e meio ambiente formiguinhas do vale · - se alguém encher o teu saco, você precisa usar 42...

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RECICLE INFORMAÇÃO: Passe este jornal para outro leitor ou indique o site Cidadania e Meio Ambiente Formiguinhas do Vale www.formiguinhasdovale.org A Associação tem como princi- pal objetivo interferir nas mudanças com- portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien- tal, sustentabilidade e paz social, refloresta- mento, incentivo à agricultura orgânica, hor- tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta- gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul- gado através deste veículo de interação. Projetos integrados: Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula- res de cada região. Inicialmente iremos for- mar turmas que terão a finalidade de multi- plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti- vas comunidades. Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti- co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ- nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci- mento adquirido em cada comunidade. Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali- dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for- mação de cooperativas ou grupos preserva- cionistas em suas comunidades. Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú- sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen- te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res- ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos. # SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco 0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org Este veículo, transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa Edição 52 Ano IV Março 2012 Distribuição Gratuita Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê Responsabilidade social Manipulação midiática Nossos filhos Sala de aula Pedagogia da esmola África Crise mundial e os bancos Novos autores A escola dos meus sonhos Eleições 2012 A Amazônia é nossa Ética e educação Analfabetismo funcional África - valores éticos e sociais Luís Vaz de Camões Lusofonia global 01 - Aniversário da cidade Rio de Janeiro (RJ) Morte de Rui Barbosa; 03 - Morte de Albert Sabin; 05 - Nascimento de Heitor Villa-Lobos; 06 - Morte de Mário Covas; 07 - Morte de Luiz Carlos Prestes; Criação Casa da Moeda - Salvador BA; 13 - Morte de Irmã Dulce; Nascimento de Albert Einstein; 15 - Dia mundial dos Direitos do Consumidor; Criação do Ministério da Cultura (1985); 17 - Nascimento de Elis Regina; 19 - Dia da Escola; 21 - Aniversário da cidade Várzea Paulista; Início do Outono; Dia Mundial da infância; Dia Internacional da poesia; Dia Internacional das Florestas; Nascimento de Ayrton Senna da Silva; 22 - Dia Mundial da água; 24 - Nascimento de Padre Cícero; 26 - Aniversário da cidade Porto Alegre (RS); Aniversário da cidade Carapicuíba (SP); 29 - Aniversário da cidade Curitiba (PR); 31 - Dia da saúde e nutrição; Morte de Allan Kardec. Você sabia ? - A pressão produzida pelo coração humano ao bater é suficiente para espirrar san- gue a uma distância de 9 metros. - A formiga consegue levantar 50 vezes o seu peso, puxar 30 vezes o seu peso e sempre cai para o lado direito quando intoxicada. - A pulga consegue pular a uma distância correspondente a 350 vezes o compri- mento do seu corpo. É como se um ser humano pulasse a distância de um campo de futebol. - Se alguém encher o teu saco, você precisa usar 42 músculos da face para franzir a testa. Mas, só precisa de 4 músculos para esticar o braço e dar um soco na cabe- ça desse chato! (hahahahaha....sem violência). - O crocodilo não consegue mostrar a língua. - Cigarro, charutos e cachimbos causam mais mortes prematuras do que a soma das mortes provocadas por AIDS, cocaína, heroína, álcool, acidentes de trânsito, incêndios e suicídios. Um terço das mortes por câncer são ocasionadas pelo uso de cigarros. - Para se fabricar apenas 300 cigarros, se destrói uma árvore. No Brasil, são consu- midos anualmente 128 bilhões de cigarros, o que corresponde à destruição de 426 milhões de árvores! - A bandeira que balança na Praça dos Três Poderes em Brasília é a maior bandei- ra hasteada do planeta. Datas importantes FEVEREIRO Pernambuco (PE) Esta data é uma ótima oportunidade para resgatar com os alu- nos a história da escola em que estudam. Verifiquem se há um símbolo, um hino, um patrono, o motivo de ter recebido o nome que tem etc. Dia da Escola O que eu mais gosto em minha escola •Em roda de conversa explorar oralmente o texto Minha Escola é legal (Caixa de ideias), fazendo perguntas e ouvindo os alu- nos sobre as atividades que realizam na escola. •Pedir que os alunos registrem, desenhando, pintando ou co- lando imagens sobre o que cada um mais gosta de fazer na escola. •Organizar uma exposição em classe com todos os desenhos, trazendo os títulos escritos em letra bastão: BRINCAR - PIN- TAR - OUVIR HISTÓRIAS, etc. 15 de Março - Dia da ESCOLA

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Meio Ambiente

Formiguinhas do Vale www.formiguinhasdovale.org

A Associação tem como princi-pal objetivo interferir nas mudanças com-portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien-tal, sustentabilidade e paz social, refloresta-mento, incentivo à agricultura orgânica, hor-tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta-gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul-gado através deste veículo de interação.

Projetos integrados: • Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula-res de cada região. Inicialmente iremos for-mar turmas que terão a finalidade de multi-plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti-vas comunidades.

• Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti-co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ-nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci-mento adquirido em cada comunidade.

• Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali-dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for-mação de cooperativas ou grupos preserva-cionistas em suas comunidades.

• Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú-sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen-te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res-ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos.

# SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco

0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org

Este veículo, transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”, organização sem fins

lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa

Edição 52 Ano IV Março 2012 Distribuição Gratuita

Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê

Responsabilidade social

Manipulação midiática

Nossos filhos

Sala de aula

Pedagogia da esmola

África

Crise mundial e os bancos

Novos autores

A escola dos meus sonhos

Eleições 2012

A Amazônia é nossa

Ética e educação

Analfabetismo funcional

África - valores éticos e sociais

Luís Vaz de Camões

Lusofonia global

01 - Aniversário da cidade Rio de Janeiro (RJ) Morte de Rui Barbosa;

03 - Morte de Albert Sabin; 05 - Nascimento de Heitor Villa-Lobos; 06 - Morte de Mário Covas; 07 - Morte de Luiz Carlos Prestes; Criação Casa da Moeda - Salvador BA;

13 - Morte de Irmã Dulce; Nascimento de Albert Einstein;

15 - Dia mundial dos Direitos do Consumidor; Criação do Ministério da Cultura (1985);

17 - Nascimento de Elis Regina; 19 - Dia da Escola; 21 - Aniversário da cidade Várzea Paulista; Início do Outono; Dia Mundial da infância; Dia Internacional da poesia; Dia Internacional das Florestas; Nascimento de Ayrton Senna da Silva;

22 - Dia Mundial da água; 24 - Nascimento de Padre Cícero; 26 - Aniversário da cidade Porto Alegre (RS); Aniversário da cidade Carapicuíba (SP);

29 - Aniversário da cidade Curitiba (PR); 31 - Dia da saúde e nutrição; Morte de Allan Kardec.

Você sabia ? - A pressão produzida pelo coração humano ao bater é suficiente para espirrar san-gue a uma distância de 9 metros. - A formiga consegue levantar 50 vezes o seu peso, puxar 30 vezes o seu peso e sempre cai para o lado direito quando intoxicada. - A pulga consegue pular a uma distância correspondente a 350 vezes o compri-mento do seu corpo. É como se um ser humano pulasse a distância de um campo de futebol. - Se alguém encher o teu saco, você precisa usar 42 músculos da face para franzir a testa. Mas, só precisa de 4 músculos para esticar o braço e dar um soco na cabe-ça desse chato! (hahahahaha....sem violência). - O crocodilo não consegue mostrar a língua. - Cigarro, charutos e cachimbos causam mais mortes prematuras do que a soma das mortes provocadas por AIDS, cocaína, heroína, álcool, acidentes de trânsito, incêndios e suicídios. Um terço das mortes por câncer são ocasionadas pelo uso de cigarros.

- Para se fabricar apenas 300 cigarros, se destrói uma árvore. No Brasil, são consu-midos anualmente 128 bilhões de cigarros, o que corresponde à destruição de 426

milhões de árvores! - A bandeira que balança na Praça dos Três Poderes em Brasília é a maior bandei-

ra hasteada do planeta.

Datas importantes FEVEREIRO

Pernambuco (PE)

Esta data é uma ótima oportunidade para resgatar com os alu-nos a história da escola em que estudam. Verifiquem se há um símbolo, um hino, um patrono, o motivo de ter recebido o nome que tem etc. Dia da Escola O que eu mais gosto em minha escola •Em roda de conversa explorar oralmente o texto Minha Escola é legal (Caixa de ideias), fazendo perguntas e ouvindo os alu-nos sobre as atividades que realizam na escola. •Pedir que os alunos registrem, desenhando, pintando ou co-lando imagens sobre o que cada um mais gosta de fazer na escola. •Organizar uma exposição em classe com todos os desenhos, trazendo os títulos escritos em letra bastão: BRINCAR - PIN-TAR - OUVIR HISTÓRIAS, etc.

15 de Março - Dia da ESCOLA

Março 2012 Gazeta Valeparaibana Página 02

A Gazeta Valeparaibana é um jornal mensal gratuito distribuído mensalmente para download e visa a atender ao Cone Leste Paulista, que é composto pelas seguintes regiões:

Vale do Paraíba Paulista, Serrana da Mantiqueira, Litoral Norte Paulista, Bragantina e Alto do Tietê.

Editor: Filipe de Sousa - FENAI 1142/09-J Diretora Pedagógica dos Projetos: Profª. Elizabete Rúbio

Revisão de textos: Profª. Francisca Alves Veículo divulgar da OSCIP “Formiguinhas do Vale”

CULTURAonline

Gazeta Valeparaibana é um MULTIPLICADOR do Projeto Social

“Formiguinhas do Vale” e está presente mensalmente em mais de 80 cidades do Cone Leste Paulista, com distribuição gratuita em

cerca de 2.780 Escolas Públicas e Privadas de Ensino Fundamental e Médio. “Formiguinhas do Vale”

Uma OSCIP - Sem fins lucrativos www.formiguinhasdovale.org

Responsabilidade Social

Rádio web CULTURAonline

Prestigie, divulgue, acesse, junte-se a nós. A Rádio web CULTURAonline, priori-za a Educação, a boa Música Nacional e programas de interesse geral sobre sustentabilidade social, cidadania e nas temáticas: Educação, Escola, Professor e Família. Uma rádio onde o professor é valorizado e tem voz e, a Educação se discute num debate aberto, crítico e livre.

Acessível nos links: www.gazetavaleparaibana.com www.formiguinhasdovale.org

Manual para uma vida mais feliz

Emilia sempre comentava nos intervalos para o café que sua maior alegria, seria ver o filho, Alfredo, entrar na faculdade.

Um dia, chegou feliz com a notícia do sonho realizado, Alfredo entrou em uma faculdade particular e esperava ansiosamente pela barbárie do trote a que se submetem os alunos hoje em dia - “bullying” permitido. E assim foi...

Volta e meia a conversa com Emilia demonstrava sua preocupação com Alfredo. Percebia que o filho estava mais voltado às baladas e bebedeiras com a turma e emendava tantos feriados que aulas mesmo eram bem pou-cas. Embora preocupada, e convencida pelo filho que era difícil essa vida de trabalhar e ficar debruçado nos livros – tinha que se divertir.

Os professores, Ah! Queriam ensinar e não conseguiam manter os alunos em sala de aula. Futuros ídolos que só queriam mesmo brilhar, brilhar! Passados os quatro anos tão “penosos” para esses universitários, chegou finalmente o tão esperado dia da formatura.

E lá estava Emilia às voltas com a comemoração. Contava para todos onde seria a festa; num lugar lindo, muitas luzes, músicas, muita alegria. Todos se formaram! Afinal, pela conversa, o que importava era o filho receber o tão esperado “canudo” - mesmo que com a mente vazia.

Durante esse tempo, não vi Alfredo levar uma vida dura de estudante uni-versitário e sim Emília, trabalhando muito nesses anos todos para pagar a faculdade sempre tão cara e agora para dar um carro ao filho como prêmio pelo esforço. Afinal, como ele sempre dizia à mãe; estudar cansa, estressa.

Mediante este fato que nos dias atuais se repete, reflito sobre esse produto final que é o ensino, tão esvaziado de conhecimento, num país que galga a passos largos a escada da corrupção e atolado na ignorância; vejo um futu-ro ameaçador para nossa descendência.

Sim, isso mesmo, filhos e pais de universitários! Pois as conseqüências dessa educação que se expande por esse Brasil afora, será para todos nós, sermos destruídos por essa falta de responsabilidade social.

Mesmo que vocês, “Emilias e Alfredos”, não concordem! Genha Auga genhaeamigos.blogspot.com

Saúde: 1. Beba muita água e se possível pura e leve; 2. Coma ao café da manhã como um rei, ao almoço como um príncipe e ao jantar como um pedinte; 3. Coma o que nasce em árvores e plantas, e menos comida produzida em fábricas; 4. Viva com os 3 E's: Energia, Entusiasmo e Empatia; 5. Arranje tempo para orar; 6. Jogue mais jogos; 7. Leia mais livros do que leu em 2011; 8. Sente-se em silêncio pelo menos 10 minutos por dia; 9. Durma 8 horas por dia; 10. Faça caminhadas de 20-60 minutos por dia, e enquanto caminha sorria. Personalidade: 11. Não compare a sua vida a dos outros. Ninguém faz ideia de como é a caminhada dos outros; 12. Não tenha pensamentos negativos ou coisas de que não tenha controle; 13. Não se exceda. Mantenha-se nos seus limites; 14. Não se torne demasiadamente sério; 15. Não desperdice a sua energia preciosa em fofocas; 16. Sonhe mais; 17. Inveja é uma perda de tempo. Tem tudo que necessita.... 18. Esqueça questões do passado. Não lembre seu parceiro dos seus erros do passado. Isso destruirá a sua felicidade presente; 19. A vida é curta demais para odiar alguém. Não odeie; 20. Faça as pazes com o seu passado para não estragar o seu presente; 21. Ninguém comanda a sua felicidade a não ser você; 22. Tenha consciência que a vida é uma escola e que está nela para apren-der. Problemas são apenas parte do currículo, que aparecem e se desvane-cem como uma aula de álgebra, mas as lições que aprende, perduram uma vida inteira; 23. Sorria e gargalhe mais; 24. Não necessite ganhar todas as discussões. Aceite também a discordân-cia; Sociedade: 25. Entre mais em contato com sua família; 26. Dê algo de bom aos outros diariamente; 27. Perdoe a todos por tudo; 28. Passe tempo com pessoas acima de 70 anos e abaixo de 6; 29. Tente fazer sorrir pelo menos três pessoas por dia; 30. Não te diz respeito o que os outros pensam de você; 31. O seu trabalho não tomará conta de você quando estiver doente. Os seus amigos o farão. Mantém contato com eles. A Vida: 32. Faça o que é correto; 33. Desfaça-se do que não é útil, bonito ou alegre; 34. DEUS cura tudo; 35. Por muito boa ou má que a situação seja.... Ela mudará... 36. Não interessa como se sente. Levante, se arrume e apareça; 37. O melhor ainda está para vir; 38. Quando acordar vivo de manhã, agradeça a DEUS pela graça. 39. Mantenha seu coração sempre feliz.

Sobre as mídias convencionais tendenciosas,,,

www.cpodisseia.com

O medo é inerente à vida porque viver é perigoso e sempre comporta riscos. Estes nos obrigam a mudar e reforçam a

esperança. O que o povo mais quer, não as elites, é mudar, para que a felicidade e o amor não sejam tão difíceis.

CUIDADO

SSSSe você não for cuidadoso, As mídias convencionais que se dizem independentes e o não são, farão você

odiar as pessoas que estão sendo oprimidas e amar aqueles que vos estão

OPRIMINDO. Seja crítico e analise o que ouve e de onde

vem a informação...

Março 2012 Gazeta Valeparaibana Pagina 03

Manipulação midiática

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Todos sabemos que programas sobre educação onde se abordem verdades e se discuta o assunto de forma imparcial, suprapartidari-amente e com ética são raros na mídia convencional. São raros porque infelizmente não

dão IBOPE e a mídia convencional busca imagem e IBOPE, pois so-mente assim conseguirá patroci-nadores e valorizará seus espaços publicitários.

EDUCAR Uma janela para o mundo

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Certo dia caiu na rede um docu-mento circulado entre emissoras privadas de Televisão que assim dizia: “Antes de iniciar o plano de manipula-ção da população contra o movimento grevista que desejar certifique-se so-bre o seu alvo, avaliando em que grau esta greve pode prejudicar de fato a extração dos seus lucros. Exemplo: Greve de professores ou profissionais de Saúde Pública preju-dica muito pouco ou quase nada a maximização dos seus lucros, por is-so recomenda-se negligenciá-la. Diferente da paralisação de Policiais ou do Corpo de Bombeiros que po-dem deixar vulnerável a promoção dos eventos/ produtos de entreteni-mento como o Futebol ou o Carnaval; b) pesquise o nível de popularidade deste movimento a fim de planejar a qualidade e intensidade das imagens e discursos que serão usados para reverter uma eventual grande legitimi-dade por parte da população; c) tente se certificar da retaguarda e/ou con-vergência aos Governos municipais e estaduais para que seu discurso pos-sa parecer o mais oficial possível. As-segurado estes elementos parta para o passo-a-passo”. 1º passo - Faça seus repórteres sele-cionarem, minuciosamente, relatos de cidadãos, se possível dentro de seus automóveis, falando sobre os

“inconvenientes” da greve como en-garrafamento ou atraso na prestação de algum serviço. É imprescindível não dar oportunidade para relatos de apoio a paralisação, muito menos so-bre os porquês da sua realização que geralmente esta associada a reivindi-cações para a melhoria dos próprios serviços públicos. 2º passo – Caso queira mencionar sobre as reivindicações dos manifes-tantes, reduza-as para a questão sa-larial somente, para parecer que o movimento é, como todos, nada mais que um movimento corporativista. Co-loque números bem grandes na tela argumentando o quanto é razoável o que esta sendo oferecido pelo Estado sem fazer comparações com outros Estados da federação. Diante o baixo poder aquisitivo da po-pulação que assiste os canais aber-tos, tente produzir aquele velho jargão junto ao espectador: - Ah, estão recla-mando de barriga Cheia! 3º passo – Procure diminuir sempre o numero de envolvidos nas mobiliza-ções. Nos atos públicos reduza em média em 80% a estimativa fornecida pelos órgãos oficiais. Portanto, se, por exemplo, uma assembléia na Cinelân-dia tiver 10 mil pessoas, divulgue 2 mil. A comprovação é simples: colha imagens (fotos ou vídeos) de um pla-no alto (Helicóptero ou prédio) no momento anterior ao inicio da assem-bléia ou no final quando estiver bastante esvaziado. 4º passo – Selecione uma, ou no má-ximo duas lideranças, pois é a melhor forma de demonstrar que não há cole-tividade no movimento, construção junto às bases, apenas algumas pes-soas que tem o dom de manipular ou-tras.

5º passo – Adote a tradicional estra-tégia entre as emissoras privadas dos países capitalistas desenvolvidos, qual seja a de criminalizar ao máximo o movimento grevista exibindo ima-gens de alguma manifestação de re-volta ou dano ao patrimônio alheio. Tente captar algo destruído, uma pes-soa ensangüentada, alguém choran-do e tente atrelar aos manifestantes. Caso o movimento seja pacífico e or-deiro, e não tenha produzido nenhum ato mais enérgico, use a criatividade. Procure um vídeo da fala da liderança e faça uma edição de um trecho que deixe a entender uma suposta contra-dição que os telespectadores irão de-saprovar. Por exemplo, caso a lide-rança esteja discursando: - Compa-nheiros! Não pararemos a Greve se não forem atendidas as nossas reivin-dicações- depois de editado exiba só o trecho: - Companheiros! Não para-remos a Greve! – Os julgamentos mo-rais tem tido ótima repercussão entre os Brasileiros pelas intermináveis no-tícias de Brasília. Centrando o foco no personagem (a liderança), como uma espécie de bo-de expiatório, o objetivo é negligenci-ar a coletividade envolvida da mobilização e seu conteúdo político / reivindicatório. 6º passo – Terá dado um grande pas-so se conseguir trazer um comandan-te e/ou militares de alto patente para, em exibição ao vivo, darem depoi-mentos tranqüilizando a população e desaprovando os manifestantes. É certeiro quando é trazido por parte destes comandantes o regime interno da carreira militar que não permite manifestações visto que o papel dos profissionais de Segurança publica ou defesa civil é de proteger a população e estar a serviço da Lei. Como a po-pulação desconhece, ou ao menos

aparenta desconhecer, a realidade destes profissionais que tem diversos direitos desrespeitados (condições de Trabalho, assistência à Saúde) ao longo da sua carreira profissional, es-se discurso da alta patente cai como uma luva. - O importante é cumprir a Lei, não importa as condições para que isso aconteça. 7º passo – Por último, o mais impor-tante passo: nunca oportunize a voz dos manifestantes. Em nenhuma cir-cunstância, muito menos ao vivo. O êxito de todo esse processo depende da supressão do adversário e de seus argumentos. Nossa justiça só deve ter um sujeito, aquele que julga, sem ser menciona-dos direito de resposta ou ampla de-fesa do acusado. Com a estratégia de criminalização do movimento princi-palmente a partir das suas lideranças, a verdade que prevalecerá é a sua, pelo fato do adversário nunca poder pronunciar a sua versão sobre os fa-tos. Imagine se o adversário, com a ajuda do Governo, puder ser detido numa prisão de segurança máxima como Bangu 1. A própria notícia não precisa ser repercutida. Quem fica preso em Bangu 1? A população tira-rá suas próprias conclusões e seu objetivo será comprido: menos uma insurgência de classe que possa por em riscos a manutenção da lógica de mercado. Certificando-se do esvaziamento do movimento grevista, passe a negli-genciar qualquer tipo de manifestação e se volte a exibição de programa-ções voltadas ao entretenimento re-cheada de alegria da população, a-lheia as agitações sociais. Nada me-lhor que um carnaval para fazer um povo esquecer o passado recente. Da redação

Março 2012 Gazeta Valeparaibana Pagina 04

Música boa para criança

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si! Você conhece essas sete siglas aí de cima? Não?! A gente te apresenta: Plenamigo, essas são as notas musi-cais! Se a gente pegasse uma faca imaginária e partisse aquela canção que adoramos, o menor pedacinho seria uma das sete notas musicais. Estamos falando sobre esse assunto porque a música e seus pequenos pedaços fazem parte de toda a nossa vida, antes mesmo de sairmos na barriga de nossas mães. É a música que nos faz lembrar de momentos especiais, pessoas e lugares. Elas são capazes de nos fazer rir, chorar e dançar sem parar. Por isso, aproveite esta aventura musical que o Plenari-nho preparou para você! Desde a barriga A nossa experiência com a música começa muito cedo, antes mesmo de a gente nascer. É que os bebês que ainda estão na barriga da mamãe já podem reconhecer vários sons. O professor de música Ricardo Doura-do, da Universidade de Brasília (UnB), explicou que depois do nasci-mento muitos sons ouvidos pelo bebê ainda na barriga serão reconhecidos, como a voz da mamãe e do papai. “O desenvolvimento da fala e das rela-ções de carinho acontece de acordo com o que se ouviu antes de sair da barriga”, explicou o professor.

E tem mais: Algumas pesquisas com-pravam que a música clássica esti-mula o cérebro do bebê dentro da barriga, causando uma sensação de tranquilidade. Em bebês que nasce-ram antes dos noves meses, a músi-ca clássica tem o poder de acalmar os ba t imentos do co ração. Se dentro da barriga, os sons e a mú-sica já são tão importantes, imagina depois... Você provavelmente não lembra, mas com um aninho, tudo que escutou era ritmado, todos os sons ouvidos pareciam pequenas me-lodias. É o que garante o professor Ricardo. Além disso, há as canções de ninar que as mães e pais cantam. Elas fazem parte da nossa história e serão lembradas por muitos e muitos anos! Música e estudo A gente cresce, cresce e a música só vai aumentando em importância nas nossas vida. Como?! Na hora de es-tudar, por exemplo. Os professores e especialistas garantem que quem es-tuda música tem maior capacidade de concentração e de atenção. Assim, a pessoa que tem contato com a músi-ca consegue guardar mais informa-ções sobre o que escuta. E isso na escola é muito importante para enten-der e lembrar o que os professores ensinam, não é mesmo?

Pequeno grande músico Não é de hoje que a música faz parte do universo infantil. Joannes Chris-tostomos Wolfgang Gottlib Mozart, que ficou famoso apenas como Mo-zart, nasceu no ano de 1756, em Salzburgo, na Áustria. Mozart foi um grande compositor e é respeitado e conhecido até hoje pelo seu trabalho. O mais incrível de tudo é que ele co-meçou cedo: aos cinco anos de idade compôs as primeiras peças de piano e antes de completar sete, aprendeu a t o c a r v i o l i n o s o z i n h o ! Quando Mozart tinha apenas seis ani-nhos ele fez a primeira excursão com

sua família para mostrar seu trabalho em Monique, na Alemanha. Desde cedo Mozart é um exemplo de como a mú-sica não tem idade. E a brasiliense Giulia Grossi prova que um bom ritmo começa cedo. Hoje a nossa amiga tem 13 anos, mas o gosto pela músi-ca vem de berço. O pai dela, Marcelo Silva, é maestro. A mãe, Valeriana Grossi, apresentou à filhota como era o rock and roll em outros tempos.

O resultado é que hoje Giulia é fã de carteirinha da banda System of a Down e se dedica ao estudo de piano e guitarra. As tarde de sexta-feira são sempre reservadas ao estudo da mú-sica. Aliás, Giulia acha que a música deveria ser uma disciplina ensinada nas escolas. “Seria bom para as pes-soas conhecer um pouco mais de música. Meus amigos não entendem muito de música, mas eu sempre toco para eles quando vem na minha casa e é muito legal” contou.

Estudando música Se você se interessou pela música e ficou com vontade de estudar essa arte, converse com seus pais ou pro-fessora sobre esse desejo. Você po-de adiantar as coisas procurando na internet os locais onde há aulas de música na sua cidade. Em Brasília, por exemplo, há um curso muito ba-cana na Universidade de Brasília. Desde o ano 2002, há por lá o curso de musicalização infantil. Nas aulas do curso da UnB você a-prenderá mais sobre o ritmo, a respi-ração e o canto. Depois poderá esco-lher um instrumento para tocar. Já pensou que instrumento parece com você? Flauta, violino, bateria ou gui-tarra? Dica musical Hoje existe música de tudo quanto é jeito. Com letras de protesto, apaixo-nadas ou mesmo sem palavras. Mas existem também músicas feitas para você! Isso mesmo, música para a cri-

ançada, que quer mais saber é de brincar e contar história. Palavra Cantada

O grupo Palavra Cantada nasceu em 1994. É resultado da união de dois grandes amigos: Sandra Peres e Paulo Tatit, que queriam fazer música de qualidade para criançada. Hoje eles juntam música, brincadeiras e poesias em dez CDs e já ganharam cinco prêmios por conta de seus trabalhos.

Fonte: http://www.plenarinho.gov.br/ ÁFRICA

Quem não sabe onde é o Sudão saberá A Nigéria o Gabão Ruanda Quem não sabe onde fica o Senegal, A Tanzânia e a Namíbia, Guiné Bissau? Todo o povo do Japão Saberá De onde veio o Leão de Judá Alemanha e Canadá Saberão Toda a gente da Bahia sabe já De onde vem a melodia Do ijexá o sol nasce todo dia Vem de lá Entre o Oriente e ocidente Onde fica? Qual a origem de gente? Onde fica? África fica no meio do mapa do mundo do atlas da vida Áfricas ficam na África que fica lá e aqui África ficará Basta atravessar o mar pra chegar Onde cresce o Baobá pra saber Da floresta de Oxalá E malê Do deserto de alah Do ilê Banto mulçumanamagô Yorubá Grupo: Palavra Cantada Edição: Filipe de Sousa

Nossos Filhos

BARBOSA ITO _______________________

A D V O C A C I A

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Março 2012 Gazeta Valeparaibana Página 05

Sala de aula

Atitudes do professor que facilitam a disciplina

1. Nunca falar para a turma, enquanto não estejam todos em silêncio. 2. Dirigir-se aos alunos com linguagem e voz clara, com certa pausa e expres-sividade para que percebam o que se diz à primeira. 3. Nunca gritar. Um grito deve ser uma atitude rara que por vezes é necessá-ria. Não esquecer que os gritos des-prestigiam o professor. Ordens como: "Calados!", são inúteis. 4. Jamais esquecer esta regra de ouro: Se basta um olhar, não dizer uma pala-vra;se basta uma palavra, não pronun-ciar uma frase. 5. Esforçar-se por manter a presença de espírito, serenidade e segurança. Os alunos notam a mais leve falta de à vontade, insegurança ou excitação do professor. Se isso se prolonga, a aula está "perdida" 6. Não deixar passar "nem uma" e atu-ar desde o principio. Nada fere mais o aluno e desprestigia um professor que as possíveis "injustiças". É o caso de deixar passar uma falta num aluno e, logo a seguir, castigar outro por uma falta semelhante. 7. Cuidar as atitudes corporais, os ges-tos, as expressões do rosto e vocais; tudo isso influi positiva ou negativa-mente nos alunos. 8. Procurar manter o domínio de toda a aula. Mesmo que se dirija apenas a uma parte da aula, deve ter a restante sob controlo. E preciso evitar a todo o custo que um aluno apanhe o profes-sor desprevenido. 9. Não aceitar que os alunos se dirijam ao professor com modos ou expres-sões pouco apropriadas, como sejam: abraços, palmadinhas nas costas, gra-çolas, etc. Isto só serve para "queimar" o professor.

10. Jamais utilizar o sarcasmo ou a ironia malévola. Tem efeitos imediatos, mas consequências desastrosas a lon-go prazo. 11. Tornar-se acessível ao aluno, colo-cando-se ao seu nível, mas sem infan-tilidades nem paternalismos. Falar-lhes com afabilidade, afeto, por vezes com doçura; mantendo sempre uma discre-ta distância que eles aceitam e até de-sejam. 12. Se alguma vez acontecer uma situ-ação de conflito (o que deve ser raro e excepcional) com um aluno ou com a turma, procurar o modo de sanar essa "ferida", através de alguma saída airo-sa, gesto ou atitude simpática. Eles possuem um sentido epidérmico da justiça, mas igualmente uma grande capacidade de desculpar e esquecer agravos. 13. Saber manter o equilíbrio entre a "dureza" e a amabilidade. A jovialidade e a alegria do professor deve-se mani-festar, apesar de tudo, em todas as circunstâncias; os alunos têm de a no-tar. A maior parte das antipatias dos alunos têm a sua origem em rostos ou atitudes pouco acolhedoras. 14. A correção deve ser: a) silenciosa: falar em voz baixa e só por necessidade;

b) sossegada: sem perturbação, impa-ciência ou exaltação;

c) de forma a provocar a introspecção do educando: que o aluno contenha os seus impulsos, caia em si e retome o caminho;

d) afetuosa: "se quereis persuadir, consegui-lo-eis mais pelos sentimentos afetuosos que pelos discursos" (S. Bernardo). 15. Evitar proferir ameaças, que po-dem não se cumprir, pelo desprestígio magistral que isso implica. 16. Mandar o menos possível. O ideal é conseguir com o mínimo de ordens. Mandar o estritamente necessário e

com a certeza de que vamos ser obe-decidos. 17. Algumas citações:

*São o silêncio, a vigilância e a prudên-cia dum mestre que estabelecem a or-dem numa escola e não a dureza e a pancada" (VITOR GARCIA HOZ). *A escola terá um pouco de sanatório, de biblioteca e de claustro, o que quer dizer que estará mergulhada em silên-cio. Um silêncio que não será interrom-pido pela voz do professor, nem por campainhas1 nem por exercícios de piano... Um silêncio todo penetrado de atividade intensa, de vai-e-vem na pon-ta dos pés, de cochichos discretos e de alegria contida. Este silêncio supõe todo um conjunto de condições: mobí-lia apropriada, motivos de atividade para estimular o trabalho da inteligên-cia, e um professor onipresente, mas invisível" (LUBIENSKA DE LENVAL). *Evitar a "expressão sem vigor, sem clareza, nem exatidão" (Platão), por ser contrária ao silêncio" (V. GARCIA HOZ). *E preciso cultivar bem as palavras, com sossego para que saiam resisten-tes como alicerces; e no mestre cristão ainda mais, porque ele pretende fazer obra para a eternidade" (V. GARCIA HOZ). *A criança não praticará seriamente a virtude, se não conseguirmos tornar-lha amável e sedutora" (JOSEPH DU-HR). *Contribuem muito para suscitar o inte-resse e, em consequência, a atenção da criança, a personalidade e as atitu-des mentais do professor. As atitudes e emoções são muito contagiosas. O professor entusiasta, alegre e anima-do, costuma ter alunos atentos e inte-ressados. A primeira condição da a-prendizagem interessante é que o pro-fessor reflita nas suas atitudes e ativi-dades em grau suficiente de simpatia e entusiasmo (AGUAYO). Da redação

ATITUDES DO PROFESSOR QUE FAVORECEM A RELAÇÃO COM

OS ALUNOS

1. Planificar e programar bem como as aulas. Não confiar na improvisa-ção.

2. Manter sempre os alunos ocupa-dos porque nada favorece tanto a in-

disciplina como não ter nada que fa-zer.

3. Evitar centrar-se num aluno, pois os outros ficarão entregues a si mes-mos.

4. Evitar os privilégios na aula. A es-cola deve ser um lugar de combate aos privilégios.

5. Não fazer alarde de rigor. Quando for necessário corrigir, fazê-lo com naturalidade e segurança.

6. Não falar de assuntos estranhos à aula.

7. Aproximar-se dos alunos de modo amigável, tanto dentro como fora da escola.

8. Estar a par dos problemas particu-lares dos alunos para poder ajudá-los quando necessário.

9. Se tiver de fazer uma admoesta-ção, que esta seja firme, mas que

nunca ultrapasse a linha do amor pró-prio e seja de preferência em privado.

10. Procurar um ambiente cordial, relaxado e sereno.

11. Ser coerente e não justificar as incoerências. Quando houver alguma incoerência o melhor é reconhecê-la e honestamente retificá-la.

12. Se se aplica um castigo deve ser mantido e cumprido, a não ser que haja um grande equívoco que justifi-que uma mudança de atitude.

13. Não se deve castigar sem expli-car clara e explicitamente o motivo do castigo.

14. Não agir em momentos de ira e descontrole.

15. Evitar ameaças que depois não possam ser cumpridas, pois isso tira prestígio ao professor.

16. Os chefes de equipe ou grupo

devem colaborar na disciplina da au-la.

17. Há que ser pródigo em estímulos e reconhecimentos de tudo o que de bom faça o aluno, embora sem exa-geros ou formas que pareçam insin-ceras.

18. Evitar castigar todos aos alunos por culpa de um só, a não ser que existam implicações gerais.

19. Evitar atitudes de ironia e sarcas-mo.

20. Ser sincero e franco com os alu-nos.

21. Saber dar algo aos alunos, não pedir-lhes sempre. Fonte:http://professor.aaldeia.net/disciplinanasaulas. Edição: Filipe de Sousa

Utilidade Pública

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Março 2012 Gazeta Valeparaibana Página 06

Pedagogia da Esmola

Vivemos em uma época de esmolas. Gostamos de ganhar “coisas”. Ga-nhar bolsas, ganhar brindes, ganhar bugigangas. Nossas crianças não são diferentes. Gostam de ganhar notas, ganhar material escolar, ga-nhar tempo a mais de intervalo. Os políticos, por sua vez, gostam de ga-nhar votos e claro, muito dinheiro. Acontece que vivemos em um siste-ma em que o governo não assume seu papel de Estado de Bem Estar Social, nem seu papel de governo Neoliberal. Ficamos sobre o muro. Ao mesmo tempo em que o Estado cria leis em que chama para si a res-ponsabilidade social, na prática ele próprio negligencia essas leis. Como bem sabemos a esmola não desenvolve e não devolve a auto-estima. Na verdade, a esmola man-tém quem a recebe sempre no mes-mo patamar de pobreza. Existem também aqueles que rece-bem esmolas, mas na verdade não precisam delas, apenas usufruem de uma facilidade ou do espírito de cari-dade que temos inerente em nós. Seja de que forma for, a esmola não promove inclusão alguma, pelo con-trário nos mantém distantes dos mais pobres que nós. A “Pedagogia da esmola” assim de-nominada por nós, é aquela desen-volvida ao longo dos anos pelos go-vernos, e acatada pelos professores, quer sejam nas redes estadual ou federal, em que tudo é oferecido aos alunos, ou professores, de maneira a mantê-los sob a custódia do estado sob a falsa ideia de que estamos feli-

zes. Obviamente, se a multidão de esfo-meados físicos e culturais virem, de alguma maneira, suas necessidades básicas sendo atendidas estarão contentes e isso significa menos pro-blemas. O sistema assistencialista aplicado nos últimos anos (Bolsa Família, gás, leite, material escolar, uniforme, ali-mentação, Cotas...), tem servido pa-ra anestesiar grande parte da socie-dade quanto aos problemas políticos e sociais que estamos vivenciando. O sistema de progressão continuada (leia-se promoção automática) aliado a política assistencialista tem servido para camuflar os verdadeiros proble-mas que vão estourar nas próximas gerações (em um futuro não tão dis-tante, pois seus reflexos já são pos-síveis perceber). As crianças já não ligam para suas responsabilidades, pois têm quem os dê “coisas”. Os pais, por sua vez já não fazem valer seu pátrio poder. Educam as crianças de maneira atabalhoada e terceirizam a responsabilidade ao Estado e aos professores. Os professores sentem-se impoten-tes, seja pela fraca formação inicial, ou pela complexidade de ações que influenciam na prática docente. As famílias que, por força das condi-cionalidades do bolsa família, man-têm seus filhos na escola, mas nada fazem para que eles, efetivamente, aproveitem seus estudos. São tão responsáveis tanto quanto aqueles que querem manter sob o jugo eleito-ral essas mesmas famílias, pois elas não querem perder as benesses da-das. Portanto continuam colaborando, nesse caso votando, com a manuten-ção do sistema. As diversas bolsas mantidas pelos governos, quer seja estadual ou fe-

deral é sim um processo eficiente para atingir o objetivo comum a eles – manterem-se no poder. É um processo pedagógico no senti-do de aplicar as teorias de subjugo do povo. De um lado dá-se dinheiro ou outra quinquilharia qualquer e por outro lado eles são mantidos no co-mando. Simples teoria do toma lá da cá. Se retirarmos da noite para dia todas as bolsas, as famílias voltam a ser pobres como eram antes, sem oportunidades como antes. Isso é promover o bem estar social? De quem? Na escola, o sistema de meritocracia não é aplicado aos alunos. O que temos é um falso sistema de merito-cracia aplicado aos professores. A contratação via concurso (de baixa qualidade) cria a falsa expectativa no professor de que ele é merecedor daquele cargo. Sobre os concursos de baixa quali-dade é importante dizer que, mesmo sendo de baixa qualidade ainda há um grande número de formados em licenciaturas que não conseguem a pontuação mínima para assumirem tal cargo (o que denota a péssima formação que estão tendo nas facul-dades). Sobre o sistema de esmola-docente, podemos explorar um pouco o cha-mado “bônus-docente”. O bônus que é dado aos docentes cuja escola atingiu os índices esperados pelo sistema de ensino. No caso das es-colas públicas do Estado de São Paulo temos o bônus calculado sobre o IDESP (Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo) – uma cópia mal feita do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Bási-ca – promovido pelo Governo Fede-ral). Pois bem, o IDESP é calculado a partir de dois índices: Desempenho X Fluxo. Entende-se por desempenho a nota do SARESP (considerado so-mente para as turmas de 5º ano, 9º

ano e 3º ano do ensino médio) e o fluxo em que se leva em considera-ção a quantidade de alunos reprova-dos e evasão escolar. Pois bem, sabendo-se que os alunos não vão tão bem no quesito avalia-ção, o que a escola faz para elevar o índice? Aprova-se à revelia. Dentro dessa concepção, verifica-se aqui, também, um sistema de esmo-la. Em que os professores são coagi-dos a aceitarem o que é imposto pelo sistema de ensino para não perde-rem o famigerado bônus-docente. Ninguém, com o mínimo de capaci-dade intelectual e física, precisa de bolsas ou outras medidas assistenci-alistas. O que precisamos é de gera-ção de empregos, valorização do mérito e dos estudos e de salários dignos. O grande problema é que a maioria das pessoas não tem esse mínimo de senso para contestar o modelo da Pedagogia da Esmola que se insta-lou neste país. Por fim, o que vemos nesse sistema assistencialista generalizado que es-tamos vivendo é o modelo de “Cenoura de mula”, em que se pen-dura à frente do animal para que ele ande sem parar e nunca alcance. Assim estamos nós sociedade, cor-rendo atrás da nossa “esmola” e ree-legendo aqueles que tem o controle da “cenoura”. Autores: Omar de Camargo Técnico Químico Professor em Química Pós-Graduado em Química [email protected] Ivan Claudio Guedes Geógrafo e Pedagogo Professor de Geografia da rede pú-blica estadual paulista. Professor do curso de Pedagogia da Faculdade Método de São Paulo

Apenas brincando

Quando estou construindo com blo-cos no quarto de brinquedos , por favor, não diga que estou apenas brincando, porque enquanto brinco, estou aprendendo sobre equilíbrio e formas.

Quando estou me fantasiando, arru-mando a mesa e cuidando das bone-cas, por favor, não me deixe ouvir você dizer ele está apenas brincan-do, porque enquanto eu brinco, eu aprendo. Eu posso ser mãe ou pai algum dia. Quando estou pintando até os coto-velos ou de pé diante do cavalete, ou modelando argila, por favor, não diga que estou apenas brincando,porque enquanto eu brinco, eu aprendo. Estou expressando e criando. Eu posso ser artista ou inventor algum dia. Quando estou entretido com um que-bra-cabeça ou com algum brinquedo

na escola, por favor, não sinta que é um tempo perdido com brincadei-ras,porque enquanto brinco, estou aprendendo. Estou aprendendo a me concentrar e resolver problemas. Eu posso estar numa empresa algum dia. Quando você me vê aprendendo, cozinhando ou experimentando ali-mentos,por favor, não pense que por-que me divirto, é apenas uma brinca-deira. Eu estou aprendendo a seguir instruções e perceber as diferenças. Eu posso ser um chefe algum dia. Quando você me vê aprendendo a pular, saltar, correr e movimentar meu corpo. Por favor, não diga que

estou apenas brincando. Eu estou aprendendo como meu corpo funcio-na. Eu posso ser um médico, enfer-meiro ou um atleta algum dia. Quando você me pergunta o que fiz na escola hoje. E eu digo: eu brin-quei. Por favor, não me entenda mal,porque enquanto eu brinco, es-tou aprendendo. Estou aprendendo a ter prazer e ser bem sucedido no trabalho. Eu estou me preparando para o amanhã. Hoje, eu sou uma criança e meu trabalho é brincar. Autor: Anita wadley

Março 2012 Gazeta Valeparaibana Página 07

Ética e Educação - Um “MEC lanche” ideal?

CONTATOS: 055 12 9114.3431 - Emails: CONTATO: [email protected] - PATROCÍNIOS: patrocí[email protected]:

Tudo que somos vem de uma combinação do que conseguimos traduzir em instrumentos facilitadores e os resultados dessa construção. Cada um de nós tem um estilo próprio, mas num

caminho aonde estratégias, planos, metas e legislação sempre estabelecerão as regras do como seguir os

passos para os resultados.

Não importa o que façamos ou com quantos façamos, o que vale é a relação do nosso próprio nome com a

qualidade da recepção que obtemos por onde atuamos.

Filipe de Sousa

“É realmente possível a educação num sentido distinto do técnico”

Platão – A República- Livro VII No último dia 16 de fevereiro aprova-mos a tão aguardada Lei da Ficha Limpa. Isto, graças à mobilização de milhões de brasileiros, fazendo deste ato, um marco do desejo de transfor-mação social do nosso povo, frente aos desafios da corrupção e aos mui-tos desmandos, até então, práticas quase que irremediáveis, marcas da sociedade contemporânea. Já estamos carecas de saber (sic) das diversas posturas que oportuni-zam e fortalecem esse movimento caótico e desarmônico cósmico. Basta “corrermos os olhos” em qual-quer jornal do dia para assistirmos ao “despaupério” da coincidente falta de ética, decoro, e desvios de finalidade escancarados na nossa face “ingênua” (?). Lemos, comentamos, postamos nas Redes Sociais, reclamamos das “injustiças”, copiamos e colamos nos nossos “murais”, mas, em qual medi-da nos indignamos numa perspectiva de transgressão deste caos? Os "faraós", governantes famintos de uma ambição descabida, parecem desconhecer outros caminhos pa-ra ser, em contrapartida, nós, popula-ção, permanecemos anestesiados, como que presos nos nossos peque-nos planetinhas “Egoplanets”. Retomando a questão da Ficha Lim-pa, o jornalista Gilberto Dimenstein, num artigo de dezembro de 2010, pa-ra a Folha de São Paulo, já refletia uma proposta mais ou menos, na mesma perspectiva para o setor edu-cacional:

“Imagine governantes sendo proces-sados por não cumprirem metas edu-cacionais -e isso significaria, além do vexame, perdas de recursos para seus Estados e cidades. Não tenho dúvida de que essa medida criaria mais pressão e obrigaria prefeitos a serem mais comprometidos com o ensino público”. Pensando numa possibilidade de construção de uma sociedade trans-formada, aliando não cabe o papel da educação, bem como dos seus edu-cadores, por conseguinte, em qual medida seria preciso intensificar a prática do ensino e do exercício da ética nas escolas? Embora a o ensino da ética tenha si-do legitimado como um tema trans-versal ao currículo formal do ensino fundamental - Parâmetros Curricula-res Nacionais (PCN´s) - por que ainda não fortalecemos suas bases no dia a dia da sala de aula? Refiro-me aos Parâmetros e aos Re-ferenciais Curriculares Nacionais (PCNS e RCNS), e, particularmente, aos temas transversais neles inseri-dos. Os temas transversais se refe-rem a um conjunto de temáticas soci-ais, presentes na vida cotidiana, e refletem uma preocupação das ins-tâncias superiores da educação em fazer da escola um espaço no qual seja possível desenvolver e incentivar o pensar de cada um dos seus edu-candos, promovendo uma autonomia na constituição de valores de cada aluno, ajudando-o a se posicionar nas relações sociais dentro da escola e fora dela (BRASIL, 1998). Quando foi que deixamos de exercer a nossa cidadania efetivamente a fim de suplantarmos o seu exemplo e vi-vência no processo de ensino–aprendizagem formal, se é que um dia o fizemos? Segundo Werner Jaeger, no seu livro Paideia, ”todo povo que atinge um certo grau de desenvolvimento sente-se naturalmente inclinado à pratica da educação. Ela é o princípio por meio do qual a comunidade humana con-serva e transmite a sua peculiaridade física e espiritual. Com a mudança das coisas, mudam os indivíduos(...)”. Diz ainda, que “uma educação cons-ciente, pode até mudar a natureza

física do Homem e suas qualidades, elevando-lhe a capacidade a um nível superior. Mas o espírito humano con-duz progressivamente à descoberta de si próprio e cria, pelo conhecimen-to do mundo exterior e interior, formas melhores de existência humana”. Seria, portanto, por ignorância, no sentido do desconhecimento dos fun-damentos da ética a sua não-aplicação cotidiana para a efetivação dessa mudança supramencionada de Jaeger? Como a educação, por meio da insti-tuição escola, pode contribuir desde a mais tenra idade, para a formação de cidadãos, que saibam discutir as questões éticas e optar, em suas a-ções, também, por valores de solidari-edade, respeito às diferenças, integri-dade, enfim, valores que possam construir relações saudáveis entre os indivíduos e entre estes e o seu meio de relação? A dimensão ética se apóia diretamen-te sobre essa antropologia personalis-ta e dialógica. Reconhecemos o ‘outro’ como pessoa com quem entra-mos em diálogo, e não como um sim-ples ‘indivíduo’ que está ao nosso la-do, com quem lidamos pelo simples motivo de sobrevivência, em competi-ção potencial conosco. No reconheci-mento dessa autoridade ‘consiste to-da a eticidade da existência’. Neste sentido, cabe à escola, por meio do desenvolvimento do pensar do seu educando, o papel central na construção de uma referência ética, à medida que abre à criança e ao jo-vem o espaço para a organização de seu raciocínio, para o autoconheci-mento e para a percepção do outro no universo. À proporção que esse pensar explora o mundo e designa a qualidade das relações, surge uma dimensão clara da importância do tra-balho na construção coletiva do mun-do e também uma perspectiva clara do mundo ideal, do sentido de quali-dade de vida, do convívio em paz e da cidadania. No caso concreto da atividade educa-tiva, a dimensão comunitária que es-sa assume de modo crescente, a qual envolve a partilha de projetos e de ações estrategicamente pertinentes, acarreta a extensão da ideia de com-petências educativas para além do

estrito exercício das funções docen-tes. Esta será, inclusive, a única forma de garantir a comunicação efetiva entre os atores, ou seja, a sua correspon-sabilização, tirando o mesmo partido da diversidade de papéis sem que corramos os riscos do alheamento ou do cumprimento meramente formal de obrigações. Assim sendo, até onde se repetem e se destrincham as competências éti-cas dos professores relativamente às de outros protagonistas da cena edu-cativa? Elas se repetem, em poucas pala-vras, até o momento em que a solida-riedade constitui um dever de cidada-nia. Igualmente, se distinguem desde que a relação do professor com o alu-no seja mediada pelo saber em ter-mos de conteúdos, de atitude crítica, de estudo e de métodos de aprendi-zagem. Se a competência docente não se esgota no exercício comum da cida-dania, embora passe necessariamen-te por ele, a verdade é que passa ina-lienavelmente, também, pela capaci-dade de proporcionar o acesso criati-vo ao conhecimento e aos processos de mobilização do mesmo, em favor da integração ativa e competente dos alunos na vida. Além da questão teórica trabalhada, no contexto de cada disciplina, é pre-ciso que, no convívio dentro da esco-la, as relações estejam contempla-das, na prática, com comportamentos que revelem os conceitos trabalhados na teoria, de modo que o educando possa vivenciá-los e compreendê-los como aliados da perspectiva de uma vida saudável. Não basta, portanto, ensinar concei-tos e valores democratizantes. É pre-ciso, antes, que eles sejam vivificados no convívio intra-escolar, especial-mente entre professores e alunos. É esse um ponto de partida para uma discussão abrangente sobre a ética no meio escolar.

Até a próxima!

Autora: Yve de Oliveira Pedagoga, Palestrante e Coach Edu-cacional E-mail: [email protected]

Março 20112 Gazeta Valeparaibana Página 13

Crise mundial e os Bancos

CULTURAonline Brasil

Ainda há espaço para bancos bons?

Por: Paulo Kliass Qual o cliente que não se sente lesado por estar pagando mais de 200% ao ano em cada momento que entra no verme-lho em sua conta corrente? Qual empresário industrial não se sente prejudicado com as absurdas taxas co-bradas em seus empréstimos, em níveis muito superiores à já elevada taxa oficial da SELIC?

A péssima imagem do financeiro

Um dos problemas derivados da profun-da crise por que passa o sistema econô-mico mundial nos tempos atuais é o au-mento contínuo da descrença em suas próprias instituições. Como a face mais evidente e mais importante do sistema globalizado é a do universo financeiro, todas as ações e organizações a ele li-gadas acabam tendo sua própria credibi-lidade colocada em xeque. Falou em qualquer coisa que leve o adjetivo “financeiro”: pronto! Entrou em estado de “desgraça”.

A coisa acaba ficando mais complicada, pois nas manchetes do mal-feito acabam confundindo-se todos os elementos do próprio sistema. A crise foi provocada pela ação irresponsável das grandes corporações financeiras. Os maiores be-neficiários da crise são os grandes ban-cos. As bolsas de valores e de mercado-rias representam o lócus por excelência da especulação financeira.

A crise teve início com o sistema das hipotecas no mercado imobiliário estadu-nidense, onde a incapacidade de honrar os compromissos dos empréstimos era mascarada pelos mercados de títulos secundários. A solução para o fenômeno evidente da bolha do mercado de imó-veis era empurrada com a barriga, por meio do lançamento de mais operações, envolvendo maior risco, como nos jogos de pirâmide. As agências de “rating” – que deveriam bem avaliar o risco embutidos nas opera-ções financeiras – exercem, ao contrário, função ativa no processo da especula-ção. Os esforços realizados pelos gover-nos dos Estados Unidos e da Europa têm sido na direção do salvamento dos bancos, sempre à custa de sacrifício im-posto à maioria da população. E por aí vai.

E nessa toada, acaba-se correndo o ris-co de generalizações que, muitas vezes, acabam por dificultar a análise concreta de cada caso, de cada agente, de cada instituição. Apenas demonizar o conjunto das instituições do sistema financeiro, por conta da crise e do comportamento mais visível de seus gigantes, é algo que não contribui para bem compreender a dinâmica de funcionamento da economia contemporânea.

Na verdade, seria uma atitude similar a condenar o conjunto das atividades do setor da agricultura, por exemplo, em razão do comportamento predatório do latifundiário plantador de soja transgêni-ca. Ou então de denunciar todo o ramo da indústria de confecções em função dos conhecidos empresários que reali-

zam o seu lucro com base na exploração do trabalho escravo. Ou ainda responsa-bilizar todas as empresas atuantes no ramo da construção civil pela ação irres-ponsável das grandes e conhecidas construtoras na área da construção resi-dencial ou das grandes obras encomen-dadas pelo setor público. Ou mesmo u-ma condenação de qualquer tentativa de constituição de novos agentes na área de comunicação, dada a péssima atua-ção dos integrantes do oligopólio atual em televisão, rádio, imprensa escrita, etc.

A atividade bancária em suas origens

No caso do sistema financeiro, a identifi-cação mais imediata que realizamos em nosso imaginário é com as instituições bancárias. A formulação da falsa identi-dade “financeiro = banco” termina por criar um sentimento contra os bancos, de natureza quase figadal por parte da mai-oria da população (ainda que perfeita-mente compreensível, em função da a-ção concreta da maior parte deles). E, assim, surge a pergunta que não quer calar, embutida no título: mas, afinal, não haveria mais espaço para atuação de “bons bancos” em nossa economia?

Para ensaiar algum caminho de respos-ta, seria necessário buscar compreender melhor qual a função do banco na eco-nomia capitalista. Na verdade, a função clássica e tradicional das instituições bancárias é o da concessão de crédito e de empréstimos. Em sua versão mais tradicional, o banco recolheria os recur-sos monetários sobrantes na sociedade em determinado momento, ou seja, a chamada poupança.

Os indivíduos, as famílias, as empresas e até mesmo o Estado deixariam ali os valores que não foram consumidos em suas contas bancárias (por oposição à imagem de deixar o dinheiro debaixo do colchão).

Em tese, para assegurar que os recursos fiquem por mais tempo sem movimenta-ção, os bancos podem oferecer uma re-muneração, que se efetua com base na taxa de juros que eles oferecem aos de-positantes.

No jargão do financês, são as assim de-nominadas “taxas de juros passivas”. Na outra ponta, estariam os chamados a-gentes econômicos que necessitam de mais recursos do que dispõem para suas atividades – os tomadores de emprésti-mos. E eles se dirigem aos bancos, que justamente oferecem os valores que os demais haviam deixado para depósito. No caso, a concessão do crédito envolve a cobrança das “taxas de juros ativas” – normalmente maiores do que as anterio-res. A diferença entre ambas é o chama-do “spread” e serve como base para constituição dos ganhos da atividade bancária.

Assim, em uma versão assim simplifica-da, os bancos podem vir a cumprir uma função importante na economia: a de intermediação de recursos monetários. Mas por se tratar de um setor sensível e estratégico, a atividade bancária quase sempre esteve sujeita à regulação e à fiscalização do poder público. Afinal, o banco opera com aquilo que não é seu.

Ele recolhe valores de uns e empresta esses mesmos recursos para outros. Com o agravante de que ele pode até emprestar mais do que tem em sua car-teira. Ele teria o poder, assim, de criar moeda de forma, digamos, artificial. É o que no financês se chama de “multiplicador bancário”. O risco desse tipo de possibilidade é o da chamada

“corrida bancária”: se todos que aplica-ram na instituição forem reclamar o seu depósito ao mesmo tempo, o banco não tem como honrar os compromissos.

É por isso que os órgãos de regulação do sistema financeiro estabelecem o “depósito compulsório”. Ou seja, uma parte do valor depositado fica retida junto à autoridade monetária e o banco não pode usar para emprestar. É uma tentati-va de reduzir o risco da exposição ban-cária exagerada.

Assim, em condições de boa regulação e operando com taxas de ganho razoáveis, é possível que a atividade bancária cum-pra seu papel de forma adequada na economia contemporânea. Isso significa intermediar recursos de quem poupa e emprestá-los a quem deles necessite. E menciono aqui dois casos típicos em que a atividade pode muito bem cumprir sua função social, até de forma relevante e saudável. Trata-se dos bancos públicos e das cooperativas de crédito.

Bancos públicos podem ser diferentes

O comportamento empresarial dos ban-cos públicos é definido por seu dono, o governo. Ora, se a autoridade pública tiver interesse em moralizar as atividades desenvolvidas no interior do sistema fi-nanceiro, nada mais adequado do que utilizar os bancos de sua propriedade para tanto. No Brasil, o governo federal é acionista majoritário de duas das maio-res instituições bancárias: o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal (CEF). Além disso, detém também a ca-pacidade de comando sobre outras im-portantes instituições de empréstimo e crédito: o Banco Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social (BNDES) e os bancos de desenvolvimento regional – Banco da Amazônia (BASA) e o Banco do Nordeste (BNB).

Ora, com um potencial de influência de mercado como esse, o que falta é ape-nas a vontade política de transformar a prática e a gestão das instituições bancá-rias. Por exemplo, decidindo diminuir o “spread” cobrado em suas operações de crédito, onde chegam a impor ao cliente diferenças abissais entre o juro que eles remuneram e o juro que eles recebem.

Ou ainda reduzindo de forma drástica os ganhos com as tarifas abusivas cobradas pelos serviços oferecidos. Ou então esta-belecendo regras para não mais enganar a clientela com oferta de produtos finan-ceiros escandalosamente irresponsáveis e especulativos.

Assim, os bancos estatais poderiam re-cuperar sua credibilidade pública e con-tribuir para que a própria concorrência privada fosse obrigada a redefinir seu “modus operandi”, sob pena de perder parte da clientela. Nada justifica que o BB ou a CEF apresentem resultados es-candalosamente elevados em seus lu-cros anuais.

Por serem bancos de propriedade do governo federal, seria de se esperar que fossem obrigados por este a que melhor cumprissem com sua missão: prestar um serviço ao conjunto da sociedade de me-nor custo e de melhor qualidade. O outro exemplo é o das cooperativas de crédito.

Trata-se de uma importante experiência histórica no movimento bancário em todo o mundo.

Boa parte do sistema financeiro europeu atual, por exemplo, tem suas origens no movimento cooperativo, que surge ainda no final do século XIX e início do século XX em países como Alemanha, França,

entre outros.

Na maioria dos casos, a iniciativa estava vinculada a cooperativas ligadas à ativi-dade agrícola. E que depois, pouco a pouco, foram ampliando a sua área de atuação.

No caso brasileiro também houve mo-mentos de fortalecimento desse tipo de alternativa de financiamento. No entanto, a falta de controle dos órgãos públicos envolvidos e a ausência de transparên-cia no interior das próprias cooperativas de crédito terminaram por manchar a imagem desse setor, jogando-o na vala comum do escândalo geral da corrupção.

Atualmente, em função inclusive dos ele-vados custos financeiros, vive-se uma retomada desse tipo de iniciativa. Afinal, se a cooperativa pertence aos seus as-sociados e não visa lucro, qual o sentido de cobrar taxas extorsivas em suas ope-rações ou buscar rentabilidade máxima na apuração de seus resultados opera-cionais?

Basta que elas tenham escala em termos do número de participantes e credibilida-de junto ao mercado para que seu fun-cionamento seja simples e eficiente.

Qual o cliente que não se sente lesado por estar pagando mais de 200% ao ano em cada momento que entra no verme-lho em sua conta corrente?

Qual empresário industrial não se sente prejudicado com as absurdas taxas co-bradas em seus empréstimos, em níveis muito superiores à já elevada taxa oficial da SELIC?

Qual comerciante não se sente injustiça-do com as tarifas abusivas cobradas pe-las empresas operadoras de cartão de crédito, todas elas pertencentes aos pró-prios bancos?

Portanto, caberia ao governo federal cumprir sua missão e moralizar a ação dos bancos.

Em primeiro lugar, recomendando ao COPOM que reduzisse de forma efetiva a taxa oficial de juros. Depois, orientando os dirigentes dos bancos públicos a rom-perem com a lógica mercadista em seu comportamento empresarial. Ou seja, não mais buscar a acumulação de lucros sem qualquer princípio ético ou de res-peito ao País, à sociedade e a seus cli-ente.

Finalmente, recomendando maior rigor da parte dos órgãos reguladores do sis-tema financeiro, para reduzir a margem das manobras de natureza especulativa e impondo limites legais à prática do “spread”

Assim, todos ganharíamos.

Principalmente, as futuras gerações que passariam a viver em uma sociedade menos contaminada pelo vício do rentis-mo, a esperteza de viver usufruindo ape-nas dos ganhos da atividade financeira parasita.

Sim, é possível e necessário que haja espaço para “bons bancos”.

Basta que sejam, em sua essência, ape-nas bancos e nada mais.

Março 2012 Gazeta Valeparaibana Página 8

Pernambuco (PE)

O Estado de Pernambuco, Situa-se no centro-leste da região Nordeste, tendo como limites Paraíba e Ceará a noroeste, o Oceano Atlântico a les-te, Alagoas e Bahia ao sul e Piauí a Oeste.

Apesar de ser um dos menores esta-dos brasileiros, Pernambuco é um dos maiores centros turísticos do pa-ís. Na economia destacam-se a tam-bém indústria, agricultura, pecuária e criações, embora Pernambuco venha deixando de ser um estado agrícola para se transformar em um grande centro de serviços, com destaque para o comércio e o turismo.

Pernambuco possui diversas paisa-gens, como serras, planaltos, brejos, além de algumas das mais belas praias do Brasil na sua costa. O esta-do apresenta predominantemente temperaturas altas, embora o clima seja bem diversificado devido à inter-ferência do relevo e das massas de ar.

A verdadeira origem do nome Per-nambuco é desconhecida. Porém, a versão mais aceita é que o nome vem do tupi Paranã-Puca, que signifi-ca "onde o mar se arrebenta", visto que a maior parte do litoral do estado é protegida por paredões de recifes de coral.

Pernambuco é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado no centro-leste da região Nordeste e tem como limites os estados da Paraíba (N), do Ceará (NO), de Alagoas (SE), da Bahia (S) e do Piauí (O), além de ser banhado pelo oceano Atlântico (L).

O c u p a u m a á r e a d e 9 8 311 km² (pouco menor que a Coréia do Sul). Também fazem parte do seu t e r r i t ó r i o o s a r q u i p é l a g o s de Fernando de Noronha e São Pe-dro e São Paulo. Sua capital é a cidade do Recife e a sede adminis-trativa é o Palácio do Campo das Princesas. O atual governador é Eduardo Cam-pos(PSB).

O maior aglomerado urbano de Per-nambuco é a Região Metropolitana do Recife(RMR), um dos principais pólos industriais do Nordeste. As ci-dades mais importantes fora da RMR são: V i tór ia de Santo An-tão, Goiana, Carpina e Palmares, n a Z o n a d a M a -ta; Caruaru, Garanhuns, Santa Cruz do Capibaribe e Belo Jardim, no A-

greste; e Petrolina, Serra Talha-da, Araripina e Salgueiro no Sertão. Uma das primeiras regiões do Brasil a ser ocupada pelos portugueses, Pernambuco foi também o mais im-portante núcleo econômico e um dos p r inc ipa is núc leos po l í t i cos do período colonial.

O estado teve ativa participação em diversos episódios da história brasi-leira: foi palco das Batalhas dos Gua-rarapes, decisivas na Insurreição Pernambucana e consideradas a ori-gem do Exército Brasileiro; e serviu de berço a movimentos de caráter nativista ou de ideais libertários, co-mo a Guerra dos Mascates, a Revolução Pernambucana, a Confederação do Equador e a Revolta Praieira.

Pernambuco é atualmente o décimo estado mais rico do Brasil; e Recife a cidade com o maior PIB per capita entre as capitais da Região Nordeste.

No estado nasceram nomes de des-taque da indústria brasileira, co-mo Norberto Odebrecht, José Ermírio de Morais, Edson Mororó Mou-ra e Antônio de Queiroz Galvão. O nível de desenvolvimento social per-nambucano é superior ao dos países menos avançados, mas ainda está abaixo da média brasileira.

Não obstante, Pernambuco detém o melhor serviço de coleta de esgoto do Norte, Nordeste e Sul brasilei-ro segundo o IBGE, e apresenta a terceira melhor qualidade de vi-da do Norte-Nordeste segundo a FIRJAN.

Conhecido por sua ativa e ri-ca cultura popular, Pernambuco é berço de várias manifestações tradi-cionais, como o frevo, o maracatu e os pastoris, bem como detentor de um vasto patr imônio históri-co, artístico e arquitetônico, sobretu-do no que se refere ao período colo-nial.

Na década de 1990, surgiu em Per-nambuco o mangue beat, amálgama do rock, do pop, do rap e do funk com os ritmos locais.

O estado também deu origem a gran-des l iteratos brasileiros, co-mo Manuel Bandeira, Nelson Rodri-gues, João Cabral de Melo Ne-to, Joaquim Nabuco, entre muitos outros, e participou do movimento de renovação e internacionalização das artes visuais e design brasileiros, com nomes como Cícero Di-as, Romero Britto, Vicente do Rego

Monteiro e Andree Guittcis.

Pernambuco deu origem ainda a grandes nomes das ciências exatas, como Mário Schenberg, Leopoldo Nachbin, Paulo Ribenboim, Israel Va-insencher, entre outros tantos.

O estado é representado na bandeira do Brasil pela estrela Mµ de Escorpi-ão.

ECONOMIA

Desde o iníc io da domina-ção portuguesa Pernambuco foi basi-camente agrícola, tendo destaque na produção nacional de cana-de-açúcar devido ao clima e ao solo tipo massapê.

O estado foi, à época do Brasil colô-nia, responsável por mais da metade das exportações brasileiras de açú-car. Sua riqueza foi alvo do interesse de outras nações e, no Século XVII, os holandeses se estabelecem no estado. Nas últimas décadas, porém, a cana-de-açúcar deixou de ser o principal produto agrícola da Zona da Mata, embora ainda tenha participa-ção significava.

Atualmente a economia de Pernam-buco tem como base a agricultura, a indústria e os serviços.

O setor de serviços é predominante, seguido pela indústria: alimentí-cia,química, metalúrgica, eletroeletrônica, comunicação, minerais não-metálicos, têxtil e naval.

Após ter ficado estagnada durante a c h a m a d a " d é c a d a p e r d i -da" (1985 a 1995), a economia per-nambucana vem crescendo rapida-mente desde o final do século XX. No final da década de 2000 a construção civil liderou o crescimento econômico de Pernambuco, seguida pelo setor industrial e pelo de serviços.

O estado assiste a uma importante mudança em seu perfil econômico com os recentes investimentos nos s e t o r e s : p e t r o q u í m i -co, biotecnológico, farmacêutico, de informática, naval e automotivo, que estão dando novo impulso à eco-nomia do estado, que vem crescendo acima da média nacional.

Além da importância crescente do setor de informática (o Porto Digi-tal é o maior parque tecnológico do Brasil), do setor terciário – sobretudo das atividades turísticas –, e do setor industrial em torno do Porto de Sua-pe, merecem destaque a produção irrigada de frutas ao longo do Rio São Francisco, quase que totalmente voltada para exportação, concentra-da no município de Petrolina, em par-te devido ao aeroporto internacional com grande capacidade para aviões cargueiros do município; e a floricul-tura, que começa a ganhar espaço, com plantações de rosas, gladiolus, e crisântemos.

Outros pólos dinâmicos de desenvol-

vimento são: o pólo gesseiro no Ara-ripe; o mármore, a pecuária leiteira e a indústria têxtil no Agreste; e a cana-de-açúcar e a biomassa na Zona da Mata, a capacidade energética insta-lada é de 5.740 GWh GWh. TURISMO O turismo no estado de Pernambuco oferece diversas atrações históricas, naturais e culturais. As principais a-trações turísticas do estado de Per-

nambuco são: Caruaru, Fernando de Noronha, Ga-ranhuns, Goiana, Igarassu, Itamaracá, Olinda, Porto de Galinhas, Cabo de Santo Agostinho e Recife. A igreja católica mais antiga do país fica loca-lizada em Igarassu e foi construída em 1535.

O Galo da Madrugada é considerado o maior bloco carnavalesco do mun-do, reunindo quase 2 milhões de pes-soas.

Segundo a pesquisa "Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro 2009", realizada pelo Vox Populi em novembro de 2009, Pernambuco foi segundo destino turístico preferido dos brasileiros segundo pesquisa Vox Populi, com 11,9%, nas categori-as pesquisadas.

O litoral é o principal atrativo do esta-do. Milhões de turistas desembarcam todos os anos no aeroporto de Reci-fe. Há alguns anos o estado vêm in-vestindo intensamente na melhora da infraestrutura, e em projetos de interiorização do turismo, como o de-senvolvimento do ecoturismo.

O litoral do estado de Pernambuco tem cerca de 187 km de extensão, entre praias e falésias, zonas urba-nas e locais praticamente intocados, faz divisa ao norte com a Paraíba e ao sul com Alagoas. Fonte: Wikipédia Editoração: Filipe de Sousa

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Março 2012 Gazeta Valeparaibana Página 9

A Amazônia é nossa

Creche

ESTE PRONUNCIAMENTE CALOU OS AMERICANOS.!!!

SHOW DO EX-MINISTRO BRASILEIRO

DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS

Esta declaração merece ser aqui referenciada, afinal não é todo

dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos

americanos!

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual se-nador CRISTÓVAM BUARQUE, foi ques-tionado sobre o que pensava da interna-cionalização da Amazônia. O jovem americano introduziu sua per-gunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Foi esta a resposta do Sr. Cristovam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a

internacionalização da Amazônia”.

Por mais que nossos governos não te-nham o devido cuidado com esse patri-

mônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da de-gradação ambiental que sofre a Amazô-nia, posso imaginar a sua internacionali-zação, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade. Se a Amazônia, sob uma ética humanis-ta, deve ser internacionalizada, interna-cionalizemos também as reservas de pe-tróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humani-dade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou di-minuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionaliza-do. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especula-dores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para quei-

mar países inteiros na volúpia da especu-lação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patri-mônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito tempo, um milionário japo-nês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aque-le quadro deveria ter sido internacionali-zado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tive-ram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser inter-nacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Lon-

dres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, ca-da cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provo-cando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queima-das feitas nas florestas do Brasil. Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.

Mas, enquanto o mundo me tratar co-mo brasileiro lutarei para que a Ama-

zônia seja nossa. Só nossa!

Da redação

Nos primeiros anos da Educação In-fantil, os bebês começam a se desco-brir. Identificar os próprios gostos e prefe-rências, conhecer habilidades e limi-tes, reconhecer-se como um indiví-duo único, no meio de tantos outros igualmente únicos. Esse processo de autoconhecimento, que tem início quando nascemos e só termina no final da vida, é influenciado pela cul-tura, pelas pessoas com as quais convivemos e pelo ambiente. A esco-la, assim, tem papel fundamental na construção da identidade e da auto-nomia de cada criança. Na creche (a faixa etária até 3 anos) isso é ainda mais importante. Segundo o Referencial Curricular Na-cional para a Educação Infantil, a i-dentidade "é um conceito do qual faz parte a ideia de distinção, de uma marca de diferença entre as pessoas, a começar pelo nome, seguido de todas as características físicas, do modo de agir e de pensar e da histó-ria pessoal". Zilma Ramos de Olivei-ra, professora e pesquisadora de Psi-cologia do Desenvolvimento da Uni-versidade de São Paulo em Ribeirão Preto, diz que todo adulto que traba-lha na creche exerce um papel mar-cante nesse processo, "pois ele torna-se um estimulador e facilitador nessa

longa caminhada". Segundo os especialistas, o primeiro passo é eliminar a comparação de desempenho. Você deve evitar os estereótipos e nunca tomar a homo-geneidade como parâmetro. Afinal, não existe uma pessoa igual a outra. "De nada adianta a escola preparar projetos especiais para trabalhar a identidade se em sala de aula não é respeitado o ritmo de cada um e, pior, se quem leva menos tempo na exe-cução de uma atividade é elogiado", exemplifica Zilma. "O mais indicado é criar situações em que os pequenos descubram suas particularidades e proporcionar a eles momentos de interação com os cole-gas, sejam eles da mesma idade, mais novos ou mais velhos", ressalta Cristina Rocha, psicanalista e consul-tora de programas de formação do-cente. Na opinião dela, não é exagero afirmar que praticamente todas as descobertas e brincadeiras feitas nos três primeiros anos de vida estão re-lacionadas à construção da identida-de e à autonomia. "Nessa fase do desenvolvimento, to-dos os objetos manipulados são, para a criança, uma extensão de si mes-ma." Nessa interação, meninos e me-ninas procuram entender o mundo que os rodeia. Os bebês querem sa-ber o que é cada coisa e para isso usam todos os sentidos. "O brincar é sempre um momento de descoberta. Na escola, é o momento de propor desafios que ajudem a superar limi-tes", diz Cristina. Conversa,foto,espelho

A Escola Municipal Integral Maria Si-

moneti Thomé, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, tem 140 estudantes de Educação Infantil. To-das as auxiliares da instituição fre-qüentam há seis anos cursos de for-mação continuada oferecidos pela própria prefeitura e são consideradas educadoras. Elas se preocupam em conversar com os pequenos o tempo todo, narrando o que está acontecen-do enquanto os alimentam ou trocam sua fralda. Fotos dos meninos e das meninas foram ampliadas e colocadas no chão, protegidas com adesivo trans-parente. "Afinal, é para baixo que os bebês mais olham quando engati-nham", explica Neide Solidade Igual, educadora da Maria Simoneti. Em classe, todos são chamados pelo no-me e os objetos pessoais são identifi-cados. O pátio central oferece brin-quedos para livre escolha no horário das atividades externas. Os espelhos são muito importantes nesse proces-so. Eles estão presentes tanto nesse espaço quanto em sala de aula. É comum ver bebês que passam e vol-tam, só para se ver — Cristina Rocha diz que é uma maneira de a criança conhecer-se e enxergar-se como membro do grupo. Respeito é bom. E o bebê adora Para ajudar as crianças nesse fasci-nante processo de construção da i-dentidade, você deve: - estar atento a qualquer manifesta-ção das crianças (atitudes, choros, caretas), pois essa é uma forma de elas se comunicarem, mesmo quando já sabem falar; - ser observador e sensível aos gos-tos e preferências individuais;

- chamar sempre todos pelo nome. Rotinas que funcionam Incorporadas à rotina da creche, algumas ativida-des podem favorecer a construção da identidade dos bebês. Confira a se-guir algumas delas: - levar a criança à frente de um espe-lho e nomeá-la, identificando caracte-rísticas particulares e as partes do corpo; - expor na sala de aula a foto de to-dos os bebês com nome, para que eles possam se reconhecer mais fa-cilmente; - montar um mural com fotografias dos aluninhos em que eles apareçam ao lado dos pais, irmãos ou amigos e, assim, cada um possa se diferenciar dos demais e perceber-se como membro de um grupo; - criar diferentes situações nas quais cada criança tenha a oportunidade de escolher a brincadeira de sua prefe-rência. Dessa maneira ela começa a se colocar como um ser único, com desejos e características próprias - sempre que possível, promover a-prendizagem com crianças mais ve-lhas, que possam servir de modelo na sala de aula. BIBLIOGRAFIA Aprender e Ensinar na Educação In-fantil, Eulália Bassedas, Teresa Hu-guet, Isabel Solé, 357 págs., Ed. Art-med, tel. 0800 703-3444, 54 reais Educação Infantil: Fundamentos e Métodos, Zilma Ramos de Oliveira, 255 págs., Ed. Cortez, tel. (11) 3864-0111, 31 reais

Março 2012 Gazeta Valeparaibana Página 10

Eleições 2012

Eleições 2012 – A Boiada de Piranha Havia um velho hábito entre os pantaneiros no transporte de boiadas pelo Pantanal Matogros-sense de sacrificar um boi velho e doente sempre que fosse pre-ciso atravessar um rio cheio de piranhas, assim, enquanto as piranhas se ocupavam do boi dado em sacrifício, a boiada passava incólume do outro lado, preservando assim a vida da maioria. Já na política, as coisas sempre funcionam ao contrário do inte-resse da maioria. Para salvar o pescoço dos bois velhos e doentes (vereadores em exercício de mandato) que dificilmente conseguiriam se ree-leger caso contassem apenas com os votos recebidos pelos eleitores, sacrificam, sem a me-nor cerimônia, todo um grupo de novos candidatos (boiada) cujos votos, assim com o sangue e a carne do boi de piranha panta-neiro, irão garantir uma reeleição segura para elementos que, na prática, são reprovados pelos eleitores. Mas como isso acontece? O sistema de eleição proporcio-nal brasileiro (eleições legislati-vas para vereadores e deputa-dos) funciona dividindo o núme-ro de vagas em disputa pelo nú-mero de votos válidos, desta di-visão sai um número de votos à serem atingidos (quociente elei-toral) que garantirão aos grupos em disputa (partidos e coliga-ções) eleger representantes pa-ra ocupar essas vagas sempre que atingirem esse número. Peguemos como exemplo a ci-dade de São José dos Campos que na última eleição para vere-ador (2008) teve 21 cadeiras de vereador em disputa e um total de 332.900 votos válidos.

Dividindo esses votos pelas 21 vagas de vereador, chegamos à um quociente eleitoral de 15.852 votos, ou seja, sempre que a somatória dos votos de todos os candidatos de um determinado partido ou coligação atingiram 15.852 votos ou múltiplos deste, este partido garantiu a eleição do primeiro colocado da lista de candidatos. Algo que no papel parece justo, mas na prática revela-se uma armadilha para o eleitor que vota num candidato novo contando com a renovação da câmara de vereadores e seu voto neste candidato novato, só serve de boi de piranha para garantir a reeleição do vereador que enca-beça a lista de candidatos. Para se ter uma idéia do quanto esse sistema é lesivo e engana-dor, o vereador mais votado nas eleições 2008, foi Fernando Peti-ti (PSDB) que obteve 7.600 vo-tos, nem a metade dos votos necessários para garantir a sua reeleição (15.850), ou seja, os outros 8.250 votos que garanti-ram a reeleição de Petiti vieram de candidatos novos, a “boiada de piranha”, gente que entrou para a política com a proposta de renová-la, mas acabou tendo seus votos abocanhados pelos políticos tradicionais. E isso não é privilégio da situa-ção, pois os vereadores da opo-sição também pegaram essa “via segura” criada pela boiada de piranha (candidatos novos que deram a cara à tapa nas eleições por nada). O menos votado deles, Tonhão Dutra (PT) garantiu sua reelei-ção com apenas 3.243 votos, ou seja, mais de 78% dos votos que garantiram a reeleição de To-nhão foram votos de cidadãos que queriam eleger candidatos novos e que em nenhum mo-mento imaginavam que seu voto fosse parar na conta de Tonhão.

E como fazer para burlar isso? Três em cada quatro eleitores joseenses, nas últimas eleições votaram em candidatos novos, rejeitando de maneira clara o clientelismo praticado pela gran-de maioria dos vereadores em exercício. Entretanto, matreiramente, este vereadores, assim como aconte-ce neste exato momento de olho nas eleições do Outubro, simu-lam divergências internas para saírem do partido. Vejam o caso do PR e a saída dos vereadores Tampão e Jairo Santos e Cristiano Ferreira do PSDB. Ai, migram silenciosamente para partidos que ainda não possuem vereadores com o intuito de en-cabeçar as chapas e se aprovei-tar dos votos dos novos candida-tos, pois uma chapa constituída só por bois velhos (vereador em mandato) não conseguiria reele-ger nem 1/3 deles, fazendo com que muitos deles morressem na praia. A ÚNICA SAÍDA para quem quer ter a certeza de que seu voto não vai cair em mãos erradas, é VOTANDO EM CANDIDATOS DE PARTIDOS QUE NÃO POS-SUEM VEREADORES EXER-CENDO MANDATO. Votando em candidatos novos que estejam disputando em con-dição de igualdade com candida-tos novos, você garante que es-tes atuais vereadores preocupa-dos mais em dobrar os próprios salários e adular o prefeito, nun-ca mais pisem na câmara como vereadores e cumpram seu pa-pel de bois velhos e doentes dando espaço para a caravana passar. Autor: Franklin Maciel

Ser voluntário e solidário O dinheiro pode comprar o prazer... mas não o amor Pode-se comprar um espetáculo... mas não a alegria Pode-se comprar um escravo... mas não um ami-go Pode-se comprar uma mulher... mas não uma esposa Pode-se comprar uma casa... mas não um ambiente familiar Podem-se comprar alimentos... mas não o apeti-te Podem-se comprar medicamentos... mas não a saúde Podem-se comprar diplomas... mas não a cultura Podem-se comprar livros... mas não a inteligên-cia Podem-se comprar tranquilizantes... mas não a paz Pode-se comprar a indulgência... mas não o perdão Pode-se comprar a terra... mas não o céu "Não deve deplorar o que não pode reparar" Samuel Johnson "O progresso é impossível sem mudanças, e os que nunca podem mudar de ideias não podem mudar o mundo, nem eles próprios" George Bernard Shaw

ATENÇÂO

A Gazeta Valeparaibana, um veículo de di-vulgação da OSCIP “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos, somente pu-blica matérias, relevantes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões dentro das salas de aulas, tais como: educação, cultura, tradi-ções, história, meio ambiente e sustentabilida-de, responsabilidade social e ambiental, além da transmissão de conhecimento. Assim, publica algumas matérias selecionadas de sites e blogs da web, por acreditar que todo o cidadão deve ser um multiplicador do conhe-cimento adquirido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e Sustentabilidade, to-dos devemos nos unir, na busca de uma soci-edade mais justa, solidária e conhecedora de suas responsabilidades sociais. No entanto, todas as matérias e imagens se-rão creditadas a seus editores, desde que ad-judiquem seus nomes. Caso não queira fazer parte da corrente, favor entrar em contato.

[email protected]

Março 2012 Gazeta Valeparaibana Página 11

Brasil - A escola com que eu sonho

www.formiguinhasdovale.org /// CULTURAonline /// http://culturaonlinebr.blogspot.com

A escola precisa trabalhar, de mo-do interativo, com outras institui-ções sociais e, assim, poder cum-prir seu papel social de construção e democratização do conhecimen-to. Garantir no Projeto Polít ico-Pedagógico, debates e discussões, construindo uma cultura avaliativa, diagnóstica e reflexiva com possibili-dades de recuperação paralela e re-forço escolar, minimizando a exclu-são. Buscar financiamento para o Livro Didático e outras mídias pedagógicas para o Ensino Médio e a educação de Jovens e Adultos, respeitando o Pro-jeto Político Pedagógico, além de im-plementar ações junto ao Ministério da Educação visando a extensão do PNLD, para estes níveis de ensino; Trabalhar a partir da realidade do alu-no, somadas a outras realidades construindo com ele uma nova leitura de mundo; Elaboração do projeto Político Peda-gógico com a participação de toda a Comunidade escolar, assessorada por membros da SEE, nos seus dife-rentes níveis, assegurando tempo suficiente para debates e conclusões, considerando os Eixos Integradores e dando ênfase ao currículo; Garantir a realização de Fóruns per-manentes para discussão e troca de experiências bem sucedidas, dentro do horário de trabalho, preestabeleci-das no calendário escolar. Revitalização dos CIEP"s e cumpri-mento da Constituição estadual, transformando gradativamente as escolas estaduais em escolas de ho-rário integral, com as características originais dos CIEPs estimulando as necessidades básicas de pessoal e ações que permitam seu funciona-mento, adotando-se, juntamente com a comunidade, a proposta de adapta-ção de construção de novos espaços; Dotar a escola de infra-estrutura que permita o estímulo à prática de ativi-dades esportivas, artísticas e cultu-rais com a finalidade primordial de minimizar a evasão escolar; Implementar bibliotecas com bibliote-cários, em todas as escolas, visando apoiar a formação do cidadão crítico; Instalação de laboratórios de informá-tica; Limite máximo do número de 30 alu-

nos em turma; Garantir, através de concurso públi-co, um quadro mínimo técnico admi-nistrativo pedagógico a todas as uni-dades Escolares, como princípio fun-damental de qualidade social, sem deixar de considerar as dimensões da escola; Contemplar, no Projeto Político Peda-gógico: 1) Necessidade local; 2) Metas da U.E., finalidades e ações efetivas; 3) Que cidadão queremos formar; 4) ênfase ao multiculturalismo e ao entendimento das diferenças na es-cola, além da descaracterização eu-rocêntrica do currículo escolar; Construir uma escola inclusiva que ouças a voz dos alunos e valorize a experiência do professor; Estabelecimento de um Fórum de Avaliação com o objetivo de discutir as estratégias, que estabeleça novas bases teóricas e metodológicas para a avaliação do rendimento escolar; As deliberações a respeito da Avalia-ção deverão, a priori, serem discuti-dos com a participação majoritária dos professores regentes, através de encontros, congressos e não por mei-o de legislação durante o período leti-vo. Um tema que também deverá mere-cer nossa atenção é o tema “Escola e Cidadania”. Avança, nas escolas, com requintes de discurso oposicionista e anti-sistema, a partir do surpreendente congraçamento dos conservadores autoritários de todos os matizes. Uma velha pedagogia que se mal traveste com andrajos do surrado discurso do prestígio e da competência. Ao abordarmos aqui o tema da edu-cação para a cidadania fique claro que o fazemos na perspectiva da e-ducação escolar, uma vez que nas comunidades, nas igrejas, nas orga-nizações da sociedade civil, nas famí-lias, nas associações, enfim, nos mais diversos tipos, também se pode e deve estimular a consciência cida-dã. A pergunta inicial deve ser esta: Educar para quê? Se para a cidadania, é necessário

definí-la.

O que entendemos hoje por cidadani-a? Muito brevemente é preciso lembrar o significado dinâmico das palavras. Cidadania, no passado, era sinônimo de membro respeitável (leia-se “com poderes”, “com prerrogativas especi-ais”) da comunidade, com direito à participação política, à influência, à vez e voz. Contemporaneamente, o termo “cidadania” expandiu-se e espalhou-se a compreender todo o membro da comunidade humana, com direitos e deveres pessoais, universais, indis-poníveis, inalienáveis, naturais, trans-culturais, trans-históricos e transgeo-gráficos. Alguns desses direitos e deveres es-tão magnificamente sintetizados na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. “Cidadão” é o su-jeito da história, de sua própria histó-ria e, com outros cidadãos, da histó-ria de sua comunidade, de sua cida-de, de sua nação, de seu mundo. Cidadania é o que se eleva em digni-dade e direitos por sobre as Institui-ções e estruturas, por sobre o próprio Estado que, sob licença, o governa. Cidadania é todo o homem e toda mulher, sem discriminação etária, igualado pela condição humana, de onde emana todo o poder político, que somente no seu interesse se jus-tifica. Os dias que seguem têm resgatado como nunca o homem – e cada ho-mem na sua individualidade social-mente mediatizada – como o centro e o sujeito da história. A relativização do papel do Estado, a “débâcle” dos absolutismos teóricos e práticos, a insubmissão crescente ao poder das elites e das massas, re-conduzem, aos poucos, o homem ao papel que sempre se lhe deveria ter reservado, ao qual, hoje, para evocar dignidade, chamamos “cidadania”. É forçoso, no entanto, reconhecer que a educação passa pela percep-ção de sua negação, da dura realida-de ainda persistente em quase todos os cantos do planeta. Paradoxalmente, a cidadania procla-mada nas Cartas das Nações e nas Constituições não é mais que uma promissora declaração de intenções.

Urge, assim, uma luta sem tréguas pela superação do paradoxo. Temos, então, uma resposta à indagação: “O que é educar para a cidadania?” Vamos lá. Educar para a cidadania é: - É educar para o reconhecimento dessa condição de direitos e deveres inerentes, que carregamos dentro de nós pelo simples fato de sermos gen-te, de qualquer raça, de qualquer cre-do, de qualquer nação, de qualquer extrato social; - É educar para reconhecer e respei-tar as diferenças no plano individual e para combater os preconceitos, as discriminações, as ofensivas dispari-dades e privilégios no plano social; - É educar cada um para a fé no pró-prio potencial, como agente da trans-formação qualitativa da própria vida e do mundo onde está inserido; - É educar para a fraternidade, para o sentido social da vida, sem jamais roubar, com isso, a singularidade de cada projeto, de cada contribuição; - É educar para a luta pacífica, mas encarniçada, contra todo o sistema, contra toda a estrutura que negue a quem quer que seja o direito de ser cidadão. Enquanto houver na terra um só sem posse plena desse “status”, os demais só se justificam pela luta. Evidentemente, este é um programa que não se cumpre a nível discursivo. A dicotomia entre discurso e prática é a negação de qualquer possibilidade educativa. Isso quer dizer que não se pode edu-car para o respeito aqueles a quem não respeitamos. Não devemos falar da fraternidade aos que oprimimos. É hipocrisia pregar a participação à-queles a quem calamos. Então, educar para a cidadania tem muito a ver com o tipo metodológico e com as relações interpessoais que estabelecemos com nossos alunos. Termino este artigo com dois pensa-mentos clássicos de Fernando (Não o FHC, mas o Pessoa):

"Navegar é preciso... viver não é preciso" e "Tudo vale a pena se a

alma não é pequena”.

Da Redação

Março 2012 Gazeta Valeparaibana Página 12

Novos Autores - CULTURAonline MÃE Para ti, mãe, escrevi este poema É muito pouco para expressar o que sinto Talvez seja um grão de areia no oceano Não traduz todo o meu amor tão profundo Diante do que para mim fostes no mundo! A ti devo o que sou e o que tenho Deste-me a vida, o carinho, a mão amiga Hoje sei que estás de mim muito distante Mas enquanto nesta vida eu existir Tu estarás sempre comigo a cada instante! Apesar de não poder mais te abraçar Nem tuas mãos e teus cabelos afagar Trarei sempre viva em mim tua lembrança Pude estar ao teu lado desde criança Em meu peito hás de sempre ter lugar! Desde a tarde de domingo em que partistes Dói a saudade e o meu ser se entristeceu Dentro de mim deixastes imenso vazio Que faz a lágrima brotar dos olhos meus Mas reconforta-me, mãe, a grande certeza De que no céu vives feliz junto de Deus! Apesar de não poder mais te abraçar Nem tuas mãos e teus cabelos afagar Trarei sempre viva em mim tua lembrança Pude estar ao teu lado desde criança Em meu peito hás de sempre ter lugar! Desde a tarde de domingo em que partistes Dói a saudade e o meu ser se entristeceu Dentro de mim deixastes imenso vazio Que faz a lágrima brotar dos olhos meus Mas reconforta-me, mãe, a grande certeza De que no céu vives feliz junto de Deus! Lourdes Neves Cúrcio

MATAR A MORTE É PROIBIDO Matar a morte é proibido veja bem! O mal que ela te faz não é pecado..., Pois, o homem é marginal também, Ao deixá-la sem escolher seu fado. Morte se prende no eu lamentado, Mas, sem correntes deste teu além, Matar a morte é proibido veja bem! O mal que ela te faz não é pecado..., Morre se querer, é o que te convém! Não tente virar ela deste outro lado, Porque é aí que você vai virar refém, Morra bem, morra forte e consolado, Matar a morte é proibido veja bem! Eduardo Eugênio Batista

Entre esperanças e recomeços Entre esperanças e recomeços, Aqui estamos, vivemos e sonhamos. Entre encontros, saudades e abraços, Aqui sorrimos, choramos e amamos. Lá fora o mundo anda mais complicado. A bolsa de valores secou, espalhando Seus farelos de hipocrisia pelos poderes. Um novo deus ostenta o seu cajado, Contaminando a coletividade dos lugares: A era do individualismo vai se instalando. Acessamos em um click outras partes do mundo, Mas seguimos indiferentes às misérias domésticas. A estética convoca ao palco da vaidade suas plásticas, Enquanto a sensibilidade da platéia se atrofia ao fundo. A criança quer brincar; e o adulto, lucrar. O planeta quer cuidado; e a elite, cadeado. O corpo quer aventura; e a alma, ternura. A instituição quer correria; a pessoa, calmaria. A mídia quer alienação; o país, evolução. O negócio quer competição; a vida, cooperação. A poesia quer fazer sentir; a prosa, deixar fluir. A descrença quer reinar; o sonho, te libertar. Fora do egoísmo não há salvação? Nada mais que a ambição interessa? Sufocada por um capitalismo sem ética e norte, A qualidade de vida virou quantidade de morte. As promessas e ilusões foram longe demais. Tecnologia sem poesia é como andar pra trás. Caminhada sem união e utopia é como rastejar Em torno da própria inércia, em um sutil suicidar O paradigma da mudança ousa nos reciclar, Desde que nos indignemos e nos ajudemos. Teu partido é tão necessário quanto o do vizinho. Toda religião e doutrina tem o mapa do caminho. A felicidade murcharia sem o fermento do espinho. Quem luta pela paz e justiça, nunca está sozinho.

Pablo Robles (Poeta social)

Vivendo lentamente. Sou a mariposa que se apaixonou pela estrela Mas fica tão longe de mim Não sei se minhas asinhas Poderão agüentar Tão longe voar Mas não vou desistir Deste amor que parece impossível Voarei todas as noites Cada vez mais alto E quem sabe conseguirei À minha amada estrela chegar E então lá pousarei E eternamente ficarei.

Anna Mel

REGULAMENTO

1. Tema: “PALAVRAS NA PRIMAVERA” 2. Objetivo: Repensar a PRIMAVERA, incentivando o jovem a trabalhar a ques-tão sob nova óptica, baseada no valor da vida, no respeito aos di-reitos e à dignidade da pessoa humana. O próprio apelo do tema se mostra vital para construir a compreensão e o respeito pelo es-paço comunitário, que nada mais é do que nosso “Lar social”. Des-tarte, o aprendizado da participação comunitária, da solidariedade, a coordenação das ideias e a expressão dos sentimentos na lin-guagem poético-literária levarão os participantes a reconhecerem e partilhar os dons da vida. 3. Justificativa: Não nos cabe mais manter uma postura contemplativa. A vida mo-derna nos impele a sairmos da reflexão. A busca da participação comunitária na resolução dos problemas sociais que nos afligem é um aprendizado diário que deve ser praticado e incentivado por todos nós, quer na qualidade de cidadãos, quer na de agentes pú-blicos. A cidadania, entendida como o cumprimento dos deveres e o exercício dos direitos de cada um de da sociedade como um todo é um dos aspectos mais marcantes da Democracia. O Concurso de Poesia vem facilitar a prática da participação e fornecer um canal de comunicação ao cidadão, aprisionado pela violência na sua roti-na de vida. A prevenção da violência se faz de modo prático e coe-rente com a necessidade cidadã de expor seus sentimentos usan-do as mais diversas formas de expressão. Ademais, nada como um tema de tal modo abrangente pelo apelo. l 4. Da Participação: Podem participar do Concurso de Poesias, alunos regularmente matriculados em escolas de ensino Médio e Faculdades, cidadãos comuns, poetas e escritores. 5. Da Poesia e Entrega: a. Cada concorrente poderá concorrer com apenas uma poesia, em uma lauda (no máximo trinta linhas) - referência básica; b. A poesia será avaliada quanto à originalidade, criatividade, coe-são e coerência temática; c. Deverão ser enviadas as obras para o email [email protected], com cópia para [email protected] Uma cópia da poesia digitada em Software Word ou mais re-cente, acompanhada de um mini-currículo, em fonte Times New Roman, Tamanho 12, com espaçamento duplo, no Formato de pa-pel tamanho A-4 com identificação do autor/concorrente na parte inferior (nome, endereço, telefone e correio eletrônico). 6 – Da Avaliação: A rádio “CULTURAonline”, a Diretora do Projeto Liane Rochek e o Editor Filipe de Sousa, serão os responsáveis pela ampla divulga-ção do tema, pela orientação e preparação dos autores, pela avali-ação inicial, orientação e pela seleção dos três melhores trabalhos – Posteriormente encaminhados para a redação do jornal Gazeta Valeparaibana, que se encarregará de fazer a publicação. 7 – Do Julgamento: O Coordenador da Comissão de Julgamento será o Jornalista UBI-RAJARA DE OLIVEIRA, Diretor do Jornal da Gente. Um júri composto por todos os profissionais da rádio, se encarre-gará então de decidir quais os classificados na seguinte ordem: 1º. 2º e 3º Lugar. 8 -Prazos e Cronograma: - Dia 03 de Outubro de 2011 - Lançamento do concurso. - Dia 05 de Outubro de 2011 – Início da divulgação do Concurso nos programas da rádio. - Dia 21 de Dezembro de 2011 (Término da Estação Primave-ra) – Data limite para recebimento das obras. - Mês Janeiro de 2012 – Julgamento. - 01 de Fevereiro de 2012 – Divulgação dos vencedores a-través do jornal Gazeta Valeparaibana e entrega das premi-ações. 9. Da Premiação: 1º. Colocado Troféu Formiguinhas do Vale de Literatura. 2º. Colocado uma placa de prata 3º. Colocado uma placa de prata Importante: Os três primeiros colocados ganharão um espaço por doze meses na página “Novos Autores” da Gazeta Valeparai-bana, onde poderão postar mensalmente uma poesia, crônica ou texto de sua autoria, o qual deverá ser aprovado pelo Editor res-ponsável. 10 - Prescrições Diversas: A decisão do júri é soberana, não cabendo recurso em qualquer instância. As poesias inscritas e ou selecionados poderão ser utilizadas pela Comissão julgadora e organizadora do concurso, objetivando a divulgação dos trabalhos comunitários executados, sem fins co-merciais. Os coordenadores do concurso representarão, para todos os fins, os atos referentes ao desenvolvimento do concurso, exposição dos trabalhos, seleção, classificação final e premiação. Poderão ocorrer alterações no decorrer do concurso, desde que haja concordância da maioria dos representantes da comissão e não acarretem prejuízos aos participantes.

Comissão Organizadora

Programa: Novos Autores

SÁBADO - 20h às 22h CULTURAonline

www.formiguinhasdovale.org Concurso Literário Emails para envio:

[email protected] [email protected]

Março 2012 Gazeta Valeparaibana Página 15

África

Valores éticos e sociais

ÁFRICA Os números são tão astronômicos

quanto aterrorizantes.

Cerca de 150 milhões de habitantes afri-canos não têm acesso à quantidade mí-nima de calorias diárias, sendo que, des-te total, 23 milhões deverão morrer de fome. No nordeste do continente, segundo le-vantamento da ONU, 10 mil crianças morrem mensalmente em decorrência da seca. Ou seja, o número de vítimas su-pera, e em muito, o número de mortos nos 14 anos de guerra no Vietnã. Segundo o diretor-executivo do Progra-ma Mundial de Alimentos da ONU, Ja-mes Morris, “a escassez de alimento na África provoca a instabilidade política, desse modo, a fome é, ao mesmo tem-po, causa e conseqüência da pobreza. Além disso, é causa e conseqüência dos conflitos”.

Segundo estudos do Instituto Internacio-nal de Pesquisa em Alimentação nos próximos 20 anos o continente africano terá uma redução na produção de ali-mentos em cerca de 20%, fato desenca-deado pelos conflitos internos. A magnitude do drama costuma vir a-companhada de explicações que vão do crescimento demográfico desordenado à desertificação e conflitos étnicos. O que se busca ocultar é a responsabili-dade de europeus e norte-americanos que, ao longo do tempo, mudaram radi-calmente a estrutura de produção e con-sumo no continente africano, deixando como resultado a escassez, subnutrição e fome, com altos lucros para as gran-des corporações. Em verdade, estamos assistindo ao pre-ço pago pela herança colonial e pela desorganização da produção agrícola provocada pelos complexos agroindustri-ais dos países ricos ocidentais. Em vários países, o cultivo intensivo de áreas com uma débil fertilidade acabou destruindo a camada de húmus. Com isso, regiões imensas se tornaram estéreis, não tanto pela falta de chuvas, que sempre foi escassa e irregular, mas pelo manejo totalmente predatório do solo. Uma experiência promovida pelo coloni-alismo europeu não pode ser esquecida.

Logo depois da Segunda Guerra Mundi-al, os franceses resolveram investir no Mali, num momento em que o algodão e o amendoim entraram em crise no mer-cado mundial. O pequeno rebanho malinês foi rapida-mente multiplicado. Após quatro ou cinco anos de bons resultados veio a seca. Os bois tiveram que se concentrar em áreas muito pequenas. O resultado foi que as milhares de cabe-ças aglomeradas em poucos poços de água acabaram com todo o pasto, co-mendo, inclusive, as raízes. Quando as chuvas voltaram, o solo era areia pura, o rebanho ficou reduzido a um sexto e o pasto nunca mais se recompôs. A política de terra arrasada sempre foi uma vantagem comparativa para euro-peus e estadunidenses. A fome africana não pode ser reduzida a uma formulação malthusiana. Se o acelerado crescimento demográfico em algumas regiões influi no equilíbrio alimentar, não é a taxa de natalidade que produz o elevado número de subnu-tridos. As razões para a fome endêmica devem ser buscadas em estruturas agrárias moldadas no período colonial e “aperfeiçoadas” posteriormente para a-tender aos centros consumidores do Oci-dente.

Mas a danação do continente envolveu outros fatos Ainda há o legado da Guerra Fria. Na área político-econômica, as “guerras por procuração”, promovidas pelas su-perpotências na África, devastaram a economia, destruíram as já precárias redes de saúde pública e causaram grandes fluxos migratórios e fomes epi-dêmicas que contribuíram para a disse-minação de moléstias infecto-contagiosas. Sarampo, cólera e malária, doenças que matam as crianças africanas, não serão erradicas sem que se promova uma pro-funda mudança nas condições ambien-tais que favorecem sua instalação, aí incluída a ecologia social. Redefinir a inserção da África exige uma reformulação completa da estrutura pro-dutiva vigente no mundo capitalista. O problema da fome deixou de ser uma questão assistencialista para se tornar um ponto de inflexão em estruturas mul-tisseculares. Não basta cantar “We are the world”. É preciso construir um mundo alternativo ao que aí está. Editoração: Filipe de Sousa

A partir do Pacto Internacional sobre Di-reitos Civis e Políticos (1966), pode-se ler no Preâmbulo que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os mem-bros da família humana e dos seus direi-tos iguais e inalienáveis constitui o fun-damento da liberdade, da justiça e da paz no mundo. Percebe-se que a busca de uma paz duradoura está umbilicalmente ligada ao princípio clássico de direitos humanos: a dignidade humana. O que demonstra a importância de proteger e defender os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana. Por isso, razão assiste de criar condições adequadas que permitam a cada individuo, independentemente da raça, etnia, sexo, opção sexual, gênero, cultura e línguas, de gozar de seus direi-tos civis e políticos, assim como de seus direitos econômicos, sociais e culturais. Considerando o caráter sagrado do ser humano, convém abordar a questão da crise alimentar no Chifre da África como crime contra a humanidade pela inércia da comunidade internacional e uma crise ética diante da mobilização dos Estados membros da União Européia, dos Esta-dos Unidos e dos bancos, representados pelas Instituições de Breton Woods (Banco Mundial e Fundo Monetário Inter-nacional) para salvar da falência a eco-nomia da Grécia, concedendo-lhe bi-lhões de dólares, enquanto as popula-ções no Chifre da África morrem de fome e sede, deixadas à própria sorte devido à pior seca de sua história. Trata-se de uma situação excepcional que ameaça a própria espécie humana e que, indubitavelmente, exige medidas urgentes a curto e longo prazo para sal-var milhões de vidas. Em virtude desse direito à vida, toda a

pessoa vitima da seca no Chifre da Áfri-ca deve ser imediatamente socorrida , pois, acredita-se que qualquer indivíduo tem deveres para com seus semelhantes e para com a coletividade a que perten-ce, tendo, consequentemente, a obriga-ção de lutar pela promoção da vida e demais direitos inerentes à dignidade humana Hodiernamente, disso decorre o direito a alimento e assistência coletiva, conside-rando a crise alimentar cujas causas se encontram tanto na natureza como nas ações humanas tais quais as guerras absurdas e desastrosas para as popula-ções mais pobres do planeta. No caso da Somália, acrescenta-se a intolerância da milícia islâmica El Shabab. Deve-se entender de forma clara que a fome no Chifre da África pode ser com-batida e erradicada com um pouco de vontade política dos Estados mais ricos e mais industrializados. A dependência total do ocidente é algo construído culturalmente para manter a hegemonia ocidental sobre as popula-ções pobres mediante a criação de Or-ganizações Não Governamentais. Ob-serva-se que, desde a promulgação da Carta do Milênio baseada nos 08 objeti-vos (ODM) até o presente momento, na-da foi feito para erradicar a pobreza ex-trema e a fome no mundo. Conta-se atualmente mais de 1 bilhão de pessoas passando fome, mais de 150 milhões de crianças subnutridas e mais de 25.000 morrendo por dia. Não precisa ser um especialista em economia para entender melhor tal falta de vontade polí-tica das grandes potências para comba-ter a fome, a pobreza e a miséria no mundo.

A mobilização dos países da zona Euro para salvar, economicamente, a Grécia suscita uma indignação ética. O que se tornou alívio para o governo grego pelo plano de resgate em poucos dias de negociações é visto como um pesadelo para milhões de pessoas no Chifre da África que aguardam a mesma mobilização da União Européia, do Ban-co Central Europeu e do Fundo Monetá-rio Internacional para combater a fome e a seca, uma vez que, no ano passado, as mesmas instituições haviam conse-guido o primeiro plano de resgate de 110 bilhões de euros para espantar o fantas-ma da falência da economia grega. É hora de tecer algumas considerações, pois, estando na era da aposentadoria das naves espaciais, apesar de o ser humano ter ampliado a visão da nossa galáxia, inaugurando uma era de suces-so e de vitoria da tecnologia e da inteli-gência humana, força é de constatar que ainda, no âmbito social, falta a vontade de combater com a ultima energia, a fo-me, a pobreza e a miséria. Foram 30 anos de sucesso com o lança-mento dos ônibus espaciais. Importante frisar que, apesar desses avanços tecno-lógicos e da evolução da ciência, a fome no Chifre da África nunca foi o centro das preocupações da comunidade inter-nacional. O medo do colapso financeiro dos ban-cos da Grécia mobilizou além de bilhões de euros, mais Estados e Instituições financeiras do que a seca e a fome no Chifre da África que precisa de menos de um terço do valor concedido ao go-verno grego. São milhões de vida em perigo que mal conseguem mobilizar e comover a comu-

nidade internacional. Alta foi a moral pa-ra salvar a economia da Grécia, sujeita à falência, contudo, faltou a ética para sal-var as vidas na Etiópia, Somália, Djibuti, Eritréia e uma parte do Quênia. Cumpre, então, destacar que a dignida-de do ser humana deve ser um comando das ações de todos Estados signatários da Carta da ONU, pois, é absurdo observar que os emprés-timos bilionários aos bancos e banquei-ros são votados em tempo hábil para salvar as economias predatórias com relação ao clamor internacional sobre o respeito aos direitos humanos econômi-cos, sociais e culturais das populações já sofridas do Chifre da África e, de mo-do extensivo, do continente africano. Como falar em sucesso na era das na-ves espaciais, se o mesmo ser humano, durante esses anos, mal conseguiu erra-dicar a fome e a pobreza extrema da face da terra, ceifando milhões de vida, enquanto se buscava a existência de outras vidas em outras galáxias, gastan-do trilhões de dólares? Autor:

Sebastien Kiwonghi "é advogado e professor de Direito Internacional e Me-todologia da Pesquisa na Escola Superior Dom Hel-der Câmara. Padre Verbita

graduado em Filosofia pelo Institut de Philosophie Saint Augustin, IPSA, Zaire (África). Graduado em Direito pela Fa-culdade de Ciências Jurídicas e Sociais Vianna Júnior de Juiz de Fora (MG). Es-pecialista em Direito Civil e Processo Civil, em Direito do Trabalho e Previden-ciário, licenciatura em filosofia na UFJF. Mestre e doutor em Direito Internacional pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais."

Março 2012 Gazeta Valeparaibana Página 15

Analfabetismo funcional O Analfabetismo Funcional constitui um problema silencioso e perverso que afeta as empresas. Não se trata de pessoas que nunca foram à escola. Elas sabem ler, escrever e contar; chegam a ocupar cargos administra-tivos, mas não conseguem compre-ender a palavra escrita. Bons livros, artigos e crônicas, nem pensar!

Computadores provocam calafrios e manuais de procedimentos são igno-rados; mesmo aqueles que ensinam uma nova tarefa ou a operar uma máquina.

Elas preferem ouvir explicações da boca de colegas. Entretanto, diante do chefe - isso quando ele é mesmo um chefe - fin-gem entender tudo, para depois sair perguntando aos outros o que e co-mo deve ser realizado tal serviço. E quase sempre agem por tentativa e erro.

O meu caro leitor deve estar imagi-nando que esse problema afeta ape-nas uma parcela mínima da popula-ção. Não é verdade. Calcula-se que, no Brasil, os analfabetos funcionais somem 70% da população economi-camente ativa.

No mundo todo há entre 800 e 900 milhões deles.

São pessoas com menos de quatro anos de escolarização; mas pode-se encontrar, também, pessoas com formação universitária e exercendo funções-chave em empresas e insti-tuições, tanto privadas quanto públi-cas!

Elas não têm as habilidades de leitu-ra compreensiva, escrita e cálculo para fazer frente às necessidades de profissionalização e tampouco da vida sócio-cultural.

A queda da produtividade provocada pela deficiência em habilidades bási-cas resulta em perdas e danos da ordem de US$ 6 bilhões por ano no mundo inteiro. Por que? Porque são pessoas que não enten-dem sinais de aviso de perigo, instru-ções de higiene e segurança do tra-balho, orientações sobre processo produtivo, procedimentos de normas técnicas da qualidade de serviços e negligência dos valores da organiza-ção empresarial. Eis aí o "Calcanhar de Aquiles" de tantas organizações: Declaração e Prática de Valores.

E o que são esses Valores?

São crenças e princípios que orien-tam as atividades e operações de

uma empresa, independente de seu porte ou ramo de atividade. Seus di-rigentes devem mostrar, na prática, que os sistemas, procedimentos e atitudes comportamentais são res-peitados e coerentes com os valores estabelecidos em função de seus clientes e da ética dos negócios. Se não for assim, os resultados serão desastrosos.

Quem não se lembra de manchetes d e j o r n a i s m e n c i o n a n d o "problemas inesperados" que abala-ram a imagem de tantas empresas?

Um defeito no chip Pentium da Intel levou-a a substituir o produto no mer-cado. Um número desconhecido de cápsulas de Tylenol contaminado com cianureto mata oito pessoas nos Estados Unidos; a Johnson & John-son retira todos os frascos do merca-do americano e tem um prejuízo de US$ 100 milhões!

Alguém tem dúvida de que tais e-xemplos, entre tantos, não se-jam efeitos da ignorância?

Para que o analfabetismo funcional se erradique só existe uma saí-da: educar e treinar para a qualida-de.

E qualidade não tem custo; é investi-mento.

O custo da qualidade é a despesa do trabalho errado, mal feito, incomple-to, sem profissionalismo.

É o custo do analfabetismo funcional!

Analfabeto funcional é a denomina-ção dada à pessoa que, mesmo com a capacidade de decodificar minima-mente as letras, geralmente fra-ses, sentenças, textos curtos e os números, não desenvolve a habili-dade de interpretação de textos e de fazer as operações matemáticas.

Também é definido como analfabeto funcional o individuo maior de quinze anos e que possui escolaridade infe-rior a quatro anos, embora essa defi-nição não seja muito precisa, já que existem analfabetos funcionais com nível superior de escolaridade. Existem três níveis distintos de alfabetização funcional, a saber:

Nível 1: Também conhecido como alfabetização rudimentar, compreen-de aqueles que apenas conseguem ler e compreender títulos de textos e frases curtas; e apesar de saber con-tar, têm dificuldades com a compre-ensão de números grandes e em fa-zer as operações aritméticas bási-cas. Nível 2: Também conhecido como alfabetização básica, compreende aqueles que conseguem ler textos curtos, mas só conseguem extrair informações esparsas no texto e não conseguem tirar uma conclusão a respeito do mesmo; e também con-seguem entender números grandes, conseguem realizar as operações aritméticas básicas, entretanto sen-tem dificuldades quando é exigida uma maior quantidade de cálculos, ou em operações matemáticas mais

complexas. Nível 3: também conhecido como alfabetização plena, compreende a-queles que detêm pleno domínio da leitura, escrita, dos números e das operações matemáticas (das mais básicas às mais complexas). Segundo dados de 2005 do IBOPE, no Brasil o analfabetismo funcional atinge cerca de 68% da população (30% no nível 1 e 38% no nível 2).

Somados esses 68% de analfabetos funcionais com os 7% da população que é totalmente analfabeta, resulta que 75% da população não possui o domínio pleno da leitura, da escrita e das operações matemáticas, ou seja, apenas 1 de cada 4 brasileiros (25% da população) são plenamente alfa-betizadas, isto é, estão no nível 3 de alfabetização funcional.

Esses índices tão altos de analfabe-tismo funcional no Brasil devem-se à baixa qualidade dos sistemas de ensino público, à falta de infraes-trutura das instituições de ensino (principalmente as públicas) e à falta de hábito e interesse de leitura do brasileiro.

Em alguns países desenvolvidos e/ou com um sistema educacional mais eficiente, esse índice é inferior a 10%, como na Suécia, por exem-plo.

Um dos maiores desafios da educa-ção no século 21 é a barreira do a-nalfabetismo funcional. Na educação básica, onde o problema se inicia, a situação é preocupante. Apenas em Campinas, anualmente, cerca de 6% das crianças de 8 anos, o correspon-dente a 90 alunos, saem do terceiro ano do Ensino Fundamental sem sa-ber ler ou escrever. Em nível nacional, o problema é ain-da mais assustador. Os resultados da Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização, a Prova ABC, divulgados há duas semanas, mos-tram que 57,2% dos estudantes do terceiro ano do Ensino Fundamental não conseguem resolver problemas básicos de matemática, como soma ou subtração. O estudo ainda revelou que 43,9% desses alunos não tiveram desempe-nho satisfatório em leitura. Os especialistas são unânimes em afirmar que o maior esforço hoje de-ve ser em garantir a qualidade da educação nas fases iniciais. “O Brasil enfrentou nas últimas duas décadas o desafio de colocar todas as crianças na escola. Embora não tenha sido atingido plenamente, o problema foi bem reduzido. Mas, ho-je, não adianta dizer que tem vagas para todos. É preciso oferecer educação de qua-lidade para todos”, afirma a professo-ra Ângela Soligo, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

“Estamos formando uma geração de

alunos escolarizados depois do es-forço de universalização da educa-ção. Mas o ponto principal, atual-mente, é a ineficiência que está rela-cionada ao processo de alfabetiza-ção. Hoje, mais do que nunca, uma pes-soa que não teve uma alfabetização plena sofre com a segregação. E es-se novo cenário impõe um desafio extra para a sociedade e para os e-ducadores”, afirma Luiz Eduardo Drouet, coordenador executivo do Compromisso Campinas pela Educa-ção. Quando não é resolvido nas séries iniciais, o problema se agrava. Só em Campinas, cerca de 30 mil pes-soas com mais de 10 anos não con-seguem ler ou escrever. É o caso de Maria Aparecida dos Santos, de 46 anos, que depois de entrar e sair vá-rias vezes da escola para trabalhar e ajudar na renda da casa, retomou os estudos. Hoje, ela comemora os resultados. “Já sei escrever o meu nome e é mi-nha maior felicidade. Também consi-go juntar algumas palavras e ler”, diz. Maria Rosa Fagundes, de 56 a-nos, ainda não está contente com os avanços. “Assino o meu nome e leio um pouco, mas quero aprender a escrever melhor”, diz.

Soluções concretas

Para Ângela Soligo, são necessárias ações concretas para resolver o a-nalfabetismo funcional. “Uma educa-ção de qualidade pressupõe estrutu-ra escolar adequada, salas de aula com números de alunos compatível — o ideal seriam 25 alunos por sala no Ensino Fundamental —, professo-res bem qualificados, com salário que permita que ele se dedique a apenas uma escola, com tempo não só para dar aula, mas para realizar projetos e atender as crianças no contraturno. As avaliações mostram o problema e os pesquisadores apontam as solu-ções, mas essa fase de análise pre-cisa ser superada”, afirma. Entre outras medidas para combater o analfabetismo funcional, Drouet destacou a necessidade de investi-mento na formação do professor. “Defendemos a valorização dos edu-cadores, mas hoje uma grande par-cela dos professores formados não tem um foco tão grande no processo de alfabetização”, diz. “Dessa forma, é necessário maior especialização no processo de alfa-betização e um compromisso dos educadores em garantir o direito fun-damental dos alunos terem acesso a uma educação de qualidade”, com-pleta. Editoração: Filipe de Sousa

Responsabilidade Social

Edição nº. 52 Ano IV - 2012

Sustentabilidade Social e Ambiental - Educação - Reflorestamento - Desenvolvimento Sustentável

‘Lusofonia Global’ gera in-teresse pela CPLP, diz secretário de Estado.

A Comunidade dos Países de Língua Por-tuguesa, CPLP, é composta pelas oito nações que falam o idioma; entrada da Guiné-Equatorial pode ocorrer em 2012, mas bloco já chama a atenção de outros países como Ucrânia, Senegal, República Maurício e Austrália.

O aumento do destaque da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, entre nações que não falam o idioma, pode ser resultado de um novo conceito batizado de ‘lusofonia global’.

A opinião é do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação português, Luís Brites Pereira. Ao ser perguntado pela Rádio ONU sobre a ra-zão do interesse de países como Guiné-Equatorial e Ucrânia, entre outros, no blo-co, o ministro lembrou o pilar de articula-ção política do grupo. Conhecimento Mú-tuo.

“Se a CPLP está na moda, se me permite a expressão, é porque está a encontrar outras formas de articular países, que à partida, estariam muito distantes fisica-mente, mas estão muito próximos, em termos dos valores e da visão que têm do seu desenvolvimento em conjunto. Aqui há uma expressão que vale a pena usar que é ‘lusofonia global’. Esta visão de ser lusófono não está fechada entre ações com os seus membros, outras regiões, outros países. Por isso, há aqui um diálo-go, mas o princípio é sempre o mesmo: conhecimento mútuo para identificar inte-resses e oportunidades que possam ser mutuamente benéficas”, afirmou.

De acordo com a assessoria de imprensa da CPLP, a Austrália instruiu o seu em-baixador em Lisboa para acompanhar o trabalho do bloco, diretamente da sua sede na capital portuguesa. O Senegal tem estatuto de observador associado. Já a Guiné-Equatorial, um país de língua espanhola na África Ocidental, fez do por-tuguês idioma oficial para poder vir a in-tegrar a CPLP .Uma possível entrada da Guiné na CPLP, como membro perma-nente, deverá ser analisada em 2012.

CAMÕES Onde Há Inveja, não Há Amizade. Gran-de trabalho é querer fazer alegre rosto quando o coração está triste: pano é que não toma nunca bem esta tinta; que a Lua recebe a claridade do Sol, e o rosto, do coração.

Nada dá quem não dá honra no que dá: não tem que agradecer quem, no que recebe, a não recebe; porque bem com-prado vai o que com ela se compra. Nada se dá de graça o que se pede mui-to.

Está certo!

Quem não tem uma vida tem muitas. Onde a razão se governa pela vontade, há muito que praguejar, e pouco que lou-var.

Nenhuma cousa homizia os homens tanto consigo como males de que se não guar-daram, podendo.

Não há alma sem corpo, que tantos cor-pos faça sem almas, como este purgató-rio a que chamais honra; donde muitas vezes os homens cuidam que a ganham, aí a perdem.

Onde há inveja, não há amizade; nem a pode haver em desigual conversação. Bem mereceu o engano quem creu mais o que lhe dizem que o que viu.

Agora, ou se há-de viver no mundo sem verdade, ou com verdade sem mundo. E para muito pontual, perguntai-lhe de onde vem; vereis que algo tiene en el cu-erpo, que le duele.

Ora temperai-me lá esta gaita, que nem assim, nem assim achareis meio real de descanso nesta vida; ela nos trata so-mente como alheios de si, e com razão:

Pois somente nos é dada para que ganhemos nela o que sabemos. Se se gasta mal gastada, juntamente com perdê-la, nos perdemos.

Enfim, esta minha Senhora, sendo a cou-sa por que mais fazemos, é a mais fraca alfaia de que nos servimos. E se quere-mos ver quão breve é,

ponderemos e vejamos que ganhamos em viver os que nascemos: veremos que não ganhamos senão algum bem fazer, se o fazemos.

E, por isso, respeitando

que o porvir tal será, entesouremos ; porque [ao certo] não sabemos quando a morte pedirá que lhe paguemos.

Nunca vi cousa mais para lembrar, e me-nos lembrada, que a morte; sendo mais aborrecida que a verdade, tem-se em

menos conta que a virtude. Mas, contudo, com seu pensamento, quando lhe vem à vontade, acarreta mil pensamentos vãos; que tudo para com ela é um lume de pa-lhas. Nenhuma cousa me enche tanto as medidas para com estes que vivem na maior bonança, como ela; porque quando lhe menos lembra, então lhe arranca as amarras, dando com os corpos à costa; e se vem à mão, com as almas no inferno, que é bem ruim gasalhado:

E pois todos isto temos, não nos engane a riqueza, por que tanto esmorecemos, e trás que vamos; já que temos a certeza que, quando mais a queremos, a deixa-mos.

Gastamos em alcançá-la a vida; e quando queremos usar dela, nos tira a morte lográ-la; assim que a Deus perdemos e a ela. Luís Vaz de Camões, in "Cartas"

Quem foi

Sabe-se que o maior poeta português, Luís Vaz de Camões, nasceu provavel-mente em Lisboa (Portugal), por volta de 1524 e pertenceu a uma família da pe-quena nobreza, de origem galega. Este poeta do classicismo português pos-sui obras que o coloca a altura dos gran-des poetas do mundo.

Seu poema épico Os Lusíadas divide-se em dez cantos repartidos em oitavas. Es-ta epopeia tem como tema os feitos dos portugueses: suas guerras e navegações.

Dono de um estilo de vida boêmio, este escritor lusitano foi frequentador da Corte, viajou para o Oriente, esteve preso, pas-sou por um naufrágio, foi também proces-sado e terminou em miséria. Seus últimos anos de vida foram na mais completa pobreza.

A bagagem literária deixada pelo escritor é de inestimável valor literário. Ele escre-veu poesias líricas e épicas, peças tea-trais, sonetos que em sua maior parte são verdadeiras obras de arte. Criador da linguagem clássica portugue-sa, teve seu reconhecimento e prestígio cada vez mais elevados a partir do século XVI. Faleceu em Lisboa, Portugal, no ano de 1580. Seus livros vendem milhares de exempla-res atualmente, sendo que foram traduzi-dos para diversos idiomas (espanhol, in-glês, francês, italiano, alemão entre ou-tros). Seus versos continuam vivos em diversos filmes, músicas e roteiros.

Obras de Camões 1572- Os Lusíadas Lírica 1595 - Amor é fogo que arde sem se ver 1595 - Eu cantarei o amor tão docemente 1595 - Verdes são os campos 1595 - Que me quereis, perpétuas sauda-des? 1595 - Sobolos rios que vão 1595 - Transforma-se o amador na cousa amada 1595 - Sete anos de pastor Jacob servia 1595 - Alma minha gentil, que te partiste 1595 - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades 1595 - Quem diz que Amor é falso ou en-ganoso Teatro 1587 - El-Rei Seleuco. 1587 - Auto de Filodemo. 1587 - Anfitriões Edição: Filipe de Sousa