrupção existente na corte. Além disso, os militares estavam des-

contentes com a proibição, imposta pela Monar-quia, pela qual os oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa sem uma prévia autori-zação do Ministro da Guerra;

- A classe média (funcionário públicos, profissio-nais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, co-merciantes) estava crescendo nos grandes cen-tros urbanos e desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identi-ficada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do império;

- Falta de apoio dos proprietários rurais, principal-mente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que ti-nham grande poder econômico;

Diante das pressões citadas, da falta de apoio popular e das constantes críticas que partiam de vários setores sociais, o imperador e seu governo, encontravam-se enfraquecidos e frágeis. Doente, D.Pedro II estava cada vez mais afastado das de-

cisões políticas do país. Enquanto isso, o movi-mento republicano ganhava força no Brasil.

A Proclamação da República

No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deo-doro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, demitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Na noite deste mesmo dia, o marechal assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório.

Após 67 anos, a monarquia chegava ao fim. No dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família imperi-al partiam rumo à Europa. Tinha início a Repúbli-ca Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonse-ca assumindo provisoriamente o posto de presi-dente do Brasil. A partir de então, o país seria go-vernado por um presidente escolhido pelo povo através das eleições. Foi um grande avanço rumo a consolidação da democracia no Brasil, que esta-mos procurando até hoje. Filipe de Sousa

. CULTURAonline Acessível pelos sites: www.gazetavaleparaibana.com e ou

www.formiguinhasdovale.org

ATENÇÂO

A Gazeta Valeparaibana, um veículo de divulgação da OSCIP “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos, somente publica matérias, relevan-tes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões dentro das salas de au-las, tais como: educação, cultura, tradições, história, meio ambiente e susten-tabilidade, responsabilidade social e ambiental, além da transmissão de co-nhecimento.

Assim, publica algumas matérias selecionadas de sites e blogs da web, por acreditar que todo o cidadão deve ser um multiplicador do conhecimento ad-quirido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e Sustentabilidade, todos devemos nos unir, na busca de uma sociedade mais justa, solidária e conhecedora de suas responsabilidades sociais.

No entanto, todas as matérias e imagens serão creditadas a seus editores, desde que adjudiquem seus nomes nas matérias publicadas. Caso não queira fazer parte da corrente, favor entrar em contato.

Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com

religião e amor com casamento.

Machado de Assis No dia 20 de novembro é reafirmada a perspectiva da criança como ser de direitos.

O Dia Internacional dos Direitos da Criança coincide com os 45 anos da proclamação da Declaração Uni-versal dos Direitos das Crianças pela Assembléia das Nações Unidas.

Para comemorar a data e promover uma reflexão em torno dos direitos da criança, a O projeto Formigui-nhas do Vale através de sua divulgadora a rádio web CULTURAonline, das 10h ás 18h, em parceria com as temáticas da UNICEF, irá apresentar uma programa-ção especial dedicado à criança, com muitas chama-das, artigos e musicas.

O Dia de Finados é o dia da cele-bração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. É o Dia do Amor, porque amar é sentir que o outro não morrerá nunca.

É celebrar essa vida eterna que não vai terminar nunca. Pois, a vida cris-

tã é viver em comunhão íntima com Deus, agora e para sempre.

Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos faleci-dos; costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. No século 4º, já encontramos a Me-mória dos Mortos na celebração da missa. Desde o século 5º, a Igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava. Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comuni-dade a dedicar um dia por ano aos mortos.

Desde o século XIII, esse dia anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de novembro, por-que no dia 1º de novembro é a festa de "Todos os Santos".

O Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram cano-nizados. O Dia de Todos os Mortos celebra todos os que

morreram e não são lembrados na oração.

O NASCER PARA O ALÉM... Há quem morra todos os dias. Morre no orgulho, na ignorância, na fraqueza. Morre um dia, mas nasce outro. Morre a semente, mas nasce a flor. Morre o homem para o mundo, mas nasce para Deus. Assim, em toda morte, deve haver uma nova vida. Esta é a esperança do ser humano que crê em Deus. Triste é ver gente morrendo por antecipação... De desgosto, de tristeza, de solidão. Pessoas fumando, bebendo, acabando com a vi-da. Essa gente empurrando a vida. Gritando, perdendo-se. Gente que vai morrendo um pouco, a cada dia que passa. E a lembrança de nossos mortos, despertando, em nós, o desejo de abraçá-los outra vez. Essa vontade de rasgar o infinito para descobrí -lo. De retroceder no tempo e segurar a vida. Au-sência: - porque não há formas para se tocar. Presença: - porque se pode sentir. Essa lágrima cristalizada, distante e intocável. Essa saudade machucando o coração. Esse infinito rolando sobre a nossa pequenez. Es-se céu azul e misterioso.

Ah! Aqueles que já partiram! Aqueles que viveram entre nós. Que encheram de sorrisos e de paz a nossa vida. Foram para o além deixando este vazio inconsolá-vel. Que a gente, às vezes, disfarça para esquecer. Deles guardamos até os mais simples gestos. Sentimos, quando mergulhados em oração, o ruído de seus passos e o som de suas vozes. A lembrança dos dias alegres. Daquela mão nos amparando. Daquela lágrima que vimos correr. Da vontade de ficar quando era hora de partir. Es-sa vontade de rever novamente aquele rosto. Esse arrependimento de não ter dado maio-res alegrias. Essa prece que diz tudo. Esse soluço que morre na garganta... Há tanta gente morrendo a cada dia, sem par-tir. Esta saudade do tamanho do infinito cain-do sobre nós. Esta lembrança dos que já foram para a eter-nidade. Meu Deus! Que ausência tão cheia de presença! Que morte tão cheia de esperança e de vida!

Texto: Padre Juca

Dia de finados 02 de Novembro

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MUNDOMUNDOMUNDOMUNDO A população mundial está crescendo em

uma velocidade jamais vista e vai chegar a 7 bilhões no dia 31 de outubro, segundo a

ONU. Em 2050, este número deve alcançar

9,3 bilhões.

Alguns dos fatores que contribuem para o rápi-do aumento populacional são a alta taxa de natalidade em alguns países e a maior longe-vidade da população. Hoje, 893 milhões de pessoas tem mais de 60 anos. Até a metade deste século, segundo a ONU, este número vai praticamente triplicar, chegan-do a 2,4 bilhões. A expectativa de vida média atual é de 68 a-nos, quando era de apenas 48 anos em 1950. População envelhecida Na Grã-Bretanha, o número de pessoas com mais de 85 anos mais do que dobrou entre 1985 e 2010 para 1,4 milhão, enquanto o per-centual de pessoas com menos de 16 anos caiu de 21% para 19% no mesmo período, se-gundo estatísticas oficiais.

Aos 85 anos, Helen Moores atribui longevida-de a vida ativa. Aos 85 anos, Helen Moores representa esta faixa da população britânica que está crescen-do. Ela vive sozinha em Londres e atribui a longevidade a uma vida ativa e de muito traba-lho. "Eu me alistei no Exército aos 17 anos e servi por 12 anos em diversos países: Cingapura,

Hong Kong, Egito e Chipre, onde conheci meu marido, 42 anos atrás", conta ela. Moores diz que hoje tem uma vida confortável, mas teme que seus netos não tenham tanta sorte. Com a população trabalhando cada vez mais antes de se aposentar, ela acha que há menos oportunidades para jovens saindo da universidade. "Eu me preocupo com eles. Não sei se vai ha-ver empregos suficientes." Baby boom Já na Zâmbia, no sul da África, a grande ques-tão para o governo é o altíssimo número de nascimentos. Com uma população de 13 mi-lhões de pessoas, as estimativas são de que esse número triplique até 2050 e chegue a 100 milhões até o fim do século, fazendo com que o país tenha uma das populações que mais crescem no planeta.

Zâmbia tem uma das populações que crescem mais rapidamente no mundo. Enquanto a fertilidade global caiu de cinco pa-ra 2,5 crianças desde 1950, as mulheres de Zâmbia tem seis filhos, em média. Este também era o número de crianças que Robert e Catherine Phiri, de Lusaka, queriam ter, mas após o nascimento do terceiro bebê, eles não sabem se terão condições de criar mais filhos. Robert trabalha como agricultor e ganha me-nos que o salário mínimo. "É difícil comprar roupas. Todo o dinheiro é usado em comida. Compramos coisas usadas quando podemos", diz Catherine. Ainda assim, a família tem grandes expectati-vas para os filhos, incluindo uma menina re-

cém-nascida, que ainda não tem nome. "Quando ela crescer, quero que ela vá para a escola e universidade para nos ajudar. Temos tão pouco dinheiro e nos preocupamos com o futuro", afirma Robert. Segundo a ONU, que divulgou em outubro um relatório sobre o Estado da População Mundi-al, é preciso mais planejamento e investimento nas pessoas para lidar com a crescente popu-lação mundial e suas consequências - a ne-cessidade por mais alimentos, água e energia e a maior produção de lixo e poluição. "Permitindo que as pessoas melhores suas próprias vidas, podemos apoiar cidades sus-tentáveis, que sirvam como catalisadoras para o progresso, forças de trabalho produtivas que estimulem o crescimento econômico, popula-ções jovens que contribuam para o bem-estar das economias e sociedades, e uma geração de pessoas idosas saudáveis, que estejam ati-vamente envolvidas nas questões sociais e econômicas de suas comunidades."

Fonte: BBC Brasil

Responsabilidade Social

Edição nº. 48 Ano IV - 2011

Sustentabilidade Social e Ambiental - Educação - Reflorestamento - Desenvolvimento Sustentável

Para pensar 1

O exercício da lógica, enriquece a produtividade e por consequência a qualidade evolutiva das nossas ações, fazendo-nos dar credibilidade e confiança aos próprios

objetivos, que se iniciam sempre quando criamos manobras para solucionar ou contornar obstáculos.

Para pensar 2

Não vivemos pela quantidade imediata dos acertos, mas pela capacidade de entendermos aonde estamos errando, transformando as falhas em ajustes consistentes, feitos no

tempo adequado para a manutenção das direções, métodos e pessoas.